MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

França e Inglaterra: incubadoras do terrorismo internacional



França e Inglaterra: incubadoras do terrorismo internacional

Félix Maier

Intelectuais de esquerda da França e da Inglaterra sempre tiveram uma caidinha por regimes comunistas. Na França, o destaque fica para Jean-Paul Sartre, que disse que “todo anticomunista é um cão”. Na Inglaterra, um dos ícones do totalitarismo vermelho é Eric Hobsbawn, tido como um grande historiador, porém não passa de um reles ideólogo do marxismo.

Os campi da Sorbonne, localizados em Paris, foram importantes incubadoras do marxismo para militantes advindos de todos os cantos do planeta. Na segunda metade do século XX, destacaram-se expoentes do comunismo, como Sartre e sua amante Simone de Beauvoir, o cineasta Jean-Luc Godard, Pol Pot - o genocida do Khmer Vermelho, do Camboja, que trucidou 20% de sua população -, e Abimael Guzmán, líder do grupo terrorista peruano Sendero Luminoso, que matou mais de 70.000 pessoas. Escaparam da lavagem cerebral marxista, na Sorbonne, Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI), Raymond Aron, entre poucos. Entre os pupilos brasileiros, destacam-se personalidades da “esquerda caviar”, como Celso Furtado, FHC, que eu chamo de “FHCannabis”, por sua recente militância em prol da liberação da maconha, Dom Paulo Evaristo Arns (apelidado de “cardeal vermelho”), Ibrahim Sued, Luiz Mott.

A Inglaterra tem um currículo de incubadora do marxismo ainda mais duradoura do que a França. Em 1864, foi fundada em Londres a Associação Internacional de Trabalhadores (AIT), posteriormente denominada “I Internacional”; foi integrada por marxistas e anarquistas do movimento operário europeu que se opunha ao capitalismo, entre eles Marx, Proudhom e Bakunin. Em Londres foi criada em 1884 a Fabian Society, agremiação socialista de tendência marxista; deriva-se do nome de Fabius Cuntactor (Fábio, o Contemporizador), que substituiu a doutrina da “mais-valia” pela da renda socialmente criada que o Estado deveria devolver ao povo na forma de realizações de interesse público; Bernard Shaw e H. G. Wells pertenceram a essa variante langue de bois socialista.

Os “Apóstolos” eram um grupo de intelectuais, fundado em 1920, em Cambridge, Inglaterra, influenciados por Hobson (imperialismo) e Lênin, entre os quais se destacaram: John Maynard Keynes, Bertrand Russell, Roger Fry, Ludwig Wittgenstein, Leonard Woolf, Alfred Tennyson (que logo deixou o grupo), Lytton Strachey, William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. Quem do Grupo não era marxista, acabou logo por ser rejeitado: “Ele (Bertrand Russel) foi sozinho para a Rússia, em 1920, encontrou-se com Lênin e denunciou o seu regime como ‘uma burocracia tirânica fechada, com um sistema de espionagem mais sofisticado e terrível do que o do Czar e com uma aristocracia tão insolente e insensível quanto’. (...) Embora (Russell) compartilhasse de seu (o dos “Apóstolos”) pacifismo, ateísmo, anti-imperialismo e das ideias gerais progressistas, desprezava a sua apatia pegajosa; o Grupo, por sua vez, o rejeitou” (JOHNSON, 1994: 140-1) (1). Lytton Strachey escreveu o quarteto de ensaios biográficos, Eminent Victorians, publicado em 1918, expondo ao ridículo e ao desprezo Thomas Arnold, Florence Nightingale, o cardeal Henry Edward Manning e o general Charles George Gordon. “Nos anos 30, os Apóstolos deixaram de ser o centro do ceticismo político e se tornaram um centro ativo de recrutamento para a espionagem soviética. Enquanto alguns Apóstolos, como Anthony Blunt, Guy Burgens e Leo Long foram encorajados a se infiltrar nas agências britânicas a fim de transmitir informações para Moscou, a totalidade da esquerda, conduzida pelos comunistas, tentou manter a Grã-Bretanha desarmada - política sustentada por Stálin até que Hitler o atacasse em junho de 1941. Na década de 20, o Partido Comunista britânico era composto pela classe operária e se apresentava inovador e independente. No princípio da década de 30, chegaram os intelectuais da classe média e o PC rapidamente se tornou aviltadamente servil aos interesses da política externa da União Soviética” (idem, pg. 290-1).

Muitos intelectuais marxistas foram lutar na Guerra Civil Espanhola (1936-39), como o britânico George Orwell, junto com as Brigadas Internacionais (60.000 voluntários de todo o mundo), a favor dos “republicanos”, que na verdade pertenciam à comunista Frente Popular, sob as ordens de Moscou. Foram perpetradas atrocidades contra o clero católico, com estupro de freiras e milhares de assassinatos de padres, freiras e bispos. O general Franco, que venceu a barbárie comunista, teve, nos últimos anos, seu nome retirado de logradouros públicos – uma abominável traição a um herói nacional, fato que ocorre também no Brasil atual, em que personalidades pós-1964, como Castello Branco e Emílio Garrastazu Médici, têm seus nomes riscados de escolas e locais públicos, dando lugar a facínoras como Carlos Marighella.

A Inglaterra tinha a sua Sorbonne, a Universidade de Cambridge, onde atuaram importantes acadêmicos marxistas, como o “historiador” Eric Hobsbawn, que havia fugido da Alemanha nazista e foi, durante toda sua vida, membro do Partido Comunista Britânico. Hobsbawn foi secretário dos “Apóstolos” e fez parte do Grupo de Historiadores do Partido Comunista – sabe-se lá o que isso significa. Foi em Cambridge que ocorreu um dos maiores escândalos do século XX, o caso dos “Cinco de Cambridge”, espiões britânicos contratados pelos soviéticos: Kim Philby, Guy Burgess, Anthony Blunt, Donald Duart MacLean e John Cairncross. Philby foi até agraciado com um selo comemorativo soviético, em 1990. No entanto, o episódio não chegou a constituir um constrangimento muito grande à intelectualidade esquerdista inglesa. Pelo contrário: até Khruschev denunciar os crimes do stalinismo no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, ser comunista, nas academias, era estar do lado correto da história, apesar das crescentes notícias de terror que ocorriam na antiga URSS. Mesmo com todas as evidências dos crimes soviéticos, Hobwbawn, um “idiota moral”, assim como Sartre, nunca fizeram um mea culpa por seu apoio ao comunismo. Pelo contrário, orgulhavam-se em ser homens do Partido, até o fim de suas vidas.

Assim, não causa espanto a quantidade de organizações atuantes na Inglaterra, a incubadora por excelência do terrorismo comunista internacional (cfr. HUTTON, 1975: 227-8): (2)

1) Pró-URSS: Artistas para a Paz; Conselho de Autores pela Paz Mundial; Associação de Amizade Inglaterra-China; Liga de Amizade Inglaterra Tcheco-Eslováquia; Sociedade de Amizade Inglaterra-Hungria; Comitê Britânico para a Paz; Sociedade de Amizade Inglaterra-Polônia; Associação de Amizade Inglaterra-Romênia; Sociedade de Amizade Inglaterra-Sovietes; Sociedade Inglaterra-Sovietes; Comitê Inglaterra-Vietnã; Associação Conolly; Movimento para a Paz dos Antigos Soldados; Dia da Mulher Internacional; Departamento de Pesquisas Trabalhistas; Liga pela Democracia na Grécia; Comitê de Ligação para a Defesa dos Sindicatos; Marx House – Centro de Educação do Partido Comunista; Organização dos Músicos para a Paz; Assembleia Nacional das Mulheres; Associação Nacional das Mulheres; Associação Nacional de Inquilinos e Residentes; Congresso do Povo para a Paz; Cientistas para a Paz; Sociedade de Relações Culturais com a URSS; Sociedade de Amizade com a Bulgária; Federação Trabalhista de Estudantes; Professores para a Paz; Conselho de Paz Gaulês; Federação de Paz de West Yorkshire; Parlamento das Mulheres; Comitê de Campanha de 1960;
2) Pró Pequim: A Sociedade Albanesa; Sociedade de Amizade Inglaterra-Albânia; Frente de Solidariedade Inglaterra-Vietnã; Movimento Comunista de Camden; Grupo Marxista-Leninista de Camden; Comitê Caribe-América Latina, Afro-Asiático; Jovens Comunistas de Chelsea; Comitê contra o Revisionismo pela Unidade Comunista; Partido Comunista da Inglaterra (Marxista-Leninista); Associação Comunista de Finsbury; Amigos da China; Os Internacionalistas; Comitê dos Trabalhadores de Londres; Fórum Marxista-Leninista; Organização Marxista-Leninista da Inglaterra; Sociedade para Compreensão Anglo-Chinesa; Partido dos Trabalhadores da Inglaterra; Partido dos Trabalhadores da Escócia;
3) Pró-Cuba: Comitê Tricontinental.

Em Londres existia (ainda existe?) o onagro a serviço da URSS chamado Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos, com centenas de milhares de membros em 51 países. Lá existia (ainda existe?) o Movimento Revolucionário Internacionalista (MRI), que apoia movimentos maoístas no mundo todo, como o Sendero Luminoso, no Peru, e o PKK, na Turquia. Lá existia (ainda existe?) o Peru Support Group, um grupo de apoio ao Sendero Luminoso; faziam parte do grupo o Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento e religiosos jesuítas britânicos.

Em Londres foi constituído, em 1966, o I Tribunal Bertrand Russell, que criticava as ditaduras latino-americanas, mas nada falava das ditaduras comunistas. Lá foi criada a Anistia Internacional, ONG esquerdista por excelência, que defendeu “prisioneiros de consciência” como Abimael Guzmán.

Além de ser importante incubadora do marxismo e do terrorismo comunista, a Inglaterra é também importante incubadora do terrorismo islâmico atual.  

Em Londres, é publicado o jornal Al-Quds al-Arabi (editor: Abdul-Bari Atwan, ligado à Al-Qaeda); em editorial na véspera do atentado do voo 800 da TWA, o jornal afirmou que “existe uma onda de ódio contra os americanos no cenário árabe” e que “foi Washington, suas políticas e seus aliados na região que criaram esse fenômeno e o alimentaram”, concluindo: “o que aconteceu no Cairo, em Riad e em Khobar é apenas o começo” (Cfr. BODANSKY, 2002: 238) (3). Lá existe o Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos (CDDL), que é “o maior e mais bem-organizado grupo de oposição islamita saudita e desfruta de acesso à elite saudita no Ocidente e em sua pátria” (BODANSKY, 2002: 194); no início dos anos de 1990, mostrava-se um movimento islamita “modernista”, para criar uma imagem de “moderado” no Ocidente; porém, após a divulgação da palestra do xeque Salman bin Fahd al-Udah (“A Arte da Morte” - teve a importância de uma fatwa, convocando ao sacrifício da vida humana), este foi preso na Arábia Saudita em setembro de 1994 e o CDDL passou a defender a derrubada do governo em Riad através da luta armada.

Como se pode comprovar com os exemplos acima citados, a Inglaterra sempre foi um porto seguro para terroristas de toda a espécie, tanto comunistas como islâmicos. Não é à toa que em Londres fica o túmulo de Karl Marx - além de bancos, jornais e organizações islâmicas que apoiam o terrorismo. Enfim, após tantos anos da mais pura leniência, os políticos britânicos só começaram a abrir os olhos depois dos ataques terroristas ocorridos em estações de metrô e contra ônibus, em 2005, quando o brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto por engano. Também tiveram seus dias de Terceiro Mundo durante os tumultos de 2011, quando jovens islâmicos queimaram prédios e carros, promoveram saques e atacaram a polícia.

Em apoio ao multiculturalismo, temendo serem acusadas de racismo ou xenofobia, as autoridades britânicas nunca se dispuseram a coibir os abusos de paquistaneses e indianos que, em nome da religião islâmica, tentam impor a sharia no país que os acolheu. Assim, a justiça britânica sempre foi cega, em não ver os maus-tratos cometidos, p. ex., contra meninas que são obrigadas a se casar com 11 anos de idade. Não se importaram com as denúncias de estupro em massa que ocorre na Inglaterra, promovido por gangues islâmicas contra mulheres brancas, com poucos casos de prisões. Nem prestaram atenção nas pregações feitas por sheiks, que nas mesquitas ou com megafones nas ruas pregam o ódio contra a civilização ocidental. O mesmo ocorre na França, que tem a maior população islâmica da Europa. Chegará o dia em que os muçulmanos exigirão a criação do califado de Marselha...

John Laffin no livro The Arab Mind (4) diz: "A lei islâmica não reconhece a possibilidade de paz com descrentes e infiéis. A parte do mundo não-muçulmano é conhecida na teologia islâmica como 'território de guerra'. A maior parte dos militantes muçulmanos acredita que a tarefa de Maomé não será bem-sucedida enquanto não-muçulmanos tiverem controle de qualquer parte do planeta" (minha tradução). Os políticos do Ocidente ainda não se deram conta do significado teológico da expressão Dar Al-Harb (território de guerra), que deve ser conquistado para o Islã, seja pela pregação, seja pela força da espada. Assim, território não-islâmico é um território que deve ser totalmente conquistado para Alá. Ou seja: o mundo inteiro.

No “Belgistão” (Bélgica + bantustão), existe um processo de islamização por meio do partido 4ShariahBelgium, que ocupa assentos no parlamento. Entre suas reivindicações, constam: que os restaurantes sirvam alimentos preparados conforme o costume islâmico (halal), o reconhecimento dos feriados islâmicos, o casamento com meninas, a imposição da sharia como parte da legislação.

Assim, a Europa está se tornando uma verdadeira “Eurábia”, que é a combinação das palavras “Europa” e “Arábia”. Trata-se da islamização da Europa moderna, motivada, principalmente, pelo “suicídio” daquele continente, onde as pessoas não querem mais ter filhos, e onde já se fala em cultura pós-cristã, com o fechamento de igrejas e catedrais, que dão lugar a bibliotecas, centros culturais, restaurantes. “Estudo de uma equipe de sociólogos do EVS mostra que, em 1999, havia 62,1% de católicos e 25,8% de protestantes no continente. Em 2008, data do último relatório, registrou-se queda vertical nas proporções, para 36,7% e 14,5%, respectivamente. (...) Do lado muçulmano, ocorre o contrário. Eles são atualmente 44 milhões (6% da população europeia), depois de um aumento de 14,5 milhões de 1990 a 2010” (“Europa: queda vertical de católicos e protestantes! Crescem os sem igreja e os muçulmanos!” Ex-Blog do Cesar Maia, 28/10/2011). Os muçulmanos agradecem esse precioso presente oferecido por Alá, chucrán! Apesar dos magrebianos terem casa, comida e escola de graça, como é o caso da França, eles não se aculturam e exibem faixas em protestos: “O Islã é a solução”, “O Islã é minha pátria”. Já existe uma espécie de intifada na França, na Alemanha e na Inglaterra, com incêndios de carros e prédios públicos, e depredações em geral, a qualquer pretexto - com o apoio direto ou indireto dos sheikhs nas mesquitas, que vociferam contra os “infiéis”. Deveriam ser todos deportados, já que cospem no prato em que comem.

Com o crescimento populacional da nova nação, a “Eurábia”, não é de estranhar que haja tanto apoio ao insurgente Estado Islâmico, que comete atrocidades na Síria e no Iraque, onde cristãos e yazidis são dizimados como cães sarnentos: 2% dos alemães, 7% dos britânicos, 16% dos franceses, conforme dados do site Notícias da Rua Judaica. Esses dados percentuais refletem a população muçulmana desses países, que aumenta a cada ano. Só depois de a Grã-Bretanha ceder clandestinamente pelo menos 500 jihadistas para lutar ao lado do grupo que decepou a cabeça de um jornalista americano frente a uma câmera é que o 1º ministro David Cameron, enfim, acordou.

Durante décadas, houve um longo tempo de semeadura. Agora, a colheita será farta.

Notas:

(1) JOHNSON, Paul. Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80. Bibliex e Instituto Liberal, Rio, 1994 (Tradução de Gilda de Brito Mac-Dowell e Sérgio Maranhão da Matta).

(2) HUTTON, J. Bernard. Os Subversivos - A primeira revelação mundial do plano comunista de conquista do mundo ocidental. Bibliex, coedição com Editora Artenova S. A., Rio, 1975 (Tradução de Luiz Corção).

(3) BODANSKY, Yossef. Bin Laden - O Homem que Declarou Guerra à América. Ediouro, São Paulo, 2002.

(4) LAFFIN, John. The Arab Mind - A need for Understanding. Cassel & Company Limited, London, 1978.