MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

60 mil soldados Cubanos ocupam a Venezuela - por Diogo Arria

60 mil soldados cubanos ocupam a Venezuela, afirma diplomata Diego Arria


24/04/2014
Venezuela definha sob o aparato repressivo de Havana e de mais de 60.000 soldados cubanos que estão no país do petróleo, constituindo uma repressora força de ocupação distribuída pelos principais destinos do país de acordo com os interesses dos irmãos Castro, disse o ex-presidente do Conselho de Segurança da ONU, Diego Arria.

“A Venezuela é um país ocupado. O regime venezuelano é um fantoche controlado pelos cubanos. Já não se trata de tutelagem cubana, se trata de controle”, disse Arria em entrevista ao El Nuevo Herald. Qualquer esforço para recuperar a democracia venezuelana começa por restaurar a soberania do país, enfatizou o diplomata.

“A Venezuela está para enfrentar uma luta pela independência, para recuperar a independência da sociedade, dos cidadãos, até a independência pelo direito à privacidade [ …] Sem a saída dos cubanos, não há maneira de sair dessa situação política”, disse ele. Funcionários do governo venezuelano não responderam os e-mails enviados pelo El Nuevo Herald pedindo uma entrevista.

Os cubanos começaram a chegar na última década através dos acordos de parceria econômica assinados pelo falecido, ex-presidente Hugo Chávez, que prometeu entregar bilhões de dólares em petróleo por ano em troca dos serviços dos médicos e de treinadores esportivos. Mas delegações cubanas não estão apenas nas clínicas e nos estádios esportivos. Assessores da ‘Ilha dos Castros’ também operam dentro dos quartéis e no aparelho de segurança do regime de Nicolás Maduro.

Agentes de inteligência e militares venezuelanos disseram recentemente ao jornal El Nuevo Herald, que militares cubanos foram os que projetaram a reestruturação das agências de inteligência da Venezuela. As instruções ensinadas que partem de dentro desses organismos são acatadas como se viessem da alta cúpula do governo.

“Os cubanos tomam as decisões dentro da Direção Geral da Contrainteligência Militar. Os venezuelanos prestam muita atenção às sugestões e comentários que eles fazem. E eles são os que gerenciam e questionam os planos e desenham a forma de ação que vai tomar a contrainteligência com grupos opositores, estudantes… contra todos “, disse um funcionário venezuelano entrevistado recentemente.

“São eles os que ditam a forma de ação e acima de tudo, os métodos a serem adotados em cada caso”, acrescentou.

Arria disse que o Chavismo, de acordo com as instruções emitidas a partir de Havana, institucionalizou o medo na Venezuela, utilizando os instrumentos de controle social e de intimidação que a ilha aprimorou ao longo de 54 anos do castrismo.

São instrumentos de controle social que Cuba adquiriu da antiga União Soviética e, em seguida, melhorou com o apoio dos serviços de inteligência da Alemanha Oriental, mas agora se tornaram em métodos muito mais eficazes, graças à evolução da tecnologia, explicou.

“Esse controle do cidadão é o que permite colocar no curral setores da população. Na Venezuela, eles começaram a forte repressão com a lista Tascon, e depois com a lista Maisanta. Sendo a primeira uma insanidade política e impiedosa de um apartheid feito na América Latina”, disse ele.

Estas listas reuniam os eleitores que estavam a favor de retirar Chávez do poder em um referendo revogatório, e em seguida, eram os cidadãos todos excluídos dos programas sociais ou da possibilidade da obtenção de um cargo ou um contrato com o setor público.

Esse banco de dados está nas mãos do regime cubana e agora muito mais sofisticado, o pior é que quem lida diretamente com essas informações é o regime de Havana.

“Todos aparecem nestas listas. Quer comprar um carro ? Ali está registrado, qualquer transação que você faça é gravada. Eles (os cubanos) sabem seu endereço, eles sabem se você comprou um apartamento. Eles conhecem as escolas dos seus filhos, e sabem se você tem um passaporte, bem como o número do seu cartão de identidade”, disse ele.

“Eles usam essa informação para intimidar as pessoas. Aos cubanos entregamos nada menos do que a privacidade de nossos cidadãos. Permitimos que entrassem em nossas casas, e invadissem a privacidade do nosso povo.”, disse ele.

A cultura do medo também é prevalente em instalações militares onde os oficiais venezuelanos são monitorados e, por vezes questionados pelos cubanos.

“Um soldado tem medo de falar com outro oficial, porque ele não sabe se o outro vai delatar. É o tipo de ambiente que regia a Europa Oriental durante a Guerra Fria, é a atmosfera que prevalece em Cuba”, disse ele.

E o uso de mecanismos de controle tende a aumentar nos próximos meses, à medida que aumentam os problemas de um Maduro fraco politicamente ante os questionamentos à sua legitimidade e a crescente agitação social provocada pela grave crise econômica. Com o passar do tempo, Nicolás Maduro, provavelmente, se verá mais inclinado a restringir as liberdades, ficando mais perto do controle social implementado em Cuba.

A Blogueira cubana, Yoani Sanchez, disse outro dia que “estavam metendo os venezuelanos em uma gaiola e se eles não lutassem iam acabar comendo ração”, lembrou Arria. “Concordo plenamente com essa senhora”, acrescentou.

Essa matéria foi originalmente publicada pela Blog Alagoas

Fonte: https://m.epochtimes.com.br/60-mil-soldados-cubanos-ocupam-venezuela-afirma-diplomata-diego-arria/


Assessores cubanos escoram Chávez


Cresce a presença de assessores cubanos na Venezuela, em apoio ao governo Chávez.

© 2004 MidiaSemMascara.org

CARACAS – Em uma iniciativa que aumenta a preocupação dos Estados Unidos, o presidente Hugo Chávez colocou dúzias de “assessores” cubanos em seus serviços de intelgiência e em ministérios chave, segundo afirmam diplomatas estrangeiros e antigos funcionários venezuelanos.

O desdobramento marca uma significativa expansão da influência cubana na segurança e nos assuntos governamentais da Venezuela, que já incluem um número estimado de 10.000 médicos cubanos trabalhando em bairros pobres e dúzias de treinadores desportivos.

O aumento dos assessores cubanos fez crescer as preocupações norte-americanas sobre Chávez, um populista esquerdista que considera Fidel Castro como seu mentor, assim como sobre a expansão da influência de Havana na região.

“Vemos uma expansão muito preocupante da infiltração castrista na Venezuela sob Chávez; os assessores cubanos são sempre algo mais sinistro do que simples técnicos”, disse um funcionário do Departamento de Estado que monitora a situação na Venezuela.

A preocupação de Washington aumentou em fins de março, quando a Venezuela retirou seu contingente militar do Instituto de Cooperação para a Segurança no Hemisfério Ocidental do Exército dos Estados Unidos, a velha Escola das Américas, que agora está situada em Fort Benning, Geórgia, segundo funcionários americanos.

Antigos funcionários do governo de Chávez disseram que a maioria das dúzias de assessores cubanos foram detectados nas seguintes agências governamentais:

- Direção dos Serviços de Inteligência e Prevenção, DISIP, principal agência de inteligência do país;

- Departamento de Inteligência Militar, o DIM;

- Banco Central;

- Ministério do Interior, em geral, a cargo dos assuntos nacionais;

- Departamento de Imigração, conhecido como DIEX.

Os antigos funcionários solicitaram anonimato para proteger seus amigos que ainda estão no governo, e que disseram que os estavam mantendo informados sobre a presença cubana na Venezuela.

Diplomatas estrangeiros em Caracas, cuja missão inclui monitorar os cubanos, disseram ter verificado com seus contatos no governo que foram colocados assessores cubanos em vários ministérios.

Altos funcionários do governo não responderam a diversas solicitações do Herald para que comentassem, porém o embaixador venezuelano em Washington disse que os cubanos na Venezuela estavam dedicados fundamentalmente a atividades humanitárias.

“Não se preocupem”, disse o embaixador Bernardo Alvarez Herrera na Voz das Américas, segundo a Agência France Press. “As pessoas que estão lá encontram-se fundamentalmente fazendo trabalho social”.

Os opositores de Chávez, entretanto, alegam que os assessores cubanos estão aqui em grande medida para fortalecer a segurança e a capacidade de inteligência do governo e dirigir o desenvolvimento de suas políticas esquerdistas e virulentamente anti-americanas.

Roger Noriega, secretário de Estado adjunto para assuntos do Hemisfério Ocidental, sugeriu recentemente que a Venezuela e Cuba criaram um eixo de subversão para desestabilizar os governos democráticos e pró-Estados Unidos da região.

“É bastante óbvio que o presidente Chávez não se considera a si mesmo como o melhor amigo dos Estados Unidos”, disse Noriega. “Porém, quanto a Fidel Castro, está muito claro que está cada vez mais ativo na região. E isto tem suscitado grandes preocupações entre dirigentes latino-americanos, porque compreendem que ele não apoia o processo democrático e que poderá estar tratando de solapá-los em seus próprios países”.

O secretário de Estado adjunto, Peter DeShazo, havia expressado ceticismo sobre a afirmação de que os cubanos na Venezuela só estavam envolvidos em atividades humanitárias. “Alguns estão dedicados à saúde e à educação”, disse DeShazo na Voz das Américas. “Esperemos que suas atividades estejam limitadas a isso”.

Manuel Heinz, um chefe da DISIP antes da chegada de Chávez ao poder, disse que os vínculos cubanos com a agência de inteligência começaram a ganhar entusiasmo depois que o primeiro nomeado por Chávez para encabeçar a DISIP, deixou de cooperar com os Estados Unidos, e com os serviços de inteligência israelitas.

Jesús Ordaneta, o primeiro chefe chavista da DISIP e um confidente próximo do mandatário até 2000, não respondeu às solicitações do Herald para uma entrevista. Porém, em um recente livro se jactou de haver rompido os vínculos com a CIA e com o Mossad.

A versão norte-americana é que Washington reduziu sua cooperação com a DISIP em meados de 2001, devido a seus crescentes vínculos com os serviços de inteligência cubanos.

Não se pôde contactar os funcionários cubanos na Venezuela para que comentassem. Porém, em janeiro Castro deixou entrever que Chávez havia convertido a Venezuela em algo mais que um país amigo. Os funcionários dos Estados Unidos “estão dizendo que vou morrer logo e que morto o cão, acabou-se a raiva”, disse Castro. “Bem, agora a Venezuela tornou-se um cão”.


Publicado originalmente pelo Miami Herald.

Fonte: VenezuelaNet.org


Tradução: Graça Salgueiro




Presença do Exército Cubano de Ocupação (CEO) na Venezuela



Os homens de preto

Como Cuba ensinou a Venezuela a reprimir dissidências militares com medo, espiões e serviço de inteligência

ANGUS BERWICKDA REUTERS, EM CARACAS



Em dezembro de 2007, Hugo Chávez sofreu sua primeira derrota nas urnas da Venezuela. Apesar de ainda ser extremamente popular entre a classe trabalhadora que o levou ao poder quase uma década antes, os eleitores rejeitaram o referendo que lhe permitiria disputar a reeleição indefinidamente.

Segundo três ex-assessores, Chávez ficou irritado e recorreu a um confidente próximo: Fidel Castro (1926-2016). O velho líder cubano foi mentor de Chávez anos antes de o venezuelano se tornar presidente.

Naquele momento, laços econômicos mais profundos tornavam Cuba ainda mais dependente da Venezuela rica em petróleo, por isso Fidel estava ávido em ajudar Chávez a permanecer no poder, disseram esses assessores. O conselho que ele deu foi de assegurar o controle absoluto dos militares.

Mas fácil dizer que fazer. Os militares da Venezuela tinham um retrospecto de levantes, às vezes chegando a golpes como o que Chávez, quando era tenente-coronel do Exército, tentou em 1992.

Uma década mais tarde, rivais realizaram um breve golpe contra o próprio Chávez. Mas, se Chávez desse os passos certos, instruiu o cubano, ele permaneceria no poder tanto tempo quanto o próprio Fidel, lembraram os assessores. Os militares cubanos, com o irmão de Castro no comando, controlariam tudo, da segurança a setores fundamentais da economia.

Em questão de meses, os países elaboraram dois acordos assinados em maio de 2008, analisados pela primeira vez pela Reuters, que deram a Cuba profundo acesso às Forças Armadas da Venezuela e grande liberdade para espioná-las.

Os acordos levaram à imposição de uma rígida vigilância das tropas venezuelanas por meio de um serviço de inteligência conhecido como Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM). Sob a orientação de conselheiros militares cubanos, a Venezuela reformou a unidade de inteligência em um serviço que espiona suas próprias Forças Armadas, incutindo medo e paranoia para esmagar a dissensão.

A DGCIM é acusada por soldados, legisladores da oposição, grupos de direitos humanos e governos estrangeiros de abusos, incluindo tortura e a morte recente de um capitão da Marinha que havia sido detido.





Nenhum comentário:

Postar um comentário