Black Lives Matter é um movimento revolucionário marxista cujo objetivo é transformar os Estados Unidos em uma distopia comunista. O BLM afirma que quer acabar com a família nuclear, polícia, prisões e o capitalismo. Os líderes do BLM ameaçaram "reduzir a cinzas o sistema" se as demandas não forem atendidas. Eles já estão treinando milícias.
"Cortar o orçamento da polícia de Los Angeles significa atendimentos mais demorados às chamadas de emergência do 911, significa que os policiais que pedirem reforços não os terão e que também não haverá investigações de estupro, assassinato e agressão ou então levarão uma eternidade, muito menos serem resolvidos." — Los Angeles Police Protective League, sindicato da polícia da cidade.
"Os brancos estão tão confusos nos Estados Unidos... Assumindo que hoje há racismo sistemático, esse racismo é contra os brancos, no sentido de que os brancos são responsáveis por todos os males do mundo...." — Dr. Carol M. Swain, professora universitária e membro do conselho consultivo do Black Voices for Trump.
"Somos todos seres humanos à imagem de Deus. O Black Lives Matter e o Antifa e organizações do tipo não nos ajudarão a transcender o racismo, o classismo e os "ismos" com os quais eles estão preocupados. Há coisas que podem ser feitas na comunidade negra, mas o mais importante é ajudar as pessoas a perceberem o quão importantes são suas atitudes..." — Dr. Carol M. Swain.
Black Lives Matter é um movimento revolucionário marxista cujo objetivo é transformar os Estados Unidos em uma distopia comunista. O BLM afirma que quer acabar com a família nuclear, polícia, prisões e o capitalismo. Os líderes do BLM ameaçaram "reduzir a cinzas o sistema" se as demandas não forem atendidas. Eles já estão treinando milícias. Foto: Manifestante carrega uma bandeira americana de cabeça para baixo com as inscrições "BLM", durante uma passeata em Boston, Massachusetts em 22 de junho de 2020. (Foto: Joseph Prezioso/AFP via Getty Images) |
Uma pesquisa recente conduzida pelo Pew Research Center constatou que mais de dois terços dos americanos apoiam o movimento Black Lives Matter. O massivo apoio levanta a questão sobre o quanto, na realidade, o público está por dentro do que é o BLM.
Superficialmente, o BLM se apresenta como um movimento popular dedicado à nobre missão de combater o racismo e a brutalidade policial. Um olhar mais acurado mostra que o BLM é um movimento marxista revolucionário que visa transformar os Estados Unidos e o mundo inteiro em uma distopia comunista.
Esta é a primeira parte de uma série de dois artigos que revela o seguinte:
Os fundadores do BLM admitem abertamente serem ideólogos marxistas. Entre seus auto-proclamados mentores figuram ex-membros do Weather Underground, um grupo terrorista radical de "esquerda" que procurava desencadear uma revolução comunista nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970. O BLM é muito chegado ao ditador venezuelano Nicolas Maduro, cujas políticas socialistas trouxeram colapso econômico e miséria incalculáveis a milhões de pessoas em seu país.
O BLM declara que quer abolir: a família nuclear, polícia e prisões, 'heteronormatividade' e o capitalismo. O BLM e os grupos a ele associados exigem uma moratória em relação a alugueis, hipotecas e serviços públicos, além de indenizações contidas em uma lista quilométrica de reivindicações. Os líderes do BLM ameaçaram "reduzir a cinzas o sistema" se suas exigências não forem atendidas. Eles também estão treinando milícias com base no movimento militante Panteras Negras da década de 1960.
O BLM, que para fins tributários não é registrado como organização sem fins lucrativos, levantou dezenas de milhões de dólares em doações. As finanças do BLM são nebulosas. As doações que vão para o BLM são coletadas pela ActBlue, uma plataforma de captação de recursos vinculada ao Partido Democrata e às causas associadas a ele. Na realidade, os líderes do BLM confirmaram que seu objetivo nº1 é depor o presidente dos EUA, Donald J. Trump.
Acima de tudo, a principal premissa do BLM se baseia numa mentira, a saber: que os Estados Unidos estão "em guerra" com os afro-americanos. Os negros não estão sendo sistematicamente visados pelos brancos. Cinquenta anos após a assinatura da Lei dos Direitos Civis em 1964, mais de três em cada quatro americanos, a maioria brancos e negros, concordaram que houve progresso de verdade em deixar para trás a discriminação racial. Especialistas observam que a incapacidade do BLM de apresentar evidências empíricas sólidas de racismo sistêmico explica porque seus líderes continuam "ampliando e aprofundando" as acusações com o intuito de incluir toda a ordem social e política americana.
O BLM Segundo suas Próprias Palavras
"Na realidade temos sim uma configuração ideológica. Eu e Alicia (Garza) em particular somos organizadoras treinadas. Somos marxistas de carteirinha. Somos super versadas em teorias ideológicas". — cofundadora do BLM Patrisse Cullors, 22 de julho de 2015.
"Se este país não nos der o que queremos, reduziremos a cinzas esse sistema e colocaremos outro em seu lugar. Entenderam? Eu posso estar falando figurativamente. Eu posso estar falando literalmente. É uma questão de interpretação... O que mais eu quero é a libertação negra e a soberania negra, custe o que custar." - Hank Newsome, ativista do BLM, 25 de junho de 2020.
"Tomem as ruas! O sistema está usando todas as táticas diversionárias e de desmobilização contra nós. Estamos lutando para acabar com o policiamento e com as prisões no sistema vigente, essas atividades precisam ser combatidas, é imperativo combater o imperialismo 'heteropatriarcal' capitalista supremacista branco. Avalie seus camaradas e não perca o foco." - BLM Chicago, Twitter, 16 de junho de 2020.
"Não existe essa coisa de 'vidas azuis'. Não há matiz de uma vida azul. Ser policial é uma profissão. É um trabalho. 'Todas as vidas são importantes', é como dizer que o céu é azul. Não ouvi nenhum argumento dizendo que a polícia está do lado certo da história." - cofundadora do BLM Alicia Garza, ktvu.com, 30 de março de 2018.
"E lá se vão centenas de anos de opressão geracional, trauma e racismo infraestrutural que afetam nossos corpos e os tornam mais vulneráveis a algo como um COVID-19". - cofundadora da BLM Patrisse Cullors, Repórter de Hollywood, 2 de junho de 2020.
"Dizemos #DefundThePolice e #DefundDepOfCorrections porque eles trabalham em conjunto. O aumento do encarceramento em massa ocorreu juntamente com o aumento da militarização e do policiamento em massa. Eles precisam ser abolidos como sistema". - BLM Chicago, 13 de junho de 2020.
"Somos anticapitalistas. Acreditamos e entendemos que os negros nunca alcançarão a libertação sob o atual sistema capitalista global que discrimina de acordo com a raça". - Movement for Black Lives (M4BL), do qual o BLM faz parte, 5 de junho de 2020.
"'Todas as Vidas Importam' nada mais são do que frases de efeito de cunho racista dirigidas a um determinado grupo de pessoas que procuram deslegitimar séculos de reivindicações relacionadas à opressão global contra os negros e colocar aqueles que demonstram imenso orgulho da sua negritude como inimigos do estado. Bem, somos inimigos de qualquer estado racista, sexista, classista e xenofóbico que sancione brutalidade e assassinato contra pessoas marginalizadas que merecem viver como pessoas livres". - Feminista Jones ativista do BLM.
"Nós defendemos a sociedade civil palestina pedindo sanções específicas, de acordo com o direito internacional, contra o regime colonial do apartheid de Israel". - BLM UK, 28 de junho de 2020.
"Somos um movimento ABOLICIONISTA. Não acreditamos na reforma da polícia, do estado ou do complexo industrial prisional". - BLM UK, 21 de junho de 2020.
"Sim, acho que as estátuas do europeu branco que eles alegam ser Jesus também devem ser derrubadas. Elas são uma forma de supremacia branca. Sempre foram. Na Bíblia, quando a família de Jesus queria se esconder e se misturar com o povo, adivinhe para onde eles foram? Para o EGITO! Não para a Dinamarca. Derrube-as." - Líder do BLM Shaun King, 22 de junho de 2020.
"Estamos vivenciando um momento político que, pela primeira vez, depois de muito tempo, está falando de alternativas com respeito ao capitalismo". - Alicia Garza, cofundadora do BLM, março de 2015.
"O antirracismo é anticapitalista e vice-versa. Não tem como fugir disso. Para ser antirracista, é necessário rejeitar que tudo volte a ser como antes. O fim do racismo exige a transformação do cenário político-econômico global." - Joshua Virasami, BLM UK, 8 de junho de 2020.
Breve História
O movimento Black Lives Matter começou em julho de 2013, quando George Zimmerman, de 28 anos de idade, coordenador de vigilância comunitária, de descendência hispânica-alemã, foi absolvido das acusações de homicídio quando em um tiroteio em 2012 no qual Trayvon Martin, estudante negro de ensino médio de 17 anos foi baleado vindo a óbito, em Sanford na Flórida.
Alicia Garza, uma senhora negra de Oakland, Califórnia, postou no Facebook o que ela chamou de "carta de amor aos negros". Ela escreveu: "continua me causando espécie o tiquinho que a vida dos negros importa. Negros, eu os amo. Eu amo a nós mesmos. Nossas vidas importam sim." Patrisse Cullors, uma senhora negra de Los Angeles, Califórnia, então colocou no Twitter um post do Facebook de Garza, com a hashtag #BlackLivesMatter. Depois de ver a hashtag, Opal Tometi, uma nigeriana americana de primeira geração de Phoenix, Arizona, formou uma parceria com Garza e Cullors para marcar presença na Internet. Tometi comprou o nome do domínio da Internet e montou a plataforma digital do BLM, incluindo contas de redes sociais, onde incentivam as pessoas a contarem suas histórias.
A hashtag #BlackLivesMatter chamou a atenção nacional em agosto de 2014, depois que o tiro fatal disparado pelo policial branco Darren Wilson atingiu Michael Brown de 18 anos, em Ferguson, Missouri. A hashtag estava presente em todos os lugares durante os tumultos de novembro de 2014, quando um júri de acusação decidiu não indiciar Wilson. Até 2018, a hashtag #BlackLivesMatter tinha sido tuitada mais de 30 milhões de vezes.
Desde sua criação há sete anos, o Black Lives Matter se transformou em um movimento com quase 40 divisões e milhares de ativistas nos Estados Unidos, Canadá e Grã-Bretanha. O que começou como uma campanha que visava obter justiça para os negros se tornou algo sem tamanho, muito mais radical em suas demandas.
Qual é a proposta?
A visão de mundo do BLM se baseia numa mistura de estruturas teóricas de extrema esquerda, incluindo a teoria crítica da raça e a teoria interseccional. A teoria crítica da raça postula que o racismo é sistêmico, que se baseia em um sistema de supremacia branca, sendo portanto uma característica permanente na vida americana. A teoria Interseccional assevera que as pessoas são, via de regra, tolhidas por múltiplas fontes de opressão: raça, classe, identidade de gênero, orientação sexual, religião e outros marcadores de identidade.
Tanto o Black Lives Matter como outros disseminadores da teoria crítica da raça e da teoria interseccional rejeitam a ideia de que cada um é responsável pelos seus atos, seja criminoso ou não, porque, segundo eles, os negros são vítimas sistêmicas e permanentes de racismo. O único jeito desse racismo, segundo o BLM, ser derrotado é desmantelando por completo o sistema econômico, político e social americano e reconstruindo-o do zero, de acordo com os princípios marxistas.
O Black Lives Matter quer substituir os pilares formativos da sociedade americana: 1) abolir o conceito judaico-cristão da tradicional família nuclear, a unidade social básica dos Estados Unidos. 2) abolir a polícia e desmantelar o sistema penitenciário. 3) estabelecer o transexualismo e deslegitimar a assim chamada 'heteronormatividade' (a crença de que a heterossexualidade é a norma). 4) abolir o capitalismo (uma economia livre) e substituí-lo pelo comunismo (uma economia controlada pelo governo).
Abolir a Tradicional Família Nuclear
Em seu programa político, o Black Lives Matter sustenta que está comprometido em acabar com a tradicional família nuclear:
"nós minamos o preceito de estrutura familiar nuclear imposta pelo Ocidente, apoiando uns aos outros feito famílias ampliadas e 'povoados' que coletivamente cuidam uns dos outros, em especial dos nossos filhos, na medida em que mães, pais e filhos se sintam à vontade".
Karl Marx e Friedrich Engels rejeitaram a família tradicional porque, segundo eles, a família nuclear, como unidade econômica, sustenta o sistema capitalista. Engels escreveu: "o cuidado e a educação das crianças se tornam uma questão pública, a sociedade cuida de todas as crianças, sejam elas legítimas ou não."
Inúmeros especialistas já observaram que os afro-americanos precisam de famílias mais fortes, não mais fracas. Em março de 1965, Daniel Patrick Moynihan, então Secretário Adjunto do Trabalho do Presidente dos Estados Unidos Lyndon B. Johnson, escreveu uma matéria pioneira, focada nas raízes da pobreza dos negros nos Estados Unidos. A matéria ligou os inúmeros problemas que afligem os afro-americanos a saber: criminalidade, desemprego, evasão escolar, filhos fora do casamento, justamente ao colapso da tradicional família nuclear.
Quando o Relatório Moynihan foi escrito em 1965, 25% das crianças negras nasciam fora do casamento nos Estados Unidos. Em 2015, portanto cinquenta anos depois, mais de 75% das crianças negras nasceram fora do casamento, de acordo com o Centro Nacional de Saúde e Estatística.
Vinte anos após o Relatório Moynihan, Glenn Loury, o primeiro economista negro a obter uma cadeira para lecionar na Universidade de Harvard, enalteceu Moynihan como profeta:
"a classe menos privilegiada da comunidade negra apresenta problemas complicadíssimos que não têm mais como serem atribuídos somente ao racismo dos brancos, o que nos força a lidar com obstáculos de primeira grandeza na sociedade negra. A desorganização social que grassa entre os negros mais pobres, a defasagem no desempenho acadêmico dos estudantes negros, o preocupante índice de criminalidade entre os próprios negros e a alarmante escalada da gravidez prematura e indesejada entre os negros agora aparece como o primordial obstáculo para o progresso dos negros".
Thomas Sowell, economista afro-americano e teórico social alertou que o Relatório Moynihan de 1965 "pode ter sido o último relatório honesto do governo sobre raça". Em contrapartida, ativistas afro-americanos dos direitos civis criticam Moynihan por ele "culpar a vítima".
Extinguir a Polícia e as Prisões
O BLM declara que deseja "cortar a verba" e ao fim e ao cabo "acabar" com a polícia e com as prisões nos Estados Unidos. Os policiais seriam substituídos por educadores, assistentes sociais, especialistas em saúde mental e líderes religiosos, que, segundo o BLM, reduziriam os índices de criminalidade.
Em uma entrevista concedida à revista Newsweek, Cullors, cofundadora do BLM salientou:
"A liberdade da maioria dos brancos ricos se baseia na falta de liberdade dos negros. De modo que a polícia não é realmente usada para manter os negros em segurança. Ela é usada para patrulhar, ocupar, assediar, abusar, frequentemente caçar e, acima de tudo, pelo que estamos presenciando: assassinar nossas comunidades."
"Policiamento e encarceramento fazem parte de um processo contínuo. O policiamento é a primeira resposta, o encarceramento é a última resposta. E esses dois sistemas se apoiam muito, muito profundamente. Temos que trabalhar para nos livrarmos de ambos."
Em uma entrevista com o Hollywood Reporter, Cullors explicou que ela não é só uma ativista, mas uma abolicionista moderna:
"uma abolicionista acredita em um mundo onde a polícia e as prisões não serão mais usadas como ferramentas de segurança pública".
Opal Tometi, cofundadora do BLM adiantou em entrevista à revista The New Yorker, que o policiamento nos Estados Unidos tem suas raízes no gerenciamento da escravidão e, portanto, é sistemicamente racista. Ela explicou:
"lutamos e defendemos o fim da guerra contra as vidas dos negros. É isso que estamos testemunhando, uma guerra contra a vida dos negros. E as pessoas entendem que o sistema que está aí encontra-se repleto de desigualdades e injustiças e que preconceitos implícitos e inequívoco racismo estão enfronhados na maneira como o policiamento é feito nessa nação, quando você pensa nisso no contexto histórico, que o policiamento foi criado como patrulha para controlar escravos. A evolução do policiamento está enraizada nisso.... "
Peter Newsham, chefe de polícia de Washington, D.C., alertou que o corte de recursos dos departamentos policiais poderia causar uma escalada no uso da força por parte dos policiais:
"a causa nº1 que contribui para o uso da força excessiva em qualquer agência policial acontece quando se corta recursos. Quando se corta recursos de um órgão policial, a medida afeta o treinamento, afeta as contratações, afeta a formação de bons líderes".
A Police Protective League de Los Angeles, sindicato da polícia da cidade, ressaltou que os cortes no orçamento seriam "extremamente irresponsáveis":
"cortar o orçamento da polícia de Los Angeles significa atendimentos mais demorados às chamadas de emergência do 911, significa que os policiais que pedirem reforços não os terão e que também não haverá investigações de estupro, assassinato e agressão ou então levarão uma eternidade, muito menos serem resolvidos."
Pesquisas de opinião mostram que a maioria dos americanos, incluindo a maioria dos negros, não compartilham com a ideia do BLM sobre o fim da polícia. Um relatório recente de Rasmussen constatou que 63% dos americanos adultos "consideram o cargo de policial um dos trabalhos mais importantes em nosso país atualmente". Além disso, 64% temem que o atual sentimento anti-polícia faça com que menos pessoas se disponham a se tornarem policiais, consequentemente "reduzindo a segurança pública na comunidade em que vivem". É importante ressaltar que, de acordo com o relatório Rasmussen, "os negros (67%) são os mais preocupados com a segurança pública onde vivem, em comparação com 63% dos brancos e 65% de outras minorias americanas".
Acabar com a Heteronormatividade
O programa do BLM em relação à polícia assinala:
"somos auto-reflexivos e fazemos o trabalho necessário para desmantelar o privilégio do cisgênero (pessoa que se identifica com o seu gênero de nascimento) e elevar as pessoas trans negras, especialmente as mulheres trans negras que continuam a ser desproporcionalmente impactadas pela violência antagonista trans..."
O estudo acadêmico "The 'Queering' of Black Lives Matter" descreve em minúcias como as questões de identidade sexual e orientação de gênero viraram prioridade deixando para segundo plano o foco original do BLM, a brutalidade policial. O holofote dirigido em cima da sexualidade provocou acusações segundo as quais o BLM é "um movimento gay disfarçado de movimento negro".
Duas das três fundadoras do BLM se descrevem como "mulheres negras gays". Uma delas, Alicia Garza, é casada com um homem transgênero mestiço. Patrice Cullors descreve a si própria como "poliamorosa". Em entrevista após a entrevista, Garza e Cullors levantaram a questão das "pessoas negras trans, não conformistas de gênero", que via de regra são excluídas da violência policial.
Em uma entrevista com o The New Yorker, Garza salientou que ela não está interessada na tradição americana que diz viva e deixe viver: "Queremos assegurar que não se diga: 'bem, seja lá como for, não estou nem aí.' Não, eu quero que você ligue sim. Quero que você me veja por inteiro."
Acabar com o Capitalismo e com o Sistema "Patriarcal"
O BLM equipara o capitalismo ao racismo da mesma forma que seus primos da Antifa equiparam o capitalismo ao fascismo. As visões do BLM sobre o capitalismo são baseadas no conceito de "capitalismo racial", um termo criado pelo já falecido Cedric Robinson, que postulava que o capitalismo e o racismo são dois lados da mesma moeda: ambos, segundo Robinson, dependem da escravidão, violência, imperialismo e genocídio.
O braço britânico do Black Lives Matter UK sustenta: "somos guiados pelo compromisso de desmantelar o imperialismo, capitalismo, supremacia branca, patriarcado e as estruturas estatais que penalizam desproporcionalmente os negros na Grã-Bretanha e no mundo".
O Movement for Black Lives (M4BL), um "ecossistema" de mais de 170 organizações lideradas por negros, incluindo o BLM, declara:
"somos anticapitalistas: acreditamos e entendemos que os negros nunca alcançarão a libertação sob o atual sistema capitalista global que discrimina de acordo com a raça"
O M4BL demanda "a reconstrução da economia para assegurar que as comunidades negras possuam propriedade coletiva" e "uma reestruturação progressista dos códigos de impostos nas esferas local, estadual e federal para garantir uma redistribuição radical e sustentável da riqueza".
O M4BL também exige indenizações por danos passados e os que continuam se arrastando:
"o governo, as empresas responsáveis e outras instituições que lucraram e continuam lucrando à custa do sofrimento dos negros, do colonialismo à escravidão, passando pela segregação residencial e de oferta de alimentos, encarceramento em massa e monitoramento, devem indenizar pelos danos causados." Compreendendo:
"acesso irrestrito e gratuito de todos os negros (incluindo os que não possuem documentos e também aqueles que estiveram ou ainda estão encarcerados) à educação vitalícia, renda mínima digna garantida a todos os negros, indenizações pelas riquezas extraídas de nossas comunidades por meio do racismo ambiental, escravidão, apartheid alimentar, discriminação habitacional e capitalismo que discrimina de acordo com a raça".
As demandas do BLM e do M4BL são semelhantes àquelas do Manifesto Comunista, a saber:
"fim da propriedade da terra e aplicação de todas as rendas oriundas da terra em bens públicos, imposto de renda pesado ou progressivo, ampliação de fábricas e instrumentos de produção pertencentes ao Estado, cultivo de terrenos baldios e benfeitoria do solo de acordo com um plano comum".
Demanda imediata do BLM
Patrícia Cullors, cofundadora do BLM, confirmou recentemente que o objetivo imediato é depor o presidente dos EUA, Donald J. Trump:
"Donald Trump não só não deveria estar no cargo em novembro como também deveria renunciar imediatamente. Ele tem que cair fora. Ele não está à altura do cargo. De modo que vamos pressionar para que ele saia. Ao mesmo tempo também continuaremos pressionando Joe Biden no tocante às suas políticas e quanto ao seu posicionamento quanto ao policiamento e à criminalização. Isso é muito importante. Mas nosso objetivo primordial é tirar Donald Trump."
Avaliações sobre o Programa do BLM
Em entrevista à Chanel Rion, da One America News Network, a Dra. Carol M. Swain, professora universitária, intelectual que se comunica bem com o grande público e membro do conselho consultivo do Black Voices for Trump, salientou:
"Para mim está muito claro que o objetivo da organização Black Lives Matter é muito mais abrangente do que só o que gira em torno dos negros, ela está realmente alavancando um programa socialista, marxista."
"Os brancos estão tão confusos nos Estados Unidos. Eu odeio dizer isso dessa maneira, mas não conheço outra maneira: eles querem sinalizar aos negros que eles se importam sim e a única maneira que eles acham que podem fazer a diferença é concordar com o slogan, que é uma premissa verdadeira, de que as vidas dos negros importam da mesma maneira que todas as vidas importam. As vidas brancas importam, as vidas dos mestiços importam, mas eles não têm como separar o slogan, que é uma premissa verdadeira, de uma organização que tem um objetivo que acredito ser destrutivo para os Estados Unidos."
"Há algo muito errado quando argumentam que o racismo é permanente. Se é permanente, não há nada que se possa fazer. Que a pele branca é um atributo significa que as pessoas que nasceram brancas têm atributos que lhes dão vantagens sobre os negros."
"Assumindo que hoje há racismo sistemático, esse racismo é contra os brancos, no sentido de que aos brancos são responsáveis por todos os males do mundo, que o racismo é permanente e que a única maneira de se redimirem é: despojando-se de sua brancura. O que compreende vergonha para os jovens brancos. Se você tem pele branca, logo deve ter todos esses privilégios dos brancos. Eu sustento que há privilégio para os negros, para os mestiços, na realidade, o que está em jogo é a classe social. O quanto antes pararmos de definir tudo, até mesmo a brutalidade policial, como racismo, tão logo teremos condição de unir esforços de todos como americanos."
"Somos todos seres humanos à imagem de Deus. O Black Lives Matter e o Antifa e organizações do tipo não nos ajudarão a transcender o racismo, o classismo e os ismos com os quais eles estão preocupados. Há coisas que podem ser feitas na comunidade negra, mas o mais importante é ajudar as pessoas a perceberem o quão importantes são suas atitudes. Eu diria que as atitudes de uma pessoa são mais importantes do que a raça, gênero e classe social para determinar se elas serão ou não bem-sucedidas".
O colunista Josh Hammer escreveu que o sistema americano de governança e modo de vida está diante de uma ameaça existencial de grupos como BLM e Antifa:
"A esquerda moderna, sob domínio dos anarquistas do Antifa e dos marxistas do Black Lives Matter, posicionou-se como um movimento político contrário ao regime americano. No âmbito institucional, a liderança do Partido Democrata se comporta cada vez mais com um cachorro abanado pelo rabo, no caso Antifa e Black Lives Matter. E esse rabo, como é abertamente admitido em momentos de franqueza, é resolutamente contrário à ideia dos Estados Unidos. Não há outra maneira de se compreender o ardente desejo dos insurrecionistas que, ao canalizar o que há de pior da Revolução Cultural de Mao, desfigurando e destruindo honrarias da sociedade ao homem que escreveu a Declaração da Independência (Jefferson) e ao homem que concretizou seus ideais (Lincoln). Dá para pedir uma demonstração mais clara do avolumado desdém com que a esquerda vê todo o projeto americano?
"No momento estamos no meio de uma guerra civil fria entre americanistas, orgulhosos defensores e preservadores do regime e estilo de vida americanos e os incendiários civilizacionais que procuram queimar esse regime e modo de vida no éter. Sim, estamos lutando pela alma dos Estados Unidos e também pela própria América".
A Parte II desta série examinará as influências ideológicas do BLM, suas atividades e a origem de seus recursos.
Soeren Kern é colaborador sênior do Gatestone Institute sediado em Nova Iorque.
Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/16233/black-lives-matter-marxistas
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