ZUZU ANGEL, O FILME
Bayma Kerth (*)
O Grupo Guararapes, dias atrás, protestou quanto ao fato do filme sobre a vida da estilista Zuzu Angel ter dado uma versão de que ela morreu vítima de um acidente de carro, planejado e executado pelos Governos Militares, no caso, o do Presidente Geisel.
Houve muitas manifestações de apoio e algumas discordâncias, mas, por causa destas quero, como um dos signatários do referido protesto, reafirmar que o Grupo Guararapes tinha sobejas razões para protestar porque, se ninguém o fizesse, a mentira passaria a ser verdade e, neste caso, a ser parte da História do Brasil.
Não tenho nada contra a Zuzu Angel e pouco sei da sua vida, e, pelas reportagens sobre o filme, até admiro o seu comportamento, como mãe, defendendo, bravamente, o filho, e querendo resgatar o seu corpo desaparecido na Guerra de Guerrilhas Terroristas contra o Governo Brasileiro, na qual ele se envolveu, como alguns outros jovens brasileiros iludidos pela Falácia Comunista.
Atrevo-me a dizer que acho que o Grupo Guararapes pensa como eu, quanto ao comportamento da Zuzu Angel, como mãe, lutando pelo seu filho.
A briga do Grupo Guararapes, à qual agora me somo, pessoalmente, é contra a descabida e mentirosa condenação dos Governos Militares pelo assassinato da Estilista.
Em 1976, a ênfase do Governo do Presidente Geisel era a Abertura Política. Muitos dos companheiros do Guararapes estavam na Ativa. O Gen Torres de Melo, por exemplo, comandava a Polícia Militar de São Paulo e eu comandava a Polícia Militar do Ceará. A preocupação do Governo era manter a Paz Interna, restabelecida com a Derrota das Guerrilhas, uma vez que os Movimentos Subversivos, ainda, muito atuantes no Mundo, sempre se constituíam numa possível ameaça. Aqui, no Ceará, só para lembrar, continuava, embora com pouca importância, a pregação comunista de setores da Igreja, a Pastoral da Terra, em áreas do Interior do Estado. E, por incrível que pareça, o grande e real problema político que preocupava o Governo, era a rivalidade entre as três divisões do seu Partido, a ARENA (ARENAS 1, 2 e 3). Então, o problema da destemida ação da Zuzu Angel, como mostra o filme, se assim fosse considerado pelo Governo, não exigiria qualquer ato maior de força. Bastaria o controle da Censura.
Acho que, desde que a Revolução entregou o Poder aos Civis, os Comandantes Militares têm cometido o Grave Equívoco de Confundir a não Interferência na Política, com o Alheamento total deste assunto, mesmo quando ele diz respeito à Defesa Nacional e às Forças Armadas, responsáveis, constitucionalmente, pela Defesa do Brasil. É o que tem ocorrido, dia após dia, e a razão maior desta Infundada Acusação que gerou efeitos como se Verdade fosse, no episódio da morte acidental da Zuzu Angel, pela qual as Forças Armadas estão sendo Condenadas, exclusivamente, pela Omissão de Não ter Reagido, como de Direito, quando a Acusação de Assassinato veio a Baila.
(*) Coronel do Exército, Turma de 1951, em 128/2006. Faz parte do GRUPO GUARARAPES.
O que houve foi que Zuzu voltava de uma festa e, talvez com a cabeça cheia de álcool, perdeu a direção num viaduto, de onde caiu e veio a falecer. O mesmo tipo de mentira se conta até hoje a respeito de Jango, que teria sido "assassinado" no Uruguai, e de Juscelino, que teria sofrido um atentado na Via Dutra, que o levou à morte. Porém, a história é outra: Juscelino havia combinado com seu motorista de visitar sua fazenda em Luziânia, GO. Na última hora, mudou de idéia e pegou a Dutra para visitar a amante no Rio. Morreu no caminho, vítima de um acidente. Essa a verdade. O resto é mentira propalada pelas esquerdas.
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