MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

A LÍNGUA DE PAU - Uma história da intolerância e da desinformação - Por Félix Maier

 A LÍNGUA DE PAU 

Uma história da intolerância e da desinformação

 https://drive.google.com/file/d/1jfaOpIMbwzhlaQxspnA9hBnyHX8KX4_E/view


Félix Maier

  

 Foto: 25/11/2020 

 

Dados biográficos e memória 

http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/felix-maier-curriculum-vitae.html

 

 BRASÍLIA, OUTONO DE 2021

 

 

Homenagem especial


Aos meus netos

Letícia

Lyan

Ana Caroline

Erin

Maria Cara




Agradecimentos

 

    “Aquilo de que não se fala, não existe” (Axioma da desinformação).

 

    “A História é testemunho do passado, exemplo e aviso do presente, advertência do futuro” (Miguel de Cervantes).

 

    “É inútil tentar fazer um homem abandonar pelo raciocínio uma coisa que não adquiriu pela razão” (Jonathan Swift).

 

    

     Primeiramente, agradeço a Deus, por ter-me concedido o dom da Vida.

     Aos meus pais, Marina e Hilário (in memoriam), com os quais aprendi que a Verdade sempre deve estar acima de tudo.

     À minha esposa Valdenice, aos filhos Wagner e Cristiane, pelo incentivo, para que esta obra se tornasse realidade.

     Ao eminente filósofo, ensaísta e jornalista Olavo de Carvalho (perseguido político durante o governo do PT), a quem devo ensinamentos básicos nos campos da ética, da cultura geral, da argumentação, da integridade intelectual, pelos inúmeros artigos e ensaios publicados em jornais e revistas (muitos deles organizados pelo jornalista Felipe Moura Brasil no livro lançado em 2013, O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota, que foram escritos entre 1997 e 2013), e livros fundamentais como a trilogia A Nova Era e a Revolução Cultural - Fritjof Capra & Antonio Gramsci (1994), O Jardim das Aflições (1995) e O Imbecil Coletivo - Atualidades inculturais brasileiras (1996).

     Ao embaixador e pensador liberal José Osvaldo de Meira Penna (in memoriam), professor da Universidade de Brasília (UnB), articulista de inúmeros jornais e revistas, autor de quase três dezenas de livros, como Opção Preferencial pela Riqueza, A Ideologia do Século XX, Polemos: Uma análise crítica do Darwinismo, pelos ensinamentos recebidos junto ao Instituto Liberal (IL) de Brasília, do qual foi o presidente.

     Ao doutor e pensador liberal Nelson Lehmann da Silva (in memoriam), professor da UnB, autor do livro Religião Civil do Estado Moderno, antigo secretário-executivo do IL de Brasília, pelo incessante trabalho em prol da liberdade.

     Aos amigos do IL de Brasília: juíza do TRT da 10ª. Região, Marli Nogueira; procurador Ronald Bicca; professor da UnB Bráulio Matos; professor da UnB Paulo Kramer; jornalista e escritor Nelson Barretto; economista Hélio Sokolik; economista e escritor Luiz Zottmann; economista José Roberto Novaes de Almeida; advogado e procurador Miguel Nagib (coordenador do site Escola Sem Partido); economista Roberto Shoji Ogasavara; coronel-aviador Luis Gomes Jardim; advogado Henrique de Mello Franco; Marcelo Coelho, e outros, pelos preciosos ensinamentos recebidos.

     Ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (in memoriam), perseguido político até o fim da vida, por ter ajudado a desbaratar o terrorismo esquerdista no Brasil; parabéns por seu trabalho incansável em esclarecer a história recente do Brasil, principalmente para os jovens, por meio dos livros Rompendo o Silêncio (1987) e A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça (2006), além dos textos escritos nos sites Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) e A Verdade Sufocada.

     Ao historiador Carlos Ilich Santos Azambuja (in memoriam), pseudônimo do brilhante oficial de Inteligência da Aeronáutica, pelos ensinamentos deixados por escrito, como o livro A Hidra Vermelha, além de inúmeros artigos disponíveis na internet. “Azambuja foi o maior estudioso da guerra política no Brasil” (Heitor de Paola).

     Ao engenheiro Norberto Correia, natural de Luzerna-SC, como eu, pelo constante incentivo aos meus escritos e pelos textos e livros a mim endereçados, de modo que ampliasse meus conhecimentos.

     Aos amigos internautas, pela troca de mensagens, cuja amizade nos une num objetivo comum, o de denunciar a desinformação existente na mídia atual, que tem o acinte de transformar terroristas de esquerda em heróis e diabolizar os agentes do Estado que combateram a subversão comunista no Brasil: general e escritor José Carlos Leite Filho; general Valter Bishoff (in memoriam); general Pedro Fernando Malta; general Valmir Fonseca Azevedo Pereira; general Paulo Chagas; general e cronista Hamilton Bonat; general e escritor Francisco Batista Torres de Melo (in memoriam, antigo presidente do Grupo Guararapes); general Luiz Eduardo Rocha Paiva; coronel e escritor José Luis Sávio da Costa (in memoriam); coronel e escritor Lício Augusto Maciel (herói da Guerrilha do Araguaia); coronel e escritor Aluisio Madruga de Moura e Souza (herói da Guerrilha do Araguaia); coronel, advogado e historiador militar Manoel Soriano Neto; coronel, historiador militar e escritor Hiram Reis e Silva (o “Humboldt” brasileiro realizou o Projeto Rio-Mar, com viagens de estudo nos principais rios amazônicos, a bordo de um simples caiaque); coronel e escritor Paulo Ricardo da Rocha Paiva; escritor e palestrante André F. Falleiro Garcia (coordenador do site Sacralidade); economista e professor Marcos Coimbra (membro da Academia Brasileira de Defesa - ABD), professor Ênio José Toniolo, professor Alfredo Marcolin Peringer; cirurgião vascular Francisco Vianna; jornalista, empresário e escritor Percival Puggina; jornalista e escritor Luciano Pires; geólogo e escritor João Vinhosa; Sérgio Diniz Bidueira (do IPCO e da revista Catolicismo); coronel e escritor Luis Mauro Ferreira Gomes (membro da ABD); coronel e escritor Gelio Augusto Fregapani (membro da ABD); coronel e escritor Adonai Camargo; coronel e escritor Ernesto Caruso; coronel Carlos Cláudio Miguez (editor do jornal Inconfidência); coronel e escritor José Alberto Forrer Garcia; comandante Antonio Bruno (in memoriam); tenente-coronel e escritor Osmar José de Barros Ribeiro; capitão e advogado José Acácio Santos da Rocha; capitão e advogado Jorge Francisco (in memoriam) - antigo chefe de gabinete do deputado Jair Messias Bolsonaro; tenente e escritor José Vargas Jiménez (in memoriam) - o “Chico Dólar”, herói da Guerrilha do Araguaia; Dom Ronaldo da Maia (Príncipe de Avis e Trastamara); economista e professor Adriano Benayon; psicólogo e escritor Luciano Garrido (editor do blog Psicologia sem Ideologia); economista e empresário Delmar Philippsen; jornalista Edson Camargo (editor do site Mídia Sem Máscara); cônsul honorário de Israel no Brasil Osias Wurman (editor do site Notícias da Rua Judaica); professor universitário e escritor Gerhard Erich Boehme; piloto de avião e escritor Luiz J. Mendonça; piloto de avião Izidro Simões; jornalista e escritor José Nêumanne Pinto; cirurgião toráxico José de Araújo Madeiro; jornalista e escritor Carlos Lúcio Gontijo; escritor evangélico Julio Severo (perseguido político de movimentos gays, refugiou-se nos EUA); primo Zeno Dagostin (empresário em Chapecó, SC); prima Terezinha Preis Garcia (professora universitária em Maringá, PR); professor, radialista e escritor Sebastião Maria Moraes Rodrigues (Rádio Celinauta, Pato Branco, PR); escritor Klauber Cristofen Pires; médico e escritor Heitor de Paola; Guido Schneider e tantos outros.

     Aos amigos responsáveis por sites e blogs como Mídia Sem Máscara (Olavo de Carvalho), Alerta Total (Jorge Serrão), Gatestone Institute, Usina de Letras (Waldomiro Guimarães), Netsaber, Recanto das Letras, Webartigos (Carlos Duarte), Notalatina (Graça Salgueiro), LIBERTATUM (Klauber Pires), ABDIC - Jornal Grito Cidadão (Antuérpio Pettersen Filho), Movimento Endireitar (Wellington Moraes), Movimento Ordem e Vigília contra a Corrupção, O Que Está Acontecendo na América Latina (Luís Dufaur), Aluízio Amorim, Jorge Roriz, Nivaldo Cordeiro, Ricardo Bergamini, Paz no Campo, Instituto Plínio Corrêa de Oliveira (IPCO), Imortais Guerreiros (Christina Fontenelle), Brasil Acima de Tudo, Ternuma, A Verdade Sufocada (Maria Joseita Brilhante Ustra, viúva do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra), Grupo Guararapes, Grupo Inconfidência, e aos articulistas de antigas publicações como Letras em Marcha (1971-2000, com 282 edições), Ombro a Ombro (criado em 1988 por ex-integrantes do Letras em Marcha, tinha como colaboradores o coronel R/1 Pedro Schirmer, editor do jornal e autor do livro “Das Virtudes Militares”, o tenente-coronel R/1 Antonio Gonçalves Meira, e os civis José Augusto Galdino da Costa, Renato Osvaldo Winter e Armindo Correa) - muito obrigado a todos, pelas preciosas informações trazidas a público nesses últimos trinta anos ou mais.

 

Félix Maier

 

 

Introdução 

 

“É fácil amar a humanidade; difícil é amar o próximo” (Nelson Rodrigues). 

“Uma ilusão é mais difícil de desfazer do que uma mentira” (Frederick R. Karl). 

“O homem é feito de tal modo que as ficções o impressionam muito mais do que a verdade” (Erasmo de Rotterdam). 

“O comunismo é uma espécie de alfaiate que quando a roupa não fica boa faz alterações no cliente” (Millôr Fernandes). 

“A democracia não pode ser defendida de joelhos” (Carlos Lacerda). 

     Em sua obra Pequena História da Desinformação - do Cavalo de Troia à Internet, Vladimir Volkoff fala sobre a “língua de pau” (langue de bois, em francês), adotada como língua oficial pelos antigos países comunistas: “Língua de pau, segundo o Larousse, é uma forma rígida de expressão, nomeadamente no domínio da política, através da multiplicação de estereótipos e de fórmulas congeladas” (VOLKOFF, 2004: 66). 

    Obra-prima da desinformação, a língua de pau “bloqueia a comunicação, congela a formação de uma sociedade civil que ameaçaria o poder comunista, esconde o pensamento e entrava o desenvolvimento do indivíduo no seio do homo sovieticus. (...) Com efeito, o comunismo não se contentou em exigir que se agisse e se pensasse como era preciso: quis que se falasse como era preciso, sabendo perfeitamente que o pensamento sem palavras é impotente e que um determinado vocabulário condena não só à mentira expressa como ao raciocínio defeituoso” (pg. 67). 

      A antiga língua de pau fugia da argumentação e do silogismo e se utilizava de imagens linguísticas e figuras de retórica para fazer propaganda ideológica, como a alegoria, o eufemismo, a tautologia, a catacrese, o truísmo, o solipsismo, o solilóquio, a ecolalia, a prosopopeia, a logomaquia, a logorreia (diarreia de palavras, no dizer de José Osvaldo de Meira Penna), o pleonasmo, a polissemia, a prolixidade, o paradoxo, o circunlóquio, a metonímia, a metalepse, de modo a dizer platitudes, alongar-se em prolegômenos sem fim e realizar refutações sofísticas para causar uma eufonia aos ouvidos. Utilizava-se do maniqueísmo simplista para exaltar suas próprias virtudes e demonizar o inimigo. Com o tempo, o idioma russo foi se empobrecendo, tornando-se minimalista. “O dicionário de Dahl contém 22000 palavras; os escritores soviéticos utilizavam 1500” (pg. 68). Enfim, o “idioma fantasma” assume a confissão de Goebbels: “Não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um determinado efeito” (pg. 68). 

    Para comparação, o Aurélio tem cerca de 180.000 verbetes, e o Houaiss, 230.000. Muitos desses verbetes são considerados ofensivos e praticamente ninguém tem mais coragem de usá-los, tornando-os palavras mortas. 

     George Orwell, no grandioso livro 1984, desenvolveu com muita propriedade uma língua de pau imaginária, a Newspeak (Novalíngua). Nessa obra, havia um tirano em Oceânia, chamado Big Brother, que impunha à população uma doutrina totalitária, o Ingsoc (Socialismo inglês), de modo que “um pensamento herético, ou seja, um pensamento divergente dos princípios do Ingsoc se torna literalmente inconcebível, pelo menos na parte em que o pensamento depende das palavras” tão logo a “Oldspeak”, a língua atual, seja esquecida. Tal resultado era alcançado “parcialmente, com a invenção de novas palavras, mas, sobretudo através da eliminação de palavras indesejáveis e despindo as restantes de qualquer significação heterodoxa e, tanto quanto possível, de significado secundário, seja ele qual for. Reduziu-se o número de palavras, pois cada redução era um ganho, pois menos escolha havia e menor era a tentação de pensar” (pg. 69-70). “Grandes autores, como Shakespeare, Milton ou Dickens, são traduzidos em Newspeak e, concluída a tradução, os originais são destruídos” (pg. 70). 

     O Big Brother de Orwell estava associado, inicialmente, ao onipotente, onipresente e onisciente Josef Stálin, o déspota que implantou o terror na União Soviética, assassinando os próprios camaradas da Revolução para se manter no poder. Com a ruína da URSS, o Big Brother passou a representar os EUA, que tentaram ser a polícia do mundo, ao pretender “impor a democracia” no Afeganistão e no Iraque, declarando guerra sem trégua ao terrorismo islâmico internacional criado por eles mesmos. Hoje, a China está suplantando os EUA, econômica e tecnologicamente, espalhando seus tentáculos por todo o mundo, especialmente depois da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), quando o planeta inteiro se viu refém do Império Comunista Chinês, o novo Big Brother. 

     Se Orwell desenvolvia a gramática da Newspeak, Ludwig von Mises identificava o “polilogismo” - não o talento para desenvolver vários temas, mas a capacidade para “provar” que, por exemplo, o comunismo (totalitário) e a democracia (representativa) são a mesma coisa -,  como se pode observar no trecho abaixo, retirado do livro Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War (http://mises.org/books/og.pdf), originalmente publicado em 1944 pela Yale University. A obra mostra com clareza que o nazismo não passa de um tipo de socialismo - também com sua peculiar língua de pau: 

     “Os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas desenvolveram sua própria marca de polilogismo. Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de a estrutura lógica da mente ser imutável e comum a todos os seres humanos. Todas as inter-relações humanas são baseadas na premissa de uma estrutura lógica uniforme. Comunicamo-nos apenas porque podemos apelar a algo em comum a todos nós, isto é, à estrutura lógica da razão. Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o ‘filósofo proletário’ Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade, mas ‘ideologias’. Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Portanto, é inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Ideologias não precisam ser refutadas por meio do raciocínio discursivo; elas devem ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem ‘burguesa’ dos cientistas”

     Hoje, ocorre, nos meios pensantes, algo semelhante à antiga língua do rígido pau-ferro: o modo “politicamente correto” (PC ou pecê) de se expressar. As antigas línguas de pau, utilizadas tanto por comunistas quanto por nazistas, tentavam camuflar o objetivo ideológico que havia por trás das palavras colocadas no freezer linguístico, que tinha a intenção subliminar de difundir a desinformação. O PC de hoje não tem nenhuma vergonha em assumir, não só a novalíngua, mas também a duplideia (doublethink), que é a crença simultânea em ideias contraditórias, além de tergiversações diversas, como a simplificação, o ufanismo, a glossolalia, o tartufismo, a teratologia, o determinismo, o relativismo, a desconstrução, o revisionismo histórico, o assassinato do sinfronismo, a taxonomia do “preconceito linguístico”, a “hagiografia” de terroristas, a catalepsia materialista, o assassinato de reputações e o proselitismo ideológico. O paradoxo do mentiroso dos neossocialistas é imposto a toda criatura humana com a mesma ênfase que os islâmicos, extremistas ou não, tentam impor a fé de Alá em todo o planeta.   

     Causídicos, médicos e militares também têm suas escorregadias línguas de pau-de-sebo. Da Amazônia ao Pampa gaúcho, só os militares entendem certas expressões inerentes à profissão. A computação também está criando uma linguagem de pau particular, havendo até expressões poéticas, para não dizer celestiais, como cloud computing (computação em nuvem). No entanto, essas expressões são claras, dizem o que tem a dizer e não são obscurecidas por alguma ideologia sub-reptícia do vermelho pau-brasil. 

     O “politicamente correto” é a gramática de pau que orienta a sociedade moderna e tem enorme influência na elaboração das leis, a exemplo da Constituição brasileira de 1988, que subordinou todas as decisões legais a uma palavra abstrata, oca, que nada diz, mas que tem força plena, por ter apelo populista: o “social”. “A questão social não é, apenas, uma questão corporal ou estomacal; é uma questão cerebral a resolver. Não é nas vísceras abdominais; é nas vísceras cerebrais que está a chave do problema humano” (PEREIRA, 2003: 142). William Lind classifica o politicamente correto como “AIDS intelectual”. 

     Um exemplo de tentativa de imposição da língua pauleira no Brasil foi a cartilha PC elaborada pela Secretaria Especial de Direitos Humanos durante o primeiro governo do sucessor de FHC (2004). Cabeças-ocas pretendiam riscar dos dicionários palavras como “cabeça-chata”. As palavras “boiola” e “bicha” deveriam ser substituídas por “gay” ou “entendido”. Millôr Fernandes sugeriu que “albino” fosse designado por “hipopigmentado”. E negro, seria “hiperpigmentado”? 

     Outro exemplo fascista do pecê foi a tentativa de criminalizar e retirar das escolas brasileiras o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, no qual a negra Tia Anastácia, ao subir em uma árvore, é descrita “que nem uma macaca de carvão”. Negrinha, do mesmo autor, também está na mira da censura PC. Semelhante idiotice ocorreu nos EUA com a obra-prima de Mark Twain, As aventuras de Huckleberry Finn, por utilizar o termo nigger, que na época sequer era considerado pejorativo. Os “entendidos” arautos do PC acreditam que eliminando situações de conflitos, rebeldia, xingamentos, bruxas, lobos-maus e monstros dos livros, as crianças se tornariam menos agressivas. Acham os falsos educadores que, mudando o linguajar, as crianças não teriam mais raiva, nem sadismo. A verdade é que nunca as escolas foram tão violentas como hoje em dia, com professores e diretores sendo agredidos constantemente, inclusive com armas de fogo. Cantigas de crianças também sofrem censuras. “Não atirei o pau no gato, mas peguei um trinta e oito e matei doze estudantes numa escola do Rio” poderia muito bem ter cantado o assassino de Realengo, Wellington Menezes de Oliveira, antes de cometer o ato terrorista e se suicidar. “Boi da cara preta” virou “Boi do Piauí”. E Negrinho do Pastoreio, seria “Afrodescendentinho do Pastoreio”? E Aleijadinho, passaria a ser chamado de “Portadorzinho de Necessidades Especiais”? E canções como “Samba do crioulo doido”, “Lá vem o negão, cheio de paixão” e “Nega do cabelo duro”, também deveriam ser censuradas? 

     Em fevereiro de 2012, o Ministério Público Federal protocolou em Uberlândia, MG, uma ação judicial contra a Editora Objetiva e o Instituto Antonio Houaiss, para retirar do Dicionário Houaiss a palavra “cigano”, por conter, entre uma de suas acepções, a seguinte: “que ou aquele que trapaceia; velhaco, burlador”. Uma década antes, houve um movimento semelhante em Campinas, de judeus contra o mesmo dicionário, por classificar judeu, entre outras acepções, de: “pessoa usurária, avarenta”. Pode-se classificar tal estultice como “gauchada” ou “baianada”? Escolha a melhor resposta no Houaiss ou no Aurélio... 

     Esquecem os fascistas do “politicamente correto” que os livros e as canções retratam a cultura e o pensamento do momento histórico e jamais se pode medir a ética e os costumes de antigamente com a régua e o esquadro dos dias atuais. Antonio Giusti Tavares afirma em seu livro Totalitarismo Tardio - o caso do PT: “Juízos de valor acerca de condutas do passado devem ser feitos não a partir de parâmetros éticos do presente, mas da contextualização da conduta na sua própria época, e nela, por comparação com condutas diferentes. Os historiadores e os cientistas sociais devem cumprir pelo menos dois requisitos básicos da epistemologia e da ética das ciências humanas: 1) evitar tanto quanto possível qualquer restrição ou seleção dos fatos brutos e 2) ao apresentá-los, distinguir sempre, tanto quanto possível, entre fatos e interpretações” (pg. 194)

     Evitar termos agressivos, como “aleijado” ou “mongoloide”, substituindo-os por “deficiente”, é um avanço da civilização. No entanto, falar em “afrodescendente”, como sinônimo de “negro”, é no mínimo um equívoco, já que nem todos os africanos são negros. E o branco, seria um “eurodescendente”? A única coisa que sobra nessa linguagem pauleira é você eternizar a intolerância que diz combater, já que são lembradas apenas a origem das pessoas, seus aspectos físicos e suas deficiências, não o ser humano em si. Aliás, cego é cego, deficiente visual sou eu, um míope, agora com catarata. 

     E o MEC petista, hein? Em vez de ensinar corretamente o Português, distribuiu uma cartilha cheia de erros a 485 mil alunos. Se o professor chamar a atenção do aluno que falar “nós pega os peixe”, este pode se considerar uma “vítima de preconceito linguístico”, conforme prega o livro de pau Por uma vida melhor, da Coleção Viver, Aprender. O livro Capitalismo para principiantes foi distribuído pelo MEC às bibliotecas de escolas públicas, de acordo com o PNBEM/2008 - Programa Nacional Biblioteca da Escola para o Ensino Médio. Esse livro “didático” prega abertamente a luta de classes, condena o capitalismo e faz apologia ao socialismo. 

     O idioma pauleira é responsável por agressões à Constituição Federal no que se refere a cotas étnicas para negros, índios e deficientes, jogando no lixo a Lei Maior, de que todos devem ser iguais perante a lei, sem discriminação de “raça”, religião ou sexo. Até o STF se rendeu à cantiga “politicamente correta”, ao considerar constitucional, em abril de 2012, a aplicação do sistema de cotas “racistas” nas universidades brasileiras. Tornou-se hábito fazer piadas sobre loira burra. No entanto, contar uma piada sobre neguinha idiota constitui-se crime “racial”! “Racismo”, “racial”, “racista”, “raça humana” sempre deveriam ser escritos entre aspas, pois a biologia já provou, com o sequenciamento genético, que não existem “raças humanas”; não somos cães! 

     Por trás da língua de pau existe sempre um sentimento de intolerância, seja contra uma palavra inofensiva que passa a ser criminalizada, seja a favor de uma ideologia totalitária, como o socialismo, defendida por antigos membros de grupos terroristas e por muitos políticos esquerdistas, ainda muito atuantes no Congresso Nacional. Muitos terroristas - que se autodenominavam “militantes políticos” - pegaram o pau-furado, como a presidente Dilma Rousseff, para enfrentar o governo dos militares pós-1964, não para defender a democracia, como cinicamente repetem todo dia, mas para implantar um regime político muito pior, nos moldes da ditadura cubana. Muitos dos verbetes abaixo, inclusive sobre grupos criminosos, de esquerda ou não, foram retirados, com atualizações, do meu trabalho Arquivos I - Uma história da intolerância, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/arquivos-i-uma-historia-da-intolerancia_78.html. 

     Assim, inspirado na obra de Volkoff, elaborei um dicionário básico da língua de pau, que está longe de se esgotar. Convido o leitor a acrescentar outros termos e expressões ao dicionário pauleira abaixo. É só ficar atento às pauladas que são ditas no local de trabalho, na TV e ler com atenção dobrada o que se escreve nos jornais, nas revistas, nos livros, nas redes sociais - especialmente sobre o governo dos militares pós-1964. Tudo em nome da luta ideológica igualitarista, que hoje continua tão pau duro quanto nos tempos soviéticos. Com uma diferença: sai a “revolução ativa” de Stálin, entra a “revolução passiva” de Antônio Gramsci. Resultado? Aquilo que chamo de “gay fascism”, o “fascismo alegre”, quando “gay” era apenas o adjetivo “alegre”, não o substantivo inventado pelo “politicamente correto”, em implantação no Brasil há pelo menos cinco décadas. 

     Você ficará surpreso com a quantidade de expressões que se usam atualmente e que não dizem absolutamente nada, a não ser para levá-lo a acreditar no que querem que você acredite. E para transformar terroristas sanguinários em angelicais “militantes políticos”, que é o objetivo do revisionismo rasteiro da história recente do Brasil, com viés marxista, observado tanto em trabalhos acadêmicos de “intelectuais orgânicos”, quanto em livros didáticos das escolas e das universidades. Tudo, hoje, é nivelado por baixo, para a mais completa desinformação. Que tal dizer “Frankenstein, Drácula, Landru, Pio XII, Al Capone são nomes próprios”? (VOLKOFF, 2004: 117). 

     Daí a necessidade de, além dos verbetes sobre o “politicamente correto”, acrescentar, também, verbetes sobre os grupos terroristas mais importantes, do Brasil e do exterior, que também defendem ou defenderam sua língua de pau - seja política, social ou religiosa. Minha fonte principal dos verbetes que tratam do terrorismo esquerdista no Brasil nos anos de 1960 e 1970 foi o ORVIL virtual (Cfr. https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf). 

     Os verbetes não se aprofundam no assunto, mas servem para conservar a Memória de fatos históricos relevantes, uns com menos detalhes, outros mais extensos - principalmente aqueles fatos que a esquerda quer ver varrida da internet. Os verbetes são, digamos, um rascunho que servem, antes de tudo, como um incentivo para o aprofundamento do estudo da matéria, disponível nos meios digitais e analógicos. 

     Este trabalho foi minha forma de contribuir, também, para o entendimento da História recente do Brasil, transmitida pelos esquerdistas em pura linguagem de pau oco e pau podre aos incautos. Os verbetes desta obra serão as minhas Memórias Reveladas, uma pequena contribuição para a Comissão Nacional da Verdade, que tratou terroristas como anjinhos e os militares que os combateram como “torturadores”. Com isso, pretendo exorcizar o assunto, que me tomou muitos anos de leitura e escritos. Chega de perder meu tempo com os “honoráveis terroristas”, muitos dos quais até ontem comandavam os destinos do Brasil, e estão loucos para voltar, alinhados com os objetivos do Foro de São Paulo, que é comunizar toda a América Latina. 

     

     Brasília, DF, 08 de maio de 2021. 

     Félix Maier

 

  

DICIONÁRIO COMENTADO DA LÍNGUA DE PAU

  


      A

 

“Caluniem, caluniem, alguma coisa sempre acabará pegando” (Talleyrand - apud CARVALHO, 2013: 273). 

 

    AAB-A - Associação de Amizade Brasil-Albânia: órgão de fachada de grupos marxistas brasileiros, de apoio ao então governo comunista da Albânia, país-modelo, nas décadas de 1960 e 1970, para o PC do B, que atuou na Guerrilha do Araguaia, na tentativa de promover a “emancipação” comunista em uma região do território brasileiro.

ABA - Associação Brasileira de Antropologia. Desde a Assembleia Constituinte, aderiu à Declaração de Barbados. Veja Antropólogos da ação e MRTA.

ABCA - Associação Brasil-Chile de Amizade: órgão de fachada de grupos marxistas brasileiros, de apoio ao governo comunista chileno de Salvador Allende.

ABACC - Agência Brasileira Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares. Os dois países abandonaram o desenvolvimento de armas nucleares e a Agência realiza inspeções periódicas nas instalações nucleares dos dois países, criando uma confiança mútua nessa área.

Abertura lenta, gradual e restrita - Formulada pelo presidente Ernesto Geisel, para a volta ao sistema democrático, com influência do General Golbery. “É pois, à luz dessa planificação gradualista do processo de transição democrático gizado por Golbery do Couto e Silva que se deve entender de início a práxis do governo Figueiredo. Contudo, o crescente radicalismo da extrema direita, aliado à pressão democratizante de largos setores da oposição, começaram a por em xeque a materialização dos conceitos golberianos” (FREITAS, 2004: 33-4). Que conceitos eram esses? “Para Golbery do Couto e Silva, a única justificativa para a correlação de forças e para as alianças táticas e tácitas formadas de fato pelos polos oponentes era a de um esquema em ferradura, com base no qual o Executivo poderia realizar a manobra central estratégica: ‘mantê-los, sempre que possível, separados e alternar ações de contenção, senão de contra-ataque, entre um e outro, garantindo para si mesmo espaço de manobra cada vez maior e, por conseguinte, maior liberdade de ação para concretizar seus objetivos políticos, sem interferências desastrosas ou perturbadoras’. A materialização dessa manobra da estratégica defensiva destinada a criar condições propícias em proveito da manobra política superior e criativa dependeria do cumprimento de uma questão: a eliminação de uma das frentes se afiguraria prejudicial à manobra, pois originaria uma frente única, tornando inevitável o embate frontal; por isso era necessário desarticular todo o sistema oposicionista, proporcionando destarte o surgimento de múltiplas frentes distintas. A heterogeneidade inata da oposição proporcionaria ao Executivo um efeito multiplicador no conjunto hipotético de alianças necessárias, quer à sua legitimação democrática, quer à manutenção do plano de liberalização, verdadeira pedra angular de todo o edifício lógico construído em seu redor. Verificou-se, por conseguinte, uma estreita convergência entre o conteúdo do programa de reformas democráticas, elaborado em 1979, na vigência do governo Geisel, e essa esquematização realizada pelo General Golbery. A face mais visível dessa afluência foi a institucionalização do ‘pluralismo em processo’” (idem, pg. 31-32).

Abin - Agência Brasileira de Inteligência. Veja SNI.

Abortista - Chamar um abortista (que faz ou prega o aborto) de “abortista” pode gerar processo. Foi o que ocorreu com o Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz. Os abortistas têm outro nome para o aborto: “antecipação terapêutica de parto” (ATP), como se essa nova expressão de pau pudesse mascarar o crime que pregam: a matança de nascituros. Veja a pérola infanticida de André Petry: “Defender a legalização do aborto, ou a manutenção do aborto legal, não é pregar o triunfo da morte sobre a vida - é reconhecer o direito inalienável da mulher sobre o próprio corpo, coisa que só o medievalismo não admite” (in “Um tempo de trevas”, revista Veja no. 1879, de 10/11/2004, pg. 126). Pena que esse abortista não tenha sido abortado, espontaneamente, porque, do contrário, seria crime, ainda que a legislação infanticida permitisse a matança de abortistas, como ele, quando era ainda um simples nascituro.

Abril vermelho - Invasões de terras rurais promovidas pelo MST todo mês de abril, sob o comando do monarca vermelho João Sem Terra (Pedro João Stédile) e outros camaradas, que promovem o terrorismo no campo e em órgãos públicos, e que tinham apoio de verba federal nos tempos dos governos tucano e do PT. O mês de abril é para lembrar o “Massacre de Eldorado do Carajás”, ocorrido em 17/04/1996, quando 19 sem-terra foram mortos pela PM do Pará. Embora em declínio, o MST ainda faz barulho. Em abril de 2004, foram 496 invasões. Em 2011, 70. Com a ascensão do Governo de Jair Bolsonaro, em 2019, sem verba pública, os passeios turísticos do MST a Brasília e outras cidades cessaram, assim como as invasões de terras e depredações de laboratórios de pesquisas rurais. “Abril será um mês vermelho. Servidor, estudante, a turma da moradia, nós vamos infernizar. Abril vai pegar fogo” (João Pedro Stedile, in revista Veja no. 1848, pg. 35). O líder do MST foi ao Senado Federal explicar a frase carbonária e recebeu uma beijoca do Senador Eduardo Suplicy. Entende-se o afago: o MST é o braço armado do PT. Veja Síndrome de Eldorado do Carajás.

Absolutismo - Centralização do poder do Estado em mãos de um indivíduo ou de um grupo. A célebre afirmação L’État c’est moi (Eu sou o Estado) é atribuída ao rei Luís XIV, da França. Catarina II, da Rússia, e Elizabeth I, da Inglaterra, foram rainhas absolutistas. O comunismo (absolutismo internacionalista), o nazismo e o fascismo (absolutismos nacionalistas) são formas modernas de absolutismo.

Abu Nidal Organization (ANO) - Organização terrorista liderada por Abu Nidal, cujo nome original era Sabri al-Banna, responsável por mais de 900 mortes em 100 atentados. Segundo fontes iraquianas, Abu Nidal teria se suicidado em Bagdá, no dia 16/08/2002. Abu Nidal nasceu em Jaffa, subúrbio de Tel-Aviv, e foi um dos fundadores da Fatah, rompendo com a organização de Yasser Arafat em 1974. A ANO promoveu vários ataques em aeroportos. Em 1973, transformou um Boeing 707 em bola de fogo no Aeroporto Leonardo da Vinci, em Roma, quando 32 pessoas morreram queimadas e 40 ficaram feridas. Em 1974, a ANO explodiu no ar um avião da TWA, que ia de Tel-Aviv a Atenas, matando seus 88 ocupantes. Abu Nidal foi pistoleiro de aluguel de Saddam Hussein, do Iraque, e de Hafez Assad, da Síria. Os governos do Kuwait e da Arábia Saudita pagavam a Nidal para poupar esses países de atentados – assim como mais tarde a Arábia Saudita passou a pagar a Al-Qaeda para praticar atentados terroristas longe da Casa Real. Em 27/12/1985, a ANO promoveu ataques simultâneos em aeroportos de Roma e Viena. Em Roma, morreram 10 passageiros e 3 dos 5 terroristas, e 71 ficaram feridas. Em Viena, morreram 3 pessoas, incluindo 1 dos 3 terroristas, e 47 ficaram feridas. A ANO ficou enfraquecida devido à perda do apoio financeiro da Síria, Iraque e Líbia, além de brigas internas. Em outubro de 1988, Abu Nidal, prevendo um golpe interno, mandou executar 156 militantes. Em janeiro se 1991, Abu Nidal comandou o ataque que matou Salah Khalaf (Abu Iyad), o sucessor de Arafat na OLP.

Abu Sayyaf - Grupo terrorista separatista muçulmano mais antigo das Filipinas, tem seu nome derivado do líder terrorista Abdul Rasul Sayyaf e luta pela emancipação das ilhas do sul, predominantemente muçulmanas, contras as do norte, de maioria cristã. Tinha apoio de Bin Laden, que viajou às Filipinas em 1993 para adquirir propriedades e abrir contas bancárias para a Internacional Islamita do terror. A partir de 1994, terroristas experientes, principalmente “afegãos” árabes, chegaram às Filipinas e instalaram células de operação em todo o país, especialmente nas grandes cidades. Entre os combatentes superiores estava Ramzi Ahmad Youssuf, que no início de 1993 supervisionou a explosão no WTC, em Nova York. Youssuf esteve envolvido na tentativa de assassinato de Bill Clinton (duas tentativas em 1994) e do Papa João Paulo II, em 1995, em viagens às Filipinas. O plano, frustrado, foi assumido por Abu Sayyaf, para encobertar a Internacional Islamita. Youssuf plantou pessoalmente uma bomba no Boeing 747 das Linhas Aéreas Filipinas (PAL), em 11/12/1994, que ia de Cebu para Narita, Tóquio. A bomba explodiu sobre Okinawa, mas o avião não foi destruído. Abu Sayyaf também assumiu a responsabilidade da bomba.

A cada um segundo suas necessidades - A frase completa é “de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades”. Célebre frase de pau marxista, creditada a Louis Blanc, nada diz, embora sugira o nivelamento da sociedade à vida de um ninho de formigas. Para um intelectual, a necessidade básica é comprar bons livros, reciclar-se, tornar-se bem-informado e cooperar com os avanços do país. Para um industrial, a necessidade pode incluir um iate para passeios internacionais, não podendo tal ato denotar extravagância nem desprezo pelos pobres, como querem os marxistas, pelo contrário, se iates existem é porque foram criados empregos para fabricá-los. E uma tripulação para fazê-los navegar. E técnicos e mecânicos para fazer a manutenção. Afinal, não tinham os figurões soviéticos também as suas “necessidades especiais”, como as limusines que trafegavam em avenidas exclusivas, e as dachas fora da cidade, ou villas no Mediterrâneo, aonde iam se divertir com vodka e mulheres nos fins de semana? Stálin tinha 15 casas de campo na costa do Mar Negro, alguns sendo palacetes czaristas. Você seria capaz de listar as “necessidades” de um parlamentar brasileiro, tudo pago pela Viúva? Cada um dos 513 deputados federais custa, em média, R$ 2,14 milhões anuais (https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/cada-deputado-custa-r-2-milhoes-por-ano/), seis vezes mais que um parlamentar francês (dados de 2018).

Ação entre amigos - A famigerada Comissão dos Desaparecidos Políticos, instituída no 1º Governo FHC, foi composta por cartas marcadas: dos 7 integrantes, 5 eram notórios esquerdistas. Assim, foi fácil considerar o sertão da Bahia, onde tombou Lamarca, e as ruas de São Paulo, onde morreu Marighella, como "dependências policiais". Pode-se argumentar o direito de familiares de "desaparecidos" buscarem seus direitos, porém na Justiça, como foram os casos do jornalista Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho, nunca por meio de uma farsa dessa magnitude que foi a "Comissão dos Desaparecidos". Exemplos dessa escandalosa “ação entre amigos”: Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa), integrantes da Comissão, que pertenceram à organização terrorista ALN, se autobeneficiaram, recebendo gorda indenização da União; Iara participou de diversas ações armadas e foi “premiada” pelas mortes de seus irmãos e marido (respectivamente Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnoldo Cardoso Rocha), todos mortos em tiroteio com a polícia (todos tiveram treinamento em Cuba); Suzana Lisboa, do Movimento Tortura Nunca Mais, foi “premiada” com a morte do marido Luiz Eurico Tejera Lisboa, também treinado em Cuba; somente essa “ação entre amigos” rendeu R$ 600.000,00 (4 x R$ 150.000,00). Vera Maria Trude de Souza, ex-esposa do Ministro da Justiça do Governo FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho (um dos assaltantes do trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968), recebeu RS 65.000,00 no primeiro lote de indenizações. Esse “balcão de negócios” fazia também generosas doações ao Movimento Tortura Nunca Mais. No Diário Oficial nº 91, de 11/05/2001, p. ex., pode-se constatar que aquele movimento revanchista recebeu R$ 140.000,00 do Governo Federal, a título de um pastoso projeto chamado “Construindo a Cidadania: Formação de Educadores e Lideranças”. Honoráveis terroristas, como Dilma Rousseff, José Dirceu, também receberam sua piñata. O ex-padre Alípio de Freitas, mentor do atentado terrorista no Aeroporto de Guararapes, em 1966, recebeu mais de R$ 1 milhão. Ziraldo, Carlos Heitor Cony e muitos outros, que não são “desaparecidos”, nem “aparecidos”, também receberam prêmio superior a R$ 1 milhão. Até Lula recebeu indenização por ter passado alguns dias no xilindró, por ter violado a Lei de Greve. Um detalhe: como os cancerosos e os aidéticos, os indenizados não descontam imposto de renda. Millôr Fernandes disse que os terroristas não combateram a ditadura, apenas “fizeram um investimento'”. “Até 2010, foram julgados na Comissão da Anistia 59.163 processos. O maior bloco foi dos casos de aprovação sem reparação econômica: 24.454 (41,3%); 21.138 (33,7%) foram indeferidos e 13.571 (22,8%) foram aprovados com direito a algum tipo de reparação econômica. O governo Lula concentra quase a totalidade dos julgamentos. As gestões de Márcio Thomaz Bastos e Tarso Genro no Ministério da Justiça julgaram cerca de 53 mil casos (90% do total” (“Governo já pagou R$ 4,5 bilhões a anistiados”, jornal O Globo, 30/10/2011). A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, do governo Jair Bolsonaro, está revisando muitas dessas escandalosas piñatas.

Acordo Brasil-EUA - Datado de 1952, durante o Governo de Getúlio Vargas, o Acordo previa uma assistência militar ao Brasil, como o envio de dinheiro e fornecimento de material bélico, em troca de minerais estratégicos, como urânio e areias monazíticas. “O primeiro acordo nuclear do Brasil, assinado em 1945 com os EUA, previa que o Brasil forneceria minérios radioativos e, em troca, esperava receber reatores nucleares. Mas isso não aconteceu. A matéria-prima foi para os Estados Unidos, mas as centrífugas não chegavam ao Brasil. Em função dessa circunstância, as autoridades brasileiras perceberam que as intenções estadunidenses na área nuclear não se sintonizavam com as aspirações brasileiras", afirma a historiadora Fernanda das Graças Correa, em seu livro "O Projeto do Submarino Nuclear Brasileiro" (Capax Dei Editora, 2010, Rio de Janeiro - cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/programa-nuclear-brasileiro.html). Em 1977, o Presidente Ernesto Geisel denunciou (rompeu) o Acordo, devido à pressão do Governo dos EUA, Jimmy Carter, contra o Brasil, na questão dos direitos humanos, e na pressão contra o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Pode-se acrescentar que o rompimento também se deu devido aos EUA enviarem sucatas bélicas ao Brasil, em vez de equipamentos novos, como no caso das Unidades Militares de Itu-SP (2º. RO 105mm) e Pirassununga-SP (2º RCC 76mm), que receberam carros-de-combate (tanques) usados na Guerra da Coreia, mas que deveriam ter os tubos (canhões) novos, o que não ocorreu, pois já tinham pelo menos a metade da vida útil de uso. O fato foi descoberto em 1974, e em outubro do mesmo ano, uma equipe de militares do Campo de Provas da Marambaia (CPrM) - o metrologista Sargento Alcebíades Ferreira e o fotógrafo Sargento Félix Maier -, sob comando do Capitão engenheiro militar do Arsenal de Guerra do Rio (AGR), Paulo Celso Pereira Torres, fizeram inspeção nas “almas” dos tubos de 105mm e 76mm, comprovando o desgaste nos raiamentos, ataque térmico, erosão gasosa e encobreamento (restos de cobre das ogivas, que ficam grudadas no interior dos tubos durante os tiros) - prova de que já tinham sido usados, e muito. Até recebi um elogio do Capitão Torres, publicado no Boletim Interno do CPrM, por jornadas diárias de 15 horas, operando o boroscópio, para inspeção e fotos dos defeitos dos tubos. À noite, na hora de dormir, fechando os olhos, eu via uma lua cheia, que era o formato da imagem do boroscópio. O rompimento do Acordo significou também uma guinada nas relações exteriores do Brasil, de aproximação com o movimento terceiro-mundista dos países “não alinhados” (nem com os EUA, nem com a União Soviética, pero no mucho).

Ação afirmativa - É a affirmative action dos americanos do norte, tropicalizada na Terra dos Papagaios, bichinhos que se destacam por repetir tudo o que outros falam. Segundo seus defensores, trata-se de promover a “inclusão social”, como, por exemplo, conceder vagas para negros e índios em universidades públicas. O argumento principal de seus defensores é que essa ação promove a diversidade étnica no ensino superior, além de reparar danos do passado, como a escravidão. O argumento dos que são contra a ação é que ela é inconstitucional, por favorecer pessoas unicamente por sua cor, e que, hoje, ninguém é obrigado a pedir desculpas por erros de outras pessoas no passado ou sofrer injustiça (como não conseguir entrar na universidade) por conta do pagamento de um crime que não cometeu. E a “ação negativa”, seria a criação de cotas para brancos na Bahia?

A Amazônia é nossa! - Assim bradamos todos nós, brasileiros, alguns orgulhosos, outros belicistas, se preparando com arco e flecha, e faca na boca, para defender aquela rica biodiversidade dos malditos yankees. Porém, como nada fazemos para preservar nossas fronteiras, o contrabando de animais, minerais raros, ouro, pedras preciosas e plantas exóticas é feito sem restrições, com muitas patentes sendo registradas no exterior. Traficantes de drogas e armas, como as FARC, andam à vontade na região e ONGs ambientalistas e indigenistas inibem qualquer tipo de desenvolvimento, como a construção de hidrelétricas e rodovias.

Abuso - É quando um policial dá uma tapa num bandido. Traficante que mata cidadão de bem não é abusado, é apenas um “injustiçado social”. Abuso, essa palavra logomáquica de sucesso, “não só tem ressonâncias repugnantes como desestabiliza as forças da ordem, as únicas susceptíveis de cometer abusos, enquanto os mesmos atos realizados por foras-da-lei, manifestantes ou terroristas não passam de ações justificadas pelo seu programa revolucionário” (VOLKOFF, 2004: 127).

Abutralha - Termo criado pelo coronel José Gobbo Ferreira: “Neologismo formado pela contração abutre + petralha, designando um ser repelente, desprovido de honra, moral, ética e patriotismo, provavelmente descendente do Homo neanderthalensis, que se supunha desaparecido, mas que agora acredito que tenha se desenvolvido despercebido em regiões pantanosas, chafurdando na lama, alheio ao processo de evolução da humanidade e por isso impermeável às qualidades morais que hoje ornam o caráter do homo erectus” (Cfr. em https://www.alertatotal.net/2012/10/a-marcha-sobre-resende-ou-nova-batalha.html).

ACJM - Associação Cultural Jose Martí: fundada em 16/03/1982, no Teatro Galpão, São Paulo, SP, sendo presidente Florestan Fernandes, e Fernando Henrique Cardoso um dos membros do Conselho Consultivo, ao lado de Antônio Callado e Márcio Moreira Alves, dentre outros. A ACJM era responsável pela publicação do periódico Nossa América e instrumento do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP).

ACLU - American Civil Liberties Union. Defende as liberdades civis nos EUA, dentro da moda atual do “politicamente correto”. Cfr. https://www.aclu.org/.

Acordo Sykes-Picot - Acordo secreto anglo-francês, realizado em maio de 1916 por sir Mark Sykes e François Georges Picot, para a partilha do Mashrek árabe (Oriente árabe), tornado público pela Revolução Bolchevique em 1917. Em virtude desse Acordo, após o fim da I Guerra Mundial (1918), o Iraque tornou-se dependente da Grã-Bretanha; a Palestina ficou sob Mandato britânico para ser entregue aos sionistas; a Síria e o Líbano passaram para o domínio francês. Foi um golpe contra o rei da Arábia Saudita, que pretendia unir todos os árabes da Península, denunciado por T. E. Lawrence em sua obra Os sete pilares da sabedoria, que foi transformado em portentoso filme, Lawrence da Arábia. O primeiro governador do protetorado francês no Líbano, general Henri Gouraud, afirmou: “Saladino, voltamos!” (FISK, 2007: 1080). Lawrence afirmou que nos levantes árabes contra os britânicos no Iraque, em 1920, morreram cerca de 10 mil nativos. Em carta ao The Observer, em 1920, ele escreveu: “É estranho que não utilizemos gás venenoso em tais ocasiões. Bombardear as casas é um método incompleto que afeta mulheres e crianças, e nossa Infantaria sempre sofre baixas matando homens árabes com tiros. Com ataques de gás, toda a população dos distritos que atentam contra nós seria varrida do mapa” (FISK, 2007: 216).

AC/SP - Agrupamento Comunista de São Paulo: a Ala Marighella do PCB deu origem ao AC/SP. O apoio do AC/SP em Brasília era fornecido por Luís Werneck de Castro Filho. No início de 1968, o AC/SP, liderado por Carlos Marighella, passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN) em suas atividades. Veja ALN.

ADEP - Ação Democrática Parlamentar: foi um movimento de oposição ao governo João Goulart, organizado pelo deputado João Mendes. “A ADEP realmente reuniu deputados da UDN, quase todos do PSD, também do PTB e de outros partidos da Câmara dos Deputados. Conversei com o João Mendes e ele disse: ‘Bonifácio, você podia organizar a ADEP lá em Minas. Temos o apoio do IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), instituição não ligada a nós diretamente, mas que está muito preocupada com o avanço da esquerda no Brasil. É um grupo poderoso de industriais brasileiros dispostos a apoiar financeiramente o combate ao comunismo’” (Deputado Federal Bonifácio de Andrada - História Oficial do Exército/1964 - HOE/1964, Tomo 15, pg. 67). Veja CAMDE, IBAD e IPES.

Adestramento - Dressieren, termo alemão que, segundo Immanuel Kant, provém do inglês to dress (vestir): opõe-se ao esclarecimento, como capacidade de raciocínio sem a direção de outrem. A educação para a capacidade de pensar é a fórmula para a qual se compreende a base de uma educação para a “maioridade” ou autonomia intelectual. O adestramento, portanto, é apenas uma simples fachada de educação, e a educação em regimes totalitários e ideológicos, como o fascismo e o comunismo, não é educação em seu sentido pleno, pois apenas adestra uma massa que repete mecanicamente e por reflexo condicionado as palavras de pau do partido único. Bernard Goldberg, autor de Bias, e Tammy Bruce, autora de The New Police Thought, ambos com formação e militância na esquerda, contam em suas obras as mentiras propaladas pela esquerda. Em uma pesquisa com 4.300 leitores, 94% deles afirmaram que houve um viés esquerdista dos repórteres que cobriram os acontecimentos após os atentados contra os EUA, em 11/09/2001. Leia “Educação x Marxismo”, de Pedro Paulo Rocha, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/educacao-x-marxismo-por-pedro-paulo.html.

Afegãos - Islamitas estrangeiros (especialmente egípcios, paquistaneses, sudaneses, argelinos, saudistas) e, naturalmente, afegãos, que participaram de treinamento em campos do Afeganistão, para lutar contra a invasão soviética, em 1979-1989 (depois contra os EUA, a partir de 2001). “Ao longo de oito anos, os soviéticos perderiam 14.263 combatentes, mortos ou desaparecidos, e mandariam para casa 49.985 feridos” (FISK, 2007: 88). “A guerra lhes custaria, pelo que foi estimado, cerca de 35 bilhões de dólares - em apenas um ano, seriam perdidos aviões no valor de 2,5 bilhões de dólares” (idem, pg. 141). Os afegãos participaram também das guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo - além do Iraque. São os responsáveis pela escalada do islamismo no Egito, onde participaram de muitas operações e assassinatos, e na Argélia, onde quase conquistaram o poder nas eleições gerais de 1992. Hoje, os veteranos “afegãos” são a ponta de lança e o coração da Internacional Islamita, que atua em todo o mundo muçulmano para apoiar lutas islamitas de libertação; são os “brigadistas” da IMB. Se a Rússia é o pai dos “afegãos” e dos Talibãs, os EUA são o pai do Estado Islâmico, por ter destruído o Iraque, transformado em terra de ninguém.

Agenda 21 - Foi elaborada durante a Cúpula da Terra, em 1992, no Rio de Janeiro, e dirigida por Maurice Strong. “A Agenda 21 põe um ponto final na soberania nacional, abole a propriedade privada, coloca a natureza acima do homem e cria uma lista de restrições ao que entendemos como nossas liberdades fundamentais, controlando desde como, quando e para onde viajamos, até o que comemos” (DELINGPOLE, 2012: 175).

Agenda positiva - Quando o governo quer impressionar a população ou se vê acuado, faz anúncio de medidas espetaculares que serão tomadas de imediato. “A experiência revela que as agendas positivas costumam levar a resultados opostos ao pretendido. Robespierre quis salvar a Revolução Francesa com a agenda positiva da radicalização das reformas e acabou por incluir o próprio pescoço na agenda da guilhotina. Gorbachev quis salvar o regime soviético com a agenda positiva da perestroika e acabou por precipitar tanto o regime quanto a própria pessoa na agenda do lixo da história” (Roberto Pompeu de Toledo, revista Veja no. 1847, pg. 126). O programa “Fome Zero” foi a primeira “agenda positiva” de Lula para hipnotizar a população. Com o tempo, ficou provado que o Bolsa-Família não passa de um esperto sistema de voto de cabresto, que reelegeu o sucessor de FHC e elegeu Dilma Rousseff duas vezes. Ultimamente, o Brasil se tornou um “país marsupial”, cheio de “bolsas”, como bem definiu Jarbas Passarinho, ou “paraíso do vira-bosta”, título de livro premonitório de Emil Farhat. Vira-bosta é sinônimo de chupim, pássaro malandro que põe os ovos nos ninhos dos tico-ticos. Quando os chupins nascem, crescem muito mais rápido que os filhotes de tico-ticos e jogam estes para fora do ninho, que acabam morrendo. E o casal de tico-ticos tem que trabalhar em dobro, para alimentar a prole alheia. Bolsa-Família é isto: nós, os tico-ticos, alimentamos os vira-bostas.

Agente - O mesmo que espião. Ao espião, é permitido tudo, menos ser preso em flagrante pelo inimigo. Um espião realmente profissional nunca terá sua identidade divulgada e nunca será famoso, como James Bond. Há pelo menos 4 expedientes para se recrutar um agente: dinheiro, ideologia, chantagem e ego. Agentes famosos foram o casal Rosenberg, Julius e Ethel, que repassaram segredos da bomba atômica para a URSS e acabaram mortos na cadeira elétrica. Fidel Castro infiltrou Ana Belém Montes no Pentágono (presa em 2001, foi condenada a 25 anos de prisão) e Walter Kendall Myers no Departamento de Estado (preso em 2009, foi condenado à prisão perpétua). Uma lista de espiões famosos pode ser vista em https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quais-foram-os-espioes-mais-famosos-da-historia/. Veja Escolas de Subversão e espionagem, Estória-cobertura, Secretinho, Caça às bruxas e Brigadas Médicas.

Agente ambiental - No idioma de pau, significa o catador de lixo reciclável, como latas de alumínio de cerveja ou refrigerante, e embalagens pet.

Agente de transformação social - “Um termo elegante que significa, em bom português, instrumento de agitprop (CARVALHO, 2000: 274). Segundo o autor, trata-se do uso de crianças como veículos de propaganda e intromissão do Estado ou da mídia nas relações familiares. Um exemplo foi o famigerado Kit Gay. Outro, a Lei da Palmatória. Urge o MEC reeditar livros como Organização Social e Política do Brasil, de Elizabeth Maria Araújo Loureiro, para ensinar a verdadeira cidadania aos jovens, e jogar o politicamente correto no lixo. Também poderia ser reeditado, com atualizações, a Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, do padre Fernando Bastos de Ávila, editado em 1967 pelo MEC. O jesuíta Ávila foi membro da Academia Brasileira de Letras.

Agit-prop - Agitação e propaganda: método de propaganda comunista, ainda utilizado pelos neocomunistas, como João Pedro Stédile, que levou o MST e o agitador francês José Bové a destruir uma plantação de soja da multinacional Monsanto, no Rio Grande do Sul, por ocasião do I Fórum Social Mundial (FSM), em janeiro de 2001.

Água negra do imperialismo - Era como Che Guevara chamava a Coca-Cola, negando-se a beber o líquido quando lhe era oferecido (Cfr. NARLOCH, 2011: 65).

AI - Amnesty International (Anistia Internacional): criada em Londres, em 1961, por Peter Berenson, baseada teoricamente na declaração universal dos direitos do homem e do cidadão, para defesa dos “prisioneiros de consciência” - pessoas detidas em razão de suas crenças, motivação política, origem étnica, sexo, cor ou língua, desde “que não tivessem cometido atos de violência”. Contudo, a AI, composta principalmente por integrantes de esquerda, empregou subversivos em várias de suas sucursais e teve atitudes tendenciosas, como no caso em que pregava o julgamento do general Augusto Pinochet, mas não exigia o mesmo tratamento a Fidel Castro, notório violador dos direitos humanos. Por isso, não causa estranheza que muitos de seus membros tenham defendido “prisioneiros de consciência” como Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso, responsável pela morte de quase 30.000 peruanos. Uma boa ação da AI foi seu empenho em libertar Armando Valladares, que ficou 24 anos preso em Cuba, em razão de não apoiar a tirania de Fidel Castro. A AI adotou a denominação atual em 1962 e, em 1977, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Possui mais de 1 milhão de membros em mais de 150 países e é financiada por doações.

AI-5 - Ato Institucional nº 5. Decretado em 13/12/1968, pelo Presidente Arthur da Costa e Silva, permitia ao chefe de governo cassar mandatos, suspender direitos políticos e legislar em substituição ao Congresso Nacional após decretar-lhe o recesso. Um discurso violento do deputado federal Márcio Moreira Alves contra as Forças Armadas teria sido a gota d’água para decretar o AI-5, porém o real motivo foi o aumento das atividades terroristas ocorridas em 1968. “O protesto que escrevi era uma crítica por dentro. De um modo geral era eu simpático ao governo militar” (ALVES, 1974: 50). Para “Marcito”, foi um alívio ver a saída de Jango: “Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto... Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos... e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras” (idem, pg. 51-52).

A esquerda espalha a mentira de que a luta armada ocorreu depois da criação do AI-5, o que é uma deslavada mentira. Até a decretação do AI-5, houve 84 atentados a bomba, que mataram e feriram militares e civis - 19 mortos, conforme texto de Reinaldo Azevedo (cfr. em https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas-de-esquerda-1-os-19-assassinados-antes-do-ai-5/).

Cronologia da violência em 1968:

28/03/1968: morte de Edson Luís, em choque de estudantes com a polícia, no Rio;

31/03: passeata estudantil contra a Revolução, com 1 civil morto e dezenas de policiais da PM feridos;

01/04: comício na Praça da Sé, em que o Governador Abreu Sodré e sua comitiva foram expulsos da tribuna, que foi utilizada pelos agitadores para ataques à ditadura militar;

19/06: liderados por Vladimir Palmeira, presidente da UNE, 800 estudantes tentaram tomar o prédio do MEC (Rio), ocasião em que 3 veículos do Exército Brasileiro foram incendiados;

21/06: 10.000 estudantes incendiaram carros, saquearam lojas, atacaram a tiros a Embaixada americana e as tropas da PM, no Rio, resultando em 10 mortos (inclusive o Sgt PM Nélson de Barros) e centenas de feridos;

22/06: estudantes tentaram tomar a Universidade de Brasília;

24/06: em São Paulo, estudantes depredaram a Farmácia do Exército, o City Bank e o jornal O Estado de S. Paulo”;

26/06: a VPR explode guarita do QG do antigo II Exército, em São Paulo, com carro-bomba, matando o soldado do Exército Mário Kozel Filho;

03/07: estudantes portando armas ocuparam a USP, com ameaças de colocação de bombas e prisão de generais;

04/07: “Passeata dos 50 mil” com o slogan “só o povo armado derruba a ditadura”;

20/08: morte do soldado da PM/SP, Antônio Carlos Jeffery;

02 e 03/09: discursos violentos contra as Forças Armadas, proferidos pelo Deputado Federal Márcio Moreira Alves;

07/09: morte do soldado da PM/SP, Eduardo Custódio de Souza;

03/10: choque entre estudantes da USP e Mackenzie ocasionaram a morte de um deles, baleado na cabeça;

12/10: assassinato do capitão do Exército norte-americano, Charles Rodney Chandler; no mesmo dia, durante o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, SP, a polícia prendeu os participantes, destacando-se Wladimir Palmeira, Franklin Martins, José Dirceu de Oliveira e Silva; Domingos Simões, “o dono do sítio, era militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e tinha ligações com padres dominicanos de São Paulo e com o general oposicionista Euryale Zerbini, que ajudara a organizar o evento. Era um conhecido comunista da cidade” (CABRAL, 2013: 58-59); “Além das armas das sentinelas, os policiais só encontraram uma pistola Luger, duas Berettas e uma carabina. ‘A gente tinha muita arma, revólveres, pistolas, metralhadoras, coquetéis molotov. Mas estava tudo enterrado. Não tivemos como usá-las’ - revela Paulo de Tarso Venceslau” (idem, pg. 59); foram encontradas drogas e bebidas alcoólicas e o Woodstock caboclo deixou uma infinidade de preservativos usados - havia até uma escala de serviço de moças para atendimento sexual; alguns líderes, em acordo com Marighella e Cuba, haviam chegado à conclusão de que o estopim para a luta armada viria da prisão em massa de estudantes, envolvendo comunistas e inocentes úteis, e jogaria essa “força de trabalho” nos braços da luta armada; quem não era procurado pela polícia em Ibiúna, foi solto; “Entre eles, Cesar Maia, Raul Pont, José de Abreu, Gianfrancesco Guarnieri, Adilson Monteiro Alves e Lúcia Murat” (idem, pg. 60); “A lista dos 706 presos se transformaria, nas mãos dos militares, em uma agenda de ‘comunistas subversivos’. Nos anos seguintes, nove seriam assassinados pelo regime militar. Outros sete continuam na lista dos desaparecidos políticos” (idem, pg. 61);

15/10: estudantes tentaram tomar o prédio da UNE, queimando carros oficiais; Fernando Gabeira participou do ato terrorista (cfr. livro A Esquerda Armada no Brasil, de Antonio Caso);

23/10: estudantes depredam o jornal O Globo, visto como agente norte-americano;

07/11: o Sr. Estanislau Ignácio Correa é assassinado por terroristas que roubaram seu automóvel. Estas e outras mortes, ocasionadas pela violência estudantil, tinham reflexo das ações terroristas propostas pela OLAS, em Havana, Cuba, em 1967: “faremos um Vietnã em cada país da América Latina”, segundo as palavras do ditador Fidel Castro.

Houve, ainda, o assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, feito pela Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighella, no dia 10/08/1968, ação que rendeu NCr$ 108 milhões ao grupo terrorista e consolidou sua entrada na luta armada. Dessa operação, participaram Aloysio Nunes Ferreira Filho, ministro da Justiça do governo FHC, o terrorista Diógenes de Oliveira, o “Diógenes do PT”, e meu tio materno Arno Preis. Leia, de minha autoria, 2008: 40 anos do AI-5, disponível em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/2008-40-anos-do-ai-5.html.

O historiador Carlos Ilich Santos Azambuja, antigo oficial de Inteligência da Aeronáutica (falecido em 2019), no artigo “A Parcialidade Escancarada”, faz críticas à tetralogia de Elio “Parmegiani” Gaspari: “Em seu livro, narra em detalhes a morte do estudante Edson Luiz, no restaurante do Calabouço, ocorrida em 27 de março de 1964. Detalhes tão precisos como se ele estivesse lá, assistindo a tudo. Não estava. Tanto não estava que escreveu que o fato ocorreu ‘a três quarteirões do hospital da Santa Casa’. Outra inverdade. Do restaurante ao hospital bastava atravessar a rua Santa Luzia. Eu estava lá e vi. No entanto, na Faculdade Nacional de Filosofia, Rio de Janeiro, de onde era aluno, narra a morte, a tiro de revólver disparado por um seu colega, de um estudante da mesma Faculdade. E só. Por que Gaspari, um historiador, evita dizer o nome desse seu colega, de Faculdade e de partido, que disparou a arma? Esse é um segredo de polichinelo, embora jamais o autor da morte tenha sido processado por esse crime. Seu nome? Apenas as iniciais, pois não desejo prejudicá-lo, onde quer que esteja. Assim, aquilo que ele julga que ninguém sabe, ele vai saber que eu sei: ACFPP” - cfr. em https://www.alertatotal.net/2014/04/a-parcialidade-escancarada.html. No dia 22/11/2012, por meio de e-mail, Azambuja me confidenciou: “O nome do cara do qual eu escrevi apenas as iniciais é ANTONIO CARLOS FARIA PINTO PEIXOTO, na época militante do PCB. Faleceu em 15 de Julho de 2012”.

No total, foram pelo menos 119 pessoas mortas pela esquerda terrorista, sendo 19 pessoas assassinadas antes da edição do AI-5 - confira textos de Reinaldo Azevedo em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas.html.

AIB - Ação Integralista Brasileira. Fundada em 07/10/1932, por Plínio Salgado e Gustavo Barroso. Miguel Reale foi outro líder integralista. O uniforme do integralista incluía camisa verde, símbolo do nacionalismo, com a braçadeira contendo o Sigma (sinal matemático da somatória), gravata preta, calça preta ou branca, boné verde e meias pretas. Como saudação, os “camisas-verdes” mantinham o braço erguido, mão espalmada e exclamavam “anauê” (“você é meu irmão”, em tupi guarani). Na carteira de identidade dos integralistas era encontrada a seguinte frase: “Juro perante Deus e pela minha honra trabalhar pela vitória da Ação Integralista Brasileira, executando, sem discutir, as ordens do chefe nacional e dos meus superiores hierárquicos” (Dione Kuhn, in “Nostalgia integralista no sul”, Correio Braziliense, 12/07/1999). O lema era “Deus, Pátria e Família” e era a principal organização anticomunista no Brasil. Dom Hélder Câmara chegou a participar do movimento. A AIB foi dissolvida por Getúlio Vargas, após o levante integralista contra o Governo Federal, ocorrido no dia 11/05/1938. Como contrapeso ao comunismo, o integralismo é visto como uma “quinta-coluna” de Hitler e de Mussolini. O integralismo teve grande penetração nas colônias alemãs do Sul do Brasil. O caráter dos alemães e dos teuto-brasileiros foi utilizado para explicar sua adesão ao integralismo: desde criança, são acostumados à ordem e ao trabalho. O integralismo e o nacional-socialismo (nazismo) tinham em comum os inimigos: liberais, comunistas e judeus. Havia, entre ambos, diferenças irreconciliáveis: o nacionalismo do integralismo não admitia a ingerência do nazismo sobre os “interesses alemães” no Sul do Brasil, ou seja, a manutenção da identidade étnica dos teutos (língua, escolas, imprensa etc.); o integralismo insistia na fusão das raças para programar um “Estado integral”, com representatividade de todos os setores da população brasileira, ao passo que o nazismo admitia apenas os “arianos”. No Sul do Brasil, o nazismo se utilizou da influência integralista devido às seguintes dificuldades: 1) muitos teutos eram antinazistas; 2) nas cidades os teutos estavam quase assimilados (nacionalizados); 3) os imigrantes e seus descendentes não eram perseguidos, por isso a agitação de minorias não tinha êxito; 4) muitos habitantes de língua alemã eram judeus. O integralismo começou a se estabelecer em Santa Catarina logo depois das drásticas medidas tomadas pelo Governo Estadual contra as “colônias alemãs”: com a Revolução de 1930, a família Ramos (representando Lages ou o Planalto de Santa Catarina, onde predominava o latifúndio) reconquista o poder, e os Konder são alijados do poder (representavam o nordeste do Estado, onde predominava a agricultura com base na pequena propriedade e a indústria). As perseguições incluíram: 1) introdução de impostos sobre o capital, atingindo principalmente as indústrias das “colônias alemãs”; 2) professores foram submetidos a testes de língua portuguesa: os que não foram aprovados, foram impedidos de lecionar, levando ao fechamento de muitas escolas; 3) o município de Blumenau foi enfraquecido através da desanexação de uma área de 3.750 km2 (de um total de 10.375 km2) para constituir o município de Rio do Sul (à época, Blumenau tinha 110.000 habitantes e Joinville 54.000 habitantes). Após as eleições de 1933, quando os republicanos (liderados pelos irmãos Adolfo e Marcos Konder) venceram os liberais em Joinville e Blumenau, Aristiliano Ramos decretou a desanexação de parte do município de Joinville e a total subdivisão de Blumenau, que ficou reduzido a 1.650 km2 após o surgimento dos novos municípios de Gaspar, Indaial, Timbó e Dalbérgia. O putsch integralista de 11/05/1938 (Intentona Integralista), contra o Governo Vargas, não teve nenhuma participação dos nazistas, o que parece provar que jamais houve uma colaboração estreita entre integralistas e nazistas. Há na bibliografia indicações de que o integralismo tinha adeptos sobretudo entre os teutos católicos, enquanto os teutos luteranos eram germanistas e nazistas. A acusação de que o integralismo recebeu dinheiro do fascismo italiano é confirmado pelo conde italiano Costanzo Ciano em seu diário. Os maiores contingentes de “camisas-verdes” eram encontrados em São Paulo, na Bahia e em Santa Catarina. Depois da Contrarrevolução de 1964, os partidos políticos foram extintos e os integralistas que permaneceram na política filiaram-se à Arena, o partido de sustentação dos militares.

AIDS intelectual - Segundo William Lind, Political Correctness is intellectual AIDS. Everything it touches it sickens and eventually kills (O Politicamente correto é AIDS intelectual. Tudo que ela toca adoece e finalmente mata). Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/pc-marxist-roots-unearthed-by-william-s.html.

ALA - Ala Vermelha do PC do B (Dissidência do PC do B): ex-militantes das Ligas Camponesas, com cursos de guerrilha na China, desejavam uma ação imediata contra a ditadura militar pós-1964; no dia 14/04/1969, durante assalto a uma Kombi do Banco Francês-Italiano, em São Paulo, a ALA matou o motorista Francisco Bento da Silva e o guarda bancário Luiz Ferreira da Silva. Tarso Genro foi membro da ALA.

Alain Delon dos pobres - José Dirceu era também conhecido como o “Ronnie Von das massas” e enfileirou namoradas - uma das primeiras foi Iara Iavelberg, depois amante de Carlos Lamarca.

Al-Azma - “A Crise”: calamidade para o Islã, com a unidade islâmica abalada quando Estados árabe-muçulmanos se aliaram ao Ocidente para combater outro Estado árabe-muçulmano, o Iraque (1991). Veja Al-Naqba.

ALBA-TCP - Criada por Hugo Chávez e Fidel Castro como Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), mudou em 2009 o nome para Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América - Tratado de Comércio dos Povos. Foi um acordo de clara oposição à Área de Livre-Comércio das Américas (ALCA), que foi longamente gestada, porém nunca parida, devido às ações antiamericanas das esquerdas. São membros da ALBA-TCP: Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Nicarágua, Dominica, Antígua e Barbuda, e São Vicente e Granadinas. No dia 09/06/2011, Hugo Chávez e Raul Castro assinaram os termos da criação da Escola de Formação das Forças Armadas da ALBA - o “Fort Benning bolivariano”.

Alcântara é nossa! - E dos ucranianos! E dos chineses! A Base de Lançamento de foguetes em Alcântara só não pode ser alugada para os malditos yankees. Com esse antiamericanismo de primatas, que dizem não querer uma nova Guantánamo no Brasil, deixamos de receber cerca de 30 milhões de dólares anuais. Slogan de pau semelhante a “O petróleo é nosso”, “A Amazônia é nossa”, “O Pantanal é nosso”, “Fora ALCA”, “Fora FMI” - com apoio dos padrecos e bispecos da CNBdoB.

ALF - Animal Liberation Front (Frente de Libertação Animal): ONG do Reino Unido, a ALF promove ataques terroristas contra pesquisadores e centros de pesquisa que utilizam animais para a produção de vacinas e outros experimentos. Também atacam comerciantes de peles de animais e incendeiam lanchonetes fast food na Europa, que utilizam carne vermelha no cardápio. O neurocientista americano David Jentsch, da Universidade da Califórnia, já teve seu carro destruído por elementos do ALF e recebeu lâminas contaminadas por HIV. Em 1997, a ALF invadiu laboratórios da UFSC e soltou 80 saguis e alguns macacos. Em 2008, invadiu laboratório de Biociências da USP, destruindo material de pesquisa, equipamentos e computadores. Do jeito que as coisas vão, os ecoterroristas da ALF e da ELF podem também atacar as plataformas vegetais com as quais se começam a fabricar novas vacinas. Afinal, planta também tem “sentimento” e gosta de “ouvir música”, principalmente música clássica, ao contrário dos maconheiros, que preferem rock pesado e funk. Produtores de vinho na Itália usam a música clássica para melhorar a qualidade de seu produto - cfr. em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/10/musica-classica-e-usada-para-melhorar-qualidade-de-vinhos-na-italia.html. Em 04/01/2011, a Bio-Manguinhos assinou contrato com o Centro Fraunhofer para Biotecnologia Molecular e a iBio Inc., dos EUA, para produzir vacina contra a febre amarela a partir de uma planta, sem o uso de vírus atenuado. Outros grupos que pretendem igualar os humanos aos animais: Animal Rights Militia - ARM (Milícia dos Direitos dos Animais), Hunt Retribuition Squad - HRS (Esquadrão de Resposta pela Caça), Mobilization For Animals - MFA (Mobilização pelos Animais), People for the Ethical Treatment of Animals - PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais). Veja ELF, Eugenia ecológica, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT.

¡Alfaro Vive, Carajo! - O mesmo que Fuerzas Armadas Populares Eloy Alfaro. Movimento de esquerda criado no Equador em 1982, que mudou seu nome para ¡Alfaro Vive Carajo! depois do governo populista do general Eloy Alfaro.

Al-Fatah - (Árabe) “A Conquista”: organização guerrilheira fundada por Yasser Arafat, em 1959. Em 1967, o Emir do Kuwait doou um cheque de US$ 50 mil à organização, que se juntou à OLP em 1968 e obteve a liderança dela em 1969. Expulsa da Jordânia após o “Setembro Negro” (1970), a Al-Fatah estabeleceu-se no Líbano. A invasão israelense no Líbano, em 1982, dispersou a organização para vários países, como Tunísia, Iêmen, Argélia, Iraque e outros. A Al-Fatah desencadeou ataques terroristas contra israelenses, na 2ª. Intifada (a partir do ano 2000), principalmente através da Force 17 (Força 17) e Western Sector (Setor da Cisjordânia). É também conhecida por “Al-Asifa”. A 1ª Intifada ou “Guerra das Pedras” ocorreu a partir de 1987, e só terminou em 1993, após a assinatura dos Acordos de Oslo.

Algoritmo - “Um algoritmo é um conjunto metódico de passos que pode ser usado na realização de cálculos, na resolução de problemas e na tomada de decisões. Por exemplo, quando se quer calcular a média entre dois números, pode-se usar um algoritmo simples. O algoritmo estabelece: ‘Primeiro passo: obtenha a soma dos dois números. Segundo passo: divida a soma por 2’” (HARARI, 2016: 91). “Até mesmo os laureados com o prêmio Nobel de Economia tomam apenas uma fração de suas decisões usando canetas, papel e uma calculadora; 99% de nossas decisões – inclusive as escolhas mais importantes da vida, referentes a cônjuges, carreiras e habitantes – são tomadas por algoritmos altamente sofisticados, que chamamos de sensações, emoções e desejos” (idem, pg. 94). “Os algoritmos do Google e do Facebook sabem não apenas como você se sente, como sabem 1 milhão de outras coisas a seu respeito das quais você mal suspeita. Consequentemente, você deveria parar de ouvir seus sentimentos e começar a ouvir esses algoritmos externos. De que valem eleições democráticas quando os algoritmos sabem como cada um vai votar, assim como as razões pelas quais uma pessoa vota em um partido de esquerda enquanto outra vota em políticos de direita? O humanismo ordenava: ‘Ouçam seus sentimentos!’; o dataismo agora ordena: ‘Ouçam os algoritmos! Eles sabem como você se sente’” (idem, pg. 394). “Os algoritmos realmente importantes - como os algoritmos de busca do Google - são desenvolvidos por equipes enormes. Cada membro entende somente uma parte do quebra-cabeça e ninguém entende o algoritmo como um todo. Além disso, com o surgimento da aprendizagem automática e das redes neurais artificiais, mais e mais algoritmos se desenvolvem independentemente, aprimorando a si mesmos e aprendendo com os próprios erros. Eles analisam quantidades astronômicas de dados, que nenhum humano é capaz de abranger, e aprendem a reconhecer padrões e a adotar estratégias que escapam à mente humana. O algoritmo-semente pode de início ser desenvolvido por humanos, mas ele cresce, segue o próprio caminho e vai aonde humanos nunca foram antes - até onde nenhum humano pode segui-lo” (idem, pg. 395). Veja Dataismo e Eugenia tecnológica.

Aliança Cinco Olhos - “Five Eyes” engloba a partilha de informações entre países anglófonos, após a II Guerra Mundial. “Sob o Cinco Olhos, a NSA [dos EUA] compartilha o produto de sua Inteligência com outros quatro países anglófonos: Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Na teoria, esses aliados não se espionam uns aos outros. Coisa que, na prática, fazem” (HARDING, 2014: 74). “A missão da NSA é coletar sinais de Inteligência [SIGINT] ao redor do mundo. Isso significa qualquer coisa eletrônica: rádio, micro-ondas, informações de satélite interceptadas. E comunicações da internet” (idem, pg. 74). Os Cinco Olhos tinham estações também no Chipre, Ceilão, Hong Kong, África do Sul, Diego Garcia, Ilha de Ascensão e clientes do Oriente Médio, como Omã (cfr. HARDING, pg. 131-132). Veja Echelon e PRISM.

Aliança Internacional pela Reforma da Cannabis (sigla ICAR, em inglês) - A organização de pau, com sede nos EUA, realiza campanha pela legalização internacional da maconha. Hoje, o movimento THC tem o apoio irrestrito de FHC. Seria FHCannabis?

Aliança Nacional - Partido nazista dos EUA, seus integrantes desprezam o Governo Federal e afirmam que existe um complô judaico para dominar a América. Os heróis são Theodor Kazcynsky, o “Unabomber”, que remetia bombas pelo correio nas décadas de 1970 e 1980, e Timothy McVeigh, autor da explosão de um carro-bomba na cidade de Oklahoma, em 1995, quando morreram 168 pessoas (sendo 19 crianças) e 674 ficaram feridas. McVeigh justificou o ato terrorista como sendo uma vingança contra o FBI pela matança de 80 membros de uma seita militarizada (seita davidiana), em Waco, Texas, em 1993, e pelo assassinato de uma família de um fazendeiro neonazista, feito por agentes do governo. Nos EUA, existem centenas de grupos “patrióticos” (em 1996, eram em torno de 850), reunidos em milícias fortemente armadas, que agem sem ser incomodadas, utilizando-se da liberdade de expressão garantida pela Primeira Emenda Constitucional. A Aliança Nacional afirma que os ataques contra o World Trade Center e o Pentágono (11/09/2001) foram um complô da CIA e do Mossad (serviço secreto de Israel), para mobilizar a opinião pública mundial contra a causa palestina - aliás, a mesma afirmação de muitos islâmicos, como foi constatada nos jornais egípcios após os atentados. O FBI investigou se as organizações de extrema direita americana estavam por trás das cartas com antraz, que provocaram a morte de vários americanos. Veja Oklahoma (Atentado) e Unabomber.

Aliança para o Progresso - “Sob a administração Kennedy, a ‘Aliança para o Progresso’, programa destinado a ajudar os governos latino-americanos e evitar que o comunismo se aproveitasse do subdesenvolvimento do continente, se concentrou naquela região [Nordeste brasileiro]. Entre 1961 e 1964, uma média anual de 5 a 7 mil norte-americanos entre voluntários bem-intencionados dos Corpos da Paz e mal-intencionados espiões da CIA vieram para o Brasil” (NAPOLITANO, 2014: 59). Além da Aliança para o Progresso (https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/em-1961-jfk-cria-alianca-para-o_17.html), os EUA mantinham um apoio às cooperativas canavieiras do Nordeste, por meio da The Cooperative League of the USA (CLUSA) - Cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/the-cooperative-league-of-usa-clusa-e-o.html.

Álibi do comunismo - O nazismo é o mais forte álibi do comunismo. “Relembrar, a cada dia, as atrocidades nazistas - prática tornada sagrada, desde então, sob a alcunha de ‘dever de memória’ - mantém um ruído permanente que não deixa espaço para se dar atenção à memória das atrocidades comunistas. Nas palavras de Alain Besançon, a ‘hipermnésia do nazismo’ desvia a atenção da ‘amnésia do comunismo’. Por isso é fácil entender por que toda análise, todo trabalho de historiadores minoritários, que ponha em foco a semelhança essencial entre os dois regimes, provoca tempestades que precedem uma fúria vingativa” (REVEL, 2001: 109). Cfr. meu texto sobre o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/o-nazismo-e-o-mais-forte-alibi-do.html.

Ali Químico - Ali Hassan al-Majid, primo de Saddam Hussein, ordenou o uso de armas químicas contra os curdos, no Norte do Iraque, em 1988. Comandou a invasão do Kuwait em 1990 e autorizou o assassinato e a tortura de civis. Também coordenou a execução de milhares de xiitas no Sul do Iraque, no levante em Basra, em 1991. Hani al-Latif Tulfah, dirigente da Organização de Segurança Especial, órgão de repressão do regime de Saddam, foi o militar responsável pelo desenvolvimento de armas químicas e biológicas. Hamza al-Zubaidi, ex-primeiro-ministro do Iraque, participou da tortura e execução de opositores políticos; supervisionou a limpeza étnica na região curda, em 1991, e o extermínio dos chamados “árabes dos alagados”, no Sul do Iraque, um dos maiores crimes ecológicos de que se tem notícia. Veja Genocídio.

Al-Jihad - Grupo Jihad: conhecido também como “Jihad Islâmica Egípcia”, “Grupo Novo Jihad”, “Vanguarda da Conquista” e “Talla’a al-Fateh”. É um grupo extremista islâmico, formado por estudantes palestinos no Egito, que se infiltraram na polícia na década de 1970 e, em 06/10/1981, assassinaram o presidente egípcio Anwar El Sadat, por este ter assinado um acordo de paz com Israel, por ter-se aliado aos EUA, por ter viajado a Jerusalém e ter dado asilo ao Xá Reza Pavlevi, deposto pela Revolução Iraniana em 1979. Com o esgotamento da luta no Afeganistão (expulsão dos soviéticos), o Al-Jihad participou de operações na Eritréia, Ogaden, Burma, Caxemira, Tadjiquistão, Chechênia, Bósnia, Líbia e Mogadíscio (Operação Restore Hope, da ONU, na Somália). O Al-Jihad tem o Xeque Omar Abdel-Rahman como seu líder espiritual. O objetivo do grupo também era derrubar o governo Mubarak e criar um Estado islâmico no Egito. Em 1995, o Al-Jihad matou 18 soldados judeus em um ponto de ônibus em Beit Lid.

Almirante do Povo - Almirante Cândido da Costa Aragão, do Comando dos Fuzileiros Navais, que se aliou à baderna dos marinheiros em comícios no Rio de Janeiro, em março de 1964, incitado pela dupla carbonária Jango-Brizola, sendo carregado nos ombros pelos militares amotinados. O ministro da Marinha da época, Almirante Paulo Mário da Cunha Rodrigues, era chamado de “Almirante Vermelho”. Veja Contrarrevolução de 1964.

ALN - Ação Libertadora Nacional: grupo terrorista, cujos fundos eram obtidos por assaltos e dinheiro recebido de Cuba. “Militei na Ação Libertadora Nacional (ALN), uma organização guerrilheira que mantinha excelentes relações com Cuba. Muitos de nossos companheiros receberam treinamento militar na ilha para enfrentar com armas a ditadura militar que havia deposto um governo legitimamente eleito” (Paulo de Tarso Venceslau, “30 Moedas”, site Jornal Contato, acesso em 13/05/2011). O Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) havia sido criado em 1967 pelo terrorista Carlos Marighella, após este ser expulso do PCB, depois da Conferência da OLAS, em Cuba. Somente a partir de 1969 o AC/SP, também conhecido como Ala Marighella, passaria a utilizar a denominação Ação Libertadora Nacional (ALN). Minimanual do Guerrilheiro Urbano, de Carlos Marighella, foi traduzida para vários idiomas e foi o “livro de cabeceira” dos grupos terroristas Brigadas Vermelhas, da Itália, e Baader-Meinhoff, da Alemanha. “... os ‘tiras’ e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos” (trecho do Minimanual). Entre 1967 e 1970, comunistas ligados a Marighella e à VAR-Palmares atuaram em Brasília e seu entorno, como fazendas de Formosa, GO, e Paracatu, MG, com aliciamento de estudantes da Universidade de Brasília, liderados por José Carlos Vidal (“Juca”), junto com outro líder estudantil, Luís Werneck de Castro Filho. Em 1968, o grupo de Marighella realizou treinamento de guerrilha próximo ao Rio Bartolomeu, em exercícios de tiro com metralhadora INA e revólver .38. No mesmo ano, Edmur Péricles de Camargo foi enviado por Marighella para fazer um levantamento para instalação de guerrilhas nos arredores das cidades de Formosa, Posse, São Romão, Pirapora e São Domingos. No dia 10/08/1968, a ALN assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada da ALN na luta armada; nesse assalto, além de meu tio materno Arno Preis e outros, participou o ministro da Justiça do Governo FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos. “Na terça-feira de carnaval de 1969, foi realizado um assalto ao posto de identificação da Asa Norte, de onde foram roubadas mais de cem células de identidade, uma máquina de escrever e carimbos. Participaram da ação: Fabiani Cunha, Francisco William de Montenegro Medeiros, Maurício Anísio de Araújo, Adolfo Sales de Carvalho, Gilberto Thelmo Sideney Marques e Ronaldo Dutra Machado” (“Agrupamento Comunista se expande para o Planto Central”, site A Verdade Sufocada, acesso em 15/04/2011). Junto com o grupo terrorista MR-8, de Fernando Gabeira, a ALN sequestrou o embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, no Rio de Janeiro, em 04/09/1969, por cujo resgate foram libertados 15 terroristas (entre os quais estavam Vladimir Palmeira e José Dirceu). Marighella foi morto pela polícia em São Paulo, no dia 04/11/1969. Após o sequestro do embaixador americano, as prisões de terroristas tiveram sequência: no dia 01/10 foi preso em São Sebastião, SP, o coordenador do setor de apoio, Paulo de Tarso; no dia 02/11 foram presos no Rio de Janeiro os freis Fernando e Ivo; no dia 03/11, já em São Paulo, Frei Fernando “abriu” o restante da rede de apoio, sendo presos os freis Tito e Jorge, um ex-repórter da Folha da Tarde, responsável pelas fotos dos documentos falsos, e um casal de ex-diretores do mesmo jornal; Frei Fernando foi quem levou ao “ponto” com Marighella, no dia 04/11, após revelar duas senhas, pois era o responsável pela coordenação das atividades dos dominicanos com Marighella, desde a saída de Frei Osvaldo de São Paulo, em junho daquele ano. Combinado o encontro com Frei Fernando, Marighella resistiu à ordem de prisão quando entrava no carro de Frei Fernando, sacando um revólver, quando foi morto pelos policiais. A morte de Marighella repercutiu no Brasil e no exterior. Com a morte de Marighella, assumiu o comando Joaquim Câmara Ferreira, o “Toledo”, que viajou a Cuba com Zilda Xavier para receber instruções de Fidel Castro, país em que um dos fundadores da ALN, Agonalto Pacheco, estava em choque com as autoridades locais, especialmente o comandante Manuel Piñero, o “Barbarroxa”, acusado de desvirtuar as iniciativas do AC/SP. Câmara Ferreira foi preso no dia 23/10/1970, em São Paulo; cardíaco, sofreu enfarte na viatura policial, vindo a falecer; Carlos Eugênio Paz, em seu livro Viagem à Luta Armada (Editora Civilização Brasileira, 1996), fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury; essa versão é negada por Luís Mir (A Revolução Impossível, pg. 560). Em um bolso de “Toledo”, foi encontrada carta de Frei Osvaldo Rezende, onde constavam contatos internacionais, projetos políticos e ligações com os governos cubano e argelino. O governo brasileiro denunciou à ONU a ingerência em seus assuntos de países que não respeitavam o direito internacional - o que não teve nenhuma consequência prática. Em 07/09/1970, João Alberto Rodrigues Capiberibe (mais tarde governador do Amapá), “militante” da ALN, foi preso junto com sua mulher Janete e sua cunhada Eliane. Em 23/03/1971, a ALN faz o “justiçamento” de um “quadro”, Márcio Leite de Toledo. Carlos Eugênio Paz, no livro acima citado, afirma que foi coautor desse “justiçamento”. Junto com o Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), a ALN assassinou o industrial Henning Albert Boilesen, diretor do Grupo Ultra, no dia 16/04/1971 (Sebastião Camargo, da empresa Camargo Correia, era também alvo para sequestro e “justiçamento”, mas prevaleceu a escolha de Boilesen, porque era considerado “espião da CIA” e patrocinador da OBAN). Terroristas da VAR-Palmares, da ALN e do PCBR assassinaram o marujo da flotilha inglesa em visita ao Rio de Janeiro, David A. Cuthbert, de 19 anos, no dia 08/01/1972; nos panfletos, os terroristas afirmaram que a ação era em solidariedade à luta do IRA contra os ingleses. Em 1971, a ALN dividiu-se em duas facções: o Movimento de Libertação Nacional (MOLIPO), criado pelo serviço secreto cubano (José Dirceu era um dos integrantes), e a Tendência Leninista (TL). Em 1972, a ALN/SP assassinou o gerente da firma F. Monteiro S/A, Valter Cesar Galatti, ferindo ainda o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalino Fernandes. Em 1972, terroristas da ALN/GB, do MOLIPO e da ALN/SP assassinaram o investigador Mário Domingos Pazariello, o soldado da PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira (foi morto por meu tio materno, Arno Preis) e o cabo da PM/SP, Sylas Bispo Feche; a ALN/GB assassinou em 1972 Íris do Amaral. No dia 21/02/1973, a ALN formou um grupo de execução, integrada por três terroristas, que assassinaram o proprietário do Restaurante Varela, o português Manoel Henrique de Oliveira, acusado de ter denunciado à polícia, no dia 14/06/1972, a presença de quatro terroristas que almoçavam em seu Restaurante, três dos quais morreram logo após (na verdade, os terroristas mortos estavam sendo seguidos pelo DOI-CODI). No dia 25/02/1973, terroristas da ALN, da VAR-Palmares e do PCBR assassinaram em Copacabana o Delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior. Pelo extenso “currículo” de Marighella, seus familiares receberam mais de 100 mil reais de “indenização”, outorgada pela famigerada “Comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro governo FHC. Carlos Eugênio Sarmento da Paz confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Jessie Jane Vieira de Souza, outra “militante” da ALN, que participou do sequestro de um avião, chegou a ser diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro. Saiba mais sobre as ações dos “honoráveis terroristas” da ALN acessando https://pt.slideshare.net/palmasite/honorveis-terroristas. Com o auxílio do Movimento Comunista Internacional (MCI) e de padres dominicanos, como Frei Beto, a ALN tinha um sistema de propaganda no exterior, a Frente Brasileira de Informações (FBI). Veja FBI.

Al-Naqba - “O Holocausto”: calamidade para o Islã, comparada a Al-Azma, devido à perda da Andaluzia (Espanha) e da Palestina (Israel), e ao fim do Califado otomano. Veja Al-Azma.

Aloprado – Segundo o sucessor de FHC, é o petista pego em cândida ação de chantagem, com uma montanha de dinheiro, para venda de dossiês antitucanos.

ALPRO - Alianza Para el Progreso (Aliança para o Progresso): apoio dos EUA, a partir de 1960, a países latino-americanos, para deter o avanço comunista na América Latina após a Revolução Cubana, ocorrida em 1959. Lembro-me que, quando eu estudava na 4ª. série, em 1960, em Luzerna, SC, era distribuída uma bebida achocolatada durante o recreio - um presente de Tio Sam. Veja Aliança para o Progresso.

Al-Qaeda - “A Base”, em árabe. Grupo terrorista islâmico fundado por Osama bin Laden, bilionário saudita, possivelmente refugiado no Afeganistão durante os ataques americanos contra aquele país (2001). Inicialmente, o grupo se chamava Salvação Islâmica (Fundação al-Qaeda), era uma instituição de caridade criada por bin Laden para remeter fundos de apoio à jihad no Afeganistão, depois da invasão soviética (1979), e no Paquistão; depois, estendeu-se a centros islâmicos e obras de caridade em todo o mundo islâmico, especialmente na Bósnia-Herzegovina, Albânia e Kosovo, durante a Guerra dos Bálcãs (1991-2001). Estudos comprovam que na Croácia e, principalmente, na Bósnia-Herzegovina grande parte da estrutura terrorista islâmica patrocinada pelo Irã escondia-se nesses “centros de caridade”, com base em Zagreb, Croácia, em cooperação e coordenação com os representantes locais da Inteligência iraniana e do Hezbollah (via embaixada do Irã em Zagreb - alto diplomata Mohammad Javad Asayesh). Quatro a seis mil terroristas islâmicos em atividade na Bósnia, na época, abrigavam-se em pouco mais de 20 “obras de caridade” ou “projetos humanitários”. A maioria desses fundos era coordenada pela Fundação Mostazafin, fachada da Inteligência iraniana. A Al-Qaeda possui células terroristas no Oriente Médio e Norte da África, e provavelmente no leste asiático, na Europa e na América do Norte, num total de mais de 40 países. Em 1991, bin Laden foi forçado a sair da Arábia Saudita e fundou a organização terrorista Al-Qaeda, em 1992, no Sudão, então governado pelo ditador fundamentalista Hassan al-Turabi. Bin Laden teve o passaporte saudita cassado em 1994 e passou, a partir de então, a utilizar passaporte diplomático sudanês com nome falso. Os principais dirigentes da organização, além de bin Laden, eram o chefe de planejamento, Ayman al-Zawahiri, e o chefe de operações militares, Mohamed Atif. O grupo tem ainda um conselho consultivo e quatro comitês: o religioso, o financeiro, o militar e o de mídia; a base da organização é composta por células terroristas próprias e organizações associadas. No Afeganistão, o grupo era sustentado pelo tráfico de drogas (em sociedade com o então governo Talibã) e por doações de instituições e pessoas físicas do mundo islâmico, especialmente da Arábia Saudita. A primeira ação do grupo ocorreu em fevereiro de 1993, contra o World Trade Center (WTC), em Nova Iorque, realizado pelo kuwaitiano Ramzi Youssef, quando um carro-bomba na garagem de uma das torres gêmeas deixou saldo de 6 mortos e mais de 1.000 feridos; preso, Youssef foi condenado a 240 anos de prisão. Em outubro de 1993, militantes treinados por Mohamed Atif mataram 18 soldados dos EUA na Somália (Operação Restore Hope”, da ONU). Em agosto de 1996, bin Laden escreveu seu primeiro manifesto contra os EUA, a declaração de sua Jihad (Guerra Santa), pois tropas americanas ainda ocupavam o solo sagrado do Islã - a Arábia Saudita. Em 1998, bin Laden decretou um outro manifesto, mais radical, a fatwa (sentença de morte) contra todos os cidadãos americanos, dentro ou fora das terras islâmicas, que seria desempenhada pelo “exército islâmico internacional para a guerra santa contra judeus e cruzados”. Desde 1996, com a ascensão dos talibãs no Afeganistão, o grupo teria construído no país 12 campos de treinamento de terroristas. O grupo é também acusado de ter ocasionado explosões em embaixadas americanas na África (Quênia e Tanzânia), em 1998, do ataque suicida contra o destróier americano USS Cole, no dia 12/10/2000, que deixou 17 marinheiros mortos, no Porto de Áden, Iêmen, e, principalmente, dos atentados contra as torres gêmeas do WTC, em Nova York, e contra o Pentágono, no dia 11/09/2001, ocasionando a morte de 2.996 pessoas (2.977 vítimas e 19 sequestradores, sendo: 2.606 em Nova York, 125 no Pentágono e 246 nos 4 aviões). Os atentados contra os EUA levaram este país a declarar guerra contra o governo Talibã do Afeganistão (por dar cobertura ao Al-Qaeda), em outubro de 2001, o qual foi deposto para dar lugar a um governo de coalizão nacional, no final de 2001. A Al-Qaeda tem ligações com a Jihad Islâmica egípcia e a Al-Ittihad. Em setembro de 2002, um jornal da Itália confirmou que a Al-Qaeda havia elaborado um plano para um grande ataque ao Vaticano. Na mesma época, veio a informação de que grupos islâmicos da Tunísia e do Marrocos pensavam em destruir a Basílica de San Petronio, em Bolonha, Itália, que tem um afresco mostrando Maomé sendo arrastado por demônios nas profundezas do inferno. No dia 19/09/2002, 5 homens - 4 marroquinos e 1 historiador italiano - foram presos na Basílica por estarem filmando o afresco pintado no século XV por Giovanni da Modena, sob inspiração de uma passagem da “Divina Comédia”, de Dante Alighieri. “No vídeo que os homens gravaram, estava registrada a seguinte frase: ‘O que Bin Laden fez com as torres é o que precisa ser feito aqui’” (in “Tensão na Itália”, revista Veja no. 1766, pg. 111); no dia 21 de agosto, os suspeitos foram libertados por um juiz, por “falta de provas”. O livro “Seeds of Fire” (Sementes de Fogo), do repórter inglês Gordon Thomas, apresenta provas da colaboração chinesa com a Al-Qaeda - tropas da Aliança do Norte encontraram enorme quantidade de armas chinesas em poder dos Talibãs. Antes dos ataques americanos, a Al-Qaeda tinha cerca de 50 acampamentos para treinamento de terroristas no Afeganistão, alguns dos quais, como Badr I, Badr II e Abu Khabab, podiam receber milhares de “soldados” a qualquer momento. A Al-Qaeda, apesar da derrota no Afeganistão, mantém ainda uma rede de “células dormentes” em diversos países islâmicos e ocidentais. Em 2011, Osama bin Laden foi morto pelos americanos no Paquistão. Em 20 anos, os EUA gastaram cerca de US$ 6 trilhões de dólares nos conflitos do Oriente Médio e no Golfo Pérsico - cfr. https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/em-20-anos-guerras-custaram-us-6-tri-aos-eua-quantia-poderia-eliminar-fome-ou-reverter-aquecimento/#:~:text=Em%20quase%2020%20anos%20de,Bagd%C3%A1%2C%20como%20querem%20os%20iraquianos. Só no Afeganistão foram cerca de US$ 2,5 trilhões, para nada, já que as últimas tropas americanas deverão sair do país até 11/09/2021, com o Talibã já tendo recuperado 50% do país. Veja Operação Lança de Netuno, Talibã e Terrorismo.

Al-Quds al-Arabi - Jornal publicado em Londres (editor: Abdul-Bari Atwan, ligado à Al-Qaeda). Em editorial na véspera do atentado ao voo 800 da TWA, o jornal afirmou que “existe uma onda de ódio contra os americanos no cenário árabe” e que “foi Washington, suas políticas e seus aliados na região que criaram esse fenômeno e o alimentaram”, concluindo: “o que aconteceu no Cairo, em Riad e em Khobar é apenas o começo” (Cfr. BODANSKY, 2002: 238).

AMIA - Asociación Mutual Israelita-Argentina: um carro bomba matou 96 pessoas e feriu 156 na AMIA, em Buenos Aires, no dia 18/07/1994. No dia 17/03/1992, um carro-bomba já havia atingido a embaixada de Israel na Argentina, matando 28 pessoas e ferindo cerca de 100. Os atentados foram atribuídos ao Hezbollah Internacional.

América Libre - Revista do Foro de São Paulo (FSP), criada por Frei Betto para comemorar o 65º “aniversário” de Ernesto Che Guevara, em 1993. Che nasceu em Rosário, Argentina, em 14/05/1928 e foi morto na Bolívia em 08/10/1967.

Amor e Revolução - Novela chapa-branca e maniqueísta do SBT, que teve estreia no dia 05/04/2011. O autor revisionista de pau apresenta os terroristas como heróis e os militares que combateram os comunistas como torturadores. Foi o modo de Sílvio Santos agradecer o governo petista, por ter sido salvo do imbroglio bilionário PanAmericano, via Caixa Econômica Federal. Alguns depoimentos pauleiras podem ser vistos em http://www.sbt.com.br/amorerevolucao/depoimentos/ ou http://nucleopiratininga.org.br/se-perdeu-os-primeiros-capitulos-de-amor-e-revolucao-clique-aqui/. O mesmo SBT promoveu, em 2012, a enquete “o maior brasileiro de todos os tempos”, com votação de internautas. No febeapá dos "100 maiores”, Michel Teló desfila ao lado do Duque de Caxias, Tiririca é igualado ao cientista Carlos Chagas, o qual recebe caneladas de jogadores de futebol, como Dedé do Vasco e Marcos do Palmeiras. Felizmente, a TV chapa-branca não conseguiu seu intento, pois Lula foi fragorosamente derrotado por Ayrton Senna. E Chico Xavier foi eleito o maior brasileiro de todos os tempos.

Anarchist Cookbook, The - Livro de Receitas do Anarquista: escrito em 1971 por William Powell, é uma cartilha do terrorismo, que ensina a fabricar garrafa incendiária e meios para confeccionar um pacote explosivo. Há um filme de mesmo nome, de 2002.

Anarquismo - Ideologia que prega a ausência de um chefe ou de um governo. Piotr Alekseievitch Kropotkin, revolucionário russo, pregava a volta aos tempos nostálgicos das sociedades primitivas e das comunidades da Idade Média. Com Pierre-Joseph Proudhom, para quem “a propriedade é um roubo”, o anarquismo se torna um movimento de massa. Enquanto Proudhom tinha sua visão de mundo muito ingênua, baseada na organização primitiva dos camponeses e artesãos, na abolição dos bancos e do dinheiro, sem chance para a modernidade, Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, anarquista russo, junto com os revolucionários socialistas, crê na revolução da periferia, “nos que nada têm a perder”, como, p. ex., o campesinato russo. Bakunin é um dos líderes da I Internacional Comunista, junto com Karl Marx, de quem se afastaria posteriormente. A Aliança Internacional da Democracia Social, de Bakunin, teve papel efetivo na introdução do anarquismo na Espanha, onde desponta a obra do anarquista Francisco Pi y Margall, que teve livros censurados pela Igreja. No Brasil, o anarquismo é representado principalmente por José Rodrigues Leite e Oiticica, filólogo, professor e poeta, seguido de Edgard Leuenroth, jornalista, e de Everardo Dias, jornalista brasileiro de origem espanhola. No início do século XX, Giovanni Rossi instalou uma colônia anarquista no Paraná, a Colônia Cecília. No mesmo período, o sindicalismo em São Paulo contou com a participação de operários de origem italiana. Leia “Anarquistas, graças a Deus!”, de Zélia Gattai.

Anauê! - Salve! “Você é meu irmão”, na língua guarani. Saudação de pau dos integralistas, os “camisas-verdes” de Plínio Salgado. Hoje, a saudação poderia ser traduzida pelos punks e funkeiros como “brother!”, “parça!”, “mermão!”... Veja AIB.

ANCA - Associação Nacional de Cooperação Agrícola: braço financeiro do MST, junto com a Confederação das Copoperativas da Reforma Agrária (Concrab). “O fato é que nessa quarta-feira chegou à CPI da Terra a informação, devidamente documentada, de que a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) - que não se perca pela sigla -, apontada como ‘braço financeiro’ do MST, recebeu R$ 1,5 milhão de organismos internacionais no período de 1995 a 2003. E para que se obtivesse essa informação bastou um dia desde que foi aprovada a quebra de sigilo bancário e fiscal da Anca, tanto quanto de sua coirmã, a Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária (Concrab). De conformidade com os comprovantes que chegaram àquela comissão, a Anca movimentou recursos em sete contas bancárias e as maiores remessas de dinheiro que recebeu foram da Unesco, sendo uma no valor de R$ 400 mil, no ano de 1998, e outra no valor de R$ 430 mil, no ano de 1999” (in “Financiamento do esbulho”, O Estado de S. Paulo, 18/06/2004).

Andorinha - Espiã que utiliza sua sedução para obter informações. Antes do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, realizado pelo MR-8 em 1969, Vera Sílvia Araújo Magalhães apresentou-se na casa do diplomata, oferecendo-se para trabalho de empregada doméstica. Seduziu o encarregado da segurança, Antônio Jamir, e conseguiu importantes dados sobre o embaixador: sua personalidade e horários de entrada e saída de casa, na residência oficial da Rua São Clemente, Rio de Janeiro, de onde se dirigia para a Embaixada, na Avenida Presidente Wilson. A ABIN é acusada de ter utilizado uma “andorinha” (a policial Cleonice Caetano) para desmoralizar o procurador da República, Luiz Francisco de Souza, antigo militante do PT, que costumava perturbar o governo FHC, ao fazer denúncias de corrupção publicadas em jornais que ele mesmo municiava, porém desapareceu da mídia desde o governo mensaleiro de Lula da Silva. “O mais célebre desses membros é o procurador Luiz Francisco de Souza, que nunca escondeu suas convicções ultra-esquerdistas e durante o governo FHC deixou claro que muitas de suas ações tinham motivação puramente política” (in “O Ministério Público na encruzilhada”, revista Veja no. 1876, de 20/10/2004, pg. 50).

Angolagate - Caso da venda de armas, da França para Angola, tendo como cúmplice da venda Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. O filho do ex-presidente francês François Mitterrand, Jean-Christophe Mitterrand, acusado de envolvimento no Angolagate, ficou preso em Paris, de 21/12/2000 a 11/01/2001, quando foi solto mediante o pagamento de fiança de cerca de 700.000 dólares, realizado pela mãe Danielle.

Animalismo - A Revolução dos Bichos, de George Orwell, fala do “Animalismo”, criado pelo “Porco Major”, ou seja, Karl Marx. Nos dias atuais, há, digamos, outra forma de Humanismo, que também podemos chamar de “Animalismo”, que é a exaltação da vida dos animais, igualada à vida dos humanos. Maus tratos a animais podem levar o criminoso a sofrer pena de reclusão de 2 a 5 anos, enquanto maus tratos a humanos tem pena menor, de 2 meses a 1 ano ou multa para casos sem agravantes ou reclusão de 1 a 4 anos para lesão corporal grave - uma total inversão de valores. Matar uma tartaruguinha é crime hediondo, porém matar um nascituro (aborto), em muitos países, é apenas “o direito da mulher dispor do próprio corpo”, um absurdo! Veja ALF.

    Anistia - Anistia para nossos “heroicos” terroristas, punição para nossos inimigos “torturadores”. É assim que a Lei da Anistia, de 1979, foi interpretada pelos governos esquerdistas que se seguiram aos militares no comando do País. “Grupos como Tortura Nunca Mais e o projeto Brasil Nunca Mais da Arquidiocese de São Paulo estão esquecendo que a anistia não é um ato unilateral, é geral - cobre os dois lados. Repudio atos de ódio e revanchismo político de grupos como o Tortura Nunca Mais porque, quando o Congresso votou a anistia, virou a página autoritária no pressuposto de que não voltaria atrás senão como referência histórica” (Senador Jefferson Peres, Jornal do Senado, abril de 1998). "Pela anistia se elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime, isto é, as consequências penais que dele podem decorrer” (MIRADOR, 1992: 600). Essa máxima não é seguida no Brasil, onde a Lei da Anistia só tem valor para os “militantes” de esquerda que foram combatidos pelos militares. Em 2011, o STF, para desgosto da OAB, decidiu que a Lei da Anistia continua em vigor, pois foi aprovada em 1979 depois de amplo debate nacional, com o total apoio da OAB de então. Os terroristas de ontem, porém, não se deram por vencidos. Em 2012, Dilma Rousseff criou a Comissão Nacional da Verdade, cujo objetivo foi demonizar as Forças Armadas durante dois longos anos. Vale lembrar que a presidenta foi a comandante-em-chefe das Forças Armadas, as quais ela deveria respeitar e não destilar seu ódio e patifaria sem limites.

    Anjo da Morte - 1. Todesengel: Assim era conhecido o médico nazista Josef Mengele, por suas experiências médicas com seres humanos em Auschwitz, de onde fugiu para a América do Sul em 1949 e viveu na Argentina, Paraguai e Brasil. Mengele morreu de ataque cardíaco em Bertioga, SP, e enterrado com nome falso. Sua identidade só foi descoberta em 1985, depois da exumação do seu corpo. 2. O capitão-de-fragata argentino, Alfredo Astiz, também é conhecido como “Anjo da Morte”, “Angel Rubio” (Anjo Louro), “Gustavo Niño” e “Cuervo”, por ser considerado um dos principais torturadores durante o regime militar argentino. Na França, em 1991, Astiz foi condenado à prisão perpétua, acusado pelo desaparecimento, na Argentina, de duas freiras francesas. No dia 01/07/2001, Astiz foi preso na Argentina, acusado da morte de três italianos. No dia 26/10/2011, Astiz foi condenado à prisão perpétua, junto com outros militares.

    ANL - Aliança Nacional Libertadora: criada em 12/03/1935, por Luiz Carlos Prestes - um agente do Komintern (Internacional Comunista) -, líder do PCB, foi responsável pela execução da Intentona Comunista, iniciada em Natal, RN, no dia 23/11/1935, e que se estendeu ao Rio de Janeiro e Recife, e foi sufocada cinco dias depois. Dos 6 principais dirigentes, 3 eram militares: o presidente Hercolino Cascardo, comandante da Marinha; o vice-presidente Amorety Osório, capitão do Exército; o secretário-geral Henrique Sisson, oficial da Marinha. O secretário-geral do PCB era Antonio Maciel Bonfim (“Miranda”), antigo sargento da PM baiana. Prestes ordenou o “justiçamento” (assassinato) de “Elza”, a “Garota”, uma comparsa da Intentona, por desconfiar que ela houvesse entregado companheiros à polícia. Leia “Os crimes do PCB”, acessando o capítulo V do ORVIL, pg. 33 a 38 - https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf.

    Annus mirabilis – (Latim) “Ano maravilhoso”. O pensador José Osvaldo de Meira Penna chama o ano de 1989 de annus mirabilis, devido à queda do Muro de Berlim, e, em consequência, o fim do império soviético, em 1991.

Anomia - Ausência de normas, assim como qualquer tipo de autoridade. Atualmente, a leniência das leis brasileiras, que são um convite à bandidagem, e as decisões imprevisíveis do STF, “interpretando” a seu bel prazer as leis e a Constituição Federal, são exemplos de anomia que flagelam a sociedade brasileira. “Interpretação de texto” cabe bem numa prova do ENEM ou numa aula sobre Literatura, não na Suprema Corte. Ao Supremo cabe apenas fazer cumprir a lei como está escrita. A decisão de Edson Fachin, de anular todos os processos que levaram às condenações de Lula nos casos do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, por decisão do ex-juiz Sérgio Moro, por ser a Vara Federal de Curitiba “foro incompetente”, depois de cinco anos de protesto da defesa de Lula, reforça a anomia brasileira. Nos EUA, o megainvestidor Bernie Madoff, que provocou a maior fraude financeira da história, de 65 bilhões de dólares, foi condenado em 2009 a 120 anos de prisão e só saiu da cadeia morto, em 14/04/2021. No Brasil, Lula da Silva, provavelmente o maior ladravaz da história do Brasil, sofreu penas ridículas em algumas ações e, por fim, condenações anuladas. Essa anomia pôde ser comprovada também durante a pandemia da Covid-19, em que decretos de governadores e prefeitos não foram levados a sério pela população, que continuou a se aglomerar sem máscaras em festas rave, com muita bebida e droga, desafiando uma autoridade que há muito tempo não existe no Brasil. Veja Antiautoridade, Escola de Frankfurt, Idade do crime, Pós-Verdade e Risco Brasil.

500 ANOS DE RESISTÊNCIA INDÍGENA, NEGRA E POPULAR - Movimento pauleira criado durante as comemorações dos 500 anos do Descobrimento da América, que visava “rediscutir” (revisionismo) a história da colonização do continente sob a ótica marxista, ao mesmo tempo em que tinha por objetivo varrer das Américas todos os traços da civilização cristã. Dentro da prática da “lenda negra”, a ideia era diabolizar as “sangrentas” conquistas espanhola e portuguesa das Américas, ao mesmo tempo em que os indígenas eram apresentados como seres angelicais. Durante a conquista espanhola, relatos, como os de Bartolomé de las Casas, destacavam o “genocídio” promovido contra os índios. “As denúncias do frade dominicano foram reproduzidas com gosto pelos maiores adversários do reino espanhol - os protestantes. Com a conquista da América e a unificação a Portugal, em 1580, a Espanha teve em mãos um dos maiores impérios da história - um império católico. (...) Protestantes holandeses, ingleses, franceses e germânicos trataram de invalidar o direito dos espanhóis sobre os territórios americanos” (NARLOCH, 2011: 83). Sociólogos e historiadores de linha marxista, incluindo padres da “teologia da libertação”, acusam os espanhóis e os portugueses de terem imposto sua cultura e sua religião aos índios, além de escravizá-los. Era exatamente isso o que faziam os incas com seus inimigos. “Entre aqueles que haviam sido dominados por Atahualpa ou que tinham se aliado ao irmão dele, Huáscar, na disputa pela soberania do império, a morte de Atahualpa os salvou de anos de trabalhos forçados, de punições e até mesmo a morte. (...) Talvez metade das pessoas dos Andes estivesse disposta a se aliar aos espanhóis para se salvar da sangrenta vingança que as forças de Atahualpa já vinham promovendo com muitos partidários de Huáscar” (idem, pg. 89). Muito antes da “política de liquidificador” de Stálin e Pol Pot, o exército inca promovia migrações forçadas. “Os arqueólogos estimam que as migrações atingiram entre 20% e 30% da população - por conta dessa política, um quarto de todos os povos andinos morava em terras estrangeiras” (idem, pg. 92). E os sacrifícios humanos dos astecas, no México? “Relatos espanhóis do século 16, com base em histórias contadas pelos índios, falam em 80.400 mortes em 1487, durante a inauguração do Templo Maior de Tenochtitlán” (idem, pg. 98). O Códice Telleriano-Remensis, baseado em pinturas narrativas dos astecas, diz que foram “apenas” 4.000 pessoas que tiveram o coração arrancado e jogado para rolar pirâmide abaixo (Cfr. pg. 99). A mesma barbárie era feita pelos maias: “Um garoto de cinco anos, cujos restos mortais foram encontrados em 2005 numa base da parte sul do Templo Maior de Tenochtitlán, teve os braços colados às asas de um gavião. Baseados nas diversas marcas na parte interna das costelas, arqueólogos concluíram que o elemento cortante, provavelmente uma faca de sílex, ‘entrou na cavidade torácica a partir do abdômen’, rasgando os músculos para chegar ao coração” (idem, pg. 101). O filme Apocalypto (2006), de Mel Gibson, retrata perfeitamente esses fatos escabrosos. A mesma anticomemoração ocorreu durante os 500 anos do Descobrimento do Brasil, em que a História nacional foi execrada e renegada, deixando de se discutir a fundo temas como a formação da sociedade brasileira, a arquitetura barroca, a imigração italiana, alemã e japonesa, a Semana da Arte Moderna, os grandes músicos e escritores etc. Um relógio da Rede Globo, que fazia a contagem regressiva dos 500 anos, foi depredado em Porto Alegre, RS. Foram lembrados apenas o “genocídio indígena”, a Inquisição católica, a escravidão negra e fatos pitorescos, como o de um padre tarado, que, em visita religiosa a mulheres doentes, possuía sexualmente as mulheres da casa, além da própria doente, para uma mais rápida “recuperação” física. Ponto alto da anticomemoração foi a marcha dos índios pataxós avançando sobre bispos na missa realizada em Santa Cruz Cabrália, só não ocorrendo o pior devido à pronta ação da PM baiana. O MST dedicou uma canção para a anticomemoração dos 500 anos do descobrimento da América, os “500 anos de resistência índia-negra-popular”. “O refrão afirma: A invasão chegou de barco nesta América Latina/Veio riscado da Europa este plano de chacina/Vinham em nome da civilização/Empunhando a espada e uma cruz na outra mão. E os versos finais prometem: (...) Pra ter mais força é preciso unificar/Marchando firme contra toda escravidão/E o farol de Colombo vai se apagar” (apud CARRASCO, 2013: 41). Uma das poucas realizações relevantes feitas em 2000 foi o lançamento do livro “Por que construí Brasília”, de Juscelino Kubitschek, realizado pelo Senado Federal - cfr. em https://static.poder360.com.br/2020/04/livro-por-que-construi-brasilia.pdf. Leia “Pra não dizer que não pedi perdão”, de minha autoria, em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/pra-nao-dizer-que-nao-pedi-perdao-por.html. Veja Lenda Negra e Revisionismo.

    Anos de chumbo - Do francês annés de plomb. Expressão de pau utilizada pela esquerda brasileira para designar os anos em que os militares combateram os grupos terroristas em nosso País. Não tivessem os militares feito o serviço de casa, hoje estaríamos combatendo as “FARB” em todo o país, como ocorre na Colômbia das FARC, que na época devida não combateu os terroristas. O interessante é que esses antigos “militantes”, que dinamitavam pessoas, hoje afirmam que lutavam pela democracia. Que democracia? A de Cuba, que lhes servia de modelo, como era o caso da ALN de Marighella, do Molipo de José “Daniel” Dirceu e do MR-8 de Fernando Gabeira, todos com treinamento de guerrilha na “ilha do Dr. Castro”. A mesma “democracia comunista” então defendida pela VAR-Palmares de Dilma Rousseff. A verdade é que não haveria “anos de chumbo” se não tivesse havido “anos de dinamite”. Como ex-integrante de dois desses grupos que alinharam contra o regime militar, no final dos anos 1960 e início dos 1970, posso dizer, com pleno conhecimento de causa, que NENHUM de nós estava lutando para trazer o Brasil de volta para uma ‘democracia burguesa’, que desprezávamos. O que queríamos, mesmo, era uma democracia ‘popular’, ou proletária, mas poucos na linha da URSS, por nós julgada muito ‘burocrática’ e já um tantinho esclerosada. O que queríamos mesmo, a maioria, era um regime à la cubana, no Brasil, embora alguns preferissem o modelo maoísta, ainda mais revolucionário” (Paulo Roberto de Almeida, in “Dou-me o direito de discordar” https://averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=6951:1905-dou-me-o-direito-de-discordar-&catid=58&Itemid=107). “Segundo o SNI, Salomão Malina era o responsável pelo setor de explosivos. ‘Tinha por finalidade preparar militantes, na prática, para a luta armada. Com esse objetivo, funcionou na URSS, na Escola de Quadros do PCUS, curso especial de guerrilha, explosivos e armamentos. Frequentaram o curso 11 militantes, sendo 2 de São Paulo, 3 do Paraná, 3 do Rio de Janeiro, 1 de Pernambuco, 1 do Rio Grande do Sul e 1 do Amazonas. Esses elementos, ao retornarem, ministraram cursos nos seus respectivos Estados’” (BAFFA, 1989: 136). “Uma revolução, como a nossa, que, dos dois lados, em vinte anos, não morreram quinhentas pessoas, não tem nada parecido com ditadura nem ‘anos de chumbo’. ‘Anos de chumbo’ são os de agora, quando este número de mortos acontece em apenas duas semanas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. (...) Que ditadura foi essa? Talvez tenha sido o grande mal - ter sido uma ‘revolução anti-hemorrágica’. Muito democrática para o meu gosto. A revolução que é ‘anti-hemorrágica’ não se perpetua” (Ten Cel Av Juarez de Deus Gomes da Silva - HOE/1964, Tomo 10, pg. 413). Vale lembrar que no início do Movimento 31 de Março 1964, houve apenas 2 vítimas (Coronel-Aviador Alfeu Monteiro de Alcântara, que tentou matar o Brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley e foi morto pelo Coronel-Aviador Roberto Hipollito da Costa, e o Sargento do Exército Venaldino Saraiva, que tentou matar os aspirantes-a-oficial Flávio Meurer e Aloysio Oséas e depois se suicidou). Houve, ainda, o desaparecimento de 1 Soldado, do Destacamento Caicó, na chegada a Brasília (vindo de Minas Gerais), e mais 2 feridos no Forte Copacabana: 1 aluno da ECEME e 1 Sargento. Assim, pode-se dizer que a Revolução de 31 de Março de 1964 foi a mais incruenta de toda a História da Humanidade: 2 mortos, 4 feridos e 1 desaparecido. “No dia 31 de março de 1964, o Brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley, acompanhado do Coronel Aviador Roberto Hipóllyto da Costa, chegou à então 5ª. Zona Aérea, em Porto Alegre, para assumir o comando, que deveria ser transmitido pelo Coronel Aviador Alfeu Alcântara Monteiro, oficial mais graduado presente. O Coronel Alfeu, amigo pessoal de João Goulart, após recusar-se a transmitir o comando, atirou e feriu o Brigadeiro, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo Coronel Hipóllyto, em ato considerado como de legítima defesa de outrem. O Coronel Hipóllyto foi absolvido pela Justiça Militar” (Ten Cel Av Juarez Gomes - HOE/1964, Tomo 10, pg. 411-2). O coronel Ustra, em seu livro A Verdade Sufocada, afirma que o atentado foi no dia 04/04/1964. A Comissão de Mortos e Desaparecidos concedeu indenização aos familiares do coronel Alfeu, caindo no engodo de Élio “Parmeggiani” Gaspari, antigo redator de Novos Rumos, do PCB: “Crítico feroz do regime de 1964, não foi Elio avaro em aceitar versões, sem averiguar-lhes a veracidade. Na Ditadura Envergonhada, o Coronel-Aviador Alfeu Monteiro é dado como metralhado pelas costas com 16 tiros” (Cel Ernesto Gomes Caruso - HOE/1964, Tomo 11, pg. 256). Até o general Osvaldo Pereira Gomes, um dos membros da Comissão, caiu na vigarice esquerdista e depois fez um mea culpa, publicado na Folha de S. Paulo de 07/06/1998. “Anos de chumbo” são os de Cuba, que somente de 1959 a 1961 já tinha matado 2.000 pessoas, e até hoje já fuzilou em torno de 17.000. “Anos de chumbo” são os da atual ditadura venezuelana, que entre 2015 e 2017 executou 8.200 pessoas, extrajudicialmente - 18 vezes mais do que os 21 anos da ditadura militar brasileira (https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/regime-de-maduro-ja-matou-18-vezes-mais-do-que-a-ditadura-militar-brasileira-bmvn25qul9pghlhypj0msfqme/), com mais de 4 milhões de refugiados e migrantes espalhados pelos países latino-americanos (dados de 2019). O livro “A Ditadura Envergonhada”, de Elio Gaspari, pode ser baixada em https://redept.org/uploads/biblioteca/6673ae85eb67bd20cab33a9507c61c30.pdf.

Anos Rebeldes - Para a mídia de pau, anos de dinamite, promovidos pelos terroristas, passou a se chamar “anos rebeldes”. Alfredo Syrkis, do grupo de Lamarca, que participou do sequestro de dois embaixadores, o alemão e o suíço, “fugiu para o exterior, não exilado, depois foi anistiado e escreveu o livro ‘Os Carbonários’, que serviu de tema da série Anos Dourados da TV Globo. Só que a equipe da Globo, safadamente, escamoteou a realidade, mudou o nome dos países e em nenhum momento falou que era um movimento comunista; mas os episódios são mais ou menos os mesmos” (Gen Div Raymundo Maximiliano Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 8, pg. 103). Na verdade, a série chamou-se Anos Rebeldes, não Anos Dourados, e teve inspiração, também, no livro de Zuenir Ventura, “1968, o ano que não terminou”.

Ansar Allah - “Seguidores de Alá”: organização islâmica que se responsabilizou pela derrubada de um avião entre Cólon e Cidade do Panamá, matando todas as 21 pessoas a bordo, em 19/07/1994.

Anschluss - (Alemão) “Anexação”: nome por que é conhecido o golpe nazista contra a Áustria, quando em março de 1939 simulou um plebiscito pelo qual anexou aquele país à Alemanha. Tal fato precipitou o desencadeamento da II Guerra Mundial.

Antiautoridade - Mestres da língua de pau foram também os integrantes da Escola de Frankfurt. O escritor contrário à autoridade por excelência, o alemão Max Horkheimer, Diretor da Escola de Frankfurt e coautor de “A personalidade autoritária”, foi autoritário com seu aluno Jürgen Habermas (hoje, um dos mais importantes filósofos do mundo), que discordou do mestre em várias opiniões e foi obrigado a tirar seu diploma em outra academia. Outros opositores da autoridade foram Theodor Adorno, Wilhelm Reich, Erich Fromm, Erick Erikson, os quais, na década de 1920, acreditavam nas experiências do esquerdismo, incluindo as soviéticas, passando a ideia de que a “velha sociedade” era repressiva e que a “nova sociedade” era igualitária, comunista, e que emanciparia a humanidade inteira. Essas ideias levaram grupos a aplaudir a destruição de padrões tradicionais, como a família e a religião. Infelizmente, apesar de não lograrem o amaldiçoado intento, nunca lhes foi imputado o rótulo de “autoritarismo”, que tanto combatiam e tanto pregavam. Veja Anomia e Escola de Frankfurt.

Anticomunismo primário (ou visceral) - Expressão logomáquica com que os comunistas taxam seus detratores, apesar de a Peste Vermelha ter ceifado a vida de mais de 100 milhões de pessoas no século XX. “O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador” (Rui Barbosa). “O marxismo, segundo o Ministro Mário Vieira de Mello em seu livro Desenvolvimento e Cultura, descarta e reduz cinco mil anos de existência histórica, numa ruptura completa com o passado e numa negação absoluta de todos os valores culturais tradicionais. A adoção do marxismo pela ‘intelligentzia’ brasileira - procurando resolver de maneira radical o problema da Persona no niilismo e na autodestruição - constitui assim uma negação de toda cultura e, na realidade, uma negação da própria inteligência” (PENNA, 1967: 173). "Deve-se combater o comunismo não em nome do liberalismo, da socialdemocracia ou de qualquer outro regime, mas em nome da dignidade humana" (Jean-François Revel, filósofo e escritor, membro da Académie Française e autor de A Obsessão Antiamericana). “A capacidade das esquerdas mundiais para justificar em nome de uma utopia humanitária as piores atrocidades do regime comunista - e, exterminado o comunismo na URSS, para continuar a pregar com a maior inocência os ideais socialistas como se não houvesse nenhuma relação intrínseca entre eles e o que aconteceu no inferno soviético - é uma herança mórbida que, através de Marx, veio do epicurismo” (CARVALHO, 2000: 108). “Uma ilusão é mais difícil de desfazer do que uma mentira” (KARL, 1995: 390). Suzanne Labin, no livro “A guerra política – arma do comunismo internacional”, diz: “Um dos principais esforços do aparelho comunista está em denegrir, por todos os meios, os anticomunistas. É tamanho o seu êxito nesse domínio, que se chegou, nos países livres, à situação inaudita em que o anticomunismo é mais combatido que o comunismo. Quando uma facção, que persegue de morte uma outra, obtém que nesta última se torne indecoroso retribuir na mesma moeda, já conseguiu uma vitória decisiva - a intimidação intelectual do adversário” (apud LINDENBERG, 1999: 48).

Antifas - Grupo de fascistas que se autodenominam “Antifascistas” (Antifas). Essa organização pauleira originou-se nos EUA e rapidamente foi copiada nesta Terra de Papagaios. Cfr. “Uma breve história do Anfifa”, de Soeren Kern, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/uma-breve-historia-do-antifa-parte-i.html. Veja BLM e Radicalização cumulativa.

Antiglobalização - Os protestos de movimentos antiglobalização começaram a se tornar mais violentos a partir da reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada na cidade de Seattle, EUA, em 1999. Na Reunião do G-8, realizada em Gênova, Itália, em 2001, 1 manifestante foi morto pela polícia. Ironicamente, esses movimentos “globais”, todos “globalizados”, oriundos de quase todos os países do “globo”, portando iPhone e relógio Rolex, dizem que são movimentos “antiglobalização”! “Globobões de todo o globo, uni-vos!” O movimento de pau reúne as tendências mais variadas, desde punks, anarquistas, viúvas stalinistas, até grupos de intelectuais (“orgânicos”), estudantes, interessados em mais uma utopia igualitária “outro mundo é possível”. Exemplos de alguns movimentos e suas reivindicações: AGP - Ação Global dos Povos: rede de associações criada em Genebra, em 1998, para coordenar os protestos contra a OMC; AMI - Acordo Multilateral de Investimento: negociado a partir de 1995 por países da OCDE, para regular operações de empresas no exterior; o acordo não prosperou devido a intensa campanha na Internet, contrária ao AMI; ATTAC - Associação para a Taxação de Transações Financeiras Especulativas, criada na França em 1998, reúne sindicatos, jornais, cidadãos e organizações que pregam o “controle democrático do sistema financeiro internacional”; FSM - Fórum Social Mundial. Esses movimentos pregam, ainda, a renda básica: valor por Estado a cada cidadão, inclusive os que “não querem trabalhar de forma remunerada”, sem levar em conta se é rico ou pobre (!); e a Taxa Tobin: imposto idealizado pelo Prêmio Nobel de Economia, James Tobin, pretende tributar transações especulativas de capital; segundo os defensores da Taxa Tobin, se fixado em 0,1%, arrecadaria US$ 160 milhões/ano; as Nações Unidas afirmam que metade desse valor de dinheiro cobriria as necessidades básicas do mundo, em 1 ano. A esquerda não sabe, mas Karl Marx era a favor da globalização: “No lugar das antigas necessidades, satisfeitas com produtos nacionais, surgem necessidades novas que reclamam, para sua satisfação, produtos dos países mais afastados e dos clientes mais diversos. No lugar do antigo isolamento e da autarquia das regiões e nações, se estabelece um intercâmbio universal, uma interdependência universal das nações” (apud PENNA, 1994: 179). “Será que o planeta precisa de mais McDonald’s? Ou será que outro mundo é possível?” (HERTSGAARD, 2003: 223). “Os contestadores antiglobalistas estão, eles também, algumas vezes, muito próximos de escorregar na degeneração terrorista. Chegaram mesmo a dar um passo nesse sentido, por antiamericanismo, ao meterem num McDonald’s a bomba que matou uma jovem, na Bretanha, na primavera de 2000. Os antiglobalistas atuais têm em comum, é verdade, com os de 68, uma visão marxista simplista: o mal absoluto é o capitalismo, encarnado e dirigido pelos Estados Unidos” (REVEL, 2003: 79).

Antraz - Bactéria utilizada na guerra biológica; fica em estado latente durante dias, antes de atacar os rins, o fígado e os pulmões; ocasiona febre alta, vômitos, dores nas articulações, dificuldade respiratória e hemorragias interna e externa. O antraz foi utilizado em ataques contra repartições públicas e privadas, nos EUA, após os atentados do dia 11/09/2001, quando foram destruídas as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e danificada uma ala do Pentágono, em Washington. A primeira vítima nos EUA foi Robert Stevens, editor de fotografia do tabloide American Media, na Flórida. Em guerras, somente o Japão é acusado de ter utilizado o antraz como arma biológica, contra a China, na década de 1940. Em 1979, na União Soviética, aproximadamente 68 pessoas morreram em acidente num laboratório que sintetizava o bacilo para uso bélico; calcula-se que havia na antiga União Soviética cerca de 30.000 profissionais envolvidos na produção de armas químicas e suspeita-se que, com a derrocada do comunismo, muitos desses cientistas foram contratados por outros países, muitos dos quais sustentam o terrorismo mundial.

Antropólogos da ação - São compostos por setores populares de sindicatos, camponeses, indígenas, quilombolas etc. O nome originou-se durante a Declaração de Barbados e foi cunhado pelo antropólogo dos EUA, Sol Tax, da Universidade de Chicago, editor da revista Current Anthropology. A Declaração de Barbados destinou as “ações para a consolidação de conceitos como o isolacionismo das populações indígenas, a sua posterior autonomia e a insidiosa ideia do ‘etnonacionalismo’. No Brasil, o impulso daí proveniente foi instrumental para as propostas de criação de gigantescas reservas que mantivessem as populações indígenas isoladas do restante da sociedade, independentemente do seu nível cultural e de integração com o restante da sociedade brasileira” (CARRASCO, 2013: 102). “As sofisticadas redes de ‘antropologia da ação’ desempenharam um papel fundamental na emergência de movimentos insurgentes, alegadamente de caráter indígena, como Sendero Luminoso e o MRTA, no Peru, e o EZLN, no México, criado e nutrido pelas redes da Teologia da Libertação reunidas em torno do então bispo de San Cristóbal de las Casas, Samuel Ruiz” (idem, pg. 103-104). Veja MRTA e Sendero Luminoso.

AP - Ação Popular. Em 1935, o Cardeal Leme criou no Rio de Janeiro a Ação Católica, para ampliar a influência da Igreja na sociedade. A Ação Católica era dirigida por Alceu de Amoroso Lima, seguia o conceito do Papa Pio XI e era favorável ao Integralismo, sendo acompanhado por vários padres, entre os quais Hélder Câmara. Outros intelectuais católicos: Jackson de Figueiredo (atuação a partir de 1918), Gustavo Corção, Alfredo Lage, Murilo Mendes, Pe. Leonel Franca; convertidos ao catolicismo: o positivista Júlio César de Morais Carneiro, Pe. Júlio Maria (redentorista), Joaquim Nabuco, Carlos de Laet, Felício dos Santos, Afonso Celso, além de Alceu Amoroso Lima. A dissolução da Ação Integralista Brasileira (AIB) por Getúlio Vargas em 1938 e a derrota do Fascismo na II Guerra Mundial fizeram com que a Ação Católica se afastasse daquela linha ideológica e, com Dom Hélder Câmara, passou a adotar o modismo esquerdista, atrelado a pensadores como Emanuel Mounier, Teillard de Chardin, Lebret e outros. No início da década de 1960, a Igreja estava ideologicamente dividida, tendo à esquerda Dom Hélder e à direita Dom Jaime de Barros Câmara e Dom Vicente Scherer. A Ação Católica tinha 3 organismos para condução de suas atividades: Juventude Estudantil Católica (JEC) - no meio secundarista, Juventude Operária Católica (JOC) - no meio operário, e Juventude Universitária Católica (JUC) - formado por estudantes de nível superior. A PUC do Rio de Janeiro, orientada pelo Pe. Henrique Vaz, era o principal reduto esquerdista da JUC, onde despontava o líder Aldo Arantes. Em Minas Gerais, a Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG reunia os principais agitadores da esquerda católica, como Herbert José de Souza ("Betinho"). Integrantes de renome da AP foram José Serra, Paulo Renato, Haroldo Lima, Vinícius Caldeira Brandt, Cláudio Fonteles, Cristóvam Buarque, Plínio de Arruda Sampaio, Henrique Novais, Jean Marc Von Der Weid e Marcos Arruda. Em 1961, no XXIV Congresso da UNE, a JUC, aliando-se ao PCB, elegeu Aldo Arantes para a presidência da entidade. “A AP cresceu com tal velocidade no movimento estudantil que nós, os comunistas, que vínhamos ganhando a presidência da UNE desde 56, a partir de 60 perdemos a AP, com Aldo Arantes, Vinícius Caldeira Brant, José Serra” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 06/10/1995). Logo depois, a UNE filiou-se à União Internacional dos Estudantes (UIE), organização de frente do Movimento Comunista Internacional (MCI), culminando na ira dos conservadores da Igreja, que expulsaram Aldo Arantes da JUC. Os católicos de esquerda, doutrinados para a “revolução brasileira”, abandonaram a Ação Católica e criaram a Ação Popular (AP) em 1962, após Congresso realizado em Belo Horizonte. Durante o governo Goulart, a AP empenhou-se nas “reformas de base”, situando-se à esquerda do PCB, o que causou a fuga de seguidores para o exterior após a Contrarrevolução de 1964. A AP apoiava o Método Paulo Freire para alfabetização de adultos, de orientação marxista, o qual foi um plágio, para muito pior, do Método Laubach, de Frank Charles Laubach (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach.html), missionário americano que alfabetizou 60% da população filipina. A AP continuou sua atuação no meio universitário e, nas discussões comunistas de 1965 a 1967, passou a seguir a linha maoísta, com a Revolução Cultural chinesa (que matou 10 milhões de pessoas), apoiando a luta revolucionária. Cuba doou 14 mil dólares para a AP enviar militantes para cursos de guerrilha naquele país. A AP enviou militantes para fazer cursos em Pequim, incluindo Haroldo Lima. A AP criou o Movimento Contra a Ditadura e pregou o voto nulo para as eleições parlamentares de 15/11/1966. A AP enviou representante a Cuba para a IV Conferência Latino-Americana de Estudantes (1966) e teve infiltração no setor metalúrgico (ABC paulista e Contagem, MG). No campo, a AP organizou camponeses para cortar arame das propriedades (“picada de arame”) e o abate de gado a tiros; as áreas escolhidas para a agitação foram o Vale do Pindaré (MA), a região Água Branca (AL), Zona da Mata (PE) e Zona Cacaueira (Sul da Bahia). Em 1966, a AP optou pela luta armada e pelo foquismo, em Congresso realizado no Uruguai, e passou a publicar o jornal Revolução. A ação terrorista mais conhecida da AP foi o atentado no Aeroporto de Guararapes (http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2013/09/terrorismo-de-guararapes-boston-felix.html), em 25/07/1966. O alvo era o presidente Costa e Silva, que se salvou porque o voo atrasou. No entanto, morreram no local o almirante reformado Nelson Gomes Fernandes, que teve o crânio esfacelado, e o jornalista Edson Régis de Carvalho, que teve o abdômen dilacerado. O então tenente-coronel Sylvio Ferreira da Silva, hoje general reformado, sofreu amputação traumática dos dedos da mão esquerda e teve lesões graves na coxa esquerda, além de queimaduras de primeiro e segundo graus. Ao todo, houve 15 vítimas, incluindo os acima citados: o inspetor de polícia Haroldo Collares da Cunha Barreto, Antônio Pedro Morais da Cunha, os funcionários públicos Fernando Ferreira Raposo e Ivancir de Castro; os estudantes José Oliveira Silvestre e Amaro Duarte Dias; a professora Anita Ferreira de Carvalho; a comerciária Idalina Maia; os guardas José Severino Barreto e Sebastião Thomaz de Aquino, o “Paraíba”, que teve uma perna amputada; Eunice Gomes de Barros e seu filho Roberto Gomes de Barros, de apenas seis anos de idade. O mentor do ato terrorista foi o ex-padre Alípio de Freitas, que era membro da comissão militar e dirigente nacional da AP e já atuava nas Ligas Camponesas de Francisco Julião. O executor do crime foi Raimundo Gonçalves Figueiredo, militante da AP. Pela bela obra cívico-cristã, Alípio de Freitas foi beneficiado com indenização de R$ 1,09 milhão, piñata recebida da famigerada Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos, e Raimundo G. Figueiredo é nome de rua em Belo Horizonte (sua família também foi indenizada). “Betinho - esse célebre Betinho - declarou que sabia quem havia posto a bomba: era o pessoal da AP. Não dizia os nomes, porque tinham falecido - quem pode saber? - e que ele não queria criar problemas” (Gen Ex Leônidas Pires Gonçalves - HOE/1964, Tomo 1, pg. 90-91). “A explosão jogou todos ao chão. As consequências foram terríveis. O guarda que portava a maleta fraturou a perna direita. Depois de dois meses no pronto-socorro, a perna não pôde ser salva e tiveram que amputá-la. (...) Os demais também sofreram ferimentos gravíssimos. O Doutor Haroldo Collares, que se encontrava à minha frente, recebeu uns duzentos cacos de vidro no corpo. A bomba dentro da maleta estava calçada com jornal e envolvida com cacos de garrafa de cerveja e outros de cor marrom. Já o jornalista Edson Régis, que se encontrava à minha direita, recebeu fortíssimo impacto de estilhaços de ferro na altura do abdômen, atingindo-lhe as vísceras. No hospital, não resistiu e veio a falecer por volta de uma da tarde. Quanto a mim, os ferimentos foram todos no lado esquerdo do corpo: na perna - o mesmo que o guarda recebeu na perna direita -, nos dedos da mão e na nádega. Os piores foram a fratura exposta do fêmur e a perda dos dedos da mão esquerda. (...) O Almirante Nelson Gomes Fernandes, que se encontrava um pouco distante, fora do saguão, olhando para o pátio das aeronaves, recebeu na nuca, como se fosse um tiro, o bujão da bomba e caiu já morto” (Gen Div Sylvio Ferreira da Silva - HOE/1964, Tomo 15, pg. 120-1). Em 1968, para evitar outros “rachas”, a AP elaborou o documento “Seis Pontos de Luta Interna”, procurando consenso entre as Correntes 1 e 2. De inspiração maoísta, “o 1º ponto caracterizava o pensamento de Mao como a 3ª etapa da revolução marxista; o 2º ponto descrevia a sociedade brasileira como semicolonial e semifeudal; o 3º definia o caráter da revolução como nacional e democrática; o 4º fazia a opção pela guerra popular como forma de luta; o 5º referia-se aos partidos comunistas, considerando que o PCB se havia ‘contaminado pelo revisionismo’ e que o PC do B era um novo partido e não o continuador do PC fundado em 1922; finalmente o 6º ponto propunha a integração dos militantes à produção (isto é, que deixassem suas profissões e passassem a trabalhar e viver como operários e camponeses), com o objetivo de provocar a transformação ideológica dos que tinham origem pequeno-burguesa” (AUGUSTO, 2001: 263). Após sua I Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP elegeu a China como modelo de revolução, ao mesmo tempo em que se afastou do PC de Cuba, retirando-se da OLAS e propondo que a UNE se afastasse da OCLAE, por considerá-la de “imobilismo e burocratismo”. Em 1969, um militante da AP participou do sequestro do embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em apoio ao MR-8. Em 1971, à noite, uma militante da AP atraiu Antônio Lourenço (“Fernando”), também da AP, para uma emboscada; “Fernando” recebeu vários tiros de rifle 44 e de revólver e foi trucidado a porretadas até a morte; o “justiçamento” ocorreu em Pindaré-Mirim (MA) e foi planejado pelo Comitê Seccional de Santa Inês, subordinado ao CR-8 (Coordenador das atividades da organização no Maranhão e no Piauí). Em abril de 1971, após a II Reunião Ampliada da Direção Nacional, a AP assumia a denominação de Ação Popular Marxista-Leninista do Brasil (APML do B). Posteriormente, foi aprovada a tese de unificação da AP com o PC do B. Maria José Jaime, membro do PT/DF (dirigente do INESC), foi um dos “militantes” que receberam treinamento na China, em 1969, quando pertencia à AP. José Serra, presidente da UNE quando se iniciou a Contrarrevolução de 31/03/1964, foi ministro da Saúde no governo FHC e governador e prefeito de São Paulo. Paulo Renato foi ministro da Educação no governo FHC. Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal, ministro da Educação no governo Lula e, depois, senador da República. Cláudio Fonteles, membro leigo da Ordem de São Francisco, foi procurador-geral da República de 2003 a 2005, durante o governo do sucessor de FHC. Fonteles, o beato de pau oco (http://felixmaier.blogspot.com/2012/09/claudiofontelles-o-beato-de-pau-oco.html  o beato de pau oco), foi, também, membro da famigerada Comissão Nacional da Verdade, o Pravda Tupiniquim, que recebeu da presidente Dilma Rousseff a missão de reescrever a História recente do Brasil à cara da esquerda, ou seja, à cara da mentira e da calúnia, cujo objetivo maior foi enaltecer os “honoráveis terroristas” de esquerda e satanizar membros das Forças Armadas durante dois longos anos (2012-2014).

Aparelhamento - É a infiltração de um partido ou classe social em todos os órgãos do Estado, com o intuito de controle total a serviço de sua ideologia ou conveniências. Com o sucessor de FHC na presidência da República, o governo criou mais de 20.000 cargos de confiança para a companheirada, dentro da doutrina gramscista de “ocupação de espaços”. Além do aparelhamento do Estado, feito com vagar e vigor desde o início da Nova República, o objetivo é duplo: angariar votos (cada emprego garante, no mínimo, cinco votos para candidatos do partido) e fazer caixa para o PT, já que todo filiado tem obrigação de contribuir com o “dízimo” para a igreja petista, que pode chegar a 30% do salário. O “fascismo alegre” do sucessor de FHC ampliou o aparelhamento do partido em antigos institutos, como o IBGE e o IPEA, que primavam pela seriedade e passaram a ter a mesma credibilidade de um instituto cubano ou norte-coreano, ou seja, zero. “Desde o governo Lula, o IBGE é obrigado a submeter suas pesquisas ao Ministério do Planejamento antes de divulgá-las. Muito suspeito” (Claudio Humberto, jornal Metro - Brasília, 05/03/2013, pg. 4). “A mentalidade burocrática - que, de acordo com Brentano, é ‘a única caixa de ressonância da Associação para a Política Social’ - considera construtiva e positiva apenas a ideologia que exija o maior número de repartições públicas e de funcionários. E quem procura reduzir o número de agentes do Estado é tachado de ‘pessimista’ ou de ‘inimigo do Estado’” (MISES, 1987: 86). Se não existisse o aparelhamento esquerdista da mídia, o sucessor de FHC teria sofrido impeachment por conta de sua estreita ligação com o BMG, que resultou no mensalão. Leia “Lula, o BMG e o tenebroso decreto da sexta-feira 13”, de Rui Nogueira em http://assoc-pro-ficha-limpa.blogspot.com.br/2013/02/lula-o-bmg-e-o-tenebroso-decreto-da.html#.Vd9xuflViko.

Aparelho - Esconderijo de terroristas durante a luta armada no Brasil, onde se encontravam também o armamento e o mimeógrafo para impressão de panfletos subversivos. O aparelho podia ser “aberto” (conhecido por outros militantes, além de seus moradores ou responsáveis), “fechado” (conhecido somente por seus moradores ou responsáveis), “de base” (utilizado para reuniões, devia possuir “fachada legal”; normalmente, conhecido apenas por dois militantes, os demais eram levados ao local de carro e “fechados”), “de aliado” (eventualmente, usado em emergência para abrigar um militante que não podia identificar o local e era levado a este completamente “fechado”), “de imprensa” (local onde eram confeccionados os documentos de agitação e propaganda. O aparelho era dotado de máquinas copiadoras - antigamente, os mimeógrafos (a tinta e a álcool, a famosa “cachacinha”) - e aparelhos para impressão. Havia, ainda, o aparelho “de informações”, destinado à coleta, análise e difusão de informações; continham fichários, códigos, normas de segurança e outros documentos de informações.

Apartheid - Política de segregação racial, na África do Sul, o Apartheid tem origem no século XIX, quando os países europeus dividiram entre si o continente africano, ficando a África do Sul para a Inglaterra. Os descendentes de holandeses (bôeres) que viviam na África do Sul migraram para o interior do país e criaram as Repúblicas de Orange e Transvaal. A partir de 1911, uma série de leis buscou consolidar o domínio dos africâners (como os bôeres passam a se chamar) e dos ingleses sobre a população negra. Essa política de segregação foi oficializada pelo Partido Nacional (National Party), direitista, que governou o país sob o Apartheid, de 1948 até 1990, ano em que Nélson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), foi libertado (estava preso desde 1964). Oficialmente, o Apartheid foi encerrado em 08/05/1996, com a aprovação da nova Constituição do país, sob a Presidência de Nélson Mandela. Por sua luta contra o Apartheid, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, junto com o ex-presidente Fredrik de Klerk.

Apartheid turístico - Os que têm dólares, e os que não têm (Cuba sob Fidel Castro). Dólares o muerte! segundo o cubano Jorge A. Sanguinetty, doutor em Economia por Nova Iorque. Em 1996, ninguém se graduou em “filosofia marxista” em Cuba; o curso, antes muito concorrido, que ensinava “comunismo científico”, é agora denominado de “ficção científica” pelos estudantes cubanos.

APML - Ação Popular Marxista-Leninista. Substituiu a Ação Popular. Um dos dirigentes da APML foi Paulo Stuart Wright (desaparecido desde 1973), natural de Joaçaba, SC, filho de missionários americanos e irmão do reverendo Jaime Wright, que foi um dos criadores da obra pirateada do Superior Tribunal Militar (STM), Brasil, Nunca Mais, junto com Dom Paulo Evaristo Arns e outros. Veja AP.

Aposta de Pascal - Em Espanhol, el gambito de Pascal. Estabelece que é melhor apostar na existência de Deus, como uma escolha baseada em chances (teoria da probabilidade), pois se ganhar, ganha tudo, e se perder, não perde nada. Formulada pelo filósofo e teólogo católico francês Blaise Pascal no seu livro póstumo “Pensées” (Pensamentos).

Apóstolos - Grupo de intelectuais, fundado em 1920, em Cambridge, Inglaterra, influenciados por John Hobson (Teoria do Imperialismo) e Lênin, entre os quais se destacavam: Keynes, Bertrand Russell, Roger Fry, Ludwig Wittgenstein, Leonard Woolf, Alfred Tennyson (que logo deixou o grupo), Strachey, Wordsworth e Coleridge. “Ele (Bertrand Russel) foi sozinho para a Rússia, em 1920, encontrou-se com Lênin e denunciou o seu regime como ‘uma burocracia tirânica fechada, com um sistema de espionagem mais sofisticado e terrível do que o do Czar e com uma aristocracia tão insolente e insensível quanto’. (...) Embora (Russell) compartilhasse de seu (o dos “Apóstolos”) pacifismo, ateísmo, anti-imperialismo e das ideias gerais progressistas, desprezava a sua apatia pegajosa; o Grupo, por sua vez, o rejeitou” (JOHNSON, 1994: 140-141). Lyton Strachey escreveu o quarteto de ensaios biográficos, Eminent Victorians, publicado em 1918, expondo ao ridículo e ao desprezo Thomas Arnold, Florence Nightingale, o cardeal Manning e o general Gordon. “Nos anos 30, os Apóstolos deixaram de ser o centro do ceticismo político e se tornaram um centro ativo de recrutamento para a espionagem soviética. Enquanto alguns Apóstolos, como Anthony Blunt, Guy Burgens e Leo Long foram encorajados a se infiltrar nas agências britânicas a fim de transmitir informações para Moscou, a totalidade da esquerda, conduzida pelos comunistas, tentou manter a Grã-Bretanha desarmada - política sustentada por Stálin até que Hitler o atacasse em junho de 1941. Na década de 20, o Partido Comunista britânico era composto pela classe operária e se apresentava inovador e independente. No princípio da década de 30, chegaram os intelectuais da classe média e o PC rapidamente se tornou aviltadamente servil aos interesses da política externa da União Soviética” (idem, pg. 290-291). Veja Cambridge Five.

Apparatchiks - Tropa de choque intelectocomunista.

A propriedade atenderá à sua função social - É o que estabelece a Constituição-Frankenstein brasileira de 1988, toda remendada por PECs, e o novo Código de Direito Civil. Ou seja, não existe propriedade de fato quando algum burocrata do Estado tem o poder de discernir se uma propriedade tem função social ou não. Mesmo sabendo-se que, intrinsicamente, toda propriedade tem algum tipo de “função social”, a lei de pau brasileira abre as porteiras para que propriedades rurais produtivas possam também ser desapropriadas e doadas a bandos de invasores, como o MST. “Nenhum decreto governamental pode criar coisa alguma que já não tenha sido criada. (...) O governo não é capaz de tornar o homem mais rico, mas pode empobrecê-lo” (MISES, 1987: 21-22). “O desemprego, fenômeno de atrito, que logo desaparece numa ordem de mercado livre, torna-se uma instituição permanente, quando há intervencionismo” (idem, pg. 26). “O próprio fracasso do intervencionismo vem reforçar a convicção do leigo de que a iniciativa privada deve ser rigorosamente controlada. A corrupção dos órgãos controladores não abala a confiança cega na infabilidade e perfeição do estado; apenas provoca grande aversão pelos empresários e capitalistas. (...) Se todas as leis intervencionistas fossem realmente observadas, levariam a uma situação de absurdo. Todas as engrenagens acabariam parando, emperradas pelo braço forte e inoperante do governo” (idem, pg. 29-30). “Se a propriedade privada dos meios de produção é, de fato, uma instituição que favorece uma parte da sociedade em detrimento de outra, ela deve ser abolida. Mas, caso se chegue à conclusão de que a propriedade é útil para todos, e de que a sociedade, com suas divisões de trabalho, não poderia ser organizada de outra forma, ela deve ser, então, salvaguardada de modo a cumprir sua função da melhor forma possível” (idem, pg. 33). “Se os índices salariais continuassem a ser determinados pelo mercado, os efeitos da Guerra Mundial e das políticas econômicas destruidoras das últimas décadas teriam levado a uma baixa dos salários, mas não ao desemprego. O alcance e a duração do desemprego, atualmente interpretados como prova do fracasso do capitalismo, resultam do fato de que os sindicatos e o seguro-desemprego estão mantendo os níveis salariais mais altos do que os que seriam determinados pela ação do mercado. Sem o seguro-desemprego e sem a força dos sindicatos, impedindo a competição dos não sindicalizados que queiram trabalhar, a pressão da oferta logo provocaria um ajuste de salário que asseguraria emprego para todos” (idem, pg. 35). Os sindicatos são como os punhos de um pugilista: na mão direita, veste luvas de pelúcia (aumento dos salários); na mão esquerda, veste luvas de aço, desfechando knock-outs (desemprego) cada vez mais vigorosos.

A propriedade é um roubo - Princípio anarquista, enunciado por Pierre Joseph Proudhon, autor de Qu´est-ce que la propriéte? (Que é a propriedade?), que foi tomado de empréstimo pelos comunistas. Só o Estado não se considera “ladrão”, quando estatiza todas as formas de produção econômica de um país, como ocorreu na Rússia após a Revolução de 1917.

AR-15 - Modelo de fuzil automático da Colt (EUA), derivado do M-16, usado pelas Forças Armadas dos EUA desde a Guerra do Vietnã. Armamento utilizado pelo crime organizado no Brasil.

Araponga - Palavra de pau-ferro sonora, como o pássaro de mesmo nome, para designar o agente de órgão de informações, mais conhecido como “espião”. Nos EUA, é funcionário da CIA. No Brasil, da ABIN. (E da Kroll. E do PTpol. E do Intemo.) A araponga pode tudo, só não pode ser descoberto e preso. Foi por meio do serviço de espionagem industrial e da pirataria que o Brasil conseguiu fabricar seu Veículo Lançador de Satélites (VLS). E conseguiu no exterior o insumo necessário para desenvolver todo o processo de enriquecimento de urânio. Foi por meio da espionagem e do roubo de segredos industriais que a China se tornou uma hiperpotência. Durante o governo dos militares pós-1964, não existia “araponga”, mas “besouro”. “A infiltração era tão grande que o pessoal já não tinha mais cuidado. Veja, por exemplo, o atual Vice-Presidente da República, Dr. Marco Antonio Maciel. Era advogado e tinha um escritório em atividade; ganhava muito dinheiro. Nessa época, o coronel Antonio Bandeira era o E2 [chefe do serviço de Inteligência] do IV Exército. Pois bem, o Dr. Marco Maciel foi fazer um curso de capacitação política, em Cuba, inclusive, aprender a trabalhar com explosivos. Certo dia, o Bandeira, que já comandava o 14º., e eu assumira a função de E2, me disse: - Ibiapina, o Marco Antonio Maciel está querendo uma carteirinha de agente” (Gen Bda Hélio Ibiapina de Lima - HOE/1964, Tomo 2, pg. 179). Até hoje, o vice de FHC está aguardando a sonhada carteirinha.

Arcádia - Nome de antiga província da Grécia, significa para os poetas e artistas um país utópico, em que predomina a paz, a felicidade e a vida simples. É como o historiador Paul Johnson, em Tempos Modernos, chamou os EUA, em sua fase de ouro, até a década de 1920, que acabou na degringolada da Grande Depressão de 1929.

Argumento Definitivo - “Em vez de enfrentar seus oponentes em um debate que provavelmente não venceriam, preferem enterrar a questão impugnando as razões de seus opositores. (...) Preocupado com a imigração? Você é racista. Quer que seus filhos tenham boa instrução? Você é elitista. Desconfia que todo esse estardalhaço sobre o AGW [Anthropogenic Global Warming - Aquecimento Global Antropogênico] pode ser exagerado? Você não passa de um revisionista barato e simpatizante do nazismo que acredita que Hitler não matou seis milhões de judeus” (DELINGPOLE, 2012: 71).

Argumento suicida - “Encontrei na internet um site de jovens homossexuais que demonizam os EUA, terra da promissão do movimento gay, e defendiam entusiasticamente as ditaduras islâmicas, nas quais o homossexualismo é crime punido com a morte” (CARVALHO, 2013: 34).

Argumentum baculinum - (Latim) “Argumento do porrete”. É o emprego da violência para a consecução de um objetivo.

Arma da fome - Os “Whigs” ingleses, com as funestas “Leis do Milho”, de 1828, aplicadas contra a Irlanda, reduziram sua população de 8 milhões para 4 milhões em um século. A “Arma da fome” também foi utilizada pelo genocida e ditador soviético, Josef Stálin, que exterminou cerca de 8 milhões de ucranianos. O mesmo crime foi realizado por Pol Pot no Camboja, com a migração forçada de milhões de pessoas, da cidade para o campo, ocasionando a morte de milhões de pessoas. Veja Genocídio e Holodomor.

Armai-vos uns aos outros - Pregação “religiosa” da Teologia da Libertação, que segue “O Evangelho Segundo Marx”. Em 1971, foram presos 4 sacerdotes e 1 freira, que tentaram o sequestro do Secretário de Estado Henry Kissinger, nos EUA.

Arquivos de Moscou - Com o fim da URSS, os “Arquivos de Moscou” foram liberados ao público em geral. Com isso, pode-se comprovar o trabalho da subversão comunista empreendida pela “hidra vermelha” em todos os cantos do planeta. Há documentos que comprovam a interferência soviética no Brasil, como a Intentona Comunista, de 1935, a respeito da qual o jornalista William Waack publicou um importante e esclarecedor livro, Camaradas. Há documentos que comprovam a subversão soviética instalada nos EUA - universidades, sindicatos, meio intelectual e até Hollywood -, detectada pelo trabalho da “Comissão de Atividades Antiamericanas”, dirigida pelo senador McCarthy. Veja Macarthismo.

Árvore das Três Raízes - Sistema ideológico bolivariano, exposto em “O Livro Azul”, de Hugo Chávez Frías. Consiste na evolução do bolivarianismo, classificado como “Sistema EBR”, “A Árvore das Três Raízes”: E, de Ezequiel (Zamora); B, de (Simón) Bolívar; e R, de (Samuel) Robinson (seu antigo nome era Simón Rodríguez). Nesse contexto, Simón Rodríguez é o Professor; Simón Bolívar, o Líder; e Ezequiel Zamora, o General do Povo Soberano. Sobre esses Founding Fathers bolivarianos, Hugo Chávez estabelece o que chama de Projeto Nacional Simón Bolívar, que “propõe a fixação de um horizonte de tempo máximo de vinte anos, a partir do começo das ações transformadoras da situação inicial, para que os atores e as ações situem-se no objetivo estratégico” (FRÍAS, 2014: 51-52). Esse Projeto aborda, ainda, o Sistema Social, o Poder Eleitoral, o Poder Moral, o Sistema de Governo e, por fim, a Democracia Popular Bolivariana.

Aspone - Assessor de porra nenhuma: termo jocoso, se refere aos assessores que proliferam no serviço público como verdadeira epidemia.

Assalto ao Parlamento - Políticos que se valem de leis elaboradas pelo Congresso para tomar o poder ou para perpetuar-se nele, como ocorreu na Venezuela de Hugo Chávez e Nicolás Maduro.

Assassinato da Memória - O fanatismo religioso e a censura ideológica criaram o “bibliocasta” (destruidor de livros). O livro História Universal da Destruição dos Livros, do ensaísta venezuelano Fernando Baéz (tradução de Léo Schlafman, Ediouro, 438 pg., 2006), descreve cinco milênios de “memoricídio”. Em entrevista a Veja (31/05/2006), disse Baéz: “Os maiores inimigos dos livros são intelectuais” (pg. 114). A Biblioteca de Alexandria, a mais célebre da Antiguidade, chegou a ter 700.000 rolos de papiro. Foi destruída parcialmente por um incêndio quando Júlio César invadiu a cidade, em 47 a. C. A destruição final foi atribuída aos árabes, quando conquistaram o país no século VII. A Inquisição queimou livros contrários à doutrina da Igreja. “Até Bíblias em línguas vernáculas foram queimadas, pois a Igreja só admitia o livro sagrado em latim” (idem, pg. 114). O nazismo promovia cerimônias públicas para queima de livros de autores judeus, comunistas, pacifistas ou considerados contrários ao nacionalismo alemão. O comunismo na União Soviética, além de destruir igrejas, também promovia a queima de livros “burgueses”. O hagiógrafo de Che Guevara, Jorge Castañeda, escreveu que “o menino asmático passou longas horas ... desenvolvendo um intenso amor pelos livros” (FONTOVA, 2009: 179). “Não obstante, um dos primeiros atos do bibliófilo depois de entrar em Havana em janeiro desde 1959 foi promover maciça queima de livros” (idem, pg. 179). “Jules Dubois, do Chicago Tribune, e Hal Hendricks, do Miami News estavam no meio das ruínas de minha biblioteca em cinzas. Nenhum deles atribuiu qualquer importância ao episódio” (Salvador Díaz-Verson - apud FONTOVA, 2009: 180). No Senado americano, Díaz-Verson afirmou: “Eu tinha 250.000 fichas de comunistas latino-americanos e 943 registros pessoais... Por toda parte os comunistas agem em duas frentes: uma pública, outra secreta - isto é, uma visível, outra ‘invisível’. Em Cuba, a frente ‘secreta’ é a que opera na prisão de La Cabaña, cujo chefe é Che Guevara” (idem, pg. 186). Em 1960, Cuba já estava infestada de russos e quase 2.000 cubanos haviam sido fuzilados no paredón. Na Guerra do Iraque, depois da invasão americana de 2003, foram destruídos museus, bibliotecas e sítios arqueológicos. Peças roubadas foram contrabandeadas pelo mercado negro internacional. “Livros sumérios de 5000 anos foram roubados do Museu Arqueológico de Bagdá” (Revista Veja, 31/05/2006, pg. 115). O mesmo ocorreu com o Estado Islâmico, no Iraque, que vendeu obras arqueológicas para fazer caixa e, o que não era possível carregar e vender, foi destruído. No Brasil, com o Projeto Memórias Reveladas e a Comissão Nacional da Verdade, o “fascismo alegre” do governo petista tinha exatamente este objetivo: assassinar a História do Brasil. “O ‘revanchismo’ grassa à solta, oriundo do próprio Governo; a mídia, primordialmente ‘revanchista’, reflete a história recontada e não a história verdadeira. É essa história recontada que os estudantes aprendem atém mesmo, pasmem, na AMAN, cujos professores do QCO e os contratados tiveram formação universitária com essa distorção” (Gen Ex Carlos Tinoco Ribeiro Gomes - HOE/1964, Tomo 10, pg. 39). “Mas a história, ela própria, acontece duas vezes. Uma no instantâneo eclodir dos fatos. Outra nas obras literárias, históricas, memorialísticas e, hoje, no audiovisual, na TV, no cinema, em CD-ROM. Se na primeira perdemos fragorosamente, na segunda não nos saímos de todo mal” (Alfredo Sirkis, no prefácio da 14ª. edição de sua obra “Os Carbonários” - apud Gen Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 49). Um oficial me confidenciou que um professor de uma faculdade de Brasília ensina que o Exército Brasileiro, durante o governo dos militares, era racista. A argumentação tosca do embusteiro é essa: nos EUA, os Panteras Negras eram perseguidos pela polícia porque eram negros (na verdade, eram terroristas). E, no Brasil dos malvados militares - que copiaram tudo de ruim dos EUA -, os trabalhadores das indústrias, os quais, segundo o falso educador, eram de maioria negra (onde era isso? na Bahia?) e perseguidos simplesmente porque eram negros. Na verdade, havia uma lei de greve que valia para todos os trabalhadores, tanto negros, como brancos ou pardos - o Nove Dedos incluso.

Assassinato de reputações - Nome do best-seller de Romeu Tuma Junior, filho de Romeu Tuma, delegado da polícia civil de São Paulo, que também foi Deputado Federal e Secretário Nacional de Justiça entre 2007 e 2010. Tuma Junior atuou em casos famosos, como Celso Daniel, Cacciola, Mengele, Satiagraha e Battisti. A expressão “assassinato de reputações” se tornou corriqueira no Brasil e significa que, segundo Tuma Junior, alguns agentes da PF se comportam como “Gestapo do PT”, grampeando desafetos políticos para depois tentar desmoralizá-los publicamente. Sobre a famosa “mala francesa”, diz Tuma Junior: “Essas malas dispõem de um mecanismo simples: você a aponta da janela de um restaurante para o salão. Ela pega, digamos, os números dos 50 telefones ali presentes, e os mostra no display. Você acha o telefone da pessoa a ser grampeada nessa tela e o seleciona, e logo a máquina entra no lugar da companhia telefônica, virando seu ‘provedor’. Faz o papel das ERBs - Estações Rádio Base (repetidoras), equipamentos que fazem a conexão entre os telefones celulares e a companhia telefônica. Assim, da mala, você pode mandar um torpedo falso, nela criado, da pessoa grampeada para, digamos, um megatraficante. Vai ficar registrado na companhia telefônica que quem mandou o torpedo foi a pessoa. A máquina falsifica o torpedo e não deixa rastros. Aí você bota a PF em cima da pessoa, cujo sigilo telefônico, quebrado mediante ordem judicial legalíssima, vai acusar o torpedo entre ela e o traficante. Pronto: a mala acabou de assassinar mais uma reputação!” (TUMA JUNIOR, 2013: 290). O livro trata, também, dos inúmeros dossiês feitos pelo Governo do PT contra políticos do PSDB, como Tasso Jereissati, José Serra, Marconi Perillo e outros tucanos menos plumados, além de Ruth Cardoso, esposa de FHC. Veja Mala francesa.

Assimilação - A Nova Ordem Mundial prega o multiculturalismo. Para o tsunami “politicamente correto”, a assimilação serve apenas para determinadas entidades, como a Igreja Católica. E não é de hoje. “Creio que a assimilação dos países latino-americanos será longa e difícil, enquanto esses países continuarem sendo católicos” (Theodore Roosevelt, em 1912 - apud CARRASCO, 2013: 74). “Na mesma tecla, Rockefeller, falando em Roma, em 1969, recomendou que se substituíssem esses católicos por outros cristãos, empresa que, como sabemos, está agora em plena execução” (Joseph Ratzinger - apud CARRASCO, 2013: 74). Veja Multiculturalismo e Politicamente correto.

Assassinos, Seita dos - A Seita ou Ordem dos Assassinos foi um movimento terrorista islâmico, da ordem mística ismaelita (ramo xiíta), fundado no século XI por Hassan ibn Sabbah. “Na Idade Média, uma seita de fanáticos assassinos surgiu no Irã e se espalhou pelas montanhas sírias e libanesas. Seu líder, conhecido como o Velho da Montanha, possuía cerca de 60 mil seguidores” (Rodrigo Constantino, in “A Seita dos Assassinos - A origem medieval do terrorismo islâmico”, Gazeta do Povo, 17/11/2015, acesso em 05/11/2020). O Velho da Montanha distribuía haxixe a seus seguidores, provavelmente para torná-los mais audazes em seus ferozes ataques suicidas. Hashish (haxixe, em árabe), deu origem à palavra hashishin, “comedor de hashish”, que, por sua vez, deu origem à palavra “assassino”. Bernard Lewis é autor de “Os Assassinos - Os primórdios do terrorismo no Islã”. A intolerância islâmica também se verificou no assassinato do cineasta Theo van Gogh, de 47 anos, feito por um “militante” muçulmano. Theo denunciava em seus filmes abusos contra mulheres em países islâmicos, como no filme “Submissão”. Veja Tugues e Zelotes.

Associações de Amizade a Cuba - Organizadas pelas embaixadas cubanas na América Latina, esses onagros agiam como grupos de propaganda e proselitismo político entre estudantes, operários e intelectuais. O mesmo proselitismo comunista foi utilizado pelos sandinistas, com suas campanhas de “Solidariedade” à Nicarágua de Daniel Ortega.

Ataque ad hominem - (Latim) Ad hominem ou argumentum ad hominem (argumento contra a pessoa) é um tipo de falácia em que você ataca alguém por não saber refutar o argumento apresentado, preferindo atacar a honra dessa pessoa. “Como você não consegue vencer o debate sobre o tema da questão, prefere, em vez disso, atacar o caráter do adversário. (...) Isso é ‘marcar o homem e não a bola’. É um jogo em que os melancias são insuperáveis” (DELINGPOLE, 2012: 222-223). Veja Agenda 21, Climagate, Clube de Roma, Melancia, Pegada de carbono e Taco de Hóquei.

Atomização das esquerdas - O grande número de organizações terroristas, durante as décadas de 1960 e 70, com líderes muitas vezes despreparados, reduziu a unidade de ação dos comunistas, enfraquecendo seu poder, e foi um dos motivos do fracasso da luta armada no Brasil após 1964.

ATTAC - Action pour une taxation des transactions financières et pour l’aide aux citoyens: grupo neomarxista, atuante nos Fóruns Sociais Mundiais (FSM), que em sua revista Politis afirma que o terrorismo antiamericano é explicável e até mesmo justificável “em virtude da ‘pobreza crescente’ que o capitalismo propagou, por meio da globalização, orquestrada pelos EUA” (REVEL, 2003: 120).

Audiências populares - É quando no Brasil a companheirada esquerdista se reúne para discutir algum tipo de assunto, como o “controle social da mídia”.

Aum Shinri Kyo - Ensino da verdade suprema: seita budista do Japão. Em março de 1995, foi acusada de espalhar gás sarin (de nervos) no metrô de Tóquio, matando 12 pessoas e intoxicando 5.500 outras. Seu líder, Shoko Asahara, foi preso.

Aurora - Barco de nacionalidade holandesa, é o mais famoso centro de aborto do mundo. Financiado pela fundação holandesa “Mulheres nas Ondas”, tem instalações especiais para a prática do aborto, ou seja, o assassinato de nascituros.

Autoajuda - A maioria dos livros de pau, intitulados como sendo de “autoajuda”, não o são para os leitores, mas para os escritores - uma senhora autoajuda na conta bancária. Não se misturam com os livros de ficção, nem com os de não-ficção, são uma espécie de terceiro sexo das letras. Títulos sugestivos: Homem-Cobra, Mulher-Polvo; Ninguém é de Ninguém; Tudo Tem seu Preço; Por que os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor; Os Homens São de Marte, as Mulheres de Vênus (Na verdade, os homens são de Marte, as mulheres, de Lua...). Tem de tudo nessa estante new age, já “mexeram no queijo” de muita gente. Depois da peça Monólogo da vagina, só falta ser escrito Diálogo entre dois bagos - com a intervenção da estrovenga. Alguém se habilita?

Automotores Orletti - Centro de torturas argentino, em operação durante os governos militares.

Autoridade Palestina - Tradução de pau para Palestinian Authority, que deveria significar, no caso, “Governo Palestino” ou “Administração Palestina”. Aliás, aquele governo não tem autoridade nenhuma, pois sequer consegue conter os radicais do Hamás na Faixa de Gaza, a qual se tornou, na prática, uma espécie de nação pária à parte da Cisjordânia.

Autoridade Pública Olímpica - O Brasil tem também sua Autoridade, que já começou errada, pelo menos na tradução de pau olímpica. O correto seria chamar “Administração Pública Olímpica”. Para as Olimpíadas de 2012, em Londres, havia sido criado o Olympic Delivery Authority.

Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro com sua Dirección de Seguridad Personal e seus “Comitês de Defesa da Revolução”, Camboja sob Pol Pot, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, União Soviética, Coreia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales - GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende, incluindo seguranças cubanos), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN), na Venezuela sob Hugo Chávez e Nicolás Maduro (“Círculos Bolivarianos”, incluindo agentes cubanos) e na Argentina dos Kirchner (“La Cámpora” - grupo peronista fundado em 2003). Além do La Cámpora, Cristina tinha o apoio de presidiários, que eram soltos, segundo a eterna viúva cucaracha, para participar de “eventos culturais”, mas que não passavam de tropas de choque fascistas, para intimidar a oposição em atos públicos. A segurança de Fidel Castro incluía 3 anéis concêntricos: 3º. anel: milhares de militares (logística e funções gerais); 2º. anel: grupo operacional (entre 80 e 100 militares); 1º. anel: escolta (2 equipes de 15 militares, que se revezavam para garantir a segurança de Fidel 24 h por dia). Esquema de segurança similar foi garantido pelos cubanos a Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Dois guarda-costas de Fidel - Andrés Arronte Martínez e Ambrosio Reyes Betancourt - foram escolhidos em função de seus grupos sanguíneos, “A negativo” (raro, 6% da população mundial), o mesmo de Fidel. Toda noite, esses dois “doadores de sangue” dormiam no 4º. Andar do Palácio, onde ficava a clínica particular de Fidel, para o caso de “el jefe precisar”... Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” de muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU), sindicatos (CUT), até da própria Igreja Católica (CNB do B, no dizer do pensador José Osvaldo de Meira Penna), com a omissão do Governo Federal frente às invasões de terras, inclusive prestando apoio financeiro à “falange” através do onagro vermelho chamado INCRA, durante os governos tucano e petista.

Avatares do mensalão, Os - “Na crença hinduísta, um avatar é a materialização na terra de uma entidade divina. No mundo cibernético, é a representação virtual de uma pessoa, normalmente uma projeção daquilo que alguém gostaria de ser. (...) Quase seis anos depois da revelação de um dos mais amplos esquemas de corrupção já descobertos, o mensalão, o PT tenta reconstruir a imagem dos antigos integrantes da cúpula do partido que protagonizaram o escândalo. (...) O ex-deputado José Genoino é o exemplo mais recente dessa fantasia. Presidente do PT na ocasião do escândalo, ele assinou falsos contratos para justificar a entrada de dinheiro de corrupção nos cofres do partido” (Veja, “Os avatares do mensalão”, 06/04/2011, pg. 64-67). Genoino recebeu um cargo de “aspone plus” no Ministério da Defesa, uma piñata concedida pelo ex-ministro do STF, Nelson Jobim, antigo fraudador da Constituição (cfr. http://jus.uol.com.br/revista/texto/8857/anatomia-de-uma-fraude-a-constituicao). “A mensagem subliminar é que um ex-magistrado da envergadura de Jobim não ousaria nomear um criminoso para um cargo de tanta confiança” (Veja, idem). Foi significativa a concessão da Medalha da Vitória ao avatar-febiano Genoino, no glorioso Annus Dilmae 1: foi a prova definitiva da vitória do “fascismo alegre” no Brasil. O avatar de José Dirceu, o chefe da quadrilha dos mensaleiros, também estava sob os holofotes da mídia e tentava passar a mensagem de que hoje era apenas um sério “consultor” - além de ter sido contratado pelo Jornal do Brasil para projetar aquilo que gostaria de ser, mas não é. O avatar de Delúbio Soares, antigo tesoureiro do mensalão petista, foi recebido de braços abertos pelo PT, de onde havia sido “expulso”. Processo contra os “40 ladrões” correu no STF, livrando a cara de Ali Babá, o Nove Dedos, chefe da quadrilha. Devido às penas brandas impostas aos mensaleiros, ninguém tem dúvida de que a pizza na Suprema Corte teve sabor de queijo minas da terra de José Dirceu com linguiça calabresa da terra da garoa oferecida pelos cardeais do tucanato, como Geraldo Alckmin e José Serra.

AWB - Afrikaner Resistance Movement (Movimento de Resistência Africâner): movimento terrorista de direita, da África do Sul.

  

B

 

“Note-se que nenhum dos governos militares jamais foi totalitário. Não existe governo totalitário sem doutrinação das massas” (Otto Maria Carpeaux - HOE/1964, Tomo 3, pg. 120).

“Procurando ser cristão, sei que posso e devo ir mais longe que o comunismo” (Bispo Dom Pedro Casaldáliga - apud LINDENBERG, 1999: 48). 

Baader-Meinhof - Grupo terrorista da Alemanha, teve origem no movimento estudantil da década de 1960. De ideologia marxista-maoísta, foi fundada por Ulrike Meinhof e Andreas Baader, e promoveu atentados a bomba, sequestros e assassinatos na Alemanha, na década de 1970. Os integrantes eram recrutados entre possuidores de carro-esporte e a maioria se valia de assaltos a bancos para manter seu estilo de vida. O grupo pretendia sequestrar dirigentes alemães lotados nas fábricas brasileiras da Daimler-Benz, Volkswagen e Basf, para trocá-los por terroristas presos. A banda Legião Urbana tem uma música conhecida como Baader-Meinhof Blues. Meinhof suicidou-se na prisão. O Grupo deu origem à Facção do Exército Vermelho (Rote Armee Fraktion - RAF).

Babalorixá de Banânia - É como Reinaldo Azevedo se refere ao sucessor de FHC, vulgo Nove Dedos.

Bacharéis - Em 1844, foram criados no Exército os títulos de bacharel e doutor em ciências matemáticas, surgindo o híbrido “militar-bacharel” ou “militar-doutor”, em contraposição aos oficiais “práticos-tarimbeiros”. “A expressão fazia referência à tarimba, estrado de madeira usado como cama improvisada nos acampamentos de guerra” (GOMES 2013: 190). Essa distorção do ensino militar no Brasil, quando se pregava abertamente o pacifismo - fruto das ideias nefastas do positivismo -, teve reflexos nas difíceis vitórias de Canudos e do Contestado e só foi corrigida com os “jovens turcos”, que se formaram na Alemanha, e depois com a Missão Militar Francesa no Brasil, quando se priorizou a atividade-fim do Exército, ou seja, a formação do combatente militar. Como disse o marechal Castelo Branco, “o Brasil, à época, seria presa fácil de qualquer aventureiro alienígena”. “O pacifismo vê a guerra como um dano, um crime ou um vício. Mas esquece que antes e acima de tudo a guerra é um enorme esforço feito pelos homens para resolver certos conflitos” (GASSET, 2006: 7).

Baía dos Porcos, Invasão - Levante de cubanos anticastristas, exilados em Miami, ocorrido em abril de 1961 na Playa Girón, Cuba. Redundou em tremendo fracasso, devido à falta de apoio logístico dos EUA - uma traição do governo John Kennedy, que descumpriu o acordo feito pela CIA com os insurgentes.

Balillas - Nos tempos do fascismo italiano, a educação da infância e da juventude era a própria formação do militante fascista: da incorporação aos “Filhos da Loba”, aos 6 anos de idade, e à adesão aos “Jovens Fasci de Combate” - os balillas -, aos 18 anos. Atualmente, no Brasil, o MST utiliza modelo fascista semelhante nas escolas de base de seus acampamentos (Leia “A pedagogia do gueto”, de O Estado de S. Paulo, 11/06/1998), com recursos de várias ONGs e do PRONERA, e apoio de entidades como a CNBB, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e a própria ONU (UNICEF), e com a omissão dos governos estaduais e federal (governos FHC e petistas). Em Veranópolis, RS, o MST montou a Escola Josué de Castro, escola-piloto de pau, de ideologia marxista, para preparar para o magistério marxista exclusivamente jovens assentados ou acampados.

Balseros - Fugitivos cubanos que se lançam ao mar em pequenas embarcações ou balsas, por vezes simples boias adaptadas de câmaras de pneus ou troncos de bananeiras. Metade dos fugitivos, durante o auge da crise econômica cubana, em 1994, tinha menos de 30 anos.

Bancada Racialista - “Na Educação, as pessoas são submetidas a bancadas racialistas para analisar e julgar se a criatura é ou não pertencente a um grupo étnico!” (LOBÃO, 2013: 120). No nazismo, também havia tal bancada, que examinava os olhos, o queixo e outras características físicas, para saber se a pessoa era digna, racialmente falando, de entrar na SS. Veja racismo e Frenologia.

Bancoop - Cooperativa imobiliária do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que chegou a ser dirigida por João Vaccari Neto - propineiro do PT – a qual deixou 8.500 mutuários sem receber o apartamento prometido. Veja falcatruas petralhas em https://twitter.com/search?q=bancoop&src=typed_query.

Banco Popular do Brasil - Criado por Lula em 2003, foi absorvido pelo Banco do Brasil em 2008, depois de jogar R$ 144 milhões de reais no ralo da corrupção e do mau gerenciamento. Por que não foi incluído no processo do mensalão?

Bantustões - O Apartheid criou, na África do Sul, 10 nações tribais independentes (bantustões), instaladas em área correspondente a 13% do país, onde os negros foram confinados durante os governos dos Primeiros-Ministros Hendrik Verwoerd (1958-1966) e B. J. Voster (1966-1978). ONGs e ditos “movimentos populares” pretendem instalar bantustões de negros (quilombolas) e bantustões indígenas em todo o Brasil, que poderá levar à “africanização” ou à “balcanização” de nosso País - o “Brasilistão”. Também proliferam no Brasil os bantustões do MST, extensas propriedades rurais onde o Poder Público está proibido de entrar, nos quais se ensina a ideologia marxista e se praticam táticas de guerrilha rural, comprovada pelas violentas invasões de terras. Leia “Bantustões Brasileiros”, de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/bantustoes-brasileiros-por-felix-maier.html.

Barba - “Barba” era o apelido que os órgãos de Segurança davam a Lula, nos tempos em que ele atuava como sindicalista durante o Governo dos militares e fazia jogo duplo, como informante do DOPS, de modo que também foi chamado de “Cabo Anselmo do ABC”. “Esse tipo de rebotalho araponga [grampos telefônicos e dossiês] tornou-se a ideologia secreta do PT sob o olhar complacente do ‘Barba’. Mas as raízes de tudo isso remontam aos anos 70 e 80, quando Lula passa a ter meu pai como alter ego. Quero que entendam bem isso: meu pai, para ações de segurança pública, usava os relatórios e caguetagem que Lula, o ‘Barba’, lhe fazia e prestava. Colaboravam dentro de um conceito amplo de segurança pública. Explico: se houvesse greve de ônibus, de bancários, ou metalúrgicos, isso mexia com a segurança do cidadão. Meu pai operava no sentido do bem público. Lula aprendeu a vetorizar isso para o mal” (TUMA JUNIOR, 2013: 22). Lula, “o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana, até hoje, todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho” (Mário Garnero, em seu livro “Jogo Duro”, Best Seller, São Paulo, 1988 - apud TUMA JUNIOR, 2013: 56). Veja Gestapo do PT.

Batalha de Boyne - James II, católico fanático, foi deposto pelo protestante Guilherme de Orange e fugiu para a Irlanda, onde organizou um exército católico. Guilherme desembarcou na Irlanda com um exército protestante e a guerra civil durou de 1688 a 1691 (embora alguns digam que ainda não acabou, depois de mais de 300 anos de lutas, a exemplo da atuação do IRA). Algumas vitórias protestantes e a Batalha de Boyne, em 1690, ainda são celebradas anualmente na Irlanda do Norte - uma provocação contra os católicos. Cada criança católica irlandesa é ensinada a não se esquecer disso: “Lembre-se de 1690” está escrito nas paredes de toda a Província. Até 1922, toda a Irlanda fazia parte do Reino Unido. A Irlanda do Norte, hoje sob domínio britânico, tem 6 Condados e minoria católica (mais ou menos 33%). Nos 26 Condados do Sul (República da Irlanda ou Eire), os protestantes são minoria (em torno de 27% da população).

Batalha do Camelo - A viúva de Maomé, Aisha Bint Abu Báker, filha do futuro 1º. Califa, “assumiu o comando dos combatentes contra o califa Ali, em 636 na denominada ‘Batalha do Camelo’, em lembrança do animal montado por ela” (BALTA, 2010: 59). No início de 2011, houve uma “carga de camelaria” no Cairo, contra manifestantes que pediam a saída do presidente Hosni Mubarak.

Bater Duro - Campanha de combate ao crime, na China, iniciada em 1983. Em 3 meses do 1º semestre de 2001, foram 1.781 execuções por motivos políticos ou criminosos, como tráfico de drogas, enriquecimento ilícito, fraude fiscal, esquemas financeiros. Os sentenciados eram mortos em estádios lotados de pessoas; a família do condenado tinha de pagar a bala usada para matá-lo. No final de junho de 2001, Wang Guoqi, médico do Hospital da Polícia Paramilitar de Tianjin, China, viajou aos EUA, onde pediu asilo e denunciou às autoridades americanas a comercialização de órgãos de criminosos executados (que são retirados, muitas vezes, com os condenados ainda em agonia); um rim chega a custar US$ 15 mil. Um dos motivos do aumento da criminalidade na China era o desemprego (3% - nível baixo para os padrões mundiais, mas na China atinge dezenas de milhões de adultos), causado pelo colapso de muitas empresas estatais, na época.

BCCI - Bank of Credit and Commerce International (Banco de Crédito e Comércio Internacional), tinha sede em Abu Dabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Famosa por prestar “serviços especiais”: “lavagem de dinheiro” para terroristas, serviços muçulmanos de Inteligência e mujadins, financiamento clandestino de armas convencionais, armas de destruição em massa e de outras tecnologias estratégicas, envio e “lavagem de dinheiro” desviado de líderes corruptos de países em desenvolvimento. Nos anos de 1980, o BCCI havia sido a principal via de transferência e “lavagem” de fundos secretos da CIA para os mujadins afegãos (contra a URSS). Essa central criminosa foi atingida por crise financeira em 1991, faliu em 1992 e foi desmontada em 1996, depois de causar um prejuízo de US$ 500 milhões a países da União Europeia; no mundo, o prejuízo foi de trilhões de dólares. Como ocorre em situações semelhantes, muitos islâmicos afirmaram que a falência do BCCI foi culpa do Ocidente - vale dizer, dos EUA.

Beatnik - O termo beat é mais comumente aplicado ao movimento literário de São Francisco e Nova York (EUA), mas pode significar batida (no sentido musical), pulsação, ritmo (poético), cadência, furo (jornalístico) etc. O colunista Herb Caen, de São Francisco, cunhou a palavra de pau beatnik após o lançamento, em 1957, do satélite Sputnik - uma clara simpatia soviética e uma boa dose de antiamericanismo. A “bíblia” beatnik foi On the Road (Pé na Estrada), de Jack Keronac.

Belgistão - Bélgica + bantustão: processo de islamização da Bélgica, por meio do partido 4ShariahBelgium, que ocupa assentos no parlamento. Entre suas reivindicações, constam: que os restaurantes sirvam alimentos preparados conforme o costume islâmico (halal), o reconhecimento dos feriados islâmicos, o casamento com meninas, a imposição da Sharia como parte da legislação.

BH - Bósnia-Herzegóvina: capital Sarajevo, cidade em que terroristas assassinaram o arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa, em 1914, ato que ocasionou o início da I Guerra Mundial. Em 1994, forças islamitas foram instaladas na Bósnia por Bin Laden e Zawahiri, para combater os americanos do IFOR. O Acordo de Dayton, EUA, em 1995, estabeleceu divisão do território em Federação Croata Muçulmana (FCM) e República Srpska (RS), após a Guerra dos Bálcãs.

Bhopal, tragédia de - A fábrica de pesticidas da Union Carbide, em Bhopal, Índia, liberou nuvem tóxica no dia 03/12/1984, que foi o pior acidente isolado da história industrial, matando mais de 3.000 pessoas e ferindo outras 200.000.

Big Bang - 1. Teoria mais aceita sobre a origem do universo, foi enunciada em 1948 pelo cientista russo naturalizado norte-americano George Gamkv. Segundo essa teoria, o universo teria nascido de uma enorme explosão (big bang), entre 8 e 20 bilhões de anos atrás. Carl Sagan sintetizou os 15 bilhões de anos após o big bang em um ano solar: no dia 1º de janeiro ocorreu o big bang; em 1º de maio surgiu a Via Láctea; em 9 de setembro a origem do sistema solar; em 14 de setembro a formação da Terra; em 25 de setembro a origem da vida; em 30 de dezembro o aparecimento dos primeiros hominídeos (ancestrais humanos); em 31 de dezembro apareceram os primeiros homens e mulheres; os últimos 10 segundos de 31 de dezembro cobririam a história do homo sapiens; o nascimento de Cristo teria ocorrido às 23 horas, 59 minutos e 56 segundos do último minuto do ano; e todos nós na última fração de segundo antes de chegar à meia-noite. 2. Organização mafiosa britânica, que explora cassinos e “lavagem” de dinheiro.

Big Brother - “Grande Irmão” (The Big Brother is watching you - O Grande Irmão está vigiando você): personagem onisciente e onipresente criado pelo escritor George Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair), no livro 1984. “Em cada andar, diante da porta do elevador, o pôster da cara enorme o fitava da parede. Era uma dessas figuras cujos olhos seguem a gente por toda parte. O grande irmão zela por ti, dizia a legenda” (ORWELL, 2007: 9). A obra é uma violenta condenação do totalitarismo e, também, da novalíngua (newspeak), linguagem nova, com o objetivo de reduzir o alcance do pensamento, e da duplideia (doublethink), a crença simultânea em duas ideias contraditórias. Anteriormente, “Big Brother” era representado pela tirania personalista do stalinismo; hoje, é sinônimo de EUA, a “polícia do mundo”, cargo cada vez mais almejado pela China.   

Big Data - Big Data é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas tradicionais” (cfr. em https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_data, acesso em 28/04/2021). “Assim como a autoridade divina foi legitimada por mitologias religiosas, e a autoridade humana foi justificada pela narrativa liberal, a futura revolução tecnológica poderia estabelecer a autoridade dos algoritmos de Big Data, ao mesmo tempo que solapa a simples ideia da liberdade individual” (HARARI, 2018: 72 - “21 lições para o século 21”). “Quando a revolução na biotecnologia se fundir com a revolução da tecnologia da informação, ela produzirá algoritmos de Big Data capazes de monitorar e compreender meus sentimentos muito melhor do que eu, e então a autoridade passará dos humanos para os computadores” (idem, pg. 74). Veja Algoritmo e Dataismo.

Big stick - Política do “porrete”, com a qual os EUA tratam os países sem grande expressão político-militar, como o ocorrido nas invasões ao Panamá e Granada, e nas “missões da ONU” no Haiti e na Somália. Após o fim da Guerra Fria, a política do “big stick” passou a utilizar a “diplomacia de cruzeiro” (cruise diplomacy) em ataques de Tomahawk (míssil de cruzeiro) contra o Iraque (1991 e 2003), a Iugoslávia (1999), o Afeganistão (2001), a Líbia (2011), destruindo completamente a infraestrutura desses países. Não se esqueça: ontem foi a vez da Líbia sofrer ataque, amanhã poderá ser a Amazônia das jaguatiricas ianomâmis e das raposas da Serra do Sol. O movimento ambientalista mundial em defesa da “preservação da Amazônia” pode destroçar a soberania brasileira na área. Veja Diplomacia de Cruzeiro e Doutrina Lake.

Bioenergética - Método criado pelo cientista austro-húngaro Wilhelm Reich, propõe uma revolução nos princípios da educação física e da competição desportiva a partir de uma revolução sexual. Discípulo de Freud, Reich aprofundou-se no campo das doenças psicossomáticas e sua relação com a sexualidade, teorizando a interligação entre o caráter e a estrutura física do homem. Segundo Reich, um indivíduo que não tenha satisfação sexual plena, mesmo que seja submetido às mais modernas técnicas de fisiculturismo ou preparação física, terá um mau funcionamento biológico; o autoritarismo e a repressão fazem com que os indivíduos fiquem tensos; os comunistas têm uma cultura rígida, inibidora dos instintos, por isso são tidos como “sem criatividade”; o “jogo de cintura” só é possível no atleta que tenha a pélvis viva, ou seja, um indivíduo mais desbloqueado sexualmente - o que explica, segundo essa teoria, a superioridade técnica do futebol sul-americano, especialmente o brasileiro, sobre o europeu. Bom, isso era verdade nos tempos em que só havia branquelos nas seleções europeias...

Bio-ideologia - Fenômeno ludditista ou Swing observado no início do século XXI. Grupos esquerdizoides, antiamericanos e antiglobalização são contra pesquisas e produção de alimentos geneticamente modificados (transgênicos), não baseados em fundamentação científica, mas por pura birra ideológica.

Bioterrorismo - Terrorismo Biológico: Atentado com armas biológicas, como o antraz. “As armas biológicas são as bombas de Hiroshima dos pobres” (Laurie Garrett, escritora norte-americana). Terrorismo biológico foi observado no sul da Bahia, em que plantações de cacau foram dizimadas pela infestação proposital da praga vassoura-da-bruxa, com possível participação de petistas - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/agroterrorismo-petistas-acusados-de.html.

Bizantino - Cristão da Igreja Oriental (Romênia, Turquia europeia, Grécia, Rússia). Na língua de pau, significa “fútil”, como eram as questões teológicas de Bizâncio, que “discutiam o sexo dos anjos”, ao mesmo tempo em que os turcos se preparavam para o assalto final a Constantinopla.

Black Blocs - São grupos que se apresentam como anarquistas, vestem roupas pretas, pregam a desobediência civil e cometem atos de terrorismo, como depredação e queima de bens públicos e privados. Os black blocs ficaram conhecidos no Brasil durante as manifestações de junho de 2013 - http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/conheca-estrategia-black-bloc-que-influencia-protestos-no-brasil.html. Havia até uma musa dos terroristas, Emma Black Bloc, que ganhou capa na revista Veja. Caetano Veloso também cobriu a cara, em apoio aos baderneiros - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-aquela-foto-caetano-balck-bloc-veloso/.  

Black Hand - “Mão Negra”: sociedade anarquista e terrorista siciliana e ítalo-norte-americana.

Black Moslem - “Muçulmano Negro”: membro de uma seita de negros norte-americanos, que prega a separação entre negros e brancos, professa o islamismo e visa à fundação de uma nação negra.

Black Panther Party - “Partido dos Panteras Negras”: fundado por Bobby Seale e Huey Newton em 1966, esteve ativo até 1982. Era uma associação de negros norte-americanos que lutavam pelos direitos civis utilizando a violência. “Assata Shakur (tia do falecido cantor de rap Túpac Shakur), acusada do assassinato de um policial branco cometido em 1971, também se refugiou em Cuba. Após fugir de uma prisão de alta segurança norte-americana, em 1979, e depois de anos foragida, a célebre militante dos Panteras Negras aterrissou em Havana em 1984, onde Fidel lhe concedeu asilo político, em detrimento do Congresso americano. Ela vive lá até hoje” (SÁNCHEZ, 2014: 102). Em 2018, Hollywood lançou o filme do super-herói Black Panther, que recebeu três Oscar em 2019: melhor figurino, melhor trilha sonora e melhor design de produção.

Black Power - “Poder Negro”: movimento que preconiza a igualdade racial e luta pelas liberdades civis dos negros norte-americanos. Veja Racismo.

BLM - Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Movimento surgido nos EUA após a morte de um negro, George Floyd, que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis, no Estado de Minnesota, em 25/05/2020, ocasionando comoção nacional e internacional, com manifestações violentas nos EUA e na Europa, destacando-se cartazes como “I CANT BREATHE” (EU NÃO POSSO RESPIRAR). Leia “Black Lives Matter: Nós somos marxistas treinados”, de Soeren Kern, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/black-lives-matter-nos-somos-marxistas.html.

Bloqueio econômico - Fidel Castro e toda a corja que o apoiava sempre afirmavam que Cuba sofria criminoso “bloqueio econômico” dos EUA. O correto é que existe um “embargo econômico”, não bloqueio, pois todos os países do mundo podem comercializar com Cuba, exceto os EUA. Se Cuba não consegue promover um comércio internacional amplo, é porque o socialismo levou aquele país à mais pura miséria e ninguém quer vender a quem não tem condições de pagar. Se nesses anos todos Fidel desdenhava do “maldito” modelo econômico americano, inimigo mortal do socialismo, dizendo seu chanceler que Cuba tinha liberdade para comercializar com mais de 100 países, por que então reclamar do embargo, que marotamente chamam de “bloqueio” na língua de pau caribenha? “Não tememos bloqueio econômico. A União Soviética nos comprará aquilo que quisermos vender-lhe e nos venderá aquilo que necessitamos” (Raúl Castro, irmão de Fidel - Jornal do Brasil, julho de 1960). Na verdade, Cuba sempre teve empresas de fachada no Panamá, no México e na Nicarágua, para evitar o embargo americano. "Meu pai chegou a ser um líder amado, no início, mas hoje não passa de um assassino comum, um bandido que mantém seu próprio povo na miséria comunista e na ausência absoluta de perspectivas para o futuro" (Alina Fernández Revuelta, filha de Fidel Castro).

BLU-118B - Bomba de alto poder de destruição, equipada com sensor e teleguiada a laser, utilizada pelos EUA contra a Al-Qaeda, no Afeganistão. “A BLU-118B é uma bomba termobárica detonada em três estágios. O projétil perfura o bunker e mata seus ocupantes, mas a estrutura é preservada. Ao se aproximarem do alvo, sensores instalados na bomba acionam o detonador. A carga liberada, que parece um cogumelo de fogo, perfura concreto ou pedra. No interior do prédio ocorrem duas explosões. A primeira para liberar uma mistura gasosa e a segunda, com efeito retardado, para inflamá-la. A sequência de explosões causa ondas de choque que elevam a temperatura e sugam o oxigênio do bunker. Os ocupantes morrem incinerados ou por asfixia” (Revista Veja, 13/03/2002, pg. 88 e 89).

Blut und Boden - (Alemão) “Sangue e Solo”: a ideologia de pau nazista glorificava as origens camponesas de seus dirigentes, embora só em torno de 5% tinha pais camponeses ou artesãos. O mesmo ocorreu com os comunistas russos: canonizando o proletariado, diziam que tinham origem proletária, embora pertencessem a classes diferentes; o pai de Lênin era inspetor escolar, o pai de Kamenev era engenheiro, o de Trotski era proprietário de terras e o de Molotov era vendedor - ou seja, nenhum proletário entre os citados totalitários. Para variar, Fidel Castro era de uma família abastada, que tinha grandes propriedades. Richard Walter Darré foi um dos ideólogos da doutrina Blut und Boden e foi ministro da Alimentação e Agricultura do Reich entre 1933 e 1942. Foi condenado pelo Tribunal de Nüremberg a 7 anos de prisão pela colaboração no Departamento da Raça e Colonização (Rasse und Siedlungshautamt) e pelo desenvolvimento do plano Raça e Território (Rasse und Raum).

Bogotazo - Quebra-quebra ocorrido em Bogotá, Colômbia, após uma manifestação de Fidel Castro naquela capital, em 09/05/1948. “Quando exercia a função de Adido Militar no Peru, um jornal comunista de Lima, por ocasião das comemorações de um dos aniversários do famoso episódio conhecido como ‘Bogotazo’, publicou uma reportagem alusiva, inclusive com a fotografia do jovem Fidel Castro, na época, presente em Bogotá. O motim na Capital colombiana desencadeou-se com o assassinato do candidato do Partido Liberal às eleições presidenciais. Foram 4 dias de violentos distúrbios urbanos. O jovem Fidel Castro, então com vinte e poucos anos, era convidado dos liberais. Nos conflitos morreram quarenta mil pessoas. O confronto entre as correntes liberais e conservadoras continuou ao longo do tempo e ficou conhecido como La era de la violência. Foram 4 anos e morreram aproximadamente quatrocentas mil pessoas de lado a lado. Liberais e conservadores matando-se mutuamente, até na zona rural; e com requintes de perversidade” (Coronel Roberto Monteiro de Oliveira, HOE/1964, Tomo 13, pg. 219-220).

Boko Haram - Grupo extremista islâmico que promove assassinatos de cristãos na Nigéria, onde muitos cristãos são queimados vivos. O nome significa “educação ocidental é pecado”. No dia 14/04/2014, o grupo sequestrou 276 meninas de um colégio de Chibok, a maioria cristãs, das quais 112 ainda continuavam cativas em 2019. O líder do grupo, Abubakar Shekau, ameaçou vendê-las como escravas. “Elas passaram por períodos de fome, escravidão, abuso sexual, traumatismos e ferimentos de batalha, como estilhaços sob a pele, e até mesmo parte da perna de uma delas foi amputada. Elas viram pessoas, inclusive crianças, morrerem” – cfr. https://www.portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/apos-5-anos-do-sequestro-em-chibok-112-meninas-continuam-cativas. Em 5 anos, mais de 1.000 crianças foram sequestradas pelo Boko Haram.

Bola - Maleta com códigos, para ataque nuclear, dos EUA. Trata-se de “uma maleta de couro que sempre acompanha o presidente, contendo os códigos necessários para lançar um ataque nuclear. Um dos assessores militares responsáveis por transportá-la explicou os procedimentos de maneira muito calma e metódica, como se estivesse ensinando como se programa um gravador de vídeo. O que estava implícito era óbvio. Logo eu estaria investido da autoridade de explodir o mundo” (OBAMA, 2020: 243).

Bolcheniquim - Bolchevique tupiniquim: radicais do PT, dirigentes do MST, da CUT e da UNE, integrantes do PC do B, PCO, PSTU, PSol e outras organizações afins.

Boletim do Partido - As instruções de Moscou reveladas no “Boletim do Partido”, de janeiro de 1967, que tinham como objetivo o desencadeamento da revolução estudantil em todo o mundo Ocidental, o que veio a ocorrer em 1968, eram as seguintes: “É a juventude idealista quem mais violentamente sente as injustiças, e isso é natural. Os jovens estão começando a experimentar novas emoções e ainda não aprenderam como controlá-las. Sentem intensamente tudo o que acontece como o amor, sexo, arte, pobreza e beleza. As universidades onde os jovens de ambos os sexos se reúnem para discutir a economia do mundo, história, revolução social e a política são os campos de cultura ideais para espalhar as ideias revolucionárias. As novas ideias criam raízes rapidamente e florescem em abundância” (HUTTON, 1975, 111). Como se sabe, os jovens não são capazes de arrumar o próprio quarto, mas se julgam prontos para consertar o mundo.

Bolsa-Escola - Copiada do Método Laubach no Distrito Federal pelo governo petista de Cristóvam Buarque e depois adotada no País todo, principalmente pelo governo federal. É um programa populista e paternalista, que não resolve o problema do desemprego, pelo contrário, eterniza-o, ao mesmo tempo em que incentiva a malandragem. O Bolsa-Família, criada pelo sucessor de FHC, não passa de um tipo moderno de voto de cabresto. Em vez de dentaduras, sacos de cimento ou alguns quilos de feijão, distribui-se, mensalmente, uma quantia de dinheiro a famílias pobres para que enviem seus filhos à escola. Chantagem pura à qual o governo se entrega com prazer. Mas a “humilhação” consentida do governo tem seu preço a cada dois anos: “nas próximas eleições de outubro, lembre-se: se não votar em mim, perderá o Bolsa-Família”. Quem sabe, aparece o Bolsa-Viagra para os sapecas da melhor idade... Do jeito que as coisas vão, com tantas autoridades pregando a descriminação das drogas, incluindo FHCannabis e ministros do STF, logo vai ser lançado também o Bolsa-Maconha. A cannabis, obviamente, será plantada nos latifúndios improdutivos do messetê, que terá o monopólio do negócio, gerenciado pela Maconhabrás...

Bombas atômicas - As bombas atômicas lançadas pelos americanos sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945, não se basearam apenas em cálculos militares. O general McArthur, Comandante Supremo das Forças Aliadas no Pacífico, só foi informado a respeito da arma cinco dias antes do seu emprego; não foi solicitada sua opinião a respeito. O almirante Leahy, Presidente da Junta dos Chefes de Estado-Maior, considerava, dois meses antes do ataque a Hiroshima, que os japoneses já haviam sido “completamente derrotados” pelo bloqueio marítimo e pelo bombardeio convencional, e estavam prontos para capitular. O almirante King, Comandante-em-Chefe da Frota dos EUA, advertira em diversas ocasiões que o bloqueio naval obrigaria, com o tempo, o inimigo a submeter-se pela fome, sem desperdiçar milhares de vidas americanas numa invasão terrestre. A decisão de usar a bomba atômica fora tomada num nível político: não a fim de derrotar o Japão com a mínima baixa de vidas humanas americanas, mas obrigar o país a se render antes que se efetuasse a iminente invasão soviética da Manchúria. Numa rápida rendição japonesa, o controle do Japão no mundo pós-guerra e a influência no Pacífico e na Ásia Oriental pertenceriam unicamente aos EUA, sem direito a reivindicações soviéticas.

Bom bandido - Variante de pau do “bom selvagem”. No Brasil, muitos intelectuais acreditam que existe o “bom bandido”, pois defendem traficantes de drogas e bandidos em geral, dizendo que são os “excluídos do sistema”, a exemplo de vários filmes, nos quais o bandido é exaltado e a Polícia ou o Exército são vilipendiados. Veja Injustiçado social.

Bombardeiros - O avião-bombardeiro mais antigo em operação, desde a II Guerra Mundial, é o B-52, armado com bombas convencionais e nucleares, com autonomia de 14.000 km, podendo carregar até 50 bombas de 241 kg. O B-52 é também conhecido como buff (big, ugly, fat, fucker - grande, feio, gordo, escroto). O bombardeiro mais moderno é o B-2, avião de 2 bilhões de dólares, que voou direto dos EUA para bombardear o Afeganistão em outubro de 2001, contra o governo Talibã e a Al-Qaeda de Osama bin Laden. O B-1 é um supersônico armado com bombas que são guiadas por satélites. O F/A-18 Hornet é um caça-bombardeiro, normalmente baseado em bases aéreas ou porta-aviões.

Bom burguês - Alcunha de Jorge Medeiros Valle, gerente do Banco do Brasil, que, segundo Márcio Moreira Alves (op. cit.), desviou o equivalente a dois milhões de dólares em contas da Suíça, separando uma parte do dinheiro para si e outra para organizações terroristas, como o PCBR e o MR-8. Milton Gaia Leite, codinome Fyatt, militante do MR-8, foi preso em Curitiba, depois de agentes do DOPS retirarem de casa sua esposa e filhos, para não testemunharem sua prisão. O livreco do Cardeal Vermelho, Brasil: Nunca Mais, inventa na pg. 44 que “menores foram presos e torturados”. “Com ele [Fyatt], foram apreendidos mais de 60 milhões de cruzeiros em dinheiro roubado do Banco do Brasil pelo ‘Bom Burguês’ e que, além de financiar o MR-8, foi engordar a conta na Suíça do amigo e esperto gerente” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 69).

Bom selvagem - Expressão cunhada por Jean-Jacques Rousseau, em que afirmava que o homem nasce bom e sem vícios, mas depois é pervertido pela sociedade civilizada (em sua obra “Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens”, 1755).

BR - Brigadas Rojas (Brigadas Vermelhas - BV): formadas em 1969 por estudantes de Trento, Itália, de inspiração marxista-leninista, pretendiam formar um Estado revolucionário na Itália, separado da Aliança Ocidental. Em 33 anos, o terror na Itália, praticado por extremistas da esquerda e da direita, matou 420 pessoas em 15 mil ataques, com saldo, ainda, de 1.200 feridos. As BV foram o grupo terrorista mais famoso da Itália. Promoveram assassinatos e sequestros de governantes italianos; mataram em 1978 o ex-Primeiro-Ministro Aldo Moro, líder do Partido Democrata-Cristão; sequestraram em 1981 o general-de-brigada do Exército dos EUA, James Dozier; e responsabilizaram-se pela morte de Leamon Hunt, chefe americano do Grupo de Observadores e da Força Multinacional do Sinai, em 1984. Em 1984, as BV dividiram-se em duas facções: Partido Comunista Combatente (BR-PCC), que continuou os ataques terroristas na década de 1980, e União de Comunistas Combatentes (BR-UCC). Mesmo presos, condenados à prisão perpétua pelo assassinato de políticos nos anos 80, muitos desses terroristas, conhecidos como “irredutíveis”, organizavam ações através de terceiros. Os presos Fabio Ravalli e Franco Grilli são acusados de promover os atentados contra a Confederação das Indústrias italianas, em 1992. Outro preso, Antonio Fosso, o “Cobra”, assumiu da prisão o ataque contra a base da OTAN em Aviano, em 1993. A morte do consultor Massimo D’Antona, em 1999, também é atribuída aos “irredutíveis”. Há células terroristas independentes na Itália: NTA (Núcleos Territoriais Anti-imperialistas), CARC (Comitê de Resistência para o Comunismo) e NCC (Núcleo Armado Combatente), um braço das BV. No dia 19/03/2002, foi assassinado Marco Biagi, consultor do Governo Silvio Berlusconi, crime assumido pelas BV e comemorado por terroristas confinados na prisão de segurança máxima de Trani, sul da Itália. No dia 03/11/2002, foi preso em Buenos Aires Leonardo Bertulazzi, membro das BR, suspeito de ter participado do sequestro e morte de Aldo Moro.

Brandir a camisa ensanguentada - Retórica utilizada contra inimigos políticos, em que contendores vão às vias de fato, com feridos ou até mortos. Comum em golpes de Estado ou insurreições, a retórica é também vista com frequência junto a manifestantes extremistas da atualidade, como neonazistas, supremacistas brancos ou negros, Antifas, BLM e assemelhados, que promovem destruição de patrimônio público ou privado e entram em choque com a polícia, mostrando com orgulho a “camisa ensanguentada” - como o ocorrido com apoiadores de Donald Trump na depredação do Capitólio, em 06/01/2021.

Brainstorming - Tempestade de ideias: livre debate em que os participantes (em reunião) dão ideias e sugestões.

Brainwriting - Técnica originada no Instituto Battle, de Frankfurt, Alemanha, é uma variação do brainstorming, com a diferença de que todas as ideias são escritas, trazendo como consequência mais calma e ordem.

Branquear - Significa maquiar um fato, de modo que se torne agradável aos olhos do público. Há quem deteste esta palavra, por julgá-la “racista”.

Brasil, ame-o ou deixe-o - Vamos repetir a expressão em inglês, para ficar mais bonito: “Brazil: love it or leave it!” Expressão logomáquica da época em que os militares estavam no governo, deveria simbolizar o maniqueísmo “nós somos os bons e vocês, os maus, não merecem viver no País”. Porém, pelo visto, a maioria dos brasileiros preferiu amar o Brasil dos militares, não o Chile de Salvador Allende e de José Serra ou a Cuba de Fidel Castro e de José Dirceu. Por isso, não houve uma debandada para o exterior, como ocorreu em Cuba quando Fidel tomou o poder: entre 15 e 17 mil foram fuzilados e quase dois milhões - 20% da população - fugiram do “paraíso” enaltecido pelo sucessor de FHC, Dilma Rousseff, Hugo Chávez, Chico Buarque, Loyola Brandão, Fernando Morais, Frei Betto. Claro, houve alguns poucos que não “amaram” o Brasil o suficiente, não foram patriotas, preferiram fazer cursos de escoteiros na Universidade de Lumumba (Moscou) e em Pinar del Río (Cuba), para aprender a fabricar coquetéis molotovs e usar com eficiência uma Kalashniskov. Outros preferiram um “exílio de caviar”, como FHC, que saiu do Brasil para um órgão da OEA, no Chile, onde tinha Mercedes com motorista à disposição, e depois lecionou na Sorbonne, sur le soleil de Paris. Com a doação de 200 mil dólares da Fundação Ford, o poliglota e polilogista FHC, na volta ao Brasil, criou o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP), que foi o trampolim para chegar à presidência. Doce exílio... “Nenhum ‘repórter investigativo’ teve jamais a curiosidade de perguntar o que fizeram em Cuba, ao longo de trinta anos ou mais, os terroristas brasileiros que ali se asilaram. Quantos, por exemplo, à imagem e semelhança do sr. José Dirceu, se integraram na política e nos serviços de espionagem da ditadura fidelista, acumpliciando-se a atos de perseguição, tortura e assassinato político incomparavelmente maiores e mais cruéis do que aqueles pelos quais viriam depois a choramingar e exigir indenizações no Brasil?” (CARVALHO, 2013: 265).

Brasilistão - Neologismo que criei para designar o Brasil dos bantustões indígenas e quilombolas (guetos étnico-socialistas) e dos sem-terra (guetos socialistas), transformando nosso País no triste Apartheid que havia na África do Sul. Os latifúndios improdutivos, transformados em “reservas indígenas” e “acampamentos do MST”, bloqueiam o desenvolvimento do Brasil: “Isso acontece porque sem a bandeira comunista para se opor ao desenvolvimento do capitalismo, restou o ambientalismo e o indigenismo, que ao final do século XX, uniram-se formando um movimento misógino, absolutamente contrário a qualquer projeto desenvolvimentista. No Brasil esse processo é tão forte a ponto de seguir freando por mais de três décadas o processo de desenvolvimento do país” (entrevista com o antropólogo Edward M. Luz - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/entrevista-edward-m-luz-reservas-e.html). Leia, de minha autoria, “Bantustões Brasileiros”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/bantustoes-brasileiros-por-felix-maier.html.

Brasilinização - A “brasilinização da sociedade” é como muitos europeus chamam às sociedades degradadas pelo alto grau de desemprego, violência e desintegração social, como ocorre nas favelas das grandes cidades brasileiras - daí o nome “brasilinização”. Os tumultos observados em Londres e outras cidades inglesas, em agosto de 2011, com incêndios de prédios e carros - além dos vistos em cidades da França, em anos anteriores -, são exemplos de “brasilinização”, devido à utopia do multiculturalismo, especialmente dos islâmicos, que não conseguem se aculturar e estão construindo futuros Kosovos, ou, no caso extremo, a futura Eurábia.

Brasil, País do Futuro – “Brasil, País do Futuro” (Brasilien: Ein Land der Zukunft), é o título em português da obra do autor judeu-austríaco Stefan Zweig, que se radicou em Petrópolis, RJ, fugindo do nazismo. O livro foi sucesso de vendas, embora os críticos o considerassem muito ufanista.

Brasil: Nunca Mais - O livro Brasil: Nunca Mais, lançado pela Arquidiocese de São Paulo, em 1985, apresenta os nomes das vítimas da ditadura militar (mortos e desaparecidos) e são relacionados nomes de supostos torturadores. Semelhante à Comissão Sábato (Argentina), que elaborou o relatório Nunca Más, o relatório de pau brasileiro peca por não apresentar as atividades terroristas das alegadas “vítimas” do governo militar e por não relacionar os crimes cometidos pelos grupos extremistas de esquerda, que provocaram a morte de pelo menos 120 pessoas. “A morte de Paulo Wright levou seu irmão e pastor presbiteriano Jaime, outro discípulo de Shaull, a encabeçar a campanha do CMI contra o regime militar, tendo sido portador dos recursos financeiros enviados pelo CMI para a edição do livro Brasil: Nunca Mais, editado pela Arquidiocese de São Paulo, então dirigida por D. Paulo Evaristo Arns” (CARRASCO, 2013: 76-77). “Dos 17.420 processados pela justiça militar que compõem a base do arquivo do Projeto ‘Brasil Nunca Mais’, 58% tinham formação superior, completa ou incompleta, e 16% tinham ensino secundário. No geral, calcula-se que metade dos presos e processados era formada por estudantes universitários. A maior parte dos membros de organizações armadas tinha até 35 anos (82% da ALN, 94% da Ação Popular (AP), 93% do Colina, 96% do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8), 86% do PCBR, 86% da VAR), com predominância da faixa etária que ia até 25 anos” (NAPOLITANO, 2014: 127-128). Brasil: Nunca Mais tem como fonte principal processos surrupiados do Superior Tribunal Militar (STM), onde consta o depoimento de réus que dizem ter sido torturados e onde há uma bem-informada relação de grupos terroristas que aterrorizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 1970, assim como as várias dissidências que ocorreram no período. Mas não é citado um único crime dos terroristas e investigados que foram processados pelo STM, como assassinatos, “justiçamentos” (assassinato de kamaradas), roubos a bancos, a casas d’armas, a quartéis, a supermercados e a pedreiras (para obter explosivos), como se os militares tivessem covardemente matado e torturado inocentes anjinhos sem crime nenhum nas costas, pelo simples prazer em torturar e matar. É um panfleto escandaloso, desenvolvido sob a ótica comunista, de modo a ferir mortalmente as Forças de Segurança do período pós-1964, especialmente o Exército. É a aplicação radical da logomaquia, que criou palavras e expressões como “burguês”, “elites”, “democracia”, “inimigo do povo”, “tortura” e mais recentemente, “antifascista” (Antifa), “me too”, “black lives matter”, “manifestações antidemocráticas”, com o intuito de promover a divisão da sociedade, e ridicularizar e destruir os adversários políticos, especialmente os de direita. O panfleto do Cardeal Arns afirma, p. ex., que havia 2.181 grupos das Ligas Camponesas, espalhadas no Brasil por 20 Estados. No entanto, não informa quantos canaviais foram queimados pelos terroristas, nem quantas usinas de cana-de-açúcar foram destruídas, nem quantos fazendeiros e posseiros foram mortos. Como resposta ao panfleto do “queridíssimo amigo de Fidel Castro” (Dom Paulo Evaristo Arns), em 1986 o então 2º. Sargento do Exército Marco Pollo Giordani lançou “Brasil, Sempre!”. “O General Sylvio Frota ia diariamente à Polícia do Exército, no Rio, ao então famoso Pelotão de Investigações Criminais (PIC), para verificar como os prisioneiros estavam sendo tratados. Ele, como general comandante do I Exército, mantinha essa rotina diariamente, a fim de verificar se os presos estavam sendo tratados com dignidade, com respeito. Mais tarde, foi colocado em lista de torturador; tremenda injustiça! Os chefes militares nunca mandaram torturar; nunca vi um general, um coronel, nunca vi mandarem torturar” (Gen Ex Jaime José Juraszek - HOE/1964, Tomo 6, pg. 34). “Apesar de ser considerado porta-voz dos ‘duros’, seus auxiliares mais próximos afirmam que Frota não permitia torturas quando chefiava o I Exército, sediado no Rio de Janeiro, a partir de 1972. Entretanto, ele não escondia sua insatisfação com a distensão, que permitia a volta insidiosa da ‘subversão comunista’. Anticomunista convicto, suas ordens do dia e discursos comemorativos eram poesia no ouvido da extrema-direita militar” (NAPOLITANO, 2014: 269). Leia a carta de Dom Arns enviada ao “Queridíssimo Fidel” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/queridissimo-fidel-carta-de-dom-paulo.html.

Brasil, Sempre! - O livro Brasil, Sempre!, escrito em 1986 pelo tenente do Exército Brasileiro e advogado Marco Pollo Giordani, completa a lacuna do relatório Brasil: Nunca Mais, apresentando o reverso da moeda, ou seja, as atividades dos grupos terroristas que tentaram impor uma ditadura marxista no Brasil, o que felizmente foi evitada pelos militares. “Brasil, Sempre!” está disponível em http://www.docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=bibliotbnm&pagfis=752.   http://bnmdigital.mpf.mp.br.

Brasil, um país de todos - Expressão de pau inventada pelos marqueteiros do sucessor de FHC, dizia apenas o óbvio, como “a chuva molha”, “a bala fura”, “a coceira coça”. Entende-se que o Brasil do PT é de todos (os brasileiros, imagino - além de terroristas como Cesare Battisti e alguns camaradas das FARC), porém um pouco mais para os filiados do PT, que tinham facilidade de arranjar um emprego público e receber gordas verbas públicas ao abrir ONGs fajutas. O óbvio ululante repetiu-se com Dilma Roussef na expressão pau mole “Brasil, país rico é país sem pobreza”.

Brazil Network - “Rede Brasil”: onagro moderno com sede em Londres e Washington, tem a finalidade de coordenar as ONGs no Brasil, especialmente a Anistia Internacional, Survival International, Oxfam, WWF, Greenpeace. Tenta diminuir a soberania brasileira, utilizando como pretexto as causas ecológicas, indígenas, direitos humanos e, por último, a reforma agrária do MST.

Brazumbilândia - Neologismo que criei, para designar o Brasil tomado por zumbis, os viciados em drogas. Durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em 2020 e 2021, reportagens da TV mostravam as toneladas de maconha e cocaína sendo apreendidas quase todos os dias nas estradas. Fico imaginando quantas toneladas de drogas entram efetivamente nas cidades todos os dias, para consumo via delivery feitas por motoboys ou em festas rave clandestinas. O viciado em drogas é tão responsável pela violência e mortes quanto os traficantes, pois é seu sócio no negócio. Veja Drogas, Drogas Esportivas, Operação Drogas e Red Cocaine.

Brigada América - Proveniente de Cuba, para espalhar a guerrilha nas selvas sul-americanas, como a Bolívia, onde morreu Ernesto Che Guevara.

Brigadas da Morte - Unidades de assassinos israelenses, normalmente empregadas por Israel como retaliação aos atentados palestinos de homens-bombas. Além dos assassinatos, casas são desmontadas com escavadeiras. “B’Tselem, grupo israelense defensor dos direitos humanos, estimou que, entre 1987 e maio de 2003, 3.650 palestinos e 1.142 israelenses haviam sido assassinados, num total de 4.792 vítimas. Porém, as estatísticas por si sós não fazem justiça ao sofrimento das crianças. Até 1993, 232 crianças palestinas menores de dezesseis anos haviam sido assassinadas por soldados israelenses durante a Primeira Intifada. Não obstante, em apenas doze meses, tomando como final 30 de setembro de 2002, foram assassinadas pelo menos 250 crianças palestinas e 72 crianças israelenses” (FISK, 2007: 703-704). Faltou Fisk - ou o B’Tselem - afirmar que muitas crianças palestinas são mortas em áreas populosas, de onde são lançados foguetes contra Israel, servindo de escudo contra ataques israelenses, assim como mulheres e idosos; os terroristas palestinos não defendem suas crianças com a mesma intensidade que Israel.

Brigadas Internacionais - Formadas por voluntários de todo o mundo (cerca de 35.000 pessoas), participaram da Guerra Civil Espanhola (1937-1939), apoiando os republicanos (socialistas, comunistas e anarquistas), contra as tropas do general Francisco Franco (nacionalistas), por sua vez apoiadas por tropas da Legião Condor de Hitler e dos camisas-pretas de Mussolini. Alguns brasileiros também foram brigadistas, como Apolônio de Carvalho, o “general de Stálin” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/apolonio-de-carvalho-o-general-de.html.

Brigadas Médicas - Junto com as “brigadas militares”, Cuba apoiava guerrilhas e regimes afinados com Havana, especialmente na África. Fidel Castro enviava profissionais para prestação de serviços médicos a países como Angola, Moçambique, Congo (com a presença de Che Guevara), Argélia, Iêmen, Iraque, Síria, Tanzânia, Etiópia, Vietnã, Guiné-Bissau, Afeganistão, Madagascar, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Benin, Serra Leoa, Somália, Guiné Equatorial, Eritreia. Em 1961, o comandante (cubano) Almeijeiras morreu na Guerra da Argélia, contra a França. Na guerra árabe-israelense de 1967, militares cubanos pilotaram jatos e tanques, que partiram da Síria para atacar Israel. Durante 10 anos, o regime de Fidel Castro treinou tropas em Cuba e na África, como as tropas do PAIGC e guerrilha do MPLA (desde 1963/64). Em Angola, Cuba chegou a desdobrar, em uma única oportunidade, cerca de 50.000 soldados, que combateram ao lado do MPLA contra a UNITA (no total, Fidel enviou 300.000 soldados a Angola). “Ochoa era comandante das tropas especiais, formada pela elite do exército cubano. Lutou na Nicarágua, Etiópia e principalmente em Angola. Foi responsável pelo milionário contrabando de ouro e diamantes para seu país. Depois da queda do muro de Berlim, os serviços secretos norte-americanos detectaram que havia uma conexão entre o tráfico de drogas e o governo de Cuba. Fidel não pensou duas vezes. Mandou prender e fuzilou o general Ochoa que apenas cumpria suas ordens para ficar bonito na fita dos gringos” (Paulo de Tarso Venceslau, “30 Moedas”, site Jornal Contato, acesso em 13/5/2011). Em 1973, Fidel Castro voltou a enviar pilotos para a Síria, para combater os israelenses na Guerra do Yom Kippur. Na América do Sul, o apoio de Fidel Castro foi ostensivo ao Chile do governo marxista de Salvador Allende, a quem enviou toneladas de armas, e ao Peru, durante o governo esquerdista Velasco Alvarado, que tinha assessoria do brasileiro Darcy Ribeiro. No Brasil, em 1961, já havia cubanos ensinando táticas de guerrilha no interior do País, como em Pernambuco, Acre, Goiás, Bahia e Minas Gerais. Hoje, há brigadas médicas (e arapongas) cubanos no governo “bolivariano” de Hugo Chávez, na Venezuela, e no governo boliviano de Evo Morales, quero dizer, Evo Cocales. Desde 2013, houve uma revoada de médicos cubanos ao Brasil, com o Programa Mais Médicos. Para isso, o governo petista de Dilma Rousseff pressionou o Conselho Federal de Medicina, para que reconhecesse os diplomas médicos cubanos, incluindo os de brasileiros, para que não fossem submetidos ao Revalida. Como o CFM não reconheceu os falsos diplomas, os espiões cubanos fantasiados com jaleco branco foram contratados assim mesmo - o maior cavalo-de-troia comunista já instalado no Brasil. No final do governo Michel Temer, os arapongas cubanos deixaram o Brasil, antes da chegada do governo Jair Messias Bolsonaro. Sobre o assunto, cfr. https://www.epochtimes.com.br/medicos-cubanos-brasil-espioes-comunistas-afirma-escritor/.

Brigada Vermelha - É como foi denominada a Brigada Militar, do Rio Grande do Sul, sob o governo do petista Tarso Genro. Segundo denúncias, os oficiais eram promovidos de acordo com seu posicionamento ideológico. Miguel Rossetto, vice-governador durante a gestão do governador Olívio Dutra, é coronel honorário do Exército cubano: “O Brizola foi o primeiro político brasileiro que entrou em ligação com Fidel Castro e mandou gente fazer curso em Cuba. Inclusive esse Diógenes que andou se complicando há pouco tempo em uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O atual Vice-Governador do Rio Grande, Miguel Rossetto, também andou por lá e é coronel honorário do exército cubano. Estes dois são das primeiras turmas encaminhadas a Cuba pelo Brizola. Como Governador e Deputado, o Brizola colocou as manguinhas de fora e os cubanos circulavam por aqui. Sabíamos da presença em Porto Alegre de três cubanos. Fui um dos que saíram para a rua e andavam à cata de agitadores estrangeiros que circulavam por aqui. Além do mais, o Brizola agitava o País com seus célebres discursos das sextas-feiras, uma pura ameaça à sociedade organizada. Foram criados os ‘grupos dos onze’, o Brasil estava cheio deles. Estimávamos que existiam cerca de cinco mil Grupos, um efetivo de quase sessenta mil homens. E quem fazia o proselitismo e os unia em termos nacionais era a Rádio Mayrink Veiga. Sintonizávamos aquela emissora à noite e ouvíamos: - Alô, alô Santo Ângelo, comando revolucionário número trinta e quatro, alô doutor Fulano... A mensagem para o correligionário informava o número do grupo, a sua localização e convocava os responsáveis para a transmissão de ordens ou transmitia alguma instrução. Isso era feito o dia inteiro. Belo exemplo de sigilo nas operações... (...) Aqui no Estado, onde houve a maior resistência à Revolução? [entrevistador] Creio que foi aqui mesmo em Porto Alegre. O Brizola fez um discurso na Praça da Prefeitura em que instigou os sargentos a arrancarem os olhos dos oficiais com os dedos. Imaginem a reação! Isso ninguém me contou, eu fui lá para ver e ouvir. Acho até que o Gusmão estava comigo. Éramos dois ou três oficiais assistindo ao comício. Ele falou claramente que os oficiais eram golpistas e que os sargentos não deviam cumprir as ordens dos gorilas. - Ataquem, ataquem esta gente e arranquem os olhos deles nem que seja com os dedos. Ele disse isso. A resistência era coordenada por ele que dispunha de um staff - inclusive já citei o nome de alguns dos integrantes desse grupo - para lhe municiar das informações necessárias” (General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen, HOE/1964, Tomo 8, pg. 178-179).

Brigada Zangada - O mesmo que “Brigada do Ódio”, era um grupo terrorista da Inglaterra. Seus membros viviam em condições indignas, como hippies, e todos os condenados desse grupo eram universitários. Hoje, pode-se dizer que o MST é também uma “brigada zangada”, com suas milícias armadas e os “balillas” que se formam nos acampamentos, instruídos para desrespeitar a lei e a ordem - para eles, oriundas da “instituição burguesa”.

Brizoleone - As quixotescas tentativas do “Brancaleone” Leonel Brizola promover um movimento guerrilheiro no Brasil, após a Contrarrevolução de 1964, podem ser conhecidas no texto de F. Dumont, “Os Incríveis Exércitos de Brizoleone”, https://drive.google.com/file/d/1nmdbywi5rptixGsNKHuSDaI8wsnZHCr-/view, ou no Capítulo 7 de “História do Terrorismo no Brasil”, https://pt.scribd.com/doc/6062714/historia-do-terrorismo-no-brasil-grupo-ternuma-editor-j-r-r-abrahao. Leia, de minha autoria, “Brizola, o último dos maragatos”, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/brizola-o-ultimo-dos-maragatos-por.html.

Bromidose - “Os franceses não eram racistas no sentido alemão. (...) Mas eram extraordinariamente susceptíveis a uma série de teorias raciais bizarras, que produziam em abundância. Dessa maneira, em 1915, o Dr. Edgar Bérillon ‘descobriu’ que os alemães tinham os intestinos nove pés mais longos do que os outros seres humanos, o que os tornava propensos à ‘polycheria’ e à bromidose (defecação e cheiros de corpo excessivos). Se Paris era a capital mundial da razão cartesiana, também foi a capital da astrologia, medicina marginal e religiosidade pseudocientífica. Havia (e ainda há) uma forte cultura anti-racionalista na França” (JOHNSON, 1994: 119). As tripas mais compridas dos alemães seriam para digerir melhor o chucrute?

Bullying - Perseguição sistemática que crianças e adolescentes sofrem nas escolas, como apelidos e agressões, muitas vezes por conta apenas do aspecto físico. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, o terrorista que em 2011 matou 12 adolescentes numa escola municipal de Realengo, no Rio, teria sofrido bullying quando era estudante daquela escola, Tasso da Silveira.

Buraco negro - Expressão de pau cósmica, cunhada por John Wheeler. Embora sem comprovação conclusiva, acredita-se que o buraco negro seja uma estrela que entrou em colapso e se tornou tão maciça e com tamanha força gravitacional que engole tudo o que se lhe aproxima e impede, ainda, a própria reflexão da luz, donde se originou seu nome.

Burguês - Burguês é uma palavra de pau maldita inventada por um burguês. Quem, em sã consciência, não deseja “subir na vida”, melhorar o padrão econômico para dar conforto à família, ser, enfim, um “burguês”? Quem são, hoje, os maiores burgueses no Brasil? Exatamente os que mais denigrem os burgueses: Stédile do MST, que faz passeios turísticos pelo mundo todo, visita o Papa (e faz palestra na ESG), às nossas custas; o milionário PT, que ficou riquíssimo com o mensalão e com a contribuição de seus filiados (o “dízimo”), especialmente depois da posse do sucessor de FHC e dos milhares de cargos comissionados criados para abrigar petistas; as “libélulas da USP”, como Marilena Chauí e Emir Sader, que são convidados para eventos nacionais e internacionais, como o Fórum Social Mundial, à custa do erário; os vermelhos de ontem, hoje travestidos de “verdes” - os melancias onagreens -, que passeiam pelo mundo à custa do mico-leão-dourado, das tartarugas, das focas e das baleias. Até Beatrix, a rainha-burguesa da Holanda, exercita a língua de pau da burguesia. Em visita ao Rio de Janeiro, referindo-se à favela da Rocinha, perguntou: “Os burgueses do Rio ajudam essas comunidades?” (Veja, 2/4/2003, pg. 36). A burguesa da classe média, professora Marilena Chauí, teve seus 15 minutos de fama ao falar em uma palestra “Eu odeio a classe média” - cfr. em https://www.youtube.com/watch?v=fdDCBC4DwDg. A “filósofa” também é conhecida como “Marxilena Chaui”.

Burka - Vestimenta islâmica, que cobre a mulher da cabeça aos pés, deixando apenas uma pequena grade retangular à altura dos olhos, por onde as mulheres enxergam com dificuldade, ocasionando, muitas vezes, problemas sérios de visão. No Afeganistão, a burka tornou-se obrigatória durante o regime dos Talibãs.

Burquini - Mistura de burca com biquini, é a peça de banho-de-mar que cobre todo o corpo humano (inclusive uma touca), usada por muçulmanas da Indonésia.

 

 

C

 

“Quando vence a esquerda, é ‘revolução’; quando não é a esquerda que vence, é ‘golpe’” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 284).

 

Cabana do Jacu - Veja MAR.

Cabriteiro - Ladrão que leva carro roubado no Brasil para o Paraguai, onde o veículo é legalizado com novas placas. Calcula-se que 60% da frota paraguaia seja produto desse tipo de contrabando.

Caça às bruxas - Como a maioria das pessoas não crê em bruxas, a caça a elas é sinônimo de perseguição de uma coisa que não existe (pero las hay, hay!). Essa expressão de pau fez sucesso durante a Comissão presidida pelo senador Joseph McCarthy, criada pelo Congresso americano, para descobrir atividades comunistas no país. Houve perseguições políticas, inocentes foram prejudicados, é certo (inclusive Charles Chaplin - embora estivesse envolvido em escândalos com mocinhas menores de idade), porém McCarthy morreu sem saber o real alcance da infiltração comunista no país, muito maior do que ele imaginava, como provam os arquivos de Moscou que os esquerdistas escondem do público. De fato, não foram encontradas bruxas. Apenas bruxos comandados por Moscou. Leia “O caso Rosenberg 50 anos depois” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/o-caso-rosenberg-50-anos-depois-por.html

e “Polêmico macarthismo errou mas também acertou” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/polemico-macarthismo-errou-mas-tambem.html.

Cadernetas de Prestes - “As cadernetas do então secretário-geral do PCB, chefe legendário dos comunistas brasileiros, foram recolhidas numa casa da Vila Mariana, em São Paulo, onde a mulher de Prestes, Maria, morava com alguns filhos. Grávida, Maria deixou o prédio após o golpe. Militantes retiraram documentos da casa, mas não viram as cadernetas e outros papéis, que estavam escondidos sob roupas num armário. Pequenas, vazadas por espiral, as cadernetas de Prestes revelam minúcias da vida, de 1961 a 63, de um partido formalmente clandestino. Nelas, o chefe comunista nomeia - com nomes verdadeiros - centenas de dirigentes e simpatizantes, informa datas e endereços, descreve organogramas, empresas de fachada, balancetes, encontros com autoridades até aquele momento insuspeitas, audiências como as que o secretário-geral teve com o líder soviético Nikita Khruschev. As 3.426 páginas das 19 cadernetas foram anexadas aos autos do processo 271/64 - havia 20 na casa, uma delas desapareceu - e fundamentaram um inquérito que indiciou 74 pessoas e que levou à condenação de 54 na primeira instância da Justiça Militar, em junho de 1966. (...) Os microfilmes descobertos pela Folha estão no Arquivo Público do Rio de Janeiro. Em mau estado de conservação, é difícil a sua leitura. No Arquivo Público do Estado de São Paulo, há cópias xerográficas nítidas” (Mário Magalhães, in Folha de S. Paulo, 08/04/2001). A lista dos condenados pode ser vista em https://documentosrevelados.com.br/wp-content/uploads/2015/07/022-condenados-prestes.pdf.

Cadernos do Cárcere - Antonio Gramsci foi um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI), em 1921. Cadernos do Cárcere é a obra-prima de Gramsci, escrita durante sua prisão na Itália, de 1926 a 1935. A obra, escrita em 33 cadernos do tipo escolar, foi entregue por sua cunhada Tatiana Schucht a Palmiro Togliati. Entre 1948 e 1950, foram publicados em 6 volumes (“edição temática”, de Togliati) e, em 1975, por Valentino Garratone, em 4 volumes (“edição crítica”, de Garratone). No Brasil, a obra foi apresentada à esquerda em 1962 e reeditada em 1970. “Esta publicação, difundida em vários continentes, passou a ser o catecismo das esquerdas, que viram nela uma forma muito mais potente de realizar o velho sonho de implantar o totalitarismo, sem que fosse necessário o derramamento de sangue, como ocorreu na Rússia, na China, em Cuba, no Leste Europeu, na Coreia do Norte, no Camboja e no Vietnã do Norte, países que se tornaram vítimas da loucura coletiva detonada por ideólogos mentecaptos. (...) Gramsci professava que a implantação do comunismo não deve se dar pela força, como aconteceu na Rússia, mas de forma pacífica e sorrateira, infiltrando, lenta e gradualmente, a ideia revolucionária. (...) A originalidade da tese de Gramsci reside na substituição da noção de ‘ditadura do proletariado’ por ‘hegemonia do proletariado’ e ‘ocupação de espaços’, cuja classe, por sua vez, deveria ser, ao mesmo tempo, dirigente e dominante. Defendia que toda tomada de poder só pode ser feita com alianças e que o trabalho da classe revolucionária deve ser, primeiramente, político e intelectual” (Anatoli Oliynik, in A Tomada do Poder - Gramsci e a Comunização do Brasil - https://guiainvest.com.br/dados/documentoUsuario/05290384119786150152/a_tomada_do_poder_gramsci_e_a_comunizacao_do_brasil1.pdf, acesso em 08/04/2021; disponível também em https://www.dailymotion.com/video/x2tcqqy). “Paradoxal e surpreendentemente, a primeira publicação no Brasil dos Cadernos do Cárcere, do comunista italiano Antonio Gramsci - uma iniciativa de Ênio Silveira e de sua Editora Civilização Brasileira - veio à luz entre 1966 e 1968, com uma reedição em 1970, em plena ‘ditadura’. Um ‘cochilo’ da censura ou a ‘mordaça’ não era tão severa como muitos na época e ainda hoje querem fazer crer? Isto é a confirmação do que afirmou Olavo de Carvalho, ao dizer que ‘por uma coincidência das mais irônicas, foi a própria brandura do governo militar que permitiu a entronização da mentira esquerdista como história oficial’ quando ‘o governo, influenciado pela teoria golberiana, jamais fez o mínimo esforço para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos’” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 80). Veja Gramscismo e Hegemonia Cultural.

Caifazes, Os - Grupo antiescravagista radical, “liderado pelo advogado republicano e maçom Antônio Bento, promovia a fuga em massa de escravos, surrava os capitães do mato contratados para recapturá-los, ameaçava os fazendeiros e feitores acusados de maus-tratos. Sob a proteção desse grupo, foi organizado o mais famoso quilombo da época, o do Jabaquara. Situado nas imediações das cidades de Santos e Cubatão, na baixada santista, chegou a reunir 10 mil escravos fugidos” (GOMES, 2013: 224).

Caixas de ressonância - Comportam uma das fases do processo da desinformação. “Na publicidade, as primeiras caixas de ressonância são os media que fazem passar as mensagens publicitárias. (...) Na desinformação o caso é mais complexo. O tema, equipado com os seus suportes, é geralmente confiado a um agente influenciador que vai encontrar forma de o passar adiante. (...) Mas para levar a bom termo uma operação não basta apenas uma caixa de ressonância. É preciso que o tema da sinfonia desinformadora seja retomado por toda a orquestra, o que não é tão difícil como se julga, pois os media têm tendência a copiar-se uns aos outros, a falar ‘do que se fala’, além de existirem jornais ou programas considerados os mais importantes e pelos quais os outros acertam o passo. Basta assim ter um conhecimento no ‘bom’ jornal ou na ‘boa’ emissora para que a orquestração do tema esteja no ‘bom’ caminho. (...) Os americanos ensinam que os agentes de informação são recrutados por quatro razões. A paixão pelos acrônimos mnemônicos - que são fonéticos e aproximativos - resume essas quatro razões na palavra MICE (‘rato’ no plural): Money, Ideology, Sex, Ego (‘dinheiro, ideologia, sexo, amor-próprio’)” (VOLKOFF, 2004: 104-105).

Camarada - Desde Lênin, camarada significa o amigo que também crê no Partido Comunista. Os que não creem na bíblia marxista não são camaradas, são “inimigos do Estado” que devem ser destruídos - física, política ou socialmente. No Brasil, é mais comum a palavra de pau “companheiro”, dirigida pelo sucessor de FHC, não só à companheirada petista, mas também a personalidades, como George W. Bush e Barack Obama - além do terrorista Cesare Battisti.

Cambio Cubano - Movimento de resistência a Fidel Castro. O presidente mais famoso da organização foi Eloy Gutierrez Menoyo, um dos comandantes da Revolução Cubana, que passou 22 anos em cárceres cubanos. Menoyo faleceu no dia 26/10/2012. O movimento é moderado, prega a reconciliação nacional, a abertura do regime cubano e a democracia para solução dos problemas econômicos e sociais da Ilha, e é contra as pressões externas contra Cuba, como as Leis Torricelli e Helms-Burton, dos EUA, pois julga que estas apenas prolongam a tirania dos irmãos Castro sobre a Ilha. O Acordo Kennedy-Kruschev, assinado em outubro de 1962, após a crise dos mísseis soviéticos na Ilha, “tirava a força de boa parte da resistência anti-Castro, incluindo a feroz e sangrenta rebelião de Escambray” (FONTOVA, 2009: 166). Veja Limpeza de Escambray.

Cambridge Five - “Os Cinco de Cambridge”: um grupo da alta cúpula dos serviços secretos britânicos espionava para a URSS durante a II Guerra Mundial. Era formado por Anthony Blunt, Kim Philby, Donald Maclean, Guy Burgess e John Cairncross.  Dois deles, Blunt e Burgess, eram membros dos Apóstolos. Veja Apóstolos.

CAMDE - Campanha da Mulher pela Democracia: criada pouco antes das eleições de 1962, sob orientação de Leovigildo Balestieri (vigário franciscano de Ipanema, Rio de Janeiro), Glycon de Paiva e o general Golbery do Couto e Silva. “Eles convincentemente argumentavam que o Exército fora minado pelo ‘vício do legalismo’, que só mudaria se ‘legitimado’ por alguma força civil, e que as mulheres da classe média e alta representavam o mais facilmente mobilizado e interessado grupo de civis” (P. Schmitter, in Interest, Conflict and Political Change in Brazil, Stanford, California University Press, 1971, pg. 447). A CAMDE era uma organização feminina anticomunista, promoveu a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, no dia 19/03/1964, em São Paulo (19 de março, Dia de São José, Padroeiro da Família), reunindo 500.000 pessoas, protesto que exigia o fim da balbúrdia e da carestia durante o Governo Goulart, e que antecedeu à Revolução de 31/03/1964. No dia 2 de abril, a CAMDE reuniu 1 milhão de manifestantes no Rio de Janeiro para agradecer a interferência dos militares nos destinos do país, ocasião em que Aurélia Molina Bastos encerrou seu discurso dizendo: “Nós louvamos, nós bendizemos, nós glorificamos a Deus e o soldado do Brasil”. As mulheres da CAMDE de Minas Gerais ofereceram a Castello Branco, ainda antes de sua eleição, uma nova faixa presidencial, para que não usasse a tradicional, “já conspurcada pelos maus presidentes que o precederam” (O Estado de S. Paulo, 12/04/1964). Outras organizações femininas e grupos católicos atuantes em 1964, além da CAMDE, foram: Liga de Mulheres Democráticas (LIMDE), (MG); União Cívica Feminina (UCF), organizada em 1962 (SP); Campanha para Educação Cívica (CEC); Movimento de Arregimentação Feminina (MAF), teve início em 1954, foi liderado por Antonieta Pellegrini, irmã de Júlio de Mesquita Filho, proprietário de O Estado de S. Paulo; Liga Independente para a Liberdade, dirigida por Maria Pacheco Chaves; Movimento Familiar Cristão (MFC); Confederação das Famílias Cristãs (CFC); Liga Cristã contra o Comunismo; Cruzada do Rosário em Família (CRF); Legião de Defesa Social; Cruzada Democrática Feminina do Recife (CDFR); Ação Democrática Feminina (ADF), Porto Alegre, RS. Veja IPES.

Camelistão - Neologismo criado com as palavras camelô e bantustão, significa o imaginário “país dos camelôs”. Reúne cerca de 1,8 bilhão de trabalhadores informais em todo o mundo e é uma potência econômica de 10 trilhões de dólares - mais de 7 vezes o PIB brasileiro (US$ 1,4 bilhão, dados de 2020), com o dólar supervalorizado.

Camilistas - Seguidores do Padre Camilo Torres, que se formou em Sociologia, em Lovaina, Bélgica, e morreu baleado pelo exército colombiano quando lutava ao lado do Exército de Libertação Nacional (ELN), de linha castrista, comandado por Fabio Vásquez. Veja ELN e FARC.

Caminho de Malamat - No sufismo, é o “caminho da culpa”. Muitos acham que Judas, ao trair Jesus, assumiu a culpa para que as Escrituras se cumprissem. Estudiosos cristãos se baseiam em Jeremias para justificar que a lei do Velho Testamento seria anulada por Jesus, o Messias: “Atenção para os dias que virão, disse o Senhor, pois farei um novo pacto com a Casa de Israel e a Casa de Judá” (Jer, 31:31). Há uma radical oposição entre “lei” do Velho Testamento (o “olho por olho”, p. ex.) e a “misericórdia” do Novo Testamento (“dar a outra face a tapa”).

Camisas-pardas - Nazistas. Veja Nazismo.

Camisas-pretas - Camicie Nere: integrantes do movimento Fasci de Combattimento, fundado por Mussolini em 1919. Veja Fascismo.

Camisas-verdes - Integralistas. Veja AIB.

Camisas-vermelhas - 1. Exército de voluntários, comandado por Giuseppe Garibaldi, em 1860, que lutou pela unificação e independência da Itália; também conhecido como os “Mil”. Os camisas-vermelhas foram retratados na obra de Giuseppe de Lampedusa, “Il Gattopardo” (O Leopardo), depois transposto para o cinema por Luchino Visconti, em 1963. 2. Comunistas.

Campanhas da paz - Slogans de pau, faziam parte da estratégia comunista: “Nesse sentido, pode-se dizer que a ‘campanha de paz’ faz parte integrante da guerra e representa um elemento essencial da estratégia da agressão subversiva. As campanhas de paz, já as conhecemos há muito tempo. Os russos passaram mestres nessa arte que consiste em lançar sobre o adversário, no momento oportuno, precisamente a pecha da agressão que se pretende empreender. Lembremo-nos que a primeira grande campanha de paz soviética precedeu o ataque à Coreia. A campanha internacional contra as armas atômicas americanas, no quinquênio 1945-1950, preparou o terreno para o aparecimento das armas nucleares soviéticas” (PENNA, 1967: 134). Na atualidade, as peaceniks vistas no mundo todo por ocasião da guerra americana contra o Afeganistão, em 2001, não tinham como objetivo a “paz mundial”, mas uma demonstração do mais pueril e inócuo sentimento antiamericano. No Brasil, são comuns as campanhas de paz promovidas por gente vestida de branco-cocaína, cujo significado é revelador: haja paz nos morros, desde que não falte a droga preferida, tema muito bem abordado no filme “Tropa de Elite”, o primeiro.

Campeonato de flatulência - Comandado pelo “Anão Sanguinário”, Nikolai Yezhov, chefe da NKVD, a polícia secreta soviética. Consistia em abaixar as calças “para ver quem jogava mais longe as cinzas de um cigarro com um peido” (NARLOCH, 2013: 307).

Campos de concentração - “Denominação que se dá a estabelecimentos que, à margem dos sistemas penitenciários usuais, são utilizados para a detenção, suposta reeducação, exploração de mão-de-obra gratuita ou mesmo extermínio de pessoas, por razões ideológicas políticas e militares”. (Mirador, Vol 5, pg. 1967) No final do século XIX, o governo espanhol criou campos de concentração em Cuba, para confinar grande quantidade de homens, mulheres e crianças, em resposta às rebeliões da Ilha. A Inglaterra copiou essa experiência na Guerra dos Bôeres, na África do Sul (1899-1902), aprisionando cerca de 200 mil pessoas até o fim das hostilidades, com a anexação das repúblicas bôeres ao Império Britânico. Na URSS, os gulags eram campos de trabalhos forçados, que acolhiam os acusados de contrarrevolução e espionagem, atingindo seu auge durante os expurgos stalinistas, no período de 1936 a 1938. Durante a Guerra Civil Espanhola, os franquistas, apoiados pelo III Reich, organizaram vários campos de concentração. Com o advento do nazismo na Alemanha, os campos de concentração, inicialmente, tinham como finalidade “reeducar” os alemães contrários ao regime, a exemplo dos comunistas, sociais-democratas, católicos, protestantes e judeus. O sistema de campos foi importado da Rússia. O primeiro campo nazista foi o de Dachau, aberto oficialmente em 22/03/1933 para acomodar 5.000 prisioneiros. “Himmler os criou com grande rapidez: havia quase 100 campos nazistas antes do final de 1933. Mas, em todos os estágios, mesmo no auge do programa de extermínio da S.S., em 1942-45, havia muito mais campos soviéticos, quase todos maiores do que os nazistas e a capacidade de abrigar muito mais pessoas” (JOHNSON, 1994: 255). Os regulamentos dos campos foram compilados por Himmler. Rapidamente, os campos se transformaram em grandes comunidades de trabalho escravo, em instrumento de genocídio das “raças inferiores (ciganos, eslavos e, principalmente, judeus) e em centros de “experiências” pseudocientíficas, como as do “Anjo da Morte”, Josef Mengele. Havia campos com mais de 70 mil pessoas, de várias nacionalidades. Os presos eram identificados por um número de ordem (em Auschwitz eram tatuados no braço) e um triângulo de cor costurado nos uniformes: o verde era para criminosos comuns, o vermelho para os “políticos”, o roxo para os “opositores por convicção”, o preto para os antissociais, o rosa para os pederastas. Os judeus traziam sobre esse triângulo um outro, amarelo e sobreposto, para representar a estrela de Davi. Industrializavam-se a gordura, a pele, os ossos, os cabelos e os bens dos presos. No portão de entrada de Auschwitz lia-se Arbeit Macht Frei (O trabalho gera a liberdade). Algo semelhante lia-se no gulag de Kolyma, URSS, onde em 1938 morreram 40.000 pessoas: “Trabalho é uma questão de honra, valor e heroísmo”. Em torno de 6 milhões de judeus perderam a vida nos centros de terror nazistas. Havia vários campos de concentração nazistas: Bergen-Belsen, Buchenwald, Dachau, Dora, Flossenburg, Oranienburg-Sachsenhausen, Neuengamme, Ravensbrück (Alemanha); Natzwiller-Struthof (Alsácia); Mauthausen (Áustria); Kaunas, Riga (Países Bálticos); Theresienstadt (Boêmia); Auschwitz, Birkenau, Maidanek, Stutthof (Polônia). Sob Fidel Castro, “os campos de concentração cubanos abrigaram todos aqueles que não se encaixavam na ideia do ‘homem novo’: gays, católicos, testemunhas de Jeová, alcoólatras, sacerdotes do candomblé cubano e, mais tarde, portadores de HIV” (NARLOCH, 2011: 44). Durante o governo Roosevelt, cerca de 110.000 japoneses residentes nos EUA foram confinados em campos no oeste do país, até o fim da II Guerra Mundial. No Brasil, de 1939 a 1945, 249 imigrantes japoneses, instalados desde 1931 em Vila Amazônia, AM, onde plantavam pimenta-do-reino e juta, foram presos e levados ao Pará, num campo de concentração chamado “Acara”, onde realizaram trabalhos forçados, como construir estradas. No dia 25/10/2011, o governo do Amazonas pediu desculpas pelas injustiças praticadas. “De 21 de setembro de 1943 a 15 de abril de 1944, por cerca de 7 meses, funcionou, no quartel do 8º. Regimento de Artilharia Montada, em Pouso Alegre-MG, o Campo Provisório de Concentração de Pouso Alegre, que abrigou 62 prisioneiros de guerra alemães, 20 da Marinha de Guerra e 42 da Marinha Mercante germânicas, que integravam a guarnição do cargueiro alemão Anneliese Essberger. Proveniente de Bordéus-França, ele se destinava ao Japão atuando como ‘furador de bloqueio’” (coronel Claudio Moreira Bento, in “Os alemães prisioneiros de guerra no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial”). O navio foi afundado pela própria tripulação após ter sido descoberto pelo Grupo Tarefa 23-2, dos EUA, e os prisioneiros foram entregues ao Gen Div João Baptista Mascarenhas de Moraes, então comandante da 7ª. Região Militar. “Até no Brasil, depois da declaração de guerra aos países do Eixo, em 1942, o governo criou doze campos de concentração para confinar alemães, italianos e japoneses” (CURY, 2012: 30). Leia “Irmãos Bielski enfrentaram nazistas e salvaram 1.200 judeus”, de Euler de França Belém, em https://www.jornalopcao.com.br/colunas-e-blogs/imprensa/irmaos-bielski-enfrentaram-nazistas-e-salvaram-1-200-judeus-3223/.

Campos de reeducação - Versão vietnamita dos gulags soviéticos.

Campos de trabalho coletivo - Versão cubana dos gulags soviéticos, os campos cubanos foram inventados por Ernesto Che Guevara, em tempos de serial killer. Na juventude, Che havia sido um hippie “sem destino”, registrado em seu “Diários de motocicleta”, transformado em filme pelo produtor americano Robert Redford e pelo diretor brasileiro Walter Moreira Salles. Os campos de concentração de Sandino 1, 2 e 3 foram os primeiros a serem construídos em Cuba. Os guerrilheiros anti-Fidel Castro feitos prisioneiros foram obrigados a construir esses campos, onde depois foram trancafiados. Antes de serem presos, construíram uma cidadezinha, que seria para abrigá-los e suas famílias. “Com essa ilusão, aqueles homens trabalharam dia e noite, erguendo blocos de edifícios. Ao terminá-la, as mulheres e as crianças foram levadas para lá. Desse modo, muito antes de existirem as aldeias estratégicas do Vietnã, Castro já as havia posto em prática em Cuba. Essa primeira chamou-se Sandino e ainda existe” (VALLADARES, 1986: 52). Che só era valente com homens desarmados. Quando Fidel ordenou que tomasse o comando do guerrilheiro Jorge Sotus, Che tremeu e colocou o rabo entre as pernas, ao ouvir de Sotus: “Escuta aqui, argentino. Ou você cala a boca, ou eu estouro os seus miolos, certo? Agora, chispa” (FONTOVA, 2009: 204). Um comandante, Jesús Carreras, discutiu com Che, chegando a desafiá-lo para um duelo. Che, covarde como sempre, desconversou: “Como é possível que dois companheiros de revolução cheguem a esse ponto apenas por causa de um pequeno desentendimento?” (idem, pg. 205). Em 1960, Carreras é preso em La Cabaña e executado por Che no paredón (cfr. pg. 205). A covardia de Che também pode ser comprovada durante sua prisão na Bolívia. Segundo o general boliviano Luis Reque Terán, de longe, Che levantou o rifle e gritou: “Eu me rendo! Não me matem! Valho mais vivo do que morto!” (idem, pg. 273). “O capitão Gary Prado e o coronel Arnaldo Saucedo Parada, do exército boliviano, revistaram e inventariaram todos os bens de Guevara no ato de sua captura. Ambas as listas contêm uma pistola nove milímetros com o pente totalmente cheio” (idem, pg. 272). O tiroteio continuou depois da rendição de Che. Um soldado foi ferido, e Che: “‘Querem que eu o atenda?’, perguntou Guevara a seus captores. ‘Por quê? Por acaso você é médico?’, falou o capitão Prado. ‘Não, mas sei algumas coisas de medicina’, respondeu Guevara, numa tentativa realmente patética de cair nas graças de seus algozes. O máximo que conseguiu foi confessar que não era médico coisíssima nenhuma” (idem, pg. 273). Como os falsos diplomas de Dilma Rousseff, que um dia foram postados no site da Casa Civil, a esquerda espalhou a mentira de que Che era médico. Quando Fontova solicitou para apresentar o histórico escolar de Che, o reitor argentino desconversou, dizendo simplesmente que tais registros não foram encontrados (cfr. pg. 70). Veja UMAP.

Cangaço - Entre 1877 e 1879, bandos armados assaltaram fazendas e armazéns e distribuíram alimentos aos flagelados da seca. No Governo Vargas, Virgulino Ferreira, o “Lampião”, formou um grupo que sobreviveu até 1940.

Canibalismo - Em 1991, Jeffrey Dahmer foi preso porque “não só matou dezessete homens e meninos, mas também cozinhou e comeu pedaços deles. Na Rússia, em 1992, Andrei Chikatilo foi condenado por haver estuprado, matado e comido partes de pelo menos vinte e um meninos, dezessete mulheres e quatorze meninas. Além da crueldade, Dahmer e Chikatilo tinham outra característica em comum: eles eram homossexuais” (SEVERO, 1998: 65). Segundo Júlio Severo, “os seis maiores assassinatos em série dos Estados Unidos foram cometidos por gays” (idem, pg. 66), totalizando 181 mortos. “Dois gays competem pelo título de maior assassino do mundo. Durante o terror nazista, Ludwig Tiene, executor de Auschwitz, estrangulava, esmagava e roia meninos e rapazes, enquanto os estuprava. O outro candidato homossexual, Gilles de Rais, matou brutalmente oitocentos meninos” (idem, pg. 66).

Canibalismo político - Durante a Revolução Cultural chinesa, o “canibalismo político” foi exigido como prova de fidelidade ao partido comunista. Veja Churrasquinho chinês.

CAPHC - Consejo Andino de Productores de Hoja de Coca (Conselho Andino dos Produtores de Folha de Coca); sede: região de Chapare, Bolívia. Veja “Produção de coca na Bolívia” em https://www.youtube.com/watch?v=EdcBgzvQylg.

Capital, O - A principal obra de Karl Marx, que elabora a teoria do comunismo, serviu-se escandalosamente da obra de Proudhon, “Sistema de Contradições Econômicas”. Nos capítulos XIII e XV, o pai do “socialismo científico” distorce dados estatísticos contidos nos “Livros Azuis de Biblioteca do British Museum”, publicados pelo governo: “Para comprovar sua verdade, Marx, que durante toda a vida jamais entrou numa fábrica (salvo, por duas vezes, nos escritórios da Philips holandesa para pedir dinheiro emprestado ao rico tio materno Leon, dono da empresa), usa material sabidamente desatualizado e elege como exemplo indústrias pré-capitalistas, com mais de 40 anos de atraso, que não tinham condições para incorporar maquinarias” (PONTES, 2003: 26). “Na prática, a teoria que envolve o ‘socialismo científico’ de Marx mostrou-se tão pouco científico quanto qualquer outra e - o que já é lugar-comum afirmar - suas ‘leis’, ‘tendências’ ou ‘previsões’ históricas jamais se cumpriram sequer remotamente” (idem, pg. 42).

Capitalismo - Sistema econômico baseado no livre empreendedorismo. É a palavra satânica por excelência ouvida da boca de comunistas e socialistas. Ainda que, a partir da Revolução Industrial, o capitalismo tenha tirado bilhões de seres humanos da miséria, até hoje é execrado pelos coletivistas como sendo a causa primeira de toda a pobreza existente no mundo. Para comprovar a superioridade do capitalismo em relação ao comunismo, basta citar o caso das Coreias, onde o Norte, hoje, é trinta vezes mais pobre que o capitalista Sul. O mesmo ocorreu na antiga Alemanha Oriental, comunista, das poluidoras fubicas Trabant. “Como o dinheiro simboliza a economia capitalista, que visa ao lucro, ele é um dos alvos favoritos da crítica socialista. Todos os males deste mundo vêm da luta pela posse do anel dos Nibelungos. O socialismo, portanto, deseja a devolução do ouro ao Reno. O socialismo, assim como se opõe à economia ‘livre’, também se opõe a seus alicerces: propriedade ‘livre’, ou seja, propriedade privada e contrato ‘livre’, ou seja, contrato de trabalho” (Sombart, apud MISES, 1987: 137). “É curioso constatar que nos Estados Unidos, país com frequência criticado por ser o templo do capitalismo, é onde existe o maior número de entidades assistenciais de caráter privado. Um em cada dois adultos americanos trabalha pelo menos três horas por semana como voluntário de serviços comunitários” (LINDENBERG, 1999: 188).

Capitalismo de compadres – O “fascismo alegre” brasileiro não criou, mas aprofundou o compadrio entre o governo federal e empresas. “Foi introduzida nos últimos dois anos uma política de favorecer com recursos públicos (via BNDES) grandes grupos empresariais, com intervenções agressivas, escolha de empresas campeãs e mudança de regras para favorecer determinadas área do setor público" (Pedro Cavalcanti em “’Capitalismo de compadres’ é criticado” - http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,capitalismo-de-compadres-e-criticado,642543,0.htm). Esse compadrio kamarada se estendeu também aos regimes bolivarianos das Américas e ditaduras africanas durante o governo do PT, onde foram construídas obras de infraestrutura por empresas brasileiras. Cfr. 20 obras que o PT, via BNDES, financiou no estrangeiro -  http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/pt-e-foro-de-sao-paulo-20-obras-que-o.html.

Capitalismo de Guanxi - A forte presença de uma burocracia estatal formada por funcionários do Partido Comunista Chinês (PCCh) criou deformações que levaram o sistema a ser chamado de “Capitalismo de Guanxi”, um mecanismo que favorece a corrupção.

Capitalismo de laços - Apesar do processo de privatizações iniciado pelo governo FHC, o estado brasileiro permanece no “centro nervoso econômico”, pois responde por quase 50% do PIB. Um exemplo é o BNDES, que em 2010 estava no capital de 90 empresas brasileiras. A mesma interferência ocorre com a Vale, cujos sócios incluem fundos de pensão, com vínculos governamentais. Sérgio Lazzarini batizou essa dinâmica de “capitalismo de laços” (revista Época, 02/12/2010, in “Sérgio Lazzarini: ‘O Estado não saiu da economia’”). “Em 2002, a participação do Estado no setor petroquímico era de 46%; hoje, está em 63%; nas termelétricas, pulou de 11% para 44%; na distribuição de combustíveis, de 24% para 32%. Os Correios vão assumir o Banco Postal e criar uma empresa aérea para transporte de carga doméstica e internacional. Em vez de privatizar o Banco do Estado de Santa Catarina, ele será absorvido pelo Banco do Brasil. O governo quer ter ainda o controle da produção, venda e exportação do etanol e criar uma superconcessionária de telefonia só de capital nacional em que tenha direito de voz, voto e veto” (AZEVEDO, 2008: 28-9).

Capitalismo manchesteriano - Refere-se ao capitalismo do início da Revolução Industrial, em Manchester, Grã-Bretanha, época em que havia superoferta de mão-de-obra decorrente do enorme fluxo das populações rurais para as cidades, ausência de leis trabalhistas, exploração da mão-de-obra, com salários baixíssimos, péssimas condições de trabalho (insalubridade) e de habitação. “A expressão ‘questão social’ foi utilizada para referir-se às condições precárias de trabalho, salário, saúde e habitação da classe operária, decorrente da Revolução Industrial em princípios do século 19” (LINDENBERG, 1999: 201).

Capitalismo organizado - Para os esquerdistas, já que o comunismo não deu certo, o capitalismo deve ser “organizado” à sua maneira, isto é, “sob o comando democrático de uma holding estatal e de um ‘Estado de bem-estar social’” (José Luís Fiori, in “O quebra-cabeça da esquerda (2)”, Correio Braziliense, de 20/06/2004, pg. 21).

Capitalismo selvagem - Durante cinco anos, o economista Ubiratan Iório, liberal clássico e professor da UERJ, escreveu para o Jornal do Brasil, semanalmente, sem receber um tostão. Durante o segundo governo do sucessor de FHC, Iório foi demitido e o JB contratou o avatar do mensalão petista, José Dirceu, que passou a escrever semanalmente, recebendo R$ 5.000,00 por cada texto. Nem por nada, o JB deixou de ser um jornal-papel em 2010, hoje é apenas um jornal virtual. Capitalismo selvagem é isso...

Capitanismo - Já tivemos o tenentismo, dos revoltosos “jovens turcos” tupiniquins. Recentemente, tivemos o capitanismo, movimento pauleira de militares “melancias” ligados a partidos de esquerda, que pregam a “democracia nos quartéis”, tentando dinamitar as pedras angulares do Exército: a disciplina e a hierarquia. Como disse o coronel JR Franco, em e-mail a mim dirigido, “se houvesse democracia no quartel, o cabo do rancho seria o comandante do Exército”. Um exemplo é o capitão do Exército Luis Fernando Ribeiro de Sousa, que foi candidato a deputado federal (RS) pelo PT em 2010, mas não se elegeu (www.capitaofernando.blogspot.com/). O Exército, para o Capitão Luís Fernando, não tem história e não é uma organização com passado, presente e futuro. É uma organização como outra qualquer, na qual ele e os demais que pensam como ele se encontram, não para manter as tradições e o espírito da Força, mas para ter expressão política: o movimento surgiu para fazer ‘Mudanças que poderiam melhorar as Forças Armadas, para que ela tenha (sic) papel importante só acontecem por meio de participação política. Qualquer coisa que a gente pode fazer passa pela via política. Precisamos de deputados e senadores para promover qualquer transformação. Assim começamos a nos organizar’” (in “A crise do Estado e o Capitanismo”, de Oliveiros S. Ferreira (http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/a-crise-do-estado-e-o-capitanismo-por.html). Veja Jovens Turcos.

Capivara - Ficha policial.

Carapintadas - Nacionalistas do Exército argentino que se rebelaram contra o Alto Comando e sua política de desmantelamento das Forças Armadas, sob a liderança do coronel Mohamed Ali Seineldin, em 03/12/1990. Seineldin foi condenado à prisão perpétua e o ex-major Hugo Abete, autor do livro “Por qué Rebeldé” (Por que me Rebelei), foi condenado a 18 anos de reclusão, na prisão de Campo de Mayo.

Caras-pintadas - Estudantes brasileiros que saíram às ruas, com as caras-de-pau-pintadas de verde e amarelo, para pedir o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. A bem-orquestrada manobra das esquerdas, iniciada com o “governo paralelo do PT” e a “campanha pela ética” de pau oco de Herbert José de Sousa, o “Betinho”, antigo pombo-correio Fidel-Brizola (dólares entregues no Uruguai), obteve pleno sucesso, pois o Congresso Nacional afastou Collor da presidência, embora mais tarde Collor fosse absolvido pelo STF. Na verdade, foi um golpe branco de Estado realizado pelo PT contra um governo democraticamente eleito. Os caras-de-pau-pintadas desapareceram quando houve o mensalão petralha (assim como a ABI e a OAB) e ninguém pediu o impeachment do sucessor de FHC, o verdadeiro Chefe do Mensalão. Este foi reeleito, apesar de ter liderado um governo mil vezes mais corrupto que o de Collor. Naquela altura, a cooptação lulofascista (“fascismo alegre”) já estava forjada, com a compra das consciências da mídia, da UNE, do MST, da CUT, das ONGs, da OAB, da CNBB, dos políticos e das organizações em geral, além de empresários (“capitalismo de compadres”), mediante farto dinheiro público.

Carasucias - Caras-sujas: englobava os argentinos pobres (em torno de 700 mil - dados de 1996) alimentados pela Caritas. Decorrência da desastrada situação econômica do país no segundo governo Menem, agravada pelo governo De La Rua.

Caravana da Morte - Em 1973, um mês após o contragolpe de Pinochet contra Allende, um grupo de militares teria percorrido o Chile e executado, sem julgamento, 75 opositores (terroristas comunistas). Informações de militares entregues ao Presidente Lagos incluem o paradeiro de 200 desaparecidos, dos quais 151 foram lançados ao mar, 20 enterrados no interior do Forte Arteaga, do Exército, 6 em Cuesta Barriga e o restante em fossas clandestinas. Um ex-agente da DINA, que sofria de doença terminal, confessou em uma declaração judicial que os corpos da maior parte dos detidos em campos de tortura, entre 1973 e 1978, eram lançados ao mar dentro de sacos atados a pedaços de trilhos de estrada-de-ferro; segundo o ex-agente, quem revisava as listas de condenados e decidia sua sorte era o próprio chefe da DINA, general Manuel Contreras, que foi condenado a 7 anos de prisão pelo envolvimento do assassinato do ex-chanceler chileno, Orlando Letelier.

Carbonário - Aquele que pertencia a uma sociedade secreta da Itália, na época das lutas pela independência. “Membro de qualquer sociedade secreta ou revolucionária” (Dicionário Aurélio). Savonarola, que atuou em Florença no século XV, e Giuseppe Garibaldi foram exemplos de carbonários.

Carecas do ABC - O mesmo que Skinheads (Carecas): grupo neonazista do ABC paulista, ataca principalmente nordestinos e homossexuais. No dia 14/02/2001, Juliano Filipini Sabino e José Nílson Pereira da Silva foram condenados a 21 anos de reclusão pela morte do homossexual Edson Néris da Silva, morto a pontapés, golpes de soco inglês e correntes de aço no dia 06/02/2000, no Centro de São Paulo, quando passeava de mãos dadas com Dario Pereira Neto.

Carlos, o Chacal - Apelido de Illyich Ramirez Sanchez, terrorista venezuelano internacional preso no Sudão em 1994 e entregue à Polícia francesa, onde cumpre prisão perpétua. Ingressou na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), em 1973. Participou de atentados terroristas junto com grupos palestinos, como o sequestro de 11 ministros da OPEP, em Viena, em 1975. Suspeita-se que Carlos tenha colaborado com os regimes da Líbia (Muammar al-Gadaffi), da Síria (Hafez al-Assad), do Iraque (Saddam Hussein), de Cuba (Fidel Castro), além das Brigadas Vermelhas (Itália), do M19 (Colômbia) de países do Leste europeu. Veja FPLP.

Carneiros de Panúrgio - A palavra “panúrgio” vem da obra Pantagruel, do escritor francês François Rabelais. Panúrgio fora injuriado por Dindenaut, vendedor de carneiros. Para vingar-se, Panúrgio comprou-lhe os carneiros mais bonitos e os jogou ao mar. Os demais, vendo isto, seguiram cegamente os primeiros, de modo que todo o rebanho pereceu nas águas. Dindenaut e seus ajudantes jogaram-se também ao mar na tentativa de salvar seus carneiros, mas também se afogaram” (Pr. Samuel Câmara, in https://boasnovas.tv/o-que-panurgio-pode-ensinar-ao-brasil/ - acesso em 01/11/2020). Nestes tempos de fake news e fake history, o que não falta são “carneiros” se injuriando uns aos outros, muitos seguindo em manada seu bandido de estimação, mesmo que esse os leve ao abismo.

Carta del Lavoro - Estabelecia as relações entre capital e trabalho na Itália, sob o Governo de Benito Mussolini, o “Duce”, criador do fascismo. Ao contrário do que se apregoa, a Carta del Lavoro foi de grande avanço na questão capital-trabalho, pois criou direitos do trabalhador, como férias e lazer, a participação nos lucros, os sindicatos e federações, a limitação da jornada de trabalho. A Carta del Lavoro teve influência no trabalhismo getulista.

Carta-rolha - Em novembro de 1956, após a condenação dos crimes de Stalin no XX Congresso do PCUS, através da “Carta aberta de Luiz Prestes aos comunistas”, a comissão executiva proibiu quaisquer tipos de ataques à União Soviética e ao PCUS.

Cartilha do Politicamente Correto - Trata-se da obra pauleira Politicamente Correto & Direitos Humanos, da Secretaria de Direitos Humanos do 1º governo do sucessor de FHC, organizada por Antônio Carlos Queiroz - acesse http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a_pdf_dht/cartilha_politicamente_correto.pdf.

Casa da Morte - Local em que militares do Centro de Informações do Exército (CIE) foram acusados de promover tortura, em Petrópolis, RJ. O coronel do Exército Freddie Perdigão Pereira é acusado de ser um dos envolvidos, além de participar do Grupo Secreto. O general Newton Cruz afirmou que Freddie teria lhe falado sobre o Caso Riocentro antes de ele ocorrer. No livro Memórias de uma Guerra Suja, Claudio Guerra afirmou que levou da “Casa da Morte” alguns cadáveres para serem incinerados nos fornos da usina de Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, RJ. “Para driblar o precário controle dos comandantes ou mesmo agir sem prestar contas, ainda que formalmente, ao sistema de repressão, muitas equipes de tortura tinham centros clandestinos. Se, num primeiro momento, o regime fazia prisioneiros entre aqueles envolvidos na luta armada ou forjava incidentes e fugas para justificar as mortes sob tortura, a partir de 1971 incrementou-se outra solução: o desaparecimento. Para o sistema repressivo, essa solução tinha a vantagem de desorganizar o governo e as autoridades como um todo de qualquer informação oficial sobre o militante desaparecido. Oficialmente, nem preso nem morto” (NAPOLITANO, 2014: 135). Inês Etienne Romeu, pertencente ao grupo terrorista VAR-Palmares, que faleceu de causas naturais em 2015, foi a única sobrevivente da “Casa da Morte”. Ela prestou depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 25/03/2014, reconhecendo 6 torturadores. O sargento Waneir Pinheiro de Lima está sendo processado por sequestrar, estuprar e manter Inês em cárcere privado. Numa prolongada reunião em Petrópolis (ou Teresópolis, retirado do Orvil), o sargento Darcy querendo estuprar a ..., foi ‘salva’ pelo Beto. Ela dava pra todo mundo e o Darcy também tinha direito. O Capitão médico do EB que a atendeu quando foi presa ficou horrorizado com a brutal gonorreia que ela portava: confessou que nunca tinha visto coisa igual. Será que consta da ficha médica? São coisas que é bom saber” (Coronel Lício Maciel, em e-mail a mim enviado em 12 May 2011 17:15:48). Segundo o Coronel Lício Maciel, não se trata de Inês. O nome foi omitido nesta obra para preservar a identidade da presa, que ainda está viva. “As mulheres engajadas na luta armada eram as piores que existiam, as mais perversas, pegavam os jovens pelo sexo” (Coronel Godofredo de Araújo Neves, HOE/1964, Tomo 7, pg. 173).

Casamento gay - É coisa que não existe, pois o casamento, tido por sacramento em todas as religiões, é realizado apenas entre um casal, que é o par formado por um macho e uma fêmea. O correto é falar em “união estável de homossexuais”, o que foi decidido pelo STF em 2011 - ainda que em assalto às atribuições do Poder Legislativo, a quem compete elaborar as leis.

Casas de Protocolo - Mansões secretas de Cuba, para onde Fidel levava guerrilheiros ilustres, como os irmãos Ortega, Daniel e Humberto, da Nicarágua. Em Cuba, tudo é gravado - até a vida de ministros, generais e guarda-costas de Fidel. “Quando o Estado cubano convida personalidades estrangeiras, como acontece com frequência, é fácil alojá-los num desses quartos especiais, depois filmar seus encontros com alguma prostituta chamada pelo G2. O regime dispõe então de uma poderosa ferramenta de chantagem, principalmente quando o parceiro sexual é menor de idade ou do mesmo sexo, mesmo quando o alvo é um homem casado” (SÁNCHEZ, 2014: 143). Essas arapucas são montadas contra os estrangeiros em hotéis, como Habana Libre, Riviera, Nacional ou Cohiba - além das famosas “casas de protocolo”.

Caso Celso Daniel - O assassinato do prefeito de Santo André, Celso Augusto Daniel, em 18/01/2002, em Juquitiba, SP, foi seguido de assassinatos em série (serial killing), até hoje não explicados pela polícia, nem pelo PT. Consta do “dossiê” elaborado pelo Coronel Roberto Monteiro de Oliveira:

“- 1º Assassinato: do prefeito de Santo André, Celso Augusto Daniel que foi sequestrado por um bando, torturado e DEPOIS assassinado com requintes de perversidade porque, segundo se supõe, “admitia apenas corrupção altruísta”, pois a favor do candidato do PT a Presidente (o Sr. LULA), que consistia em desviar por meio de expedientes ilegais vários, verbas municipais para engrossar o Caixa 2 do PT nacional, a fim de viabilizar financeiramente a eleição do Sr. LULA em 2002. E o móvel do primeiro assassinato teria sido recuperar um “dossiê” que o prefeito já havia preparado sobre alguns dos seus cúmplices nessa tarefa “altruística”, que estavam se apropriando de uma parte das importâncias recebidas como propina e/ou desviadas de pagamentos superfaturados. Hoje, já está confirmado que esse tipo de irregularidades existia na Prefeitura de Santo André e também em outras prefeituras do PT, entre as quais Ribeirão Preto, quando o prefeito era o trotskista Sr. Antônio Palocci; em Campinas, antes da posse do novo prefeito, o Sr. Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, (este também assassinado); em Matão, em Londrina, em São Paulo e, talvez, em outras prefeituras governadas pelo PT. Considerando-se as circunstâncias que caracterizaram o assassinato de Celso Daniel – face à brutalidade com que agiram os meliantes durante o seu arresto (fato comprovado por várias testemunhas); e pelas múltiplas e bárbaras torturas a que ele foi COMPROVADAMENTE submetido antes de ser morto; e, devido aos crudelíssimos detalhes da morte que lhe infringiram, é lícito concluir que Celso foi assassinado -- por ÓBVIO -- para NÃO revelar as “corrupções altruísticas” utilizadas pelo PT para financiar a eleição do candidato LULA; e as outras SEIS vítimas que a ele se seguiram, foram – pela simples lógica - “queima de arquivo”, visando encobrir os mandantes, executores, e cúmplices do sequestro e assassinato de Celso Daniel, pessoas ligadas de alguma forma – direta ou indireta -- à Prefeitura de Santo André e/ou ao PT nacional.

- 2º Assassinato: do preso Dionísio Aquino Severo, o “Monstro”, que fora resgatado de um presídio em Guarulhos, por um helicóptero, em verdadeira operação rocambolesca (*), dois dias antes do sequestro de Celso Daniel, para chefiá-lo; fato confirmado por depoimentos ao Ministério Público, que também já havia descoberto que os guardas da muralha do presídio foram subornados por R$ 150 mil para não atirarem no helicóptero. Quanto ao Prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, também do PT, foi assassinado em 10/09/2001, ainda no 1º ano do seu 1º mandato, por que – como se supõe -- não concordara com a “corrupção altruística” que herdara do seu antecessor. “O Ministério Público já descobriu que os guardas da muralha do presídio foram subornados com R$ 150 mil para não atirar no helicóptero”. – Entrevista de Evaldo Rui Vicentini; e “Nas entranhas do PT” (por Breno Fortes in Correio Braziliense - 8/12/2005) (NR: o PT tentou apresentar Ivan Rodrigues da Silva, como chefe da quadrilha; mas ficou provado que o “Monstro” era Dionísio); ver também in OESP - Fausto Macedo, em 02/09/2005. O “Monstro” foi recapturado poucos dias depois do assassinato do Prefeito (sic); mas foi morto golpeado cem vezes por um estilete, dentro da prisão do Belém, zona leste de São Paulo, em 10/04/2002, ainda no Governo FHC, antes de prestar qualquer depoimento. Dois dias antes, ele avisara que contaria em juízo tudo sobre a execução de Daniel. A polícia nunca conseguiu identificar o matador de Severo.

- 3º Assassinato: - de Antônio Palácio, que morreu em fevereiro de 2003, num acidente de moto, quando era perseguido por dois homens. Ele fora o garçom do restaurante “Rubayat” que, na noite do sequestro, servira o jantar a Celso Daniel e a seu acompanhante, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra (este, um auxiliar importante e suposto ‘amigo de confiança’ do Prefeito de Santo André).

- 4º Assassinato: de Paulo Henrique Brito, que havia assistido a morte do garçom Antônio Palácio que atendera a Celso e Sérgio Sombra na noite do sequestro, e que foi morto com um tiro pelas costas também em fevereiro de 2003.

- 5º Assassinato: de Otávio Mercier, investigador de polícia, que havia falado com Dionísio Severo, (o chefe da quadrilha) ANTES da sua fuga do presídio de Guarulhos e que foi assassinado em julho de 2003.

- 6º Assassinato: de Manoel Sérgio Estevam, que havia hospedado Dionísio (o chefe da quadrilha) logo depois do crime, e que foi assassinado a tiros em setembro de 2003.

- 7º Assassinato: de Iran Moraes Redua, o sitiante que foi o primeiro a identificar o corpo do prefeito na estrada de Juquitiba, e que foi assassinado com dois tiros em dezembro de 2003.

- 8º provável Assassinato: do Dr. Carlos Delmonte Printes, o legista que fizera a autópsia no corpo de Celso Daniel e que havia afirmado CATEGORICAMENTE que Celso Daniel fora barbaramente torturado. O legista Delmonte foi encontrado morto em outubro de 2005 em seu escritório, poucos dias ANTES de prestar depoimento na CPI ‘dos Bingos’.”

Leia o dossiê completo sobre o Assassinato de Celso Daniel, de autoria do coronel Roberto Monteiro de Oliveira, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/o-assassinato-de-celso-daniel-por.html.

    Veja o que disse Gilberto Carvalho, o “viúvo funcional” de Celso Daniel, em verdadeiro sincericídio, provando como funciona a ética petista dos dólares na cueca: “Veja, Tuma, o quanto fui injustiçado no caso Celso Daniel. Não aceito essa injustiça até hoje. Imagina você que eu era o braço direito do Celso, seu homem de confiança. Quando saiu aquela história de que havia desvios na prefeitura, eu, na maior boa-fé, procurei a família dele para levar conforto. Fui dizer a eles que o Celso nunca desviou um centavo para o bolso dele, e que todo o recurso que arrecadávamos eu levava para o Zé Dirceu, pois era para ajudar o partido nas eleições” (TUMA JUNIOR, 2013: 489).     Veja Gestapo do PT.

    Caso Dreyfus - Capitão francês, de origem judia, foi acusado de traição à pátria e condenado ao exílio na Guiana Francesa. O culpado, na verdade, era um oficial francês de origem húngara, o major Charles Ferdinand Walsin Esterházy, que vendia segredos de estado ao embaixador alemão em Paris. Em artigo famoso, “J’accuse” (jornal L’Aurore, de 13/01/1898), Emile Zola conseguiu mobilizar a opinião pública para a absolvição de Dreyfus, que foi reconduzido à sua carreira militar. No mesmo ano, foi assinado o Manifesto dos Intelectuais, assinado por Emile Zola, Anatole France, Marcel Proust e Leon Blum, em apoio ao texto J’Accuse. O termo “intelectual” foi batizado por Georges Clemenceau. Anteriormente, Rui Barbosa já havia se manifestado pela libertação de Dreyfus. O judeu Teodoro Herzl passou a defender o Sionismo a partir do processo do capitão Dreyfus, quando pôde perceber o ódio que existia na Europa contra os judeus. Assim, em 1897, Herzl presidiu o 1º Congresso Sionista Mundial, na Basileia, Suíça, marco inicial para o “retorno” de judeus à Palestina, que culminou na criação do Estado de Israel, em 1948.

    Caso Lockerbie - Ataque terrorista contra um avião da Pan Am (Boeing 747), ocorrido nos céus da Escócia (Lockerbie), em 21/12/1988, quando morreram 259 pessoas a bordo e 11 em terra. A suspeita recaiu logo de início sobre a Líbia, de Muammar al-Gaddafi, o que ocasionou de imediato um embargo econômico contra aquele país. O agente secreto líbio, Abdel Basset al-Megrahi, foi condenado à prisão perpétua doze anos depois do atentado.

    Caso PARASAR - A imprensa esquerdista afirma que o brigadeiro João Paulo Moreira Burnier conspirou para explodir o Gasômetro do Rio de Janeiro, para depois colocar a culpa na esquerda, o que teria sido evitado pela denúncia do capitão Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o “Sérgio Macaco”. O próprio capitão Sérgio, mais tarde, desmentiu sua versão fantasiosa (o brigadeiro Burnier morava ao lado do Gasômetro) em um inquérito oficial que ninguém da imprensa quer divulgar até hoje - exceto o jornal O Estado de S. Paulo. As funções do PARASAR foram definidas por Portaria assinada durante o governo João Goulart: prestar socorro a vítimas de acidentes aeronáuticos, assegurar a sobrevivência e o resgate de aeronaves acidentadas, executar missões especiais. Jacob Gorender, em seu livro Combate nas Trevas, afirma que “o brigadeiro João Paulo Burnier havia ordenado em abril, a um grupo de 40 homens do PARASAR (unidade de busca e salvamento da Aeronáutica) a execução de um plano de terrorismo em vasta escala. O capitão intendente Sérgio Miranda de Carvalho recusou-se a obedecer às ordens do brigadeiro Burnier, chefe do gabinete do Ministro da Aeronáutica Márcio de Souza e Mello. A posição do capitão intendente, apoiado por colegas, frustrou o plano terrorista, mas lhe custou a reforma e afastamento definitivo da Força Aérea, em 1969”. Na verdade, a única “missão especial” do PARASAR foi fazer um policiamento preventivo, composto por 14 homens, chefiado pelo então major Gil Lessa de Carvalho, no dia 04/04/1968, no Rio de Janeiro, naquele agitado ano da “revolução estudantil”. A verdadeira história foi contada, na imprensa, apenas pelo jornal O Estado de S. Paulo, em 20/10/1985, assinada pelo jornalista Flávio Galvão, que assim se refere àquela mentira: “Da mesma natureza que as estórias do Monstro do Loch Nes e do Abominável Homem das Neves, frutos exclusivamente dos delírios da imaginação, o impropriamente chamado ‘Caso PARASAR’ desde 1968 frequenta as colunas de jornais e revistas brasileiras, periodicamente, nos momentos em que escasseiam os assuntos do gosto do público ávido de sensacionalismo barato, ou então de efervescência política, como o atual, em que abundam os pescadores de águas turvas”. O Estadão fez outras reportagens sobre o assunto, nas edições de 05/10/1968 e 12/03/1978. Leia “O caso PARASAR como fenômeno de desestabilização da memória”, de Maria Manuela Alves Maia, em https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019-01/1548772189_476046cb801a5ac7283bdf80b0f112e2.pdf. Entrevista do brigadeiro Burnier ao CPDOC/FGV pode ser conferido em http://www.fgv.br/cpdoc/historal/arq/entrevista633.pdf.  

    Caso Riocentro - O que a esquerda chama de “Atentado do Riocentro” foi na verdade um “acidente de serviço” de militares da linha dura, pertencentes ao Grupo Secreto. Não se sabe o que planejavam, mas poderiam ter provocado um atentado terrorista de enorme proporção devido ao grande ajuntamento de pessoas no local. “Na noite de 30 de abril de 1981, durante um show de música popular para 20 mil jovens, uma bomba explode dentro de um automóvel que manobrava no estacionamento do Riocentro, na Barra da Tijuca. Morto no seu interior o Sargento Guilherme Pereira do Rosário; gravemente ferido abandona o veículo semidestruído o Capitão Wilson Luís Chaves Machado, ambos do Destacamento de Operações de Informações do 1º Exército sediado no Rio de Janeiro. Minutos depois outra bomba, mais poderosa, é lançada e explode próximo à casa de força do Riocentro. Como não atinge o seu alvo, não provoca a escuridão geral que certamente ocasionaria o pânico no recinto fechado do show, com consequências fáceis de se imaginar” (GRAEL, 1985: 81-82). Vinte e cinco minutos depois da explosão, o capitão Machado foi levado ao hospital pela neta do senador Tancredo Neves, Andréa Neves da Cunha, que chegava ao show com o noivo Sérgio Valle. O capitão foi levado ao Hospital Lourenço Jorge, depois ao Hospital Miguel Couto. O perito Humberto Guimarães (“Cauby”) disse aos repórteres que foram recolhidas outras 2 bombas no interior do Puma (placa OT-0279), uma delas destruída pela polícia. Já no dia 1º de maio, por volta de 1 hora da madrugada, um homem dizendo pertencer ao “Comando Delta” telefonou para vários jornais, assumindo a autoria das explosões no Riocentro. Às 2 h da madrugada, o corpo do sargento Rosário foi levado para o IML e em seu corpo são encontradas peças de um mecanismo de relógio. Fotos mostrando o estado do Puma e o arrancamento das vísceras do sargento comprovam que ele manuseava uma bomba por ocasião da explosão, provavelmente em cima da perna direita. Pela manhã, o general Waldyr Muniz, Secretário de Segurança Pública fluminense, em entrevista, afirmou que os dois militares foram vítimas de atentado e que os “terroristas fugiram em três carros”. À tarde, o general Gentil Marcondes Filho, comandante do I Exército, e o coronel Job Lorena de Sant’Anna compareceram ao enterro do sargento Rosário - com honras de herói - e ajudaram a carregar o ataúde. O general Gentil nomeou o coronel Luís Antônio Ribeiro Prado presidente do IPM, para apurar as explosões no Riocentro. Cinco dias antes do prazo para conclusão do IPM, o coronel Prado renunciou por “motivos de saúde” e foi substituído pelo coronel Job. Na verdade, o Cel Prado não concordou em levar a farsa adiante. No dia 30 de junho, o Cel Job apresentou o resultado de suas investigações à imprensa, afirmando que os militares “foram vítimas de um atentado e a bomba havia sido feita com um quinto de uma lata de 2,5 litros de óleo Havoline e colocada entre a porta e o banco direito do Puma”. Devido ao embuste que foi o Inquérito, que tentou colocar a culpa em militantes da esquerda, o general Golbery do Couto e Silva, devido às resistências dentro do próprio SNI para punir os responsáveis pelo episódio, afirmou que havia criado um “monstro” - o SNI - e entregou o cargo de chefe do Gabinete Civil. Muitos afirmam que, devido à falta de vontade do governo Federal em punir os militares envolvidos, o governo Figueiredo acabou prematuramente junto com o episódio do Riocentro. “Cinelli [Léo Frederico Cinelli] foi denunciado por Figueiredo como o idealizador do atentado do Riocentro” (NOSSA, 2012: 239). O marceneiro Hilário Corrales, amigo do general Camilo Borges de Castro (acusados de pertencerem ao Grupo Secreto), teria montado a bomba manuseada pelo sargento Rosário, o “agente Wagner” do DOI do 1º Exército (Cfr. “Linha direta com o terror”, O Globo, 24/04/2011). Antes do caso Riocentro, nos anos de 1980 e 1981, durante 16 meses, houve 40 atentados terroristas contra órgãos que faziam oposição ao governo Figueiredo, com a morte da secretária Lida Monteiro da Silva na sede da OAB/RJ. Nenhum desses atentados foi elucidado. “Em 2 de julho [1980], o jurista Dalmo Dallari, presidente da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, foi sequestrado e esfaqueado” (VILLA, 2014: 279). Segundo o coronel Sebastião Curió, agentes do Estado também foram mortos por quem não aceitava a volta da democracia: “‘Na época de Serra Pelada fui contra muita coisa. Estava indo do garimpo para Marabá quando o avião deu problema. O plano era seguir para Brasília, uma viagem longa, só que resolvi passar em Marabá. O avião estava baixo, foi a minha sorte. A tampa do óleo estava aberta. Quiseram me eliminar. Mataram outros. O Ivan foi morto no Rio. Falou demais’. Ivan, codinome do agente Joaquim Artur Lopes de Souza, foi assassinado no Rio de Janeiro, anos depois da guerrilha, a pauladas” (NOSSA, 2012: 24). Leia “Caso Riocentro” em http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2014/07/caso-riocentro-33-anos-depois.html.

    Catecismo Anticomunista - De autoria de Dom Geraldo de Proença Sigaud, teve sucesso na década de 1960. Disponível em http://www.sacralidade.com/igreja2010/0314.catecismo_anticomunista.html e https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/catecismo-anticomunista-dom-geraldo-de.html.

    Catecismo Revolucionário, O - Manual anarcoterrorista de Mikhail Bakunin e Sergei Netchaiev, descreve os pontos fundamentais da organização terrorista revolucionária. O Catecismo Revolucionário é “um repositório doutrinário escrito em letras de sangue e hoje considerado a bíblia das organizações terroristas” (PONTES, 2003: 46). Em 26 itens, dentro de 4 capítulos, O Catecismo Revolucionário prega, entre outras, as seguintes ações: “Propõe a destruição da ordem vigente e descreve os pontos fundamentais da organização terrorista, a ser formada por células secretas e composta por indivíduos prontos para o sacrifício da revolução. Defende a infiltração no aparelho do Estado, para melhor miná-lo, e a promoção do descontentamento entre as massas, a fim de provocar a desagregação geral da sociedade. Elege a mentira, a traição e a ausência de sentimento moral como conduta prática para atingir seus objetivos” (idem, pg. 47). “O revolucionário é um homem que faz o sacrifício de sua vida. Não tem interesses particulares, nem sentimentos, nem propriedade, nem mesmo nome. Nele tudo está absorvido por um só pensamento: a revolução. No mais profundo do seu ser ele quebrou todo o laço com a ordem burguesa e o conjunto do mundo civilizado, assim como leis, tradição e costumes que têm lugar nesta sociedade. É seu inimigo implacável e se aí continua a viver é para melhor destruí-la” (idem, pg. 47). “O revolucionário tem desprezo pela opinião pública e ódio pela moral social atual e suas diretivas. Para ele, o que é moral é o que é favorável ao triunfo da revolução, o que é imoral e criminoso é o que a contraria” (idem, pg. 48). “É necessário que o militante, duro para com ele próprio, o seja também para os outros. Todos os sentimentos que nascem da família, da amizade, do amor ou do reconhecimento devem ser sufocados nele pela única e fria paixão da obra revolucionária” (idem, pg. 48). “Todas as vezes que um camarada se encontra em perigo, o revolucionário, para saber se deve ou não o salvar, não tem que consultar seu sentimento pessoal, mas só o interesse da causa: deve pensar na utilidade que tem o seu camarada e no dispêndio de forças que exigirá sua libertação, e agir no sentido para onde pende a balança” (idem, pg. 48). “O revolucionário penetra no mundo do Estado e no meio que se pretende civilizado com o objetivo de destruí-los. Não deve recuar, trata-se de destruir instituições e indivíduos, pois ao revolucionário é necessário odiar tudo e todos” (idem, pg. 48-9). “O militante deve viver no seio da sociedade, em vista de sua implacável destruição, e dar a ilusão de ser totalmente diferente do que de fato é. Deve entrar na alta sociedade, na classe média, no comércio, no clero, no mundo dos funcionários, militares e escritores, na polícia e nos palácios governamentais. Toda essa sociedade ignóbil divide-se em duas categorias: a dos que devem ser liquidados sem demora, e a dos que devem ser manipulados. Devem-se fazer listas dos condenados e classificá-los tendo em conta o interesse da obra revolucionária. Mas é necessário aniquilar primeiro os indivíduos mais perigosos para a organização e aqueles cuja morte violenta é mais indicada para assustar o governo e enfraquecer a sua força, privando-o dos seus funcionários mais enérgicos e capazes” (idem, pg. 49). “É necessário explorar as mulheres, que convém dividir em três classes: a das mulheres superficiais, sem espírito e sem coração, que se deve servir delas do mesmo modo como dos homens de quarta categoria; a das mulheres inteligentes e apaixonadas, prontas a dedicarem-se, que não estão nas nossas fileiras porque ainda não chegaram à inteligência revolucionária; e as mulheres que estão conosco, totalmente integradas no nosso programa. Devemos considerá-las como nosso tesouro, e sua ajuda é indispensável em todos os nossos empreendimentos” (idem, pg. 50). O Catecismo teve grande influência sobre intelectuais russos devido ao regime repressivo czarista, sem liberdade de expressão. Em 1869, Dostoiévski toma conhecimento do “Caso Netchaiev”, com a execução de Ivanov, e começou a elaborar a obra Os Demônios. Toda a esquerda mundial e Osama bin Laden (antes de virar refeição de peixe) assinam embaixo dessa obra de pau revolucionária. Posteriormente, Jacques Ellul viria a escrever Les Nouveaux Possedés (em inglês The New Demons - Os Novos Demônios). “Em Os Novos Possessos ele descreve as várias religiões travestidas contemporâneas fazendo uso de um esquema geométrico, segundo o qual ‘a esfera moderna do sacral ordena-se ao redor de dois eixos, cada um com dois polos, um polo envolvendo respeito e ordem, o outro sua transgressão. O primeiro eixo de oposições é aquele que afirma a polaridade: Técnica/Sexo. O segundo é representado pela dualidade: Nação-Estado/Revolução. Estes são os quatro fatores de nossa moderna sociedade. Toda a representação do sacral sempre esteve organizada em pares opostos, a mesma estrutura se mantém nos tempos presentes’” (SILVA, 1985: 57).

    Católicas pelo Direito de Decidir - ONG de pau atuante em países onde a interrupção da gravidez (aborto) é punida com a prisão. Contra a doutrina da Igreja Católica, que não admite o direito de matar, a ONG ao menos deveria mudar de nome (que tal “Diabólicas pelo Direito de Matar? - http://blogsemmascara.blogspot.com/2009/04/diabolicas-pelo-direito-de-matar.html), por emitir uma propaganda enganosa, criando cisão dentro da Igreja. O nome da ONG não passa de uma expressão logomáquica defensiva para a legitimação do assassinato do nascituro, do ser humano ainda se desenvolvendo no útero.

    Causa Justa - Segundo o Corão, o muçulmano não deve matar um ser humano, a não ser por uma “causa justa”. A mesma expressão de pau foi utilizada pelos EUA (Just Cause Operation), em 1989, quando invadiram o Panamá, ocasião em que morreram 4.000 civis inocentes.

    Cavalaria polonesa - Tropa de elite da Polônia, não sofreu transformação e se converteu em presa fácil durante a I Guerra Mundial. “Cavalaria polonesa” passou a significar algo estático, ultrapassado, “mais do mesmo”, principalmente por não acompanhar as mudanças surgidas com a alta tecnologia da era do conhecimento. O filme “Cavalo de Guerra” (2011), dirigido por Steven Spielberg, retrata magnificamente o assunto.

    Cavaleiro da Esperança - É como Jorge Amado se referiu a Luiz Carlos Prestes, que participou da Coluna Miguel Costa-Prestes e foi um dos mentores da Intentona Comunista de 1935, quando pretendeu comunizar o Brasil a partir das ordens de Moscou. No livro “Os Camaradas”, de William Waack, com pesquisas nos arquivos de Moscou, está registrado que Prestes recebia salário de Moscou para promover a Intentona. “Desde a criação do Partido Comunista, começou a ininterrupta pressão do Movimento Comunista Internacional (MCI) sobre o Brasil; é a velha teoria do dominó: se o Brasil caísse, cairia o resto. Sobreveio a Coluna Prestes e, depois, a Revolução de 1930. Luís Carlos Prestes, com a dissolução da Coluna, se exilou na Argentina e se negou a participar da Revolução de 1930, porque julgou-a burguesa, tendo declarado, pela primeira vez, que tomava a linha do comunismo. A essa altura, conta a história que Oswaldo Aranha já lhe tinha enviado oitenta mil dólares. Da Argentina, Prestes foi para a Rússia, onde passou bastante tempo; aquele dinheiro foi um dos recursos que financiaram, mais adiante, a Intentona Comunista de 1935” (Coronel Gabriel Antônio Duarte Ribeiro, HOE/1964, Tomo 6, pg. 80-81). Veja Coluna Prestes.

    Cavaleiros da Camélia Branca - Sociedade secreta surgida após a Guerra Civil Americana (1861-1865), que empregava a violência para perseguir os negros e defender a segregação racial, a exemplo da Ku Klux Klan, surgida no mesmo período.

    Cavalo-de-troia vermelho - “Os investigadores [do IPES] não tardaram a descobrir um cavalo-de-troia vermelho, de dimensões bem mais assustadoras do que alguém imaginava. Muitos comunistas disfarçados, ‘plantados’ em ministérios e órgãos governamentais anos antes, tinham conseguido alçar-se até postos-chaves na administração federal. A maioria dos ministérios e repartições estavam guarnecidos de comunistas e simpatizantes a serviço das metas de Moscou” (Clarence W. Hall, in “A nação que se salvou a si mesma”, Reader’s Digest, novembro de 1964). Cfr. texto completo em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/a-nacao-que-salvou-si-mesma-historia.html.

    CAWW - Centro Acadêmico Woodrow Wilson. Fundado em 1968 pelo Congresso dos EUA, “para dedicar-se ao estudo, investigação e documentação referentes à política externa norte-americana com objetivos hegemônicos. Em 1977, o CAWW estabeleceu um programa especial destinado especificamente a estudos latino-americanos, encargo para o qual passou a contar então com o financiamento de entidades não governamentais e/ou privadas dos EUA, entre as quais as Fundações Ford, Mellon e Rockefeller, o Banco Mundial e várias transnacionais norte-americanas. Este programa especial deu origem à ONG Diálogo Interamericano” (ASMIR-PR, Curitiba, 08/12/2000).

    Caxemira - Território montanhoso, de cerca de 220 mil km2, compartilhada pela Índia (cerca de 100 mil km2), Paquistão (cerca de 80 mil km2) e China (cerca de 40 mil km2). Com 2/3 de sua população muçulmana, seus integrantes reivindicam sua independência ou sua anexação ao Paquistão.

    Cayo Piedra - As “Ilhas de Fidel” foram reveladas no livro “A vida secreta de Fidel” (http://dagobah.com.br/wp-content/uploads/2016/12/A-vida-secreta-de-fidel-Juan-Reinaldo-Sanchez.pdf), de Juan Reinaldo Sánchez e Axel Gyldén. Era onde Fidel passava as férias e viajava com amigos ilustres, como Ted Turner, antigo dono da CNN, e o escritor Gabriel García Marques, a bordo do iate Aquarama, de 90 pés de comprimento (27,5 m), escoltado pelas lanchas de 55 pés Pionera I e Pionera II. Além das ilhas de Cayo Piedra, Fidel possuía mais de 20 propriedades distribuídas por toda Cuba: imensa propriedade de Punto Cero em Havana (perto das embaixadas); La Caleta de Rosario (também abriga uma marina, na Baía dos Porcos); La Deseada (chalé em Pinar del Río, para caça de patos e aves aquáticas no inverno); etc.

    CBA - Comitê Brasileiro pela Anistia. Lançado em 1978, fazia internamente o que a Frente Brasileira de Informações (FBI) desempenhava no exterior, versando sobre assuntos como anistia, direitos humanos, tortura, liberdades democráticas, órgãos de repressão, estado de direito etc. Veja FBI.

    CBMA - Campanha pelo banimento das minas antipessoais. Veja Minas.

    CCC - Comandos de Caça aos Comunistas: surgiram nas principais Faculdades de Direito das principais cidades do Brasil e na Universidade Mackenzie de São Paulo, como reação à subversão esquerdista da Ação Popular (AP) e da UNE no meio estudantil. Durante a ocupação da USP da rua Maria Antônia, em São Paulo, “professores como Otaiano Helene e Fernando Henrique Cardoso, e os artistas Gianfrancesco Guarnieri, José Wilker e Chico Buarque, por meio de coletas em portas de cinemas e teatros, ajudaram a arrecadar dinheiro para o movimento. Intelectuais estrangeiros, como o cineasta cubano Alfredo Guevara, chegavam para conhecer a ocupação, que ganhava as páginas de jornais internacionais” (CABRAL, 2013: 43). “O soldado da Força Pública, Paulo Ribeiro Nunes, e o estudante do Mackenzie, João Parisi Filho, membro do CCC, descobertos enquanto se passavam por militantes do movimento estudantil, foram levados vendados ao Conjunto Residencial da USP, o Crusp, onde os apartamentos 109, 110 e 111 do bloco G eram utilizados como uma ‘delegacia informal’ da turma de Dirceu. Lá, foram interrogados e mantidos em cárcere privado. Nunes seria libertado no primeiro dia. (...) ... segundo relato do delegado do Dops Alcides Cintra Bueno Filho, em documento de 18 de agosto de 1970: ‘Por determinação do ex-líder estudantil José Dirceu de Oliveira e Silva concretizou-se o sequestro do então universitário João Parisi Filho, da Universidade Mackenzie de São Paulo, onde permaneceu em cárcere privado por vários dias, submetido a sevícias” (CABRAL, 2013: 43-44). Dirceu seria condenado pelo STM a 18 meses de prisão; foragido, não chegou a cumprir pena. O Crusp, além de “delegacia”, servia como paiol: a polícia encontrou no Apto 611 “uma espingarda Winchester 44, uma espingarda Colt calibre 36, uma espingarda Boston calibre 36 de cano duplo, um rifle calibre 22, uma espingarda Browning de repetição, dois facões, uma adaga, um punhal, uma pistola Steyr .765, um revólver calibre 32, uma granada, uma caixa de balas, 350 cartuchos de calibre 22, cinco metros de estopim, dois cartuchos de pólvora, uma caixa de espoleta, dois estilingues, um morteiro, dezesseis coquetéis molotov e uma lata de querosene. Mais de 2 mil livros considerados subversivos foram apreendidos nos apartamentos” (CABRAL, 2013: 45). Leia “Ensaios de Terrorismo: História oral da atuação do CCC”, de Gustavo Esteves Lopes, em http://www.editorapontocom.com.br/livro/26/26-ensaios-de-terrorismo.pdf.

    CCAL - Casa da Cultura da América Latina: a favor da Revolução Cubana.

    CCI - Corte Criminal Internacional: tribunal globalizado, acalentado pela ONU, por vários países e pelas ONGs; adeus autodeterminação dos povos!

    CCCP - Soiús Sovietskii Sozialistscheskii Respublik (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas - URSS).

    CCR - Coriell Cell Repositories: instituição norte-americana acusada de estar distribuindo amostras de DNA (código genético) de índios brasileiros.

    CCRI - Comitê Clandestino Revolucionário Indígena: órgão máximo do EZLN (México). Organizou o “I Encontro Intercontinental pela Humanidade e contra o Neoliberalismo”, em Chiapas, México, de 27/07 a 03/08/1996.

    CDLR - Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos: organização islâmica estabelecida em Londres, é “o maior e mais bem-organizado grupo de oposição islamita saudita e desfruta de acesso à elite saudita no Ocidente e em sua pátria” (BODANSKY, 2002: 194). No início dos anos de 1990, mostrava-se um movimento islamita “modernista”, para criar uma imagem de “moderado” no Ocidente. Porém, após a divulgação da palestra do xeque Salman bin Fahd al-Udah (“A Arte da Morte” - teve a importância de uma fatwa, convocando ao sacrifício da vida humana), este foi preso na Arábia Saudita em setembro de 1994 e o CDLR passou a defender a derrubada do governo em Riad através da luta armada.

    CDN - Conselho de Defesa Nacional: criado pelo Decreto n.º 17.999, de 29/11/1927, é o embrião da atividade de Inteligência no Brasil. Em 06/09/1946 foi criado o Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI) pelo Decreto-Lei 9.775-a. Em 13/06/1964 foi extinto o SFICI e criado o Serviço Nacional de Informações (SNI), conforme Lei n.º 4.341. Durante os anos de 1964 a 1985, os governos militares organizaram as atividades de Informações mediante a definição de um ordenamento jurídico peculiar, a composição de um Sistema Central e de Subsistemas Setoriais, a criação da Escola Nacional de Informações (EsNI) e a formulação de uma doutrina de caráter nacional. Em 1990 o Governo Collor extinguiu o SNI, criando a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que contava com o Departamento de Inteligência, com o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (CEFARH) e com Agências Regionais. No Governo Itamar Franco criou-se a Subsecretaria de Inteligência (SSI), no âmbito da SAE. No Governo Fernando Henrique Cardoso, de acordo com a medida provisória n.º 813, de 01/01/1995, foi o “Poder Executivo autorizado a criar a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), autarquia federal vinculada à Presidência da República, com a finalidade de planejar e executar as atividades de natureza permanente ligadas ao levantamento, coleta e análise de Informações estratégicas, planejar e executar atividades de Contrainformação e exercer atividades de natureza sigilosa necessárias à segurança do Estado e da sociedade.” A partir de abril de 1996, a SSI passou a vincular-se à Casa Militar da Presidência da República; nesse tempo, estudos e ações foram desenvolvidos, resultando no Projeto de Lei que institui a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), encaminhado pelo Presidente FHC ao Congresso Nacional em 19/09/1997. A Lei 9.883, de 07/12/1999, criou a ABIN, sendo seu primeiro diretor-geral o coronel do Exército Ariel Rocha de Cunto. Veja ABIN e SNI.

    CDOC - Counterdrug Operations Center (Centro de Operações contra o Tráfico de Drogas): baseado em Fort Howard, Panamá até 1997, quando foi transferido para Miami, EUA.

    CEAAL - Consejo de Educación de Adultos de América Latina (Conselho de Educação de Adultos da América Latina): ligado ao Foro de São Paulo.

    Cebrade - Centro Brasil Democrático. Foi fundado em 29 de julho de 1978 por 150 intelectuais de 10 Estados, sob os auspícios do PCB. Nomes de destaque da entidade: Oscar Niemeyer (presidente), Ênio Silveira, Sérgio Buarque de Hollanda, Antônio Houaiss, Mauro Lins e Silva. “No seu programa de trabalho, a entidade propunha várias atividades: 1) organizar um congresso de intelectuais que chegasse a um ‘programa unitário de reivindicações democráticas específicas da intelectualidade’, estendendo-a como um vasto campo que incluía ciência, universidade, arte e meios de comunicação; 2) promover, em São Paulo, um ‘seminário’ sobre os ‘direitos do trabalhador’, a fim de levantar um ‘programa unitário de reivindicações específicas dos trabalhadores’; 3) promover, em Brasília, um seminário sobre ‘direitos civis’ na Constituição, visando a elaboração de um ‘programa unitário de reivindicações democráticas da sociedade civil’; 4) organizar um serviço de assistência jurídica e material às vítimas de restrições dos direitos humanos fundamentais; 5) organizar uma ‘comissão de contato parlamentar’; 6) lutar pela anistia, junto com as organizações já existentes; 7) criar um ‘órgão de comunicação’ impresso” (NAPOLITANO, 2014: 360 - Nota 460).  O Cebrade organizou muitos shows com cantores, como o do Riocentro, em 1981, na véspera do Dia do Trabalho, quando se apresentaram Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Alceu Valença e Gal Costa. Na ocasião, houve o incidente que matou um sargento e feriu um capitão, do Exército. Veja Caso Riocentro.

    CEDEMA - Centro de Documentación de los Movimientos Armados – cfr. http://www.cedema.org/.

    CEDP - Comissão Especial de Desaparecidos Políticos: subordinada ao Ministério da Justiça.

    CEIAL - Centro de Informazioni América Latina: órgão auxiliar da Conferência dos Bispos da Itália, o CEIAL era ligado à Frente Brasileira de Informações (FBI). Os textos publicados pelo CEIAL eram de autoria de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara, Dom Antônio Fragoso e Dom Pedro Casaldáliga. Dom Hélder e Dom Fragoso foram signatários do Manifesto dos Bispos do chamado “Terceiro Mundo”, no qual aconselhavam a subversão e a luta de classes. Da carta de Frei Osvaldo a Joaquim Câmara Ferreira (substituiu Marighella, depois da morte deste), da ALN, que trazia no bolso por ocasião de sua morte, constava: “O trabalho da imprensa continua. Assim, no sequestro do alemão, apertamos a coisa por lá: ampla divulgação sobre o Brasil por nossa conta. D. Hélder continua a grande vedete. Veja se não cria caso com a Igreja aí, pelo amor de Deus” (Luís Mir, in “A revolução impossível”). Veja FBI.

    Cela-gaveta - Tipo de solitária cubana, usada durante o regime de Fidel Castro, onde esteve confinado o poeta Armando Valladares, durante dois anos, de onde saiu inválido. “Na prisão de Combinado del Leste, depois de temporada imobilizado em cela-gaveta, Valladares ficou aleijado e não conseguiu mais andar. (...) Após 22 anos de prisão, o poeta venceu a batalha e ganhou a liberdade, contando com o apoio do presidente francês François Mitterrand. Dentre os 50 mil presos políticos cubanos contabilizados - entre mortos, torturados e desaparecidos -, foi um dos poucos que conseguiram escapar. Em Madri, tornou-se um ativista e escreveu ‘Contra Toda a Esperança’, testemunho que ajudou a desmascarar a ditadura que aniquila os seus dissidentes, clamando pela libertação dos presos políticos que, em Cuba, ainda hoje se contam aos milhares” (PONTES, 2003: 157-158). Baixe o livro “Contra Toda a Esperança”, de Armando Valladares, em https://portalconservador.com/livros/Armando-Valladares-Contra-Toda-Esperanca.pdf.

    CELAM - Conferência Episcopal Latino-Americana. Veja Teologia da Libertação.

    CELS - Centro de Estudos Legais e Sociais (Argentina): denunciou a execução de prisioneiros durante a ditadura militar argentina. O Chefe do Estado-Maior do Exército argentino, general Ricardo Brinzoni, admitiu que em 1976 foram executados 22 presos políticos.

    CENIMAR - Centro de Informações da Marinha: criado em 05/12/1955, foi o primeiro ministério militar a instituir seu Órgão de Informações. Atual Centro de Inteligência da Marinha (CIM).

    Centralismo democrático - Eufemismo stalinista para o direito do uso da força. Todo teórico petista gosta de falar em centralismo democrático, justiça social, controle social da mídia, socialismo democrático, orçamento participativo e estado democrático de direito.

    Centrão - O grupo de deputados conhecido como “Centrão”, durante a Constituinte, evitou que a Constituição Federal ficasse ainda mais stalinista, como pretendiam as forças da esquerda. “As tendências radicais de esquerda e a desorientação muito grande, em 1987, fizeram com que o projeto morresse dentro da própria Constituinte, mas através de um processo estranho. Foram criadas várias comissões temáticas e uma comissão de sistematização, para reunir as sugestões das comissões temáticas, num único documento. Quando ficou pronto esse documento, estava tão confuso e incoerente que o chamaram de projeto Frankenstein, e provocou no País um mal-estar generalizado. Nessa hora, surgiu o ‘Centrão’, alguns até um pouco à esquerda, que se reuniram para fazer um projeto de Constituição que realmente fosse ao encontro da sociedade brasileira” (Deputado Federal Bonifácio de Andrada - HOE/1964, Tomo 15, pg. 67). Hoje, Centrão designa o grupo de deputados que não estão à esquerda, nem à direita do espectro ideológico, mas em cima do muro, esperando para que lado pular - obviamente, o lado que trouxer melhor vantagem pe$$oal.

    Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) - Fundado pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, em 1974, quando voltou de seu “autoexílio de caviar”. Em 1978, o CEBRAP recebeu 200 mil dólares da Fundação Ford. O livro mais conhecido de FHC foi “Dependência e Desenvolvimento na América Latina”, lançado em 1967 e escrito em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faleto, em que propunham a “teoria da dependência”. “Com ela o Sr. FHC, já àquela época, pregava o desenvolvimento do Brasil e de outros países latino-americanos sob a dependência da economia dos Estados Unidos. Esta proposta verdadeiramente herética para verdadeiros socialistas, passou quase despercebida ou foi benevolentemente tolerada pelos seus correligionários, não somente porque ele era considerado um acadêmico teórico, mas também porque já existiam entre seus companheiros de ideologia outros que esposavam teses semelhantes, que hoje poderíamos definir como ‘teoria do desenvolvimento dependente’, embora apenas ele propusesse explicitamente que esta dependência deveria ser em relação à macroeconomia norte-americana. (...) ... essa ‘dependência subalterna’ a que seu governo conduziu o Brasil não foi um equívoco involuntário e acidental, mas sim um erro continuado, deliberado e consciente, o simples fato de que, dentre os principais tecnocratas que ele nomeou no seu 1º Mandato para implementar o chamado Plano Real (Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha, Bresser Pereira, Eliana Cardoso e outros), vários deles integravam o grupo que participou da reunião realizada em Washington, em novembro de 1989, organizada pelo Institute for International Economics, patrocinada pelo FMI, Banco Mundial, BID e governo norte-americano, durante o qual foi realizado o estudo do diagnóstico sobre o Brasil elaborado por Eliana Cardoso e Daniel Dantas, e onde foram estabelecidas as bases teóricas do Washington Consense. Nessa mesma direção aponta o fato de que o artigo escrito por Pérsio Arrida e André Lara Resende, intitulado ‘Inertial Inflation and Monetary Reform in Brazil’, hoje considerado como uma das bases teóricas do Plano Real, foi originalmente apresentado em Washington, em dezembro de 1984, num seminário também promovido pelo mesmo Institute for International Economics que organizou o Washington Consense” (in “A verdadeira ideologia de FHC”, ASMIR-PR, Curitiba, 08/12/2000). O CEBRAP tinha entre seus quadros, além de FHC, intelectuais como Paul Singer, Francisco de Oliveira, Artur Gianoti, Florestan Fernandes, Ruth Cardoso. O CEBRAP orientou a trajetória política de FHC, culminando com a Presidência da República em 1994: “Como Castelo assumiu com o IPES, Fernando Henrique assumiu com o CEBRAP” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 06/10/1995).

    Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje) - A expressão pauleira significava o nome da prisão brasiliense de bandidos mirins, ou melhor, de “menores infratores”, de “meninos em situação de rua” que cometeram crimes. Como o complexo presidiário ficava em área nobre, na Asa Norte da Capital, foi demolido em 2014 e, assim, acabaram-se os motins e assassinatos no local - 30 adolescentes e 2 servidores foram mortos em 38 anos de sua existência.

    Centro Lindesmith - ONG pró-legalização das drogas, pertencente ao megaespeculador George Soros. Numa Sessão Especial sobre drogas, da Assembleia-Geral das Nações Unidas, Soros pediu o fim da guerra às drogas. O pedido, dirigido ao Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan, foi publicado no New York Times. Entre os mais de 500 signatários do documento, encontravam-se o então candidato perpétuo do PT à Presidência, Lula, e um dos ideólogos do MST, Dom Pedro Casaldáliga (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol. VI, n.º 1).

    Centro Tricontinental - Importante onagro, o Centro Tricontinental era um Movimento Socialista Internacional, da Universidade de Lovaina, Bélgica, para atuação comunista na América Latina, na África e na Ásia - daí o nome “Tricontinental”. Atualmente, existe uma ONG de idêntico nome, fundado pelo padre belga François Houtart, ligado a Leonardo Boff, FHC e o Nove Dedos. O antecessor de Dilma Rousseff lutou pela refundação do onagro, que incluiria a América Latina, a África e os países árabes.

    Centúrias Negras - Grupos reacionários armados da Rússia czarista. Ativos de 1905 a 1917, em pogroms de judeus e assassínios políticos de personalidades liberais.

    Century House - Local onde fica o SIS britânico, Serviço Secreto de Informações. A “Firma” é conhecida pela população local como a “casa dos fantasmas”, e fica entre o Elephant, o Castle e a Old Kent Road (Londres). Tem placa na porta?

    CEO - Círculo Estudantil de Osasco. Foi criado em 1965, por estudantes secundaristas. Depois de 1968, parte do CEO apoiou a guerrilha rural. Leia mais em https://www.osasco.sp.leg.br/institucional/especial-cidade-de-osasco/educacao/movimento-estudantil-e-politico-no-municipio-de-osasco-conhecendo-as-raizes#:~:text=O%20movimento%20secundarista%20de%20Osasco,do%20CEO%20foi%20Jos%C3%A9%20Barreto.

    CEPATEC - Centro de Formação e Pesquisa do Contestado: situado na cidade de Caçador, SC, realiza, desde 1991, cursos para formação de lideranças do MST e é considerado seu principal centro difusor. Veja MST.

    Césio 137 - Acidente nuclear em Goiânia, GO, com o césio 137, com início de contaminação em 13/09/1987 - mesmo mês em que Rex Nazaré, Presidente da CNEN, anunciou que o Brasil possuía domínio completo do processo de enriquecimento do urânio. Uma caixa de radioterapia, furtada do Instituto Goiano de Radioterapia (que mudara suas instalações e abandonara alguns aparelhos de radioterapia), foi arrebentada a marretadas pelos catadores de papel Roberto Santos Alves e Wagner Motta Pereira. O pó brilhante no recheio da caixa - o césio 137 - passou às mãos dos moradores do ferro-velho em que viviam os dois catadores. Saldo final: 244 pessoas contaminadas e de 4 a 6 pessoas mortas, inclusive uma menina de 6 anos, Leide das Neves Ferreira (a conta varia pela polêmica em se afirmar até que ponto a contaminação nuclear causou 2 mortes). O Exército brasileiro participou, por intermédio da Escola de Instrução Especializada (Seção de Defesa QBN e Seção de Engenharia), na remoção e envasamento do material radioativo (que somou 3.000 m³), cujo depósito está localizado em Abadia de Goiânia, Goiás. Muitos desses militares também se contaminaram com o Césio 137. Segundo o médico americano Gerald Hansen, da OMS, esse foi o 2º acidente nuclear mais grave no mundo, após o de Chernóbyl - até ocorrer o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, após violento maremoto seguido de tsunâmi.

    CFPP - Curso de Formação do Pontal do Paranapanema: ministra cursos de formação de militantes do MST, incluindo uso de armamento e técnicas de defesa de acampamentos.

    CGI - Comissão Geral de Investigações: criada pelo Presidente Castello Branco para coordenar os inquéritos contra corruptos e comunistas após a Contrarrevolução de 1964. Foi extinta pelo Presidente Geisel em 29/12/1978.

    CGIPM - Comissão Geral de Inquérito Policial Militar: atuante durante os governos militares pós-1964.

    CGP - Cambodian Genocide Program (Programa de Genocídio do Camboja): tem como objetivo: 1) coletar e estudar todas as informações do período do regime do Kmer Vermelho, sob Pol Pot, de 1975 a 1979; 2) tornar essas informações disponíveis perante um tribunal, para julgamento dos crimes de guerra ocorridos no Camboja; 3) gerar uma crítica e um entendimento analítico da questão, para prevenção da violência política contra populações ao redor do planeta.

    CGSB - Coordinadora Guerrillera Simón Bolívar: constituída pelas FARC e pelo ELN, da Colômbia.

    CGT - Comando Geral dos Trabalhadores: criado em agosto de 1962, em substituição à CGTB, foi desarticulado pela Contrarrevolução de 1964.

    CGTB - Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil: tentativa de criação, em 01/05/1929, pelo Partido Comunista (PCB). Em 1947, com o início da Guerra Fria, o Brasil rompeu relações diplomáticas com a URSS, e o Presidente Dutra cassou o registro do PCB e declarou ilegal a CGTB. Entretanto, a CGTB continuou operando de 1947 a 1962, quando ocorreu a criação do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

    Chacina de Neshoba - Em 1964, 3 ativistas de direitos civis foram mortos a bala e carbonizados pela organização racista Ku Klux Klan, na cidade de Neshoba, no Estado do Mississipi. Apoiado pelo procurador-geral da República, Robert Kennedy, policiais do FBI se infiltraram em organizações racistas e foram tomados mais de 1.000 depoimentos. “O desfecho do caso chocou o país e ajudou o presidente Lyndon Johnson a aprovar duas leis que consolidaram a democracia americana: a dos Direitos Civis, que transformou a discriminação racial em crime, e a do Direito ao Voto, que sacramentou o direito dos negros de ir às urnas” (in “A Polícia Federal dos Americanos”, revista Veja no. 1876, de 20/10/2004, pg. 47). O inquérito do FBI entrou para a história da luta americana pelos direitos civis, a exemplo de Martin Luther King, e foi tema do filme “Mississipi em Chamas”, de 1988, com Gene Hackman.

    Chá da meia-noite - Essa expressão pauleira não trata de chá de pau d’arco, para recuperar pessoas anêmicas, mas qualquer “chá” que possa “apagar” pacientes (Nordeste).

    Charachka - Termo de pau da gíria carcerária russa para designar centros de pesquisas especiais, para onde eram conduzidos presos qualificados como pesquisadores, cientistas, técnicos etc.

    Chernóbyl - Localidade da Ucrânia onde ocorreu grave acidente nuclear em 26/04/1986, matando instantaneamente 33 pessoas. A radiação causou câncer em milhares de habitantes do Norte da Europa, especialmente na Bielorússia. Após o desastre, muitos países reduziram ou eliminaram seus programas nucleares, como a Itália, Suécia e Brasil. Em Chernóbyl existe o primeiro parque natural de radioatividade do mundo. O período de desintegração do plutônio é de 234 mil anos.

    Chernoznamentsy - Movimento da Bandeira Negra: o maior grupo anarquista russo, procurava uma utopia do tipo esboçado por Kropotkin, uma “sociedade de comunas em que os indivíduos seriam recompensados de acordo com suas necessidades”. Pregava o terror generalizado, roubo de armas de postos policiais, “expropriação” de fundos de bancos e empresas, e terrorismo econômico (contra negociantes e industriais e suas instalações).

    Chesus Cristo - Cartaz visto na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), para comemorar o 30º aniversário da morte de Che Guevara (1997). Na ocasião, “nenhum sobrevivente cubano-americano foi convidado para falar neste evento” (FONTOVA, 2009: 194).

    Chicano - Palavra derivada de mexicano-americano, designa os americanos de origem mexicana.

    Chico Picadinho - Apelido do bandido que, em 1976, foi preso em São Paulo por matar e esquartejar duas mulheres. Em 24/01/2003, o cirurgião plástico Farah Jorge Farah, com 53 anos, esquartejou em 9 pedaços sua ex-amante Maria do Carmo Alves, então com 46 anos. Farah foi encontrado morto em casa, vestido de mulher, em 22/09/2017, após o STJ determinar o cumprimento da pena de prisão.

    Chimangos - Republicanos, também apelidados de “pica-paus”, que em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral para o governo estadual do Rio Grande do Sul, enfrentam sangrento conflito contra os maragatos, resultando milhares de vítimas (normalmente degoladas). Entre fins de 1893 e início de 1894, os “maragatos” avançaram sobre Santa Catarina e uniram-se à Revolta da Armada, ocuparam a cidade de Desterro (atual Florianópolis) e, depois, a cidade de Curitiba. Sem recursos, os maragatos recuaram até o território gaúcho, onde lutaram até meados de 1895. O novo Presidente, Prudente de Morais, conseguiu um acordo de paz e anistiou os revolucionários.

    Chiqueiro - O norte-americano Dave Grossmann, em 1970, quando era sargento servindo na 82ª. Divisão Aeroterrestre, visitou a Seção de Operações de um batalhão. Lá, viu um quadro de pessoal, afixado na parede, que “tinha uma particularidade: no topo da lista apareciam os nomes dos oficiais; em seguida, sob uma divisória com o título ‘Chiqueiro’, vinha uma relação com os nomes de todas as praças da seção. Essa ideia de ‘Chiqueiro’ é bem comum e, embora normalmente usada em tom de brincadeira e de modo mais sutil, revela a distância social existente entre oficiais e praças” (GROSSMANN, 2007: 226).

    Choque de Civilizações - Ensaio do escritor Samuel P. Huntington, publicado em 1993 (transformado em livro, em 1996 – “O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial”), em que aborda conflitos entre civilizações, especialmente o atual conflito “Islã x Ocidente”, depois da derrocada do comunismo na União Soviética, com a expansão do Islã na ex-Iugoslávia (Bósnia-Herzegóvina e Kosovo) e nas ex-repúblicas soviéticas da Ásia Central, além de conflitos islâmicos na Caxemira (Índia), na Chechênia (Rússia), na questão palestino-israelense, na China, na Indonésia, nas Filipinas, no Sudão, no Egito, no Afeganistão, na Argélia e em praticamente todos os lugares do mundo onde há comunidades islâmicas. Segundo Huntington, são 8 as civilizações atuais: civilização ocidental (Europa, Canadá, EUA e países afins), civilização eslava-ortodoxa (Rússia e países-afins), civilização islâmica, civilização confuciana (China e países-afins), civilização hindu, civilização japonesa, civilização sul-americana e civilização africana. Na América Latina, em 1960 havia 7 milhões de protestantes; em 1990 esse número subiu para 50 milhões; no início da década de 1990, 20% da população latino-americana se identificava como protestante e 73% como católicos; no entanto, aos domingos, 20 milhões de pessoas estavam em templos protestantes enquanto apenas 14 milhões de católicos iam às igrejas. Leia o livro de Huntington em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/o-choque-de-civilizacoes-e-recomposicao.html. Veja Fim da História.

    Churrasquinho chinês - Durante a Revolução Cultural chinesa, muitos condenados à morte tinham seus corpos retalhados, assados e comidos. “Num massacre famoso, na escola de Mushan em 1968, na qual 150 pessoas morreram, vários fígados foram extirpados na hora e preparados com vinagre de arroz e alho” (“Canibais de Mao”, revista Veja, 22/01/1997, pg. 48-49). Essa prática de “canibalismo político” se tornou corriqueira, no período de 1968 a 1970, quando centenas de “inimigos do povo” foram devorados, conforme pesquisas de Zheng Yi em Guangxi. O trabalho de Zheng Yi, dissidente exilado nos EUA desde 1992, resultou no livro Scarlet Memorial - Tales of Cannibalism in Modern China (Memorial Escarlate - Histórias de Canibalismo na China Moderna). Na mesma época, havia um tipo de tortura sui generis: alguns presos, ainda vivos, tinham seus órgãos sexuais (pênis e testículos) arrancados, assados e comidos, como consta no mesmo artigo de Veja: “Wang Wenliu, maoísta promovida a vice-presidente do comitê revolucionário de Wuxuan durante a Revolução Cultural, especializou-se em devorar genitais masculinos assados”. “Documentos recentemente trazidos para o Ocidente por Zheng Vi, ex-membro dessas ‘milícias populares’, mostram que durante a ‘Revolução Cultural’, promovida por Mao Tsé-tung no final da década de 60, até o canibalismo entrava no ‘currículo’ dos alunos chineses. Naquela ocasião, na Província de Guangxi, crianças foram obrigadas a matar e devorar seus próprios professores!” (in “A China do Pesadelo”, site http://www.catolicismo.com.br/, acesso em 09/06/2011). “The stories of the many crimes and atrocities perpetrated by Communist regimes is generally well-known, but what about state-sponsored cannibalism? Time Magazine ran such a story in its January 18th, 1993 issue, titled ‘Unspeakable Crimes’, by Barbara Rudolph. In it is the testimony of a Chinese scholar that during Mao’s ‘Cultural Revolution’ local officials of the Chinese Communist Party exhorted their comrades to devour ‘class enemies”. The details were revealed by Zheng Yi, a fugitive of the Tiananmen Square massacre and once China’s most-celebrated young novelist (his first novel, The Maple, about the Cultural Revolution, was used by the Politburo to attack The Gang of Four). His third novel made him a celebrity in the China of the 80’s and he and his wife both joined the pro-democracy movement. After the crackdown, his wife Bei Ming was imprisoned for 10 months and he went into hiding for nearly 3 years until both were able to successfully escape to Hong Kong and then onto the US” (in “Communist Eat Their Class Enemies”, de Adam Young - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/communists-eat-their-class-enemies-by.html. “Acadêmicos” discorrem sobre a estranha teoria de o canibalismo ser válido, se consentido pela vítima, a exemplo do caso do canibal de Kassel, na Alemanha.

    CIA - Central Intelligence Agency (Agência Central de Inteligência), EUA: estabelecida pelo Congresso em 18/09/1947, em substituição ao Office of Strategic Service (OSS), é de responsabilidade do Presidente dos EUA, através do Conselho de Segurança Nacional. Seu trabalho consiste em concentrar e avaliar a informação estrangeira, assumindo operações de Contrainteligência no exterior e organizando a polícia secreta de intervenção e operações de guerra em áreas estrangeiras. “Foi criado (em 1946) o protótipo da CIA e, numa festa para celebrar o fato na Casa Branca, Truman distribuiu chapéus pretos, capas e punhais de madeira e grudou um falso bigode preto no rosto do almirante Leahy” (JOHNSON,1994: 368). A CIA emprega milhares de agentes no exterior e dispõe de um grande orçamento (em torno de US$ 30 bilhões anuais), que não é sujeito ao controle do Congresso. Durante a década de 1980, esteve envolvida na Nicarágua, Afeganistão e Irã. Atualmente a CIA está, ainda, envolvida no esforço de combate às drogas. Durante a II Guerra Mundial, 3 programas do governo americano respondiam pelo trabalho de Inteligência: o Joint Army Navy Intelligence Studies (JANIS), o National Intelligence Survey (NIS) e o World Factbook. Em 1943, a CIA criou a Joint Intelligence Study Publishing Board, para publicar os trabalhos produzidos pela JANIS. Robert Hayes, agente da CIA, foi acusado de ter instalado, em 1976, bombas em três alvos paulistanos, para culpar organizações de esquerda. Durante o governo de George W. Bush, a CIA foi autorizada a perseguir e matar líderes terroristas, como os do grupo Al-Qaeda, que assumiu a autoria dos atentados contra os EUA no dia 11/09/2001 (WTC e Pentágono).

    Cianureto - Terroristas brasileiros também carregavam cápsulas de cianureto. “Toledo argumentava que o suicídio sempre fora utilizado pelas organizações clandestinas como ‘método de preservação’; Carlos Eugênio Paz (“Clemente”), da ALN, era contra o uso” (AUGUSTO, 2001: 392).

    CIAV - Comisión Internacional de Apoyo y Verificación (da OEA): criada em 1990 para reincorporação de antigos “Contras” à vida civil na Nicarágua.

    Ciberdissidentes - Opositores ao regime chinês, que “surfam” na internet a partir de cibercafés existentes na China. O acesso à rede mundial, no entanto, é restrito, fruto de rigorosa censura do PC chinês.

    CIC - Comitê de Informações sobre Cuba: contém informações variadas sobre o “paraíso” criado por Fidel Castro. Acesse www.cubdest.org e www.cubanet.org.

    CICAD - Comisión Interamericana para el Control del Abuso de Drogas: órgão da OEA encarregado da implementação das políticas e programas de combate ao narcotráfico e a outros delitos a ele relacionados em nível hemisférico. Em inglês: Inter-American Drug Abuse Control Commission.

    CICMP - Centro de Intercâmbio Cultural Martí Popular: ONG que promove intercâmbio com o Partido Comunista Cubano (PCC).

    CIDH - 1. Comissão Interamericana de Direitos Humanos (da OEA): elaborou em 18/09/1995 um Projeto de Declaração Interamericana sobre Direitos dos Povos Indígenas. 2. Corte Interamericana de Direitos Humanos: tem sede na Costa Rica e foi criada em 1979. 3. Conferência Internacional de Direitos Humanos: a I Conferência realizou-se em Brasília, DF, de 14 a 17/09/1997.

    CIE - Centro de Informações do Exército: criado em 1967, era o órgão de cúpula da Inteligência da Força Terrestre, para acompanhamento das Organizações de Esquerda (OE) no país, para levantar a estrutura, os líderes, os afiliados e simpatizantes e as Organizações Paramilitares (OPM) que tentaram a tomada do poder via luta armada, visando a implantação do comunismo no Brasil. Atualmente, a mesma sigla, CIE, designa o Centro de Inteligência do Exército.

    CIEx - Centro de Informações do Exterior: braço do SNI no Ministério das Relações Exteriores (MRE), durante os governos militares no Brasil.

    CIECS - Centro Internacional de Estudos do Cone Sul: órgão ligado ao Itamaraty. Documentos sobre a Operação Condor foram entregues ao Arquivo Nacional.

    CIFT - Centro Internacional Filhos do Trabalho: socialismo (Brasil).

    CIIIn - Ciranda Internacional da Informação Independente: proposta indecente da utilização do copyleft, em oposição ao copyright, feito durante o I Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, RS, no período de 25 a 30/01/2001.

    CIJ - Corte Internacional de Justiça: é o principal tribunal das Nações Unidas, criado em 1945 e instalado em Haia, Holanda, em 18/04/1946. Só países podem ser partes de casos julgados pelo Tribunal, que é composto por 15 juízes de países diferentes, com direito a 9 anos no cargo.

    CIM - Centro de Inteligência da Marinha: substituiu o Cenimar.

    CIMI - Fundado em 1972, “o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) é outro produto da Conferência de Barbados” (CARRASCO, 2013: 105). “A pastoral do CIMI visa transformações estruturais do sistema e da sociedade e se situa na contramão do sistema. Por isso, está sempre envolvida em conflitos com a ordem vigente. A presença missionária nas lutas indígenas torna-se relevante a partir da capacidade de romper com o sistema que oprime e exclui. O evangelho, na leitura do CIMI, é areia na máquina do sistema, não óleo” (Teólogo alemão Paulo Suess, secretário-geral do CIMI, entre 1979 e 1987 - apud CARRASCO, 2013: 109). “O CIMI aderiu de pleno à chamada ‘Lenda Negra’, concebida e promovida pelos poderes coloniais anglo-protestantes, a partir do século XVI, para denegrir a colonização ibérica da América, acusando-a de promover o genocídio indiscriminado dos povos indígenas do continente. Recorde-se brevemente que as navegações ibéricas foram um fator determinante para minar o controle econômico exercido pela oligarquia de Veneza, por meio de rotas comerciais mediterrâneas com o Oriente. Herdeiros do poderio e das aspirações hegemônicas de Veneza, as oligarquias britânica e holandesa elaboraram novas bases filosóficas para a defesa do ‘livre comércio’ da época: a ‘livre navegação’ e a pirataria, em particular, contra o predomínio ibérico nas rotas marítimas atlânticas. Mais tarde, a ‘Lenda Negra’ foi adotada pela nascente oligarquia estadunidense, como um sutil instrumento de guerra cultural voltado para reduzir a autoestima dos povos ibero-americanos. Ela estava contida na política colonialista do ‘porretão’ (big stick), do presidente Theodore Roosevelt (1901-1909) e nas atividades latino-americanas da família Rockefeller, promotores da expansão protestante na região, apoiando e financiando a investida missionária de que tanto se orgulha o CIMI” (CARRASCO, 2013: 111). Veja Antropólogos da ação, Lenda Negra, MRTA, MST, Tribunal Bertrand Russell.

    Cineasta do Nazismo - A cineasta alemã Leni Riffenstahl, falecida em 2003 aos 101 anos de idade, se tornou célebre por dirigir filmes de divulgação do nazismo. Uma ONG de direitos humanos a processou por não ter se empenhado para salvar a vida de 120 ciganos que utilizou como figurantes no filme “Planície”, entre 1940 e 42. Após as filmagens, os ciganos teriam sido mandados para um campo de concentração de Salzburgo, Áustria. A técnica da cineasta é estudada até hoje em escolas de cinema. Dirigiu, ainda, “Olympia”, documentário sobre os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, e “O Triunfo da Vontade”, para promover os ideais nazistas. Como não era filiada ao partido nazista, Leni escapou dos julgamentos após a II Guerra Mundial.

    Cinema político - “O iniciador da utilização do cinema como ‘arma política’ foi Jean Luc-Godard, autor, diretor, produtor e roteirista do cinema francês, para o qual ‘a arte de fazer cinema é uma ação intelectual engajada, com objetivos revolucionários, os quais, na prática, só se realizam pela violência’” (COUTO, 1984: 27). Seguidores de Godard, crítico do Cahiers de Cinema, de Paris, “estão nomes como Robert Altman, Sidney Pollack, Pier Paolo Pasolini, Michelangelo Antonioni, Glauber Rocha, Ruy Guerra, Costa Gravas e outros” (idem, pg. 28).

    Cinturão da Ferrugem - Região Nordeste dos Estados Unidos (Grandes Lagos), que até os anos de 1970 era conhecida como Manufactoring Belt (Cinturão Fabril) e que entrou em decadência a partir dos anos de 1980, com o colapso de sua indústria pesada, passando a ser conhecida como Rust Belt (Cinturão da Ferrugem). Cidades da região desde então passaram a ter população decrescente, como Chicago, Detroit, Cleveland. Por outro lado, nas Grandes Planícies dos EUA, encontra-se pujante agricultura, como os cinturões do trigo (wheat belt), do milho (corn belt) e do algodão (cotton belt). Destaca-se, ainda, nos EUA, o cinturão do sol (sun belt), com ênfase para os Estados da Califórnia, onde há empresas com alta tecnologia, como no Vale do Silício (cidades de Los Angeles, San Francisco, Palo Alto, Santa Clara, San Jose e Cupertino, com suas Big Techs: Apple, Google, Facebook, AMD, NVIDIA, eBay, Yahoo!, HP, Eletronic Arts); do Texas (Houston: centro de comando dos voos da Nasa; Austin: IBM e Dell); de Washington (Microsoft, Boeing); assim como o Estado da Flórida, centro turístico, tecnológico e espacial.

    Cinturão das Milícias - No Estado do Rio de Janeiro, há disputa entre o tráfico de armamentos e drogas e as milícias paramilitares, para criação de “cinturões de favelas”, de modo a estrangular toda a Região Metropolitana. No município do Rio de Janeiro, as milícias já dominam 57% do território - 2,2 milhões de habitantes estão subjugados por milicianos, enquanto que as facções dominam um território menor, porém mais populoso: Comando Vermelho (11,4%), Terceiro Comando (3,7%) e Amigo dos Amigos (0,3%) - cfr. em https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2020/10/4883182-milicias-controlam-57--do-territorio-do-rio-de-janeiro-informa-estudo.html. Veja Grupos paramilitares.

    Circuito Elizabeth Arden - Como são conhecidos os postos das mais concorridas embaixadas brasileiras: Paris, Nova York, Londres, Bruxelas (União Europeia), Roma. O mesmo que Circuito Helena Rubinstein, para onde são mandados casais gays, para não sofrerem discriminação - Cfr. https://diariodopoder.com.br/uncategorized/mapa-da-intolerancia-pretende-proteger-diplomatas-homossexuais. O oposto é Trilha Ho Chi Minh.

    Círculos Bolivarianos - Falanges de defesa da “Revolução Bolivariana” do presidente da Venezuela, as quais têm como modelo os Comitês de Defesa da Revolução (CDRs), de Cuba.

    Cisma Vermelho - Organização de guerrilhas, criada em 1965 na Califórnia pelos irmãos Chamran (Mostafa Chamran Savehi e Mahdi Chamran Savehi), para preparar combatentes iranianos para a luta revolucionária. Mostafa, morto em 1982, é o pai da Guarda Revolucionária Islâmica; Mahdi foi nomeado chefe da Inteligência Externa e assumiu todo o sistema internacional de terrorismo, inclusive as Forças Al-Qods, depois da reorganização do sistema de Inteligência iraniano em abril de 1996, sob direção do presidente Ali Akbar Hashemi-Rafsanjani. Mahdi obteve o título de PhD em física nuclear, nos EUA.

    CISP - Centro de Investigaciones Sociologicas y Psicologicas (Cuba): tem por finalidade a “reeducação revolucionária”.

    CJLA - Congresso da Juventude Latino-Americana: o I Congresso foi promovido pelo regime comunista de Havana, no dia 26/07/1960, 7º aniversário de fundação do Movimento Revolucionário de Fidel Castro, ocasião em que foram convidados centenas de estudantes latino-americanos, com todas as despesas pagas pelo Governo cubano. Depois do Congresso, muitos deles permaneceram em Cuba durante meses, quando, além de técnicas agrícolas, começaram a receber adestramento subversivo: doutrinação marxista-leninista, subversão, técnicas clandestinas e de guerrilha. No ano de 1962, cerca de 1.500 latino-americanos participaram do “adestramento cubano”.

    CLAE - Congresso Latino-Americano de Estudantes: Suporte de pau dos onagros soviéticos, o IV CLAE foi realizado de 29/06 a 11/07/1966, em Havana, Cuba. O representante brasileiro foi José Fidélis Augusto Sarno, militante da Ação Popular (AP) e então Presidente da UNE. No IV CLAE, foi aprovada resolução geral em que proclamava que “a luta armada constitui, hoje, a mais efetiva e consequente forma de luta... a tomada do poder político, em diferentes países da América Latina, em proveito das classes populares, não poderá ser feita pela via eleitoral ou parlamentarista, mas pela violência revolucionária”. Desse encontro originou-se a OLAS, que tinha como objetivo criar vários Vietnãs na América Latina. Para instrumentalizar suas resoluções, o IV CLAE criou a Organização Continental Latino-Americana de Estudantes (OCLAE), com sede em Havana. O representante brasileiro da OCLAE passou a ser José Jarbas Diniz Cerqueira, da Ação Popular (AP). Veja COSPAL, OCLAE, OLAS.

    Cláusula do totalitarismo preferido - Nome de um capítulo do livro “A Grande Parada”, de Jean-François Revel. “Alguns diques se romperam, a linha fortificada da ideologia nem sempre conseguiu se manter intacta, mas o essencial, ou seja, o princípio da desigualdade de tratamento entre o totalitarismo dito de esquerda e o dito de direita permaneceu. A década de 1980-1990 foi marcada pelo reconhecido desmoronamento do socialismo democrático. A década de 1990-2000 foi marcada pelos esforços desenvolvidos, com grande sucesso, para obliterar os ensinamentos advindos dessas experiências históricas” (REVEL, 2001: 147).

    Clero progressista - Conhecida expressão de pau, o “clero progressista” é composto por padres e bispos que seguem a “Teologia da Libertação”, induzidos pelas pregações ocorridas durante a II Assembleia-Geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), realizada entre 26 de agosto e 06/09/1968, na cidade de Medelín, Colômbia, no vácuo das resoluções do Concílio Vaticano II. Os 16 Documentos elaborados em Medelín saíram carregados de influência marxista. Sacerdotes e freiras portavam-se de forma irreverente em celebrações litúrgicas e em passeatas, pregando a violência como instrumento para alcançar a “justiça social”. “O Concílio, que chegou de forma imediata e eficiente ao povo, foi o dos meios de comunicação, não o dos Padres” (Papa Bento XVI - apud CARRASCO, 2013: 112). “Havia aqueles que pretendiam a descentralização da Igreja, o poder para os Bispos e depois, valendo-se da expressão ‘Povo de Deus’, o poder do povo, dos leigos. Existia essa tripla questão: o poder do Papa, em seguida transferido para o poder dos bispos e para o poder de todos, a soberania popular. (...) E o mesmo se passou também com a questão da Escritura: a Escritura é um livro, histórico, que deve ser tratado historicamente e nada mais etc.” (Papa Bento XVI - apud CARRASCO, 2013: 113). Alinharam-se à corrente da “Teologia da Libertação”, principalmente, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara e Dom Pedro Casaldáliga, o então Frei Leonardo Boff, além de frades dominicanos, como Frei Betto, e padres estrangeiros, muitos dos quais foram expulsos do país por pregarem a violência. O padre Joseph Comblin, do Instituto Teológico do Recife, difundiu um documento que ocasionou indignação geral, chamado “Documento Comblin”. Alguns bispos condenaram o Documento, afirmando que pregava “a instalação de um verdadeiro soviete eclesiástico”. Diversos setores da sociedade exigiram a expulsão do Padre Comblin do País. O padre “operário” Pierre Joseph Wanthier, preso quando atuava numa fábrica em São Paulo (Brasieixos), foi expulso do país. Em Recife, os padres norte-americanos Peter Grans e Dario Rupiper foram detidos por violentas críticas ao Governo e incitação da população à revolta, e regressaram a seu país depois de gestões do Cônsul dos EUA. Atualmente, os documentos formulados pela CNBB, dominada nas últimas décadas pelo clero “progressista”, estão em total desarmonia com os ensinamentos da Igreja Católica, chegando a existir um cisma, se não oficial, efetivo na prática (Leia “O Papa e a CNBB”, de José Nivaldo Cordeiro, 27/12/2001, em https://olavodecarvalho.org/o-papa-e-a-cnbb/). “Ao confessar que, com o último Concílio, ‘a fumaça de satanás entrara pelas janelas do Vaticano’, o Papa Paulo VI esqueceu de observar que isso só podia ter acontecido porque alguém, de dentro, deixara as janelas abertas” (Olavo de Carvalho, in “Capitalismo e Cristianismo”, revista República, Dezembro de 1998). “A confusão entre eternidade e instante perpétuo, paramentada como ‘teologia da história’, perpassa todo o pensamento católico que levou ao Concílio Vaticano II e, através dele, agindo desde dentro em parceria com os inimigos de fora, destruiu o que pôde da autoridade da Igreja” (Olavo de Carvalho, in “A autoridade religiosa do mal”, jornal DC, 29/01/2007). Uma prova dessa cisão na Igreja pôde ser vista por ocasião da morte de Dom Hélder Câmara: para lembrar o 7º dia da morte de D. Hélder, os “progressistas” e os “conservadores” foram a igrejas diferentes. A missa “oficial”, presidida por D. Eugênio Sales, realizou-se na Igreja da Sé, em Olinda; a missa dos “progressistas”, ditos seguidores de D. Hélder, realizou-se na Igreja das Fronteiras, no Recife, onde havia ocorrido o velório. O “progressista” D. Paulo Evaristo Arns, a cada dia de Finados, rezava missa no Cemitério de Perus, São Paulo, onde teriam sido localizadas ossadas de terroristas mortos pelas Forças de Segurança (na verdade, se trata de vala comum onde indigentes foram enterrados). Missa para o tenente Alberto Mendes Júnior, morto a coronhadas por Carlos Lamarca, ou um Pai-Nosso pela alma do soldado Mário Kozel Filho, que foi explodido pelo grupo terrorista de Lamarca, nem pensar! Veja Ecoteólogo.

    Climagate - “A conspiração por trás do mito do Aquecimento Global Antropogênico (também conhecido como AGW, também conhecido como ManBearPig) foi desmascarada súbita, brutal e deliciosamente quando um ‘hacker’ entrou nos computadores da Unidade de Pesquisa Climática (CRU) da University of East Anglia e divulgou pela internet 61 megabites de arquivos confidenciais (cumprimentos ao site wattsupwiththat.com” (DELINGPOLE, 2012: 17). Pérolas encontradas nos computadores: comemoração da morte do cientista “cético” John L. Daly (criador do site Still Waiting for Greenhouse), em 2004; manipulação de provas; eliminação de provas; violência contra os cientistas “céticos” etc. Leia, de minha autoria, “Amazônia, clima, nível dos mares”, em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/amazonia-clima-nivel-dos-mares-por.html. Veja Melancia e Taco de Hóquei.

    CLU - Comandos Liberación Unidos: entidade que reúne exilados cubanos anticastristas, radicados nos EUA.

    Clube da Lanterna - Grupo antigetulista de conspiradores, liderado por Carlos Lacerda, bastante atuante na década de 1950.

    Clube de Roma – Criado em 1968 por Aurelio Peccei e Alexander King, integra personalidades como Al Gore, Jimmy Carter, Vaclav Havel, Romano Prodi, Kofi Annan, Dalai Lama, Jean Chetien, Mikhail Gorbachev, Bill Clinton, Peter Gabriel, Bianca Jagger, Paulo Coelho, Mary Robinson, Deepak Chopra, Daisaku Ikeda etc. Abarca assuntos como política, economia internacional e principalmente ambientalismo e desenvolvimento sustentável e defende um governo mundial. Pérola do Clube de Roma: “O inimigo notório da humanidade é o homem. Precisando encontrar um novo inimigo capaz de nos unir, chegamos à ideia de que a poluição, a ameaça do aquecimento global, a escassez de água, a fome e coisas similares podem satisfazer nossa necessidade. Todos esses perigos são causados pela intervenção humana e só com uma mudança de atitude e comportamento poderão ser vencidos” (apud  DELINGPOLE, 2012: 166). O livro “The Limits to Growth” (Os Limites para o Crescimento), de 1972, baliza as ações do Clube de Roma. Veja Melancia.

    Clube do Mé - Era formado pelo quarteto dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema: Lula, José Cicote, Djalma Bom e Gilson Menezes. Quando Frei Betto apresentou José Dirceu a Lula, em janeiro de 1980, “o relógio ainda não marcava onze da manhã, mas o grupo já tomara duas ou três doses de cachaça em um boteco na frente do sindicato, justificando o apelido jocoso, ‘Clube do Mé’, que os adversários pregaram no quarteto” (CABRAL, 2013: 116).

    Clube dos Suicidas - Nome do conto de Robert Louis Stevenson, em que os sócios de um clube se davam cartas todos os sábados e o que recebia o ás de paus deveria matar, antes de 24 horas, aquele que recebia o ás de espadas. Na verdade, deveria ser chamado de “Clube dos Assassinos”.

    CMI - Conselho Mundial de Igrejas. O CMI tem entre seus fundadores John Foster Dulles, leigo presbiteriano, e Sir Keneth Grubb, leigo anglicano, “que tiveram papéis destacados nos aparatos de Inteligêcia dos EUA e Grã-Bretanha durante a II Guerra Mundial (1939-1945)” (CARRASCO, 2013: 45-46). “Uma espécie de ‘CIA das Igrejas’” (Idem, pg. 47). Desde a década de 1930 investe contra a instituição do Estado nacional. No Brasil, tem como ponta de lança o MST e o Foro de São Paulo. Em 1997, o Cardeal Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, denunciou o CMI por sua atuação em favor de movimentos armados marxistas na América Central. “Essas organizações missionárias promovem o que entendem como os interesses dos povos indígenas - em essência, preservá-los em reservas que se assemelham a ‘zoológicos humanos’, separando do restante das sociedades nacionais, como membros de uma humanidade abstrata, desprovida de princípios universais e vivendo em condições institucionais que antecedem a existência dos Estados nacionais soberanos. Ou seja, uma causa perfeita para promover um ‘humanitarismo’ hipócrita, para favorecer o estabelecimento de estruturas supranacionais de ‘governo mundial’” (CARRASCO, 2013: 45-46). Veja Antropólogos da ação, Evangelho Social Protestante e MRTA.

    CNA - Congresso Nacional Africano: O advogado sul-africano Pixley ka Izaka Seme, um Zulu educado nos EUA, liderou em 1912 a organização do Congresso Nacional Nativo Sul-africano (mais tarde Congresso Nacional Africano - CNA), uma representação de todas as etnias negras da África do Sul - historicamente desunidos -, com a proposta de lutar contra a discriminação racial. O CNA foi o Partido de Nelson Mandela, filho de uma família da nobreza tribal da etnia Xhosa, formado em Direito. Mandela ficou preso de 1962 a 1990 (mais de 27 anos). O CNA surgiu em 1944 como Liga da Juventude do Congresso Nacional Africano, um grupo de direitos civis que lutou contra o Apartheid, o regime discricionário branco da África do Sul. Por sua luta contra o Apartheid, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, junto com o ex-presidente Fredrik de Klerk. Mandela foi presidente da África do Sul, de 1994 a 1998.

    CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Veja Clero Progressista.

    CNC - 1. Comissão Nacional Camponesa: ligada à Ação Popular. 2. Comissão Nacional de Consulta (ALA Vermelha). 3. Congresso Nacional de Campesinos: o I Congresso ocorreu em Buenos Aires, em novembro de 1961, com a presença de Francisco Julião (líder das Ligas Camponesas), que deu uma entrevista ao jornal Che.

    CNERA - Congresso Nacional de Educadores da Reforma Agrária. Veja MST.

    CNLTV - Coordinadora Nacional de Lucha por la Tierra y Vivienda: apoia camponeses “sem-terra” a ocuparem ilegalmente áreas rurais (Paraguai).

    CNPZ - Comisión Néstor Paz Zamora: organização terrorista, faz parte do Exército de Libertação Nacional (ELN), da Bolívia.

    CNRM - Conselho Nacional de Resistência Maubere: formado em 1988, presidido por Xanana Gusmão, que abandonara a FRETILIN e tentava transformar a luta de libertação do Timor-Leste numa causa nacional.

    CNRT - Conselho Nacional da Resistência Timorense: entidade que lutou para retirar o Timor-Leste da dominação da Indonésia, ocorrida em 1975. Presidido por Xanana Gusmão, preso em Jacarta durante 6 anos (libertado em 07/09/1999), e José Ramos-Horta (Prêmio Nobel da Paz em 1996). Outros movimentos pró-independência do Timor-Leste: APODETI, FALINTIL, FRETILIN, UDT. Movimentos contrários à independência: ABRI, Mahidi, Milícia Aitarak e Milícia Sangue pela Integração.

    CNUAD - Conferência das Nações Unidas sobre Armas Desumanas: aprovada em 1981, ratificada em 1996. Um dos objetivos da CNUAD é banir as minas terrestres.

    COB - Confederação Operária Brasileira: criada em 01/02/1908 por anarquistas, no início da industrialização do Brasil, pregava um sindicalismo revolucionário, tendo a greve como arma. A COB lutava pela jornada de 8 horas. Em 1917, ocorreu um grande movimento grevista, que culminou em greve geral e veio o aumento de 20% sobre os salários, o respeito à COB e as melhorias das condições de trabalho.

    COC - 1. Círculos Operários Católicos: no período do Estado Novo, eram favorecidos pelo Governo para conter a influência da esquerda (comunistas). 2. Curso Oswaldo Cruz, atual Sistema COC de Educação e Comunicação: processo corre no STF contra o advogado e procurador Miguel Nagib, do site Escola Sem Partido, e outros, pela divulgação do texto “Luta Sem Classe”, de Mirian Macedo - Cfr. https://escolasempartido.org/blog/sistema-coc-faz-historia/. Eu também havia sido citado no processo, inicialmente, mas meu nome foi retirado depois que apaguei o texto postado na internet, a pedido de um advogado do COC.

    Cochilo dogmático - “Kant foi o primeiro dos grandes filósofos a ser profundamente influenciado por Hume. Kant relatou que depois de lê-lo acordara do seu ‘cochilo dogmático’. A maior parte da filosofia de Kant consiste em resolver problemas levantados por Hume” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 379). Immanuel Kant é autor da trilogia Crítica: a da Razão Pura (a mais importante – de 1781, revisada em 1789), a da Razão Prática (de 1788) e a do Juízo ou da Faculdade de Julgar (de 1790). Veja Imperativo categórico.

    CODI - Centro de Operações de Defesa Interna. Durante os governos militares, foram criados CODI nos I, II, III e IV Exércitos e nos Comandos Militares de Área (Planalto Central e Amazonas), para combater as organizações terroristas atuantes no Brasil. A OBAN, na verdade o CODI do II Exército (São Paulo), manteve seu nome devido ao sucesso obtido e a mística criada.

    Código de Nüremberg - O Código, de 1947, foi instituído pelo Tribunal Internacional de Nüremberg, encarregado de julgar os crimes nazistas. Foi a primeira tentativa de estabelecer padrões éticos internacionais para a pesquisa com seres humanos. Era um conjunto de 10 regras para experimentos com seres humanos, que porém não se firmou como norma de conduta universal para os pesquisadores.

    Códigos Venona - Revelaram a extensão da espionagem soviética nos EUA durante a década de 1950, que era muito maior do que supunha o senador McCarthy. Veja Caça às Bruxas, Escolas de subversão e espionagem e Macarthismo.

    Coexistência Pacífica - Política de pau nas relações da União Soviética com os EUA, a expressão foi muito usada na época de Nikita Kruschev, o qual defendeu que a vitória sobre o capitalismo se daria através da luta ideológica e da competição econômica, “uma forma superior de luta de classes”. Teve início com a assinatura do Tratado pelo qual a Áustria era desocupada pelas quatro potências e com a retirada das Forças russas da Finlândia. Stálin, porém, em 1937 já teria usado a expressão “‘coexistência pacífica’ entre estados com diferentes estruturas sociais” (PENNA, 1967: 131). O princípio é atribuído a Lênin que, após o período caótico que se seguiu à I Guerra Mundial e, preocupado em consolidar o bolchevismo na Rússia, havia constatado que a oportunidade da “revolução mundial” não se dava naquele momento: “Na Alemanha, na Hungria e em outros países da Europa os levantes comunistas haviam sido liquidados. Cabia, pois consolidar o regime vitorioso na ‘primeira pátria do proletariado’ e objetivar, pelo menos temporariamente, uma coexistência dos comunistas com os Estados não comunistas. Seria um recuo tático, um recuo, um compasso de espera enquanto não estivessem os soviéticos suficientemente fortalecidos para novo alastramento da doutrina à mão armada” (idem, pg. 130). “O XXII Congresso do Partido Comunista da União Soviética afirmou, em 1961, que a coexistência pacífica é a base da competição pacífica entre o socialismo e o capitalismo e que representa ‘a forma específica da luta de classes entre ambos’. Seria a maneira pela qual os países socialistas ‘trabalhariam para a consolidação permanente de seu sistema global na luta contra o capitalismo’" (idem, pg. 131). “A coexistência pacífica se constitui numa das mais perigosas armas do arsenal psicológico comunista, pelas defecções que introduz nas fileiras democráticas, sujeitas ao amaciamento em seu ânimo combativo, levando muitos democratas a descrerem da necessidade de luta dadas as ‘boas intenções’ evidenciadas pelo inimigo da democracia. Na declaração de Khruschev que segue está implícito o verdadeiro sentido de ‘coexistência pacífica’, expressão lançada por ele mesmo na área da guerra política, em substituição à ‘guerra fria’: ‘Conquistaremos o mundo capitalista utilizando essa formidável arma ideológica (o marxismo-leninismo) e não uma bomba de hidrogênio’ (De ‘A Luta pela Paz’)” (COUTO, 1984: 23). A coexistência pacífica não é nada mais que a nova denominação da détente, outra celebrada palavra de pau, preconizada por Stálin em 1921. O objetivo não era o abandono da revolução comunista mundial; a subversão passou a ter prevalência sobre a luta armada; era a “via pacífica” para a tomada do poder, com a vitória política. Nos países onde foi introduzida a subversão comunista da “coexistência pacífica”, a quinta-coluna vermelha passou a contestar a moralidade e a eficiência do governo, a descrença na justiça, insuflar a quebra da hierarquia, a transmitir a insegurança com atuação sobre as instituições tradicionais de um país: família, escola, igreja, forças armadas, organizações diversas, como imprensa, sindicatos, associações de moradores etc. A subversão fez valer suas hierarquias paralelas (“dualidade de poder”), como hoje ocorre com o “orçamento participativo” do PT e a força avassaladora das ONGs. O “poder paralelo” visualiza-se nas “comissões de fábrica”, “milícias operárias”, “milícias rurais” (caso do MST), para a formação de uma central única de trabalhadores que, através de uma insurreição simultânea e geral no campo e na cidade, será instrumento de tomada do poder.

    Coitadismo - “Valorizar a origem humilde é fundamental, mas supervalorizá-la indica um conflito não resolvido, uma contração latente da autoestima e da autoimagem não superadas e uma exploração do coitadismo. (...) Quem fala repetidamente que não ama o poder tem uma paixão clandestina por ele” (CURY, 2012: 113).

    Colarinho azul - Empregados uniformizados de uma empresa.

    Colarinho branco - Executivo de uma empresa, empresário.

    Coldre vazio - Expressão aplicada a sequestro, roubo ou perda de armas nucleares (DoD, USA).

    Coleção História Nova - Para a formação do “homem novo”, a história também deve ser nova. A Coleção de pau surgiu durante o Governo João Goulart, na “Campanha de assistência ao estudante”, do MEC, em que os livros tradicionais de história foram reformulados, os fatos interpretados sob a ótica marxista. O MEC editou também a cartilha “Viver é lutar”, reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos, para a alfabetização rural - ou melhor, alfabetização marxista. A rádio Ministério da Educação (Rádio da Verdade) era utilizada para propaganda comunista. Nada mais que o Pravda (“Verdade”) em ação.

    Coli - Corporate-Owned Life Insurances: sistema de seguro de vida em que empresas americanas fazem em nome de empregados ou clientes, para receber o pagamento após a morte destes. “Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, alguns dos primeiros pagamentos de seguro de vida não foram para as famílias de vítimas, mas para seus empregadores” (SANDEL, 2012: 134).

    COLINA - 1. Comando (ou Corrente) de Libertação Nacional: atual Congresso de Libertação Nacional, o antigo COLINA foi criado em 1968 como dissidência da POLOP. Em 1969, com recursos “expropriados” em assaltos, o COLINA instalou três “aparelhos” em Belo Horizonte, que foram desbaratados pela polícia; na ação contra o 3º aparelho, situado na Rua Itacarandu, foram mortos pelo COLINA o agente Cecildes Moreira de Faria e o guarda civil José Antunes Ferreira, além de ferir gravemente o investigador José Reis de Oliveira. No dia 31/03/1969, o COLINA assaltou a agência do Banco Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, Rio, onde foi morto o comerciante Manoel da Silva Dutra. O COLINA recebeu a adesão de 2 grupos: o Núcleo Marxista Leninista (NML) e a Dissidência da Dissidência (DDD, e em Jul 1969 fundiu-se com a VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares). Teve entre seus quadros o engenheiro Leovi Antonio Pinto Carisio, que acusou, no ano 2000, o tenente do Exército, Carlos Alberto del Menezzi, de torturador, sem apresentar provas; o tenente foi demitido da ABIN, onde trabalhava, enquanto Aloysio Nunes Ferreira (Ronald Biggs tapuia?) permanecia Secretário-Geral de FHC, sendo posteriormente alçado a Ministro da Justiça - exemplo típico de que a Lei da Anistia é aplicada apenas para beneficiar os antigos terroristas. Segundo Jacob Gorender, em seu livro Combate nas Trevas, o assassinato, no dia 01/07/1968, do major do Exército da Alemanha Ocidental, Edward Ernest Tito Otto, então cursando a ECEME, teria sido um equívoco, já que os assassinos do COLINA pensaram tratar-se do capitão Gary Prado, do Exército da Bolívia, que havia participado do combate ao foco de guerrilha que Che Guevara tentava implantar naquele país, onde acabou morto. A presidente Dilma Rousseff participou do grupo terrorista. 2. Colina: Grupo paramilitar, ligado ao Serviço de Inteligência Nacional (SIN), durante o Governo de Alberto Fujimori, acusado de promover o extermínio, para combater o terrorismo, especialmente o Sendero Luminoso (Peru); esse grupo surgiu após a dissolução do Congresso e “autogolpe” de Fujimori, em 1992.

    Colônia Cecília - “A Colônia Cecília foi uma tentativa anarquista no Brasil do fim do século 19. Por indicação de Carlos Gomes, o famoso compositor, o jornalista e agrônomo anarquista italiano Giovanni Rossi obteve de D. Pedro II uma gleba, em Palmeira (Paraná). A experiência, porém, teve início apenas em 1889, já proclamada a República, e visava instaurar uma comunidade que fosse o núcleo inicial de uma ‘sociedade nova’, baseada no trabalho livre, na vida livre e no amor livre. O fracasso foi completo e já em 1893, Rossi abandonava a Colônia Cecília para lecionar agronomia em Taquari-RS” (LINDENBERG, 1999: 121 – rodapé). Antes da Colônia Cecília, foi criada por socialistas franceses uma colonização fourierista na região de São Francisco, SC (1841-1844) - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/colonizacao-fourierista-no-sul-do.html. Como a Colônia Cecília, essa comunidade pau-de-sebo francesa foi também para o brejo.

    Colossus - Primeira máquina programável da história, construído na Inglaterra em 1943 como parte do projeto militar do país para decodificação das mensagens nazistas criptografadas pela máquina “Enigma”. Permitiu iludir Hitler de que o desembarque dos Aliados seria em Calais e não na Normandia (Operação Overlord) e impediu o Marechal Rommel de chegar ao Egito. O “Colossus” foi parte fundamental da Máquina Universal de Turing, projetada por Alan Turing. O ENIAC, desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, EUA, em 1946, é erradamente considerado por muitos como o primeiro computador da história. No filme Enigma, de Michael Apted (2001), um matemático decifra código secreto utilizado pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. Este filme mostra a interceptação e a decifração de uma mensagem nazista, através do “Colossus”, quando tropas de Hitler descobriram as ossadas em Katyn - fato escondido do público, na ocasião, porque os Aliados precisavam da ajuda soviética para combater o III Reich. O filme Katyn (2007), de Andrzej Wajda, é baseado no livro “Post Mortem: A História de Katyn”, de Andrzej Mularczik. Alan Turing foi jogado no ostracismo quando foi descoberta sua homossexualidade. Preso, foi posto em liberdade por sua contribuição à ciência, mas obrigado a submeter-se a tratamento com injeções de estrogênio sintético, ou seja, uma castração química com hormônios femininos, que o deixou impotente e com seios. Perseguido, sem emprego, falido, suicidou-se em 07/06/1954, com ingestão de cianeto. Somente em 2009, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu desculpas públicas em nome da realeza. Veja Enigma e Lei de Turing.

    Coluna Guerrilheira - Em 1961, já havia interferência comunista cubana no Brasil. Com a morte de Carlos Marighella, Joaquim Câmara Ferreira (“Toledo”, o novo líder da ALN), viajou a Cuba, onde entrou em contato com Manuel Piñero, chefe do serviço secreto cubano, para tratar de ações revolucionárias no Brasil. “Um novo contingente preparado em Cuba deveria retornar ao País, para a retomada da luta. Washington Mastrocinque, codinome ‘Comandante Raul Sotelo Soto Maior’, designado pelos cubanos, seria o comandante desse contingente, a ser instalado no norte do País. Câmara Ferreira e Mastrocinque (“Toledo” e “Raul Sotelo”) montaram o esquema operacional de entrada do contingente guerrilheiro, com a assessoria dos cubanos Daniel Herrera e Piñero. (...) A Coluna Guerrilheira era uma concepção de Marighella, conjugando a experiência da coluna Miguel Costa-Prestes com as táticas dos cangaceiros, que admirava. Câmara Ferreira, em reunião com Carlos Eugênio Paz (“Clemente”), Hélio Pereira Fortes e outros membros da ALN, acerta, inicialmente, as ações que seriam realizadas, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, para marcar a passagem do primeiro ano da morte de Marighella (“Fabiano”). (...) O lançamento da coluna e o anúncio do início da guerrilha no campo se dariam no dia 15 de novembro de 1970, com a ocupação da cidade de Rainha do Norte” (AUGUSTO, 2011: 77-9). Raul Sotelo, acompanhado de Zelik Trajberg e portando passaporte cubano, percorreu o interior de vários Estados brasileiros e nada encontrou para dar início à ação guerrilheira. Ficou espantado quando Câmara Ferreira propõe atentados contra personalidades norte-americanas. Em junho de 1970, depois de voltar a Cuba, Mastrocinque desertou e foi a Paris, levando trezentos mil dólares. “A decisão para matá-lo era irrevogável. Ele tinha conhecimento detalhado de todos os contatos da organização e das ideias e projetos cubanos de luta armada na América Latina. Sua única alternativa para tentar furtar-se ao ‘justiçamento’ seria a devolução do dinheiro que recebera. Jogou a valise com os dólares nos jardins da Embaixada de Cuba em Estocolmo, avisando por telefone. Isolou-se em Lund, em absoluto silêncio” (idem, pg. 80). Câmara Ferreira foi preso em Vila Mariana, São Paulo, e morreu de ataque cardíaco em 23/10/1970, quando era o líder da Frente de Mobilização Revolucionária (FMR). Na ocasião, foi encontrado com o terrorista uma carta de Frei Osvaldo Rezende, onde “constavam contatos internacionais, projetos políticos em execução no exterior e ligações com os governos de Cuba e da Argélia” (idem, pg. 114). O terrorista Carlos Eugênio Paz, em seu livro “Viagem à Luta Armada” (Civilização Brasileira, Rio, 1996) afirma que Câmara Ferreira foi torturado até a morte pelo delegado Fleury. As mentiras que a esquerda espalha...

    Coluna Prestes - Movimento político-militar de origem tenentista, que entre 1925 e 1927 se deslocou pelo Brasil pregando reformas políticas e sociais e combatendo o Governo do Presidente Arthur Bernardes. A Coluna percorreu cerca de 15 mil km antes de se dissolver e se refugiar no Paraguai e na Bolívia. No entanto, a desinformação esquerdista fala em 25 mil e até 36 mil km percorridos! O nome original da Coluna era Miguel Costa-Prestes. Com o tempo, a esquerda se “apossou” da Coluna e a batizou de Prestes, passando a ser uma das mais célebres expressões de pau para o enaltecimento da vida e obra do agente moscovita chamado Luiz Carlos Prestes. Um conjunto de 28.000 cartas, manuscritos e fotos de Juarez Távora, tornados públicos em 1999 pelo CPDoc da Fundação Getúlio Vargas, e outros relatos comprovam que a “Marcha” não foi conduzida pelo “Cavaleiro da Esperança”, como escreveu Jorge Amado, mas por um bando de cangaceiros, que impuseram o terror por onde passaram. “Um capitão escreveu aos líderes reclamando dos saques, estupros e incêndios causados pelos ‘revolucionários’ no Paraná, no Paraguai e no Mato Grosso. ‘Tropa que diz bater-se pela liberdade dum povo não pratica incêndios, saques e não viola senhoras indefesas, como até aqui se tem praticado’, escreveu o capitão Antonio Teodoro. Cinco anos antes da liberação desses documentos, a jornalista Eliane Brum tinha descoberto o mesmo rastro de crimes ao refazer o trajeto da Coluna Prestes. Entrevistando antigos moradores que presenciaram a passagem da Coluna, ela se deu conta de que a maioria deles guardava ódio de Prestes e seus seguidores. Histórias de violência eram comuns do Paraná à Paraíba. Como a de que os cavaleiros, ao passar pela cidade de Posse, hoje Tocantins, torturaram moradores para saber onde eles tinham escondido o gado. Perto dali, moradores disseram à jornalista que, em abril de 1926, integrantes da Coluna invadiram uma casa para estuprar uma mulher na frente de seu marido” (NARLOCH, 2010: 298).  A esse respeito, veja, ainda, as reportagens “Marcha de horrores” (revista Veja” 09/06/1999 - http://veja.abril.com.br/090699/p_148.html, link já “detonado” pelo “Assassinato da Memória”, mas texto disponível em http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2012/08/coluna-prestes-uma-marcha-de-horrores.html) e “Os algozes da Coluna Prestes” (jornal Correio Braziliense, 20/6/1999). Quanto mais crimes são denunciados, Prestes e Che Guevara se firmam cada vez mais como heróis da História de Pau Universal. Leia “Coluna Prestes”, do CPDOC/FGV, em http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/COLUNA%20PRESTES.pdf e veja o mapa do itinerário da Coluna em https://atlas.fgv.br/marcos/tenentismo/mapas/coluna-prestes-no-tempo-e-no-espaco. Veja Jovens Turcos.

    Comandante Fidel & Ditador Pinochet - A maniqueísta língua de pau socialista consegue fazer uma interessante distinção entre dois ditadores, Fidel Castro e Augusto Pinochet. O ditador barbudo, dono da Ilha por mais de 40 anos, era do “bem”, merecia todas as honras e adulações, devia ser chamado de el comandante, nunca de “ditador”. Para a esquerda, Pinochet sempre foi um ditador sanguinário de direita que explorou seu povo, apesar de ter deixado o poder depois de um plebiscito que ele mesmo convocou. Porém, como diz o provérbio, “pela árvore se conhecem os frutos”. E os frutos aí estão: Pinochet, ao derrubar o governo do comunista Salvador Allende, que queria transformar o país numa sucursal de Moscou, salvou os chilenos da desgraça e construiu os alicerces que hoje sustentam uma sociedade democrática. O povo cubano, pelo contrário, colheu um fruto podre com a ditadura de el coma andante, se tornou miserável e consome menos carboidratos que os antigos escravos negros da Ilha. Não há liberdade no país a não ser para bajular o tirano de ocasião e a situação só não é pior porque exilados cubanos remetem, dos EUA, milhões de dólares, anualmente, a parentes que permaneceram na Ilha do Dr. Castro.

    Comando Delta - Comando pauleira fake history, responsabilizou-se pelas explosões ocorridas no Riocentro, na noite de 30/04/1981. Veja Caso Riocentro.

    Comando Donosti - Comando armado do ETA, baseado em San Sebastian, capital do “País Basco”. Era o grupo mais violento do ETA, responsável por uma série de assassinatos de políticos do Partido Popular, do Primeiro Ministro José María Aznar. Foi acusado de uma onda de assassinatos de vereadores e prefeitos em 1998 nas províncias bascas de Guipuzcoa e Biscya, e em Navarra. Em 1997, sequestrou e assassinou o vereador de Ermua, Miguel Ángel Blanco, ocasionando comoção em toda a Espanha. Em março de 1999, foi preso em Paris o chefe militar do ETA, José Javier Kantauri Arizcuren, e a etarra Irantxu Gallastegui Sodupe, acusada de assassinato do vereador Blanco.

    Comando Geral dos Trabalhadores Intelectuais - Foi criado em 1963 por intelectuais, para pregação comunista. “Em 1963, a subversão, até então conduzida mais ou menos na clandestinidade, aflorou. Como não havia certeza do seu sucesso e até como uma forma de pressão, começou a colocar-se à luz do dia. Nesse ano, foi criado o Comando dos Trabalhadores Intelectuais. Esse Comando, reunindo nomes como Dias Gomes, Jorge Amado e Ênio Silveira, constituiu-se num baluarte da propaganda esquerdista. A infiltração comunista se derramou sobre o ensino em todos os níveis, com a orientação e apoio do próprio Ministério da Educação e Cultura. A UNE criou centros populares de cultura que submeteram a população a uma intensa propaganda esquerdista. A UNE, além de receber vultosos subsídios do Ministério da Educação e Cultura, recebia subsídios financeiros e propaganda da União Internacional de Estudantes (UIE), uma entidade de fachada do Movimento Comunista Internacional onde a UNE tinha um representante: um dos vice-presidentes dessa UIE era da UNE, um brasileiro. (...) Atendendo uma específica orientação da Internacional Comunista, o PCB realizou, em Niterói - O Governador da Guanabara [Carlos Lacerda] negou a permissão para a realização do evento em seu Estado - um encontro de solidariedade a Cuba com a presença de representantes de mais de oitenta países. Apesar das mensagens de solidariedade enviadas para esse encontro pela União Soviética e pela China, a vedete do encontro foi Prestes. Este, entre outras pregações revolucionárias, profetizou que o Brasil teria o privilégio de ser a segunda nação Latino-Americana, onde o socialismo seria implantado” (Gen Div Agnaldo Del Nero Augusto, HOE/1964, Tomo 5, pg. 98-99). Veja Congresso Continental de Solidariedade a Cuba.

    COMECON - Council for Mutual Economic Assistance (Conselho para Assistência Econômica Mútua dos Países da Europa Oriental): criado por Stálin em 1949, para reconstrução do bloco socialista (Cuba entrou no Conselho em 1972). Seus membros eram: Bulgária, Cuba, Tchecoslováquia, República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), Hungria, República Popular da Mongólia, Polônia, Romênia, União Soviética e Vietnã (a Iugoslávia tinha status de Associada). A Albânia foi excluída em 1961. O COMECON foi dissolvido em 1991, após a queda dos regimes comunistas na Europa Oriental.

    Comissão Bipartite - “Desde 1970, bispos e generais se encontravam sigilosamente para conversar sobre o tema [desaparecidos] na chamada Comissão Bipartite. Apesar desse canal de diálogos, as relações entre a Igreja e o Estado se azedaram definitivamente em 1973 por causa da morte do estudante de Geologia da USP, Alexandre Vannuchi Leme. (...) A morte de Vannuchi fez com que a cúpula da Igreja Católica no Brasil abraçasse definitivamente o tema dos direitos humanos como eixo principal das críticas ao regime” (NAPOLITANO, 2014, 243-244).

    Comissão Geral de Investigação - “Com muito critério, essa Comissão procedeu aos levantamentos para identificar, em todo o País, as pessoas envolvidas em subversão e corrupção, ações deletérias e lesivas ao interesse nacional, a fim de enquadrá-las nas penas da lei revolucionária. Instruiu, pois, os necessários processos de cassação dos direitos políticos, sem prejuízo das demais sanções da legislação penal, para serem levados à apreciação do Presidente da República” (Gen Div Tasso Villar de Aquino - HOE/1964, Tomo 9, pg. 81). O general Aquino foi chefe da CGI. “Nesse período [governo João Goulart], servindo no 3º. Regimento de Infantaria (3º. RI), em Niterói, RJ, jovem tenente ainda, lembro-me bem que a divisão entre militares de direita e de esquerda nos trazia muita inquietação e até uma certa aflição, por não sabermos quem era quem. Um ambiente que realmente contrastava com a nossa formação militar, assentada na hierarquia e na disciplina. No 3º. RI o oficial-de-dia não dormia: passava a noite de metralhadora na mão, acordado, indo aos postos, preocupado com a segurança. Para que se tenha uma ideia da desordem que ocorria no interior da caserna, cito um graduado, 3º. Sargento Quintanilha, que era o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos de Niterói, e que se ligava diretamente com o Presidente da República” (Gen Div Théo Espindola Basto - HOE/1964, Tomo 12, pg. 128). Acrescenta o general Basto que, em visita a um companheiro de seu pai, da turma de 1937, então coronel, no QG, Rio, este “estava acionando a greve na Central do Brasil! E comentou: ‘Nós temos que resolver os problemas populares’. Portanto, era um oficial do Comando do I Exército, usando telefone interno, interferindo na Central do Brasil, com evidente respaldo de seu Comandante” (idem, pg. 129).

    Comissão Nacional da Verdade - “Os homens odeiam a verdade quando ela lhes é contrária” (Sócrates). “Fraudar o passado é a mais antiga forma de controle do conhecimento: se você tem o poder sobre a interpretação do que aconteceu antes (ou pode simplesmente mentir sobre isso), o presente e o futuro estão à sua disposição. Portanto, é simples prudência democrática assegurar que os cidadãos sejam historicamente informados” (JUDT, 2014: 284). Parida pelo famigerado Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), o qual foi escrito a quatro mãos pelos antigos terroristas Dilma Rousseff e Paulo Vannuchi, a Lei no. 12.528, de 18/11/2011, que criou a Comissão, teve como meta reescrever a história recente do Brasil, dentro da ótica marxista, em claro revanchismo contra os militares. O mote é sempre o mesmo: qualificam os militares que combateram a subversão comunista como “torturadores”, a exemplo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que respondeu a processos atrás de processos. O coronel Armando Avólio Filho também teve sua carreira precocemente encerrada, ao ser acusado de torturador quando era adido militar na Inglaterra. A Comissão pau-de-sebo deveria mudar seu nome para “Comissão da Calúnia” (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/a-comissao-da-calunia-por-general.html), como disse o general Maynard Marques de Santa Rosa, já que todo esquerdista é fã de Lênin, que afirmou: “Os comunistas deveriam lembrar-se de que falar a verdade é preconceito pequeno-burguês. Uma mentira, por outro lado, é muitas vezes justificada pelo fim”. Ives Gandra compara a Comissão espúria aos Borg da série Star Trek (Jornada nas Estrelas), humanos robotizados que pretendem “assimilar” todos os povos do universo, ou matá-los. “Os Borgs representam as ditaduras ideológicas, que não admitem contestação e que procuram dominar os povos, eliminando as oposições e as verdadeiras democracias. (...) Não creio que a Comissão da Verdade venha auxiliar muito este seu projeto [da presidente Dilma Rousseff], na medida em que, sobre relembrar fantasmas do passado e rememorar dolorosos momentos de uma história em que militares e guerrilheiros torturaram e mataram, tende a abrir feridas e acirrar ânimos. (...) Sou favorável a que os historiadores - e não os políticos - examinem, pela perspectiva do tempo, o ocorrido naquele período, pois não são os políticos que contam a história, mas aqueles que se preparam para estudá-la e examinam-na, sem preconceito ou espírito de vingança” (Ives Gandra da Silva Martins, in Os Borgs e a Comissão da Verdade - Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/os-borgs-e-comissao-da-verdade-por-ives.html). De fato, esse trabalho espúrio da Comissão deveria ser deixado aos historiadores, não entregue ao “Esquadrão de Reescritores” petista-orwelliano. Diz a historiadora vencedora do prêmio Pulitzer pela obra Canhões de Agosto: “Cabe ao historiador a tarefa de dizer sobre o que é a história humana, e quais são as forças que realmente nos impulsionam” (TUCHMAN, 1995: 46). Há um dito que diz que “a mentira é como carvão; quando não queima, suja”. O objetivo da Comissão da Calúnia é queimar a História recente do Brasil e sujar os nomes dos militares que combateram os terroristas. “A memória do que se passou nos últimos quarenta anos está sendo totalmente apagada, caricaturada, recontada, reescrita, safenada, já fizeram ‘o diabo’ com essa história” (Olavo de Carvalho - HOE/1964, Tomo 3, pg. 102). Enganando a sociedade, a esquerda tenta seguir a máxima de Aristóteles Onassis: “Não ser descoberto na mentira é o mesmo que viver na verdade”. O que dizer sobre essa neurose da esquerda, de tentar modificar sua biografia, destruindo o passado? Freud explica: “O passado rejeitado volta com redobrada força”. Por que perpetuar esse conflito com o passado? É Hitler que responde ao “fascismo alegre”: “Deve-se permitir que as pessoas entrem em atrito mútuo. O atrito produz calor, e calor é energia”. A presidente Dilma Rousseff anunciou no dia 10/05/2012 o nome dos 7 integrantes da Comissão da Verdade: José Carlos Dias (ministro da Justiça no governo Fernando Henrique), Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça), Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada de presos políticos, entre eles Dilma Rousseff), Cláudio Fontelles (procurador-geral da República no governo FHC), Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata), Maria Rita Kehl (psicanalista e petista) e José Cavalcante Filho (jurista). Sete, a conta do mentiroso... Esse verdadeiro “Esquadrão de Reescritores” orwelliano terá 2 anos para assassinar a História recente do Brasil. Ou seja, a campanha midiática “Dois Minutos de Ódio” de “1984”, de George Orwell, foram transformados pela terrorista Dilma Rousseff em “Dois Anos de Ódio contra os Militares”. Vale lembrar que a presidente foi a comandante-em-chefe das Forças Armadas, as quais ela deveria respeitar, não destilar seu ódio e patifaria sem limites. Houve também comissões estaduais, filiais do Pravda (“Verdade”, em russo) tupiniquim, além das OABs, de estudantes, sindicalistas e até de índios. A de Pernambuco chamar-se-á D. Hélder Câmara. “O Ministério da Verdade - ou MINVER, em novalíngua - era completamente diferente de qualquer outro objeto visível. Era uma enorme pirâmide de concreto branco, erguendo-se, terraço sobre terraço, 300 m sobre o solo. De onde estava, Winston conseguia ler, em letras elegantes colocadas na fachada, os três lemas do Partido: Guerra é paz; Liberdade é escravidão; Ignorância é força” (ORWELL, 2007: 11). Nada a ver com o edifício piramidal de Londres, o Shard London Bridge, todo espelhado, com mais de 300 m de altura... Minha contribuição para a Comissão da Calúnia pode ser vista em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/carta-comissao-nacional-da-verdade-por.html.

    Comissão Sábato - O nome da Comissão reporta-se a Ernesto Sabato. Relatório apresentado em 1984, durante o Governo Raúl Alfonsín, sobre a história da ditadura militar argentina. As provas e revelações do resumo do relatório, de 400 páginas, apoiadas por 50.000 páginas de documentação, deu origem ao título Nunca Más, nome utilizado, posteriormente, pela Arquidiocese de São Paulo em seu “Brasil: Nunca Mais”.

    Comitê contra a Prisão e a Perseguição Política no Brasil - ONG cujos advogados defendiam integrantes que pregavam a luta armada, como o grupo Forças Socialistas de Libertação Nacional (FSLN), surgido no Norte do Estado do Rio de Janeiro, em 2000. No dia 17/08/2000, 11 homens das FSLN assaltaram um posto policial (Departamento de Policiamento Ostensivo - DPO), em Carapebus, norte do Estado do Rio de Janeiro, roubando armas e pichando a cidade com os dizeres: “A solução para o Brasil é a luta armada. FSLN”. O líder era o ex-paraquedista Nelson Faria Marinho, então com 56 anos, que foi preso.

    Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos (CDDL) - Organização islâmica estabelecida em Londres, é “o maior e mais bem-organizado grupo de oposição islamita saudita e desfruta de acesso à elite saudita no Ocidente e em sua pátria” (BODANSKY, 2002: 194). No início dos anos de 1990, mostrava-se um movimento islamita “modernista”, para criar uma imagem de “moderado” no Ocidente. Porém, após a divulgação da palestra do xeque Salman bin Fahd al-Udah (“A Arte da Morte”, que teve a importância de uma fatwa, convocando ao sacrifício da vida humana), este foi preso na Arábia Saudita em setembro de 1994 e o CDLR passou a defender a derrubada do Governo em Riad através da luta armada. Atualmente, a organização islâmica de pau integra a Internacional Islamita do terror.

    Comités de Defensa a la Revolución (CDRs) - Criados por Fidel Castro em setembro de 1960, os Comitês de Defesa da Revolução Cubana foram copiados da STASI (Alemanha Oriental, comunista) que, por sua vez, se inspirou nos nazistas. A partir dos 14 anos de idade, todos os cubanos são obrigados a aderir ao CDR. “Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos antissociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (CUMERLATO, 2001: 55). “Foi a partir das listas estabelecidas pelos CDRs que mais de cem mil pessoas foram interpeladas e vários milhares deles conduzidos a centros de detenção: estádios, edifícios e ginásios” (COURTOIS, 2000: 785). “Desde 1959, mais de cem mil cubanos conheceram os campos, as prisões ou as frentes de trabalho. Entre 15.000 e 17.000 pessoas foram fuziladas” (idem, pg. 788). Não é de admirar que o povo cubano vá em massa às ruas para apoiar o regime de pau de Fidel Castro; ninguém teria coragem de contestar el comandante. Nas eleições para presidente, Fidel costumava ter 100% dos votos dos delegados - uma marca que, certamente, nenhum Papa teve até hoje. Um mural de Che, medindo dez andares de altura, adorna o Ministerio del Interior em Havana, onde fica a polícia secreta de Cuba.

    Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina (COSPAL) - Outro suporte de pau dos onagros soviéticos, a I COSPAL foi realizada em Havana, Cuba, de 31 de julho a 10 de agosto de 1967, evento programado um ano antes, quando foi fundada a OLAS (1966). À COSPAL compareceram Carlos Marighella (à revelia do PCB), Paulo Stuart Wright (pela AP) e o então Senador Salvador Allende, do Chile. A Resolução Final da COSPAL dizia: “O Brasil é o território ideal para a guerra de guerrilhas. É país limítrofe com quase todos os países sul-americanos e nosso trabalho ali será facilitado pelo fato, mesmo, de existir uma oposição difusa e natural ao regime militar de Castello Branco. Até Lacerda é agora oposicionista. (...) O Partido Comunista e os grupos socialistas afins estão dispostos a capitalizar todo o descontentamento, fortalecendo as guerrilhas, lançando-as de diversos pontos do vasto território do Brasil” (Cfr. “ORVIL”).

    Companheiro - O mesmo que “camarada”. Salvador Allende “declarava-se marxista-leninista e chamava às próprias filhas ‘companheira’ Carmen, ‘companheira’ Isabel, ‘companheira’ Beatriz” (NARLOCH, 2011: 263). “Beatriz casou-se com o cubano Luis Fernández de Oña, o comunista que organizou a expedição de Che Guevara à Bolívia antes de ter se tornado um dos chefes da polícia secreta cubana” (idem, pg. 278).

    Complexo de Promoção da Cidadania - Pomposa expressão de pau, apenas significa centro de detenção de “jovens infratores” - outra expressão de pau -, como as Febens espalhadas pelo Brasil e o antigo CAJE de Brasília. Esses centros não promovem cidadania alguma, mas preparam muitos jovens para crimes hediondos quando saírem dos presídios, que normalmente não passam de antros de formação de marginais. Esses CPCs deveriam se chamar Curso de Pós-graduação em Crimes.

    Complexo PUCUSP - Era como o poeta e intelectual Bruno Tolentino se referia aos “intelectuais” do submarxismo existente na PUC e na USP.

    Comuna - Pequeno distrito de governo local. Na China, era a unidade básica na organização da agricultura e governo local rural entre 1958 e 1978; após a desastrosa safra de 1959-1961, o poder das comunas foi sendo delegado às brigadas de produção; durante o movimento das “quatro grandes modernizações”, as comunas foram virtualmente abolidas.

    Comuna de Kronstadt - Em 01/03/1921, a Base Naval de Kronstadt, localizada na ilha de Kotlin, no Golfo da Finlândia, se levantou contra o regime bolchevique. Em 7 de março, o Exército Vermelho enviou 50.000 militares para combater os revoltosos, dos quais cerca de 10.000 morreram antes de esmagar os insurgentes em 17 de março. Os sobreviventes foram sumariamente mortos ou enviados a campos de trabalhos forçados, na Sibéria.

    Comuna de Paris - Governo revolucionário formado na França, que se estendeu de 15 de março a 26/05/1871, durante a Guerra Franco-Prussiana. Era composto por 92 membros que desafiaram o Governo Provisório de Thiers e da Assembleia Nacional. A Comuna, que não tinha conexão com o comunismo, foi uma aliança entre as classes média e trabalhadora. Antes de render-se, os communards executaram seus reféns, inclusive o Arcebispo de Paris. O centro de Paris foi destruído e mais de 10 mil pessoas foram massacradas.

    Comunidades - Segundo a língua de pau, não existem mais favelas brasileiras, apenas “comunidades”. Comunidades como a Mangueira e Cidade de Deus se tornaram famosas por receber visitantes ilustres, como o príncipe Charles e presidentes dos EUA, que ficaram alegres como “pinto no lixo” ao verem as evoluções de capoeiristas, ao som do berimbau, com o rebolado de mulatas. “No início da década de 80, o antropólogo Darcy Ribeiro, então vice-governador do Estado, chegou a declarar que favelas não eram um problema, e sim uma solução - mais uma de suas grandiloquentes frases ocas. Não por acaso foi esse o período de maior favelização da cidade. O governo de Leonel Brizola adotou uma política de liberalidade em relação às construções irregulares e mesmo à segurança pública. A estratégia foi feita na base do ‘deixa eles lá que eles não nos incomodam aqui’, o que refletiu não apenas a falta de visão do problema a longo prazo, mas uma malandragem política que visava à criação de clientelas eleitorais” (in “A cidade que o medo construiu”, de Ronaldo França, revista Veja no. 1850, pg. 41). Hoje, as “comunidades” da cidade do Rio estão loteadas entre traficantes de drogas e milicianos - estes últimos já reinando sobre 57% da área. A “solução” darcyribeirana deu tão certo que o modelo carioca está sendo exportado para todo o país e até para países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.

    Comunismo - Doutrina e sistema econômico-social baseados na propriedade coletiva dos meios de produção. O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, de 1848, afirma que o comunismo seria o estágio final da organização político-econômica humana (Fim da História?). O comunismo foi implantado na Rússia (1917) e depois da II Guerra Mundial em muitos outros países, como a Coreia do Norte (1948), China (1949), Cuba (1961), Camboja, Angola e Moçambique (1975). “Como outras religiões, o comunismo também tem seus escritos sagrados e seus livros proféticos, como O Capital, de Marx, que previu que a história logo terminaria com a vitória inevitável do proletariado. O comunismo tinha seus feriados e festividades, como o Primeiro de Maio e o aniversário da Revolução de Outubro. Tinha teólogos adeptos da dialética marxista e cada unidade do exército soviético tinha um capelão chamado de comissário, que monitorava a devoção de soldados e oficiais. O comunismo teve mártires, guerras santas e heresias, como o trotskismo. O comunismo soviético foi uma religião fanática e missionária” (HARARI, 2018: 307-309 - “Sapiens”). O comunismo, "de maneira persistente e com grande eficiência, explora nossas falhas, contradições e desníveis sócio-econômicos e levanta as bandeiras das reivindicações mais justas e das aspirações mais sentidas de nosso povo" (SAMPAIO, 1966:12). Por que a doutrina comunista se mostra tão atual e tão poderosa no Brasil, onde tremulam bandeiras vermelhas totalitárias nas manifestações de rua, se ela foi varrida de extensas áreas do planeta, como na antiga União Soviética, e está em baixa na própria China "comunista"? O que ocorreu com nossa "Cólquida", com a terra de Macunaíma e a roça de Jeca Tatu? Uma das explicações é que nunca houve um regime comunista em nosso País, assim a população não conhece o perigo que isso significa. Outra explicação é que o Brasil não conseguiu, nas últimas décadas, "decolar" junto com outros países capitalistas, como a Coreia do Sul. “O comunismo, mesmo para os que o condenam, não é mais do que um mal relativo quando comparado com o mal integral, absoluto, que é o nazismo. (...) Os comunistas conseguiram fazer esquecer: que o comunismo custou a vida a pelo menos cem milhões de seres humanos; que inventou os campos de concentração; que deportou populações inteiras; que reintroduziu oficialmente a tortura nos interrogatórios; que levou à falência econômica todos os países onde foi implantado; que esterilizou intelectualmente povos inteiros; que afetou irremediavelmente os seus dados genéticos; que violou a independência de vários países; que recorreu sistematicamente ao terror e à mentira como formas de governo. O nazismo, que fez aproximadamente dez vezes menos vítimas do que o comunismo, foi definitivamente, e com justiça, marcado pelo processo de Nüremberg e submetido à erradicação total através de uma política de desnazificação conduzida de forma particularmente eficaz. O comunismo não foi alvo de qualquer sanção em qualquer país e passa ainda para muita gente como um grupo tão respeitável como qualquer outro. Sim, há toda a legitimidade para nos questionarmos sobre quem ganhou a guerra fria” (VOLKOFF, 2004: 99-100). “Já no século XX, intelectuais socialistas, grandes admiradores da União Soviética, como H. G. Wells e Bernard Shaw, alegam o direito que teria o socialismo de liquidar física e maciçamente classes sociais que representassem um obstáculo à Revolução ou que a retardassem. Em 1933, no jornal The Listener, Bernard Shaw, demonstrando dons de visionário, pressiona os químicos para que ajudem a acelerar a depuração dos inimigos do socialismo, ‘descobrindo um gás humanitário que cause morte instantânea e indolor, em suma, um gás civilizado - mortal evidentemente -, mas humano, destituído de crueldade’. Devemos lembrar que, em seu julgamento em Jerusalém, em 1962, o carrasco nazista Adolf Eichmann invocou em sua defesa o caráter ‘humanitário’ do Ziklon B, que eliminou os judeus nas câmaras de gás do holocausto” (REVEL, 2001: 97). As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no país por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra. Falava-se em cortar cabeças, essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder, haveria, provavelmente, a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil. Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamento e cabeças cortadas”. (Daniel Aarão Reis, antigo terrorista do MR-8, depois professor da UFF - O Globo, 29/03/2004). Veja Museu do Comunismo e Ponerologia.

    Comunismo liberal - A expressão de pau se refere à política do ex-secretário comunista chinês Hu Yaobang, “colaborador extremamente dedicado no prosseguimento da política de modernização da China, iniciada há dez anos [1979] por Deng Xiaoping” (FIORE, 1990: 7).

    Comunista come criancinha - O filme “Evilenko”, dirigido por David Grieco, trata da história do Monstro de Rostov, em que Andrei Romanovic Evilenko ficou famoso por violentar, assassinar e devorar 55 crianças e adolescentes em várias cidades da Rússia, durante um período de cinco anos. Segundo o filme insinua, tal procedimento psicótico foi resultado da Perestroika iniciada por Gorbachev, em que o comunista ficou perdido ideologicamente, sem saber como sobreviver aos novos tempos. O resultado foi o comunista comer criancinha, uma atrás da outra. Vejamos como comunista comia criancinha na antiga Rússia comunista: “No fim da guerra civil, e como sua consequência natural, abateu-se sobre a região do Volga um ano de fome como nunca se tinha conhecido. Como isso não adorna muito a coroa de glória dos vencedores desta guerra, falam sobre ele entre os dentes e sem ir além de duas linhas. No entanto, essa fome chegou até ao canibalismo, até aos pais comerem os seus próprios filhos. Nunca uma fome assim tinha sido conhecida na Rússia, nem sequer no ‘Tempo dos Tumultos’ (então, como testemunham os historiadores, os cereais mantinham-se debaixo da neve durante vários anos, sem serem colhidos). Um só filme sobre essa fome poderia projetar uma luz nova sobre tudo o que vimos e tudo o que sabemos acerca da Revolução e da guerra civil. Mas não há nem filmes, nem romances, nem estudos estatísticos - é algo que se procura esquecer, que não embeleza. Além disso, a causa de qualquer fome, é costume fazê-la recair sobre os kulaks. Mas quando a fome era geral, onde estavam os kulaks?” (SOLJENÍTSIN, 1976: 331). Leia meu texto “Comunista come criancinha” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/comunista-come-criancinha-por-felix.html.

    Conare - Comitê Nacional para Refugiados: vinculado ao Ministério da Justiça, foi criado em 1998. Nesse ano, o escritor cubano Ricardo Alberto Pérez, perseguido pelo regime comunista de Fidel Castro, recebeu proteção na “cidade-refúgio” de Passo Fundo, RS. Em 2002, refugiados do Afeganistão se estabeleceram em Porto Alegre. O Conare negou asilo ao terrorista Cesare Battisti, porém o ministro de Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio ao companheiro de ideologia. Veja PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).

    Conceito Biocêntrico - “Essa ideologia fundamentalista, baseada em um conceito ‘biocêntrico’, considera que o ser humano é apenas um a mais das milhões de espécies da biosfera terrestre, ou seja, o degrada ao nível dos demais seres vivos e lhe nega qualquer papel protagonista no presente estágio da evolução universal. Nessa insidiosa subversão de valores, o meio ambiente é transformado em uma nova entidade de direito próprio, ao qual, alegadamente, devem submeter-se os anseios de bem-estar e progresso da espécie humana” (CARRASCO, 2013: 43). Veja ALF, Eugenia ecológica, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT.

    Concílio Cubano - Frente de oposição cubana, de defesa de direitos humanos, que sofre repressão do governo comunista. Engloba mais de 130 organizações. Líderes: Héctor Palacios Ruiz, presidente do Partido da Solidariedade Democrática; Reynaldo Cosano Allén; Gladys González Noy; Mercedes Parada; Vicky Ruiz Labrit; Gladys Linares Blanco; Pedro Pablo Alvarez. Leonel Morejón Almagro, um dos fundadores da Frente, condenado a seis meses de prisão em 1996, foi proposto por parlamentares americanos para receber o prêmio Nobel da Paz.

    CONCLAP - Conselho Superior das Classes Produtoras: junto com o IPES e outros órgãos, ajudou a promover o Movimento de 1964, que evitou a comunização do Brasil. Veja CAMDE, IBADE e IPES.

    Confeiteiros Sem Fronteira - Grupo anarquista, em 2003 lançou “tortada” na cara de José Genoino, presidente do PT, e do diplomata americano Peter Allgeier, no Rio de Janeiro. Em 2004, a “tortada” foi endereçada a Ricardo Berzoini, Ministro do Trabalho, devido à falta de bom senso que teve com os “velhinhos”, em 2003, quando era Ministro da Previdência, exigindo que idosos e deficientes enfrentassem filas quilométricas para recadastramento (prova de vida). Com a ascensão do “fascismo alegre” petralha, sumiram os Confeiteiros, os caras-pintadas da UNE, o procurador do “Petistério Público”, Luiz Francisco de Souza. Mas surgiram o cartunista pró-governo, Chico Caruso, e as manifestações de rua pró roubalheira do PT, organizadas por CUT, PCdoB, MST, PT e seus partidos genéricos (PSol, Rede etc.).

    Conflitos de linha de fratura - Civilizações distintas que dividem um país, são especialmente frequentes entre muçulmanos e não-muçulmanos (Cachemira, Kosovo, Chechenia, Nigéria, Sudão etc.). Atualmente, a Ucrânia vive esse conflito, dividido entre simpatizantes da Rússia e da União Europeia, que já redundou na anexação russa da Crimeia, em 2014.

    Congresso Continental de Solidariedade a Cuba - Promovido pelo PCB, foi realizado no período de 28 a 30 de março de 1963 em Niterói (o Governador Carlos Lacerda proibiu a realização no Estado da Guanabara), reunindo representantes de mais de 80 países. Estavam presentes os deputados federais Alexandre Barbosa Lima, Celso Brandt, Almino Afonso, Francisco Julião e os presidentes do CGT e da UNE. A estrela da festa foi Luiz Carlos Prestes, que “profetizou” que o Brasil teria o privilégio de ser a segunda nação latino-americana onde o socialismo iria triunfar. O Congresso contou com a presença também de Carlos Marighella e Roland Corbisier, e teve o apoio explícito dos governos comunistas da Rússia, da China, do Vietnã, e de personalidades como Bertrand Russell e Pablo Neruda. A abertura do Congresso teve ampla cobertura do Jornal do Brasil, de 28/03/1963 - cfr. em http://memoria.bn.br/pdf/030015/per030015_1963_00072.pdf. Veja Comando Geral dos Trabalhadores Intelectuais.

    Congresso Cultural de Havana - Iniciado em 04/01/1968, o onagro comunista emitiu a seguinte Declaração: “Queremos dizer ao mundo que o grito de guerra do nosso Comandante ‘Che’ Guevara foi escutado; que estamos dispostos - com nossas mãos e nossas gargantas eivadas de ódio e paixão revolucionária - a deixar nossos instrumentos de trabalho, tomar as armas e entoar os cantos guerreiros com o matraquear das metralhadoras e novos gritos de guerra e de vitória” (ORVIL, pg. 266). “No Brasil, as consequências do Congresso foram imediatas. Livros passaram a ser escritos e canções compostas sob a ótica da visão marxista. Nossos ‘intelectuais’ e artistas, forjados nos bares de Ipanema e do Leblon, tomaram a postura de ‘revolucionários’, sempre, porém, insuflando os outros, particularmente os jovens. Os ‘Chico Buarques’, os ‘Callados’ e os ‘Geraldos Vandrés’ proliferaram e ganharam as manchetes como os mártires da ‘censura da ditadura militar’” (ORVIL, pg. 266-267).

    Congresso Pioneril - Congresso das criancinhas comunistas, de Cuba: manipulação da infância e da juventude para as causas do regime e da Revolução. Veja Balillas e Fascismo.

    Congresso Sionista Mundial - O Primeiro Congresso, realizado na Basileia, Suíça, de 29 a 31/08/1897, reuniu 204 dirigentes judeus procedentes de vários países. Teodoro Herzl, presidente do Congresso, definiu assim o Sionismo: “O sionismo é o movimento do povo judeu em marcha para a Palestina; mas, o retorno à Palestina deve ser precedido pelo retorno do povo judeu ao judaísmo”. É o marco inicial da criação do Estado de Israel, em 1948, e a consequente “Questão Palestina”, que prossegue sem solução até os dias atuais. No Congresso, as seguintes resoluções secretas foram tomadas em 3 dias de debates: “1) estimular a colonização da Palestina, povoando-a de judeus, mediante uma emigração metodicamente organizada; 2) organizar o movimento judeu, unificando suas formações espalhadas pelo mundo; 3) despertar, reforçar e mobilizar a consciência judia em todas as comunidades; 4) atuar nos diferentes Estados, para obter o apoio e a anuência dos mesmos para o movimento sionista”. (TRIKI, 1980: 53). Além da Palestina, outros países foram cogitados para estabelecer o “Lar Judeu”, como Madagascar, Equador, Colômbia, Polônia, Venezuela. Ribentropp queria estabelecer os judeus em Madagascar, “sob comando alemão, mas com administração judaica” (CURY, 2013: 223). “No fim de 1937, a ideia de favorecer um Estado judeu na Palestina, que Eichmann desenvolvera, já havia esfriado bastante. (...) O Ministério do Exterior alemão era resolutamente hostil à noção de um Estado judeu na Palestina. Porém, a emigração continuava a ser o objetivo” (KERSHAW, 2010:485). “Hoje sou aclamado na Alemanha como um homem de ciência alemão e na Inglaterra sou apresentado favoravelmente como um estrangeiro judeu. Mas, se as minhas teorias fossem repudiadas, os alemães condenar-me-iam como estrangeiro judeu e os ingleses me expulsariam como alemão” (Einstein, apud PEREIRA, 1962: 1014). Veja Diáspora judaica e Sionismo.

    Conhecimento é poder - “Em 1620, Francis Bacon publicou um manifesto intitulado Novum Organum [Novo Instrumento], no qual afirmou que ‘conhecimento é poder’. A real prova de fogo do ‘conhecimento’ não é se é verdadeiro, mas se nos dá poder. Os cientistas geralmente presumem que nenhuma teoria é 100% correta. Em consequência, a verdade não é um bom parâmetro de teste para o conhecimento. O parâmetro real é sua utilidade. Uma teoria que nos permite fazer novas coisas constitui conhecimento” (HARARI, 2018: 350 - “Sapiens”).

    Consciência cidadão mundial - Expressão pauleira utilizada pelo socialista Lionel Jospin, que foi Primeiro-Ministro da França. Claro, desde que a consciência seja esquerdista.

    Consejo de Educación de Adultos de América Latina (CEAAL) - Organização de pau ligada ao onagro Foro de São Paulo. Veja Foro de São Paulo.

    Conselho Mundial das Igrejas Cristãs - A Christian Church World Council (CCWC) é um clássico da desinformação. Não existe tal entidade, mas existe a World Council of Churches (Conselho Mundial de Igrejas - CMI). Na letra “I” de suas “Diretrizes Brasil no. 4 - Ano 0”, de 1981, lê-se uma Grande Mentira junto de algumas verdades: “É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes, para o seu desfrute pelas grandes civilizações europeias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico”. Em 1997, o Cardeal Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, denunciou o CMI por sua atuação em favor de movimentos armados marxistas na América Central. “Quanto às diretrizes em si próprias, apesar de refletirem com fidelidade o pensamento e as intenções da agenda do CMI, a linguagem explicitamente agressiva era uma forma de tornar os fatos reais imunes a críticas - velho truque integrante do arsenal de Inteligência, como as representadas no próprio CMI. Desafortunadamente, ainda hoje, mais de duas décadas a sua divulgação original, as ‘Diretrizes’ ainda são apontadas por nacionalistas brasileiros como uma evidência da cobiça internacional sobre a Amazônia, o que demonstra a eficiência dos métodos operacionais dos círculos oligárquicos que, efetivamente, a têm na sua alça de mira” (CARRASCO, 2013: 131). “Fatos reais” não existem; ou são fatos, ou não são. Por ventura existiria “fato irreal”? Leia “Diretrizes no. 4, do CMIC - Um clássico da desinformação” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/diretrizes-brasil-no.html. Veja Antropólogos da ação, CMI, Desinformatsya, Grande Mentira e MRTA.

    Consenso de São Paulo - O mesmo que Consenso Sul. Em 18/06/2004, na cidade de São Paulo, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento, foi elaborado um documento, com destaque para o “comércio Sul-Sul” e conceitos langue de bois pastosos como “só um comércio justo e equitativo pode ser um motor do desenvolvimento”.

    Consenso de Washington - Expressão criada pelo economista inglês John Williamson, em 1989, designa a convergência de diversos governos para as decisões políticas e econômicas do governo norte-americano e de organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

    CONSIR - Comissão Nacional para a Sindicalização Rural: criada pelo Ministério do Trabalho do governo João Goulart, em meados de 1963, para mobilizar os camponeses e apresentar reformas sociais nas áreas rurais. Esse apoio de Goulart à sindicalização equilibrava a crescente influência do Partido Comunista entre os camponeses e supria o presidente de sua própria massa de manobra rural, com a qual poderia pressionar os proprietários de terra e seus representantes políticos.

    Consistórios protestantes - À semelhança da Inquisição Católica, muitas pessoas foram queimadas vivas em Consistórios Protestantes, acusadas de heresia. O médico espanhol Miguel Serveto, ao negar o dogma da Trindade, morreu na fogueira acesa por João Calvino, em Genebra, Suíça, em 1553.

    Conspiração - Palavra de pau da esquerda, endereçada preferencialmente aos Estados Unidos, destinada a camuflar a nossa burrice e insensatez, culpando os yankees pela desgraça nacional. Toda a intelligentsia latino-americana cultiva esse tipo de ressentimento, agora com redobrado vigor, depois da queda do Império Soviético. Sabe-se que antes de ocorrer a tragédia da Base de Lançamentos de Alcântara, em 2003, quando morreram 21 engenheiros e técnicos (a nata da inteligência espacial brasileira), alguns dos funcionários mortos tinham recebido choques elétricos enquanto preparavam o foguete e, mesmo assim, continuaram o trabalho. Outros portavam celulares na cintura. Sabe-se também que o projeto estava sendo tocado às pressas, com poucos recursos e nenhum tipo de precaução especial. Pressa do sucessor de FHC, vulgo Nove Dedos, para integrar o seleto clube dos “com foguetes”? Muitos brasileiros - incluindo militares - acreditam piamente que tudo não passou de mais uma conspiração norte-americana, que teria explodido a Base de Alcântara operando instrumentos sofisticados de longa distância. É perfeito o enfoque de José Luís Fiori, economista e doutor em Ciências Políticas, a respeito do assunto: “O desastre social brasileiro foi sempre de inteira responsabilidade dos próprios brasileiros, das suas classes dominantes, e da forma antissocial e reacionária com que exerceram o poder e o seu permanente autoritarismo antipopular” (in “Um país ao sul dos impérios”, Correio Braziliense, 22/07/2001). Sobre a explosão da Base de Alcântara, leia http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/explosao-no-centro-de-lancamento-de.html.

Conspiração da Pólvora - Em 1605, um grupo de conspiradores católicos, junto com o especialista em explosivos Guy Fawkes, planejou explodir o Parlamento inglês com 36 barris de pólvora, em sessão inaugural, com a presença do rei protestante Jaime I e de sua corte. Fawkes foi condenado à forca, por traição e tentativa de assassinato, e os outros conspiradores foram também executados. O autor de quadrinhos britânico Alan Moore criou V for Vendetta, um anarquista que usa a máscara estilizada de Guy Fawkes. Em 2006, foi lançado o filme “V de Vingança”.

Construtivismo Russo - Movimento artístico que ocorreu na Rússia a partir de 1919 e se estendeu até 1927, quando os artistas do movimento foram perseguidos por Stálin. Aleksandr Mikhailovich Rodchenko, casado com a artista Varvara Stepanova, foi o artista que mais se destacou. O movimento foi também conhecido como “Grande Experiência”.

Consulta às bases - Expressão de pau que todo político gosta de usar, especialmente os deputados federais e senadores, para explicar por que não compareceram no Congresso para votar as leis. Na verdade, os políticos não têm interesse de fazer uma consulta séria às bases, ou seja, ao seu eleitorado, para conhecer os reais anseios da população. Pesquisas de opinião indicam o rumo que deveria nortear os políticos, porém eles apenas se esforçam em conseguir alguma verba pública para realizar maquiagem no seu Estado ou Município, jamais se empenham em aprovar leis que o eleitorado clama há anos, como a redução da maioridade penal, de 18 para 16 ou 14 anos, a prisão para condenados em segunda instância, o fim do foro privilegiado e a prisão perpétua (ou até a pena de morte) para criminosos irrecuperáveis que cometeram crimes hediondos.

Contabilidade criativa - O economista-chefe do Banco Santander, Alexandre Schwartsman, foi demitido da instituição porque afirmou, em 2011, durante um seminário no qual participava o presidente da Petrobras, que o governo petista usou “contabilidade criativa” para inflar o patrimônio da estatal, de modo a se tornar maior que a Vale, disponibilizando parte do petróleo do pré-sal como garantia de injeção de dinheiro chinês na empresa.

CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura: fundada em meados de 1963 por três Federações católicas conservadoras do Nordeste (inclusive o SORPE) e pela Federação dos Círculos Operários de São Paulo (patrocinada pelo IPES e de orientação católica).

Conto filosófico - Inventado por Voltaire, com “Cândido”, publicado em 1759, o livro é uma espécie de autobiografia espiritual do autor, em tom de sátira, em que a melhor coisa que um homem tem a fazer é “cultivar seu jardim”, isto é, fazer o melhor que puder de sua vida e não se meter com a vida dos outros. Enquanto obras metafísicas, como “O Progresso do Peregrino”, de John Bunyan, defendem que o homem viva nesta Terra para as glórias do Céu, “Cândido” quer alcançar o Céu na Terra. O pensador brasileiro José Osvaldo de Meira Penna publicou “Cândido Pafúncio - Numa história contada por um idiota”, em que há, entre outros espantos, a figura de Dom Hans Epaminondas Dummkopt e uma certa República Democrática Popular Progressista, Revolucionária e Científica de Pongo-Pongo.

Contrarrevolução de 1964 - Após a anarquia promovida no Brasil pelo Governo João Goulart (“Jango”), no dia 31/03/1964, sob a exigência dos jornais e a aclamação da população brasileira, é desencadeada a “Revolução de 31 de Março”, apelidada pelos opositores como “golpe militar”, mas que foi na verdade uma Contrarrevolução, ou contragolpe, por suspender o processo revolucionário em andamento no País - cfr. Edição Histórica da revista Manchete em https://www.conjur.com.br/dl/manchete-abr1964.pdf. Em 19/08/1961, Jânio Quadros condecorou Che Guevara com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, que “foi a cerejinha do bolo atirado na cara dos mais reacionários. Mesmo que essa condecoração fosse o resultado da liberação, por parte do líder da Revolução Cubana, de sacerdotes católicos condenados ao fuzilamento em Cuba, a medalha causou grande mal-estar e confusão, consolidando a imagem de um político contraditório, oportunista e ideologicamente ambíguo” (NAPOLITANO, 2014: 32). Antecedentes: Quando Jânio Quadros renunciou à presidência, Jango estava em viagem à China comunista, acompanhado de “líderes trabalhistas, convocados para observação e estudo das comunas populares daquele país” (AUGUSTO, 2001: 70). Na China, Jango fez “um pronunciamento radical, em que revelou sua intenção de estabelecer também no Brasil uma república popular, acrescentando que, para tanto, seria necessário contar com as praças para esmagar o quadro de oficiais reacionários” (idem, pg. 71) - prenúncio da Revolta dos Marinheiros, no Rio de Janeiro, e da Revolta dos Sargentos, em Brasília. Em janeiro de 1964, Luiz Carlos Prestes viajou a Moscou para prestar contas dos últimos trabalhos do PCB, desenvolvidos à luz da estratégia traçada por ele e Kruschev em novembro de 1961. Nesse encontro, participaram, além de Kruschev, Mikhail Suslov (ideólogo de Kruschev), Leonid Brejnev (Secretário do Comitê Central do Partido), Iuri Andropov e Boris Ponomariov (Chefe do Departamento de Relações Internacionais). Naquela ocasião, Prestes afirmou: “A escalada pacífica dos comunistas no Brasil para o poder abrindo a possibilidade de um novo caminho para a América Latina. (...) oficiais nacionalistas e comunistas dispostos a garantir pela força, se necessário, um governo nacionalista e antiimperialista. Implantaremos um capitalismo de Estado, nacional e progressista, que será a antessala do socialismo. (...) ... uma vez a cavaleiro do aparelho do estado, converter rapidamente, a exemplo de Cuba de Fidel, ou do Egito de Nasser, a revolução nacional-democrática em socialista (idem, pg. 121-2). Segundo Luís Mir, em A Revolução Impossível, “a exemplo de 1935, a revolução deveria começar, novamente, pelos quartéis” (apud AUGUSTO, 2001: 122). “A Revolução de 1964 deveu-se a duas causas: uma reação ao processo acelerado de comunização do País, que estava em marcha e, principalmente, a tentativa de quebrar a hierarquia e a disciplina - espinha dorsal das Forças Armadas” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 8, pg. 91). A cooptação de militares subalternos, feita por Brizola, pode ser conferida em https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26909/000761662.pdf.  “É crime lembrar que a direita civil armada, pronta e ansiosa para matar comunistas desde 1963, foi pega de surpresa pelo golpe militar e inteiramente desmantelada pelo novo governo, de modo que, se algum comunista chegou vivo ao fim do ano de 1964, ele deveu isso exclusivamente às forças armadas que agora amaldiçoa” (Olavo de Carvalho, in A História, essa criminosa). Olavo se refere às forças paramilitares formadas, principalmente, pelos governadores Carlos Lacerda, da Guanabara, e de Adhemar de Barros, de São Paulo, que pretendiam trucidar os comunistas. “Nessa tarde de 31 de março, particularmente em Cubatão, o sindicalismo peleguista-comunista ocupou a Refinaria Presidente Bernardes [ficou paralisada por 21 dias] e a Cosipa, áreas críticas, certos de que a ‘revolução comunista’ se deflagara. O poder político em Santos, exultante, programara nesse dia homenagem a Jango Goulart” (Coronel Antonio Erasmo Dias - HOE/1964, Tomo 6, pg. 135). “A Alfândega de Santos era o exemplo da instituição da corrupção no âmbito governamental pela ‘máfia’ ligada ao janguismo e pela ‘burguesia-pelega’ da época. Inspetores, conferentes, despachantes, constituindo verdadeiras quadrilhas, não raro com o beneplácito de elementos do Judiciário, como advogados e juízes, forjando mandados de segurança, oficializando o contrabando” (idem, pg. 136). “Andorinhas” faziam viagens aos EUA, de onde “importavam Impalas automóveis de último tipo da época - com porta-malas lotados de muamba com destino ao Paraguai, em trânsito por Santos, como ‘bagagem desacompanhada’” (idem, pg. 136). “A participação da AMAN teve muita importância. A atitude corajosa do general Emílio Médici, colocando os cadetes em posição de combate, foi correta. A nossa juventude não poderia ficar de fora. Essa atitude evitou o ataque das tropas legais à Academia e levou o I Exército, sediado no Rio de Janeiro, a aderir à Revolução. Nenhum chefe militar atacaria a ‘alma-mater’ do Exército” (Gen Div Tasso Villar de Aquino - HOE/1964, Tomo 9, pg. 84). “O regime militar fez várias reformas. Obteve êxito. O papel do Estado na economia foi ampliado numa escala nunca vista. Qualquer setor onde havia alguma dificuldade econômica, a saída encontrada era a criação de uma empresa estatal. E foram surgindo às pencas. O país melhorou a infraestrutura, desenvolveu novos setores produtivos e se integrou à economia mundial diversificando sua pauta de exportações” (Marco Antonio Villa, in “Eles não conseguem desenhar o futuro”, O Globo, 28/06/2011). “Não há provas de que os Estados Unidos instigaram, planejaram, dirigiram ou participaram da execução do golpe de 1964. Cada uma dessas funções parece ter competido a Castelo Branco e seus companheiros de farda. Ao mesmo tempo, há sugestivas evidências de que os Estados Unidos aprovaram e apoiaram a deposição de Goulart quase que desde o princípio. Os Estados Unidos reforçaram o seu apoio ao elaborar planos militares preventivos que poderiam ter sido úteis para os conspiradores, se houvesse a necessidade” (PARKER, 1977: 128). “Os militares parecem haver sofrido, desde o começo, de uma espécie de ‘má consciência’. O sentimento acabou por dividi-los e provocar hesitações nefastas à administração. Ao princípio, um embaixador inglês, Sir Geoffrey Wallinger, ainda podia comparar os militares de Castello Branco aos puritanos de Cromwell, fanaticamente convencidos de sua missão de limpar a corrupção que contaminava o país. Mas as hesitações e as contramarchas entre ‘linha dura’ e ‘legalistas’ acabou comprometendo o projeto e o próprio bom senso” (PENNA, 1994: 163). “Note-se que nenhum dos governos militares jamais foi totalitário. Não existe governo totalitário sem doutrinação das massas” (Otto Maria Carpeaux - HOE/1964, Tomo 3, pg. 120). “O regime militar brasileiro não foi uma ditadura de 21 anos. Não é possível chamar de ditadura o período de 1964-1968 (até o AI-5), com toda a movimentação político-cultural que havia no país. Muito menos os anos 1979-1985, com a aprovação da Lei de Anistia e as eleições diretas para os governos estaduais em 1982. Que ditadura no mundo foi assim?” (VILLA, 2014: 11). “Dos 21 anos do regime militar, dez podem ser considerados uma ditadura - o período de vigência do Ato Institucional no. 5, de 13 de dezembro de 1968 a 31 de dezembro de 1978. Nesse período, o Executivo teve plenos poderes e os exerceu de forma ditatorial, submetendo a sociedade civil e os poderes Legislativo e Judiciário aos seus desígnios” (idem, pg. 370). Na Grécia antiga, havia ostracismo; na Roma antiga, banimento; no Brasil dos governos militares, cassação; em Cuba e demais países comunistas, fuzilamento. “Sobre a Revolução quero dizer, principalmente para aqueles que não viveram a época: cuidado com as imagens distorcidas. Se hoje o Exército Brasileiro tem esse conceito, queiram alguns ou não, sempre foi assim: o Exército não mudou, não foi um tipo de Exército em 1964 e é outro tipo de Exército, hoje. Nossos objetivos são os mesmos, nossos princípios éticos, morais, de patriotismo, de defesa da Pátria, de dedicação, são os mesmos” (Gen Ex Jaime José Juraszek - HOE/1964, Tomo 6, pg. 38). Veja “A verdade sobre a Revolução de 31 de Março de 1964”, live do coronel Reynaldo De Biasi Silva Rocha, em https://youtu.be/xoeimi86JZM. Para maiores informações sobre 1964, acesse “Memorial 31 de Março de 1964” (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html)  e “História Oral do Exército - 31 Março 1964” (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html).

Contrato Social - Obra de pau do filósofo Jean-Jacques Rousseau, escrita em 1792, apresenta uma relação de regras para se atingir uma “sociedade civil perfeita”. “Com o ‘Contrato’, Rousseau pretendeu transformar a sociedade existente, considerada injusta, numa nova sociedade perfeitamente igualitária composta por ‘homens novos’. Para construir a sociedade ideal julga necessário de início que se ame as leis criadas a partir de uma vontade coletiva, estas, por sua vez, coordenadas por elite política sábia, a quem todos se obrigam a obedecer por contrato. Na nova sociedade projetada por Rousseau, o Estado deve controlar todos os aspectos da vida social e econômica dos seus integrantes, pois acredita piamente que ‘a virtude é produto do bom governo e os vícios são muito mais decorrentes de mau governo que próprio dos homens’, pois ‘os homens são seres sociais por natureza e, na sua unidade, bem conduzidos, serão bons, serão felizes, e essa felicidade fará a felicidade da República’” (PONTES, 2003: 37-8). “No ‘Contrato Social’, explica em que tipo de Estado deveria surgir a criança apropriadamente educada. O resultado foi eloquentemente confuso, e o próprio trabalho se apoiou demais na retórica e no paradoxo, o que dificulta a sua clareza. As pessoas se perguntavam se estavam diante de uma celebração da liberdade ou de um projeto totalitário. ‘O Contrato’ é ambas as coisas. Talvez seu valor, como o ‘Leviatã’, de Hobbes, mais claramente argumentado e mais ironicamente elaborado, resida na maneira de atrair a atenção para as reais dificuldades envolvidas na teoria política” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 425-426). O Contrato Social de Rousseau, que inspirou pensadores igualitaristas como Marx e teve influência no positivismo de Comte, deu origem a diversos regimes totalitários: o “bom governo” da Revolução Francesa, com Robespierre e seu “fraterno” regime do Terror; a Revolução Russa e demais regimes comunistas ao redor do mundo.

Controle social da mídia - É o sonho de todo regime esquerdista, como o realizado por Fidel Castro e Hugo Chávez, já foi tentado no primeiro governo do sucessor de FHC, quando os talibãs petistas, em 2004, tentaram implantar a censura prévia nos jornais por meio de um Conselho stalinista - cfr. “Lula quer conselho para fiscalizar jornalismo”, em https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u63040.shtml. Sinônimo pauleira de “democratização da mídia”.

Convenção sobre a Tortura - O Brasil é signatário da “Convenção sobre a Tortura”, adotada pela ONU em 1984. O Brasil transformou a tortura em crime hediondo, com a lei 9.455/1997. Apesar dessa lei, torturas a prisioneiros sob custódia do Estado continuam sendo praticadas no País, como denuncia a ONU todos os anos.

Convergência - Manifesto do físico russo Andrei Sakharov, “pai da bomba de hidrogênio soviética”, de 1968, cujo teor foi contrabandeado para o Ocidente mediante samizdat. Preocupado com o destino da humanidade, à beira de um holocausto nuclear, explosão demográfica, destruição do meio ambiente, da cultura de massa e do dogmatismo burocrático, Sakharov insistia em que deveria haver cooperação entre a União Soviética e os EUA. Ele acreditava que os sistemas soviético e americano estivessem “convergindo”, que dentro de duas décadas a União Soviética estaria “democratizada” e os EUA “socializados”. No mesmo manifesto, Sakharov identifica o regime de Stálin com o de Hitler e de Mao Tsé-Tung, todos “cruéis regimes policiais e ditatoriais” e afirma que pelo menos de 10 a 15 milhões de pessoas pereceram nas câmaras de tortura da NKVD, pela tortura e execução, em campos de exilados kulaks e os assim chamados semi-kulaks e membros de suas famílias, em campos de concentração sem o direito de correspondência, que eram na realidade os protótipos dos campos da morte dos fascistas, onde, por exemplo, milhares de prisioneiros eram metralhados por causa do excesso de população ou em consequência de “ordens especiais”. Muitos pereceram nas minas de Norilsk e Vorkuta de frio, fome e trabalho exaustivo, numa infinidade de projetos de construção, em desmatamentos, na construção de canais ou simplesmente durante o transporte em trens-prisões, nos porões de navios da morte do Mar de Okhotsk, e durante a recolonização de povos inteiros, os tártaros da Crimeia, os alemães do Volga, os calmiques e outros povos cáucasos. No período de 1936 a 1939, Stálin tinha assassinado a metade dos membros do PC; dos 1,2 milhão de membros, só 50.000 sobreviveram. Dizimou os líderes militares e técnicos na década de 1930, facilitando a invasão nazista e a carnificina de russos em 1941, na II Guerra Mundial. Veja Samizdat.

Cooptação política - Processo pelo qual o Estado trata de submeter à sua tutela formas autônomas de participação. Por exemplo, no Governo Vargas, a criação do Ministério do Trabalho e do sistema previdenciário foram transformados em capital político do PTB. Com o governo petista, firmou-se no Brasil o “fascismo alegre”, de base gramscista, que realiza a cooptação “alegre” com todos os setores da sociedade, incluindo a compra de apoio de partidos políticos, para tentar se eternizar no poder: “Dezenas de jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício Rocha. Por pouco não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no quarto do anfitrião. Embora sempre procurasse me manter à distância nessas horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazer sua campanha. Somente três anos depois, quando estourou o ‘escândalo do mensalão’, eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10 milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram que a aliança estava selada, como queriam Lula e Alencar” (KOTSCHO, 2006: 223). O mensalão foi a forma de o PT cooptar partidos da base aliada e parlamentares, com a compra de votos, para aprovação de projetos do governo no Congresso Nacional.

COPAGEL - Cooperativa de Produção Agropecuária Ernesto Che Guevara: formada por alunos do ITERRA.

Copyleft - O contrário de copyright. Trocadilho de pau, muito utilizado por ocasião do I Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido em Porto Alegre, RS, de 25 a 30/01/2001, em que foi proposta a Ciranda Internacional da Informação Independente (CIIIn). Na realidade, a proposta foi criar um jornalismo planetário em que as notícias seriam veiculadas sob a ótica marxista, com censura a quem ousasse se opor a esse fundamentalismo ideológico - assim como ocorre com o jornal Granma, controlado pelo partido único, o Partido Comunista de Cuba (PCC). O trocadilho de pau duplo copyleft opõe-se a copyright (right, essa coisa nojenta da direita!) e sugere que sejam abolidos todos os direitos autorais, com a implantação do copyleft (left, do verbo leave - deixar -, além de também significar “esquerda”). Ou seja, o autor deveria deixar que sua obra fosse utilizada gratuitamente - um verdadeiro calote nos direitos autorais. Por que será que o PT, quando assumiu o poder, substituiu nos órgãos governamentais o avançado Microsoft Office pelo pirata BR Office? Esses embusteiros antiamericanos, com certeza, têm o MSN em casa - e pirateado. Deveriam todos ser obrigados a só dirigir o caixote Laika, da russa Lada, parecido com o antigo Volks 1600. A propósito, houve um encontro nacional, “Camaradas do Niva”, da Lada, em Itamonte, MG, no período de 16 a 18/08/2002. Nostalgia soviética? FHC não participou do encontro. Já tinha passado adiante o seu jipe Niva, que às vezes enguiçava quando ia ao seu sítio em Unaí-MG - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/05/fhc-e-seu-niva-enguicado.html. Veja Fórum Social Mundial.

Coquetel molotov - Granada de mão improvisada com uma garrafa de líquido inflamável. Viatcheslav Mikhailovitch Molotov foi Ministro do Exterior soviético, sob Stálin.

CORCI - Comitê de Organização da Reconstrução do Comunismo Internacional.

Corredor Polonês - Após a derrota da Alemanha na I Guerra Mundial, com o tratado de Versalhes (1919), a Polônia passou a ter uma faixa de terra alemã com acesso ao Mar Báltico. Corredor polonês designa, também, a fila dupla, por onde uma pessoa deve passar, sendo agredida por ambos os lados, que pode ser tanto um castigo físico (policiais contra prisioneiros) ou simples brincadeira (de colegiais ou desportistas).

Corrupção altruísta - É quando o corruPTo não pratica o delito em causa própria, mas em benefício do partido. No primeiro governo do sucessor de FHC, foram contabilizados cerca de 200 casos de corrupção. Quantos foram no segundo governo Lula? E nos dois governos de Dilma Rousseff? Leia o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra, em https://blogdopaulinho.com.br/wp-content/uploads/2009/02/ochefe.pdf e o livro “Tchau, querida: O diário do impeachment”, de Eduardo Cunha e Danielle Cunha, em https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=bacae0cc40&attid=0.1&permmsgid=msg-a:r3883830371440672968&th=178e78975a931306&view=att&disp=inline&realattid=178e789a65c721172e11. Veja Caso Celso Daniel (a corrupção altruísta que deixou 8 mortos).

Cortina de Bambu - Em analogia à Cortina de Ferro, a Cortina de Bambu separou durante muitos anos a China de seus vizinhos asiáticos.

Cortina de Ferro - Expressão de pau utilizada por Goebbels e, depois, por Churchill, designava a “linha” que separava os países totalitários comunistas (URSS e seus satélites) dos países democráticos ocidentais. A escritora americana Anne Applebaum escreveu Iron Curtain - The Crushing of Eastern Europe 1944-1956” (Cortina de Ferro - A Aniquilação do Leste Europeu 1944-1956). Com seu primeiro livro de história, “Gulag”, Anne Applebaum recebeu o Prêmio Pulitzer, em 2004.

Cortina de Ouro - Livro de pau-amarelo do professor Cristóvam Buarque, que foi governador do Distrito Federal e senador, que trata dos “malefícios” ocasionados pela alta tecnologia e pela globalização como sendo “A Cortina de Ouro”, que separa os ricos do norte dos pobres do sul do planeta.

Cortina de Taquara - Os dirigentes do MST, com sua ideologia marxista, estão transformando extensas áreas do Brasil em “bantustões” (guetos, sovietes), dentro dos quais o Poder Público não pode interferir, isolando-se, assim, dentro de uma “cortina de taquara”. Metáfora à parte, os favelões rurais do messetê são na verdade cercados por “cortinas de lona preta”.

CORRENTE 1 - Facção da AP (Ação Popular), de doutrinação maoísta. Líderes: Jair Ferreira de Sá (junto com o Grupo, fez curso de capacitação político-militar na Academia Militar de Pequim) e José Renato Rabelo (da direção da Comissão Estudantil).

CORRENTE 2 - Facção da AP (Ação Popular). Líderes: Vinícius José Nogueira Caldeira Brandt, Altino Rodrigues Dantas Júnior, Sérgio Horácio Lopes Bezerra de Menezes e o ex-Padre Alípio Cristiano de Freitas, o “açougueiro de Guararapes”. Veja AP.

COSPAL - Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina: a I COSPAL foi realizada em Havana, Cuba, de 31/07 a 10/08/1967, evento programado um ano antes, quando foi fundada a OLAS (1966). A Resolução Final da COSPAL dizia: “O Brasil é o território ideal para a guerra de guerrilhas. É país limítrofe com quase todos os países sul-americanos e nosso trabalho ali será facilitado pelo fato, mesmo, de existir uma oposição difusa e natural ao regime militar de Castello Branco. Até Lacerda é agora oposicionista. (...) O Partido Comunista e os grupos socialistas afins estão dispostos a capitalizar todo o descontentamento, fortalecendo as guerrilhas, lançando-as de diversos pontos do vasto território do Brasil”. Veja AP, CJLA, CLAE, OCLAE, Operação Condor

CPT - Comissão Pastoral da Terra: o onagro vermelho, que foi a parteira do MST, é o braço marxista da Igreja Católica no campo, assim como a CNBB é o braço marxista no clero e na doutrina.

Criança em situação de rua - Expressão pauleira idêntica a “menor carente”. São pivetes que se drogam e cometem todos os tipos de delitos.

Crime organizado - Como o Estado não consegue se organizar contra a escalada do crime, criou-se a expressão “crime organizado”. Veja Cinturão das milícias e Zonas liberadas.

Crimes do PCB - No “ORVIL”, nas pg. 33 a 38, podem ser conhecidos alguns crimes cometidos pelo PCB, na Era Vargas, como o de Elvira Cupelo Colônio, a “Elza Fernandes” - cfr. em https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf. Veja Intentona Comunista e Justiçamento.

Criminoso de guerra - Expressão de pau muito ouvida, sempre se trata de chefe militar que combate na fronteira adversária. Os nossos chefes e os chefes das tropas amigas são sempre seres angelicais. Criminoso de guerra é também aquele que perde a guerra. Expressão aplicada a todos os chefes nazistas processados em Nüremberg, ficaram de fora os criminosos que lançaram as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, e as bombas incendiárias sobre Tóquio, Berlim e Dresden, incinerando centenas de milhares de civis durante a II Guerra Mundial. “Pouco antes do fim do conflito, aviões americanos e britânicos lançaram 3.500 toneladas de bombas sobre a cidade [Dresden]. Quase nada ficou de pé” (revista Veja no. 1796, pg. 60). Atacada por 800 aviões, morreram cerca de 35.000 civis. As bombas produziram ventos superiores a 160 km/h, elevando a temperatura do ar centenas de graus. “O fósforo das bombas transformou os corpos numa massa amarelada liquefeita, que se fundia no asfalto das ruas. Muitos sobreviventes ardiam em chamas” (Idem, pg. 61). Ficaram de fora do julgamento, também, aqueles que cometeram “crimes contra a humanidade”, como os líderes comunistas Lênin, Stálin, Mao Tse-tung, Pol Pot, Fidel Castro, responsáveis por mais de 100 milhões de mortes. Recentemente, esse epíteto de pau,
“criminoso de guerra”, foi colado em Slobodan Milosevic, ex-presidente da antiga Iugoslávia, preso e processado por um Tribunal Internacional, em Haia, acusado de ter fomentado a “limpeza étnica” na Bósnia e no Kosovo, ao mesmo tempo em que criminosos da OTAN, que bombardearam a Sérvia, na questão do Kosovo, destruíram toda a infraestrutura da nação, mataram mais de 5.000 civis inocentes, não sofreram nenhum tipo de condenação. No dia 11/03/2006, Milosevic morreu na prisão, de causas naturais. No dia 25/05/2011, foi preso o general sérvio Ratko Mladic, acusado de matar 8.000 muçulmanos. E não se fala nada sobre a “Síndrome dos Bálcãs”, doença que afetou extensa população iugoslava, incluindo alguns militares americanos, motivada por mísseis da OTAN que continham urânio depletado (empobrecido) em suas ogivas. Utilizadas pelos EUA, Rússia, França e Inglaterra, essas ogivas se destinam para penetração em blindados e não necessitam de explosivos porque geram no choque um calor de 1.800 graus Celcius, suficiente para derreter o aço e pulverizar a tripulação. “As tropas da OTAN lançaram 10.000 projéteis de urânio empobrecido na Bósnia, no início dos anos 90, e mais 31.000 em Kosovo, em 1999. Na Guerra do Golfo, as forças aliadas comandadas pelos Estados Unidos dispararam mais de 90.000 projéteis do tipo” (“Arma envenenada”, revista Veja no. 1683, de 17/01/2001, pg. 53). Casos de leucemia em crianças do Iraque, provocados por projéteis de urânio depletado, podem ser vistos no link http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/as-vitimas-das-armas-de-destruicao-em.html. Veja Síndrome da Guerra do Golfo.

Crise de Mariel - Fuga em massa, quando mais de 100.000 cubanos embarcaram de Mariel, Cuba, para Miami, EUA, ocorrida em 1980. A crise começou em 02/04/1980, quando 5 cubanos invadiram a embaixada do Peru em Cuba para pedir asilo político e Fidel Castro mandou retirar a guarda em frente da embaixada. O resultado foi que milhares de cubanos invadiram o local. Fidel aproveitou para esvaziar as prisões. “Estive presente quando lhe levaram as listas da administração penitenciária, com o nome dos detentos, o motivo da condenação e a data prevista para a soltura. Fidel lia e decidia num golpe de caneta: este, sim; aquele, não. O ‘sim’ era para os assassinos e os delinquentes perigosos, o ‘não’ era para os que tinham atentado de perto ou de longe contra a Revolução. No total, mais de 2.000 criminosos foram soltos... nas ruas de Miami” (SÁNCHEZ, 2014: 147). Mariel voltou às manchetes em 2014, quando a Presidente Dilma Rousseff inaugurou a primeira fase da construção do Porto de Mariel, feita pela empreiteira Odebrecht, com verba financiada pelo BNDES, com garantia do Tesouro Nacional. Foi um investimento 15 vezes maior do que o feito no governo da petista nos portos brasileiros. Os termos da marota negociata com a companheirada comunista se tornaram sigilosos, só podendo vir a público em 2027. Dívidas não pagas por Cuba, Venezuela e Moçambique já somavam mais de US$ 2 bilhões, em 2019. Veja Marielitos.

Crise Orgânica - O mesmo que Crise Institucional. “A Crise Orgânica é um momento histórico em que o grupo dominante, representado pela classe política, perdeu a hegemonia, o consenso e a integração com a sociedade civil, tornando o Estado burguês vulnerável à conquista e à destruição pelas classes subalternas guiadas pelo partido revolucionário” (COUTINHO, 2012: 71). Veja Gramscismo.

Cristianos para el Socialismo - Em 1971, um grupo de 80 sacerdotes se reuniu em Santiago, Chile, e criou o grupo. Em 1972, ocorreu o 1º Latinoamericano de Cristianos por el Socialismo.  Alguns sacerdotes, comprometidos com a “Teologia da Libertação”, estavam vinculados a atividades violentas e muitos abandonaram o sacerdócio.

Cristofobia - Palavra proferida pelo Presidente Jair Messias Bolsonaro, durante a Assembleia-Geral da ONU, em 2020. Trata-se da perseguição a cristãos, principalmente por parte de regimes comunistas e islâmicos, com cerca de 100 mil mortes de cristãos por ano - cfr. texto de Reinaldo Azevedo em https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/cristofobia-que-mata-100-mil-cristaos-por-ano-ataca-quatro-igrejas-e-uma-escola-brasileiras-no-niger-e-o-que-dizem-os-tais-intelectuais-ora-nada/.  Em Moscou, a Catedral de Cristo, o Salvador, foi dinamitada em 1931 e reconstruída após o fim da URSS; a Catedral de Nossa Senhora foi transformada em banheiro público. Hoje, muitas igrejas e catedrais da Europa são transformadas em museus e outras destinações, por falta de fiéis. No Egito, cristãos coptas são crucificados e têm lojas incendiadas; na Nigéria, cristãos são queimados vivos por muçulmanos do Boko Haram e a imprensa não noticia nada (cfr. http://www.infocontinental.com/2011/04/27/cristianos-quemados-vivos-en-nigeria-por-musulmanes/). “Está acontecendo em países islâmicos e comunistas um morticínio organizado de cristãos, sem outro motivo que não o de serem cristãos, alcançando já um total de mais de dois milhões de vítimas desde a última década. Um diferente de perseguição se observa no outro lado do mundo: o genocídio cultural anticristo nos EUA. Sob pressão do lobby politicamente correto que domina as classes superiores e a mídia, os cristãos americanos vêm sendo expulsos, deliberada e sistematicamente, das instituições de ensino e cultura, proibidos de rezar em voz alta nas escolas, nos quartéis, nas repartições públicas e em muitas empresas privadas. Estudantes são punidos porque entraram em classe com um crucifixo ou uma Bíblia. Alguns estados tornaram obrigatório o ensino do islamismo e das religiões dos índios americanos nas escolas, punindo qualquer preferência cristã ostensiva com estágios obrigatórios de ‘reeducação de sensibilidade’ que incluem horas de recitações corânicas ou prática de ritos indígenas” (CARVALHO, 2013: 411). “Na BBC, nós já vimos, é permitido insultar cristãos e fazer pilhéria de Jesus Cristo, mas é proibido tornar pública qualquer referência crítica ao profeta Maomé. Chegou a vez de o New York Times evidenciar a sua dupla moral. O cristianismo é hoje a religião mais perseguida no mundo - INCLUSIVE NOS PAÍSES CRISTÃOS, O QUE É ESPANTOSO! Qual é o ponto? No dia 9 de março [2012], o jornal publicou um anúncio que convida os católicos a abandonar a Igreja. Indagava por que enviam seus filhos para a doutrinação e classifica de equivocada a lealdade a uma fé marcada por ‘duas décadas de escândalos sexuais envolvendo padres, cumplicidade da Igreja, conluio e acobertamento, da base ao topo da hierarquia’. (...) Ocorre que a blogueira Pamela Geller, que comanda a página ‘Stop Islamization of America’, tentou pagar os mesmos US$ 39 mil para publicar no mesmo New York Times um anúncio convidando os muçulmanos a abandonar a sua religião. E O NEW YORK TIMES SE NEGOU!” (AZEVEDO, 2012: 58-59). “O Chefe da BBC, Mark Thompson, admitiu que a BBC jamais zombaria de Maomé como zomba de Jesus. Ele justificou a espantosa confissão de preconceito religioso dando a entender que zombar de Maomé teria o mesmo peso emocional da pornografia infantil. Mas tudo bem zombar de Jesus porque o cristianismo suporta tudo e tem pouca relação com questões étnicas” (The Christian Institute, 29/02/2012 - apud AZEVEDO, 2012: 52). “O Islã não pode ser atacado sob nenhuma hipótese, mas os cristãos, sim, porque eles não reagem quando são atacados” (Peter Sissons, ex-âncora da BBC - apud AZEVEDO, 2012: 53). “Se Jesus voltasse, teria voltado gay, travesti, mulher”, disse Fabio Porchat, que, junto com Gregório Duvivier, gravou o “Especial de Natal” da Porta dos Fundos, em 2019, “A Primeira Tentação de Cristo”, apresentando Jesus como gay. Em 18/10/2020, a Igreja de São Francisco de Borja e a Igreja de Assunção foram incendiadas em Santiago, Chile, com pichação de “Muerte al Nazareno” (Morte ao Nazareno) - cfr. em https://revistacatolica.com.br/morte-ao-nazareno/. O relatório anual da ONG Open Doors afirma que mais de trezentos e quarenta milhões de cristãos no mundo sofrem perseguição por causa de sua religião, em nível alto, muito alto ou extremo. Isso equivale a dizer que uma a cada oito pessoas que professam a fé cristã encontra-se nessa terrível situação. (...) O documento aponta ainda que o número de cristãos mortos no ano de 2020 aumentou 60% em relação a 2019. Os países que atingiram o nível extremo em matéria de perseguição foram: Coreia do Norte, Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia, Iêmen, Irã, Nigéria, Índia, Iraque e Síria” (“Aconteceu na Igreja e no mundo”, revista Arautos do Evangelho, no. 231, de Março 2021, pg. 44). A ONU não reconhece que haja genocídio de cristãos. Quanto mais crimes são cometidos contra cristãos por terroristas islâmicos, mais a imprensa fala em “islamofobia”. Veja Holocausto cristão.

Cruzadas - Por ‘Cruzadas medievais’ entendemos as expedições empreendidas pelos cristãos do Ocidente para libertar do domínio muçulmano o S. Sepulcro de Cristo em Jerusalém” (D. Estevão Bettencourt, OSB - cfr. texto “As Cruzadas” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/as-cruzadas-por-d-estevao-bettencourt.html.

Cruzada ABC - Programa de alfabetização introduzido no Brasil em 1943, baseado no Método Laubach, que incluía, ainda, a bolsa-escola. O missionário norte-americano Frank Charles Laubach desenvolveu seu método de alfabetização de adultos inicialmente nas Filipinas, onde, em 30 anos, conseguiu alfabetizar 60% de sua população. No Brasil, o Método foi deturpado por Paulo Freire: “Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua ‘condição de oprimidas’. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa ‘nova metodologia’ - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos - como se a mesma fosse da sua autoria” (David Gueiros Vieira - “Método Paulo Freire ou Método Laubach?” - http://www.escolasempartido.org/artigos/178-metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach. Veja Método Paulo Freire.

Cruz Verde - ONG ambientalista, criada em 1993 por Mikhail Gorbachev - a Greer Croos International. Em seu livro “Meu manifesto pela Terra”, de 2002, no rastro da Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro no mesmo ano, Gorbachev expõe sua vertente onagreen - caminho frequentemente trilhado por ex-comunistas, que de repente se descobriram ambientalistas, mas sem deixar de sonhar com a utopia socialista da antiga União Soviética. Em muitos aspectos, o livro de Gorbachev é uma crítica vigorosa ao capitalismo. Veja Onagreens.

CS - 1. Convergência Socialista: a mais radical e bem-organizada facção trotskista brasileira, deu origem ao PSTU. 2. Cultural Survival, Inc.: ONG sediada em Cambridge, Massachussets, EUA; congrega intelectuais que formulam ações para outras ONGs e teve papel fundamental na formação do EZLN (México).

CSI - Christian Solidarity International: ONG com sede em Zurique, Suíça, ajuda cristãos perseguidos em todo o mundo. No Sudão, onde o norte muçulmano escravizava cristãos e animistas residentes no Sul do país, somente no período de 9 a 19/03/2000, a CSI libertou 4.968 pessoas, pagando em média US$ 35.00 (trinta e cinco dólares) por cabeça. De 1995 a 2000, a CSI libertou mais de 30.000 escravos, que eram submetidos a trabalho forçado, abuso sexual - incluindo extração das genitálias -, islamização forçada, além de maus tratos, pouca comida e insultos racistas. O animista crê que “praticamente todo lugar, todo animal, toda planta e todo fenômeno natural tem consciência e sentimentos, e que pode se comunicar diretamente com os humanos” (HARARI, 208: 84 - “Sapiens”). Em 2011, o Sul do Sudão se separou do Norte.

Cuadrillas - Trabalho forçado na Cuba comunista: “Em 1964, foi implementado um programa de trabalho forçado na ilha dos Pinheiros: o plano ‘Camillo-Cienfuegos’. A população penal foi organizada em brigadas divididas em grupos de 40 pessoas, as cuadrillas, comandadas por um sargento ou por um tenente; os prisioneiros eram destinados aos trabalhos agrícolas ou à extração nas pedreiras, sobretudo de mármore. (...) À guisa de punição os recalcitrantes eram obrigados a cortar erva com os dentes, e outros foram jogados dentro de fossas de excrementos durante várias horas” (COURTOIS, 2000: 779).

Cultura - “Cultura, no Brasil, significa antes de tudo ‘artes e espetáculos’ - e as artes e espetáculos, por sua vez, se resumem a três funções: dar um bocado de dinheiro aos que as produzem, divertir o povão e servir de caixa de ressonância para a propaganda política” (CARVALHO, 2013: 72). “Foi preciso, no festival de Paraty, uma escritora irlandesa (Edna O’Brien) vir avisar aos brasileiros que Chico Buarque de Holanda não faz parte da literatura” (idem, pg. 72). “Língua, religião e alta cultura são os únicos componentes de uma nação que podem sobreviver quando ela chega ao término da sua duração histórica” (idem, pg. 65). “Se só alguns alcançam o sucesso, a diferença, como demonstrou Thomas Sowell em “Conquest and Cultures”, reside principalmente no ‘capital cultural’, na capacidade intelectual acumulada que a mera luta pela vida não dá, que só se desenvolve na prática da língua, da religião e da alta cultura” (idem, pg. 66). “A Alemanha foi o foco irradiador da Reforma e em seguida o centro intelectual do mundo - com Kant, Hegel e Schelling - antes mesmo de constituir-se como nação. Os EUA tinham três séculos de religião devota e de valiosa cultura literária e filosófica antes de lançar-se à aventura industrial que os levou ao cume da prosperidade. Os escandinavos tiveram santos, filósofos e poetas antes do carvão e do aço. O poder islâmico, então, foi, de alto a baixo, criatura da religião - religião que seria inconcebível se não tivesse encontrado, como legado da tradição poética, a língua poderosa e sutil em que se registraram os versículos do Corão. E não é nada alheio ao destino de espanhóis e portugueses, rapidamente afastados do centro para a periferia da História, o fato de terem alcançado o sucesso e a riqueza da noite para o dia, sem possuir uma força de iniciativa intelectual equiparável ao poder material conquistado” (idem, pg. 66). “Considerando-se os nossos cinco séculos de história, a extensão física e o volume populacional deste país, a nulidade da nossa contribuição espiritual chega a ser um fenômeno espantoso, sem paralelo na história do mundo” (idem, pg. 64). “Toda aspiração nacional de tornar-se ‘grande potência’ com uma base cultural tão nula está condenada, de antemão, seja ao fracasso, seja a um sucesso que se tornará, caso alcançado, um flagelo para a humanidade, obrigada a curvar-se ante a força bruta de novos bárbaros que nem sequer têm um senso próprio de orientação na história onde interferem cegamente” (idem, pg. 65). “Escolhendo o imediato e o material acima de tudo, o povo brasileiro embotou sua inteligência, estreitou seu horizonte de consciência e condenou-se à ruína perpétua” (idem, pg. 67). “A ascensão da escória marxista ao primeiro plano da vida nacional foi e é a causa principal ou única da destruição da cultura superior e do sistema educacional no Brasil” (idem, pg. 315). Como o Brasil poderia sair desse marasmo cultural? “Lutar para que a cultura brasileira se ligue às fontes centrais e permanentes do conhecimento espiritual, para que a experiência da visão espiritual ingresse no nosso horizonte de aspirações humanas e, uma vez obtida, faça explodir, com a força das intuições originárias, todo um mundo de formas imitativas e periféricas, gerando uma nova vida” (idem, pg. 65).

Cultura da reclamação - Denominação dada por Robert Hughes aos “excluídos”, que rejeitam a civilização (valores universais da igualdade e Estado de Direito) e “querem que suas demandas particularistas sejam tratadas como reparação histórica” (AZEVEDO, 2008: 100). Nesse balaio de gatos se inserem os movimentos feministas, gays, indígenas, negros, sem-terra, quilombolas, os quais não desejam igualdade, como apregoam, mas privilégios. “Ninguém se torna um ‘espoliado’ pelo simples fato de estar sem dinheiro. Para ser um espoliado é preciso produzir primeiro alguma coisa e depois ser despojado dela injustamente” (CARVALHO, 2013: 85). “Esse é o Brasil tolerante, bonachão, que prefere o desleixo moral ao risco da severidade injusta. Mas há no fundo dele um Brasil temível, o Brasil do caos obrigatório, que rejeita a ordem, a clareza e a verdade como se fossem pecados capitais. O Brasil onde ser normal não é só desnecessário: é proibido” (idem, pg. 95). “Boa parte do nosso subdesenvolvimento se explica em termos culturais; ao contrário dos anglo-saxões, que prezam a racionalidade e a competição, nossos componentes culturais são a cultura ibérica do privilégio, a cultura indígena da indolência e a cultura negra da magia” (Roberto Campos, no prefácio ao livro “Manual do perfeito idiota latino-americano”).

Cultura do cancelamento - Pode ser tanto de pessoas, que são “canceladas” nas redes sociais como Twitter e Facebook, cujos CEOs são notórios esquerdistas, por não sintonizarem, p. ex., a mesma ideologia das Big Tech, quanto de empresas perseguidas por milícias digitais, como o Sleeping Giants Brasil, que promovem campanhas contra órgãos jornalísticos considerados como sendo de direita, de modo que sejam fechados (“cancelados”). O Twitter “cancelou” definitivamente a conta do ex-presidente Donald Trump, fanfarrão inveterado, o que configura um ato totalitário, enquanto mantém a conta do ditador e assassino Nicolás Maduro. Rodrigo Constantino e Olavo de Carvalho falam sobre o assunto em https://www.youtube.com/watch?v=1jJbuMOznpw. Veja Radicalização cumulativa e Sleeping Giants Brasil.

Cultura negra - “Cultura negra? Cultura negra para mim é Aleijadinho, é Gonçalves Dias, é Machado de Assis, é Capistrano de Abreu, é Cruz e Souza, é Lima Barreto. Quer Vossa Senhoria me explicar como esses negros e mulatos puderam subir tão alto, numa sociedade escravocrata, enquanto seus netos e bisnetos, desfrutando das liberdades republicanas, paparicados pela intelligentzia universitária, não conseguem hoje produzir senão samba, funk e macumba, e ainda se gabam de suas desprezíveis criações como se fossem elevadíssima cultura?” (Wilson Martins, em “História da inteligência brasileira” - apud CARVALHO, 2013: 301).

Cultura periférica - “Nossa cultura é rigorosamente ‘periférica’ em relação à história espiritual do mundo. Periférica, portanto, num sentido bem diverso ao que essa palavra tem no jargão do academismo esquerdista (Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso etc.), onde centro e periferia são economicamente determinados, e daí decorre uma teoria grotesca que identifica o centro espiritual do mundo ao centro do poder econômico - teoria ela mesma periférica, no sentido que dou ao termo” (CARVALHO, 2013: 63).

Curdistão - Região ocupada por cerca de 25 a 35 milhões de curdos, espalhados em 6 países: Turquia (mais da metade da população), Síria, Iraque, Irã, Armênia e Azerbaijão. Quarto maior grupo étnico do Oriente Médio, a exemplo dos palestinos, é um povo que não tem sua pátria.

CUTAL - Congresso das Uniões dos Trabalhadores da América Latina: onagro vermelho a serviço da subversão no Subcontinente.

CV - Comando Vermelho: organização criminosa do Rio de Janeiro, criada em 1979 no Presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, RJ. Nasceu da promiscuidade entre criminosos comuns e presos políticos. Seu principal fundador foi William da Silva Lima, o “Professor”, que pregava teses marxistas em sua “luta pelos direitos dos presos”. O CV virou um poder paralelo e passou a controlar o sistema penitenciário fluminense desde o início da década de 1980. Veja PCC.

Cyberterror - Terrorismo cibernético: há sites na Internet que contêm os seguintes assuntos: guia do anarquista para a guerra civil e a sabotagem, diversos modos de sabotar uma escola, fraudes básicas com cartões de crédito, explosivos improvisados na cozinha, diagrama e documentação da bomba atômica etc. Terroristas extorquem instituições financeiras, prometendo que seus sistemas de computadores não sejam atacados por vírus letais; até 1997, os EUA e a Europa já haviam pagado cerca de US$ 600 milhões para hackers chantagistas. 

 

D

 

     “As mulheres engajadas na luta armada eram as piores que existiam, as mais perversas, pegavam os jovens pelo sexo” (Coronel Godofredo de Araújo Neves, HOE/1964, Tomo 7, pg. 173).

 

Daawa - (Árabe) “Pregação”: islamitas moderados optam pela daawa, em vez da jihad, em suas pregações. Com certeza, uma trégua, mas o objetivo final é o mesmo dos radicais: submeter a população mundial a Alá.

Damas de branco - Movimento de contestação cubano, fundado em 2003 por Laura Pollán, era composto por mães e esposas de 75 “presos de consciência” do regime castrista. O grupo, que é perseguido por policiais e recebe o escracho dos defensores do regime comunista, recebeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, em 2005, porém ninguém pôde recebê-lo, pois não houve autorização para sair de Cuba. Em 2006, o grupo recebeu o prêmio Human Rights First.

Dar Al-Harb - (Árabe) “Território de guerra”, “que deveria ser progressivamente conquistado para o Islã pela pregação ou, se necessário, pela força das armas” (BALTA, 2010: 5). Segundo a teologia islâmica, território não-islâmico é um território de guerra, que deve ser conquistado para Alá. Ou seja: o mundo inteiro.

Dar Al-Islam - (Árabe) “Morada ou território do Islã”. Junto com o Dar Al-Salam (território da paz), forma as terras da ummá, a comunidade dos muçulmanos. Veja Ummá.

Darwinismo social - “Em sua primeira forma, o darwinismo social concebe a sociedade humana como produto da luta pela existência, cujo resultado é a sobrevivência dos mais bem dotados. Ideia semelhante pode ser encontrada na obra de Spencer, Eilliam Graham Summer (1840-1910) e outros autores, que, extrapolando as teses darwinistas, defenderam a noção de que os capitães da indústria moderna representavam a classe mais bem dotada. Em sua segunda forma, o darwinismo social assume conotações nitidamente racistas e sectárias, tendo por premissa que as atividades de assistência e bem-estar social não deveriam ocupar-se com os menos favorecidos socialmente, pois assim procedendo estariam contribuindo para a destruição do potencial biológico da raça. A pobreza, por conseguinte, nada mais seria do que resultado de uma inferioridade biológica. Enquanto o marxismo representou a ideologia do conflito defendida em nome do interesse da classe proletária, o darwinismo representou ideologia elaborada em nome das camadas superiores da sociedade, com base na defesa extremada de uma política seletiva e eugênica. As três posições, apesar de suas indiscutíveis bases ideológicas, levantaram inúmeros problemas que acabaram por ser assumidos pelas indagações sociológicas da época” (Mirador, Vol. 19, pg. 10516). Herbert Spencer foi o criador da expressão “sobrevivência do mais apto” e, antes de Charles Darwin, desenvolveu a existência de regras evolucionistas na natureza.

Dataismo - “A religião mais interessante que emerge disso tudo é o dataismo, que não venera nem deuses nem o homem - venera dados” (HARARI, 2016: 369). Veja Algoritmo e Big Data.

Data venia – (Latim) “Com o devido respeito”. Expressão latina, muito usada por advogados em embates nos tribunais. Os causídicos são mestres na elaboração de palavras e expressões de pau. O causídico data venia gosta de duelar com o rival verbi gratia, utilizando todos os recursos de retórica de pau e prolegômenos para impressionar o meritíssimo e eternizar mais um processo kafkiano sem fim. Verbi gratia (v.g.) significa “por exemplo”.

Dazibao - Jornal mural, que denunciava os excessos do regime comunista chinês. O “Mural de Xidan”, autorizado por Deng Xiaopin em abril de 1979, retratava “o desabafo social, caracterizado por algumas inevitáveis ideias ‘qualunguistas’, mas também serviu como corretivo democrático para as loucuras tiranicidas dos Guardas Vermelhos do decênio anterior” (FIORE, 1990: 218). Antes do massacre da Praça da Paz Celestial (Tien An Men), em maio de 1989, depois de 40 dias de manifestações a favor da democracia, dois dazibaos também foram utilizados, posteriormente extinguidos à bala. Maio é um mês emblemático na China. “O ressurgimento do movimento estudantil começou há cerca de dois anos e meio, relembrando o espírito de 4 de maio de 1919, quando os estudantes protestaram contra o governo dos ‘senhores da guerra’, os warlords. Foi justamente nesse governo, durante a Conferência de Paz de Versalhes, que os dirigentes não conseguiram obter a devolução dos territórios ocupados pelo Japão e a anulação dos ‘tratados desiguais’ com a Rússia e outras potências coloniais” (idem, pg. 22-23).

DDT - Pesticida banido em 1972 pelos EUA, por pressão de ambientalistas, depois do lançamento do livro “Silent Spring” (Primavera Silenciosa), de Rachel Carson, publicado em 1962. O livro de Carson levou à criação da EPA (Agência de Proteção Ambiental), nos EUA, em 1970. O DDT, usado adequadamente, não causa câncer, nem é responsável por mutações genéticas. O DDT é o mais eficaz pesticida contra mosquitos da malária, que causam a morte de mais de 1 milhão de pessoas por ano no planeta. “Tudo o que você precisa saber é que - como o câncer epidêmico que seria causado pelo DDT, de acordo com a teoria de Rachel Carson, ou como a crise global de alimentos prevista por Paul Ehrlich, ou como o ‘pânico’ da Idade do Gelo nos anos 1970 e o ‘perigo’ da chuva ácida na década de 1980 - a mudança climática é simplesmente mais um daqueles ecossustos que surgem hoje e desaparecem amanhã, amplificados pelo movimento ambientalista para promover um item de sua agenda” (DELINGPOLE, 2012: 255-256).

Decembristas - Grupo de oficiais russos que tomaram parte na malograda rebelião liberal contra o Czar Nicolau I, em dezembro de 1825. Vale lembrar que Fiódor Dostoiévski começou a ser conhecido como terrorista, quando esteve envolvido na conspiração do revolucionário Mikhael Petrachevski contra a vida de Nicolau I. Preso e condenado à morte, a pena foi comutada para 10 anos de trabalhos forçados na Sibéria, onde Dostoiévski escreveu o primeiro de seus clássicos, “Recordações da Casa dos Mortos”. O famoso escritor foi anistiado em 1859.

Declaração Balfour - No dia 02/11/1917, o Governo britânico reconheceu a “Declaração Balfour” - de seu Ministro do Exterior Arthur James Balfour -, que concedia o direito do estabelecimento de um lar judeu na Palestina. O texto, dirigido a Lord Rothschild, descendente da “família judia mais rica do mundo”, dizia o seguinte: “O Governo de S. M. vê, de modo favorável, o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na Palestina e fará todos os esforços para facilitar a implementação deste projeto, seguro de que tal concessão não poderá causar qualquer prejuízo aos direitos civis e religiosos dos povos não-judeus residentes na Palestina, como também não prejudicará os direitos e a situação política de que desfrutam os judeus em todos os países. Ficarei muito agradecido se você transmitir essa declaração aos conhecimentos da Federação Sionista. Com o maior afeto. Assinado: Arthur James Balfour” (apud TRIKI, 1980: 74).

Declaração de Barbados - Veja Antropólogos da ação e MRTA.

Declaração de Chapultepec - Promovida pela Sociedad Interamericana de Prensa (SIP), a declaração tem 10 princípios básicos, que regem a liberdade de imprensa e informação, instituída durante a Conferência Hemisférica sobre a Liberdade de Expressão, em março de 1994, na cidade mexicana de Chapultepec; o Brasil assinou sua adesão no dia 06/08/1996.

Declaração de Goiânia - Em outubro de 1961, Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, e Mauro Borges, governador de Goiás, lançaram em Goiânia a Frente de Libertação Nacional (FLN). Brizola almejava ser o Fidel Castro sul-americano e, para isso, tinha necessidade de um braço armado para apoiá-lo. Após a Contrarrevolução de 1964, Fidel escolheu Brizola para ser o líder da revolução na América Latina. Veja Brizoleone, FLN, MNR, Operação Três Passos e RAN.  

Declaração de Helsinque - Documento elaborado em 1964, na 18ª Assembleia da Associação Médica Mundial, é uma referência ética mundial para estudos com seres humanos. Embora não tenha força de lei, opera como uma Declaração Universal dos Direitos Humanos para a experimentação científica.

Decreto de nome - Antes da “Solução Final” (Holocausto judeu), fixada por Hitler quando a guerra se aproximava, o Ministério do Interior produziu um “decreto de nome”, obrigando os judeus a adotar Israel ou Sara como segundo nome.

Degelo - Período em que, sob a liderança de Nikita Kruschev, os soviéticos desfrutaram de uma moderada abertura política, após o “relatório secreto”, em que Kruchev denunciou os crimes de Stálin, no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), em 1956. O nome provém de um romance de Ilia Erenburg, “O Degelo”. Na verdade, o período serviu apenas para o regime comunista identificar os “dissidentes”, que depois seriam perseguidos ferozmente. O mesmo ocorreu em Cuba, onde houve um falso “degelo” durante os preparativos para a visita do Papa João Paulo II, em 1998. Finda a viagem pontifícia, dezenas de intelectuais cubanos, que exigiram liberdade na Ilha, foram parar atrás das grades - no início de 2003, foram mais de 70. No mesmo ano, 3 cubanos que tentaram fugir do país em um barco foram fuzilados: “Cuba não ganhou nenhuma batalha honrosa fuzilando esses três homens, mas perdeu minha confiança, destruiu minhas esperanças, roubou meus sonhos” (José Saramago, acordando do torpor comunista pró-Fidel, que o fez esquecer os 17.000 mortos no paredón e mais de 100.000 mortos direta ou indiretamente devido à ditadura cubana). Veja Damas de branco e Dissidentes.

Dei Gesta per Francos - (Latim) “A obra de Deus feita pelos franceses”. Título de livro famoso, de Guiberto de Nogent, que descreve a Primeira Cruzada, convocada pelo Papa Urbano II, que reconquistou Jerusalém, em 1099, libertando a Cidade Santa do domínio islâmico, que ficou sob governo de Godofredo Bulhão, que passou a ser o “Protetor do Santo Sepulcro”. Veja mais em https://ascruzadas.blogspot.com/p/gesta-dei-per-francos.html. Em 1187, Saladino, Sultão do Egito e da Síria, retomou Jerusalém para os árabes.

Delenda Carthago - (Latim) “Cartago deve ser destruída!” Palavras de Catão, o Antigo, com que terminava seus discursos. Cita-se esta locução a propósito de uma ideia fixa, perseguida com tenacidade. Alguns parlamentares do antigo PFL, ligados à TFP, costumavam terminar seus discursos com a frase “Delenda reforma agrária!”, opondo-se à política fundiária do governo FHC, devido às invasões de terras promovidas pelo MST, muitas vezes com molde terrorista.

Democracia autoritária - Mussolini definiu o Fascismo como “uma democracia autoritária, concentrada, organizada de forma nacional”. Quem pensou no “fascismo alegre” brasileiro do PT, pensou certo.

Democracia controlada - Expressão de pau, de democracia não tem nada, como a Rússia de Vladimir Putin.

Democracia eletrônica - Participação da população junto ao governo por meio de redes sociais na internet. A ideia veio do Japão e já se estendeu pela Europa e EUA.

Democracia no Iraque - Locução de pau criada pelo presidente George W. Bush, depois de iniciar a guerra no Iraque que depôs o ditador Saddam Hussein, em 2003. Promover a democracia num país islâmico, nos moldes ocidentais, é tão natural e tão fácil como vender geladeira a esquimó. Por que Bush não tentou promover a democracia também no Tibete, expulsando os malditos comunistas chineses que trucidaram aquele povo sereno, destruindo quase todos os templos budistas? Por que não promoveu a democracia na própria China, que se torna cada dia mais capitalista? Por que também não no Irã? Na Coreia do Norte? Em Cuba?

Democracia pela força - “É uma arrogância perigosa supor que podemos construir outras nações. Porém, onde nossos interesses estiverem em jogo, podemos ajudar outras nações a se autoconstruírem - e dar-lhes tempo para começar a fazê-lo” (Anthony Lake, ex-assessor de Segurança Nacional dos EUA durante o Governo Bill Clinton - apud HIPPEL, 2003: 11). Dentro da concepção nation building (construção de nação), evocado pelas missões de paz da ONU, os EUA, nas últimas décadas, promoveram intervenções no Panamá, na Somália, no Haiti e nas ex-repúblicas da antiga Iugoslávia. Veja Big stick, Diplomacia de cruzeiro e Doutrina Lake.

Democratismo - Ditadura em nome da maioria, surgiu com a Revolução Francesa e sua “soberania popular”, que acabou no descaminho do Terror, com suas macabras execuções na guilhotina.

Democratização da mídia - O mesmo que “controle social da mídia”. Significa que o controle dos meios de comunicação deve ser feito pela companheirada petista e seus partidos genéricos, como PSol, Rede etc. Veja Controle social da mídia.

Departamento América - Criado por Fidel Castro em 1975, “cuja responsabilidade confiou a Manuel Piñero, até então à frente da Direção-Geral de Inteligência (DGI). Apelidado Barbarroja, justamente por causa de sua barba vermelha, esse grande espião, mais esperto que uma raposa, tinha a missão de localizar, recrutar e formar simpatizantes da Revolução Cubana, fossem eles estudantes, sindicalistas, professores universitários, políticos ou até mesmo empresários” (SÁNCHEZ, 2014: 94-95). Em 1989, durante a campanha presidencial no Brasil, Lula passou por Havana e Piñero disse a Fidel: “Apresento-lhe o futuro presidente do Brasil” (idem, pg. 95), profecia realizada 13 anos depois.

Departamento de Operações Estruturadas - Expressão pauleira criada pela empreiteira Odebrecht, para pagar propinas a políticos. Hilberto Mascarenhas da Silva Filho, o “Bel”, com 51 anos de vida e 31 de Odebrecht, inicialmente se negou a participar do esquema de propinas, que durante 20 anos era feito por Antônio Ferreira, que sofrera um AVC: “’Marcelo, todo mundo sabe o que o Ferreira fazia. Eu não quero ser chamado de pagador de propinas. Então me dá um título, alguma coisa que não remeta diretamente a isso’. Marcelo assentiu, e eles inventaram o ‘Departamento de Operações Estruturadas’. No jargão dos bancos, operações estruturadas são investimentos que combinam mais de um ativo para garantir que, se perder com um, o aplicador ganhe com os outros” (apud GASPAR, 2020: 188). “Os técnicos da Odebrecht então adaptaram o sistema de pagamentos regular da empresa, o My Web Day, para que o time de Hilberto pudesse acessá-lo num ambiente fechado. Como era uma rede paralela, foi batizada de My Web Day do B. Além da equipe do setor de propinas, só tinha acesso a ela Ubiraci, o Bira, um senhorzinho que estava na empreiteira desde jovem e nunca trairia um Odebrecht. (...) Por segurança, decidiu-se que o servidor do My Web do B ficaria em local à prova de investigação: Angola. Com o passar dos meses, como os problemas de conexão no país eram frequentes, transferiu-se o servidor para a Suíça - então considerada quase tão segura quanto o país africano” (idem, pg. 189). Posteriormente, com a Lava Jato no calcanhar da Odebrecht, os servidores escolhidos para abrigar My Web Day do B foram os mesmos que abrigam os dados do Wikileaks, de Julian Assange, num bunker da Suécia. O dinheiro da propina passava por 4 escalas ou níveis, ou seja, por 4 instituições financeiras instaladas em países como Angola, Venezuela, Suíça, Panamá, Andorra, Ilha da Madeira, até chegar “lavado” ao destinatário, um testa-de-ferro sem vínculo aparente com a Odebrecht, de modo a dificultar o rastreamento do dinheiro. Todo final de ano, Emílio Odebrecht recebia R$ 5 milhões desse esquema.

Departamento MC - Departamento Moeda Conversível. Criado por Fidel Castro em 1986, quando começou a secar a ajuda soviética. “Herdeiro do Departamento Z, criado no início dos anos 1980, o Departamento MC empregava qualquer meio à disposição e comercializava qualquer coisa: tabaco, lagostas e charutos introduzidos nos Estados Unidos por contrabando, roupas e eletrodomésticos exportados para a África; obras de arte e antiguidades escoadas para a Espanha; sem esquecer os diamantes e o marfim trazidos da África e revendidos na América Latina ou alhures. Alguns comércios eram legais, outros não. Pelo contrário, o jornal oficial Granma um dia explicou sua missão nos seguintes termos: ‘Trata-se de lutar contra o bloqueio - ou embargo - econômico dos Estados Unidos, em vigor desde 1962, para que haja meios de se conseguir produtos como material médico, medicamentos, computadores etc.’” (SÁNCHEZ, 2014: 206-207). O Departamento MC logo recebeu o apelido de “Maconha e Cocaína”: refugiados cubanos afirmaram que “o regime cubano estava ligado a Pablo Escobar e a seu Cartel de Medellín” (idem pg. 207), o que passou a ocorrer a partir dos anos 1980. Para se redimir perante os EUA, em 1989 Fidel Castro prendeu os gêmeos Tony e Patrício de la Guardia, do Departamento MC, o General Arnaldo Ochoa (herói da Revolução Cubana), o ministro do Interior José Abrantes, 2 generais, 4 coronéis e outros. Foram fuzilados em 13/07/1989: o General Ochoa e seu assistente, o Capitão Martínez (ambos do MINFAR), o Coronel Tony de la Guardia e seu subordinado, Major Amado Padrón (ambos do MININT); José Abrantes foi condenado a 20 anos de prisão e morreu de ataque cardíaco em 1991, de maneira suspeita. Faltou o antigo guarda-costas de Fidel, Coronel Juan Reinaldo Sánchez, autor do livro “A Vida Secreta de Fidel”, falar sobre a “Tríade Sul-Americana”, Cuba, Venezuela e Bolívia, que se tornaram verdadeiros narcoestados. Sánchez ficou preso por 2 anos, ocasião em que sofreu torturas, baixando seu peso de 83 para 54 kg. Tentaram matá-lo, prescrevendo “remédio” que levaria a ter AVC. Em 1995, ainda preso, prometeu a si mesmo escrever um livro, desmascarando Fidel Castro. Passou a viver de uma aposentadoria de 300 pesos (16 dólares). Libertado da prisão em 1996, somente em 2008 conseguiu sair da “Ilha de Fidel”, depois de 10 tentativas em vão. A mulher já estava em Miami, mas a mãe e a filha só saíram de Cuba em 2012.

Der Spitzel - (Alemão) “O Informante”. A capa da revista alemão Stern chamou Barack Obama de informante, devido às revelações de espionagem global da NSA feitas por Edward Snowden, em 2013. Outra frase famosa da internet: “Yes, we scan”, trocadilho de “yes, we can”, slogan da campanha presidencial de Obama, em 2008. Veja PRISM e acesse https://pt.wikipedia.org/wiki/PRISM_(programa_de_vigil%C3%A2ncia).

Desaparecido político - A Lei no. 9.140, de 04/12/1995, havia reconhecido como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, no período de 02/09/1961 a 15/08/1979 (período compreendido pela Lei da Anistia). Foi criada uma Comissão para tratar da indenização de familiares de mortos e desaparecidos. Essa Comissão, composta por sete membros, sendo cinco notórios esquerdistas (incluindo Nilmário Miranda, antigo terrorista da POLOP), teve caráter revanchista contra as Forças Armadas, ao conceder indenização às famílias de Carlos Lamarca, Carlos Marighella, e muitos outros, como Zuzu Angel, morta em acidente automobilístico no Rio de Janeiro, em situação em que não se comprovou a autoria do abalroamento do carro da vítima, atribuindo-se à União uma indenização em que o réu não foi identificado. Exemplos dessa escandalosa “ação entre amigos”: Iara Xavier Pereira e Suzana Kiniger (ou Suzana Lisboa), integrantes da Comissão, que pertenceram à organização terrorista ALN, se autobeneficiaram, recebendo gorda indenização da União; Iara participou de diversas ações armadas e foi “premiada” pelas mortes de seus irmãos e marido (respectivamente Iuri Xavier Pereira, Alex de Paula Xavier Pereira e Arnoldo Cardoso Rocha), todos mortos em tiroteio com a polícia (todos tiveram treinamento em Cuba); Suzana Lisboa, do Movimento Tortura Nunca Mais, foi “premiada” com a morte do marido Luiz Eurico Tejera Lisboa, também treinado em Cuba; somente essa “ação entre amigos” rendeu R$ 600.000,00 (4 x R$ 150.000,00). Vera Maria Trude de Souza, ex-esposa do Ministro da Justiça do Governo FHC, Aloisio Nunes Ferreira Filho (um dos assaltantes do trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968), recebeu RS 65.000,00 no primeiro lote de indenizações. Houve casos em que “desaparecidos” indenizados, que de repente, se tornaram “aparecidos”, vivinhos da silva. Posteriormente, com a criação de novas leis de pau, a noção de “desaparecido” foi ficando cada vez mais elástica, de modo que muitos vivaldinos, como o sucessor de FHC, Dilma Rousseff, José Dirceu e centenas de “perseguidos” também receberam sua piñata. O escritor Ziraldo Alves Pinto e o cartunista Jaguar (pseudônimo de Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe) receberam indenização milionária, possivelmente pela quebra do jornaleco Pasquim, além do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, que deveria mudar seu nome para Coin (Moeda). Criaram também uma Comissão (GTA), para localizar e resgatar as ossadas de ouro dos guerrilheiros do Araguaia. Melhor fariam essas pessoas se se preocupassem com os milhares de pessoas que desaparecem todos os anos no Brasil, sem deixar vestígio (mais de 693.000 brasileiros desapareceram no período de 2007 a 2016, 8 desaparecimentos por hora, um verdadeiro holocausto). “A cada dia, mais de três pessoas desaparecem no Distrito Federal. Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), no ano passado 1.234 registros de pessoas que sumiram foram realizados” (jornal O Destak, DF, 16/05/2011, pg. 2). Cerca de 50.000 brasileiros desaparecem todo ano, conforme noticiou o Jornal Nacional do dia 24/05/2012. Em 2012, a Secretaria dos Direitos Humanos propôs ampliar ainda mais a lista de “desaparecidos políticos”, incluindo 602 casos de camponeses que teriam sido vitimados entre 1961 e 1988. Os revanchistas do governo Dilma Rousseff quiseram transformar em “mortos políticos” os que sucumbiram devido à disputa de terras entre fazendeiros, grileiros e posseiros que ocorreu principalmente no Pará (158 casos), Maranhão (79) e Bahia (69), quando também foram mortos sindicalistas, advogados e religiosos. A psicanalista petista Maria Rita Kehl, membro da Comissão da Verdade, queria incluir na lista o “extermínio de índios”, a exemplo das etnias suruí (região do Araguaia, Sul do Pará) e waimiri-atroari, de Roraima, que teria ocorrido entre 1946 e 1988. Na verdade, os waimiri-atroari assassinaram muitos funcionários da Funai, durante a construção da BR-174 (Manaus-Boa Vista) - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/05/a-epopeia-da-construcao-da-br-174.html. O foco declarado dos comissários vermelhos é o governo militar pós-1964, como declarou em público o beato de pau oco, Claudio Fonteles. Por isso, a missão do Pravda tupiniquim é inflar em pelo menos mil vezes os “desaparecidos” do período, de modo a caracterizar os militares como “genocidas”. “Em 1970, havia cerca de 500 presos políticos, 56% estudantes” (NAPOLITANO, 2014: 135). O número talvez seja maior, pois muitos estudantes ficavam detidos em quartéis durante certo tempo, como presenciei na 13ª. Companhia de Infantaria (depois transformado no 30º. Batalhão de Infantaria Motorizado), Apucarana, PR, onde servi de janeiro de 1970 a abril de 1971. Neste caso, eram estudantes universitários de Maringá, PR.

Desarmamento diminui a violência - Slogan de pau empurrado goela abaixo em toda a população brasileira, em 2003, que redundou na aprovação de uma criminosa e ineficiente Lei Federal, que restringe ao máximo o uso de arma de fogo. Criminosa, porque expõe as pessoas de bem, desarmadas, à sanha dos bandidos. Ineficiente, porque não consegue desarmar os bandidos, pelo contrário, incentiva-os ao crime, por não haver resistência da população, que não pode se defender com uma arma na mão. Não é a arma de fogo em si que mata alguém, é o ser humano, que tanto pode matar com uma pistola, uma faca, um porrete, com qualquer coisa que tiver às mãos. Por acaso Caim matou Abel com uma arma de fogo? Se nossos legisladores de pau fossem coerentes, deveriam também começar a recolher todas as “prateadas” dos gaúchos e as “peixeiras” dos nordestinos. Além disso, deveriam fechar todas as fábricas de talheres, como a Tramontina. Não é preciso dizer que a “arma” que mais mata no Brasil são os automóveis. Se o velocímetro do carro indica 280 km/h, é porque foi feito também para matar. Do contrário, indicaria, digamos, no máximo 80 km/h. Serão os carros também recolhidos, para passarmos a viajar em charretes a 20 km/h? O desarmamento é o desejo maior do bandido. E do estado totalitário, cuja oposição ou dissidência nunca poderá utilizar um direito natural de empunhar uma arma de fogo para lutar por sua liberdade. A verdade é que há uma estreita relação entre desarmamento da população e genocídio, ou, pelo menos, aumento de criminalidade. Leia “Desarmamento diminui a violência?” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/desarmamento-diminui-violencia-por.html.

Desbundar - “Termo utilizado pelas organizações para designar o militante que desistia da ação, entregando-se aos órgãos de segurança” (AUGUSTO, 2001: 400). Veja Aparelho.

Descarga - Ecoterrorismo de cara lavada. Keith Farnish, em seu livro “Time’s Up” (2009), tem a solução para sobrevivência da humanidade. Como? Através do que ele chama de “descarga”: “Na essência, ‘descarga’ significa remover um peso que existe: por exemplo, livrar-se de animais domésticos que se alimentam de pastagens, demolir cidades, explodir barragens e desligar a máquina de emissão de gases de efeito estufa. O processo de descarga ecológica é uma soma de muitas coisas que já expliquei neste capítulo, além de um (quase certamente necessário) componente de sabotagem” (apud DELINGPOLE, 2012: 143).

Desconstrução - Crítica abrangente ao pensamento ocidental, foi abraçado com vigor pela esquerda, por feministas e minorias para “fazer crítica social”, levando ao modo “politicamente correto” de se expressar. “Teóricos como Roland Barthes, Pierre Macheray, Jacques Derrida e outros pós-estruturalistas propõem novas maneiras de ler os textos e empreender a crítica da ideologia. Segundo eles, os textos devem ser lidos como expressão de várias vozes, e não como enunciação de uma única voz ideológica, que precise então ser especificada e atacada. Desse modo, exigem leituras polivalentes e um conjunto de estratégias críticas ou textuais que desvendam suas contradições, seus elementos contestatórios periféricos e seus silêncios estruturados” (KELLNER, 2001: 148). “Trata-se de uma estratégia ‘subversiva’ de leitura, que parte do princípio de que qualquer texto, por mais que almeje à clareza e ao rigor, sempre contém pontos cegos ou nódulos de ambiguidade que, devidamente explorados, permitem desfazer as amarras lógicas do raciocínio, inverter suas premissas, anular suas hierarquias de ideias” (“O profeta da desconstrução”, revista Veja no. 1876, pg. 154). “Jacques Derrida foi o doutor Frankenstein da filosofia contemporânea. Como o cientista na história de horror, ele deu vida a uma criatura, o conceito de ‘desconstrução’, que depois escapou ao seu controle e causou convulsões e ruína no mundo das humanidades” (idem, pg. 154). “A desconstrução chegou às universidades americanas no exato momento em que os acadêmicos de esquerda procuravam armas diferentes para fazer crítica social. A nova importação francesa lhes caiu como uma luva. Logo, a desconstrução passou a ser usada como um método de interpretação que dava margem às leituras mais estapafúrdias de tratados filosóficos, textos literários, filmes e obras de arte - houve um que falasse numa espécie de ‘derridadaísmo’. Mais que isso, ela se tornou a ferramenta política por excelência para quem pretendia denunciar o ‘substrato autoritário e opressor do pensamento ocidental’. As feministas foram as primeiras a se apropriar de Derrida dessa maneira, e logo atrás vieram os representantes de outras minorias, que tomaram conta de inúmeros departamentos de ciências humanas nos anos 70 e 80 e criaram a famigerada voga do ‘politicamente correto’” (idem, pg. 154 e 155). “Derrida é tão interessante como um borrão de tinta, e somente uma conspiração de mentes inseguras pode dar-lhe importância. Sartre era completamente diverso - e sabia contar histórias” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 600).

Desenvolvimento nacional - Projeto estratégico de longo prazo dos governos militares pós-1964. “Considerado fundamental no projeto ‘desenvolvimento nacional’ dos militares, o ensino de graduação e pós-graduação foi incrementado como nunca a partir do final dos anos 1960. A graduação deveria gerar quadros de gerenciamento técnico e burocrático, tanto no setor público quanto no privado, fundamentais para a nova etapa de desenvolvimento capitalista que se desenhava. Em 1980, eram cerca de 8,2 milhões de trabalhadores nessa grande área, quase 20% da população economicamente ativa. Em 1960, 18.852 pessoas concluíram o curso superior, número que passou para 64.049 (1970) e 227.997 (1980). A pós-graduação também foi incrementada. Em 1969, havia 93 cursos de mestrado e 32 de doutorado no Brasil, passando a 717 e 257, respectivamente, dez anos depois” (NAPOLITANO, 2014: 215-216). Veja Milagre brasileiro.

Desenvolvimento sustentável - Expressão de pau, tornou toda a humanidade refém do ambientalismo socialista: “É um abrangente plano socialista para combinar programas de bem-estar social com controle governamental sobre empreendimentos privados, medicina socializada, controles de zoneamento nacional de negócios privados e reestruturação dos currículos escolares para que sirvam como doutrinação das crianças segundo um pensamento coletivo politicamente correto” (Website Green Agenda - apud DELINGPOLE, 2012: 172). Obviamente, deve-se defender o meio ambiente em que vivemos - nossa única morada viável -, como as ações de combate à poluição atmosférica, a substituição de energia suja do carvão e do petróleo por energia limpa como a hidrelétrica, a solar e a eólica; combater o desmatamento de florestas que não se prestam à agricultura ou à pastagem, bem como a poluição crescente dos rios e oceanos, que estão se tornando verdadeiras cloacas, ocasionando “zonas mortas” nos rios e mares. Catastrofistas ambientais preveem que o nível dos oceanos irá aumentar dezenas de metros, com o degelo das calotas polares devido ao aquecimento global, destruindo cidades costeiras como Nova York e Rio de Janeiro. Assim não pensam investidores “céticos”, que constroem arranha-céus em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com quase 1 km de altura, literalmente ao nível do mar. Veja ALF, Eugenia ecológica, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT

Desestalinização - Campanha de degradação de Stálin, iniciada um ano após o XX Congresso do PCUS, em fevereiro de 1956, quando Kruschev proferiu seu “discurso secreto” sobre os crimes de Stálin. Em julho daquele ano, foi publicado pelo Departamento de Estado americano uma versão parcial do discurso de Kruschev, que se tornou notícia no Ocidente, embora nunca tivesse sido publicado na União Soviética, apenas disseminado a grupos-chave. A desestalinização tinha como objetivo implantar reformas no Estado soviético, como a modernização e a melhoria do povo, não a democratização com que sonhavam muitos intelectuais soviéticos (dissidentes). Os resultados diretos da desestalinização foram os levantes poloneses e a revolta húngara, no outono de 1956. Nesse ínterim, Kruschev enfrentou muitos rivais e quase foi afastado pelo Politburo, em 1957. Perante o público, Kruschev se eximia das atrocidades de Stálin, embora tivesse sido um de seus partidários mais sangrentos na Ucrânia. A 2ª fase da desestalinização começou em 18/10/1961, no XXII Congresso do PCUS, quando foram revelados pela primeira vez ao povo soviético alguns dos crimes de Stálin, ocasião em que se iniciaram as divergências com a China comunista. Com a queda de Kruschev, em 1964, os “herdeiros de Stálin” iniciaram a “reestalinização”, com Brezhnev e Kosygin. “Por volta do fim de 1968, a reabilitação de Stálin ou a reestalinização tinha-se processado rapidamente. A crítica de crimes de Stálin, de prisões em massa, deportações, assassinatos, expurgos e campos de concentração tinham desaparecido da imprensa e das conversações privadas” (ROTHBERG, 1975: 264). O Kremlin considerava graves as ameaças da liberalização, do revisionismo e da reforma. A liberalização tcheca tinha sido desencadeada por intelectuais e escritores, o que ocasionou a invasão da Tchecoslováquia, no dia 21/08/1968, com a destituição de Dubcek, o “equivalente internacional de Soljenítsin”. Uma carta do dissidente Pyotr Yakir, em 06/03/1969, à revista do Partido, Kommunist, condenava Stálin em 17 pontos, documentados em fontes soviéticas, relacionando os crimes com o código penal soviético. Atribuía a Stálin a responsabilidade por suicídios e execuções de líderes de cúpula soviéticos no Partido, no Governo, nas Forças Armadas, nos serviços de Inteligência e na Polícia. Comunistas estrangeiros refugiados na União Soviética tinham sido assassinados por ordens de Stálin, incluindo comunistas proeminentes, como os alemães Hermann Schubert e Heinz Neumann, os húngaros Bela Kun e Gabor Farkas, os poloneses Tomasz Dombal e Yulian Lesczynski (um dos fundadores do PC polonês) e até o suíço Fritz Platten, que protegera Lênin com seu próprio corpo por ocasião do primeiro atentado contra a vida de Lênin. Yakir condenava Stálin, ainda, pela repressão e deportação em massa de povos não russos (“política do liquidificador”) durante e depois da II Guerra Mundial, entre eles os tártaros da Crimeia, os bálcares, os chechenos-ingushes e os calmiques. Yakir condenava Stálin pelos expurgos que liquidaram 80% do corpo de oficiais superiores - aqueles que lutaram na Guerra Civil Espanhola, técnicos e intelectuais - com o resultado de milhões de baixas nas primeiras fases da II Guerra Mundial, especialmente no cerco nazista a Leningrado. “Aproximadamente 60% dos oficiais do nível comando de divisão ou maior acabaram vítimas do expurgo; o corpo de oficiais como um todo acabou desfalcado de 20 a 35% de seu efetivo. Alguns comandantes sobreviveram, Shaposhnikov, por exemplo, que iria se tornar chefe do estado-maior. Todavia, muitas das melhores cabeças militares da União Soviética, entre elas Tukhachevsky, Uborevitch, Yakir e Yegorov foram cortadas. As que não o foram, como Isserson, acabaram silenciadas” (PARET, 2003: 270). O cerco a Leningrado durou 6 meses e promoveu 800.000 baixas ao Eixo e 1,1 milhão aos russos. “A mola propulsora do Exército Vermelho era exatamente a mesma do Exército Revolucionário Francês: a mistura de fanatismo e terror. O fanatismo, de forma organizada, era representado pelos comissários, que, por sua vez, organizavam o terror. A massa de primitivos soldados sabia que, indo em frente, talvez encontrassem a morte; recuando, porém, ela era certa. Todo comandante, a partir do escalão subunidade, inclusive, tinha a seu lado um comissário. ‘Por que interrompeu o ataque? Prossiga imediatamente, ou será fuzilado!’ Esse tipo de mensagem era frequentemente captado, no meio das transmissões, durante as ofensivas russas. É claro que um exército organizado sob tais bases tinha sua força, mas, também, suas fraquezas” (PAGET, 1999: 79). Veja “Crimes de Guerra Soviéticos” em https://pt.wikipedia.org/wiki/Crimes_de_guerra_sovi%C3%A9ticos.

Desinformatsya - (Russo) “Desinformação”. “Sabe-se que a informação é, por natureza, uma mercadoria adulterada. Não faltarão tentações para a adulterar ainda mais” (VOLKOF, 2004: 10). A Desinformatsya foi concebida pelo Komintern para designar o uso sistemático de informações falsas como instrumento de desestabilização de regimes políticos. "A desinformação leva as instituições ao completo descrédito, induzindo a opinião pública a transferir aos agentes da desinformação a confiança que depositamos no Estado, nas leis e nos costumes tradicionais" (Olavo de Carvalho). O secretário de Estado do governo Barack Obama, John Kerry, em 22/04/1971, recém-chegado do Vietnã, testemunhou perante o Comitê de Relações Públicas do Senado que soldados americanos haviam ‘estuprado mulheres, cortado orelhas e cabeças, amarrado genitais humanos com fios elétricos e ligado a corrente, amputado braços e pernas, explodido corpos, atirado a esmo em civis e arrasado vilas de uma maneira que lembrava Gengis Khan’. (...) O mais alto oficial da inteligência soviética que já desertou para o Ocidente, o general romeno Ion Mihai Pacepa, publicou um livro (‘Disinformation’, WND Books, 2013) em que conta várias operações de desinformação antiamericana, montadas pela KGB, das quais havia sido participante ou testemunha direta. Uma delas consistiu precisamente em espalhar em todos os meios esquerdistas da Europa e das Américas o rol de acusações, totalmente inventado, que o depoimento de Kerry repetiu no Senado ‘quase palavra por palavra’ (sic). Desinformação, stricto sensu, só existe quando a mentira comprometedora não é ouvida da boca do inimigo, mas de alguém de confiança da vítima. Estampadas no Pravda ou vociferadas pela Rádio Moscou, aquelas acusações seriam apenas notícias falsas vindas de uma potência hostil. Repetidas com ares de seriedade por um ex-tenente condecorado da Marinha americana e reproduzidas no New York Times, no Washington Post e por toda parte na mídia ‘respeitável’, tornavam-se desinformação de primeira ordem, uma contribuição essencial à transmutação da vitória militar americana no Vietnã em humilhante derrota política e diplomática” (Olavo de Carvalho, “Em quem acreditar?” - Diário do Comércio, 02/09/2013 - https://olavodecarvalho.org/em-quem-acreditar/). Um antecedente milenar foi Sun-Tsu, que afirmou: “Todo esforço de guerra baseia-se no engodo”. Se a espionagem é a 2ª mais antiga profissão do mundo, a desinformação é a 3ª. Nos EUA, o Governo George W. Bush criou o Departamento de Influência Estrangeira, subordinado ao Pentágono, logo após os atentados terroristas de 11/09/2001, para difusão de informações no Oriente Médio, Ásia e até Europa Ocidental, inclusive falsas. Uma das unidades encarregada do programa do novo Departamento é o Comando de Operações Psicológicas (PsyOp), do Exército. Na década de 1980, o PsyOp transmitiu programas de rádio e TV para a Nicarágua, para minar o Governo sandinista de Daniel Ortega. Nos anos 1990, o PsyOp estimulou o apoio aos americanos nos Bálcãs. “A forma mais simples de expor uma operação de desinformação é compará-la a uma forma de publicidade, apesar da seguinte diferença: a publicidade obedece à ‘predestinação simples’ (certos homens são predestinados à salvação: este determinismo lava mais branco), enquanto as operações de desinformação obedecem ao princípio da ‘predestinação dupla’ (certos homens são predestinados à salvação, outros à danação: o comunismo é bom, o capitalismo é mau)” (VOLKOFF, 2004: 101). Segundo Volkoff, a desinformação tem os seguintes ingredientes: o cliente, o dinheiro, o estudo de mercado, os suportes (caráter anedótico, mais apto a chocar, seduzir, do que persuadir) os retransmissores (vários, procurando cúmplices), o tema, o tratamento do tema (não difundir uma informação verdadeira, mas uma falsa, sobreinformação para fazer perder o sentido, slogans como “socialismo ou morte”, “lava mais branco”), as caixas de ressonância (mídia - “falar do que se fala”, o agente influenciador, o “bom” jornal e a “boa” emissora), o alvo (o público - aumentar a animosidade contra o “inimigo”), a diabolização ou satanização (dizer o pior possível do “inimigo”), o maniqueísmo (os “bons” e os “maus”) e a psicose (criação da “unanimidade” nas pessoas). E como ocorrem os truques da desinformação? Pela negação dos fatos, inversão dos fatos, mistura verdadeiro-falso com diferentes graduações, modificação do motivo, modificação das circunstâncias, encobrimento, camuflagem, interpretação, generalização, ilustração, partes desiguais, partes iguais, variação sobre o mesmo tema (Cfr. pg. 101 a 114). “A desinformação é uma manipulação da opinião pública para fins políticos através de informação trabalhada por processos ocultos” (idem, pg. 123). Um exemplo de desinformação foi a “guerra bacteriológica” americana na Coreia, “forjada por um agente soviético, o jornalista australiano Wilfred Burchett. Pierre Daix, então redator-chefe do jornal comunista ‘Ce Soir’, revelou mais tarde, em 1976, em suas memórias, ‘J’ai cru au matin’, como foi montada essa farsa jornalística” (REVEL, 2003: 26). Por sua obra, Burchett recebeu o Prêmio Stálin 1951. Um exemplo clássico da desinformação foi “O homem que nunca existiu”: “Fazer com que uma pasta contendo documentos chegue até a praia, o mais próximo possível de Huelva, na Espanha, de forma que se pense ser o fato resultado da perda de um avião no mar, quando a pasta estava sendo levada por um oficial inglês para o quartel-general das forças aliadas na África do Norte” (MONTAGU, 1978: 35). O cadáver do “major Martin”, dos “Reais Fuzileiros Navais”, e os “documentos” que carregava, iludiram os nazistas e contribuíram com o êxito da invasão aliada na Sicília - e depois, o sul da Europa -, durante a II Guerra Mundial. Leia “Censura e desinformação”, de Olavo de Carvalho, em https://olavodecarvalho.org/censura-e-desinformacao/.

Desobediência civil - Título de um dos mais conhecidos ensaios do poeta e filósofo americano Henry Thoreau. Baseia-se na “responsabilidade imensa da consciência individual, contra as intromissões atrabiliárias do Estado” (PENNA, 1992: 235). Pierre Joseph Proudhon, condenando o Estado espoliador e policial, levou ao anarquismo de Bakunin, Kropotkin e Max Stirner. Outras formas de contestação ao Estado: kibutzim em Israel, a Teologia da Libertação, o “libertarianismo” radical americano. “Mohandas K. Ghandi é realmente o grande inovador no terreno da desobediência civil, ou resistência passiva aos abusos e violências do Estado, para a qual cunhou o termo hindu ‘Satiagraha’” (idem, pg. 235). A revolução estudantil de 1968/1969 foi outra forma de desobediência civil, incitada pela quinta-coluna comunista internacional, sob os ecos da carniceira Revolução Cultural chinesa - com exceção da campanha de Martin Luther King, que exigia respeito aos direitos civis e políticos dos negros dos EUA.

Destruição criadora - Princípio capitalista, a “destruição criadora”, segundo Joseph Schumpeter, pode ser observada principalmente nos avanços da tecnologia: os teares mecânicos destruíram os teares manuais; o automóvel eliminou a indústria hipo, dos arreios e das ferraduras; a eletricidade eliminou o trabalho do acendedor de lampião de gás; a informática e a robótica eliminaram muitos empregos, mas criaram outros voltados ao conhecimento e à alta tecnologia.

Détente - (Francês) “Distensão”: política de aproximação, conversações e acordos, da URSS com o mundo ocidental, especialmente os EUA, durante o período do governo Leonid Brejnev, de 1964 a 1982. Essa política, no entanto, não impediu que tropas do Pacto de Varsóvia invadissem a Tchecoslováquia em 1968. Prova de que não passou de outra sonora palavra de pau.

Deus é fiel! - Frase impressa na camisa de um jogador de futebol brasileiro, ao comemorar o título de campeão do futebol italiano. Frase de pau, porque não se imagina que Deus possa ser “infiel” com o adversário daquele jogador somente por ele não ser evangélico. Deus não é exclusividade de ninguém, nem jurou fidelidade a essa ou àquela criatura humana, pois Ele é Pai de todos e está acima de todos os adjetivos que nós, simples mortais, lhe impingimos. Nós é que devemos ser fiéis a Ele. Além do mais, não se deve usar Seu Santo Nome em vão. Estão certíssimos os islâmicos quando dizem Allah-o-Akhbar (Deus é Grande).

Deutschumspflege - (Alemão) “Empenho pela conservação étnica” (evitando casamentos interétnicos), pela língua, pelos costumes e tradição alemães, a exemplo de antigas colônias do Sul do Brasil, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O “renegado étnico” é quem não segue o Deutschum (germanismo). Então, eu me tornei um renegado étnico, pois me casei com uma morena clara carioca, de nome brasileiríssimo: “Valdenice dos Santos”. Quer dizer, renegado nada, já que minha avó materna Paulina Back Preis é descendente do dinamarquês Henrique Westrup, provavelmente oriundo de família alemã, “que veio solteiro para o Brasil e aqui, ele bem loiro, casou com Maria Rosa de Jesus, brasileira, bem morena, nascida segundo uma versão em Biguaçu e por outra em Pernambuco” (BACK, 1995: 8). “Maria Rosa de Jesus era, provavelmente, descendente de índios dos arredores de Garanhuns, Pernambuco” (idem, pg. 135, nota 4). Gregório Westrup, filho de Henrique, “era moreno e de sua descendência até a quarta geração ainda aparecem pessoas de cor morena e cabelos pretos e lisos” (BACK, 1995: 8). Gregório Westrup casou-se com Catarina Michels e é avô de minha avó Paulina - portanto, meu trisavô. Isso prova que a miscigenação brasileira é muito maior do que muitos pensam - assim como eu pensava.

Dever-ser - Opõe-se a “ser”. É comum em trabalhos de Santo Agostinho, Marx, Comte, Spencer, Herder, Hegel, Spengler. A norma está para o dever-ser assim como o ato de vontade oriundo dela está para o ser” (Hans Kelsen - Cfr. em https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-130/a-teoria-pura-do-direito-de-hans-kelsen/#:~:text=O%20dever%2Dser%20%C3%A9%20a,(KELSEN%2C%202000%2C%20p.

DGI - Dirección General de Inteligencia (Cuba): serviço secreto cubano, fundado por Manuel Piñero, o Barbarosa, após Fidel Castro tomar o poder em 1959. Em 1970, a KGB consolidou seu controle sobre a DGI. Um agente da DGI, Orlando Letelier, do Chile, foi assassinado em Washington, em 1976.

DGI - Despesas Gerais Indiretas: nome eufemístico do caixa dois na “Organização” Odebrecht. Veja Departamento de Operações Estruturadas.

DGIE - Departamento Geral de Investigações Especiais: das antigas Secretarias de Estado de Segurança Pública, durante o governo militar pós-1964.

Dhima ou Dimá – (Árabe) “Proteção”. Estatuto islâmico hoje em desuso. Os judeus e cristãos “deveriam pagar dois impostos, a djiziá e o kharaj, de que ficavam isentos os convertidos” (BALTA, 2010: 23). Isso explica, em parte, a rápida “conversão” ao islamismo durante o período das primeiras conquistas árabes. O Estado Islâmico retomou essa prática, para os infiéis que não tiveram as cabeças decepadas.

Diabinho do bispo - É como o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor se referiu a ex-seminaristas doutrinados na Teologia da Libertação, como João Pedro Stedile e Gilberto Carvalho. “O MST dá voto. Tanto é que ninguém criticou o Stédile ontem, na CPI, quando ele esculachou até o capitalismo ocidental. Tudo isso por uma reforma agrária inútil no mundo atual da tecnologia e da agroindústria. O governo sabe disso, mas faz a reforma errada mesmo assim porque ela é um bom marketing populista. Enquanto isso, beijam o diabinho que os bispos criaram” (in Jornal Nacional, 02/04/2004 - cfr. em http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL554060-10406,00-CONFIRA+O+COMENTARIO+DE+ARNALDO+JABOR.html, acesso em 09/04/2021).

Dia “D” - O dia 06/06/1944, o Dia “D”, marca o início do fim da luta contra o nazismo. Foram desembarcados 155 mil soldados aliados em Caen, na Normandia (França), a maior operação aeronaval da história. Envolveu mais de 1.200 navios de guerra e 1.000 aviões, uma operação coroada de êxito ao enganar as forças alemãs concentradas em Pas-de-Calais.

Dia da Traição - Segundo o então deputado federal Jair Bolsonaro, o dia 11 de setembro deve ser considerado no Brasil como o “dia da traição”, pois lembra a data (11/09/1996) em que a famigerada “Comissão dos desaparecidos políticos” concedeu indenização a familiares dos terroristas Carlos Lamarca e Carlos Marighella. Em 2012, Marighella foi anistiado pela mesma Comissão.

Diálogo de Maguncia - Em 12/07/1998, em Maguncia, Alemanha, ocorreu o início da conversação de integrantes das FARC, do ELN, do Governo da Colômbia, Igreja e entidades civis e sociais, para Acordo de Paz na Colômbia. Foi um fracasso. Em 2012, foram retomadas conversações de paz, das FARC com o governo da Colômbia, com a participação dos governos de Cuba e da Venezuela, e de uma guerrilheira holandesa. Veja FARC.

Diálogo Interamericano (DI) - Fundado em 1982 no Centro Acadêmico Woodrow Wilson (CAWW), órgão oficial do Congresso dos EUA. Membros fundadores: Robert McNamara (presidente do Banco Mundial), Enrique Iglesias (presidente do BID), David Rockefeller, Abraão Lowenthal, Paul Goldman, Cirus Vance, Fernando Henrique Cardoso, entre outros. O DI defende as teses da globalização, da soberania limitada das nações, do direito de ingerência e da interdependência entre as nações. As ações do DI visam: “ - tornar aceitável pelos países ibero-americanos uma drástica diminuição dos efetivos e dos gastos militares, sob a alegação de que tais gastos desfalcam as verbas para a promoção social e para o desenvolvimento; e/ou - que seja modificada a destinação constitucional das FFAA latino-americanas que, de suas funções tradicionais de Defesa/Segurança Nacionais, passariam a atuar - supletivamente ou não - contra o terrorismo e o narcotráfico; no controle e defesa ecológica/ambiental; e nas ações de Defesa Civil e restrições de danos, nas hipóteses de grandes sinistros e desastres ambientais etc. Além disso, uma das teses prioritárias do DI é a institucionalização de uma força supranacional interamericana, apta para ‘ações intrusivas’ dentro de países ibero-americanos – sem a autorização destes – nas hipóteses de ‘graves violações dos direitos humanos e/ou genocídio’; ‘combate ao tráfico de drogas ou ao terrorismo’; ‘restabelecimento da democracia’ nos seus territórios; graves ‘desastres ecológicos’ ou ‘crimes ambientais’ etc., invocando-se como justificativa o direito de ingerência” (ASMIR-PR, Curitiba, 08/12/2000). Em 1992, o DI pediu a legalização seletiva das drogas. O desejo do Secretário de Defesa americano, William Perry, que declarou a O Globo (06/05/1995) que seu Governo “quer civis chefiando os militares na América Latina” foi atendido por FHC, que em junho de 1999 criou o Ministério da Defesa.

Diáspora cubana - A primeira leva de imigrantes ocorreu no período de 1959 a 1962, com cerca de 200 mil pessoas da classe média abastada, 40% com curso superior. Sempre houve fugas para o exterior, principalmente para Miami, a exemplo dos corajosos balseros, que em pneus de caminhão ou troncos de bananeira arriscavam sua vida no meio dos tubarões do Caribe, principalmente após o colapso soviético, que deixou de remeter dinheiro para a Ilha. Nos últimos anos, a maioria dos fugitivos é de classe modesta, principalmente mestiços e negros - sem falar nos atletas, que aproveitam as Olimpíadas e Jogos Panamericanos para fugir do jugo castrista. A Flórida comporta 1 milhão de refugiados, 10% da população cubana.

Diáspora judaica - Processo de dispersão dos judeus pelo mundo. A 1ª dispersão (êxodo ou exílio) ocorreu em 586 a.C., quando o imperador Nabucodonosor II invadiu Jerusalém e deportou os judeus para a Babilônia (586-538 a.C.). A 2ª dispersão ocorreu em 135 d.C., com a destruição romana de Jerusalém. A diáspora judia continuou em 1948, com a criação do Estado de Israel, quando se inicia também a diáspora do povo palestino. Entre 1948 e 1968, cerca de 850.000 judeus foram forçados a abandonar os países árabes, depois do confisco de todos os seus bens. No Egito, em 1948 havia cerca de 75.000 judeus; em 2001 eram apenas 100 (durante a Campanha do Sinai, em 1956, 25.000 judeus foram expulsos do Egito). Na Líbia, havia 38.000; em 2001, 0. Na Argélia havia 140.000; em 2001, 0. No Marrocos, eram 265.000. Em 2001, havia apenas 5.700. Dos 848.000 mil judeus que moravam nos países árabes em 1948, restavam apenas 7.800 em 2001” (Cfr. em http://sinagogashaarei.org/historia-das-comunidades-judeus-dos-paises-arabes/, transcrito em  http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/historia-das-comunidades-judeus-dos.html).  “A Irlanda é o único país que nunca perseguiu os judeus. Sabe por quê? Porque nunca os deixou entrar” (JOYCE, 1966: 41).

Diáspora palestina - Tem início com a criação do Estado de Israel, em 1948. Dados de fevereiro de 2001 indicavam os seguintes números de refugiados palestinos em diversos países: Líbano: 376.472; Síria: 383.199; Jordânia: 1.570.192; Cisjordânia: 583.009; Faixa de Gaza: 824.622.

DI/GB - Inicialmente, o MR-8 era conhecido como “DI da Guanabara”, ou seja, Dissidência da Guanabara do PCB. Membros da DI: Daniel Aarão Reis Filho, João Lopes Salgado, Cid de Queiroz Benjamin, Cláudio Torres da Silva, Stuart Edgard Angel Jones. Em maio de 1969, integrantes da DI/GB roubaram uma metralhadora do policial militar que guardava as instalações da Light no Leblon, Rio de Janeiro. Em agosto do mesmo ano, assaltaram a residência do deputado federal Edgard de Almeida, de onde levaram cerca de 30.000 dólares e joias avaliadas em 600.000 cruzeiros novos.

Dilema de Loewenstein - “Karl Loewenstein, em sua Teoria da Constituição, fala do dilema do Estado ameaçado pelos totalitários. ‘Se decide restringir as liberdades fundamentais, de que se servem os insurretos, atuará precisamente contra os princípios da liberdade e da igualdade sobre as quais se baseia. Se, ao contrário, as mantém mesmo em benefício de seus inimigos declarados, põe em risco a sua própria existência’” (Jarbas Passarinho, in “Ai-5, um Imperativo”, Jornal do Brasil, 14/03/2004).

Dílmon de Rousseff - Verbete criado por Celso Arnaldo Araújo. Trata-se da partícula elementar do pensamento da ex-presidente do Brasil, tão importante como a descoberta do bóson de Higgs. Prova da existência do dílmon de Rousseff (“partícula de quem se acha Deus”): recomendação aos endividados países europeus, para que gastem ainda mais (façam mais dívidas), para superar a recessão econômica.

Dinossauros carnívoros & herbívoros - Os jornalistas que haviam publicado “O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” (1996), lançaram “A Volta do Idiota”, em 2007. Esta obra trata dos dinossauros carnívoros da região, em que Hugo Chávez é o tiranossauro rex, e dos dinossauros herbívoros, em que os autores destacam Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile, e o sucessor de FHC, vulgo Nove Dedos. Não concordo que o Nove Dedos seja herbívoro, porque, eventualmente, ele come carne com gosto, como foi o caso dos atletas cubanos que fugiram do Pan Americano do Rio, e o Perfeito Idiota (que levou tremenda vaia no Maracanã) os devolveu prontamente a Fidel Castro. E o caso do cubano que morreu após greve de fome, pedindo democracia em Cuba, e o Apedeuta o comparou com os marginais de São Paulo. Quem anda aos afagos com ditadores como Fidel Castro e Hugo Chávez, e dá abrigo a terroristas, como o padre Olivério Medina, “embaixador das FARC”, e o italiano Cesare Battisti, não é vegetariano, porque gosta de sentir o sangue escorrer pelos dentes.

DIP - 1. Departamento de Imprensa e Propaganda: criado em 27/12/1939, durante o Governo Getúlio Vargas, era encarregado da censura aos meios de comunicações. 2. Divisiones de Infanteria Permanentes (Cuba). 3. Decisions in Process (decisões em andamento): nas economias avançadas, a velocidade da decisão se torna um motivo crítico, um custo importante, semelhante a “trabalho em andamento”.

Diplomacia do “bengalão” - O mesmo que Big Stick. Veja Doutrina Lake.

Diplomacia de Cruzeiro - Política do Big Stick (porrete) norte-americano, autoproclamado “polícia do mundo”, como nos ataques da “ONU” contra o Iraque (1991), da OTAN contra a Iugoslávia (1999), dos EUA contra o Afeganistão (2001) e o Iraque (2003), e da OTAN contra a Líbia (2011), utilizando mísseis de cruzeiro (cruise missile) Tomahawk e destruindo toda a infraestrutura desses países. Veja Big Stick e Doutrina Lake.

Diplomacia do dólar - Iniciada com a “Política das portas abertas” (Open door policy), dos EUA. A primeira proposta dessa política foi feita pelo Secretário de Estado John Hay, em 06/09/1899, que reconhecia a existência das assim chamadas “esferas de influência”. Posteriormente, a “diplomacia do dólar” passou a ser usada para combater o comunismo em todo o mundo, quando o Departamento de Estado americano passou a prestar ajuda econômica a países subdesenvolvidos, para “comprar” sua “lealdade” e evitar que caíssem nas garras socialistas. Veja Aliança para o Progresso e Política das Portas Abertas.

Direito Achado na Rua - Fubá dialético gramscista, cozido pelo Núcleo de Estudos para a Paz e Direitos Humanos, cuja receita foi impressa pela Editora Universidade de Brasília. Formulação teórica inspirada na Nova Escola Jurídica Brasileira, de Roberto Lyra Filho. Leia “O Direito Achado na Rua - Introdução crítica ao Direito Urbanístico” em https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/book/17 ou https://livros.unb.br/index.php/portal/catalog/view/17/16/70-2. Leia, ainda, “O Direito Achado na Rua: condições sociais e fundamentos teóricos”, de José Geraldo de Souza Junior, em https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2179-89662019000402776&script=sci_arttext.

Direito do Esquecimento - Trata-se de um direito que alguém teria, de não permitir que um fato ocorrido em sua vida seja exposto ao público, causando-lhe “sofrimento”. Levado ao extremo, não teríamos mais biografias de famosos, notícias que envolvessem pessoas, a própria História seria esquecida em muitas particularidades. Seria uma censura prévia, um ataque direto ao direito de expressão. Por sorte, em 11/02/2021, o STF negou o reconhecimento ao “direito do esquecimento” por 9 votos a 1. Veja Cultura do cancelamento.

Direito de dispor do próprio corpo - Frase de pau inventada pelos movimentos feministas, nada mais é do que o alegado direito ao aborto. Ou seja, o direito de matar um ser humano ainda em formação no útero - o nascituro. É certo que uma mulher tenha muitos direitos: direito ao trabalho, ao atendimento médico, de se embelezar, de abrir uma cartela de pílulas anticoncepcionais, caso não consiga fechar as pernas. Porém, uma mulher não tem direito de matar o ser humano mais pequenino e indefeso que existe e que não pode esboçar nenhum tipo de reação para escapar à morte. Uma mulher não pode achar que um feto faz parte de seu corpo, como os cabelos e as unhas, e que não tenha uma vida autônoma. É outro ser humano. Independente. Está ali apenas provisoriamente. Faz tanto sentido matar um feto de três meses quanto um garoto de oito anos na chamada “Chacina da Candelária”. Enfim, uma mulher não tem o direito de “dispor do próprio corpo” para expelir um feto como se fosse um cocô. São realizados mais de 55 milhões de abortos no mundo, anualmente. Esse holocausto de nascituros equivale ao número de mortos da II Guerra Mundial. Veja Sistema Métrico da Intolerância.

Direitos humanos - No Brasil, essa expressão de pau perdeu todo o significado original, ao se transformar na bandeira de antigos terroristas que infernizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 1970, e hoje se apresentam como angelicais democratas.

Diretas-já! - Campanha das oposições ao governo militar, em 1984, que pretendia restabelecer as eleições diretas para Presidente da República. A língua de pau afirma que aquelas passeatas trouxeram a democracia de volta ao Brasil. Isso é verdadeiro como uma nota de três reais. Quem devolveu a democracia aos brasileiros foram os próprios militares que a haviam suprimido, a partir do governo Geisel, que promoveu uma “abertura lenta, segura e gradual”. Os militares deram o devido timing ao processo, de modo que a ditadura acabou exatamente no dia da promulgação da Lei da Anistia, em 1979, no início do governo Figueiredo, e não em 1985, como mente a esquerda. Quando Tancredo Neves venceu a eleição indireta para presidente, em 1985, ninguém falou que se tratava do resultado de um “entulho autoritário”, que já deveria ter sido enterrado. Porém, quando este morreu e José Sarney, antigo aliado dos militares, assumiu o governo, a eleição indireta passou a ser considerada novamente um “entulho”. A campanha das “Diretas-já!” - apelidada também de “Dieta-já!”, devido à rechonchuda musa cantante, Fafá de Belém, que entoava hinos durante os comícios - foi apenas mais um bom motivo para políticos e estudantes se reunirem e fazerem o que mais gostam de fazer: gazetear.

Diretiva 20 - “Um documento de sigilo absoluto, com 18 páginas, expedido em outubro de 2012. O documento dizia que Obama havia secretamente pedido aos seus funcionários sêniores da Segurança Nacional e da Inteligência que elaborassem uma lista de alvos potenciais para ataques cibernéticos americanos no exterior. Não de defesa, mas de ataque. A Agência [NSA] estava colocando escuta em cabos de fibra ótica, interceptando por pontos de telefonia e grampeando em escala global” (HARDING, 2014: 63-64). Ato do araponga Barack Hussein Obama II, o Nobel da Paz de 2009, no primeiro ano de seu governo, que não consta em sua autobiografia de 2020, “Uma Terra Prometida” (primeiro volume). Pois é...

Discriminação genética - Poderá ocorrer quando o empregador ou o plano de saúde exigir o mapeamento do nosso DNA, que poderá indicar possíveis tendências genéticas que levam a doenças como o câncer do fígado, p. ex. Para mapear o primeiro genoma humano, foram necessários 15 anos e 3 bilhões de dólares. Hoje, podemos mapear o DNA de uma pessoa em poucas semanas e ao custo de algumas centenas de dólares (HARARI, 2018:  548 - “Sapiens”).

Discriminação positiva - É como a língua de pau chama o sistema de cotas étnicas para ingresso nas universidades e no serviço público, que privilegiam as “pessoas de cor”. Como se algum tipo de discriminação pudesse ser positivo. Toda discriminação é negativa, nunca positiva, especialmente quando é anticonstitucional, por beneficiar pessoas apenas em função da pigmentação de sua pele, o que caracteriza “racismo” às avessas - se “racismo” houvesse, já que não há raças humanas, não somos cães.

Dissidentes - Na antiga URSS não havia “opositores”, mas “dissidentes”. Diz-se dos intelectuais perseguidos por se oporem ao regime comunista, que surgiram a partir da desestalinização efetuada por Kruschev, a partir de 1956. “Hoje em dia é possível se julgar alguém por uma metáfora e mandá-lo para um campo de concentração pelo simples uso de figuras literárias” (Sventlana Alliluyeva, filha de Stálin, que pediu asilo político na Embaixada americana em Nova Delhi, Índia, no dia 06/03/1967). Os dissidentes eram condenados a: molestamento, demissão do emprego, expulsão dos sindicatos profissionais, exames psiquiátricos e confinamento em casas de saúde mental, julgamento e exílio em campos de concentração para trabalhos forçados. Durante o férreo regime de Stálin, não havia dissidentes, pelo simples motivo de que qualquer oposição ao regime levava o autor quase sempre à morte, e poucos conseguiram sobreviver, como o escritor Aleksadr Soljenítsin, preso num gulag. O talentoso projetista aeronáutico Andrey Tupolev foi preso no final da década de 1930 e libertado em 1943 por intercessão do Marechal Aleksandr Golovanov, Chefe do Comando de Bombardeiro de Grande Alcance, da Força Aérea Vermelha, durante a II Guerra Mundial. Rothberg (op. cit.) identifica três correntes de dissidência: artística, política e científica. A dissidência artística inclui nomes como Ehrenburg (“Degelo”), Dudintsev, Yevtushenko, Pasternak (“Doutor Jivago”), Soljenítsin (“Arquipélago Gulag”); dissidência política: Yakir, Amalrik, Litvinov, Grigorenko, Marchenko; dissidência científica: Sakharov (pai da bomba de hidrogênio soviética), Tamm, Kapitsa, Medvedev. Um dissidente famoso foi o escritor Boris Pasternak, que já havia passado um ano na prisão de Lubianka, em Moscou, e quatro anos num campo de trabalhos forçados na Sibéria, do qual foi libertado pela anistia geral após a morte de Stálin. Em 1956, Pasternak concluiu “Doutor Jivago”, que foi rejeitado por várias editoras soviéticas, controladas pelos “herdeiros de Stálin”. Pasternak enviou uma cópia do romance a Giangiacomo Feltrinelli, editor italiano e membro do PCI. O livro foi lançado na Itália no dia 15/11/1957, embora Pasternak tivesse pedido a Feltrinelli para não publicar, pois vinha sofrendo ameaças do regime de Moscou. No dia 23/10/1958, a Academia Sueca outorgou o Prêmio Nobel de Literatura a Pasternak. Começou então a perseguição contra o escritor e no dia 28/10/1958 ele é expulso da União dos Escritores Soviéticos, por “atitudes incompatíveis com a vocação de um escritor soviético e por contrariar as tradições da literatura russa, o povo, a paz e o Socialismo”. A pressão do PC sobre Pasternak foi tanta que no dia 29/11/1958 ele enviou um telegrama à Academia Sueca, renunciando ao Prêmio Nobel. Pasternak morreu no dia 30/05/1960, escapando de outra condenação, porém, sete semanas depois, a KGB prendia sua amante, Olga Ivinskaya, e sua filha, acusando-as de manipulações financeiras que envolviam royalties entregues a Pasternak. Ambas foram condenadas, no dia 07/12/1960, a oito e cinco anos de prisão, respectivamente, em colônias penais da Sibéria. Outro escritor dissidente famoso foi Aleksandr Soljenítsin, autor de “Arquipélago Gulag”, livro que sugeria que toda a Rússia sob Stálin era semelhante a um imenso mar pontilhado de ilhas de campos de concentração, realidade que Soljenítsin conhecia profundamente, por ter sido enviado e um desses campos. Gulag é a abreviatura de “Administração Central dos Campos de Concentração” - daí o nome “Arquipélago Gulag”. Essa obra, cujo teor começou a circular na União Soviética em março de 1969, irritou as autoridades soviéticas e em novembro de 1969 Soljenítsin foi expulso da União dos Escritores. Para os “herdeiros de Stálin”, Soljenítsin renegava o próprio país, dando munição aos inimigos ocidentais, e era reincidente neste tipo de “crime”, pois já havia publicado “Um Dia na Vida de Ivan Denisovich” (seu primeiro romance), em que retratava o Estado soviético como um Estado policial e a União Soviética um campo de concentração. Dos 6.790 membros da União dos Escritores, somente sete solicitaram a reconsideração da expulsão de Soljenítsin. Houve protestos no mundo inteiro contra sua expulsão, incluindo nomes como Arthur Miller, Gunter Grass, John Updike, Bertrand Russel, Hannah Arendt, Graham Greene, Julian Huxley, Jean-Paul Sartre. No dia 08/10/1970, Soljenítsin é laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, porém, a exemplo de Pasternak, foi proibido de recebê-lo em Estocolmo e condenado ao ostracismo no interior da Rússia. “A diretriz de escrever Deus com letras minúsculas é a mais desprezível espécie de mesquinhez ateísta. (...) Para não dizer que nos lábios das pessoas de 1914, a palavra ‘deus’ em letras minúsculas fere os ouvidos e é historicamente falsa” (Soljenítsin, no epílogo de seu livro Agosto de 1914). O escritor Mikhail Sholokhov, em 1965, teve permissão de Brezhnew e Kosygin para receber seu Prêmio Nobel de Literatura, em Estocolmo. O historiador ucraniano Valentyn Moroz foi condenado em 1966 a cinco anos de internamento num campo de concentração, dos quais um ano teria que ser passado numa solitária na Prisão de Vladimir. O principal “crime” de Moroz foi sua oposição à russificação da Ucrânia. No campo de concentração, Moroz escreveu “Relatório da Reserva de Béria”, em que ataca a sociedade soviética e os privilégios dos “herdeiros de Stálin”. Em 1970, Moroz foi novamente condenado a nove anos, seis numa prisão e três num campo de trabalhos forçados. O historiador Andrei Amalrik, autor do livro “A União Soviética Sobreviverá até 1984?” (alusão ao livro “1984”, de George Orwell), foi condenado em dezembro de 1970 a três anos num campo de concentração. Outra obra sua foi “Viagem Involuntária à Sibéria”, baseada em suas próprias experiências no kolkhoz siberiano de Tomsk, onde havia passado o exílio, de maio de 1965 a agosto de 1966. Muitos dissidentes foram internados em hospitais psiquiátricos, alguns condenados in absentia: a universitária Olga Ioffe, presa devido a poesias confiscadas em sua casa, escritas por ela e por seu pai, Y. Ioffe, foi internada num manicômio, em 1970, como “esquizofrênica crônica”; Valeria Novodvorskaya, detida por distribuir panfletos com uma poesia em que criticava o PC, foi diagnosticada pelo Instituto Serbsky e internada numa clínica psiquiátrica da prisão de Kazan como “esquizofrênica paranoica”, em 1970; a poetisa Natalia Gorbanevskaya foi presa e internada no hospital psiquiátrico de Kaschenko, onde os pacientes eram “acalmados” com uma dose do tranquilizante estelazine; em 1970, Zhores A. Medvedev, especialista em gerontologia, foi confinado em uma clínica psiquiátrica de Kaluga. A publicação clandestina “Crônica” noticiava esses tipos de julgamentos criminosos que ocorriam em Moscou, Gorki, Kharkov, Riga, Kiev e na República do Uzbeque.

Dissonância Cognitiva - Técnica descoberta pelo psicólogo Leon Festinger, que tem por objetivo emburrecer as massas. Trata-se de misturar assuntos diferentes, mutuamente contraditórios, mas que devem ser aprovados sem contestação. Normalmente, o ataque é dirigido a uma personalidade famosa, como, p. ex., o golfista Tiger Woods: “Mas há um detalhe: ao lado dos protestos contra a imoralidade do esportista aparecem ataques ferozes aos ‘extremistas de direita’ que não aceitam o abortismo, o casamento gay ou a indução de crianças à deleitação sexual prematura” (Olavo de Carvalho, in “Armas da Liberdade”, jornal Diário do Comércio, 17/12/2009).

Distopia - O contrário de utopia. Exemplos de distopia: “As Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift; “1984”, de George Orwell; “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell; “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley; “Laranja Mecânica”, de Anthony Burguess; “Nós”, de Lêvgueni Zamiátin; “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury; “O Processo”, de Franz Kafka; “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood. Exemplos de utopia: “A República”, de Platão; “Utopia”, de Thomas More; “A Cidade do Sol”, de Tommaso Campanella; “A Utopia Moderna”, de H. G. Wells; “O Capital”, de Karl Marx. Sobre “1984”: “O trabalho é de proporções swiftianas e transcende o desespero pessoal. Retrata a deplorável vida individual dominada por um Estado imaginário, reminiscente da União Soviética, no futuro. Demonstra que sob o impiedoso socialismo a individualidade não é diminuída, mas totalmente destrutivo” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 628). “’Big Brother’ e outros termos de ‘1984’ entraram para a linguagem universal, e a história, além de satirizar a ‘pureza’ e fraude de Stalin, antecipa o quase exato desenvolvimento paralelo da tirania da ‘correção política’ dos nossos tempos - um fenômeno tão horrível que ninguém admite ser ‘politicamente correto’. Felizmente, trata-se de um fenômeno que ainda não tomou conta de tudo, pois o que faz é uma rendição final à desumanização do processo” (Idem, pg. 628). “Orwell largou tudo para ir à Espanha lutar contra Franco na Guerra Civil Espanhola. Foi durante esse conflito, do qual sai ferido, que notou pela primeira vez os métodos stalinistas que viria a satirizar em “A Revolução dos Bichos” (idem, pg. 630). Leia “As 20 melhores utopias da literatura”, de Alexandre Kovacs, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/as-20-melhores-utopias-da-literatura.html. “A República”, de Platão, foi a primeira das utopias, em que o Estado seria mais importante do que o indivíduo, e a cidade ideal seria governada por pessoas especialmente educadas, os “guardiões”. As outras classes seriam os auxiliares - agricultores, artesãos e soldados. “A República” é errônea tradução do título grego “Politeia”, que na realidade se trata da vida pública e política das comunidades.

Distributivismo picareta - São benesses e maracutaias vistas à esquerda e à direita, como bolsas, vales, cotas, propinas, mensalão, petrolão, covidão (Covid-19), cargos de confiança, meia-entrada, coronelato, peculato, mercantilismo, patrimonialismo, nepotismo, capitalismo de compadres. Veja Capitalismo de Compadres, Capitalismo de Laços e Ogro filantrópico.

Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) - Os médicos, além de nos torturarem para que decifremos os rabiscos das receitas que nos prescrevem, têm também sua língua de pau específica. Distúrbio de Déficit de Atenção, o famoso DDA, é uma expressão para designar a garotada hiperativa, que não sossega o facho um minuto sequer, alguns se tornando gênios da Matemática antes do tempo, outros apenas geniosos que embranquecem os cabelos dos pais prematuramente.

Ditabranda - Em oposição a “ditadura”, foi um termo utilizado pelo ex-deputado e jornalista Márcio Moreira Alves, para designar o período de governo militar, de 31/03/1964 até o dia 13/12/1968, quando foi editado o AI-5. “Em 2009, a Folha de S. Paulo referiu-se aos quatro primeiros anos do regime militar como uma ‘ditabranda’, ou seja, uma ditadura não muito convicta da sua dureza” (NAPOLITANO, 2014: 69). Elio “Parmegiani” Gaspari se refere ao período como “Ditadura Envergonhada”, o primeiro livro do seu “Pentateuco”, no dizer do General Raymundo Negrão Torres.

Ditadura civil-militar - “O conceito de ‘ditadura civil-militar’ surgiu entre os historiadores da Universidade Federal Fluminense, Daniel Aarão Reis Filho e Denise Rollemberg, que vêm destacando as bases sociais do regime autoritário e a ampla participação de civis no golpe e no regime. O termo se consagrou e passou a ser utilizado na imprensa, suscitando uma revisão da memória sobre o período e matizando o caráter puramente militar do regime, que pode mascarar suas conexões com o tecido social como um todo” (NAPOLITANO, 2014: 347 - Nota 220).

Ditadura dos ofendidos - John Rawls, autor de “A Theory of Justice” (“Uma Teoria da Justiça”), defende que mulheres bonitas deveriam se casar com homens feios e vice-versa, para que a “justiça” fosse feita. O escritor argentino Gonzalo Otalora defende a cobrança de impostos de pessoas consideras belas, para diminuir o “sofrimento” dos feios. Há quem defenda que os concursos de beleza e os desfiles de moda tenham a representação de todos os tipos físicos, dos belos aos horrorosos. “O desejo utópico por uma sociedade igualitária não pode ter surgido por qualquer outro motivo que não a incapacidade de lidar com a própria inveja” (Helmut Schoeck, in “Envy: a Theory of Social Behavior”). O livro de L. P. Hartley, “Facial Justice”, fala do interessante “Ministério da Igualdade Facial”. As cirurgias de “harmonização facial”, atualmente em moda, prometem às mulheres a “igualdade facial” de uma Angelina Jolie ou Beyoncé. Há mulheres lindíssimas, que não satisfeitas com seus belos lábios, fizeram preenchimento exagerado, de tal forma que parecem ter beiços de cavalo. Leia três artigos de Rodrigo Constantino sobre a inveja - http://junqueiradas.blogspot.com/2013/12/tres-bons-artigos-de-rodrigo.html.

Divisão Hanzar - O nome Hanzar deriva de um tipo de adaga, a cimitarra, utilizada pelo exército do Império Otomano. Em 25/04/1941, Hitler enviou o grão mufti de Jerusalém, Amin al-Husseini, à Bósnia, onde recebeu o título de “Protetor do Islã”. No dia 10/02/1943, Hitler criou a Divisão Hanzar (ou Handschar), na Bósnia, subordinada às SS, com efetivo de 100.000 voluntários bósnios muçulmanos, sendo o mufti o administrador-chefe. O mufti propôs implementar o “Plano Pejani”, para extermínio dos sérvios cristãos, mas Hitler desistiu. Os Hanzars cooperaram com os nazistas para o extermínio de 200.000 cristãos sérvios, 40.000 ciganos e 22.000 judeus. Em março de 1944, de Berlim, em discurso para as tropas Hanzar, o mufti bradou: “Matem os judeus onde quer que vocês os encontrem. Isso agrada a Alá, à História e à religião. Isso salvará a sua honra. Alá está com vocês” (“As origens nazistas do terrorismo árabe moderno”, de Chuck Morse - Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/as-origens-nazistas-do-terrorismo-arabe.html). Veja Genocídio.

Dízimo petista - Criado em 1981, um ano após a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), consiste em doar uma parte do salário ao PT. Assim, políticos eleitos pelo PT e militantes nomeados pelo partido para cargos de confiança pagam de 2% a 30% de seu salário. Durante o governo petista, cerca de 20.000 cargos de confiança foram ocupados por militantes, só na Capital Federal; no Brasil todo, seriam de 40.000 a 50.000, segundo publicação da JusBrasil de 30/10/2018. Com o impeachment de Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer, essa festa petista começou a esfriar. Esfriou ainda mais depois da posse de Jair Messias Bolsonaro, que completou a limpeza. Mas aí vieram, na conta da Viúva, o Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral, que recompuseram os milionários cofres petistas, assim como os cofres dos mais de 30 partidos.

DOI-CODI - Destacamento de Operações de Informações/Centro de Operações de Defesa Interna. Oriundo da OBAN, em São Paulo, passou a denominar-se DOI-CODI em 1970. Teve importante papel no combate às organizações terroristas atuantes no Brasil, a partir de 1969, quando foram desbaratados: FALN, MR-8 (o 1º), a Corrente, o MAR e a M3G; sofreram baixas pesadas: a VPR, o COLINA e a ALN (com a morte de Marighella). Esse o motivo de até hoje as esquerdas promoverem uma campanha de ódio contra o DOI-CODI e, especialmente, contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (“Dr. Tibiriçá”), um de seus comandantes. Veja OBAN.

Domingo Sangrento - 1. No dia 03/12/1944, os ingleses abriram fogo contra a EAM, em Atenas, incluindo crianças e mulheres desarmadas. O ato foi defendido por Churchill como um ataque contra “um partido comunista pequeno, mas bem armado, que tem lutado e praticado um reinado de terror em todo o país”. 2. Na ponte Edmund Petrus, em Selma, Alabama, “ocorreu o Domingo Sangrento, que em 1965 se transformou no ponto culminante da batalha pelos direitos civis” (OBAMA, 2020: 138). As três manifestações em Selma conduziram à aprovação da Lei do Direito ao Voto, em 1965, uma conquista do movimento negro. Hoje, a “Rota Selma-Montgomery do Direito ao Voto” é uma trilha histórica dos EUA.

Dona Marta - Tradução pauleira que os evangélicos dão para o Morro de Santa Marta, no Rio de Janeiro. Se os talibãs que quebram estátuas de santos continuarem a ganhar espaço, logo vão querer mudar o nome do Rio para Dom Sebastião do Rio de Janeiro. Aí teremos também os Estados de Dona Catarina e Dom Paulo.

DOPS - Departamento de Ordem Política e Social. Junto com a OBAN e os DOI/CODI, teve papel fundamental no desmantelamento dos grupos terroristas que atuaram no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. Veja OBAN.

DORME - Documento de Orientação Revolucionária para o Movimento Estudantil.

Dossiê das FARC - Os arquivos encontrados nos computadores de Raúl Reyes, quando este foi morto pelo exército colombiano nas matas do Equador em 2008, provam a íntima ligação das FARC com Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e notórios petistas. Segundo o Dossiê do Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS), de maio de 2011, “Os Documentos das FARC: Venezuela, Equador e o Arquivo Secreto de Raúl Reyes”, um trabalho que durou dois anos, “a habilidade do maior grupo rebelde da Colômbia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC), em usar santuários transfronteiriços há muito tempo é essencial para a sua sobrevivência”. Cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/integra-da-apresentacao-do-diretor-do.html.

Doutor do Terror Vermelho - Como Karl Marx era conhecido na Europa, durante seus embates contra Bakunin.

Doutrina de não-violência - Doutrina pregada pelo pacifista Mahatma Gandhi, os protestos se faziam “por meio de jejuns, marchas pacíficas e boicotes. John Lennon, Martin Luther King, o Dalai Lama e até Einstein contaram que se inspiraram na resistência pacífica. ‘Cristo nos deu os objetivos e Mahatma Gandhi nos deu os métodos’, disse Martin Luther King” (NARLOCH, 2013: 239).

Doutrina Lake - Doutrina propagada por Anthony Lake, Assessor de Segurança Nacional do Presidente Bill Clinton, em 1996. Segundo a Doutrina, as Forças Armadas americanas devem ser utilizadas em 7 circunstâncias: 1) defender o país contra ataques diretos; 2) para conter agressões; 3) para garantir os interesses econômicos do país; 4) para preservar e promover a democracia; 5) para prevenir a propagação de armas de destruição em massa, terrorismo, crime internacional e tráfico de drogas; 6) com fins humanitários para combater a fome, desastres naturais e grandes abusos de direitos humanos; e 7) em defesa da ecologia e do meio ambiente. Leia meu texto “Doutrina Lake - o Big Stick Atualizado”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/doutrina-lake-o-big-stick-atualizado.html.

Doutrina McNamara - Resultante do fim da Guerra Fria, preconizava a virtual eliminação das Forças Armadas dos países em desenvolvimento, para que dirigissem seus recursos para suas necessidades econômicas. Veja Diálogo Interamericano.

Doutrina Truman - Em 1947, teve início a ajuda militar e econômica dos EUA a todos os países que se opusessem à expansão comunista. Inicialmente, em 1947, o Presidente Truman pediu, em discurso no Congresso, a liberação de fundos para a ajuda militar e econômica à Grécia e ajuda militar à Turquia, para combater guerrilheiros liderados por comunistas. Em 1948 (100 anos após o “Manifesto Comunista”), a França esteve para ser dominada pelos políticos comunistas. “O que são 100.000 franceses com os braços levantados? O Exército francês” (piada americana, por terem os franceses se rendido a Hitler, na II Guerra Mundial, sem esboçar reação). Os intelectuais franceses são críticos duros dos EUA, mas se esquecem que, se não fosse a ajuda dos yankees na II Guerra Mundial, a França provavelmente estaria hoje falando alemão, com sotaque nazista.

DPKO - Department of Peace-Keeping Operations (Departamento de Operações para a Manutenção da Paz): localizado na sede da ONU, em Nova York, EUA. O Brasil mantém um oficial naquele Departamento.

DRA - Democratic Republic of Afghanistan: governo pró-soviético, após a invasão soviética ocorrida em dezembro de 1979. O custo anual da invasão, para a URSS, foi de US$ 3 bilhões. Em 1989, a URSS retirou-se do Afeganistão, após sofrer vergonhosa derrota.

DRDC - Diretório Revolucionário Democrático Cubano: é uma das principais organizações cubano-americanas que trabalha diretamente com a resistência interna cubana. O Diretório, dirigido por Orlando Gutiérrez Boronat (Secretário Nacional), foi fundado em 1990 e produz trabalhos de pesquisa sobre a realidade social e os direitos humanos em Cuba.

Drogas - As drogas proibidas compõem o quarto maior comércio mundial (US$ 900 bilhões), somente perdendo para a indústria petrolífera, a indústria de armamentos e a silver economy (“economia prateada”, dos velhinhos de cabelos brancos). As drogas permitidas e proibidas mais consumidas são: bebidas, cigarro comum, solventes, maconha, cocaína, anfetaminas, tranquilizantes, merla, ecstasy, GHB (ecstasy líquido), poppers, ketamina (Special K), chá de cogumelos, chá de beladona, crack, heroína, speedball (mistura de cocaína com heroína) e novocaína (substituto sintético da cocaína). Divisão das drogas: 1) sedativo: barbitúricos; 2) narcóticos: heroína (semissintética, da morfina), morfina (natural do ópio), codeína (natural do ópio, semissintética da morfina), metadona (sintética); 3) estimulantes: cocaína (natural da coca, não do cacau), anfetaminas (“bolinha”, sintéticas); 4) psicomiméticos: LSD (semissintética, de alcaloides do esporão do centeio), mescalina (do cacto peyote), psilocibina (natural do cogumelo psilocybe mexicana), maconha (natural da Cannabis sativa).

Drogas esportivas - Creatina, eritropoietina, esteroides anabolizantes, acetato de ciproterona, hormônio do crescimento. Durante o auge da Guerra Fria, todas as armas possíveis eram utilizadas para conquistar a superioridade no esporte, especialmente pelos países comunistas, com destaque para União Soviética, China, Alemanha Oriental e Cuba: 1) era incentivada a gravidez das atletas às vésperas de competições importantes; no período de gravidez, ocorre um aumento de 5% de hemoglobina no sangue da mulher, conferindo mais resistência e vitalidade ao corpo (competiam até dois meses de gravidez); em seguida era provocado o aborto; 2) havia prescrição de hormônios e medicamentos às ginastas para retardar a primeira menstruação; com isso, as garotas ganhavam mais tempo de vida útil no esporte e mantinham o corpo franzino; 3) havia escravas sexuais de técnicos: caso da ex-atleta russa Olga Korbut (nas Olimpíadas de Munique, em 1972, conquistou 3 medalhas de ouro e 1 de prata); caso também da ex-atleta Nadia Comanece, romena, que conquistou 3 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Montreal, em 1976, sendo a primeira atleta da história a receber nota 10 de todos os jurados; Nadia era amante de Nicu, filho do ditador Nicolae Ceausescu, e fugiu para os EUA em 1989. Nas Olimpíadas de Sidney (2000), ainda não era possível detectar o hormônio entropoietina (Epo), em forma sintética, utilizado por atletas para aumentar sua resistência em 5% a 10%. Ainda em 2000, médicos monstros da antiga Alemanha Oriental, Manfred Ewald e Manfred Hoppner, foram a julgamento, por terem arruinado a vida de muitos atletas por causa do uso sistemático de esteroides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos; a ex-nadadora Catherine Menschner consumiu dos 12 aos 24 anos doses diárias de pílulas coloridas que acreditava serem vitaminas, mas que eram químicos que destruíram sua coluna, de modo que, para se manter ereta, foi obrigada a vestir um colete especial; em 24 anos de dopagem sistemática, a dupla Manfred (Ewald e Hoppner) levou para a Alemanha Oriental 570 medalhas olímpicas, das quais 60 de ouro. O treinamento hipóxico (com baixo teor de oxigênio) é utilizado por velocistas, boxeadores e nadadores, e pode aumentar em até 40% o desempenho do atleta.

Drousys - Sistema informático de registro de codinomes e troca de mensagens secretas da Odebrecht, com base na Suíça. Semelhante a um pen drive, dois tokens eram necessários para abrir uma tela onde se digitava um código criptografado. Veja Departamento de Operações Estruturadas.

DRU - Direção Revolucionária Unificada: seu braço armado era a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), de El Salvador.

DSI - Divisão de Segurança e Informações: existente no Itamaraty, nos ministérios civis, autarquias e estatais, durante o governo militar pós-1964; participava dos trabalhos de Informações coordenados pelo SNI.

Dualidade de poder - Preconização de uma hierarquia paralela, de base “popular” marxista, para enfrentamento da ordem política vigente em um país, para a tomada do poder “via pacífica”, a exemplo das artimanhas petistas do tipo “governo paralelo” e “orçamento participativo. Veja Governo Paralelo e Mandato coletivo.

DUDHC - Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão: feita em 1789, em Assembleia nacional, após a Revolução Francesa. Serviu de base para a Declaração dos Direitos do Homem, da ONU, em 10/12/1948. O edifício-sede da ONU, localizado em Nova York, EUA, foi projetado pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemayer, que teve a ajuda do arquiteto franco-suíço Le Corbusier para a execução da obra.

Dumb mine - Tipo de mina terrestre praticamente incólume aos detetores mais sensíveis. Calcula-se em 110 milhões o número de minas terrestres disseminadas por 64 países, com 340 modelos diferentes, produzidos por 48 fabricantes, que causam cerda de 20.000 mortes anuais (dados de 2012) - cfr. https://super.abril.com.br/comportamento/minas-terrestres/.

Dumping - Consiste em uma empresa oferecer seu(s) produto(s) a um valor abaixo do mercado, com o objetivo de monopolizar seu(s) produto(s) após “quebrar” os concorrentes. Existe, também, o “dumping social”, como o alegado a respeito de antigas empresas chinesas, que tinham mão-de-obra muito barata (salário mensal equivalente a 35 dólares), quando não escrava (presos), além de crianças. Com a abertura da China a empresas estrangeiras, que cresceram exponencialmente em virtude do baixo custo trabalhista, o mundo inteiro ficou refém do Império Vermelho, como visto em 2020, em plena pandemia da Covid-19.

Dunquerque - Adolf Hitler permitiu o retraimento de tropas inglesas em Dunquerque, França, por motivação política: “Ao longo de toda a sua carreira, Hitler muito raramente se afastou dos objetivos políticos descritos em Mein Kampf – e entre eles estava a aliança com a Inglaterra. Em sua mitologia racista, os alemães representavam o povo ariano da terra; os ingleses, o dos mares. Na ordem mundial por ele planejada, havia um lugar reservado para o Império Britânico, não lhe interessando de forma alguma assistir à sua dissolução e, por conseguinte, ver a América apoderar-se de cada uma de suas partes” (PAGET, 1999: 50). Em 2017, foi lançado o filme “Dunkirk”, do diretor Christopher Nolan, ao custo de US$ 100 milhões.

Dunya - (Árabe) “Sedução do Ocidente”, combatido pelos muçulmanos.

Duplopensar – O doublethink orwelliano pode ser traduzido para “duplopensar” ou “duplipensar”. “Duplopensar quer dizer a capacidade de guardar simultaneamente na cabeça duas crenças contraditórias, e aceitá-las. (...) O duplopensar é a pedra angular do INGSOC, já que a ação essencial do Partido é usar a fraude consciente ao mesmo tempo que conserva a firmeza de propósito que acompanha a honestidade completa. Dizer mentiras deliberadas e nelas acreditar piamente, esquecer qualquer fato que se tenha tornado inconveniente e, depois, quando de novo se tornar preciso, arrancá-lo do esquecimento o tempo suficiente à sua utilidade, negar a existência da realidade objetiva e, ao mesmo tempo, perceber a realidade que se nega - tudo isso é indispensável. Mesmo no emprego da palavra duplopensar, é necessário duplopensar. Pois, usando-se a palavra, admite-se que se está mexendo na realidade; é preciso um novo ato de duplopensar para apagar essa percepção, e assim por diante, indefinidamente, a mentira sempre um passo além da realidade. Em última análise, foi por meio do duplopensar que o Partido conseguiu - e, tanto quanto sabemos, continuará assim por milhares de anos - deter o curso da História” (ORWELL, 2007: 197). “O Ministério da Paz ocupa-se da guerra, o da Verdade, das mentiras, o do Amor, da tortura, e o da Fartura, da fome” (idem, pg. 199).

DVP - Dissidência da VAR-Palmares: grupo terrorista rebatizado, mais tarde, como Grupo Unidade.

DVU - Partido União do Povo Alemão: partido de extrema direita, com sede em Munique, Alemanha.

DWI - Drug Watch International: ONG norte-americana antidrogas, reúne cerca de 500 entidades. 

 

E

 

“Golpe é tomada do Poder tramado em gabinete, sem a participação do povo. Na revolução existe o clamor popular e a tomada do Poder ocorre porque o povo quer mudar. Em 31 de março de 1964, aconteceu uma revolução. As Forças Armadas, especialmente o Exército, só foram às ruas em atendimento ao clamor popular, exemplificado nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade. Quem viveu aquela época, lembra-se. Em todas as cidades, nas capitais principalmente, havia marchas com a participação de crianças, estudantes, senhoras, clero, todos, enfim, desejando que mudasse aquele estado de coisas” (Gen Ex Jaime José Juraszek - HOE/1964, Tomo 6, pg. 31-32).

 

EAM - Ellinikon Apeleutherotikon Metopen (Frente de Libertação Nacional): partido político de esquerda, da Grécia, criada pelo Partido Comunista Grego (KKE), em setembro de 1941. Na época da libertação, ao fim da dominação nazista na Grécia (final da II Guerra Mundial), os grupos do EAM totalizavam 1,5 a 2 milhões de membros, numa população de 7 milhões. O EAM provocou um levante na Grécia, entre 1944 e 1945, e se tornou um movimento guerrilheiro entre 1946 e 1949. A guerrilha comunista grega contou com o apoio da Iugoslávia até 1948, quando Tito rompeu com Moscou; sem esse apoio, os comunistas foram rapidamente derrotados.

E-bomb - Electromagnetic bomb (bomba eletromagnética). Bomba de micro-ondas, não abala prédios, nem estruturas; nem fere humanos. Sua função é danificar circuitos eletrônicos por meio de emissão de pulsos de energia eletromagnética. Queima equipamentos de comunicações e computadores num raio de 300 m.

Ebonics - Idioma inglês dos EUA, que ignora verbos, suas conjugações e a pronúncia, e é falado, principalmente, pela população negra. O termo originou-se de ebony e phonics. O MEC apresentou a “cartilha com erros” (“Nós pega os peixe”) do linguista de pau Marcos Bagno, da Universidade de Brasília (UnB). Veja Preconceito linguístico.o

Echelon - Sistema ultrassecreto de vigilância e interceptação das comunicações em escala mundial, operado pela Agência Nacional de Segurança (NSA), com sede em Fort Meade, EUA, que teria 20.000 servidores e um orçamento anual de US$ 10 bilhões. O “Sistema Echelon” pode interceptar todo tipo de comunicações que utilizam equipamentos eletrônicos (transmissões de telefonemas, faxes ou e-mail), enviadas por satélites, cabos submarinos ou internet. Esta rede de espionagem política e econômica mundial envolve, ainda, o Reino Unido, Canadá, Austrália e a Nova Zelândia. O braço europeu do “Big Brother” é o Centro de Comunicações do Governo (GCHQ) britânico, que emprega 15.000 pessoas em missões de captação e análise de informações estrangeiras. O GCHQ tem uma dezena de centros no Reino Unido, além de estações de escuta em Gibraltar, Belize, Chipre, Oman, Turquia e Austrália. Este sistema de espionagem global foi denunciado pelo Parlamento Europeu, em 1998. Os EUA são acusados de terem utilizado o Echelon para interceptar mensagens da França por ocasião da concorrência internacional para instalação do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), vencida pela Raytheon, dos EUA, em prejuízo da Thomson-CSF. Informações privilegiadas, obtidas através do Echelon, teriam feito a Airbus Industries perder um contrato bilionário para a McDonnell-Douglas, para fornecimento de aviões à Arábia Saudita, em 1994 (os EUA teriam aumentado o barani, o pagamento “por fora”). Agentes da NSA teriam instalado chips de espionagem nos programas da Microsoft (atenção, usuários do Hotmail, atual Outlook!). Desde sua fundação, a Microsoft sempre teve o apoio da NSA, inclusive financeiro. A NSA teria obrigado a IBM a aceitar o sistema operacional MS-DOS, para realizar contratos com o governo americano. Veja PRISM.

ECI - Esquadrão de Crimes Informáticos: criado em 1992 pelo FBI para combater os “terroristas informáticos”, que se valem das modernas redes de conexão entre usuários de computadores para roubar ou manipular informações. Em 1995, o ECI prendeu Kevin Mitnick, que havia roubado 20 mil cartões de crédito, transferira contas telefônicas e havia entrado em sistemas bancários. Mitnick é autor do livro “A Arte de Enganar”, lançado em 2008.

Ecoteólogo - “Os ecoteólogos insistem que não pode haver alívio tecnológico e que estamos, portanto, destinados a escorregar de volta para a pobreza pré-industrial, perspectiva que eles consideram uma bênção, e não uma maldição” (Alvin Toffler). No Brasil, pontifica o ex-padre Leonardo Boff, hoje um sociólogo convertido às hostes onagreens, que se define como “ecoteólogo de matriz católica”. Veja Teologia da Libertação.

EFLD - Escola de Formação de Líderes e Dirigentes (Caçador, SC): tem como principal meta propagar o ensino marxista em acampamentos do MST.

Egghead - Cabeça ovoide, reflete a ojeriza ao intelectual. Termo empregado em campanha presidencial por partidários de Dwight D. Eisenhower contra Adlai Stevenson, brilhante e fino intelectual. É de Stevenson um trocadilho intraduzível: “Eggheads of the world, unite! You have nothing to loose but your yolk” (apud MEIRA PENNA, 1988: 285).

Egin - Jornal diário do Partido Nacionalista Basco “Herri Batasuna”, considerado o braço político da guerrilha (ETA).

EGP - Exército Guatemalteco Popular: também conhecido como Ejército Guerrillero de los Pobres. Rigoberta Menchú, líder indígena guatemalteca, tinha ligações com o EGP e recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1992, por sua biografia “Eu, Rigoberta Menchú”, que é um autêntico mito marxista escrito por Elisabeth Burgos-Debray, mulher de Regis Debray (ideólogo do Foquismo). Já foi provado que não passa de invenção sua condição de analfabeta (Rigoberta teve educação de nível médio em um colégio de freiras) e o relato das mortes de pessoas da família, em que o pai, Vicente Menchú, teria sido morto, seu irmão teria sido queimado vivo e sua mãe estuprada e morta. Em “Vidas Inventadas”, de Cristina Galindo, podem ser comprovadas as mentiras de Rigoberta Menchú, da cambojana Somaly Mam e de outros - Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/vidas-inventadas-por-cristina-galindo.html. A mentira é um meio natural empregado pela esquerda para criar mitos, como Prestes, Guevara e Menchú. “Não é bom tocar nos ídolos; o dourado pode sair nas nossas mãos” (FLAUBERT, 1981: 210). Veja Vendedor de passados, O.

EGP-PL - Ejército Guerrillero del Pueblo-Patria Libre: Dissidência da FMR-A, Chile.

EGTK - Ejército Guerrillero Tupac Katari (Bolívia): organização indígena subversiva boliviana antiocidente, criada em 1991, atacava repartições do Governo, oleodutos, igrejas de mórmons e, em janeiro de 1993, atacou um veículo da USAID.

Eichmann, Caso - O Caso Eichmann teve início em 1960, quando um homem chamado Ricardo Clément, trabalhador de Buenos Aires desde 1945, casado e pai de 3 filhos, é sequestrado e levado a Israel sob a acusação de ser um dos principais agentes da “Solução final” imposta aos judeus pelo regime nazista durante a II Guerra Mundial. Karl Adolf Eichmann, após o processo aberto em 11/04/1961, foi condenado à morte e executado em Israel, por enforcamento. “Estima-se que, no pós-guerra, entre 1945 e 1955, até 90.000 alemães tenham emigrado para a Argentina. (...) Além disso, pelo menos cinquenta desses imigrantes eram nazistas acusados de crimes de guerra” (in “O espião fala”, revista Veja no. 1874, de 06/10/2004, pg. 116 - a respeito do livro do diplomata Sérgio Corrêa da Costa, “Crônica de uma Guerra Secreta - Nazismo na América: a Conexão Argentina”, Ed. Record). Um mapa apreendido em 1941, no Rio de Janeiro, mostrava que a América do Sul teria apenas 5 países: Uruguai e Paraguai seriam anexados à Argentina, que ainda ocuparia parte da Bolívia; o Brasil ficaria com pequena porção do Peru, país que também desapareceria. Veja Solução final.

Einsatzgruppen - (Alemão) Chamada oficialmente Einsatzgruppen der Sicherheitspolizei und des SD, foi um esquadrão da morte subordinado à Schutzstaffel (SS) na Alemanha Nazista responsável por diversas execuções em massa. SD significa Sicherheitsdienst, i.e., Serviço de Inteligência do Partido Nazista. Eram unidades de extermínio que acompanhavam a campanha da “limpeza racial” de Hitler no Leste, em direção à Rússia. Esses comandos paramilitares, que eram independentes e não estavam subordinados ao Exército Alemão, foram responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de judeus da antiga União Soviética, Polônia e Leste Europeu, segundo o Centro Wiesenthal. O extermínio, principalmente de judeus e ciganos, começou em 1939, com a nomeação de Himmler como comissário para a Consolidação da Nacionalidade Alemã. Até o fim de 1941, já haviam assassinado 500.000 judeus russos, basicamente por fuzilamento. “Antes que as câmaras de gás fizessem suas primeiras vítimas, no começo de 1942, judeus já vinham sendo eliminados pelos nazistas de maneira sistemática, em regiões do Leste Europeu. Os assassinatos eram feitos a bala, e ficavam a cargo dos Einsatzgruppen” (Carlos Graieb, in “O horror antes de Auschwitz”, revista Veja, 10/07/2002, pg. 57). “Segundo Rhodes [Richard Rhodes, autor de Masters of Death], os Einsatzgruppen se tornaram os primeiros agentes do plano de Hitler de exterminar os judeus. ‘A decisão de matar os judeus do Leste, tomada no verão de 1941, responde à pergunta que confundiu os estudiosos do holocausto por anos: quando Hitler ordenou a Solução Final?’” (idem, pg. 57).

Eixo do mal - O presidente dos EUA Ronald Reagan falava no “Império do Mal”, que era a antiga União Soviética. Tinha razão o presidente americano, pois um sistema de governo totalitário, como o comunismo, que matou mais de 110 milhões de pessoas em todo o mundo durante o século XX, só podia ser mesmo “do mal”. George W. Bush se referia ao “Eixo do Mal”, países que incentivariam o terrorismo internacional, a exemplo do Irã, Iraque, Síria, Líbia, Coreia do Norte e Cuba. No caso chinês, prevalece a Realpolitik, o bilionário comércio bilateral que interessa aos Estados Unidos muito mais do que abstratos compromissos morais. Por que os EUA, então, não reatam o comércio com Cuba?

Eixo do mal latino-americano - Nome do livro do médico e escritor Heitor de Paola (www.heitordepaola.com/), antigo militante da Ação Popular, hoje convertido em liberal clássico. O eixo do mal latino-americano é relacionado a países “bolivarianos”, como a Cuba de Fidel e Raúl Castro, a Venezuela de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, a Bolívia de Evo Morales, o Equador de Rafael Correa, a Nicarágua de Daniel Ortega, o Uruguai de José Mujica e a Argentina do casal Néstor e Cristina Kirchner.

EIS - Exército Islâmico de Salvação: grupo extremista que, junto com o Grupo Islâmico Armado (GIA), atuou na guerra civil da Argélia, iniciada em 1992, quando foram anuladas as eleições (2º turno) que dariam a vitória à Frente Islâmica de Salvação (FIS), que desejava implantar um estado islâmico naquele país. Veja FIS e GIA.

Ejido - “Fazenda comunitária” dos indígenas Maias (Chiapas, México); ligada ao EZLN.

Ekin - “Ação”: grupo da Universidade de Deusto, em Vitória-Gasteiz, Espanha, que, junto à Ala Jovem do Partido Nacionalista Vasco (PNV) deu origem ao ETA.

El Alia – “A Alta Emigração”: resultado do Movimento Sionista Mundial, é a marcha para a Palestina de judeus oriundos da Rússia, Polônia, Romênia e países da Europa Oriental.

ELAS - Ellinikos Laikos Apeleutherotikos Stratos (Exército Popular de Libertação da Grécia): exército de guerrilha, estabelecido pelo EAM em dezembro de 1942, quando grupos guerrilheiros já lutavam nas montanhas contra os nazistas na II Guerra Mundial. O general Stefanos Sarafis foi o Chefe do ELAS. Em 1944, o ELAS tinha cerca de 40.000 homens armados, enquanto o grupo de resistência republicano EDES tinha 10.000. Veja EAM.

Elefantíase ideológica - É como Carl Christian Bry, autor de “Verkappte Religionen” (Religiões Encapuzadas), desmascara tendências idólatras diversas: “Seus alvos cobrem um amplo espectro, desde movimentos feministas à alegada revolução sexual, do Esperanto ao antialcoolismo, do Expressionismo à Psicanálise e da astrologia e outras formas de ocultismo ao Yoga e vegetarianismo” (SILVA, 1985: 56).

ELF - Earth Liberation Front (Frente de Libertação da Terra): ONG formada por ecoterroristas que defendem, p. ex., o lince real e promovem ataques terroristas nos EUA e na Europa. Na mira do FBI, já promoveram muitos atentados terroristas contra condomínios da classe alta e carros de luxo. Em 2003, a ELF ateou fogo em uma concessionária norte-americana e destruiu 40 jipes considerados “poluidores” para a organização. No dia 18/06/2010, a ELF incendiou carros em uma concessionária da Land Rover localizada na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Veja ALF, Eugenia ecológica, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT.

El-Gamaa el-Islamyia - (Árabe) “Assembleia Islâmica”: grupo fundamentalista terrorista do Egito.

Elite de vanguarda - Teoria de Lênin, em que intelectuais da classe média levaram um imenso proletariado inexistente à revolução.

ELK - Exército de Libertação do Kosovo: movimento separatista em luta contra o governo da Sérvia, quer a independência da Província do Kosovo (que tem maioria albanesa, de religião muçulmana) ou anexação à Albânia. O mesmo que UÇK.

ELLA - Encontro Latino-Americano de Mulheres. Seu primeiro Encontro foi realizado em Belo Horizonte, MG, em 2014: ELLA é um encontro latino-americano de mulheres realizado de forma colaborativa desde 2014 em diferentes países da América Latina buscando articular e empoderar as mulheres por meio da troca de experiências, da visibilidade das várias lutas feministas e do fortalecimento do tecido social. Apostamos no diálogo como prática e queremos transcender o olhar do velho século, baseado na tolerância, em direção ao paradigma do novo século: a celebração da diversidade!” - cfr. em https://medium.com/ella-2018-portugu%C3%AAs/quem-somos-2e6dcddd7acc, acesso em 13/04/2021.  Conheça o projeto do ELLA em https://docs.google.com/document/d/1vSDjqBxsg8RSJ_aLdFUIP2cAYoL1EEEXc5ibAxtqros/edit.

El Monumento a la Memoria - Construído em Buenos Aires, tem 5 paredes com 30.000 placas, que deveriam lembrar os desaparecidos argentinos durante o governo militar anticomunista. Porém, apenas 8.718 placas têm identificação, ou seja, há 21.282 placas em branco, sem nomes - uma mentira inflada quase 4 vezes. Os esquerdistas argentinos conseguiram ser ainda mais embusteiros que seus kamaradas brasileiros, ao criar a figura do “desaparecido sem nome”. Essa vergonhosa mentira vem sendo repetida há décadas e hoje todo mundo acredita que realmente houve 30.000 desaparecidos na Argentina, número assim redondinho, sem uma placa a mais ou a menos. Ultimamente, descobriu-se o número correto dos desaparecidos na Argentina: 5.916 - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/argentina-aparecem-os-desaparecidos-por.html.

ELN - Ejército de Liberación Nacional: é um grupo terrorista colombiano pró-Cuba, ligado ao narcotráfico. Criado em 1965 pelo ex-militante do Partido Liberal, Fábio Vázquez Castaño, o grupo recebeu de início a adesão de padres e leigos católicos seguidores da Teologia da Libertação, como o padre Camilo Torres. Treinados em Cuba, suas forças quase foram extintas na década de 1970, mas o movimento ressurgiu com a ajuda de milhões de dólares provenientes de sequestros e chantagens contra companhias petrolíferas estrangeiras. Nicolás “Gabino” Rodrígues assumiu o comando do ELN após a morte do padre Manuel Pérez, em 1998. Também conhecido como Unión Camilista Revolucionaria - UCR, Comandos Camilistas, Brigadas Camilistas, A Lucha.

ELPS - Exército de Libertação do Povo Sudanês (líder: John Garang): movimento formado pelos negros do sul (cristãos e animistas), contra os muçulmanos do Norte do país. Em 2011, o Sul se separou e foi criado o Sudão do Sul. Veja SPLA.

El ratón - (Espanhol) “O rato”. Havia muitos "pombos-correios" que levavam dinheiro de Fidel Castro para Leonel Brizola, exilado no Uruguai, a exemplo de Herbert de Souza, o "Betinho", mais tarde uma espécie de Madalena arrependida, como visto nas campanhas nacionais “Movimento pela Ética na Política” (1992) e “Ação da Cidadania contra a Fome e a Miséria” (1993). Foi "Betinho" que confirmou o desvio de dinheiro cubano (200 mil dólares) feito por Brizola, que passou a ser chamado por Fidel de el ratón (Jornal do Brasil, 17/07/1996). “Em novembro de 1979, o Coojornal publicou uma entrevista, concedida em 1978 pelo ex-sargento Alberi [integrante da Operação Três Passos], aproximadamente três meses antes de sua morte, na qual declarou que o dinheiro para financiar a Operação - um milhão de dólares - havia sido conseguido em Cuba e levado a Brizola por Darcy Ribeiro e Paulo Schilling” (in “A Verdade Sufocada”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, pg. 150).

Emenda Platt - Incorporada ao Tratado de 1903 entre EUA e Cuba, a Emenda Platt tinha certos poderes de veto sobre os atos do Governo cubano, ocasionando uma situação de quase protetorado sobre a Ilha. Em 1934, a Emenda Platt foi revogada, quando se iniciou a “Política de Boa Vizinhança” de Roosevelt.

Empalação - “Suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer” (Dicionário Aurélio). Olavo de Carvalho, em seu artigo “O espírito da clandestinidade”, afirma: “O requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de ‘extirpar o cristianismo da face da terra’; esfolar prisioneiros, fechá-los numa tumba junto com cadáveres em decomposição, colocá-los na ponta de uma prancha e escorregá-los lentamente para dentro de uma fornalha, encostar na sua barriga uma gaiola sem fundo, com um rato dentro, e em seguida aquecer com a chama de uma vela o traseiro do rato para que, sem saída, ele roesse o caminho no corpo da vítima - eis alguns dos processos então documentados por uma comissão de investigação dos países aliados. (...) O canal dos exilados cubanos, TV Martí, exibe semanalmente uma procissão infindável de dedos cortados, orelhas arrancadas e olhos vazados que atestam a continuidade do leninismo nas prisões políticas de Havana” (cfr. em https://olavodecarvalho.org/o-espirito-da-clandestinidade-2/, acesso em 13/04/2021).

Empoderamento - Do Inglês Empowerment. Originalmente, significava delegação de poderes no trabalho, sendo o poder exercido através da responsabilidade. Hoje, o movimento feminista se apoderou do termo, pretendendo que todas as mulheres sejam “empoderadas”, sem explicar direito o que vem a ser essa langue de bois, talvez uma espécie de machismo com batom, terninho e salto alto. Leia texto sobre o verdadeiro empoderamento, de Lúcia Simões Sebben, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/10-principios-para-o-empoderamento-por.html.

Enbata - Movimento Basco Francês: dissolvido por Giscard d’Estaing (ex-Presidente da França), em 1974.

Enciclopédia, A - Organizada pelos franceses Denis Diderot e Jean le Rond d’Alembert, a obra “Encyclopédie, ou dictionnaire raisonné des sciences, des arts et des métiers” (Enciclopédia, ou dicionário racional das ciências, artes e profissões) possuía 17 volumes de texto e 11 de ilustrações, e seus últimos volumes foram publicados em 1772. Entre seus colaboradores estavam Voltaire e os principais pensadores da época, como Rousseau, Montesquieu, Buffon, Grimm, Quesnay, o Barão d’Holbach, Charles de Secondat, Georges-Louis Leclerc, Anne-Robert-Jacques Turgot (amigo de Adam Smith) e outros. A “enciclopédia do iluminismo” entrou em choque com a Igreja Católica, ao propor a substituição da fé pelo conhecimento - Cfr. https://www.dw.com/pt-br/enciclop%C3%A9dia-do-iluminismo-quis-substituir-f%C3%A9-pelo-conhecimento/a-4299793.

Enciclopédia do Holocausto - “Holocausto” é uma palavra de origem grega que significa ‘sacrifício pelo fogo’. O significado moderno do Holocausto é o da perseguição e extermínio sistemático, apoiado pelo governo nazista, de cerca de seis milhões de judeus. Os nazistas, que chegaram ao poder na Alemanha em janeiro de 1933, acreditavam que os alemães eram ‘racialmente superiores’ e que os judeus eram ‘inferiores’, sendo uma ameaça à autointitulada comunidade racial alemã” (http://www.ushmm.org/museum/exhibit/focus/portuguese/, acesso em 07/07/2011, atualmente indisponível). O site United States Holocaust Memorial Museum (https://www.ushmm.org/) oferece vários links sobre o assunto, como antissemitismo, “solução final”, campos de extermínio, julgamento de Nüremberg etc. “Cerca de 20% de todos os laureados com o prêmio Nobel na ciência são judeus, embora os judeus constituam menos de 0,2% da população mundial” (HARARI, 2018: 242 - “21 lições para o século 21”). Quantos possíveis ganhadores do Nobel Hitler matou?

Endlösung - (Alemão) “Solução final”: genocídio judeu, iniciado pelos nazistas em 1941.

ENERA - Encontro Nacional dos Educadores da Reforma Agrária. O I ENERA realizou-se em Brasília (campus da Universidade de Brasília - UnB), no período de 28 a 31/07/1997, e foi organizado pelo MST, UnB e UNICEF, com a participação de 600 delegados de 23 Estados e do DF.

Engajamento Zoófilo para a Tolerância e a Informação – Grupo que pratica sexo com animais, na Alemanha, onde a prática é permitida desde 1969. Na Dinamarca e na Suécia também é permitida essa prática.

Engenharia emocional - Eufemismo para guerra psicológica, onde predominam a mentira mil vezes repetida, o patrulhamento ideológico, a desinformação, a orquestração, as “intimidações cínicas” de que fala Suzanne Labin: Afirma a conhecida especialista francesa em tática comunista, Suzanne Labin: ‘A condição primeira para o êxito de uma conspiração é desacreditar aqueles que a denunciam’ (Suzanne Labin, A guerra política, arma do comunismo internacional, Presença, Rio de Janeiro, s/d., p. 35). Continua a mesma autora: ‘Um dos principais esforços do aparelho comunista está em denegrir por todos os meios, os anticomunistas vigorosos. Jamais um grupo de homens teve de sofrer ondas tão constantes de calúnias tão odiosas, e de intimidações tão cínicas. Infelizmente, essa caça às bruxas, feita pelos inquisidores de Moscou, conseguiu difundir, em muitos meios, a ideia de que é censurável combater sistematicamente o comunismo totalitário, ele que ataca tão sistematicamente a liberdade. Sim, uma das principais armas da conspiração dos soviéticos é impedir-nos a defesa da única frente que lhes interessa, criando um clima de animosidade em torno da propaganda anticomunista. É tamanho o seu êxito nesse domínio que se chegou, nos países livres, à situação inaudita em que o anticomunismo é mais malvisto que o comunismo. Quando um campo que persegue de morte a outro campo, obtém que neste último se ache indecoroso retribuir na mesma moeda, já conseguiu uma vitória maior:… a intimidação intelectual do adversário’ (Op. cit., pp. 35-36.).” - cfr. em https://www.catolicismoromano.com.br/o-antigo-e-o-neocomunismo-querem-desacreditar-a-luta-anticomunista/, acesso em 13/042021. Exemplos de guerra psicológica promovida pelas esquerdas: caracterização do presidente Médici como ditador, que permitia a tortura, embora ele tenha se pronunciado veementemente contra; a diabolização do cantor Wilson Simonal, acusado de dedo-duro pela esquerda, que teve sua vida artística prematuramente encerrada, entregou-se ao alcoolismo e teve morte precoce. “Wilson Simonal nunca foi um dedo-duro. Causava raiva a nós, seus colegas, que não admitíamos que ele nada fizesse para denunciar uma ditadura militar” (cantor Aquiles Rique Reis - apud AUGUSTO, 2011:253). Outro caso de patrulhamento ideológico ocorreu contra a atriz Regina Duarte, durante a campanha presidencial de 2002, quando afirmou que tinha medo de que a inflação voltasse se Lula fosse eleito e foi acusada pela CUT de “terrorismo eleitoral”. No mesmo ano, o ex-presidente do STJ, ministro Paulo da Costa Leite, teve que abdicar de ser candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, por ter sido assessor jurídico do extinto SNI. Geraldo Vandré, Glauber Rocha e Walter Hugo Khouri também passaram por calúnias semelhantes. “Repetir muitas vezes uma palavra, uma ideia, uma fórmula, é transformá-la, fatalmente, em uma crença; do fundador da religião ao negociante, todos os homens que procuram persuadir outros homens têm empregado esse processo. O seu poder é tal que se acaba por crer nas próprias palavras assim repetidas” (Gustavo Le Bon - apud AUGUSTO, 2011: 255). “Quantos presidentes neste País poderão receber os elogios que o autor [Elio Gaspari] dedica ao General Médici, registrados à página 133: ‘Presidiu o País em silêncio, lendo discursos escritos pelos outros, sem confraternizações sociais, implacável com mexericos. Passou pela vida pública com honorabilidade pessoal. Da Presidência tirou o salário de Cr$ 3.439,98 líquidos por mês (equivalente a 724 dólares) e nada mais. Adiou um aumento da carne para venda na baixa os bois de sua estância e desviou o traçado de uma estrada para que ela não lhe valorizasse as terras. Sua mulher decorou a granja oficial do Riacho Fundo com móveis usados, recolhidos nos depósitos do funcionalismo de Brasília’” (Gen Div Raymundo Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 77).

Engenharia social - 1. Na oldspeak, engenharia social significava os experimentos desastrosos realizados por regimes comunistas, como o realizado por Lênin no meio rural, que redundou em tremendo fracasso (3 milhões de mortos por fome). Outro exemplo é o de Pol Pot, no Camboja, que ocasionou a morte por fome de dois milhões de habitantes (20% da população). Além da fome, outros resultados nefastos da “engenharia social” foram: colapso econômico, guerra civil e o terror. 2. Na era do conhecimento e da língua de pau, “engenharia social” significa a cooptação de uma pessoa, para atender aos interesses de um indivíduo ou de uma organização. “Engenharia social é um neologismo criado para definir o ardiloso uso de persuasão, no sentido de influenciar as pessoas a concordarem em ceder informações a serem usadas em ataques - ou mesmo induzi-las a praticar ações que facilitem ao atacante a consecução de seus objetivos. No campo da informática, verifica-se uma invasão ao computador ou à rede, que passam a ser alvo da ação dos experts em engenharia social - uma das mais graves e preocupantes vulnerabilidades de segurança do mundo corporativo” (PINELLO, 2006: 62). Leia “Engenharia Social: O fator humano na segurança da informação”, do Coronel Abner de Oliveira e Silva, em https://silo.tips/download/engenharia-social-o-fator-humano-na-segurana-da-informaao. Veja Filhos de Sartre.

Engrenage - (Francês) “Mecanismo”. Tem muitos significados, como “comer pelas beiradas”. Trata-se de processo sub-reptício de ampliar o poder, como o da União Europeia, de linha socialista, ou da ONU com, p. ex., o seu Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática). A série “O Mecanismo”, criada por José Padilha e Elena Soarez, e lançada pela Netflix, aborda a Operação Lava Jato. Leia “Sim, há um mecanismo que controla o país - e sua ideologia é bem clara”, em https://www.mises.org.br/article/2871/sim-ha-um-mecanismo-que-governa-o-pais%E2%80%94e-sua-ideologia-e-bem-clara. Veja Climagate e Taco de Hóquei.

Enigma - Máquina responsável pela codificação das mensagens nazistas. Veja o filme “Enigma”, de Michael Apted (2001), em que um matemático, Alan Turing, corre contra o tempo para decifrar código secreto utilizado pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. Veja Colossus e Massacre de Katyn.

Enragés - (Francês) “Furiosos”: como eram conhecidos os jacobinos da Revolução Francesa, que queriam acabar com a burguesia e o cristianismo, “enforcar o último burguês com as tripas do último padre”. Promoveram o Terror, guilhotinaram desafetos e, depois, muitos deles também perderam a cabeça - a exemplo de Saint-Just e Robespierre. Hébert, Danton, Desmoulins e outros já haviam tido o mesmo fim em março e abril de 1794. Marat, outro importante enragé, morreu esfaqueado, em 13/07/1793, pela jovem Charlotte Corday, ligada aos girondinos. “O governo revolucionário está obrigado a proteger os bons cidadãos, porém, para os inimigos do povo, só resta uma coisa: a morte” (Robespierre, explicando o arquivamento da “Constituição do Ano I”, dando início ao Terror). Foram presas entre 300 mil e 500 mil pessoas em todo o país, sobretudo padres e nobres. “Os feriados cristãos foram substituídos por ‘festas revolucionárias’. O calendário gregoriano foi abolido e em seu lugar instituiu-se um calendário revolucionário, no qual os meses tinham trinta dias, correspondentes às fases das estações (como Brumário, Nivose, Germinal, Floreal, Termidor), e o repouso era fixado de dez em dez dias, no ‘décadi’, acabando-se com o Domingo” (MIRADOR, 1992: 9857).

Entebe - Em julho de 1976, mais de 100 israelenses foram sequestrados por palestinos e alemães e mantidos reféns em Entebe, Uganda. Os reféns foram libertados em uma cinematográfica ação dos Comandos israelenses, ocasião em que morreu Yonatan Netaniahu, irmão de Benjamin Netaniahu, várias vezes Primeiro-Ministro de Israel. Leia “Operação Entebe”, por Jerusalem Post - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/operacao-entebbe-por-jerusalem-post.html.

Entente cordiale - (Francês) Aliança entre duas ou mais nações, visando interesses econômicos, políticos ou militares, a exemplo da partilha da África feita entre nações europeias, para colonização, e da partilha da Palestina, para formação de um Estado judeu e de um Estado palestino.

Entimema - Conceito criado por Aristóteles, trata-se do silogismo em que há só uma premissa, dando a entender que a segunda premissa é conhecida (implícita).

Entulho autoritário - É como a esquerda se refere a qualquer coisa que tenha vindo dos governos militares, ainda que muito útil para a sociedade.

ENU - Escola Nacional Unificada: a exemplo de Che Guevara, Salvador Allende pretendeu controlar a Educação chilena, junto com Lautaro Videla, “para criar ‘o homem novo... livre para se desenvolver integralmente em uma sociedade não capitalista, e quem vai se expressar como uma personalidade... consciente e solidária com o processo revolucionário que é... tecnicamente e cientificamente capaz de desenvolver a economia, a sociedade em transição para o socialismo’” (NARLOCH, 2011: 267). No Brasil, o governo petista, com suas cartilhas marxistas do MEC, tinha o mesmo objetivo: doutrinar os alunos nas maravilhas do comunismo.

EOKA - Organização terrorista do Chipre, liderada por Georgios Grivas, iniciou sua luta pela ENOSIS (União com a Grécia), em 1954.

Epadu - Coca brasileira, nativa da Região Amazônica. O ELN (Colômbia) chegou a treinar índios para a plantação do epadu.

EPIC - El Paso Intelligence Center (Centro de Inteligência de El Paso), EUA: subordinado ao DEA, do Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA. Junto com a FTCJ-6 (JTF-6), o Departamento de Defesa e o QG/Patrulha Federal de Fronteira (US Border Patrol) formam um conjunto voltado para o combate aos ilícitos penais de imigração e tráfico de drogas, crime organizado e crimes correlatos no território dos EUA.

Epístola de Qadir - Risala AL-Qadiriya, em Árabe: em 1019, Al-Qadir, califa de Bagdá, emitiu uma epístola político-religiosa, “na qual condenava a doutrina da ‘Criação do Alcorão’, proibia novas exegeses (interpretações do Livro) e fixava o credo oficial. Desse modo, ele ‘fechou a porta da ijtihad’ (esforço de pesquisa pessoal), segundo uma expressão em uso entre os muçulmanos. Também matou o espírito crítico e encorajou a taqlid ou ‘imitação servil’, em detrimento da inovação” (BALTA, 2010: 36-37). O impasse permanece até hoje para os muçulmanos: modernizar o Islã ou islamizar a modernidade?

EPR - Ejército Popular Revolucionário (México): em 28/06/1996, 50 elementos encapuzados e armados de fuzis AK-47 e AR-15 anunciaram a formação do movimento armado, durante uma homenagem ao primeiro aniversário do massacre de 17 camponeses em Aguas Blancas, povoado do município de Coyuca de Benitez. O EPR tem ideário contra a oligarquia do PRI e em agosto de 1996 promoveu ataques contra instalações do Exército e da Polícia, nos Estados de Oaxaca e Guerrero, deixando saldo de 18 mortos e mais de 20 feridos. O EPR seria o braço armado do PROCUP (Partido Revolucionário Operário Clandestino União do Povo), criado por organizações de esquerda na década de 1970.

É proibido proibir - Frase pauleira copiada pelos macaquitos brasileños dos muros de Paris, durante a Revolução Estudantil de 1968. A combinação da permissividade pregada pelos gurus da contracultura, como Derrida e Marcuse, com o consumo de drogas, resultou em uma juventude sem rumo, que não respeita as leis. O consumo de drogas foi incentivado por ídolos, como os Beatles, Elvis Presley, Jimi Hendrix e até Gilberto Gil, que disse que escreveu a música “Se eu quiser falar com Deus” levitando nas nuvens de altos teores de maconha. Veja Revolução de 1968.

Era da Inveja - “A inveja é o tributo que a mediocridade presta ao talento”, diz um provérbio popular. Confira entrevista de Ayn Rand feita a Tom Snyder, em que a filósofa judia russa-americana fala sobre “o ódio do bom, por ser bom” - https://www.youtube.com/watch?v=gaA_nlho6Kw&feature=youtu.be. Pessoas mesquinhas vibram quando alguém bem-sucedido, como Luciano Huck, tem seu Rolex roubado na rua.

ERP - Ejército Revolucionario del Pueblo. “Foi criado na Argentina, em 1962, e contava em suas fileiras com um certo Abelardo Colomé Ibarra, o ‘Furry’, atual ministro do Interior de Cuba” (SÁNCHEZ, 2014: 92).

Escândalo - É como a Bíblia chama o desmentido brutal das crenças mais queridas. O “escândalo” também pode ocorrer fora da religião; p. ex., a denúncia dos crimes de Stálin, na década de 1950, foi um choque traumático para milhões de simpatizantes do comunismo. A Queda do Muro de Berlim foi outro “escândalo”, para as viúvas do comunismo. Apesar de o comunismo ser um sistema comprovadamente criminoso, há “fiéis” fervorosos até o fim da vida, como Oscar Niemayer. Conceito semelhante há no Islã, no que se refere a Al-Azma e a Al-Naqba.

Escola de Frankfurt - Famosa escola (de pau) de pesquisa sociológica alemã da década de 1920, deu ênfase, entre outras pesquisas, à “personalidade autoritária” da sociedade e à “teoria crítica” ou contracultura, de modo a destruir instituições tradicionais, como a família e a religião, dentro do conceito “politicamente correto”. Tinha entre seus teóricos Theodor Adorno, Herbert Marcuse, Eric Fromm, Walter Benjamin, Marx Horkheimer, Jürgen Habermas, Eric Hobsbawn, Umberto Eco. Na década de 1930, a Escola transferiu suas atividades para os EUA, fugindo do nazismo, primeiro para a Universidade de Colúmbia, em Nova York, e depois para a Califórnia. Após a II Guerra Mundial, a Escola voltou a seu lugar de origem, Frankfurt. “A posição da Escola de Frankfurt, de que toda cultura de massa é ideológica e aviltada, tendo como efeito engodar uma massa passiva de consumidores, é também questionável. Em vez disso, devemos ver os momentos críticos e ideológicos em todo o espectro da cultura, e não limitar os momentos críticos à cultura superior, identificando como ideológicos todos os da cultura inferior” (KELLNER, 2001: 45). A Escola de Frankfurt foi “erguida com o dinheiro de Hermann Weil, capitalista e explorador do trigo (e da mão-de-obra barata) argentino. Da cátedra da Escola, os seus integrantes mais notáveis (alguns deles filhos de banqueiros e milionários), diante da crescente supremacia do capitalismo, atiram sofisticados petardos contra o que julgam ser a ‘estrutura dominante’ da sociedade industrial contemporânea. Um dos seus mais destacados mentores, Theodor Adorno (1903-1969) - que morreu de enfarte após uma aluna ter ficado nua na sala de aula para testar o grau de sinceridade do mestre pelas liberdades individuais por ele proclamadas -, era taxativo em afirmar (Dialética Negativa, 1966), por meio da ‘ênfase dramática’, que o mundo e as consciências viviam alienados e não tinham mais salvação, apontando a concentração do capital, o planejamento burocrático e a máquina ‘reificadora’ da cultura de massa como forças destruidoras das liberdades individuais (vindo daí, naturalmente, todo o arsenal crítico mais pretensioso contra Hollywood)” (PONTES, 2003: 42). “A linguagem, segundo Marcuse, deve permanecer 'antagônica’. A contradição é o instrumento ordinário que ela emprega para tirar a clareza ‘semântica ou lógica’. Em termos simples, faz questão de não ser claro para que a linguagem revele, por duplicidade, uma tensão entre o significado aparente e o significado oculto. A dialética é estabelecida dentro do vocábulo. (...) O significado claro de sua vasta argumentação é, pois, a sociedade não repressiva. O sentido que ele ‘esconde e exclui’ no universo da locução é a criação de uma sociedade marxista” (VASCONCELOS, 1970: 26). Leia “Belíssima e a ética da malandragem” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/belissima-e-etica-da-malandragem-por.html.

Escolas corânicas - Escolas confessionais islâmicas. No Paquistão, existem cerca de 70.000 escolas corânicas, financiadas pelos países petroleiros do Golfo Pérsico, “onde 6 milhões de crianças são instruídas na versão mais militante do islamismo e preparadas para dedicar a vida à guerra santa” (Amir Taheri, in “O ódio dos muçulmanos ao Ocidente é cultivado por Governos e imprensa”, revista Veja, 26/12/2001). Os talibãs, que chegaram a tomar o Afeganistão, foram formados nessas escolas. Veja Talibã.

Escolas de subversão e espionagem - Durante a Guerra Fria, havia importantes escolas de subversão e espionagem, tanto na antiga URSS, como na China. Um clássico sobre o assunto é o livro de J. Bernard Hutton, “Os Subversivos - A primeira revelação mundial do plano comunista de conquista do mundo ocidental”. Na China, a Escola da Província de Chekiang preparava subversivos e espiões para atuarem na Alemanha, Suíça e Áustria; a Escola da Província de Honan para atuação na França, Itália e Espanha; e a Escola da Província de Chekiang para atuação no Japão e outros países da Ásia. Os cidadãos soviéticos escolhidos para trabalhar no estrangeiro, como chefes de subversão clandestina, recebiam seu treinamento em setores especiais das mesmas escolas que formavam os ases da espionagem. Na URSS, havia as seguintes escolas:

Escola de Gaczina: era a mais conhecida de todas as escolas da antiga União Soviética e preparava os espiões para atuar em países de língua inglesa. Situada a 150 km de Kuibyshev, ocupava uma área de 250 km²; dividia-se em quatro setores: América do Norte (Setor Noroeste); Canadá (Setor Norte); Reino Unido (Setor Nordeste); e Austrália, Nova Zelândia, Índia e África do Sul (Setor Sul); cada setor era independente e não havia comunicação entre eles;

Escola de Prakhovka: situada a 100 km ao norte de Minsk, capital da Bielorússia, tinha 500 km² de área; durante a II Guerra Mundial, quando Hitler tomou a Bielorússia, Prakhovka foi evacuada conforme a política de terra arrasada de Stálin, e uma Escola de Emergência foi organizada em Ufa; Prakhovka foi reaberta em 1947. Tudo era igual à Gaczina, em todos os detalhes; dividida também em setores, preparava espiões para atuação na Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia (Setor Norte); Holanda (Setor Sudoeste); Áustria e Suíça (Setor Sul); e Alemanha (Setor Sudeste);

Escola de Stiepnaya: situada a mais ou menos 200 km ao sul de Chkalov, preparava subversivos e espiões para trabalhar nos países latinos: França (Setor Noroeste); Espanha (Setor Norte); Itália (Setor Nordeste); e Portugal, Brasil, Argentina e México (Setor Sul);

Escola de Vostocznaya: situada a uns 160 km de Khabarovsk, cuidava dos países da Ásia e do Oriente Médio; e

Escola de Novaya: situada a 100 km a sudoeste de Tashkent, treinava espiões para a África.

Na antiga URSS, antes do ingresso nas escolas de espionagem acima citadas, os cidadãos escolhidos para essa carreira tinham que realizar quatro estágios:

1º estágio: era realizado na Escola Marx-Engels, em Gorky, perto de Moscou; durante o estágio, que durava quatro meses, os integrantes viviam coletivamente e assinavam um compromisso de jamais revelar qualquer coisa sobre a Escola; o horário era inflexível: de 7 da manhã às 10 horas da noite, proibidos de sair do recinto da Escola, num prédio retirado da rua, cercado por altos muros. O objetivo específico nesse Estágio era garantir que todos fossem “instruídos na ideologia comunista e sigam acostumando-se a pensar e agir como um clássico bolchevista”;

2º estágio: os recrutas aprovados no 1º Estágio seguiam para a Escola Técnica Lênin, situada em Verkhovnoye, a 80 km de Kazan; consistia em edifícios numa área de mais ou menos 4 km², tudo cercado por altos muros. Os recrutas eram transportados em veículos da KGB e durante a viagem não podiam manter contato com o mundo exterior. A vida era espartana, com um formidável horário de estudos; eram proibidos de informar onde se encontravam e o que estavam fazendo, mas tinham licença para se comunicar com a família mediante endereço intermediário. Até aí, os recrutas ainda ignoravam que estavam sendo escolhidos para possíveis agentes clandestinos do serviço secreto de Moscou. O treino na Escola durava 12 meses e os estudantes de ambos os sexos passavam por vigorosos treinos de combate: subiam em montanhas, rastejavam sob arame farpado, atravessavam pântanos e rios e faziam longas marchas carregando equipamento pesado; aprendiam a se defender com judô, jiu-jitsu, karatê e outras formas de ataque e defesa, como boxe e luta livre; manejavam armas de fogo e praticavam destruição de pontes, edifícios e instalações militares com dinamite, TNT, gelignite e explosivos plásticos, fabricação de bombas e descoberta de armadilhas e bombas ocultas, e a forma de desarmá-las. Essa fase incluía a destruição de fechaduras, portas fortes e cofres à prova de arrombamento. Aprendiam ainda a luta de guerrilhas; recebiam depois um curso de dopagem e envenenamento de bebidas, doces, comidas, cigarros e charutos; recebiam instruções sobre o uso de drogas e os antídotos que deveriam tomar quando fossem obrigados a engolir drogas. Outro curso especializado ensinava os alunos a ligar escutas clandestinas em linhas telefônicas e a utilizar microfone de grande poder; estudavam as formas de recepção e transmissão de rádio, microfilmagem e micropontos, codificação e decifração. Depois do curso, havia o exame final e os recrutas eram transportados para o centro de recreação de Oktyabr, nas montanhas do Cáucaso, em Kyslovodsk, onde gozavam de merecidas férias de um mês ou mais;

3º estágio: os recrutas que foram afinal escolhidos como “servindo para atividades subversivas clandestinas no exterior” iam passar um ano com instrutores que verificavam suas aptidões para modalidades específicas de trabalho de subversão e de adaptabilidade a determinados países. Esse período era ainda mais duro que os treinamentos anteriores. A polícia secreta prendia um estagiário e o levava para a sede central como se ele fosse realmente um agente estrangeiro surpreendido em flagrante; interrogatórios especializados submetiam a “vítima” a uma lavagem de cérebro, à chamada interrogação de 3º grau e de todos os outros métodos usados para conseguir confissões ou informações; depois de passar pelo teste (a maioria passava), o recruta era levado à presença de seus interrogadores e então era explicado que tudo era apenas mais um teste; eram elogiados por resistir, mas antes de serem liberados deviam jurar manter segredo daquilo junto aos outros recrutas que ainda iriam passar pela prova; só então o estagiário era julgado apto a frequentar uma escola dos ases da espionagem soviética, cujo treino iria durar 10 longos anos; e

4º estágio: os cidadãos soviéticos escolhidos para trabalhar no estrangeiro, como chefes de subversão clandestina, recebiam treinamento em setores especiais das mesmas escolas que formavam os ases da espionagem (veja Escolas mencionadas acima). A Escola mais conhecida era a de Graczina, que formava subversivos e espiões para atuarem em países de língua inglesa. Desde que chegavam a Graczina, todos os estudantes só podiam falar inglês; recebiam um nome inglês e eram obrigados a esquecer a língua russa e a nacionalidade soviética; o período de 10 anos em Graczina era considerado pelos diretores do serviço secreto como o mínimo essencial para o condicionamento do cérebro humano à nova língua. Eram despertados à noite e obrigados a responder perguntas inesperadas, qualquer um deles em seu papel de espião estava convencido de sua nova identidade; os diretores achavam que nem tortura, lavagem de cérebro ou drogas conseguiriam dobrar os seus agentes; no setor do Reino Unido em Graczina, existiam réplicas perfeitas de ruas, casas, cinemas, restaurantes, bares, pensões e outros estabelecimentos tipicamente ingleses; as roupas usadas eram inglesas, os estudantes viviam em pensões, apartamentos, comiam refeições tipicamente inglesas, como batatas assadas, rosbife, pudim Yorkshire e peixe; andavam em ônibus ingleses, gastavam dinheiro inglês, liam jornais ingleses e assistiam programa de TV gravados na Inglaterra; os professores da língua inglesa eram membros do Partido Comunista (PC) escolhidos a dedo, antigos cidadãos do Reino Unido que desprezavam a pátria e se tornaram cidadãos soviéticos. Mais pessoas naturais da Inglaterra contribuíam para que o ambiente fosse autêntico, como garçonetes, polícias de rua, motoristas de ônibus, recepcionistas de hotel e outros. Esse treino geralmente levava cinco anos; não houve um só aluno de Graczina que tivesse sido preso pela Scotland Yard ou pelo FBI que se deixasse trair por sua imperfeição de linguagem. Os outros cinco anos eram destinados a trabalhos especializados para a prática da moderna técnica de espionagem: códigos (memorização de), comunicações por rádio (montagem e desmontagem de aparelhos de recepção e transmissão; usavam equipamentos modernos que podiam transmitir e receber longas mensagens em segundos); aprendiam a utilizar os mais modernos aparelhos fotográficos, que reduzem plantas de grandes dimensões a pontos microscópicos. Depois de dez anos, os estudantes saíam da Escola mais ingleses do que muitos ingleses legítimos.

Escola Sem Partido - O programa Escola Sem Partido - ESP (https://www.escolasempartido.org/) é um movimento político criado em 2003 pelo advogado e procurador pelo Estado de São Paulo em Brasília, Miguel Nagib, para denunciar a supremacia esquerdista existente nas escolas e nas universidades e atacar a doutrinação ideológica, de linha marxista, existente no meio estudantil. Clamando por uma lei contra o abuso da liberdade de ensinar livremente o marxismo, Nagib elenca “Seis Deveres do Professor” - cfr. em https://www.escolasempartido.org/programa-escola-sem-partido/. Bombardeado pela esquerda na Academia, na mídia e no Congresso Nacional, por querer “impor a censura e incentivar alcaguetes contra o professor”, o programa ESP perdeu força junto à população. Escola Sem Partido, não pode haver. Mas Escola Com Partidão, aí sim, é fundamental. Assim, a doutrinação ideológica nas escolas e universidades segue firme como sempre foi. Há até trabalho acadêmico feito sobre a ESP, como “ESCOLA SEM PARTIDO: ORIGEM E MODUS OPERANDI DE UM MOVIMENTO LIBERAL-CONSERVADOR E DESDOBRAMENTOS PARA OS CONTEÚDOS DE SOCIOLOGIA E HISTÓRIA”, de Rodrigo Leonardo Offerni - cfr. em https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/193306/offerni_rl_me_mar.pdf?sequence=6&isAllowed=y.

Escracho - Promovido pelo grupo fascista Levante Popular da Juventude, o escracho ou esculacho é feito contra militares que combateram o terrorismo no Brasil, com pichações de “torturador” em frente às residências dos acusados, como a do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, em Brasília, ou cusparadas em idosos, como ocorreu no dia 30/03/2012, nas imediações do Clube Militar, Rio de Janeiro, quando militares reformados comemoravam a Contrarrevolução de 31 de Março de 1964.

Escravidão - No Brasil, teriam sido introduzidos mais de 4 milhões de negros cativos, desde a chegada dos primeiros escravos, em 1531, com a expedição de Martim Afonso de Souza, até a chegada do último navio negreiro, em 1856, no Rio de Janeiro. Foram 357 anos de escravidão, que acabou com a Lei Áurea, no dia 13/05/1888. “O café é negro e o negro é o café” (escravocratas, antes da Abolição). Por um prato de comida e uma cama na senzala, cada escravo negro cuidava de 6.000 pés-de-café. Os primeiros imigrantes italianos, por algo semelhante, cuidavam de 7.000 pés-de-café. Eram também explorados. “Em 2007, completaram-se duzentos anos da proibição do tráfico de escravos, a primeira vitória da campanha abolicionista da Inglaterra. Nenhum país da África ou movimento negro da América prestou homenagem ou agradecimento aos ingleses” (NARLOCH, 2010: 106). Desde a antiguidade, o comércio de escravos foi comum no continente africano. Muitos príncipes negros viviam no luxo vendendo seu próprio povo. No Mediterrâneo, os islâmicos sequestravam milhares de europeus, fazendo escravos os homens e concubinas (escravas sexuais) as mulheres; era “quando os escravos tinham olhos azuis”. Os EUA acabaram com essa farra, que consta no Hino dos Marines: From the Halls of Montezuma to the Shores of Tripoli - cfr. “EUA e Islã - Pequena aula de História” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/os-eua-e-o-isla.html. Muitos ex-escravos brasileiros voltaram à África para iniciar rendoso comércio de carne humana. Aliás, como muito bem disse Narloch (op. cit, pg. 88), “o sonho dos escravos era ter escravos”. Zumbi aprovaria esta afirmação. O profeta Maomé teve, ao longo de sua vida, 10 esposas e 2 concubinas: a judia Raihana Bint Zaid e a cristã copta Maria, que lhe deu um filho, Ibrahim, que morreu com tenra idade (Cfr. BALTA, 2010). “Se você derrotasse seus inimigos no campo de batalha, poderia ganhar dinheiro saqueando suas cidades, vendendo seus habitantes no mercado de escravos e ocupando valiosos campos de trigo e minas de ouro. Os romanos prosperaram vendendo gregos e galeses cativos, e os americanos, no século XIX, ocupando as minas de outro da Califórnia e as fazendas de gado do Texas. (...) Hoje em dia os principais ativos econômicos consistem em conhecimento técnico e institucional, e não em campos de trigo, minas de ouro ou até mesmo campos de petróleo, e não se pode conquistar conhecimento por meio da guerra” (HARARI, 2018: 222-223 - “21 lições para o século 21”). Errado: as guerras trazem também novas tecnologias, que passam a ser úteis para a sociedade - cfr. em https://casperlibero.edu.br/wp-content/uploads/2014/04/Tiago-C%C3%A9sar-Agostinho.pdf. Laurentino Gomes fala sobre “Escravidão”, sua nova trilogia, em https://www.youtube.com/watch?v=gN5GYfc1iI8.

ESL - 1. Exército do Sul do Líbano: milícia libanesa, aliada de Israel durante a ocupação do Sul do Líbano (1978-2000). Com a retirada de Israel da região, em 2000, o ESL foi deixado à própria sorte, com a chegada do Hezbollah. 2. Exército Simbionês de Libertação (EUA): era formado por estudantes radicais da Universidade da Califórnia em Berkeley, a maioria mulheres. Embora tenham recrutado 4 condenados (2 negros e 2 brancos), os intelectuais sempre foram a maioria e sempre dirigiram o movimento; seu nome indicava a simbiose ou fusão entre os intelectuais e os necessitados. Típico produto das escolas de subversão e espionagem, da URSS.

ESMA - Escola de Mecânica da Armada (Argentina): segundo acusação de antigos militantes e terroristas de esquerda, era o principal centro de detenção e tortura durante a ditadura militar argentina. Acusada também de promover os “voos da morte”, em que dissidentes do Governo militar eram dopados e lançados ao mar por meio de aeronaves.

EsNI - Escola Nacional de Informações: criada pelo Decreto n.º 68.448, de 31/3/1971, foi substituída pela CEFAHR durante o Governo Collor, quando surgiu a figura do “espião burocrata”, com crachá, escolhido mediante concurso público. Hoje, a entidade se chama Escola de Inteligência (EsInt) e é subordinada à ABIN.

Esoterismo - Rito interior, secreto, como o da maçonaria. Veja Exoterismo.

Espada de Davi - Grupo extremista judeu em Israel, derivado do movimento antiárabe Kach, do rabino Meir Kahane.

Espartaquistas - Os primeiros marxistas alemães chamavam a si próprios de “espartaquistas”, em homenagem ao escravo e gladiador romano Espártaco, que derrotou dois exércitos romanos antes de ser executado. Espártaco foi considerado por muitos como um herói revolucionário.

Espetáculo do crescimento - Frase de pau criada pelo sucessor de FHC, o qual prometeu, em 2004, que o Brasil se tornaria um feroz “tigre” sul-americano, com a retomada do crescimento econômico aos níveis do “milagre brasileiro” dos militares. Em vez do “espetáculo do crescimento” (nas Américas, o Brasil apenas cresceu mais que o Haiti da guerra civil e dos terremotos), foi observado o “crescimento do espetáculo”, com o babalorixá de Garanhuns fazendo comícios em tempo integral, até eleger sua substituta, Dilma Rousseff. O que cresceu mesmo foi a corrupção, cujo carro-chefe foi o mensalão, seguido do petrolão, ainda mais corrupto. Leia o livro “Tchau, querida: O diário do impeachment”, de Eduardo Cunha e Danielle Cunha, em https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=bacae0cc40&attid=0.1&permmsgid=msg-a:r3883830371440672968&th=178e78975a931306&view=att&disp=inline&realattid=178e789a65c721172e11.

Espionagem - A “segunda mais antiga profissão do mundo” é exercida por todos os países do mundo e por muitas empresas (espionagem industrial). Serviços de informações no mundo: EUA: CIA (“a Companhia”), DIA (Pentágono), NSA; antiga União Soviética: GRU e KGB; Grã-Bretanha: SIS (MI6) e MI5; França: DGSE (“La Piscine”) e GCR; Israel: Mossad (“o Instituto”); Alemanha: Bundesnachrichtendienst (Serviço Federal de Informações); Japão: Naicho (Setor de Pesquisa do Gabinete), subordinado diretamente ao 1º Ministro, e Chobetsu (Chosa Besshitsu), para reconhecimento aéreo, especialmente Coreia do Norte, China e Rússia; Brasil: ABIN.

Espiral do Silêncio - A Teoria da Espiral do Silêncio foi desenvolvida na Alemanha, na década de 1970, por Elisabeth Noelle-Neumann. “Trata-se de extinguir, na alma do inimigo, não só uma disposição guerreira, mas até sua vontade de argumentar em defesa própria, sem mero impulso de dizer umas tímidas palavrinhas contra o agressor. A técnica foi experimentada pela primeira vez no século XVIII. Foi tão pesada a carga de invencionices, chacotas, lendas urbanas e arremedos de pesquisa histórico-filosófica que se jogou sobre a Igreja Católica que os padres e teólogos acabaram achando que não valia a pena defender uma instituição venerável contra alegações tão baixas e maliciosas. Resultado: perderam a briga... Foi só quase um século depois desses acontecimentos que Alexis de Tocqueville descobriu por que a Igreja perdera uma guerra que tinha tudo para vencer. Deve-se a ele a primeira formulação da teoria da ‘espiral do silêncio’, que, em extensa pesquisa sobre o comportamento da opinião pública na Alemanha Elizabeth Noelle-Neumann veio a confirmar integralmente em The Spiral of Silence: Public Opinion, Our Social Skin. Calar-se ante o atacante desonesto é uma atitude tão suicida quanto tentar rebater suas acusações em termos ‘elevados’, conferindo-lhe uma dignidade que não tem. As duas coisas jogam você direto na voragem da ‘espiral do silêncio’. A Igreja do século XVIII cometeu esses dois erros, como a Igreja de hoje os está cometendo de novo” (CARVALHO, 2013: 416). “Não há um só jornal ou grande revista, por exemplo, que gradue o destaque a denúncias de padres pedófilos pelo exame comparativo de casos similares em outros grupos sociais. Esse exame mostraria, acima de qualquer possibilidade de dúvida, que o número de delitos é muito, muito menor entre padres católicos do que em qualquer outra comunidade humana, embora o destaque dado na mídia a esses casos induza a população a crer o contrário. Em artigo recente, o sociólogo italiano Massimo Introvigne mostrou que, num período de várias décadas, apenas cem sacerdotes foram denunciados e condenados na Itália, enquanto 6 mil professores de educação física sofriam condenações pelo mesmo delito” (idem, pg. 424). “Se uma opinião é vista como majoritária, os opinadores dela terão mais coragem em se manifestar. Por outro lado, os contrários a ela terão uma tendência a ficarem calados. O resultado é um clima de opinião determinado pela propaganda de que uma ou outra opinião é majoritária. Um dos fatores mais importantes, portanto, é a atenção dada pelas pessoas ao comportamento opinativo do entorno social” (Cristian Derosa, in “Como funciona a espiral do silêncio nas redes sociais” - Leia mais em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/como-funciona-espiral-do-silencio-nas.html). O texto “Cem anos de pedofilia”, de Olavo de Carvalho, mostra como foi facilitado o ingresso de homossexuais nos seminários católicos dos EUA, comentando o livro de Michael S. Rose, “Goodbye, good men”, de modo que seminaristas heterossexuais fossem obrigados a submeter-se a condutas homossexuais - cfr. em https://olavodecarvalho.org/cem-anos-de-pedofilia/. É a satânica obra da esquerda, primeiro promove a pederastia nos seminários, para depois condená-la, de modo a implodir a Igreja Católica.

Espoliação - Em 1945, os americanos encontraram nas minas de sal de Altaussee 6.755 quadros, com os quais Hitler pretendia suprir um museu que pretendia construir em Linz, Áustria, cidade de sua infância. A exemplo dos nazistas, bilhões de dólares foram roubados em Cuba, como coleções artísticas que acabaram em leilões de Londres e NY. Nenhum museu europeu devolveu os bens surrupiados por Fidel e Che da família Fanjul. Objetos roubados foram presenteados a David Rockefeller, que financiava a propaganda pelo fim do embargo a Cuba, a Carlos Salinas, ex-presidente do México, ao romancista Gabriel García-Márques, a Maradona, a François Mitterrand. Sobre a espoliação de museus russos, feita por Stálin, veja o verbete Kulak.

Esquadrão da Escória - Uma espécie de Ministério da Virtude e Contra o Vício dos talibãs, esse Esquadrão cubano realizava perseguições a homossexuais. “O escritor Guillermo Cabrera Infante explicou o episódio no livro Mea Cuba: ‘Um departamento especial da polícia, chamado de Esquadrão da Escória, se dedicava a deter, à vista de todos, na área velha da cidade, todo transeunte que tivesse um aspecto de prostituta, proxeneta ou pederasta’, escreveu Infante” (NARLOCH, 2011: 45). Ao visitar a embaixada da Argélia, Che deparou com o “Teatro Completo”, de Virgilio Piñera. “‘Como é que você pode ter o livro dessa bicha na embaixada?’, disse ao embaixador enquanto atirava o livro na parede. O embaixador desculpou-se e jogou a obra no lixo” (idem, pg. 45).

Esquadrão da Morte - Normalmente, é composto por policiais associados a quadrilhas de traficantes de drogas e armas, que compram a sua proteção e lhes pagam para eliminar os concorrentes.

Esquadrão de Reescritores - “Sabia descrever todo o processo de composição de um romance, desde a diretriz geral traçada pelo Comitê de Planejamento até os retoques finais, pelo Esquadrão de Reescritores” (ORWELL, 2007: 121). No Brasil, os “guerrilheiros da pena” e os sete anjos vingadores da Comissão Nacional da Verdade - ou Ministério da Verdade Petista-Orwelliano - foram os esquadrões que reescreveram, com sucesso, a recente História do Brasil dentro da ótica esquerdista, qualificando os militares que combateram os terroristas de “torturadores”, enquanto os terroristas eram apresentados como inocentes anjinhos, com o total apoio da mídia, que reverberou o revanchismo petralha em suas possantes “caixas de ressonância” da desinformação.

Esquerda caviar - O mesmo que “esquerda festiva”, que reúne intelectuais, artistas e famosos, que defendem o socialismo de Cuba, mas preferem viver como nababos em Paris, como Chico Buarque de Hollanda. O livro “Esquerda Caviar - A hipocrisia dos artistas e intelectuais progressistas no Brasil e no mundo”, de Rodrigo Constantino, trata com apuro essa fabulosa fauna: “O termo tem origem na França (gauche caviar), como não poderia deixar de ser. Mas há os análogos na Inglaterra (champagne socialist), nos Estados Unidos (limousine liberal) e na Itália (radical chic)” (CONSTANTINO, 2013: 12). Faça download do livro em https://portalconservador.com/livros/Rodrigo-Constantino-Esquerda-Caviar.pdf. No Brasil, nas décadas de 1970 e 1980, havia a “esquerda Ballantine’s”. Tim tim! Saúde! Veja Socialismo de caviar.

Esquerda & Direita - Os muçulmanos utilizam a mão esquerda para limpar o ânus; a direita é usada para fins mais nobres, como ingerir alimentos e cumprimentar as pessoas. A melhor tradução para “esquerda” vem do italiano: sinistra. “Os termos ‘direita’ e ‘esquerda’, vocês sabem, são herança da Assembleia Francesa, da revolução. (...) As características do Estado moderno que reconhecemos como democráticas são herança, vejam só, dos postulados dos que estavam à direita naquela Assembleia. A esquerda nos legou o jacobinismo, a ação direta, os tribunais de exceção, a eliminação física do adversário não como forma de responder ao inimigo - isso sempre houve -, mas de fazer política. A morte como ideologia é uma cria genuína da esquerda” (AZEVEDO, 2008: 133). “A esquerda, embora seja a recordista número um de crimes contra a humanidade, continua se concebendo como a detentora do monopólio das virtudes mais excelsas. Ela pensa assim não por que tenha algum dia feito algum bem capaz de compensar o genocídio soviético, chinês e cambojano, mas precisamente porque é, das duas facções majoritárias em que se divide a arena política do mundo, a mais insensível, a mais brutal e desumana, a menos capaz de estender ao adversário um olhar de simpatia, compreensão e piedade” (Olavo de Carvalho, in “Uma lição tardia - II”, jornal DC, 01/11/2011). “O dogmatismo é uma doença crônica da esquerda latino-americana. Acreditamos que somos possuidores de uma verdade absoluta. A esquerda tem a doença de sempre ser apaixonada pelos modelos em que acredita. Mas se penso que meu vizinho deve pensar como eu, estamos fritos” (José Mujica, ex-presidente do Uruguai, em entrevista à Folha de S. Paulo - http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/12/1379209-o-dogmatismo-e-uma-doenca-da-esquerda-diz-mujica.shtml, acesso em 14/04/2021). “A extrema esquerda só se distingue da esquerda por uma questão de grau (ou de pressa relativa), pois ambas visam em última instância ao mesmo objetivo. Já a extrema direita e a direita, mesmo quando seus discursos convergem no tópico dos valores morais ou do antiesquerdismo programático, acabou sempre se revelando incompatíveis em essência: é materialmente impossível praticar ao mesmo tempo a liberdade de mercado e o controle estatal da economia, a preservação dos direitos individuais e a militarização da sociedade. Isso é uma vantagem permanente a favor da esquerda: alianças transnacionais da esquerda com a extrema esquerda sempre existiram, como a Internacional Comunista, o Front Popular e, hoje, o Foro de São Paulo” (Olavo de Carvalho, in “Democracia normal e patológica”, jornal DC, 05/10/2011). “Nunca é tarde para se endireitar e deixar a fase sinistra para trás” (Rodrigo Constantino, colocando o ponto final no livro “Esquerda Caviar”). Vale repetir que sinistra, em italiano, significa “esquerda”, essa coisa tão sinistra.

Esquerda chique de Hollywood - São diretores, produtores e atores de Hollywood que enaltecem a ditadura cubana. Robert Redford é produtor do filme “Diários de Bicicleta”, que trata, não da biografia, mas da “hagiografia” de Che Guevara, ou seja, sua “santificação”, em tempos de hippie (o brasileiro Walter Salles é o diretor); Johnny Depp usa medalhão com o retrato de Che; Angelina Jolie diz que tem tatuagem de Che em local não revelado do corpo; Benicio del Toro é o ator favorito para interpretar Che. Após visitar Cuba e fazer a festa com muito mojito e jineteras, Jack Nicholson elogiou o sistema: “Fidel Castro é um gênio! Nós falamos sobre tudo e sobre todos. Castro é um humanista como o presidente Clinton. Cuba é simplesmente um paraíso” (FONTOVA, 2009: 232). O idiota não deve saber que toda orgia é filmada por capangas de Fidel, para possível chantagem posterior. A lista da esquerda caviar de Hollywood é longa: Oliver Stone, Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, Woody Harrelson, Leonardo DiCaprio, Chevy Chase. “Bil O’Reilly chamou essas celebridades de ‘cérebros de galinha’” (idem, pg. 233). Se dependesse de Che, todos esses idiotas seriam incinerados: “Se os mísseis [soviéticos] tivessem permanecido conosco, tê-lo-íamos utilizado contra o próprio coração dos Estados Unidos, incluindo Nova Iorque. Nunca havemos de estabelecer uma coexistência pacífica. Havemos de trilhar o caminho da vitória mesmo que custem milhões de vítimas atômicas” (idem, pg. 116). Veja Casas de protocolo.

Esquerda do barato - É formada por políticos e sociólogos de pau que pregam a liberalização da maconha, a exemplo de Fernando Gabeira, Carlos Minc e, mais recentemente, FHCannabis, o antecessor do Nove Dedos. “Enquanto foi Secretário de Segurança do governo Garotinho, o sociólogo da ONG Viva Rio, Luiz Eduardo Soares, resolveu ‘pacificar’ os morros cariocas de uma maneira sui generis. As quadrilhas de traficantes de drogas podiam exercer livremente seu mister desde que não brigassem entre si. O importante era não se ouvir o barulho de tiros. Se não houvesse tiros significava que o morro estava em ‘PAZ’." (Leonardo Arruda, in “A paz da submissão”, Correio da Barra, 25/01/2002). Com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a violência nos morros diminuiu por um tempo, mas o tráfico de drogas continuou cada vez mais firme, especialmente depois que o STF proibiu a PM de subir o morro, em 2020, durante a pandemia da Covid-19. Foi realizado, enfim, o sonho da “esquerda do barato”.

Esquerda promove a igualdade - É verdade: ela promove a igualdade na miséria. Veja a situação de Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. Nem é preciso falar da antiga Alemanha Oriental e suas fumacentas fubicas Trabant.

Esquerdigreja - Neologismo cunhado pelo pensador José Osvaldo de Meira Penna, refere-se aos seguidores da Teologia da Libertação.

Esquipulas, Plano de Paz - Subscrito pelos presidentes de El Salvador, Nicarágua e Guatemala, em agosto de 1987, para início da pacificação nesses países afetados pelas guerrilhas de esquerda.

Estado de bem-estar social - Na Alemanha, em lugar do modelo de ‘estado de bem-estar social’, que os políticos consideram uma máquina gigantesca de redistribuição que gasta milhões com um resultado discutível, era necessário propor um novo “socialismo de emancipação”, que Reinhard Hesse, conselheiro de Gerhard Schroeder, traduziu como “não ter medo de sujar as mãos”. Eca!

Estado democrático de direito - Ou estado de direito democrático; a ordem das palavras não altera o significado da língua pauleira dos petistas, para os quais a democracia a ser seguida é a cubana e a venezuelana.

Estado Novo - Ditadura instaurada pelo Presidente Getúlio Vargas em 1937. Centralizando o poder no Executivo, o Brasil foi governado nos moldes fascistas, com dura repressão contra os movimentos de oposição. No mesmo período, Vargas ampliou os direitos dos trabalhadores, com base na Carta del Lavoro, da Itália de Mussolini. Com o fim da II Guerra Mundial, Getúlio foi deposto pelos militares no dia 29/10/1945, embora o recém-criado Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) tivesse lançado o movimento que ficou conhecido como “Queremismo”, que pedia a permanência de Getúlio no poder.

Estado mínimo - Expressão cunhada por Robert Nozick, filósofo e professor de Harvard, prega a mínima intervenção do Estado, principalmente na Economia. Basta vir uma pandemia, como a Covid-19, que aparece o Estado máximo, necessário para debelar a fome de milhões de pessoas ao redor do planeta e salvar empresas e empregos, além de comprar as vacinas.

Estados fracos - “No século passado, todos os nossos problemas estavam relacionados ao fato de que havia Estados fortes demais - a Alemanha nazista, que provocou a II Guerra, ou a União Soviética, que levou à Guerra Fria. O problema hoje é o oposto. A maior fonte de problemas são os Estados falidos. Os exemplos são o Afeganistão, a Somália e o Haiti. Depois do 11 de setembro ficou claro que um Estado falido também pode alimentar o terrorismo” (Francis Fukuyama, in “A história acabou, sim”, entrevista nas páginas amarelas da revista Veja no. 1880, de 17 /11/2004, pg. 14). Os Estados fracos “apresentam problemas sérios em suas estruturas e em suas instituições. Eles têm dificuldade em aplicar as leis e exibem alto nível de corrupção política. Esse conjunto de fraqueza atrapalha o desenvolvimento econômico e o esforço para diminuir a pobreza. O Brasil e outros países da América Latina fazem parte desse grupo” (Idem, pg. 14). Veja Anomia, Idade do crime e Risco Brasil.

Estado sipaio da globalização - Sipaio era o nome do soldado da Índia colonizada, a serviço dos ingleses. Diz-se de país que é dependente ou subserviente a outro país. A Venezuela de Hugo Chávez e Nicolas Maduro, p. ex., não é independente, mas sipaio de Cuba.

Estalinismo - “Para escamotear a natureza totalitária do comunismo, os comunistas e, no Brasil, os petistas e aqueles que se encontram na periferia intelectual do PT recorrem ao termo estalinismo. Com isso, o totalitarismo comunista fica reduzido a um momento particular de sua trajetória. Explicar o sistema totalitário soviético pelo estalinismo, atribuindo toda a responsabilidade a um único homem, não é apenas uma atitude estranha a marxistas; é, sobretudo, um artifício diversionista para ocultar que ‘o mal está no sistema’, como assinalou o filósofo marxista Rodolfo Mondolfo” (TAVARES, 2000: 40). São Tomás de Aquino afirmou que “o homem é um anjo montado num porco”. Eu acrescentaria: “o comunista é um porco que se apresenta como um anjo”.

Estela - “Meu nome é Dilma Vana Rousseff, mas podem me chamar também de Estela, Wanda, Luíza, Patrícia, da VAR-Palmares! Não me arrependo de nada do que fiz!” O que ela fez junto ao grupo terrorista? Só serviu cafezinho no “aparelho”? Veja VAR-Palmares.

Estelazine - Tranquilizante utilizado em clínicas psiquiátricas soviéticas, para “acalmar” os dissidentes do regime comunista.

Estelionato afetivo - O mesmo que estelionato sentimental. Prática criminosa prevista no Art. 171 do Código Penal, se baseia em relações amorosas surgidas, principalmente, nas redes sociais, com o fito de auferir dinheiro fácil da vítima.

Estiagem orçamentária - Mal de que padecem as Forças Armadas, especialmente o Grande Mudo, em consequência de um mal-disfarçado revanchismo ideológico das esquerdas, que assaltaram o poder no Brasil após a “redemocratização”. Enquanto isso, o Exército persegue uma transformação que nunca chega, por meio de PEG e outros programas de pau, como o Braço Forte e o PROForça, da Estratégia Nacional de Defesa. Sem dinheiro, os programas estratégicos nunca sairão dos papiros do Estado-Maior do Exército e a Força Terrestre não passará de uma eficiente “empreiteira” do PAC dos Ministérios da Cidade e do Transporte, seja no governo petista, seja no governo Bolsonaro, além de dispor batalhões mata-mosquitos a serviço do Ministério da Saúde. O Grande Mudo foi também uma valiosa gendarmeria no Morro do Alemão e outras favelas, no Rio de Janeiro, fruto do know how adquirido na missão de paz no Haiti, mas que redundou em tremendo fracasso, porque não há interesse dos governadores em atacar o tráfico de drogas e armas para valer. Afinal, “o Haiti é aqui”, e muitos políticos torcem para que o Brasil seja um eterno Haiti.

Estimulação incoerente - É a segunda descoberta de Ivan Pavlov (a primeira foi o reflexo condicionado), com estudos também realizados com cães, os quais ficavam atordoados, pois quebrava a cadeia de reflexos condicionados. Disse Pavlov: “A inibição prolongada dos reflexos adquiridos suscita angústia intolerável, da qual o sujeito se livra mediante reações opostas às suas condutas habituais. Um cão se afeiçoará ao funcionário do laboratório que detestava, e tentará atacar o dono, de quem gostava” (CARVALHO, 2000: 83). Durante os Processos de Moscou, as estimulações contraditórias ou “lavagem cerebral” levavam as pessoas ao desespero, virando a personalidade do avesso. “... o discípulo de Moon ou Rajneesh passava por uma mutação profunda de personalidade, que os técnicos chineses em lavagem cerebral levariam meses ou anos para produzir. O segrego era o planejamento cuidadoso do fluxo de informações, calculado para paralisar a consciência por meio da estimulação contraditória. (...) As conclusões dessas premissas podem ser ordenadas numa sequência simples e contundente: 1. Pode-se mudar a personalidade e as convicções de um homem levando-o ao esgotamento resultante da estimulação contraditória (Pavlov). 2. Uma vez produzida uma descarga emocional por esses meios, a mesma reação pode ser repetida mediante estímulos cada vez mais fracos. A pessoa submetida a esse tratamento torna-se dócil, crédula e dependente (Sargant). 3. A estimulação contraditória pode ser produzida por meios subliminares, sem que a vítima se dê conta do que se passa (Bandler e Grinder). 4. A técnica pode ser aplicada simultaneamente a todos os membros de uma coletividade, desde que se sintam cortados de suas raízes sociais e afetivas (Conway e Siegelman). Os resultados serão mais rápidos do que no indivíduo sozinho. 5. O fator decisivo é o controle planejado do fluxo de informações, que pode ser realizado à distância (IBM). (...) Um estudo conjugado da IBM e da Universidade de Stanford demonstrou que é possível produzir artificialmente um quadro paranoico em sujeitos normais, simplesmente submetendo-os a um fluxo de informações que os deixem num leve estado de alerta contra o risco de situações humilhantes” (idem, pg. 86-87).

Estória-cobertura - Muito utilizada por espiões, terroristas e criminosos em geral, para encobrir as reais intenções. Consiste em simular uma profissão, p. ex., abrir um comércio, para encobrir a verdadeira atividade. Um exemplo clássico foi o caso de Olga Benário, que deixou o marido B. P. Nikitin na Rússia e acompanhou Luiz Carlos Prestes ao Brasil, como se fosse sua mulher: “Olga Bergner Vilar”, casada com “Antônio Vilar”, para promover a Intentona Comunista, em 1935. Apesar de ter levado uma vida criminosa, Olga Benário foi beatificada no livro “Olga”, do escritor de pau-de-sebo Fernando Morais, e canonizada num filme de mesmo nome. Veja Intentona Comunista e Ouro de Moscou.

Estrada dos Ossos - A pátria do idioma de pau chegou à desfaçatez de pavimentar uma rua com ossos humanos, como se pode conhecer no relato a seguir: “As cidades (da ex-URSS) tinham quotas de ‘inimigos da revolução’ para mandar para os gulags (geralmente os operários mais sadios). De vez em quando, a seu bel prazer, o monstro aumentava as quotas. Para cumpri-las, a polícia inventava acusações imbecis e falsas. Quem tinha um livro capitalista seria condenado a 20 anos de trabalhos forçados. Quem era acusado de desrespeitar um ‘comissário do povo’ levava dez anos. Claro que nunca voltavam! Desta maneira, Stálin exterminou cerca de 60 milhões de compatriotas. Certa feita, o monstro resolveu fazer uma estrada de 1.400 quilômetros, acima do círculo polar ártico, conectando os diversos gulags. As condições climáticas eram tão terríveis que os ‘trabalhadores’ morriam como moscas e eram abandonados apodrecendo ao lado das estradas. Com o tempo, a estrada, que se tornava lamacenta quando a neve derretia, foi forrada com os ossos dos decantados ‘trabalhadores’. Hoje, a estrada ainda existe e se chama, muito adequadamente, a ‘Estrada dos Ossos’” (Huascar Terra do Valle, in “Estrada de Ossos”, site Mídia Sem Máscara, 2003). Leia “Os horrores da ‘estrada de ossos’ da URSS”, de Aleksandra Gúzeva, em https://br.rbth.com/historia/84688-horror-estrada-ossos-urss. Fotos da Estrada de Ossos ou Rodovia Kolimá podem ser vistas em https://www.google.com/search?rlz=1C1ISCS_pt-PTBR946BR946&sxsrf=ALeKk02bkpBjB6lErel9e5j5wx-e4GoQYQ:1618405532589&source=univ&tbm=isch&q=estrada+de+ossos+huascar&sa=X&ved=2ahUKEwiK9fy25v3vAhUwIrkGHS7EBjoQjJkEegQIDhAB&biw=1366&bih=600.

Estratégia das tesouras - Lênin sempre falou e praticou esta política da ‘Estratégia das Tesouras’. Que consiste em ter dois partidos comunistas sempre dominando o cenário político, midiático, econômico e social do país. Um com viés autoritário/estatal, por exemplo, e o outro ou com viés mais ameno ou democrático/apaziguador. “A partilha do espaço político entre dois partidos de esquerda, um moderado, outro radical, de modo a eliminar toda resistência conservadora ao avanço da hegemonia esquerdista e a desviar para a esquerda o quadro inteiro das possibilidades em disputa” (CARVALHO, 2013: 260). “O líder comunista Josef Stalin, que governou a União Soviética de 1920 até a sua morte em 1953 continuou a prática” (Wesley Lima, in “Estratégia das Tesouras” - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/estrategia-das-tesouras-por-wesley-lima.html). Os irmãos siameses, PT e PSDB, são exemplos cristalinos do que vem a ser a “estratégia das tesouras”.

Estruturado - Militante que integra algum órgão de organização subversiva.

Ética - Político falar em ética é, em geral, o mesmo que alguém discorrer sobre a virgindade de vestais grávidas. Não estava de todo errado Michael Corleoni (personagem de Al Pacino em “O Poderoso Chefão”), ao dizer que político e bandido são a mesma coisa. Ele conhecia bem o assunto. Aliás, até hoje o político ateniense Demóstenes procura um homem honesto no Congresso Nacional brasileiro. Haja óleo de baleia para abastecer sua lanterna nessa fútil procura. E nós, que achávamos que esse político ético era o senador Demóstenes Torres...

ETA - Euskadi Ta Askatasuna (Pátria Basca e Liberdade); Euskadi significa “províncias bascas”; em inglês: Basque Fatherland and Liberty. O ETA foi fundado em 31/07/1959 e deseja a criação de um Estado Basco independente na região Norte da Espanha e Sudoeste da França - 3 províncias na França e 4 na Espanha.

ETA-M - ETA Militar: ala extremista do ETA, criada oficialmente em 1974, que ocasionou a morte do Primeiro-Ministro almirante Carrero Blanco (1973), a morte de 13 pessoas no Café Rolando, em Madri (1974) e assassinatos de oficiais da Guarda Civil, na década de 1980. O atentado mais violento do ETA foi em 1980, quando morreram 118 pessoas. Em 1986, um ataque do ETA em Madri matou 12 pessoas e feriu 77, além de danificar 51 veículos e 297 prédios (Juan Manuel Soares, foragido que se entregou na República Dominicana, foi condenado a 1.401 anos de prisão; em 1987, outros 4 militantes do ETA foram condenados a 2.232 anos cada um). Em 14/02/1996, foi assassinado Francisco Tomás y Valente, ex-presidente do Tribunal Constitucional Espanhol. O ETA possuía em torno de 200 membros e já assassinou mais de 800 pessoas, a maioria militares. Durante o Governo Felipe González, o ETA foi combatido pelos Grupos Antiterroristas de Libertação (GAL). Em 1992, foi preso o principal chefe do ETA, Artapolo, na França. Em 1995, o Premier José María Aznar escapou de um atentado que destruiu seu carro blindado e matou o motorista. Em julho de 1996, foi preso Julián Achurra Egurrola “Patoto”, número 3 da cúpula do ETA, que planejava atentar contra a vida do Rei Juan Carlos em agosto de 1995. Em 1997, o ETA executou Miguel Angel Blanco, vereador de Ermua, ocasionando comoção em toda a Espanha. Em março de 1999, foi preso o chefe militar do ETA em Paris, José Javier Kantauri Arizcuren. Em 2011, o ETA declarou que havia se afastado definitivamente do terrorismo. Em 2018, declarou seu próprio fim. Veja GAL.

Ética Militar - “A ética militar considera o conflito como um padrão universal que se encontra presente em toda a natureza, tal como vê a violência permanentemente enraizada na natureza biológica e psicológica do Homem” (HUNTINGTON, 1996: 81). “Existe, todavia, uma esfera distinta de competência militar que é comum a todos os oficiais, ou quase todos, e que os distingue de todos os civis, ou de quase todos. Essa qualidade central encontra sua melhor definição na expressão ‘administração da violência’ de Harold Lasswell. A função de uma força militar é o combate armado bem-sucedido. Os deveres de um oficial das Forças Armadas incluem: (1) organizar, equipar e treinar essa força; (2) planejar suas atividades; e (3) dirigir as operações dentro e fora do combate” (idem, pg. 29-30). “A guerra nada mais é que a continuação da política por outros meios” (General prussiano Carl von Clausewitz). Clausewitz é autor do livro “Vom Kriege” (“Da Guerra”).

Etnonacionalismo - O mesmo que etnocentrismo. Palavra criada pelo norte-americano Walker Connor, professor de Ciências Políticas, autor do livro “Etnonacionalismo”, publicado em 1996. Esse sentimento foi utilizado na América Latina por terroristas marxistas, como o Sendero Luminoso, no Peru, e pelos mapuches, na Argentina e no Chile. “Os sentimentos antimestiços são um ingrediente fundamental das guerras de guerrilha travadas na Guatemala, Nicarágua e no Equador, entre outras regiões” (CARRASCO, 2013: 36). Além de Connor, há outros revisionistas étnicos, como o antropólogo peruano Stefano Varese, autor do livro “Parroquialismo y globalización: las etnicidades indígenas ante el tercer milenio”. Veja Antropólogos da ação, MCI, MRTA, Revisionismo e Utilitarismo.

Eugenia ecológica - O livro de Harrison Brown, “The Challenge of Man’s Future” (“O Desafio do Futuro do Homem”, de 1954), sugere que a superpopulação mundial fosse resolvida de modo semelhante ao projeto nazista: “Desta forma, se poderia esterilizar, ou, por outros meios, desestimular a reprodução por casais de deficientes mentais. Poderíamos ir mais além e tentar expurgar da sociedade, impedindo-as de procriar, pessoas que sofressem graves defeitos físicos hereditários, tais como as formas congênitas de surdez, mudez, cegueira ou falta de membros” (apud DELINGPOLE, 2012: 158). Ainda sobre nazistas e meio ambiente: Hitler aboliu o fumo nos transportes públicos; Goering em 1933 já falava sobre os “direitos dos animais”; em 1935, foi aprovada a Lei de Proteção da Natureza do Reich; defesa dos alimentos orgânicos (obsessão de Himmler) e do vegetarianismo (uma mania de Hitler). Pérola de Brown, em seu livro acima citado: “Se houver uma autoridade mundial com jurisdição para resolver os problemas populacionais, a tarefa de estabelecer níveis máximos de população com base em critérios regionais não será tão difícil quanto possa parecer” (apud DELINGPOLE, 2012: 158). Outro catastrofista ambiental, Paul Ralph Ehrlich, escreveu em 1968 “The Population Bomb” (“A Bomba Populacional”). Chris Packham, na série “Springwatch”, da BBC, defende com obstinação a “retidão ecológica” a respeito do ser humano: “’Vocês não merecem ver esta cena. Esses bichos estariam melhor se vocês não estivessem aqui’. Claro que isso só pode ser minha imaginação, alimentada pelo que leio sobre sua ardorosa defesa do aquecimento causado pelo homem e sua postura um tanto superzelosa. Porém, quando perguntado mais uma vez por Radio Times que animal ele não se importaria em ver extinto, Packham respondeu: ‘Seres humanos. Sem dúvida. É o único’” (apud DELINGPOLE, 2012: 146). Veja ALF, ELF, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT.

Eugenia ideológica - Trata-se do aparelhamento do Estado do “fascismo alegre” promovido pelo petismo. Quando eram noticiadas falcatruas como o mensalão petista e os dossiês (anti-FHC e dos “aloprados”), os petistas logo diziam que era trama da “mídia golpista”. “Golpista é defender a Constituição com a mão direita e tentar fraudá-la com a mão esquerda. Golpista é aparelhar o Estado. Golpista é promover ‘eugenia ideológica’ em órgãos públicos” (AZEVEDO, 2008: 43).

Eugenia tecnológica - Enquanto Hitler queria criar o super-homem por meio da limpeza étnica e da procriação seletiva de arianos sem defeitos físicos ou neurológicos, a eugenia tecnológica do século XXI está criando o mesmo super-homem, usando a engenharia genética, a nanotecnologia, a interface cérebro-computador, de modo que viva pelo menos 1000 anos. Veja Algoritmo, Dataismo, Projeto Gilgamesh e Racismo.

Eurábia - Combinação das palavras “Europa” e “Arábia”. Trata-se da islamização da Europa moderna, motivada, principalmente, pelo “suicídio” daquele continente, onde as pessoas não querem mais ter filhos e abandonaram a religião cristã. “Estudo de uma equipe de sociólogos do EVS mostra que, em 1999, havia 62,1% de católicos e 25,8% de protestantes no continente. Em 2008, data do último relatório, registrou-se queda vertical nas proporções, para 36,7% e 14,5%, respectivamente. (...) Do lado muçulmano, ocorre o contrário. Eles são atualmente 44 milhões (6% da população europeia), depois de um aumento de 14,5 milhões de 1990 a 2010” (in “Europa: queda vertical de católicos e protestantes! Crescem os sem igreja e os muçulmanos!” - Ex-Blog do Cesar Maia, 28/10/2011). Os muçulmanos agradecem esse precioso presente, chucrán! Apesar dos magrebianos terem casa, comida e escola de graça, como é o caso da França, eles não se aculturam e exibem faixas em protestos: “O Islã é a solução”, “O Islã é minha pátria”, “O Islã irá dominar o mundo”. Já existe uma espécie de intifada na França, na Alemanha e na Inglaterra, com incêndios de carros e prédios públicos, e depredações em geral, a qualquer pretexto - com o apoio direto ou indireto dos sheiks nas mesquitas, que vociferam contra os “infiéis”. Deveriam ser deportados, já que cospem no prato em que comem. Veja Jihad.

Euskara - Língua basca, da região dos Pirineus (Espanha e França), de origem desconhecida, que não pertence ao tronco indo-europeu, falada por pouco menos de 1 milhão de pessoas, das quais 80% vivem no lado espanhol. Os bascos ocupam 4 Províncias na Espanha (Viscaya, Álava, Guipúzcoa e Navarra) e 3 Províncias na França (Labourd, Navarre e Soule).

Eusko Gastedi - Ala Jovem do Partido Nacionalista Vasco (PNV) que, junto com o grupo Ekin (Ação), deu origem ao ETA.

Evangelho Social Protestante - Mais uma expressão de pau, com o grudento “social”, que serviu de base para a ideologia do CMI. O missionário Richard Shaull, da Igreja Presbiteriana dos EUA, “que viveu no Brasil de 1952 e 1962, foi o homem-chave na construção da ponte entre o ‘Evangelho Social’ protestante e a Teologia da Libertação, e integrou o que mais tarde ficou conhecido como ‘diálogo marxista-cristão’. (...) Shaull se envolveu na criação e expansão da União Cristã de Estudantes do Brasil (UCEB), da qual foi secretário-geral. Em 1953, a UCEB publicou um pequeno livro intitulado O Cristianismo e a Revolução Social, no qual começa a formular uma ‘teologia da luta revolucionária’. Por intermédio da UCEB, Shaull desenvolveu uma estreita colaboração com um grupo de frades dominicanos em São Paulo, que, mais tarde, acolheriam a luta armada contra o regime militar e se notabilizariam pela relação que mantiveram com Carlos Marighella e a Aliança Libertadora Nacional” (CARRASCO, 2013: 75). Allen Macy Dulles, pai de John Foster Dulles e Allen Welsh Dulles, foi um “teólogo presbiteriano liberal seguidor da teologia do ‘evangelho social’ (Social Gospel)” (Idem, pg. 56). “Durante as Conferências de Paris, esse grupo se reunia privadamente, para dar os últimos retoques para a criação dos pilares do projeto de ‘governo mundial’, estabelecendo uma ‘santíssima trindade’ bastante peculiar: ‘A mãe’: o velho Império Britânico... ‘O filho’: a emergente oligarquia do Eastern Establishment estadunidense... ‘O Espírito Santo’: um movimento missionário protestante anglo-americano, para difundir o evangelho do ‘governo mundial’” (Idem, pg. 56). Veja CMI.

V Exército - Quando o general Amauri Kruel, que era compadre de João Goulart, procurou este para pedir a dissolução do CGT, do PUA, do Fórum Sindical de Debates e outras entidades que estavam parando a nação, com greves e mais greves (no Porto de Santos, 300 embarcações tinham seus produtos apodrecidos), o presidente Jango disse: “‘Eu não posso dissolver essas entidades, porque elas são o meu V Exército’. Na época, só havia os I, II, III e IV Exércitos. Então o general despediu-se e foi embora e todo mundo sabe o que houve em 31 de março: o V Exército não apareceu” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 279).

Exército de Mohammad - Exército de Maomé: grupo terrorista que se responsabilizou pelos atentados no Iêmen contra a Embaixada Britânica, e contra o Contratorpedeiro Cole, da Marinha dos EUA, em 12/10/2000, matando 17 pessoas, em ataque promovido por 2 terroristas suicidas numa lancha de borracha com 220 kg de explosivos.

Exército Vermelho Unido - Movimento político marxista-terrorista, do Japão. No dia 30/05/1972, três terroristas desse grupo assassinaram 24 pessoas e feriram outras 72 (a maioria peregrinos cristãos, de Porto Rico, a caminho de Belém e Jerusalém), no aeroporto de Lod, próximo a Tel-Aviv, em represália à captura de um grupo de terroristas da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), quando em maio de 1972 tentaram sequestrar um avião da Sabena pousado naquele aeroporto (Lod).

Exilados da Capela, Os - É um livro de 1949, de autoria de Edgard Armond, que foi Secretário-Geral da Federação Espírita do Estado de São Paulo. “A obra faz parte de uma trilogia que pretende descrever ‘História Espiritual da Humanidade’, da qual fazem parte ainda os títulos ‘Na Cortina do Tempo’ e ‘Almas Afins’ - Cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Exilados_da_Capela). Leia mais sobre o assunto em https://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/l32.pdf.

Exoterismo - Rito exterior, público, como o das igrejas cristãs. Veja Esoterismo.

Experiência biológica em Cuba - “A dieta era organizada de maneira a provocar doenças carenciais e problemas de metabolismo. Farinha de milho e, às vezes, uma mistura de arroz e macarrão cozidos compunham basicamente nossa alimentação. Calculamos que não chegava a mil calorias diárias. (...) O escorbuto é uma doença carencial pouco frequente. É produzido pela falta de vitamina C e manifesta-se por meio de uma espécie de grãozinhos escuros que vão aparecendo nas pernas e nas coxas. (...) As gengivas ficam inflamadas e se avermelham, sangrando facilmente ao mais leve contato. (...) Os que sabiam perfeitamente o que estavam fazendo e qual seriam as consequências eram os psicólogos do Departamento de Avaliação Psíquica da Polícia Política, diretores da mais ambiciosa e criminosa experiência da qual éramos cobaias e no qual as autoridades depositavam suas esperanças de nos dobrar e nos levar à aceitação da doutrina marxista, nos planos de reabilitação política” (VALLADARES, 1986: 195-196).

Expropriação - Comunista não mata, apenas “faz justiçamento”. Eufemismo que soa bem, assim como o messetê, que não invade terras, apenas “ocupa”. “Expropriação” é uma palavra de pau utilizada com muito sucesso pelos grupos terroristas brasileiros de esquerda, como a ALN de Carlos Lamarca, que não roubou fuzis do Exército, em Osasco, SP, apenas “expropriou”, em nome da luta do povo contra a “burguesia”. Assim, o famoso cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo, não foi roubado no Rio de Janeiro pela VAR-Palmares, grupo terrorista ao qual pertenceu a presidente Dilma Rousseff, apenas foi “expropriado” em nome do povo.

Expurgos - Ondas de repressão na Rússia comunista, como a dos kulaks no início da década de 1930, dos expurgos de Kirov em 1935, dos expurgos militares de 1937-1938.

Eyal - (Hebraico) “Carneiro”: Força Judaica Combatente. Grupo de direita de Israel, facção dissidente do Kach, uma organização fundada pelo rabino Meir Kahane. Yigar Amir, que assassinou Yitzhak Rabin em 04/11/1995, pertencia ao Eyal.

EZLN - Ejército Zapatista de Liberación Nacional: Braço armado do PRD, de tendência maoísta, lançou levantamento armado em Chiapas, México, no dia 01/01/1994, data da entrada em vigor do NAFTA. Teve apoio externo da URNG e de guerrilheiros oriundos de El Salvador, além do apoio interno da OCEZ, ANIEZ, PROCUP e Partido dos Pobres, todos de linha maoísta, exceto o último, de ideologia foquista (cubana). Líderes: Subcomandante “Marcos” (Sebastian Guillén) e “Tacho” (2º homem), Bispo Samuel Ruiz Garcia (Diocese de San Cristóbal de las Casas). Em 01/01/1996, o EZLN anunciou que se convertia em uma Frente (Frente Zapatista de Liberación Nacional - FZLN), abandonaria a luta armada e passaria a atuar pela via política. O nome da organização origina-se de homenagem ao herói revolucionário mexicano, Emiliano Zapata, assassinado em 10/04/1919. No ano de 2000, outros grupos também se mostraram ativos no México: Exército Revolucionário Popular (ERP), Exército Revolucionário Popular Insurreto (ERPI), Forças Armadas Revolucionárias do Povo (FARP), Exército Villista Revolucionário do Povo (EVRP) e Exército Revolucionário Clandestino dos Pobres. Enfim, uma organização de pau criada artificialmente pelos comunistas para se opor à integração econômica da América do Norte (NAFTA). Veja Foro de São Paulo e NAFTA.

Ezz el-Din al-Qassem - (Árabe) Braço armado do Hamás (Movimento de Resistência Palestino). 

 

F

 

“Onde é grande o desejo de aprender, é também grande a necessidade de discutir, de escrever, de ter opinião. Porque a opinião, entre homens de valor, é conhecimento em formação” (John Milton, poeta inglês).

 

Fabian Society - Agremiação socialista inglesa, fundada em Londres em 04/01/1884, de tendência marxista. Deriva-se do nome do general e político do Império Romano, Fabius Cunctator (Fábio, o Contemporizador ou Protelador). A agremiação substituiu a doutrina da “mais-valia” pela da renda socialmente criada que o Estado deveria devolver ao povo na forma de realizações de interesse público. Bernard Shaw e H. G. Wells pertenceram a essa variante de pau socialista. “A Sociedade Fabiana, fundada em 1883 [na verdade, foi em 1884], foi buscar essa designação na política seguida pelo general romano Fabius Maximus, o Cunctator (o Contemporizador) que, contemporizando, desgastou e venceu o grande inimigo de Roma, Aníbal. Os fabianos tiveram grande influência no Partido Trabalhista inglês e preconizam uma tática gradual, pacífica, cautelosa e reformista para atingir os fins do socialismo” (LINDENBERG, 1999: 95 - rodapé). Confira entrevista de Olavo de Carvalho, sobre a matéria, à “História Oral do Exército - 31 Março 1964” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/fabian-society-por-olavo-de-carvalho.html.

Faça amor, não faça guerra! - Frase de pau lançada pelos maconheiros na década de 1970, época da Guerra do Vietnã. Nem Bill Clinton, o queridinho das esquerdas, escapou de fazer sua guerrinha no Kosovo, em 1999, ao mesmo tempo em que fazia sexo na Casa Branca, ao pedir que Monica Lewinsky lhe descascasse o charuto... Veja Guerra da Saia da Monica.

FAI - Federação Anarquista Ibérica: fundada em Valência, Espanha, em 1927. Junto com os comunistas, venceu as eleições na Espanha em 1936, ocasionando o início da Guerra Civil Espanhola, desencadeada pelo general Franco em 18/07/1936.

FAIBRÁS - Contingente brasileiro, de 1.200 homens, que participou da Força Interamericana de Paz (FIP), criada pela OEA para intervir na crise política da República Dominicana (1965-1966). Composto por tropas do Exército Brasileiro (1º Batalhão do Regimento Escola de Infantaria - REI) e do Corpo de Fuzileiros Navais (01 Cia Fzo Nav), com rodízio, num total de 3.000 homens.

Fake news - “Notícias falsas”. Praga que cresce exponencialmente nas redes sociais, independente de as pessoas terem perfis de esquerda ou de direita. Em 1919, uma CPMI foi instalada no Congresso Nacional para apurar possíveis fraudes (fake news) durante a campanha da eleição presidencial, em 2018, além de apurar assédio virtual nas redes sociais, mas que apenas fez um enorme esforço para pescar na rede o Presidente Jair Messias Bolsonaro e peixinhos miúdos (apoiadores), sem sucesso. Partidos de oposição querem que o TSE casse o mandato de Jair Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão, em função das fake news emitidas durante sua campanha presidencial. Em março de 2019, o então presidente do STF, Dias Toffoli, abriu inquérito para apurar “notícias fraudulentas”, que ficou conhecido como “inquérito das fake news”. Entre os alvos, estavam Roberto Jefferson, Luciano Hang, Allan dos Santos (do Terça Livre), Sara Giromini (que foi presa), e que tiveram seus perfis bloqueados no Twitter. A revista Crusoé e o site O Antagonista foram censurados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Cfr. o assunto em https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/27/inquerito-do-stf-que-investiga-fake-news-veja-perguntas-e-respostas.ghtml. Em 21/04/2020, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para apurar “manifestações antidemocráticas” contra o Congresso Nacional, o STF e de apoio a uma intervenção militar do tipo AI-5 - cfr. o assunto em https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/06/15/entenda-inquerito-do-stf-sobre-manifestacoes-antidemocraticas.ghtml. O objetivo desses inquéritos, prolongados ad aeternum, tem como único objetivo manter pressão contra o Presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, para gáudio da Mídia Antifa, de modo que fritem lentamente no óleo dos tachos do STF. O mesmo se pode dizer sobre a CPI da Pandemia (Covid-19) criada no Senado, em 13/04/2021, para garantir um pouco mais de lenha e fogo para fritar Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, além de outras autoridades do Governo Federal. “Apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o documento estipula que essa comissão parlamentar de inquérito investigará ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde no estado do Amazonas no começo do ano. Entretanto, o presidente do Senado decidiu apensar ao requerimento de Randolfe outro requerimento de criação de CPI, do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), para investigar a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à pandemia, o que amplia o escopo do colegiado” (https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/04/13/senado-cria-cpi-da-covid). O circo está armado no Senado, em plena pandemia, enquanto ficam ad kalendas graecas a discussão e aprovação de leis ou PECs importantes que a população clama há anos, como prisão para condenados em segunda instância, fim do foro privilegiado e diminuição da maioridade penal para 16 ou até 14 anos.

Falácia do espantalho - Ou “homem de palha”, é uma prática comum usada em debates, para desqualificar o adversário. A falácia do espantalho consiste em deturpar um argumento e assim utilizá-lo para atacar o interlocutor. Exemplo: Maria: É preciso repensar a política de combate às drogas. Pedro: Lá vem esse pessoal dizer que o melhor é liberar as drogas. Maria afirma que é preciso repensar o modo com que se luta contra os entorpecentes. Pedro, porém, já interpreta o argumento como se ela tivesse dito que o melhor seria liberar qualquer tipo de substância ilícita. Se uma pessoa desconhece a fala de Maria, pensará que ela defende a liberação das drogas, algo que em nenhum momento foi dito por ela (in “Falácia”, de Juliana Bezerra - cfr. em https://www.todamateria.com.br/falacia/#:~:text=A%20fal%C3%A1cia%20do%20espantalho%20consiste,lo%20para%20atacar%20o%20interlocutor).

Falácia do Motivo - “Trata-se da falsa noção, que se pode comprovar, de que se você tem um interesse particular (financeiro ou outro qualquer) em emitir uma opinião isso automaticamente a torna falsa” (DELINGPOLDE, 2012: 70).

Falácia socialista - “Países subdesenvolvidos são sugados pelos países imperialistas”. Essa afirmação de pau não se sustenta, como afirma o pensador brasileiro José Osvaldo de Meira Penna, porque pode-se provar que a pobreza de uns não é devido à exploração de outros: “A Suíça, a Suécia e a Noruega, países ricos, nunca tiveram colônias; a Bélgica e a Holanda se tornaram ricos após a II Guerra Mundial, quando haviam perdido suas colônias (Congo e Indonésia); Portugal é o país mais pobre da Europa, embora tivesse mantido por mais tempo extensos territórios coloniais; os países mais pobres da África são justamente os que nunca foram colonizados: Libéria e Etiópia” (Meira Penna, in “O Evangelho Segundo Marx”). Pode-se acrescentar, ainda, que na África do Sul, se nunca tivesse sido colonizada pelos europeus, Nelson Mandela, príncipe da etnia xhosa, nunca teria se formado em Direito, nem governado o país. Talvez tivesse morrido ao empunhar o tacape e trocar zarabatanadas com seus rivais zulus, especialmente Mangosuthu Buthelezi. O Brasil, igualmente, sem a colonização europeia, teria hoje o progresso de tupis, guaranis, tapuias, botocudos, caetés, pataxós, bororós, terenas - aí incluída a culinária canibalesca.

Falácias econômicas - O livro “Falácias econômicas - Livre comércio causa desemprego”, de Geoffrey Wood, derruba mitos esquerdistas relativos à atividade econômica, tais como: Cambistas são nocivos e perversos e devem ser reprimidos por lei; Um país não deve cortar suas tarifas a não ser que outros também o façam; A especulação cambial deve ser proibida; O livre comércio deve ser justo; O livre comércio causa desemprego; Elevar as taxas de juros causa inflação; Taxas de juros são prejudiciais à economia e o governo deveria reduzi-las imediatamente; Aumento de preços acima da inflação são condenáveis; O governo pode decidir quem paga um imposto; A mobilidade internacional do capital aumentou e por isso os governos têm pouco controle sobre a atividade econômica; Os bancos centrais são capazes de controlar as taxas reais de juros; Eliminando-se o intermediário o preço diminui; etc.

Falange Pátria Nova - Grupo terrorista que assumiu atentados a bomba contra bancas de jornal em Belém, PA, em 30/04/1981 (nessa mesma noite, ocorreu o Caso Riocentro). Veja Caso Riocentro.

FALN - 1. Forças Armadas de Libertação Nacional: depois da Frente Popular de Libertação (FPL), as FALN foram outro plano quixotesco de Leonel Brizola para levar a revolução ao Brasil, para derrubar os militares. O plano previa um movimento (coluna) que sairia do Rio Grande do Sul, sob comando do ex-coronel do Exército, Jefferson Cardim Osório, para juntar-se no Mato Grosso com outra coluna que viria da Bolívia, sob comando do ex-coronel da Aeronáutica, Emanuel Nicoll. Os comandados do Cel Jefferson assaltaram alguns postos policiais da Brigada Militar, levando um automóvel, fardamentos e munição, além de um assalto ao Banco do Brasil; atravessaram Santa Catarina e penetraram no Paraná; no município de Leônidas Marques, no dia 27/03/1965, os rebeldes prepararam uma emboscada a uma viatura do Exército, porém foram repelidos pelos militares, fugindo para o mato e depois capturados; na operação, morreu o 3º sargento Carlos Argemiro Camargo. O ex-sargento da Brigada Militar, Albery Vieira dos Santos, um dos integrantes das FALN, declarou em 1978 que o dinheiro para financiar a operação - 1 milhão de dólares - havia sido conseguido em Cuba e levado a Brizola por Darcy Ribeiro e Paulo Schilling; em fevereiro de 1979, Albery foi misteriosamente assassinado. O Cel Jefferson só veio a falecer em 1995, embora o livro “A Esquerda Armada no Brasil” (título original de “Los Subversivos”, editado pela Casa de las Americas, de Havana) afirme que o Cel Jefferson foi torturado até a morte, em 1971. 2. Força Armada de Libertação Nacional: originalmente, foi criada em 1967 por Wanderley Caixe, em Ribeirão Preto, SP, como sendo a Frente de Libertação Nacional. Chegou a ter 80 militantes, entre os quais Áurea Moretti e Maurina Borges Silveira, madre superiora do Lar Santana, e 6 padres do “clero progressista”. 3. Fuerzas Armadas de Liberación Nacional: a maior organização terrorista comunista da Venezuela, originou-se da tática de Fidel Castro em exportar a Revolução Cubana ao país. Seus líderes eram ativistas comunistas, como o senador Pompeo Marques, e as “tropas” eram recrutadas entre os universitários, muitos de famílias que fizeram fortuna no governo corrupto de Pérez Jiménez. Elementos da Guarda Nacional eram assassinados, bancos eram assaltados, instalações petrolíferas dos EUA foram destruídas e edifícios de propriedade de americanos foram incendiados. Em fevereiro de 1963, as FALN capturaram o cargueiro Anzoategui, levando-o ao Brasil. O terror das FALN foi reprovado pelo povo venezuelano e o apelo comunista não obteve êxito no campo, onde o governo Betancourt havia assentado, em 1963, mais de 60.000 famílias (mais ou menos 250.000 pessoas), dentro de um conceito de “reforma agrária integrada”, que compreendia crédito rural, assistência técnica, habitação, eletrificação e estradas. A última cartada de Fidel Castro foi o envio, em 1963, de 3 toneladas de armas, desembarcadas clandestinamente na costa do Estado de Falcón, para que as FALN dessem o bote final contra o governo da Venezuela, o que seria o “Plano Caracas”, que previa mais de 600 comandos das FALN, organizadas em brigadas de choque para ocupar pontos estratégicos da capital, assassinar o presidente Rómulo Betancourt e outras autoridades e declarar-se o novo governo. Pescadores venezuelanos descobriram o esconderijo das armas e avisaram as autoridades do país. Uma investigação da OEA apurou que as armas eram provenientes de Cuba. Mesmo sob a ameaça de as FALN matar quem fosse votar em 01/12/1963, 90% dos eleitores alistados compareceram às eleições, mostrando seu repúdio ao terrorismo. 4. Fuerzas Armadas de Liberación Nacional Puertorriqueña (Forças Armadas de Libertação Nacional de Porto Rico), criadas em 1960 e dirigidas por Filiberto Ojeda Ríos. Foi responsável por mais de 120 atentados a bomba contra alvos norte-americanos no país, no período de 1974 a 1983. Veja Brizoleone, MNR, Operação Três Passos e RAN.

Falsificação de Pankov - Os quadros subversivos do Instituto 631, além da rede clandestina no mundo inteiro, falsificavam dinheiro e documentos em Pankov, distrito da então Berlim Oriental (o escritório central do Instituto 631 ficava em Moscou). Agentes soviéticos ludibriaram, durante algum tempo, as Forças Armadas da Alemanha Ocidental, forjando ordens de convocação e desmobilização. Veja Instituto 631.

Falun Gong - Seita religiosa da China, reprimida violentamente pelo Governo comunista e tornada ilegal em abril de 1999. A seita combina exercícios respiratórios com filosofia budista, taoísta e cristã.

Fanatismo religioso - Existente, hoje em dia, entre muçulmanos radicais mundo a fora e entre evangélicos que no Brasil - imitando os talibãs - se especializaram em quebrar estátuas de Nossa Senhora ou de santos, ou dando “chute na Santa”, Padroeira do Brasil, no dia 12/10/1995, em programa ao vivo da TV Record, da Igreja Universal do Reino de Deus - caso do bispo Sérgio von Helder. Leia, de minha autoria, “Nossa Senhora Aparecida e a Intolerância dos Talibãs Evangélicos” em http://www.sacralidade.com/igreja2008/0259.universal.html. Infelizmente, o Geledés comete o mesmo erro dos protestantes, quando diz, em comentário a um texto de minha autoria (https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2014/06/Mapa_da_intolerancia_religiosa.pdf), que “não há dúvidas que o uso de imagens e a adoração aos santos são um dos grandes elementos divisores entre a prática católica e a prática protestante/evangélica em nosso país”. Uma deslavada mentira, de que os católicos “adoram os santos”. Eles apenas os “veneram”.

FAP - 1. Frente Armada Popular: grupo de Brasília, influenciado pelas ideias do grego Konstantin Synodinos, pregava ensinamentos marxistas e antissemitas. O grupo foi desbaratado em 1967. 2. Fuerzas Armadas Peronistas (Argentina): de inspiração cubana, gerado em 1968 a partir do Movimento Revolucionário Peronista (MRP) e da Juventude Revolucionária Peronista (JRP). Veja Montoneros.

FAPLA - Forças Armadas Populares de Libertação de Angola: militares treinados por pessoal de Cuba e da URSS. Era composta pelo EPA (Exército), MGPA (Marinha), FAPA (Força Aérea), TGFA (Guarda de Fronteira) e DDP (Milícia).

FAR - Fuerzas Armadas Revolucionarias (Cuba). Forças de Defesa de Cuba, tem efetivo de 185.000 homens, sendo 80.000 de recrutamento forçado.

FARB - 1. Frente de Ação Revolucionária Brasileira: “A Frente de Ação Revolucionária Brasileira foi o nome dado a um grupo de cinco estudantes da UEE/SP, José Augusto Bauer, Newton Camargo Rosa, Giovanni Jesus Gomes, Adalberto Garcês e Paulo Antonio Guerra, que não concordava com a orientação que a AP imprimia à UEE/SP” (“ORVIL”, pg. 323). 2. Frente de Ação Revolucionária Brasileira: responsabilizou-se pela morte do Prefeito petista de Santo André, Celso Daniel, ocorrida no dia 20/01/2002, e emitiu o seguinte texto (extraído do site FARB, transcrito de TERRA NOTÍCIAS): "Nós da FARB (Frente de Ação Revolucionária Brasileira) queremos deixar claro que não somos terroristas, só queremos uma sociedade mais justa, onde todas as pessoas sejam tratadas igualmente, e faremos de tudo para atingirmos nossa meta. A FARB existe desde 1998, onde foi fundada na Grande São Paulo. Tudo começou em uma discussão política e já estávamos cansados de ver toda aquela corrupção que existia nesse meio, pessoas que roubavam o povo, fato que não iremos tolerar mais, com todos unidos conseguiremos mudar o nosso país, sabendo que isso é um processo lento, mas sabemos de nossas condições e iremos conseguir. Uma das maiores tristezas para a gente foi ver o PT - Partido dos Trabalhadores, um dos poucos partidos que buscava mudanças sociais amplas, mudar escandalosamente sua ideologia, só para atingir o poder mais facilmente, fato que repugnamos e não iremos aceitar. Eles mentiram para o povo, eles traíram o povo, eles agora querem se aliar a centro-direita de nossa nação e ajudá-los a vender nosso Brasil, isso vocês não irão conseguir, iremos lutar com todas as nossas forças para vocês não atingirem seus objetivos, nem que isso custe a nossa vida. Hoje somos mais de 50 pessoas, prontas para mudar essa situação, o primeiro grande passo foi dado, tentamos fazer com que o ex-prefeito de Campinas Toninho do PT nos ouvisse, mas ele não quis e tivemos que agir, só queríamos debater o que estava havendo com sua ideologia, mas ele não nos deu atenção e isso foi a gota d’água para nós. Nós agimos mesmo antes de assassinarmos Toninho do PT com crimes políticos locais, mas agora saímos da escuridão e iremos agir, não importando como, mas atingiremos nossos objetivos. Outros militantes TRAIDORES de partidos de esquerda que estiverem saindo da linha e querendo buscar apoio de partidos de centro direita também irão sofrer as consequências mais duras possíveis. Políticos Safados, Falsos Sindicalistas, Policiais Corruptos, Grandes Senhores Industriais Repugnantes e Comerciantes Indolentes se preparem, a sua vida, de seus familiares e de suas corporações correm perigo! Juntem-se a nós, ou sofram as consequências. Uma nova era já começou. Crimes sem precedentes irão acontecer, se preparem! Cúpula da FARB - Frente de Ação Revolucionária Brasileira - Santo André - São Paulo". Como alguns dos criminosos do “Caso Celso Daniel” já foram presos, sem ligação com qualquer grupo terrorista, os comunicados das FARB na internet provavelmente são apenas uma ação de hackers. 3. Forças Armadas Revolucionárias do Brasil: assim como a Frente de Ação Revolucionária Brasileira, também assumiu o atentado terrorista (sequestro seguido de morte) de Celso Daniel. No dia 22/01/2002, a Polícia de São Paulo prendeu Vanildo Rossi Moretti, que distribuía cópias de uma carta da autodenominada Forças Armadas Revolucionárias Brasileiras. Vanildo afirmou que não tem ligação direta com as FARB, foi filiado ao PT entre 1983 e 2001, e que simpatiza com o Partido Verde, e que apenas distribuía os panfletos por simpatia, por entender a necessidade de um movimento revolucionário no País. Em 2001, Aloísio Mercadante e pelo menos 15 prefeitos do PT, entre eles Marta Suplicy (São Paulo) e Celso Daniel (Santo André) receberam e-mail das FARB, de um provedor de Santos, SP, com ameaças de morte. Provavelmente, as mensagens devem ter sido também uma ação de hackers.

FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colômbia: inicialmente apoiadas pela antiga União Soviética, as FARC se estabeleceram em 1966 como braço armado do Partido Comunista Colombiano. “A guerrilha colombiana, malgrado seus antecedentes no período de La Violência, emerge sob a égide da Revolução Cubana no início da década de 1960” (LEONGÓMVEZ, 2006: 34). “As drogas ilícitas exercem na Colômbia o mesmo papel dos ‘diamantes ensanguentados’ em Angola e Serra Leoa: são o ‘combustível da guerra’, não necessariamente sua motivação” (idem, pg. 51).  Os ataques armados visam alvos militares e políticos do país. As FARC e o ELN já ocasionaram a morte de mais de 30.000 pessoas na Colômbia. As FARC são também conhecidas como Fuerzas Armadas Revolucionárias de Colombia - Ejército del Pueblo (FARC-EP). Possuem uma facção, a FAD (Frente Amazônica nos Departamentos). No dia 22/09/2000, foi preso no Brasil (Foz do Iguaçu) o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, o que gerou protestos de representantes do MTNM (Vitória Grabois), do PCB (Zuleide Faria de Mello), do MST (Anselmo Joaquim), da CUT (Antônio Carlos de Carvalho) e da UNE (Vladimir Morcilo), sendo libertado pouco tempo depois. Em janeiro de 2001, representantes das FARC participaram do Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, RS, com apoio dos governos petistas estadual e municipal. Em 01/03/2008, o Exército Colombiano matou Raúl Reyes, o segundo em comando das FARC, em território equatoriano, o que gerou atrito com o Equador e a Venezuela. Nos computadores de Reyes foram encontrados arquivos que provaram a íntima ligação das FARC com os governos de Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador), além de notórios petistas, como Gilberto Carvalho e Marco Aurélio Garcia. Em 26/03/2008, morreu Manuel Marulanda Vélez, o “Tirofijo” (Tiro Certeiro), codinome de Pedro Antonio Marin, um dos fundadores das FARC. Até o início do ano 2000, as FARC já haviam matado 70 pastores evangélicos e, segundo seu porta-voz, Mono Jojoy, vão matar ainda todos os outros. Em 2010, Jojoy morreu em combate junto com outros 20 guerrilheiros. Na Colômbia, a violência não é recente, nem exclusiva das FARC e do ELN: de 1948 a 1958, 200.000 pessoas morreram na Colômbia devido à violência civil (La Violência). Segundo o Alto Comissariado para Refugiados da ONU, há entre 450.000 e 1,6 milhão de pessoas deslocadas internamente na Colômbia devido à guerrilha, dos quais uns 60% recebem ajuda humanitária, especialmente de ONGs. A imigração para países vizinhos - principalmente Venezuela, Equador e Panamá - é inferior ao deslocamento interno. As FARC têm comprado armas de traficantes de drogas brasileiros, a exemplo de Fernandinho Beira-Mar, como apurou uma CPI, em 2000: AK-47, HK-91 (G3), A-3, AR-15, fuzis Dragunov e Galil, metralhadoras calibre .50, lança-granadas 40mm e Gr-90, além de mísseis portáteis terra-ar, como o AS-14 e AS-16 russos, o Redeye dos EUA e mísseis Stinger da Síria. A CPI relacionou o envolvimento com as FARC de 827 funcionários brasileiros, como legisladores, magistrados, ministros, presidentes de bancos e policiais. Como de costume, ninguém sofreu sanção penal em nossa República Federativa dos Bandidos. O livro de memórias “Não há silêncio que não se acabe”, da ex-candidata a presidente da Colômbia, Ingrid Betancourt, retrata sua vida de sequestrada das FARC. O diário-testemunho de um fugitivo das FARC, “Jhony”, que teve sua mãe assassinada por vingança, foi entregue ao general Alvaro Valencia Toyar e registrado em livro. Em 24/08/2016, após um conflito de 5 décadas e cerca de 220.000 mortes e 80.000 desaparecidos, as FARC assinaram um acordo de paz em Havana. O pacto rendeu um Nobel da Paz ao então presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. Em 2017, cerca de 7.000 integrantes das FARC entregaram cerca de 8.000 armas à ONU e criaram um partido político, Força Alternativa Revolucionária do Comum. Em 2019, sob a liderança de Iván Márquez, foi anunciado que as FARC continuarão a luta contra a “oligarquia excludente e corrupta”. Veja Bogotazo, Dossiê das FARC e La violência.

Farclândia - O “país das FARC” foi uma zona desmilitarizada, de 42.000 km², controlada pelas FARC durante o governo de Andrés Pastrana, que concordou em retirar as tropas federais de uma área onde atuavam as FARC para dar início a um processo de paz. Pastrana desejava também conceder uma área liberada ao ELN, porém a população do Departamento de Bolívar foi contra a concessão de área nessa região ao ELN. Em 2002, durante o governo de Álvaro Uribe, o Exército Colombiano iniciou a retomada da Farclândia, já que os dirigentes das FARC não aceitaram o reinício das conversações de paz. Veja Dossiê das FARC e FARC.

Fardo do homem branco - Expressão criada por Rudyard Kipling, escritor britânico nascido na Índia, em poema de 1899: “Assume o fardo do Homem Branco/Envia teus melhores filhos/Vão, condenem seus filhos ao exílio/Para servirem aos seus cativos”. Exprimia o sentimento de superioridade dos britânicos, que se sentiam na obrigação de civilizar o mundo.

Fase totêmica de Lênin - “No seu gabinete de trabalho era visto, como um feitiço, um gorila de bronze sustendo nas mãos uma caveira humana” (PEREIRA, 2003: 89).  “Na fase ‘totêmica’, os animais e vegetais facilmente são concebidos como se transformando uns aos outros. (...) Essa doutrina, que preconiza a crueldade impiedosa, como sendo o dínamo do progresso humano, está de tal modo erigida em ‘totem’ do comunismo, que telegramas recentíssimos anunciavam ao mundo civilizado estupefato, que se estava perpetrando, na Rússia, o sacrilégio de ‘experiências’ inumanas com o fito de demonstrar, in anima nobile, a possibilidade de transformação das espécies! De fato, os ‘cientistas’ soviéticos entregam-se, em nossos dias, à tarefa de realizar o contubérnio macabro da mulher com o chimpanzé!!!” (idem, pg. 97).

Fasci di Combattimento - (Italiano) “Esquadrões do Fascismo”, de Benito Mussolini: a roupa foi inspirada nos “homens de jaqueta de couro negro” de Lênin, os revolucionários de primeira hora da Revolução Russa, que saíam diariamente à rua para colar cartazes nos muros e postes, e impor a nova ordem vigente. Os onagros (comunistas e fascistas) se copiam. Veja Fascismo.

Fascismo - Ideologia totalitária ocorrida na Itália sob a ditadura de Benito Mussolini. Em 1919, Mussolini organizou os Fasci di Combattimento (Combatentes do Fascio - machado rodeado de varas, símbolo da autoridade no Império Romano) e as Esquadras de Ação, movimentos nacionalistas, antiliberais e antissocialistas. “O fascismo é o sistema de governo que carteliza o setor privado, planeja centralizadamente a economia subsidiando grandes empresários com boas conexões políticas, exalta o poder estatal como sendo a fonte de toda a ordem, nega direitos e liberdades fundamentais aos indivíduos e torna o poder executivo o senhor irrestrito da sociedade” (Lew Rockwell, in “O que realmente é o fascismo” - http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1343). “Em 23 de março de 1919, Mussolini e seus amigos sindicalistas fundaram um novo partido. O programa era uma tomada parcial do capital financeiro, o controle do resto da economia por conselhos econômicos corporativos, o confisco de terras da Igreja, reforma agrária e a abolição da monarquia e do Senado. (...) Isso o tornou um nacionalista não apenas na tradição esquerdo-romântica de Mazzini, mas na tradição gananciosa dos antigos romanos, cujas ‘fasces’ transformadas em insígnia radical na Revolução Francesa passaram a ser, segundo ele achava, um símbolo útil, assim como Lênin havia escolhido a foice e o martelo dos antigos sociais-democratas. (...) Em 1919, o fracasso econômico de Lênin tinha afastado Mussolini da expropriação cabal da indústria. Ele agora queria usar e explorar o capitalismo muito mais do que destruí-lo. Mas seria, no entanto, uma revolução radical a que ele faria, baseada na ‘vanguard élite’ do pré-guerra do marxismo e do sindicalismo (o governo dos trabalhadores), que permaneceria até a sua morte como o mais importante elemento na sua política. (...) Parafraseando Marx, ele se empenhou em ‘fazer história e não tolerá-la’. Uma outra de suas citações favoritas era ‘vivre, ce n’est pas calculer, c’est agir’. Esse vocabulário era semelhante ao de Lênin, abundante em imagística militar e verbos fortes e violentos. Como Lênin, Mussolini ficava aflito para que a história acontecesse rapidamente - ‘velocizzare Italia’, diziam os futuristas de Marinetti. (...) Havia muitos mitos poéticos a seguir: o mito nacionalista do século XIX, de Garibaldi e Mazzini, o mito da ‘Realpolitik’ de Maquiavel (outro dos autores favoritos de Mussolini) e ainda o mito mais remoto da Roma e seu império, que esperava que fosse despertado de seu longo sono para marchar com suas legiões” (JOHNSON, 1994: 76-77). Na concepção de Mussolini, o Estado é corporativista e representa os interesses de todas as classes sociais. Em outubro de 1922, Mussolini organiza a marcha sobre Roma, ocupa a capital e se proclama Primeiro-Ministro. O Grande Conselho Fascista transformou-se num órgão do Estado, e os camisas-negras foram legalizados, trazendo ameaças para as eleições de abril de 1924, que resultaram numa maioria fascista. Em 1924, Giacomo Matteotti, o mais intransigente dos deputados de oposição, foi assassinado, colocando um fim nas ilusões de Mussolini, que queria permanecer no poder sendo reverenciado e amado. O início do terror fascista começou depois de um discurso de Mussolini, em janeiro de 1925: os jornais de oposição foram banidos, os líderes de oposição foram presos numa ilha, dentro da máxima: “Tudo para o Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado”. Foi adotada uma série de “leis fascistas”, algumas constitucionais, algumas punitivas, outras positivas, sendo as últimas as Leggi di riforma sociale, expressando a existência de um Estado corporativo. Em dezembro de 1925, Mussolini assume todos os poderes de chefe de Estado e se proclama o Duce. Mussolini definiu o Fascismo como “uma democracia autoritária, concentrada, organizada de forma nacional” (Mussolini, in “Opera Omnia”, XXIX, 2). Movimentos fascistas ocorriam em toda a Europa em meados de 1920. Em 1923, o regime camponês búlgaro de Aleksandr Stamboliski, praticante do “comunismo agrário”, foi derrubado por um putsch fascista. Com ambições expansionistas, Mussolini converte a Albânia em protetorado italiano. Na II Guerra Mundial, fica do lado dos nazistas e, em 1945, é morto por tropas da resistência, ao lado de sua amante, Clara Petacci. Junto com o Nazismo, o Fascismo teve reflexo no Brasil, seja dentro do governo getulista, seja junto ao integralismo. Tanto o fascismo quanto o nazismo foram tão satanizados pelos socialistas, em bem-sucedida campanha midiática mundial, de modo que hoje não passam de fantoches que são chacoalhados em público para meter medo na população. “O fascismo é o estágio atingido depois que o comunismo se revela uma ilusão, conforme aconteceu na Rússia stalinista, como na Alemanha pré-hitlerista” (P. Drucker, apud HAYEK, 1990: 51). “Desde 1944, ano em que foi publicado “The Road to Serfdom” [“O Caminho da Servidão”], de Friedrich von Hayek, o mundo sabe que o fascismo jamais foi uma reação contra o socialismo, mas ambos têm raízes comuns no planejamento econômico centralizado no Estado e no poder deste sobre os indivíduos. Por mais que as esquerdas acusem os liberais e conservadores de fascistas, como os idiotas na frente do Clube Militar, a história demonstra que o fascismo e sua versão nazista e o comunismo são gêmeos univitelinos, separados apenas por conveniência propagandística de Stalin após a traição de Hitler ao romper o pacto Molotov-Ribbentropp e invadir a URSS em 1941” (Heitor de Paola, in “1933-1945: Os (verdadeiros) anos de chumbo!”). Assim, satanizar o fascismo e o nazismo passou a ser um precioso álibi para quem defende uma ideologia funesta que matou 110 milhões de pessoas no século XX: o comunismo. Prova disso são as dezenas de filmes sobre o nazismo e nenhum sobre as ossadas de Pol Pot, a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, os gulags de Stálin e os campos de “reeducação” para homossexuais em Cuba. “Bolchevismo e fascismo são duas pseudoalvoradas; não trazem a manhã do amanhã, mas a de um arcaico dia, já usado uma ou muitas vezes; são primitivismo. E assim serão todos os movimentos que incorram na ingenuidade de entabular um pugilato com qualquer parte do passado, em vez de digeri-lo” (GASSET, 2006: 118). Com a ascensão do petismo no Brasil, um novo fascismo, o “fascismo alegre”, está perfeitamente representado na máquina administrativa e nos meios culturais, com a incubadora de “balillas” nos acampamentos dos sem-terra, além da cooptação de todos os setores da sociedade, que gravitam “alegres” em torno do Governo Central, a exemplo das falanges sindicais (CUT, Força Sindical), estudantis (UNE, UBES) e rurais (MST) - além do lumpenproletariat arrebanhado pelo Bolsa-Família, forma moderna de voto de cabresto -, os quais recebiam vultosas somas de dinheiro público durante os governos de FHC e do PT. Durante o governo do PT, até empresários da FIESP se apresentavam como “socialistas”, para abocanhar um bom naco do Estado. “No Brasil, como na Rússia e em outros países ainda em fase de transição para a modernidade, podemos apontar para o caráter claramente ‘fascista’, isto é, autoritário, estatizante, nacionalista, sebastianista e reacionário, da esquerda” (PENNA, 1994: 160). O modelo patrimonialista do Estado “Maria Candelária” é utilizado por velhos caciques como tradição e pela esquerda como ideologia. Depois da Proclamação da República, ocorrida no dia 15 de novembro de 1889, Rui Barbosa, Quintino Bocaiúva, Francisco Glicério foram promovidos a general, com direito ao soldo correspondente. “O monarquista Eduardo Prado reagiu com ironia: ‘O Quinze de Novembro não foi, portanto, um ato heroico; foi um bom negócio’” (apud GOMES, 2013: 326). Leia “As origens do fascismo: violência, descontentamento e medo”, de Vanessa Corrêa, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/as-origens-do-fascismo-violencia.html.

Fascismo alegre - Trata-se do fascismo brasileiro, de tempero gramscista, consolidado pelo sucessor de FHC, que eu chamo de gay fascism - obviamente, sendo a palavra gay apenas “alegre”. Nesse modelo, não existe oposição e todos os setores da sociedade, inclusive empresários, estão “alegremente” (gay) cooptados com as benesses do Poder Central. “O ‘pensamento’ de Marx (e de seus seguidores) continua a causar estragos e até a apresentar-se como ‘hegemônico’, sobremodo em algumas partes da descarnada América Latina. É puro ‘non-sense’. Mas pelo menos no Brasil é inquestionável a supremacia da dogmática marxista, pois o país tornou-se o espaço vital onde milhares e milhares de militantes esquerdistas, comandados por uma máquina bem-azeitada e nutrida o mais das vezes nos fundos públicos (subtraídos a muque do bolso do trabalhador e dos empresários contribuintes), atuam sistemática e proficuamente nas cátedras, parlamentos, púlpitos, quartéis, mídias, associações civis e militares, sindicatos, prisões, palcos, telas e até nos prostíbulos, com o objetivo único e irreversível de ‘socializar’ a nação” (PONTES, 2003: 42-43). “Na medida em que crescem, de forma galopante, as escorchantes tributações sobre os bens privados, do trabalhador e dos empresários, aumenta em proporção geométrica o número dos ‘excluídos’, pois uma coisa decorre da outra: é o Estado (com suas elites, suas agências, instituições e burocracia em geral) que se apropria, por força da violência legal (e da inércia ou ignorância da população), da riqueza produzida pela sociedade para usufruto diuturno de privilégios” (idem, pg. 43). No Brasil, “os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e os ‘aparelhos’ urbanos pelas vias democráticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros do governo, ecologistas, professores, comentaristas da mídia, e outros transformaram-se simplesmente em líderes religiosos e integrantes ativos das ONGs, constituídas por vasto contingente de ‘intelectuais orgânicos’ muito bem remunerados com recursos do próprio governo e de grupos e empresas internacionais. A estratégia ‘democraticamente’ adotada para tornar o Brasil uma ‘República Popular Socialista’ é a da ‘revolução passiva’, extraída dos ‘Cadernos do Cárcere’ de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do Comitê Central do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente das teses revolucionárias de Lênin e pregava a tomada do poder pela ação ‘hegemônica’ dos intelectuais infiltrados no aparelho do Estado e suas instituições” (idem, pg. 57). “O mercado não dá a menor bola para esse tipo de debate. Ele não quer saber qual é a ideologia do petismo. A sua pergunta sempre será a seguinte: o modelo rende? Rende. Então tudo está no seu devido lugar” (AZEVEDO, 2008: 138). “Somos mais governados pelo PT que não vemos do que por aquele que vemos. (...) A mina de ouro está nas diretorias e nos milhares de cargos das estatais. É aí que está alojado o PT. É por isso que eles lamentam tanto as privatizações do governo FHC. Imaginem se essa gente tivesse, por exemplo, a Telebrás nas mãos: 27 presidências regionais, mais os milhares de cargos de confiança. Mais a Vale, a CSN, a Embraer...” (idem, pg. 124-125). “O conceito fundamental da ciência social é o poder, da mesma forma que a energia é o conceito da física” (Bertrand Russell). “O poder é por sua própria natureza expansivo, não podendo deter-se senão ao chocar-se com outro poder mais forte” (Aldous Huxley).

Fascismo de esquerda - O livro “Fascismo de Esquerda - A história secreta do esquerdismo americano”, de Jonah Goldberg, prova que os ensinamentos de Benito Mussolini continuam sendo acolhidos em protestos, discussões políticas e ações de muitos governos - especialmente os de esquerda. “Os políticos à esquerda, justamente os que mais costumam colar o adjetivo ‘fascista’ na testa dos outros, seriam os primeiros adeptos dessa nova expressão da ideologia. Para Goldberg, isso acontece porque eles nutrem uma crença maior nos direitos e poderes do Estado. ‘O que os une são seus impulsos emocionais ou instintivos, tais como a busca pelo ‘comunitário’, a exortação para se ir ‘além’ da política, uma fé na perfectibilidade do homem e na autoridade dos especialistas e uma obsessão com a estética da juventude, o culto da ação e a necessidade de um estado todo-poderosos para coordenar a sociedade no plano nacional ou global’, diz Goldberg” (Rodrigo Constantino - https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/artigos/fascismo-de-esquerda/). Segundo o Amazon, Fascismo de esquerda oferece uma perspectiva nova e impressionante sobre as teorias e práticas que definem o fascismo. Jonah Goldberg analisa as figuras míticas de Hitler e Mussolini e conclui que, ao contrário do que pensamos, liberais como Hillary Clinton têm defendido políticas e princípios notavelmente semelhantes aos do nacional-socialismo. Um livro polêmico e esclarecedor que mostra as origens do fascismo no clássico pensamento esquerdista” (cfr. https://www.amazon.com.br/Fascismo-esquerda-hist%C3%B3ria-esquerdismo-americano/dp/8501082945. Goldberg é também autor de “O suicídio do Ocidente”, publicado no Brasil em 2020.

Fascismo guasca - Fascismo criado pelo governo petista de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul, descrito no livro “Vanguarda do Atraso - Ameaças à liberdade de expressão durante o governo do PT no Rio Grande do Sul”, de Diego Casagrande. Tal fascismo é também abordado no livro “Totalitarismo Tardio - o caso do PT”, de José Giusti Tavares (org.). Tarso Genro deu continuidade a esse fascismo guasca, com a instigação de jovens fanáticos do Levante Popular da Juventude - versão tupiniquim da orwelliana Liga Juvenil Anti-Sexo. Leia fichamento do livro em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/dias-de-fascismo-guasca-o-governo-do-pt.html.

Fascisti della prima ora - (Italiano) “Fascistas desde a primeira hora”: ingressaram no Partido Fascista antes da “Marcha sobre Roma”, em outubro de 1922. A ditadura fascista foi estabelecida na Itália no dia 03/01/1925.

FATF - Financial Action Task Force (of Money Laundering): criado durante a reunião de cúpula do G-7, em 1989, em Paris, para combate à “lavagem” internacional de dinheiro oriundo das drogas. Baseado na Convenção de Viena, de 1988.

Fatwa - (Árabe) “Decreto religioso islâmico”. Veredito islâmico, como o decretado contra Salman Rushdie, autor do livro “Versos Satânicos”, pelo qual foi condenado à morte pelo Ayatolá Khomeini.

FBI - 1. Federal Bureau of Investigation (Escritório Federal de Investigação): órgão da Polícia Federal dos EUA, subordinado ao Departamento de Justiça (DoJ), atua também como força antiterrorista. Possui escritórios de representação em Brasília e no Rio de Janeiro. “O FBI americano tem 12.000 homens, mas é apenas uma das três polícias federais do país. O Drug Enforcement Administration (DEA), encarregado do combate ao narcotráfico, tem 5.300 agentes. O Department of Homeland Security (DHS), para controle de fronteiras e imigração, tem 7.200 só nos aeroportos” (in “Autolimpeza da PF”, revista Veja no. 1876, de 20/10/2004, pg 46). 2. Frente Brasileira de Informações (Front Brésilien de Información): no dia 19/06/1965, Houari Boumedienne depôs Ahmed Ben Bella, na Argélia. Enquanto Ben Bella era um aliado de Fidel Castro, Boumedienne desejava uma Argélia socialista, não internacionalista, mas como o do egípcio Násser. Em outubro de 1969, Miguel Arraes, Marcio Moreira Alves, Almery Bezerra e Everaldo Noroes criaram, em Paris, a Frente Brasileira de Informações (FBI), ligada a organizações de esquerda, de oposição ao governo militar do Brasil. Com os recursos recebidos de Boumedienne (roubo do cofre de Adhemar de Barros, no Rio), Miguel Arraes cobriu as despesas da FBI, que passou a desenvolver guerra psicológica contra o Brasil, especialmente contra as Forças Armadas, fazendo denúncias de “genocídio” contra indígenas, ações de esquadrões da morte e, finalmente, a palavra mágica, que tanta comiseração causa aos esquerdosos até hoje: “tortura”. No dia 15/11/1969, o jornal El Siglo, porta-voz do Partido Comunista Chileno, anunciou em editorial a criação da FBI em Paris, com filiais no Brasil e em outros países latino-americanos. O Chile, com um regime marxista em vias de ser instalado por Salvador Allende, era um refúgio de terroristas e exilados brasileiros (“Betinho”, FHC, José Serra, César Maia - foi no Chile que nasceu Rodrigo Maia -, Plínio de Arruda Sampaio, Francisco Weffort, Darcy Ribeiro, Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis), e foi o primeiro país a lançar seus boletins em espanhol - Frente Brasileña de Informaciones, na Casilla Postal 3.594, Santiago do Chile. No Uruguai, Paulo Schilling e Carlos Figueiredo de Sá, ex-juiz da Justiça do Trabalho e militante da ALN, ambos cassados pelo AI-5, assumiram a coordenação da rede. O jornal uruguaio De Frente, na edição de 08/01/1970, dava início à campanha da FBI, publicando a matéria “Torturas en Brasil”. No dia 15/01/1970, houve uma reunião no Centro de Convenções Mouber Mutualité, pertencente aos sindicatos comunistas de Paris, no Quartier Latin, com representantes de partidos políticos, sindicatos e personalidades da esquerda mundial. Tendo ao fundo uma foto de Carlos Marighella, George Casalis, professor da Faculdade de Teologia Protestante de Paris, presidiu a cerimônia, em que participaram da mesa Miguel Arraes, o advogado Jean-Jacques de Félice, Jean-Paul Sartre, Michel de Certau, o padre jesuíta redator da revista Notre Combat, Pierre Jalée - presidente do Comitê de Defesa da revista “Tricontinental”, Jan Talpe - físico belga e ex-professor da USP expulso do Brasil por envolvimento com a ALN, e Lengi Maccario - Secretário-geral da Federação Italiana de Metalúrgicos. Em um livreto da FBI, foram transcritas mensagens de solidariedade e apoio a várias organizações, como a Liga Comunista (Seção Francesa da IV Internacional), o Movimento Separatista Basco (ETA), o Comitê Palestino, a Fundação Bertrand Russel e o Comitê de Iniciativa Belga de Solidariedade com a América Latina. Os boletins da FBI, editados em francês e espanhol, focalizavam temas como “perseguição de religiosos e operários católicos”, “extermínio de índios”, “exploração de flagelados”, “ditadura militar”, “tortura de presos políticos”, “esquadrões da morte”. A Anistia Internacional se aliou à frente de mentiras da FBI, os “subversivos da pena”, no dizer de Del Nero em seu livro A Grande Mentira. Neste mesmo ano de 1970, a leiga Judite Fasolini Zanata e 23 padres e freiras brasileiros foram estudar no Instituto Lumen Vitae, filiado à Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, infiltrada por comunistas. No segundo ano do curso, para cumprir determinação acadêmica, o padre Jacques Von Nieuvenhouse exigiu que ela deixasse de lado a ideia de dissertar sobre a teologia da libertação e se ativesse a fatos mais “concretos” sobre o Brasil, como sua situação política, econômica, social e cultural, e que deveria escrever sobre a tortura. Como subsídio, sugeriu que lesse livros de Márcio Moreira Alves, Miguel Arraes, Dom Hélder Câmara, Dom Antônio Fragoso e outros, além da revista esquerdista Croissance des Jeunes Nations. Voltando ao Brasil, Judite assim se referiu à sua tese: “Vim a me certificar tratar-se de matéria inclusa numa campanha contra o Brasil no exterior [...] Premida pela necessidade de terminar com aproveitamento o curso e confiando em que a orientação do Padre Jacques era correta, fiz a tese nos moldes indicados por ele, sem aquilatar o crime que estava cometendo contra minha pátria. Servi de instrumento dessa campanha inconscientemente, vendo agora que fui aproveitada na minha boa-fé pelo orientador da tese” (apud AUGUSTO, 2011: 171).  No período de 15 Mar a 09/04/1972, na Igreja São Clemente, em Nova York, a FBI apresentou uma extensa programação contra o Brasil, englobando conferências, debates, filmes e representações; a programação contou com a presença do teatrólogo Augusto Boal, do cineasta Gláuber Rocha e de Márcio Moreira Alves, entre outros. Em maio de 1972, Miguel Arraes viajou sigilosamente para Santiago do Chile, onde manteve contato com o presidente Salvador Allende; a viagem tinha como finalidade a organização de uma seção latino-americana do Tribunal Bertrand Russel (TBR) e articular a FBI na Argentina, Peru e México. No dia 30/10/1972, o jornalista Castello Branco assim escrevia em sua coluna: “Ficamos sem saber se a campanha é movida por grupos esquerdistas internacionais, instruídos por brasileiros exilados, ou se ela é inspirada por correntes econômicas e políticas interessadas em torpedear o processo de desenvolvimento de nosso país.” (Del Nero, op. cit., pg. 421). Em 1973, a FBI promoveu 2 campanhas contra o Brasil: a primeira foi iniciada na Bélgica, para suspender a realização da Feira “Brazil Export 1973”; o Comitê Belgo-Europa-América Latina e o também belga Movimento Cristão para a Paz desenvolveram intensa campanha para suspender a Feira; a outra campanha ligava-se ao “julgamento” do governo brasileiro pelo Tribunal Bertrand Russel; foi desenvolvida campanha para recolher dados e identificar pessoas dispostas a testemunhar no “julgamento”, previsto para outubro. Um dos principais membros do TBR, o Senador italiano Lélio Basso, seguindo os passos de Miguel Arraes, esteve no Chile, convidando terroristas e foragidos a testemunharem perante o Tribunal; o militante da ALN, Fernando Soares, asilado na Itália, foi ao Uruguai também para convidar terroristas para o mesmo fim. Com a Contrarrevolução Chilena (11/09/1973) e a deposição de Allende, as atividades da FBI foram suspensas no Chile, com a revoada dos subversivos, e o julgamento do Brasil e de outros países latino-americanos foi adiado. Em novembro de 1973, o Comitê Francês da Anistia Internacional, em ligação com a FBI, organizou um Congresso sobre tortura, repetindo as acusações de sempre contra o Brasil; uma das poucas reações vistas foi a do professor Denis Bucan, romeno naturalizado francês; comentando notícia do jornal Le Figaro sobre o evento, Bucan destacou que a Anistia Internacional nunca tinha feito nenhuma crítica contra a tortura e o extermínio nos países comunistas. Aliás, convém lembrar que no livro O ópio dos intelectuais, Raymond Aron, pensador francês, faz a mesma crítica contra seus pares. Segundo Luís Mir (op. cit., pg. 394), a FBI era uma “estrutura política que abrigaria todas as organizações armadas e de oposição à ditadura, tornando-se uma rede de informações internacionais de poderoso alcance político na denúncia de torturas e violações dos direitos humanos no Brasil. (...) centenas de pessoas trabalhando em várias capitais europeias e latino-americanas e expressivo número de voluntários estrangeiros sem remuneração”. “Era impressionante o trabalho dessas figuras de proa, esses artistas de cinema e escritores, que montaram lá em Paris o Front Brésilien de Información; uma central de informação contra o Governo do Brasil. Dom Hélder Câmara ia lá fazer palestras. Aliás, contam que em uma de suas palestras estava presente o dissidente russo Soljenitzyn. O cardeal mandou ‘brasa’, falou mal do Brasil e no final o russo perguntou para ele: - Mas, depois disso, o senhor vai voltar para lá? - Vou. O russo arrematou: - Vai? Não entendi nada!” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 8, pg. 102-103). Com certeza, foi a forma do autor de Arquipélago Gulag chamar D. Hélder de mentiroso, pois se o Brasil fosse realmente governado por um regime truculento, ele seria preso e fuzilado quando retornasse ao País - como ocorreria na União Soviética ou em Cuba, se o cardeal embusteiro fosse russo ou cubano. “Dom Hélder Câmara pertence à máquina de propaganda do Partido Comunista e é elemento de sua promoção na Europa. Recebe, viaja e é subvencionado para isso. Como as esquerdas querem um showman não de barbas e charuto na mão, mas de batina, usam-no do exterior para denegrir o Brasil. É o que esse Fidel Castro de batina tem feito na Europa” (Governador paulista Abreu Sodré, apud VILLA, 2014: 186). Sobre a FBI, leia http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/fbi-um-onagro-franco-argelino.html.

FBIS - Foreign Broadcast Information Service (Serviço de Informação de Transmissões Estrangeiras), dos EUA: realiza monitoramento (espionagem) das transmissões em todo o mundo. Veja PRISM.

FBT - Fração Bolchevique Trotskista: grupo dissidente do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT). Deu origem à Liga Operária, que, por sua vez, denominou-se Convergência Socialista.

FCOC - Frente Continental de Organizaciones Comunales (Frente Continental de Organizações Comunitárias): o VI encontro realizou-se em Porto Alegre, RS, no período de 30/10 a 02/11/1997.

FDHC - Fundación para los Derechos Humanos en Cuba (sede: Miami). Segundo a FDHC, em 1995 havia em Cuba 241 prisões com 289.000 presos, sendo 10% por motivos políticos.

FDTL - Força de Defesa de Timor-Leste: criada em 2001, para dar segurança ao país recém-criado, que teve suas primeiras eleições em 30/08/2001, para escolha da Assembleia Constituinte. Em 2002, Xanana Gusmão foi eleito o primeiro presidente do país.

FEB - Força Expedicionária Brasileira: combateu o nazifascismo na Itália, durante a II Guerra Mundial (1944-1945). O comando do corpo expedicionário coube ao general Mascarenhas de Morais. Na Itália, o contingente brasileiro foi incorporado ao V Exército americano, sob o comando do general Mark Clark. O total dos efetivos da FEB chegou a 25.334 pessoas, que, em 239 dias de ação, capturaram 2 generais, 892 oficiais e 19.573 praças. As baixas da FEB foram as seguintes: mortos (13 oficiais, 430 praças e 8 oficiais da FAB); feridos e acidentados (1.577 feridos em ação de combate, 1.145 acidentados - dos quais 487 em ação); prisioneiros (1 oficial e 34 praças); extraviados (23, dos quais 10 enterrados como desconhecidos). As vitórias brasileiras foram: Camaiore, Monte Prano, Monte Castello, Castelnuovo, Montese, Zocca, Collecchio, Fornovo. As cinzas dos heróis brasileiros mortos no conflito foram transladadas de Pistoia, Itália, para o Brasil no dia 05/10/1960 e repousam no Monumento Nacional dos Mortos da II Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.

Fedayn - (Árabe) Suicidas muçulmanos: empregados em atentados, especialmente contra alvos israelenses e norte-americanos.

FELA - Frente Estudantil pela Luta Armada: formada na USP, foi desarticulada em 1970, quando foram presos integrantes depois de colocar uma bomba em um elevador da USP, em outubro de 1969. Foram presos em março de 1970: José Cláudio Barrigueli (professor de Pedagogia da USP), José Miguel Martins Veloso (presidente do DCE/USP) e o estudante da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Abelardo Blanco Falgueiras. Veja RPI.

Felicidade Interna Bruta (FIB) - Criada em 1972 pelo rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, esse vaporoso PIB pauleira, de gosto tutti frutti, mediria valores espirituais, ecológicos, de desenvolvimento sustentável, inclusão social, boa governança etc., como pregam as seitas da Nova Era. Veja New Age.

Feminismo - O feminismo é, antes de tudo, o machismo de terninho e salto alto, que transformou nossa sociedade em eunucos, maricas e machonas. “O feminismo, como nós o praticamos neste país, serve a advogadas que ganham muito dinheiro, serve a professoras, estudantes universitárias em algum nível psicológico, talvez - mas como o feminismo nos Estados Unidos não começa com a licença-maternidade e a creche, que é o único lugar em que acho que de fato poderia começar de forma sensata para a maioria das mulheres, ele exclui as pessoas que estão criando filhos e especialmente aquelas que são mães solteiras” (JUDT, 2014: 387-388). “O fato de tantas feministas provirem da classe média alta - onde a ‘única’ desvantagem que sofriam era precisamente a de ser mulher, muitas vezes não mais que uma desvantagem marginal - explica sua incapacidade de ver que havia uma classe maior de pessoas para quem ser mulher não era de modo algum o maior dos desafios” (idem, pg. 389). Veja Empoderamento.

Feniano - Participante da associação revolucionária irlandesa de mesmo nome, criada em 1861, com o objetivo de separar a Irlanda do Reino Unido. Um jornal de 1865 descreve os fenianos - cfr. em http://www.sonofthesouth.net/leefoundation/civil-war/1865/the-fenians.htm. Veja IRA.

Fenômeno Capitão Swing - Revolta ocorrida em muitos condados da Inglaterra, em 1830. “Incêndios provocados eram a grande fonte de destruição, muito mais que a simples destruição de propriedades” (KARL, 1995: 816). “Swing” tornou-se o nome genérico para todos os que operavam como incendiários e destruidores de maquinaria no início da Revolução Industrial. “O ‘progresso’ inglês tinha criado suas próprias energias peculiares, e eram poucos os que ansiavam por atacá-lo, a menos que esse ataque se originasse de pessoas como Carlyle, que queria voltar à Idade Média” (idem, pg. 749). No Brasil, esse tipo de terrorismo é hoje realizado por vândalos do MST. Veja Revolução Industrial.

FENU - Força de Emergência das Nações Unidas: o Brasil participou da FENU I, com o Batalhão Suez, no Egito, de 1957 a 1967, com efetivo total, em 20 contingentes, de mais ou menos 6.300 homens; na missão, morreram 6 militares brasileiros.

FER - 1. Frente da Esquerda Revolucionária: partido de linha trotskista, formado por estudantes radicais de Portugal, com destaque para Gil Garcia, licenciado em filosofia. 2. Frente Estudantil Revolucionária (Peru): grupo atuante na Universidade de San Cristóbal de Huamanga, na década de 1970, que deu origem ao Sendero Luminoso (SL). Veja Sendero Luminoso.

Ferradura Golberyana - “Para Golbery do Couto e Silva, a única justificativa para a correlação de forças e para as alianças táticas e tácitas formadas de fato pelos polos oponentes era a de um esquema em ferradura, com base no qual o Executivo poderia realizar a manobra central estratégica: ‘mantê-los, sempre que possível, separados e alternar ações de contenção, senão de contra-ataque, entre um e outro, garantindo para si mesmo espaço de manobra cada vez maior e, por conseguinte, maior liberdade de ação para concretizar seus objetivos políticos, sem interferências desastrosas perturbadoras’. A materialização dessa manobra estratégica defensiva destinada a criar condições propícias em proveito da manobra política superior e criativa dependeria do cumprimento de uma questão: a eliminação de uma das frentes se afiguraria prejudicial à manobra, pois originaria uma frente única, tornando inevitável o embate frontal; por isso era necessário desarticular todo o sistema oposicionista, proporcionando destarte o surgimento de múltiplas frentes distintas. A heterogeneidade inata da oposição proporcionaria ao Executivo um efeito multiplicador no conjunto hipotético de alianças necessárias, quer à sua legitimação democrática, quer à manutenção do plano de liberalização, verdadeira pedra angular de todo o edifício lógico construído em seu redor. Verificou-se, por conseguinte, uma estreita convergência entre o conteúdo do programa de reformas democráticas, elaborado em 1979, na vigência do governo Geisel, e essa esquematização realizada pelo General Golbery. A face mais visível dessa afluência foi a institucionalização do ‘pluralismo em processo’” (FREITAS, 2004: 31-32).

FGA - Forças Guerrilheiras do Araguaia, do PC do B. O mesmo que FOGUERA. Veja Guerrilha do Araguaia.

FGAS - Frente Guerrilheira Américo Silva: braço armado do grupo Bandera Roja (Bandeira Vermelha), da Venezuela.

FGM - Female Genital Mutilation: circuncisão feminina (corte de parte do clitóris, ou totalmente), comum entre mulheres árabes e alguns povos afro-asiáticos, inclusive cristãos.

Fidelismo - Relativo ao regime de Fidel Castro, ditador comunista de Cuba. A exemplo de seu colega comunista, Kim Il-Sung, da Coreia do Norte, Fidel Castro nomeou seu irmão Raúl para sucedê-lo na dinastia comunista cubana.

Filé cubano - O leitor já conhece o “churrasquinho chinês”. E o filé cubano? A crônica “Os canibais”, do livro “Trilogia Suja de Havana”, de Pedro Juan Gutiérrez, conta a história de Baldomero, o sujeito que vendia fígado de porco aos vizinhos, em Havana, a baixo preço, e até dava de graça alguns nacos. Depois, porém, foi pego em flagrante, ao sair do necrotério, onde trabalhava, com fígados humanos. Gutiérrez consola a prostituta com quem convivia: “Olhe, Isabel, já está comido e cagado. Esqueça. Além disso, estava uma delícia. Muito saboroso” (GUTIÉRREZ, 1999: 332). Veja Churrasquinho chinês e Pigmeus devorados.

Filhos da Loba - Educação da infância e da juventude fascista, em que as crianças eram incorporadas aos seis anos de idade. No Brasil, o MST adestra seus balillas e filhos da loba em escolas marxistas instaladas em seus “bantustões”. Veja Balillas e Fascismo.

Filhos de Sartre - São ativistas intelectuais radicais de esquerda que, p. ex., influenciaram a “engenharia social” do Camboja de Pol Pot. Entre 1949 e 1953, Pol Pot estudou na França, que na época dominava o Camboja, e se filiou ao Partido Comunista Francês. “As elites comunistas que tomaram o poder pela força em toda a Indochina, em abril de 1975, imediatamente embarcaram em programas de engenharia social, de âmbito nacional, que lembravam a coletivização dos camponeses por Stálin, embora, em alguns aspectos, tenham sido até mais desumanos. O programa melhor documentado foi o da ‘ruralização’ conduzida no Camboja pelo Khmer Vermelho, que entrou na capital, Phnom Penh, em meados de abril, tendo sido evacuada a Embaixada americana no dia 12. As atrocidades começaram a 17 de abril. Foram realizadas, principalmente, por soldados camponeses analfabetos, mas tinham sido planejadas dois anos antes por um grupo de ideólogos de classe média, que se denominava Angka Loeu (‘A Organizção Superior’). Detalhes desse plano foram obtidos por um especialista do Departamento de Estado, Kenneth Quinn, que os inseriu num relatório datado de 20 de fevereiro de 1974. O projeto era uma tentativa de condensar, num único golpe aterrorizante, as mudanças sociais que se realizaram em mais de 25 anos na China de Mao. Teria de ser ‘uma total revolução social’. Tudo acerca do passado era ‘anátema e deveria ser destruído’. Era necessário ‘reconstruir psicologicamente os membros individuais da sociedade’. Isto requeria ‘desmantelar, pelo terror e outros meios, as bases, as estruturas e as forças tradicionais que haviam moldado e guiado a vida de um indivíduo’ e depois ‘reconstruí-las de acordo com as doutrinas do partido, pela substituição de uma série de novos valores’. Agka Loeu era constituído de cerca de vinte intelectuais políticos profissionais, principalmente professores e burocratas. Dos oito líderes, todos em torno de quarenta anos (entre eles, uma mulher), havia cinco professores, um professor universitário, um economista e um burocrata. Todos tinham estudado na França nos anos 50, onde haviam absorvido as doutrinas da ‘violência necessária’, pregada pela esquerda radical. Eram os filhos de Sartre” (JOHNSON, 1994: 551-552). Jean-Paul Sartre se filiou ao Partido Comunista Francês em 1952. Veja Khmer Vermelho e Museu do Genocídio Tuol Sleng.

FILM - Frente Islâmica de Libertação Moro: movimento separatista atuante nas Filipinas.

Fim da História, O - (The End of History) “O fim da História e o Último Homem” é um ensaio escrito em 1989 pelo doutor em ciência política pela Universidade de Harvard, Yoshihiro Francis Fukuyama, após a queda do Muro de Berlim, cuja tese consiste no fim da evolução histórica devido à implantação da democracia liberal a grandes setores da humanidade, em seu caráter de ideologia definitiva, e último e melhor sistema de governo, que produziria a máxima satisfação aos seres humanos - antevendo aí a dissolução da União Soviética e demais regimes totalitários, comunistas ou não. Segundo Samuel Huntington (autor de “O Choque de Civilizações”), “O Fim da História” padece da “falácia da alternativa única”. Mesmo assim, ele diz qual alternativa seria a melhor: “A ideia de que existe um ‘fim da história’ era compartilhada pelos marxistas, que acreditavam, como eu, em evolução a longo prazo, da sociedade humana. A diferença é que eles achavam que o fim da história seria a vitória da utopia comunista. Depois da queda do Muro de Berlim quase ninguém ainda acredita nisso. Minha tese é que, diferentemente do que pensavam os marxistas, o ponto final da história é a democracia liberal. Não considero plausível imaginar que estávamos no rumo de uma forma mais elevada de civilização. Podemos retroceder ao fascismo, à monarquia ou ao caos puro e simples. Nunca vamos ter, contudo, um modelo de sociedade melhor do que a democracia orientada pela economia de mercado. Essa é a ideia básica de ‘O Fim da História’. Nada do que ocorreu desde então, nem mesmo os atentados de 11 de setembro de 2001, mudou isso” (Francis Fukuyama, in “A história acabou”, texto de Diogo Schelp, revista Veja no. 1880, de 17/11/2004, pg. 11). A rigor, o “Fim da História” já era concebido antigamente pela Igreja Católica, quando pretendia impor a religião cristã a todo o mundo, assim como a Internacional Comunista, que tentou comunizar todo o planeta. O fundamentalismo islâmico tem o mesmo objetivo: islamizar o planeta, ou seja, programar o “Fim da História” sob o governo de Alá. Veja Choque de Civilizações.

FINCEN - Financial Crimes Enforcement Network: agência do Departamento do Tesouro dos EUA, de combate à lavagem de dinheiro sujo. Desempenha papel semelhante ao que se prevê para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (CCAF), após a aprovação que tipifica o crime de “lavagem” de dinheiro no Brasil.

Fingimento elíptico - “Uma espécie de entimema perverso, em que as premissas do raciocínio permanecem ocultas, não por exigência de brevidade como no entimema comum, e sim porque, se reveladas, desmascarariam no ato a farsa hedionda que essa mulher [Marilena Chauí] encena sob as aparências de opinião intelectualmente respeitável” (Olavo de Carvalho, in “Esquema Simplório” - https://olavodecarvalho.org/esquema-simplorio/, acesso em 03/11/2020).

FIP - Força Interamericana de Paz. Em 1965, temerosos da expansão do comunismo na República Dominicana, os EUA praticaram uma intervenção unilateral, que levou, a posteriori, à convocação da X Reunião de Consultas do TIAR, a fim de referendar o ato consumado e organizar a Força Interamericana de Paz (FIP). A FIP foi constituída por tropas do Brasil, Costa Rica, El Salvador, EUA, Honduras e Paraguai, sob comando do general brasileiro Hugo Panasco Alvim, restabelecendo a ordem no país depois de mais de 16 meses de atuação (1965-1966). Leia FAIBRAS - http://www.eb.mil.br/faibras. Veja TIAR.

FIS - Front Islamique du Salut (Frente Islâmica de Salvação): fundada em 10/03/1989, foi proibida em 04/03/1992, quando foram anuladas as eleições (2º turno) que o FIS venceria na Argélia; com isso, teve início a guerra civil. Às vésperas das eleições, ricos xeques do Golfo Pérsico depositaram 12 milhões de dólares na filial Cartum do Banco Islâmico Faiçal, de onde foi transferida para a FIS. No início de 1992, mais 20 milhões de dólares foram transferidos de Cartum para a FIS. A FIS luta pela implantação de uma república islâmica na Argélia; líder: Abassi Maddani. O GIA é seu braço armado mais belicoso. O Exército Islâmico de Salvação (EIS) é outro grupo extremista operando na Argélia. Veja EIS e GIA.

FITCRE - Fédération Internationale des Travailleurs Chrétiens Réfugiés et Éxilés (Federação Internacional dos Trabalhadores Cristãos Refugiados e Exilados). Tem sede em Paris.

Flecha quebrada - Termo usado pelo Estado-Maior do Departamento de Defesa (DoD), dos EUA, para identificar ou relatar acidentes envolvendo armas nucleares, ogivas nucleares ou componentes nucleares.

FLN - 1. Frente de Libertação Nacional: lançada pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, e Mauro Borges, governador de Goiás, um mês após a posse de Jango, que ocorreu no dia 07/09/1961. A Frente enfatizava a ação “exploradora” dos capitais estrangeiros e a necessidade de nacionalização de empresas e efetivação da reforma agrária. Nacionalista, o “Manifesto de Goiânia” proclamava que “não seremos colônia dos EUA, nem satélite da URSS”. Compareceram ao ato o Prefeito de Recife, Miguel Arraes, os deputados Francisco Julião, Barbosa Lima Sobrinho e outros esquerdistas. Brizola, com anseios de se tornar o Fidel Castro sul-americano, pretendia criar um grupo armado, o que levou o jornal New York Time a considerá-lo a maior ameaça aos interesses dos EUA depois da Revolução Cubana. Com o major do Exército (cassado), Joaquim Pires Cerveira, durante o período de governo militar, agregou remanescentes do MR-26, promovendo ações terroristas no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, em conjunto com a ALN e a VPR. A FLN foi extinta em 1970, com a prisão de Cerveira. 2. Frente de Libertação Nacional: desencadeou a Independência da Argélia, negociada em 1962 por De Gaulle, após 12 anos de revolução sangrenta.

FMP - Frente de Mobilização Popular. “Lançada por Brizola no começo de 1963, estava mais voltada para a pressão popular sobre o Congresso, algo que para a tradição conservadora brasileira soa como uma revolução sangrenta em curso. Dela faziam parte o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), a Ação Popular (grupo revolucionário de origem católica), o Partido Operário Revolucionário (POR-T, trotskista), setores das Ligas Camponesas, a esquerda do PCB, integrantes do PSB, grupos de sargentos e marinheiros” (NAPOLITANO, 2014: 38).

FLNE - Frente de Libertação do Nordeste: estava sendo criada por terroristas da ALN e da VAR no início de 1972, no Ceará e em Pernambuco, quando seus integrantes foram presos.

FLNJ - Front de Libération des Nains de Jardins (Frente de Libertação dos Anões de Jardim): estudantes franceses “libertam os anões do ridículo e da servidão” (estátuas de anões de jardim), para devolvê-los aos bosques, seu habitat junto à Branca de Neve... Na verdade, muitos desses furtos servem para levantar dinheiro para compra de drogas. O inusitado fato foi utilizado como mote em uma propaganda da Renault, no Brasil.

Flower Power - “Poder das Flores”: filosofia de pau dos hippies na década de 1960, que defendia um modo de vida baseado no amor e na fraternidade - com muita maconha e LSD -, concorrendo para o fenomenal uso de entorpecentes na atualidade.

FLQ - Front de Liberation de Quebec (Frente de Libertação de Quebec): defende a separação da Província de Quebec, Canadá, com população de língua francesa.

FMLN - 1. Frente Farabundo Marti para Libertação Nacional (El Salvador): na década de 1980, durante a guerra civil, 1/4 do país caiu nas mãos da FMLN. Em 1992, a FMLN aceitou o cessar-fogo, sob patrocínio da ONU; a guerrilha desmobiliza-se, constituindo um partido político, que elege, em março de 1994, 21 deputados no Congresso de 80 cadeiras. Em 1930, um levante de 30.000 camponeses, chefiado pelo líder comunista Farabundo Marti, é massacrado pelo Exército de El Salvador. 2. Frente Moro de Libertação Nacional: força rebelde muçulmana, com atuação nas Filipinas. Em 02/08/1996, em Manila, um Acordo de Paz entre o governo filipino e a FMLN pôs fim a 25 anos de guerra na Ilha de Mindanao, no sul do país.

FMR - Frente Manuel Rodriguez (Chile): o mesmo que Frente Patriótica Manuel Rodriguez. Braço armado do Partido Comunista do Chile, a FMR iniciou as atividades terroristas em 14/12/1983, com explosões em vários pontos de Santiago e interferências radiofônicas. Desde 1987, a FMR dividiu-se nas seguintes facções: Frente Manuel Rodriguez - Autónomo, Movimiento Manuel Rodríguez, Ejército de Liberación Nacional e Destacamento Patriótico Raúl Pellegrin.

FNB - Frente Nacional Bolivariano: grupo de militares venezuelanos que participaram das rebeliões de fevereiro e novembro de 1992, incluindo Hugo Chávez, eleito presidente da Venezuela em 1998. Simón Bolívar, o “Libertador”, deu origem à denominação República Bolivariana da Venezuela. Karl Marx, em verbete da New American Cyclopaedia, do jornal New York Daily Tribune, escreveu que Bolívar, além de covarde, era despótico, egocêntrico, narcisista e inútil como estrategista militar (Cfr. NARLOCH, 2011: 134-355 e 137). Em uma carta na Jamaica, em 1815, Bolívar escreveu: “‘Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América a maior nação do mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória’ ’’ (idem, pg. 135). Segundo Marx: “O que Bolívar realmente almejava era erigir toda a América do Sul como uma única república federativa, tendo nele próprio seu ditador. Enquanto, dessa maneira, dava plena vazão a seus sonhos de ligar meio mundo a seu nome, o poder efetivo lhe escapou das mãos” (idem, pg. 135). No dia 16/07/2010, Hugo Chávez mandou exumar o corpo de Bolívar. A jornalista Angélica Mora, do Diário de América, afirmou que se tratou de um ritual de bruxaria ou santería, religião praticada em Cuba, e que “os babalaôs estariam entre os cientistas vestidos de branco que profanaram o sarcófago. A data de 16 de julho foi escolhida porque é o dia da Virgem de Carmem que, no sincretismo religioso, representa Olyá, a dona das chaves do cemitério. Antes de fuçar nos túmulos, é necessário sempre pedir uma autorização de Olyá, na data certa. Por isso a cerimônia aconteceu às 3 horas da madrugada, que é quando se praticam os atos de magia negra. Essa é considerada a hora oposta à de Jesus Cristo, três da tarde” (idem, pg. 306).

FNCA - Fundación Nacional Cubano Americana: a mais radical ONG anticastrista, com sede em Miami, EUA. O cubano Jorge Más Camosa, principal líder anticastrista no exílio, foi presidente do FNCA até novembro de 1997, data de sua morte. A FNCA é acusada de estar envolvida em atos terroristas praticados em Cuba desde 1992.

FNLA - Frente Nacional para a Libertação de Angola: fundada em 1962, se opunha ao projeto socialista do MPLA e tinha sua base na etnia Bakongo, do Norte do país. O movimento recebeu ajuda dos EUA e da China por ser um contrapeso ao MPLA, pró-soviético e com apoio de Cuba. A Frente desapareceu em 1970 e uma de suas defecções gerou a UNITA, em 1966, com o líder Jonas Malheiro Savimbi.

FOIA - Freedom of Information Act: do Departamento de Estado, dos EUA, a Lei dá acesso a informações antes consideradas sigilosas. A Lei 8.159, de 08/01/1991, do Brasil, “dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e a consequente disponibilização para consulta da documentação produzida pelos órgãos públicos, depositada em arquivos oficiais em nosso país” (in “Acesso à História”, de Celina Vargas do Amaral Peixoto e Rosalina Corrêa de Araújo - Jornal do Brasil, 16/06/2000). O estudo da legislação brasileira foi apoiado por entidades como o Conselho Internacional de Arquivos, a UNESCO, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, com base em legislação existente na França e no Freedom of Information Act, dos EUA. Em 18/11/2011, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei de Acesso à Informação (Lei no. 12.527).

Foice e Martelo - Símbolos do comunismo, copiados por Lenin dos antigos sociais-democratas.

Fogo amigo - Tiro de amigo dói menos, embora, às vezes, também mate!

Folhetos cubanos - Eram disseminados no Brasil pelo Movimento de Educação Popular (MEP), durante o governo de João Goulart, e serviam de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola. Desde 1961, os comunistas passaram a comprar várias fazendas em Pernambuco, Bahia, Acre, Goiás e Minas, para servirem de centros de guerrilha. Isso prova que o idioma de pau cubano (o comunismo), de inspiração soviética, tentou se estabelecer no Brasil antes da Contrarrevolução de 1964. Veja Guerrilha Comunista no Brasil e Revolução Cubana.

Fome Zero - É o food stamps (selos de comida) dos americanos adaptado na Terra dos Papagaios. Como se vê, não existe nada de novo, apenas o sucessor de FHC acha que inventou a roda. “Esses programas são o que eu estou chamando de funcionalização da miséria. Eles tornaram a miséria suportável e funcional” (Francisco Oliveira, sociólogo, fundador do PT - revista Veja, 10/12/2003, pg. 38).

Foquismo - Teoria revolucionária de pau, em que a revolução marxista seria iniciada em pequenos núcleos (focos), para começar a guerrilha rural, com o objetivo de dominar a nação. O foquismo foi sistematizado pelo revolucionário comunista francês Jules Debray, e defendida por Fidel Castro e Che Guevara. O PC do B tentou colocar em prática essa teoria na região do Araguaia. “O treinamento a brasileiros em Cuba continua até os dias atuais, embora somente no terreno político-ideológico, na Escola Superior Nico Lopez, do PC cubano, Escola Sindical Lázaro Peña, Escola de Periodismo José Martí, Escola da Federação de Mulheres Cubanas, Escola da Federação Democrática Internacional de Mulheres e Escola Nacional Julio Antonio Mella, da União da Juventude Comunista. Por essas escolas já passaram mais de 100 brasileiros. Todavia, o mais importante em tudo isso, é que a ida de qualquer brasileiro para fazer cursos em Cuba depende do aval do Partido Comunista Cubano, após entendimentos anteriores, de partido para partido. Atualmente, existem diversos brasileiros, militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, que vêm recebendo, em Havana, treinamento em técnicas agrícolas, e outros matriculados na Faculdade Latino-Americana de Ciências Médicas. O site do Partido dos Trabalhadores oferece vagas e publica as condições definidas por Cuba para matrícula nessa Faculdade” (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, 10/02/2003).

Fora ALCA! - Porém, no Brasilistão do “fascismo alegre”, são bem-vindos o Foro de São Paulo, o Fórum Social Mundial e a UNASUL.

Fora FMI! - “Da mesma maneira que um médico que cuida de um paciente não pode ser acusado de causar sua doença, o FMI não é o culpado pelos problemas dos países que tenta ajudar” (Raghuram G. Rajan, economista-chefe do FMI, em entrevista a Veja, de 28/04/2004, pg. 9). Antes de chegar à presidência da República, o PT, com o apoio da CNBdoB, satanizava o FMI. No poder, emprestava dinheiro ao demônio.

Forças de repressão - É como os terroristas brasileiros das décadas de 1960 e 70 se referem aos órgãos de Segurança que os combateram.

Força Tarefa Odessa - Organização especial dos EUA, criada pela CIA, pelos serviços de Inteligência militar e pelo FBI, para combater o comércio ilegal de matérias-primas nucleares provenientes da antiga URSS.

Forças Populares - Antes de 1964, as ditas “forças populares” ameaçavam agressivamente a unidade do Exército Brasileiro. Eram compostas pelas seguintes entidades e organizações: CGT, Frente Parlamentar Nacionalista (FPN), Ligas Camponesas, PUA, UBES, oficiais nacionalistas, sargentos, cabos e soldados cooptados pelos comunistas, e lideranças políticas. Nada mais atrativo na língua de pau do que ser “social, democrático e popular”. “Os pelegos - líderes sindicais ligados ao Governo - faziam comício em lugar proibido, faziam depredações, ocupações do tipo dos sem-teto hoje e invasões de terras, estas sob o comando das ‘Ligas Camponesas’, que hoje se chamam de Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas fazem a mesma coisa, e o governo, naquela época, convivia com a desordem por eles promovida, exatamente como acontece hoje [Governo FHC]. Sabe o que o CGT e o PUA faziam com os desafetos? Eles agarravam à força as pessoas e com barras de ferro quebravam as pernas das pessoas, esses sindicalistas, esses extremistas do PUA e do CGT quebravam as pernas de quem não rezava pela cartilha deles. O PUA inventou uma arma terrível, e o Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) apreendeu várias delas antes e depois da Revolução. Eles pegavam toco de cabo de aço usado em atracação de navio, amarravam numa ponta, fazendo uma espécie de uma empunhadura de espada e a outra ponta eles desfiavam para ficar ouriçado e usavam aquilo como chicote, como rebenque para cortar qualquer recalcitrante. O sujeito queria romper a greve, então tomava uma rebencada, que rasgava o sujeito todo e ia parar no pronto-socorro. Era assim que eles agiam, na ‘democracia’” (Coronel-Aviador Gustavo Eugenio de Oliveira Borges - HOE/1964, Tomo 10, pg. 293). “Os Ministros, inclusive os militares, temiam o CGT, o Comando Geral dos Trabalhadores, que mandava mesmo, tendo como secretário-geral Dante Pelacani, cujas ordens faziam curvar-se o Ministro do Trabalho, Amauri Silva, que não realizava nenhuma nomeação para cargo de direção sem a aprovação de Pelacani” (General-de-Exército Mario Orlando Ribeiro Sampaio - HOE/1964, Tomo 11, pg. 32-33).

Foro de São Paulo - O Foro de São Paulo (FSP) foi criado em São Paulo, em julho de 1990, sob os auspícios do Partido Comunista de Cuba (PCC) e o Partido dos Trabalhadores (PT). É um movimento neossocialista latino-americano, planejado por Fidel Castro, para adaptação das esquerdas à nova ordem mundial após a desintegração da União Soviética. “Numa reunião presidida por Fidel Castro e com as presenças de Lula (Luís Inácio Lula da Silva), do José Genoino, do Frei Beto e de outros líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), Fidel disse claramente: ‘Se Lula não ganhar a eleição (de 1989) é preciso formar uma entidade para coordenar a esquerda latino-americana’. Previa-se em janeiro de 1989, nessa reunião em Cuba, o chamado Foro de São Paulo. Lula perdeu a eleição e fundou-se o Foro de São Paulo, em julho de 1990, exatamente como tinha sugerido Fidel Castro. Foi num evento no Hotel Danúbio, na capital paulista, presentes 48 entidades, várias guerrilheiras, dentre as quais duas peruanas e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A estrutura de toda a esquerda, na América Latina, em 1990, começou a ser organizada” (Coronel Aluisio Madruga de Moura e Souza - HOE/1964, Tomo 15, pg. 353). Em 1993, na cidade de Havana, o FSP decidiu que suas então 112 entidades deveriam apoiar Cuba em seu “período especial”, após perder a mesada soviética, trabalhar para eleger Lula e impedir o desenvolvimento do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). E que se o NAFTA entrasse em vigor, haveria o levante de Chiapas, o que veio a ocorrer em 01/01/1994 com o EZLN. Os líderes do FSP são: Fidel Castro (Cuba), Luís Inácio da Silva (Brasil) e Cuauhtémoc Cárdenas (México); outros expoentes do Foro, seguidores da “Teologia da Libertação”: ex-padre Leonardo Boff, Pedro Casaldáliga (Bispo de São Félix do Araguaia, MT), Werner Sienbernbrock (Bispo de Nova Iguaçu, RJ) e Samuel Ruiz Garcia (Bispo de San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México - um dos líderes do EZLN), além de Frei Beto, editor da revista America Libre, do FSP. O VI encontro do FSP, p. ex., ocorreu em San Salvador/El Salvador, em Jul 1996, quando reuniu 112 partidos políticos de mais de 20 países da região, 187 delegados, 52 organizações, 289 participantes, 144 organizações convidadas, 44 observadores e 35 grupos da América, Europa e África. No encontro realizado em Cuba, em 2001, o FSP apresentou projeto de estender a todos os países da América Latina os padrões de “liberdade de imprensa” existentes em Cuba. Raúl Reyes, antigo líder das FARC, escreveu cartas ao presidente Lula - cfr. em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI5004-15223,00-DE+RAUL+REYES+PARA+LULA.html. Leia as Atas do FSP em https://www.averdadesufocada.com/images/f/atas_foro_sao_paulo.pdf ou https://midiasemmascara.net/atas-fsp/.

Fórum Social Mundial - Trata-se de importante onagro da atualidade. O I FSM foi uma reunião paralela ao Fórum de Davos (“Reunião anti-Davos”), ocorrida em Porto Alegre, RS, de 25 a 30/01/2001, e concebida por Bernard Cassen, diretor-geral do jornal francês Le Monde Diplomatique. Promovido pelo governo petista do Rio Grande do Sul (estadual e municipal), por entidades e cerca de 1.500 ONGs (500 do exterior), como Le Monde Diplomatique, ATTAC, CBJP (CNBB), CIVES, CUT, Ibase e MST, contou com a presença de intelectuais, como Emir Sader, Conceição Tavares, Frei Beto, Oscar Niemeyer, Danielle Miterrand e José Saramago; do embaixador cubano nas Nações Unidas, Ricardo Alarcón de Quesada; do líder da libertação da Argélia, Ahmed Ben Bella (que pregou a luta armada no Fórum); do ativista francês José Bové (que destruiu em 1999 uma lanchonete do McDonald’s na França e destruiu, durante o I FSM, uma plantação de soja da firma Monsanto, em Não-me-Toque, RS, junto com Pedro Stédile, do MST, e o padre Thorlby, da Pastoral da Terra); de narcoterroristas das FARC (o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, foi proibido de falar em público pela Polícia Federal, porém Javier Cifuentes, escoltado por 2 policiais da Brigada Militar, fez seu pronunciamento na PUC/RS, sob delirantes aplausos da plateia); de “militantes” do ETA; do ex-jogador de futebol, Raí. O FSM reuniu, ainda, o Fórum Parlamentar Mundial, o Acampamento Intercontinental da Juventude, o Acampamento Mundial dos Povos Indígenas (com homenagem à “Confederação dos Tamoios”, 1ª resistência indígena no Brasil, que durou 12 anos de guerra contra os portugueses – 1555-1567). Com custo de 2 milhões (1 milhão bancado pelo PT, ou seja, pelo contribuinte gaúcho – o Diário Oficial de 29/01/2001 publicou a relação de 163 convidados, que tiveram as passagens e a estada pagas pelo PT). Os ativistas de esquerda se reuniram, em tese, para combater o neoliberalismo e sua consequente globalização econômica, porém o objetivo principal é formar uma “quinta internacional comunista” para impor sua ideologia a todos os quadrantes do planeta. Nada como manter acesa a “práxis revolucionária” marxista, depois da queda do Muro de Berlim e do desmonte da URSS, quando o antagonismo “comunismo x capitalismo” foi substituído por “comunitarismo x neoliberalismo” - maniqueísmo sem o qual, parece, não consegue viver o pessoal da esquerda. O II FSM ocorreu no período de 31 de janeiro a 5/2/2002, em Porto Alegre, com 51.300 participantes de 131 países, 4.909 organizações, 2.620 sindicalistas, 170 índios e 35 ouvintes (dados da Folha de S. Paulo, de 6/2/2002). Estiveram presentes no II FSM ícones da esquerda, como Frei Beto e Rigoberta Menchu, a indígena guatemalteca que recebeu um Prêmio Nobel da Paz por conta de uma mentira criada por ela. Ao II Fórum Social Mundial não compareceram os terroristas presentes no I FSM (FARC, ETA), nem Fidel Castro, pois, em um ano eleitoral para Presidente, não havia necessidade de expor muito o então tetracandidato light do PT, um tal de Lula-laite. O III FSM, realizado em 2003, reuniu 100.000 congressistas, 5.717 ONGs de 156 países, em torno de 1.300 seminários, conferências e oficinas, destinadas a “desconstruir a civilização cristã”. Participaram do evento expoentes da esquerda como Jean Ziegler, da Internacional Socialista; o linguista norte-americano Noam Chomsky; o filósofo marxista húngaro István Mészáros, Emir Simão Sader; Frei Betto; o ex-frei Leonardo Boff; e - já eleito e empossado! - o sucessor de FHC, Lula da Silva, que, em discurso, antes de viajar para o Fórum de Davos, afirmou: “O Fórum Social Mundial é o maior evento político realizado na História contemporânea. E eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai contribuir, de forma decisiva, para que a gente mude a História da Humanidade".

Fossa de Babel - “Aí, como diria Raymond Abellio, ‘a fossa de Babel’ é a competição geral pela taça da baixaria universal, cada um tentando mostrar que é mais podre, mais sórdido, mais esculhambado que o vizinho, e chamando isso de ética, patriotismo e cultura” (CARVALHO, 2013: 292). No Brasil a Taça Fossa de Babel vai para quem? Zorra Total, Big Brother Brasil, Escolinha do Professor Raimundo ou Programa do Ratinho?

FP-25 - Forças Populares 25 de Abril: movimento esquerdista de Portugal, promoveu atentado contra base da OTAN no Sul do país, em protesto ao desdobramento democrático após a Revolução dos Cravos.

FPA - Fundação Perseu Abramo: criada pelo PT em 1996, segue a linha político-cultural marxista.

FPL - 1. Frente Popular de Libertação: organizada por Leonel Brizola no Uruguai, durante o exílio. 2. Forças Populares de Libertação (El Salvador): junto com o MIR (Chile), sequestraram o empresário brasileiro Abílio Diniz, em 1989, com a intenção de arrecadar US$ 30 milhões para financiar a ofensiva final dos guerrilheiros salvadorenhos contra o governo. Os sequestradores foram: os chilenos Maria Emilia Marchi, Pedro Lembach, Ulises Gallardo, Sergio Urtubia e Hector Ramon Tapia; os canadenses David Spencer e Christine Lamont; os argentinos Humberto e Horacio Paz; e o brasileiro Raimundo Freire. Os canadenses foram repatriados para o Canadá e os chilenos deixaram o Brasil com destino a Santiago, no dia 24/04/1999. Empenharam-se até a medula (e a bula) espinhal para a libertação (“extradição”) dos terroristas o cardeal Paulo Evaristo Arns e José Gregori, então secretário de Direitos Humanos do Ministério da Justiça - este último fez até uma visita de “cortesia” aos terroristas na prisão, em São Paulo, junto com o senador Eduardo Suplicy e o Nove Dedos.

FPLE - Frente Popular de Libertação da Eritreia: de linha marxista, fundada em 1970, absorveu a Frente de Libertação da Eritréia (FLE), em luta armada contra a Etiópia. Em 1993, a Eritreia tornou-se independente e a FPLE, no poder, foi rebatizada como Frente Popular pela Democracia e Justiça (FPDJ).

FPLP - Frente Popular para a Libertação da Palestina. É acusada de ter assassinado o ministro do Turismo de Israel, Rehavam Ze’evi, no dia 17/10/2001, durante a 2ª Intifada. Laila Khaled, uma das líderes da FPLP, famosa na década de 1970 por sequestrar aviões, afirmou na ocasião que o próximo alvo seria o então 1º Ministro de Israel, Ariel Sharon.

FPM - Frente Patriótica Morazanista: grupo terrorista radical de esquerda, surgido na década de 1980 como protesto contra a intervenção dos EUA nos assuntos econômicos e políticos de Honduras.

FPR - Frente Patriótica Ruandesa (etnia Tutsi): após a guerra civil de 1993-94, contra a etnia Hutu, com mais de 1 milhão de mortos e mais de 1,5 milhão de refugiados, a FPR toma Kigali e se instala no poder.

Frades dominicanos - No início de 1968, houve várias reuniões no Convento dos Dominicanos do Bairro das Perdizes, em São Paulo, liderado por Frei Osvaldo Augusto de Rezende Júnior, congregando frades para tomada de posição política, que culminaria com a adesão ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) - que teve, ainda naquele ano, mudado seu nome para Ação Libertadora Nacional (ALN). Participaram das reuniões Frei Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto), Frei Fernando de Brito (Frei Timóteo Martins), Frei João Antônio Caldas Valença (Frei Maurício), Frei Tito de Alencar Ramos, Frei Luiz Ratton, Frei Magno José Vilela e Frei Francisco Pereira Araújo (Frei Chico). Frei Osvaldo, apresentando Marighella a Frei Beto, conseguiu a adesão ao AC/SP de todos os dominicanos que participaram das reuniões. Frei Beto também entrou em contato com a VPR por intermédio de Dulce de Souza Maia, nos meios teatrais, onde Frei Beto atuava como repórter da Folha da Tarde. A primeira tarefa que os dominicanos receberam de Marighella foi fazer um levantamento de áreas ao longo da Rodovia Belém-Brasília, para implantação de uma guerrilha rural. A área de Conceição do Araguaia, onde a ordem dominicana possuía um convento, foi assinalada no mapa como área prioritária, pois teria importante apoio logístico. Nesse convento, durante certo tempo, os subversivos instalaram um sistema de rádio para difusão de mensagens a Tirana, Albânia. O levantamento sócio-econômico da região foi feito com base no “Guia Quatro Rodas”, da Editora Abril. Esse trabalho passou a ser compartimentado, para aumentar a segurança, e os frades passaram a utilizar codinomes: Frei Ivo, o Pedro; Frei Osvaldo, o Sérgio ou Gaspar I, nos contatos que este tinha com Marighella; Frei Magno, o Leonardo ou Gaspar, era quem mantinha contato com Joaquim Câmara Ferreira; Frei Beto, o Vítor ou Ronaldo, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento em São Paulo (o AC/SP se infiltrou na Editora Abril e no jornal Folha da Tarde, do Grupo Folha). Na Folha da Tarde, Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de “documentos”, e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de 3 advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa. Quando procurado pela polícia, em São Paulo, Frei Betto, que havia ingressado no convento dos dominicanos, em São Paulo, em 1966, foi acobertado pelo Provincial da Ordem, Frei Domingos Maia Leite, e transferido para o seminário dominicano Christo Rei, em São Leopoldo, RS. Frei Betto foi preso no RS, onde atuava junto com a ALN para fuga de terroristas ao Uruguai. Veja ALN.

France Libertée - ONG pauleira de Direitos Humanos, presidida por Danielle Mitterrand, pretende “libertar” a França...

Frankenstein food - Não importa se a FAO/ONU recomenda a ingestão de alimentos transgênicos, que não oferecem nenhum tipo de perigo para a saúde humana. No idioma de pau da esquerda, essa recente invenção do capitalismo, que pode ajudar a acabar com a fome no mundo, não passa de “comida de Frankenstein”. “O primeiro hambúrguer limpo foi criado a partir de células - e depois comido - em 2013. Custou 330 mil dólares. Quatro anos de pesquisas e desenvolvimento trouxeram o preço para onze dólares por unidade, e dentro de mais uma década espera-se que a carne limpa produzida industrialmente seja mais barata do que a carne abatida” (HARARI, 2018: 154 - “21 lições para o século 21”). Como fiquei na dúvida do que seja mesmo Frankenstein food, de que células “limpas” é feita essa comida, vou continuar comendo produtos transgênicos e meu churrasco “sujo” tradicional...

Franquia petista - A Al-Qaeda possui “franquias” terroristas em todo o mundo. O petismo já exportou o “fascismo alegre” para El Salvador, tipo franquia petista: a primeira-dama daquele país é brasileira e petista, Vanda Pignato, esposa do presidente Mauricio Funes, eleito com a ajuda do marqueteiro João Santana, financiado por propinas da Odebrecht, em assalto à Petrobras. Ambos foram condenados pela Justiça de El Salvador, acusados de desvio de dinheiro público. Além de El Salvador, Santana foi o marqueteiro petista de campanhas presidenciais em Angola, no Panamá e na Venezuela. Outros países que foram afetados pela corrupção petista, por meio de obras da Odebrecht, foram: Argentina, Peru, Colômbia, Equador, Panamá, República Dominicana, Guatemala, México, Moçambique - cfr. em https://g1.globo.com/economia/noticia/mapa-mundi-da-lava-jato-a-situacao-da-odebrecht-em-11-paises.ghtml.

Frenologia - Ciência de pau favorita do século XIX, tentava identificar o caráter de uma pessoa por meio da forma da cabeça e das saliências cranianas. Na Inglaterra, George Combe estudou crânios das pessoas, especialmente crianças, para “educá-las melhor”. Mais tarde, o criminalista italiano Cesare Lombroso e seus seguidores passaram a estudar a aparência física das pessoas para prever o comportamento criminoso e, assim, tentar evitar que cometessem crimes. “Tudo isso fazia parte de uma proposta positivista em relação à vida humana” (KARL, 1995: 82). Charles Bray, ligado à escritora George Eliot, “até colecionou algumas cabeças de criminosos e ia pela zona rural oferecendo-as como evidência de que a leitura das saliências poderia ser traduzida em leitura de caráter e, finalmente, em política social” (idem, pg. 107). “Os frenologistas e estudiosos do crânio apoiavam essas descobertas asseverando que o cérebro feminino pesava 140 gramas menos que o cérebro masculino e era, por definição, inferior. Mesmo quando os estudiosos do crânio foram tachados de cientistas de segunda categoria, as conclusões permaneceram. Com seu cérebro menor, sua deficiência de crescimento e vontade mental, as mulheres eram mais sujeitas às doenças de nervos, isto é, histeria e todas as enfermidades correlatas. Isto tudo, também era tido como ‘científico’, a despeito da evidência de que os homens eram muito mais numerosos nesse tipo de doença. A ciência médica vitoriana era claramente dirigida por considerações sociais e políticas” (idem, pg. 414). A revista Veja, em sua edição de 25/04/2012, sofreu surto frenológico, ao apresentar uma tese em que pessoas de maior estatura seriam mais saudáveis e mais bem-sucedidas.

Frente Ampla - União das esquerdas radicais após 1964, pretendiam desestabilizar o governo militar, sob a fachada de reivindicações do tipo “anistia geral”, “eleições diretas”, para poderem operar livremente no País. Participaram da Frente Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda. Leonel Brizola, el ratón, não aderiu ao onagro caboclo.

Frente de Mobilização Popular (FMP) - Órgão de mobilização comunista, atuante antes de 1964, incluía a Frente Parlamentar Nacionalista (FPN), os Grupos dos Onze (G-11), as Ligas Camponesas e os sindicatos rurais, o Comando Geral do Trabalhadores (CGT), o Pacto de União e Ação Sindical (PUA), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Ação Popular (AP), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), com o apoio ainda de oficiais militares nacional-reformistas e do ilegal Partido Comunista Brasileiro (PCB). Organizado em nível nacional, a Frente era dirigida contra o abuso econômico transnacional e contra as estruturas oligárquicas rurais, ou seja, contra o capitalismo, já que era dirigido por ideias socialistas, vale dizer, comunistas. “Movimento nacionalista surgido em 1962 com o objetivo de pressionar em favor da implementação das chamadas reformas de base (agrária, urbana, tributária, bancária e constitucional). Liderada pelo governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola, congregou representantes de organizações como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), o Pacto de Unidade e Ação (PUA), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundários (UBES), além de elementos da Frente Parlamentar Nacionalista (FPN) e de entidades camponesas e femininas como a Frente Nacionalista Feminina. Não tendo chegado na prática a se constituir completamente como organização com atuação própria e definida, foi fechada após o movimento político-militar de 31 de março de 1964. A FMP incluía, além de Brizola, os deputados federais Sérgio Magalhães, Max da Costa Santos, Marco Antônio Coelho e José Guimarães Neiva Moreira, e os sindicalistas Clodesmidt Riani, Dante Pelacani, Aluísio Palhano, Paulo Melo Bastos, Rafael Martinelli, Severino Schanaipp, Olímpio Meireles, Nestor Vera e Lindolfo Silva, entre outros. Alguns de seus integrantes eram também ligados ao Partido Comunista Brasileiro (PCB)” (CPDOC/FGV -http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/frente-de-mobilizacao-popular-fmp, acesso em 15/04/2021).

Frente Manuel Rodrigues - Grupo terrorista do Chile, hijo natural del Partido Comunista. O mesmo que Frente Patriótica Manuel Rodriguez. Braço armado do Partido Comunista do Chile, a FMR iniciou as atividades terroristas em 14/12/1983, com explosões em vários pontos de Santiago e interferências radiofônicas. O nome advém do herói da independência do país contra a Espanha. Desde 1987, a FMR dividiu-se nas seguintes facções: Frente Manuel Rodriguez - Autónomo, Movimiento Manuel Rodriguez, Ejército de Liberación Nacional e Destacamento Raul Pellegrin. A FMR utilizava empresas de fachada, como pesqueiros (Chompalhue, Astrid Sue) e viveiros flutuantes de pescado para contrabandear armas, explosivos e munições para o Chile, ao custo de 25 milhões de dólares, repassados por Cuba e Nicarágua ao PC chileno e FMR, dinheiro esse oriundo de países que fomentavam o terror, como URSS, Alemanha Oriental, Bulgária e Líbia. Os arsenais de guerra encontrados em agosto de 1986 em poder da FMR foram os maiores já vistos na América Latina. Locais dos arsenais: Carrizal (o maior de todos), Palo Negro, mina abandonada de Cerro Blanco, Paine, Pintana (Santiago) e periferia de Santiago (Calle Tucapel no. 1635). Entre 6 e 21 de agosto, foram encontrados: 3.118 Fz NA M-16, 114 Lç foguete antiblindagem soviéticos RPG-7, 102 Fz de assalto belgas FAL, 6 Mtr NA M-60, 167 foguetes antiblindagem NA LAW, 5 Fz Lç Gr M-79, 1 escopeta de repetição cal 12, 1.959.512 car para Fz M-16, 4.205 car para FAL, 2.700 car para Mtr M-60, 965 car para Fz AKA, 1.979 granadas de mão soviéticas, 1.859 bombas para Mrt M-79, 2.204 kg de TNT em cubos, 796 kg de explosivos plástico T-4, 100 rolos de estopim, 4.700 detonadores, 10.140 “tirafrictores” para cargas explosivas, 1.514 carregadores sobressalentes para Fz M-16, 521 carregadores sobressalentes para FAL, 716 cargas de projeção para RPG-7 e 54 cargas de projeção para Mrt 81 mm - além de barcos, veículos, botes de borracha, equipamentos de comunicações e material de campanha (Cfr. LONFAT, 1988: 55). No dia 7/9/1986, a FMR promoveu atentado contra o presidente Augusto Pinochet, que escapou ileso. Na ocasião, morreram 5 militares, e 7 militares e 1 detetive ficaram feridos - todos da comitiva presidencial. Em 1993, promoveu dois atentados à bomba a lojas da McDonald’s e uma tentativa de ataque a bomba a uma lanchonete Kentucky. A FPMR fez, no Brasil, pelo menos 3 assembleias anuais clandestinas, que ocorreram em algum dos três Estados do Sul, em 1990, 1992 e 1994. O chileno Maurício Hernández Norambuena comandou o sequestro do publicitário brasileiro Washington Olivetto, ocorrido no dia 11/12/2001, e foi preso com mais 5 comparsas em São Paulo. Norambuena foi um dos dirigentes da FPMR, é acusado de ter sido um dos atiradores no atentado ao general Pinochet e de ter planejado o assassinato de vários agentes chilenos, como Roberto Fuentes Morrison. Atualmente, Norambuena é um dos chefes da Frente Patriótica/Dissidentes (FPMR/D). Condenado no Chile à prisão perpétua, pelo sequestro e assassinato do Senador Jaime Guzmán, Norambuena fugiu de um helicóptero do presídio de segurança máxima de Santiago, o CAS (Cárcel de Alta Seguridad). A operação foi batizada no Chile como a “fuga do século”. Outros três “frentistas” fugiram na operação: Ricardo Palma Salamanca, Patrício Ortiz Montenegro e Pablo Muñoz Hoffmann. Entre os 10 foragidos do Caso Abílio Diniz (sequestro, realizado por integrantes do MIR em 1989), havia membros da FPMR. A FPMR também é acusada de ser responsável pelos sequestros do banqueiro Beltran Martinez, do Bradesco, em 1986, e do publicitário Luiz Sales, em 31/7/1989, sequestrado durante 65 dias e libertado após o pagamento de US$ 2,5 milhões. No dia 8/12/1992, foi sequestrado o publicitário Geraldo Alonso Filho, solto após 36 dias e o pagamento de US$ 3 milhões. A FPMR edita a revista trimestral El Rodriguista e tem um site, www.fpmr.org. Leia “Allende e Pinochet: o mito e a realidade”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/allende-e-pinochet-o-mito-e-realidade.html.

Frente Popular - Foi uma coligação eleitoral, criada em 1936 na Espanha, com a participação do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do Partido Comunista de Espanha (PCE), do Partido Operário de Unificação Marxista (POUM) e dos Republicanos, divididos em várias facções. Como resposta à onda de vandalismo provocado pela esquerda radical contra partidos de direita e instituições da Igreja Católica, ocorreu a Guerra Civil Espanhola, em que venceu o General Francisco Franco, tornando-se ditador até 1975. “Na esquerda, a exemplificação política do antifascismo é a Frente Popular, que reduz a Europa a fascistas e antifascistas e que, em última instância, se destina a proteger a pátria da revolução, a União Soviética. E, como você observou em relação à Espanha, a maneira como os soviéticos estabeleceram governos na Europa Oriental em primeiro lugar foi precisamente baseada no modelo da Frente Popular” (JUDT, 2014: 231). Leia, de minha autoria, “Guerra Civil Espanhola” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/guerra-civil-espanhola-75-anos-depois.html.  Veja FAI, POUM, UME, Brigadas Internacionais, Patrulha da Madrugada, Guernica, Legião Condor.

Frente Única - Idealizada pelo ex-ministro San Thiago Dantas, desejava unir todas as esquerdas em uma “Frente Única” (1963), para dar suporte consistente ao governo de João Goulart e suas “Reformas de Base”. Os partidos comunistas e o exibicionismo de Brizola impediram a formação dessa Frente. A “Frente Popular” de Jango, com o PCB e as organizações dominadas pelo “Partidão”, foi o que sobrou da pretensa “Frente Única”. A expressão de pau “Frente Única”, pelo menos, serviu de inspiração para a moda das décadas de 1960/70, sendo uma peça feminina bastante sexy - ao mesmo tempo em que debutavam o chinelo-de-dedo, a calça jeans da marca Lee e a camisa volta ao mundo banlon, que hoje talvez possa ser comprada na Enjoei, época em que se ouviam no rádio o Repórter Esso e as piadas sem graça de muito sucesso, de Vitório e Marieta - cfr. em https://www.youtube.com/watch?v=-3YUaArmlk8.

Frente Universitária Berlim (FUB) - Onagro pertencente à Universidade Livre de Berlim, que concedia bolsas de estudo para doutrinação comunista.

Front National - Frente Nacional: partido de extrema direita, de Jean-Marie le Pen (França), que derrotou o ex-primeiro-Ministro Jospin no primeiro turno das eleições presidenciais, em 2002. Partido acusado de ser xenófobo e contra a imigração no país, especialmente a população muçulmana. A Frente Nacional pretende retirar o país da União Europeia e quer a volta do franco como moeda nacional.

FRU - Frente Revolucionária Unida (Serra Leoa): movimento guerrilheiro, em maio de 2000 sequestrou 500 integrantes da ONU. No conflito, que teve início em 1991 e durou 9 anos, morreram 50 mil pessoas e 10 mil ficaram mutilados (os rebeldes da FRU cortavam os braços, as pernas ou as línguas de civis).

FSLN - 1. Frente Sandinista de Liberación Nacional (Nicarágua): movimento fundado pelo marxista Carlos Fonseca, derrubou a ditadura de Somoza e tomou o poder em 1979, com Daniel Ortega. 2. Forças Socialistas de Libertação Nacional: no dia 17/08/2000, 11 homens assaltaram um posto policial (Departamento de Policiamento Ostensivo - DPO), em Carapebus, Norte do Estado do Rio de Janeiro, roubando armas e pichando na cidade “A solução para o Brasil é a luta armada. FSLN”. O líder Nelson Faria Marinho, ex-paraquedista então com 56 anos, foi preso.

FSM - 1. Federação Sindical Mundial: criada em 1945, com sede em Moscou, era o principal instrumento do Movimento Comunista Internacional (MCI) para subversão em todos os sindicatos dos países não comunistas. 2. Fórum Social Mundial. Veja verbete.

FUAC - Frente Unida Andres Cano: grupo esquerdista, com aproximadamente 60 homens, que atua na Nicarágua desde 1991, em choques com patrulhas do Exército.

Fuehrerlexikon - Publicado em 1934 pela Editora de Otto Stollberg, em Berlim, apresenta a biografia de cerca de 1.600 pessoas que ajudaram o movimento nazista a alcançar a vitória total. Não foi uma publicação oficial do Partido Nazista, mas foi aprovada por ele. No prefácio, os editores explicam o objetivo da publicação: “O Fuehrerlexikon procura mostrar a realização do princípio do Fuehrer na vida pública da Alemanha”. O prefácio declara que o livro contém 1.700 biografias, porém tem cerca de 1.600, com mais de 100 espaços em branco; isso se explica porque em meados de 1934 houve o “expurgo de sangue” das facções Roehm-Strasser e a dizimação da liderança das S. A. - indicação de que havia cerca de 100 pessoas envolvidas no expurgo que anteriormente constavam da publicação. O número inclui figuras de prestígio que não eram nazistas fanáticos. Veja Revisionismo e Direito do Esquecimento.

FULNA - Frente Armada de Liberación Nacional (Paraguai): surgiu em 1960, sob inspiração da Revolução Cubana. Foi ligada ao Partido Comunista do Paraguai.

FULRO - Frente Unida para a Libertação das Raças Oprimidas (United Front for the Liberation of Opressed Races): por exemplo, Montagnards.

Função social do contrato - Expressão de pau de sucesso, nada diz, pois todo contrato tem, em si mesmo, uma função social. De acordo com o novo Código Civil, a “liberdade de contrato será exercida em razão e nos limites da função social do contrato” (Art. 421). “Em princípio absolutamente correto, porque o Direito é também um fenômeno social. (...) O Direito está sempre em função da sociedade. A afirmação, portanto, do Código Civil não passa de tautologia, de truísmo, de pleonasmo legislativo” (Jacy de Souza Mendonça, in “O novo código civil”, Revista Banco de Ideias no. 26 - Mar/Abr/Mai 2004, pg. 8, do Instituto Liberal).

Fundamentalismo - Conceito protestante que surgiu no século XX, para defender e conservar os elementos “fundamentais” da fé cristã, através da interpretação literal da Bíblia. Atualmente refere-se ao conjunto de ideologias que veem, exclusivamente nos fundamentos da religião, a base para a organização da vida social e política. Principais movimentos fundamentalistas no mundo: 1) Fundamentalismo islâmico: teve origem no Wahabismo, uma teoideologia radical formulada na versão radical do Islamismo, no século XVIII; exemplos de fundamentalismo islâmico: xiitas no Irã, após a Revolução Iraniana de 1979, conduzida por Ruhollah Khomeini; a Gammaat-i-Islamia no Egito; a FIS na Argélia; o Hezbollah no Líbano; o Hamás em Gaza; a milícia Talibã no Afeganistão; 2) Fundamentalismo hindu: como exemplo temos: a organização Shiv Sena e o Partido Bharatiya Janata (BJP), os quais destilam seu ódio contra os demais segmentos religiosos da Índia, especialmente muçulmanos; e os Sikhs, membros de uma seita hindu monoteísta fundada no século XVI, que desejam fundar o Khalistão (“Terra dos Puros”) em território indiano; 3) Fundamentalismo judaico: o Eyal (Força Judaica Combatente) e o Kahane Vive. O fundamentalismo islâmico é o mais forte e mais atuante no mundo. Muçulmanos perfazem mais de 85% da população dos seguintes países: Afeganistão, Argélia, Autoridade Palestina, Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Iraque, Jordânia, Paquistão, Arábia Saudita, Senegal, Tunísia, Turquia, os países do Golfo Pérsico e a maior parte das novas repúblicas da Ásia Central e do Cáucaso, surgidas após o colapso da União Soviética. Nos países de Albânia, Tchad, Etiópia e Nigéria os muçulmanos são 25 a 85% da população. A Índia, Myanmar (ex-Burna), Camboja e as Filipinas têm significativas populações muçulmanas. Bernard Lewis, historiador judeu, autor de “O que deu de errado no Oriente Médio?”, “aponta para a incapacidade do mundo muçulmano de separar religião e Estado. Faltou-lhes algo como a Reforma Protestante ou a Revolução Francesa. A promiscuidade entre religião e Estado gerou um sistema monolítico, avesso às contraposições, que os impediu de desenvolver conceitos como democracia, emancipação feminina, liberdade de imprensa. (...) A frustração e o ressentimento causados pelos fracassos das ideias ocidentais insuflou o fundamentalismo religioso, com sua falsa promessa de um retorno a um passado glorioso em que os muçulmanos dominavam o mundo” (in “Pobres, fracos e ignorantes”, resenha de Diogo Mainardi, revista Veja no. 1762, de 31/7/2002, pg. 109).

FUNLEIDE - Fundação Leide das Neves Ferreira: criada para cuidar das vítimas do acidente com Césio-137, ocorrido em Goiânia em 1987. Na época, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) afirmou que 4 pessoas morreram e 244 ficaram feridas; porém, em maio de 1997, a CNEN entregou à Procuradoria-Geral da República uma relação de 798 pessoas que teriam sido irradiadas ou contaminadas na época do acidente. Atualmente, o depósito de rejeitos radioativos do acidente encontra-se na cidade de Abadia de Goiânia, a 23 km de Goiânia.

Fúria legiferante - Mal de que padece o Congresso Nacional brasileiro, que aprova milhares de leis que “não pegam”. 

  

G

 

“É que o soldado só tem dois destinos: manter na túnica a honra e a dignidade, com o juramento que fez de servir a Pátria com o sacrifício da própria vida, ou então se meter num sarcófago e ser enterrado no túmulo dos covardes, não há outra alternativa para nós” (Coronel do Exército Antonio Erasmo Dias, Secretário de Segurança Pública de São Paulo e Deputado Federal por São Paulo, autor do livro “O Revanchismo - Caça às Bruxas”. Depoimento à HOE/1964, Tomo 6, pg. 154).

 

G-3 - Glory, Gold and God (Glória, Ouro e Deus): lema dos conquistadores na América do Norte.

G-11 - “Os chamados Grupos dos Onze Companheiros - simplificadamente, Grupos de Onze ou Gr-11 - e também conhecidos como Comandos Nacionalistas, foram concebidos por Brizola no fim de 1963. Tomando por base a formação de um time de futebol, imagem de fácil assimilação e apelo popular, Brizola pregava a organização de pequenas células - cada uma composta de onze cidadãos, em todo o território nacional - que poderiam ser mobilizados a seu comando” (Mariza Tavares, in “Grupo dos 11: O braço armado de Brizola” - cfr. http://resistenciamilitar.blogspot.com/2011/03/memorias-reveladas-o-dossie-do-braco.html). G-11 também pode se referir a Grupo de Combate, de 11 militares, célula de um pelotão de Infantaria. “Chegou a organizar 5.304 grupos, num total de 58.344 pessoas, distribuídos, particularmente, pelos Estados do Rio Grande do Sul, Guanabara, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo” (ORVIL, pg. 136). A exemplo do que hoje faz o MST, o G-11 pretendia utilizar mulheres e crianças como escudos civis. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). “Entre 19 e 25 de outubro de 1963, Brizola lançou, oficialmente vamos dizer assim, os seus ‘grupos dos onze’, organizações que, de acordo com a sua orientação, deveriam considerar-se em revolução permanente e ostensiva. (...) Era uma imitação chula das instruções da guarda vermelha bolchevique” (Gen Div Del Nero - HOE/1964, Tomo 5, pg. 100). Um documento do Grupo afirmava que os G-11 seriam a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética”. (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS.) Quando ocorreu a Contrarrevolução de 1964, havia centenas desses Grupos espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil que não apoiassem Brizola - civis, militares e eclesiásticas, como se pode ler nas “Instruções secretas” do EPL e seus G-11, no item 8, “A guarda e o julgamento de prisioneiros”: “Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição” (AUGUSTO, 2001: 112). “Posso dizer que as ‘Ligas Camponesas’ e os ‘grupos dos onze’, na verdade, foram blefes. Eram usados pela imprensa, faziam estardalhaço, mas sentir a existência... a ação... Não houve nenhuma, absolutamente. Apenas no interior de Goiás foram apreendidos uns caixotes com armas que eram destinados ao ‘grupo dos onze’, mas o pessoal fugiu e nunca mais apareceu. Havia um oficial amigo do Jango, coronel Seixas, responsável pela repressão, e que, ao invés de mandar aquelas armas para o Exército, enviou para a Presidência da República. As armas tinham vindo de Cuba” (Coronel Renato Brilhante Ustra - HOE/1964, Tomo 5, pg. 256). Herbert de Souza, o “Betinho”, foi o coordenador geral dos G-11 e na época da Contrarrevolução de 1964 era assessor do ministro da Educação, Paulo de Tarso. Sobre os G-11, leia os documentos secretos em http://www.documentosrevelados.com.br/repressao/grupo-dos-onze-companheiros-movimento-liderado-por-brizola-para-barrar-o-golpe-e-avancar-com-as-reformas-parte-3/. Leia, de minha autoria, Brizola, o último dos maragatos, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/brizola-o-ultimo-dos-maragatos-por.html.

GAL - Grupos Antiterroristas de Libertação: criados durante o governo espanhol de Felipe González para combater o ETA, são acusados de 26 assassinatos e 33 ataques a bomba entre 1983 e 1987. O ex-ministro do Interior do governo Gonzales, Jose Barrionuevo, foi condenado a 10 anos de reclusão por participação no sequestro do empresário francês, Segundo Marey, em 1983, em ação atribuída aos GAL.

Gangsta Rap - “É o nome que se dá a um estilo de rap surgido nos finais dos anos 80 e começo dos noventa, com o grupo Public Enemy e os cantores Tupac Shakur e Notorius B.I.G., ambos assassinados em brigas de gangue. Este rap, em oposição ao que predominou nos 70, é um rap engajado e violento que dissemina o ódio contra a sociedade e os ‘burgueses’. Nosso espécime nacional é o ‘Racionais Mc´s’” (in “A geração do autodesprezo”, de Karen de Coster e Brad Edmonds, tradução de Mauro de Decca).

GAP - 1. Grupo de Ação Patriótica: presidido por Aristóteles Drummond (https://aristotelesdrummond.com.br/), o GAP era composto por estudantes do RJ, MG e SP, que se contrapunham aos esquerdistas da UNE e da UEES. “Fiz a Revolução com 19 anos, liderando um movimento de jovens do Grupo de Ação Patriótica - GAP - que se opunha à representação da União Nacional dos Estudantes (UNE), dominada por comunistas. Nossa atuação está registrada em muitos autores e os jornais da época destacam a presença do GAP em atos públicos de defesa da ordem e dos valores mais expressivos e conservadores da sociedade brasileira. O nosso Grupo, que atuava principalmente no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em São Paulo, era composto, basicamente, por jovens estudantes, tendo por programa de ação o combate às reformas comunizantes de Brizola e Goulart; ao sistema de representatividade da classe estudantil, adotado na União Nacional dos Estudantes e na União dos Estudantes do Ensino Secundário (UEES); à encampação de refinarias; à ocupação de postos-chave da administração na Petrobras, no Departamento de Correios e Telégrafos, na Rede Ferroviária, nos Portos etc. por elementos comunistas; à influência desmedida dos dirigentes sindicais nos destinos do País; à censura à palavra de políticos da oposição, como Amaral Neto, Carlos Lacerda, Raimundo Padilha e muitos outros, no rádio e na televisão; à omissão governamental diante das greves e das agitações permanentes, de caráter político e subversivo. Os jovens tinham como referência maior o trabalho desenvolvido pelo Almirante Sílvio Heck, Ministro da Marinha no Governo Jânio Quadros, para fugirem a uma identidade partidária, de vez que eram muitas as lideranças políticas que se opunham a Goulart, como os governadores de Minas, Magalhães Pinto, de São Paulo, Adhemar de Barros, e da Guanabara, Carlos Lacerda, todos candidatos em 1965, e o grupo de JK, do PSD, onde muita gente se contrapunha ao Presidente. O GAP se integrou a entidades formadas por empresários, mulheres, militantes católicos, militares da reserva, ex-líderes estudantis, para se opor à pregação revolucionária das esquerdas, que encontravam acolhida no Governo Goulart, bem como ao grevismo político que fazia parte do cotidiano do País. (...) O Brasil é quase todo o continente, e para onde se inclina, a América Latina tende a seguir, como bem disse o Presidente Nixon. Os EUA não tolerariam uma Cuba do tamanho do Brasil. Nem do Chile, salvo por uma das mais impressionantes e completas personalidades históricas de nosso tempo, o General Augusto Pinochet, um grande amigo do Brasil, que nos visitou várias vezes como Presidente e, depois, como mero turista. Este forma, com o General Franco, de Espanha, a dupla de grandes benfeitores do Ocidente, tratados com tanta ingratidão e maior desonestidade no que tem sido publicado. Foram eles que infringiram as maiores derrotas ao comunismo no século XX. A bibliografia é rica em confirmar o empenho da União Soviética em agitar a situação política e social no Brasil, na América Latina, insistindo na violência no campo, na dominação da mídia e do meio intelectual. A Igreja e as Forças Armadas eram prioridades do comunismo desde a década de 1940. Afinal, as grandes derrotas do comunismo se deram no final da década de 1930 com a Guerra Civil da Espanha, em meados da década de 1960 com o Brasil e de 1970 com o Chile. Em todos os três casos, a mão comunista – com base na Rússia principalmente - era visível e os bons resultados da reação no campo social e do desenvolvimento econômico foram duros golpes. As bases do progresso da Espanha, do Chile e do Brasil são devidas a Franco, Pinochet e aos nossos generais-presidentes, especialmente Castello, Costa e Silva, Médici, e João Figueiredo. A única vitória do comunismo importante foi a Revolução dos Cravos, em Portugal, que acabou por permitir uma independência sangrenta em Angola e Moçambique, territórios que estavam marchando para uma solução de alto nível, com base na lusitanidade, em algo que se parecesse com a do Brasil que foi proporcionada por um rei de Portugal, na ocasião príncipe-herdeiro. Mas a cobiça comunista das riquezas de Angola, principalmente, falou mais alto, não contando apenas com a reação de uma parte não comunista, a União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), que sustentou uma guerra violenta por mais de 25 anos, com grande número de mutilados. Uma tragédia, em que o Brasil agiu de forma omissa no governo Geisel e, daí, em diante. (...) A partir daí, a prioridade dos soviéticos foi a infiltração entre militares e religiosos. No Brasil, não poderia ser diferente. Os militares sofreram de tal maneira a infiltração, que tivemos, pouco antes da Guerra da Espanha, a Intentona de 1935 e, em 1964, a nossa Revolução precisou retirar, de forma autoritária de suas fileiras, mais de quatro mil militares sob suspeição de tolerância com o comunismo, número muito maior do que o de afastamento no funcionalismo civil, por exemplo. A Igreja, por sua vez, foi muito usada pelos radicais da luta armada e pela influência que os temas políticos passaram a ter na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O saldo desta militância de esquerda de parte do clero abriu as portas do Brasil para seitas ditas cristãs, que acabaram se tornando verdadeiros negócios e comitês eleitorais, a chamada ‘bancada evangélica’. (...) Ao ser fundado em junho de 1962, o GAP firmou convênio com a Aliança Democrática Brasileira e o Centro José Bonifácio, organizações democráticas de São Paulo, presididas pelos estudantes Waldo Domingos Claro e Fânio Sandoval, e formou um núcleo em Juiz de Fora, dirigido pelo universitário Marcos Ventura de Barros. (...) Não tendo vinculação com qualquer partido, o GAP aceitava, de bom grado, a colaboração e a adesão de todos os verdadeiros patriotas, independente de onde viessem ou estivessem. De nossa Carta de Princípios, constava a defesa intransigente do regime democrático, da família, da Igreja, da propriedade e da iniciativa privada. (...) Hélio Silva recorda os Comícios pela Democracia, realizados pelo Deputado Amaral Neto, com a presença de parlamentares de todo o País, membros da Ação Democrática Parlamentar, nos quais pregávamos, em praça pública, a reação ao Governo. Nesses comícios, realizados semanalmente em várias cidades, coube-me sempre falar em nome dos estudantes democratas como presidente nacional do GAP. Lembra o escritor que me cabia, através da Rede da Democracia – cadeia de emissoras de rádio que se opunha à cadeia da legalidade, de Leonel Brizola – falar, semanalmente, na qualidade de Presidente do GAP, recomendando, inclusive, a mobilização armada contra os camponeses de Francisco Julião e os elementos dos Grupos dos Onze, de Brizola. A participação da rapaziada do GAP, relembra o escritor, estava intimamente ligada ao grupo conspirador liderado pelo Almirante Sílvio Heck. Por algumas vezes, realizamos transporte de armas de São Paulo para o Rio de Janeiro. Chegamos, inclusive, a trazer metralhadoras em malas e em ônibus da viação Cometa. Este transporte e movimentação de armamento foi uma vez estourado pela Polícia do Exército, mas eu e mais dois companheiros conseguimos escapar na própria estação rodoviária. Em consequência desta ação, a sede da entidade Ação Vigilante do Brasil, na Rua 1º. de Março, no Rio de Janeiro, foi invadida e interditada, assim como um sítio em Jacarepaguá, onde o Governo apreendeu as armas. Por sorte, o Inquérito Policial Militar (IPM) que o Ministro da Guerra instaurou foi confiado ao General Idálio Sardemberg. Como a imprensa janguista insistia em citar Heck, além de citar-me juntamente com o GAP, tomei a iniciativa de procurar pessoalmente o General Sardemberg, em sua casa, na Rua Souza Lima. Na conversa que mantive com ele, aleguei que o movimento distribuía livros, combatia a UNE etc. e que o noticiário dos jornais era maldoso. O General Sardemberg me ouviu e por fim disse-me: ‘Sei que as coisas não são bem como você diz, mas elogio o seu civismo e peço levar ao Almirante Heck minhas palavras de tranquilidade. Vocês não serão incomodados’. (...) Lembro-me de que, no final de 1962, logo após o Almirante Sílvio Heck deixar o Quartel Central do Corpo de Fuzileiros Navais, onde se encontrava preso, formamos um grande cortejo de automóveis integrado por delegações de diversas entidades, entre as quais a nossa – o Grupo de Ação Patriótica – e muitas outras, como a Frente da Juventude Democrática, a Ação Vigilante do Brasil, a União Operária Camponesa do Brasil, o Movimento Estudantil Católico, o Movimento Estudantil Marítimo, a Aliança Democrática Popular etc. (...) A primeira operação conjunta foi a distribuição de livros e folhetos em fábricas e colégios da Guanabara, São Paulo de Minas Gerais. Distribuímos, inicialmente, três livretos: ‘Depoimento sobre a Rússia’, mais de seis mil exemplares, de Nascimento Brito, Diretor do Jornal do Brasil; ‘Estopim da Fraude’, de Waldo Domingos Claro, presidente da Aliança Democrática Brasileira; e ‘UNE, Instrumento da Subversão’. Numa ação continuada, conseguimos, ainda, distribuir mais de vinte mil livros de esclarecimento popular, alcançando maior destaque ‘Um Engenheiro Brasileiro na Rússia’, de John Cotrim; ‘Estudantes Brasileiros na Tcheco-Eslováquia’, de Ronaldo Pereira Rodrigues, que fora Secretário da UNE; e ‘Condição Humana da China Comunista’, de Suzanne Labin. (...) A Cadeia Radiofônica da Democracia iniciou suas atividades no final de outubro de 1963, liderada pelas Rádios Tupi, Globo e Jornal do Brasil, com a participação no primeiro programa de João Calmon, Roberto Marinho e Nascimento Brito, diretores das emissoras que encabeçavam a Cadeia” (Jornalista Aristóteles Drummond, Tomo 9, pg. 144-158). 2. Grupos de Amigos Personales: guarda pretoriana de Salvador Allende, presidente do Chile (1970-1973). Antes de Allende, os Carabineiros faziam a segurança da guarda do Presidente. Contra todas as leis do país, os GAP passaram a constituir uma Força Armada, incluindo agentes e espiões cubanos, que seria a base do “Exército Popular” que os marxistas estavam formando com as brigadas “Ramona Parra” (do PC), “Elmo Catalán” (do PS) e o “MCR” (do MIR). “Entre os seguranças que protegiam as residências de Allende, havia cubanos, argentinos radicais membros dos montoneros e uruguaios do grupo tupamaro, todos terroristas. Os treinamentos do GAP ocorriam nas propriedades do presidente com instrutores cubanos” (NARLOCH, 2011: 267). O GAP, sob Allende, “contava com dois célebres agentes cubanos em suas fileiras: os irmãos gêmeos Patricio e Tony de la Guardia” (SÁNCHEZ, 2014: 97). Sem formação profissional, sem disciplina e sem responsabilidade, os GAP tinham impunidade para assaltar, tomar reféns e assassinar - inclusive próprios companheiros. A organização do “Exército Popular” acelerou-se com a formação dos “Cordões industriais”, organização paramilitar composta por operários e camponeses marxistas das indústrias estatizadas. 3. Grupo de Ação Política: junto com o IPES, CONCLAP e outros órgão, participou do Movimento de 1964, que evitou a comunização do Brasil.

Gay - O politicamente correto desvirtuou o adjetivo gay, que virou substantivo e substituiu as palavras “homossexual” e “pederasta”. Em antigas canções, como Old Black Joe, de Stephen Foster, gay significava apenas “alegre” (Gone are the days when my heart was young and gay). No Brasil, o gayzismo persegue pessoas, como o escritor evangélico Júlio Severo, a psicóloga Rozangela Justino e, mais recentemente, a pastora Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Governo Jair Messias Bolsonaro. O primeiro teve que residir no exterior, nos EUA, devido a ameaças sofridas após lançar o livro “O Movimento Homossexual”, considerado ofensivo pelos gays, enquanto a psicóloga foi tolhida de trabalhar integralmente em sua profissão, por tentar ajudar pessoas a se livrar de sua condição homossexual, a pedido destas.

GBL - Grupo Bolchevique Lênin: formado em 1929 pelo comunista Mário Pedrosa. O GBL era enquadrado na estrutura do PC-SBIC. Em 1931, afastado do PCB, Pedrosa transformou o GBL na Liga Comunista Internacionalista (LCI), desarticulado após a Intentona Comunista, ocorrida em 1935.

Gendarmeria Internacional - Exercida pelo antigo G-7 e comandado pelos EUA, a “gendarmeria internacional” se arvora em polícia do mundo e justiceiro internacional, sobrepondo-se à ONU, ao direito internacional e à autodeterminação dos povos, como o observado nos ataques da OTAN contra a Sérvia e dos EUA contra o Iraque após a Guerra do Golfo. A pretexto de defender minorias étnicas (albaneses) que desejam a emancipação da província de Kosovo, encabeçada pelo Exército de Libertação de Kosovo (ELK), a OTAN, em 1999, promoveu a destruição de toda a infraestrutura da Sérvia, esquecendo-se que outras minorias e outros movimentos insurgentes também desejam sua independência: o Tibete oprimido pelos chineses, o IRA na Irlanda do Norte, o ETA no País Basco, os Curdos na Turquia, os catalães na Espanha etc. - para não citar o próprio Texas, nos EUA, que desejavam ser independentes do “socialismo” à Barack Obama.

General do Partidão - Trata-se do historiador marxista e general-de-brigada do Exército Brasileiro, Nelson Werneck Sodré. Chefiou o Departamento de História no ISEB, ocasião que marcou seu retorno à publicação de livros. Entre suas obras, destacam-se “História da Literatura Brasileira”, “Formação Histórica do Brasil”, “História Nova”, “Quem Matou Kennedy”, “Capitalismo e Revolução Burguesa no Brasil” e muitas outras, que podem ser conferidas em https://pt.wikipedia.org/wiki/Nelson_Werneck_Sodr%C3%A9. Após a Revolução de 1964, o General do Partidão teve os direitos políticos cassados por 10 anos e ficou preso por 57 dias. Faleceu em 13 de janeiro de 1999. “Em maio de 1965, Nelson Werneck Sodré, historiador e militar identificado com o PCB, publicou um longo artigo no primeiro número da Revista Civilização Brasileira, listando as violências contra a cultura, desde o golpe militar. Não por acaso, o artigo intitulava-se ‘O terrorismo cultural’, demonstrando como a expressão se plasmara como eixo da resistência, fazendo convergir liberais e comunistas” (NAPOLITANO, 2014: 211). Que ditadura foi essa, que deixava tanto espaço na imprensa a admiradores do comunismo, incluindo a Editora Civilização Brasileira, dirigida por muitos anos pelo comunista Ênio Silveira? Veja ISEB.

General do povo - Em julho de 1963, nas comemorações do aniversário do general Osvino Ferreira Alves, o “general do povo”, então comandante do III Exército, reuniu-se em Porto Alegre com cerca de 800 subtenentes e sargentos das Forças Armadas e da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. “O orador da ocasião foi o Governador Brizola, com sua oratória nacionalista e reformista, numa manifestação de um segmento da hierarquia, com excludência dos oficiais” (PEDROSA, 1998: 292). Em 06/03/1963, houve uma passeata de militares em São Paulo, exigindo a posse dos sargentos eleitos. Militares da Aeronáutica e da Força Pública compareceram fardados. “À mesa diretora sentaram-se os comunistas Rio Branco Paranhos, Geraldo Rodrigues dos Santos, José da Rocha Mendes Filho, Mário Schemberg, Luiz Tenório de Lima, Oswaldo Lourenço e o General reformado Gonzaga Leite, um dos organizadores do Congresso Continental de Solidariedade a Cuba” (AUGUSTO, 2001: 104). Nelson Werneck Sodré, oficial-general do Exército, historiador de orientação marxista, “apresentava em suas aulas no ISEB a História do Brasil sob o prisma comunista, cassado pelo AI-5 e que teve seus direitos políticos suspensos pelo prazo de 10 anos” (BAFFA, 1989: 128). A 25 de março, ocorreu a rebelião dos marinheiros no Rio de Janeiro, que “foi a gota d’água que congregou os militares e os levou à decisão de partirem para a ação” (AUGUSTO, 2001: 128). Na mesma data, ocorreu a reunião festiva do 2º aniversário da Associação de Marinheiros e Fuzileiros Navais do Brasil (AMFNB), uma entidade criada à revelia dos regulamentos militares. O marinheiro Anselmo critica as autoridades navais e conclama o povo a derrubar a “estrutura anacrônica do País, onde apenas os grupos privilegiados absorvem a riqueza que por direito pertence ao povo” (idem, pg. 128-129). Na mesma ocasião, foi aprovada uma proposta para que todos permanecessem no local até que fossem canceladas as punições disciplinares contra os militares e que os “almirantes gorilas” fossem substituídos por “almirantes do povo”. A indisciplina chegou ao ápice quando os marinheiros amotinados, desuniformizados, exibindo faixas de apoio do CGT, da Liga Feminina e dos Trabalhadores Intelectuais, saíram em passeata pela Avenida Presidente Vargas até a Igreja da Candelária, levando nos ombros os almirantes Cândido da Costa Aragão e Pedro Paulo de Araújo Suzano. Outro general populista foi Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, candidato a presidente, derrotado por Jânio Quadros em 1960. Lott assinou portaria, permitindo que o sargento Abdias Morais de Araújo Lemos, formado em veterinária, se matriculasse na Escola de Veterinária e fosse promovido a tenente veterinário, apesar de ter ultrapassado a idade regulamentar. Artifício utilizado: o general Ibiapina forjou um ofício, assinando como Diretor de Faculdade. O que a busca de votos não faz... (Cfr. depoimento do general Ibiapina - HOE/1964, Tomo 2, pg. 171-172). “Na promoção a General-de-Divisão, [Castello Branco] foi nomeado para o Comando da 8ª. Região Militar, em Belém, castigo imposto por causa de suas críticas, usando os codinomes Mister X ou Mister Y, ao episódio em que o Marechal Lott  (Henrique Baptista Duffles Teixeira Lott) foi agraciado com uma espada de ouro. Na chegada à capital paraense, ainda no aeroporto, esposas das autoridades do Exército, Marinha e Aeronáutica, ofertaram à D. Argentina [esposa de Castello Branco] uma espada pequena, de ouro, cravejada de brilhantes. Mais tarde, depois da morte da esposa - faleceu nos braços de Arminda - o General Castello deu-a de presente à Arminda. Minha esposa nunca a usou, mantendo-a guardada” (Coronel Anysio Alves Negrão - HOE/1964, Tomo 15, pg. 327).

Genocídio - A palavra “genocídio” foi cunhada pelo jurista polonês Raphael Lemkin, em 1944, para descrever as atrocidades dos nazistas contra os judeus durante a II Guerra Mundial. “Geno” é palavra grega que significa “raça” ou “tribo”; “cídio” vem do Latim e significa “massacre”. Assim, genocídio é o extermínio sistemático de uma etnia ou de um povo, a chamada “limpeza étnica”. Os ingleses, espanhóis e portugueses promoveram o genocídio de indígenas nas Américas (os mesmos indígenas que haviam promovido genocídio contra seus antecessores). O comunismo exterminou aproximadamente 110 milhões de pessoas em todo o mundo. O nazismo aniquilou aproximadamente 6 milhões de judeus, além de ter provocado a morte de dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, ao desencadear a II Guerra Mundial. Os ingleses exterminaram em torno de 4 milhões de irlandeses, utilizando a “Arma da fome” (1845-1849). Os turcos otomanos promoveram a matança de 1,5 milhão de cristãos armênios durante a I Guerra Mundial. O general Suharto, ditador da Indonésia (1965-1998), eliminou entre 700.000 e 1.000.000 de cidadãos, grande parte de origem chinesa e ligados ao Partido Comunista; em 1975, a Indonésia anexou o Timor-Leste, então colônia portuguesa; durante 24 anos, a repressão causou a morte de cerca de 200.000 pessoas do país, de maioria cristã. Pol Pot, ditador comunista que tomou o poder do Camboja em 1975, exterminou cerca de 2 milhões de cambojanos (20% da população), a maioria de fome, devido ao retorno forçado ao meio rural. Juntas de comandantes da ditadura militar argentina (1976-1983) fizeram “desaparecer” 5.916 pessoas (os comunistas insistem em mentir que foram 30 mil). O regime de Saddam Hussein, do Iraque, mandou bombardear cidades curdas, ao norte do país, em 1988, com armas químicas, matando 8.000 civis e forçando 100.000 a fugir para a Turquia; o ataque foi para eliminar a guerrilha curda, que apoiou o Irã durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988). A Sérvia promoveu limpeza étnica na Bósnia-Herzegovina e na Província do Kosovo, que por sua vez promoveram perseguições contra os sérvios. O ex-Presidente Milosevic foi entregue ao Tribunal Penal Internacional - TPI, em Haia, em 2001, para julgamento de “crimes de guerra”, e um de seus generais, Radislav Krstic, foi condenado, pelo TPI, em 2001, a 46 anos de prisão pela morte de 8.000 muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995. As guerras da antiga Iugoslávia contra a Croácia, Bósnia e Kosovo ocasionaram mais de 200.000 mortos; 700.000 sérvios, por sua vez, foram expulsos das regiões controladas por bósnios muçulmanos e croatas. Em 1994, o avião do Presidente da Ruanda foi atingido por um foguete; o Presidente morreu e os hutus culparam os tutsis (etnia rival), que passaram a ser perseguidos e mortos, resultando na morte de 800 mil tutsis. O governo muçulmano do Sudão promoveu extermínio de cristãos e animistas no Sul do país (a Guerra Civil fez mais de 2 milhões de vítimas); em 2011, em plebiscito, a população do Sul do país votou pela separação do Norte muçulmano. Na África do Sul, durante o Governo Mandela, foram assassinados em torno de 2.000 fazendeiros brancos. Michal Horowitz, erudito judeu ortodoxo, calcula que cerca de 150.000 cristãos - o total dos mártires dos primeiros séculos - morrem anualmente assassinados pelas ditaduras da China, Vietnã, Coreia do Norte, Irã e Sudão. A esses países, deve-se acrescentar a Indonésia, o Paquistão, o Egito, a Nigéria e outros, de maioria muçulmana, que também promovem perseguições a não-muçulmanos. Veja Cristofobia.

GENR - Grupo Especial Nacionalista Revolucionário: a partir de 1968, realizou assaltos em São Paulo, como o carro-pagador do Banco da Lavoura de Minas Gerais e o Banco Francês e Italiano; realizou, ainda, dezenas de roubos de carros, para obter fundos. Alguns de seus integrantes: Diniz Cabral Filho, Plínio Petersen Pereira, Elio Cabral de Souza, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca.

Genyosha - “Em 1876, os samurais foram dispensados como classe, perdendo seu estipêndio e o direito de portar espada” (JOHNSON, 1994: 149). “Em 1881, um grupo deles formou a Genyosha, a primeira das sociedades secretas, que logo entrou na política indiretamente, fornecendo capangas para manipular fraudulentamente as eleições da Dieta ou então para assassinar os candidatos rivais. Em 1901, um membro da Genyosha, Mitsuru Toyama, fundou o notório Kokuryukai, ou o Dragão Negro, protótipo de muitas seitas violentas e ultranacionalistas” (idem, pg. 151).

Geração Bandung - Convencionou-se chamar de "Geração Bandung" a leva de líderes esquerdistas terceiro-mundistas, que, depois da famosa reunião na ilha de Java, em 1955, conseguiram realizar uma só coisa até hoje: tornar o Terceiro Mundo o Quinto dos Infernos. A Geração Bandung eterniza-se nas atuais refundações comunistas, como o Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, em que os parasitas esquerdosos, que estão entre os mais globalizados do planeta, se reúnem para gritar slogans contra a globalização. Claro: eles são apenas contra a globalização da economia de mercado (capitalismo), não contra a globalização do socialismo. Globobões de todo o Globo Global, Uni-vos e Globalizai-vos! Leia “Bandung e o fim da era colonial”, de Jean Lacouture, em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/bandung-globoboes-de-todo-o-globo.html.

Gestão socialista do capitalismo - Também alcunhado de “gestão igualitária do capitalismo”. Ambas as expressões de pau não dizem nada.

    GESTAPA - Geheime Staatspolizeiamt (Repartição da Polícia Política Nacional): organizado por Adolf Hitler.

GESTAPO - Geheime Staats Polizei (Polícia Secreta do Estado), do Nazismo.

Gestapo do PT - O PT, desde sempre, se valeu de métodos clandestinos para bisbilhotar e fabricar dossiês falsos contra adversários políticos, principalmente em época de eleição. Foi assim no caso dos “aloprados” - um maroto eufemismo lulano. Foi assim para derrubar Collor de Mello na tal “campanha pela ética”. Foi assim na “CPI dos Anões do Congresso”, quando o senador Esperidião Amin chamou os arapongas petistas de pertencer ao “PTPol”, a Polícia do PT. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu apresentava documentos que só um espião poderia fazer - aliás, José “Daniel” Dirceu, então presidente do PT, é especialista em Informações, Contrainformação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em Cuba, e fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço Secreto cubano. “Sob Lula, a PF teve tantas e tamanhas operações porque a lógica foi invertida: ela estipulava primeiro o ‘alvo’ e depois passava a gerar supostas informações sobre ele. Sempre com dossiês ou grampos. Só o vocábulo ‘alvo’, em si, já induz que ninguém mira em algo para errar. Sob Lula, tivemos, industriosamente, a juntada de relatórios do bunker da PF em inquéritos, e pior: sem qualquer compromisso cronológico com a realidade dos fatos. Aí, antes de qualquer coisa, você vaza na imprensa esses relatórios, e condena o acusado no tribunal em que os sites de pesquisa se transformaram. Sob Lula, passa-se a investigar alvos, não crimes, e cria-se uma polícia de estado totalitário” (TUMA JUNIOR, 2013: 74). “Serviços secretos, de inteligência, ou mesmo polícias mundialmente famosas não usam nem nunca usaram os métodos da PF de fazer IP (Inquérito Policial) ou procedimentos similares no setor de inteligência. Cito como exemplos: o FSB (Serviço de Inteligência Russo), a antiga KGB da ex-União Soviética, a CIA americana, o Mossad israelense, e o Serviço de Inteligência Britânico MI5; ou ainda a Direção de Inteligência Militar (DIM) e os Serviços de Inteligência Bolivariana (Sebin), antiga Direção de Serviços de Inteligência e Prevenção (DISIP), da Venezuela. É possível que somente a temida Gestapo tenha se aproximado dessa atuação, mas sem as mesmas tecnologias de hoje. Enfim, uma vergonhosa invenção brasileira, um produto que sequer a ditadura concebeu” (Idem, pág. 82). Leia, de minha autoria, “A Gestapo do PT e o pau de arara virtual”, em  http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/a-gestapo-do-pt-e-o-pau-de-arara.html. Veja Barba.

Gestapo Vermelha - Apelido dado pelos cubanos ao seu Departamento de Segurança do Estado (DSE), conhecido como Dirección General de Contra-Inteligencia. “O DSE dirigiu a sangrenta liquidação dos resistentes de Escambray e tratou da implantação dos trabalhos forçados” (COURTOIS, 2000: 777). Veja Limpeza de Escambray.

GETAT - Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins. Criado pelo governo Figueiredo após a Guerrilha do Araguaia, o GETAT tinha atribuições do INCRA para resolver os problemas fundiários “abrangendo 48 municípios do Pará, norte de Goiás e oeste do Maranhão, onde se localizam os maiores depósitos de riquezas minerais e os mais graves conflitos fundiários do país, que o governo federal pretende criar o novo Território dos Carajás (ou do Tocantins)” (KOTSCHO, 1981: 17). “Utilizando atualmente métodos radicalmente contrários aos que empregava durante os primeiros tempos do combate à guerrilha, quando posseiros foram perseguidos e torturados até à morte para indicar a localização dos guerrilheiros aos militares, ‘major Curió’ é procurado hoje pelos mais humildes que procuram uma vaga no garimpo, um remédio ou querem resolver uma briga de vizinhos por questão de terra” (idem, pg. 24).

Gharbzadegi - “Ocidentoxicação”: os muçulmanos veem a cultura ocidental como materialista, corrupta, decadente e imoral. Por isso, com o ressurgimento islâmico na atualidade, está aumentando o sentimento antiocidental, especialmente contra os EUA.

    GIA - Groupe Islamique Armée (Grupo Islâmico Armado): braço armado mais belicoso da Frente Islâmica de Salvação (FIS), luta pela implantação de uma república islâmica na Argélia. O GIA massacrou 150.000 pessoas e assassinou, em 1996, 7 monges de Tibberine e depois o Monsenhor Pierre Claverie, bispo de Oran. Atuante até 2006, o GIA tinha como objetivo exterminar os judeus e cristãos na Argélia e formar um califado. Veja FIS.

Gigante enfraquecido - Expressão usada para identificar problemas surgidos com reatores nucleares ou de natureza radiológica (DoD, USA). Exemplos clássicos foram os casos de Three Mile Islands (EUA), Chernóbyl (Ucrânia) e Fukushima (Japão).

    GIGN - Groupe d’Intervention Gendarmerie Nationale (França): conhecido como “Gingene”, foi criado em 1973, após a morte de atletas judeus nas Olimpíadas de Munique, em 1972.

GIM - 1. Grupo Independência ou Morte: restrito à cidade do Rio de Janeiro, transformou-se em Resistência Armada Nacional (RAN), aliciando antigos integrantes do episódio de Caparaó - fracassado movimento de Leonel Brizola. “O major do Exécito, cassado, Fernando Ryff Correia Lima (“Major”)... cedeu vários manuais de campanha do Exército para o GA de ações armadas. (...) O Major, inclusive, criticou o manual de explosivos da organização, confeccionado em 1970 por Hermes [Machado], dizendo que seria mais simples comprar os manuais no balcão do Estabelecimento General Cordeiro de Farias, no saguão do Ministério do Exército, onde eram vendidos sem qualquer exigência quanto a seu adquirente e destino, o que passou a ser feito pela organização” (ORVIL, pg. 725). O Grupo de Ação (GA) do GIM realizava exercícios de tiro em Açaí, próximo a Muriqui/RJ. O casal de atores Paulo José e Dina Sfat foi contactado por Ana Araújo de Arruda Albuquerque, mas não aceitou integrar o grupo subversivo. Veja MNR. 2. Guia de Instrução Militar: Manual do Exército, autorizado pelo Estado-Maior do Exército (BI no. 251, de 30/12/1966), de autoria do Capitão Expedito Hermes Rêgo Miranda e do 1º. Tenente Orlando Ferreira da Mota, impresso pela gráfica do Exército, Estabelecimento General Gustavo Cordeiro de Farias (EGGCF), Rio de Janeiro, 1967.

Glasnost - “Transparência”: democratização (abertura política) pregada durante o governo de Mikhail Gorbachev (1985 a 1991), na antiga URSS, além de acordos de desarmamento nuclear com o bloco capitalista, o que possibilitou o fim da Guerra Fria e acarretou a dissolução da URSS. “Embora na mentalidade otimista de seus iniciadores, a Glasnost devesse acabar amadurecendo, em uma plena liberdade de expressão e de informação, na prática, evoluiu para algo verdadeiramente enredado: uma campanha de ‘agitprop’ anticomunista, a cargo de ex-comunistas” (POCH-DE-FELIU, 2008: 89).

Glasnostalgia - Termo criado por Meira Penna, significa “nostalgia da glasnot” ou “viúvas da Praça Vermelha” (in “A Ideologia do Século XXI”, pg. 171).

Glavlit - Departamento de censura oficial da URSS, controlava as publicações literárias.

GLC - Grupo de Levantamento da Conjuntura: comandado por Golbery do Couto e Silva a partir da seção fluminense do IPES, no edifício Avenida Central, no Rio de Janeiro (13 salas no 27º. andar). “O GLC funcionava na verdade como um serviço secreto. A missão mais importante do núcleo era alimentar um gigantesco arquivo de informações sobre alvos do Ipes e ‘sangrar’ linhas telefônicas para ouvir segredos de seus adversários. O arquivo do GLC não começou do zero. Antes de deixar o Sfici, Golbery saqueara o banco de dados do órgão, levando boa parte de suas fichas para o Ipes” (FIGUEIREDO, 2005: 108).

Glebae adscripti - (Latim) “Amarrados ao solo”. Com o fim dos kulaks, os camponeses russos estavam “amarrados ao solo”, como na fase final do Império Romano ou durante a era da servidão feudal. Eles eram proibidos de portar passaporte interno, instituído para trânsito na URSS, para evitar que fugissem para as cidades.

GLF - Gaia Liberation Front (Frente de Libertação de Gaia): ONG ecológica radical, que prega a extinção dos humanos, tem sede em Toronto, Canadá. Gaia significa “Mãe Terra”. Veja ALF, ELF, Eugenia ecológica, Teoria de Gaia e VHEMT.

Globalização - Conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial, com a integração dos mercados numa “aldeia global”, explorada pelas corporações transnacionais. Os países abandonam gradativamente as barreiras tarifárias, que existiam para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros, e abrem-se ao comércio e ao capital estrangeiro. Este processo marcha junto com intensa revolução nas tecnologias de informação. “Não podemos discutir a globalização e, sim, nos preparamos para ela” (Antônio Ermírio de Moraes, empresário).

Glossário da Era Lula - Escrito em 2006 por Augusto de Franco, a obra é necessária para entender o que está acontecendo no Brasil a partir do ano 2003 - veja http://dagobah.com.br/um-glossario-da-era-lula-escrito-ha-12-anos/ ou https://pt.slideshare.net/Dagobah/glossrio-da-era-lula-2006.

Golbery, o bruxinho que era bom - “Antes da Revolução, meu irmão fez, aqui no III Exército, um Manual de Guerra Psicológica, no qual mostrava isso tudo. (...) Acontece que o nosso Golbery do Couto e Silva, uma das eminências do Governo, não era favorável ao combate sistemático e radical da subversão. Ele dizia que os subversivos tinham que ter alguma coisa para fazer, para se expandir e assim permitiu que eles se infiltrassem. Então, com o consentimento dos governos militares, a esquerda apossou-se de todos os pontos-chave da mídia e dos estabelecimentos de ensino, inclusive das cadeiras de Organização Social e Política do Brasil (OSPB) e de Moral e Cívica, que tinham sido criados justamente para difundir os nossos ideais” (Gen Ex Ruy de Paula Couto - HOE/1964, 1964, Tomo 13, pg. 45). Após 1964, “uma ala mergulhou na leitura das idiotices de Regis Débray e Che Guevara, torrando suas energias na ‘revolução impossível’ das guerrilhas. Outra, mais esperta, recuou e apostou na estratégia de longo prazo que propunha ir conquistando o universo inteiro das artes, do ensino, da cultura, do jornalismo - discretamente, como quem não quer nada - antes de arriscar a sorte na luta direta contra o inimigo político. O governo militar, obsediado pelo empenho de reprimir as guerrilhas, não ligou a mínima para esses empreendimentos pacíficos, aparentemente inofensivos. Fez vista grossa e até os apoiou como derivativo e alternativa aceitável à oposição violenta. A ideia gramscista foi tão bem-sucedida que, já em plena ditadura militar, a esquerda mandava nas redações, marginalizando os direitistas mais salientes - Gustavo Corção, Lenildo Tabosa Pessoa - até excluí-los totalmente das colunas de jornais” (CARVALHO, 2013: 326-327). Sobre o domínio da esquerda nas redações de jornais e revistas, e outros assuntos, leia a entrevista de Olavo de Carvalho à “História Oral do Exército - 31 de Março de 1964”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/olavo-de-carvalho-na-historia-oral-do.html. Leia, de minha autoria, “Elio Gaspary e Golbery, o bruxinho que era bom” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/elio-gaspari-e-golbery-o-bruxinho-que.html. Veja Gramscismo e Hegemonia Cultural.

Gorila, O - Publicação distribuída dentro das Forças Armadas, no início da década de 1960, que combatia o comunismo. “Atrás de aparente beleza, estão os assassinatos em massa, a abolição da dignidade, os campos de trabalho forçado, a rejeição de toda a noção de liberdade e fraternidade” (O Gorila, Jul 1963). O Gorila caracterizava assim o comunista: “Ele é aparentemente inofensivo... nunca se trai, sempre trairá os outros. Ele fala de paz e amor fraternal. Ele será seu mais querido amigo, o mais sincero, o mais leal... até o dia em que ele o assassinará pelas costas, friamente... eles matam frades, violam freiras, destroem igrejas” (idem).

GOU - Grupo de Oficiais Unidos: composto por militares nacionalistas e admiradores do fascismo, o GOU promoveu um golpe de Estado na Argentina, em 1943, quando Perón “ganhou um posto como secretário de Trabalho e colocou em prática suas ideias inspiradas no fascismo italiano” (NARLOCH, 2011: 203). Veja Geração Bandung, Justicialismo, Montoneros e Peronismo.

Governança global - Fruto da globalização do planeta, é o aprofundamento do processo de internacionalização das relações econômicas, sociais e políticas. Os problemas da “governança global” se manifestam em situações de conflitos políticos e econômicos, em crises financeiras, na defesa do meio ambiente, nas fusões e fissões de estados nacionais. Os EUA, junto com seus aliados da OTAN, impuseram a “governança global” sobre a Sérvia na questão do Kosovo, passando por cima da ONU, que deveria gerenciar a crise. O mesmo ocorreu com o Iraque, onde os EUA quiseram “impor a democracia” depois de derrubar Saddam Hussein e destruir completamente o país - autêntico terrorismo de Estado. A governança global voltou a agir contra a Líbia, em 2011, quando a OTAN apoiou os insurgentes, com ataques aéreos, para a derrubada de Muammar Ghadafi. Ontem foi a Líbia, amanhã poderá ser o Brasil. Criar uma “questão amazônica”, envolvendo indígenas, meio ambiente ou narcotráfico, será fácil para os buldogues da governança global arreganhar seus dentes. “Os Estados estão cada vez mais abertos às maquinações dos mercados globais, à interferência de ONGs e do sistema jurídico internacional. Os Estados são obrigados a se adequar aos padrões globais de comportamento financeiro, política ambiental e justiça. Correntes imensamente poderosas de capital, trabalho e informação giram e moldam o mundo, com uma crescente desconsideração pelas fronteiras e opiniões dos Estados” (HARARI, 2018: 283 - “Sapiens”). Veja Big Stick e Doutrina Lake.

Governo democrático e popular - Expressão estalinista, prega a passagem do “democrático” - termo utilizado pelos revolucionários para assumir o poder legalmente - para o “popular”, ou seja, a “ditadura do proletariado”. Expressão de pau utilizada na propaganda oficial por Cristóvam Buarque quando foi governador do Distrito Federal (1994-1998). “Governo popular e democrático, bom dia!” - diziam as telefonistas da Administração do Estado do RS, em cumprimento à ordem do governo petista de Olívio Dutra (1998-2002). A novalíngua do Prof. Cristóvam utilizava dois adjetivos extremamente caros aos comunistas, onde tudo girava em torno do “democrático” e do “popular”, que de popular e democrático não tinham nada, porque lembrava sistemas totalitários: República Popular da China, República Popular da Coreia (do Norte, comunista), República Democrática da Alemanha (antiga Alemanha Oriental, comunista).

    Governo neoliberal - É como os socialistas denominam os governos liberais, alicerçados na economia de mercado, na liberdade de imprensa, na propriedade privada, na liberdade religiosa e na livre manifestação do pensamento. Ou seja, eles são contra um sistema sócio-político-econômico que deu certo, e a favor de um sistema que ruiu na Rússia e ao redor do mundo, com um saldo de 110 milhões de mortos.

    Governo paralelo - Em Mianmá, no ano de 1990, um grupo de deputados se reúne clandestinamente na fronteira com a Tailândia e proclama um “governo paralelo”, sem poder efetivo, com apoio de 21 organizações oposicionistas. Suu Kyi, líder oposicionista, filha do general Aung San (líder da luta pela Independência de seu país, assassinado em 1947), ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, entregue na Noruega a um representante do “governo paralelo”. No Brasil, o PT, parece, ficou com inveja dos oposicionistas de Mianmá e fundou um “governo paralelo” no início do Governo Collor. Com o apoio do “movimento pela ética” de Betinho, e com a prestativa ajuda da OAB e da ABI, o PT conseguiu depor Collor por meio de impeachment, em autêntico golpe branco. Veja Dualidade de poder.

GPBC - Grupo Parlamentar Brasil-Cuba: parlamentares do Congresso Nacional que apoiam a ditadura comunista de Cuba.

GPU - Gossudarstviênnoie Politítcheskoie Upravliênie (Administração Política do Estado): designação da polícia secreta soviética, que substituiu a Tcheká, de fevereiro a dezembro de 1922, quando foi mudada para OGPU. No entanto, continuou sendo conhecida por GPU. Após a II Guerra Mundial, foi substituída pela NKVD.

GPW 1929 - Geneva Convention Relative to the Treatment of Prisioners of War, 27 July 1929 (Convenção de Genebra Relativa ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra, de 27/07/1929). Texto completo em https://www.legal-tools.org/doc/1d2cfc/pdf/.

Gramscismo - “Gramsci, incapaz de se ver no papel de líder, tirou de Maquiavel não a idéia de um príncipe individual, como Mussolini o fez, mas sim a de um coletivo: o príncipe moderno, o príncipe mito, não pode ser uma pessoa real, um indivíduo concreto - ele só pode ser uma organização” (JOHNSON, 1994: 78). “Gramsci, que queria ‘o partido’ como o Moderno Príncipe, dizia que ele deveria ser o ‘imperativo categórico’ da sociedade e que tudo deveria existir e ser feito em função de suas necessidades. Até mesmo a crítica deveria ser autorizada por ele e tê-lo como referência. Em certos setores da imprensa, já experimentamos algo parecido. Só se aceita que petistas contestem petistas” (AZEVEDO, 2008: 26-7). “O pacto urbano, em decorrência, é ‘soldado’ pela participação do intelectual, para usar uma expressão de Gramsci” (GENRO, 1982: 30). “Gramsci defendeu que na grande batalha ideológica entre direita e esquerda, não interessa muito o que acontece na arena política pura. Presidentes, primeiros-ministros e partidos políticos podem ir e vir, mas, se você conseguir conquistar mentes e corações de toda uma sociedade, vencerá para sempre essa guerra. Assim, foram os esquerdistas discípulos de Gramsci, que começaram a ‘longa marcha pelas instituições’. Tomaram conta de escolas, universidades, mídia, artes - de qualquer lugar que pudessem exercer poder a fim de ditar a forma pela qual a cultura, em seu sentido mais amplo (ou seja, eu e você), vê o mundo. Repare quantos departamentos de universidades em todo o mundo permanecem reféns mentais de filósofos franceses como Foucault e Derrida, cuja rejeição à autoridade, hierarquia e empirismo procura solapar e destruir todos os valores da tradição intelectual ocidental” (DELINGPOLE, 2012: 13). Baixe “A Revolução Gramscista no Ocidente”, de Sérgio Coutinho, em http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2016/03/Sergio-Augusto-de-Avellar-Coutinho-A-revolucao-gramscista-no-Ocidente.pdf.

Grande Matança dos Pardais - Mao Tsé-tung “em 1958, concluiu que o motivo da falta de comida eram quatro pestes que infectavam as plantações: ratos, mosquitos, moscas e pardais. (...) A solução foi implantar uma força-tarefa, a Grande Matança dos Pardais. (...) Só que, como eles ajudavam a comer insetos que atacavam as plantações, a matança acabou gerando um desequilíbrio ainda pior. O jeito foi chamar os pássaros de volta. Anos depois, numa ação secreta, os chineses importaram 200 mil pardais da União Soviética” (NARLOCH, 2013: 313).

Grande Mentira, A - Hitler, em “Mein Kampf” (“Minha Luta”), comentou a Grande Mentira. “A teoria é muito simples: atenha-se a pequenas mentiras e ninguém vai acreditar, mas diga uma grande e deslavada mentira e todos acreditarão. Por quê? Porque, se a mentira é suficientemente grande, não dá margem a desconfiança. ‘Ninguém teria coragem de dizer tamanha mentira!’ - é o raciocínio que faz quem ouve a Grande Mentira. Então, a Grande Mentira veste o manto de verdade aceita” (DELINGPOLE, 2012: 262). “Num resumo conciso, o livro [Mein Kampf] se reduzia a uma visão simplista e maniqueísta da história como uma luta racial na qual a entidade mais elevada, a ariana, estava sendo solapada e destruída pela mais baixa, a parasítica judia. Em suas palavras: ‘A questão racial dá a chave não somente para a história mundial, mas também para toda a cultura humana’” (KERSHAW, 2010: 1881). O general Agnaldo Del Nero Augusto escreveu o livro “A Grande Mentira”, que trata das atrocidades cometidas por grupos terroristas no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970. Veja Conselho Mundial das Igrejas Cristãs (um clássico da desinformação).

Grande Mudo, O - Apelido do Exército Brasileiro. Durante o Império, o poder moderador no Brasil era exercido pelo Imperador. Durante a República, esse poder foi muitas vezes exercido pelo Exército. “Começou-se a desenvolver [no Império] uma doutrina especial: os soldados haviam sustentado a Independência; os soldados haviam combatido e sofrido para assegurar a unidade nacional; os soldados haviam salvado o país no decurso da guerra. Uma sorte de mística corporificou-se e cresceu lentamente entre os oficiais: estavam predestinados a ser os salvadores do Brasil das ignomínias partidárias” (J. Pandiá Calógeras, in “Formação Histórica do Brasil” - apud FERREIRA, 1988: 34). “Essa ‘doutrina especial’, hoje, assim se expressa: ‘O Exército, já o assinalamos, foi desde o início da nacionalidade, a grande armadura que sustentou a unidade da Pátria, preservando-a das ameaças de fragmentação, assegurando a coesão daquela espécie de províncias que tendiam a isolar-se, em compartimentos autônomos, dentro das suas peculiaridades, sob a ação de forças desagregadoras, muitas vezes alimentados pelo inimigo externo. O quartel representou, na formação do Brasil, a presença do poder central sobre toda a periferia e o interior do imenso território. Era a grande força que o defendia e aglutinava, criando e preservando o espírito nacional, além de concorrer para a mobilidade social’” (Gen Aurélio de Lyra Tavares, in “O Exército Brasileiro” - apud FERREIRA, 1988: 35). O Exército Brasileiro, politizado pelos positivistas desde o fim do Império, nunca foi mudo, a não ser depois da redemocratização (1985), quando, além de mudo, se tornou ainda surdo e cego, hibernando, fingindo-se de morto, para não levar o tiro de misericórdia. Durante os governos do Nove Dedos e de Dilma Rousseff, o Grande Mudo foi uma eficiente empreiteira do PAC petista; como exemplo, podemos citar as obras no aeroporto de Guarulhos, inicialmente orçadas em R$ 417 milhões, que o Exército fez gastando R$ 260 milhões. Para conhecer a origem dos nomes dos postos militares, clique em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/a-origem-dos-postos-militares.html.

Grande Salto para a Frente - Plano econômico do governo comunista de Mao Tsé-Tung (1959-1961), que pretendia acelerar a industrialização da China e “superar a Grã-Bretanha em apenas 15 anos”. Foram criadas comunas populares no campo, que deveriam produzir aço em pequenos fornos para fabricar ferramentas. O Plano foi um completo fracasso: a produção industrial caiu e as colheitas foram péssimas. Segundo o historiador Jean-Louis Margolin, o Grande Salto para a Frente foi “a maior epidemia de fome da história, fome deliberadamente suscitada por Mao Tsé-tung, graças à combinação singular de idiotia econômica, incompetência agronômica (ele havia transplantado para a China as teorias de Lyssenko) e do desprezo pelo povo que caracteriza o comunismo” (REVEL, 2001: 115). Houve aproximadamente 40 milhões de vítimas, porém as autoridades chinesas admitem “apenas” 20 milhões. Mao renunciou à presidência da China e foi substituído por Liu Shaoqi. A reação de Mao veio em 1966, com a Revolução Cultural, que fez outras 10 milhões de vítimas. Baseado em arquivos confidenciais aos quais teve acesso, sob o pretexto de estudar estatísticas agrárias, o chinês ex-membro do PCC, Yang Jisheng, escreveu o livro Tombstone - The Great Chinese Famine, 1958-1962 (Lápide - A Grande Fome Chinesa). “O canibalismo tornou-se corriqueiro e túmulos eram violados para que os cadáveres recém-enterrados servissem de alimento” (cfr. “O Grande Salto no Abismo”, revista Veja, 19/12/2012, pg. 167-170). Toda a produção rural foi absorvida pelas fazendas coletivas controladas pelo governo (comunas populares). “Estima-se que no processo 36 milhões de pessoas tenham morrido de fome e 40 milhões de bebês deixado de nascer por causa da desnutrição ou doenças gestacionais” (idem, pg. 167). “Facas, panelas, enxadas e arados foram derretidos para produzir metais e, os camponeses, sem ter como cozinhar, foram obrigados a comer em refeitórios coletivos. A venda de alimentos foi proibida. Comer sozinho tornou-se um crime” (idem, pg. 168).

Grande Terror, O - Expressão utilizada pelos historiadores para designar a violência desencadeada na URSS, no período de 1929 a 1953, quando entre 19 e 22 milhões de pessoas tornaram-se vítimas de Stálin. O auge ocorreu durante o Grande Expurgo (1937-1938), quando Stálin matou cerca de 200 generais e 10.000 oficiais superiores, além de 5.000 membros do Partido “Somente muito mais tarde viria a público que o único crime que [os militares] cometeram foi resistir à tentativa de Stálin de colocar-se em parceria com Hitler, no momento exato em que ele emergia como ameaça letal para a União Soviética e Stálin se colocava para o mundo como imaculado inimigo do fascismo” (SALE, 2004: 154). A maioria dos camaradas de Stálin na Guerra Civil foi morta por sua ordem: Trotsky, Zinoviev, Bukharin, Kamenev, Rykov, Tomsky, Kirov. O número total de vítimas equivalia à metade da população brasileira de 1935, época em que o Komintern enviou agentes ao Brasil (incluindo Luiz Carlos Prestes), para desencadear o levante conhecido como Intentona Comunista. “Durante esses anos, cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stálin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (JOHNSON, 1994: 254).

Granma - Maior jornal cubano, controlado pelo Partido Comunista de Cuba (tiragem média diária: 400 mil exemplares). O iate “Granma” (“Vovó”), com o qual Fidel Castro e 82 homens desembarcaram em Cuba em 02/12/1956, é hoje um monumento nacional.

Grito silencioso, O - O filme The Silent Scream (O Grito Silencioso), que mostra a crueza de um aborto humano, foi produzido pelo Dr. Bernard Nathanson, até então conhecido como o “rei do aborto”, responsável por 75.000 abortos. Cfr. em https://www.youtube.com/watch?v=XCctLtDvVMQ.

    GRU - Glaynoye Razvedyvatelnoye Upravleniye (Diretoria Principal de Informações): órgão de informações do Exército Vermelho, da antiga URSS, especializado em espionagem militar e tecnológica. Atualmente, existe o Departamento-Geral de Inteligência do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Federação Russa.

Grupo da Ilha - Denominação dada aos “militantes” que permaneciam em Cuba, seja em treinamento, seja aguardando oportunidade de regressar ao Brasil, durante os governos militares. Esse Grupo passou a denominar-se “Dissidência da ALN”. O Grupo da Ilha e a CR/SP se fundem e criam o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO), ao qual pertenceu meu tio materno Arno Preis. Veja Molipo.

Grupo de Contadora - Formado em janeiro de 1983 por Colômbia, México, Panamá e Venezuela. O Grupo representava, então, uma reação dos latino-americanos à Guerra Fria, que afetava o istmo centro-americano (Sandinistas na Nicarágua e FMLN em El Salvador). Em 1985, somaram-se Argentina, Brasil, Peru e Uruguai, que integravam o Grupo de Apoio a Contadora. Os dois Grupos se uniram em dezembro de 1986, no Rio de Janeiro, e foi conhecido como “Grupo dos Oito”. O nome da cidade (Grupo do Rio) prevaleceu quando Bolívia, Equador e Chile aderiram ao Grupo. Na 10ª reunião do Grupo, em Cochabamba, Bolívia, iniciada em 03/09/1996, com a adesão do Paraguai e um país representando a Amércia Central e outro o Caribe, passou a ter 14 membros. Depois da criação da Unasul, envolvendo governos esquerdistas da América Latina, o Grupo não tem mais serventia. Contadora é uma pequena ilha no litoral panamenho.

Grupo dos 28 - Criado em Cuba por militantes dissidentes da ALN, era também conhecido como Grupo da Ilha; depois, foi rebatizado para Grupo Primavera e, finalmente, Molipo. José Dirceu, integrante do grupo, era suspeito de ser agente infiltrado de Fidel Castro. “Em um exercício noturno de sobrevivência no mar, tentaram afogá-lo” (CABRAL, 2013: 83). Meu tio materno Arno Preis era também integrante do Grupo. Veja Molipo.

Grupo Goiano - Formado por sem-terra, foi um grupo de extermínio atuante na região da Serra da Andorinha, Sul do Pará. Escondidos em cavernas e protegidos por densa vegetação, usavam técnicas de guerrilha para enfrentar policiais, seguranças e/ou pistoleiros contratados por fazendeiros. Até dezembro de 2001, o grupo já havia matado 8 pessoas e perdido 3 homens. Misaque Silva, o “Lampião”, era o chefe do Grupo.

Grupo Primavera - Facção da ALN, tinha entre seus líderes José Dirceu, que recebeu treinamento guerrilheiro em Cuba. Combatido pelas tropas de Segurança quando o Grupo voltou de Cuba ao Brasil, em 1971; menos de um ano depois, 22 de seus 28 integrantes estavam mortos, incluindo meu tio materno Arno Preis. Veja Grupo dos 28 e Molipo.

Grupo Raça Negra - Há incentivo não declarado para que se criem grupos de movimentos e conjuntos musicais formados por negros. Que tal alguém criar uma variante de pau, uma Camerata da Raça Branca, todos loirinhos e de olhos azuis, tocando somente Wagner, com violinos Stradivarius?

Grupo Secreto - Organização clandestina de militares que eram contra a abertura democrática, atuante durante o governo Figueiredo. Foi acusado de cerca de 40 atentados, incluindo o ataque contra a sede da OAB no Rio, quando foi morta a secretária Lida Monteiro da Silva - além do Caso Riocentro. O sargento Guilherme Pereira do Rosário, perito em explosivos, que morreu no Caso Riocentro, teria sido um dos responsáveis pela morte da secretária (O Globo, 24/04/2011).

Grupos paramilitares - Como exemplo, podemos citar as Patrulhas Armadas Civis (PAC), da Guatemala; Patrulhas Cantonais (El Salvador); Rondas Campesinas (Peru); Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC). “Fernando Cubides, um dos maiores especialistas colombianos nessa questão, define os movimentos paramilitares como ‘grupos armados que, à margem das normas e convenções do direito de guerra, combatem a insurgência persuadidos de que as armas e os recursos do Estado não podem fazê-lo com eficácia’” (LEONGÓMEZ, 2006: 91). A tendência desses grupos armados, que agem fora da lei, é se tornarem ainda mais ferozes e letais do que o grupos insurgentes que dizem combater. A mesma expressão - Grupos paramilitares -, se aplica às milícias do Rio de Janeiro, compostas por militares e ex-militares, que inicialmente diziam combater os narcotraficantes e hoje competem com eles na venda de drogas e “serviços” às populações das “comunidades”, como transporte público (vans piratas, mototáxi), monopólio na entrega de gás, “gatonet” (sinal de TV a cabo roubado) etc. No município do Rio, as milícias já ocupam território maior do que os traficantes - 57,5% da cidade (dados de 2020) -, com tendência de alta, principalmente depois que o STF proibiu a PM de subir nos morros cariocas, durante a pandemia da Covid-19. Em 1995, a cúpula da Polícia Civil do Rio de Janeiro avaliou que apenas 20% dos policiais da instituição eram confiáveis; dos 12 mil policiais, 9,6 mil eram suspeitos. Seria o tal “Princípio de Pareto”? Veja Cinturão das Milícias.

Grupo Tacape - Integrado por operários da Ishibrás, no Rio de Janeiro, RJ, que foram presos em 1974; distribuía o jornal Tacape.

GTA - 1. Grupo Tático Armado: em 11/03/1970, Mário de Souza Prata, “militante” do GTA, da ALN, matou o PMEG Newton de Oliveira Nascimento. Prata participou de assalto a banco, e pertencera também ao MR-8, quando assassinou o Major do Exército José Júlio Toja Martinez Filho, junto com sua amante Marilena Villas-Boas Pinto, em 02/04/1971. Meu tio materno, Arno Preis, chegou a comandar o GTA.  2. Grupo de Trabalho Araguaia: coordenado pelos ministérios da Justiça e da Defesa e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o GTA retomou em 2012 o trabalho o trabalho iniciado em 2009 pelo Grupo de Trabalho Tocantins, para localização das ossadas dos guerrilheiros mortos na Guerrilha do Araguaia. Ao todo, os “procuradores de ossos” coletaram 24 restos mortais para exumação e perícia; até hoje, foram identificados Maria Lúcia Petit da Silva e Bergson Gurjão Farias. Há ossadas, ainda não identificadas, que estão sob a guarda da Universidade de Brasília.

Guadalcanal - Batalha “pivô” da II Guerra Mundial no Pacífico, ocorrida em novembro de 1942, quando os japoneses perderam 25.000 soldados contra 1.592 baixas americanas. O fato histórico está descrito no filme “Além da Linha Vermelha” (1998), com George Clooney, Nick Nolte e Sean Penn. Em Leyte, os japoneses perderam 5.000 de um total de 70.000, e os americanos perderam 3.500; em Iwojima, a perda de soldados americanos foi a pior até então, 4.917, contra 18.000 japoneses; em Okinawa, os americanos tiveram 12.420 mortos ou desaparecidos, os japoneses 185.000 mortos ou desaparecidos. Em Burna, o 14º. Exército Indo-Britânico matou 128.000 japoneses e teve baixa inferior a 20.000 homens.

Guarda Negra - José do Patrocínio ficou eternamente grato à Princesa Isabel, por ter assinado a Lei Áurea e deu a ela o título de “A Redentora”. “Também se atribui a Patrocínio a criação da Guarda Negra, milícia composta por ex-escravos que tinha por objetivo defender o trono e o Terceiro Reinado” (GOMES, 2013: 219).

Guardas Vermelhas - Fruto da “Grande Revolução Cultural Proletária” na China (1966-1976), cerca de 20 milhões de colegiais e universitários (Guardas Vermelhas) desencadearam perseguições políticas contra intelectuais e dirigentes do Partido Comunista Chinês, após o fracasso da campanha “Grande Salto Para a Frente”, que visava transformar a China em país desenvolvido em curto tempo. Um tipo de tortura sui generis ocorreu naquele período: presos tinham órgãos genitais (testículos) arrancados, assados e comidos. Veja Churrasquinho chinês, Livro Vermelho e Revolução Cultural.

Guernica - Cidade basca, bombardeada pela Legião Condor, de Hitler, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Os nazistas forneceram um total de 10.000 homens, incluindo 5.000 da Legião do Condor, uma unidade experimental de tanques e aviões, e tiveram uma baixa de 300 homens. No dia 26/04/1937, 43 aviões da Legião Condor bombardearam Guernica, matando cerca de 1.000 pessoas e destruindo 70% dos edifícios. “Para os propagandistas do Komintern - os melhores do mundo - foi um golpe de sorte surpreendente, e eles transformaram esse episódio no mais celebrado de toda a guerra. Picasso, a quem já tinham encomendado um grande painel para o Pavilhão da Espanha, na Feira Mundial de Paris, se aproveitou do episódio: o resultado, mais tarde, foi levado para o Metropolitan de Nova Iorque. Guernica ajudou a levar todo um segmento da opinião ocidental, inclusive as revistas Time e Newsweek, para o lado dos republicanos. Seguiu-se uma confusão cujos ecos ainda puderam ser ouvidos nos anos 80, mas quando o quadro foi solenemente pendurado no Prado, os sons das chacinas de Barcelona passaram despercebidos. A maneira como usaram Guernica para encobrir a destruição do POUM era típica do brilhantismo da propaganda do Komintern, conduzida por dois inspirados mentirosos profissionais, Willi Muenzenberg e Otto Katz, ambos assassinados, mais tarde, por ordem de Stálin” (JOHNSON, 1994: 281). Raras vezes na História houve um símbolo de pau tão bem arquitetado quanto “Guernica”, pintura que originalmente retratava apenas uma tourada em Madri. Veja Guerra Civil Espanhola.

Guerra assimétrica - É quando um dos beligerantes é muito mais poderoso do que o outro, a exemplo dos EUA em guerra contra o Iraque. Esse é o significado na oldspeak. Na newspek, ou seja, na língua de pau atual, porém, tem significado diferente: “Inspirada na Arte da Guerra de Sun-Tzu, consiste em dar tacitamente a um dos lados beligerantes o direito absoluto de usar de todos os meios de ação, por mais vis e criminosos, explorando ao mesmo tempo como ardil estratégico os compromissos morais e legais que amarram as mãos do adversário” (Olavo de Carvalho, in “Diferenças gritantes”, jornal O Globo, 15/05/2004). Um exemplo simples é o caso Israel-Hamás: basta revidar aos ataques de foguetes do grupo terrorista, em legítima autodefesa, para que Israel seja considerado um país genocida e condenado pela ONU, pelos petistas e seus genéricos, e por toda a esquerda mundial. Em outubro de 2011, Israel libertou 1027 prisioneiros palestinos e estrangeiros, a maioria terroristas, em troca do soldado Gilad Shalit, que havia sido sequestrado pelo Hamás. Embora tenha sido um grande ato humanitário, mantendo a vida de um simples soldado, foi um erro do governo Benjamin Netanyahu, pois “a libertação de prisioneiros só encoraja os terroristas, dando-lhes a sensação de que, mesmo que sejam apanhados, a punição será de curta duração” - como afirmou o próprio Netaniahu em seu livro “Combatendo o Terrorismo” (apud revista Veja, in “Um preço alto demais”, 26/10/2011, pg. 104). A moral esquerdista da guerra assimétrica é isso: um judeu só tem o direito de continuar vivo se mais de 1.000 terroristas palestinos forem soltos, para voltar a praticar assassinatos de judeus. A mesma patifaria foi realizada por terroristas brasileiros, em 1969 e 1970, que sequestraram diplomatas estrangeiros para a libertação de dezenas de “militantes políticos”. “De vez em quando, a Assembleia Geral [da ONU] se convertia num fórum de exibicionismo, hipocrisia e condenações unilaterais de Israel; mais de uma agência da ONU veio a se envolver em escândalos de corrupção, enquanto autocracias brutais como o Irã de Khamenei ou a Síria de Assad manobravam para obter assento no Conselho de Direitos Humanos da organização” (OBAMA, 2020: 483).

Guerra cibernética - Utilização de redes de informática, como a Internet, para a prática de ações ilícitas. A guerra cibernética também envolve atos de guerra, como a inserção de programas com vírus ou spams em computadores inimigos, de modo que o sistema de comunicações entre em colapso. Uma bomba de pulso eletromagnético (EMP) colocada próximo de um Banco Central inibe o tráfego de dados eletrônicos e paralisa as operações financeiras. Aviões podem fazer interferências eletrônicas nos equipamentos de comunicações do inimigo, podendo produzir, ainda, informações falsas aos chefes militares. Bombas lógicas podem neutralizar computadores dos centros de controle de tráfego aéreo e rotas das ferrovias.

Guerra Civil Espanhola - Exemplo acabado do maniqueísmo esquerdista: nós, os republicanos (na verdade, os comunistas), somos do bem; Franco e seus seguidores nacionalistas são do mal. Stálin enviou cerca de 3.000 “conselheiros” militares à Espanha. “Na Espanha, a tática comunista consistia em ocupar cada vez mais posições para ‘orientar’ a política do governo republicano no mesmo sentido daquele tomado pelo Partido-Estado soviético, que tinha interesse em explorar ao máximo a situação de guerra” (COURTOIS, 2000: 397). Durante a Guerra, foram inúmeras as atrocidades feitas pelos comunistas contra os católicos, especialmente frades e freiras, muitos deles canonizados pelo Papa João Paulo II. O clero era numeroso: 20.000 monges, 60.000 freiras, 35.000 padres, numa população de 24,5 milhões de pessoas. “Onze bispos, um quinto do total, foram assassinados, 12% dos monges, 13% dos padres também. Os chacinados foram reverenciados no famoso poema de Paul Claudel, ‘Aux martyrs espagnols’: ‘Soeur Espagne, sainte Espagne, tu as choisi! Onze évêques, seize mille prêtres massacrés et pas une apostasie!’. Cerca de 283 freiras foram mortas, algumas estrupradas antes da execução. (...) Na provínvia de Ciudad Real, a mãe de dois jesuítas foi assassinada com um crucifixo empurrado garganta abaixo. O pároco do Torrijos foi açoitado, coroado de espinhos, forçado a beber vinagre; colocaram-lhe um pedaço de madeira amarrado às costas e foi então fuzilado, mas não crucificado. O bispo de Jaén foi assassinado juntamente com sua irmã, na frente de 2.000 pessoas; seu carrasco era uma mulher da milícia, a feroz ‘La Pecosa’ (A Sardenta). Alguns padres foram queimados vivos; alguns tiveram suas orelhas decepadas” (JOHNSON, 1994: 273-274). Leia, de minha autoria, “Guerra Civil Espanhola” http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/guerra-civil-espanhola-75-anos-depois.html e “Apolônio de Carvalho, o general de Stálin” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/apolonio-de-carvalho-o-general-de.html.

Guerra da Crimeia - Além da Rússia, o Brasil também teve a sua “Guerra da Crimeia”: “Rosinha ficou grávida de Paquetá. A Comissão Militar exigiu um aborto. Paquetá não aceitou. A cirurgia, feita por ‘bulas’, os estudantes de medicina da guerrilha, foi arriscada e difícil. Crimeia, a Alice, engravidou de Zé Carlos, filho de Grabois. Ela foi retirada do Araguaia pelo guerrilheiro goiano Micheas Almeida, o Zezinho” (NOSSA, 2012: 129). Um exemplo de nepotismo na selva: por ser a namorada do filho (André Grabois) do chefe (Maurício Grabois), Crimeia não precisou abortar. “A guerrilha tinha o apoio de 194 moradores - 26 pegaram em armas ou tinham funções estratégicas. O PCdoB, no entanto, apresentou um número menor de apoios. João Amazonas disse que foram 40 e Arroyo, 6. A conta para baixo, manipulado ou fruto da falta de informação, serviu para reforçar o heroísmo dos quadros do partido que foram para a mata, e para ocultar outra guerra, a de posseiros contra grileiros e militares pela posse da terra” (idem, pg. 132). Posteriormente, a guerra de Crimeia Alice Schmidt de Almeida foi contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, na Justiça.

Guerra da Informação - Referente à utilização da rede de informações, como a internet, incluindo a manipulação no sistema de informações do inimigo. O mesmo que Netwar, Cyberwar e Guerra da terceira onda (a 1ª onda foi baseada na era agrária e a 2ª onda na era industrial).

Guerra da Lagosta - Confronto de pau entre Brasil e França, em 1963, durante o governo João Goulart, na costa pernambucana, onde havia atividade de lagosteiros bretões na plataforma continental brasileira. A frase Brésil c’est pas un pays serieux (O Brasil não é um país sério) foi dita pelo embaixador brasileiro na França, Alves de Sousa, não pelo presidente Charles de Gaulle, devido à inabilidade com que o governo brasileiro conduzia a anedótica “guerra da lagosta”.

Guerra da Saia da Mônica - “Quando o presidente Clinton viu-se diante do escândalo de sua relação com Monica Lewinsky, bombardeou o Afeganistão e o Sudão. Agora que se via diante da acusação de ter cometido delitos no desempenho de suas funções pelo mesmo assunto, bombardeava o Iraque. Era uma mera coincidência? Não é estranho que alguns inspetores das Nações Unidas batizassem o ataque de ‘guerra da saia de Monica’” (FISK, 2007: 987). Um criminoso de guerra, com certeza, esse Bill Clinton, assim como Bush pai e filho, que dizimaram o Iraque.

Guerra da Vacina - 1. O mesmo que “Quebra-Lampião”, trata-se de outra guerra de pau brasileira. De 12 a 15/11/1904, o Rio de Janeiro foi agitado por motim, sob a liderança de Lauro Sodré, contra a vacina obrigatória implantada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Houve barricadas nas ruas, incêndios de bondes e destruição de lampiões de gás de iluminação pública. Os alunos da Escola Militar, sob influência positivista, também foram simpáticos ao movimento. A violência deixou 23 mortos e 67 feridos. Vencida a baderna, muitos foram mandados em exílio para a Amazônia e Lauro Sodré ficou preso dez meses num navio de guerra. Dois anos antes, quase 1.000 pessoas haviam morrido de febre amarela no Rio. 2. Durante a pandemia da Covid-19 (2020-2021), o Brasil teve outra “guerra da vacina”, envolvendo o Presidente Jair Messias Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria Jr. O Governo Federal, junto com a Fundação Instituto Osvaldo Cruz, apostou na vacina da Universidade de Oxford junto com a farmacêutica AstraZeneca. O Governador Doria, junto com o Instituto Butantan, apostou suas fichas na vacina Coronavac, em parceria com a chinesa Sinovac. Bolsonaro, por várias vezes, tripudiou sobre a “vachina” de seu adversário político. Por ironia, quando as duas vacinas foram aprovadas pela Anvisa, no dia 17/01/2021, só havia disponibilidade de 6 milhões de vacinas da Coronavac, compradas da China, para iniciar a vacinação dos brasileiros, em 18/01/2021. Os 2 milhões de vacinas da Oxford, provenientes da Índia, só chegaram ao Brasil em 22/01/2021. Até o final de abril de 2021, 80% das vacinas aplicadas no Brasil eram da Coronavac. Um fiasco retumbante para um Governo cujo Presidente sempre se negou a usar máscara, demorou para contratar outros imunizantes e afirmava que a vacinação não deveria ser obrigatória.

Guerra de Canudos - No final do governo Floriano Peixoto, em 1893, surgiu no sertão da Bahia um movimento messiânico, de tendência monarquista, liderado pelo beato Antônio Conselheiro. O beato reuniu quase 30.000 pessoas no Arraial de Canudos, que foi destruído pelas Forças legalistas em 1897, depois de 4 expedições, com a morte de Antônio Conselheiro. O livro do general Tristão de Alencar Araripe, “Expedições militares contra Canudos - Seu aspecto marcial”, e o livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, retratam minuciosamente a campanha, o primeiro sob o enfoque militar, o segundo sob o enfoque sociológico.

Guerra de Guerrilhas - Livro escrito por Che Guevara. “Era um manual prático que ensinava como fazer a revolução a partir de três pontos básicos: 1) as forças populares podem vencer uma guerra contra um exército regular; 2) nem sempre é preciso esperar que se apresentem todas as condições para a revolução, já que o foco insurrecional pode criá-las; 3) na América subdesenvolvida, o terreno de luta armada deve ser fundamentalmente o campo” (FIGUEIREDO, 2005: 97).

Guerra de Movimento - Concepção gramscista, equivalente à “revolução permanente” de Marx e Engels, adotada pelos comunistas contra os Estados absolutistas ou despóticos do tipo “Oriental”, e contra os Estados liberais elitistas da primeira metade do Século XIX, para implantação do socialismo.

Guerra de Posição - Concepção gramscista, mais adequada contra os Estados modernos e democráticos do tipo “Ocidental”, para conquista do socialismo. Essa concepção está sendo implantada com sucesso no Brasil, desde a redemocratização (1985), com a atuação das esquerdas em todos os órgãos nacionais, governamentais ou não - especialmente na Educação, nos meios culturais e na mídia. “Ninguém pode ‘dar’ educação a ninguém. Educação é uma conquista, e só se obtém quando o impulso para ela é sincero, vem do fundo da alma e não de uma obrigação imposta de fora” (CARVALHO, 2013: 359). “Gritar no ouvido dele [estudante] que a educação é um direito seu só o impele a cobrar tudo dos outros - do Estado e da sociedade - e nada de si mesmo” (Idem, pg. 359). “Um deles ouve, por exemplo, a palavra ‘virtude’. Pouco importa o contexto. Instantaneamente produz-se em sua rede neuronal a cadeia associativa: virtude-moral-catolicismo-conservadorismo-repressão-ditadura-racismo-genocídio. E o bicho já sai gritando: É a direita! Mata! Esfola! Al paredón! De maneira oposta e complementar, se ouve a palavra ‘social’, começa a salivar de gozo, arrastado pelo atrativo mágico das imagens: social-socialismo-justiça-igualdade-liberdade-sexo-e-cocaína-de-graça-oba!” (Idem, pg. 361).

Guerra do Contestado - Conflito social ocorrido entre 1912 e 1916, no meio Oeste de Santa Catarina, devido à disputa territorial entre o Paraná e Santa Catarina. À época, surgiu o messiânico “monge” José Maria - o terceiro que apareceu na região -, que reuniu grande número de camponeses contra o coronelismo, as companhias de terras e as autoridades federais e estaduais. “’Reduto’ era a denominação dada aos povoados habitados pelos integrantes da ‘Irmandade Cabocla’, onde apenas seus membros podiam residir, aceitando a fé, a disciplina férrea e a vida comunitária implantada. (...) Durante o período da insurreição na região contestada, os fanáticos chegaram a dominar cerca de 30.000 km². (...) A população foi estimada, no auge da refrega, em vinte mil pessoas. As perdas foram da ordem de seis mil, na luta ou por doenças. Empenhados em combate não teriam passado, segundo Maurício Vinhas, de oito mil ‘homens de briga’” (MOURA, 2003: 41). “Cerca de oito mil homens, na sua maioria marginais, foram levados para o Contestado pela construção da ferrovia - homens que trabalharam em um regime de semiescravidão, que foram simplesmente dispensados por ocasião da conclusão das obras. Com a perda do emprego, engrossaram a massa dos ‘excluídos sem-terra’, agora também sem casa” (idem, pg. 235). “Na evolução dos acontecimentos da Insurreição do Contestado, ficam bem claros três fases distintas: - a do fanatismo (do Irani até Taquaruçu); - a do banditismo (de Taquaruçu até Caraguatá); e - a  da politicagem (de Caraguatá, de Santa Maria e dos bandos separatistas)” (idem, pg. 236). A ferrovia Porto União, SC - Marcelino Ramos, RS, a “Ferrovia do Contestado”, foi construída, entre 1908 e 1910, para uma ligação mais rápida com o Sul do Brasil, face aos litígios fronteiriços com a Argentina, como a Questão de Palmas (1890-1895), em que o país platino reivindicava a posse do oeste do Paraná e de Santa Catarina. Na Guerra do Contestado, pela primeira vez no Brasil foi utilizado o avião para missão de reconhecimento aéreo em área de combate. O capitão Ricardo Kirk, piloto de aeronave morto em 1915 naquela campanha, em acidente aéreo, é o Patrono da Aviação do Exército. O filme “Guerra dos Pelados”, de Sylvio Back, retrata o episódio. Os camponeses envolvidos na Guerra do Contestado eram chamados de “Pelados”, enquanto os soldados que os combatiam eram os “Peludos”.

Guerra do Futebol - Ocorrida em meados de 1969, entre El Salvador e Honduras. Acusações de maus-tratos de imigrantes salvadorenhos ocasionaram uma rápida e violenta guerra, após uma partida de futebol perdida pelos hondurenhos. Morreram 2.000 pessoas e 100.000 ficaram desabrigados. Na ocasião, a única refinaria de El Salvador foi destruída. A torcida do Santos se orgulha de Pelé ter acabado com uma guerra, devido a um jogo de futebol ocorrido em Benin City, em 04/02/1969, o que não é verdade. O que ocorreu é que o governo da Nigéria, em guerra contra separatistas de Biafra, usou o clube de Pelé para se promover - cfr. https://www.espn.com.br/futebol/artigo/_/id/5231263/ha-50-anos-santos-de-pele-parou-guerra-na-africa-mas-pode-nao-ter-sido-bem-assim.

Guerra do Ópio - Ocorrida entre o Reino Unido e a China (1839-1842). O ópio provinha de Bengala e era contrabandeado para a China com a conivência de funcionários corruptos. Depois de o governo Manchu proibir a comercialização do ópio, não atendendo às exigências dos ingleses, o Reino Unido bombardeou Cantão e quase isolou Pequim do sul do país. O governo imperial chinês aceitou as condições impostas pelo Tratado de Nanquim (29/08/1842), pelo qual cedia Hong Kong ao Reino Unido e abria ao comércio os portos de Cantão, Amoy, Foochow (Fu-tcheu), Ningpo e Xangai. Foi abolido o comissariado especial de controle e prevenção do uso do ópio, fixadas tarifas comerciais e concedido aos ingleses a cláusula de nação mais favorecida. Os EUA, a França e outros países europeus aproveitaram-se da derrota chinesa para fazer acordos semelhantes com a China.

Guerra dos Drones - Os EUA e Israel utilizam veículos aéreos não tripulados (VANT), equipados com mísseis e bombas, para assassinato seletivo de terroristas. Em 8 anos (durante o segundo mandato de George W. Bush e o primeiro mandato de Barack Obama), os EUA mataram aproximadamente 3.000 pessoas, principalmente no Paquistão, Iêmen e Somália. Com Bush, os ataques eram direcionados contra os chefes da Al-Qaeda e outros grupos terroristas; com Obama - Nobel da Paz, que ironia! - os ataques passaram a ser contra terroristas em geral, provocando maior número de vítimas.

Guerra dos Seis Dias - Guerra árabe-israelense, ocorrida em 1967. Após essa Guerra, Israel havia conquistado a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia, Jerusalém-Oriental e as Colinas de Golã, aproximando-se do sonho dos judeus ortodoxos, de formar o Grande Israel bíblico, que iria do Nilo à Mesopotâmia.

Guerra do Vietnã - Em 1965, os EUA entraram em luta para apoiar o Vietnã do Sul, em guerra contra o Vietnã do Norte, comunista. A Guerra se estendeu até 1975, com a retirada dos americanos em 1972 (932 mil homens). Até o fim de 1972, a Guerra do Vietnã tinha custado aos EUA 55 mil mortos (46 mil em combate) e mais de 300 mil feridos, e um custo financeiro de 107,7 bilhões de dólares nos anos fiscais de 1966-1972. A guerra atingiu seriamente a economia americana, com altos déficits orçamentários e uma inflação em torno de 6% ao ano no final da década de 1960. As perdas do lado comunista (Vietnã do Norte) foram estimadas em 900 mil mortos e mais de 2 milhões de feridos, entre civis e militares. O Governo de Saigon (Vietnã do Sul) calculou suas perdas em 600 mil mortos e mais de 1 milhão de feridos.

Guerra do Yom Kippur - Guerra árabe-israelense, chamada pelos árabes de “Guerra do Ramadã”, foi iniciada no dia 06/10/1973. Com o Tratado de Paz de Camp David, assinado entre o Egito e Israel em 1979, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito, assim como a Faixa de Gaza.

Guerra Fria - Disputa ideológica, entre os EUA (mundo capitalista) e - principalmente - a URSS (mundo comunista), pela hegemonia mundial. Inicialmente, la guerra fria foi uma expressão espanhola inventada no século XIII, para descrever a “coexistência inquieta” com os muçulmanos no Mediterrâneo (Cfr. HUNTINGTON, 1998: 259), quando os islâmicos agiam como piratas, escravizando europeus e exigindo grande soma de dinheiro para libertar reféns. A Guerra Fria moderna (denominação criada por Walter Lippmann) teve origem na não observação, por parte de Stálin, da “Declaração de Yalta”, durante a II Guerra Mundial, que estabelecia que os países do Leste europeu, depois de serem libertados da invasão nazista, teriam governos democráticos escolhidos pela sua própria população. A URSS, porém, não saiu mais daqueles países (Polônia, Thecoslováquia, Bulgária, Romênia, Alemanha Oriental), senão depois de sua desintegração, em 1991. É chamada de Guerra Fria por ser uma intensa guerra econômica, diplomática e ideológica travada pela conquista de zonas de influência. O mundo foi dividido em blocos de influência das duas superpotências (EUA e URSS) e provocou uma corrida armamentista que se estendeu por 40 anos, colocando o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, que poderia extinguir a humanidade. O símbolo do fim da Guerra Fria (ou pelo menos a diminuição de sua ameaça) é a Queda do Muro de Berlim (1989), seguido pelo desmantelamento da URSS (1991). Veja Escravidão.

Guerra Fria, A Segunda - No livro “A Segunda Guerra Fria”, Luiz Alberto Moniz Bandeira “analisa como a dissolução do bloco socialista abalou os países da Eurásia e provocaram mais conflitos no Oriente Médio e na África”, com destaque para a Primavera Árabe, de 2011. (http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2013/11/1375142-a-segunda-guerra-fria-geopolitica-e-dimensao-estrategica-dos-estados-unidos-das-rebelioes-na-eurasia-a-africa-do-norte-e-ao-oriente-medio.shtml). Veja Primavera Árabe.

Guerra informática - “Emprego sistêmico das ‘redes’ para controlar a mídia como instrumento de combate” (Olavo de Carvalho, in Diferenças gritantes, jornal O Globo, 15/05/2004). Na guerra do Kosovo, em 1999, a mídia mundial foi amestrada para ser a “caixa de ressonância” a dar respaldo aos ataques criminosos da OTAN, que destruíram toda a infraestrutura da Sérvia, incluindo pontes sobre o Danúbio. Na Guerra do Iraque, em 2004, a mesma mídia sataniza o governo Bush devido às torturas e humilhações sofridas por presos muçulmanos em Bagdá, ao mesmo tempo em que minimiza os esquartejamentos e as degolas de americanos praticados pela resistência do país - além do assassinato de mulheres grávidas. É o maniqueísmo aplicado à “arte da guerra”, para desinformação do público. Veja Guerra da informação.

Guerra Popular - É a chamada “guerra de libertação popular”, de ideologia marxista. De libertação nunca teve nada, pois se trata de um sistema totalitário, embora tenha conseguido se impor a muitas massas como “popular”.

Guerra psicológica - Utilizada, principalmente, por movimentos revolucionários, a exemplo do Movimento Comunista Internacional (MCI).

Guerra revolucionária - Teve seu auge durante a Guerra Fria, quando a agressão subversiva comunista foi desencadeada em todos os cantos do mundo. “Criaremos à nossa maneira o exército revolucionário. É preciso atuar por meio dessa vasta propaganda... Tudo repousa na iniciativa da massa de pequenos grupos... O início da ação deve ser marcado por morticínios” (Lênin - apud OLIVEIRA, 1965: 53). “O Komintern, durante o Congresso de 1925 em Moscou, prescreve a todos os seus partidários no estrangeiro a tarefa de ‘sustentar os movimentos nacionais revolucionários dos povos oprimidos e impeli-los para o caminho bem definido da luta revolucionária, sem esquecer de criar células comunistas no seio das organizações nacionais-revolucionárias’” (idem, pg. 55). “A finalidade última da guerra revolucionária é substituir a atual sociedade baseada no indivíduo, por uma nova sociedade, baseada na ‘massa’. Procura, pois, num primeiro tempo, ‘apagar tudo’ para, num segundo tempo, ‘tudo recomeçar’. Daí, proceder à destruição da ossatura social, moral, administrativa, do país visado, apagando todos os vestígios da sociedade e substituindo as suas hierarquias por uma só organização - o PARTIDO - que comandará, não os indivíduos, mas as ‘massas’” (idem, pg. 89-90). “A guerra revolucionária visa a conquista das ‘massas’ através da conquista dos espíritos. Um só meio, contudo, permite essa conquista: a ação psicológica” (idem, pg. 151). Isso é feito com a desintegração do homem do quadro tradicional, da ruptura com o passado, da ruptura material, da ruptura na forma do trabalho, na ruptura cultural, da ruptura com o meio e, por fim, da ruptura com a consciência (cfr. pg. 151 a 157). A Mãe, de Máximo Gorki, relata a história do filho que explica os motivos da escolha revolucionária. “Trata-se de uma forma nova de combate, adaptada às circunstâncias momentâneas do equilíbrio internacional e destinada a vencer a resistência do adversário, sem risco excessivo de um confronto atômico. Suas duas formas de ação são essencialmente as seguintes: a utilização da tática de guerrilha, espionagem, intriga e terrorismo, com a doutrinação intensiva das massas e o enquadramento político clandestino, no terreno interno da área atacada; e uma campanha de âmbito internacional, conduzida por todos os meios destinados a influenciar a opinião pública, desde as Nações Unidas até as campanhas propagandísticas universitárias, manifestações de filósofos e intelectuais do tipo que Julien Benda denuncia na ‘Trahison des clercs’, do clero dito ‘progressista’, dos meios pacifistas, dos inocentes úteis de todas as espécies - de maneira a intimidar, desencorajar e fatigar a resistência psicológica do adversário. Como vemos no caso do Vietnam, essa campanha é dirigida em três frentes: dentro do próprio Vietnam; nos Estados Unidos, como principal envolvido; e no resto do mundo livre e não alinhado” (PENNA, 1967: 134).

Guerras Americanas, Século XX - 1894/1902: Campanha contra rebeldes nas Filipinas; 1900: intervenção na China; 1903: intervenção no Panamá; 1908/1912: intervenção na Nicarágua; 1915/1916: intervenção no Haiti; 1915/1916: intervenção na República Dominicana; 1917/1918: Primeira Guerra Mundial; 1917/1919: intervenção em Cuba; 1918/1924: intervenção no Haiti; 1926/1933: intervenção na Nicarágua; 1941/1945: Segunda Guerra Mundial; 1950/1953: Guerra da Coréia; 1965: intervenção na República Dominicana (o Brasil participou; veja FAIBRÁS); 1965/1975: Guerra do Vietnã; 1982/1983: intervenção no Líbano; 1989/1990: intervenção em Granada (contra um governo pró-cubano); 1989/1990: intervenção no Panamá (para remover do poder o general Manuel Noriega, levado preso para os EUA, acusado de contrabando de drogas); 1990/1991: Guerra do Golfo (liderança da coalizão internacional contra o Iraque, para libertar o Kuwait); 1992/1995: intervenção na Somália; 1994: intervenção no Haiti (para reconduzir o Presidente Jean-Bertrand Aristide ao poder); 1999: guerra contra a Iugoslávia (liderou a OTAN para bombardear todo o país, devido à luta iugoslava contra os separatistas muçulmanos da Província de Kosovo; motivo: a Iugoslávia estaria promovendo “limpeza étnica”). De 1806 até a Guerra do Iraque, iniciado em 2003, os EUA promoveram 79 intervenções - 69 vezes em países da América Latina e 10 vezes em países do Golfo Pérsico, África e Ásia, variando desde o “Tomei o Panamá” de Theodore Roosevelt, à “política de boa vizinhança” (good neighbor policy) de Franklin Delano Roosevelt. Nesse tempo, os EUA atuaram ou estiveram para atuar 10 vezes no México, 9 vezes na Colômbia, Cuba e Nicarágua, 5 vezes no Panamá, Honduras e Argentina, 4 vezes na República Dominicana, 3 vezes no Haiti e Uruguai, 2 vezes no Brasil e Guatemala e 1 vez no Chile, Peru e Granada. Os EUA iniciaram o Século XXI (2001) com uma guerra contra o regime Talibã, do Afeganistão, por abrigar terroristas do Al-Qaeda, responsáveis pelos atentados contra os EUA no dia 11/09/2001. No ano 2001, os EUA iniciaram o apoio à Colômbia, com material e pessoal militar, para combate ao narcotráfico e às FARC. Em 2003, os EUA, junto com os britânicos, atacaram o Iraque e depuseram o ditador Saddam Hussein, alegando que seu governo alimentava o terrorismo internacional e escondia armas de destruição em massa (QBN), que até hoje não foram encontradas. Em 2011, os EUA, junto com países da OTAN, atacaram a Líbia, para derrubar o regime de Muammar Gadhafi depois da sublevação da Primavera Árabe no país. “Dado que o governo americano é intervencionista no exterior, mas não em casa, a guerra cria uma certa perversidade. Insistir em travar guerras e ao mesmo tempo se recusar a aumentar os impostos para pagar por elas foi simplesmente uma forma indireta de convidar o governo chinês a entrar em nossa vida. Se não estamos dispostos a pagar por nossas guerras, isso significa que vamos nos endividar com a China, com todos os riscos para o poder e a liberdade futuros que isso acarreta” (JUDT, 2014: 394).

Guerra suja - A guerra dos outros é suja, a nossa é sempre limpa. Expressão de pau oco, pois toda guerra é abominável, devido às atrocidades que são cometidas por ambos os lados. Já diz um célebre ditado, “na guerra e no amor, vale tudo”. Se você não destruir o inimigo, ele irá destruí-lo. Por isso, você tem o direito de utilizar todas as armas possíveis, “sujas” ou “limpas”, para liquidar o inimigo. Só não concordam os derrotados. “Na minha opinião, foi bom para o país que os militares tenham vencido aquela guerra suja dos anos 1970. O Brasil hoje é melhor do que seria se nós - o outro lado - os tivéssemos vencido. (...) Muita gente viveu e sabe como foram, de verdade, aqueles tempos. Do nosso lado muitos tiram proveito pessoal ainda hoje, de maneira absurda, se promovendo, se aproveitando e construindo o seu ganha-pão, imerecidamente” (Marcelo Netto, na Apresentação do livro Memórias de uma guerra suja - Cfr. GUERRA, 2012: 19). “Fui militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) desde 1968. (...) Fui presidente de um Centro Acadêmico, participei de Assembleias, passeatas, fiz um sem-número de reuniões clandestinas e pautei minhas ações políticas não de acordo com minhas opiniões pessoais mas de acordo com orientações que não formulava e com diretrizes pelas quais não era eu o responsável. (...) O jovem, ao longo de nossa história, em raras ocasiões é chamado a participar efetivamente da construção de seu futuro pessoal e do futuro do país. Na maior parte dos casos ele é um agente passivo dos problemas que lhes são colocados. (...) Trata-se de se aproveitar dos mais puros sentimentos de justiça, igualdade, fraternidade e liberdade, presentes em todo o espírito jovem, para transformá-los em agentes de uma ideia, antes de tudo, estranha à nossa realidade. Eu vivi isso e posso afirmar: a vida de um militante comunista nada tem a ver com a realidade nossa, mas, então, como é possível que distanciado da realidade, o PCB ainda consiga sobreviver? (...) Há momentos em nossa vida que formam uma espécie de balanço definitivo. O meu saldo, depois de 1968, foi negativo. Não apenas estou em falta com os meus, que não deixaram de me aconselhar durante esses anos todos e de quem me afastei; como estou em falta comigo. Estudos e alegrias pessoais que desprezei por muito tempo, hoje assumem um caráter infinitamente maior do que nos tempos anteriores à minha militância” (José Salvador Faro, no opúsculo O jovem e a subversão, São Paulo, outubro de 1975).

Guerrilha comunista no Brasil - Teve início em 1961 - e não após 1964, como propaga a esquerda mentirosa -, quando o presidente João Goulart ocultou e repassou secretamente a Fidel Castro as provas da intervenção armada de Cuba no Brasil. Provas? Veja os verbetes FMP, Folhetos cubanos, Foquismo, G-11, Ligas Camponesas, MEB, MEP, Revolução Cubana e ULTAB. Leia, ainda, O apoio de Cuba à luta armada no Brasil, de Denise Rollemberg, em https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/download/175/167/. E também Guerrilha Comunista no Brasil, de minha autoria: http://www.aman75-83.com.br/terror_comunanobr.htm.

Guerrilha de Copacabana - Integrantes da POLOP, composta por marinheiros e fuzileiros navais marxistas e intelectuais que moravam na Zona Sul do Rio de Janeiro, foram desarticulados em abril de 1964.

Guerrilha de Porecatu - “Tio Zezé [tio de Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió], irmão mais velho de Antônia, foi cortar pinheiros e enfrentar jagunços de Moisés Lupion no Paraná. Desapareceu nos embates do norte paranaense, onde ocorreu a Guerrilha de Porecatu, nos anos 1940, primeiro levante a contar com a presença de comunistas - onze rebeldes morreram” (NOSSA, 2012: 28). “Uma promessa do governo do Paraná, não cumprida, foi a responsável por gerar um grave conflito de terras no interior do estado, no final da década de 40 e início de 50. O episódio ficou conhecido como a guerrilha de Porecatu. De um lado posseiros de terra e o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, do outro, fazendeiros, as polícias do governo do Paraná e de São Paulo. Intermediando o conflito: o governo estadual. O assunto não consta em livros didáticos de escolas, mas Porecatu virou tabu e até hoje não se sabe, com certeza, qual o saldo da guerrilha nos cemitérios” (cfr. em http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1157583 – acesso em 17/07/2012). Há um livro sobre o assunto, Porecatu, a guerrilha que os comunistas esqueceram, de Marcelo Oikawa. Na verdade, o primeiro levante comunista no Brasil ocorreu em 1935, com a Intentona Comunista.

Guerrilha digital - Uso da internet para ataques contra a imprensa e desafetos políticos. Um exemplo foi o “tuitaço” promovido por Rui Falcão, presidente do PT, e simpatizantes contra a revista Veja, que publica os “malfeitos” de petistas. Eles utilizam robôs e perfis peões, para enganar que houve grande adesão a um movimento, como #vejabandida. O # (hashtag ou marcador) colocado na frente de uma palavra ou expressão compete por atenção na rede. Em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais. “A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil” (“Falcão e os insetos: guerrilha digital envenena o Twitter”, Veja, 16/05/2012, pg. 78). Na China, os “peões” que defendem o governo comunista recebem 50 centavos por cada inserção de apoio. No Brasil da atualidade, fazem sucesso as fake news, que são plotadas por empresas fake de checagem dos fatos, um espanto!, e que até renderam uma CPMI no Congresso Nacional, em 2019.

Guerrilha do Araguaia - 1ª Operação. “A propósito, como relata Gorender em seu ‘Combate nas Trevas’ (pg. 207 e 208), ‘o PC do B, a partir de 1967, fixou à margem esquerda do Rio Araguaia um grupo de militantes com treinamento na China: Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão), João Carlos Haas Sobrinho, André Grabois, José Humberto Branca e Paulo Mendes Rodrigues. Paulatinamente, sobretudo a partir de 1970, chegaram outros militantes e o total atingiu 69, dispersos ao longo de um arco, estendido de Xambioá até Marabá.’” (AUGUSTO, 2001: 415-416). A revelação da atividade guerrilheira na região do Araguaia fora feita por um casal de militantes que abandonara a área. No início de 1972, foi preso pela Polícia Federal de Fortaleza o militante do PC do B, Pedro Albuquerque Neto. Durante o interrogatório, Pedro declarou ter-se evadido de um campo de treinamento de guerrilha rural localizado no interior do município de Conceição do Araguaia. Não se adaptando às atividades na selva e por ter-se revoltado com uma decisão do Partido, que pretendia impor à sua mulher a realização de um aborto, apropriou-se de 30.000 cruzeiros pertencente à organização e fugiu da área com a mulher. Duas equipes, em trabalhos sucessivos, levantaram indícios das declarações de Pedro Albuquerque e tudo indicava que uma área de guerrilha havia sido implantada no Brasil. “A esse fato - e não como se poderia interpretar, por uma decisão governamental de obstar o processo de redemocratização - se devia a atividade de aparente retrocesso do Presidente Médici em seu pronunciamento” (idem, 416). Foram confirmados indícios de atuação de guerrilheiros no Sudeste do Pará quando um pelotão do 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), da 8ª Região Militar (8ª RM), investiu sobre dois pontos de apoio aos guerrilheiros, apreenderam roupas, calçados, remédios, literatura marxista, um manual de instrução militar, um quadro de trabalho e algumas armas em mau estado. Quando dois militantes foram presos, a 8ª RM decidiu empregar mais 2 pelotões, inicialmente mantidos na reserva. No dia 15/01/1972, uma militante foi presa em um hotel de Marabá, PA. José Genoino Neto (“Geraldo”) pertencia ao Destacamento B, comandado por Osvaldão, e foi preso no dia 18/4/1972, em Caianos, pelo delegado Carlos Teixeira Marra, de Xambioá, e um grupo de soldados, quando levava uma mensagem ao chefe do Destacamento C, Paulo Mendes Rodrigues. Genoino revelou toda a estrutura do PCdoB na área, fornecendo a localização dos três destacamentos. Integrantes do Destacamento B esquartejaram João Pereira, de 17 anos, por desconfiarem que ele servia de guia aos militares; na frente dos pais, teve as duas orelhas decepadas, assim como os dedos e as mãos, antes de receber a facada mortal; o coronel Lício Maciel escreveu um relatório a respeito, que está no CIE. Nos primeiros dias de atuação das Forças legais na área, foram destruídos nove pontos de apoio, atingindo os três destacamentos. Depois desse êxito, os efetivos militares foram ampliados, com o emprego de 26 combatentes do Destacamento de Forças Especiais da Brigada Paraquedista, do Rio de Janeiro. No início de maio, computando as tropas da PM/PA, os responsáveis pelo transporte aéreo e o pessoal de informações, o total das Forças de Segurança era de mais ou menos 200 homens. A área de ação compreendia 900 km², coberta por densa vegetação e sem vias de transporte, tinha o formato de um triângulo, tendo como base a Transamazônica, de Marabá até Araguantins, e como vértice oposto Araguanã, tendo como limites, de um lado o Rio Araguaia, e de outro o Rio Vermelho. No 1º período, praticamente não houve choques, pois as tropas se mantinham nos povoados e nos castanhais. O 1º choque deu-se quando uma equipe do Exército foi atacada, resultando no ferimento de um tenente e um sargento, tendo desaparecido o cabo Odilo Cruz Rosa, que fora morto, segundo alarde de Osvaldão, que dissera aos habitantes da região que montaria guarda ao corpo até que apodrecesse, pois o Exército não teria coragem de resgatá-lo. Uma patrulha efetivamente encontrou o cabo Rosa, morto, de quem haviam levado uma metralhadora. A 3ª Brigada de Infantaria enviou três pelotões para a região de Xambioá e dois para a região de Araguantins, para ocupação desses locais e lugarejos mais próximos. Na 1ª operação, incompleta, de reconhecimento, executada por pessoal não especializado, com reduzido efetivo, houve êxito satisfatório. Foram feitas 10 prisões de subversivos, sendo 4 resultantes de deserções.

2ª Operação. Como a área afetada pela guerrilha abrangia zona de responsabilidade de mais de um Grande Comando, o Estado-Maior do Exército (EME) atribuiu ao Comando Militar do Planalto (CMP) a responsabilidade das operações. O CMP havia previsto, em suas Diretrizes do ano de 1972, uma manobra na área, em que sugeria ao EME que essa manobra incluísse unidades do IV Exército, com sede em Recife, PE, e do Comando Militar da Amazônia (CMA), com sede em Manaus, AM, além de um destacamento da Brigada Paraquedista. Nessa manobra, participaram, ainda, tropas de Fuzileiros Navais e elementos de apoio aéreo, totalizando um efetivo de 3.000 homens. No período de 15 a 17/9/1972, foi feita a ocupação da área. Para atenuar a vantagem que os guerrilheiros haviam obtido junto à população, foi desenvolvida uma atividade cívico-social nas localidades de Xambioá e Araguantins, com atendimento médico-odontológico e a distribuição de medicamentos e material escolar. O INCRA foi convidado a solucionar problemas fundiários e o Governo do Estado se obrigou a colocar um médico no hospital de Xambioá, onde não havia nenhum. A Polícia Federal prendeu vários grileiros, que expulsavam os posseiros de suas terras. No dia 27 de setembro, os guerrilheiros investiram contra uma base do 2º BIS, matando o 2º sargento Mário Abrahim da Silva. Nesse e em outros combates, estima-se que alguns guerrilheiros possam ter morrido ou ficado feridos. A manobra encerrou-se no dia 2 de outubro, o que permitiu que os guerrilheiros voltassem a se movimentar com liberdade e realizassem a reaproximação com os moradores da área, adquirissem e estocassem alimentos, e ampliassem as ações.

Operação de Informações (Operação Sucuri). O foco guerrilheiro era preocupação do Governo, que temia que na área fosse estabelecida uma zona liberada, ou seja, uma área onde o Governo deixaria de exercer uma de suas mais importantes prerrogativas, que é o monopólio da força de coerção da sociedade. Com isso, poderia surgir outro “Estado” dentro do País, como havia ocorrido em outros países, fruto da Guerra Fria, a exemplo de Angola e Moçambique. Na 1ª quinzena de maio de 1973, teve início uma operação de informações na área do Araguaia, com a chegada de aproximadamente 30 agentes, que entraram na área da mesma forma que os subversivos haviam feito anos atrás: adquirindo terras como posseiros, comprando “bodegas”, estabelecendo e operando “negócios” - uma eficaz “estória de cobertura”. Os agentes, por diversas vezes, tiveram contatos com terroristas. Um deles, para não despertar suspeitas, viu-se obrigado a vender-lhes munição. O convívio na região permitiu que os agentes delineassem a área onde os guerrilheiros circulavam, que tipo de armamento possuíam, quem lhes prestava apoio e quem era neutro. Os agentes trabalharam na área durante cinco meses, adquirindo conhecimentos essenciais para o posterior êxito das operações. Nesse tempo, soube-se que os subversivos executaram quatro pessoas: um conhecido como Pedro Mineiro e outro como Osmar, e que teriam “justiçado” Rosalindo Cruz, que pretendia deixar a área, e o posseiro João Pereira, por haver colaborado com o Exército durante a operação de informações.

3ª Operação. “Às vésperas da volta dos militares, a guerrilha possuía uma submetralhadora, duas carabinas, onze fuzis, quinze rifles, duas metralhadoras, 23 espingardas e 56 revólveres .38, anotou Arroyo. (...) A guerrilha ainda contava com oito pessoas na Comissão Militar, 22 no destacamento A, doze no B e catorze no C” (NOSSA, 2012: 155). “A Operação Marajoara, a última de combate à guerrilha, começaria à meia-noite com cerca de 250 homens vindos do Centro de Instrução de Guerra na Selva, de Manaus” (idem, pg. 161). “As Forças legais iniciaram as ações em Xambioá, no dia 7 de outubro de 1973, e surpreenderam os guerrilheiros. Não entraram em massa nem pelo Norte, nem pelo Sul. Atuaram descentralizadamente, guiadas pelos agentes que havia cinco meses viviam na área e de cuja presença os guerrilheiros sequer suspeitavam - por mais de um mês ficaram sem ter noção dos efetivos que combatiam. As forças legais totalizaram cerca de 250 homens, mas os terroristas os julgavam cinco vezes superior, confundidos pela dispersão das tropas. A 1ª ação realizada pelas Forças de Segurança foi o isolamento de apoio logístico e de pessoal aos terroristas. Cada equipe das Forças legais recebia de seu guia uma ficha de moradores, indicando o grau de comprometimento e os tipos de apoio que prestavam. Essas pessoas passaram a colaborar com as Forças de Segurança, que passaram a assistir suas famílias. Sob custódia da PM do Pará, recebiam alimentação, certidões de nascimento e de casamento, e a muitos foi entregue o título da terra. Não tinham qualquer formação política e cooperaram com os ‘paulistas’ – como eram chamados os guerrilheiros -, que davam assistência médica e os orientavam sobre práticas agrícolas. Logo no início das operações, a rede de apoio aos subversivos estava desbaratada, graças aos trabalhos de levantamento feitos pelo pessoal de informações. Depois do 1º combate, os guerrilheiros desapareceram e se dispersaram na mata em suas áreas de homizio. Durante todo o mês de novembro e parte de dezembro, não houve mais confrontos. Os subversivos, nesta 3ª operação, foram surpreendidos pela ação de combatentes profissionais, com larga experiência na selva – não mais de recrutas inexperientes. Estabeleceram bases de operações na mata, patrulhavam castanhais, grotas e possíveis áreas de homizio. Recebiam informações de helicópteros que vigiavam a região. Estavam acompanhados de bons ‘piseiros’ - como são conhecidos os rastreadores da região -, homens especializados em seguir rastros. As Forças legais previam confrontos violentos, em que o reflexo e a iniciativa de fogo são fundamentais. Os subversivos, porém, durante esse período, pareciam apenas se preocupar com marcar presença na área ou apenas sobreviver. As operações se prolongaram até meados de 1974, quando as Forças legais concluíram que os subversivos não tinham mais condições de atuar coordenadamente na região, já que não tinham mais contato com a direção política do movimento, nem tinham mais o apoio da população. A maior parte da tropa foi retirada da região, sendo mantidas pessoas da área de informações e um destacamento que passou a guarnecer as instalações de um quartel recém-construído em Marabá, hoje sede de uma Brigada de Selva do Exército. Essa foi a mais séria tentativa de implantação de um foco guerrilheiro no País. Os erros e os acertos cometidos de parte a parte constituem um repositório de ensinamentos que não podem ser desprezados. Esta história, aqui resumida, nos foi transmitida por participantes dessas ações, mas todos eles com uma visão parcial, específica de suas áreas de atuação. Não dispomos de maiores dados sobre os combates e nem era esse o nosso objetivo neste trabalho. É lógico que esta história precisa ser enriquecida com o relato de pessoas que, participantes ou não das operações, tenham delas uma visão mais ampla e, ao mesmo tempo, mais detalhada do seu desenvolvimento” (AUGUSTO, 2001: 449 e 450 - extrato). “Relatos de ex-guerrilheiros e militares que participaram da terceira ofensiva no Araguaia revelaram que, na fase decisiva, o Exército não fazia prisioneiros. Quem escapava da caçada na selva não sobrevivia à tortura. Os corpos eram enterrados na floresta. O Exército, porém, não admite até hoje as mortes” (Jornal do Brasil, in “Uma história mal contada”, de 24/05/2001).

O coronel aviador da Aeronáutica, Pedro Corrêa Cabral, acusou o Coronel do Exército, Sebastião Curió, de ser um dos responsáveis pela execução de guerrilheiros, cujos corpos posteriormente teriam sido reunidos e queimados com pneus no início de 1975, na Serra das Andorinhas, Sul do Pará. O coronel Lício Maciel, autor do livro “Guerrilha do Araguaia - Relato de um combatente”, chamou Cabral de “mentiroso”, dizendo que o mesmo nunca participou da Guerrilha (Ainda que possa, em tese, ter transportado ossadas - se é que as havia - após o fim do conflito.) O coronel Aluísio Madruga, que participou da operação de Inteligência, lançou dois livros, “Guerrilha do Araguaia – Revanchismo” e “Documentário - Desfazendo mitos da luta armada”. O tenente José Vargas Jiménez, o “Chico Dólar”, que também combateu os guerrilheiros no Araguaia, é autor de “BACABA - Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia” e de “BACABA II”. Em “BACABA”, Jiménez reproduziu documentos secretos do Exército, como “Normas Gerais de Ação”, “Plano de Captura e Destruição”, “Plano de Busca e Apreensão” e “Coletânea de fotos de guerrilheiros”. Por ter escrito “BACABA”, Jiménez respondeu a um IPM, que foi arquivado, e foi chamado para audiência pública na Câmara dos Deputados, onde foi insultado e ameaçado de morte. De posse dos arquivos de Curió, o jornalista Leonencio Nossa escreveu “MATA! O major Curió e as Guerrilhas no Araguaia”. “A guerrilha tinha o apoio de 194 moradores - 26 pegaram em armas ou tinham funções estratégicas. O PCdoB, no entanto, apresentou um número menor de apoios. João Amazonas disse que foram 40 e Arroyo, 6. A conta para baixo, manipulada ou fruto da falta de informação, serviu para reforçar o heroísmo dos quadros do partido que foram para a mata, e para ocultar outra guerra, a de posseiros contra grileiros e militares pela posse da terra” (NOSSA, 2012: 132). Em seu livro, Leonencio Nossa faz uma permanente comparação da violência dos militares na campanha contra Canudos com a Guerrilha do Araguaia - com louvores a Lampião: “O Exército tinha distribuído Aldrin nas cabanas de castanheiros. No Araguaia, não foi respeitada a lei de Lampião, que não envenenava riachos por onde passavam inimigos” (idem, pg. 193). Ora, qualquer guerreiro de selva sabe que na mata há água parada e venenosa, fruto de fluidos de certas plantas, que até os animais evitam tomar. Um oficial superior do Exército me garantiu que foi utilizado o desfolhante “agente laranja”, fabricado pela Neo Química, na região do Araguaia, para facilitar a localização dos guerrilheiros. A afirmação carece de confirmação, por ser impraticável devido à extensão da região. No entanto, sabe-se que as grandes companhias desbravadoras de florestas utilizam o “agente laranja” como desfolhante, ainda que seja proibido, deixando um enorme “paliteiro” que será mais facilmente vencido pelas motosserras e pelos tratores. “O método químico é a terceira técnica usada pelas grandes empresas para desmatar a floresta amazônica, que faz uso de aviões de pequeno porte para pulverizar a floresta com produtos desfolhantes - tal como o ‘agente laranja’, um produto químico altamente tóxico usado pelos norte-americanos na guerra do Vietnam - e depois os métodos mecânicos do correntão ou da moto serras são usados para derrubar ou cortar todas as árvores que ficam em pé” (André Cutrim Carvalho, in Expansão da Fronteira Agropecuária e a Dinâmica do Desmatamento Florestal na Amazônia Paraense - Tese defendida na Unicamp em 2012 - cfr. http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?view=000862229. Leonencio Nossa afirma que 41 guerrilheiros foram executados na selva, 26 foram mortos em combate na selva, 1 guerrilheiro foi vítima da guerrilha (“justiçamento”) ou que teria cometido suicídio e que houve 20 guerrilheiros sobreviventes, dentre os quais João Amazonas (“tio Cid”), José Genoino Neto (“Geraldo”), Crimeia Almeida (“Alice”), Elza Monnerat (“Maria” ou “Tia”); que 4 pessoas foram mortas pela Guerrilha, que 1 militar consta como desaparecido e que 4 militares foram mortos em acidentes ou por “fogo amigo”. “Greenhalgh deixou o papel de defensor de direitos humanos para atuar como lobista do banqueiro. Dantas e Greenhalgh foram apontados pelo relatório da Operação Satiagraha da Polícia Federal como integrantes de uma quadrilha acusada de lavagem de dinheiro e corrupção” (NOSSA, 2012: 347-348). Na verdade, Eduardo Greenhalgh foi o advogado milionário de “mortos e desaparecidos” e das famílias dos 68 guerrilheiros do Araguaia. Foi também advogado do terrorista Cesare Battisti. As indenizações já chegam a R$ 6 bilhões. Sabe-se que a banca advocatícia de Greenhalgh ficava com cerca de 20% da causa ganha. Quanto o escritório de Greenhalgh já faturou somente com as ossadas de ouro dos “desaparecidos”? Em 2018, o jornalista e historiador Hugo Studart lançou o livro “Borboletas e Lobisomens - Vidas, sonhos e mortes dos guerrilheiros do Araguaia”, pela Editora Francisco Alves, que desagradou tanto a militares quanto ao PCdoB, provando ser um livro sério e denso em suas 658 páginas. Veja entrevista de Studart em  http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/guerrilha-do-aragauaia-borboletas-e.html.

A ministra dos direitos humanos dos terroristas, Maria "La Pecosa" do Rosário, ficou chateada quando o ministro Nelson Jobim pediu investigação à Justiça Federal para localizar 5 "desaparecidos" políticos que supostamente devem estar vivinhos da silva. A propósito, em uma palestra onde eu estive presente (Seminário "40 anos do AI-5", em 2008), no anexo do Senado, o ex-ministro Jarbas Passarinho afirmou que ele, quando era ministro da Educação, recebeu um pedido para arranjar emprego para 5 ex-integrantes da Guerrilha do Araguaia, o que foi feito. Provavelmente, muitos outros "aparecidos" políticos tidos como mortos deverão surgir, já que muitos terroristas mudaram de nome e de cara, para escapar do "justiçamento" (assassinato) dos próprios companheiros terroristas. Sobre o assunto, o jornalista e historiador Hugo Studart me informou via e-mail, no dia 15/02/2011 11:34:

“Prezado Félix,

Agradeço ter enviado reportagem abaixo [transcrito para http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/aparecido-um-passo-da-condenacao-por.html].

Estou envolvido nas buscas pelos desaparecidos do Araguaia.

Sobre aqueles que vc chama de ‘aparecidos’, lembro que em meu livro ‘A Lei da Selva’, fui o primeiro a levantar a questão da existência de possíveis cinco mortos-vivos do Araguaia. Também fiz a primeira entrevista com o Passarinho no qual ele toca no assunto (empregou no MEC, com identidades falsas, dois dos cinco mortos-vivos).

Tenho informações segura sobre três: Edinho (Helio Navarro), Duda (René Silveira) e Piaui (cujo nome completo me fugiu da memória neste instante).

No caso de Edinho, a família ainda o busca como vivo.

No caso de Duda, a família pegou indenização e luta bastante contra qualquer investigação sobre o assunto.

Cordialmente

Hugo Studart”

Segundo diz o texto de Euler de França Belém (http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/livro-revela-que-7-guerrilheiros-do.html), seriam 7 os guerrilheiros do Araguaia que negociaram com os militares e sobreviveram.

Guerrilha do Vale do Rio Doce - “Dilma [Rousseff] optou pela Polop, organização de esquerda de curta duração, formada por integrantes do velho PCB e que tentara anos antes montar uma guerrilha no Vale do Rio Doce - seus integrantes eram fervorosos estudantes da teoria marxista” (NOSSA, 2012: 86).

Guerrilheiros da pena - O mesmo que “subversivos da pena”, engloba intelectuais marxistas, jornalistas de esquerda, além de militantes da Frente Brasileira de Informações (FBI). “Há muitas evidências de que o terrorismo revolucionário atrai pessoas de elevada educação e que o quadro discente universitário é uma das principais fontes de recrutamento” (Paul Wilkinson, in “Terrorismo Político” - apud COUTO, 1984: 32). Intelectuais” brasileiros e jornalistas espalham a mentira de que o desencadeamento da luta armada no Brasil teria sido uma resposta ao AI-5. A cronologia dos atos terroristas, perpetrados durante todo o ano de 1968, e em anos anteriores, como o atentado terrorista no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 1966, desmente esse mito. “Quem começou o ato de violência, quem começou a fazer correr sangue nesse País, apesar do número reduzido de vítimas, foi a esquerda” (Gen Ex Leônidas Pires Gonçalves - HOE/1964, Tomo 1, pg. 90). “A verdade é que já em 1961, com a adoção do emprego da luta armada por parte de algumas organizações comunistas, dentre eles o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), muitos militantes foram enviados a campos de instrução de países como a China, Cuba, Argélia, Albânia e outros, para realizarem cursos de guerrilha e de ações de terrorismo” (Cel Aluisio Madruga de Moura e Souza - HOE/1964, Tomo 15, pg. 354). Veja FBI e leia, de minha autoria, 1968: 40 anos do AI-5, disponível em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/2008-40-anos-do-ai-5.html.

Gueto - Local de segregação racial, a exemplo de judeus, negros, ciganos etc. No Brasil, Terras Indígenas, comunidades quilombolas e assentamentos do MST estão se transformando em guetos, à semelhança dos bantustões da África do Sul do Apartheid. Veja Brasilistão.

Gulag - Glávnoie Upravliênie Láguerei (Administração Geral dos Campos): o livro Arquipélago Gulag, de Alexandre Soljenítsin, discorre sobre os campos de trabalhos forçados soviéticos (campos de concentração), por onde passaram cerca de 66 milhões de prisioneiros, e sobre a fome endêmica que se seguiu a vários planos econômicos fracassados, levando pais a comerem seus próprios filhos (donde se originou, provavelmente, a expressão “comunista come criancinha”). “Sigla em russo de Diretório Geral dos Campos, o Gulag abrangia o complexo de prisões, centros de triagem e campos de trabalhos forçados a que eram condenados opositores do regime, suspeitos de atividades ‘antissoviéticas’, criminosos comuns e hordas de pessoas que nunca souberam exatamente por que haviam sido encarceradas" (“Recordações da casa dos mortos”, revista Veja, pg. 60 a 62). No “Gulag” de Vorkuta, milhões de “Zeks” e outros prisioneiros proporcionaram mão-de-obra baratíssima para a derrubada, o corte e o transporte de madeira para a mineração. Segundo afirma o economista soviético Vasily Selyunin, “a princípio, os campos eram usados para sufocar a oposição política à revolução de 1917; depois, tornaram-se um meio de resolver tarefas puramente econômicas”. Baixe o livro “Arquipélago Gulag” em https://www.docdroid.net/BUe5N4M/aleksandr-solzhenitsyn-arquipelago-gulag-pdf. O coronel Danzig Baldaiev, ex-integrante da polícia política soviética, fez chocantes desenhos sobre o Gulag, retratando estupros e mortes em massa que lembram as ossadas em um campo de concentração nazista. Esse trabalho resultou em um documentário feito pelo repórter Angus MacQueen, da BBC inglesa. “O autor de um recente livro da coleção ‘Que sais-je? [Que sei eu?] sobre Le Goulag [O Gulag] encontra um meio de poupar Lênin, dizendo que Stálin lhe havia ‘traído’ o legado. Velho refrão mil vezes refutado, miragem falsamente salvadora, que a pesquisa realizada nos últimos anos dissipou sem deixar vestígios. No entanto, para o nosso humorista, Stálin seria na realidade o herdeiro... do czarismo, e não do leninismo” (REVEL, 2001: 153). Hollywood deve ao mundo um filme sobre o Gulag pelo menos tão contundente quanto foi A Lista de Schindler, que trata dos crimes nazistas. Os linguistas de pau da esquerda chique de Hollywood, que veneram Santo Ernesto Che Guevara, permitirão tal ousadia? “Matar as pessoas nos gulags, é ruim; mas pior ainda é deixar os proletários serem explorados pelos capitalistas” (Jean-Paul Sartre). Sobre o livro “Gulag”, de Anne Applebaum, assim escreveu Marilia Pacheco fiorillo in “Máquina de extermínio”, revista Veja no. 1880, pg. 182: “Pesquisou arquivos na ex-URSS e memórias de sobreviventes dos campos de trabalho forçado, os gulags, para construir seu épico das atrocidades cometidas pelo falecido império soviético entre 1923 e 1986. Nunca, antes, se haviam desnudado com tal minúcia estatística os horrores e a profunda idiotia da política de Stálin, que executou quase 3 milhões de dissidentes durante seu reinado e encarcerou outros 28 milhões, muitos deles em regiões inóspitas como o deserto do Cazaquistão ou a Sibéria. (...) Os gulags, que chegaram ao espantoso número de 476, começaram já com Lênin, mas alcançaram o ápice do horror com Stálin. Os anos de 1930 e 1940 foram os picos de mortandade, quando a fome e depois a guerra assolaram a URSS. Mas os campos soviéticos continuaram crescendo até os anos 1950. Ao contrário dos campos de concentração nazistas, todos devotados ao extermínio, os gulags variavam da ‘relativa crueldade à relativa humanidade’, na expressão de Applebaum. Kolyma, na Sibéria, era um dos piores, pela insalubridade do trabalho nas minas. No arquipélago de Solovetsky, no Mar Branco, a vida não era tão dura - havia até biblioteca e teatro. E os campos nas vizinhanças de Moscou, onde cientistas rebeldes projetavam armas para o Exército Vermelho, eram até ‘luxuosos’”. Continua o artigo na Veja: “Entre os degredados, mandados para morrer de inanição ou frio, estavam não só os kulaks (camponeses ricos) como delinquentes comuns e muitas etnias consideradas incômodas por Stálin - poloneses, ucranianos, chechenos. Mulheres e crianças não escaparam à brutalidade, com uma agravante: como as mulheres eram escassas, tornavam-se vítimas frequentes de estupro. Os gulags só seriam eliminados definitivamente por Gorbachev, ele mesmo neto de uma vítima dos campos, em 1987” (idem, pg. 182-183). Leia “Gulag - Uma história dos campos de prisioneiros soviéticos”, de Anne Applebaum, em https://portalconservador.com/livros/Anne-Applebaum-Gulag-Uma-Historia-dos-Campos-de-Prisioneiros-Sovieticos.pdf. Ela é também autora do livro Red Famine - Stalin’s War on Ukraine (Fome Vermelha: A Guerra de Stálin na Ucrânia). Veja 741 fotos dos Gulags em https://www.gettyimages.pt/fotos/gulag?phrase=gulag&sort=mostpopular. Veja Holodomor.

Gulag da Guiné - Na Guiné, o governo socialista de Ahmed Sékon Touré “criou um pequeno campo de trabalhos forçados que ficou conhecido como Gulag de Guiné, onde cerca de 50 mil prisioneiros políticos foram mortos. Apesar da lambança política - ou justamente por causa dela - Touré ganhou, em 1961, o Prêmio Lênin da Paz” (NARLOCH, 2013: 290).

Gun Boat Diplomacy - “Diplomacia das Canhoneiras”: utilizada pelas potências imperialistas no passado, hoje substituído pelo Cruise Diplomacy dos EUA, ou seja, a “Diplomacia de Cruzeiro” dos mísseis Tomahawk. Veja Diplomacia de Cruzeiro e Doutrina Lake.

 

 

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“Não vivesse o Brasil uma crise de identidade e dignidade tão grande, estaríamos todos comemorando o centenário de um notável patriota e soldado, que assumiu a Presidência da República como missão e governou com sucesso. Trata-se do General Emílio Médici, homem cordial, correto, discreto, que enfrentou em vida e sofre até hoje a mais odienta campanha no sentido de ser apresentado à história como responsável por um período marcado pela violência” (Aristoteles Drummond, in “Médici: grande soldado, grande presidente”, Jornal do Brasil, 07/11/2005).

 

Habeas data - (Latim) “Que tenhas os dados”: previsto na Constituição brasileira de 1988, em seu Art. 5º, possibilita a todos os indivíduos, independente de pagamento de taxas, a obtenção em órgãos públicos de certidões de registros constantes em banco de dados oficiais, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

Hacker - Em inglês, hacker tem origem no verbo hack, que significa “cortar grosseiramente”, com machado ou facão. Na atualidade, hacker é um invasor de sistemas de computadores. Pode ser tão nocivo quanto o cracker, que costuma danificar os sistemas e roubar dados ou transferir valores de dinheiro indevidamente. Também descreve alguém que é fanático pelo uso de computadores.

Hagganah - Guarda Nacional judaica, instalada em cada kibbutz na Palestina, especialmente a partir de 1920, quando a Grã-Bretanha foi investida do Mandato sobre a Palestina, e que cresceu consideravelmente durante a Revolta Árabe contra os judeus, de 1936 a 1938, pois a população judaica vinda da Rússia e da Europa Oriental (especialmente depois de 1933, com a perseguição nazista) aumentou para 29% da população palestina (dados de 1938). O Hagganah foi o embrião do Exército de Israel e é acusado de ter raptado o coronel nazista Adolf Eichmann, em 1960, na Argentina, com a complacência do governo de Arturo Frondizi.

Hagiógrafo - É quem escreve a biografia dos santos. Como se sabe, Che Guevara não tem biógrafos, apenas hagiógrafos que o veneram de joelhos, como Jon Lee Anderson e Jorge Castañeda. Ore junto com San Ernesto Rafael Guevara de la Serna: “Louco de fúria eu tingirei meu rifle de vermelho ao matar o inimigo que cai em minhas mãos! Minhas narinas se dilatam ao sentir o odor acre de pólvora e sangue. Matando meus inimigos eu preparo meu ser para a luta sagrada e me junto ao triunfante proletariado com um uivo infernal” (Che Guevara, in Diários de Motocicleta - obviamente omitido no filme hagiógrafo da dupla pauleira Robert Redford, produtor, e Walter Salles, diretor). A famosa foto de Che que estampa camisetas ao redor do mundo foi captada pelo fotógrafo oficial de Fidel Castro, Alberto Korda, no dia 04/03/1960, durante um discurso de Fidel, acusando os EUA de terem explodido, naquele mesmo dia, no porto de Havana um cargueiro com mais de 70 toneladas de armas belgas. Em 2013, a escola de samba Salgueiro, do Rio, colocou a estampa do assassino na indumentária dos componentes de sua bateria, além dos tambores, no desfile da Sapucaí, com a ajuda do governo Dilma Rousseff em míseros R$ 4,9 milhões via Lei Rouanet. Mais uma homenagem de terrorista para terrorista.

Hamas - (Árabe) “Entusiasmo”. Movimento de Resistência Islâmico-Palestino, criado pelo xeque Ahmed Yassin. Grupo radical antissionista, formado em 1978, em Gaza, a partir da Mujam’a (Irmandade Muçulmana), tornou-se o principal rival da Al-Fatah na Faixa de Gaza, onde tem concentrada sua força. Reivindica que todo o solo da Palestina é wakf (propriedade sagrada muçulmana) e que pertence para sempre aos islâmicos. Por isso, prega a libertação de toda a Palestina, do Mediterrâneo ao Rio Jordão. Promove atentados suicidas e lança foguetes contra os israelenses, principalmente a partir da 2ª Intifada. “Durante anos, os israelenses haviam alimentado o Hamas na construção de mesquitas e serviços sociais para enfrentar seu rival da OLP ‘terrorista’ e a liderança do ‘superterrorista’ exilado Arafat. Do mesmo modo que os Estados Unidos ajudaram a criar Osama Bin Laden e Saddam Hussein, Israel alimentou o Hamas e sua classe dirigente formada por imames e guerreiros que se consideravam virtuosos, os quais agora exigiam a Palestina - toda a Palestina - para os palestinos” (FISK, 2007: 540). Vale lembrar que Arafat usava na cabeça o keffiyeh, lenço palestino, num arranjo que lembrava o mapa da Palestina.

Hanbalita - “Uma das quatro escolas jurídicas do islã sunita, presente sobretudo na Arábia Saudita; caracteriza-se por seu extremo rigor e pela interpretação literal das Escrituras. Teve grande influência sobre o Movimento Islâmico” (KEPEL, 2003: 562). “Hoje, a divisão mais visível, no mundo islâmico, é entre os sunitas [90%] e os xiitas [10%]. Porém, a situação não se restringe a esta divisão geral. Dentro dos sunitas se desenvolveram diversas escolas jurídicas das quais pelo menos quatro [escola hanbalita, escola malekita, escola hanafita e escola shafi´ita] existem até hoje e sobre às quais se impuseram, em regiões diferentes, interpretações ou mais progressistas ou mais conservadoras da religião. Por exemplo, os hanbalitas que, através dos wahabitas, exercem autoridade na Arábia Saudita, são até hoje consideravelmente conservadores, enquanto os shafi’itas que são fortes no Egito, representam uma das linhas mais liberais do Islã. Nos grupos xiitas, também houve divisões. Para mencionar somente as correntes mais importantes, encontram-se zaiditas, ismailitas e imamitas” (Cfr. “A  imagem pública dos primeiros anos do Islã”, em https://www.pucsp.br/rever/rv4_2001/i_antes.htm, acesso em 18/01/2021).

Harb - (Árabe) Dar el Harb significa “Território de Guerra”. Na doutrina islâmica, é a “terra da heresia” (Kufur), não-islâmica, dos infiéis, onde é lícito fazer a Jihad. Veja Ummá.

Hashomer Hatzair - (Hebraico) “Movimento juvenil socialista-sionista comprometido em levar jovens judeus para a Palestina, a fim de construir o socialismo” (JUDT, 2014: 93).

Hegel, dialética de - “Na sua concepção filosófica, Hegel define assim os elementos que compõem o seu método para explicar o movimento da história: 1) posição ou imediação (tese), 2) oposição ou mediação (antítese) e 3) ultrapassagem ou sublimação (síntese). Tanto Hegel quanto Marx usaram a dialética em causa própria: Marx ‘congelou’ o sistema no ‘operariado como classe única’; Hegel ‘projetou na monarquia representativa prussiana o modelo acabado do desenvolvimento político-social’” (PONTES, 2003: 31).

Hegemonia cultural - Junto com a “Ocupação dos espaços”, trata-se da estragégia gramscista para dominar as instituições. “A hegemonia consiste em criar uma mentalidade uniforme sobre todas as questões de forma a anestesiar o senso crítico e a uniformizar o senso comum (donde a importância em controlar a imprensa e fortalecer a propaganda)” (COUTINHO, 2012: 6-7). “A hegemonia consiste na criação de uma mentalidade uniforme em torno de determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela ‘análise de situação’, de modo que quando o comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer resistência. Isso deve ser feito, segundo ensina Gramsci, a partir de diretrizes indicadas pelo ‘intelectual coletivo’ (o partido), que as dissemina pelos ‘intelectuais orgânicos’ (ou ‘formadores de opinião’), sendo estes constituídos de intelectualoides de toda sorte, como professores - principalmente universitários (porque o jovem é um caldo de cultura excelente para isso), a mídia (jornalistas também intelectualoides) e o mercado editorial (autores de igual espécie), os quais, então, se encarregam de distribuí-las pela população. (...) A outra técnica gramsciana - a da ocupação de espaços - já dava mostras tão evidentes de visibilidade entre nós, com a nomeação de 20 mil cargos de confiança pelo PT em todo o território nacional (só para cargos federais!), que nem mesmo precisaria ser novamente denunciada. O que faltava, entretanto, era fazer a conexão com a primeira técnica - a hegemonia” (Dra. Marli Nogueira, Juíza do TRT da 10ª Região, em Brasília, in “Técnica Gramsciana e o Partido dos Trabalhadores”, 13/06/2005). “Há quatro décadas, a história militante que se opunha à história oficial já se tornou hegemônica e ocupou o espaço todo. Se há alguma história oficial, é ela própria. Mas, sem uma história oficial para combater, ela perderia todo o encanto da rebeldia convencional, pondo à mostra os cabelos brancos que assinalam sua identidade de neo-oficialismo consagrado - balofo, repetitivo e caquético como qualquer academismo” (CARVALHO, 2013: 96). “O instrumento básico do debate político nos EUA é o livro, não o artigo de jornal, o comentário televisivo ou a entrevista de rádio” (CARVALHO, 2013: 73). “O jornalismo, dizia Joseph Conrad no início do século XX, é uma coisa escrita por idiotas para ser lida por imbecis. Bons tempos aqueles. Hoje é uma coisa escrita por fingidores compulsivos para ser lida por masoquistas que só respeitam quem lhes mente na cara. A opinião pública mundial evoluiu da idiotice à psicose” (CARVALHO, 2013: 269-270). “Nesse livro [O Repórter e o Poder, do jornalista José Carlos Bardawwil], ele dá vários depoimentos que mostrou o poder imenso que, já na década de 1970, o Partido [PCB] tinha sobre a classe jornalística” (Otto Maria Carpeaux - HOE/1964, Tomo 3, pg. 122). “Gramsci agora está convencido de que para se tornar ‘classe dirigente’, para triunfar naquela estratégia mais complexa de longo alcance, o proletariado não pode se limitar a controlar a produção econômica, mas deve também exercer sua direção político-cultural sobre o conjunto das forças sociais que, por essa ou aquela razão, desse ou daquele modo, se opõem ao capitalismo” (COUTINHO, 1989: 36). “As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade. O governo federal emprega 90000 pessoas em cargos de confiança. Nos Estados Unidos, há 9051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. ‘Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado’, diz Claudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil” (Revista Veja, in “A vingança contra os corruptos”, 26/10/2011, pg. 80). Veja Ocupação dos espaços, Gramscismo, Guerra de Movimento, Guerra de Posição e Politicamente correto.

Hematidrose - Suor sanguinolento, ocasionado por elevado stress.

HEP - (Latim) Hierosolyma est perdita (Jerusalém está perdida): “... que foi uma vez o grito para o assassinato de judeus durante as Cruzadas” (KARL, 1995: 760). Veja Cruzadas.

Herança maldita - Expressão em voga no governo petista do sucessor de FHC, para quem o governo anterior foi uma maldição pura. A verdade é que o antecessor de Dilma deixou uma herança maldita para a “presidenta”, com uma dívida pública próxima a R$ 2 trilhões e dívida externa de 200 bilhões de dólares (embora tenha dito que a havia pagado!), além de obrigar Dilma a cortar R$ 50 bilhões no orçamento de seu primeiro ano de governo - ainda que tenha sido um corte de mentirinha, já que os repetidos “contingenciamentos” do governo tornam todo o orçamento federal uma verdadeira ficção. Em agosto de 2020, a Dívida Pública Federal era de R$ 4,412 trilhões - e continua aumentando, com a agravante da pandemia da Covid-19.

Herzog, Caso - O jornalista Vladimir Herzog, ligado a grupos de esquerda, foi preso durante o governo militar e morreu na prisão, em São Paulo. Segundo a imprensa, teria sido torturado até à morte. Porém, de acordo com o livro de memórias do ex-Presidente Ernesto Geisel, e do livro do general Raimundo Negrão Torres, Herzog se suicidou, conforme perícias e exames apurados em IPM de que foi encarregado o então Comandante da 12ª Brigada, de Caçapava, General Cerqueira Lima. "Outro caso emblemático é o da morte no DOI de São Paulo do jornalista Vladimir Herzog, largamente explorado pela esquerda e focalizado pelo ex-presidente Geisel em seu depoimento histórico há pouco publicado. Profundamente irritado com a ocorrência e levado pela grita levantada, o ex-presidente foi a São Paulo e, não só determinou a abertura de um IPM, como escolheu o seu encarregado, um general de sua absoluta confiança - Fernando Cerqueira Lima -, já falecido. O inquérito feito com o maior rigor, com laudos e perícias de toda a ordem concluiu que por negligência da vigilância, o preso conseguira suicidar-se. O IPM foi dissecado em todos os seus detalhes na Justiça Militar e sua conclusão referendada, exceto na exploração ideológica do cadáver que o próprio Geisel sintetizou, ao dizer: agora a esquerda tem um herói! Um apagado e desimportante membro de uma célula do PCB na Revista Visão, que de próprio punho delatara seus companheiros e ia ser posto em liberdade; ao sabê-lo entrou em crise de consciência e matou-se. Esse o fato, comprovado em um IPM feito por um homem íntegro, mas cujas conclusões irretorquíveis foram obscurecidas pelas versões dos interessados em explorar o novo e inesperado herói. E se as versões contrariam os fatos, pior para os fatos, já sentenciava Nelson Rodrigues...” (Raymundo Negrão Torres, in 1964: uma revolução perdida). Em 2012, a causa mortis de Herzog foi modificada pela Justiça, de suicídio para “lesões e maus-tratos sofridos em dependência do II Exército”; o homem que teria interrogado e torturado Herzog seria o policial Antonio Grancieri (“Capitão Ramiro”). A decisão esdrúxula abre precedente para que muitos laudos médicos sejam modificados, de modo a atender os comissários esquerdistas - com ou sem exumação dos corpos, com ou sem a presença de um médico, mas apenas com uma canetada. O jornalista de O Estado de S. Paulo, Paulo Nunes, afirmou que Herzog se suicidou - cfr. https://www.alertatotal.net/2020/05/segundo-jornalista-do-estadao-paulo.html.

Hidra vermelha - Refere-se ao comunismo, também conhecido como “peste vermelha”. “Hoje em dia é possível se julgar alguém por uma metáfora e mandá-lo para um campo de concentração pelo simples uso de figuras literárias” (Sventlana Alliluyeva, filha de Stálin, que pediu asilo político na embaixada americana em Nova Delhi, Índia, no dia 06/03/1967). O historiador Carlos Ilich Santos Azambuja escreveu A Hidra Vermelha, cuja Introdução pode ser lida em https://www.alertatotal.net/2016/07/a-hidra-vermelha-introducao.html.

Highbrows - Termo criado pelo crítico Van Wyck Brooks em 1915, é mais apropriado do que o termo francês intellectuel ou o russo intelligentsia.

Higiene social - Programa de esterilização compulsória que atingiu cerca de 60.000 pessoas na Suécia, no período de 1935 a 1976. “A lei de higiene social foi aprovada em 1935 e o Instituto Nacional para a Biologia Racial foi estabelecido especificamente para administrar a esterilização de pessoas que não tinham uma aparência suficientemente nórdica, ou de origem racial mista ou ainda aquelas com deficiências físicas ou mentais. Leis similares foram aprovadas bem antes de Adolf Hitler se tornar o Fuehrer da Alemanha: na Suíça, em 1928, e na Dinamarca, em 1929. Na Noruega, a lei é de 1934. Em nome da ‘higiene racial’ foram esterilizados, além dos 60 mil suecos, 40 mil noruegueses, seis mil dinamarqueses e um número indeterminado de suíços. O que chama a atenção, no entanto, é que na Suécia, o programa permaneceu intacto até 1976, quando o Instituto de Biologia Racial teve as suas portas fechadas” (Revista Istoé, 03/09/1997).

HIJOS - Hijos por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio (Filhos pela Identidade e a Justiça, contra o Esquecimento e o Silêncio): organização fundada na Argentina pelos herdeiros diretos dos “desaparecidos políticos”. É sucessora do Grupo Madres de la Plaza de Mayo (Mães da Praça de Maio), no qual se destacava Hebe de Bonafini, simpatizante do grupo terrorista basco ETA e que festejou a derrubada das Torres Gêmeas, em Nova York, no dia 11/09/2001 - cfr. texto publicado por Alfonso Ussía em La Razón, de 04/05/2004, e transcrito no jornal Inconfidência no. 165 - junho 2011, pg. 23 - http://www.jornalinconfidencia.com.br/pdf/inconfidencia165reduz.pdf. Acesse o site http://www.grupoinconfidencia.org.br/.

Hipnoladri - (Italiano) “Ladrões hipnóticos”. Historicamente, eram ladrões que usavam a Programação Neurolinguística (PNL) para assaltos, na Itália. Na época, caixas de banco, hipnotizados, davam pencas de dinheiro a ladrões e depois atribuíam-se a si mesmos a culpa pelos atos cometidos.

Historiais & Memoriais - “O Historial é pedagógico. Oferece uma apresentação narrativa linear convencional de seu tema - portanto, no ambiente progressista de hoje, uma abordagem um tanto radical e a meu ver eficaz do ensino de história pública. O Memorial, por outro lado, é todo sentimento. Quase não há pedagogia, exceto a mensagem de memória geral que se espera que o visitante leve consigo. O Memorial se dedica a truques, artifícios e tecnologias para ajudar o visitante a recordar o que ele acha que já sabe sobre a Segunda Guerra Mundial. Se você já não trouxesse um pouco de memória para aproveitar em sua experiência, o Memorial não faria sentido. Ele fornece o ambiente, mas o visitante é responsável pela história. Esse contraste entre o Historial e o Memorial me parece precisamente o contraste que devemos preservar e acentuar. Se de fato deve haver Memoriais, então as pessoas devem pelo menos ser incentivadas a visitar primeiro os Historiais” (HUDT, 2014: 297-298). Veja Revisionismo.

Hizbollah - (Árabe) “Partido de Deus”. Grupo xiita radical formado no Líbano, dedica-se a criar um Estado islâmico nos moldes do Irã. É antiocidental e anti-israelense e se responsabilizou pelo atentado do carro-bomba contra a embaixada israelense em Buenos Aires, em março de 1992. É suspeito de ter atacado a embaixada americana em Beirute, em 18/04/1983, matando mais de 60 pessoas, e o acampamento dos marines em Beirute, em 23/10/1983, matando 220 fuzileiros, 18 marinheiros e 3 soldados. Opera no Vale do Bekaa e sul do Líbano. Tem filiais em 17 países muçulmanos e agentes “dormentes” na Europa, sobretudo Alemanha, nos EUA e na América do Sul (especialmente Venezuela e Brasil). Criado pelo Serviço Secreto do Irã, recebe desse país ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos e facilidades diplomáticas. Treina seus militantes no Campo de Nahavand, em Hamadan, a sudoeste de Teerã. Também conhecido como Jihad Islâmica, Organização da Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos sobre a Terra e Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina. Além de promover a luta armada, presta serviços sociais, o que ajuda a angariar mais militantes. Veja OLP.

Hizbollah Internacional - “Em 7 de junho de 1996, em seu sermão de sexta-feira, o líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o Hizbollah deveria alcançar ‘todos os continentes e todos os países’” (BODANSKY, 2002: 213).  Instalado durante a reunião realizada entre 21 e 23/06/1996, em Teerã, quando foram convidados delegados de todo o Oriente Médio, África, Europa e América do Norte, a organização operaria sob jurisdição do IRGC (Pasdaran) e do escritório de Inteligência Externa de Chamran. Entre os comandantes que compareceram e concordaram se unir ao Hizbollah Internacional “estavam Ramadan Shallah (o cérebro da Jihad Islâmica Palestina), Ahmad Salah, também conhecido como Salim (da Jihad Islâmica Egípcia), Imad Mughaniyah (do Comando de Operações Especiais do Hizbollah Libanês), Muhammad Ali Ahmad (representante de Osama bin Laden), Ahmad Jibril (cérebro da PFLP-GC), ou Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral), Imad al-Alami e Mustafá al-Liddawi (do Hamás), Abdallah Ocalan (cérebro do Partido do Povo do Curdistão, a organização terrorista que lutava contra a Turquia), um enviado do Partido Islâmico da Turquia, o Refah, e um representante de George Habbash (da Frente Popular para a Libertação da Palestina)” (idem, 213-214). Foi instalado o “Comitê dos Três”, diretamente subordinado a Mahdi Chamran, para “coordenação, planejamento e ataques”. Os membros eram Imad Mughaniyah, Ahmad Salah (Salim) e Osama bin Laden. Dois deles - bin Laden e Salah - eram sunitas, prova do apreço de Teerã (xiita) pelos islamitas sunitas. A ênfase foi dada a “operações destinadas a desestabilizar a área do Golfo Pérsico e a enfraquecer os países da região”. As primeiras operações do “Comitê dos Três” foram: explosão de al-Khobar (Laden); apunhalamento de uma diplomata americana (Salim); a queda do TWA 800 (Imad). Todos os comunicados relacionados a esses ataques continham razões locais, para encobrir as ações da Internacional do Terror. “Praticamente todos os maiores ataques terroristas são patrocinados por um Estado e não são empreendimentos feitos às pressas. Os que executam tais atos são agentes dedicados e disciplinados agindo sob total comando dos serviços de inteligência dos países que os patrocinam” (idem, pg. 215). Em 03/01/2020, o general iraniano Qasem Soleimani foi morto por ataque de drone americano perto do aeroporto de Bagdá, por ordem do presidente Donald Trump. Soleimani comandava as Forças Qods no Oriente Médio e era acusado de matar muitos americanos.

HJ - Hitler Jugend (Juventude Hitlerista).

HLI - Human Life International: ONG dos EUA contra o aborto. Outros movimentos contra o aborto nos EUA: Advocates for Live (Defensores da Vida), Christian Action Group (Grupo de Ação Cristã), Defensive Action (Ação Defensiva). No Brasil, conheça 10 instituições pró-vida, contra o assassinato de nascituros - https://www.semprefamilia.com.br/defesa-da-vida/10-instituicoes-pro-vida-com-as-quais-voce-pode-contribuir/.

Hochschulring - (Alemão) Movimento de política estudantil universitário, de grande influência nos anos 20 do século passado. Por volta de 1929, as universidades alemãs haviam passado quase que inteiramente para o lado dos ultragermânicos - o Movimento Volk. Os estudantes eram mais antissemitas que a classe operária ou a burguesa. Esse movimento se estendeu até que foi substituído pelos nazistas.

Holista - “Adaptação de palavra inglesa que significa ‘global’. O princípio holista implica especialmente a unidade dos contraditórios, o que destrói o fundamento mesmo de todo pensamento lógico. Aplicado à sociedade, esse princípio nega o indivíduo e não leva em consideração senão a comunidade, tal como uma formigueira ou cupinzeiro” (Olavo de Carvalho). “A subjetividade refere-se a esta capacidade que o ser humano tem de ser singular. Antes de ser comunidade, o ser humano é pessoal, particular, reservado, privado, porque segue a mesma regra do mosaico. Junta-se aos outros para compor o todo, mas não deixa de ser o que é” (MELO, 2009: 34).

Holocausto - Crime nazista, que sob a ditadura de Adolf Hitler matou em torno de 6 milhões de judeus. Norman G. Finkelstein, historiador americano de origem judaica, lançou em 2000 o polêmico livro The Holocaust Industry (A Indústria do Holocausto), em que acusa a elite judaica americana de “justificar políticas imperialistas no Oriente Médio e obter indenizações multimilionárias de governos e empresas da Europa” (Revista Veja, 27/09/2000, pg. 158). O historiador David Irving, acusado de ser um “revisionista do Holocausto”, moveu ação contra a estudiosa americana Deborah Lipstadt e sua editora Penguin Books, devido a um livro lançado em 1994, em que a escritora o tachava de “contestador do Holocausto”. Benjamin Netanyahu culpou o grande mufti de Jerusalém, Haj Amin al Husseini, de ter sugerido a Hitler o extermínio de judeus. “Há, por exemplo, um discurso [do mufti] no salão nobre da Luftwaffe em Berlim, em 2 de novembro de 1943: ‘Os alemães sabem como se livrar dos judeus (...) Sem dúvida, resolveram o problema dos judeus’. E na Rádio Berlim, em 1º. de março de 1944: ‘Árabes, ergam-se como um homem e lutem por seus direitos sagrados. Matem os judeus onde quer que estejam. Isso deixará Deus, a história e a religião satisfeitos’” (FISK, 2007: 503). Veja Campos de concentração e Divisão Hanzar.

Holocausto brasileiro - Nome do livro da escritora Daniela Arbex, que trata do “genocídio” de cerca de 60 mil pessoas, ocorrido num hospício de Barbacena, MG, também conhecido como “Colônia”. Os maus tratos foram denunciados em reportagens como “Sucursal do Inferno”, do fotógrafo Luiz Alfredo e do repórter José Franco, da revista O Cruzeiro, em 1961; “Os porões da loucura”, do repórter Hiram Firmino e da fotógrafa Jane Faria, no Estado de Minas; e da jornalista Daniela Arbex, no livro “Holocausto Brasileiro - Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil”. O psiquiatra italiano Franco Baraglia, um dos pioneiros na luta pelo fechamento dos manicômios, assim qualificou o “Colônia”, quando visitou o hospício em 1979: “Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo presenciei uma tragédia como essa” (apud ARBEX, 2013: 15). Era usada a eletroconvulsoterapia, a tecnologia do eletrochoque, em pacientes com transtornos psiquiátricos. “Cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas, violentadas por seus patrões, eram esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, eram filhas de fazendeiros as quais perderam a virgindade antes do casamento. Eram homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. (...) Entre 1969 e 1980, 1.853 corpos de pacientes do manicômio foram vendidos, para dezessete faculdades de medicina do país, sem que ninguém questionasse” (Idem, pg. 14). Lá eram feitas cirurgias de lobotomia, até em crianças, que consiste em “seccionar as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo” (Idem, pg. 92).

Holocausto cristão - Massacre promovido pelos turcos contra cristãos armênios durante a I Guerra Mundial, que configura verdadeiro genocídio. “O paralelismo com Auschwitz não é frívolo. O reinado do terror na Turquia contra o povo armênio foi uma tentativa de destruir a raça armênia. Os mortos chegaram a quase 1,5 milhão. Enquanto os turcos falavam publicamente de ‘reassentar’ sua população armênia - como diriam depois os alemães dos judeus na Europa -, as verdadeiras intenções do governo turco eram muito específicas. Em 15 de setembro de 1915, por exemplo - e existe uma cópia desse documento -, o ministro do Interior turco Talaat Pasha telegrafou uma ordem a seu prefeito de Aleppo. ‘Já foi informado de que o governo [...] decidiu destruir completamente todas as pessoas indicadas que vivem na Turquia [...] Deve-se pôr fim a sua existência, por mais trágicas que as medidas possam ser e sem consideração alguma quanto a idade nem sexo, nem quanto a qualquer escrúpulo de consciência’. Não foi exatamente isso que Himmler disse aos assassinos da SS em 1941?” (FISK, 2007: 446). Conta E. Boghos Dakessian o que ocorreu em Margada, no deserto sírio: “Os turcos trouxeram famílias inteiras até aqui para matá-las. Fizeram isso durante dias e dias. Amarravam-nos em filas, homens, crianças, mulheres, a maioria faminta e doente, muitos nus. Depois, empurravam-nos pela encosta até o rio e matavam um com um tiro. Então, o morto afundava, arrastava os outros e os afogava. Era mais barato assim. Custava só uma bala” (idem, pg. 447). O testemunho de Zakar Berberian, que morava em Balajik, no Eufrates, é consternador: “Mandaram os homens abandonar o povoado; levaram-nos e nunca os tornamos a ver. Mandaram as mulheres e crianças ao velho mercado. Chegaram os soldados e, diante das mães, foram pegando cada criança, crianças de seis, sete, oito anos, e a jogavam no ar e deixavam-na cair nas pedras. Se sobrevivessem, os soldados turcos pegavam-nas outra vez pelos pés e arrebentavam suas cabeças nas pedras” (idem, pg. 447). A respeito deste genocídio que os turcos até hoje negam ter ocorrido, veja o filme “Ararat” (2002), dirigido pelo egípcio descendente de armênios, Atom Egoyan. Leia “O Genocídio Armênio Está Tomando Forma”, de Raymond Ibrahim, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/05/o-genocidio-armenio-esta-tomando-forma.html. Veja Cristofobia.

Holocausto vermelho - Crime comunista, com cerca de 110 milhões de mortos. Veja Sistema métrico da intolerância.

Holodomor - Holocausto ucraniano. “Na Ucrânia, entre 1932 e 1933, a fome foi planejada e aprovada por Stálin, que pretendia punir os rebeldes camponeses ucranianos. Sete milhões de pessoas morreram - mais que os judeus sob Hitler e num período menor” (NARLOCH, 2013: 312). Leia “Holodomor e a pedagogia do silêncio”, de Percival Puggina, em http://www.puggina.org/artigo/puggina/holodomor-e-a-pedagogia-do-silencio/10876. Veja também o vídeo sobre o assunto em https://www.youtube.com/watch?v=Q7Y6zQM79fs&t=119s.

Homeless - Sem-teto. Truque mental, a mesma malandragem no que se refere a “comunidades”. “Antes da década de 80, as pessoas miseráveis que vagavam pelas ruas das metrópoles americanas eram definidas por seus problemas específicos. Havia os loucos, os drogados e os migrantes. ‘O termo ‘homeless’ foi cunhado por assessores do prefeito David Dinkins, de Nova York. O que se conseguiu com isso foi criar uma névoa em torno da questão: na maioria dos casos, não ter um teto era o menor dos problemas dos moradores de rua’” (in “A cidade que o medo construiu”, de Ronaldo França, revista Veja no. 1850, pg. 40 - apud Fred Siegel, urbanista, autor do livro “The Future Once Happened Here” - O Futuro um Dia Exisitu Aqui). Em 2020, a cidade de São Paulo quase elegeu um político que incentiva os sem-teto a invadir prédios, o deputado federal Guilherme Boulos, do PSol.

Homem cordial - Expressão usada por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil. “A ‘cordialidade’ a que se refere Sérgio nada tem a ver com a boa educação de salão, e sim com a nossa incapacidade de criar instituições generalistas e impessoais, que não dependam do arbítrio do nhonhô. Está longe de ser uma característica positiva, uma qualidade desse povo mestiço, cheio de ginga, graça e veneno” (AZEVEDO, 2008: 104). “O brasileiro é cheio de cordialidade e bom coração. Quando você encontrar por aí um cafajeste roubando e matando pode perguntar imediatamente ‘Who are you?’, porque se trata certamente de um gringo” (Millôr Fernandes, humorista). “Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte - esta última, se possível, também adiada. O brasileiro adia; logo existe” (Paulo Mendes Campos, escritor). “Pouca saúde e muita saúva os males do Brasil são” (Mário de Andrade, escritor). “O Brasil é um deserto de homens e ideias” (Oswaldo Aranha, diplomata). “O brasileiro é um homem que deseja apaixonadamente morar em Paris” (Conde Arthur de Gobineau, que foi embaixador no Brasil). Que o digam Jorge Amado, Chico Buarque, FHC, Celso Furtado, enfim, toda a “esquerda caviar”.

Homem-massa - “Esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as doutrinas chamadas internacionais. Só tem apetites, pensa que só tem direitos e acha que não tem obrigações, é um homem sem obrigações da nobreza (sine nobilitate)” (GASSET, 2006: 6). “A massa faz sucumbir tudo o que é diferente, egrégio, individual, qualificado e especial. Quem não for como todo mundo, quem não pensa como todo mundo, correrá o risco de ser eliminado” (idem, pg. 53). A Constituição brasileira de 1988, com viés altamente esquerdista, pois foi escrita antes da dissolução da União Soviética, não exige deveres do homem-massa, apenas direitos. Na atual Constituição, as palavras “direito” e “direitos” constam 155 vezes, ao passo que “dever” e “deveres” aparecem apenas 19 vezes, e “obrigação” e “obrigações” 36 vezes. Com PECs e mais PECs sendo votadas pelo Congresso Nacional, os direitos tendem a aumentar ainda mais, enquanto os deveres, a diminuir.

Homem novo - Não o apregoado por São Paulo em suas epístolas, mas pelos bolcheviques, por Mao Tsé-Tung e, principalmente, por Pol Pot, que separou os filhos dos pais, deu nova identidade a todos os cidadãos, de modo que os parentes não pudessem mais se encontrar, mandando-os para as regiões rurais do Camboja, onde 20% da população morreu de fome. “Preferimos matar dez amigos a deixar vivo um só inimigo” (Pol Pot).

Honoráveis terroristas - Exímio trabalho disponível na internet, trata da biografia de terroristas brasileiros. Na vinheta da pg. 4, constam as fotos de honoráveis figuras, como Dilma Rousseff, Paulo Vannuchi, Tarso Genro, Franklin Martins, José Dirceu, Marco Aurélio Garcia, Carlos Minc e Diógenes de Oliveira. Apresentando-se como angelicais criaturas, essas pessoas pertenceram a grupos terroristas ferozes, que “roubaram, assaltaram bancos, supermercados, carros fortes, trens, sequestraram aviões, realizaram atentados a bomba contra consulados, quartéis e aeroportos, destruíram prédios públicos, sequestraram embaixadores, mataram militares e civis a sangue frio, executaram prisioneiros, mutilaram inocentes, julgaram e condenaram pessoas à morte, criaram células terroristas para implantar a guerrilha urbana nas grandes cidades brasileiras, levaram a guerrilha para o campo, criando bases de treinamento em Registro e bases de operações em Xambioá” (pg. 5). Cfr. https://pt.slideshare.net/palmasite/honorveis-terroristas. “Como bem escreveu o Presidente João Figueiredo em sua mensagem número 59 de 1979 ao Congresso Nacional, relacionada com a Anistia, ‘o terrorismo não é um crime político, pois ele não se volta contra o Governo, o Regime ou mesmo contra o Estado’. Sua ação é contra a humanidade. Mas no Brasil, mesmo os terroristas foram anistiados e aí estão, muitos deles ocupando posição de destaque na vida nacional” (Cel Aluisio Madruga de Moura e Souza - HOE/1964, Tomo 15, pg. 353).

Hospitais psiquiátricos - Utilizados na antiga União Soviética para internar intelectuais que criticavam o regime comunista. Em muitos julgamentos, o regime de Moscou declarava os réus como sendo “irresponsáveis”, negando-lhes a permissão de estarem presentes em seu próprio julgamento, para facilitar o envio dos dissidentes a clínicas psiquiátricas. “O castigo psiquiátrico era dado principalmente a transgressores do capcioso artigo 58 do código criminal, que lidava com atos ‘antissoviéticos’: entre os internos companheiros de Yarkov estavam incluídos cristãos, trotskystas sobreviventes, opositores a Lysenko, escritores heterodoxos, pintores e músicos, letões, poloneses e outros nacionalistas. (...) Em 1959, o Pravda publicou a seguinte citação de Khruschtchev: ‘Um crime é um desvio dos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, com frequência causado por distúrbios mentais’. (...) Aqueles que começam a exigir a oposição ao Comunismo... é claro que o estado mental de tais pessoas não é normal. (...) A primeira vez em que o Ocidente ficou inteirado da psiquiatria penal soviética foi em 1965, com a publicação de ‘Ward 7’, de Valery Tarsis” (JOHNSON, 1994: 573-4). Centenas de pessoas perfeitamente sadias foram libertadas de clínicas psiquiátricas depois das denúncias de Kruschev, em 1956. Os responsáveis, porém, não foram punidos, permaneceram nos cargos para mais tarde, com a reabilitação de Stálin, voltar a agir contra os “dissidentes”. “Em 1940, o romance de Arthur Koestler, ‘Darkness at Noon’ (‘O Zero e o Infinito’), deu ao público Ocidental uma imagem vívida dos processos de tortura psíquica que levavam os prisioneiros soviéticos à perda da identidade” (CARVALHO, 2000: 83). Veja Degelo e Dissidentes.

Hóstia de ouro - Assim é chamado o Júri Ecumênico do Festival de Cannes, que concede um prêmio alternativo. Coisas da esquerda, do tipo “prêmio paralelo”, outorgado somente a esquerdistas. Em 2004, o filme Diários de Motocicleta, do brasileiro Walter Salles, recebeu o prêmio de pau que envolve um símbolo católico que deveria ser mais respeitado, especialmente por exaltar um serial killer de dois continentes, como Guevara. “Diários de Motocicleta conta a viagem de Che Guevara e seu colega Alberto Granado pela América do Sul, em 1952. A obra já havia recebido em Cannes o Prêmio François Chalais 2004, entregue pelo Ministério da Cultura francês e pelo Centro Nacional de Cinematografia da França, e o Città di Roma - Arcobaleno Latino, do Instituto Internacional para o Cinema e o Audiovisual da União Europeia” (Correio Braziliense, 23/05/2004, pg. 24).

Hot money - Expressão de pau quente, refere-se aos capitais especulativos, com aplicações temporárias em Bolsas de Valores, como o ocorrido no Brasil no final de 1998 e início de 1999. De alta volatilidade, tais capitais são conhecidos como “diária de motel”, por sua alta rotatividade em todos os pontos do planeta.

Hot seat - (Gíria) Cadeira elétrica.

Howéwé Sion - (Hebraico) “Amigos de Sion”: movimento judeu de “retorno” à Palestina, que ganhou muitos adeptos após as perseguições aos judeus decorrentes do assassinato do Czar Alexandre II, em 1881.

HUA - Harat-ul-ansar: grupo militante islâmico que pretende a anexação do Estado de Kashmir (Índia) ao Paquistão. Formado em outubro de 1993, ligado a Osama bin Laden, foi acusado pelos atentados a bomba contra as embaixadas americanas em Nairóbi (Quênia) e em Dar as-Salaam (Tanzânia), ocorridos em 07/08/1998, e de ter participado dos atentados contra os EUA, em Nova York e Washington, em 11/09/2001.

Human Rights Watch (HRW) - “Vigilância dos Direitos Humanos”: ONG criada em 1978 para monitorar, promover e observar o cumprimento dos Direitos Humanos na África, nas Américas, na Ásia e nos países signatários do Acordo de Helsinki. A America’s Watch, divisão americana da HRW, foi criada em 1981 para monitorar Direitos Humanos na América Latina e Caribe. Organizações congêneres: Anistia Internacional (AI), Survival International, Oxfam, Christian Aid, France Liberté (Danielle Mitterrand), Fundação Canadense para as Américas, SCI (Caroline Cox). Como essa ONG de pau é comandada por maioria esquerdista, os “direitos humanos” na Cuba de Fidel Castro são menos exigidos que, por ex., no Chile de Augusto Pinochet.

Humor a favor - Somente numa república fascista existe humor a favor do governante, como ocorreu no governo do sucessor de FHC, com o humorismo chapa-branca do chargista Chico Caruso na TV Globo e do escritor Luís Fernando Veríssimo.

Husayn - Foguete Scud-B, de origem soviética, modificado para maior alcance. Utilizado pelo Iraque contra Israel e a Arábia Saudita na Guerra do Golfo (1991). 

 

I

 

“O Exército nunca foi intruso na História desse País, o Exército sempre foi um instrumento da vontade nacional” (Gen Ex Leônidas Pires Gonçalves - HOE/1964, Tomo 3, pg. 85). 

“Os regimentos são conventos de homens, mas conventos nômades; levam por toda parte os seus hábitos marcados de gravidade, de silêncio, de discrição. Neles se cumprem bem os votos de Pobreza e de Obediência” (Alfred de Vigny, op. cit. pg. 78).

 

IANSA - International Action Network of Small Arms: a favor do desarmamento da população, a rede reúne mais de 180 ONGs, dentre as quais se destacam: Instituto Canadense de Ação Legislativa (CILA), uma ONG “semioficial” do governo canadense; Basic; Anistia Internacional; Oxfam; Pax Christi; Safer World; International Alert e Groupe de Recherche et d’Information Sur la Paix (GRIP). Paradoxalmente, a ONG Intenational Alert, com sede em Londres, foi acusada de apoiar rebeldes em Serra Leoa (que deram um golpe no país em 1997) e os Tigres Tamis, do Sri Lanka.

IBAD - Instituto Brasileiro de Ação Democrática, o IBAD era uma organização anticomunista fundada em maio de 1959 por Ivan Hasslocher. Ao lado dele, jovens empresários fariam parte desta organização e da sua entidade-irmã, o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), dois anos e meio depois. Entre eles, Gilbert Huber Jr. (Grupo Gilberto Huber - Páginas Amarelas), de ascendência norte-americana, Glycon de Paiva e Paulo Ayres Filho. O financiamento para a criação do Instituto se deu a partir de contribuições de empresários brasileiros e norte-americanos. A finalidade inicial era combater o estilo populista de JK e possíveis vestígios da influência do comunismo no Brasil. A ação do IBAD era baseada na manipulação dos rumos do debate econômico, político e social do país através da ação publicitária e política. Para dar apoio publicitário ao IBAD, foi criada por Hasslocher a agência de propaganda Incrementadora de Vendas Promotion. Esta era subsidiária daquele Instituto, financiada por capital norte-americano, para a criação de modismos favoráveis para a implantação do american way of life. Os métodos utilizados pela agência foram herdados do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA). O IBAD criou e incentivou a Ação Democrática Popular (ADEP), cuja função era direcionar capital e financiar os candidatos contrários a Goulart que concorreriam às eleições legislativas e para o governo de 11 estados. O IBAD e o IPES financiaram, produziram e difundiram uma grande quantidade de programas radiofônicos, de televisão e matérias nos jornais com conteúdo anticomunista. As duas entidades contribuíram decisivamente no doutrinamento ideológico que acentuou a oposição ao governo João Goulart e seu programa de reformas, fator crucial para o êxito do contragolpe militar de 1964. Muitas das radionovelas, filmes de cinema e programas de televisão da época tinham mensagens explícitas e implícitas a favor da absorção pelos brasileiros das modas, usos, costumes e consumo de produtos norte-americanos. Foi nessa época que surgiu entre a classe média brasileira a expressão “anos dourados”. Em Minas, articularem-se com o IBAD o Pe. jesuíta João Cândido de Castro e o deputado Bonifácio de Andrada, líder do governo Magalhães Pinto na Assembleia Legislativa, onde organizou a ADEP. O IBAD foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a participação de capital estrangeiro na entidade, fato considerado ilegal. O deputado Rubens Paiva (PTB) era um dos integrantes dessa CPI e teve seu mandato cassado no dia 10/04/1964. Membros do IBAD queimaram alguns documentos comprometedores visando dificultar as investigações, porém foram comprovados investimentos estrangeiros na entidade. No dia 20/12/1963, o IBAD foi dissolvido pelo Poder Judiciário. No dia 20/01/1971, Rubens Paiva foi sequestrado em sua residência do Rio e, desde então, foi dado como desaparecido. Documentos em posse do antigo comandante do DOI-CODI/Rio, coronel Júlio Miguel Molinas Dias, executado no dia 04/11/2012 com 15 tiros em Porto Alegre em situação não esclarecida pela polícia, comprovam que Rubens Paiva ficou preso no DOI-CODI. A documentação, que inclui uma relação de itens particulares do preso, foi entregue por Tarso Genro, governador do RS, à Comissão Nacional da Verdade em 27/11/2012.

IBASE - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Fundado por Herbert de Souza, o Betinho.

IBGF - Instituto Brasileiro Giovanni Falcone (de Ciências Criminais): especializado no estudo das máfias e em programas de combate às drogas, foi criado pelo jurista brasileiro Walter Fanganiello Maierovich.

ICAP - Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos: organização de fachada, para pregação do marxismo.

ICAR - Aliança Internacional pela Reforma da Cannabis: campanha pela legalização internacional da maconha (EUA).

ICBU - Instituto Cultural Brasil-URSS. Organização de fachada para pregação do marxismo.

ICSA - International Computer Security Association: entidade americana que reúne especialistas em segurança de computadores e redes de informação (contra-ataques de vírus e invasões de sistemas de computadores - firewall, antivírus, criptografia etc.).

Idade do Crime - Expressão cunhada por Meira Penna, para descrever os tempos atuais: terrorismo, crime organizado e anomia de grande parte da juventude, entregue às drogas. Cenário ideal para regimes mafiosos, como a Rússia, ou governos lenientes com a bandidagem, com leis ineficazes, como o Brasil. Veja Anomia, Antiautoridade, Escola de Frankfurt, Risco Brasil.

Ideologia - O termo teve origem na Revolução Francesa, quando Destutt de Tracy, na conferência “Ideologia”, conferiu ao termo um sentido positivo como sendo a ciência “que trata das ideias ou percepções e da faculdade de pensar ou perceber, que resulta na análise das sensações”. Teve influência na Educação durante a França revolucionária, com traços de Iluminismo, mas de cunho empírico e não religioso; também influenciou o positivismo e a formação de teorias prático-normativas e pedagógicas. “Cada nova classe que ocupa o lugar da antiga classe dominante é coagida, para levar a cabo o seu fim, a apresentar seu interesse como o interesse comum de toda a sociedade; o conceito de ideologia de Marx implica um espaço público desenvolvido, que torna necessário camuflar o interesse próprio como público. (...) Uma ideologia é, por definição, um simulacro de teoria científica. É, segundo a correta expressão do próprio Marx, um ‘vestido de ideias’ que encobre interesses e desejos. Ao aceitar definir-se na linguagem de seu adversário, o liberal moderno assume o papel que ele lhe impõe: confessa-se porta-voz dos interesses dos ricos. (...) Descrever o confronto entre capitalismo e socialismo como ‘luta de ideologias’ é aceitar um jogo viciado, no qual um dos lados dita as regras, dá as cartas e predetermina o desenlace. O capitalismo não é uma ideologia. É um sistema econômico que existiu e provou suas virtudes desde dois séculos antes que alguém se lembrasse de formulá-lo em palavras” (Olavo de Carvalho, in “Confronto de ideologias”, revista Época, 24/03/2001).

Idiotas úteis ou patifes assumidos? - Toda pessoa que venera Che Guevara e Fidel Castro é idiota útil ou patife assumido. Tertium non datur. Até a Universidade de Harvard recebeu, sob ovação, o honorável terrorista Fidel Castro. Além da “esquerda chique de Hollywood”, são infindáveis os admiradores de Che, el chancho (o porco fedorento), ao redor de todo o mundo. Tem até uma torcida organizada, Máfia Azul, do Cruzeiro, que vai aos campos de futebol com uma grande faixa com foto do rosto do serial killer Che Guevara. Diego Maradona e Mike Tysson colocaram tatuagens de Che no braço. Giselle Bünchen desfilou com biquíni que tinha a estampa de Che. No livro de Humberto Fontova, “O verdadeiro Che Guevara - E os idiotas úteis que o idolatram”, pode-se conhecer alguns desses admiradores: Naomi Campbell: “Fidel Castro é uma grande fonte de inspiração para mim; é um homem inteligente e impressionante, que lutou por uma causa justa” (pg. 231). Colin Powell, sobre o sistema de saúde em Cuba: “Até Fidel Castro fez algo de bom para o seu país” (pg. 224-225). Davis Segal, do The Washington Post: “Che morreu como um mártir em 1967” (pg. 253). Carlos Santana: “Che vive nos nossos corações. Che é antes de tudo amor e compreensão. Antes da revolução cubana, as mulheres eram proibidas de entrar nos cassinos” (pg. 60). A verdade: “Em 1958, Cuba tinha mais mulheres graduadas em curso superior do que os EUA. E elas iam ao cassino quando bem entendessem”, respondeu Henry Gómez a Santana (cfr. pg. 60). Carlos Santana: “Che tem a ver com amor e compaixão, bicho!” (pg. 158). Nelson Mandela: “Che Guevara é uma inspiração para todo o ser humano” (pg. 151). Em 08/08/1960, a revista Time se superou: “Com um sorriso de doce melancolia que muitas mulheres acham devastador, Che Guevara dirige Cuba com a frieza do cálculo, vasta competência, inteligência superior e agudo senso de humor” (pg. 137). A mesma Time elegeu Lula uma das 100 maiores personalidades mundiais, em 2010; quem escreveu sobre Lula foi Michael Moore, o idiota útil de “9/11”. Jules Dubois, na Chicago Tribune, em janeiro de 1959: “Castro possuía uma profunda reverência pelo governo democrático, representativo e constitucional” (pg. 142). Edwin Tetlow, no Daily Telegraph: “Castro chega a lembrar Jesus Cristo no cuidado e preocupação com o seu povo” (pg. 142). Jon Lee Anderson, um dos “hagiógrafos” de Che: “A maioria dos executados foi sentenciado à morte honestamente, com advogados de defesa, testemunhas e promotores” (pg. 145-146). Jorge Castañeda, outro “hagiógrafo” de Che: “Che possuía feições semelhantes às de Cristo... com seu olhar fúnebre, é como se Guevara olhasse para seus assassinos e os perdoasse” (pg. 119). Trisha Ziff, curadora do Museu Guggenheim: “A feição de Che é pura linguagem visual... e também faz referência a uma conduta clássica que lembra a de Cristo” (pg. 119). I. F. Stone, colunista do The Nation: “Foi por amor, como um perfeito cavaleiro, que Che deu início à sua jornada. Nesse sentido, ele foi como um dos antigos santos” (pg. 119). Richard Goodwin, “aspone” de JFK: “Atrás da barba, suas feições são muito suaves, quase femininas” (pg. 112). Ernest Hemingway: “A revolução cubana é totalmente pura e bela... Ela me encoraja... O povo cubano tem agora pela primeira vez sua chance real” (pg. 78). Abbie Hoffmann, sobre a atuação de Fidel num palanque: “Um poderoso pênis que ganha vida” (pg. 65). Tom Morello, líder do Rage Against the Machin: “Che exemplifica a integridade e os ideais revolucionários a que aspiramos” (pg. 62). Susan Sontag: “Embora a consciência do próprio subdesenvolvimento inevitavelmente leve os líderes da revolução a enfatizar a disciplina mais e mais, os cubanos preservam o caráter voluntário de suas instituições” (pg. 56). Eleanor Clift: “Ser uma criança pobre em Cuba é melhor do que ser essa mesma criança nos Estados Unidos” (pg. 213). Jean-Paul Sartre: “Che não é apenas um intelectual, mas foi o mais completo ser humano de nossa época: nosso homem mais perfeito” (pg. 179). Fidel confessou: “Sou o que sou devido ao New York Times” (pg. 98). Herbert Matthews, do NYT, Jack Paar, Walter Lippmann, Ed Sullivan e Harry Truman louvaram Fidel como o “Robin Hood da América Latina” e o “George Washington cubano” (pg. 84). Robert Taber, repórter da CBS, produziu em março de 1957, junto com Wendell Hoffman, o documentário The Story of Cuba’s Jungle Fighters. Os fighters eram descritos como “centenas”, embora não chegassem a duas dezenas, e Cuba nunca possuiu selvas. “Por ora, tragam-se um repórter do New York Times”, disse Fidel a alguns ricos patrocinadores que ofereceram armas, dinheiro e recrutamento de homens (cfr. pg. 84). Comprova-se que a Revolução Cubana foi vitoriosa devido à ajuda da imprensa americana e da CIA. Quando o embaixador norte-americano em Cuba, Earl T. Smith, perguntou a Jim Noel, chefe da CIA em Havana, em 1958, se Che era comunista, respondeu: “Não se preocupe. Temos gente nossa infiltrada em Sierra Maestra. Castro não tem qualquer ligação com comunistas” (pg. 183). Mesmo depois de morto, continua o embuste em torno da figura de Che: “Segundo a história oficial, divulgada pelo governo cubano, os restos do guerrilheiro foram desenterrados de uma cova na Bolívia em 1997, e levados para um mausoléu na cidade de Santa Clara, em Cuba. O corpo de Che foi encontrado em uma cova com outros seis guerrilheiros e portava a sua jaqueta verde, o que ajudou na identificação” (NARLOCH, 2011: 309). No entanto, segundo depoimento de militares que acompanharam o enterro de Che em 1967, ele foi enterrado sozinho, ou, no máximo, com mais dois defuntos. “Gustavo Villoldo, um oficial americano de alta patente que estava em Vallegrande e participou da operação, conta: ‘Eu enterrei Che Guevara. Ele não foi cremado; não o permiti, assim como me opus terminantemente à mutilação de seu corpo. Na madrugada do dia seguinte, transportei um cadáver numa caminhonete, junto com os de mais dois guerrilheiros. Eu estava acompanhado de um motorista boliviano e de um tenente chamado Barrientos, se não me engano. Fomos até o campo de pouso e ali enterramos os corpos” (idem, pg. 309-310). Na época, o episódio dos ossos de Che foi conduzido muito rápido, sem nenhuma transparência. Escrevi um texto sarcástico sobre o assunto, no ano 2000, Las viudas de Che (As viúvas de Che), disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/las-viudas-de-che-por-felix-maier.html. Para elucidar o problema, sugiro que seja feito teste de DNA com o neto roqueiro de Che, Canek Sánchez Guevara, para comparação com a ossada hoje venerada em Santa Clara, Cuba. Que tal? Leia Os ossos do mito Che Guevara, de Mario Vargas Llosa, em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/os-ossos-do-mito-che-guevara-por-mario.html.

IFOR - Implementation Force (Força de Execução): Forças da OTAN (cerca de 60.000 homens), desdobradas na Bósnia-Herzegovina, para a implementação do Acordo de Paz de Dayton, Ohio, EUA, assinado em Paris a 14/12/1995 entre a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina e a Croácia, províncias da antiga Iugoslávia. O setor dos EUA (com 20.000 norte-americanos, mais 1.500 a 2.000 russos e soldados dinamarqueses, noruegueses, suecos, finlandeses, poloneses, checos e bálticos) ficava nas regiões de Brcko e Tuzla, na Bósnia-Herzegovina (BH); o setor francês (com 10.000 franceses, mais soldados italianos, espanhóis e austríacos) ficava nas regiões de Mortar, Goradze e Sarajevo; o setor britânico (14.000 britânicos mais soldados canadenses, paquistaneses, holandeses e malaios) ficava na Bósnia-Herzegovina; havia, ainda, 4.000 soldados alemães junto à Força de Reação Rápida da OTAN, na região de Bihac, na Croácia. Posteriormente, a IFOR foi substituída pela Sustaining Force (SFOR), tropa de 33.000 homens/mulheres, com QG em Sarajevo.

IFP - Inkatha Freedom Party (Partido da Liberdade Inkatha): de Gatsha Mangosuthu Buthelezi, líder de 10 milhões de Zulus na África do Sul. Na disputa com o Congresso Nacional Africano (CNA), de Nélson Mandela, pelo controle da Província Oriental de Kwazulu-Natal, morreram de 12 a 15 mil pessoas. Buthelezi foi educado em Cambridge e se dizia descendente de Shaka Zulu, o “Napoleão Negro”, que havia unificado os zulus no início do século XIX. Inimigo de Nelson Mandela (que pertencia à etnia Xhosa), Buthelezi dizia que “o capitalismo é não só eficaz, neutro em relação às crenças, mas é também justo” (apud “A Nova Riqueza das Nações”, pg. 264). O mal para a África do Sul foi a vitória do socialista Mandela sobre Buthelezi, também um dos fundadores do Congresso Nacional Africano (CNA). A vitória britânica na Guerra Anglo-Zulu, ocorrida em 1879, depois de sofrer derrota histórica na primeira batalha, pôs fim à nação zulu independente.

iG, a voz do PT - “José Dirceu tem um blog. Quer saber quanto o iG gasta com ele? Eu também quero. (...) O iG pertence à Brasil Telecom. E a Brasil Telecom está na esfera dos fundos de pensão estatais. Eu já contei aqui como o lulismo tomou a Brasil Telecom de Daniel Dantas. Houve de tudo: financiamento ilegal de campanha, espionagem, chantagem, achaque e propina. Eu já contei também qual foi o papel de Lula na trama. (...) Quer saber quanto o iG paga a Franklin Martins? Entre 40 mil e 60 mil reais. Quer saber quanto ele paga pelo programa de Paulo Henrique Amorim? Oitenta mil reais” (MAINARDI, 2007: 131).

Iídiche - Idioma da Diáspora Judaica, foi utilizado por 11 milhões de judeus Ashkenazim (singular: Ashkenazi) até o holocausto. Era uma língua coloquial, com mesclagem do Alto Alemão e do Hebraico, enriquecida por frases e expressões singulares da vida de vilarejos da Europa Oriental. Os Ashkenazim eram descendentes de tribos jázares, de antepassados russos e polacos, convertidos ao judaísmo no curso do século VIII. O Ladino era o idioma utilizado por outra corrente do judaísmo, os Sefaradim (singular: Sefaradi), uma forma arcaica do castelhano. Enquanto ocorre um renascimento mundial do Iídiche, o Ladino perde espaço entre os Sefaradim, maioria em Israel. Os Ashkenazim consideram-se descendentes dos judeus do bíblico Israel, e identificam os Sefaradim como descendentes da Babilônia. Dentre nomes importantes, podemos destacar no mundo Sefaradi o filósofo, médico, jurista e escritor Maimônides, o filósofo Baruch Spinoza e o novelista Benjamin Disraeli; no mundo Ashkenazi destacam-se Albert Einstein, Sigmund Freud e Karl Marx, este último descendente de rabinos e convertido pelo pai à Igreja Luterana.

ILGA - Associação Internacional de Gays e Lésbicas, membro do Conselho Econômico e Social da ONU. “Com a infiltração homossexual na ONU, a definição de palavras como ‘sexo’ e ‘família’ tem se tornado questão de controvérsia na elaboração dos mais recentes documentos dessa organização” (SEVERO, 1998: 17).

Ilha da Juventude - Local em Cuba onde católicos e protestantes eram colocados em trabalhos forçados nas pedreiras de mármore. Só a partir de 1992, “a Constituição também foi modificada e Cuba voltou a ser, nos textos, um Estado leigo e não mais ateu, que respeita a liberdade religiosa e condena qualquer discriminação” (CUMERLATO, 2001: 218).

Ilhas de sanidade - Denominação dada pelo embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon, aos Estados brasileiros cujos governadores eram “confiáveis” sob o ponto de vista americano. O Rio Grande do Norte era considerado uma dessas ilhas no “mar conturbado” do Nordeste brasileiro.

IMB - International Moslem Brotherhood (Irmandade Muçulmana Internacional): controlada pelo Irã e administrada via Sudão, sob a liderança do xeque Turabi, a Internacional Islamita pretende concretizar a visão original do aiatolá Khomeini e sua Revolução para união de todos os islamitas sob um novo califado. A IMB tem controle ou influência sobre instituições financeiras que operam no Ocidente, como a Islamic Holding Company, o Banco Islâmico Jordaniano, o Banco Islâmico de Dubai e o Banco Islâmico Faiçal. A criação do Banco Taqwa da Argélia foi vista pela IMB como a “fundação de um banco mundial para o fundamentalismo” (BODANSKY, 2002: 85).

Imóveis estratégicos - Países de interesse das superpotências, por estarem em regiões estratégicas. O Nordeste brasileiro foi utilizado pelos EUA na II Guerra Mundial, pelo que o Brasil conseguiu a instalação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda. Cuba já foi um imóvel estratégico da antiga URSS (cabeça-de-ponte a 144 km da costa dos EUA), pelo que recebia anualmente cerca de cinco bilhões de dólares. O Egito, Israel e, mais recentemente, a Colômbia são imóveis estratégicos dos EUA - o Egito por possuir o Canal de Suez, por onde escoa todo o petróleo do Oriente Médio em direção ao Ocidente; Israel, por ser um ponto de equilíbrio do Ocidente frente aos árabes detentores das maiores reservas de petróleo do mundo; a Colômbia passou a receber ajuda financeira dos EUA, também a fundo perdido, para o combate ao narcotráfico (Plano Colômbia).

Imperativo categórico - “O imperativo categórico é uma lei formal inventada por Kant no curso de sua ética. Mais uma vez funciona como uma utilíssima formulação de uma pergunta profunda: o que são as questões morais? A ética de Kant se baseia na ideia do dever. Para sermos morais temos de agir a partir de um dever” (SEYMOUR-SMITH,  2002: 417). “Mas como podemos dizer qual é o nosso dever? Kant inventou um que batizou de imperativo categórico. Eis uma forma comum dele: ‘toda ação deve ser julgada sob a luz de como ela apareceria se fosse uma lei universal de comportamento’. É claro que roubar um banco não passaria no teste. Segundo Kant, ‘sexo solitário’ também não passaria” (idem, pg. 417-418). “As inúmeras controvérsias sobre o problema há mais de duzentos anos demonstram que a questão do que é um bom ou um mau comportamento é bem mais complicada do que Kant pensava. Talvez seu erro fosse injetar nas suas conclusões muito do luteranismo dentro do qual foi criado e educado” (idem, pg. 418). “Em trabalhos como a Crítica da Razão Pura, demonstra que as ‘provas’ costumeiras da existência de Deus não se sustentam filosoficamente. Por outro, ele conclui que, se a virtude existe, Deus deve existir também” (idem, pg. 416). Veja Cochilo dogmático.

Imperialismo britânico - “Disraeli construía um império que duraria até 1914, e em alguns casos até o fim da Segunda Guerra Mundial. O sol nunca se punha... (...) Os militares eram o braço da política governamental, e, embora sofressem enormes baixas, nas guerras contra os afegãos, zulus e em outras guerras africanas, estavam longe de casa. Os escritores não se manifestavam sobre quase nada disso, a não ser extremistas como Tennyson, e mais tarde Kipling. (...) Os pós-darwinianos, Huxley e Spencer (que viveram respectivamente até 1895 e 1903), eram importantes, mas estavam preocupados com os meios pelos quais evolução e progresso podiam se misturar” (KARL, 1995: 739).

Impostômetro - Confira, em tempo real, o dinheiro drenado do seu bolso para o Leviatã perdulário - https://impostometro.com.br/.

Imposto sobre a beleza - Complexado por ser feio, o escritor argentino Gonzalo Otálora prega a criação de imposto sobre quem é belo.

Imprensa golpista - Toda vez que a imprensa publicava que petralhas foram pegos metendo a mão no dinheiro, os honoráveis petistas falavam em “imprensa golpista”, que queria derrubar o governo do PT. “Os lulistas reclamam da imprensa. Não entendo o motivo. Lula já teria sido deposto se jornais, revistas e redes de televisão não estivessem tomados por seus partidários. (...) O Globo tem Tereza Cruvinel. É lulista do PC do B. Repete todos os dias que o mensalão ainda não foi provado. E que, de fato, José Dirceu não deveria ter sido cassado. Cruvinel aparelhou o jornal da mesma maneira como os lulistas aparelharam os órgãos públicos. (...) Franklin Martins é José Dirceu até a morte. Eliane Cantanhêde é da turma de Aloizio Mercadante. Luiz Garcia é lulista, sem dúvida nenhuma, mas não consigo identificar sua corrente. Vinicius Mota é do grupo de Marta Suplicy. Quem mais? Alberto Dines é seguidor de Dirceu. Alon Feurwerker, do Correio Braziliense, é do partidão, e apoia quem o partidão mandar. Paulo Markun, da TV Cultura, tem simpatia por qualquer um que seja minimamente de esquerda. Paulo Henrique Amorim é lulista de linha bolivariana. Ricardo Noblat era lulista ligado a Dirceu, mas pulou fora no momento oportuno” (MAINARDI, 2007: 53-54). Mainardi acrescenta, ainda, que Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, é subordinado a Daniel Dantas; e Mino Carta, a Carlos Jereissati (pg. 54).

Incêndio do papel higiênico (usado) - Em 2010, um incêndio destruiu 5.000 hectares de floresta em Israel. A culpa, segundo o Greenpeace, foi o aquecimento global. No entanto, uma “investigação subsequente revelou a verdadeira origem do fogo: um ativista do aquecimento global, por ocasião de um Festival do Arco-Íris, estava tentando queimar papel higiênico usado para proteger o meio ambiente” (DELINGPOLE, 2012: 231).

Inclusão social - Em vez de melhorar o nível do ensino nas escolas, de modo que as pessoas possam ascender socialmente, governos populistas gostam de conceder esmolas aos pobres, como o Bolsa-Família, dizendo que estão incluindo socialmente esses miseráveis. É a forma moderna do voto de cabresto.

INCSR - International Narcotics Control Strategy Report (Relatório da Estratégia Internacional de Controle das Drogas): publicação anual, editada pelo Bureau for International Narcotics and Law Enforcement Affairs - INL, do Departamento de Estado dos EUA. Com base no INCSR, o Presidente dos EUA confere Certificação ou não a países que combatam efetivamente, ou não, as drogas.

Íncubo ideológico - Expressão cunhada pelo liberal clássico José Osvaldo de Meira Penna. “A disseminação de opiniões supersticiosas, falsas e absurdas entre as multidões pode determinar uma epidemia intelectual que é suscetível de afetar mesmo as mais cultas nações da terra, como foi o caso da Alemanha nazista. (...) A comunidade inteira é como que possuída pelo demônio da mentira - a que podemos dar o nome de íncubo ideológico - de maneira que, sob a ação dos rumores, boatos e propaganda, as ideias mais extravagantes e quiméricas e as deduções mais irrelevantes são tomadas como verdades divinas, aceitas com entusiasmo fantástico... É o que sempre acontece nos períodos revolucionários, durante as guerras e nos distúrbios sociais que conduzem aos regimes ditatoriais” (PENNA, 1967: 169). “Foi o íncubo que vulgarizou a noção de que marxismo quer dizer atualização com o que há de mais adiantado, mais profundo, mais progressista no pensamento filosófico contemporâneo. Tomou, contudo, o cuidado de misturar as ideias obsoletas de Marx - que ninguém mais lê, aliás - com as divagações metafísicas impenetráveis de Martin Heidegger e o preciosismo niilista, próprio para discussões nas calçadas do Quartier Latin, entre Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. (...) O íncubo, como se sabe, era uma espécie de demônio que, na Idade Média, se supunha tomar o corpo de um homem a fim de ter relações sexuais com uma mulher adormecida. A crença nos íncubos perdurou até a idade moderna” (idem, pg. 169). O parceiro do íncubo é o súcubo. Nos mitos amazônicos, existe também um tipo de “íncubo”. Quando uma mulher solteira fica grávida, há até um canto: “Foi boto, sinhá!”... Cfr. em https://www.youtube.com/watch?v=rIA18UgI16I.

Índice de Opacidade - Metrologia de pau, mede o nível de corrupção em um determinado país. O Índice vai de 0 (máxima transparência) até 150 (máxima opacidade).

Indiofúndio - Latifúndio indígena. Hoje, cerca de 100 milhões de hectares ou 30% da Amazônia são Terras Indígenas (TI). Em Roraima, são 104 mil km2 de TI (46,57% das terras do Estado), onde vivem apenas 12.000 índios. “410.000 índios vivem em 100 milhões de hectares de reservas. É como se a população da cidade paulista de Santos ocupasse sozinha os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, com densidade demográfica pouco maior que a do Deserto do Saara” (in “Sem fé, lei ou rei”, revista Veja no. 1851, pg. 49). Enquanto isso, com o comércio ilegal de diamantes, os caciques cintas-largas têm propriedades entre as mais caras em Cacoal e Pimenta Bueno, possuem mansões e caminhonetes Hilux 3.0 equipadas com DVD player. Ou seja, de índios não têm nada, a não ser a busca pela inimputabilidade de seus crimes - como foi o caso do massacre de 29 garimpeiros na Reserva Roosevelt, perto da cidade de Espigão d’Oeste, Rondônia.

Indústria da Ditadura - O mesmo que Indústria da Tortura: já concedeu cerca de R$ 6 bilhões a terroristas de esquerda e familiares de terroristas no Brasil. O mau-caratismo da esquerda, que só pensa naquilo (dinheiro), foi dissecado pelo filme Jogo das Decapitações (2013), de Sérgio Bianchi.

Indústria da Tortura - Bolsa-Terrorista, indenização bilionária concedida pelos governos tucano e petista a terroristas e “perseguidos políticos”, assim como seus familiares. Millôr Fernandes disse que os terroristas não combateram a ditadura, apenas “fizeram um investimento”.

Indústria do Holocausto - Livro do professor Norman Filkelstein, filho de pais judeus que ficaram presos em campos de concentração nazistas. Na obra, Filkelstein afirma que uma elite judaica nos EUA transformou o holocausto numa indústria que vem explorando, com sucesso, a tragédia judaica na II Guerra Mundial. Sem negar a barbárie nazista, Filkelstein afirma que os advogados e os lobbies judaicos continuam “passando a mão” no dinheiro depositado em bancos, roubado dos judeus, enquanto os sobreviventes do holocausto só recebem indenização do governo alemão.

Indústria do viático - Mercado de apólices de seguro de vida para pessoas com doenças terminais, surgida em 1989 no rastro da epidemia da AIDS. Consiste no seguinte: um cidadão que tinha um seguro, digamos, de 100 mil dólares e precisasse de 50 mil para tratamento, “vendia” a apólice a um “investidor”, o qual adiantava esse valor (50%) e ficava com os 50% restantes quando o paciente morresse.

Infibulação - Circuncisão feminina aplicada, principalmente, às mulheres islâmicas. Na língua de pau, “infibulação” dói menos do que “circuncisão”, especialmente quando o clitóris da mulher é cortado com gillette ou faca, sem anestesia.

Influenciador digital - Digital influencer, em inglês. Diz-se de quem tem milhões de seguidores nas redes sociais, ainda que não tenha influência alguma sobre essas pessoas. “A maioria das pessoas não consegue nem conhecer intimamente, nem fofocar efetivamente sobre mais de 150 seres humanos” (HARARI, 2018: 46 – “Sapiens”). Nesse universo, há muita bobagem sendo regiamente monetarizada, desde que as curtidas sejam aos milhões ou bilhões. Influenciador digital é um indivíduo que possui um público fiel e engajado em seus canais online e, em alguma medida, exerce capacidade de influência na tomada de decisão de compra de seus seguidores. Segundo a revista Forbes, uma das mais importantes quando se trata de marketing digital, o termo ‘influência’, neste contexto, está diretamente relacionado aos seguidores com quem o influenciador compartilha conteúdo” (Cassio Politi, in “Influenciador digital: o que é e como classificá-lo?” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/influenciador-digital-o-que-e-e-como.html.

In God we trust - “Confiamos em Deus” - escrevem os americanos em sua moeda, o dólar. É a língua de pau alçada às alturas celestiais. Poderia Deus, por acaso, ser alguém de quem pudéssemos desconfiar? Claro, os americanos confiam que Deus esteja sempre do seu lado na luta contra os inimigos, seja no Afeganistão, no Iraque ou mesmo dentro de casa. E se Deus não corresponder a essa confiança, poderia Ele ser processado pelo presidente do Federal Reserve? Melhor faz o Brasil, que, humildemente, imprime nos Reais “Deus seja louvado!” - com a bronca de marxistas e positivistas, e de um procurador desocupado do Petistério Público, Jefferson Aparecido Dias, que entrou com ação para excluir a frase das notas.

Inimigo do povo - Expressão logomáquica preferida dos esquerdistas, quando acusam aqueles que se opõem à sua ideologia totalitária. Na União Soviética, o inimigo do povo morria na Lubianka ou no gulag; em Cuba, no paredón.

Injuria ad familiam - (Latim) “Nenhuma injuria ad hominen é tão dolorosa de ouvir como uma injuria ad familiam. Pôr em causa a virtude da mãe (tradição latina), as sevícias sexuais de que se ameace essa mãe (tradição eslava), ou as relações incestuosas que o visado é suposto manter com ela (tradição afro-americana e recente tendência francesa) fazem particularmente mal ao insultado” (VOLKOFF, 2004: 124).

Injustiçado social - Bandido, na língua de pau, se chama “injustiçado social”. É o requentamento da velha mitologia de Jean-Jacques Rousseau, “o bom selvagem”, em que o pensador francês afirmava que o homem nasce bom e sem vícios, mas depois é pervertido pela sociedade civilizada (em sua obra Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, de 1755). Por isso, no Brasil, os principais filmes tratam de “injustiçados sociais”, ou “bons bandidos”: Lampião e Maria Bonita; O cangaceiro; O bandido da luz vermelha; Lúcio Flávio, o passageiro da agonia; Lamarca; Pixote, a lei do mais fraco; Baile Perfumado; O que é isto, companheiro?; Ação entre Amigos; Os Matadores; Barra 68; Olga; A Bomba do Riocentro; Carandiru; Cidade de Deus. O cineasta-banqueiro João Moreira Sales financiou um livro autobiográfico do traficante carioca Marcinho Vepê (1999) - provavelmente, o próximo filme sobre mais um “bom bandido”. Seu irmão “pobre menino rico” Walter Moreira Salles, autor de Central do Brasil, filmou Diários de Motocicleta, sobre Che Guevara em tempo hippie, “sem destino” e on the road como Peter Fonda - um filme de “bom bandido” que rendeu salva de palmas de 13 minutos no Festival de Cannes, em maio de 2004. Ronald Biggs, que assaltou um trem postal inglês em 1963, fugiu para o Brasil, casou-se com uma brasileira e aqui se tornou estrela de comerciais de TV. José Carlos dos Reis Encina, o “Escadinha”, preso em Bangu I, gravou CD de rap.

Innere Fürung - (Alemão) “Autoliderança”: depois da II Guerra Mundial, cada soldado alemão deveria obedecer só ao que ele considerasse ordens legítimas. A aberração resultou no colapso da disciplina, desprestígio da vida militar, movimentos adversos ao serviço militar e sindicalização dos quartéis. Era tudo o que a esquerda na época queria. Somente a partir da década de 1970, a situação começou a mudar, quando, em muitos casos, professores universitários, anteriormente contrários à “ordem cega” (Escola de Frankfurt), eram colocados contra a parede pelos estudantes e obrigados a aceitar exigências degradantes.

Inocentes úteis - Expressão criada por Dimítrov, chefe do Komintern nas décadas de 1920/1930. Refere-se aos indivíduos que são cooptados, muitas vezes sem o saber, por uma organização política ou ideológica, para que desempenhem determinado papel na sociedade. Ontem, os inocentes úteis foram utilizados maciçamente pelos comunistas; hoje, observa-se tal estratégia, também socialista, entre movimentos ditos “sociais”, como o MST, ou “em defesa da democracia”, como o movimento fascista chamado Antifascistas (Antifas).

Inpeg - Iniciativa Contra a Globalização Econômica. A globalização deve ser socialista, capitalista jamais! Acesse o site de pau http://www.ecn.cz/inpeg/.

Inquisição - “Designação de um tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos, que julgava os hereges e as pessoas suspeitas de heterodoxia em relação ao catolicismo” (BARSA, 1992: 297). Calcula-se que na Espanha o número total de pessoas queimadas pela Inquisição foi de 31.912, os queimados em efígie 17.659 e os reconciliados de vehementi 291.450. As efígies de fugitivos condenados, assim como os ossos dos que escapavam à pena por haverem morrido antes, na prisão ou sob tortura, também eram levados à fogueira. Em 1761 foi condenado à morte o último português e em 1765 realizou-se o último auto-de-fé. A Inquisição foi abolida em Portugal em 1821 e o número de vítimas foi cerca de 40.000, dos quais 1.175 pessoas foram queimadas vivas e 633 em efígie. No período de 1694 a 1748, foram condenados à morte 18 brasileiros. Calcula-se que, no total, cerca de 36.000 pessoas foram condenadas à fogueira. Além dos hereges, foram também condenados homossexuais (os “pecadores nefandos”), feiticeiras, padres que usavam a batina para obter favores sexuais e, principalmente, cristãos-novos - judeus obrigados a se converter ao Catolicismo. “Onde quer que alguém esteja sendo flagelado, há uma imagem de Cristo” (Leon Tolstoi, in “Ressurreição”, 1899).

Inside Information - Informação privilegiada, utilizada para tráfico de influência. Por exemplo, decisões sigilosas do Conselho Monetário Nacional, que beneficiaram banqueiros, como Salvatore Cacciola no caso dos bancos Marka e Fontecindam, ou do Subprocurador-Geral da República, Miguel Guskow, acusado de estar envolvido no golpe com títulos da dívida externa brasileira.

Instituto 631 - “A rede de subversão clandestina de Mikhail Suslov foi oficialmente classificada pelo Kremlin como Quadros Subversivos do Instituto 631. Na primavera de 1948, o Instituto 631 enviou as suas primeiras instruções em código para os chefes dos partidos comunistas do mundo inteiro: ‘Os líderes de todos os partidos comunistas devem selecionar camaradas de toda confiança para o serviço de subversão clandestina desligado do partido comunista. As suas atividades deverão ser revolucionárias e subversivas. É essencial que os camaradas escolhidos cortem todas as suas ligações com o partido. É conveniente que passem a ser vistos como adversários do partido e de suas ideologias’” (HUTTON, 1975: 30). A rede de subversão passava suas instruções a partir de Pankov (Distrito da então Berlim Oriental), mas com escritório central em Moscou. No XXII Congresso do PCUS (1961), Luiz Carlos Prestes se encontrou com Nikita Kruschev e Mikhail Suslov, para planejar a revolução agrária no Brasil.

Instituto Cajamar - Fundado em 1986 e ligado à CUT. “A entidade foi presidida por Paulo Freire e era conhecida como Universidade Livre do Trabalhador, sendo um dos mais importantes centros para a formação de quadros para o movimento sindical e outros movimentos sociais. Freire trabalhou por dez anos no CMI e o Instituto Cajamar era financiado pelos sindicatos e pela Comissão Intereclesiástica para Projetos de Desenvolvimento da Holanda (ICCO). No seu primeiro conselho deliberativo, estavam Paulo Freire (presidente), Jorge Coelho (vice-presidente), Luís Gushiken (secretário), José Luiz Gonçalves, Arlindo Chinaglia, Avelino Ganzer, Olívio Dutra, Francisco Weffort, Gilberto Carvalho, Perseu Abramo, Rui Falcão, Paul Singer, Frei Betto, Paulo Schilling, Walter Barelli e Luíza Erundina da Silva” (CARRASCO, 2013: 92). “Esse povo não discute, só diz CUT”.

Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) - O pequeno onagro tem sede em Brasília, DF, é subsidiária da Brazil Network e pertence ao petista Maria José Jaime (que recebeu treinamento na China, em 1969, quando era militante da Ação Popular - AP). Importante órgão de apoio ao MST, além da CIDA e da CCDP (ONGs canadenses).

Instituto Olga Benário Prestes (IOBP) - Onagro brasileiro, realiza a difusão dos santos ideais comunistas da “esposa” de Luiz Carlos Prestes. Veja Intentona Comunista e Ouro de Moscou.

Instituto Serbsky - Organização pseudocientífica da União Soviética, determinava o internamento de pessoas psicologicamente sadias em hospitais psiquiátricos. Veja Dissidentes e Hospitais psiquiátricos.

Instituto Socioambiental - O Instituto Socioambiental (ISA) “é uma das mais ativas ONGs brasileiras e uma das que melhor explica os vínculos com a agenda ambientalista-indigenista do Establishment anglo-americano. A sua criação resultou da fusão do setor de atividades indígenas do CEDI com o Núcleo de Direitos Indígenas (NDI), criado pelo filósofo Márcio Santillie e o advogado Carlos Frederico Marés. Santilli foi integrante do programa de treinamento de lideranças ambientais da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e coordenador das ações do aparato indigenista junto à Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988 para a tentativa de converter o Brasil em um ‘Estado plurinacional’. Posteriormente, tanto Santilli como Marés viriam a presidir a Funai” (CARRASCO, 2013: 93). Fundadores do ISA: Barbara Bramble - NWF (National Wildlife Federation); Stephen Schwartzman - antropólogo dos EUA - EDF (Environmental Defense Fund). “A partir de meados da década de 1980, [Schwartzman] foi um dos articuladores da conversão do líder seringueiro Chico Mendes em ‘paladino ambiental’, promovendo duas visitas suas a Washington, para pressionar o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a suspender empréstimos para a construção e melhoramentos de rodovias na Amazônia brasileira” (idem, pg. 93); Jason Clay - antropólogo - Cultural Survival (EUA); “[Jason Clay] Esteve no Brasil como estudante, em 1972, para uma tese sobre as Ligas Camponesas” (idem, pg. 94); “Willem Pieter Groeneveld - holandês, fundador do Instituto para a Pré-História, Antropologia e Ecologia (IPHAE), sediado em Porto Velho (RO), com apoio financeiro do Friends of the Earth da Suécia” (idem, pg. 95); Anthony “Tony” Gross - representante da britânica Oxfam (Oxfam Famine) no Brasil. Tony Gross “tem desenvolvido intensas atividades em áreas marcadas por atividades terroristas, como a região de Chiapas, México, onde atua o Exército Zapatista de Libertação Nacionaol (EZLN), e no Sri Lanka, onde desenvolveu vínculos com o grupo terrorista Tigres do Tamil” (idem, pg. 95); Carlos Alberto “Beto” Ricardo - antropólogo, um dos fundadores do CEDI. “[Beto] Foi também fundador da Comissão para a Criação do Parque Yanomami (CCPY), criada em 1974, e do NDI. Recebeu o Prêmio Ambientalista Goldman/92 (EUA)” (idem, pg. 95); e José Carlos Libânio - antropólogo.

Instituto TavistockKurt Levin, talvez o maior psicólogo social de todos os tempos, cujo Instituto Tavistock, em Londres, foi constituído pela própria elite global em 1947 com a finalidade única de criar meios de controle social capazes de conciliar a permanência da democracia jurídica formal com a dominação completa do Estado sobre a sociedade. (...) Os programas educacionais de quase todas as nações do mundo, em vigor desde há pelo menos vinte anos, são determinados por normas homogêneas diretamente impostas pela ONU e calculadas não para desenvolver a inteligência ou a consciência moral das crianças, mas para fazer delas criaturas dóceis, facilmente amoldáveis, sem caráter, prontas a aderir entusiasticamente, sem discussão, a qualquer nova palavra-de-ordem que a elite global julgue útil aos seus objetivos. Os meios usados para isso são técnicas de controle ‘não aversivas’, concebidas para fazer com que a vítima, cedendo às imposições da autoridade, sinta fazê-lo por livre vontade e desenvolva uma reação imediata de defesa irracional à simples sugestão de examinar criticamente o assunto. Seria um eufemismo dizer que a aplicação em massa dessas técnicas ‘influencia’ os programas de educação pública: elas são todo o conteúdo da educação escolar atual” (Olavo de Carvalho, in “Armas da Liberdade”, jornal DC 17/12/2009).

Intelectual orgânico - Trata-se de intelectual orgânico do Partido dos Trabalhadores e seus genéricos, como PSol, Rede, etc., muito comum na USP (Emir Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida Aquino), na Unicamp e na UnB (Marcos Bagno, José Geraldo Sousa, o “Zé do MST”). A expressão foi criada por Gramsci para qualificar o militante marxista existente na cultura e no magistério. “Quem ler qualquer revista ou jornal, ou livros acadêmicos, ou vir o vestibular (da USP, da UFPR, da UNICAMP) não demorará muito até encontrar frases do tipo ‘a exploração dos trabalhadores pelos capitalistas’ ou ‘o capitalismo baseia-se na exploração de uns pelos outros’” (PEREIRA, 2003: 271). “Marcuse usava uma expressão absolutamente fantástica: dizia que a estratégia deveria ser não a de atacar o sistema, mas a de fazer sua decomposição difusa. Isto é, você espalharia, por tudo quanto é lado, militantes e intelectuais - sem ligação aparente uns com os outros - que iriam corroendo, aos poucos, todos os valores, instituições etc. e destruindo sua estrutura de dentro para fora” (Otto Maria Carpeaux - HOE/1964, Tomo 3, pg. 118-119). Veja Gramscismo e Hegemonia cultural.

Intelligentsia - (Russo) Os intelectuais considerados como classe ou grupo, ou, em especial, como uma elite artística, social ou política nos países da antiga Cortina de Ferro. O restante da população, obviamente, estava incluído na categoria “burritsia” - como diria o saudoso economista Roberto de Oliveira Campos. O “ópio dos intelectuais” (comunismo) era fervorosamente defendido por “intelectuais” do Ocidente. Eis algumas pérolas de pau: “Eles precisavam acreditar, eles queriam ser enganados” (JOHNSON, 1994: 231): “A traição ao czar não era um pecado, a traição ao comunismo é” (Lincoln Steffens, justificando o Grande Terror stalinista, com cerca de 20 milhões de mortos); “Não podemos nos dar ao luxo de posar com ares moralistas, quando o nosso vizinho mais empreendedor... humana e judiciosamente liquida um punhado de exploradores e especuladores para tornar o mundo seguro para os homens de bem” (Bernard Shaw, justificando a morte de um “punhado”, que chegou a 10 milhões somente durante o Grande Terror, na Rússia); “Aos cuidados de quem eu confiaria, sem hesitação, a educação de meus filhos” (Emil Ludwig, famoso “hagiógrafo”, a respeito de Stálin); “Assim como a Inquisição não afetou a dignidade fundamental do cristianismo, também os julgamentos de Moscou não diminuíram a dignidade fundamental do comunismo” (André Malraux); “Stálin é um homem de princípios e de boa índole” (Pablo Neruda). O biólogo Julian Huxley, em visita à URSS, achou a população “num nível de saúde geral muito acima daquele que se podia encontrar na Inglaterra”. Harold Laski elogiava as prisões soviéticas por darem a oportunidade aos condenados de levar “uma vida plena e com dignidade”; “Essa estória sobre a construção de uma obra arriscada, no meio de florestas antigas, levada a efeito por dezenas de milhares de inimigos do Estado, ajudados por apenas 37 oficiais da OGPU, é uma das mais excitantes que já se publicaram” (Amabel Williams-Ellis, que escreveu a introdução de um livro sobre a construção do canal do Mar Branco, feita por trabalho escravo); “Os campos de trabalho na União Soviética angariaram a grande reputação de locais onde dezenas de milhares de homens foram recuperados” (Anna Louise Strong); “Nunca havia encontrado homem mais cândido, justo e honesto... ninguém tem medo dele e todos confiam nele” (H.G. Wells, a respeito de Stálin); “Seus olhos castanhos são extraordinariamente criteriosos e suaves” ... “uma criança gostaria de sentar-se no seu colo e um cachorro caminharia a seu lado” (Embaixador americano em Moscou, Joseph E. Davies, elogiando Stálin, subornado pelo Governo soviético para prestar informações falsas a seu país, o que lhe permitiu comprar ícones e cálices a preços abaixo do mercado - e receber a Ordem de Lênin). “Os ativistas políticos achavam que deveriam fazer escolhas terríveis e, uma vez feitas, ater-se a elas desesperadamente. Os anos 30 foram uma época de mentiras heroicas. A mentira santa era a virtude mais apreciada. A Rússia torturada de Stálin era a principal beneficiária dessa falsificação santificada. A competição para enganar tornou-se mais acirrada quando o stalinismo adquiriu um rival mortal na Alemanha de Hitler” (JOHNSON, 1994: 232). “Comunistas estrangeiros, que buscaram asilo em Moscou, também foram mortos em grande número. Entre eles, Béla Kun e a maioria dos líderes comunistas húngaros; quase toda a elite polonesa; todas as altas patentes do partido iugoslavo, exceto Tito; os famosos búlgaros Popov e Nanev, heróis do julgamento de Leipzig junto com Dimitrov (que escapou por pura sorte: Stálin o tinha fichado); todos os coreanos; muitos indianos e chineses; líderes comunistas da Letônia, da Lituânia, da Estônia, da Bessarábia, do Irã, da Itália, da Finlândia, da Áustria, da França, da Romênia, da Holanda, da Tchecoslováquia, dos EUA e do Brasil. (...) De uma maneira geral, os comunistas europeus estavam mais protegidos em suas próprias nações fascistas do que na ‘mãe-pátria’ socialista” (idem, pg. 253-254). A Intelligentsia brasileira atual inclui, além dos comunistas (PCB, PCdoB, PSTU, PCO etc.) e das “libélulas da USP”, parcela do PT, da CUT, do MST e da CNBdoB - organizações satelizadas pelo PT. O que a intelligentsia petista pensa sobre economia? “Ora em diante, a mediação do intelectual se tornará cada vez mais difícil e ele será empurrado para as grandes opções, a partir dos conflitos urbanos que se aproximam e que só podem ser evitados por um amplo e inteligente programa de ‘reformas’, que volte a economia para o mercado interno, acabe com a produção de produtos suntuários e supérfluos e realmente integre a sociedade brasileira através de uma produção destinada às amplas maiorias; dialética que poderia desencadear uma verdadeira revolução econômico-social porque o proletariado poderia dirigir este processo” (GENRO, 1982: 31). Também se grafa Intelligentzia; pronuncia-se “Inteliguêntsia”.

INTEMO - Inteligência do Movimento (MST): arapongagem que tem por objetivo obter dados sobre quaisquer pessoas ou organizações que afetem os interesses do messetê.

Intentona Comunista - Diz respeito à tentativa comunista de assalto ao poder no Brasil, em 1935, promovido pelo Movimento Comunista Internacional (Komintern), que enviou agentes de Moscou para promover o levante, incluindo o brasileiro Luiz Carlos Prestes e sua “esposa” Olga Benário. Além de Prestes, outros militares foram recrutados para a Intentona: Maurício Grabois, Jefferson Cardin, Giocondo Dias, Gregório Bezerra, Agliberto Vieira, Dinarco Reis, Agildo Barata, Apolônio de Carvalho, Lincoln Cordeiro Oest, Francisco Manoel Chavez, o “Preto Chavez”, o qual também participou da Guerrilha do Araguaia. Preto Chavez “era um negro de energia e sempre ocupado na prisão em ‘conciliábulos’, escreveu Graciliano Ramos nas Memórias do cárcere. No presídio da Ilha Grande, na ditadura Vargas, Zé Francisco conheceu Graciliano Ramos e o sindicalista Celso Cabral, que mais tarde foi mandado pelo PCB ao norte do Paraná para atuar junto com guerrilheiros caboclos de Porecatu, no primeiro movimento de luta armada moderna no país” (NOSSA, 2012: 139). Gregório Lourenço Bezerra, ex-sargento do Exército, fuzilou o capitão José Sampaio Xavier, pai do jornalista Dorian Sampaio, ao assaltar o QG da 7ª. Região Militar. “Esse Gregório Bezerra agiu, também, em 1964, e não foi linchado porque não o permitiu o general Ibiapina” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 277). Harry Berger, codinome do Deputado alemão Arthur Ernst Ewert, participou das revoltas alemãs no final da década de 1910 e no início da década de 1920, havia atuado nos EUA e na Argentina, de onde se transferiu para a China; em 1934, Berger veio ao Brasil para dirigir a Intentona. O levante assassinou cerca de 1000 civis e 34 militares - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/vitimas-da-intentona-comunista-de-1935.html. Olga Benário, grávida, foi extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha, onde foi enviada para um campo de concentração nazista. Depois de dar à luz Anita Leocádia (uma homenagem a Anita Garibaldi), Olga ainda ficou três anos na prisão e depois foi executada numa câmara de gás do presídio de Bernburg, em fevereiro de 1942. Se Getúlio Vargas tivesse “devolvido” Olga Benário a Moscou, ela teria tido o mesmo fim dos espiões russos Pavel Stuchevski e Sofia Stuchskaia que, junto com Luís Carlos Prestes e Olga, participaram da Intentona no Brasil: foram mortos em 1938 pela NKVD. “Entre os comunistas alemães deportados por Stálin estava Margareta Buber-Neumann, que seria enviada pelos nazistas ao campo de trabalhos forçados de Revensbruck, onde ficaria amiga de... Olga Benário” (NARLOCH, 2013: 317). “Ao contrário do que diz o brocardo marxista, a história se repete, sim, de forma trágica. Em 2 de março de 1936, numa casa de subúrbio de Deodoro, Rio de Janeiro, a paulista Elza Fernandes (Elvira Copello Coloni, a ‘Garota’, jovem mulher de Miranda, secretário-geral do Partido Comunista) é julgada por um ‘tribunal revolucionário’ constituído pelo comitê central do PC: Lauro Reginaldo da Rocha, o ‘Bangu’; Adelino Deícola dos Santos, o ‘Tampinha’; Eduardo Ribeiro, o ‘Abóbora’; José Lago, o ‘Brito’; e Honório Freitas Guimarães, o “Milionário”, presidente do tribunal. (...) Elza foi estrangulada com uma corda de varal por Natividade Lira, o Cabeção’, um ‘quadro’ da segurança do partido. Não cabendo num saco, o corpo de Elza é quebrado em dois e enterrado à sombra de uma mangueira” (PONTES: 2003: 155-156). Luiz Carlos Prestes sempre negou ter mandado matar Elza Fernandes. Porém, uma carta escrita pelo facínora diz o seguinte: “Com plena consciência de minha responsabilidade, desde os primeiros instantes, tenho dado a vocês a minha opinião do que fazer com ela. Ou bem vocês concordam com as medidas extremas, e, neste caso, já as deviam resolutamente ter posto em prática, ou discordam” (apud PONTES, 2003: 156). Veja “Os crimes do PCB” em https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf, pg. 33 a 38. “A 27 de novembro de 1935, morando em Copacabana, fui despertado às 4 da madrugada pelo telefone. Minha Mãe, minha irmã e dois primos que eram irmãos adotivos, estavam numa casa na esquina da rua Ramon Franco na Urca, que recebeu balaços do tiroteio no quartel do 3º regimento. Ficaram horas deitados no chão para não serem atingidos pelos tiros. Só à tarde, consegui chegar até lá. Vi a destruição e ainda assisti à retirada de alguns feridos. O edifício antigo de uma exposição internacional onde estava localizado o regimento ainda ardia em chamas. Não só devemos lembrar o morticínio, mas os cem milhões de mortos ou mais que o comunismo provocou século passado, sem esquecer que os 50 milhões mortos na IIª Guerra resultaram do acordo Molotov-Ribbentrop de agosto de 1939 que juntou os dois grandes totalitários na tentativa de destruir o Ocidente democrático. Não esqueçamos tampouco os milhões que morreram de 1945 a 1989, na Guerra dita Fria - Coreia, Vietnam, Cambódia, Hungria, Tchecoslováquia, Angola, Chile, etc. Usemos contra esses bandidos exatamente o mesmo slogan que eles usaram na Guerra Civil espanhola, ‘no pasarán!’. Lembrai-vos de 35!” (Embaixador José Osvaldo de Meira Penna, em 27/11/2003, por e-mail a mim enviado, comentando um texto sobre a Intentona que eu havia postado em Usina de Letras - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/lembrai-vos-de-35-depoimento-do.html). “No livro Camaradas, o jornalista William Waack, que na década de 1990 teve acesso a registros soviéticos sobre os comunistas do Brasil, revelou que não foi pouco o dinheiro vermelho investido por aqui. Em 1935, o governo de Stálin gastou 60 mil dólares com a operação brasileira, uma fortuna para a época. (...) Até setembro de 1935, Luís Carlos Prestes recebeu como salário cerca de 6 mil dólares do governo de Stálin” (NARLOCH, 2010: 302).

Intentona Integralista - Putsch promovido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), em 1938. Veja AIB.

INTERFET - International Force East Timor (Força Internacional no Timor-Leste): início em setembro de 1999, quando o Brasil enviou um pelotão da Polícia do Exército de Brasília, sob o comando do major Fernando do Carmo Fernandes. O primeiro Administrador Provisório foi o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, secretário-geral adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, que já havia dirigido provisoriamente Kosovo depois dos ataques da OTAN (1999). Histórico: o Timor-Leste foi invadido pela Indonésia em 1975, após a Revolução dos Cravos em Portugal, quando Lisboa abandonou a ex-colônia à própria sorte (os EUA não interferiram, pois temiam que o Timor-Leste se tornasse país comunista). Em 1976, o Timor-Leste foi anexado à Indonésia como sua 27ª. Província. A luta armada contra a Indonésia e pela independência continuou, comandada por Xanana (José Alexandre) Gusmão, libertado por Jacarta em Set 1999, após passar 6 anos na prisão. Mais de 95% dos 430 mil eleitores de Timor-Leste participaram do plebiscito, em 30/08/1999, e 78,5% deles votaram a favor da independência. Insatisfeitas com o resultado, milícias pró-Indonésia promoveram um massacre contra os timorenses, acarretando o envio de tropas da ONU para a região, sob o comando da Austrália. Em 1996, o Bispo Carlos Ximenes e o acadêmico José Ramos Horta, cidadãos timorenses, receberam o Prêmio Nobel da Paz. O novo país tem 14.874 km2 de área, 800 mil habitantes, sendo 88% católicos (a maioria dos indonésios é muçulmana). O idioma oficial do novo país será o Português e os idiomas locais são: Tetum, Kairui, Nídiki, Baibenu. A capital é Díli. O Timor-Leste possui o enclave de Oe Cussi no Timor Ocidental, a Ilha de Ataúro e o Ilhéu de Jaco. O novo país passou a ser denominado Timor Loro Sae (Timor do Sol Nascente). Em maio de 2002, Xanana Gusmão assumiu o poder como o primeiro presidente do país.

I Internacional - Em 1864, foi fundada em Londres a Associação Internacional de Trabalhadores (AIT), posteriormente denominada “I Internacional”. Foi integrada por marxistas e anarquistas do movimento operário europeu que se opunha ao capitalismo, entre eles Marx, Proudhom e Bakunin. A I Internacional foi desfeita em 1876.

II Internacional - Surgiu em 1889; após discussões internas, ressurgiu em 1951 como a “Internacional Socialista”.

III Internacional - O mesmo que Komintern ou Comintern (Internacional Comunista - IC). Foi criada por Lênin em 1919, com base na bem-sucedida Revolução Russa de 1917. No II Congresso da III Internacional, realizado em 1920, a IC aprovou seu Estatuto e estabeleceu as 21 condições exigidas para a difusão de Partidos Comunistas no mundo inteiro. As condições incluíam o “agitprop” no Exército e os PCs eram obrigados a auxiliar as Repúblicas Soviéticas frente à Guerra Civil na Rússia. O PCUS era, na realidade, o partido único de todos os Partidos Comunistas do mundo inteiro. A história do PCB, assim como as 21 condições para admissão ao COMINTERN, pode ser vista em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/partido-comunista-brasileiro-pcb-fgv.html.

IV Internacional - O mesmo que “Internacional Trotskista”. Foi fundada em 1938, em Paris, devido a divergências entre Stálin e Trotski. Leon Trotski havia sido demitido por Stálin do cargo de dirigente do Exército Vermelho, expulso do PCUS, preso e deportado para a Sibéria em 1927. Em 1929, Trotski foi banido da Rússia, refugiando-se na Turquia, França, Noruega, indo residir mais tarde no México, onde recebeu asilo político e foi assassinado em 25/08/1940, a golpes de picareta. Leon Trotski era pseudônimo de Lev Davidovich Bronstein.

V Internacional - O I Fórum Social Mundial (I FSM), realizado em Porto Alegre em janeiro de 2001, pode ser considerado o embrião da V Internacional.

Internacional Ambientalista - Composta por ONGs ecológicas, “ecozelotes mascadores de tofu”, que pretendem preservar a Amazônia como um “santuário” do planeta, internacionalizando a região. O mesmo que Internacional Ecologista. Para muitos ecologistas, o ser humano “é um câncer da natureza”, que deveria ser extirpado da Terra. Veja Agenda 21, Climagate, Clube de Roma, Melancia e Taco de Hóquei.

Internacional do dinheiro - É como Serge Nilus se refere aos banqueiros internacionais, especialmente os judeus, em sua introdução sobre o livro fake “Os Protocolos dos Sábios de Sião”.

Internacional Islamita - Congrega movimentos islâmicos armados em todas as partes do mundo, destacando-se: o al-Qaeda, criado por Osama bin Laden; o al-Qods iraniano; o Hezbollah Internacional (iraniano, criado em 1996); o ISI paquistanês; a PIO (Organização Popular Internacional), criada em Cartum, Sudão, em 1991 e liderada pelo xeque Turabi; a Jihad Islâmica do Egito (ligada a Osama bin Laden, participou do assassinato do presidente do Egito, Anwar al-Sadat, em 06/10/1981); Abu Sayyaf (organização terrorista das Filipinas); o Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos (com sede em Londres); o al-Jamaah al-Islamiyah (do xeque Omar Abdul Rahman - preso nos EUA, acusado do primeiro atentado contra o WTC, em Nova York, em 1993); a VEVAK (inteligência iraniana); o Grupo de Justiça Internacional (nome de cobertura adotado por agentes de segurança e inteligência treinados pelos iranianos e liderados por Ayman al-Zawahiri, no atentado contra o presidente do Egito, Hosni Mubarak, na Etiópia, em 27/06/1995); o Exército de Maomé; o Exército Islâmico para a Libertação de Lugares Sagrados (IALHP) - Muqamat-i-Muqadassa (lugares sagrados); a Frente Mundial Islâmica para a Jihad contra Judeus e Cruzados; o Cisma Vermelho.

INTERPOL - International Criminal Police Organization (Organização Internacional de Polícia Criminal): possui sede em Lyon, França.

Interrogatório aprimorado - Na linguagem de pau americana, significa tortura. “Outra medida nesse sentido foi minha ordem executiva dando um fim à tortura; embora durante o período de transição eu tenha recebido garantias de que as extradições forçadas e os ‘interrogatórios aprimorados’ haviam cessando durante o segundo mandato do presidente Bush, o modo insincero, arrogante e às vezes absurdo como alguns altos funcionários remanescentes do governo anterior descreveram tais práticas para mim (‘Sempre havia um médico presente para garantir que o suspeito não sofresse danos permanentes ou morresse’)” (OBAMA, 2020: 370-371).

Intifada - (Árabe) “Revolta das Pedras”: Rebelião Palestina, iniciada em 1987 nos territórios ocupados por Israel (Faixa de Gaza e Cisjordânia). A Primeira Intifada ocorreu de 1987 a 1993. No ano 2000, iniciou-se nova rebelião dos palestinos contra Israel (Segunda Intifada), depois que Ariel Sharon visitou a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém-Oriental. Em 2002, a violência atingiu seu auge, com Israel bombardeando e invadindo cidades da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em resposta aos atentados palestinos. A Segunda Intifada, que perdurou até o ano de 2003, deixou mais de 3.000 mortos, principalmente palestinos. A primeira rebelião armada palestina, contra o incremento de assentamentos sionistas na Palestina, especialmente depois da ascensão do nazismo, iniciou-se em 1936 e prosseguiu até 1939, com 2.000 mortos - período em que havia 8.000 soldados britânicos no então Protetorado da Palestina. O “Quarteto” foi um grupo criado em 2002, por EUA, Rússia, União Europeia e ONU, sob liderança norte-americana, que propôs o “Mapa do Caminho”, também chamado de “Mapa da Paz”, que previa a criação de um Estado palestino com fronteiras definidas, em 2005. Infelizmente, o “Mapa da Paz” ficou só no papel.

IPEA - O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, durante o governo do PT, foi transformado em “Instituto de Proselitismo Econômico Aplicado”, na perfeita definição de João Luiz Mauad, depois que foi aparelhado por petistas. Assim como o sucessor de FHC não gostava dos dados estatísticos do IBGE, a não ser os que traziam boas notícias, Dilma Rousseff ficou estressada quando o IPEA afirmou o óbvio, que as obras para melhoria dos aeroportos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estavam atrasadíssimas. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pelo PNUD em 2011 contrariou o Nove Dedos, que, entre uma sessão de quimioterapia e outra, ordenou que o presidente do IPEA, Márcio Pochmann, elaborasse um IDH próprio. O Brasil, inflado artificialmente como 6ª. potência econômica quanto ao PIB, devido à sobrevalorização do Real, foi classificado na 84ª. posição entre 187 países avaliados, com 0,718 pontos no IDH. Na época, o IPEA tinha a mesma credibilidade de um instituto cubano, argentino ou chinês.

IPES - Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais: fundado em 1961 no Rio de Janeiro pelo coronel Golbery do Couto e Silva e um grupo de empresários anticomunistas, dispostos a readequar e a reformular o Estado brasileiro. Tinha por objetivo criar barreiras intelectuais contra a propagação das ideias marxistas durante o governo João Goulart. Promoveu Estudos de Problemas Brasileiros para os governos militares pós-1964. “Ambas as organizações [IPES e IBAD] eram financiadas pela CIA e foram fundamentais para articular os diversos atores do golpe: grandes empresários, representantes do capital multinacional, setores da classe média, sindicalistas anticomunistas e lideranças militares conservadoras” (NAPOLITANO, 2014: 49). “No setor privado, destaca-se o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), fundado em 1961. O Ipes é geralmente associado à conspiração para depor o presidente João Goulart, mas a sua contribuição foi relevante para as reformas. Na verdade, o Ipes apoiou uma série de estudos sobre problemas estruturais da economia de que participaram muitos especialistas, entre os quais Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen e Delfim Netto” (Maílson da Nóbrega, in “Há esperança”, revista Veja no. 2459, de 06/01/2016). O IPES, o IBAD, a CAMDE e as Forças Armadas formaram a base quadrangular decisiva para o desencadeamento da Contrarrevolução de 31 de março de 1964, contra Jango e sua política de implantar a “República Sindicalista” no Brasil. O IPES passou a existir oficialmente no dia 29/11/1961 (Jânio Quadros havia renunciado em agosto do mesmo ano). O lançamento do IPES foi recebido favoravelmente por diversos órgãos da imprensa, como o Jornal do Brasil, O Globo, O Correio da Manhã e Última Hora. Contou com a aprovação do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jayme de Barros Câmara. Além do Rio e de São Paulo, o IPES rapidamente se expandiu até Porto Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e outros centos menores. O IPES foi formado pelo trabalho do empresário de origem americana, Gilbert Huber Jr., do empresário multinacional Antônio Gallotti, dos empresários Glycon de Paiva, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azevedo Antunes, além de serviços especiais de oficiais da reserva, como o general Golbery do Couto e Silva. Sandra Cavalcanti era uma das mais famosas conferencistas do IPES. As sementes do IPES (assim como do IBAD e do CONCLAP) foram lançadas no final do governo JK, cujos excessos inflacionários geraram descontentamento entre os membros das classes produtoras do país, e durante a Presidência de Jânio Quadros, em cujo zelo moralista eles depositaram grandes esperanças. O IPES produziu em torno de oito filmes, para alertar os desmandos do Governo Goulart, como a ameaça comunista; os cineastas eram Jean Mazon e Carlos Niemeyer. Escritores de peso do IPES foram Nélida Piñon, Rachel de Queiroz e José Rubem Fonseca, autor de Feliz Ano Novo; segundo Fonseca, o “IPES buscava mobilizar a opinião pública no sentido do fortalecimento dos valores democráticos” (AUGUSTO, op. cit.). “Somente nas ações contra o regime, despendeu o equivalente a 100 milhões de dólares, fortuna bancada com doações de centenas de grandes e megaempresários brasileiros e estrangeiros. O número de corporações americanas que apoiaram financeiramente a entidade chegou a 297” (FIGUEIREDO, 2005: 107-8). Futuros ministros dos governos militares também foram membros do IPES: Antonio Delfim Netto, Roberto Campos, Mário Henrique Simonsen, Otávio Gouveia de Bulhões, Hélio Beltrão. O IPES teve o apoio também de Paulo Malta (Diário de Pernambuco), Pedro Dantas (pseudônimo de Prudente de Morais Neto), embaixador José Sette Câmara, embaixador e poeta Augusto Frederico Schmidt. Com apoio do IPEA foi lançado o livro “UNE - instrumento de subversão”, em que “a estudante Sônia Seganfredo expunha a infiltração comunista no meio universitário” (ORVIL, pg. 158). O IPES participou também de operações internacionais, que ajudaram a derrubada de Salvador Allende, no Chile, e do general Juan Torres, na Bolívia (em agosto de 1971, o general Hugo Banzer tomou o poder). Entidades congêneres do “Complexo IPES/IBAD”: 1) México: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos - CEMLA; Centro Nacional de Estudios Sociales - CNES; Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas - IISE; 2) Guatemala: Centro de Estudios Económico-Sociales - CEES; 3) Colômbia: Centro de Estudios y Acción Social - CEAS; 4) Equador: Centro de Estudios y Reformas Económico-Sociales - CERES; 5) Chile: Instituto Privado de Investigaciones Económico-Sociales - IPIES; 6) Brasil: Sociedade de Estudos Interamericanos - SEI; Fundação Aliança para o Progresso; 7) Argentina: Foro de la Libre Empresa; Acción Coordinadora de las Instituciones Empresariales Libres. “Em 64, quando Castelo Branco organizou o Governo, a maioria dos cargos foi entregue a quem tinha ensinado ou feito cursinho no IPES. A começar por Golbery e Roberto Campos” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 06/10/1995). Além do IPES, outros órgãos foram criados para combater o avanço do comunismo no início da década de 1960 - cfr. História Oral do Exército - 31 Março 1964 (15 Tomos, fichamento feito por Félix Maier) em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html.

IPF - Instituto Paulo Freire. Freire é autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, que trata a Educação sob o enfoque marxista.

IRA - Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês): fundado por Michael Collins, o IRA iniciou sua campanha terrorista em 1968, contra tropas de ocupação britânica e várias milícias protestantes, no território da Irlanda do Norte. Depois, as ações foram ampliadas para a Inglaterra. O movimento teve origem na campanha dos irlandeses nacionalistas (católicos), em 1916, na chamada Revolta da Páscoa, contra a colonização e as leis inglesas (protestantes). O braço político do IRA era o Sinn Feinn (“Nós Sozinhos”). A Irlanda do Norte foi tomada pelos ingleses em 1690, após a Batalha de Boyne. Após os atentados contra os EUA, no dia 11/09/2001, o IRA prometeu entregar as armas e encerrar o terrorismo. Até o final de 2001, em 33 anos, o IRA havia provocado cerca de 3.600 mortes. Veja Batalha de Boyne e Feniano.

Irã-contras - Episódio ocorrido durante o governo do presidente Ronald Reagan, em que o lucro de transações ilegais de armas, dos EUA com o Irã, foi canalizado para financiar as atividades dos “Contras” na Nicarágua, contra o governo sandinista de Daniel Ortega.

Irmã Dorothy Stang - Missionária norte-americana, foi morta por pistoleiros em fevereiro de 2005, em Anapu, PA, local conhecido como Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança (PDS). O fazendeiro Reginaldo Pereira Galvão foi condenado a 30 anos de prisão. “Essa missionária era subversiva, incitava invasões de terra. Se um brasileiro fosse aos Estados Unidos e fizesse lá o que ela fez aqui, iria para a câmara de gás. Os pecuaristas formam classe sofrida, vieram do Sul, investiram aqui, criaram família e são tratados como marginais” (Sebastião Rodrigues de Moura, o “Curió”, em reunião de prefeitos com o governador Simão Jatene, do Pará - apud NOSSA, 2012: 359).

Irmãos para o Resgate - Hermanos al Rescate: ONG de exilados cubanos, criada por José Basulto, com sede em Miami, para auxiliar os balseros que fogiam para os EUA. O jornal El Nuevo Herald, de Miami/EUA, em 02/03/1996, afirmou que foram efetuadas mais de 1.750 missões de resgate, salvando pelo menos 3.000 balseros. Dois aviões Cessna 337 Skymaster da organização foram derrubados por caças Mig-29 da Força Aérea Cubana em 24/02/1996, ocasionando quatro mortes. Socialistas de caviar, como Chico Buarque e Fernando Morais, apoiaram o ataque cubano em abaixo-assinado.

ISEB - Instituto Superior de Estudos Brasileiros: criado em 14/06/1955 e fechado em 1964, era polo difusor do PCB. Reunia intelectuais marxistas que atraíam militares das Forças Armadas mediante cursos e palestras. O jornal esquerdista O Semanário cobria esses eventos, “vinculando os subtenentes e sargentos à campanha nacionalista” (ORVIL, pg. 74, versão pdf). Teve entre seus quadros o general do Exército Nelson Werneck Sodré, historiador marxista. “Os três núcleos principais da cultura pré-golpe foram colocados na ilegalidade, ato contínuo à tomada de poder: o CPC [Centro Popular de Cultura] da UNE, o Movimento de Cultura Popular de Recife e o Iseb” (NAPOLITANO, 2014: 101). Não escapou também a “História Nova”, do general Sodré. Há um livro “Iseb: fábrica de ideologias”, de Caio Navarro Toledo, Editora da Unicamp, Campinas, 1997.

ISER - Instituto de Estudos da Religião. Onagro do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), tinha entre seus membros “Waldo Cesar, Rubem Alves, Carlos Rodrigues Brandão, Jaime Wright, Rubem Cesar Fernandes e outros. Em 1993, este último fundou a ONG Viva Rio, que, entre outras campanhas promovidas pelo CMI, encabeçou a insidiosa campanha de desarmamento da população civil” (CARRASCO, 2013: 88). Veja CMI e Viva Rio.

ISI - Interservices Intelligency: serviço de espionagem paquistanês. Os chefes guerrilheiros afegãos, que haviam derrotado os russos em 1989, agiam como senhores feudais e suas tropas estupravam, saqueavam e matavam livremente. Para acabar com isso, a ISI financiou uma pequena milícia afegã, formada por estudantes de escolas islâmicas, conhecidos como “talib” (estudante), e liderada por um mulá fundamentalista, Mohamed Omar. O grupo cresceu rapidamente e ocupou 90% do território do Afeganistão, impondo um sistema social radical sobre sua população, com base em fundamentos corânicos medievais, desde 1996. Em outubro de 2001, os EUA entraram em guerra contra o regime dos talibãs, acusado de abrigar o terrorista Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados contra os EUA no dia 11/09/2001.

Iskra - (Russo) “Faísca”: periódico publicado na Suíça sob a redação de Plekhanov e Lênin, que defendia a política revolucionária do Marxismo. Em 1898, surgiu na Rússia o Partido Social-Democrático dos Trabalhadores Russos (POSDR), criando células secretas em todo o império, cuja dominância cabia a emigrantes russos apoiados e orientados pelo periódico Iskra.

Islã - Significa, em árabe, “submissão a Alá”. É a terceira religião monoteísta, revelada após o judaísmo e o cristianismo. Segundo a tradição islâmica, a palavra foi transmitida no idioma árabe pelo Arcanjo Gabriel ao profeta Maomé e constitui o Corão (Al-Qur’an), composto por 114 suratas (capítulos) e 6.226 ayat (versículos). Os muçulmanos dividiram-se em 3 grupos a partir dos cismas ocorridos no ano 37 da Hégira (657 d.C.): xiitas (cerca de 10% da população), kharijitas (menos de 1%) e sunitas (quase 90%). Os sunitas, por sua vez, dividem-se em hanafitas (mundo turcófono, Índia, Paquistão e China), malequitas ou amalecitas (Alto Egito, Magrebe e parte da África negra), chafeítas ou xafitas (Baixo Egito, África negra oriental, Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Indonésia) e os hanbalitas (Arábia Saudita e Qatar). Sunita é “o povo da comunidade e da tradição” (Ahl al-jama’a wal sunna); kharijitas são “os que saíram”, que abandonaram Ali, sogro de Maomé; xiitas (chi’at Ali), o partido de Ali, são “os que permaneceram fiéis”. Em entrevista à revista Veja, a muçulmana Irshad Manji, âncora do programa Big Ideas (Grandes Ideias), da TV Ontário, Canadá, diz que em sua briga com o Islã, ela “é contra a maneira como a religião é praticada atualmente, com base na interpretação literal do Corão. Isso faz com que os muçulmanos vivem sob uma lei marcial, sem liberdade para pensar ou discordar. (...) Nos primórdios da religião, o Islã adotou a tradição do pensamento crítico, chamado ijtihad. O espírito do ijtihad estimulou um clima de criatividade e de curiosidade que permitia à civilização muçulmana liderar o mundo no aspecto da inovação. Na Espanha islâmica, acadêmicos instigavam os estudantes a ler o Corão com olhar crítico, mesmo que isso contrariasse a opinião do clero. Veja - Quando os muçulmanos passaram a interpretar o Corão de forma literal? Irshad - No fim do século XI, os portões do ijtihad foram fechados em decorrência de disputas internas no império muçulmano. As 135 escolas de pensamento independente que existiam ficaram reduzidas a quatro, todas conservadoras. Isso levou à leitura inflexível do Corão. Os acadêmicos foram proibidos de rejeitar ou contestar as opiniões legais, as chamadas fatwas. O castigo para quem o fizesse era a morte. No milênio seguinte, os acadêmicos islâmicos passaram apenas a imitar uns aos outros, incluindo seus preconceitos. (...) Com a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, o mundo tornou-se unipolar, dominado por uma superpotência, os Estados Unidos. Os radicais islâmicos se autoproclamaram os únicos capazes de desafiar os valores de pluralismo, consumismo e materialismo que a cultura americana representa” (entrevista nas páginas amarelas de Veja no. 1882, de 01/12/2004, pg. 11). Por seu polêmico livro The Trouble with Islam, Irshad Manji foi ameaçada de morte. Outros dados sobre o Islã podem ser vistos em “A Religião Muçulmana” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/a-religiao-muculmana-por-felix-maier.html.

Islamofobia - Aversão aos islâmicos, especialmente na Europa, que está se transformando em uma autêntica Eurábia. Séculos atrás, a intolerância era mútua entre islâmicos e cristãos. Na atualidade, a fobia religiosa é vista principalmente entre islâmicos e comunistas, que são os que mais perseguem e matam cristãos no mundo. Veja Cristofobia.

IUS - International Union of Students (União Internacional de Estudantes - UIE): o onagro comunista tinha sede em Praga, Tchecoslováquia, e remetia o “ouro de Moscou” à UNE de José Dirceu, José Serra, Aldo Rebelo.

IUSY - International Union of the Socialist Youth (União Internacional da Juventude Socialista): onagro comunista com sede em Copenhague, Dinamarca.

IVG - Interrupção Voluntária da Gravidez: “termo da logomáquica defensiva que significa ‘aborto’ para os seus defensores” (VOLKOFF, 2004: 128). Veja Aborto e Grito silencioso.

IZL - Irgun Zvai Leumi: organização terrorista judaica de extrema direita, que atacava tanto árabes quanto o Exército Inglês na Palestina durante o Protetorado Britânico. Veja Stern e Massacre de Deir Yassin. 

 

J

 

"Marxismo é como cachumba. Ou dá na idade certa, ou provoca esterilidade" (Janer Cristaldo, autor de Ponche Verde).

 

Jacobinos - Revolucionários em geral, a exemplo dos franceses (Revolução Francesa), os jacobinos representavam a pequena e média burguesia. No Brasil, jacobino designava o republicano exaltado e radical, inimigo dos oligarcas. Os jacobinos brasileiros tramaram um atentado, fracassado, contra a vida do Presidente Prudente de Morais, em novembro de 1897, depois do qual o jacobinismo brasileiro morreu.

Jahiliyyah - (Árabe) “A barbárie”: é a definição que os fundamentalistas islâmicos dão aos Estados laicos modernos, sejam islâmicos ou não. Também aplicada aos Estados modernos onde grandes comunidades muçulmanas vivem sob regime não muçulmano (Caxemira, Israel, China, Filipinas, Kosovo, Chechênia etc.). “O Islã não pode aceitar qualquer convivência com a jahiliyyah. Ou permanece o Islã ou a jahiliyyah; nenhuma situação intermediária é possível” (Sayyid Muhammad Qutb, pensador islamita egípcio, autor de uma “fatwa” de agosto de 1995, em que conclama os muçulmanos às armas e à luta contra a jahiliyyah).

Jamaat ul-Fuqra - (Árabe) Seita islâmica que pretende purificar o islamismo através da violência. Liderada pelo xeque paquistanês Mubarik Ali Gilani, que criou a organização no início da década de 1980. Há células da Fuqra nos EUA, com membros vivendo em comunidades rurais isoladas.

Janízaros - Jovens recrutados à força entre as famílias cristãs dos Bálcãs, a exemplo dos sérvios, “convertidos” à fé muçulmana e alistados na infantaria otomana. Durante a I Guerra Mundial, 1,5 milhão de armênios cristãos foram exterminados pelos turcos. Veja Cristofobia e Holocausto cristão.

Jansenismo - A doutrina advém do livro “Agostinho”, de Cornelius Otto Jansen. Era pessimista e acreditava na impossibilidade de o homem seguir os mandamentos de Deus sem sua graça especial. Os jansenistas são também chamados de “calvinistas católicos”. Estiveram no auge junto às freiras cistercienses, em Port-Royal, perto de Paris, e passaram a ser perseguidos depois de 1664. Tanto Blaise Pascal quanto sua irmã Jacqueline pertenceram ao movimento.

Jardim do Éden - Assim é conhecida a 2ª Turma do STF, por ser um paraíso para a bandidagem, soltando à mão cheia ladrões famosos, como Lula e José Dirceu, especialmente se forem do PT. Atualmente, o Éden é composto por Gilmar Mendes (presidente), Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Edson Fachin e Nunes Marques (que assumiu no lugar de Celso de Melo em 05/11/2020). A 1ª Turma do STF, ao contrário, é conhecida como “Câmara de Gás”, onde a bandidagem “morre” ou pelo menos não tem tanta regalia. A 1ª Turma é composta por Dias Toffoli (presidente), Rosa Weber, Marco Aurélio de Mello, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Como toda regra tem exceção, o decano Marco Aurélio, da 1ª Turma, mandou soltar o traficante internacional de drogas André do Rapp, um dos chefes do PCC. Como resultado dessa boa vontade com a bandidagem, a polícia procura 21 criminosos soltos por Marco Aurélio - cfr. https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/policia-procura-21-criminosos-soltos-por-marco-aurelio,aaf2e682833ee0b381ed965e5ef01afdzh2aowlt.html. Veja Anomia.

Jeningrado - Assim chamado por Yasser Arafat aos campos de refugiados de Jenin, arrasados por Israel no auge da Segunda Intifada, iniciada em setembro de 2000, após visita de Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.

Jihad - (Árabe) Traduzido comumente por “guerra santa”, significa a batalha através da qual se atinge um dos objetivos do islamismo que é “reformar o mundo”. Por vezes, o jihad é considerado o 6º pilar do Islã, mas sem qualquer base ou reconhecimento oficial. Mujahid é aquele que leva a cabo uma guerra santa. Pelo menos 164 versos do Alcorão tratam da Jihad. “Jihad, na língua árabe, significa a luta entre o bem e o mal, travada para a purificação espiritual - a chamada ‘guerra santa’, imposta aos muçulmanos pelo Alcorão em defesa do Islã (submissão voluntária à vontade de Deus). Doutrinariamente, há quatro modalidades de empreendê-la: resguardando-se dos maus sentimentos; praticando boas ações; propagando por todos os meios a fé islâmica; e combatendo os infiéis. Assim, foi utilizada para justificar as guerras de expansão do Islamismo, deflagradas a partir do século VI” (KEPEL, 2003: 5). “Havia igrejas na Etiópia no tempo em que os ingleses eram bárbaros pagãos. Mais de mil anos antes das grandes navegações, era na África que estavam os reinos cristãos mais antigos do mundo, alguns bastante cultos e prósperos. Foram os árabes que os destruíram, na sanha de tudo islamizar à força. Boa parte da região que vai deste o Marrocos, a Líbia, a Argélia e o Egito até o Sudão e a Etiópia era cristã até que os muçulmanos chegaram, queimaram as igrejas e venderam os cristãos escravos” (CARVALHO, 2013: 347). “Kalim Siddiqui levou ao extremo a lógica do isolamento comunitário, criando um parlamento muçulmano paralelo ao de Westminster, cujos membros ‘eleitos’ pretendiam legislar em nome dos fiéis ao islã no Reino Unido” (idem, pg. 300). Veja Diáspora judaica e Eurábia.

JOC - Juventude Operária Católica: “O capitalismo não pode continuar a ser um regime econômico do Brasil. ... o regime que convém ao Brasil é o regime socialista. Nós descobrimos que este problema não é somente do Brasil, mas de toda a América Latina, vítima do imperialismo americano” (Conselho Nacional da JOC, Recife, 1968 - apud “ORVIL”, pg. 325).

Jogo de nocaute - “’Knockout game’, literalmente, ‘jogo do nocaute’ - um ‘jogo’ criminoso praticado por jovens negros nos Estados Unidos. O grupo faz uma aposta se um dos membros conseguirá nocautear com um único soco uma pessoa aleatoriamente escolhida na rua (mulheres e velhos também são escolhidos). Segundo relatos, a mídia cobre essa prática sem abordar o aspecto racial, acobertando o ódio de negros contra brancos. Uma assimetria, dado que violência de brancos contra negros via de regra é tratada como racismo (Exemplo: caso George Zimmerman que em legítima defesa assassinou Trayvon Martin)” (Daniel Greenfield, em “É difícil ver seu próprio racismo quando se é um coletivista” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/knockout-game-e-dificil-ver-seu-proprio.html).

Jogo de soma zero - Tolice espalhada por socialistas, de que o ganho financeiro de uns significa a perda de outros. Segundo a revista Veja (in “Os heróis do capitalismo”, de 23/01/2008, pg. 54 a 63), em 2007, 60 mil brasileiros se tornaram milionários (1 milhão de dólares), apenas em aplicações financeiras, sem considerar os ativos imobilizados (casas, apartamentos, lotes, fazendas etc.). Por esse critério, o Brasil tinha, em 2002, 75.000 milionários. No final de 2007, eram 190.000, segundo um estudo da empresa de consultoria internacional Boston Consulting Group (BCG). Se os milionários fossem iguais ao Tio Patinhas, sentado em cima de uma montanha de ouro, não gerando qualquer vantagem econômica à sociedade, poder-se-ia falar em “jogo de soma zero”. Mas, tanto os ativos financeiros, quanto o capital imobilizado dos empreendedores, milionários ou não, seja no agronegócio, na indústria, no comércio ou nos serviços, fazem girar a economia, criando empregos e gerando impostos ao governo, que assim pode aplicar recursos em Saúde, Educação, Segurança e Infraestrutura. “Um milionário emprega quantos trabalhadores?” - essa é a pergunta certa a ser feita.

Jogo duro constitucional - O objetivo é derrotar os políticos rivais, criar um governo totalitário ou inviabilizar o governo. Ocorre quando o Executivo se vale de um Judiciário aparelhado para emitir decretos sem cerimônia, como ocorre na Venezuela, que se tornou uma ditadura sob Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Esse jogo duro ocorre também quando o Legislativo se nega a aprovar tanto os projetos de leis enviados pelo Executivo ao Parlamento, quanto o orçamento da União, ou insistir em votar o impeachment do Presidente da República sem motivo grave. No Brasil do Governo Jair Messias Bolsonaro, esse jogo duro constitucional é visto com frequência para desmoralizar ou inviabilizar as ações do Executivo, seja o Legislativo deixando prescrever Medidas Provisórias, seja pela ação sistemática e sistêmica de partidos da extrema esquerda, como PT, PSol, PDT, Rede, que recorrem com frequência ao STF para barrar ações do Presidente da República ou exigir providências diversas, fora da agenda do Executivo. O STF, que deveria ser o cão de guarda da Constituição Federal e das Leis, passa a ser o cachorrinho de estimação dos partidos da extrema esquerda. “Quando rivais partidários se tornam inimigos, a competição política se avilta em guerra e nossas instituições se transformam em armas. O resultado é um sistema constantemente à beira da crise” (LEVITSKY, 2018: 201).

Jovens Turcos - “Foi principalmente no interior mesmo do Exército que o impulso pela reforma modernizante se manifestou: já em 1904, o capitão Liberato Bittencourt publicou um livro exatamente com o título A Reforma do Exército, no qual preconizava a adoção do modelo chileno, cujo exército, organizado segundo os rígidos critérios prussianos, desbaratara as tropas peruanas e bolivianas” (MORAES, 1991: 85). A partir de 1906, vários oficiais brasileiros realizaram estágios na Alemanha, a convite do imperador Guilherme II, com apoio do Barão do Rio Branco. Entre eles, destacaram-se: Bertoldo Klinger, Euclides Figueiredo, Leitão de Carvalho, Joaquim de Souza Reis, Francisco Jorge Pinheiro. De volta ao Brasil, eles passaram a ser chamados de “jovens turcos”, em analogia ao grupo de oficiais liderado por Mustafá Kemal Attatürk, que modernizou a Turquia e extinguiu o califado. Em 1913, os “jovens turcos” fundaram a revista A Defesa Nacional. Ao fim da I Guerra Mundial, com a derrota da Alemanha, o intercâmbio militar teuto-brasileiro foi substituído pela Missão Francesa. Veja “O tenentismo e as ações dos ‘jovens turcos’ no Movimento de 1964” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/o-tenentismo-e-as-acoes-dos-jovens.html.

Jotake - Em Cuba, “os Etarras [membros do ETA] aperfeiçoaram seu famoso morteiro lança-granadas “Jotake”, uma arma que foi utilizada em atentados na Espanha e... que posteriormente foi encontrada nas mãos das FARC, na Colômbia” (SÁNCHEZ, 2014: 102).

JRA - Japanese Red Army (Exército Vermelho Japonês): O JRA é conhecido também como Brigada Internacional Anti-Imperialista (Anti-Imperialist International Brigade - AIIB). Grupo terrorista formado por volta de 1970, após separar-se da Facção do Exército Vermelho da Liga Comunista Japonesa. Liderado por Fusako Shigenobu, acredita-se que o grupo se abriga no Vale do Bekaa, no Líbano. Mantém células em Manila e Cingapura, e tem laços com grupos terroristas palestinos.

JUC - Juventude Universitária Católica: em 1960, a JUC, influenciada pela Revolução Cubana, declara sua opção pelo Socialismo.

Jungdeutscher - (Alemão) Ordem originária do “Movimento Volk”, tinha 130.000 membros em 1925. Foi dessa Ordem, dirigida por Karl Harrer, que emergiram os nazistas. Hitler a transformou num partido de massas, com a S.A., ou Camisas-Marrons, como uma lembrança de suas origens no Freikorps - grupos paramilitares que surgiram em toda a Alemanha em dezembro de 1918, após sua derrota na I Guerra Mundial.

Juste-milieu - (Francês) “Justo meio”: norma governamental, pela qual o Executivo se mantém igualmente distanciado das extremas direita e esquerda.

Justiça de Transição - Conceito surgido após reunião organizada pela Fundação Ford, em Nova York, em 2000. Juristas e defensores de “direitos humanos” discutiram as formas jurídicas para a reconstrução dos países em transição para regimes democráticos. Até aí, muito louvável, pois o foco eram países que estavam saindo de guerras civis, como na África. A esquerda brasileira, porém, tenta aplicar esse conceito pauleira internamente, como se os governos militares tivessem deixado como herança uma Somália ou uma Etiópia. Assim, criaram os Planos Nacionais de Direitos Humanos (já na versão 3.0), a Comissão da “Verdade” (o Pravda tupiniquim) e comissões de busca pelas ossadas de ouro dos guerrilheiros do Araguaia, além da tentativa de revisão da Lei da Anistia, tudo com o intuito de satanizar as Forças Armadas que combateram os “honoráveis terroristas” e levar antigos agentes de Segurança aos bancos dos réus.

Justiça social - Expressão pauleira que faz sucesso em todos os espectros ideológicos, até os papas em Roma ficam hipnotizados com este pleonasmo. Justiça é justiça e ponto final. O filósofo americano John Rawls, autor de Teoria da Justiça (1971), criou uma utopia da equidade social e econômica que cativa muita gente, especialmente os socialistas. Para ele, ninguém merece o que tem, porque, de uma forma ou de outra, a pessoa foi beneficiada por algum fato que escapa a seu alcance, como posição social ou boa instrução. Em seu “princípio da diferença”, “só serão permitidas as desigualdades sociais e econômicas que visem ao benefício dos membros menos favorecidos da sociedade” (SANDEL, 2012: 189). Isso significa que a justiça só se fará se os “privilegiados” do sistema ajudarem a minimizar o sofrimento dos mais pobres, como o pagamento de impostos ou vultosas doações a entidades filantrópicas. Rawls chega ao absurdo de propor o casamento de mulheres bonitas com homens feios, e vice-versa, de modo que a justiça seja feita. O sonho de Rawls, como de todo socialista, é transformar a sociedade humana num imenso formigueiro. O escritor argentino Gonzalo Otálora, feio de doer, propõe que seja criado um “imposto sobre a beleza”.

Justiçamento - Eufemismo comunista para assassinato, promovido contra pessoas de órgãos de Segurança ou contra seus próprios camaradas. “A Ditadura Derrotada”, de Elio Gaspari, na pg. 392, cita apenas 3 justiçamentos. “Pesquisadores mais atentos e confiáveis relacionam mais sete, a saber: a ALN matou um militante por julgá-lo informante do Cenimar; a VAR-Palmares assassinou dois criminosos comuns, recrutados para participar de ações armadas, por considerar que sabiam demais sobre a organização terrorista; no Maranhão, em fevereiro de 1971, a APML matou o militante Antonio Lourenço; em Pernambuco, em agosto de 1971, o PCR matou o militante Amaro Luiz de Carvalho; na Base da Gameleira, PA, em Xambioá, foram fuzilados por elementos das forças guerrilheiras do PCdoB, por desejarem abandonar a área da guerrilha, Rosalino Cruz Souza (Mundico) e ‘Paulo’ (não identificado). Mundico foi morto pela célebre ‘Dina’, Dinalma da Conceição Oliveira Teixeira, uma das desaparecidas pelas quais estamos pagando indenização” (Gen Div Raymundo Negrão Torres - HOE/1964, 1964, Tomo 14, pg. 82). Veja PCB e PCdoB.

Justicialismo - Ideologia terceiro-mundista de Juan Perón, da Argentina, o qual, como ministro do Trabalho (1943) subornou o movimento trabalhista sindical inteiro e derrubou a próspera economia argentina que, em muitos aspectos, era superior à britânica no período entreguerras e após a II Guerra Mundial. Discípulo de Bandung, que mistura socialismo e nacionalismo, Perón assumiu a presidência em 1946, nacionalizou o Banco Central, as ferrovias, as telecomunicações, o gás, a eletricidade, a pesca, o transporte aéreo, o aço e o seguro. Os gastos públicos subiram de 19,5% do PNB para 29,5% em cinco anos. Em 1951, houve a reeleição de Perón, que já havia torrado as reservas internacionais e destruído o balanço de pagamentos. Em 1952, com uma seca que arrasou o campo, veio à luz a crise argentina e Perón passou da demagogia econômica para a tirania política: destruiu a Suprema Corte, tomou posse da estação de rádio e de La Prensa, o maior jornal da América Latina e incitou a que o povo visse a Grã-Bretanha e os EUA como “inimigos públicos”. O Jockey Clube foi queimado em 1953 pelas gangues de Perón, quando foram destruídas a biblioteca e obras de arte. Em 1954, Perón voltou-se contra o catolicismo e em 1955 trabalhadores arruaceiros queimaram duas belíssimas igrejas, San Francisco e Santo Domingo, além de muitas outras - ao estilo das falanges comunistas da Guerra Civil Espanhola. Em 1955, Perón foi expulso do Exército e da Presidência, assumindo em seu lugar o General Eduardo A. Lonardi Doucet. Mas o legado de Perón persiste, dentro do Partido Justicialista, também chamado de Partido Peronista - o maior da Argentina, num Estado parasita com sindicatos poderosos e uma massa de funcionários públicos. “Eis uma das melancólicas lições que se pode tirar do século XX: uma vez permitida a expansão do Estado, é quase impossível restringi-lo” (JOHNSON, 1994: 521). Vale lembrar que o peronismo pariu em 1966 a organização terrorista Montoneros, que tinha laços com o MR-8 brasileiro. Veja Geração Bandung, Montoneros e Peronismo.

Juventude Comunista (JC) - Criada em 1925, durante o II Congresso Nacional do PCB, realizado no Rio de Janeiro. Porém, somente em 1927 a JC foi reorganizada, com a criação da Diretoria Provisória, com Manuel Karacik e Francisco Mangabeira. Em pouco tempo, recebeu mais de 100 adesões, 90% de operários de 15 a 19 anos. Formalmente constituída no dia 01/08/1927, sua 1ª. Direção Nacional era formada por 4 operários e 3 estudantes. Ainda em 1927, a JC solicitou sua inscrição na KIM (Internacional Comunista da Juventude), sediada em Moscou, que então ofereceu bolsa de estudo de 3 anos na Escola Leninista ao operário Heitor Ferreira Lima. “A partir de 1928, passam a figurar estudantes nos comícios ao lado dos operários. A Juventude Comunista cresce. Ao VI Congresso da Internacional Comunista, comparece uma delegação brasileira composta de três membros, Paulo Lacerda, Leôncio Basbaum e um garçom José Lago Morales. Em Moscou encontraram Heitor Ferreira Lima, inteiramente russificado – ‘de botas, blusa e boné de pala virada para cima’, no estilo Bukharin. Nesse Congresso, aliás, aprovou-se a condenação de Trotsky” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário” - Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/raizes-do-marxismo-universitario-por.html). Em fins de 1928, a JC tinha cerca de 200 membros, num Partido de 800. Em 1935, a JC apoiou o levante de Agildo Barata no 3º RI (Intentona Comunista). 

 

K

 

“Grupos como Tortura Nunca Mais e o projeto Brasil Nunca Mais da Arquidiocese de São Paulo estão esquecendo que a anistia não é um ato unilateral, é geral - cobre os dois lados. Repudio atos de ódio e revanchismo político de grupos como o Tortura Nunca Mais porque, quando o Congresso votou a anistia, virou a página autoritária no pressuposto de que não voltaria atrás senão como referência histórica” (Senador Jefferson Peres, in Jornal do Senado, abril de 1998).

 

Kach - Movimento antiárabe, fundado pelo rabino israelense-americano Meir Kahane. Dele derivou-se o Kahane Chai, que significa “Kahane Vive”, fundado por Binyamin, filho de Meir Kahane, após o assassinato de seu pai nos EUA. O grupo foi declarado como organização terrorista pelo gabinete israelense em 1994, após o ataque do Dr. Baruch Goldstein (25/02/1994), contra a Mesquita de Abraão, em Hebron, na Cisjordânia, matando 29 pessoas. Meir Kahane foi assassinado, em 1990, pelo egípcio El Sayyid Nosair, que cumpre prisão perpétua na Califórnia, após ser condenado em 1996. Segundo o FBI, El Sayyid é membro da Jihad Islâmica, do Egito, grupo radical que assassinou em 1981 o presidente egípcio Anwar El Sadat.

Kaguya - Experiência genética feita por pesquisadores japoneses e coreanos deu origem à Kaguya, uma fêmea de camundongo, que é o primeiro mamífero a ser gerado pelo processo de partenogênese artificial: fecundação por meio de genes de duas mães, sem participação do pai. As feministas radicais devem ter tido orgasmos múltiplos... O nome, Kaguya, é personagem de uma lenda japonesa; é uma menina encontrada num tronco de bambu e considerada filha da Lua.

Kahal, El - A organização “El Kahal” ajudou a introduzir na Palestina 50.000 judeus durante a Administração H. Samuel (Mandato Britânico, após a I Guerra Mundial). El Kahal é também o nome de um partido político extremista, antigamente dirigido por Menahem Begin.

Kahane Chai - O mesmo que “Kahane Vive”. Grupo extremista judeu, originado do Kach, congrega colonos nos territórios ocupados por Israel. Junto com o Kach, segue a ideologia do rabino Meir Kahane, que chegou a ser deputado e pregava a expulsão dos palestinos. Veja Kach.

Kalashnikov - O fuzil de assalto Kalashnikov AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 47), de calibre 7,62x39 mm, foi criado em 1947 e é um verdadeiro best seller, com mais de 100 milhões de unidades vendidas. Seu inventor foi o general russo Mikhail Kalashnikov, que nunca recebeu nada pelo invento, cuja patente ficou com o governo soviético. O AK-47 foi inspirado no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44.

Kamelos - São Jerônimo traduziu como “camelo” o que na verdade significa, em grego, “cordas grossas”, das antigas embarcações, como as do Mar da Galileia no tempo de Cristo. Assim, a tradução correta seria “é mais fácil passar uma corda no fundo da agulha do que um rico entrar no céu”. No entanto, a tradução errada faz muito sucesso até hoje, talvez para atazanar a vida dos ricos, talvez por inveja em não ser também rico.

KAS - Koordenadora Abertzale Socialista: organização independente legalista a favor da autodeterminação do País Basco, na Espanha. Era o braço jovem do ETA. Veja ETA e ETA-M.

Katarismo - De inspiração marxista, da luta de classes, o movimento tem inspiração no grupo revolucionário Tupac Katari, da Bolívia, e centra seus ataques nos conquistadores da América. Veja Lenda Negra.

Katsa - Oficial de operações do Mossad, para liquidar oponentes e fazer o recrutamento de agentes inimigos em todo o mundo.

Kemalismo - Modernização do mundo islâmico, com tinturas ocidentais, como o iniciado na Turquia por Mustafá Kemal Attatürk, após o fim do Império Otomano (final da I Guerra Mundial). O Kemalismo levou a Turquia a se tornar um “país dividido”, pois tem uma sociedade muçulmana na religião, na cultura e nas instituições, porém uma elite decidida a modernizá-la em sintonia com a Europa. A Turquia é o único país muçulmano que integra a OTAN e almeja fazer parte da União Europeia. Com a tomada do governo pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), em 2002, os radicais islâmicos estão destruindo a democracia turca. Recep Tayyp Erdogan, no cargo de primeiro-ministro desde 2003, persegue jornalistas, aplica pesadas multas contra empresas “menos amigáveis” e desafia o judiciário - além de se afastar cada vez mais do Ocidente. A Era Attatürk não existe mais.

Kempei-Tai - Polícia especial para a Segurança do Estado, do Japão. Ligada diretamente às Centrais Imperiais e não ao governo, podia manter prisioneiros por 121 dias, sem acusação formal ou mandado judicial, e podiam utilizar a tortura para extrair confissões.

Ketsumedian - Sociedade radical japonesa, liderada por Inoue Nissho, dedicava-se ao assassinato de industriais e financistas. Como armas, utilizava o punhal, a espada e, nos anos de 1920, a metralhadora Thompson.

Keynote - Palavra inglesa que designa discurso que dá o tom e sintetiza a mensagem principal de um evento.

KGB - Komitiét Gosudárstviennoy Bezopásnosti (Comitê Estatal de Investigação): criada por Felix Dzerzhinski, a KGB foi o órgão da polícia secreta soviética, ligado ao Conselho de Ministros. Foi a última transformação dos “Órgãos”, depois de 1953, e chegou a ter 1,5 milhão de agentes. Sucedeu ao MGB e foi substituído pelos Serviços Russos de Segurança (FSB). “Quanto a Ancelmo Góes, é bom lembrar que ele confessou ter sido recrutado pela KGB nos anos 70, conforme consta nessa entrevista que ele concedeu ao Jornal da Associação Brasileira de Imprensa. ‘Eu vivi por algum tempo com o nome falso de Ivan Nogueira. Porque estávamos na ditadura militar e a gente só conseguia ir para a Rússia, protegido pela KGB. Foi este órgão que me deu uma identidade falsa, com retrato, e me transformou numa outra pessoa. Em seguida, eu fui para uma escola comunista para jovens, a Escola de Formação de Jovens Quadros, Konsomol, do Partido Comunista da União Soviética, onde eu estudei sobre o marxismo e o leninismo’”. (Jornal da ABI, n° 343, julho/2009, pp. 20-25). Uma vez agente do KGB, sempre agente do KGB. Leia a entrevista à ABI do kamarada Ivan Nogueira, o “nosso homem do KGB”, em http://www.abi.org.br/entrevista-ancelmo-gois-2/.

Kharijismo - Seita islâmica que prega o banimento de todos os pecadores.

Khilafah - Estado pan-islâmico, pelo qual luta a Internacional Islamita.

Khitan - Mutilação do órgão sexual feminino (clitóris): circuncisão aplicada a mulheres muçulmanas e a mulheres de algumas outras religiões da África, incluindo cristãs. Veja Mutilação feminina.

Khobar, atentado - No dia 25/06/1996, 19 americanos morreram e 400 ficaram feridos em um atentado com caminhão-bomba contra um alojamento militar americano na cidade de Khobar, Arábia Saudita.

Khomeinismo - Relativo ao pensamento do aiatolá Khomeini: refere-se ao ataque maciço contra o mundo moderno e seu secularismo. Veja Revolução Islâmica.

Kibbutz (plural: Kibbutzim) - “Agrupamento” (em hebraico): organização comunitária agroindustrial-militar israelense, que cultiva terras doadas pelo Estado, encontradas principalmente nas regiões fronteiriças, servindo como frente de ocupação e faixa de defesa. Difere do moshav (plural: moshavim) cooperativa agrícola onde a terra pertence ao agricultor. Fruto de uma utopia inspirada no marxismo, os kibbutzim agonizam em Israel, pois já há diferenciação nos salários, de acordo com cada profissão, paga-se pelas refeições no refeitório comunitário, e existe o mercado negro (desvio de dinheiro de heranças familiares ou de “bicos”, que deveria ser depositado no caixa do kibbutz, mas que fica com o morador); além disso, 99% das crianças já dormem com os pais, não mais em dormitórios comunitários. Em 1995, cerca de 120 mil pessoas (3% da população de Israel) viviam em 270 kibbutzim em Israel, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, responsáveis por 33% da produção agrícola, 7% da produção industrial e 10% das exportações. Com a retirada de tropas israelenses de Gaza, em 2005, os colonos israelenses tiveram que abandonar os kibutzim, 21 assentamentos ocupados por 38 anos (desde a Guerra dos Seis Dias, de 1967).

Kidon - Significa “baioneta”: equipe do Mossad (Israel), para eliminação de inimigos.

Kikikomori - Em japonês, significa “recluso”, “isolado da sociedade”. Calcula-se que haja 1 milhão de jovens japoneses que vivem trancados em seus quartos, falando ao telefone, vendo TV, acessando a internet. Dormem de dia e saem à noite para rápidas compras de comida e revistas, evitando contato humano; os contatos são virtuais, com pessoas que não conhecem. São vítimas dos rígidos costumes do país, pressão para obter sucesso nos estudos, na faculdade e na carreira profissional. Muitos pais escondem os filhos da sociedade porque têm vergonha do possível fracasso do filho.

Kimilsungismo - Relativo à dinastia comunista na Coréia do Norte; o nome provém de Kim Il-Sung, falecido em 1994, pai do antigo presidente, Kim Jong II, e avô do presidente atual, King Jong-un. Em Cuba, a dinastia comunista atende pelo nome de Fidelismo.

Kit gay - “O Kit Gay é como ficaram conhecidos a cartilha ‘Escola Sem Homofobia’ e materiais anexos desenvolvidos pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), a Pathfinder Brasil, a ECOS-Comunicação em Sexualidade e a Reprolatina-Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva. A cartilha orientava professores em atividades de combate à homofobia a ser desenvolvidas pelos alunos e trazia indicações de filmes e vídeos” - Cfr. https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/kit-gay-o-que-e-mito-e-o-que-e-verdade-b60i8lo4osb19tsf2du8bmr54/. Esse “Kit Gay” e vídeos, como “Encontrando Bianca” (https://www.youtube.com/watch?v=fVGSrP-W3OM), seriam distribuídos pelo MEC às escolas, para crianças de 7 a 10 anos. Após pressão da sociedade, o projeto foi suspenso pelo Governo Federal, em 2011. Cfr. discurso do Deputado Jair Bolsonaro em 2010, criticando o “Kit Gay” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/discurso-do-deputado-jair-bolsonaro-na.html. A cartilha “Escola sem homofobia” pode ser baixada em https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/bGjtqbyAxV88KSj5FGExAhHNjzPvYs2V8ZuQd3TMGj2hHeySJ6cuAr5ggvfw/escola-sem-homofobia-mec.pdf.

KKE - Partido Comunista Grego. Em setembro de 1941, criou a Frente de Libertação Nacional (EAM), grupo de resistência à invasão nazista que, de abril de 1941 a outubro de 1944, governou através de uma sucessão de governos colaboracionistas. Veja EAM.

KKK - Ku Klux Klan, também conhecido como “o Klan”. O primeiro Klan surgiu no sul dos Estados Unidos no final dos anos 1860 e deixou de existir no início da década de 1870. Ele tentou derrubar os governos estaduais republicanos no sul durante a Era da Reconstrução, especialmente através do uso da violência contra líderes afro-americanos. Com inúmeros ataques em todo o sul, o grupo foi suprimido por volta de 1871, através da aplicação da lei federal. Seus membros faziam seus próprios trajes, muitas vezes coloridos: roupões, máscaras e chapéus cônicos, projetados para serem aterrorizantes e para esconder suas identidades. O segundo grupo foi fundado em 1915 e começou a atuar em todo o país em meados da década de 1920, especialmente nas áreas urbanas do Centro-Oeste e Oeste. Ele se opunha aos católicos e judeus, especialmente os imigrantes mais recentes, sendo que ressaltava sua profunda oposição à Igreja Católica. Esta segunda organização adotou um traje branco padrão e usava palavras de código semelhantes como as do primeiro Klan, além de ter adicionado os rituais de queima de cruzes e de desfiles em massa. A terceira e atual manifestação da KKK surgiu depois de 1950, sob a forma de grupos pequenos, locais e desconexos que fazem uso do nome KKK. Eles se concentraram na oposição ao movimento dos direitos civis, muitas vezes usando violência e assassinatos para reprimir ativistas. É classificado como um grupo de ódio pela Liga Antidifamação e pelo Southern Poverty Law Center. Estima-se ter entre 5.000 e 8.000 membros em 2012. A segunda e a terceira encarnações do Ku Klux Klan faziam referências frequentes ao sangue “anglo-saxão" dos Estados Unidos, que remete ao nativismo do século XIX. Embora os membros da KKK jurem defender a moralidade cristã, praticamente todas as denominações cristãs oficialmente denunciaram as práticas e ideologias da KKK” - Cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ku_Klux_Klan, acesso em 22/01/2021). O segundo Klan foi fundado em 1915 pelo pastor William Simmons, para controlar as minorias raciais. Esses objetivos foram apoiados pela publicação, em 1916, da apresentação de Madison Grant, da teoria europeia de “raça superior”, The Passing of the Great Race, com base na “Teoria Nórdica” de Arthur de Gobineau. Segundo essa obra pseudocientífica, a América, através da imigração irrestrita, tinha “conseguido destruir o privilégio de nascimento, isto é, as vantagens morais e intelectuais que um homem de boa cepa traz consigo ao mundo” (JOHNSON, 1994: 167). A linhagem ideal era ser WASP ou “o melhor do sangue pioneiro anglo-saxão, alemão, escocês-irlandês e holandês” (idem, pg. 168). O KKK empregava a violência para perseguir negros e defender a segregação racial, a exemplo dos Cavaleiros da Camélia Branca, grupo surgido no mesmo período. Veja os filmes “Mississipi em Chamas” (1988) e “Infiltrado na Klan” (1918). Veja Lei das Oito Urnas e WASP.

Kmer Vermelho - (Kmer Rouge, em Francês): movimento insurgente comunista do Camboja. Sob a liderança de Saloth Sar, cujo nome de guerra é Pol Pot (o Irmão Número Um), o Kmer Vermelho tomou o poder no Camboja em 1975, instalou o regime da Kampuchea Democrática, ocasionando a morte (fome, doenças e execuções) de aproximadamente dois milhões de pessoas durante seus quatro anos no poder (1975-79) - 20% da população. Milhões de habitantes de Phnom Penh (“a grande prostituta do Mekong”, segundo Pol Pot) foram dispersos pelo país, tiveram seus nomes trocados, para que as famílias não pudessem retomar os relacionamentos que as identificavam, para se tornarem subservientes e moldáveis sob o terror comunista. “O líder pleneja o genocídio partindo de uma espécie de fria simplificação, porque pensa, como Mao, que ‘é sobre a página em branco que se escreve a mais bela poesia’. (...) Pol Pot decide tirar os filhos de seus genitores assim que completam doze anos, ou às vezes até antes, para transformá-los em soldados, guardas, espiões dos adultos, ou até médicos, meninos-crianças capacitados a dar injeções e distribuir remédios, todos, porém, educados no sentido de executar as ordens - sejam quais forem, mesmo as mais insensatas, sem discutir - de desprezar as tradições e de rir da religião” (GHIRELLI, 2003: 261-262). “Quanto aos edifícios públicos, foram destruídos 796 hospitais, 5.857 escolas, 1.987 pagodes, 108 mesquitas e um número mais modesto, porém impreciso, de igrejas católicas. A grande massa de doentes que foram deixados à morte durante as marchas de transferência, nos centros de reeducação e nos hospitais que restaram se explica também pelo massacre dos agentes sanitários, detestados pelos kmer vermelhos, como todos os cambojanos cultos: 91% dos médicos, 83% dos farmacêuticos (!), 45% dos enfermeiros e até 32% dos obstetras. Um atroz festival de ignorância” (idem, pg. 270). Segundo o professor francês François Bizot, que fez pesquisas no Camboja, em 1971, e foi levado a um campo de prisioneiros, autor do livro Le Portail, com prefácio de John le Carré, “pessoas foram mortas por usarem óculos, mulheres e homens assassinados por saberem ler e escrever. O Khmer Vermelho matou muitos membros do próprio Kmer, e seus parentes. Quando eles matavam alguém, matavam toda a família”. Antes da morte de Pol Pot, em abril de 1998, o Kmer Vermelho sequestrava e matava estrangeiros que viajam em áreas rurais do país. Meses após a morte de Pol Pot, a última tropa da guerrilha comunista entregou as armas ao Governo, depois de receber garantias de anistia. François Bizot participou do julgamento por crimes contra a humanidade, realizado por um tribunal internacional, com o objetivo de definir a culpa ou inocência de pessoas como o comandante Douch, chefe do campo onde Bizot esteve preso, e que tem sua assinatura escrita na ordem de execução de 40.000 pessoas. Durante o II Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em 2002, o fotógrafo britânico Bryan Parsley foi impedido de apresentar uma exposição de fotos denunciando os crimes do regime comunista do Camboja. Veja o Museu do Genocídio Tuol Sleng, do Camboja, em https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuol_Sleng.

Kominform - Comitê de Informação dos Partidos Comunistas e Operários: criado pela Conferência de Varsóvia, em setembro de 1947, e dissolvido em abril de 1956. Sucedeu ao Komintern.

Komintern - Kommunistítcheski Internatsional (Internacional Comunista - IC): órgão executivo da Internacional Comunista, criado por Lênin em 1919, no Congresso da Terceira Internacional. Seu primeiro chefe foi Zinoviev. Em seu segundo encontro, em 1920, participaram 37 países e Lênin estabeleceu os vinte e um pontos, que exigiam que todos os Partidos Comunistas, em todo o mundo, modelassem suas estruturas em linhas disciplinares de acordo com o modelo soviético e excluíssem ideologias moderadas – cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/partido-comunista-brasileiro-pcb-fgv.html. Dentre as Condições, vale ressaltar a “4ª. - Deverá ser feita ampla campanha de agitação e propaganda nas organizações militares, particulamente no Exército” (isso explica a grande quantidade de militares envolvidos na Intentona Comunista de 1935); e a “16ª. – Todos os partidos comunistas são obrigados a obedecer às resoluções e decisões da Internacional Comunista, considerada como um partido único” (isso explica por que os quinta-colunas brasileiros sempre taxam os anticomunistas de serem vassalos dos EUA, sob comando da CIA - não é nada mais do que a “transferência” ou “projeção” dos próprios crimes a outros, o que é explicada pela psicologia). Em 1943 Stálin dissolveu o Komintern, para atrair os democratas ocidentais para lutar em comum contra os nazistas, ocasião em que o controle dos PC passou diretamente para o CC/PCUS. Em 1947, ele foi reativado e reformado para Kominform, a fim de coordenar as atividades do comunismo europeu. Este, por sua vez, foi dissolvido em 1956. O Komintern teve participação na Intentona Comunista, no Brasil, em 1935, quando enviou agentes para o levante, incluindo o brasileiro Luiz Carlos Prestes.

Komsomol - Lêninski Kommunistítcheski Soiuz Molodióji (União Comunista Leninista da Juventude): conhecida como Juventude Comunista Internacional, na ex-URSS.

Kopassus - Forças Especiais da Indonésia, armaram milícias populares, os chamados Aitarak, para promover o genocídio contra o povo do Timor-Leste, após este rejeitar, em plebiscito de 30/08/1999, sua integração à Indonésia e se tornar uma nação independente.

Kuffar - Apostasia, para os muçulmanos.

Kulak - Classe média camponesa (Rússia), surgida após a Nova Política Econômica (NEP), a partir de 1921 e até 1928. A partir de 1928, essa classe foi massacrada por Stálin, junto com os nepmen (classe de comerciantes e industriais surgida na mesma época), dando origem aos sovkhozes, fazendas estatais coletivas (Gosplan). O erudito marxista Leszek Kolakowski considerou esse massacre como “provavelmente a mais maciça operação militar jamais conduzida por um Estado contra seus próprios cidadãos”. Somente no período da coletivização e eliminação de classes (1929-36), 10 milhões de homens, mulheres e crianças tiveram morte antinatural (estudo demográfico de Iosif Dyadkin, “Avaliação de mortes antinaturais da população da URSS em 1927-58”, que circulou sob a forma de samzidat). Com o fim dos kulaks, a partir de 1928, para conseguir moeda estrangeira, Stálin passou a vender secretamente, para o Ocidente, obras de arte do Museu Hermitage, Leningrado, uma coleção que levou mais de 100 anos para juntar. “Os quadros foram adquiridos por milionários do mundo inteiro. O maior foi Andrew Mellon que, em 1930-31, obteve, por US$ 6,654,053.00, 21 quadros, incluindo 5 Rembrandt, 1 Van Eyck, 2 Franz Hals, 1 Rubens, 4 Van Dyck, 2 Rafael, 1 Velásquez, 1 Boticelli, 1 Veronese, 1 Chardin, 1 Ticiano e 1 Perugino - provavelmente o tesouro da melhor qualidade jamais transferido numa única tacada e tão barato. Todas essas obras foram para a Washington National Gallery, criada virtualmente por Mellon” (JOHNSON, 1994: 226). O embaixador americano em Moscou, Joseph E. Davies, que disse sobre Stálin que ‘uma criança gostaria de sentar-se no seu colo e um cachorro caminharia a seu lado’, era subornado pelo Governo soviético para emitir falsas informações a seu país, e que por isso lhe permitia “comprar ícones e cálices para a sua coleção particular a preços abaixo do mercado” (idem, pg. 232). “Além daqueles camponeses executados pela OGPU ou mortos em batalha, um número entre dez e onze milhões foi transportado para o norte da Rússia europeia, para a Sibéria e para a Ásia Central; desses, um terço foi para campos de concentração, um terço para o exílio interno e outro terço foi executado ou morreu em trânsito” (idem, 228). Sob Lênin, foi utilizado um pequeno número de “escravos políticos”, mas, sob Stálin esse número expandiu-se e “uma vez iniciada a coletivização forçada, em 1930-33, a população dos campos de concentração subiu para 10 milhões e, depois do começo de 1933, ela nunca caiu abaixo desse número, até bastante tempo depois da morte de Stálin” (idem, pg. 230).

Kuomintang - Partido Nacionalista Kuomintang (KMT): força nacionalista criada pelo Dr. Sun Yat-Sem, e mais tarde dirigido por Chiang Kai Chek, nunca conseguiu dominar o país (China), em luta contra divisões dentro do próprio Partido, contra a invasão dos japoneses e, principalmente depois de 1927, contra o Partido Comunista Chinês (PCCh) de Mao Tsé-Tung (anteriormente, aliado do KMT, por imposição do Komintern), após a entrada do KMT em Xangai e a execução de líderes operários simpatizantes do PCCh. O Kuomintang derrotou o Exército Popular de Libertação (EPL), de Mao Tsé-Tung, na Guerra Civil de 1927 a 1934, ocasionando a “Longa Marcha”. Em 1923, Stálin enviou Mikhail Borodin, também conhecido como “Berg” e “Grisenberg”, para organizar o KMT em bases leninistas de “centralismo democrático”. Além de Borodin, Moscou enviou o “general Blucher”, perito militar, para a criação de um exército. Eles levaram muitos “assessores” à China - exemplo do imperialismo político soviético. Blucher vendeu rifles soviéticos a Sun, ao preço de US$ 65.00, dando o dinheiro a Borodin, e fundou uma academia militar em Whampoa, entregue a Chiang Kai Chek, cunhado de Sun. A academia formou 500 oficiais treinados, transformados na elite do 1º exército adequado do KMT. Por sua vez, Chiang decidiu por conta própria se transformar em general. Borodin alcançou influência no Kuomintang, como “assessor político”, de onde passou a estabelecer um governo comunista em Hankow, e teve um papel principal na organização dos exércitos comunistas que desencadearam uma guerra civil na China por mais de 20 anos. Oito anos de guerra contra o Japão e a invasão japonesa em grande escala deixaram a China na bancarrota e no caos - circunstância ideal para a rapinagem comunista. Em 1949, o EPL conquista toda a China Continental e Chiang Kai Chek se refugia em Taiwan (Formosa).


L

 

“O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador” (Rui Barbosa).

 

LAC - Liga Anticomunista: produto da Guerra Fria, fundada pelo Reverendo Sun Myung Moon.

LAD - Liga Antidifamação: organização de judeus americanos.

... lag - Abreviatura de Láguer (Campo); sufixo que se acrescenta ao nome de um lugar para designar um Campo ou conjunto de Campos (Gulags), na antiga URSS.

LAKAN - Serviço de Inteligência de Israel, para resguardar programa nuclear secreto; criado em 1957.

Lambertista - Seguidor de Pierre Lambert, um dos ideólogos da IV Internacional (Trotskista).

Lança torta - Expressão usada para identificar ou referir-se a acidentes nucleares envolvendo armas nucleares, ogivas nucleares ou veículos transportadores (DoD, USA).

Laogai - Campos de concentração do regime comunista chinês.

La Pasionaria - Apelido de Dolores Ibarruri, famosa líder comunista, originária de Bilbao, região basca da Espanha. “Os comunistas haviam conseguido eleger apenas 17 deputados - incluindo Dolores Ibarruri, ‘La Pasionaria’, que, segundo se dizia, teria cortado a garganta de um padre com os próprios dentes” (JOHNSON, 1994: 272). Após a derrota dos “republicanos” (comunistas e anarquistas), na Guerra Civil Espanhola, La Pasionaria mudou-se para Moscou e assumiu o Secretariado Latino-Americano do Komintern (BSA).

La Pecosa - “A Sardenta”: mulher feroz, pertencente à milícia comunista, atuante na Guerra Civil Espanhola, que foi o carrasco que assassinou o bispo de Jaén e sua irmã, na frente de 2.000 pessoas.

La Piñata - Conflito causado pela “expropriação” de cerca de 5.000 propriedades de nicaraguenses e estrangeiros, na Nicarágua, durante o Governo sandinista de Daniel Ortega (1979-1990), quando os guerrilheiros transferiram bens confiscados durante a Revolução para si próprios, a exemplo de Daniel Ortega, que se apropriou de uma mansão de US$ 1,5 milhão. O termo piñata refere-se à tradição mexicana de distribuição de presentes no fim das festas de crianças. O Brasil também criou sua piñata, ao retirar do erário bilhões de dólares para “doar” a terroristas e familiares de terroristas mortos ou desaparecidos. Che Guevara teve também direito à sua piñata, como consta no livro de Humberto Fontova. Depois de mais um dia de trabalho assinando sentenças de morte no paredón, Che se recolhia a uma mansão que pertencera a um empreiteiro, que ficava a 20 e poucos km de Havana, na praia de Tarara. A mansão possuía um ancoradouro para iates, uma grande piscina, 7 banheiros, 1 sauna, 1 sala de massagem e muitas salas de televisão. O jardim era uma selva de plantas importadas, com piscina natural com cachoeira, tanque com peixes exóticos e viveiros de aves diversas. Assim escreveu Ariel Dorfman, prof. da Universidade de Duke, na revista Time: “Nada poderia ser mais desinteressadamente gratificante do que o desdém de Che Guevara pelo conforto material e necessidades do dia a dia” (FONTOVA, 2009: 69).

La poderosa - Era como Che Guevara chamava sua motocicleta em tempos de “sem destino” na América do Sul, antes de se transformar na “fria máquina de matar”.

LAR - Liga de Ação Revolucionária: lançada por Luiz Carlos Prestes em Buenos Aires, em 1930, após o Manifesto de Maio do mesmo ano, em que repudiava e acusava todos os antigos companheiros da Coluna Prestes.

Laranja - Pessoa ou empresa de fachada, utilizada por criminosos para acobertar falcatruas, como a lavagem de dinheiro ou, por exemplo, o que ocorreu na intermediação de venda de títulos públicos estaduais e municipais para pagamento de processos contra o Governo (os chamados precatórios). Houve a “CPI dos Precatórios” no Congresso Nacional, para apurar o desvio de dinheiro, que tiveram destinação não prevista em lei. Outra forma de utilização maciça de “laranjas” ocorre com o crime organizado, que recruta jovens abaixo de 18 anos de idade, que assumem a culpa por homicídios e outros crimes, pois a legislação atual (Estatuto da Criança e do Adolescente) é muito complacente com bandidos mirins, que ficam no máximo 3 anos presos em centros de reclusão. A atual legislação, com a criação dos fundos partidário e eleitoral, favorece a criação de milhares de candidatos laranjas, que recebem um certo valor e embolsam ou devolvem a maior parte do dinheiro liberado, como visto nas eleições de 2018.

Larfiagem - Também conhecido como grinfia ou hervalês, é um código linguístico secreto de Herval d’Oeste, SC, criado nos anos de 1950. Conheça alguns vocábulos da Larfiagem em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/larfiagem-lingua-secreta-criada-em.html.

Lashkar Taibah - “Exército dos Puros”: grupo salafista, tem base no Paquistão, contam com 50.000 homens que atacam xiitas paquistaneses e fazem incursões na Caxemira sob domínio da Índia. Alguns de seus integrantes já combateram na Chechênia, Daguestão, Bósnia, Kosovo e Macedônia.

Lata de lixo da História - Marxismo: é onde os esquerdistas buscam sua eterna inspiração, apesar do genocídio de mais de 100 milhões de pessoas ocorrido no século XX.

Latifúndio - Cerca de 13% do território brasileiro, de 8,5 milhões de km2, pertence a uma minoria, os indígenas. “410.000 índios vivem em 100 milhões de hectares de reservas. É como se a população da cidade paulista de Santos ocupasse sozinha os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, com densidade demográfica pouco maior que a do Deserto do Saara” (“Sem fé, lei ou rei”, revista Veja, 28/04/2004, pg. 49). Com a demarcação de novas Terras Indígenas, muitos outros Estados serão saqueados pelo latifúndio indígena, como ocorreu com Roraima.

Latinobarómetro – Organização sem fins lucrativos, sediado em Santiago, Chile, realiza anualmente uma pesquisa de opinião pública. Veja https://www.latinobarometro.org/lat.jsp.

Lavagem cerebral - Popular durante os “Processos de Moscou”, na década de 1930, “quando comunistas fiéis apareceram confessando os crimes mais inverossímeis que teriam praticado contra o regime (...) Logo ficou claro para todo mundo que a lavagem cerebral era uma aplicação das teorias do neurofisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936), descobridor dos reflexos condicionados produzidos pelo jogo estímulo-resposta” (CARVALHO, 2000: 82-83). Ben Shapiro, advogado, escritor e comentarista político conservador norte-americano escreveu o livro “Lavagem Cerebral – Como as Universidades Doutrinam a Juventude”. Lavagem Cerebral é uma exposição explosiva da agenda esquerdista que atua nas universidades hoje. Este livro prova de uma vez por todas que a assim chamada ‘educação superior’ afunda cada vez mais nas profundezas da loucura progressista, uma vez que professores fanáticos e bitolados transformam seus alunos em socialistas, ateístas, racistas, incendiários e narcisistas ninfomaníacos. ‘Ben Shapiro escreve de maneira inteligente, informativa e incisiva. O autor é mais sábio que sua idade deixa transparecer, sem perder a impetuosidade da juventude’ (Ann Coulter). ‘Em Lavagem Cerebral, Shapiro conta a verdade de que as universidades são fóruns da agenda de doutrinação esquerdista, onde a divergência é desencorajada e penalizada, com mais restrições à liberdade de pensamento que em qualquer outra parte da sociedade. Os pais que estão pagando pelos custos dessa educação talvez queiram tomar nota e ver para onde está indo o dinheiro que conquistaram com tanto esforço’ (Michael Barone). ‘Mente afiada, texto apurado, histórias inacreditáveis mas verdadeiras: Ben Shapiro aponta a lavagem cerebral no campus universitário e levanta um protesto nacional. Este é um ótimo livro tanto para presentear calouros carentes de alerta, como eleitores e docentes que precisam tomar uma atitude’ (Dr. Marvin Olasky).” – Cfr. em https://www.amazon.com.br/Lavagem-Cerebral-Universidades-Doutrinam-Juventude/dp/6599058310. Leia “O Plano de Ben Shapiro para Derrotar a Esquerda” em https://www.youtube.com/watch?v=DPUQRPxfuVg.

Lavagem de dinheiro - A “lavagem” ou legalização do dinheiro obtido de modo ilegal (narcotráfico, tráfico de armas, desvios de dólares para o exterior etc.), através de negócios envolvendo, principalmente no Brasil, o setor bancário, Bolsa de Valores, companhias de seguros, setor imobiliário, jogos e sorteios, autoempréstimo, superfaturamento, subfaturamento, “laranjas” e “fantasmas” (empresas de fachada), agências de turismo etc.

La Violência - “Período de grande turbulência política na história da Colômbia, que teve início em 9 de abril de 1948 com o assassinato de Jorge Eliécer Gaitán, candidato do Partido Liberal às eleições presidenciais daquele ano, para as quais era apontado como franco favorito. (...) O ciclo de violência durou até 1953, com o advento da ditadura militar do general Gustavo Rojas Pinilla. Apesar de 5.000 guerrilheiros terem deposto as armas em processos de anistia, muitos estudiosos acreditam que a origem de movimentos como as FARC e o ELN deita raízes nos eventos ocorridos entre 1948-53” (LEONGÓMEZ, 2006: 34). “O jovem Fidel Castro, então com vinte e poucos anos, era convidado dos liberais. Nos conflitos morreram quarenta mil pessoas. O confronto entre as correntes liberais e conservadoras continuou ao longo do tempo e ficou conhecido como La era de la violência. Foram 4 anos e morreram aproximadamente quatrocentas mil pessoas de lado a lado. Liberais e conservadores matando-se mutuamente, até na zona rural; e com requintes de perversidade” (Coronel Roberto Monteiro de Oliveira, HOE/1964, Tomo 13, pg. 219-220). Veja Bogotazo.

LDD - Liga de Defesa da Democracia: movimento de mulheres de Governador Valadares, MG, contra ações de comunistas pré-1964.

LDJ - Liga de Defesa Judaica: Criada na década de 1970 pelo rabino Meir Kahane, é uma organização internacional de proteção dos judeus, com filiais no Canadá, África do Sul e Grã-Bretanha. Junto com grupos racistas brancos e negros, a LDJ também é acusada de violência, como, p. ex., do assassinato do ex-diretor do Comitê Árabe Antidiscriminação nos Estados Unidos, Alex Odeh, em 1985, na cidade de Santa Ana, Califórnia; e de ter quebrado uma perna do líder suprematista branco (Ku Klux Klan) Hank Pritchard, em junho de 1999.

Lebenswelt - (Alemão) O mundo vivido: o lugar das relações sociais espontâneas, dos vínculos familiares etc.

Legalidade - Governo eleito é governo legítimo. Porém, quando esse governo participa da baderna, como ocorreu com João Goulart, o que exigir dele? Jango se locupletava com sindicatos e políticos, todos de linha socialista. O conceito de “legalidade”, ou seja, a permanência de Jango no poder, era uma exigência dos comunistas para barrar as ações das Forças Armadas contra ele, que, em vez de governar o País a partir de Brasília, preferia fazer comícios no Rio de Janeiro com marinheiros amotinados. A legalidade de qualquer governo tem um limite, que é o respeito às leis vigentes e à Constituição. Se o governo não tiver pulso para acabar com a desordem pública, e, ao contrário, a incentiva, as Forças Armadas têm legitimidade de impor “a lei e a ordem”, como está escrito na Constituição. Isso foi feito através da Contrarrevolução de 1964. Quando se vê as ações ilegais do MST, que levam o terror aos produtores rurais, e o governo nada faz, pelo contrário, ainda incentiva as invasões, concedendo bilhões de reais aos desordeiros - o que fazia FHC e o governo petista - está mais do que claro que o presidente do Congresso ou do Supremo deveriam ter pedido a intervenção das Forças Armadas para impor “a lei e a ordem” constitucional no campo. Como dizem os micos adestrados de João Pedro Stédile, “O MST é o braço armado do PT”. Se nenhuma das autoridades dos três poderes pede interferência das Forças Armadas para brecar o banditismo dos cangaceiros do MST, quem irá tomar a iniciativa?

Lega Nord - Liga Norte: coalizão de grupos separatistas da Itália, que pretendem a Independência da Padânia, localizada ao Norte do Rio Pó, onde se encontram 6 das 20 regiões do país: Calle d’Aosta, Piemonte, Lombardia, Trentino-Alto Adige, Friuli-Venezia-Giulia e Vêneto. O novo país teria 20 dos 58 milhões de italianos e metade do PIB da Itália, de US$ 1,8 trilhão.

Legião Condor - Tropas de Hitler apoiaram o General Franco durante a Guerra Civil Espanhola, contra “republicanos” e comunistas (1937-1939). Os nazistas forneceram um total de 10.000 homens, incluindo 5.000 da Legião do Condor, uma unidade experimental de tanques e aviões, que tiveram uma baixa de 300 homens. No dia 26/04/1936, 43 aviões da Legião Condor bombardearam a cidade basca de Guernica, matando cerca de 1.000 pessoas e destruindo 70% dos edifícios. Os nazistas forneceram também instrutores ao exército e pilotos, 600 aviões e metralhadoras antiaéreas de 88 mm. A contribuição italiana, de Mussolini, foi maior: 30 a 50 mil homens de uma vez (dos quais 4.000 foram mortos), 150 tanques, 660 aviões, 800 peças de artilharia e outras armas. Afirmavam ter derrubado 903 aviões e afundado 72.000 toneladas de navios republicanos. Os nacionalistas também tiveram a ajuda de vários milhares de portugueses, 600 irlandeses, sob o comando do general O’Duffy, e alguns franceses, russos brancos, britânicos, americanos e latino-americanos, além de 75.000 soldados marroquinos classificados de “voluntários”.

Legião Estrangeira Francesa - Tropa de elite da França, foi criada no século XIX, que tinha por função defender as colônias francesas. O processo seletivo era feito na França e os candidatos precisavam ser solteiros do sexo masculino, ter entre 17 e 40 anos e passaporte válido. O vencimento inicial era de 1.000 euros. Havia muitos brasileiros engajados na Legião, principalmente oriundos do Norte e do Nordeste, em que se destacacam militares da reserva não remunerada. A legendária Legião tinha também fama de ser uma organização de mercenários. O recrutamento de voluntários podia ser feito por meio da Internet: www.legion-recrute.com.

Lei da Anistia - Lei 6.683/79: cobre o período de 02/09/1961 (após renúncia do Presidente Jânio Quadros) a 15/08/1979, data da Lei da Anistia.

Lei da Praia - Trata-se de militares das Forças Armadas que estavam de prontidão no Rio de Janeiro, para entrar em combate na Europa, na II Guerra Mundial, o que acabou não ocorrendo, mas que tiveram o benefício de duas promoções, como ocorreu com os combatentes na Itália. Daí a jocosa “Lei da Praia”, uma alusão às famosas praias do Rio.

Lei das Oito Urnas - Trata-se de uma disputa política sobre direitos dos negros iniciada pelos Federalistas (Democratas) de John Adams (pró escravidão) e pelos Republicanos de Thomas Jefferson (contra a escravidão). “Como os afro-americanos eram esmagadoramente republicanos, a revogação de seu direito de voto deveria restaurar o predomínio do Partido Democrata. A meta, como disse um senador da Carolina do Norte, era redigir uma ‘lei sólida e honesta que produza sempre uma boa maioria democrata’. A Carolina do Sul, cuja população era majoritariamente negra, foi uma pioneira na restrição ao voto. A ‘Lei das Oito Urnas’, de 1882, criava um método de votação complexo, que tornava quase impossível a um analfabeto exercer o direito, e, como a maioria dos residentes negros do estado era iletrada, sua participação caiu vertiginosamente. (...) A participação negra, que tinha alcançado 96% em 1876, caiu para apenas 11% em 1898. A revogação do direito de voto dos negros ‘arruinou o Partido Republicano, deixando-o fora da Câmara dos Representantes por quase um século’” (LEVITSKY, 2018: 93). “A história se repetiu no Arkansas, na Flórida, na Geórgia, na Louisiana, no Mississippi, na Carolina do Norte, no Texas e na Virgínia. As medidas de ‘reforma’ mataram efetivamente a democracia no Sul dos Estados Unidos. Mesmo que os afro-americanos constituíssem a maioria ou a quase maioria da população em muitos estados, e mesmo que o sufrágio negro estivesse então consagrado na Constituição, medidas ‘legais’ e de aparência neutra foram empregadas para ‘garantir que o eleitorado sulista... fosse quase inteiramente branco’” (idem, pg. 94). Veja KKK.

Lei de Ajuste Cubano - Desde 1966, confere asilo automático a exilados cubanos, o que não ocorre com os demais latino-americanos.

Lei de Gresham - A Lei de Gresham das finanças afirma que a má moeda expulsa a boa. Atribuída ao banqueiro inglês Sir Thomas Gresham (1517-79), mas não foi ele quem desenvolveu essa lei. Ela foi formulada originalmente pelo físico e astrônomo Copérnico, num relatório escrito em 1526, a pedido do rei Sigismundo, da Prússia. A conclusão de Copérnico é que quando há duas moedas nacionais de teor semelhante no mesmo meio circulante, a moeda má expulsa a moeda boa, no sentido de que as pessoas tendem a retirar de circulação as peças monetárias de ouro para fundi-las em barras e negociá-las, no estrangeiro, por sua cotação internacional. Com isso, o meio circulante, ao invés de fortalecer-se, deteriora-se” - Cfr. https://enfin.com.br/termo/lei-de-gresham-no8r31pi.

Lei de Homestead - Nos EUA, a lei de 1862 concedeu lotes de 64,7 hectares a imigrantes, ex-escravos e sem-terra - embrião da agricultura familiar.

Lei de Lynch - Atribuída ao agricultor e juiz de paz da Virgínia, EUA, de nome Charles Lynch, que reunia vizinhos para “fazer justiça com as próprias mãos”. Daí nasceu o vocábulo “linchar”.

Lei de periculosidade pré-delitiva - No início da Revolução Cubana, foi criado um campo de trabalhos forçados e tortura em Guanahacabibes, para a “reabilitação” dos jovens cabeludos ouvintes de rock and roll, religiosos “incorrigíveis”, homossexuais (também apelidados de “elementos antissociais”), transviados, delinquentes e párias (termo preferido de Che). Ironia do destino: Che Guevara teve um neto guitarrista de heavy metal, Canek Sánchez Guevara. Canek fugiu de Cuba e disse à revista Proceso: “Em Cuba, liberdade não existe. O regime exige submissão e obediência... o regime persegue hippies, homossexuais, livre-pensadores e poetas... Eles estão em constante vigilância, controle e repressão” (FONTOVA, 2009: 63).

Lei de Sedição – Aprovada em 1798 pelos federalistas (pró-escravidão), sendo presidente John Adams, em tese essa lei americana criminalizaria afirmações falsas contra o governo, mas na prática criminalizava críticas ao governo, o qual promovia ataques especialmente contra jornais, revistas e críticos Republicanos. Essa Lei expirou junto com o mandato de Adams e seu substituto, Thomas Jefferson, concedeu o perdão a todos os que haviam sido condenados pela Lei de Sedição. Com a entrada dos EUA na I Guerra Mundial, em 1917, o governo passou a processar os que se opunham à Guerra ou ao serviço militar obrigatório, além de proibir discursos de sedição e expressões de opinião que fossem “desleais, profanas, obscenas e ofensivas” ao uniforme, à bandeira e à forma de governo americano. Sob essa lei, muitos americanos foram processados por criticar a Cruz Vermelha, a Associação Cristã de Moços e até o orçamento da União.

Lei de Turing - Somente no ano de 1967, as leis do Reino Unido deixaram de considerar a homossexualidade crime. Entretanto, somente em 2017 uma lei cancelou a condenação de todos aqueles homens que foram injustamente perseguidos antes do fim da legislação homofóbica. Cerca de 15 mil dos 65 mil condenados naquele tempo ainda estão vivos. A lei foi batizada com o nome da mais famosa vítima da homofobia institucionalizada na Inglaterra” (“17 fatos e curiosidades sobre a vida de Alan Turing”, Revista Galileu, de 07/06/2018 - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/17-fatos-e-curiosidades-sobre-vida-do.html. Veja Colossus e Enigma.

Lei de Vaud - Lei de “purificação étnica”, do cantão suíço de Vaud, criada em 1928 e abolida somente em 1977. Hitler, quando começou a elaborar sua legislação racial, pediu ao governo suíço uma cópia da Lei de Vaud.

Lei do Boi - Trata-se da antiga Lei no. 5.465, que reservava aos filhos de fazendeiros 50% das vagas nos cursos de ensino médio agrícola e escolas superiores de agricultura e veterinária. Era a “cota do boi”, uma prévia da atual “cota racista” para ingresso de negros e pardos nas faculdades.

Lei Gayssot - A lei francesa tem o nome de um deputado comunista, que “viu os crimes contra a humanidade com um olho só” (REVEL, 2001: 77). A lei prevê sanções contra as mentiras (revisionismo) nazistas, não para as mentiras dos pró-comunistas, que formam legiões na França e no mundo todo. No Brasil, temos uma lei incompleta, que criminaliza os símbolos nazistas, mas não os comunistas.

Lei Helms-Burton - Lei norte-americana redigida pelo Senador Jesse Helms e pelo Deputado Dan Burton, ambos republicanos, assinada por Bill Clinton em 12/03/1996, entrou em vigor em 01/08/1996. Prevê, entre outras coisas, sanções a países e empresas que possuam ou se beneficiem de propriedades de cidadãos americanos confiscadas pelo regime de Fidel Castro depois da Revolução Cubana (1959). Segundo a Casa Branca, foram 5.911 as propriedades americanas nacionalizadas em Cuba.

Lei inexorável - Representada pela teoria de Mao Tsé-Tung, que prevê “o cerco das cidades pelas áreas rurais. Essa tese neomarxista data verdadeiramente do Sexto Congresso do Komintern, em 1928. Foi então enfatizado o papel importante que as colônias ou ‘semicolônias’ - isto é, o que chamamos hoje o ‘mundo subdesenvolvido’ ou as ‘áreas rurais’ - deveriam desempenhar na luta contra o imperialismo” (PENNA, 1967: 66). Qualquer semelhança com o MST da atualidade não é mera coincidência.

Lei Patriótica – Lei antiterrorista assinada em 26/10/2001 pelo presidente dos EUA George W. Bush, depois dos ataques de 11/09/2001 contra as Torres Gêmeas (Nova York) e o Pentágono (Washington). A Lei restringiu liberdades civis e foi denunciada por legalizar a tortura.

Lei Pés Secos “Permite a um cubano que pise o solo norte-americano obter automaticamente o estatuto de residente” (CUMERLATO, 2001: 262). Se for capturado pela Guarda Costeira no mar, o pobre diabo é recambiado a Cuba.

Lei Seca - Lei Volstead, implantada em janeiro de 1920, nos EUA, mesmo mês em que Mitchell Palmer atacou os anarquistas/trotskystas estrangeiros. Esses dois acontecimentos, com suas implicações repressivas, eram parte da tentativa de “americanizar” a América: os reformistas proclamavam abertamente que ela era dirigida principalmente aos “notórios hábitos de beber dos trabalhadores imigrantes”. A “americanização” não era nada mais do que um recrudescimento do Know-Nothingism dos anos de 1850, uma forma de fundamentalismo protestante do qual foram manifestações a Lei de 1924, a “caça às bruxas feita pelo Secretário de Justiça ‘quaker’, Mitchell Palmer, a perseguição aos judeus, inspirada no czarismo, feita pelo fabricante de automóveis batista Ford, os malévolos cerimoniais ridículos da Ku Klux Klan, os resmungos raciais do Sr. Madeson Grant, ao lado de inocentes manifestações de patriotismo caseiro, como os romances da Sra. Gertrude Atherton e o ‘Saturday Evening Post’” (Horace Kellen, Culture and Democracy in the United States, NY, 1924). “A Lei Seca ilustrou a lei dos resultados não premeditados. Longe de forçar as minorias estrangeiras à conformidade anglo-saxônica, permitiu que se consolidassem. Em Nova Iorque, a fabricação ilícita e o contrabando de bebidas alcoólicas pertenciam metade aos judeus, um quarto aos italianos, um oitavo aos poloneses e outro oitavo aos irlandeses. Em Chicago, metade era dos italianos, metade dos irlandeses. Os italianos eram especialmente eficientes na distribuição de bebidas alcoólicas de uma maneira mais barata e ordenada; tiveram a sua experiência organizacional das sociedades secretas napolitanas, sardenhas e sicilianas, e também do ‘elitismo de vanguarda’ do sindicalismo revolucionário. A Lei Seca ofereceu oportunidades incomparáveis para a subversão da sociedade, especialmente em Chicago, na época da prefeitura corrupta de ‘Gib Bill’ Thompson. John Torrio, que comandava o contrabando e a fabricação em larga escala de bebidas alcoólicas em Chicago, em 1920-24, e que voltou para a Itália em 1925 com uma fortuna de 30 milhões de dólares, praticava o princípio do controle total: todos os funcionários públicos eram subornados, nos vários níveis, e todas as eleições eram fraudulentas” (JOHNSON, 1994: 173). O sucessor de John Torrio foi Al Capone. A Lei Seca terminou com a 21ª. Emenda, ratificada em dezembro de 1933.

Lei Suplicy - Aprovada no Congresso Nacional, extinguiu a UNE e as Uniões Estaduais de Estudantes, em 27/10/1964.

Lenda Negra - O mesmo que Legenda Negra, expressão cunhada pelo escritor espanhol Julián Juderías, em 1914. Movimento de diabolização dos conquistadores da América, centra seus ataques principalmente contra a Igreja Católica na América Latina. A Lenda Negra promove o retorno ao pelagianismo e ao paganismo religioso indígena e africano. Personagens influentes do movimento: Frei Beto, diretor da revista America Libre, órgão oficial do Foro de São Paulo (FSP), e Leonardo Boff. Este último empenha-se na implantação de “um cristianismo indo-afro-americano inculturado nos povos, nas peles, nas danças, nos sofrimentos, nas alegrias e nas línguas de nossos povos, como resposta a Deus” (na carta em que renuncia ao sacerdócio, em 29/06/1992). Ou seja, é a pregação do fim da Civilização Ocidental cristã, com a volta do ser humano a seu estado primitivo (canibalismo, magia negra, sacrifício de seres humanos etc.).

Lenda Negra contra Pio XII - Periodicamente, a mídia volta a insistir na mentira do milênio passado, de que o Papa Pio XII foi omisso e insensível frente ao massacre nazista promovido contra os judeus. Há vários livros que tentam difundir essa mentira, como O Papa de Hitler, do embusteiro John Cornwell, um best-seller de anos atrás. Livros sérios, que desmentem a calúnia contra Pio XII, como The Myth of the Hitler Pope, do rabino David Dalin, e The Defamation of Pius XII, do filósofo Ralph McInnerny, continuam inacessíveis ao público em geral e nunca foram mencionados pela mídia ideologicamente comprometida com o anticlericalismo. Também nada se diz sobre o livro A Santa Sé e a questão judaica (1933-1945), de Alessandro Duce, professor extraordinário de História das Relações Internacionais nas Faculdades de Ciências Políticas e de Jurisprudência da Universidade de Parma. Atualmente, com o andamento do processo de beatificação de Pio XII, muitas vozes, inclusive judaicas, continuam a propalar a mentira. O Papa Bento XVI, com a força moral e intelectual de que estava investido, reagiu à altura contra as calúnias, refutando didática e enfaticamente as falsas acusações que pesam contra Pio XII. Por isso, para reconduzir a verdade para o lugar que ela merece, acesse http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/lenda-negra-contra-pio-xii-por-zenitorg.html.

Leoneira - Solitária ambulante, feita de seis lados de grades de ferro, onde o preso não pode se deitar, nem ficar de pé. Tipo de tortura adotada em Cuba durante a ditadura de Fidel Castro, onde os presos são largados no teto do presídio, alternando altas temperaturas do sol durante o dia com baixa temperatura à noite. O escritor Pedro Juan Gutiérrez, autor de Trilogia suja de Havana, esteve preso em tal jaula.

Le Penista, movimento - Relativo a Le Pen, líder xenófobo francês, especialmente contra árabes, que diz em público o que outros políticos franceses só dizem em off.

Levante Popular da Juventude (LPJ) - Composto por “hienas do Kremlin”, adestradas por Tarso Genro, o qual tem acompanhado fisicamente os “escrachos” ou “esculachos” de jovens fanáticos, tanto contra militares da reserva em 30/03/2012, em frente ao Clube Militar do Rio de Janeiro, quanto no Acampamento Nacional em Santa Cruz do Sul, RS, em maio do mesmo ano. O ídolo dos fanáticos é Carlos Marighella, o ideólogo do terror. O “escracho” que dizem realizar - com pichações de casas onde habitariam “ex-torturadores”, para humilhá-los perante a sociedade - nasceu na Argentina, onde há tropas kirchneristas desde quando o marido da atual viúva alegre, Christina, era presidente. Essas tropas de choque lembram a SA (Sturmabteilung) de Hitler, os Jovens Fasci de Combate ou balillas de Mussolini, os guardas vermelhos de Mao, os CDRs cubanos, os GAP de Salvador Allende e as milícias bolivarianas de Hugo Chávez. Sua referência é o MST, com o qual os fanáticos pretendem criar um “exército popular de libertação”. O Levante nasceu no RS em 2007 e em 2012 já estava organizado em 17 Estados. Em 21/12/2012, o LPJ recebeu menção honrosa das mãos da presidente Dilma Rousseff, na 18ª. edição Prêmio Direitos Humanos.

Leviatã - Livro famoso de Thomas Hobbes, publicado em 1651, faz alusão ao monstro bíblico. Para Hobbes, o Estado é soberano, com poderes ilimitados para organizar a sociedade. Para Hobbes, sem Estado, não há civilização, não há cidadania, não há paz. No capítulo 13, há a mais famosa citação da obra: "Tudo, portanto, que advém de um tempo de guerra, onde cada homem é inimigo de outro homem, igualmente advém do tempo em que os homens vivem sem outra segurança além do que sua própria força e sua própria astúcia conseguem provê-los. Em tal condição, não há lugar para a indústria; porque seu fruto é incerto; e, consequentemente, nenhuma cultura da terra; nenhuma navegação, nem uso algum das mercadorias que podem ser importadas através do mar; nenhuma construção confortável; nada de instrumentos para mover e remover coisas que requerem muita força; nenhum conhecimento da face da terra; nenhuma estimativa de tempo; nada de artes; nada de letras; nenhuma sociedade; e o que é o pior de tudo, medo contínuo e perigo de morte violenta; e a vida do homem, solitária, pobre, sórdida, brutal e curta" - Cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Leviat%C3%A3_(livro).  Os inimigos de Thomas Hobbes o chamavam de “Besta de Malmesbury”, e seu livro Leviatã foi proibido durante certo tempo, depois do ano de 1666 (o número “666”, da “besta”). Hobbes teve influência na obra de Machado de Assis - Cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/a-filosofia-de-thomas-hobbes-na-obra-de.html. “De todas as atividades humanas coletivas, a mais difícil de organizar é a violência. Dizer que uma ordem social é mantida por força militar imediatamente levanta a pergunta: o que mantém a ordem militar? É impossível organizar um exército unicamente por meio da coerção. Pelo menos alguns dos comandantes e soldados precisam acreditar realmente em alguma coisa, seja Deus, honra, pátria, coragem ou dinheiro” (HARARI, 2018: 156-157 – “Sapiens”). Veja Contrato social e Religião Civil.

Libelos de sangue – Alegações antissemitas, que promovem acusações infundadas contra judeus, que assassinariam crianças cristãs para usar o sangue em rituais religiosos. “Em 29 de agosto de 1255, o corpo de um menino inglês de nove anos de idade chamado Hugh foi encontrado num poço, na cidade de Lincoln. Mesmo sem Facebook nem Twitter, rapidamente espalhou-se o boato de que Hugh tinha sido vítima de um assassinato ritual realizado pelos judeus locais. (...) Dezenove judeus foram julgados e executados pelo suposto assassinato. Libelos de sangue semelhantes tornaram-se populares em outras cidades inglesas, levando a uma série de pogroms nos quais comunidades inteiras foram massacradas. Posteriormente, em 1290, toda a população judaica da Inglaterra foi expulsa do país” (HARARI, 2018: 292 - “21 lições para o século 21”).

Libélulas da USP - Trocadilho de Libelu (Tendência Liberdade e Luta), grupo estudantil-lambertista, que atuava na USP (Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional - Trotskista). Antônio Palocci foi um de seus integrantes, assim como o jornalista e escritor Reinaldo Azevedo. A USP foi fundada em 1934, no governo Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni, numa das matrizes de difusão do marxismo. As “libélulas da USP” formam, pois, a intelectualidade marxista existente principalmente na Faculdade de Filosofia e Letras da USP, onde há o maior número de PhD em linguística de pau por metro quadrado no país: Emir Simão Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder, Paul Singer etc. Além dessas “libélulas” ainda atuantes na USP, podemos citar FHC, que alçou voo extramuros, tornou-se presidente e pediu para que todos esquecessem o que escreveu quando era filiado à Ordem dos Odonatos. Segundo Reinaldo Azevedo, a USP é “uma universidade relevante na área técnica e de pesquisa aplicada e um solene entulho na área das ciências humanas” (in “Os três tolos”, 24/06/2007 - http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/os-tres-tolos/). Aprecie um “bate-asas” da “libélula” Marilena “eu odeio a classe média” Chauí, que ostenta orgulhosamente o título de filósofa: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiães da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24/05/2001). “Seu ideal (da intelectualidade moderna) é reduzir a consciência do historiador à condição do sapo da fábula, habitante de um poço, que, indagado sobre o que era o céu, responde: ‘É um buraquinho no teto da minha casa’” (CARVALHO, 2000: 191). Veja MIR e POC.

Liberal - Na concepção socialista de pau, a palavra teve seu significado invertido, pois se associa à ideologia das esquerdas dos EUA (partido democrata) e da Grã-Bretanha (partido trabalhista). O liberalismo clássico é contra o estatismo da economia de um país e prega o livre mercado, o mérito individual, o empreendedorismo, a liberdade religiosa e a liberdade de expressão, e está ligado a nomes como Adam Smith, Friedrich Hayek, Ludwig von Mises, e no Brasil, a Roberto Campos, José Osvaldo de Meira Penna, Maílson da Nóbrega. “Os livres mercados são o melhor do sistema econômico, não porque Adam Smith disse isso, mas porque esses são as leis imutáveis da natureza” (HARARI, 2018: 158 – “Sapiens”). “Liberalismo é uma visão de mundo, uma espécie de religião, uma fé. É uma fé na dignidade e bondade naturais do homem, no seu grandioso destino, na sua capacidade de crescer por seus poderes e razão natural e liberdade, uma fé na vitória da justiça e da verdade. Sem liberdade não há verdade. Sem verdade não pode haver triunfo da justiça, não pode haver progresso e consequentemente não pode haver desenvolvimento, cujos estágios posteriores são sempre mais desejáveis que os precedentes. O que a luz do sol e o oxigênio significam para a vida orgânica, razão e liberdade significam para o desenvolvimento intelectual. Nenhum indivíduo, classe, nação, ou raça deve ser considerado simples meio para a consecução dos fins de outro indivíduo, classe, nação ou raça” (Herkner, apud MISES, 1987: 85). Cada residência inglesa com TV a cores paga anualmente 145,50 libras ao governo para financiar a BBC.

Liberdade econômica - Observando os 10 fatores que integram a análise do Index of Economic Freedom anual da Heritage Foundation/Wall Street, de 2003, que mede o nível de liberdade econômica em 161 países, chega-se à triste conclusão que no Brasil há severas restrições ao livre empreendedorismo, principalmente se analisarmos fatores como “direito de propriedade” (que o MST quer acabar), “carga fiscal do governo” (entre as mais altas do mundo) e “mercado informal” (devido, principalmente, à pesada burocracia governamental, muito mais do que corrupção, como se apregoa):

1 – Política comercial

2 – Carga fiscal do governo

3 – Intervenção do governo na economia

4 – Política monetária

5 – Bancos e financiamentos

6 – Fluxo de capital e investimentos estrangeiros

7 – Salários e preços

8 – Direito de propriedade

9 – Regulação

10 – Mercado informal.

“Dos 161 países avaliados no ‘2003 Index of Economic Freedom’, 108 receberam uma avaliação ruim tanto em regulação como em direitos de propriedade, minando qualquer esforço para melhorar o nível de vida dos mais pobres naqueles países” (Ana Isabel Eiras, in “Ética, corrupção e liberdade econômica”, da Revista Banco de Ideias Mar/Abr/Mai 2004, do Instituto Liberal, pg. 24). Quanto aos fatores listados pelo Index, faltou acrescentar a “11ª praga”, o problema da pirataria, principalmente na área de informática, que coloca o Brasil em 2º lugar no mundo, atrás apenas da China. Se o Brasil fosse “formalizado”, o PIB seria 30% superior. O “Camelistão” (a terra dos camelôs), que reúne cerca de 1,8 bilhão de trabalhadores informais em todo o mundo, é uma potência econômica de 10 trilhões de dólares - mais de 6 vezes o PIB brasileiro de 2019, de R$ 7,3 trilhões.

Libreta - Cartão de racionamento em Cuba, que permite comprar alimentação e outros itens essenciais a preços subsidiados. O salário médio do cubano só permite comprar alimentação com o cartão para 12 dias. Em 1959, o PIB cubano era o dobro do da Espanha. Leia “Cubano por trinta dias” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/cubano-por-30-dias-por-patrick-symmes.html.

Libro Blanco - Libro Blanco del Cambio de Gobierno en Chile, de 11 de setembro de 1973, impresso e editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile. O livro documenta toda a prática revolucionária ocorrida no Chile, sob o governo de Salvador Allende (1970-1973), que preparava um autogolpe para implantar o socialismo no país, já que havia conquistado apenas 36,5% dos votos e não detinha controle sobre o Congresso, a Justiça e as Forças Armadas;

- documenta a estreita ligação de Allende com o regime de Fidel Castro, as escolas de guerrilhas no país (há uma foto em que Allende faz treinamento de tiro com uma metralhadora .30 em sua residência oficial de El Cañaveral - um centro de guerrilha -, escudado por um “conselheiro” ou guerrilheiro cubano);

- documenta a política de “expropriação” de fazendas e indústrias (no final do governo Allende, 80% da economia do país estava nas mãos do Estado);

- documenta a ligação de Allende com a UP, o MIR, o MAPU, o Partido Comunista e o Partido Socialista, libertando, logo que assumiu a Presidência, líderes do MIR: Luciano Cruz, Miguel e Edgardo Enriquez, Bautista Van Schouwen, Humberto Sotomayor, Sergio Zorrilla, Joel Marambio e Andrés Pascal Allende (sobrinho do ex-presidente Allende, filho de sua irmã e ex-Deputada socialista, Laura Allende), que haviam sido presos por atos de violência e delitos comuns (principalmente roubos a bancos), cometidos no governo anterior;

- documenta que os responsáveis pelas escolas de guerrilhas de Guayacán (Santiago) e Chaihuín (Valdivia), presos no governo anterior, foram soltos, e que um dos guerrilheiros, Adrián Vasquez, ocupou de imediato a vice-presidência do INDAP (Instituto de Desarrollo Agropecuario) e outro, Rolando Calderón, chegou a ser Ministro da Agricultura de Allende em 1972 e ocupou importantes cargos em seu Partido e na CUT (Central Única de Trabajadores);

- documenta que uma das filhas de um sobrinho de Allende, líder do MIR, casou-se com graduado membro da embaixada cubana, Luís de Ona, que era responsável pelo Escritório de Havana para a coordenação da expedição de Che Guevara à Bolívia;

- documenta que no período de 01/11/1970 a 05/04/1972, 1.767 fazendas foram “expropriadas” por bandos armados do MIR;

- documenta que as principais minas de cobre foram controladas pelo Partido Comunista (Mina de Chuquicamata, na Província de Antofagasta - maior mina de cobre a céu aberto do mundo; e a Mina El Teniente, na Província de O’Higgins - a maior mina de cobre subterrânea do mundo);

- documenta que após o contragolpe de Pinochet foram encontradas vultosas somas de dinheiro com ministros de Allende, e que entre 1970 e 1973 o Chile se tornou o principal fornecedor de cocaína da América do Sul;

- documenta que antes do contragolpe de 1973 aproximadamente 100 pessoas perderam a vida durante o governo Allende em seu nada pacífico “caminho chileno para o socialismo”;

- documenta que no início do Governo Allende 1 dólar equivalia a 20 escudos e que em agosto de 1973, 1 dólar equivalia a 2.500 escudos - uma inflação de mais ou menos 12.000% no período; em 1972, a economia chilena estava em ruínas, dos 3.000 produtos domésticos básicos, mais de 2.500 não estavam disponíveis; em janeiro de 1973 começou um racionamento, as filas eram tão grandes que impediam o povo a ir ao trabalho; em 7/9/1973 (4 dias antes do contragolpe militar), Allende anunciou publicamente que havia farinha para pão somente para mais 3 dias;

- documenta o ingresso de estrangeiros extremistas no país, calculado entre 10.000 e 15.000, muitos dos quais ocuparam cargos em empresas estatais, outros engajaram-se em diversos tipos de atividades revolucionárias, sob a proteção do serviço de investigação estatal; muitos destes foram mortos em ações de roubos ou se mataram com seus próprios explosivos; entre estes, havia asilados ou refugiados vindos do Brasil, Uruguai, Argentina, Peru, São Domingos, Nicarágua, Honduras etc.; “estudantes” ou “técnicos” vindos de empresas estatizadas da URSS, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental; e “diplomatas” cubanos e norte-coreanos; documenta o contrabando de armamento, adquirido em “viagens internacionais” do presidente Allende, principalmente com a ajuda da empresa aérea estatal Lan, sem fiscalização da aduana no retorno ao país;

- documenta os comandos comunales, agrupamento territorial de organismos revolucionários, e os cordones industriales, redes de trabalhadores de indústrias usurpadas ou estatizadas por Allende, também com base territorial para a violência política; documenta que em agosto de 1973, 1 mês antes do contragolpe de Pinochet, Fidel Castro mandou ao Chile dois de seus maiores “especialistas” em organização de violência política: o 1º ministro-substituto, Carlos Rafael Rodriguez, e o chefe da temida polícia secreta, Manuel Piñero, o “Barbarroxa”, com a seguinte carta (tradução do capitão José Acácio Santos da Rocha, ex-auxiliar do adido do Exército Brasileiro no Chile):

“Havana, 29 de julho de 1973

Querido SalvadorCom o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países não-alinhados, Carlos e Piñero realizam uma viagem para aí. O objetivo real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te, como sempre, nossa disposição de cooperar frente às dificuldades e perigos que obstaculizam e ameaçam o processo. A estada deles será muito breve, porquanto têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrificar seus trabalhos, decidimos que fizessem a viagem.

Vejo que estão, agora, na delicada questão do diálogo com a D. C. [Democracia Cristã] em meio aos graves acontecimentos, como o brutal assassinato de seu ajudante-de-ordens naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino a grande tensão existente devido a isso e teus desejos de ganhar tempo, melhorar a correlação de forças para o caso de que comece a luta e, se possível, achar um caminho que permita seguir adiante o processo revolucionário sem guerra civil, junto com salvar tua responsabilidade histórica por aquilo que possa ocorrer.

Estes são propósitos louváveis.

Mas, no caso da oposição, cujas reais intenções não estamos em condições de avaliar daqui, empenhar-se em uma política pérfida e irresponsável exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças, por um segundo, da formidável força da classe trabalhadora chilena e do forte respaldo que te ofereceram em todos os momentos difíceis; ela pode, a teu chamado, ante a Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter a adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se for preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber de que dispões do necessário para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem inclinar a balança na Capital a teu favor, inclusive, quando outras circunstâncias sejam desfavoráveis.

Tua decisão de defender o processo com firmeza e com honra, mesmo com o preço da própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta hora histórica de tua pátria e, sobretudo, teu comando firme, decidido e heroicamente exercido, constituem a chave da situação.

Faz Carlos e Manuel saberem em que podem cooperar teus leais amigos cubanos.

Te reitero o carinho e a ilimitada confiança de nosso povo.

Fraternalmente,

Fidel Castro”

O Libro Blanco documenta ainda o “Plano Z” para a tomada do poder, onde constavam três hipóteses de ação revolucionária (Z-A: início do autogolpe para impor a ditadura do proletariado; Z-B: morte de Allende em atentado; e Z-C: invasão externa com tolerância ou cumplicidade das Forças Armadas); o emprego de forças populares, princípios básicos para desencadear o plano: assassinato do Alto Comando das unidades das Forças Armadas (no dia da Independência do país, haveria um banquete oferecido ao Alto Comando, ocasião em que os chefes militares seriam assassinados pelo GAP - a guarda pretoriana de Allende), controle das unidades militares com auxílio de oficiais esquerdistas infiltrados, controle das estações de telecomunicações, de rodovias, ferrovias e aeronaves com destino aos aeroportos de Santiago, Valparaíso, Concepción e Antofagasta, ocupação e defesa de centros estratégicos, além da busca, prisão e aniquilamento de todos os focos de resistência;

- documenta que Cuba foi o principal fornecedor de armamento a Allende, que o “presente” de Fidel Castro encontrado no apartamento do Diretor do Serviço de Investigação, Eduardo “Coco” Paredes, superava uma tonelada de armamento sofisticado e munição; além do contrabando, o arsenal era aumentado com roubo de armamento do Exército e outras fontes, e guardados em local oficial “seguro”, como as residências oficiais do Presidente ou distribuídas a grupos paramilitares;

- documenta a enorme quantidade de armamento apreendida na residência oficial de El Cañaveral e no Palácio de La Moneda, a saber: 147 fuzis semi-automáticos, 10 carabinas semi-automáticas, 10 carabinas Mauser, 1 carabina Winchester, 54 pistolas automáticas, 13 rifles, 28 pistolas semi-automáticas, 11 revólveres, 2 pistolas para disparo de bombas de gás lacrimogêneo, 3 metralhadoras, 9 lançadores de foguetes (modelo soviético), 2 canhões sem recuo, 1 morteiro, 58 baionetas para fuzis, 58 granadas de mão, 625 bombas caseiras, 832 bombas com alto poder explosivo, 68 lança-granadas, 236 minas antitanque, 432 bombas de gás lacrimogêneo, 12 lança-gás paralisante (tipo spray), 25.000 detonadores elétricos, 1.500 detonadores a mecha, 22.000 metros de estopim, 3.600 m de cordão detonante, 625 kg de cloreto de potássio, 50 caixas de dinamite, 250 kg de TNT, 750 coquetéis molotov, 230 litros de éter sulfúrico (elemento incendiário), mais de 80.000 carregadores de todos os tipos, e outros tipos de equipamentos. Rendido no palácio de La Moneda, Allende concordou em sair com as filhas, porém elas saíram primeiro, ocasião em que Allende teria se suicidado com um tiro debaixo do queixo com uma metralhadora presenteada por seu amigo Fidel Castro; tal fato teria sido presenciado por seu médico particular, Patricio Guijon Klein. Sem o apoio da massa de trabalhadores, paramilitares estrangeiros extremistas organizaram sua própria revolta contra o novo governo militar; depois de alguns meses, 1.261 pessoas perderam a vida (sendo 82 membros das Forças Armadas). Apesar do apoio cubano - confirmado por Fidel Castro mais tarde em um comício-show -, a esquerda foi severamente derrotada, já que não teve apoio popular. Dado que 2.279 pessoas (incluindo 254 vítimas do terrorismo de esquerda) devam ter sido mortas em todo o período de 17 anos de regime militar, a metade dessas mortes ocorreram na curta guerra civil após a queda de Allende, não na subsequente “repressão”. Leia o texto de Robin Harris, A Tale of Two Chileans: Pinochet and Allende (https://sites.middlebury.edu/modernlatinamericaspring2012/files/2010/02/harris.pdf), que discorre sobre o conteúdo do Libro Blanco. Em 2011, o corpo de Allende foi exumado e não se chegou a uma conclusão, se teria se suicidado ou se foi executado. O espião cubano Juan Vivés, pseudônimo de Andrés Alfaya, no livro El Magnífico - 20 ans au service secret de Castro, afirma que Allende foi morto por guarda-costas cubanos, por ordem de Fidel Castro, por julgá-lo fraco e querer se refugiar na embaixada da Suécia - cfr. http://professoreacionario.blogspot.com/2011/03/livro-de-espiao-cubanp-mostra-padres-da.html Com esse embuste, Fidel conseguiu criar mais um mito esquerdista, um “mártir” da causa comunista.

Liga Espartaquista - Tentativa de golpe de estado em Berlim, em 1919, para instalação da “ditadura do proletariado” (governo comunista). Os líderes Rosa Luxemburg e Karl Liebknecht foram mortos.

Ligas Camponesas - As origens da organização dos camponeses datam da década de 1940, no trabalho do PCB, que estabeleceu as Ligas Camponesas. Essa atividade ressurgiu na década de 1950, em Galileia, com a criação da Sociedade Agricultural de Plantadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida por um ex-membro do PCB, José dos Prazeres, e depois com a formação de sociedades de direito civis e legais, que rapidamente se espalharam por todo o Nordeste, passando a uma rede de Ligas Camponesas - como eram chamadas pelos proprietários de terras, devido à sua origem da década de 1940. Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação, especialmente, em Pernambuco, do então Governador Miguel Arraes, onde as Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. Julião era advogado, casado com a militante comunista Alexina Crespo. Desde 1961, se aproximou das concepções revolucionárias cubanas. No encerramento do Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores do Campo, realizado em Belo Horizonte, em novembro de 1961, o líder das Ligas Camponesas, deputado Francisco Julião, falou: “A reforma agrária será feita na lei ou na marra, com flores ou com sangue” (NAPOLITANO, 2014: 37). Em 04/12/1962, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou a prisão de diversos membros das Ligas num campo de treinamento de guerrilhas em Dianópolis, GO. Nessa região NE de Goiás, havia ainda os campos de treinamento de Almas e Natividade. No dia 27/11/1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o presidente do Banco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir dos Santos Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. “Em 27 de novembro de 1962, a queda de um Boeing da Varig, no Peru, proporcionou comprometedoras informações sobre o apoio de Cuba às ‘Ligas Camponesas’. Esses documentos caíram nas mãos do Governador Carlos Lacerda que, naturalmente, os difundiu à imprensa e criou uma grande celeuma a respeito desse apoio direto de Cuba às Ligas Camponesas” (Gen Div Del Nero - HOE/1964, Tomo 5, pg. 98). A revista Veja, de 24/01/2001, sob o título "Qué pasa compañero?", faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que "o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento”. Em sua língua de pau, Rollemberg se refere a incêndios a canaviais, verdadeiros atos terroristas, como um “lendário movimento rural”. “Em 1957, Francisco Julião visitou a URSS. A partir de 1959, as Ligas Camponesas se expandiram também, rapidamente, em outros estados, como a Paraíba, Rio de Janeiro e Paraná, aumentando o impacto do movimento. Até 1961, 25 núcleos foram instalados no Estado de Pernambuco, principalmente na Zona da Mata. Nesse mesmo ano, Julião repetiu sua visita à União Soviética. De todos os núcleos das Ligas, o mais importante, o mais expressivo e o de maior efetivo foi o de Sapé, na Paraíba. Esse núcleo congregaria 10.000 membros. Em 1960 e 1961, as Ligas se organizaram em comitês regionais em 10 estados e criaram o jornal A Liga, porta-voz do movimento, que circulava entre seus militantes. Também nesse ano tentou criar um partido político chamado Movimento Revolucionário Tiradentes - MRT (Movimento que atuou na luta armada, no período pré e pós-revolucionário de 1964). No plano nacional, Francisco Julião reuniu, em torno das Ligas, estudantes idealistas, visionários e alguns intelectuais, como Clodomir dos Santos Morais, advogado, deputado, militante comunista e um dos organizadores de um malogrado movimento de guerrilha em Dianópolis/Goias em 1962. A aproximação de Francisco Julião com Cuba foi notória, especialmente após a viagem que realizou acompanhando Jânio Quadros àquele país, em 1960, seguido por muitos militantes. A partir daí tornou-se um entusiasta da revolução cubana e convenceu-se a adotar a guerrilha como forma de ação das Ligas Camponesas” (USTRA, 2007: 69).  Após a Contrarrevolução de 1964, as Ligas Camponesas foram dissolvidas e Julião obteve asilo no México. “As Ligas Camponesas, do Chico Julião, foram o embrião do que é hoje esse perigoso Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), que, embora sem personalidade jurídica, tem as razões e os recursos do governo, consegue audiência com ministros e tem mais regalias, em termos oficiais, do que aqueles que, na verdade, trabalham na agricultura” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 278-279).

Limpeza do Escambray - Massacre dos kulaks cubanos. “Através deles [guerrilheiros anti-Fidel Castro] ficamos conhecendo detalhes da gigantesca operação que o governo havia desencadeado: mais de 60 mil efetivos, na maioria milicianos, participavam do que se chamou ‘limpeza do Escambray’. A repressão à guerrilha custou caro para Castro. (...) as perdas no exército tinham passado de 500 e que custou uns 800 milhões de pesos. Houve 179 guerrilhas integradas por 3.591 homens. (...) Procurando seu extermínio, fuzilavam não apenas os guerrilheiros, mas também os camponeses que atuavam como guias, correios e contatos. (...) No dia em que começaram o desalojamento, caminhões do Instituto Nacional da Reforma Agrária (INRA) e do exército, cheios de tropas, pararam diante das casas humildes. Só lhes permitiram levar algumas roupas e objetos pessoais. As frutas, aves, porcos e algum gado foram confiscados pelo INRA. Destruíram as plantações, puseram fogo nas casas e a água dos poços foi envenenada. A política da terra arrasada para eliminar as fontes de abastecimento aos guerrilheiros foi meticulosamente levado a cabo. As mulheres e crianças foram separadas dos homens e levadas para Havana. (...) Essa situação durou anos e em todo esse tempo jamais viram seus maridos, seus irmãos. As crianças em idade escolar foram separadas das mães e ‘colocadas’ em escolas do Governo para serem ‘reeducadas’, de modo a anular a influência ‘daninha’ dos mais velhos” (VALLADARES, 1986: 50-51). Segundo Humberto Fontova, a insurreição anticastrista durou 6 anos (1960-1966) e infligiu 6.000 baixas às forças de Che e Fidel. Nas montanhas, surgiu uma figura mítica, Zoila Aguila, La Niña del Escambray. “Lutou contra o mais fotogênico garoto-propaganda da esquerda, de modo que sua história, sendo assim, não fica nada interessante” (FONTOVA, 2009: 211). “Quatro mil guerrilheiros anticomunistas foram sumariamente executados durante esta insurreição” (idem, pg. 212). No entanto, o NYT, Look, Life, CBS e Paris Match - além dos “hagiógrafos” de Che - nada reportaram sobre o episódio (cfr. pg. 211). Leia “O verdadeiro Che”, de Humberto Fontova, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/o-verdadeiro-che-guevara-por-humberto.html. Leia “Heroes del Escambray” - http://www.futurodecuba.org/heroes_del_escambray1.pdf e “Escambray: La Guerra Olvidada” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/escambray-la-guerra-olvidada-por.html, de Enrique G. Encinosa.

Limpeza demográfica - Diferente da “limpeza étnica”, o resultado não é muito diferente. A limpeza demográfica promove o domínio de uma região ou de uma nação mediante a alta taxa de natalidade de um povo estranho. Os muçulmanos, de modo geral, têm muitos filhos, ao contrário dos povos do Ocidente, onde há países que têm até crescimento populacional negativo. Como exemplo de limpeza demográfica, pode-se citar a questão do Kosovo, que teve um incremento formidável de população muçulmana, praticamente inviabilizando o poder sérvio sobre a Província. A Caxemira, na Índia, corre o mesmo perigo. O mesmo poderá ocorrer em Israel, com o aumento da população muçulmana no futuro. Há migrações que preocupam países europeus: paquistaneses no Reino Unido; marroquinos, turcos e molucanos na Holanda; argelinos, marroquinos e tunisianos na França; e turcos na Alemanha - além do “Belgistão”. Na Bósnia, em 1961, havia 43% de sérvios e 26% de muçulmanos; em 1991, os sérvios eram 31% e os muçulmanos 44% (nesses 30 anos, os croatas passaram de 22% para 17%). No Kosovo, em 1961 havia 67% albaneses muçulmanos e 24% sérvios ortodoxos; em 1991, 90% muçulmanos e 10% sérvios, Segundo Samuel P. Huntington, “o Cristianismo se difunde precipuamente pela conversão, o Islamismo pela conversão e pela reprodução”. Eurábia à vista?

Limpeza étnica - O mesmo que genocídio. O estupro tem também importante papel nesse tipo de “limpeza”, ao forçar a miscigenação étnica. Hitler dizimou 6 milhões de judeus, Pol Pot massacrou 2 milhões de cambojanos (20% da população); os turcos dizimaram 1,5 milhão de cristãos armênios durante a I Guerra Mundial; na Iugoslávia pós-comunista, a confederação ruiu e seguiram-se massacres de croatas, sérvios e islâmicos; o Sudão do norte, de maioria islâmica, provocou a morte de 2 milhões de cristãos e animistas, dominantes no Sul do país, agora dividido do Norte, em plebiscito. Na África, atualmente ainda persiste a prática de genocídio. Veja Cristofobia, Holocausto cristão e Massacre de Ruanda.

Língua de pau - Como visto na Introdução, em sua obra “Pequena História da Desinformação”, Vladimir Volkoff fala sobre a “língua de pau” (langue de bois, em francês), adotada como língua oficial pelos antigos países comunistas - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/a-lingua-de-pau-por-vladimir-volkoff.html. Koestler não se enganou, de fato, sobre a importância da língua de pau. Em Os Tempos Heróicos, parodia a trucagem marxista do vocabulário através de algumas definições ao sabor do gosto da época. Assim, “democracia” deve definir-se como “a expressão unânime da vontade unânime do povo unânime” “verdade”, como “livre relação dialética entre as palavras e os fatos” “tomada da Bastilha”, como “ato de banditismo anarcofascista” e “História”, como “o passado flexível e fluido determinado pela necessidade do presente” (VOLKOFF, 2004: 71). Friedrich Hayeck, em seu ensaio Os intelectuais e o socialismo, já havia observado que vivemos em meio a uma verdadeira guerra semântica: “Uma guerra que se caracteriza por profunda confusão semântica. Rótulos tais como liberal, conservador e libertário apresentam hoje tantas definições que quase perderam todo significado. Se, por exemplo, uma pessoa não utiliza o adjetivo ‘social’ em seu discurso, como na expressão ‘justiça social’, passa a ser classificada como direitista” (apud PENNA, 1994: 34-35). “Na tradição autoritária brasileira, oriunda tanto do absolutismo patrimonialista português quanto da Igreja da contrarreforma, os intelectuais tendem para o socialismo porque já dependem de um Estado que controla os meios de produção” (idem, pg. 36). “‘A mentira instalou-se em nossos povos quase constitucionalmente. O dano tem sido incalculável e alcança zonas mais profundas de nosso ser. Movemo-nos na mentira com naturalidade... Daí ser a luta contra a mentira oficial e constitucional o primeiro passo de toda tentativa de reforma’. Com essas palavras de Octávio Paz, o ilustre poeta e pensador mexicano, Carlos Rangel, inicia seu ensaio Do bom selvagem ao bom revolucionário” (idem, pg. 36-37). “Na América Latina, afirma Rangel, ‘o anti-imperialismo tem a conotação precisa e clara de um enfrentamento e uma eventual ruptura, não com o mundo capitalista avançado em geral, mais precisamente com os EUA, cujo êxito e poder no hemisfério americano nos causam tanta humilhação e tanta amargura, em comparação com nosso próprio fracasso relativo sobre o mesmo terreno e no mesmo tempo histórico’” (idem, pg. 39). Veja mais sobre langue de bois em http://professoreacionario.blogspot.com/2012/.

Literatura cinza - Como a produzida pela ecopropaganda, formada por ativistas “melancias”, que não defendem o planeta Terra, mas o fim do capitalismo.

Livro Branco - 1. “A Grã-Bretanha, por temer os árabes, fechou com firmeza a porta aberta para a Palestina: o White Paper (Livro Branco) de 1939 limitava a imigração judia a 75.000 pessoas num período de cinco anos” (JOHNSON, 1994: 352). 2. “Obra aberta, transparente, com verdades para todos” (Gen Leônidas Pires Gonçalves - revista Época, 09/11/2000). Nesse sentido, o ORVIL é um Livro Branco, disponível no site A Verdade Sufocada, para download - https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf. Em 2012, foi publicado o livro ORVIL - Tentativas de Tomada do Poder, que trata da história do terrorismo esquerdista no Brasil, desde a Intentona Comunista, de 1935.

Livro do Doutor Li Zhisui - “Publicado em 1994, nos EUA, e só agora (1998) traduzido para nossa língua, o livro do doutor Li Zhisui, ‘A vida privada do Presidente Mao’, pode ser comparado ao famoso discurso de Kruschev perante o 20º Congresso do Partido Comunista da União Soviética, denunciando o culto da personalidade e os crimes de Joseph Stálin. (...) O silêncio e o aparente desinteresse da mídia dita liberal americana sobre o devastador relato do homem que durante 22 anos foi o médico pessoal do ditador chinês, é um exemplo do muito bem usado recurso da esquerda, no mundo inteiro, de cobrir com um manto de silêncio e esquecimento tudo o que possa comprometê-la ou desmentir suas falácias” (Raymundo Negrão Torres, in “O livro do Doutor Li Zhisui”, jornal Ombro a Ombro, junho de 1998). O livro denuncia a história corrupta e discricionária do ditador chinês, que ceifou a vida de milhões de chineses, especialmente com os fracassados projetos como o “Grande Salto à Frente” e as “siderúrgicas de fundo de quintal”, que resultaram num dos períodos de maior fome da história da China. “Ao mesmo tempo em que o puritanismo era propagandeado em seu nome e em seu benefício, no círculo mais íntimo de sua corte o grande senhor fazia uso do sexo e da mulher como um objeto ou um alimento qualquer, a serviço de um apetite que não conhecia nem hora nem lugar” (idem).

Livro Negro do Capitalismo, O - Esquerdistas, inconformados com o lançamento de “O Livro Negro do Comunismo”, que denunciou os crimes cometidos por aquela ideologia totalitária em vários países, com o saldo macabro de 110 milhões de mortos, lançaram O Livro Negro do Capitalismo. Obra enganosa, ridícula, escrita por Gilles Perrault e outros, afirma, entre outras estultices, que o genocídio na Biafra “foi obra do capitalismo”. “Quando lembrados do horror, ou dizem que se tratava de um desvio ‘direitista’ ou que aquilo não era o verdadeiro socialismo. Uau! Se para fazer o socialismo falso, foi preciso matar uns 150 milhões, quantos mortos teriam sido necessários para fabricar o legítimo?” (AZEVEDO, 2008: 135).

Livro Negro do Comunismo, O - Le livre Noir du Communisme, escrito por seis historiadores europeus, com acesso a arquivos russos, relata o Holocausto Vermelho que assolou todo o planeta no século XX, com mais de 100 milhões de mortos (muito superior ao holocausto nazista): China: 65 milhões de mortos; União Soviética: 20 milhões; Coreia do Norte: 2 milhões; Camboja: 2 milhões; África: 1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique; Afeganistão: 1,5 milhão; Vietnã: 1 milhão; Leste Europeu: 1 milhão; América Latina: 180 mil entre Cuba, Nicarágua, Colômbia e Peru (este último número, já de há muito superado, devido à continuação da matança feita pelas FARC e pelo ELN, na Colômbia); Movimento Comunista Internacional (MCI) e Partidos Comunistas no poder: 10 mil. “O Livro Negro do Comunismo, há pouco editado no Brasil, pôs em foco a magnitude dos crimes gerados por esses erros. Desde que foi publicado na França, em 1997, ele suscita apaixonadas polêmicas. Numerosos simpatizantes do comunismo saíram da moita em defesa do partido. No Parlamento francês, o Primeiro-ministro socialista Lionel Jospin correu em socorro de seus aliados do Partido Comunista, denunciados por deputados da direita com base no referido Livro Negro. Apareceu até um volume criticando essa obra, ironicamente intitulado ‘Livro Negro do Capitalismo’, aliás tão pífio que a revista Veja o qualificou de ‘obra idiota e estapafúrdia’” - segundo afirma o site Lepanto (http://www.lepanto.org.br/EstComunis.html, acesso em 09/06/2011). “Robert Hue aplicou durante toda a transmissão seu plano de batalha, dividido em duas partes. ‘Primeiramente’, disse ele, ‘reconhecemos a existência dos fatos abomináveis relatados no Livro Negro. Em segundo lugar, esses fatos abomináveis não têm nada a ver com o comunismo. Eles são uma perversão do regime. Não decorrem dele, mas sim o traem” (REVEL, 2001: 79). “É a desculpa de sempre: todos os atos abomináveis do socialismo real são apresentados como desvios, traições, perversões do ‘verdadeiro’ comunismo, que só ressurge mais fortalecido da enxurrada de calúnias com as quais é atacado” (idem, pg. 95-96).

Livro Vermelho - Criação de Mao Tsé-Tung, desempenhava para os chineses o mesmo que Mein Kampf (Minha Luta) de Hitler. Foram editados mais de 900 milhões de exemplares, um best-seller que perde apenas para a Bíblia e o Alcorão. Condensa a ideologia da Revolução Cultural, responsável pelo terror e 10 milhões de mortos na China. Em alguns trechos, lembra texto de autoajuda bem rasteiro: “Progredimos quando somos modestos”; “O difícil é agir bem durante toda a vida”, ou redundâncias: “Um exército sem cultura é um exército ignorante”; “O exame unilateral é não saber olhar as questões sob todos os seus aspectos” (apud REVEL, 2001:141-2). Os jovens da Guarda Vermelha eram incentivados pelos discursos inflamados de Lin Piao, o Goebbels chinês: “Abaixo os capitalistas no poder! Abaixo as autoridades burguesas reacionárias! Desapareçam todos os demônios perversos e os espíritos maléficos! Sumam as Quatro Coisas Velhas: o velho pensamento, a velha cultura, os velhos costumes, os velhos hábitos. O Pensamento de Mao Tsé-Tung deve dirigir e transformar o espírito, até que o poder do espírito transforme a matéria” (apud JOHNSON, 1994: 461). Mao introduziu o culto ao Sol, ou seja, a si mesmo, no hino “O Oriente é Vermelho”: “Do Oriente Vermelho o Sol se levanta: Surge na China um Mao Tsé-Tung”. Veja Churrasquinho chinês e Revolução Cultural.

LOC - Liga Operária e Camponesa: tem origem no MR-8, que se notabilizou pelo sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Em Mar 1995, os líderes da atual LOC romperam com o MR-8, pela sua aproximação com o PMDB, e no mês de setembro do mesmo ano reorganizam o Partido Comunista Revolucionário (PCR). Em 1997, uma dissidência do PCR funda a Liga Operária e camponesa (LOC), liderada pelo ex-metalúrgico Albênzio Dias. A LOC se notabilizou, em 1999, à frente de um grupo de sem-tetos contra a Polícia Militar, em uma área invadida em Betim, MG. A LOC criou uma ONG para arrecadar dinheiro para a guerrilha, o Instituto de Educação do Trabalhador (IET), entidade que recebeu R$ 9,96 milhões do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT) no período de 1996 a 1999. Os ideólogos da LOC são: Marx, Lênin, Mao, Abimael Guzmán (Sendero Luminoso), Che Guevara, Regis Debray (autor de Revolução dentro da revolução?).

Lockerbie - Localidade da Escócia, onde um avião da Pan Am explodiu em 1988, matando 270 pessoas. O atentado foi realizado por líbios. Foi utilizado o explosivo Semtex, composto principalmente de PETN e RDX. Com certeza, esse atentado terrorista levou a Pan Am à falência.

Lógica do Cisne Negro, A - Livro de Nassim Nicholas Taleb, trata de algo impactante, imprevisível, como os atentados terroristas de 11/09/2001 e a criação do Google. O cisne negro foi descoberto em 1897, na Austrália e, até então, achava-se que havia apenas cisnes brancos.

Logomaquia - “A logomaquia - ‘batalha com tiros de palavras’ - começa nas invectivas. Espontaneamente o homem procura exprimir a sua raiva por vocábulos que tendem a diminuir, ridicularizar e tornar ainda mais odioso o inimigo. Note-se que o insulto é pior se é dirigido a uma coletividade, raça ou família, em vez de a um indivíduo. (...) Certas expressões logomáquicas foram construídas com muita felicidade. ‘Inimigo do povo’, por exemplo, durante a Revolução Francesa. Tratar alguém como ‘inimigo do povo’ era apelar à solidariedade de todo o povo contra um único homem, era assim transformar este homem no bode expiratório que todos os outros estavam dispostos a aniquilar. ‘Burguês’ também não está mal, porque já era uma palavra desprezível no vocabulário aristocrático, e, consequentemente, ninguém queria ser ‘burguês’, visto de cima ou de baixo. (...) Jean Ferré gosta de sublinhar o golpe de magia logomáquico realizado com as palavras ‘aristocrata’ e ‘democrata’, que seriam antônimos rigorosamente simétricos, um significando ‘partidário do governo das elites’ e o outro ‘partidário do governo do povo’. Quando ‘aristocrata’ passou a significar ‘nobre’, ‘democrata’ ficou sem antônimo, o que é prático para os democratas, mas desastroso para um pensamento político privado da indispensável dialética dos contrários. Para opor a democracia só se encontrou o conceito de ditadura, o que é tão mais lamentável e desconcertante quanto as ditaduras, de César a Hitler, são quase sempre de origem e mesmo de vocação democrática, isto é, popular. Portanto uma confusão talvez não tão inocente” (VOLKOFF, 125-6).

Loira burra - Há milhares de piadas sobre loiras burras, nenhuma sobre negas idiotas. Isso prova que a língua de pau apoia alguns tipos de discriminação, para não dizer racismo - se racismo existisse, o que é uma impossibilidade, já que não existem raças humanas, pois não somos cães.

Longa Marcha - 1. Organizada por Mao Tsé-Tung, 100.000 homens retiram-se de Kain-Gsi para Hunan, percorrendo 12 mil km, nos anos de 1934 e 1935, após o Exército Popular de Libertação (EPL) de Mao ser derrotado por Forças do Partido Nacionalista Kuomintang (KMT), na Guerra Civil (1927-1934). 2. Míssil balístico chinês.

Los Macheteros - Organização clandestina que queria a emancipação de Porto Rico, Estado associado aos EUA. Um de seus membros, José Manuel Gerena, refugiou-se em Cuba, por ser “procurado pelo FBI desde 1984 pelo assalto à mão armada de um carro-forte de Wells Fargo” (SÁNCHEZ, 2014: 101-102). Wells Fargo é uma multinacional de serviços financeiros com sede em São Francisco, Califórnia.

Los Muchachos - Trata-se dos jovens guerrilheiros que lideraram a luta armada na Nicarágua, em 1979, entre eles Daniel Ortega, derrubando a ditadura de Anastasio Somoza. Veja FSLN e La Piñata.

Loucademia - Disputa ideológica ocorrida dentro da Academia Brasileira de Letras (ABL), contra Roberto de Oliveira Campos. No primeiro episódio, os esquerdistas da ABL (Antonio Houaiss, Dias Gomes, Antônio Callado, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro) “bombardearam”, sem sucesso, o prêmio concedido a Roberto Campos, pelo seu livro “Lanterna na Popa”, em detrimento de “Chatô”, de Fernando Morais. No segundo episódio, a ex-mulher de Dias Gomes ameaçou retirar os restos mortais do marido do mausoléu da ABL, no cemitério de Botafogo, Rio de Janeiro, em protesto contra a eleição de Roberto Campos para a cadeira da ABL antes ocupada por Dias Gomes.

LRA - Lord’s Resistance Army (Exército de Resistência do Senhor): grupo insurgente que opera no Norte da Uganda. Estima-se que 60% dos membros do LRA são menores de 16 anos, que foram sequestrados.

LSD - Lysergic Acid Diethylamide (Acido Lisérgico, Dietilamide): alucinógeno, provoca distorções sensoriais, angústia e pânico; acelera os batimentos cardíacos, aumenta a transpiração e dilata a pupila; o perigo maior não é a toxicidade da substância, mas a sensação de onipotência que provoca, que faz do usuário perder o senso do perigo. A droga é extraída da semente do centeio ou sintetizada, e sua forma de absorção é oral; seus sintomas são definidos pelos usuários como “viagem”. Durante o movimento hippie (décadas de 1960 e 70), era muito comum o uso do LSD por seus integrantes, assim como a maconha, dando origem à calamidade atual em todo o mundo. O professor universitário Timothy Leary era o “ideólogo do LSD”. Vale lembrar que a música de Johnn Lennon, Lucy in the Sky with Diamonds, é uma apologia à droga; essa música deu origem a “Lucy”, nome dado ao esqueleto descoberto em 1974 na Etiópia, África, um espécime de Australopithecus (Lucy é considerada a “mãe” ou “eva” da humanidade, embora fósseis de hominídeos de 2,8 milhões de anos encontrados em 1998 na África do Sul possam ser mais antigos). Arquivos recentes afirmam que Lennon compôs a música Help embalado por cigarros de maconha, e A hard day´s night à base de drogas alucinógenas. Com tantos exemplos a serem seguidos pelos jovens, não é de admirar que o mundo hoje esteja dominado pelo terror das drogas, uma verdadeira zumbilândia.

Lubyanka - Em russo significa “amorzinho” e era a designação popular dos quartéis-generais da Polícia Secreta e da Prisão Central de Moscou, na antiga União Soviética. Veja Tcheká.

Luditismo - Na Inglaterra, durante a Revolução Industrial, trabalhadores destruíam teares mecânicos, com medo de que provocassem desemprego. As rocas de fiar desapareceram, dando lugar aos teares a vapor: em 1813 havia pouco mais de 2000 teares; 20 anos depois o parque aumentou 50 vezes. “Grupos armados com barras de ferro e pedaços de pau invadiam estabelecimentos e destruíam teares. Os líderes do movimento redigiam manifestos contra a tecnologia assinados por um personagem imaginário, o general Ludd. O episódio entrou para a história como o Movimento Ludita, encerrado depois que o Parlamento aprovou uma lei punindo com a pena de morte quem destruísse máquinas. Alguns luditas chegaram a ser executados. Na cidade de York, um dos líderes subiu ao patíbulo com treze companheiros” (in O “medo do novo”, Veja, de 29/10/2003, pg. 98-99).

Lulacard - Para defender o governo das acusações de uso indevido do “Lulacard” - o cartão corporativo petista -, Dilma "Estela" Rousseff, então Chefe da Casa Civil, mandou fazer um dossiê sobre os gastos do governo FHC, para "apresentar ao TCU" - foi a primeira mentira da guerrilheira-chefe da Casa Civil. A segunda mentira foi que se tratava apenas de um “banco de dados” interno. Como o sucessor de FHC, Dilma-Dossiê depois não sabia mais de nada, não viu nada, não ouviu nada, tem raiva de quem sabe alguma coisa, a imprensa é golpista, e não sabia sequer o que faziam seus auxiliares, como Erenice Guerra. O “Lulacard” derrubou a ministra para promoção da desigualdade racial, Matilde Ribeiro - que ficou conhecida pela frase lapidar "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco". Porém, o ministro da Tapioca Esportiva, Orlando Silva, continuou lépido e fagueiro no governo Dilma Rousseff, mas depois também caiu, junto com uma penca de ministros oriundos do governo anterior, como Carlos Lupi.

Lula da caserna - É como o jornalista Leonencio Nossa se refere a Sebastião Rodrigues de Moura, o “Curió”, em seu livro “MATA!”. Como deputado federal, o major Curió apresentou um projeto de Lei, a Lei Curió, que permitia a continuidade do garimpo em Serra Pelada. A lei foi aprovada, mas vetada pelo presidente Figueiredo. Como consequência, os garimpeiros se revoltaram e tomaram várias cidades, como Imperatriz e Araguaína, invadindo delegacias, bancos e bloqueando estradas e pontes. “A revolta atordoou o governo. Um jornalista perguntou a Curió se ele estava por trás da revolta. ‘Não é verdade. Estou à frente’. Prestes a deixar o poder, os generais não sabiam o que fazer com a cria. A revolta era liderada pelo ‘Lula’ da caserna. O repórter Edilson Martins, do Jornal do Brasil, perguntou a um garimpeiro o motivo da adoração a Curió. ‘O que você queria? Que fôssemos liderados pelo Lula? A esquerda a gente já conhece, e até pagamos ônus alto por essa aliança’” (NOSSA, 2012: 302). ”A história da maior revolta popular da Amazônia desde a Cabanagem foi ignorada pelos livros escolares. Figueiredo aceitou rebaixar os barrancos e permitir a extração no garimpo, que passaria depois para a Vale” (idem, pg. 305).

Lula, o Filho do Brasil - Filme chapa-branca de Fábio Barreto, lançado em 2009, baseado em livro do mesmo nome de autoria de Denise Paraná, custou de 12 a 16 milhões de reais e foi bancado por “Oi, JBS, Estre Ambiental ou EBX, de Eike Batista - todos com empréstimos do BNDES -, concessionárias de energia (GDFSuez, Neoenergia e CPFL) e as empreiteiras Camargo Corrêa, OAS e Odebrecht tinham suas marcas expostas logo no início da exibição” (GASPAR, 2020: 226).

Lular - (Internet) Verbo totalmente irregular, de estranha conjugação. 1. Ocultar ou encobrir com astúcia e safadeza; disfarçar com a maior cara de pau e cinismo. 2. Não dar a perceber, apesar de ululantes e genuínas evidências; calar. 3. Fingir, simular inocência angelical. 4. Usar de dissimulação; proceder com fingimento, hipocrisia. 5. Ocultar-se, esconder-se, fugir da responsabilidade. 6. Na gíria - "Tirar da reta", atingindo sempre o amigo mais próximo, sem dó nem piedade (antes ele do que eu). 7. Encobrir, disfarçar, negar sem olhar para as câmeras e nos olhos das pessoas. 8. Fraudar, iludir.  9. Afirmar coisa que sabe ser contrária à verdade, acreditar que os fins justificam os meios. 10. Voar ou fazer turismo com dinheiro alheio. Leia “O Chefe” em Leia o livro “O Chefe”, de Ivo Patarra, em https://blogdopaulinho.com.br/wp-content/uploads/2009/02/ochefe.pdf  e veja Mensalão.

Lulíadas, As - Antologia do pensamento de Lula da Silva - Cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/da-serie-as-luliadas-internet.html. As Dilmíadas ainda estão sendo coletadas... Enquanto isso, dê uma espiada em Pequeno Glossário Econômico Lulopetista em https://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/8216-pequeno-glossario-economico-lulopetista-8217-por-felix-maier/.

Lulinha paz e amor - Slogan de pau inventado pelo marqueteiro Duda Mendonça, que enganou o incauto povo brasileiro, elegeu o Lula e recebeu milhões de dólares depositados em paraísos fiscais, sendo inocentado pelo STF no processo do mensalão. Como pode ser “paz e amor” um sujeito que lambe as botas de Fidel Castro? Como pode ser “paz e amor” alguém que ameaçou Bóris Casoy “você nunca mais faça essa pergunta”, quando o apresentador de TV inquiriu do candidato a sucessor de FHC a amizade que o PT, via Foro de São Paulo, nutre pelas FARC, grupo narcoterrorista colombiano de origem marxista? Por “coincidência”, posteriormente, Casoy foi demitido da TV Record. A verdade é que basta cutucar um pouco um petista para que a máscara “paz e amor” caia de imediato. Foi o que ocorreu quando o americano Larry Rohter publicou no The New York Times um artigo sobre as preferências etílicas do sucessor de FHC. O texto, que era apenas uma colagem de reportagens já divulgadas no país, feitas por colunistas como Diogo Mainardi e Cláudio Humberto, e um depoimento de Leonel Brizola, quase se transformou num caso diplomático com os EUA. Na ocasião, o sucessor de FHC, incentivado pela troica de bombeiros que utilizam álcool para apagar fogo - Singer-Gushiken-Genoino -, resolveu expulsar o jornalista do Brasil. Quando os ministros lembraram que não poderia expulsar Rohter do Brasil porque era casado com uma brasileira, Lulinha Paz e Amor saiu-se com esta pérola totalitária: “Foda-se a Constituição!” Coisa de país bananeiro, Lulinha Paz e Amor criou um ciclone extratropical num copo de cachaça.

Lurdinha - Metralhadora de Tenório Cavalcanti, que se vestia de capa preta e cetim vermelho às costas - imagem de satanás - para impor “respeito” na região de Duque de Caxias, RJ.

Luta de classe - As classes nunca lutam entre si: o que as classes mais baixas almejam é fazer parte da classe mais alta. A língua de pau marxista inventou esse tipo de luta que nunca ocorreu no mundo. O que ocorreu é que os regimes comunistas foram implantados por burgueses, nunca pela classe trabalhadora “em luta” contra a classe alta. Marx era um burguês que nunca arranjou trabalho, sempre foi sustentado por Engels. Sua mãe repetia: “Por que você não arranja algum capital em vez de apenas escrever sobre ele?” Fidel Castro era de uma família abastada, quase milionária. Os socialistas brasileiros são todos burgueses, a exemplo de Oscar Niemayer, que correu uma lista de apoio a Fidel Castro quando fuzilou três fugitivos e prendeu 72 intelectuais, em 2003. É gostoso ser comunista, como era Niemayer, com apartamento de cobertura na Zona Sul do Rio e Mercedes Benz (com motorista) na garagem, e cobrar de 800 mil a 1 milhão de reais por alguns rabiscos que se tornariam um novo monumento. A propósito, Niemayer é um gigante da arquitetura que se tornou um anão político em seus mais de 100 anos de “cochilo dogmático”, de exaltação do comunismo.

Lysenkoismo - Política oficial soviética do estudo da genética, que classificava as ciências como “burguesas”, de um lado, e como “socialistas” ou “proletárias”, de outro lado. As teorias mendelianas de hereditariedade, adotadas pelo principal geneticista da União Soviética, Nikolai Vavilov, eram consideradas um anátema para os dirigentes soviéticos. Como os genes, àquela época, não podiam ser “vistos”, os lysenkoistas podiam acusar os mendelianos de havê-los “inventado”. O Lysenkoismo confiava mais na criação do que na natureza, estava mais empenhado em moldar o “novo homem socialista” do que aceitar a realidade dos caracteres humanos geneticamente transmitidos e suas mutações ocasionais. A teoria genética desenvolvida por Gregor Mendel, Thomas Morgan, Hugo de Vries, August Weismann, recebeu oposição na União Soviética dos geneticistas liderados por I. V. Michurin e T. D. Lysenko, que seguiam o lamarckianismo - a crença na hereditariedade dos caracteres adquiridos - e métodos de tentar mudar os caracteres por meio de mudança do ambiente, uma concepção que se encaixava melhor nas ideias marxistas-leninistas. “A biologia soviética caiu nas mãos do extravagante e fanático T.D. Lysenko, que pregava uma teoria de caracteres adquiridos por herança, à qual chamou de ‘vernalização’: a transformação de trigo em centeio, pinheiros em abetos e assim por diante - essencialmente tolices medievais. (...) A genética foi atacada ferozmente como ‘uma pseudociência burguesa’, ‘antimarxista’, que levava à ‘sabotagem’ da economia soviética. (...) Na medicina, uma mulher chamada O.B. Lepeshinskaya pregava que a velhice poderia ser adiada graças a lavagens intestinais de bicarbonato de sódio” (JOHNSON, 1994: 381). 

 

M

 

"Deve-se combater o comunismo não em nome do liberalismo, da social-democracia ou de qualquer outro regime, mas em nome da dignidade humana" (Jean-François Revel).

 

M - Dirección de Inteligencia ou Departamento “M”: órgão de Informações e espionagem de Cuba.

M3G - Marx, Mao, Marighella e Guevara: organização criada em 1969, como uma Dissidência da ALN, com a sigla M2G. Depois da morte de Marighella, passou a se denominar M3G. O Grupo foi desmantelado ainda em 1969, após a tentativa frustrada de sequestro do Cônsul norte-americano em Porto Alegre pela VPR, quando foi preso seu líder, Edmur Péricles de Camargo, junto com 13 integrantes do Grupo.

M-19 - Movimento Revolucionário 19 de Abril: grupo terrorista da Colômbia, de linha castrista, fundado em 1973. No dia 17/01/1974, “um comando armado roubou a espada do libertador [Simón Bolívar] na Quinta de Bolívia, a casa-museu onde o herói viveu por algum tempo. Antes de sair, os guerrilheiros assinaram com tinta nas paredes brancas: ‘M-19’” (SÁNCHEZ, 2014: 99). Em 1980, Jaime Bateman Cayón, um dos fundadores do M-19, entregou a espada roubada a Fidel Castro, dizendo: “Comandante, aqui está a espada do libertador, que tiramos do museu para colocá-la em melhores mãos” (idem, pg. 100). Em 1991, a “Excalibur” foi devolvida ao governo da Colômbia, como exigência para o M-19 se integrar à vida política. O M-19 notabilizou-se pelo sequestro em massa da Embaixada Dominicana em 1980. Em 1985, invadiu o Palácio da Justiça da Colômbia, matando mais de 100 pessoas, entre eles 11 magistrados da Corte Suprema. Abandonou as armas para se tornar um partido político em 06/03/1990, abrindo porta para que guerrilheiros de outros movimentos fizessem acordos e pudessem retornar à vida normal do país.

Macacões Brancos - Movimento antiglobalização da Itália, liderado por Luca Casarini, iniciou sua “carreira” de protestos em 1999, durante o Encontro de Ministros da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Seattle, EUA. Em Gênova, Itália, no ano 2001, na Reunião do G-8, os macacões reuniram 10 mil membros. A organização foi responsável por divulgar na internet, para centenas de organizações participantes do mundo inteiro, informações sobre como se defender da polícia; a estrutura em Gênova incluiu: lista de albergues, camping e pensões, para abrigar os forasteiros, contatos telefônicos de médicos e advogados para defender os feridos e os presos. Um homem morreu em Gênova, em choque com a Polícia. No Fórum Social de Gênova, reunião paralela ao G-8, participaram entidades brasileiras, como a ABONG, a CUT e o MST.

Macacos voadores - Era como os mateiros do Araguaia chamavam os helicópteros da United States Steel, que sobrevoavam a área para mapear jazidas de minérios. “A serviço da Steel, o geólogo norte-americano Gene Tolbert saiu à procura de manganês e descobriu minério de ferro. Era a descoberta de Carajás” (NOSSA, 2012: 127). Por questão de soberania nacional, a Steel não podia explorar Carajás. A Vale do Rio Doce comprou sua parte por 50 milhões de dólares. Um dos motivos de o Brasil reatar relações diplomáticas com a China foi a descoberta de Carajás. Afinal, seus então 800 milhões de habitantes necessitavam urgentemente do metal.

Macarthismo - Referente às ações do senador americano Joseph Raymond McCarthy. A base do macarthismo surgiu com uma lei de 1950, que exigia o registro de todas as organizações ou simpatizantes do comunismo. A perseguição atingiu cerca de 6 milhões de norte-americanos, destacando-se o casal Ethel e Julius Rosenberg, acusados de passar o segredo da bomba atômica aos soviéticos e executados em 1953 numa câmara de gás. Foi provado em 1970 que os Rosenberg eram agentes do Komintern: “é verdade que a espionagem soviética permitiu que Moscou ganhasse muitos anos na construção de sua bomba atômica” (REVEL, 2003: 24-25). Na década de 1950, foi instalada nos EUA a Comissão de Atividades Antiamericanas, presidida pelo Senador McCarthy. Os alvos eram, principalmente, os comunistas, infiltrados no Governo, nos sindicatos, nas universidades e até em Hollywood. Houve uma “lista negra”, da qual não escaparam nomes como Charles Chaplin, Orson Welles e Bertold Brecht, que tiveram que se exilar. Umas 300 pessoas foram impedidas de trabalhar no teatro e no cinema. Muitos intelectuais passaram a assinar seus trabalhos com pseudônimos. Apesar dos excessos da Comissão, a infiltração comunista nos EUA foi muito maior do que imaginava o próprio McCarthy, como comprovariam documentos posteriormente acessíveis em Moscou - os Códigos Venona. “Na noite de 5 de outubro de 1945, 1.500 piqueteiros, atendendo à convocação de uma central sindical comandada pelo Partido Comunista, cercaram os estúdios da Warner, em Burbank, Califórnia. O ator Kirk Douglas viu-os aproximar-se, armados de ‘facas, porretes, fios de aço, socos-ingleses, correntes’, e ocupar os quarteirões em torno. Ao chegar para o trabalho, os empregados foram impedidos de atravessar o portão, cujos guardas tinham sido surrados e dominados pelos grevistas. ‘Nem você nem nenhum outro f. da p. vai entrar aí hoje’, informou ao coreógrafo LeRoy Prinz o líder comunista Herb Sorrell, celebrizado com o apelido de ‘Generalíssimo’. Prinz, um veterano de guerra, respondeu: ‘Sr. Sorrell, nem você nem nenhum outro f. da p. vai me impedir de entrar’. Entrou, mas não antes de ser surrado por uma dúzia de capangas de Sorrell diante dos olhos da polícia que, em desvantagem numérica, temia interferir. A maioria dos empregados não se deixou intimidar e alguns conseguiram saltar os muros. As tropas de Sorrell então partiram para a agressão generalizada. No fim dos combates, o serviço médico relatou ter atendido 89 empregados da Warner, quatro policiais, três bombeiros, o representante de um sindicato contrário à greve - e apenas seis piqueteiros. Não obstante, nos dias seguintes as manchetes do jornal pró-comunista Hollywood Atom alardeavam: ‘Uma garota e um veterano torturados pela Gestapo dos estúdios Warner’, ‘Camisas-pardas da polícia transbordam de violência’, ‘Warner instala campos de tortura nazistas’. (...) O sucesso da investida contra a Warner deu a Sorrell a oportunidade de expandir o domínio comunista para muito além da luta sindical: nos anos seguintes, com a ajuda de John Howard Lawson, Ring Lardner Jr. e outros devotos, ele montou um sistema de fiscalização dos roteiros apresentados a Hollywood, para proibir que chegassem a ser filmados aqueles que não tivessem a porção desejada de ideologia comunista e antiamericanismo. A cota podia até ser modesta, mas não devia faltar. Segundo a orientação do espertíssimo Lawson, mensagens isoladas, espalhadas aqui e ali em milhares de filmes aparentemente inocentes, funcionavam mais do que um só filme ostensivamente comunista – uma regra que foi copiada no Brasil e ainda prevalece nas nossas novelas de tevê. A censura era rigorosa: o roteirista que saísse da linha era hostilizado até sujeitar-se a um humilhante ‘mea culpa’ ou cair fora da profissão. Tudo isso está fartamente documentado em ‘Hollywood Party. How Communism Seduced the American Film Industry in the 1930's and 1940's’, de Kenneth Lloyd Billingsley (Roseville, CA, Prima Publishing, 2000) - um livro que decerto não será publicado no Brasil, onde o bloqueio a qualquer informação anticomunista é em geral mais estrito do que nos EUA ou na Europa” (Olavo de Carvalho, in “Uma história esquecida”, Jornal da Tarde, 17/1/2002). Sobre o Macartismo, leia https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/polemico-macarthismo-errou-mas-tambem.html. Depois dos atentados contra os EUA, ocorridos no dia 11/09/2001, Lynne Cheney, mulher do Vice-Presidente Dick Cheney, fundou o Conselho Americano das Escolas e dos Graduados, e criou também uma “lista negra” de aproximadamente 100 professores universitários, todos esquerdistas, acusados de serem o único setor da sociedade que critica as ações antiterroristas do Governo.

Maconha - Conhecida também como marijuana, é obtida das folhas secas, flores, talos, brotos e sementes de plantas do gênero Cannabis. Conhecem-se três espécies: Indica, Sativa e Ruderalis. Consumida em forma de cigarro, é a droga ilegal mais usada no mundo. O haxixe é uma substância extraída da resina das plantas femininas da Cannabis, e é também consumido como cigarro. A substância psicoativa da maconha e do haxixe é o Delta-9-Tetrahidrocanabinol (THC). A maconha e o haxixe têm um teor de até 8% de THC, mas alguns tipos mais potentes de maconha, como o skunk, possuem até 33% de THC (skunk significa “gambá”, devido a seu cheiro muito forte). Seus efeitos são relaxamento, hipersensibilização, sensação de bem-estar, fome, aceleração dos batimentos cardíacos, secura da boca e olhos avermelhados. Doses elevadas provocam alucinações, delírios e agressividade. O uso constante leva à redução da memória, distúrbios hormonais, dificuldade de aprendizado, perda de motivação, diminuição da libido e esterilidade temporária.

MAD - Mutually Assured (Nuclear) Destruction (Destruição Nuclear Mútua Assegurada): doutrina suicida originada após a crise dos mísseis nucleares soviéticos em Cuba, em outubro de 1962. Mesmo após a Guerra Fria, a doutrina continua válida para os EUA e a Rússia. Morrer junto com o inimigo não é tão ruim como morrer sozinho...

Mãe social - Ela existe, ao menos em Brasília, não é apenas uma língua de pau abstrata. Trata-se de um programa governamental em que senhoras, mediante pagamento mensal, tomam conta de crianças abandonadas em orfanatos.

MAFIA - Morte a Francia, Italia Apierta (Morte à França, Itália Livre); outros garantem que a sigla significa Morte al francese italiani anelano (Morte ao francês desejam os italianos). Inicialmente, a Máfia era uma organização com fins políticos. A máfia siciliana ou Cosa Nostra é a maior e mais forte gangue criminosa do mundo; opera em mais de 40 países, incluindo todas as Américas, e em países produtores de drogas da Ásia. Na Itália, a Cosa Nostra envolve-se em todas as atividades ilegais lucrativas, principalmente tráfico de drogas; prostituição e sequestro são atividades de gangues comuns, embora a Cosa Nostra proíba seus membros a se envolverem em tais atividades; serve para intermediar negócios com organizações criminosas em diversos países, como na introdução do plantio da papoula (ópio) na América do Sul e planta de coca na Ásia Central. Nos EUA, em 1931, após violenta matança entre gangues para controle do país, a Máfia arbitrou divisão territorial dos EUA e do Canadá para feudos das Famiglias. Nos EUA e Canadá os lucros advêm principalmente do tráfico de drogas, controle e corrupção dos órgãos públicos, agiotagem, jogo ilegal, fraude financeira e de mercado de capitais e rendimentos de comércio legalizado. Operações realizadas pelo FBI, DEA e a Polícia Montada do Canadá enfraqueceram a Cosa Nostra. Porém, organizações criminosas da Rússia, América do Sul e Leste asiático agem em atividades criminosas nos EUA antes monopolizadas pela Cosa Nostra.

Máfia de branco - Trata-se do corporativismo existente entre profissionais de saúde, que costumam acobertar erros médicos dos companheiros de profissão, que muitas vezes levam pacientes à morte.

Máfias atuantes no Brasil - Segundo a Polícia Federal, há as seguintes máfias atuantes no Brasil: 1) Bolivianas: cartel de Santana e de Santa Cruz de la Sierra (drogas, reagentes químicos e armas); 2) Colombianas: cartéis de Cáli e de Medellin: (drogas, reagentes químicos e armas); 3) Italianas: Camorra, Cosa Nostra, Ndrangheta, La Nuova Famiglia e Sacra Corona Unita (tráfico de mulheres, lavagem de dinheiro); 4) Japonesas: Yakuza/Yamaguchi Gumi e Yakuza/Sumiyoshi (drogas, exploração de mulheres e agenciamento de dekasseguis - descendentes de japoneses que nasceram no Brasil e retornam ao Japão em busca de emprego); 5) Libanesas: Jamal Hamyana e Organização de Cristãos Maronitas (tráfico de drogas, de armas, contrabando e lavagem de dinheiro); 6) Norte-Americanas: Famiglia Bonanno, Badalamenti e Cosa Nostra Americana (tráfico de drogas e lavagem de dinheiro); 7) Mexicanas: Cartel de Tijuana, Sonoara, Juarez e Grupo do Golfo (tráfico de drogas, de armas e lavagem de dinheiro); 8) Russas: Organização Karl Heinz Krebs (tráfico de drogas e exploração de mulheres); 9) Chinesas: Tríades 14K, Gang do Bambu Unido, Sun Yee On, Fuchien, Dragão que Voa (narcotráfico, lavagem de dinheiro, pirataria de patentes, imigração ilegal). Fonte: Manual de Procedimentos & Legislação da Divisão de Repressão ao Crime Organizado e de Inquéritos Especiais, concluído em 2001, de autoria do Delegado Euclides Rodrigues da Silva Filho, Chefe da Divisão de Repressão ao Crime Organizado e de Inquéritos Especiais - DCOIE. Leia “Combate à Violência, às Drogas e ao Crime Organizado”, de Carlos Alberto Camargo Lima, em https://mail.google.com/mail/u/0?ui=2&ik=bacae0cc40&attid=0.1&permmsgid=msg-f:1697384292019891620&th=178e52053d2c6da4&view=att&disp=inline&realattid=f_knn70beq0.

Magitiras - “A PF se especializou em realizar buscas e prisões para depois iniciar investigações. É o legado dessa nova polícia. Aquelas em que trabalhei e as que eu conheço, primeiro investigam para depois realizarem buscas e prisões. Credite-se uma boa parcela disso também à conivência de alguns juízes que, ao invés de atuarem como magistrados, atuam como ‘magitiras’” (TUMA JUNIOR, 2013: 458).

Mais-valia - Na doutrina comunista de Karl Marx em “O Capital”, é o lucro das empresas, que deveria ser revertido para a classe trabalhadora; o salário que o trabalhador recebe representa menos que o valor real criado por ele; essa parte que não lhe é paga (“abocanhada pela burguesia”) constitui a mais-valia. A língua de pau marxista chama o lucro das empresas de “mais-valia”, aquilo que o patrão rouba do operário. Porém, sem lucro, quem é o idiota que vai empenhar seu dinheiro num empreendimento? De graça, nem relógio trabalha. Precisa de corda ou de bateria. Como modernizar a empresa, ampliá-la, contratando mais empregados, e assim desenvolver o país, se o dono da empresa não tiver nenhum tipo de lucro?

Maleta francesa - Equipamento digital sem fio, de origem francesa, que foi utilizado para “grampear” todos os Ministros do STF durante a Operação Satiagraha. “O grampo foi feito com uma maleta francesa, empregada para rastrear celulares em presídios. O que ninguém sabe é que essa maleta também derruba os sinais das operadoras, como também das estações repetidoras de sinais de celulares. Com ela, é possível identificar números de celulares, sems Ids, rastreá-los, localizá-los milimetricamente, ouvir e gravar suas conversas. Protógenes, Dadá e seus gansos e agentes fizeram uso dessa maleta para grampear todos os ministros do STF, e o Lacerda pagou o pato” (TUMA JUNIOR, 2013: 283). Paulo Fernando da Costa Lacerda foi Diretor-Geral da Polícia Federal, entre 2003 e 2007. Segundo Protógenes, o grampo foi feito pela PF “por ordem do Planalto” (idem, pg. 288). Ou seja, por ordem de Lula.

Malfeito - Eufemismo utilizado pela presidente Dilma Rousseff, para se referir à ladroagem existente em ministérios, que acarretou a queda de vários ministros em 2011.

Mandato coletivo - Artimanha populista da esquerda, que só sabe viver em manada, foi ampliada nas eleições municipais de 2020 em muitas cidades. Esses “mandatos coletivos” criam a mágica do “vote em 1, leve 5”, uma farsa, porque o cargo do eleito é individual e intransferível. Veja Dualidade de poder.

Maníaco do parque - O motoboy Francisco de Assis Pereira, então com 34 anos, foi condenado no dia 24/07/2002 a 121 anos de prisão pelo assassinato de 5 mulheres, em 1998. Já havia sido condenado a 147 anos pelo assassinato de outras 2 mulheres, além de estupro, roubo e atentado violento ao pudor. Pela legislação brasileira, que é um incentivo ao crime, o assassino ficará preso no máximo por 30 anos.

Manifestação popular espontânea - É quando as organizações satélites do PT, como CUT, MST, PC do B, PSol, PSTU, PSB, CPT, CNB do B e outras reúnem seus militantes na rua para reivindicar alguma coisa para suas respectivas classes, como aumento de salário ou concessão de mais terras e verbas. Ou para derrubar um presidente, como Fernando Collor de Mello, quando foram convocadas duas dúzias de “caras-pintadas” para a “manifestação popular espontânea”, com o precioso apoio da OAB e da ABI. Collor acabou inocentado no STF, mas aí Inês já era morta.

Manifesto Antropofágico - Escrito por Oswald de Andrade em 1928, no embalo do Movimento Modernista de 1922. “Foi inspirado nos Manifestos do surrealismo (André Breton, mesmo com o Oswald detratando o dito-cujo), no Manifesto Comunista (Karl Marx e Friedrich Engels), no Manifesto Cannibale (Francis Picabia), na descoberta do inconsciente e a teoria do totem/tabu (Freud), na questão do bom selvagem elaborada por filósofos franceses (Rousseau e Montaigne) e na teoria da barbárie tecnicizada (Hermann Keyserling)” (LOBÃO, 2013: 193). O Movimento de 1922 tinha como objetivo “fazer renascer o primitivismo, os valores indígenas, o comunismo primevo, o matriarcado, a inocência do selvagem e a liberação dos instintos (mais) primitivos” (idem, pg. 193).

Manisfesto Comunista - É a primeira fonte da doutrina social e econômica do comunismo. Foi escrito como “Das Manifest der Kommunistischen Partei”, em 1848, por Karl Marx e Friedrich Engels. Marx sugeriu que o Manifesto Comunista deveria ser arquivado, quando as Revoluções de 1848 fracassaram. Apesar disto, o Manifesto Comunista continuou (e continua) a influenciar os movimentos comunistas em todo o mundo.

Manifesto de Agosto - Em agosto de 1950, o PCB lançou um documento, conhecido como “Manifesto de Agosto”, que “traçava uma linha revolucionária para o Partido”, nos moldes da ANL, inspirado no sucesso da Revolução Chinesa, em outubro de 1949. O PCB incitou posseiros à luta, para desencadear a revolução, especialmente em Porecatu, Norte do Paraná, em Capinópolis (Triângulo Mineiro) e na Região de Trombas do Formoso, GO. Liderado por José Porfírio e infiltrado pelo PCB, o movimento camponês criou em Goiás um “território livre de 10 mil km², com governo paralelo e milícias armadas, sob a égide de uma constituição própria que definia o estado como popular e socialista” (AUGUSTO, 2001: 58 e 59). “Conclamava vários segmentos sociais a formar uma ampla ‘Frende Democrática de Libertação Nacional’, uma réplica da Aliança Nacional Libertadora, um dos instrumentos de que havia se utilizado no episódio da Intentona Comunista de 1935. Pregava igualmente a constituição de um Exército Popular de Libertação Nacional” (Gen Div Del Nero - HOE/1964, Tomo 5, pg. 93).

Manifesto dos Coronéis - Redigido por Golbery do Couto e Silva, em 1954, o Manifesto expôs o descontentamento dos militares contra a política populista de Getúlio Vargas, especialmente contra o reajuste demagógico do salário-mínimo em 100% promovido pelo ministro do Trabalho João Goulart, o que acabou provocando a demissão de Jango.

Maniqueísmo - Veja Satanização.

Mansão de Jeany Mary Corner - Casa de prostituição em Brasília, onde petistas faziam suas farras sexuais. “Os lobistas de Ribeirão Preto não ofereciam apenas dinheiro. Eles ofereciam Naila, Renata, Juliana. E tortas de camarão. E frascos de perfume Obsession. (...) Jeany Mary Corner confidenciou a mais de um jornalista que suas meninas participaram de uma festa na Granja do Torto” (MAINARDI, 2007: 85-6). O caseiro Francenildo Costa denunciou a orgia petista e teve o sigilo do seu extrato bancário quebrado e publicado na revista Época, por interferência de Antonio Palocci e outros criminosos. “Quem difundiu o extrato bancário do caseiro foi o assessor de imprensa de Palocci, Marcelo Netto” (idem, pg. 84). Pelo crime cometido, depois absolvido pelo STF, Palocci perdeu o cargo de ministro da Fazenda. Em 2011, o avatar de Palocci perdeu a chefia da Casa Civil, por não saber explicar como havia multiplicado seu patrimônio 20 vezes em apenas 4 anos.

Manu militari - (Latim) “Pela mão militar”: execução de ordem da autoridade, com o emprego da força armada.

Mão Branca - Personagem ligada a esquadrões da morte, que operavam no Rio de Janeiro na década de 1970.

MAPU - Movimiento de Acción Popular Unitaria (Chile): de linha marxista-leninista, pretendia construir o socialismo no país por meio da revolução durante o governo Allende.

Maquiavélico - Referente ao maquiavelismo, sistema político preconizado pelo florentino Nicolau Maquiavel, baseado na astúcia, má fé e oportunismo. A principal obra de Maquiavel foi “O Príncipe”, livro que contém pérolas do pensamento como: “O tempo leva por diante todas as coisas, e pode mudar o bem em mal e transformar o mal em bem”; “Engana-se quem acredita que nas grandes personagens os novos benefícios fazem esquecer as antigas injúrias”; “É que, em verdade, não há garantia de posse mais segura que a ruína. Quem se torna senhor de uma cidade tradicionalmente livre e não a destrói será destruído por ela”; “As injúrias devem ser feitas de uma vez, a fim de que, tomando-se-lhe menos o gosto, ofendam menos. E os benefícios devem ser realizados pouco a pouco, para que sejam bem saboreados”; “É mais prudente ter fama de miserável, o que acarreta má fama sem ódio, do que, para conseguir a fama de liberal, ser obrigado a incorrer também na de rapace, o que constitui uma infâmia odiosa”; “Os capitães mercenários ou são grandes militares ou não são nada; se o forem, não te poderás fiar neles, porque aspirarão sempre à própria glória, ou abatendo a ti, que és o seu patrão, ou oprimindo a outrem contra a tua vontade. Se não forem grandes capitães, arruinar-te-ão por isso mesmo”; “Mas a pouca prudência dos homens não descobre o veneno que está escondido nas coisas que bem lhes parecem a princípio; aquele que não conhecer os males na sua origem não é verdadeiramente sábio, o que é dado a poucos”; “É necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”; “Deve-se notar que os homens devem ser minados ou exterminados, pois se vingam de ofensas leves, das graves já não podem fazê-lo. Assim, a injúria que se faz deve ser tal que não se tema a vingança(in “O Príncipe”, Florença, 10 de dezembro de 1513).

Maquiladoras – Fábricas americanas instaladas no México. Em 1970, eram 120 maquiladoras; em 2000, chegaram a 3.700 fábricas. A partir de 2000, muitas maquiladoras fecharam no país e se instalaram na Ásia, especialmente na China, Tailândia e Vietnã, deixando centenas de milhares de desempregados. No México, o salário inicial era de 400 dólares; na China, 50. No entanto, as maquiladoras respondiam por cerca de 40% das exportações mexicanas.

Maquis - Membros da resistência antinazista na II Guerra Mundial (França).

MAR - 1. Movimento de Ação Revolucionária: criado no presídio da Rua Frei Caneca, Rio de Janeiro, em 1968, por militantes de esquerda que tomaram parte nos tumultos que antecederam a Contrarrevolução de 1964. O MAR tinha ligações com o jornalista Flávio Tavares, da Última Hora, que respondia em liberdade ao processo sobre a frustrada guerrilha do Triângulo Mineiro, de inspiração brizolista. O objetivo do MAR era a fuga dos militantes da prisão e a busca de um local para implantar um foco guerrilheiro; para isso, o grupo externo promoveu assaltos para obter recursos necessários para aliciar guardas, adquirir armamentos e introduzi-los no presídio. Durante a ação de fuga, foram feridas 3 pessoas: os guardas Aílton de Oliveira (que morreu dias depois) e Jorge Félix Barbosa, e João Dias Pereira, funcionário da Light, que ficou paraplégico. Após a fuga, o grupo dirigiu-se a Angra dos Reis, RJ, e instalaram na mata um barraco, a “Cabana do Jacu”, onde iniciaram treinamentos de guerrilha. Com as declarações de um prisioneiro à Polícia, a Marinha cercou a área com tropas de Fuzileiros Navais. Um dos guerrilheiros, ferido na perna, foi preso e os demais fugiram, incorporando-se uns ao PCBR, outros fugindo para Cuba ou pedindo asilo político no Uruguai. 2. Movimento Armado Revolucionário: o professor de História da USP, Wilson Nascimento Barbosa, “militante” do MAR (e também da POLOP e da VPR), era assaltante de bancos e foi um dos banidos para Santiago, Chile, em troca da vida do Embaixador da Suíça, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado em 07/12/1970. 3. Madres y Mujeres ante la Represión por Cuba: movimento de Direitos Humanos, com sede em Miami, EUA.

Maragatos - Federalistas que, em fevereiro de 1893, ano da campanha eleitoral para o governo estadual do Rio Grande do Sul, iniciaram sangrento conflito com Republicanos, apelidados de “Chimangos” ou “Pica-paus”, ocasionando milhares de vítimas (normalmente degoladas).

Marcha do Terço - Organizada em fevereiro de 1964, em Belo Horizonte, pelo Padre Peyton, pelo Padre Botelho e por várias organizações femininas patrocinadas pelo IPES. A Marcha condenou Leonel Brizola publicamente como “anticristo”; também condenou o governo de João Goulart e pediu uma intervenção militar; esse apelo foi reforçado pelo lançamento, em março de 1964, da “Marcha da Família com Deus pela liberdade”, semelhante às executadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Veja IPES.

Marco regulatório da comunicação - Na língua de pau dos esquerdistas radicais, significa a censura da imprensa.

Maria Candelária - Na Oldspeak, Maria Candelária formava o quadro de funcionários públicos, junto com o Barnabé. Hoje, eles são “gerentes”. “Maria Candelária” foi hit de carnaval, em 1952, na voz de Blecaute: “Maria Candelária/É alta funcionária/Saltou de paraquedas/Caiu na letra Ó, oh, oh, oh/Começa ao meio-dia/Coitada da Maria/Trabalha, trabalha, trabalha de fazer Dó, oh, oh, oh/A uma vai ao dentista/Às duas vai ao café/Às três vai à modista/Às quatro assina o ponto e dá no pé/Que grande vigarista que ela é”.

Marielitos - (Cuba) Em abril de 1980, “as autoridades permitiram que 125 mil pessoas abandonassem o país embarcando no porto de Mariel. Castro aproveitou o ensejo para ‘libertar’ os doentes mentais e os pequenos delinquentes” (COURTOIS, 2000: 786). “Os diversos êxodos fazem com que Cuba tenha atualmente 20% dos seus cidadãos no exílio. Numa população global de 11 milhões de habitantes, perto de 2 milhões de cubanos vivem fora da ilha” (idem, pg. 787). Veja Crise de Mariel.

Mar interno - A Doutrina Monroe, de 1823, pregava a independência das nações das Américas contra a cobiça europeia, porém, implicitamente tinha a intenção de preservar os interesses dos EUA. Por isso, várias vezes os EUA intervinham na América Central e Caribe com seus boinas verdes em atividades chamadas de “contrainsurgência”, região essa que a Doutrina Monroe considerava um “mar interno” e parte da estrutura econômica dos EUA. “No caso de Cuba, que a América havia libertado da Espanha, o direito de intervenção dos Estados Unidos era de fato texto de lei constante na Constituição cubana, através da chamada ‘Emenda Platt’” (JOHNSON, 1994: 519). Em 1934, Roosevelt revogou a Emenda Platt, “substituindo-a por uma política de “Boa Vizinhança” com a América Latina. Com o tempo, poderia ter funcionado muito bem, se as nações maiores tivessem estabelecido com seu patrono gigante o mesmo tipo de relacionamento que o Canadá estabeleceu” (idem, pg. 519).

Martelo dos monges - Assim era chamado Thomas Cromwell, primeiro-ministro de Henrique VIII, por sua brutalidade na destruição dos mosteiros católicos, na Grã-Bretanha. É também considerado um dos fundadores do centralizado Estado moderno. Não confundir com o famoso político britânico e “ditador regicida”, Oliver Cromwell.

Mártires - Um dos objetivos dos comunistas, em agitações contra a força policial durante os governos militares do Brasil, era criar um “mártir”, para galvanizar o apoio popular à sua causa. Um dos casos mais conhecidos foi o de Edson Luís, morto em choque de estudantes com a polícia, em maio de 1968, no Rio de Janeiro. Caso semelhante foi o “massacre” de Carajás, ocorrido durante o Governo FHC, quando 19 sem-terra foram mortos pela polícia do Pará, que tentava desobstruir uma rodovia federal e foi atacada por um bando armado de armas, foices, facões e porretes. Neste último caso - como ocorria com o chefe do “exército de Brizoleone”, acantonado em suas estâncias no Uruguai, sem assumir riscos -, como em outros, os “valentes” chefes dos sem-terra estão sempre ausentes do choque com a força policial, preferindo colocar homens, mulheres (às vezes grávidas) e crianças para servirem de escudo contra os órgãos de Segurança que tentam, mediante ordem judicial, retomar a posse de terrenos invadidos.

Mártires de Al-Aqsa - Grupo terrorista palestino, promovia atentados suicidas (homens e carros-bomba) contra israelenses, especialmente durante a II Intifada.

Marxismo - Ideologia comunista, baseada principalmente no livro de Karl Marx, “O Capital”. As quatro principais teorias do Marxismo são: Mais-valia, Materialismo histórico, Materialismo dialético e Luta de classes. O Marxismo é uma doutrina baseada na impostura: “Como uma das teses de Karl Marx fosse a de que o capitalismo trazia o empobrecimento das classes trabalhadoras e como os dados que ele tinha na mão extraídos dos ‘blue books’, relatórios anuais da Câmara dos Comuns, indicassem precisamente o contrário, ele resolveu o problema atendo os dados de 30 anos antes” (Olavo de Carvalho). “A escatologia de Marx não é senão um acréscimo ao profundo sentimento de perda e de ruptura que a industrialização inicial causou” (JUDT, 2014: 103). Marx é um mestre do plágio: “De Marat, se apropria da frase ‘o proletariado não tem nada a perder, exceto os grilhões’. De Heine, ‘a religião é o ópio do povo’; e de Louis Blanc, via Enfantin, sacou a fórmula ‘de cada um segundo suas capacidades, a cada um segundo suas necessidades’. De Shapper, tirou a convocação ‘trabalhadores de todo o mundo, uni-vos’, e de Blanqui, a expressão ‘ditadura do proletariado’. Até mesmo sua obra mais bem acabada e de efeito vertiginoso, ‘O Manifesto Comunista’ (1848, em parceria com Engels), tem-se, entre os anarquistas, como plágio vergonhoso do ‘Manifesto da Democracia’, de Victor Considérant, escrito cinco anos antes” (PONTES, 2003: 26-27). Marx foi um pensador sanguessuga, tem pouco de original. “Dispensado o tom arrogante das facciosas análises acadêmicas e verificado o grosso da obra, o pensar de Marx depende virtualmente do que ele leu, chupou, perverteu ou adaptou do pensamento dos outros, a começar por Demócrito (460-370 a.C.) e Epicuro (341-170 a.C.), na sua tese ateísta de doutoramento em Jena, 1841, passando por Hegel (1770-1831) e o próprio Feuerbach, ainda no campo filosófico, além de Rousseau (1712-1778), Saint-Simon (1760-1825), Fourier (1772-1837) e Proudhon (1809-1865), entre os reformistas sociais franceses, até chegar aos economistas clássicos ingleses Adam Smith (1723-1790), Mill (1773-1836) e sobretudo Ricardo (1772-1823), cuja concepção da teoria do valor-trabalho, mais tarde destroçada pelo austríaco Böhm-Bawerk (1851-1914), serviu de modelo para Marx - aqui ancorado no ‘erro de conta’ de Proudhon - extrair a sua célebre mais-valia e acirrar os ânimos da luta de classes, ideia, por sua vez, a ser creditada ao falangista Blanqui (1805-1881), francês considerado inventor da barricada e autor da expressão ‘ditadura do proletariado’” (idem, pg. 29-30). “Marx tinha espírito diabólico, era acadêmico ocioso e nunca foi um correto cientista social. Tornou-se um ideólogo e um moralista, com sua verdade particular que desejava impor como única, eterna e universal - o materialismo dialético. Com ele a tiracolo se supunha não só exercer alguma influência sobre os destinos do mundo, mas transformá-lo - o que em sua linguagem significava, antes, destruí-lo. Desse modo, tal como partiu anteriormente para liquidar com a filosofia, Marx atirou-se contra o mundo da economia burguesa, com ênfase na demolição da propriedade privada e do sistema capitalista de produção. Mas, para atuar na esfera diretamente política, o passo que deu a seguir - ou paralelamente - foi o de se instrumentalizar nas palavras de ordem do ideário político dos reformistas sociais franceses e, com mais empenho, nas cantilenas igualitaristas de Rousseau, Saint-Simon, Fourier e Proudhon” (idem, pg. 37). “Um tecido de grosseria, calúnias, falsificações e plágios. Marx é a tênia” (Proudhon, a respeito da obra de Marx, “Miséria da Filosofia”, 1847 - apud PONTES, 2003: 24). “Bakunin censura os americanos por fazerem uma guerra de conquista que é um duro golpe na teoria fundada na justiça e na humanidade, mas que é conduzida no interesse da humanidade. É uma infelicidade se a rica Califórnia foi arrancada dos mexicanos preguiçosos que não sabiam o que fazer dela?” (Karl Marx, in “Nova Gazeta Romana”, 1849 - apud PONTES, 2003: 21). Leia “Sobre a Moralidade de Karl Marx”, de Ipojuca Pontes, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/sobre-moralidade-de-karl-marx-por_16.html.

Massacre – Se garimpeiros matam meia dúzia de índios ianomâmis, configura-se um “genocídio”, e a ONU é chamada pelas ONGs para intervir na Amazônia. Se índios cintas-largas matam a tiros e pauladas 29 garimpeiros, que extraíam diamantes na Reserva Roosevelt, em Rondônia, em 2004, depois de amarrá-los a árvores e torturá-los, trata-se apenas de “defesa do próprio território”, que pertence aos indígenas - como proclamou o presidente da FUNAI, na época. Na verdade, as terras indígenas pertencem à União. Dentro da lógica funaica, estaria liberado o tiro ao alvo em sem-terra que invadisse propriedade rural.

Massacre da Candelária - Em 23/07/1993, policiais militares assassinam 8 meninos de rua em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

Massacre de Beslan - Separatistas chechenos, junto com fundamentalistas da Al-Qaeda, tomaram de assalto, em 01 a 03/09/2004, uma escola de Beslan, na Ossétia do Norte, Rússia, fazendo reféns 1.128 pessoas, sendo 777 crianças. Depois de três dias, com violação de mulheres e adolescentes, o assalto terminou com 334 mortes, sendo 186 crianças, e 783 feridos. Entre os soldados que invadiram a escola, 12 foram mortos pelos terroristas. Dos 32 terroristas, só 1 foi levado vivo (e condenado à prisão perpétua), os outros foram mortos no local. A ação terrorista teria sido organizada por Shamil Basayev, principal comandante militar da guerrilha separatista chechena, perpetrada por Magomed Ievloiev, ou Magas, militante islâmico originário da vizinha Inguchétia e braço direito de Basayev, e bancada pelo árabe Abu Omar as-Seyf, ideólogo do wahabismo (versão rigorosa do islamismo saudita) e uma espécie de embaixador de bin Laden na Chechênia. Vale lembrar que em 1991 teve início o conflito entre a Rússia e a Chechênia, quando os chechenos declaram a independência de seu país. Em 1994, a Rússia tentou esmagar a rebelião, mas seu exército foi derrotado depois de 2 anos de combate. Em 1999, Putin retomou a guerra, que arrasou a capital da Chechênia, Grozni. Durante o conflito, ficaram famosas as “viúvas negras”, mulheres chechenas suicidas que haviam perdido seus maridos.

Massacre de Deir Yassin - Na manhã de 09/04/1948, houve o massacre de 254 palestinos (incluindo 100 mulheres e crianças), na aldeia de Deir Yassin, próxima a Jerusalém. Anciões e crianças foram degolados, mulheres grávidas estripadas. O ato terrorista, executado por homens do Irgun e do Stern, sob comando do chefe do Irgun, Menahem Begin, tinha como objetivo amedrontar os árabes. Após o massacre, o restante da população de Deir Yassin foi forçado a desfilar como animais pelas ruas de Jerusalém. “O banho de sangue de Deir Yassin foi a operação mais abjeta jamais realizada pelos terroristas sionistas” (Arthur Koestler, escritor judeu, in Promise and Fulfilment - Promessa e Realização, Mac Millan, New York, 1949 - cfr. TRIKI, 1980: 182). No dia 26/09/1947, terroristas judeus já haviam matado 4 policiais britânicos em Tel Aviv, e, em 20/10/1947, o Xeque Ahmed Salama Touiki e mais quatro membros de sua família perto da localidade de Ranana. Ainda sobre Deir Yassin: “Depois que os homens da Haganah se retiraram, membros do Irgun e do Grupo Stern perpetraram as mais revoltantes atrocidades: 254 homens, mulheres e crianças foram massacradas a sangue frio e seus corpos mutilados foram atirados em um poço; mulheres e moças árabes capturadas foram trazidas em caminhão para Jerusalém e conduzidas em parada pelas ruas, onde eram humilhadas e cuspidas” (GATTAZ, 2002: 111 - publicado no Jewish Newsletter, NY, 03/10/1960). Veja IZL e Stern.

Massacre de Jallianwala Bagh - Ocorrido em Amritsar, Índia, em 13/04/1919, quando 379 indianos desarmados foram massacrados pelo Exército Britânico Indiano e outros 1.200 foram feridos. Leia mais sobre o ocorrido em https://www.britannica.com/event/Jallianwala-Bagh-Massacre.

Massacre de Katyn - Exemplo perfeito de encobrimento de fato histórico, pois, na época, a União Soviética estava unida aos Aliados para combater o nazismo. “Em setembro de 1939 a Polônia foi derrotada, depois de ter sido invadida simultaneamente pelos nazistas, a Oeste, e pelos aliados destes, os comunistas, a Leste. Como recompensa a seus amigos soviéticos pela preciosa ajuda, Hitler lhes outorgou então uma zona de ocupação de duzentos mil quilômetros quadrados. A partir da derrota da Polônia, os soviéticos massacraram nessa zona, sob as ordens escritas de Stálin, vários milhares de oficiais poloneses prisioneiros de guerra - mais de 4 mil em Katyn (perto de Smolensk), local onde foi descoberto posteriormente um dos mais famosos ossários, além de outros 21 mil em vários locais. Deve-se adicionar a essas vítimas cerca de 15 mil prisioneiros soldados comuns, provavelmente mortos por afogamento no Mar Branco. Perpetrados em poucos dias segundo um plano preestabelecido, esses assassinatos em massa de poloneses vencidos, exterminados pelo simples fato de serem poloneses, constituem indiscutíveis crimes contra a humanidade, e não apenas crimes de guerra, já que a guerra, para a Polônia, havia terminado”  (Carlos I. S. Azambuja, in Mídia Sem Máscara, acesso em 27/09/2003). “Na primavera de 1940, [Stálin] mandou matar 15.000 oficiais poloneses, um terço em Katyn, perto de Smolensk, o resto dentro ou perto dos campos de concentração soviéticos de Starobelsk e Ostachkov. É possível que esses assassinatos em massa tenham sido efetuados por sugestão da Gestapo” (JOHNSON, 1994: 312). Veja Enigma e Colossus.

Massacre de Khan Yunis - Em 03/11/1956, israelenses deixaram em escombros o campo de refugiados palestinos de Khan Yunis, em Gaza, durante a Crise de Suez, em busca dos fedayeen (guerrilheiros), deixando pelo menos 275 mortos. Outros 111 fedayeen foram provavelmente mortos mais tarde, em Rafah.

Massacre de Medianeira - 1. Também ficou conhecido como Massacre da Estrada do Colono e Chacina do Parque Nacional do Iguaçu, no Estado do Paraná, em julho de 1974, em que 5 terroristas da VPR foram mortos numa emboscada (outro terrorista foi morto posteriormente) - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/militar-conta-comissao-da-verdade.html. Segundo o Sargento Marival Chaves Dias do Canto, a operação começou na Argentina e contou com a cooperação de Inteligência de outros países. Segundo Aluízio Palmar, autor do livro “Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?”, a emboscada teria tido a participação do ex-sargento da Brigada Militar do RS, Alberi Vieira dos Santos, que havia participado da fracassada guerrilha brizolista de Três Passos. O Coronel do Exército Paulo Malhães, assassinado por encapuzados em Nova Iguaçu, RJ, em 2014, teria participado da chacina em que morreram o ex-sargento Onofre Pinto, Daniel José de Carvalho, Joel José de Carvalho, José Lavecchia, Vitor Carlos Ramos, todos militantes da VPR, e o argentino Eurique Ernesto Ruggia. Veja Operação Três Passos. 2. No dia 28/09/2018, dois alunos feriram dois colegas no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, na cidade de Medianeira, PR, usando arma de fogo, com a desculpa de estarem sofrendo bullying.

Massacre de My Lai - Em 1968, cerca de 500 civis vietnamitas foram eliminados por um pelotão americano, considerado o maior escândalo da história militar americana - até que houve os crimes contra a humanidade perpetrados no Iraque, em 1991 e 2003. Veja Criminoso de guerra, Diplomacia de cruzeiro e Síndrome da Guerra do Golfo.

Massacre de Ruanda - No dia 06/04/1994, o avião do Presidente ruandês foi atingido por um foguete. O Presidente morreu e os hutus culparam os tutsis (etnia rival), que passaram a ser perseguidos, resultando na morte de 800 mil pessoas. O padre ruandês Athanese Seromba, acusado da morte de 2.000 tutsis, entregou-se ao Tribunal Internacional da ONU, em Arusha, Tanzânia, em fevereiro de 2002.

Massacre de São Bartolomeu - Ocorreu na noite de 23 para 24/08/1572, quando católicos franceses mataram entre 5 mil e 10 mil protestantes. “Quando o papa em Roma ficou sabendo do ocorrido na França, foi tomado de tanta alegria que organizou preces festivas para celebrar a ocasião e encarregou Giorgio Vasari de decorar um dos aposentos do Vaticano com um afresco do massacre (o aposento atualmente está inacessível aos visitantes). Mais cristãos foram mortos por outros cristãos naquelas 24 horas do que pelo Império Romano politeísta durante toda a sua existência” (HARARI, 2018: 292 – “Sapiens”). Veja Noite de São Bartolomeu.

Massacre de São Bonifácio - Conhecida também como “Guerra da Ponte”, ocorreu na cidade de Marabá, PA, em 29/12/1987, entre “formigas” (garimpeiros) e a PM do Pará, com ajuda do Exército. O governo informou inicialmente que duas pessoas morreram, depois acresceu esse número para nove, contudo há registros que constam que houve setenta e nove (79) garimpeiros desaparecidos em decorrência do conflito. Por parte das tropas da Polícia e do Exército não houve registros de baixas” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_S%C3%A3o_Bonif%C3%A1cio - acesso em 22/08/2012). Como os “formigas” mortos em Marabá eram ligados a Sebastião Rodrigues de Moura, o “Curió”, líder militar da Guerrilha do Araguaia, a imprensa nunca deu o devido valor ao massacre. Quando os “formigas” foram cooptados pelo MST e 19 deles foram mortos pela polícia do Pará em Eldorado do Carajás, o assunto virou notícia internacional e é lembrado pela mídia e pelo messetê todo ano, em 17 de abril.

Massacre de Saudades - No dia 04/05/2021, um jovem de 18 anos, identificado como Fabiano Kipper Mai, invadiu a Escola Pró-Infância Aquarela, em Saudades-SC (cidade de 10 mil habitantes, localizada a 60 km de Chapecó-SC), e matou com facão 1 professora, 1 funcionária e 3 crianças com menos de 2 anos de idade, e depois tentou suicídio, com corte de facão no pescoço e outras partes do corpo. O jovem teria sofrido bullying, mas não estudara na creche. Leia sobre o assunto em https://veja.abril.com.br/brasil/homem-mata-criancas-e-uma-professora-em-escola-do-interior-de-sc/.

Massacre de Sétif - (Argélia) “A maioria dos historiadores concorda que a matança em Sétif, em 1945 - quando os colonos europeus e os gendarmes e soldados franceses mataram cerca de 6 mil muçulmanos em vingança pelo assassinato de 103 europeus -, contribuiu para provocar a luga pela independência” (FISK, 2007: 714)). Na guerra de independência, de 1945 a 1962, mais de um milhão de argelinos foram mortos pelos franceses e 27 mil soldados franceses perderam a vida no conflito. Um milhão de pieds noirs voltaram à França após a guerra. Albert Camus, autor de “O Estrangeiro”, era pied noir. Dá-se o nome de pied noir aos cidadãos de ascendência europeia que viveram no Norte da África, principalmente na Argélia e nos protetorados franceses do Marrocos e da Tunísia. “A Batalha de Argel”, filme ítalo-argelino dirigido por Gillo Pontecorvo, é um clássico sobre a luta dos guerrilheiros argelinos contra os franceses. Pieds noirs também foram responsáveis por levar a plantação da maçã a Fraiburgo, SC, a capital nacional da fruta.

Massista - Organização que se vale das massas humanas para atingir objetivos políticos, a exemplo do MST. Foi muito utilizada durante a Revolução estudantil, em 1968, que “incendiaram” as universidades europeias, brasileiras, mexicanas e norte-americanas.

MASTER - Movimento dos Agricultores Sem-Terra: criado em 24/06/1960 no Rio Grande do Sul por Ruy Ramos (deputado federal pelo PTB) e endossado por Leonel Brizola, governador do Estado. Foi extinto pela Contrarrevolução de 1964.

Masturbação sociológica - Expressão atribuída a Sérgio Motta, ministro das Comunicações do governo FHC, um homem que era “um trator em ação”, ao invés de ficar em cima do muro das discussões bizantinas - leia-se “masturbações sociológicas”.

Matriarcado - “O matriarcado, como dizia Chesterton, é uma espécie de anarquia moral em que a mãe permanece fixa, sozinha, porque os pais são fujões e irresponsáveis. É muito mais uma precariedade de hábitos, uma fraqueza de caráter, do que propriamente uma opção” (LOBÃO, 2013: 226). Fraqueza de caráter dos fujões, claro, para não dizer coisa pior. É bom lembrar que 11 milhões de brasileiras criam os filhos sozinhas, as “mães-solo”; 57% dessas mães vivem na pobreza - cfr. https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/05/10/dia-das-maes-a-vida-das-11-milhoes-de-brasileiras-que-criam-os-filhos-sozinhas.ghtml e https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-57-das-maes-que-criam-filhos-sozinhas-vivem-na-pobreza/. Durante a pandemia da Covid-19, além de muitos cônjuges maltratarem suas mulheres com mais frequência, ou até cometerem feminicídio, devido ao isolamento social “fique em casa”, também aumentou o número de fujões. Eu conheci uma família em Brasília em que o homem deixou a mulher e cinco filhos em plena pandemia, sem prestar qualquer assistência financeira; noutra família, o fujão deixou mulher grávida e uma filha pequena à própria sorte.

MB - Milícias Bolivarianas: o mesmo que FARC-EP (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo). Também conhecido como Tercer Cartel.

MBR-200 - Movimiento Bolivariano Revolucionário-200 (Venezuela): fundado pelo tenente-coronel da reserva Hugo Chávez Frías, em 24/07/1983, em comemoração do 200º aniversário de Simón Bolívar, libertador da Venezuela e de outros países latino-americanos; também conhecido como MBR-Civil. “Giusepe Bottai, ministro do governo Mussolini, dizia que ‘a Itália fascista vislumbra em Simón Bolívar um temperamento extremamente próximo a nossa sensibilidade política. Bolívar não é só um libertador, mas também, e sobretudo, um homem de armas, um condottiero’” (NARLOCH, 2011: 149).

MCC - Movimento Camponês de Corumbiara: dissidência do MST, originou-se após a morte de 9 camponeses e 2 policiais na Fazenda Santa Elina, em Corumbiara, RO.

MCI - Movimento Comunista Internacional. De abrangência mundial, pretendia levar o comunismo aos países de todos os continentes. Tinha muitas organizações de fachada, como o Conselho Mundial de Igrejas (CMI), o CIMADE (órgão fundado por protestantes para amparo a vítimas na Guerra da Argélia), o Comitê Católico Francês e a União Internacional de Estudantes (UIE). Veja Intentona Comunista e Komintern.

MCL - Movimiento Cristiano de Liberación: grupo opositor a Fidel Castro, contrário à lei Helms-Burton, por acreditar que o embargo comercial americano contra Cuba une ainda mais os cubanos em volta do ditador da Ilha.

MDMA - Metilene-Dioxo-Meta-Anfetamina: alucinógeno sintético conhecido como Ecstasy; pode provocar intensa euforia, ansiedade, delírios e alucinações; o aumento dos batimentos cardíacos pode levar à parada cardíaca; há desidratação (hipertermia, até 42º C) e o usuário pode morrer por excesso de consumo de água; o uso prolongado pode danificar o fígado, o coração e o cérebro.

MEB - Movimento de Educação de Base: organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo Governo João Goulart e administrada por militantes de esquerda católica, muitos dos quais eram membros da Ação Popular. Baseado nas ideias marxistas de Paulo Freire, autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, o MEB funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local (padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas. Paulo Freire foi Secretário de Educação da Cidade de São Paulo na gestão da prefeita petista Luíza Erundina (1989-1993).

Mecanismo - O mesmo que Engrenage. Veja verbete.

Medalha Chico Mendes - Medalha Chico Mendes de Resistência, do Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM): medalha de pau seringueira concedida pelo MTNM a comunistas que tentaram a tomada do poder no Brasil no período pós-1964 (a exemplo de Maria Lúcia Petit), a militantes atuais que ainda sonham implantar no Brasil a “Ditadura do proletariado” (a exemplo de João Pedro Stédile, líder do MST) e a personalidades comunistas em geral (como Oscar Niemeyer e outros “socialistas de caviar”).

MEK - Mujahedin-e-Khalq: também conhecido como Mujahedin-e-Khalq Organization (MKO) e Exército de Libertação Nacional do Irã (National Liberation Army of Iran - NLA). Formado na década de 1960, o MEK se opunha à excessiva influência do Ocidente no regime do Xá. Misto de marxismo e islamismo, desenvolveu-se no maior e mais ativo movimento armado do Irã, com atividades anti-Ocidente e, depois, contra os interesses do regime clerical, no Irã e no exterior.

MEL - Movimento Estudantil Libertário: integrado por anarquistas, foi desbaratado em 1969. Tinha como fachada o Centro de Estudos José Oiticica, no Rio de Janeiro, RJ.

Melancia - 1. Trata-se de militar que veste farda verde-oliva, porém é vermelho comunista por dentro. A lista dos melancias é grande: começa na Intentona Comunista com Luiz Carlos Prestes, Apolônio de Carvalho, Maurício Grabois, Jefferson Cardin, Giocondo Dias, Gregório Bezerra, Agliberto Vieira, Dinarco Reis, Agildo Barata, passa pelos “generais e almirantes do povo” do período pré-1964, como o almirante Cândido da Costa Aragão, que fazia passeatas abraçado ao cabo Anselmo na Avenida Presidente Vargas, nos comícios baderneiros da dupla carbonária Jango-Brizola, no Rio, e seguiu firme com Carlos Lamarca, Darcy Rodrigues e outros menos conhecidos. O coronel do Exército e historiador marxista Nelson Werneck Sodré é reverenciado por toda a esquerda nacional, inclusive pelos melancias. Recentemente, os melancias fizeram parte do movimento “capitanismo”, ligados a partidos de esquerda, que pregavam a “democratização” nos quartéis, ou seja, o solapamento da disciplina e da hierarquia - graças a Deus, sem sucesso. 2. O livro “Os melancias - Como os ambientalistas estão matando o planeta, destruindo a economia e roubando o futuro de nossos filhos”, do jornalista James Delingpole, desmascara muitos embustes propagados pelos defensores do “aquecimento global”, como o escandaloso “Climagate” e o falso “Taco de Hóquei”, de Michael Mann. “O anticapitalismo, o ódio ao crescimento econômico, a redução das liberdades individuais, o desprezo pela espécie humana, o anseio por um governo único internacional dirigido por especialistas são tão característicos dos melancias quanto o espaço vital [Lebesraun] e os campos de extermínio eram para os nazis” (DELINGPOLE, 2012: 193). “Caso eu reencarne, gostaria de voltar como um vírus mortal, a fim de contribuir de alguma forma para solucionar o problema da superpopulação” (Duque de Edinburgh, prefaciando o livro “If I Were an Animal” - “Se eu fosse um animal” - apud DELINGPOLE, 2012: 189). O cientista dinamarquês Bjorn Lomborg, autor do livro “The Skeptical Environmentalist” (“O ambientalista cético”), foi membro do Greenpeace e se afastou da ONG quando observou que ambientalistas estavam divulgando falsos dados sobre problemas ambientais - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/ucs-examines-skeptical-environmentalist.html. O mesmo ocorreu com Patrick Moore, ambientalista canadense, cofundador do Greenpeace em 1971, que afirmou ao Wall Street Journal: “Depois de seis anos como um dos cinco diretores da Greenpeace International, notei que nenhum de meus colegas de diretoria possuía educação formal em ciências. Eram ativistas políticos ou empresários no ramo do ambientalismo. Por fim, uma tendência a abandonar a objetividade científica em favor de uma agenda política me obrigou a deixar o Greenpeace em 1986” (apud DELINGPOLE, 2012: 82). “O que Moore estava testemunhando era o início de um processo que seria acelerado em 1989, depois da queda do muro de Berlim: a derrubada da velha guarda dos hippies mais velhos por uma nova classe de fanáticos mais interessados em destruir o sistema capitalista do que em salvar o planeta Terra. São os ‘melancias’ do título deste livro: verdes por fora, vermelhos por dentro. Identificamos o produto de seu trabalho em panfletos de campanha como o que está sobre minha mesa, dos ‘Amigos da Terra’. Na capa diz: ‘Lucro pretere o planeta. Quem está fazendo negócios com seu governo?’ Empresas petrolíferas. Supermercados. Petroquímicas. Companhias aéreas” (DELINGPOLE, 2012: 82). Segundo Delingpole, os “warmistas” recebem 3.500 vezes mais dinheiro que os céticos - dispêndio do governo, ou seja, dos impostos dos cidadãos. “Todo cientista cético da questão climática é, quase por definição, um herói, pois, para manter sua posição, terá que fazer sacrifícios financeiros, pôr em risco o emprego e o progresso na carreira, recebendo em troca apenas a satisfação de preservar seus princípios morais” (idem, pg. 117). Veja Agenda 21, Climagate, Clube de Roma, Pegada de carbono e Taco de Hóquei.

Melhor idade - A mídia de pau afirma que os velhinhos estão na “terceira idade” e que essa é a “melhor idade”. De fato, é a melhor idade para pegar gripe, sofrer ataque cardíaco, ter complicações na próstata, urinar fora do vaso, ter caroços nos seios. Típica expressão de pau inventada por alguma velhinha assanhada, se esbaldando nos bailes da terceira idade...

Memorial das Vítimas do Comunismo - Para acesso a textos sobre o assunto, clique em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/memorial-das-vitimas-do-comunismo-por.html e https://www.city-journal.org/html/hidden-history-evil-13281.html, também disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/02/a-hidden-history-of-evil-uma-historia.html.

Memórias Reveladas - Site criado pelo governo federal petista (http://www.memoriasreveladas.gov.br/), trata a história dos governos militares dentro de um maniqueísmo infantil, ao tentar transformar terroristas em heróis e satanizar os militares. Essa central da desinformação, que só tem links com organizações esquerdistas, como Tortura Nunca Mais e Fundação Perseu Abramo, deveria mudar seu nome para “Memórias Ocultadas”. “No exato momento em que lemos a memória e construímos uma cadeia de pensamentos, nossos níveis de ansiedade, crenças religiosas, ideologias políticas interferem em frações de segundos nessa construção e contaminam nossos julgamentos” (CURY, 2012: 68). A “História Oral do Exército - 31 Março 1964” (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html), “Memorial 31 de Março de 1964” (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html)  e o “ORVIL” (https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf) são fontes seguras de memórias reveladas sobre os anos pré e pós-1964, não a mistificação propalada pela esquerda.

Memorizar e depois queimar - Muitas das instruções secretas enviadas por Moscou aos subversivos espalhados em todo o mundo iniciavam e terminavam com os dizeres: “ESTRITAMENTE SECRETO! MEMORIZAR! DEPOIS QUEIMAR! ISTO NÃO DEVE CAIR EM MÃOS ESTRANHAS!” Veja Escolas de subversão e espionagem.

Menor carente - Normalmente, trata-se de “criança em situação de rua”. Ambas as expressões pauleiras definem a situação de crianças abandonadas, que perambulam pelas ruas, se drogam com crack e realizam delitos de todos os tipos.

Menor infrator - De fato, existem muitos menores que apenas cometem infração. Porém, há menores que cometem crimes hediondos, e a língua de pau fala apenas em “infrator”.

Mensalão - Sistema de compra de votos de parlamentares petistas e aliados. A fascista cooptação política foi denunciada pelo deputado Roberto Jefferson e ocorreu no primeiro governo do sucessor de FHC. Fosse o Brasil um país sério, não esse “fascismo alegre” aqui instalado, o Nove Dedos teria sofrido impeachment. A relação promíscua com o BMG, e a carta dirigida a 12 milhões de aposentados, convidando-os a obter empréstimos consignados a juros camaradas, pode ser conferida no texto “Lula, o BMG e o tenebroso decreto da sexta-feira, 13”, de Rui Nogueira, disponível em http://arquivoetc.blogspot.com/2006/05/lula-o-bmg-e-o-tenebroso-decreto.html. No dia 15/07/2005, o sucessor de FHC se tornou réu confesso, quando, em passeio a Paris, desconversando sobre o mensalão, afirmou: "O PT fez do ponto de vista eleitoral o que é feito no Brasil sistematicamente". José Dirceu foi apontado como o chefe da quadrilha, que tinha entre os membros José Genoino, Delúbio Soares, num total de “40 ladrões”. O STF acolheu denúncia contra a quadrilha, onde faltou o nome do verdadeiro chefe, Ali Babaca, aquele que sempre fingiu que nunca sabia de nada. “Fernando Henrique Cardoso, em conversas reservadas, e Jorge Bornhausen, em público, passaram a defender a ideia de ‘impeachment pelo voto’. Na prática, a oposição concordou em tutelar Lula até o fim do mandato, com a certeza de sucedê-lo nas eleições de 2006. Alertei que o impeachment pelo voto implicava também a absolvição pelo voto” (MAINARDI, 2007: 25). O caminho do dinheiro sujo pode ser conferido em http://g1.globo.com/politica/mensalao/infografico/platb/ e no livro de Ivo Patarra, “O Chefe” – cfr. em https://blogdopaulinho.com.br/wp-content/uploads/2009/02/ochefe.pdf.  Cante comigo, em ritmo de rap, “Melô do mensalão”, de minha autoria, disponível em http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_383/artigo_sobre_melo-do-mensalao. Depois do Mensalão, o PT criou o Petrolão, envolvendo a Petrobras, que foi dilapidada e quase levada à falência. O livro “A ORGANIZAÇÃO - A Odebrecht e o Esquema de Corrupção que Chocou o Mundo”, de Malu Gaspar, trata da ponta desse iceberg. Durante a pandemia da Covid-19 (2020-2021), tivemos o Covidão, desvio bilionário de dinheiro que deveria ser destinado a hospitais.

MEP - Movimento de Educação Popular. O MEP disseminava no Brasil, durante o desgoverno de João Goulart, folhetos cubanos sobre a técnica de guerrilhas. Esses folhetos foram utilizados pelos G-11, de Brizola, e pelas Ligas Camponesas, de Francisco Julião. Veja G-11 e Ligas Camponesas.

MEPR - Movimento Estudantil Popular Revolucionário: originou-se de uma ruptura com a Juventude Revolucionária Oito de Outrubro (JR-8), em 1995. Defende uma revolução agrária como estratégia revolucionária.

Mercado de terrorismo a futuro - Tipo de “bolão da morte”, em que se aposta em que data celebridades seriam assassinadas ou ditadores seriam depostos. “Em 2003, uma seção do Departamento [Ministério] de Defesa americano propôs a criação de um site dessa natureza. O Pentágono deu-lhe o nome de Análise de Políticas Governamentais; os meios de comunicação passaram a chamá-lo de ‘mercado do terrorismo a futuro’. O site era uma invenção da Darpa (Defense Advanced Research Projects Agnency [Agência de Pesquisa em Projetos Avançados de Defesa]), organismo encarregado do desenvolvimento de tecnologia inovadora para ações de guerra e coleta de informações de inteligência” (SANDEL, 2012: 149).

Mesa Redonda - Fundada em 1909 por Lord Alfred Milner. Faziam parte do grupo Philip Kerr, depois Lord Lothian; Jan Smuts; Lord Waldorf Astor; Lady Nancy Astor; Lionel Curtis; Sir Alfred Zimmern; Edward Frederick Lindley Wood, depois Lord Halifax; Lord Balffour de Burleigh. Posteriormente, a entidade passou a ser conhecida como o “Jardim de Infância (Kindergarten) de Milner”. Esse grupo participou da fundação do CMI (Cfr. CARRASCO, 2013: 50-51). Veja CMI.

Mesmerismo - Método hipnótico, para ter acesso à mente alheia, muito divulgado durante a era vitoriana (século XIX). Charles Dickens também foi atraído pelo mesmerismo. O filme “Dr. Mesmer - O Feiticeiro” (1994), de Roger Spottiswoode, conta a história do médico Franz Anton Mesmer, perseguido por suas práticas pouco ortodoxas.

Messianismo - Refere-se a movimento dito “messiânico”, dirigido por um líder que teria origem divina, o “messias”. O nome tem origem na religião judaica, cujos devotos ainda esperam o Messias; os cristãos acreditam que esse Messias foi Jesus Cristo. Os ditos “movimentos messiânicos” têm ocorrido com bastante frequência no início de cada século ou, principalmente, milênio, donde surge o nome “milenarismo”. No século II, surgiu na Grécia o Montanismo, movimento que pregava a iminência da 2ª Vinda de Cristo (Parusia), de acordo com uma revelação do Espírito Santo. As Cruzadas também foram movimentos milenaristas, que tinham como objetivo a conquista da Terra Santa e a preparação da “Nova Jerusalém” para a 2ª vinda de Cristo. No ano de 1033, multidões de fiéis se dirigiam a Jerusalém. Uma famosa lenda milenarista remonta ao Rei de Portugal, D. Sebastião, que morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no Marrocos, em 1578, em desastrada guerra contra os mouros, o que resultou na dominação de Portugal pela Espanha durante 60 anos. Muitos portugueses não acreditaram em sua morte e D. Sebastião se converteu no messias nacional português, lembrado sempre a cada dificuldade do Reino, e a crença em seu regresso foi denominada de “sebastianismo”. Sobre o assunto, leia No Reino do Desejado, de Jacqueline Hermann. No Brasil, houve vários movimentos messiânicos, como o de Silvestre José dos Santos, que começou a pregar o “paraíso terrestre” na Serra do Rodeador, em Pernambuco, a partir de 1817, tendo a seu redor 12 “sábios” que desempenhavam a função de seus apóstolos. Para Silvestre, quando o número de fiéis atingisse o número de 1.000, D. Sebastião regressaria da ilha de Brumas e organizaria um exército para libertar Jerusalém. O movimento foi extinto após uma carnificina. Um outro movimento, em 1838, no sertão de Pernambuco, dirigido pelo mameluco João Antônio dos Santos, afirmava que D. Sebastião estava encantado na Pedra Bonita (hoje Pedra do Reino, no município de Vila Bela, PE) e que seria desencantado depois que dois rochedos fossem regados a sangue humano. Desencantado o Rei, os fiéis que tivessem sido sacrificados, se eram pretos, ressuscitariam brancos; se eram velhos, ressuscitariam jovens; e todos seriam poderosos e imortais. Os sacrifícios foram bárbaros: pais atiravam os filhos do alto dos penedos, maridos degolavam as mulheres, adultos se ofereciam para o sacrifício. O grupo também foi desbaratado pelas autoridades e por fazendeiros locais. Outro movimento messiânico no Brasil foi o do “beato” Antônio Conselheiro, que fundou sua “cidade santa” em Canudos (a “Troia de Taipa”) e pretendia reconduzir seus fiéis à “divina monarquia”, a um “paraíso terrestre”. O movimento foi esmagado por tropas federais, salvando-se apenas mulheres e crianças. “... corria entre os seguidores do Conselheiro a crença de que a morte pela faca impedia que a alma fosse para o céu. Os soldados sabiam disso. Por isso mesmo, para aterrorizar o inimigo não só com a morte, mas com a própria interdição da salvação, dedicavam-se a ela com volúpia” (Roberto Pompeu de Toledo, in “Os Sertões e o caso Tim Lopes”, revista Veja no. 1762, pg. 114). Havia crença de que Antônio Conselheiro não morrera, mas seu prestígio aos poucos foi sendo superado pela figura do Padre Cícero. Hoje, a lenda em torno do “Padim Ciço” afirma que ele ressuscitará no dia do Juízo Final e instalará o “paraíso terrestre” em Juazeiro, a “Nova Jerusalém”. O Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, escreveu o romance A Guerra do Fim do Mundo, sobre Canudos, no qual mescla personagens reais e fictícios. Na colônia de São Leopoldo, RS, surge, a partir de 1872, o movimento dos Mucker. João Jorge Maurer e sua mulher Jacobina passam a realizar curas, interpretar a Bíblia e a pregar. Jacobina se torna a chefe religiosa e é considerada santa pela comunidade, se apresenta como a própria encarnação de Cristo e escolhe 12 “apóstolos” entre seus seguidores, prometendo fundar um império. Oponentes do movimento Mucker levaram o caso ao Presidente da Província, que mandou força militar para a região. Atacados, os Mucker se refugiaram na cidadela santa que haviam construído, a qual foi tomada depois de 2 meses de cerco, quando quase toda a comunidade foi morta, inclusive Jacobina. Em Santa Catarina, em 1842, surgiu o “monge” João Maria, que atraiu muitos simpatizantes, ao levar sementes aos agricultores, curar homens e animais. Em 1911, surgiu outro “beato” na região, de nome José Maria, dizendo-se irmão de João Maria. Na época, havia guerras políticas no interior de Santa Catarina e José Maria, prometendo paz, conseguiu reunir grande número de fiéis, amedrontando os fazendeiros, que diziam que no Estado estava se formando um novo Canudos. De 1912 a 1916, houve a Guerra do Contestado, nome derivado do contencioso entre o Paraná e Santa Catarina a respeito das terras a Oeste do Rio do Peixe, mas que na realidade foi uma guerra que envolveu o Exército contra os redutos dos fanáticos religiosos. Em 1947, surgiu um movimento messiânico urbano, no Rio de Janeiro, o Movimento Yokaanam. Em 1960, o Yokaanam adquiriu uma fazenda em Luziânia, a 70 km de Brasília, onde instalou a Fraternidade Eclética Espiritualista Universal - uma comunidade agrária. Ao lado do messianismo de tempero sebastianista, existe o messianismo que integra outros elementos, como a lenda de Carlos Magno e dos Doze Pares de França - o que ocorreu em Santa Catarina com o “monge” João Maria. Além do aspecto religioso, há também o aspecto político e social relacionado ao messianismo, como o pregado pelo comunismo, que pretendia (ou pretende ainda) formar um “paraíso terrestre” para uma “comunidade universal”.

Metadona - Droga opióide sintética, semelhante à heroína; utilizada em alguns países, como os EUA e o Canadá, na chamada “terapêutica de substituição” ou seja, a “redução de danos” no tratamento de viciados em heroína.

Metafísica do cotidiano - A pomposa expressão de pau se refere às coisas do cotidiano, o dia a dia de um simples mortal. Na literatura, podemos observar tal enfoque nas crônicas sociais, publicadas em jornais (Carlos Drummond foi um bom exemplo), ou em autores modernos, que preferem desenvolver o romance psicológico, em tom realista, no lugar da novela adocicada. Exemplos bons são os romances de Virginia Woolf (“Mrs. Dallowey” - que até virou filme, “As Horas”; “Orlando” - um rapaz aventureiro que um belo dia vira mulher) e de James Joyce (“Ulisses” - que é “uma volta ao dia em oitenta mundos”). No Brasil, a “metafísica do cotidiano” tem seu ponto alto nos escritos de Clarisse Lispector.

Método Paulo Freire - O pedagogo brasileiro Paulo Freire foi “assessor de educação do CMI, especialmente, para as atividades em países africanos. O CMI foi o mais entusiasta propagandista do livro Pedagogia do Oprimido, originalmente escrito em 1968 e cuja edição em inglês foi prefaciada por Richard Shaull” (CARRASCO, 2013: 87). “O avanço do processo revolucionário comunista antes de Março de 1964, na área da Educação, foi em grande parte creditado ao uso do Método Paulo Freire, que tem potencial para materializar, com inegável eficiência, aquela afirmativa de Fred Schwarz: ‘O primeiro passo na formação de um comunista é a sua desilusão com o capitalismo’. Hoje, o método e seu autor vêm sendo reabilitados em vários pontos do país, aparentemente com a mesma função revolucionária de antes. A alfabetização que propicia, baseada nas condições reais em que vive o aluno, explora largamente as contradições internas da sociedade para desmoralizar o capitalismo, e através dele a democracia, deixando a porta aberta para a opção socialista” (COUTO, 1984: 38-39). “O professor brasileiro Paulo Freire, ... descobriu que qualquer adulto pode aprender a ler em quarenta horas suas primeiras palavras que conseguir decifrar se estiverem carregadas de significação política; ... apenas a mobilização de toda a população pode conduzir à cultura popular. As escolas são contraprodutivas... O melhor caminho a seguir é um rompimento com a educação institucional rumo à educação popular. O método se baseia no uso de palavras e expressões empregadas conscientemente de forma dúbia e duvidosa, de acordo com o conceito que seu autor tem de ‘educação libertadora’ e que pode ser assim resumido no conhecido jargão esquerdista: ‘... há uma incompatibilidade estrutural entre os interesses da classe dominante e a verdade...; a verdade está do lado dos oprimidos e não pode ser conquistada senão na luta contra a classe dominante...; a verdade é revolucionária, não deve ser buscada e sim feita’” (Paul Johnson, in “Inimigos da Sociedade” - apud COUTO, 1984: 39). “O Método Paulo Freire foi criado em 1962. Em vez de uma cartilha, como acontece na maioria dos outros sistemas, Freire defendia a necessidade de se construir um material para o ensino a partir da fala de cada grupo de analfabetos. O sistema une a pedagogia à política. Para o educador, era necessário que os alunos fossem incentivados a entender o seu papel na sociedade. Qualquer pessoa, por mais humilde que seja, deve ter um repertório cultural tão rico quanto uma pessoa com melhor possibilidade” (jornal Correio Braziliense, 30/01/2003, pg. 4). O relativismo de Freire tenta nos convencer que a Nona Sinfonia de Beethoven tem a mesma riqueza cultural que o batuque do Timbalada ou o funk rebolativo de Anitta. O Método Paulo Freire é uma cópia pirata, de qualidade inferior, do Método Laubach (Cfr. “Método Paulo Freire ou Método Laubach?”, de David Gueiros Vieira, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach.html). Leia “Paulo Freire: 100 anos do autor que levou a política para a sala de aula”, de Gabriel da Arruda Castro, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/paulo-freire-100-anos-do-autor-que.html. Veja Cruzada ABC.

Métodos extremos de interrogatório - Eufemismo que designa a tortura, como a praticada pelos EUA contra terroristas muçulmanos presos após os atentados de 11/09/2001. “Como bons burocratas, anotaram até o número de sessões de sevícias a que submeteram algumas lideranças: 183, no caso do segundo na hierarquia da Al-Qaeda, para dar um exemplo” (Marcos Coimbra, in “Tolerância zero”, Correio Braziliense, 08/05/2011).

Metrossexual - Palavra de pau ainda por se firmar, significa a sensibilidade feminina do homem dos novos tempos, que passou a ser exigida pela mulherada, digo, pelas feministas. Um bom exemplo é o ex-jogador de futebol inglês, David Beckham, que pinta as unhas, gasta horas no cabeleireiro e usa maquiagem. O jogador de futebol Cafu, do Brasil, beijando a taça dos pentacampeões e gritando aos cinco continentes que ama a sua mulher, é um exemplo melhor para “metrossexual”.

MFDC - Movimento das Forças Democráticas de Casamança: luta desde 1981 pela Independência da região Sul do Senegal, que faz fronteira com o Norte da Guiné-Bissau.

MGB - Ministiérstvo Gossudarstviênnoi Bezopásnosti (Ministério da Segurança do Estado): órgão da Polícia Secreta Soviética; sucedeu ao NKGB, de 1946 a 1953; em 1954, deu origem ao KGB.

MI 5 - Military Intelligence, Branch 5: Serviço de Segurança Britânico (Contraespionagem).

MI 6 - Military Intelligence, Branch 6: Serviço de Espionagem Britânico (o mesmo que SIS).

Micha - (Gíria) Chave artesanal usada por ladrões para abrir fechaduras de carros.

Micro-ondas - Segundo Percival de Souza, em seu livro “Narcoditadura”, de 2002, o jornalista da TV Globo, Tim Lopes, quando realizava jornalismo investigativo numa favela do Rio de Janeiro, para apurar denúncias de que crianças e adolescentes realizavam sexo em um baile funk, foi preso, algemado, levou dois tiros nos pés para não fugir e levado até o traficante de drogas Elias Maluco. Este realizou um “tribunal”, condenando Tim Lopes à morte lenta, com tortura: teve, ainda vivo, as duas pernas cortadas; com um punhal grande, à moda samurai, Elias Maluco abriu o tórax de Tim Lopes; o corpo foi cortado em pedaços, colocado em pneus encharcados com óleo e queimados numa gruta de pedra no alto de um morro conhecida como “micro-ondas”. No Brasil, foi o primeiro assassinato de um jornalista investigativo feito por traficantes de drogas; na Colômbia, entre 1991 e 2001, 40 jornalistas foram assassinados (Cfr. “Trabalho de risco”, de Silvia Rogar, revista Veja no. 1755, de 12/06/2002, pg. 48). Os bailes funk têm dupla função: promover lazer para os jovens e ser chamariz para os consumidores de drogas. “Atualmente, o barato é transformar as menininhas em miniputas no vestir, no maquiar e no dançar, acelerando, inclusive, o processo de menstruação das pobres” (LOBÃO, 2013: 223). O funk, com sua “dancinha na boca da garrafa” e o “quadradinho”, está aí para acelerar a esbórnia desde a infância.

MIDA - Movimiento de Izquierda Democrático Allendista: sob uma fachada democrática, o Partido Comunista Chileno (PCCh) realiza, por meio do MIDA, trabalho político nas frentes de massas, enquanto tenta reativar a estratégia da luta armada com o Movimiento Manuel Rodriguez (MMR).

Mídia Ninja - Atuante em centenas de cidades brasileiras, a “Mídia Ninja - Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação” não passa de novo onagro a serviço da esquerda. Notabilizou-se durante os protestos ocorridos no Brasil em 2013.

Mídia Sem Máscara (MSM) - Trata-se de um site (https://midiasemmascara.net/) que é uma Midia Watch (Vigilância da Mídia), criada pelo jornalista, escritor e filósofo Olavo de Carvalho em 2002, onde eu escrevi de 2002 a 2014. Inicialmente, a extensão do site era .com.br, depois .org; atualmente, é .net. “Desde agosto de 2002, o MÍDIA SEM MÁSCARA é um website destinado a publicar as ideias e notícias que são sistematicamente escondidas, desprezadas ou distorcidas em virtude do viés esquerdista da grande mídia brasileira. Embora sem recursos para promover uma fiscalização ampla, MÍDIA SEM MÁSCARA colhe amostras, que por si só, bastam para dar uma ideia da magnitude e gravidade da manipulação esquerdista do noticiário na mídia nacional” (https://midiasemmascara.net/quem-somos/). A exemplo do programa Escola Sem Partido (ESP), o MSM também já foi objeto de estudo acadêmico, como “O MSM E O FASCISMO”, de Lucas Patschiki (http://tede.unioeste.br/bitstream/tede/1789/3/Lucas%20Patschiki%202012%20p3). Como se pode comprovar, os comunistas e os socialistas se referem aos anticomunistas que escrevem no MSM como “fascistas”; para Patschiki, se os articulistas de MSM não sonham com Stálin, com certeza transam com Hitler. O meu texto a que ele se refere no trabalho, “Olavo Desinovich Carvalho”, tem o link para site desativado, mas pode ser visto em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/olavo-denisovich-carvalho-por-felix.html.

Milagre brasileiro - De 1965 a 1973, o Brasil cresceu em média 9,8% ao ano, passando da 46ª. economia do mundo para a 8ª. O “milagre” foi detido pelas crises do petróleo, em 1973 e 1979, e pelo empréstimo de capitais a juros flutuantes. “O governo brasileiro só em 1967 criou a Resolução 63, permitindo ao setor privado brasileiro finalmente explorar o capital dos outros, via empréstimos externos. Isso permitiu ao Brasil crescer da 46ª. para a 9ª. economia do mundo (o grande erro dos economistas da época foi assinar empréstimos com juros ‘flutuantes’, que flutuavam após a assinatura do contrato. Deu no que deu, quebramos)” (Stephen Kanitz, in “A exploração do capital”, revista Veja, no. 1766, de 28/08/2002, pg. 18). Se não houvesse o monopólio da Petrobras, a idiotice de “o petróleo é nosso”, a história brasileira poderia ter sido muito diferente. A capacidade instalada de energia elétrica cresceu 500% entre 1964 e 1984. O Brasil, antes de 1964, era completamente dependente de importações, como petroquímica, papel e celulose, e alumínio. Uma ligação telefônica entre Rio e São Paulo, antes de 1964, durava até dois dias para ser completada. A variação do PIB, entre 1964 e 1984, foi de 242%. O Brasil dos militares colocou o País na modernidade e tirou dezenas de milhões de pessoas da miséria, com obras extraordinárias em infraestrutura (milhares de km de asfalto, hidrelétricas como Itaipu, Sobradinho, Tucuruí, Ilha Solteira, Urubupungá etc.), o Mobral, a criação do Banco Central, a TV colorida PAL-M (criação de um engenheiro militar do IME), a Embratel, a Embraer, a Embrapa, os sistemas Eletrobrás, Telebrás e Portobrás, os primeiros metrôs, a ponte Rio-Niterói etc. Os erros dos militares foram, entre outros: a tomada de dinheiro com juros flutuantes, o descuido com a educação básica, o atraso no processo da globalização, como a Lei de Reserva de Informática, que atrasou em duas décadas a inserção do Brasil no mundo da informação. “O afastamento do modelo tradicional cepalino de substituição das importações, em um momento favorável da conjuntura econômica internacional, associado a uma forma de domínio político autocrático, sem espaço para pressões de grupos organizados por aumentos salariais ou por alterações das opções estratégicas governamentais, gerou as condições particulares para o crescimento do país” (VILLA, 2014: 191). Sem dúvida, a edição do AI-5 favoreceu o “milagre brasileiro”: “Lembro-me muito bem do Delfim dizer, com a ideia do: ‘agora ponho a economia do País para crescer’, porque baixou os Atos que antes não poderia baixar, dependia de lei. Então, utilizando o Decreto-Lei, começamos a viver o ‘milagre brasileiro’” (Coronel Sérgio Mário Pasquali, HOE/1964, Tomo 5, pg. 199). As realizações dos governos militares, assim como seus erros, podem ser vistas em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/acertos-e-erros-da-revolucao-de-1964.html.

Milagre petista da ascensão social - Infelizmente, Castello Branco era contrário à propaganda das realizações de seu governo. Esse foi o maior erro de Castello e dos governos que o sucederam. As realizações dos militares foram estupendas, como a hidrelétrica de Itaipu - que consumiu em aço o equivalente a 380 torres Eiffel -, transformando o Brasil na 8ª potência econômica em uma década. Em 1963, o PIB era equivalente a 20,6 bilhões de dólares e as exportações, 1,4 bilhão de dólares, com saldo negativo de 244 milhões de dólares. Em 1984, as exportações somavam 27 bilhões de dólares. As realizações dos militares são lembradas, com detalhes, pelo Gen Div Luiz Augusto Cavalcante Moniz de Aragão na “História Oral do Exército, 1964”, Tomo 12, pg. 91 a 124. Em outubro de 2003, no primeiro ano do Governo Lula, o jornal O Globo estampava a seguinte manchete: “O Brasil passa de 8ª. à 15ª. economia do mundo”. No início do governo Dilma Rousseff, em 2011, o governo alardeava que o País tinha chegado à 6ª. posição, quanto ao PIB. Ocorre que, embutido, estava uma mentira petista, pois o cálculo era simplista, apenas uma conversão do PIB para o dólar bastante desvalorizado, sem levar em conta o valor de compra do real (paridade do poder de compra). Em 2012, o governo Dilma se superou: classificou como classe média os que auferiam renda familiar per capita entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00. Ou seja, quem recebe 2 salários-mínimos, para os petistas, pertence à baixa classe alta! E quem recebe acima de R$ 2.480,00, pertence à classe alta! Com inveja do “milagre brasileiro” dos militares, os petistas criaram o milagre da ascensão social das massas, numa canetada.

Milenarismo - O mesmo que messianismo, refere-se a movimento dito “messiânico”, dirigido por um líder que teria origem divina, o que tem ocorrido com bastante frequência no início de cada século ou milênio - daí seu nome. Nas igrejas cristãs, o milenarismo está também relacionado com a segunda vinda de Cristo, a Parusia, descrita pelo Apóstolo Paulo. Veja Messianismo.

Militante imaginário - Expressão criada por José Arthur Gianotti, significa aquele sujeito esquerdista que não quer saber de trabalho, ação, mas apenas discorrer sobre teoria revolucionária. Leia texto de Arnaldo Jabor sobre o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/o-militante-imaginario-por-arnaldo-jabor.html.

Militante político - Eufemismo comunista, muitas vezes significava apenas “terrorista”. Antigos terroristas, como Dilma Rousseff, dizem que pegaram no pau furado para exigir a volta da democracia. Mentira! A democracia que todo quinta-coluna vermelho do Brasil queria é aquela verificada na Cuba de Fidel Castro, ou seja, o totalitarismo comunista, como afirmou o terrorista arrependido Fernando Gabeira.

Militarista - Organização que se vale da violência (luta armada) para atingir os objetivos, como as organizações terroristas das décadas de 1960 e 1970 no Brasil, todas de inspiração comunista.

MIM - Movimento Independência ou Morte: o mesmo que Grupo Independência ou Morte (GIM). Articulado em 1969, quando integrantes da Guerrilha de Caparaó começaram a ser soltos; posteriormente, passou a denominar-se Resistência Armada Nacional (RAN), que, por sua vez, foi desbaratada no Rio de Janeiro e em Minas no início de 1973. Veja Brizoleone, Operação Pintassilgo, Operação Três Passos, POLOP, RAN e VPR.

Mimeógrafo - Antes da “era Xerox”, eram os mimeógrafos (a tinta e a álcool - a “cachacinha”) um dos principais equipamentos dos “aparelhos” dos terroristas brasileiros. Veja Aparelho.

Minas terrestres - Calcula-se que há em todo o mundo cerca de 120 milhões de minas terrestres plantadas em mais de 60 países. A cada 20 minutos há uma nova vítima dessas armas (mais de 2.000 vítimas por mês, das quais 800 perdem a vida; 9 em cada 10 vítimas são civis). Na Europa há mais de 10 milhões (Bósnia 3 m, Croácia 3 m, Ucrânia 1 m), na América Latina mais de 240 mil, na África mais de 44 milhões (Egito 23 m - só no campo de Batalha de El-Alamein, durante a II Guerra Mundial, foram plantadas 2 milhões; Angola 15 m; Moçambique 3 m), no Oriente Médio mais de 26 milhões (Irã 16 m; Iraque 10 m; Jordânia 206 mil), na Ásia mais de 32 milhões (Afeganistão 10 m - plantadas durante a ocupação soviética, 1979-89; Camboja 8-10 m; China 10 m; Vietnã 3,5 m). As Minas podem ser 1) de explosão: colocadas no subsolo e detonadas pelo peso do corpo de uma pessoa; 2) de fragmentação: colocadas no chão sem enterrar, são detonadas pelo barulho que aciona um dispositivo elétrico, provocando várias explosões e lançando estilhaços; 3) anti-remoção: explodem quando se tenta desativá-las; 4) saltadoras: erguem-se do chão e explodem no ar, na altura dos genitais, peito ou cabeça da vítima, dependendo de sua regulagem. Em 1997, o Tratado de Banimento de Minas Terrestres, ou Tratado de Otawa, foi assinado por 157 países.

Minha toga por uma garrucha! - O ministro do STF, Marco Aurélio Mello, disse em 2005 que se vivesse no tempo de “Os Três Mosqueteiros”, ele iria duelar com seu colega, ministro Joaquim Barbosa, após bate-boca em plenário, a respeito da votação sobre aborto de bebês anencéfalos (sem cérebro).

Minimalismo - Segundo Ayn Rand, assim como a desconstrução, o minimalismo é o mesmo que nihilismo; é a anti-ideia, a antiarte, a anti-inteligência. É o nada. Veja Desconstrução.

Minimanual do Guerrilheiro Urbano - Integra o livro “Teoria e Ação Revolucionárias”, de Carlos Marighella. Faça download em https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=Zm9yZWR1Y2F0aW9uLmNvbS5icnx0ZWNub2xvZ2lhLWRhLWluZm9ybWFjYW98Z3g6NDIxNjY3Njc3ZTQ5MDk5OA.

Ministério da Promoção da Igualdade Racial - Ministério de pau criado pelo sucessor de FHC, para instituir as cotas racistas negras no emprego público.

Ministério Público - Antigamente, tratava-se da vida pública de Jesus Cristo, dos ensinamentos pregados pelo Mestre na Terra Santa. Hoje, no Brasil, trata-se de um poder de pau que ainda não explicou direito a que veio. Sem dúvida, o Ministério Público tem prestado excelentes serviços ao Brasil, como no Caso Celso Daniel, cadáver insepulto, cuja causa mortis o PT até hoje conseguiu abafar. Porém, quando o Ministério Público se torna uma caixa de ressonância de um partido, como o PT ou seus genéricos, passa a ser apenas um vergonhoso “Petistério Público”, especialmente quando se refere a procuradores com prioridades esquerdistas, como era o caso de Luiz Francisco de Souza, do DF, petista de carteirinha, que só se desfiliou do PT muito tempo depois de assumir o cargo de procurador. Muito ativo durante o governo FHC, Souza ficou cego, surdo e mudo desde o primeiro governo do sucessor de FHC. Veja Petistério Público e Procuraponga.

Minuteman - 1. Donos de fazendas e de propriedades rurais de Massachusets, EUA, que possuíam armas para defesa contra-ataques de índios e de colonos franceses do Canadá. Quase todos os Minutemen pertenciam à milícia e alguns faziam parte de um grupo selecionado que podia entrar em ação em poucos minutos - daí o seu nome. 2. Nome de um míssil balístico, dos EUA.

MIP - Movimento pela Independência do Pampa (região de Novo Hamburgo, RS): separatismo.

MIR - 1. Comunidade camponesa (Rússia). 2. Movimiento de Izquierda Revolucionaria (Chile): criado em 1965, com a meta de alcançar o poder político via luta armada. Participou do governo Salvador Allende (1970-73), para a preparação de um autogolpe, para implantação do socialismo, o que foi evitado pela intervenção das Forças Armadas, com o general Pinochet à frente. O sociólogo Emir Simão Sader, uma das “libélulas” da USP, foi “militante” do MIR. Em 1989, o MIR participou do sequestro do empresário brasileiro Abílio Diniz, junto com a FPL de El Salvador. Os terroristas foram presos e receberam visita de solidariedade de notórios petistas, com as bênçãos de D. Paulo Evaristo Arns. Em nossa República Federativa dos Bandidos, eles não poderiam ficar muito tempo presos e foram soltos alguns anos depois. Veja Frente Manuel Rodríguez, Libélulas da USP e Libro Blanco.

Miséria africana - “A miséria, na África, é filha do socialismo” (REVEL, 2003: 97). Segundo Revel, as causas da miséria africana são as seguintes: coletivização soviético-chinesa; pilhagem dos recursos internos e auxílio externo, feito pelas oligarquias locais; guerras civis; guerras entre Estados; guerras de religião; extermínios étnicos; racismo interétnicos; racismo intertribal; massacres e genocídios. “Ébano”, obra-prima do escritor polonês Ryszard Kapuscinski, faz uma “descrição pateticamente soberba desta miséria africana provocada por africanos, e também o diagnóstico de suas causas” (idem, pg. 97-98). “A África teve mesmo, poder-se-ia dizer, um ‘Plano Marshall permanente’. Recebeu, por habitante, de 1960 a 2000, quatro vezes mais em créditos (não reembolsáveis, claro!) e auxílios que a América Latina ou a Ásia. Por que estes outros continentes decolaram, e a África não?” (idem, pg. 99).

Missão Geisel - No início do Governo Militar, em 1964, houve denúncias de torturas. “Quando o Presidente Castello tomou conhecimento de denúncias, de que estaria havendo tortura no Nordeste, mandou o General Geisel, imediatamente, ir até o local. De lá, foi a Fernando de Noronha. Hoje, tenho o testemunho de uma pessoa que foi presa na ocasião, um líder sindical petroleiro que mais tarde elegeu-se Deputado Federal, o Mário Lima, da Bahia. Era engenheiro da Petrobras, quando eu ocupava o cargo de superintendente da Empresa e me contou como o General Geisel foi de absoluta correção. Encontrava-se preso lá o Arraes. Penso que posso dizer isso, Mário Lima não vai me desmentir aqui: o Arraes chorava. Deu testemunho em relação a um Costa e Silva, coronel, que era o comandante de Fernando de Noronha, e que os tratou com absoluta correção e dignidade. Mário, por ter dado esse depoimento, foi criticado pelos comunistas, porque não deveria tê-lo feito. O ator Mário Lago, certa vez escreveu assim: ‘o comunista nunca diz que foi bem tratado, diz que foi torturado’, para criar de pronto um problema” (Senador Jarbas Gonçalves Passarinho, HOE/1964, Tomo 5, pg. 67-68). Veja Tortura.

Miss Liberty - Estátua fabricada pelos alunos de escultura da Academia Nacional de Belas Artes, de Pequim, que era réplica da Estátua da Liberdade de Nova York. Feita com gesso, pó de mármore e material plastificado, a estátua de 9 m de altura foi montada na Praça da Paz Celestial na noite de 28/05/1989, localizada entre o monumento aos Heróis do Povo e o retrato de Mao Tsé-Tung. Na época, milhares de estudantes foram trucidados por forças policiais, que deram um fim à revolta estudantil que pedia democracia. Leia o livro “Tien An Men - O Massacre na Praça da Paz Celestial”, de Ilario Fiori.

Mista’arvim - “Os arabistas”: unidade israelense formada durante a Intifada palestina, para prender e neutralizar elementos-chave da rebelião. Uma unidade, conhecida como Duvdevan (“Caridade”) operava na Cisjordânia, enquanto a Shimshon (“Sansão”) operava em Gaza até a retirada israelense (maio de 1994). Os homens dessas Unidades eram mascarados como árabes locais.

Mito de Fausto - Johann Wolfgang von Goethe é autor da mais célebre versão do Mito de Fausto, personagem de popular lenda alemã, que trata do pacto feito entre o médico e alquimista alemão Dr. Johannes Georg Faust e o demônio Mefistófeles: o médico vende a alma ao diabo em troca do conhecimento, da juventude e do amor de uma donzela. O Mito de Fausto também foi retratado por autores como Thomas Mann, Fernando Pessoa e Guimarães Rosa.

Mito palingenético - Idealização de uma comunidade humana primitiva de interação social que deverá retornar, sob uma forma superior, num estágio final da história humana. A esquerda latino-americana vê esse mito nas faces dos sandinistas, zapatistas, montoneros, do Sendero Luminoso, do Tupac Amaru e do MST, além dos indígenas.

MJL - Movimiento Juvenil Lautaro (Movimento da Juventude Lautaro): o grupo chileno também é conhecido como Facção Lautaro do Movimento da Ação Popular Unida (MAPU) ou Forças Rebeldes Populares Lautaro (FRPL). O grupo é violento, antiamericano e pretende derrubar o Governo chileno. Inclui elementos de esquerda e jovens alienados. Atividades: assassinato de policiais, roubo de bancos e ataques contra igrejas de mórmons. Ativo desde o final da década de 1980, enfraqueceu-se com as investidas antiterroristas do governo chileno. Em 18/10/2020, duas igrejas foram incendiadas no Chile, um ano após a explosão social de 2019, quando houve ataques incendiários violentos e saques ao comércio; não foram identificados os autores dos crimes, mas a extrema esquerda do país comemorou abertamente.

MLPA - Movimento pela Liberação dos Presos do Araguaia.

MLST - Movimento de Libertação dos Sem-Terra: originou-se em agosto de 1997, em Brasília, DF.

MLSTP - Movimento pela Libertação de São Tomé e Príncipe (linha marxista); conseguiu a Independência da colônia portuguesa em 12/07/1975.

MNR - Movimento Nacionalista Revolucionário: organizado por Leonel Brizola, João Goulart e outros exilados no Uruguai. Brizola era o líder idealizado por Fidel Castro para a Revolução no Brasil, devido a seu nacionalismo anti-imperialista. Após a Contrarrevolução de 1964, por intermédio de Lélio Telmo de Carvalho, o grupo de Brizola no Uruguai obteve ajuda de Cuba: treinamento de guerrilha e auxílio financeiro de mais de um milhão de dólares. O primeiro “pombo-correio” enviado a Cuba foi Herbert José de Souza, o “Betinho”, seguido de Neiva Moreira e do ex-coronel do Exército, Dagoberto Rodrigues (na Tricontinental, Brizola enviou Aloísio Palhano, ex-membro do CGT). Pressionado por Cuba, para justificar os recursos financeiros, Brizola criou em 1966 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), para implantar a guerrilha no campo. O MNR articulou a Guerrilha do Caparaó, na região do Pico da Bandeira, em Minas Gerais, onde todos os integrantes foram presos em 1967, depois de serem denunciados às autoridades, por abaterem reses, antes mesmo de desencadear qualquer tipo de ação revolucionária. Brizola não contratou advogados para os presos e não prestou conta dos dólares cubanos, sendo chamado por Fidel Castro de El Ratón. Os remanescentes desse grupo uniram-se à esquerda da POLOP para criar a VPR. Caparaó seria a “Sierra Maestra à brasileira” (NAPOLITANO, 2014: 86). Leia a dissertação “A Guerrilha Esquecida - Memórias do Caparaó (1966-67), o primeiro foco guerrilheiro contra a Ditadura Militar no Brasil”, de Dinoráh Lopes Rubin Almeida, com inúmeras fotos históricas  - http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_5854_DISSERTA%C7%C3O%20-%20Dinor%E1h%20Rubim.pdf. Veja Brizoleone, Operação Pintassilgo, Operação Três Passos, POLOP, RAN e VPR.

Mojahedin do Povo - Organização clandestina iraniana, fundada em 1965 para lutar pela democracia contra a ditadura corrupta do Xá da Pérsia. No início de junho de 1981, milhares de prisioneiros políticos foram torturados e perto de 100 simpatizantes do Mojahedin do Povo foram mortos pelo regime do Ayatollah Khomeini. No mesmo mês, o Pasdaran (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica) abriu fogo contra uma manifestação pacífica de meio milhão de pessoas, em Teerã, que protestavam contra o retorno do despotismo. As execuções em massa, incluindo mulheres grávidas, eram sancionadas através de decreto religioso (fatwa), baixado por Khomeini e pelos juízes religiosos, o que levou o Mojahedin do Povo a pegar em armas contra o novo regime teocrático.

Moledet - Partido político de Israel, de ultradireita; defende a transferência de todos os palestinos de Israel para a Jordânia.

Molhado - Diz-se de agente influenciador, utilizado em serviço especial e previamente comprometido, para servir de “caixa de ressonância” da desinformação. A praga do “molhado” se propagou exponencialmente nesses tempos de youtubers e digital inluencers.

MOLIPO - “Organizado em Cuba pelo chefe do Departamento de América do serviço secreto, Manuel Piñero Losada, o Barbaroja, e comandado por [José] Dirceu e Antonio Bentazzo, o Molipo começou a chegar ao Brasil no final de 1970. O projeto inicial consistia em tomar o controle da ALN. Quando Barbaroja percebeu que não alcançaria o objetivo, por conta de divergências plíticas com líderes daquela organização, decidiu criar o Molipo, que tinha como brasão o Cruzeiro do Sul, símbolo do Exército, dentro de uma alça de mira, com a frase ‘Libertação ou Morte” (CABRAL, 2013: 89-90). O MOLIPO era formado em sua maioria por integrantes do chamado “III Exército da ALN”, ou seja, de militantes com curso de guerrilha em Cuba. “Depois da morte, em 1969, de Carlos Marighella, dirigente máximo da ALN, os cubanos resolveram interferir na condução da luta armada que pretendia desenvolver no Brasil. Para isso, através de José Dirceu, cooptaram uma parte dos militantes da ALN que se encontrava em Cuba e financiaram a formação do MOLIPO - Movimento de Libertação Popular. Na ALN era voz corrente que José Dirceu era um G2, agente ligado ao serviço de informações do governo cubano e um dos raros sobreviventes por uma razão muito simples: refugiou-se no interior do Paraná perdendo contato com os companheiros que chegavam ao Brasil e eram sumariamente executados” (Paulo de Tarso Venceslau, “30 Moedas”, site Jornal Contato, acesso em 13/05/2011). José Dirceu foi nomeado por Fidel Castro para implementar um foco guerrilheiro no Brasil, com base no Grupo Primavera. Fez plástica para não ser reconhecido. “A equipe médica [sob os cuidados de um cirurgião plástico chinês] fez três pequenas incisões: uma bem rente ao bigode, por onde entrou a próteses que modificaria o formato do nariz, e outras duas acima das orelhas, que permitiriam esticar as maçãs do rosto” (CABRAL, 2013: 84). José Dirceu voltou ao Brasil em 1971, com nariz adunco e passaporte argentino, com o nome falso de Carlos Henrique Gouveia de Melo: de Havana viajou para Moscou, depois para Praga, Frankfurt, Bogotá e, finalmente, Manaus. Em junho de 1975, Dirceu foi morar em Cruzeiro do Oeste, PR, onde se casaria com uma dona de butique, Clara Becker, com quem teve um filho, José Carlos Becher Gouveia de Melo, o Zeca Dirceu, atual deputado federal pelo PT, que já foi prefeito de Cruzeiro do Oeste (2004 a 2008). Lá, Dirceu recebeu o apelido de “Pedro Caroço”, personagem do forró Severina Xique-Xique, de Genival Lacerda: “Ele tá de olho na butique dela”. José Dirceu viajava constantemente a São Paulo, para abastecer sua loja, Magazine do Homem, com produtos “como Levi’s, US Top, Lee, Garbo e Casa José Silva” (Idem, pg. 104). Em São Paulo, “retomaria pontos com remanescentes da ALN indicados por Sooma” (Idem, pg. 105). O advogado Ivo Shizuo Sooma era o “contato dos cubanos em Maringá” (Idem, pg. 102). Nessas idas a São Paulo, Dirceu “teve um longo caso com Suzana Lisboa” (Idem, pg. 109), uma das “remanescentes” da ALN, junto com Paulo de Tarso Venceslau, Moacir Maricato, Reinaldo Morano, Carlos Alberto Lobão, Carlos Chneiderman e Frei Betto. Nessa época, segundo o SNI, Dirceu esteve em Buenos Aires com Vladimir Palmeira, “comandando um congresso que pretendia organizar uma entidade estudantil sul-americana e reorganizar o movimento no Brasil” (Idem, pg. 106). “Os amigos Frei Betto, Vannuchi e Paulo de Tarso se encarregaram dos trabalhos do aluno, que nunca se empenhara nos estudos. Em 1983, [José “Daniel” “Hoffmann” “Carlos Henrique” “Pedro Caroço” Dirceu] formou-se advogado” (Idem, pg. 120). “Documentos do II Exército, disponíveis no Arquivo Público do Estado de São Paulo, apontam Dirceu como um dos responsáveis por um caso bem mais grave: a morte de um sargento da Polícia Militar, na rua Colina da Glória, no Cambuci, a 19 de janeiro de 1972. Segundo o depoimento do fiscal de obras Lazro Finelli, dois homens tentaram roubar o Fusca do policial Thomas Paulino de Almeida, que reagiu, dando um soco no rosto de um deles. O outro rapaz, então, atirou na cabeça do PM, que morreria no local. Vendo as fotos de um álbum de ‘terroristas procurados’, Finelli reconheceria Dirceu como o homem que levou o soco e José Carlos Giannini, também do Molipo, como o autor do disparo” (CABRAL, 2013: 88-89). “Nove anos depois da operação, no mesmo hospital do médico chinês, [Dirceu] reverteria a cirurgia plástica que modificara seu rosto. A nova operação precisou apenas de uma anestesia local e de um único corte, para a remoção da plástica do nariz. Ao tirar a prótese, as maçãs do rosto voltaram à posição original” (Idem, pg. 113). No dia 05/01/1972, ao ser montado pelos Órgãos de Segurança uma “campana” junto a um carro roubado num estacionamento de Santa Cecília, centro de São Paulo, um homem de origem japonesa, ao receber ordem de prisão, reagiu e foi morto. Sua identidade era falsa, com o nome de Massahiro Hakamura; após buscas nos arquivos datiloscópicos, a polícia descobriu que era Hiroaki Torigoe, um dos membros do Comando Nacional do MOLIPO. Em janeiro daquele ano foram neutralizados dois pontos de apoio do MOLIPO: em Vanderlândia, GO, e em Santa Maria da Vitória, BA, que estava sendo “trabalhado”. No dia 18 de janeiro, três militantes do MOLIPO, fugindo de uma caçada policial, roubaram outro carro para prosseguir na fuga, matando seu ocupante, o 1º sargento da PM/SP, Thomas Paulino de Almeida. Na cidade de Paraíso do Norte, GO, no dia 15/02/1972, foi morto outro militante do MOLIPO, Arno Preis (meu tio materno), que portava documentos falsos, com o nome de Patrick McBundy Comick, o qual matou, quando convidado a comparecer na Delegacia Policial, o soldado PM/GO, Luzimar Machado de Oliveira, ferindo gravemente outro militar, Gentil Ferreira Mano. No dia 27/02/1972, Lauriberto José R. e Alexandre José I. V. travaram tiroteio com a polícia em Tatuapé, São Paulo, matando o funcionário aposentado Napoleão Felipe Biscalde, sendo mortos pela Polícia. Veja Grupo dos 28 e crimes do MOLIPO em https://www.youtube.com/watch?v=B3BG_n59OMQ.

MOMEP - Missão de Observadores Militares Equador-Peru (em inglês: Military Observer Mission Ecuador/Peru): efetuada pelos países-garantes do Protocolo do Rio de Janeiro, de 1942 (Argentina, Brasil, Chile e EUA), criada depois dos incidentes fronteiriços entre aqueles dois países em 26/01/1995, quando o Equador contestou os limites na área da Cordilheira do Condor. A MOMEP teve início em 11/03/1995 e foi desativada em 1999. O Brasil desempenhou papel fundamental na pacificação dos dois países sul-americanos, em 1981: “O General Adhemar da Costa Machado me contou uma história que serve para mostrar um pouco do temperamento do Presidente Figueiredo. Não sei se o senhor foi testemunha. Existia um litígio entre o Peru e o Equador, até acabou havendo perigo de enfrentamento militar entre eles, ao longo da Rodovia Pan-americana. A tropa do Peru de um lado e a do Equador, do outro. O Presidente Figueiredo quis mandar alguém lá, a fim de tentar resolver a situação. Escolheu o General Adhemar da Costa Machado, que servia no Estado-Maior do Exército, como 2º. Subchefe. Seguiu com 2 Coronéis, um deles chamava-se Ilson Nunes da Silva. O General Adhemar contou-me que foi ao Itamaraty, para saber dos detalhes, e lhe disseram: ‘Olha, a parte diplomática já acabou, não existe como, diplomaticamente, resolver isso. O Presidente quer que, pelo menos, vá um militar para tentar evitar o confronto bélico.’ Resolveu, então, ir ao Presidente, para pedir orientação e procurou o General Venturini, Chefe do Gabinete Militar. Segundo o General Adhemar, vou ser fiel aqui, porque os dois faleceram, o General Venturini voltou, com o seguinte recado: ‘Olha, o General Figueiredo mandou você ir à ‘m....’, pois se tivesse orientação já a teria dado, há muito tempo. O fato é que não há orientação a ser dada; vai lá e vê o que você consegue.’ (...) O General Adhemar foi e conseguiu abrandar a situação, tanto que naquele período nada mais ocorreu. O problema foi surgir, novamente, em 1994” (General-de-Exército Octávio Aguiar de Medeiros, Tomo 15, pg. 48). Cfr. “Conflitos fronteiriços entre Peru e Equador” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/conflitos-fronteiricos-entre-peru-e.html.

Montoneros - Ala armada do Movimento Peronista (“Soldados de Perón”): surgida em 1966, sequestraram, em 19/09/1974, em Buenos Aires, os irmãos Jorge e Juan Born, herdeiros do conglomerado Bunge y Born. Pela libertação dos mesmos, os Montoneros receberam US$ 64 milhões, incluindo ações, bônus e outros documentos negociáveis. O dinheiro desse sequestro e outros assaltos renderam US$ 70 milhões e era controlado por Mario Eduardo Firmenich, “El Pepe”, e Roberto Jorge Quieto, “El Negro”. Um banqueiro judeu-argentino, David Graiver, foi escolhido para depositar US$ 40 milhões nos EUA, porém o avião desapareceu sobre o México com todo o dinheiro. O restante do dinheiro, após a morte de “El Negro”, passou para a supervisão dos cubanos, em 1977, que ajudaram os sandinistas com US$ 1 milhão, a FMLN (El Salvador) com 200 mil, outro tanto para a URNG (Guatemala). O MIR (Chile) teria recebido a maior soma. Guerrilheiros de outros países centro-americanos também receberam dinheiro. Em 1988, Firmenich foi preso no Brasil e em 1990 anistiado pelo presidente Carlos Menem. “Na Argentina, vários grupos estavam em atividade, porém dois eram particularmente poderosos: os Montoneros e o Ejército Revolucionário del Pueblo (ERP). Entre 1970 e 1973, o terror aumentou suas ações. Quando o presidente Juan Perón morreu, em 1º. de julho de 1974, e sua mulher Isabelita – vice-presidente – o substituiu no governo, tudo se deteriorou e os guerrilheiros passaram a operar ostensivamente. Nesse ano, eles fizeram 21 tentativas de invasão a unidades militares, 466 atentados a bomba, assassinaram 110 pessoas e sequestraram outras 117. Na década de 1969-1979, foram praticados pelas organizações terroristas argentinas 21.000 atentados a bomba, 1.748 sequestros e 1.501 assassinatos. Em 1975, em meio a uma escalada da violência, uma ordem da presidente Isabelita determinou ao exército fazer o que fosse necessário para neutralizar ou aniquilar o processo subversivo-terrorista. Os militares tomaram o poder em 24/03/1976, quando o movimento terrorista estava conduzindo o país ao caos e à anarquia. Em 1983, ao término da luta armada, o saldo de mortos era superior a 30.000 pessoas”. (USTRA, 2007: 135). Veja El Monumento a la Memoria, Justicialismo e Peronismo.

Moonbat - Grão Morcego da Lua. “É o epíteto político de esquerdistas e progressistas. É o equivalente ecológico de Mahmoud Ahmadinejad fazendo pronunciamento sobre abusos do Ocidente depois de enforcar outra estudante de treze anos sob acusação de ‘adultério’” (DELINGPOLE, 2012: 69).

MOOTW - Military Operations Other Than War (Operações Militares Abaixo do Nível de Guerra, ou de Não-Guerra): como exemplo, podem ser citadas as operações americanas em Granada, no Panamá, na Somália e no Haiti.

MORELN - Movimento Revolucionário de Libertação Nacional: dissidência do PCB (1966) ou Dissidência Fluminense. Com a morte de Che Guevara, em 08/10/1967, mudou seu nome para Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Morenismo - Filosofia revolucionária baseada nas obras de Hugo Miguel Bressano (“Moreno”), um dos ideólogos da IV Internacional. Caracteriza uma cisão no trotskismo.

Morte de Deus - O livro “Assim falou Zaratustra”, de Friedrich Wilhelm Nietzsche, narra a história de um pensador que declara a morte de Deus, que a moral cristã não serve mais aos humanos e que eles agora estão sozinhos e devem se superar, tornado-se Übermensch, ou seja, Súper-Homem, Homem Completo, Homem Superior, Além-Homem. O livro inicia assim: “’Quando Zaratustra fez 30 anos, deixou sua casa e o lago dela, e subiu as montanhas. Lá, ele se deixou impregnar pelo seu espírito e sua solidão, e por dez anos não se cansou deles. Mas, finalmente, uma mudança ocorreu no seu coração e certa manhã se levantou com a aurora, parou em frente ao Sol e falou...’ (...) O anúncio de Nietzsche da morte de Deus, e que não deve ser confundido com o movimento norte-americano da vida breve dos anos 60, teve uma incrível influência. O que queria dizer com isso, como costumava fazer, continua aberto a uma variedade de interpretações. Mas o ponto essencial do seu anúncio foi o de que uma sensação de tragédia e falta de sentido da vida desmoralizara a espécie humana; o ensinamento cristão - que ele odiava em especial - divorciara-se da realidade e induzia os homens a procurar refúgio num deus irreal - um deus que Nietzsche dizia estar morto. Esse diagnóstico do velho deus cristão morto é estritamente cultural. Não está logicamente em questão a existência de um deus vivo. É óbvio que Nietzche pode ser interpretado tanto de uma forma religiosa quanto ateísta” (SEYMOUR-SMITH, 2020: 536-537).

Morte piedosa - Gnadentod (Alemão): em 01/09/1936, Hitler assinou o Programa T4 (Aktion T4), para extermínio de recém-nascidos inválidos. Esse Programa ou Ação T4 de eutanásia revê seu nome oriundo de um endereço de Berlim - Charlottenburg, na Tiergartenstraße no. 4. “Aqueles que eram selecionados para morrer recebiam altas doses de Luminal. Eram meninos espásticos, incapazes de falar ou de caminhar. Quem os via de fora, imaginava que eles estavam dormindo. Na verdade, eles estavam morrendo” (depoimento do doktor F. ao historiador Robert Jay Lifton - apud MAINARDI, 2012: 43). Na primeira fase, foram mortos 5.000 recém-nascidos. Na 2ª fase, foram exterminados também adultos inválidos, doentes mentais, epiléticos, alcoólatras. Os médicos injetavam “uma mistura de morfina, de escopolamina, de curare e de cianureto” (idem, pg. 43). “Além de Bomhler, Brandt e Brack, a organização compreendia 114 pessoas” (KERSHAW, 2010: 567). “A matança, feita principalmente com monóxido de carbono administrado por médicos cuja participação não era compulsória, era realizada em asilos selecionados, sendo os mais famigerados os de Grafeneck, Hadamar, Bernburg, Brandenburg, Hartheim e Sonnenstein” (idem, pg. 567). Pacientes com doenças mentais das cidades costeiras de Stralsund, Swinemünde e Stettin foram removidos para Neustadt, perto de Danzig, e fuzilados pela SS. O regime nazista “passou a usar protótipos de vans de gás móvel para matar os doentes mentais nessa parte da Polônia anexada. Estima-se que, em meados de 1940, essas ‘ações’ regionais já haviam tirado a vida de 10 mil vítimas. Em agosto de 1941, quando a Ação-T4 foi suspensa - tão sigilosamente quanto começara - a quantidade-alvo estabelecida pelos médicos no verão anterior havia sido superada. Até essa data, somente no âmbito da Ação-T4 calcula-se que entre 70 e 90 mil pacientes foram vítimas do ‘program de eutanásia’ de Hitler. Visto que os assassinatos não estavam confinados à T4, nem terminaram com sua suspensão em 1941, o número de vítimas do programa nazista de liquidação de doentes mentais pode ter chegado ao dobro” (idem, pg. 568). Em 14/07/1933, Hitler já havia aprovado a Lei para a Prevenção de Descendência Hereditariamente Doente, ou Lei da Esterilização, totalizando 400 mil vítimas.

Morte térmica do universo - Com base na 2ª. lei da termodinâmica, é como se especula o estado final do universo, quando terá alcançado entropia máxima. “Em outras palavras, ao contrário de tantos cientistas, ele [Norbert Wiener] não se deleitou na aparentemente axiomática noção da Segunda Lei da Termodiâmica, a lei que num sistema fechado de entropia (desordem) ganha maior peso e que foi chamada no século XIX de ‘o calor-morte do universo’ (the heat-death of the universe). De qualquer modo, Wiener aceitou as totais consequências do fato de que, em sistemas fechados, a energia se transforma em desordem, as coisas caem, e o caos se instala. Vale a pena dizer que ainda não se sabe se o Universo é um sistema fechado ou não” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 624). Resumo do resumo: a longo prazo - e põe longo prazo nisso! - o universo inteiro irá se transformar em poeira.

MOSSAD - “Instituto”, em hebraico, ou Ha’Mossad le Modein Ve’le Tafkidim Meyoushadim: agência de inteligência externa israelense, criada por David Ben Gurion em 1951. Um de seus fundadores, Issar Harel, notabilizou-se, em 1960, pelo sequestro do dirigente nazista Adolf Eichman, que se encontrava escondido em Buenos Aires.

MOSTRUTERRA - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, com sede em Rondonópolis, MT.

Mot d’ordre - (Francês) “Palavra de ordem”. Senha para saber quem é partidário ou adversário. Na América Latina, le mot d’ordre da esquerda, dentre muitos, é “Lula Livre”, berro proferido pelo atual presidente da Argentina, Alberto Fernández, durante a campanha presidencial (2019). Veja Língua de pau.

Motim da fome - Uma greve geral, em 1962, na Baixada Fluminense, “degenerou no ‘Motim da Fome’, marcado pelos saques ao comércio, com saldo de 11 mortos e centenas de feridos” (NAPOLITANO, 2014: 37).

Movimento Aceh Livre - Formado por muçulmanos que lutam pelo separatismo da Província de Aceh, na Indonésia.

Movimento birther - Teoria conspiratória, abraçada por personalidades como o presidente americano Donald Trump e o filósofo Olavo de Carvalho, que coloca em dúvida se o ex-presidente dos EUA, Barack Hussein Obama II, teria nascido no Havaí, Estado dos EUA, ou no Quênia. Documento comprova que Obama, filho de mãe americana, Ann Dunham, e pai queniano, Barack Obama Sr., nasceu em 04/08/1961, no Centro Médico Kapiolani, na cidade de Honolulu, Havaí.

Movimento de Massa - “Os movimentos totalitários são possíveis onde existem massas que, necessariamente, não são organizados, muitas vezes indivíduos neutros e politicamente indiferentes, que não podem organizar-se dentro de partidos políticos, governos municipais, organizações profissionais ou sindicatos” (Hannah Arendt, in As origens do totalitarismo). Em 1928, os nazistas obtiveram em torno de 800.000 votos, em 1930 6.500.000 e nas eleições de 1932 aproximadamente 14.000.000. “No aspecto psicológico, a classe média alemã estava ofuscada pelos operários e pela alta burguesia, cujos sindicatos, cartéis e partidos passaram a ser o alvo das atenções. O empobrecimento psicológico da classe média inferior precipitou o sentimento de insegurança - solo fértil para o protesto do movimento de massas, a desforra nazista” (Lasswell, in “Psychology of Hitlerism”). Atualmente, o MST é o mais importante movimento de massa do Brasil, consegue mobilizar, num mesmo dia, milhares de pessoas em todas as capitais do país, muitas vezes com efetivo superior ao das Forças Armadas brasileiras.

Movimento Eugênico - “Melhoria racial”: tese de pau vigente entre os anos de 1920 e 1940, que se desmoralizou frente às atrocidades nazistas durante a II Guerra Mundial. Veja Racismo.

Movimento Islâmico Armado - Implantado pela Irmandade Muçulmana Internacional (IMB), o MIA (ou AIM), popularmente conhecido como Legião (ou Brigada) Internacional do Islã, é a ponta de lança do terrorismo islâmico internacional. Os inimigos jurados de morte do Movimento são os cidadãos dos EUA, da Europa Ocidental e de Israel. Os terroristas de maior destaque são conhecidos como “afegãos”, pois muitos deles foram treinados com os mujadins no Paquistão e lutaram no Afeganistão contra os soviéticos (depois, contra os EUA). As bases de apoio ficam no Sudão, Irã, Afeganistão e Paquistão, e há organizações ativas em todos os cantos do mundo onde haja muçulmanos, incluindo a Tríplice Fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai), onde há recrutamento de pessoal.

Movimento Pacifista - Apoiado por Moscou durante a Guerra Fria, enquanto ainda não tinha a bomba nuclear. Moscou era contra a Guerra do Vietnã, criticando a ingerência americana, mas não sentiu nenhum remorso ao invadir o Afeganistão, em 1979. Nem em tomar a Crimeia, na mão grande, em 2014.

Movimento pela Despocotização do Brasil - Liderado pelo jornalista e escritor Luciano Pires: “Meu grito começou em 2003 quando lancei o livro ‘Brasileiros Pocotó - Reflexões sobre a mediocridade que assola o Brasil’, iniciando uma luta pela ‘despocotização’ do país. ‘Despocotizar’ vem de ‘pocotizar’ que vem de ‘pocotó’... Criei esse neologismo a partir do funk ‘Eguinha Pocotó’ que infestou as rádios e televisões do Brasil neste começo de milênio. Uma pessoa pocotó é um bovino resignado que vive em manadas e é levado para onde os mais espertos querem. Alguém decide o que ela vai ler, comer, ouvir, vestir e... quem eleger! Sempre conformado e obediente, o pocotó não tem espírito crítico. Diante da oportunidade de escolher, prefere seguir a multidão. O pocotó é o representante daquele atributo que faz parte da natureza humana e que existirá enquanto houver um ser humano vivo: a mediocridade. O desafio é saber reconhecê-la e lutar para escapar dela” (https://lucianopires.com.br/).

Movimento pela Ética na Política - O Movimento de 1992, que teve o apoio de Herbert de Souza, o Betinho, antigo “militante” da AP e pombo-correio de Fidel Castro-Leonel Brizola, serviu de mobilização para a campanha contra a fome e foi o impulso para a concretização do impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello. “O público nacional ignora a inspiração diretamente gramsciana do Movimento pela Ética na Política e nem de longe suspeita que seu único objetivo é politizar a ética, canalizando as aspirações morais mais ou menos confusas da população de modo que sirvam a objetivos que nada têm a ver com o que um cidadão comum entende por moral” (CARVALHO, in  “A Nova Era e a Revolução Cultural” que pode ser acessado em http://old.olavodecarvalho.org/livros/neindex.htm.

Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA) - Fundado em 10/12/1956, foi um movimento multirracial, de orientação marxista pró-soviética, com predomínio da etnia quimbundo. A retirada da África do Sul de Angola, em março de 1976, permitiu ao MPLA, assistido pelos cubanos, estender seu controle para a maior parte do interior do país. Em 1991, após conversações de paz (Acordo de Bicesse), completou-se a retirada dos cubanos, e os EUA e a África do Sul suspenderam seu apoio ostensivo à UNITA. O MPLA passou a governar Angola com o Presidente José Eduardo dos Santos, em 1992.

Movimento Quarto Mundo - Defende que os grupos indígenas são os donos originais das reservas naturais por eles habitadas. Se Terceiro Mundo é o purgatório, o Quarto Mundo só pode ser o limbo. Veja Primeiro Mundo.

Movimento Reparações Já! - Idealizado pelo Núcleo de Consciência Negra (NCN), o movimento pauleira surgiu em 1993, na Bahia, e pleiteia que o Estado brasileiro indenize a cada descendente de escravo africano pelo trabalho gratuito de seus ancestrais, ou seja, “todos os negros e mestiços do país”. Não tenho dúvida de que esses senhores, caso tivessem vivido no tempo da escravidão, também teriam seus escravos, como ocorreu com Zumbi dos Palmares. A indenização pretendida pelo movimento é de US$ 102 mil para cada descendente de escravo. Nelson Ramos Barretto lembra como o movimento negro substituiu a bondosa Princesa Isabel por Zumbi, um escravocrata que espalhava o terror nas populações vizinhas a partir do Quilombo dos Palmares. Barretto apresenta uma prova de que “Zumbi mantinha escravos de tribos inimigas para os trabalhos do quilombo”, tirada do livro Divisões Perigosas, de José de Souza Martins (Ed. Civilização Brasileira, Rio, 2007, pg. 99): “Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniquidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia. As etnias de que procederam os escravos negros do Brasil praticavam e praticam a escravidão ainda hoje, na África. Não raro capturavam seus iguais para vendê-los aos traficantes. Ainda o fazem. Não faz muito tempo, os bantos, do mesmo grupo linguístico de que procede Zumbi, foram denunciados na ONU por escravizarem pigmeus nos Camarões” (BARRETTO, 2007: 20). “Nos anos 70, os historiadores marxistas projetaram no Quilombo de Palmares tudo o que imaginavam de sagrado para uma sociedade comunista: igualdade, relações de trabalho pacíficas e comida para todos. Sabe-se hoje que o quilombo do século 17 estava mais para um reino africano daquela época que para uma sociedade de moldes que surgiram mais de um século depois. Zumbi provavelmente descendia de imbangalas, os ‘senhores da guerra’ da África Centro-Ocidental. Guerreiros temidos, eles habitavam vilarejos fortificados, de onde partiam para saques e sequestros dos camponeses de regiões próximas. Durante o ataque a comunidades vizinhas, recrutavam garotos, que depois transformariam em guerreiros, e adultos para trocar por ferramentas e armas. Esse modo de vida é bem parecido ao descrito por quem conheceu o Quilombo dos Palmares. ‘Quando alguns negros fugiam, mandava-lhes crioulos no encalço e uma vez pegados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor’, afirma o capitão holandês João Blaer” (Leandro Narloch, in “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” - http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/10631-guia-politicamente-incorreto-da-historia-do-brasil.html, acesso em 10/06/2011). Darcy Ribeiro afirmou: “No Brasil, a mestiçagem sempre se fez com muita alegria”.

Movimentos revolucionários - “A América ficou assustada com a vitória da revolução cubana. A família militar brasileira ainda mais, pela recordação do sacrifício de 1935, a conhecida Intentona Comunista. O General Castello Branco, quando Diretor Geral de Ensino, tomou a iniciativa de introduzir nos cursos das escolas a matéria Movimentos Revolucionários. Que me lembre, foi o primeiro chefe militar brasileiro a preocupar-se com o estudo desses movimentos que se expandiram pelo mundo” (Coronel Anysio Alves Negrão - HOE/1964, Tomo 15, pg. 321). Em 1964, Negrão era capitão Ajudante-de-Ordens do General Castello Branco; no biênio 1986/1987, foi adido militar no Egito. Durante os governos militares, havia nas escolas militares a matéria Guerra Revolucionária (G Revo), ministrada tanto para oficiais, quanto para praças.

Movimento Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) - ONG formada por militares e civis em 1998, que pregavam a democracia e combatiam o terrorismo. Foi o contraponto ao Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM), fundado em 1985, que enaltece os terroristas brasileiros das décadas de 1960 e 1970 e sataniza os agentes e órgãos da Segurança que combateram a peste vermelha. O site www.ternuma.com.br/ está inativo, mas não o Twitter - https://twitter.com/ternuma/. Veja o site A Verdade Sufocada (https://www.averdadesufocada.com/), criado por Joseita Brilhante Ustra, viúva do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM) - Fundado em 1985 por Cecília M. B. Coimbra, psicóloga, professora-adjunta da Universidade Fluminense e doutora pela Universidade de São Paulo. Em 1970, Cecília Coimbra ficou presa durante 4 meses, devido a seu envolvimento no sequestro do embaixador americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. O Tortura Nunca Mais, à revelia da Lei da Anistia, faz patrulhamento ideológico contra militares que combateram o terrorismo de esquerda nas décadas de 1960 e 1970, interferindo nas promoções ao generalato, acusando muitos oficiais de “torturadores”, sem apresentar provas. Apesar desses atos revanchistas, o torturador Tortura foi considerado “de utilidade pública” pelo governo FHC, do qual recebia vultosas somas em dinheiro. É só acompanhar o Diário Oficial da União para descobrir que nada mudou durante o governo petista.

Movimento Volk - Volk (Povo, em alemão) foi um movimento romântico alemão, especialmente de jovens, desde os idos napoleônicos, baseado na mitologia e no cenário cultural da paisagem alemã. Eles queimavam livros “estranhos” e perseguiam estrangeiros que “corrompiam” a “cultura Volk” desde os idos de 1817. Com a ascensão de Hitler, houve uma grande queima de livros, em 10/05/1933, incluindo os do poeta Heinrich Heine, que disse: “Onde os livros são queimados, no fim, as pessoas também são queimadas” (apud HERSHAW, 2010: 324). Para o romancista histórico Otto Gemlin, em artigo publicado no Die Tat, órgão do movimento Volk, “para cada povo e raça, o campo se torna a sua paisagem peculiar”. Para eles, os judeus não eram Volk, porque tinham perdido suas almas: faltava-lhes enraizamento. O romance “Der Wehrwolf”, de Herman Löns (1910), passado na Guerra dos Trinta Anos, relata a revolta de camponeses sendo aprisionados por senhores das cidades, a quem chamavam de lobos (Wolf): “As cidades são o túmulo do germanismo”; “Berlim é o reino dos judeus”. Para o Movimento Volk, a função dos judeus junto aos camponeses era a agiotagem, a venda de gado e a intermediação. “O primeiro antissemitismo político organizado surgiu nos partidos camponeses ou no ‘Bund der Landwirte’, i. é, sindicatos dos fazendeiros. Hitler era leitor ávido de ‘romances campesinos’, especialmente os trabalhos de Dieter Eckhart, que adaptara ‘Peer Gynt” para o alemão, e os de Wilhelm von Polenz, que também associava os judeus com a crueldade e a alienação da moderna sociedade industrial. (...) Foi do movimento “Volk” que Marx extraiu o seu conceito de ‘alienação’ do capitalismo industrial” (JOHNSON, 1994: 96-97). Eugen Diederichs, editor de Die Tat desde 1921 (cercado de intelectuais do Movimento Jovem, usando calças com listras de zebra e turbante na cabeça), conseguiu a façanha de transformar Nietzsche em herói antissemita. “Outros roubos literários audaciosos foram perpetrados. A ‘Germania’ de Tácito foi transformada num texto embrionário ‘Volkisch’; os trabalhos de Darwin foram desvirtuados numa justificação ‘científica’ das ‘leis’ raciais, assim como Marx os roubou para transformá-los em ‘leis’ de classe”. (...) Paul de Lagarde pregava uma religião germanista despida de cristandade, pelo fato de ter sido judaizada por São Paulo, ‘o Rabino’. Julius Langbehn ensinava que os judeus assimilados eram ‘uma peste e uma cólera’, que envenenavam a criatividade artística do ‘Volk’: eles deveriam ser exterminados ou reduzidos à condição de escravos junto com outras classes também ‘inferiores’. Tanto Houston Stewart Chamberlain como Eugen Dühring ressaltaram o ‘barbarismo’ necessário ou o elemento gótico na autodefesa alemã contra a decadência judaica e a importância da ‘pureza’ e idealismo do panteão nórdico. Chamberlain, a quem Hitler visitaria no seu leito de morte para lhe beijar as mãos, em 1927, alegava que Deus florescera na raça germânica e que o Diabo havia florescido na judaica, as polaridades do Bem e do Mal” (idem, pg. 98). Tudo isso só podia dar no que deu, no Holocausto judeu. Veja Holocausto.

Movimentos sociais - É como alguns movimentos são chamados na linguagem pauleira esquerdista, inclusive o terrorista MST.

MPF - Ministério Público Federal. “A ampliação dos poderes do MP alterou o próprio Direito Público brasileiro, permitindo que o conceito de defesa dos ‘direitos coletivos e difusos’ se coloque acima dos direitos legitimamente adquiridos, incluídos aí os de propriedade. Em verdade, sob a bandeira libertária dos ‘direitos cidadãos’, se encobre uma visão coletivista do Direito” (CARRASCO, 2013: 132). Nesse sentido, o “4º. dente” do Tridente do Diabo (Ibama, Funai e CIMI) trabalha contra o desenvolvimento da infraestrutura brasileira, notadamente na Amazônia (rodovias, hidrovias, hidrelétricas). “No caso da delimitação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, o MP se posicionou ao lado do aparato indigenista para apoiar a demarcação em área contínua, em detrimento da vontade expressa da grande maioria da sociedade roraimense, inclusive grande parte dos próprios indígenas, e as preocupações estratégicas das Forças Armadas” (idem, pg. 132-133). Nem por nada, fala-se em “Petistério Público”, tal a infiltração petista no órgão. Veja Petistério Público e Procuraponga.

MPL - 1. Movimento Popular de Libertação. No início de 1966, na Argélia, Miguel Arraes e vários correligionários (os irmãos Sílvio e Marcos Correia Lins, o advogado Djaci Florêncio Magalhães, o ex-Ministro Almino Afonso, Roberto las Casas, o ex-padre Rui Rodrigues da Silva e Piragibe Castro Alves) se reuniram para criar uma frente “anti-imperialista” no Brasil. Em abril de 1966, por ordem de Arraes, retornaram ao Brasil Marcos Correia Lins e Piragibe Castro Alves, levando cartas para políticos de oposição, como o ex-Governador Mauro Borges e o deputado federal Márcio Moreira Alves. O motivo era arregimentar os descontentes com a Contrarrevolução de 1964. Em 12/05/1968, em São Paulo, foi realizada a reunião de fundação do MPL, com a participação de Márcio Moreira Alves, Frei Chico, Marcos Correia Lins, Miguel Newton (primo de Arraes), Djaci F. Magalhães, Piragibe C. Alves, Raimundo Monteiro Alves Afonso (irmão de Almino Afonso) e os metalúrgicos Vitalbino Ferreira de Souza e Joaquim Arnaldo de Albuquerque. Segundo Luís Mir (op. cit), o MPL foi fundado no dia 13/05/1967, na fazenda do ex-deputado Márcio Moreira Alves, em Santa Luzia, MG. A 1ª fase do MPL seria a unificação das oposições ao Governo Federal e a 2ª fase seria o desencadeamento da luta armada. O MPL estabeleceu contatos com o PCB (Luís Ignácio Maranhão Filho e Ercildo Pessoa), com a AP (Marcos Arruda) e com os frades dominicanos ligados a Marighella, como Frei Betto. Outro alvo do MPL era estabelecer contato com José Porfírio de Sousa, “chefe da República de Trombas e Formoso, um movimento de posseiros no norte de Goiás” (NOSSA, 2012: 53), que o MPL julgava capaz de desencadear uma guerrilha rural em extensa área a leste do rio Tocantins, nos Estados de Goiás e Maranhão. “As primeiras investidas dos militares no Bico do Papagaio levariam à prisão de Porfírio. O regime temia que ele mandasse gente preparada em lutas do campo para o Araguaia. A prisão de Porfírio no Maranhão, antes da localização do foco do PCdoB, bloqueou qualquer ajuda à guerrilha” (idem, pg. 53). Devido à dificuldade de arregimentar quadros, Arraes fundou com Bayard Boiteaux e Márcio Moreira Alves a Frente Brasileira de Informações (FBI), em Paris. O MPL não prosperou, mas a FBI alcançou seus objetivos: difamar os governos militares do Brasil. Veja FBI. 2. Montonero Patria Libre (Equador): surgida em 1986, era formada por Unión Revolucionaria de la Juventud Ecuatoriana (URJE), ex-militantes dos Comandos Revolucionarios de Liberación (CRL) e ex-militantes de ¡Alfaro Vive, Carajo! (AVC).

MPM - Movimento Peronista Montonero: organização terrorista da Argentina. Veja Montoneros.

MPNA - Movimento dos Países Não-Alinhados: fruto da Guerra Fria, propunha ser um bloco equidistante entre os EUA e a URSS. O presidente Ernesto Geisel preferia ser o primeiro do Terceiro Mundo em vez de o último do Primeiro Mundo (liderado pelos EUA). Veja Geração Bandung.

MR-8 - Movimento Revolucionário 8 de Outubro: o 1º MR-8 (ex-DI/Niterói e ex-Movimento Revolucionário de Libertação Nacional - MORELN), de aproximadamente 40 pessoas, desde os fins de 1967, havia selecionado o Sudeste do Paraná como área de um foco guerrilheiro. No início de 1968, inseriu um grupo de militantes nas matas do Parque Nacional do Iguaçu. Em agosto de 1968, um dos integrantes deu um desfalque no Banco Mercantil de Niterói, onde trabalhava; com os recursos, o MR-8 montou um “aparelho” em Curitiba e adquiriu 2 sítios, um próximo a Cascavel, PR, outro em Banhadão, próximo de Matelândia, PR. Com a prisão de um dos militantes, após acidente de trânsito, foram capturados outros subversivos em Laranjeiras do Sul, PR, e em aparelhos do Rio, Niterói e Curitiba. O 2º MR-8, junto com a ALN, celebrizou-se pelo sequestro do Embaixador Americano Charles Burke Elbrick, em 1969, fato que deu origem ao livro “O que é isso, companheiro?”, de Fernando Gabeira (um dos sequestradores), e filme de mesmo nome que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1998. Meu amigo tenente Eli Meireles Machado (in memoriam) me confidenciou sobre um assalto de Gabeira e comparsas à Companhia de Comando do então I Exército, quando tirava serviço de sargento comandante-da-guarda. O nome “MR-8” é uma homenagem à data de 08/10/1967, data da morte de Ernesto “Che” Guevara na Bolívia. No início, o MR-8 era conhecido como “DI da Guanabara”, ou seja, Dissidência da Guanabara do PCB. Gabeira foi um dos terroristas soltos em troca da libertação do embaixador alemão Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Hollenben, sequestrado pela VPR, em 1970; posteriormente, Gabeira fez curso em Cuba. No dia 02/04/1971, em um “aparelho” de Campo Grande, Rio de Janeiro, foram mortos dois terroristas do MR-8, Mário de Souza Prata e sua amante, Marilena Villas-Boas Pinto, depois desta ter matado o major do Exército José Júlio Toja Martinez Filho. Hoje, os nomes dos dois terroristas - Marilena e Mário Prata, respectivamente - foram emprestados aos DCEs da Universidade Santa Úrsula e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Veja GTA.

MR-21 - Movimento Revolucionário 21 de Abril: grupo de Uberlândia, sob orientação do jornalista Flávio Tavares, da Última Hora, pretendia promover ataques terroristas no Triângulo Mineiro, mas foi desbaratado em 1967.

MR-26 - 1. Movimiento Revolucionario 26 de Julio (Cuba): grupo rebelde, sob liderança de Fidel Castro, fracassou, em 26/07/1953, na tomada de uma unidade do Exército de Moncada, em Santiago de Cuba. Fidel Castro foi preso e depois anistiado, exilando-se no México. Em 1959, o MR-26 marchou sobre Havana, enquanto Fulgêncio Batista havia renunciado e se refugiado na República Dominicana. Cabe uma pergunta: se Batista tivesse sido preso por Castro, teria sido também anistiado? Sim, não há dúvida, anistiado no paredón. 2. Movimento Revolucionário 26 de Março: liderado pelo coronel Jefferson Cardim Osório, promoveu ações terroristas em Porto Alegre. Foi extinto em 1969, depois de algumas prisões. Veja FALN.

MRI - Movimento Revolucionário Internacionalista: com sede na Grã-Bretanha, apoia movimentos maoístas no mundo todo, como o Sendero Luminoso, no Peru, e o PKK, na Turquia. Os países ditos democráticos sempre foram um porto seguro para terroristas de toda a espécie, tanto comunistas como islâmicos. Londres é a maior incubadora do terrorismo internacional. Não é à toa que lá fica o túmulo de Karl Marx - além de bancos, jornais e organizações islâmicas que apoiam o terrorismo. Leia “França e Inglaterra: incubadoras do terrorismo internacional”, de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2014/09/franca-e-inglaterra-incubadoras-do.html, e veja Filhos de Sartre.

MRIA - Movimento pela Reforma Islâmica na Arábia: grupo de oposição saudita, acusado de ter promovido o atentado a carro-bomba contra base americana na Arábia Saudita, em 25/06/1996, matando 19 militares norte-americanos.

MRM - Movimento Revolucionário Marxista: grupo terrorista que surgiu de Dissidência da Ala Vermelha do PCdoB, depois mudou seu nome para Organização Partidária-Classe Operária Revolucionária (OP-COR).

MRMN - Movimento Revolucionário Militar Nacionalista: criado em Montevidéu no dia 20/05/1966. Chefiado pelo ex-almirante Cândido Aragão (o “almirante do povo”), em Montevidéu (depois entregue a Alfredo Daudt e Emanoel Nicoll), o MRMN tinha como objetivo desencadear atos terroristas contra alvos ligados aos interesses dos EUA, além de cidadãos norte-americanos, tachados de “agentes da CIA e do imperialismo”. A única ação conhecida do MRMN foi um atentado a bomba contra o monumento do Barão do Rio Branco em Montevidéu, realizado por Gualter de Castro Mello, Tito Guimarães Filho e Arnaldo Magno de Araújo. Em dezembro de 1966, o MRMN mudou seu nome para Resistência Armada Nacional (RAN). Veja Brizoleone e RAN.

MRRA - Movimento para a Reconciliação e a Reforma de Angola: moveu processo na França contra Pierre Falcone, pela venda de armas para Angola; entre os cúmplices da venda estaria Isabel dos Santos, filha do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, no caso conhecido como “Angolagate”.

MRT - 1. Movimento Revolucionário Tiradentes: grupo terrorista, surgiu de Dissidência da Ala Vermelha. Braço armado das Ligas Camponesas, financiadas por Cuba. 2. Movimiento Revolucionario de los Trabajadores (Venezuela).

MRTA - Movimento Revolucionário Tupac Amaru: a organização terrorista tem origem na APRA-Rebelde, facção dissidente do Partido Aprista Peruano. Em 1780, José Gabriel Condorcanqui - Túpac Amaru II - levantou-se contra a Coroa espanhola; o movimento tem como heróis, ainda, Don José de San Martin e Simón Bolívar. O MRTA é um movimento revolucionário tradicional marxista-leninista, com influência castrista-guevarista, nacionalista e anti-imperialista, foi fundado em 1983 e tem como objetivo livrar o Peru do “imperialismo” e estabelecer um regime marxista. Promove ajuda ao ELN da Bolívia. O MRTA deu início à sua guerra revolucionária com o ataque ao posto policial de Villa El Salvador, Lima, em 22/01/1984. O grupo terrorista visava alvos estatais, como membros das Forças de Segurança, altas autoridades e patrimônio público; líder principal: Victor Polay Campos, “Rolando”, que foi capturado em 03/02/1989 e fugiu da prisão Castro Castro, em Lima, através de túnel, com mais 46 detentos, em Jul 1990. Em 17/12/1996, o MRTA invade a casa do Embaixador japonês em Lima, Peru, Morihisa Aoki, durante uma recepção, e faz cerca de 600 reféns (o imperador japonês Akihito aniversaria no dia 18 Dez). Vestidos com roupa negra tipo militar, botas e com os rostos cobertos por panos nas cores vermelha e branca com as siglas do MRTA, os terroristas (12 homens e 2 mulheres) estavam armados com pistolas, fuzis automáticos, granadas e até armamento antitanque. Os rebeldes exigem a libertação de 400 presos políticos. Todas as mulheres em poder dos guerrilheiros, incluindo a irmã e a mãe do Presidente peruano Alberto Fujimori, são soltas. Em 20/12/1996, é solto o embaixador brasileiro no Peru, Carlos Coutinho Peres. Em 22/04/1997, forças militares e policiais peruanas invadem a Embaixada e libertam todos os 72 reféns que permaneciam em poder dos terroristas (1 refém morre posteriormente) e matam todos os 14 guerrilheiros, incluindo o líder do grupo, Nestor Cerpa Cartolini; 2 militares peruanos perdem a vida na operação. O governo Fujimori é acusado de execuções extrajudiciais dos 14 terroristas que tomaram a Embaixada. “Em janeiro de 1971, a Comissão de Assuntos Internacionais do CMI e o Departamento de Etnologia da Universidade de Berna (Suíça) patrocinou em Bridgetown, Barbados, um Simpósio sobre Conflitos Interétnicos na América do Sul, reunindo uma dúzia de antropólogos, principalmente latino-americanos, para definir a agenda. A coordenação do encontro coube ao antropólogo austríaco Georg Grünberg, da Universidade de Berna, coautor de uma ‘Bibliografia crítica sobre o genocídio no Brasil (1957-1969)’, que serviu de base para as discussões preparatórias do Simpósio. Atualmente, Grünberg está empenhado na missão de criar uma ‘nação guarani’ na estratégica região da Tríplica Fronteira Argentina-Brasil-Paraguai, explicitamente em oposição ao projeto de integração do Mercosul” (CARRASCO, 2013: 97-98). “Após a reunião de Barbados, Stefano Varese e seu irmão Luis se tornariam os fundadores do grupo terrorista Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), que deu origem ao sanguinário Sendero Luminoso” (idem, pg. 101). Veja Sendero Luminoso.

MSB - Movimento Separatista Brasileiro: do tipo “República do Pampa”, proposto por Irton Marx no Rio Grande do Sul.

MSG - Military Support Group: na Operação Just Cause, em que os EUA invadiram o Panamá, em 1989, incluía: Civil Affairs, Public Force Liaison, PsyOp Element, Special Forces, Military Police e Engineers (USA).

MSIA - Movimento de Solidariedade Ibero-Americana. Órgão da imprensa pertencente ao Executive Intelligence Review (EIR), combate o terrorismo, denuncia a ingerência do Primeiro Mundo sobre os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, impondo agendas ambientalistas, e se opõe às ONGs que pregam a liberalização das drogas. https://msiainforma.org/.

MSRPG - Movimento Separatista República do Pampa Gaúcho: pregado por Írton Marx, líder do PSC (Partido Social Cristão), de inspiração nazista.

MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra. Antes de tudo, convém ressaltar que o MST é filho bastardo de dois pais (Comissão Pastoral da Terra - CPT e Conselho Indigenista Missionário - CIMI) e de uma mãe social (Comunidades Eclesiais de Base - CEBs) - com as bênçãos da CNBdoB. O MST foi fundado em 1984 em Cascavel, PR, com a realização do I Encontro Nacional dos Sem-Terra, depois das ocupações de terras no RS, SC, PR, SP e MS (durante os anos de 1979 a 1983). O trabalho pastoral da CPT foi decisivo para o seu nascimento - apoio principalmente da “Igreja progressista”, católica e luterana. O movimento, em sua origem, tinha inegável apelo social, por querer terra para quem quer produzir. O antigo lema “ocupar, resistir, produzir” foi substituído posteriormente por um contínuo enfrentamento da ordem pública, pois seus líderes desejam assumir o poder para lançar uma revolução socialista no país. Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Marighella, Marx têm seus nomes ou retratos em todos os acampamentos, incluindo escolas - aliás, Che Guevara é o patrono do MST, há até uma canção famosa, Companheiros de Guevara, de Ademar Bogo. Seus principais líderes, na atualidade, são João Pedro Stedile, João Paulo Rodrigues e Joba Alves. José Rainha Júnior foi um importante líder do MST, mas foi afastado em 2007 por discordância política com a cúpula da entidade, tornando-se militante da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Acusado de participar do assassinato do proprietário José Machado Neto e do policial Sergio Narciso, em 1989, Rainha foi defendido pelo criminalista Evandro Lins e Silva, a pedido do escritor português e Nobel de Literatura, José Saramago, sendo absolvido. Rainha chegou a ser condenado por porte ilegal de arma em 2006 e, atualmente, apela em liberdade de uma sentença que o condenou, em 2015, a 31 anos e 5 meses de prisão, pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e extorsão. O MST é um estado à parte, dentro do Estado brasileiro, promovendo atos de vandalismo (como o ocorrido na Fazenda Rio Verde, em Itararé, SP, em 1998) e de banditismo, com saques de caminhões com alimentos nas estradas, especialmente no Nordeste, ocupação de prédios públicos e bancos, onde tomam pessoas como reféns. O governo Federal, durante os mandatos tucano e petista, mostrava-se alheio a esse solapamento da ordem econômica e social, e as Polícias Militares tinha medo de executar mandados judiciais de reintegração de posse, para evitar a ocorrência de novos “Eldorados do Carajás”, já que o MST se utiliza de táticas de guerrilha para defesa das terras ocupadas, colocando crianças e mulheres (às vezes grávidas) na “frente de batalha”. Com essa tática de “guerrilha desarmada” - às vezes nem tão desarmada assim -, promovendo a “pedagogia do gueto”, com cartilhas que pregam a desobediência às leis e incitam à revolução, o MST forma os “balillas” da atualidade (Leia “A pedagogia do gueto”, de O Estado de S. Paulo, 11/06/1998). “De acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire, Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci” (revista Sem Terra, Out-Nov-Dez 1997, pg. 27). A mesma revista do MST afirma, na pg. 28, que existem 50.000 crianças distribuídas em 1.000 escolas primárias e 1.800 professores em acampamentos e assentamentos. “A maioria das freiras que foi morar nos assentamentos acabou arranjando namorado” (João Pedro Stédile, apud LOPES, 2004: 15). Ou seja, viraram escravas sexuais. Segundo o mesmo autor, bispos identificados com o MST são os seguintes: D. Hélder Câmara (patrono), D. José Maria Libório Caminho Saracho (Presidente Prudente; uma vez lavou e beijou os pés de 7 agricultores - O Globo, 07/04/2004; “A terra não tem dono, é de Deus. Ninguém no mundo é dono de nada” - O Globo, 07/04/2004 - D. José Gomes (Chapecó); D. Tomás Balduíno (CPT, disse que o agronegócio “é uma das maldições que atingem o País” - LOPES, 2004: 38); D. Teodardo Leitz (Dourados), D. Orlando Dotti (Pastoral da Terra), D. Paulo Lopes de Faria (Itabuna); D. Demétrio Valentini (Jales, SP); D. Jaime Chemello (foi presidente interino da CNBB); D. Luciano Mendes de Almeida; D. Claudio Hummes (São Paulo); D. Irineu Danelon (Lins); D. Pedro Casaldáliga (São Félix do Araguaia); D. Geraldo Majella Agnelo (Salvador); D. Angélico Sândalo Bernardino (Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo); D. Mauro Morelli (Duque de Caxias); D. Antonio Possamai (Rondônia); religiosos comprometidos com a “esquerda católica”: Padre Luiz Bassegio, velho conhecido do Fórum Social Mundial e do “Grito dos Excluídos” (organizou um Kolkhoz em Manaus: “Um grupo de 15 pessoas está fazendo uma experiência comunitária (...) tudo o que for ganho no trabalho comunitário será repartido segundo as necessidades (...) as decisões são tomadas em comum” (jornal O São Paulo, 28/09 a 04/10/1984), pg. 31); Frei Betto; ex-padre Leonardo Boff; Irmã Dorothy (assassinada por grileiros, incentivava invasões de terras); Frei Sergio Antonio Grogen (OFM, da CPT, escreveu livro em parceria com João Pedro Stédile); Padre Narciso (Itararé), Padre José Domingos Braghetto (coordenador da CPT em São Paulo); Irmão Antônio Cechin: “Nós, católicos, não temos nada a ensinar aos índios. Eles é que são os nossos mestres” - LOPES, 2004: 24; “Um locutor, inflamado, dizia em nome de todos: ‘Queremos pedir perdão aos índios e seus descendentes (...) por lhes termos trazido uma outra religião’. Note-se que ‘a outra religião’ execrada nesse espantoso ato é pura e simplesmente o Cristianismo” (idem, pg. 24); Frei Dilson Santiago (deputado estadual da Bahia pelo PT); Padre Luiz Fachini (em Santa Catarina, celebrou missa para os sem-terra com foices e martelos no altar). O MST está na contramão da produção agrícola: os EUA, um dos maiores produtores de gêneros alimentícios do mundo, devido à sua alta tecnologia, têm menos de 2% de sua força de trabalho ocupada na agricultura. O MST está para o Partido dos Trabalhadores (PT) assim como o ETA está para o Partido Nacionalista Basco (PNB). O MST recebeu o prêmio Rei Balduíno, em Bruxelas, no dia 19/03/1997 (aniversário do “massacre” de Eldorado do Carajás). Frei Betto, antigo integrante da ALN terrorista de Marighella, é consultor do MST. Um dos ideólogos do MST, Dom Pedro Casaldáliga, foi um dos signatários de um documento do megaespeculador, George Soros, que pediu à Assembleia-Geral das Nações Unidas, através do seu Centro Lindesmith (ONG pró-legalização das drogas), o fim da guerra às drogas (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol VI, nº 1). O MST recebia recursos do governo Federal, através do INCRA (nos oito anos do governo FHC, o programa de assentamento rural consumiu em torno de R$ 20 bilhões; o equivalente à área do Paraná foi distribuído ao movimento), das Cooperativas de Produção Agrícola (CPA), dos assentamentos (famílias assentadas contribuem, compulsoriamente, em dinheiro e em produtos - cerca de 3%), ONGs (Brot für die Welt, Misereor - Alemanha; Vaslenktie-Cebeno - Holanda). Publicações do MST: Revista Sem Terra e Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. “A luta pela terra passou do plano da conquista econômica para a luta política contra o Estado e não simplesmente contra o latifundiário” (Cartilha do MST - cfr. Veja 10/05/2000, pg. 46). “O proprietário da Fazenda Amoni... está convencido de que a invasão de sua propriedade foi uma operação de guerrilha, no mesmo estilo adotado pelo governo de Cuba em vários países da América Latina. Ele acusou políticos e sindicalistas do PCB, PCdoB e do PT e citou nominalmente o presidente do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, de terem doutrinado agricultores sem-terra com ensinamentos recebidos em cursos que são ministrados em Havana” (Jornal Zero Hora - 07/01/1985). O MST deveria mudar sua denominação para Movimento Socialista Terrorista. Leia “Revolução na Escola” (revista Istoé, de 17/06/1998, pg. 63 a 67) e acesse https://mst.org.br/. “Porque se nós tínhamos naquela época o ‘grupo dos onze’ e as ‘Ligas Camponesas’ - que eram meia dúzia - nós, hoje, temos o MST com mais de 350 mil filiados. Recebendo instrução - temos informações - de instrutores de Cuba, do Peru, do México e da Colômbia. No momento, se compararmos o que é o MST e o que foram as ‘Ligas Camponesas’, chegaremos à conclusão de que as Ligas eram ‘jardim de infância’ em relação ao que se tem hoje” (Ten Cel Av Juarez Gomes - HOE/1964, Tomo 10, pg. 408-409). Leia a tese de doutorado de Ilma Ferreira Machado, “A Organização do Trabalho Pedagógico em Uma Escola do MST e a Perspectiva da Formação Omnilateral” em http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/253680/1/Machado_IlmaFerreira_D.pdf.

MTCR - Missile Technology Control Regime (Regime de Controle de Tecnologia de Míssil): o Brasil ingressou no Regime, em 27/10/1995, com o qual se comprometeu a controlar a exportação de materiais e tecnologias sensíveis e de não-proliferação de armas de destruição em massa. Pelo Tratado, os países só podem utilizar tecnologia espacial de ponta para fins pacíficos.

MTP - Movimiento Todo por la Patria (Argentina): movimento de direitos humanos, atua através da Comissão de Mães e Familiares de Mortos e Desaparecidos e Detidos Políticos da Tablada.

MTT - Milicia de Tropas Territoriales (Cuba): o Governo comunista de Fidel Castro possuía 1.500.000 milicianos, com 300.000 na reserva; encarregada de ações de armas leves, é considerada a reserva das Fuerzas Armadas Revolucionarias (FAR).

Muckrackers - “Revolvedores de lama”: assim são chamados os jornalistas de investigação, que cultuam revolver temas polêmicos ou sujos da sociedade americana, como o caso Watergate.

Muçulmanos ismaili - Refere-se a um “setor liberal do islamismo, composto de pessoas com educação de alto nível, empreendedoras e ligadas à filantropia. Por essas qualidades, esse grupo é chamado de ‘judeus do mundo muçulmano’” (in “A reinvenção do Islã”, revista Veja no. 1882, de 01/12/2004, pg. 14). Vale lembrar que Ismael (Ismail, em árabe) foi filho de Abraão com a escrava egípcia Agar e deu origem ao povo árabe.

Mudança Revolucionária, Modelo de - Segundo a teoria marxista da revolução, o modelo de produção capitalista determina a estrutura das relações sociais, ou seja, o estabelecimento de duas classes: a classe governante ou dominante e a classe dominada. A classe dominante explora a classe trabalhadora, através do lucro, a “mais-valia”, que deveria pertencer unicamente ao trabalhador. A classe governante, através da modernização de seus meios de produção, ocasiona uma exploração cada vez maior. A classe explorada, por sua vez, se torna alienada, exercendo trabalho braçal repetitivo e sem perspectiva de melhoria salarial. Porém, com a consciência de classe da classe explorada, essa se torna unida e provoca a revolução, extinguindo o capitalismo e implantando a ditadura do proletariado. Bonita utopia, que deixou mais de 100 milhões de mortos ao redor do mundo durante o século XX - ainda contando os mortos na China, na Coreia do Norte, em Cuba, na Venezuela.

MUI - Movimento da Unificação Internacional: fundado pelo Reverendo Moon em 1954, após retornar à Coreia do Sul. O Reverendo Sun Myung Moon foi libertado do campo de extermínio comunista de Hung Nam, Coréia do Norte, em 1951, por Forças de Paz da ONU.

Mujahedin - 1. Grupo dissidente do Irã, perseguido pelas Forças governamentais revolucionárias instaladas por Khomeini. 2. Guerrilheiros muçulmanos afegãos: organização criada para combater o Governo pró-soviético instalado em Cabul após a invasão da URSS (1979), apoiada pelos EUA. Com a expulsão dos soviéticos, em 1989, os grupos rebeldes passaram a aterrorizar o país, com roubos, estupros e assassinatos, até o surgimento do governo dos talibãs, que impuseram costumes islâmicos medievais. Veja ISI e Talibã.

Mujahedin do Povo - Organização clandestina fundada em 1965 para lutar pela democracia contra a ditadura corrupta do Xá do Irã. No início de junho de 1981, após a Revolução Islâmica do Irã, milhares de prisioneiros políticos foram torturados e perto de 100 simpatizantes do Mujahedin do Povo foram mortos pelo regime do Ayatollah Khomeini. No mesmo mês, o Pasdaran (Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica) abriu fogo contra uma manifestação pacífica de meio milhão de pessoas, em Teerã, que protestavam contra o retorno do despotismo. As execuções em massa, incluindo mulheres grávidas, eram sancionadas através de decreto religioso (fatwa), baixado por Khomeini e pelos juízes religiosos, o que levou o Mujahedin do Povo a pegar em armas contra o novo regime teocrático.

Multiculturalismo - “É uma espécie de compartimentação da cultura, impossibilitando a troca entre elas. (...) Não seria mais interessante a cultura brasileira assumir sua vocação interculturalista, aglutinadora e ter realmente um papel de real importância no cenário mundial?” (LOBÃO, 2013: 214). Veja politicamente correto.

MURB - Movimento Unificado da Revolução Brasileira: pregado por Francisco Julião, no México, onde vivia no exílio após a Contrarrevolução de 1964.

Muro de Berlim - O “Muro da Vergonha” foi o símbolo mais gritante do regime de pau comunista, que dividiu a cidade de Berlim durante a Guerra Fria. Construída por milhares de operários, em 1961, o Muro atravessava rios, lagos, canais, e dividia casas, igrejas e ruas ao meio. O lado oriental da cidade, depois da II Guerra Mundial, ficou com os soviéticos, e o setor ocidental com os franceses, britânicos e norte-americanos. Além do Muro em si, em alvenaria, havia soldados, cães farejadores, arames farpados, minas e mirantes para impedir a fuga. Entre 1961 e 1989, cerca de 1.000 pessoas morreram na Alemanha tentando atravessar a fronteira, 230 delas ao escalar o Muro. Foram presas 75.000 pessoas, que tentaram fugir do comunismo implantado na então Alemanha Oriental. No dia 09/11/1989, houve a “Queda do Muro”, que permitiu a unificação da Alemanha e prenunciou o colapso da União Soviética, que viria a ocorrer em 1991. A II Guerra Mundial havia reduzido a população de Berlim de 4 milhões para 2,8 milhões, com a destruição quase total do centro da cidade. Veja STASI.

Museu da Corrupção - Visite o museu virtual da corrupção em http://prolegislativo.com.br/index.php/muco-o-museu-da-corrupcao-pode-ser-visitado-onde-quer-que-voce-esteja-3/ antes que um corrupto apague o link.

Museu do Comunismo - Museu virtual do comunismo, criado pelo professor Bryan Caplan, PhD em Economia pela Universidade de Princeton, EUA ( www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan/museum/musframe.htm). Conheça o site “Museu Vítimas dos Comunistas” em http://www.museuvitimasdoscomunistas.com.br/. Acesse também o “Memorial das Vítimas dos Comunistas” em https://pt.wikipedia.org/wiki/Memorial_das_V%C3%ADtimas_do_Comunismo. Conheça alguns Memorais às vítimas do comunismo no mundo em https://www.dw.com/pt-br/memoriais-a-v%C3%ADtimas-do-comunismo-pelo-mundo/g-45168255. Conheça alguns depoimentos feitos ao “Museu Vítimas dos Comunistas”, como os de Fernando Gabeira, Jorge Amado e Juanita Castro, irmã do ditador Fidel Castro, em http://www.museuvitimasdoscomunistas.com.br/depoimentos/. Veja Comunismo e Ponerologia.

Museu do Genocídio Tuol Sleng - Localiza-se em Phnom Penh, capital do Camboja. A sede abrigava, antigamente, uma escola, que foi transformada em Unidade de Aprisionamento e Interrogatório S-21 durante o regime assassino de Pol Pot. No filme Baraka (1992), de Ron Fricke, são mostradas algumas imagens de Tuol Sleng. O museu tinha um mapa de ossos, formando o Camboja, composto de 300 crânios e outros ossos, que foi desmontado em 2002. Há também o documentário “S-21: The Khmer Rouge Killing Machine” (2003), do cambojano Rithy Panh, que apresenta o depoimento de sobreviventes do genocídio no país. O tão aguardado julgamento das quatro autoridades do regime Khmer Vermelho ainda vivas, processadas por genocídio e outras acusações, teve início nesta segunda-feira [27/06/2011] em Phnom Penh em tribunal patrocinado pela ONU, mais de 30 anos depois dos crimes. O ideólogo do regime de Pol Pot, o ‘Irmão Número Dois’ Nuon Chea, o ex-ministro das Relações Exteriores Ieng Sary, o presidente da ‘Kampuchea Democrática’ Khieu Samphan e a ex-ministra de Assuntos Sociais Ieng Thirith são acusados de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio. (...) As autoridades do regime de Pol Pot terão que explicar a implementação metódica e calculada, entre 1975 e 1979, de uma utopia marxista delirante que matou por exaustão, fome e doenças, ou com torturas e execuções, dois milhões de pessoas, 25% da população do Camboja na época” (cfr. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/06/camboja-inicia-julgamento-historico-sobre-autoridades-do-khmer-vermelho.html, acesso em 20/04/2021).  Acesse “Tuol Sleng” em https://pt.wikipedia.org/wiki/Tuol_Sleng e “Genocídio cambojano” em https://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio_cambojano.

Mutilação feminina - Khitan, em árabe, trata-se da mutilação do órgão sexual feminino (clitóris). Aplicada, principalmente, a mulheres muçulmanas, a mutilação pode ser: 1) clitoridectomia: extirpação total ou parcial do clitóris; 2) excisão: extirpam-se o clitóris e os lábios menores, total ou parcialmente; 3) infibulação: extirpam-se todos os genitais externos e se costura quase todo o orifício vaginal. A ferramenta para a mutilação pode ser um pedaço de vidro, a tampa de uma lata, conchas, pedras, gilete, uma tesoura ou uma navalha; quase não se usa anestesia, apenas água fria para intumescer o local. A mutilação é prática comum na África e Oriente Médio (incluindo cristãos e animistas), e em comunidades de imigrantes em países latino-americanos, asiáticos, europeus, no Canadá e nos EUA. Praticada por mais ou menos 80% da população do Egito, Somália, Mali, Etiópia, Eritreia, Guiné, Sudão, Gâmbia, Serra Leoa e Djibuti. Cresce o número de mulheres com excisão do clitóris em Londres, Paris, Quebec e Los Angeles, devido à emigração muçulmana para essas localidades. A mutilação é associada à castidade e à crença de que diminui o desejo sexual feminino, reduzindo o risco de infidelidade (na infibulação, a mulher “costurada” só é “aberta” para o marido). A prática da mutilação feminina é anterior ao cristianismo e ao islamismo, era praticada pelos falashas (judeus etíopes) e não é preceito de nenhuma das chamadas “grandes religiões” (judaísmo, cristianismo e islamismo). A mutilação feminina é combatida no mundo todo por movimentos de direitos das mulheres.

  

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“Retirem as Forças Armadas e começará o caos, o puro, irresponsável e obtuso caos. Há anos e anos que eu não digo ‘pátria’. E quando o presidente Garrastazu falou em ‘minha pátria’, experimentei um sentimento intolerável de vergonha. Esse soldado é de uma natureza simples e profunda. Está disposto a tudo para que não façam do Brasil o anti-Brasil. Seja como for, deixará este nome, para sempre: Emílio Garrastazu Médici” (Nélson Rodrigues, in “Aplausos a Médici” - apud AUGUSTO, 2011: 21).

 

NAACP - National Association for the Advancement of Colored People (Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor). Fundada em 1909, em Nova Iorque, a Associação é uma das mais antigas organizações dos EUA em defesa dos direitos dos negros.

Nação do Islã - Grupo negro extremista islâmico e racista dos EUA, é a “Klu-Klux-Klan dos negros”. Fundada pelo antigo pastor batista Elijah Poole após a II Guerra Mundial, o qual se converteu ao islamismo como o nome de Elijah Muhammad. Seguidores famosos: o boxeador Cassius Klay (Muhammad Ali) e Malcolm Little (Malcolm X). Elijah aconselhava seus seguidores de substituir os nomes anglo-saxônicos por nomes muçulmanos ou pela letra X. O líder Louis Farrakhan reuniu, em 16/10/1995, aproximadamente 800 mil negros, na “Marcha de um milhão de negros em Washington”.

Nacionalismo & Socialismo - Para Adolf Hitler, “a fusão de nacionalismo e socialismo acabaria com o antagonismo de classe entre uma burguesia nacionalista e o proletariado marxista (os quais haviam falhado em seus objetivos políticos). Eles seriam substituídos por uma ‘comunidade de luta’ em que o nacionalismo e socialismo se uniriam, em que ‘cérebro’ e ‘punho’ se reconciliariam e na qual - despida da influência marxista - a construção de um espírito novo para a grande luta futura poderia ser empreendida” (KERSHAW, 2010: 215). Vale lembrar que National Sozialistisch Deutsche Arbeiterpartei significa Partido Trabalhista Nacional-Socialista Alemão. Veja Nazismo.

Nacionalistas agrários - Movimento do Japão, pretendia destruir completamente a indústria.

Nacionalização - Medidas do Governo brasileiro contra os alemães e teuto-brasileiros do Sul do País (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), a partir de 1938, para evitar a influência nazista e fascista na região. As medidas de pau incluíam a proibição de falar alemão e fechamento das “Escolas alemãs”, ocasião em que ocorreram muitas prisões, principalmente depois da Intentona Integralista, ocorrida no dia 11/05/1938. Veja AIB.

NAFTA - North American Free Trade Agreement (Acordo de Livre Mercado da América do Norte); membros: EUA, Canadá e México. O Acordo entrou em vigor no dia 01/01/1994, data da rebelião do EZLN, em Chiapas, México. Oito anos após o início do Acordo (2002), o México se igualou ao Brasil em produção de riquezas (PIB).

Nakba - (Árabe) “Catástrofe”: é como os muçulmanos, especialmente os palestinos, chamam a criação do Estado de Israel, em 1948. Ou seja, a expressão de pau dos islâmicos só lamenta a própria “catástrofe”, esquecendo-se que promoveram dezenas de catástrofes no mundo, ao invadirem diversos países durante a expansão do Islã, que está longe de findar. Uma das maiores catástrofes promovidas pelos turcos foi o Massacre de Armênios cristãos, de 1915 a 1918, que deixou 1,5 milhão de mortos. Veja Cristofobia, Holocausto cristão e Janízaros.

Nakdoulou eslah - (Árabe) “Tratamento de convidado”. Tortura aplicada pela polícia argelina contra “terroristas” islâmicos e cidadãos em geral. As atrocidades incluíam: perfuração de pernas e abdômen com brocas, ingestão forçada de água salgada, colocação de panos com produtos corrosivos na boca, mangueira com água enfiada na boca, na orelha ou no ânus, esmagamento dos testículos, pessoas queimadas vivas, arrancamento dos dentes com chutes, além de estupros e decapitações (Cfr. FISK, 2007: 788-800). Atrocidades semelhantes ocorreram, de lado a lado, durante a Guerra de independência da Argélia, contra a França, quando a tortura era tacitamente aceita pelo governo francês. “Em 2000, o presidente Jacques Chirac negou-se a publicar uma desculpa formal pelas torturas que os soldados franceses cometeram durante a guerra. Quando o general Paul Aussaresses, já reformado fazia tempo, coordenador do serviço secreto francês em Argel em 1957, publicou suas memórias em 2001 e se vangloriou de ter executado argelinos pessoalmente, a Anistia Internacional exigiu do governo francês uma investigação. Aussaresses declarou que François Mitterrand, que era ministro socialista do Interior na época, estava completamente a par das torturas e execuções perpetradas pelos soldados franceses na Argélia. Porém, o governo argelino da época manteve o que um jornalista argelino chamou de ‘um covarde silêncio’ diante das revelações de Aussaresses, principalmente porque, já fazia tempo, seu próprio serviço de segurança praticava com seu povo as mesmas torturas que Aussaresses e seus esbirros haviam aplicado nos argelinos. Mesmo em Paris, morreram centenas de argelinos quando se manifestaram, em outubro de 1961, contra um toque de recolher noturno que a polícia havia imposto a eles. A polícia francesa atacou os manifestantes com brutalidade e podem ter morrido assassinadas nada mais nada menos que trezentas pessoas. No dia seguinte, os corpos foram jogados no rio Sena. Até hoje, as autoridades não abriram todos os arquivos sobre essa matança, mas o chefe de polícia que ordenou a repressão foi Maurice Papon, condenado em abril de 1998 por rimes contra a humanidade durante a ocupação alemã” (FISK, 2007: 716-717). Em 2001, foi lançado em Paris o livro “La Sale Guerre” (A Guerra Suja), de autoria de um antigo tenente das Forças Especiais Argelinas, Habib Souaïdia, no qual descreve as atrocidades promovidas pelas Forças de Segurança da Argélia. Veja Tortura.

Não-Alinhamento - Refere-se ao Movimento dos Países Não-Alinhados, também chamado de “neutralismo” (em relação às ideologias americana e sino-soviética) e de “terceira força”. Segundo José Osvaldo de Meira Penna, é um “recurso tático, transitório, a ser utilizado pelas nações mais fracas e geograficamente situadas nas áreas de mais forte tensão internacional, para evitar o seu envolvimento imediato em golpes e contragolpes da ‘guerra fria’. É uma tática de fuga. Não é uma estratégia realista que enfrenta o perigo” (PENNA, 1967: 38). Veja Geração Bandung.

Napalm - Gelatina incendiária, gasolina gelatinosa usada em bombas incendiárias. Os EUA utilizaram o napalm na Guerra do Vietnã.

Napoleão Negro - Assim foi denominado Shaka Zulu, que uniu sua nação no início do século XIX. Veja IFP.

Narcocracia - Governo que possui integrantes patrocinados por narcotraficantes. O ex-Presidente Samper, da Colômbia, foi acusado de ter obtido patrocínio de traficantes em sua campanha para a Presidência da República. Cuba, Venezuela e Bolívia são exemplos de narcocracias.

Narcoditadura - Cuba, Venezuela e Bolívia são exemplos de Estados tomados pelo narcotráfico.

Naródnaya Volya - (Russo) “A Vontade do Povo”: sociedade terrorista secreta dedicada à derrubada do czarismo, que se originou do Zemlya Volya. Existiu de 1879 até ser desbaratada em 1881, quando alguns de seus membros participaram do assassinato do Czar Alexandre II, incluindo a judia Vera Figner. O assassinato do Czar provocou terrível onda de perseguições aos judeus. A partir de 1882, começou a “invasão” de judeus à Palestina, especialmente atendendo ao chamado de três altos dirigentes sionistas: o Grande Rabino Tzvi Hirsch Kalischer, Moses Hess e Leo Pinsker.

Narodnoe Delo - (Russo) “A Causa do Povo”: jornal clandestino russo, onde Mikhail Bakhunin publicava seus artigos anarquistas. O povo, mais uma vez, é lembrado pelos arautos da desordem.

National Abortion Federation (NAF) - Federação Nacional de Aborto: reúne clínicas de aborto nos EUA. O assassinato de nascituros tem até federação! Veja Grito Silencioso.

Navalha de Ockham - Em Latim, Entia non sunt multiplicanda (entidades não devem ser multiplicadas): princípio enunciado pelo filósofo franciscano inglês William de Ockham, que afirma que não se deve usar duas ou mais coisas quando basta uma. Numa discussão, deve-se manter o tema e não acrescentar outros, o que redundaria em confusão e não em conclusão.

Nazismo - National Sozialistisch Deutsche Arbeiterpartei (Partido Trabalhista Nacional-Socialista Alemão): deu origem ao Nazismo, primeiro movimento de massa bem-sucedido do século XX (o outro foi a revolução comunista chinesa). Após a derrota da Alemanha na I Guerra Mundial, a atomização social (nazistas, socialistas e comunistas) precedeu os movimentos de massa, com grupos paramilitares enfrentando-se nas ruas: partidos nazista, socialista e comunista. As agruras pela perda da Guerra, o dracônico Tratado de Versalhes (que ocasionou a hiperinflação) e a ocupação do Ruhr pelos Aliados, tudo era creditado ao Governo, contra o qual eram feitos os ataques. “Movimentos totalitários são possíveis onde existem massas que, necessariamente não são organizadas, muitas vezes indivíduos neutros e politicamente indiferentes, que não podem organizar-se dentro dos partidos políticos, governos municipais, organizações profissionais ou sindicatos” (Hannah Arendt, in “The Origins of Totalitarianism”). “Hitler saiu da prisão de Landsberg no fim de 1924, quase no exato momento em que Stálin completava a destruição política de Trotsky e se estabelecia numa posição de comando, como chefe do Estado leninista. (...) Hitler então compreendeu que não poderia tomar o Estado de Weimar pela força, mas teria de infiltrá-lo, criando um partido de massa. (...) Foi o Estado comunista de 1919 que primeiro deu a Hitler sua base na Baviera, unindo pelo medo os católicos separatistas ‘negros’ e os radicais nacionalistas ‘marrons’ do exército particular do capitão Roehm” (JOHNSON, 1994: 233). Em 1928, os nazistas obtiveram em torno de 800.000 votos; em 1930, 6.500.000 votos, e nas eleições de 1932, aproximadamente 14.000.000. O nazismo começou de fato no dia 28/02/1933, com a promulgação do “Decreto de Emergência”, mesmo dia em que houve o incêndio no Reichstag. Esse Decreto foi suplementado por outro, “Contra a Traição ao Povo Alemão e Planos de Alta Traição”. No dia 02/07/1934, houve o assassinato de inimigos políticos de Hitler, nem todos relacionados com a S.A., em torno de 150 pessoas, destacando-se: Roehm (comandante da S.A.); o ex-primeiro-ministro bávaro Gustav von Kahr (que se tinha recusado de participar do Putsch de 1923); o antigo companheiro de Hitler e rival de partido, Gregor Strasser; o general von Schleicher e sua mulher; o general von Bredow; o líder católico berlinense Ernst Klausener. Essa ação de Hitler encorajou Stálin mais tarde a fazer o mesmo (só em 1937, Stálin matou 3.000 oficiais graduados da polícia secreta e 90% dos promotores públicos das províncias). A justiça foi ridicularizada por ter passado uma lei, em 03/07/1934, autorizando os feitos nazistas ex post facto. “Com a morte de Hindenburg em 2 de agosto de 1934, Hitler também se tornou ‘líder e chanceler do Reich; os oficiais e soldados prestaram-lhe obediência incondicional e, ainda em agosto, esse ‘arranjo’ foi levado a plebiscito, em que o povo alemão premiou o assassino-chefe com um veredito de 84,6%” (JOHNSON, 1994: 251). O nazismo foi uma das piores formas de sistemas totalitários (ao lado do comunismo e do fascismo), pregava a supremacia racial ariana, provocou o início da II Guerra Mundial e levou à morte cerca de 6 milhões de judeus. Enquanto os crimes soviéticos eram realizados em nome da classe, os crimes nazistas eram feitos em nome da “raça”. Na II Guerra Mundial, a União Soviética foi o país que mais baixas teve na luta contra os nazistas - 20 milhões de pessoas mortas. Por que os nazistas perseguiram tão ferozmente os judeus? Os judeus sempre viveram tranquilamente na Alemanha, “a tal ponto que o iídiche, uma alteração do Alto Alemão, se converteu na língua nacional dos judeus do Oriente” (TRIKI, 1980: 133). “As lojas RRC e RRJ, ambas subordinadas ao Grand Orient francês, decidiram, em sua sessão de 26 de novembro de 1870, declarar fora-da-lei o Rei Guilherme, Bismark e Moltke, estipulando um prêmio de milhão de francos pela captura de cada um deles”. (J. Pacífico, inEl Gobierno Universal”, Ed. Liberación, Buenos Aires, 1945). Isaac Moise Cremieux, sionista e um dos principais instigadores da guerra franco-alemã (1870-71), corrobora: “A intenção das lojas é destruir a Alemanha”. A mesma acusação, de trair a Alemanha, é feita aos sionistas a respeito da derrota alemã na I Guerra Mundial: “Os dirigentes nazistas consideravam que os judeus se empenharam, desde o fim do século XIX, na destruição da Alemanha que, por isso, haviam provocado a derrota de seu país na I Guerra Mundial com base no papel desempenhado pelos sionistas internacionais, junto aos Aliados, particularmente ao haver arrastado os EUA para o centro das batalhas, com aquele país prontamente se transformando no fator predominante da derrocada do Reich” (TRIKI, 1980: 134). “Na opinião de todas as classes sociais (alemãs), tanto a derrota e o armistício, como a revolução e suas consequências, a que o povo alemão sucumbe, são obras da astúcia e de um premeditado plano judeu” (Henry Ford in “El Judío Internacional”, pg. 20, Luz, Ediciones Modernas, B. Aires, a respeito da derrota alemã na I GM). Walter Rathenau, sionista e antialemão, se tornou Ministro da Economia e da Guerra da Alemanha, em 09/08/1914, nomeado pelo Chanceler maçon Von Bethmann-Holveg-Rothschild, ligado às lojas maçônicas francesas, que tinham a “intenção de destruir a Alemanha”, no dizer de Cremieux. Rathenau é acusado de transmitir planos confidenciais do Estado-Maior alemão ao secretário do Presidente americano Wilson, que repassou aos amigos franceses e ingleses. As alegadas ações dos maçons franceses e a ideologia do movimento Volk tiveram grande influência sobre a formação do racismo de Hitler, que levou ao holocausto judeu. Além dos campos de concentração, judeus e ciganos eram utilizados como escravos em fábricas como as da Krupp e Rheinmetall. Esses trabalhadores ficavam confinados em uma área de 10 m², de onde não podiam sair, sem serem fuzilados, “por tentar fugir”. Não tinham descanso, havia espancamentos e enforcamentos. Ao meio-dia era servida uma sopa de nabo e batata, e um pedaço de pão à noite. Fritz Sankel, chefe do serviço escravo, tinha determinado: “Todos os internos devem ser alimentados, protegidos e tratados de maneira tal que possamos extrair deles o máximo, gastando o mínimo possível”. A média de perda de peso por semana era de 3 a 4 kg. A obra literária mais conhecida de Hitler é sua autobiografia “Mein Kampf” (Minha Luta), escrita enquanto estava na prisão, de onde saiu em 1924. Há outra obra de Hitler, menos conhecida, “Segundo Livro” ou “Livro Secreto de Hitler”, de 1928. Existe, ainda, o livro “O Terceiro Reich”, do historiador cultural Moeller van den Bruck, publicado em 1923, cujo título inspirou o regime ditatorial nazista (Terceiro Reich). No Sul do Brasil, a ascensão do Nazismo foi vista por muitos alemães e teuto-brasileiros como um “reerguimento” da Alemanha, pelas conquistas alcançadas nos campos social e econômico (combate à hiperinflação e redução do desemprego). No Brasil, o Nazismo conseguiu congregar no máximo 5.000 membros (Veja AIB). O nazismo foi exterminado com os julgamentos de Nüremberg, após a II Guerra Mundial. Infelizmente, isso não se verificou com o comunismo. Conheça 10 filmes ou séries que abordam o nazismo em https://canaltech.com.br/entretenimento/filmes-series-sobre-nazismo-assistir-streaming-160861/#:~:text=A%20Lista%20de%20Schindler%20(1993)&text=O%20filme%20%C3%A9%20dirigido%20por,Ralph%20Fiennes%20e%20Caroline%20Goodall. Leia “Por que o comunismo não é tão odiado quanto o nazismo”, de Denis Prager, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/por-que-o-comunismo-nao-e-tao-odiado.html. Veja Campos de concentração e Noite dos Cristais.

NCT - National Commission on Terrorism (Comissão Nacional sobre Terrorismo): projeto do Congresso Americano, de 1998, após os atentados contra embaixadas americanas na África. Essa Comissão dizia textualmente: “a ameaça de ataques com perdas humanas em massa, em nosso território, não para de crescer”. “A capa do próprio relatório era - premonição ou coincidência quase inacreditável - uma foto das duas torres do World Trade Center!” (REVEL, 2003: 110). Com ataques de todos os lados, o projeto foi engavetado.

Nederwiet - Maconha holandesa, cujo THC atinge até 35% (10 vezes mais forte que a maconha tradicional). Coisa de Primeiro Mundo... Com a liberação da venda de pequenas quantidades de “drogas leves” a viciados em mais de 1.500 bares no país, a Holanda se tornou importante produtor da Cannabis, cuja exportação rendia ao país mais divisas que a venda de tulipas. Em 1995, 750 mil holandeses dos 15 milhões de habitantes do país (5% da população) eram usuários regulares da Cannabis. Em 1999, a produção de Nederwiet na Holanda atingia 100 toneladas/ano, quase toda cultivada ilegalmente, sendo 65 toneladas destinadas à exportação. A Holanda rivalizava com o Marrocos como principal fonte de maconha para a Europa. O valor atingia 20 bilhões de florins holandeses/ano (US$ 10 bilhões). Produtores de home grow (cultivo caseiro) conseguem até quatro safras anuais, improvisadas em garagens ou quintais (uma horta de 40 m² rende até 120 mil florins/ano ou US$ 60 mil). Na Holanda havia lojas especializadas que ensinavam o home grow, dando orientação completa para o cultivo da Cannabis em garagens e hortas - manuais de instrução, fertilizantes, inseticidas, lâmpadas de alta intensidade de luz etc., e as melhores sementes: K-2, B-52, Viúva Branca, Dominadora Negra. Um meio de driblar a alfândega consiste em utilizar canetas ocas para o transporte de sementes da Cannabis. E os 4 ou 5 kg de sementes de maconha importadas pelo então deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), por onde andam? Foram mesmo destruídas pelo Ministério da Agricultura? (cfr. https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/5/22/cotidiano/22.html).

Negacionismo - É a negação da realidade, que é desconfortável a um indivíduo ou grupo, em função de sua ideologia ou religião. Como exemplo, podemos citar a negação da Teoria da Evolução, de Charles Darwin. Ou afirmar que a Terra é plana, negando a realidade. Ou ainda afirmar que Lula é inocente e que Dilma Rousseff sofreu golpe, em face do impeachment. Durante a pandemia da Covid-19 (2020), negacionistas famosos, como o presidente dos EUA Donald Trump e o presidente do Brasil Jair Bolsonaro, trataram a pandemia como sendo um exagero de cientistas e da mídia, negando a sua letalidade. Veja Guerra da Vacina e Revisionismo.

Negócio do milênio - “Em 1846 [os EUA] invadiram o México e conquistaram a Califórnia, Nevada, Utah, Arizona, Novo México e partes do Colorado, Kansas, Wyoming e Oklahoma. O tratado de paz confirmou também a anexação anterior do Texas. Cerca de 13 mil soldados americanos morreram na Guerra, que acrescentou 2,3 milhões de quilômetros quadrados aos Estados Unidos (mais do que a soma dos tamanhos da França, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e Itália). Foi o negócio do milênio” (HARARI, 2018: 216 - “21 lições para o século 21”).

Neofascismo - Depois da II Guerra Mundial, houve o ressurgimento da ideologia política e propaganda fascistas, inicialmente na Itália, representadas no parlamento pelo Movimento Social Italiano (MSI), depois em outros países da Europa, como a França, a exemplo dos políticos da Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen e sua filha Marine Le Pen.

Neomarxismo - “Já que não conseguimos diminuir a grita dos descontentes, precisamos pelo menos diminuir a gargalhada dos contentes” (Millôr Fernandes, in Correio Braziliense, de 10/08/1997). Como o velho marxismo, a única coisa que o neomarxismo consegue fazer é nivelar a sociedade na pobreza.

Neonazismo - Movimento que na Alemanha se volta principalmente contra imigrantes em geral, especialmente os turcos, e que em São Paulo, com os “Carecas do ABC”, atacam principalmente homossexuais e nordestinos.

NEP - Nováia Ekonomítcheskaia Polítika (Nova Política Econômica; em inglês: New Economic Policy): período de propriedade limitada, na Rússia, de 1921 a 1928, para fazer face ao impasse econômico do país nos primeiros anos da Revolução comunista de 1917, quando havia muita fome no país. Permitiu a criação de empresas privadas, o comércio de pequena escala, a liberdade salarial e de comércio exterior. A experiência de pau acabou em 1928, com o extermínio dos kulaks. Veja Gulag e Kulak.

NEPAD - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas: a longa expressão de pau diz apenas que se trata de serviço gratuito para dependentes químicos, em que a identidade do paciente é mantida em sigilo.

Nepmen - Classe de comerciantes e industriais surgida após a Nova Política Econômica (NEP), na Rússia, a partir de 1921. Os Nepmen foram massacrados em 1928 por Stalin, juntamente com os Kulaks (classe média camponesa). Veja Gulag e Kulak.

Neurose noogênica - Sofrimento psíquico ocasionado pela falta de sentido da vida, ou seja, pelo conflito existencial. O psiquiatra judeu Victor Emil Franke, que sobreviveu ao campo de concentração de Theresienstadt, desenvolveu a logoterapia, que “é a técnica psicoterápica que faz da análise existencial uma ferramenta prática para a cura das neuroses noogênicas” (CARVALHO, 2013: 54).

Neuroteologia - Ciência desenvolvida pelos americanos Andrew Newberg, neurocientista, e Eugene d’Aquili, psiquiatra especializado em estudar membros de comunidades religiosas, que explica as ligações entre a espiritualidade e o cérebro. Segundo Andrew Newberg, professor da Universidade da Pensilvânia, “há uma base neurológica para a grande fome humana por Deus” (Vince Rause, in “Em Busca do Divino”, Revista Seleções, Abril 2002, pg. 50). “A teoria de Newberg se baseia numa pesquisa iniciada nos anos 70 pelo psiquiatra e antropólogo Eugene d’Aquili. A teoria d’Aquili descrevia como as funções do cérebro poderiam produzir uma gama de experiências religiosas, das profundas epifanias dos santos à silenciosa sensação de santidade experimentada por um devoto ao rezar. No início da década de 90, d’Aquili se juntou a Newberg, um radiologista. Os dois refinaram a teoria e começaram a testá-la. Usaram uma tecnologia de imagem denominada SPECT para mapear o cérebro de budistas tibetanos em meditação e de freiras franciscanas imersas em prece contemplativa. As tomografias fotografaram o fluxo sanguíneo - indicando níveis de atividade mental - no cérebro de cada indivíduo no momento em que este atingia um intenso clímax religioso. Durante a análise das imagens, a atenção dos cientistas foi atraída para uma porção do lóbulo parietal esquerdo, denominada área de associação e orientação. Essa região estabelece a fronteira entre o eu físico e o restante da existência, tarefa que requer um fluxo constante de informações neurais, canalizadas pelos sentidos. As tomografias revelaram que, nos momentos de pique das preces e da meditação, esse fluxo sofria uma redução drástica. Com a área de orientação privada das informações necessárias para separar o eu do mundo – acreditam os cientistas -, o indivíduo experimentaria uma sensação de percepção ilimitada, fundindo-se ao espaço infinito” (idem, pg. 50-51). “Não é possível simplesmente bloquear a existência de Deus com o pensamento, explica ele (Newberg), pois os sentimentos religiosos provêm muito mais da experiência do que do pensamento” (idem, pg. 51). “A mais bela experiência que podemos ter é a do misterioso. Ele é a emoção fundamental que está no berço da verdadeira ciência. Quem não sabe disso e já não consegue se surpreender ou se maravilhar, está praticamente morto” (Einstein - apud pg. 53). Outros cientistas compartilharam da opinião de Einstein, como Niels Bohr, Max Planck e Werner Heisenberg.

New Age - Nova Era. 1. Surgida com o movimento hippie, é um ataque aos aspectos culturais da era industrial: violenta tecnofobia e interesses em misticismo, drogas, cultos orientais, astrologia e religião de gosto tutti frutti. Grupos da New Age acreditam que, com a chegada da Era de Aquário (ano 2030), a humanidade encontrará a felicidade. 2. Nova Sociedade de Investigação Ecumênica: intercâmbio entre ecoteólogos, eruditos, marxistas, que visa a atingir o modo de vida da unificação das ideias (la pensée unique).

Newspeak - “Um dos objetivos da ‘novalíngua’ (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete” (Fritz Utzeri, in O politicamente correto). “George Orwell escreveu seu memorável romance ‘1984’ para protestar contra a revolução semântica perpetrada pelas ideologias coletivistas da sua época, sobretudo o comunismo. A perversão da linguagem e da lógica por regimes totalitários levou o grande escritor inglês a inventar um termo para esse controle político-ideológico das palavras e do raciocínio: newspeak. No Brasil de hoje, subjugado pela mesma ideologia contra a qual Orwell lutou, naturalmente não há falta de colunistas e acadêmicos versados no uso do newspeak, autênticos virtuoses nessa arte nefasta. O articulista do JB Emir Sader não é um desses virtuoses. Seu estilo primitivo carece de sutileza, embora não se possa negar que ele se esforce. De toda maneira, é uma pena que ninguém tenha tido a ideia de criar um software específico para a tradução do newspeak, o que facilitaria muito o trabalho de quem deseja inferir o verdadeiro intuito de autores oblíquos em seus textos melífluos” (Alceu Garcia in “Decifrando Emir Sader” – cfr. https://olavodecarvalho.org/decifrando-emir-sader/). Quem sabe este livro de George Orwell, “1984”, seja, enfim, o software para decifrar a novalíngua do politicamente correto? Vale acrescentar, dentro do conceito da “novalíngua”, que comunista não rouba, apenas “expropria”; comunista não mata, apenas “faz justiçamento”; MST não invade, nem esbulha, apenas “ocupa”.

NIF - National Islamic Front (Frente Islâmica Nacional): junto com os militares, a frente fundamentalista governa o Sudão e lutava, no Sul do país, contra cristãos e animistas, promovendo limpeza étnica antes da divisão do país, em 2011. É o braço político do Ikhwan (Irmãos Muçulmanos).

Ninis - (Espanhol) Nem-nem. São crianças e adolescentes da América Latina, que não trabalham, nem estudam, muitos dos quais são aliciados pelo crime organizado, como o PCC, Comando Vermelho, Los Zetas, Mara Salvatrucha e outros grupos, para trabalhar como “mulas” do tráfico de drogas, com promessa de dinheiro, armas, drogas, carros de luxo etc. “Existem mais de 6 milhões deles no México, 5 milhões no Brasil, 3 milhões na Colômbia, mais de 1 milhão na Argentina, 600.000 no Chile, 350.000 na Guatemala e 240.000 em El Salvador, segundo a UNICEF” - cfr. http://dialogo-americas.com/pt/articles/rmisa/features/regional_news/2013/10/11/menores-reclutados.

Nível de silenciamento – É como Vladimir Shlapentokh, professor de sociologia da Universidade Estadual de Michigan, EUA, chama ao “expurgo de nomes” em um regime autoritário: “Um grande número de indicadores descreve o movimento de uma sociedade da liberdade ao autoritarismo. Um deles é o número de figuras públicas (políticos, cientistas, escritores, jornalistas e assim por diante) que as autoridades proíbem em vários meios e publicações científicas. Eu rotularei este número de indicador de ‘nível de silenciamento’. Quanto maior o NS - isto é, quanto maior o número de nomes proibidos - mais próxima está uma determinada sociedade do autoritarismo” (in “Expurgo de nomes ao estilo russo”, de Vladimir Shlapentokh cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/expurgo-de-nomes-ao-estilo-russo-por.html). No Brasil, nas últimas décadas, o expurgo de estilo russo é feito em escolas, praças, ruas, rodovias, pontes etc., expurgando nomes de militares e substituindo por terroristas de esquerda e seus simpatizantes. Veja Cultura do cancelamento e Direito ao esquecimento.

NLW - Non-Lethal Weapons (Armas Não-Letais): o correto seria dizer Less Lethal (Menos Letais); inclui gases, produtos químicos que corroem metal e vidro, destroem combustíveis e desativam explosivos, vírus de computador etc.

NMD - National Missile Defense (Defesa Nacional de Mísseis): também conhecido como “Filho da Guerra nas Estrelas”, o “Escudo Antimísseis”, ainda apenas um projeto dos EUA, foi criticado por Moscou por levar a uma corrida armamentista e ser contra o Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM), de 1972. Os EUA alegaram que era uma defesa contra os ataques de governos “renegados”, como Irã, Coreia do Norte, Líbia, Iraque e o Afeganistão do governo dos Talibãs.

NMIP - Nuevo Movimiento Independentista Puertoriqueño: fundado em 29/10/1993, em San Juan, Porto Rico. Anteriormente, era conhecido por Partido Socialista Puertorriqueño (PSP) e Movimiento Pro Independencia (MPI).

NML - Núcleo Marxista-Leninista: dissidência da AP/GB, esse grupo foquista rompeu com a Ação Popular (AP) em março de 1968 e se aproximou do maoísmo. Era constituído principalmente por estudantes dos Colégios André Maurois e Aplicação. Parte dos demais secundaristas também abandonou a AP, incorporando-se ao PCBR. Esse grupo alimentou expectativas de constituir focos guerrilheiros, especialmente depois do “martírio” de Che Guevara na Bolívia, em 1967.

Noblesse oblige - (Francês) “A nobreza manda”. “Viver à vontade é de plebeu: o nobre aspira à ordem e à lei” (Goethe).

Noite de São Bartolomeu - Na noite de 23 para 24/08/1572, protestantes da França foram exterminados por ordem do rei Carlos IX, instigado por Catarina de Médicis. Veja Massacre de São Bartolomeu.

Noite do Luto - Choque entre estudantes e policiais, no México, em 1968, que resultou em cerca de 100 mortes e 500 feridos, na Universidade Nacional. Quando a polícia retomou a Universidade, esta tinha auditórios e salas batizadas com os nomes de Guevara, Lênin, Ho Chi Min etc. Veja Revolução de 1968.

Noite dos Cristais, A - Kristallnacht ou Reichspogromnacht, em Alemão. O nome é uma referência aos milhões de fragmentos de vidro quebrado que encheram as calçadas de Berlim e outras cidades, diante das lojas de judeus vandalizadas. Os atos selvagens ocorreram na noite de 09 para 10/11/1938, quando os nazistas, incitados por Goebbels, iniciaram a perseguição aos judeus, incendiando suas lojas e sinagogas, confiscando suas propriedades, restringindo-os a morar em guetos e, enfim, condenando-os à morte nos campos de concentração como Auschwitz e Buchenwald. Cerca de 30 mil judeus foram presos, houve 100 assassinatos e muitos se suicidaram. Essa selvageria da SS foi precedida por um discurso violento de Hitler aos líderes da SS no início de novembro de 1938: “Não se trata apenas da luta das nações, que neste caso são apresentadas pelos oponentes como uma frente, mas de combate ideológico contra a judiaria, a maçonaria, o marxismo e as igrejas do mundo. Essas forças - das quais presumo que os judeus sejam o espírito propulsor, a origem de todos os males - sabem que serão aniquilados se Alemanha e Itália não forem aniquiladas. Trata-se de uma conclusão simples. Não, Alemanha, os judeus não podem continuar a existir” (apud KERSHAW, 2010: 481). “No início de 1933, havia cerca de 50 mil negócios de judeus no país. Em julho de 1938, restavam apenas 9 mil. Em Munique, os 1690 negócios em mãos de judeus em fevereiro de 1938, por exemplo, caíram para apenas 666 (dois terços deles de propriedade de cidadãos estrangeiros) em outubro” (idem, pg. 482). “A note de horror para os judeus da Alemanha causara a demolição de cerca de cem sinagogas, o incêndio de centenas de outras, a destruição de pelo menos 8 mil negócios e a danificação de incontáveis apartamentos. As calçadas das grandes cidades estavam coalhadas de cacos de vidro das vitrines de lojas; a mercadoria, quando não pilhada foi espalhada pelas ruas” (idem, pg. 491). “Um decreto de 17 de agosto [de 1938] tornou compulsório aos homens judeus acrescentar o prenome ‘Israel’ ao nome e, às mulheres, ‘Sara’” (KERSHAW, 2010: 482). Empresas que se beneficiaram com a espoliação dos judeus: Mannesmann, Krupp, Thyssen, Flick, IG-Farben, Deutsche Bank, Dresdner Bank. Veja Nazismo.

Noite dos Longos Punhais, A - Em alemão, Die Nacht der Langen Messer. O expurgo nazista, com assassinatos e prisões de personalidades e opositores, ocorreu durante o período de 30/06/1934 a 02/07/1934, e atingiu os que não se alinhavam com a ideologia nazista, especialmente os integrantes da SA (Sturmabteilung), que foram muito úteis na ascensão de Hitler. O expurgo, que resultou em pelo menos 85 mortes e 1.000 prisões, foi promovido pela SS, a Gestapo e a Polícia Secreta de Göring. Veja S.A.

Nomenklatura - (Russo) A “classe burocrática”, privilegiada, dos países da antiga Cortina de Ferro. Aquela que tinha direito a dacha (sítio) e villa (mansão) no Mediterrâneo, automóvel com motorista em pista exclusiva em Moscou, enfim, a classe que tinha “necessidades especiais” em um regime que foi criado para não ter classe social alguma. “Nova Classe é o título do livro em que o escritor iugoslavo Milovan Djilas denunciou, em 1957, os males da impiedosa burocratização do poder comunista, transformando-se no primeiro grande dissidente do mundo socialista. A expressão foi criada e usada por Lenin. Com uma antecipação de mais de quatro décadas, Djilas escreveu que ‘quando a nova classe deixar a cena da história - e isto acontecerá - deixará menos saudades do que todas as classes que a precederam’. A previsão se consumou, embora nem mesmo Djilas fosse capaz de supor que a nova classe da utopia comunista viesse um dia a se transformar na poderosa máfia de hoje. Nomenklatura, por sua vez, é uma palavra russa de origem latina que o dissidente soviético Mikhail Volenski utilizou em seu livro de 1972, para descrever o caráter parasitário da classe dos privilegiados, enquistados na monumental estrutura do antigo PCUS que levou a extinta URSS ao colapso fatal de 1991. Nem mesmo um país rico e poderoso como era a União Soviética resistiu ao peso de duas imensas burocracias disputando o poder e minando o próprio Estado” (Octaciano Nogueira, in “Nova classe & Nomenklatura”, Jornal da Tarde, de 12/05/1999).

Nomenklatura chinesa - “A questão dos privilégios e dos cargos vitalícios que assola os países realmente socialistas é bastante complicada na Ásia. Em todo o continente, e não somente na China, o poder político garante a seus detentores aqueles privilégios e comodidades que no Ocidente são características de quem possui poder econômico, em escala proporcional à sua renda. No Ocidente o indivíduo, através de sua iniciativa, explora melhor o sistema em que vive; no Oriente é o sistema político que garante ao indivíduo sua dose de bem-estar mais ou menos abundante. A casa com um ou dez quartos, a bicicleta ou o Mercedes preto, a universidade de província ou o college americano, a empregada, o telefone, o pacote de jornais, a loja especial de compras: tudo está ligado à posição que uma pessoa ocupa na pirâmide do poder” (FIORE, 1990: 22).

Norma penal em branco - A Constituição brasileira de 1988 está cheia dessas normas, que jogam a responsabilidade para futuras leis a serem criadas. Um exemplo é a greve no setor público, ainda não regulamentada, o que ocasiona o absurdo de “greves” de Bombeiros, PMs e Polícia Civil. Na verdade, PMs e Bombeiros não fazem greves, mas motins. Calcula-se que 2/3 da Constituição Federal de 1988 ainda não foi regulamentada.

NORML - National Organization for the Reform of Marijuana Laws (Organização Nacional de Reforma das Leis sobre a Maconha): o longo nome de pau atua nos EUA, desde 1972, para a legalização da maconha. Veja www.norml.org/.

Notícia de Jornal Velho - É como o historiador Carlos Ilich Santos Azambuja (in memoriam) se referia a alguns textos que ele republicava na Internet, por conterem importantes fatos históricos. "’Notícia de Jornal Velho’ não se joga fora, pois é um registro de assunto que passa a fazer parte da memória nacional, portanto, sempre continuará servindo como subsídio para instruir ações do presente e do futuro de uma nação” (Coronel do Exército Jorge Baptista Ribeiro). "Notícia de Jornal Velho" é o que a esquerda tenta, diariamente, destruir, seja por meio de um silêncio escandaloso, seja por apagar sistematicamente artigos, imagens e vídeos da Internet e do Youtube que deponham contra ela. Veja Cultura do cancelamento e Direito ao Esquecimento.

Nova Classe Social - Expressão cunhada por Milovan Djilas. No Brasil, a nova burguesia é composta pela nomenklatura do “fascismo alegre”, ou seja, pelo esquerdismo instalado nas últimas décadas em todos os órgãos públicos, cujos integrantes enriquecem rapidamente. Veja Nomenklatura.

Nova Esquerda - Movimento dos anos de 1960, tentou reabilitar Rosa Luxemburgo e Leon Trotsky, por considerar a burocracia soviética tão fascista, opressora e agressiva quanto a nazista.

Nova Geografia Econômica Mundial - Expressão de pau muito utilizada por Lula em seus passeios turísticos internacionais - hipnotizado pelos dervixes rodopiantes da Síria - e por ocasião da XI UNCTAD, em São Paulo, em junho de 2004. Qual Rainha de Sabá, o sucessor de FHC levou preciosos presentes a ditadores africanos - além dos milhões de dólares doados a fundo perdido aos kamaradas bolivarianos Fidel, Chávez, Correa, Morales etc.

Novalíngua - O mesmo que Novilíngua. “O objetivo da Novilíngua não é apenas oferecer um meio de expressão para a cosmovisão e para os hábitos mentais dos devotos do IngSoc, mas também impossibilitar outras formas de pensamento. Tão logo for adotada definitivamente e a Anticlíngua esquecida, qualquer pensamento herético será literalmente impossível, até o limite em que o pensamento depende das palavras. Quando esta for substituída de uma vez por todas, o último vínculo com o passado será eliminado” (George Orwell, 1984). “O mais importante sucesso de uma revolução ocorrerá quando uma nova filosofia de vida for ensinada para todos e, se necessário, mais tarde forçada sobre eles. (...) A principal tarefa da propaganda é ganhar o povo para a nova organização. A segunda é a ruptura do estado de coisas existente permeando-o com a nova doutrina” (Adolf Hitler, in Mein Kampf). Leia “A destruição do idioma e seus propósitos (não tão) ocultos”, de Heitor de Paola, em http://midiaemalerta.blogspot.com/2011/06/destruicao-do-idioma-e-seus-propositos.html. Veja Newspeak.

17 Novembro - Organização Revolucionária 17 de Novembro (Grécia): grupo de esquerda radical, formado em 1975 e assim denominado devido à agitação estudantil de 17/11/1973 contra o regime militar. É anti-EUA, anti-OTAN e antiturco. O grupo é contrário à presença militar turca no Chipre e à ligação da Grécia com a OTAN e a União Européia (UE).

NPA - New People’s Army (Novo Exército do Povo): é o braço armado do Partido Comunista das Filipinas. Grupo maoísta formado em dezembro de 1969, pretende derrubar o governo através de guerra de guerrilha.

NPT - (Nuclear) Non-Proliferation Treaty (Tratado de Não-Proliferação Nuclear - TNP): acordo assinado em 1968 pelos EUA, União Soviética e Grã-Bretanha (e endossado por outros 59 países), que proíbe testes de armas nucleares na atmosfera, no espaço ou sob as águas.

NRA - National Rifle Association (Associação Nacional do Rifle), EUA. A organização defende o direito de todo cidadão norte-americano de ter porte de arma, para a autodefesa.

NRL - National Rights to Life: uma das maiores ONGs dos EUA contra o aborto. Segundo a entidade, de 22/01/1973 (quando o aborto se tornou legal em todos os EUA) até o início de 2000, mais de 38 milhões de abortos foram realizados no país. Se em 1973 foram 745 mil abortos, em 1998 o número elevou-se para 1,4 milhão. Calcula-se que haja no mundo em torno de 55,7 milhões de abortos anuais, um verdadeiro holocausto de nascituros - cfr. https://oglobo.globo.com/sociedade/quase-metade-dos-557-milhoes-de-abortos-anuais-feitos-no-mundo-sao-inseguros-21879575. Veja Sistema métrico da intolerância.

NRP - National Religious Party (Partido Religioso Nacional): movimento ultranacionalista de Israel, com grande apoio entre os colonos judeus estabelecidos na Cisjordânia.

NSG - Nuclear Suppliers Group (Grupo de Supridores Nucleares): grupo informal de 34 países que adotam políticas de controle de exportação de bens e tecnologias na área nuclear, com vistas a fortalecer o objetivo da não-proliferação de armas nucleares e a promover o uso da energia nuclear para fins pacíficos.

NSSM-200 - National Security Study Memorandum-200 (Estudo-Memorando de Segurança Nacional 200), de 1982. Formulado pelo então Secretário de Estado, Henry Kissinger, o estudo identificava o crescimento demográfico do 3º Mundo como ameaça à segurança nacional dos EUA. Sugeria, entre outras coisas, a redução do estoque de alimentos em 13 países-chave - entre eles o Brasil -, cujo crescimento populacional e desenvolvimento eram considerados uma ameaça aos interesses estratégicos dos EUA. Ainda bem que nos livramos da “Lei do Milho” yankee. Veja Arma da fome e Holodomor.

Nunca antes na história deste país - Era como o sucessor de FHC, um certo Nove Dedos, em autolaudação, proclamava feitos inexistentes em seu governo, mas que hipnotizavam a massa ignara em seus oito anos de governo, quero dizer, oito anos de comícios e passeios pelo Brasil e pelo mundo. Verdade seja dita: nunca antes na história deste país - quiçá do mundo - houve um governo tão corrupto e tão mentiroso como o de Lula da Silva.

Nunca fui de esquerda - Assim falou Zaratustra, quero dizer, Luiz Inácio Lula da Silva, amigo íntimo de ditadores comunistas, como Fidel Castro. 

 

O

 

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas" (Embaixador José Osvaldo de Meira Penna).

“Penso que o Destino dirige a metade da vida de cada homem e o seu caráter a outra metade” (Alfred de Vigny).

 

OACL - Organisation de l’Action Communiste Libanaise: atuante na guerra civil libanesa.

OAS - Organization de l’Armée Secrete (Organização Secreta do Exército): representava os colonos franceses reacionários na Argélia, organizando atos terroristas contra autoridades francesas e grupos nacionalistas. O grupo ingressou no crime para obter fundos para apoiar sua causa política.

OBAN - Operação Bandeirantes: criado em 1969, o órgão foi encarregado de combater grupos terroristas de esquerda, que visavam a atingir o poder via luta armada, para implantar o comunismo no Brasil, como a ALN, a VPR, a VAR-Palmares: os assassinatos do soldado Mário Kozel Filho e do capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, o sequestro do Embaixador Americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, o sequestro de 4 aviões desviados para Cuba etc. “Graças à OBAN é que passaram também a morrer - em confrontos e não por tortura - os guerrilheiros e terroristas que antes roubavam e matavam impunemente” (Gen Div Raymundo Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 75). Em maio de 1970, a OBAN passou a se denominar DOI-CODI (Departamento de Operações e Informações-Centro de Operação e Defesa Interna). Porém, a OBAN manteve seu nome devido ao sucesso obtido e mística criada - motivo, até hoje, de a esquerda promover campanha de ódio contra aquele órgão de combate ao terrorismo. Na cidade de São Paulo reuniam-se as organizações terroristas chamadas de "Grupos de Fogo", que executavam ações armadas violentas, matando inocentes, assaltando quartéis em busca de armas e roubando bancos, carros-fortes, supermercados e casas d'armas. Apesar dos esforços do então chefe da Oban, Major Waldir Coelho, e do chefe do DOPS paulista, delegado Sérgio Paranhos Fleury, as ações terroristas eram crescentes. Ao final do comando do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra no DOI/CODI, os grupos terroristas tinham sido desbaratados e muitos de seus integrantes foram eliminados fisicamente. Estes fatos explicam o ódio que os terroristas nutrem por Ustra até hoje. Aliás, não existe maior elogio do que merecer o ódio da esquerda terrorista ou da “esquerda caviar”. Veja DOI-CODI.

Objetividade - “Quem afirma ‘eu sou objetivo’ ou é ingênuo ou mentiroso” (VOLKOFF, 2004: 147).

OCDP - Organização Comunista Democracia Proletária: surgiu no final da década de 1970, a partir da moribunda Ação Popular (AP).

O Chefe - Para conhecer toda a história do Chefe do mensalão petista - vulgo “Nove Dedos” -, acesse e faça download do livro de Ivo Patarra, “O Chefe” - https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxwb3J0aWZvbGlvMXNndHBhZHVhfGd4Ojc3ODJhYmRhM2ViN2E1Nzg. Veja Tchau, querida.

OCI - Organização da Conferência Islâmica: inaugurada em 1971, com sede em Jeddah, Arábia Saudita, reúne 56 Estados islâmicos. Além de abordar aspectos econômicos, sociais e políticos, é informalmente considerado o “novo califado", extinto em 1924 por Mustafá Kemal Attatürk, após a queda do Império Otomano. Além da OCI, têm importância política e religiosa a Liga Árabe, que congrega 22 países, e a Universidade Al-Azhar, do Cairo.

OCLADE - Organização Central Latino-Americana dos Estudantes. Onagro terceiro-mundista, controlado por Moscou, não passava de órgão de fachada para propagação do comunismo.

OCLAE - Organização Continental Latino-Americana de Estudantes: fundada em 1966, em Havana, Cuba, esse onagro era o centro de irradiação comunista no continente. Através da luta armada, tinha por objetivo implantar o Comunismo internacional, organizando escolas de guerrilhas em Cuba, para preparar futuros guerrilheiros. Em 1967, organizou-se em Cuba a Conferência OLAS (Organização Latino-Americana de Solidariedade), com a presença de Carlos Marighella, do Brasil, e Salvador Allende, Senador do Chile. Após esses eventos, surgiram no Brasil a ALN, a FALN, a FELA, o MRT, a AP, a VPR, o COLINA, a VAR-Palmares (fusão da VPR + COLINA); a REDE (Resistência Democrática) apareceu em 1969. Em 1971, o presidente do Chile, Salvador Allende, afirmou: “Cheguei a este cargo para realizar a transformação econômica e social do Chile, para abrir o caminho para o socialismo. Nosso objetivo é o socialismo marxista, científico, total”.

O comunismo morreu - “O comunismo morreu! Viva o comunismo!” Na América Latina, o comunismo vai bem, com a criação do Foro de São Paulo e seu “socialismo do século XXI”. Além de Cuba, a Venezuela e a Nicarágua estão sob o jugo comunista. A Bolívia, o Equador e a Argentina flertam com o ogro vermelho. O Brasil se salvou, por ora, com a destituição da presidente Dilma Rousseff e a derrota do petista Fernando Haddad para Jair Messias Bolsonaro, em 2018. Veja Foro de São Paulo.

OCSS - Organización Campesina de la Sierra del Sur: reúne os sindicatos rurais do Sul do México; seu apoio ao PROCUP-PDLP teria dado origem ao Exército Popular Revolucionário (EPR), surgido em 28/06/1996.

Ocupação de terras - Eufemismo que o MST utiliza para invasão violenta de terras rurais, onde máquinas agrícolas e centros de pesquisas são destruídos, prédios incendiados, funcionários são feitos reféns, o gado é abatido, em autêntico ato de terrorismo. Veja MST.

Ocupação dos espaços - Estratégia gramscista, consiste em aparelhar o Estado em todas suas instituições, de modo que atenda à ideologia da esquerda. “É preciso nomear pessoas alinhadas com a ideologia para todos os postos capazes de promover a perda do senso crítico e o estabelecimento da hegemonia. É o aparelhamento do Estado, fenômeno perfeitamente visível no Brasil, onde foram criados cargos ministeriais para beneficiar políticos aliados (alguns derrotados em pleitos eleitorais)” (COUTINHO, 2012: 7). Veja Hegemonia cultural, Gramscismo, Guerra de Movimento e Guerra de Posição.

ODA - Overdose de Atitude: gangue de Brasília, DF, especializada em pichar monumentos, como a Catedral Metropolitana.

OGD - Observatoire Géopolitique des Drogues (Observatório Geopolítico das Drogas): ONG francesa, criada em 1991, tem apoio financeiro da União Europeia. O OGD publica o Informe Anual “Geopolítica Mundial das Drogas”.

OGPU - Obiediniónnoie Gossudarstviênnoie Politítcheskoie Upravliênie (Administração da Polícia Política do Estado - GPU Unificada): nome da polícia política russa, também conhecida como “Os Órgãos”, em atuação de 1922 a 1934. Unificados ao nível da URSS, a polícia política foi fundada por Lênin e Trotsky, em 1917.

Ogro filantrópico - É o Leviatã estatal, o “Dinossauro” (segundo Meira Penna), o estatismo sob diversas formas, como patrimonialismo, coronelismo, capitalismo de compadres, socialismo etc. A expressão se origina da obra de Octavio Paz, ensaísta, crítico e poeta mexicano, “El Ogro Filantrópico” (1979). Como exemplo do Leviatã estatal, podemos citar as despesas de um escritório do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC) em Nova York: “Salário de 9.500 dólares por mês, 2 passagens anuais de ida e volta ao Brasil, aluguel de luxuoso apartamento e carro com motorista. Tudo isto para não fazer nada” (in “IBC dá vida de magnata a chefe de escritórios” - Jornal do Brasil, de 08/10/1985, pg. 18). Enquanto isso, a Colômbia ultrapassava o Brasil na produção de café. “Um estudo do BNDES mostra como melhorou o desempenho de 46 estatais privatizadas entre 1981 e 1994: o faturamento cresceu 27%; as vendas por funcionário subiram 83%; o número de empregados caiu 31%; o lucro melhorou 500%; o endividamento diminuiu 16% e o investimento quadruplicou” (Revista Veja, de 06/08/1997, pg. 67).

Okhrana - Nome da polícia secreta czarista, de 1881 a 1917. A palavra russa significa “Proteção”, substituindo a designação completa, que era Departamento para a Proteção da Segurança Pública e da Ordem. “A polícia secreta do czar havia chegado a 15.000 homens; a Tcheká, em 3 anos de existência, já tinha uma força de 250.000 agentes permanentes. Enquanto os últimos czares tinham executado uma média de 17 pessoas por ano (por todo tipo de crime), até 1918-1919 a Tcheká já tinha chegado à média de 1.000 execuções por mês, apenas por razões políticas” (JOHNSON, 1994: 54).

Oklahoma, atentado - Atentado terrorista, em que um carro-bomba explodiu um prédio público americano na Cidade de Oklahoma, no dia 19/04/1995, matando 168 pessoas (incluindo 19 crianças) e deixando mais de 680 feridos. “Entre os milhares de norte-americanos condecorados por seu papel na libertação do Kuwait havia um atirador de um veículo de combate Bradley que recebeu a Estrela de Bronze e muitas outras condecorações. Timothy McVeigh, um jovem e promissor soldado, tentou entrar nas Forças Especiais norte-americanas, mas não o admitiram, e deixou o exército, amargurado, em 31 de dezembro de 1991. Morreu executado em 11 de junho de 2001 pelo atentado a bomba na cidade de Oklahoma de 19 de abril de 1995, no qual 167 norte-americanos perderam a vida” (FISK, 2007: 887 - Nota de rodapé). Veja Aliança Nacional.

Oktoberwelt - (Alemão) “Mundo de Outubro”: refere-se ao pretendido governo comunista mundial. A Revolução Russa ocorreu em 25/10/1917, no calendário juliano, usado até fevereiro de 1918. No calendário gregoriano, aquela data equivale a 07/11/1917 - esse o motivo da comemoração do aniversário da Revolução Russa, atualmente, ocorrer no dia 7 de novembro e não no dia 25 de outubro. No Brasil, foi inaugurado, em 2004, o “Abril Vermelho”, de João Pedro Stédile e seu MST, o Aprilwelt (“Mundo de Abril”) de pau, que tudo faz para levar nosso País ao socialismo, ao tentar acabar com uma das poucas coisas que funcionam bem nesta Terra dos Papagaios: o agronegócio.

OLAS - Organización Latinoamericana de Solidaridad (Organização Latino-Americana de Solidariedade): no dia 16/01/1966, um dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS, em Havana, em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã em cada país da América Latina”. “A luta anti-imperialista, na Guatemala, na Colômbia, na Venezuela e na República Dominicana, deve estender-se ao Brasil, ao Paraguai, à Argentina e a todos os países da América Central” (Resolução secreta da Conferência Tricontinental, em Havana). Após a Conferência da OLAS, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM). Veja AP, CJLA, CLAE, COSPAL, OCLAE e Operação Condor.

Olavete - Assim como existiam as “chacretes” (bailarinas do Chacrinha) e ainda existem as “silvetes” (Sílvio Santos), depois as “faustetes” (Fausto Silva), também existem os “olavetes”, que são os admiradores do pensamento do filósofo e escritor Olavo de Carvalho. Já fui chamado de “olavete”, o que me deixou orgulhoso. Triste ficaria se me chamassem de “paulete” (Paulo Freire), “emirete” (Emir Sader), “marilenete” (Marilena Chauí) ou “bagnete” (Marcos Bagno).

OLP - Organização para a Libertação da Palestina: criada no Cairo em 1964, com a finalidade de expulsar os israelenses da antiga Palestina e formar um Estado Palestino. Em 09/11/1993, em cartas ao Primeiro-Ministro israelense Yitzhak Rabin e ao Ministro de Relações Exteriores da Noruega, Johan Joergen Holst, o Chefe da OLP, Yasser Arafat, garantiu que a OLP renunciava a todas as formas de violência e terrorismo. Em 13/09/1993, foi assinada a Declaração de Princípios entre israelenses e palestinos, em Washington, EUA. O lema era “paz em troca de terra”. A partir do Acordo, Israel cedeu a Faixa de Gaza e a cidade de Jericó à Autoridade Palestina, comprometendo-se a entregar aos poucos outras cidades da Cisjordânia. Entre 1994 e 2003, 900 milhões de dólares doados aos palestinos sumiram. Só em 1997, 323 milhões de dólares desapareceram do caixa da Autoridade Palestina. Entre 2002 e 2003, 11,5 milhões de dólares foram depositados em contas de Suha Arafat, viúva de Yasser Arafat, com quem teve uma filha; o dinheiro saiu de contas secretas da Suíça. “As estimativas da fortuna pessoal do líder palestino variam de 300 milhões a 5 bilhões de dólares, mas é provável que o valor exato jamais seja conhecido” (in “Onde está o dinheiro?”, revista Veja no. 1881, de 24/11/2004, pg. 110). Veja Operação Bola de Neve e PFLP.

Omertà - (Italiano) “Lei do silêncio”. Trata-se de um “código de honra” existente entre grupos mafiosos do Sul da Itália, incluindo as grandes ilhas de Sicília, Sardenha e Córsega, que impede que seus integrantes cooperem com a Justiça, para preservação de familiares dos grupos mafiosos e das próprias organizações criminosas.

O MST ocupa terras - A novalíngua do messetê traduz “invadir” por “ocupar”, querendo, com esse eufemismo, diminuir ou até excluir completamente a noção de agressão que o movimento faz contra a propriedade particular. “Ocupar é um direito de todo ser humano, as terras não são de ninguém em especial, são um dom divino” - afirmou o presidente da CPT, Dom Tomás Balduíno. O bispo vermelho estaria correto se vivêssemos na antiga União Soviética, não sob as leis brasileiras. Porém, nestes tempos de relativismo moral, em que o banditismo pode ser aceito se for feito “pelo social”, não causa estranheza que o incentivo à bandidagem seja encarado como uma ordem divina. Desde 2004, João Pedro Stédile e outros cangaceiros do MST infernizam o Brasil no “abril vermelho”, para lembrar o “massacre” de Eldorado do Carajás, ocorrido em 17/04/1996. Veja Abril Vermelho.

Onagro - Termo utilizado por Jacques Vindex e Gabriel Veraldi a respeito das “caixas de ressonância” ocidentais na análise dos “agentes influenciadores soviéticos de Lenine a Gorbachev”. Segundo os dicionários, onagro é: 1. Espécie de burro de grande porte; 2. Máquina de guerra que serve para destruir muralhas. “Os autores observaram, em 1988, que ‘a URSS tem necessidade de lavar a sua psico-estratégia tal como a Máfia de lavar o seu dinheiro sujo. O recuo tático dos noventa partidos comunistas atingiu, numa primeira linha, as organizações de fachada’. A sua análise não foi contestada e não será desinteressante reproduzir aqui a lista que eles forneciam três anos antes da queda do regime comunista, perguntando-nos de que se ocupam hoje estas organizações:

Conselho Mundial da Paz (Helsinque);

Federação Sindical Mundial (Praga);

Organização de Solidariedade com os Povos Afro-Asiáticos (Cairo);

Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste);

União Internacional dos Estudantes (Praga);

Instituto Internacional da Paz (Estocolmo);

Organização Internacional dos Jornalistas (Praga);

Conferência Cristã para a Paz (Praga);

Federação Internacional Democrática das Mulheres (Berlim Leste);

Federação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas);

Conferência Asiática e Budista para a Paz (Ulan Bator, URSS);

Organização de Solidariedade com os Povos da África, Ásia e América - a famosa ‘Tricontinental’ (Havana);

Federação Mundial dos Trabalhadores Científicos (Londres)” (VOLKOF, 2004: 144-145).

O comunista inglês Douglas Hyde, autor de “A realidade era outra”, foi fundador do onagro Amigos da União Soviética; posteriormente, ele e sua esposa se converteram ao catolicismo e sua filha Rowena se tornou irmã de caridade. Outros exemplos recentes de onagros: Associações de Amizade a Cuba, Associação Cultural Jose Martí (ACJM), Foro de São Paulo, Fórum Social Mundial, Antifas.

Onagreens - Neologismo que criei para designar os antigos “onagros” vermelhos, hoje convertidos em greens (verdes), que são tanto os políticos dos partidos verdes, quanto as ONGs ditas preservacionistas (Greenpeace e similares). Veja ALF, ELF, Eugenia ecológica, GLF, Teoria de Gaia e VHEMT.

ONG - Organização Não-Governamental: expressão de pau criada pela ONU no final da década de 1940. Muito úteis, de um lado, as ONGs encobrem também muitas atividades suspeitas, como a evasão de plantas medicinais da Amazônia, que são contrabandeadas para o exterior, retornando sob a forma de remédios pelos quais os brasileiros pagam elevados royalties. ONGs estão também por trás do movimento indigenista da Amazônia, com a criação de inúmeras Terras Indígenas (TI) do tamanho de países europeus, as quais no futuro poderão lutar por sua autodeterminação, como o Kosovo, com o apoio das palavras de pau mole da ONU e das ações do duro pau-ferro dos mísseis de cruzeiro da OTAN (leia-se EUA). Dado o grande poder das ONGs atuais, que chega a ombrear com o dos poderes constituídos, a sigla já foi denominada de “Organização Neogovernamental”.

Ongangotango - A feliz expressão de pau trata do “Orangotango das ONGs”. Parido pelas ONGs, seria o indivíduo de uma “nova subespécie” surgida em 1961, após a criação do WWF. Contraria a teoria evolucionista, por representar uma involução no desenvolvimento biológico humano, ao pretender tornar as tribos indígenas, p. ex. os ianomâmis, em fósseis humanos vivos, sem direito ao acesso à civilização. Os ianomâmis nunca existiram e foram uma esperta criação de ONGs, de Cláudia Andujar e do Christian Church World Council, cuja Diretriz Brasil No. 4 - Ano “0”, de julho de 1981, “não deixava dúvidas sobre o propósito da entidade em preparar a dominação futura da Amazônia com medidas impeditivas de ocupação e exploração da área por brasileiros” (BARRETO, 1995: 31). “É preciso ficar claro antes de tudo que os índios supostamente encontrados por Cláudia Andujar são os mesmos de quando estive lá, em 1969, 1970 e 1971. Pode ser que, seduzidos com promessas, tenham concordado em renegar o próprio nome, deixando de ser os valentes que sempre foram, para se prestarem agora a esse triste papel” (idem, pg. 33). Leia o livro “A Farsa Ianomâmi”, do Coronel Carlos Alberto Lima Menna Barrreto em https://www.yumpu.com/pt/document/read/62821885/a-farsa-ianomami-carlos-alberto-lima-menna-barreto-biblioteca-do-exercito-editora-1995/33.

OOTW - Operations-Other-Than-War (Operações Abaixo do Nível de Guerra ou Operações de Não-Guerra): operações contrainsurreição, contradrogas, operações de paz etc. Como exemplo, pode-se citar as operações americanas em Granada, no Panamá, na Somália e no Haiti.

Opção Sansão - O livro “The Samson Option”, de Seymour M. Hersh, relata a opção do Sansão da Bíblia, de Israel “morrer” matando o maior número de inimigos, utilizando, se preciso, armas nucleares. “Segundo o mesmo livro, as bombas nucleares israelenses saíram dos silos para serem instalados em lançadores pelo menos três vezes: duas vezes durante a guerra de 1973 e uma vez durante os ataques iraquianos de mísseis Scuds durante a Guerra do Golfo, em 1991” (MAIER, 1995: 156). O israelense Mordechai Vanunu ficou preso durante 18 anos, dos quais 12 numa solitária, por ter revelado detalhes sobre o arsenal nuclear de Israel, em 1986, ao jornal inglês The Sunday Times. Ele era um técnico de baixo escalão na usina nuclear de Dimona, no Deserto do Neguev. Pouco depois de entregar os detalhes ao jornal, agentes israelenses o sequestraram em Roma e o levaram para ser julgado em Israel. Até hoje, Israel nunca admitiu que possui armas nucleares.

Opção sexual - Sinônimo de “preferência sexual”, opção sexual é coisa que não existe, a não ser para um pervertido, que deseja ser “gilette”, sendo “espada” um dia, “bainha” noutro. É como se o sujeito se levantasse de manhã, se olhasse no espelho e dissesse: “Hoje, para variar, vou ser gay!”. Opção é escolha. Não se trata de escolher o sexo. Você já nasce com um. Sexos, existem apenas dois. Não existe cromossoma z, ainda que pessoas com o cromossoma y se portem como se tivessem cromossoma x, ou vice-versa. Ser gay não é opção sexual. O homossexual, ou nasce gay ou se torna gay devido a algum trauma na infância ou na adolescência, se tornando, muitas vezes, um viciado sem cura. Opção é você torcer pelo Fluminense (meu time), pelo Flamengo ou pelo Arapiraca.

Open Skies, regime – “Regime Céus Abertos”: proposta do Presidente Eisenhower, dos EUA, em que cada país poderia realizar reconhecimentos aéreos sem restrição em outros países, tomando fotos das instalações de defesa, das forças, bases, fábricas, refinarias, tudo o que pudesse ser registrado. Seria uma espécie de “jogo aberto”, principalmente entre as duas superpotências (EUA e União Soviética), durante a Guerra Fria, para que ambas tivessem noção dos atos do adversário, para diminuição da ameaça de um ataque militar. A proposta foi rejeitada pela URSS, por ser uma mera espionagem.

Operação Abutre - O PT e outros comunas sempre criticaram a Operação Condor, realizada pelos governos militares latino-americanos para combater a Peste Vermelha vinda de Cuba, da China e da URSS. Com Lula, foi criada a Operação Abutre, em que o ex-torneiro mecânico se transformou em capitão-do-mato, caçou dois boxeadores cubanos (Guillermo Rigoundeaux e Erislandy Lara), que haviam fugido da vila dos Jogos Pan-Americanos, Rio de Janeiro, 2007, e os entregou à sanha do Abutre do Caribe, Fidel Castro. Veja Operação Condor.

Operação Alba - Operação Dawn: operação aprovada pela ONU, envolvendo 8 nações (incluindo Grécia, Espanha e França), composta por 6.000 militares, para permitir a ajuda humanitária à Albânia, após os problemas ocorridos com o fracasso das “pirâmides financeiras” naquele país, em 1997. “A soma de todo o dinheiro do mundo é de cerca de 60 trilhões de dólares, mas a soma total de moedas e cédulas é de menos de 6 trilhões de dólares. Mais de 90% de todo o dinheiro – mais de 50 trilhões de dólares que aparecem em nossas contas – existem apenas em servidores de computador. Assim, a maior parte das transações é executado por meio da movimentação de dados eletrônicos de um arquivo de computador para outro, sem qualquer troca de dinheiro físico. Só um criminoso compra uma casa, p. ex., entregando uma mala cheia de notas” (HARARI, 2018: 242 – “Sapiens”). Estariam, nesse cálculo, incluídas as outras moedas, que não o dólar? A propósito, a alavancagem financeira não deixa de ser também uma pirâmide financeira, já que o investidor opera com valores acima do que possui em conta. Nos EUA, a alavancagem permitida é 10 vezes - 1 milhão vira 10 milhões.

Operação Barbarossa - Nome da invasão da União Soviética, efetuada pelos nazistas em 1941 (II Guerra Mundial), ocasião em que morreram 20 milhões de pessoas da URSS.

Operação Bola de Neve - Invasão israelense do Líbano, em 1982, que os israelenses apresentaram à imprensa um nome “publicitário”, Operação Paz para a Galileia. Após sitiar Beirute por 2 meses, o exército israelense forçou o chefe da OLP, Yasser Arafat, 11.000 guerrilheiros palestinos e milhares de soldados sírios a deixarem a capital. O primeiro ataque de grande envergadura contra o Líbano havia ocorrido em 1978, na Operação Litani, para proteger o norte de Israel dos combatentes da OLP. A invasão israelense perdurou até o ano 2000, quando forças militares e milícias do Líbano aliadas a Israel foram deixadas à própria sorte, à sanha do Hezbollah. Durante a ocupação israelense do Sul do Líbano, a Argélia enviou à OLP o equivalente a US$ 20 milhões em armas soviéticas.

Operação Bota - Conhecida também como Operação Ajax: em 1953, agentes secretos britânicos e da CIA derrubaram o “único primeiro-ministro democrático do Irã, Mohamed Mossadeq” (FISK, 2007: 144) e ajudaram no regresso de Mohamed Reza, o xá Pahlavi. “Custou alguns milhões de libras, um avião carregado de armas e talvez cinco mil vidas. E 25 anos depois, tudo se transformou em pó” (idem, pg. 147) - com a Revolução Iraniana, em 1979. O motivo da Operação foi o petróleo: Mossadeq havia nacionalizado a Anglo-Iranian Oil Company (AIOC). Veja Revolução Iraniana.

Operação Brother Sam - É mentirosa a versão da participação direta dos norte-americanos na Contrarrevolução brasileira de 1964. Os documentos da inexistente "Operação Thomas Mann" foram forjados pela espionagem tcheca, que atuava no Brasil em 1964, via KGB. Essa mentira foi montada por Ladislav Bittman, que chefiava o serviço de desinformação da Tchecoslováquia. Em seu livro “The KGB And Soviet Disinformation”, publicado em Washington, Bittman declara: "Queríamos criar a impressão que os Estados Unidos estavam forçando a Organização dos Estados Americanos (OEA) a tomar uma posição mais anticomunista, enquanto a CIA planejava golpes contra os regimes do Chile, Uruguai, Brasil, México e Cuba (...) A Operação foi projetada para criar no público latino-americano uma prevenção contra a política linha dura americana, incitar demonstrações mais intensas de sentimentos antiamericanos e rotular a CIA como notória perpetradora de intrigas antidemocráticas". O livro “1964: O Papel dos Estados Unidos no Golpe de Estado de 31 de Março” (Civilização Brasileira, Rio, 1977), da historiadora norte-americana Phyllis R. Parker, com tradução de Carlos Nayfeld, diz textualmente, nas "Conclusões", à pg. 128: "Não há provas de que os Estados Unidos instigaram, planejaram, dirigiram ou participaram da execução do golpe de 1964. Cada uma dessas funções parece ter competido a Castelo Branco e seus companheiros de farda. Ao mesmo tempo, há sugestivas evidências de que os Estados Unidos aprovaram e apoiaram a deposição militar de Goulart quase que desde o princípio. Os Estados Unidos reforçaram o seu apoio ao elaborar planos militares preventivos que poderiam ter sido úteis para os conspiradores, se houvesse surgido a necessidade". É óbvio que os EUA acompanhavam com atenção o movimento militar e civil anti-Jango, e com certeza remeteriam material bélico aos revoltosos, caso ocorresse uma guerra civil. “Ele sabia que existia um movimento liderado por Castello Branco e outros generais, mas não estava participando dos planos do golpe” (Lincoln Gordon, então embaixador americano no Brasil, a respeito do então coronal Vernon Walters, adido do Exército Americano no Brasil - in “O olho dos EUA no golpe de 64”, revista Veja no. 1848, pg. 49). “O governo americano mandou preparar, no dia 1º. de abril, um avião carregado com armamentos para ser enviado aos militares golpistas, caso ocorresse um conflito prolongado. O que, como se sabe, não ocorreu, já que Jango preferiu não resistir e fugiu para o exterior” (idem, pg. 48). “O militar americano [Vernon Walters] era muito amigo do general Humberto Castello Branco, com quem dividiu uma barraca de campanha na Itália, durante a II Guerra. Uma informação só revelada na semana passada é que Arma, várias vezes citado na correspondência diplomática como principal fonte da conspiração, era o codinome de Walters. Ele estava bem a par dos preparativos para o golpe, conforme mostra trecho do documento de 27 de março: ‘Na próxima semana, nós vamos ser informados da estimativa (feita pelos militares golpistas) das armas necessárias, através do contato entre Arma e o general Ulhoa Cintra, braço direito de Castello Branco’” (idem, pg. 49). Leia, de minha autoria, “Operação Brother Sam, uma operação fantasma”, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/operacao-brother-sam-uma-operacao.html.

Operação carta de amor perfumada - Os falsificadores do Instituto 631, com sede em Moscou, conseguiam nomes e endereços de integrantes das Forças Armadas da Alemanha Ocidental e então usavam mulheres para escrever centenas de cartas de amor em papel perfumado e redigidas de modo a não deixar dúvidas quanto aos laços íntimos entre a mulher que escrevia e o homem que recebia. Os falsários conseguiam fazer entregar as cartas nos horários em que o marido estava no serviço, ocasião em que muitas mulheres caíam na armadilha e abandonavam o lar. Veja Instituto 631.

Operação Cobra - Operação Colômbia-Brasil: lançado pelo Ministro da Justiça do Governo FHC no dia 27/09/2000, como uma das consequências do Plano Colômbia, tem como principais objetivos: fiscalização da fronteira Brasil-Colômbia, feita pela Polícia Federal, para combater o tráfico internacional de drogas, precursores químicos, contrabando de armas e munições, reprimir exploração clandestina de minérios e produtos de origem animal e vegetal, controlar o fluxo de estrangeiros, coibir o ingresso clandestino nas áreas indígenas, combater a sonegação de impostos etc.

Operação Condor - Operação conjunta de governos de países sul-americanos para fazer face aos movimentos terroristas-marxistas do final da década de 1960 e início da década de 1970, desencadeados a partir da Revolução Cultural (China) e da OLAS (Cuba). Há um documentário, “Condor”, de Roberto Mader, e livros que tratam do assunto, como “Operação Condor - terrorismo en el Cone Sur”, do jornalista Nilson Cezar Mariano, e Social Justice”, publicado em 1999, da pesquisadora Patrice McSherry, professora de Ciências Políticas da Universidade de Long Island, EUA, em que há um artigo sobre a Operação Condor. “Foi comprovada, em 1992, através de documentos da polícia secreta do Paraguai, a existência de uma ação de Estado implantada em todo o cone Sul. Na verdade, a Operação Condor foi um acordo costurado por todos os países da região com o intento de facilitar a cooperação regional na repressão aos opositores dos regimes militares que então governavam o Brasil, a Argentina, o Chile e a Bolívia. Teoricamente esses opositores dos regimes militares faziam parte de grupos guerrilheiros com ideologia socialista nos moldes da filosofia radical maoísta e stalinista. Eram apoiados por Cuba de Fidel Castro e indiretamente pelos governos socialistas da antiga União Soviética e da República Popular da China, que desejavam expandir o modelo socialista para todos os países da América Latina. Além do apoio tático e estratégico fornecido pelo governo de Cuba, esses grupos buscavam os recursos financeiros através de ações criminosas, como roubos a bancos e sequestros” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Condor - acesso em 24/05/2012). Essa Operação não foi um acordo multilateral terrorista de governos latino-americanos, como propaga a esquerda, mas, sim, um acordo legítimo de defesa conjunta de países contra movimentos terroristas, patrocinados por países totalitários comunistas (URSS, China, Cuba), que queriam implantar, não a democracia, porém a ditadura do proletariado em todo o continente. A Operação Condor foi tão legítima como hoje é a Interpol e os acordos bilaterais de segurança entre países, para enfrentar em conjunto o terrorismo e o crime transnacional. “Se a orientação e o apoio dessas operações vinham de fora - vinham da Rússia e da China, via Cuba ou Uruguai - enfim, eram um movimento internacional integrado, o que há de estranho no fato de o Cone Sul se reunir para colocar um ‘basta’ a isso, com troca de informações, já que todos eram atingidos?” (Gen Ex Leônidas Pires Gonçalves - HOE/1964, Tomo 1, pg. 92). No Brasil, se as Forças de Segurança não tivessem desbaratado a Guerrilha do Araguaia, ainda hoje poderíamos estar vivendo uma guerra civil, a exemplo da Colômbia. Nesse caso, o Governo Federal poderia estar hoje negociando, p. ex., com José “Tirofijo” Genoino, a entrega de uma extensa região do Araguaia aos guerrilheiros das “FARB”, para “conversações de paz”, como ocorreu na Colômbia das FARC durante o Governo de Andrés Pastrana. O Sendero Luminoso e o Tupac Amaru (Peru), atualmente sob certo controle, e as FARC e ELN (Colômbia) são os “filhotes” mais duradouros da OLAS de Fidel Castro, que prometeu “criar um Vietnã” em cada país sul-americano. Cínicos, esses esquerdistas! Falam mal da Operação Condor, logo eles, que ontem se uniram ao PC cubano e à KGB, criaram a OLAS e dezenas de grupos terroristas para infernizar a América Latina, e hoje estão à frente de movimentos que ainda sonham em implantar o comunismo na região, como a ALBA, o Foro de São Paulo e o Fórum Social Mundial. El cóndor pása... toca a flauta indígena do Peru. E os urubus socialistas apertam o nariz, denunciando o mau cheiro que eles mesmos provocaram - cfr. meu texto sobre o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/operacao-condor-el-condor-pasa-e-os.html. Após o Seminário Internacional sobre a Operação Condor promovido pela Câmara dos Deputados em 2012, que foi coordenado pela deputada Luíza “La Pasionaria” Erundina, as viúvas castristas prometeram recriar o Tribunal Russell para a América Latina. Veja FBI e Tribunal Bertrand Russell.

Operação Drogas - Lançada pela China e depois copiada pela URSS na década de 1960, para levar os jovens e as crianças do Ocidente ao vício. Desde o fim da década de 1960, o consumo de drogas aumentou de forma alarmante em todo o mundo ocidental. O haxixe, a maconha, a cocaína, a heroína, o ópio e o LSD tornaram-se drogas comuns. Os quintas-colunas vermelhos também introduziram as drogas entre os soldados americanos que combatiam no Vietnã, como afirmou Chou En-lai ao presidente Nasser, em Alexandria: “Quanto mais tropas eles mandarem para o Vietnã, melhor para nós, pois nos apossaremos delas para lhes sugarmos o sangue” (HUTTON, 1975: 259). Teria sido uma vingança da China, que havia sido derrotada pelo Reino Unido na chamada “Guerra do Ópio”? “Entre 1965 e 1967, os chefes subversivos de Mao Tse-tung e suas redes concentravam-se em greves, demonstrações, tumultos e atos terroristas de toda espécie, e quando os sucessos continuavam, um depois do outro, provando a eficiência das redes instaladas. Pequim resolveu aumentar a pressão. A divisão especial da subversão da China vermelha enviou uma instrução em código para todos os seus agentes avisando-os para estarem alertas esperando as entregas contrabandeadas de grandes quantidades de toda sorte de drogas. A ordem era ‘aproveitar todas as oportunidades para intensificar o vício de drogas’” (idem, pg. 173).

Operação de Guerrilha - Obra escrita por Lênin. Leia “Guerra de guerrilhas” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/02/lenin-guerra-de-guerrilhas-por-nova.html. Leia também “Lênin incendiário”, de Igor Mendes, em https://drive.google.com/file/d/1Y9ApasGPX4yhFE3CJ6Dk7Z8h8ZjEnFKE/view.

Operação Escudo do Deserto - Operation Desert Shield: operação americana (1990-1991) para proteção da Arábia Saudita e demais monarquias do Golfo Pérsico, contra a ameaça iraquiana, após a invasão iraquiana do Kuwait, ocorrida em 02/08/1990.

Operação Green Clover - Operação Trevo Verde: conduzida com o apoio dos EUA no Peru e na Colômbia, com o objetivo de interditar o tráfego de aeronaves cocaleras entre o nordeste peruano e a Amazônia colombiana.

Operação infiltração com explosivos - É como na língua de pau socialista se chama um “atentado com explosivos”. “Comunicamos que asumimos la autoría de la operación de infiltración con explosivos en el interior de Consulado de Brasil, ejecutada hoy martes 23 de marzo” (Comunicado do MIR, grupo terrorista do Chile, assumindo a autoria dos atentados no Consulado brasileiro em Santiago, no dia 23/03/2004). Motivo: o Brasil havia condenado a 30 anos de prisão Maurício Hernández Norambuena, 2º homem da Frente Patriótica Manuel Rodriguez, um dos sequestradores do publicitário Washington Olivetto. Veja FPMR.

Operação Just Cause - “Operação Causa Justa”: Invasão americana no Panamá, em 1989, ocasião em que morreram 4.000 civis, massacre não explorado pela mídia na época. Os islâmicos, segundo o Corão, não podem matar um ser humano, especialmente durante o mês do Ramadã. A não ser que seja por uma “causa justa”...

Operação Lança de Netuno - Operação militar dos EUA que eliminaram Osama bin Laden em 02/05/2011, e que foi acompanhada em tempo real pelo presidente Barack Obama. “Às duas horas da tarde, dois helicópteros Black Hawk, modificados para não serem detectados com facilidade, levantaram voo do aeroporto de Jalalabad [Afeganistão] levando 23 membros da equipe dos Seals, juntamente com um tradutor americano da CIA de origem paquistanesa, além de um cão militar Cairo - o início do que oficialmente se chamou Operação Lança de Netuno” (OBAMA, 2020: 704). A Operação, realizada com sucesso na cidade paquistanesa de Abbottabad, terminou com a mensagem: “Geronimo identificado... Geronimo EKIA” (idem, pg. 705). EKIA significa Enemy Killed in Action (Inimigo Morto em Combate). Enquanto isso, a equipe dos Seals terminava sua missão: “Pôr o corpo de Bin Laden num saco; prender as três mulheres e nove crianças presentes e interrogá-las num canto da propriedade; recolher computadores, arquivos e outros materiais que poderiam ter informações; e colocar explosivos no Black Hawk avariado, que seria destruído e substituído por um Chinook de resgate que sobrevoava as redondezas” (idem, pg. 706). Fotos, sistema de reconhecimento facial e testes de DNA comprovaram a identificação de Bin Laden, que foi enterrado no mar, de acordo com a tradição funerária islâmica, em local desconhecido, para não servir de centro de peregrinação de muçulmanos. Em 2012, foi lançado o livro “Não há dia fácil - um líder da tropa de elite americana conta como mataram Osama bin Laden”, escrito por um ex-Seal que participou da Operação, sob o pseudônimo de Mark Owen. No mesmo ano, foi lançado o filme “A hora mais escura”, da cineasta Kathryn Bigelow, que trata do episódio com alguma liberdade de criação. A cineasta é também autora do filme “Guerra ao Terror”, lançado em 2008, que trata de ações militares dos EUA no Iraque e que venceu 6 prêmios Oscar, inclusive o de melhor filme.

Operação Liberdade Duradoura - Guerra iniciada no dia 07/10/2001, dos EUA contra o Afeganistão, controlado pelo governo dos talibãs, por abrigar em seu território Osama bin Laden, principal suspeito de ter promovido os atentados contra os EUA no dia 11/09/2001, ocasião em que morreram em torno de 3.000 pessoas. Veja Talibã.

Operação Limpeza - Depois da Contrarrevolução de 31/03/1964, o Congresso Nacional empossou, no dia 2 de abril, o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, do PSD de São Paulo, como Presidente Interino do Brasil, já que João Goulart havia fugido para o Uruguai. Três governadores foram cassados: Miguel Arraes (Pernambuco), Seixas Dória (Sergipe) e Badger Silveira (Rio de Janeiro). Enquanto Jango tentava, no Rio Grande do Sul, obter asilo político no Uruguai, a Operação Limpeza incluía ainda expurgos de pessoas ligadas à corrupção e à subversão. Em Porto Alegre houve um atentado contra a vida do brigadeiro Lavanère-Wanderley, ocasião em que foi morto o que o atacou (4 de abril). No dia 9 de abril, o Comando Revolucionário (Costa e Silva, Rademaker e Correia de Melo) assinaram o Ato Institucional (AI): estavam suspensos por 10 anos os direitos políticos de João Goulart, Jânio Quadros e Luiz Carlos Prestes. No dia 10 de abril, foi publicada lista com uma centena de nomes punidos, entre os quais 40 membros do Congresso Nacional, muitos dos quais líderes da Frente Parlamentarista Nacionalista. No dia 11 de abril, o Comando Revolucionário transferiu 122 oficiais para a reserva. O AI estipulava que, dois dias depois de sua promulgação, o Congresso elegeria um Presidente e um Vice-Presidente da República, numa eleição em que não haveria inelegibilidades. Os projetos apresentados pelo Executivo se tornariam leis se não fossem votados dentro de 30 dias; os orçamentos propostos pelo Presidente não poderiam ser majorados pelo Congresso; essas estipulações, além de uma que permitia ao Presidente propor Emendas Constitucionais a serem aprovadas pela maioria simples, deveriam expirar, juntamente com o AI, no dia 31/01/1966. Na votação para Presidente, Castello Branco recebeu 361 votos (123 do PSD, 105 da UDN e 53 do PTB), enquanto Juarez Távora recebeu 3 votos e Gaspar Dutra 2. Houve 72 abstenções, em grande parte de representantes do PTB, e 37 ausências (por causa do atraso na posse dos suplentes dos congressistas cujos mandatos haviam sido cassados). O Senador Kubitschek deu seu voto a Castello; o antigo Ministro da Fazenda, José Maria Alkmin, foi eleito Vice-Presidente. No dia 15/04/1964, Castello assumiu a Presidência da República. “Primeiro, a ‘arrumação’ da casa, ordenando a ‘massa falida’ a que se referiu o Presidente Castello Branco quando assumiu o Governo. Depois, melhorar paulatinamente todos os índices de crescimento do País, dotando-o de infraestrutura necessária para que se transformasse da 48ª. na oitava economia do mundo” (Gen Ex Carlos Tinoco Ribeiro Gomes - HOE/1964, Tomo 10, pg. 33). Em 1964, o AI-2 institui o bipartidarismo no Brasil: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que passa a apoiar o Governo militar, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição. Pelo que se pode observar, depois que a Nova República se instalou no País, de José Sarney a Dilma Rousseff, a “limpeza” foi muito mal-feita. Basta observar os tipos atolados em corrupção que comandaram a política nacional durante o governo do PT - mensaleiros incluídos. Veja Contrarrevolução de 1964.

Operação Lisístrata - Famosa greve de sexo das mulheres de Atenas, contra a guerra, imortalizada em uma das comédias de Aristófanes. O “pinga-fogo” do deputado Márcio Moreira Alves na Câmara dos Deputados, ao incentivar os brasileiros de não comparecer às solenidades do 7 de setembro de 1968 e as brasileiras a boicotarem os jovens oficiais e cadetes, seria uma versão moderna da Operação Lisístrata, segundo o general Raymundo Negrão Torres, que descreveu o episódio no capítulo 8º. do livro “1964 - Uma revolução perdida”.

Operação Marajoara - Foi a terceira fase de operações do Exército na Guerrilha do Araguaia, após a Operação de Informações. Foi caracterizada pelo extermínio dos guerrilheiros do PCdoB, como comprovam documentos secretos do Exército (como “Plano de Captura e Destruição”),copiados no livro “Bacaba”, do tenente José Vargas Jiménez, e dos arquivos de Sebastião Rodrigues de Moura, o “Curió”, principal comandante desta Operação, cedidos ao jornalista Leonencio Nossa, autor do livro “MATA!”. Leia o fichamento de “Bacaba” em  http://felixmaier.blogspot.com/2009/01/chico-dlar-narra-guerrilha-do-araguaia.html. Em 03/12/2008, Chico Dólar prestou depoimento à Comissão Especial - Lei da Anistia, da Câmara dos Deputados – cfr. em https://www.camara.leg.br/internet/sitaqweb/textoHTML.asp?etapa=11&nuSessao=1705/08&nuQuarto=0&nuOrador=0&nuInsercao=0&dtHorarioQuarto=14:30&sgFaseSessao=&Data=3/12/2008&txApelido=LEI%20DA%20ANISTIA&txFaseSessao=Reuni%C3%A3o%20Deliberativa%20Ordin%C3%A1ria&txTipoSessao=&dtHoraQuarto=14:30&txEtapa=. No dia 03/09/2017, o tenente Vargas se suicidou com dois tiros no peito, em Campo Grande, MS - cfr. em https://www.campograndenews.com.br/politica/defensor-da-ditadura-chico-dolar-e-encontrado-morto-com-2-tiros-no-peito.

Operação Marumbi – Realizada no Estado do Paraná em 1975 pelo DOPS e DOI-CODI, culminou na prisão de 100 pessoas, sendo que 65 foram indiciadas por terem ligação com partidos de esquerda, como POLOP/POC, PCBR, AP e, principalmente, PCB - acusado de articulação partidária com o MDB no Paraná. “A Operação Marumbi teve alcance estadual e abrangeu pelo menos 12 cidades: Curitiba, Paranaguá, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Mandaguari, Maringá, Arapongas, Apucarana, Rolândia, Cianorte e Paranavaí” (cfr. em  http://books.scielo.org/id/k4vrh/pdf/priori-9788576285878-16.pdf, acesso em 03/11/2020).

Operação Mata Lacerda - “Aquela missão fora planejada no apartamento no. 15 do Anexo do Copacabana Palace, então apartamento do Presidente da República João Goulart. Contou com a presença do então Governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, do Ministro da Justiça, Abelardo Jurema, do Comandante da tropa paraquedista, General Pinheiro, e do Coronel João Sarmento, do Gabinete Militar. Planejaram que a solução para antecipar a criação da república sindicalista comunista seria criar um caos no Estado da Guanabara, com a decretação do estado de sítio. E como criar um caos? Aí o general paraquedista disse: ‘Deixa comigo, isso é missão para paraquedista’ - tropa pretoriana. A ordem para prender e ‘atirar para matar’ Carlos Lacerda na manhã do dia 4 de outubro de 1963, quando de sua visita ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, foi transmitida, naquele apartamento, ao General Alfredo Pinheiro, pelo Ministro da Justiça, Deputado Abelardo Jurema, que esclareceu ao General Pinheiro que o Ministro da Guerra, General Jair Dantas Ribeiro, estava a par de todo o plano e dera sua aprovação” (Gen Bda Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery - HOE/1964, Tomo 10, pg. 165). Detalhes sobre a Operação pode ser acessada em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/operacao-mata-lacerda-por-historia-oral.html. Durante a Cadeia da Legalidade, em defesa de Jango, para assumir a presidência em lugar de Jânio Quadros, que havia renunciado, Brizola repetia em seus discursos na Rádio Guaíba: “Sargentos do Exército, matem seus oficiais”.

Operação-padrão - É uma das formas mais disruptivas de protesto trabalhista, em que os empregados fazem apenas o que está previsto nos contratos, nada mais. Normalmente, esse tipo de protesto traz problema semelhante à greve.

Operação Pedro Pan - O documentário “Operação Pedro Pan”, dirigido por Kenya Zanatta e Mauricio Dias, relembra o envio de cerca de 14.000 crianças aos EUA, desacompanhadas dos pais e dos parentes, no período de 1960 a 1962, após a Revolução Cubana. Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/operacao-pedro-pan-envio-de-14000.html.

Operação Pajussara - Integrada por agentes comandados pelo então coronel Newton Cerqueira, que no dia 17/09/1971 mataram o ex-capitão Carlos Lamarca e José Campos Barreto, o “Zequinha”, perto do Arruado de Pintada, município dos Brejinhos, interior da Bahia.

Operação Pintassilgo - Montada em 1964 no Uruguai por Leonel Brizola, aproveitando a crise em Goiás envolvendo o governador Mauro Borges, acusado de comunizar o Estado com auxílio de estrangeiros e militares cassados. A operação foi abortada com a prisão, em Porto Alegre, em 26/11/1964, do capitão aviador cassado Alfredo Ribeiro Daudt. Diversos militares foram aliciados pelo tenente-coronel reformado Américo Batista Moreno e pelo ex-sargento Santana - cfr. “ORVIL”, pg. 130-131 - https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf. Veja Brizoleone, Operação Pintassilgo, Operação Três Passos e RAN.

Operação Radar - “Desde 1973, a Operação Radar vinha dizimando o PCB que, apesar de não ter aderido à luta armada, não foi poupado da repressão. Sintomaticamente, quando a esquerda armada tinha sido já liquidada, os esforços da repressão se concentraram na eliminação da ‘esquerda desarmada’, sob a máxima de que qualquer comunista solto ou vivo é inimigo e perigoso. É plausível que o ‘estouro’ da gráfica do PCB em São Paulo, em fevereiro, tenha sido uma resposta direta à suspeita de participação dos comunistas na articulação da oposição eleitoral. Em agosto de 1975, a Operação Radar foi vitaminada pela Operação Jacarta, cujo objetivo básico era a eliminação do PCB em São Paulo” (NAPOLITANO, 2014: 250).

Operação Registro - Realizada no período de 19 de abril a 09/05/1970. Desde meados de 1969, a VPR pretendia adquirir uma área para treinamento militar de guerrilheiros. No início de dezembro, o ex-prefeito de Jacupiranga, SP, Celso Lungaretti, ofereceu sua propriedade, com 80 alqueires, junto à BR-116, na região de Registro. Na verdade, Lungaretti era apenas um “laranja”: “A terra era barata naquelas paragens. Colocaram como proprietário Celso Lungaretti” (SOLNIK, 2011: 165). Tercina, a “Tia”, e José Lavecchia, passaram a ocupar barracos na área, para onde foram levadas armas de diversos calibres e milhares de cartuchos. No início de janeiro de 1970, já se encontravam na área, além da “Tia” e Lavecchia, Carlos Lamarca, sua amante Iara Iavelberg, e Yoshitane Fujimore. No final de janeiro, foram reunidos todos os “alunos” do primeiro turno e iniciaram-se os treinamentos, com aulas teóricas e práticas de armamento e tiro, marchas, topografia, explosivos, minas e armadilhas, emboscadas, instrução tática individual e teoria política. Celso Lungaretti foi preso na Guanabara, no dia 16/04/1970, e indicou o local de treinamento de guerrilheiros. No dia 19 de abril, tomavam-se as providências no QG do II Exército para o desbaratamento do foco guerrilheiro. Nesse mesmo dia, elementos de informações do II Exército, do 2º Batalhão de Polícia do Exército e do Centro de Informações do Exército (CIE) deslocaram-se para a área, com o apoio, ainda, de helicópteros e aviões T6 da 1ª Força Aérea Tática, e do Comando da Artilharia de Costa e Antiaérea. No dia 21 de abril, chegam à região a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 4º RI e trinta e poucos militares da Brigada Aeroterrestre (atual Brigada Paraquedista), para início das operações. No dia 27 de abril, Darcy e Lavecchia (Nicolau) foram presos depois de serem denunciados por um morador da região quando tentavam evadir-se pela BR-116. Um grupo de 20 homens da PM/SP, comandados pelo tenente Alberto Mendes Júnior, foram emboscados perto do Rio Etá, deixando 14 policiais feridos. O tenente Mendes, julgando-se cercado por grande número de guerrilheiros, aceitou render-se, desde que seus homens recebessem atendimento médico. Deixando os demais policiais como reféns, o tenente Mendes levou os feridos para Sete Barras, voltando para se entregar a Lamarca, de madrugada. Lamarca liberou os demais policiais, pois era inconveniente manter prisioneiros, mantendo apenas o tenente Mendes como refém. Próximo a Sete Barras, os guerrilheiros foram recebidos a tiros. Dois deles, Edmauro Gopfert e José Araújo da Nóbrega, desgarraram-se do grupo e foram presos dias depois. Os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o tenente Mendes. Acusado de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com violentos golpes de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Fujimore (que viria a morrer em tiroteio com as Forças de Segurança de SP, em 05/12/1970) e Diógenes Sobrosa de Souza. Ali mesmo o tenente Mendes foi enterrado. O local foi apontado por Ariston (Rogério), participante do episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia 09/09/1970, desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato: “Depois de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos” (depoimento de Carlos Lamarca in “A Esquerda Armada no Brasil”, de Antonio Caso). Hoje, o capitão Mendes Júnior é o patrono da PM/SP. “No relatório, que eu disse que recebemos em Manaus, a respeito de Registro, depois da Operação contra Lamarca, o General Airosa, que era, em São Paulo, o Chefe do Estado-Maior do II Exército, escreveu assim: ‘Chegamos à conclusão de que o facão de mato é muito importante no combate na selva’. Quando nós pegamos aquele relatório, em Manaus, e o lemos, o Coronel Teixeira falou-nos: ‘Meu Deus do céu!’ E amassou o relatório e jogou fora. (...)  Caso tivesse empregado a tropa do CIGS, especializada em operações na selva, no enfrentamento com o Lamarca em Registro no lugar da tropa bisonha e despreparada para este tipo de missão que não sabia nem para que servia o facão de mato, claro que o resultado teria sido outro” (Gen Bda Andrade Nery - HOE/1964, Tomo 10, pg. 177). Meu amigo Guido Schneider, natural como eu de Luzerna, SC, atualmente residindo em Curitiba, enviou-me um relato, no qual descreve sua participação em uma operação militar no Ribeira, em 1970, quando servia o Exército no 20º RI (atual 20º BIB): “Não tínhamos conhecimento de quantos soldados estavam ali acampados, mas o nosso era o primeiro na linha de ação, cujo objetivo era controlar a BR-116, vistoriar, observar a reação das pessoas que por ali transitavam de automóveis ônibus e outros. A documentação de identificação de todas as pessoas era validada contra a prova d´água, quem fazia este serviço individual sempre eram os sargentos e cabos. Nós infantes, somente fazíamos a guarda e a vigia da região enfestada. Todos estes procedimentos ocasionaram filas quilométricas de automotores em ambos os sentidos da BR, mas era ordem: revistar a todos, um por um. Outras missões para nossa incumbência, eram: manter uma linha forte de proteção e guarda na encosta das montanhas, uma linha de soldados com armamento apontado para o interior da floresta e outra dando proteção aos soldados e oficiais que controlavam a rodovia. Uns 50 metros abaixo, tinha no mesmo formato um segundo posicionamento de soldados, para dar guarida e apoio a linha superior e identicamente as forças na base do acampamento. Fazíamos incursões pela BR-116, até a divisa PR/SP, adentrávamos os restaurantes, postos de gasolina e residências à procura dos integrantes do grupo guerrilheiro do Capitão Lamarca. Estas incursões eram as vezes camufladas, embaixo da lona dos caminhões carregados, para que pudéssemos observar e ou apanhar os inimigos de ‘supetão’. No segundo dia, um caminhão carregado chegou com toda lona perfurada e metralhada e os para-brisas estilhaçados. O estado do motorista era de pavor, com alguns cortes na cabeça pelos estilhaços. Ficou um dia conosco no acampamento, até chegar socorro para troca também de 2 pneus furados a bala, e o para-brisa. Nosso comando avisou que os guerrilheiros perceberam nossa estratégia de viajar sob a lona, e começaram a atirar nos caminhões. Este tipo de ação foi suspenso, pois outros caminhões foram atingidos. Outro tipo de levantamento e caça aos guerrilheiros era no sentido de adentrar a floresta na busca do acampamento base, este tipo de ação era considerado o mais perigoso de todos. Fortemente armados, fuzil destravado e a ordem de fazer fogo, era só questão de comando. Fizemos várias vezes estas escaramuças, sempre acompanhados pela oficialidade e um especialista em sobrevivência e convivência na floresta”. O relato completo de Guido Schneider pode ser lido em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/campanha-do-exercito-brasileiro-no-vale.html.

Operação Sucuri - “A Operação Sucuri devolveu ao Exército a tradição da guerra de guerrilha, da Batalha de Guararapes, em Pernambuco, e da repressão à Cabanagem, no Amazonas e no Pará. Desses episódios até o Araguaia, os militares usaram conceitos convencionais de guerra de forma desastrosa em Canudos, na Bahia, e no Contestado, no Paraná e em Santa Catarina. O capitão Curió, que tinha conquistado a confiança do general Antônio Bandeira, tornou-se a cara do modelo de guerra de guerrilha que o regime se dispôs a fazer na Amazônia” (NOSSA, 2012: 148). Na verdade, a Operação Sucuri durou 5 meses e serviu para o Exército realizar um trabalho de informações, para levantamento de dados, não de guerrilha, como diz o autor acima. Curió chegou na região em maio de 1973, usando identidade de Marco Antônio Luchini, engenheiro do INCRA, acompanhado de Aluísio Madruga e outros militares, cada um com sua estória-cobertura. A guerra de guerrilha, de extermínio dos guerrilheiros, ocorreu na 3ª. fase de operações, a Operação Marajoara. Veja Guerrilha do Araguaia.

Operação Tempestade no Deserto - Operation Desert Storm: coalizão militar (Guerra do Golfo, 1991), autorizada pela ONU, encabeçada pelos EUA, para libertação do Kuwait, que fora invadido pelo Iraque no dia 02/08/1990. Teve início em 17/01/1991 e terminou em 28/02/1991. “Os norte-americanos foram bastante específicos com suas baixas: 148 norte-americanos mortos. Não davam tantas explicações sobre as baixas iraquianas. Em 14 de fevereiro, Kelly disse que achava que ‘o número é muito elevado devido ao bombardeio constante’. Em 28 de fevereiro, os sauditas falavam de cerca de 100 mil mortos iraquianos, enquanto um antigo militar francês, o coronel Jean-Louis Dufour, calculava que os mortos iraquianos subiam para 150 mil: Schwarzkopt falou só de ‘um valor muito, muito alto’. Em 19 de fevereiro, Saadoun Hamadi, antigo vice-ministro de Defesa iraquiano, havia afirmado que 26 mil iraquianos - civis e militares - haviam morrido em 65 mil missões de combate aéreo. Quando uma fonte do Pentágono declarou ao Newsday, quase seis meses depois da libertação do Kuwait, que 8 mil soldados iraquianos haviam sido enterrados vivos em suas trincheiras pelas escavadeiras e arados montados sobre os tanques da divisão de infantaria norte-americana, o breve momento de compaixão que isso gerou com certeza teve mais a ver com a consciência pesada pela passividade ocidental para com os insurgentes iraquianos que com a enorme perda de vidas humanas que representava. Só mais tarde conhecemos verdades menos heroicas sobre a libertação do Kuwait. Acontece que os norte-americanos lançaram o mesmo número de toneladas de bombas por dia que as lançadas sobre a Alemanha e Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Dos 148 soldados norte-americanos mortos, 35 - quase um quarto do total - haviam perdido a vida por ‘fogo amigo’ de outros soldados norte-americanos. O imparcial Escritório Geral de Contabilidade dos Estados Unidos afirmaria, mais tarde, que o Pentágono e seus empreiteiros militares apresentaram reclamações pela precisão de seus aviões de combate Stealth, seus mísseis cruzadores Tomahawk e as ‘bombas inteligentes’ guiadas por laser. Foi dito que essas reclamações eram ‘exageradas, enganosas e incoerentes comparadas com os melhores dados disponíveis, ou que não podiam ser verificadas’. Esses Stealth supostamente ‘invisíveis’ conseguiram um sucesso de menos de 40% nos bombardeios, enquanto apenas 8% da tonelagem de bombas lançadas sobre alvos iraquianos eram armas ‘inteligentes’ ou guiadas. O míssil antimíssil Patriot, do qual se fez tanta publicidade, segundo disse o Escritório Geral de Contabilidade, destruiu apenas 40% dos mísseis Scud que tinham como alvo Israel e 70% dos que foram lançados contra a Arábia Saudita. De fato, como revelaria Seymour Hersh, essa bênção do jornalismo, a Força Aérea israelense afirmou em um relatório que ‘não há provas claras de nenhuma interceptação realizada com sucesso’ de um Scud iraquiano graças a um Patriot sobre Israel” (FISK, 2007: 886-888). “Em 1991, os aliados haviam inutilizado as centrais elétricas e bombardeado intencionalmente as instalações de tratamento de águas potáveis e residuais, uma decisão que causaria uma catástrofe humanitária na população civil. (...) O índice de mortalidade havia quase quintuplicado entre as crianças menores de cinco anos, que aproximadamente um milhão de crianças sofria de desnutrição e que cerca de 100 mil morriam de inanição. A investigação descobriu que 46.700 crianças menores de cinco anos haviam falecido pelos efeitos combinados da guerra e das sanções nos sete primeiros meses de 1991” (FISK, 2007: 961). “Em 1996, estima-se que meio milhão de crianças havia falecido como resultado das sanções” (Idem, pg. 961). Uma “intifada” contra Saddam Hussein foi fomentada pela CIA após a libertação do Kuwait, através do rádio. A traição americana - que temia a absorção do Sul do Iraque, de maioria xiita, pelo Irã - redundou em um banho de sangue, dos xiitas no Sul e dos curdos no Norte, promovido pela Guarda Republicana de Saddam. O fato lembra a Baía dos Porcos, em Cuba, em que anticastristas foram entregues à própria sorte depois de os EUA prometerem ajuda aos rebeldes, que nunca chegou. Após a Primeira Guerra do Golfo (1991), cerca de 360 mil palestinos foram expulsos do Kuwait; o novo exílio foi a Jordânia. As dezenas de milhares de beduínos kuwaitianos que combateram os iraquianos não tiveram permissão de voltar ao país depois que foram capturados e levados para o Iraque. Eles não tinham cidadania kuwaitiana. Foram libertados das prisões iraquianas pelos xiitas durante o levante de março de 1991. Veja Síndrome da Guerra do Golfo.

Operação Thomas Mann - Veja o verbete Operação Brother Sam.

Operação Três Passos - “Em janeiro de 1965, e sob a liderança de Brizola, foi criada no Uruguai uma Frente Popular de Libertação. Recebeu adesão de militantes do PCB, do PORT, do PC do B e da AP. Em março, decidiram desencadear um plano revolucionário. O comando das operações a ser desenvolvido no Sul foi dado ao ex-Coronel do Exército, comunista Jefferson Cardim de Alencar Osório. Os ditos revolucionários haviam adentrado o Estado do Paraná, na ocasião em que os presidentes do Brasil e do Paraguai inaugurariam a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. É interessante o comentário, porque os caras vinham fazer uma revolução e esqueceram de arrumar a viatura e foram de táxi. Invadiram o Brasil de táxi! Depois, um tal de Zebinho arrumou um ‘ford-de-bigode’ e foram até não sei onde. Muito interessantes essas trapalhadas do Brizola. Como os presidentes do Brasil e do Paraguai iam inaugurar a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu, foi dada ordem para que esses elementos fossem obstados de chegar lá, fossem detidos. E nessas escaramuças, o Jefferson Cardim, fardado de coronel, fez um sinal para a viatura com tropas que se aproximava - tinha colocado seus homens na beirada da estrada – e armou uma emboscada. Lamentavelmente, aconteceu a primeira vítima fatal, o 3º. Sargento Carlos Argemiro Camargo, da Companhia de Infantaria de Francisco Beltrão. Infelizmente, quando comandei a Região, sofri um acidente, não pude ir a Francisco Beltrão para prestar a minha homenagem ao Camargo” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, HOE/1964, Tomo 5, pg. 112). “Para concluir, quero comentar aquela incursão por Três Passos lá perto de Santa Catarina, liderada pelo Coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório. Não sei como um coronel pode fazer uma burrice daquelas, ‘sem pé nem cabeça’, pois a primeira coisa que se busca é o apoio da população. Mesmo não dispondo de efetivo suficiente, invadiram uma região de colonos que, para sorte deles, não queriam briga, não queriam nada. Assaltaram um posto policial e mataram um sargento. No final, o Jefferson fez uma declaração muito severa contra o Brizola, dizendo que recebera dinheiro do Fidel Castro. Dizem que o Fidel Castro chama o Brizola de ratón! [entrevistador] El ratón. O Betinho, aquele sociólogo já falecido, foi o portador, o intermediário, entre o Fidel Castro e o Brizola e também fez alguma alusão a respeito. Um deputado de São Paulo, me parece que o Coronel Erasmo Dias (Antonio Erasmo Dias), falou sobre esse caso na televisão, eu assisti. Desafiou o Brizola a processá-lo se não fosse verdade. Até hoje não aconteceu nada” (General-de-Brigada Ramão Menna Barreto - HOE/1964, Tomo 13, pg. 147). Leia texto de F. Dumont, “Os Incríveis Exércitos de Brizoleone” (uma paródia do filme “O Incrível Exército de Brancaleone”, de Mario Monicelli, com Vittorio Gassman), em https://drive.google.com/file/d/1nmdbywi5rptixGsNKHuSDaI8wsnZHCr-/view. Veja RAN e Pacto de Montevidéu.

Operação Tunderball - Operação Trovoada: Ação de resgate de reféns em Entebbe, Uganda, feita pelas Forças Especiais de Israel Sayeret Mat’kal no dia 04/07/1976, com 4 aviões C-130 Hércules – cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Entebbe. No dia 27/06/1976, um avião da Air France com 248 passageiros foi feito refém de terroristas da Frente Popular para a Libertação da Palestina e por revolucionários da Alemanha, e desviado para Entebbe, depois de pousar em Atenas, com destino a Paris, vindo do Aeroporto Ben Gurion, Israel. O filme 7 dias em Entebbe, do diretor carioca José Padilha, trata da Operação em que morreram o tenente-coronel israelense Yonatan Netanyahu, irmão do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e comandante da Operação, os 7 sequestradores e 33 soldados ugandenses, enquanto os 102 reféns foram libertados e levados a Israel pela Sayeret Mat’kal num C-130 Hércules (os outros reféns já haviam sido libertados durante as negociações entre o governo de Israel e os terroristas). A Sayeret Mat’kal destruiu ainda 11 caças Mig da Força Aérea de Uganda, em terra, para evitar a perseguição após o resgate. Detalhes da Operação e seus antecedentes podem ser vistos em https://videversus.com.br/ha-44-anos-israel-promoveu-a-espetacular-operacao-entebbe-que-resgatou-mais-de-110-refens-de-terroristas/. Posteriormente, a Operação foi rebatizada para Operação Yonathan, em homenagem ao militar morto na missão. Veja Entebbe.

Operação Vampiro - Banco de Sangue 24 horas, administrado pelo Ministério da Saúde do primeiro governo petista. O tesoureiro da campanha do sucessor de FHC, em 2002, Delúbio Soares, deu aval ao lobista Laerte Corrêa Júnior, um dos integrantes da quadrilha de sangue, para pedir dinheiro a empresas farmacêuticas e representar os interesses dessas junto ao Ministério da Saúde. Foi Laerte “que intermediou as doações das empresas farmacêuticas para a campanha presidencial do PT no segundo turno, quando Lula já estava praticamente eleito” (in “Vampiros no gabinete”, revista Veja, 09/06/2004, pg. 49). “Segundo Delúbio, a ação de Laerte rendeu à campanha presidencial 1,5 milhão de reais em doações de empresas farmacêuticas. Menos da metade, 700000 reais, aparece na prestação de contas oficiais da campanha” (idem, pg. 49). Lave bem seu pescoço, caro contribuinte! O vampiro agradece...

O petróleo é nosso! - Slogan de pau nacionalista burro, defendido por políticos e militares do Clube Militar, que fez muito sucesso na década de 1950, quando foi criada a Petrobrás. Ao fundar uma empresa monopolista de petróleo, impedindo que companhias nacionais e estrangeiras entrassem na competição, o Brasil criou um gigante perdulário, eterno cabide de empregos, que levou 50 anos para ser autossuficiente em extração de petróleo, como propagandeava o governo petista em 2012 - ainda que o Brasil importasse grande quantidade de gasolina. A Argentina, que abriu a exploração petrolífera ao capital estrangeiro, em cinco anos se tornou autossuficiente e passou a exportar o produto. Nem precisa ser dito que a história econômica brasileira seria outra se, após a “guerra do petróleo”, de 1973, quando foi quadruplicado o preço do petróleo da noite para o dia, o País não precisasse importar 80% do produto, encerrando abruptamente o período de alto desenvolvimento conhecido como “milagre brasileiro”.

Ópio do povo - “A religião é o suspeito da criatura acabrunhada pela infelicidade, a alma de um mundo sem coração. É o ópio do povo” (Karl Marx).

Ópio dos intelectuais - L’Opium des Intellectuels é um livro escrito por Raymond Aron em 1954, o qual não compreendia o apoio que os intelectuais europeus davam ao regime comunista da URSS, onde as liberdades individuais estavam sob implacável censura e a criação intelectual submetida aos censores do Partido Comunista. O autor chocava-se ao ver os intelectuais franceses serem críticos duros com as falhas da democracia, mas indulgentes com os crimes praticados pelo Estado soviético. O termo é uma analogia à expressão “ópio do povo”, de Karl Marx. “O século XX é o século dos intelectuais, com todas as traições, acomodações e compromissos que os acompanham. O problema é que hoje vivemos em uma época em que ilusões, desilusões e ódios ocupam a posição de destaque. Portanto, é preciso um esforço consciente tanto para identificar como para salvar o núcleo do que foi bom na vida intelectual do século XX” (JUDT, 2014: 303). Leia “O Marxismo como o Ópio dos Intelectuais e o Intelectualismo Terrorista”, de Marquessuel Dantas de Souza, em http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/tematica_livre/resenha_o_terrorismo.pdf.

Orçamento participativo - Mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “dualidade do poder”. As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo Partido-Governo. As decisões do “orçamento participativo” são tomadas não pela população das diversas regiões do Estado ou Município, mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido. Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. “Tarso Genro reconheceu que o Orçamento Participativo foi concebido com o propósito de operar umatransferência de poder para a classe trabalhadora organizada’, e substituir gradualmente ‘a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta’, acrescentando que esse mecanismo político havia sido construído sobre ‘princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes’” (TAVARES, 2000: 148). Segundo dados levantados por Tavares, apenas 1,3% da população comparecia às assembleias do “Orçamento Participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reuniam com qualquer número, debatiam e decidiam sem qualquer regra fixa, o PT pretendia substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art. 5º, Parágrafo 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições”. Pelo conteúdo do livro “Totalitarismo Tardio - o caso do PT”, José Giusti Tavares foi processado pelo PT do RS.

Ordem Negra, A - O mesmo que SS (Schutzstaffel), o “Esquadrão de Proteção” do Partido Operário Nacional-Socialista Alemão, ou Nazismo. “É um uniforme negro. A cabeça é coberta por um boné de couro negro, ornamentado por uma caveira em prata. Sobre a farda, atravessando o peito, uma banda de couro, também negra. Para completar, calças e botas negras. (...) Há muitos sinais distintivos: um bordado de prata no braço direito representa ‘um velho guerreiro’; um losango com as iniciais SD significa que o homem faz parte do terrível e misterioso Sicherhetsdienst ou Serviço de Segurança do Reich” (HÖHNE, 1970: 98). “Nenhum recanto do país escapou ao seu império. Tinham cordéis da polícia e dos serviços secretos. Vigiavam a chancelaria do Reich e os campos de concentração. Ocupavam postos-chave na administração: agricultura, saúde pública, assuntos políticos, científicos, culturais, tudo estava sob sua observação. Infiltraram-se nas fortalezas tradicionais da diplomacia e ocuparam pouco a pouco os principais postos da burocracia ministerial” (idem, pg. 7). O recrutamento da SS era feito por Himmler tendo como critério principal a raça. “Himmler examina-os [fotos de candidatos] com lente, para estar seguro de que o indivíduo em questão possui o que ele chama ‘um bom sangue’. Se tem as maçãs do rosto um pouco salientes, não será recrutado. Este ‘ar eslavo’, este ‘ar vagamente mongol’, é imperdoável” (idem, pg. 50). “As formações de base da SS usam o nome de Allgemeine SS ou SS Ordinária. Pouco a pouco, cedem lugar a formações especiais melhor adaptadas à diversidade das tarefas que cabem à Ordem Negra: TV (Totenkopfverbaude), unidades que asseguram a vigilância dos campos de concentração; VT (Verfugunsgstruppen), unidades com missões especiais, de onde nascerá o exército SS (Waffen - SS)” (idem, pg. 305).

Orelha de jegue - Vale fornecido pelos donos de garimpos, que é aceito no comércio.

Organização Setembro Negro - No dia 05/09/1972, nas Olimpíadas de Munique, 8 terroristas da Organização sequestraram 11 atletas israelenses, com o objetivo de ganhar publicidade - calcula-se que 500 milhões de pessoas no mundo todo acompanharam os acontecimentos pela televisão. Todos os atletas sequestrados e 5 terroristas foram mortos, sendo que os outros 3 foram capturados pelos alemães ocidentais e soltos mais tarde, em troca de reféns de sequestros aéreos. O filme “Munique” (2005), de Steven Spielberg, trata da vingança dos israelenses, em que a primeira-ministra Golda Meir criou um grupo secreto que matou quase todos os sequestradores remanescentes.

Organização Tridente - Formada pelo Mossad, pelo SSNT (Serviço de Segurança Nacional da Turquia) e pela Savak. “O objetivo principal da relação de Israel com o Irã era o desenvolvimento de uma política pró-israelense e antiárabe dos oficiais iranianos. Ao longo de vários anos, desde o final da década de 1950, o Mossad participou de várias operações conjuntas com a Savak” (FISK, 2007: 192). Um documento secreto, de março de 1979, foi organizado pelo Irã dos aiatolás sobre a Organização.

Organizações de Frente - Eram organizações de fachada, controladas por comunistas de Moscou, de Pequim ou de Havana. Alguns desses onagros editavam publicações. No Brasil, havia muitas dessas organizações, que tinham a palavra “paz”, “amizade” ou “solidariedade” em seus nomes, todos vinculados a países da órbita comunista, a exemplo de Cuba (Fidel Castro), Nicarágua (Daniel Ortega), além do Chile a caminho do comunismo (Salvador Allende). Vejamos, p. ex., as organizações atuantes na Inglaterra, a incubadora por excelência do terrorismo internacional (Cfr. HUTTON, 1975: 227-228):

1) Pró-URSS: Artistas para a Paz; Conselho de Autores pela Paz Mundial; Associação de Amizade Inglaterra-China; Liga de Amizade Inglaterra Tcheco-Eslováquia; Sociedade de Amizade Inglaterra-Hungria; Comitê Britânico para a Paz; Sociedade de Amizade Inglaterra-Polônia; Associação de Amizade Inglaterra-Romênia; Sociedade de Amizade Inglaterra-Sovietes; Sociedade Inglaterra-Sovietes; Comitê Inglaterra-Vietnã; Associação Conolly; Movimento para a Paz dos Antigos Soldados; Dia da Mulher Internacional; Departamento de Pesquisas Trabalhistas; Liga pela Democracia na Grécia; Comitê de Ligação para a Defesa dos Sindicatos; Marx House – Centro de Educação do Partido Comunista; Organização dos Músicos para a Paz; Assembleia Nacional das Mulheres; Associação Nacional das Mulheres; Associação Nacional de Inquilinos e Residentes; Congresso do Povo para a Paz; Cientistas para a Paz; Sociedade de Relações Culturais com a URSS; Sociedade de Amizade com a Bulgária; Federação Trabalhista de Estudantes; Professores para a Paz; Conselho de Paz Gaulês; Federação de Paz de West Yorkshire; Parlamento das Mulheres; Comitê de Campanha de 1960;

2) Pró Pequim: A Sociedade Albanesa; Sociedade de Amizade Inglaterra-Albânia; Frente de Solidariedade Inglaterra-Vietnã; Movimento Comunista de Camden; Grupo Marxista-Leninista de Camden; Comitê Caribe-América Latina, Afro-Asiático; Jovens Comunistas de Chelsea; Comitê contra o Revisionismo pela Unidade Comunista; Partido Comunista da Inglaterra (Marxista-Leninista); Associação Comunista de Finsbury; Amigos da China; Os Internacionalistas; Comitê dos Trabalhadores de Londres; Fórum Marxista-Leninista; Organização Marxista-Leninista da Inglaterra; Sociedade para Compreensão Anglo-Chinesa; Partido dos Trabalhadores da Inglaterra; Partido dos Trabalhadores da Escócia;

3) Pró-Cuba: Comitê Tricontinental.

Organizações de solidariedade - Expressão de pau, reunia os onagros citados no verbete anterior.

Organizações Globo - “Um dos grandes beneficiados pela Revolução foi o senhor Roberto Marinho, das Organizações Globo, por isso nos apoiou nos vinte anos em que ela durou; depois, nos deu as costas. Em um dos últimos dias de março de 1964, o Almirante Aragão entrou na redação dele, com fuzileiros navais, para fechar o jornal O Globo. Testemunha disso? É o capitão da Aeronáutica que hoje é casado com a sobrinha do Roberto Marinho. Pediu demissão da FAB. Chama-se Luís Jacobina Vasconcelos. Esse foi um dos que teve a metralhadora apontada na cabeça. Se, realmente, o outro lado tivesse ganho não existiria o ‘Império Globo’. No entanto, o que fazem hoje conosco? Acho uma covardia que, ao mesmo tempo que nos massacram, não nos dão a chance de defesa, porque não abrem espaço para nada” (Ten Cel Av Juarez Gomes - HOE/1964, Tomo 10, pg. 415). Hoje, a TV Globo, aparelhada por jornalistas de esquerda, como Miriam Leitão, antiga “militante” do PCdoB, demoniza o Exército e mistifica terroristas, como na série Anos Rebeldes e Os Dias Eram Assim. Em 2001, a TV Globo apresentou uma reportagem, “Recontando os mortos da repressão”, de autoria de Caco Barcellos, em que apresentava a versão do soldado desertor do Exército, Valdemar Martins de Oliveira, de que teria participado do assassinato de dois terroristas e quem os matou teria sido o coronel do Exército Freddie Perdigão. Tanto “A Revolução Impossível”, de Luís Mir, quanto “Combate nas Trevas”, de Jacob Gorender, afirmam que o casal de terroristas, João Antônio Santos Abi-Eçab e Catarina Helena Abi-Eçab, morreram em acidente, quando bateram em um caminhão, na região de Vassouras, RJ. A mentira foi denunciada em uma série de textos (“Retorno à Grande Farsa”) do coronel José Luis Sávio Costa, no site Mídia Sem Máscara - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/a-grande-farsa-de-caco-barcellos-por.html. O embuste de Caco Barcellos lhe rendeu dois prêmios de jornalismo, Embratel e Líbero Badaró.

Organizações subversivas brasileiras - Antes da Contrarrevolução de 1964, eram 5: PCB, PC do B, PORT, ORM-POLOP e AP; depois de 1964, proliferaram como geração espontânea, numa variada “sopa de letrinhas”:

- Ação Libertadora Nacional (ALN); antes: Ala Marighella e AC/SP (Agrupamento Comunista de São Paulo)

- Ação Popular (AP); depois: Ação Popular Marxista Leninista (APML)

- Ação Popular Marxista Leninista do Brasil (APML do B)

- Ação Popular Marxista Leninista Socialista (APML Soc)

- Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP)

- Ala Marighella

- Ala Prestes

- Ala Vermelha (AV)

- Aliança de Libertação Proletária (ALP)

- Aliança Nacional Libertadora (ANL)

- Alicerce da Juventude Socialista (AJS): da CS

- Coletivo Autonomista (CA)

- Coletivo Gregório Bezerra (CGB); ver PLP

- Comando de Libertação Nacional (COLINA)

- Comitê Luiz Carlos Prestes (CLCP)

- Comitê de Ligação dos Trotskistas Brasileiros (CLTB)

- Comitê de Organização para a Reconstrução da Quarta Internacional (CORQI)

- Convergência Socialista (CS)

- Corrente Revolucionária Nacional (Corrente)

- Democracia Socialista (DS)

- Dissidência da Dissidência (DDD)

- Dissidência da Guanabara (DI/GB); depois: Movimento Revolucionário Oito de Outubro (2º MR-8)

- Dissidência Leninista do Rio Grande do Sul (DL/RS)

-  Dissidência de Niterói (DI/NIT); depois: MORELN; depois: MR-8 (1º MR-8)

- Dissidência de São Paulo (DI/SP)

- Dissidência da VAR-Palmares (DVP); depois: Liga Operária (LO) = Grupo Unidade (GU)

- Força Armada de Libertação Nacional (FALN), de Ribeirão Preto, SP

- Forças Armadas Revolucionárias do Brasil (FARB)

- Força de Libertação Nacional (FLN)

- Frente Brasileira de Informações (FBI)

- Frente Revolucionária Popular (FREP)

- Fração Bolchevique (FB)

- Fração Bolchevique da Política Operária (FB-PO) = Grupo Campanha

- Fração Bolchevique Trotskista (FBT)

- Fração Leninista pela Reconstrução do Partido (FLRP)

- Fração Leninista Trotskista (FLT)

- Fração Operária Comunista (FOC)

- Fração Operária Trotskista (FOT)

- Fração Quarta Internacional (FQI)

- Fração Unitária pela Reconstrução do Partido (FURP)

- Frente de Ação Revolucionária Brasileira (FARB)

- Frente Democrática de Libertação Nacional (FDLN)

- Frente de Mobilização Revolucionária (FMR)

- Grupo Bolchevique Lenin (GBL)

- Grupo Campanha = FB-PO

- Grupo Fracionista Trotskista (GFT)

- Grupo Independência ou Morte (GIM); depois: Resistência Armada Nacional (RAN)

- Grupo Político Revolucionário (GPR)

- Grupo Tacape (do PC do B)

- Junta de Coordenação Revolucionária (JCR)

- Liga de Ação Revolucionária (LAR)

- Liga Comunista Internacionalista (LCI)

- Liga Operária (LO)

- Liga Operária e Camponesa (LOC)

- Liga Socialista Independente (LSI)

- Ligas Camponesas

- Movimento de Ação Revolucionária (MAR)

- Movimento de Ação Socialista (MAS)

- Movimento Comunista Internacionalista (MCI)

- Movimento Comunista Revolucionário (MCR)

- Movimento pela Emancipação do Proletariado (MEP)

- Movimento de Libertação Popular (MOLIPO)

- Movimento Nacionalista revolucionário (MNR)

- Movimento Operário de Libertação (MOL)

- Movimento Popular de Libertação (MPL)

- Movimento Popular Revolucionário (MPR)

- Movimento pela Revolução Proletária (MRP)

- Movimento Revolucionário de Libertação Nacional (MORELN); antes: Dissidência de Niterói (DI/NIT); depois: Movimento Revolucionário Oito de Outubro (1º) (MR-8)

- Movimento Revolucionário Marxista (MRM; depois: Organização Partidária Classe Operária Revolucionária (OPCOR)

- Movimento Revolucionário Nacional

- Movimento Revolucionário Oito de Outubro (1º) (MR-8); antes: Dissidência de Niterói (DI/NIT) e Movimento Revolucionário de Libertação Nacional (MORELN)

- Movimento Revolucionário Oito de Outubro (2º) (MR-8); antes: Dissidência da Guanabara (DI/GB)

- Movimento Revolucionário 4 de Novembro (MR-4)

- Movimento Revolucionário Vinte e Seis de Março (MR-26)

- Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT)

- Marx, Mao, Marighella - Guevara (M3G)

- Núcleo Combate Brasileiro (NCB)

- Núcleo Marxista-Leninista (NML)

- Organização de Combate Marxista-Leninista - Política Operária (OCML-PO)

- Organização Comunista Democracia Proletária (OCDP)

- Organização Comunista Primeiro de Maio (OC-1º Maio)

- Organização Comunista do Sul (OCS)

- Organização Marxista Brasileira (OMB)

- Organização de Mobilização Operária (OMO)

- Organização Partidária Classe Operária Revolucionária (OPCOR); antes: Movimento Revolucionário Marxista (MRM)

- Organização Quarta Internacional (OQI)

- Organização Revolucionária Marxista - Democracia Socialista (ORM-DS)

- Organização Revolucionária Trotskista (ORT)

- Organização Socialista Internacionalista (OSI)

- Partido Comunista Brasileiro (PCB)

- Partido Comunista - Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC)

- Partido Comunista do Brasil (PC do B)

- Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR)

- Partido Comunista Marxista-Leninista (PCML)

- Partido Comunista Novo (PCN)

- Partido Comunista Revolucionário (PCR)

- Partido da Libertação Proletária (PLP)

- 90: é o novo nome do Coletivo Gregório Bezerra (CGB)

- Partido Operário Comunista (POC); depois: Partido Operário Comunista - Combate (POC-C)

- Partido Operário Independente (POI)

- Partido Operário Leninista (POL)

- Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT)

- Partido Operário Socialista (POS)

- Partido da Revolução Operária (PRO)

- Partido Revolucionário Comunista (PRC)

- Partido Revolucionário do Proletariado (PRP)

- Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT)

- Partido Revolucionário Trotskista (PRT)

- Partido Socialista Revolucionário (PSR)

- Partido Socialista dos Trabalhadores (PST)

- Partido Unificado do Proletariado Brasileiro (PUPB)

- Política Operária (POLOP; PO)

- Ponto de Partida (PP)

- Reconstrução do Partido Comunista (RPC)

- Resistência Armada Nacional (RAN); antes: Grupo Independência ou Morte (GIM)

- Resistência Nacional Democrática Popular (REDE; RNDP)

- Secretariado Internacional (SI)

- Secretariado Unificado (SU)

- Tendência Bolchevique (TB)

- Tendência Leninista da Ação Libertadora Nacional (TL/ALN)

- Tendência Leninista-Trotskista (TLT)

- Tendência Majoritária Internacional (TMI)

- Tendência Proletária da Democracia Socialista (TP/DS)

- Tendência Quarta Internacional (TQI)

- Tendência Trotskista (TT)

- O Trabalho na Luta pelo Socialismo (OT-LPS)

- O Trabalho pela Quarta Internacional (OT-QI)

- União dos Comunistas Brasileiros (UCB)

- União Marximalista (UM)

- União Marxista-Leninista (UML)

- União Socialista Popular (USP)

- Unidade Comunista (UC)

- Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR; VAR-P; VAR-PAL)

- Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)

- Vanguarda Socialista (VS)

- Vertente Socialista (VERSO)

Órgãos de repressão - É como os antigos terroristas e subversivos (e muitos jornalistas de esquerda da atualidade), hoje instalados em importantes cargos da República, chamam os órgãos de Segurança que combateram o terrorismo no Brasil, nas décadas de 1960-1970 - numa clara denotação pejorativa, maniqueísta e revanchista. Afinal, as Forças de Segurança é que têm “o monopólio da Força Armada organizada e as sanções de prisão e morte” (FRANCIS, 1967: 12).

Orientação pedagógica - No idioma de pau das faculdades de Pedagogia no Brasil, traduz-se para “orientação ideológica”, marxista, obviamente.

Orientação sexual - Há poucos anos, eram aulas sobre sexo que se davam nas escolas, para os alunos saberem como é realizada a reprodução humana e os cuidados que se deve ter para evitar doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS. Hoje, não passa de uma expressão de pau, cujo sinônimo é “opção sexual”.

ORLM - Organização para a Reforma das Leis sobre Maconha: ONG criada nos EUA em 1972, que prega a liberação do uso da maconha.

ORMPO - Organização Revolucionária Marxista Política Operária: formada em fevereiro de 1961, em São Paulo, por marxistas independentes e dissidentes trotskistas. A ORMPO passou a editar o periódico Política Operária, por isso passou a ser conhecida como POLOP ou PO. Ideólogos: Érico Czackzes Sachs, Eder Simão Sader, Rui Mauro de Araújo Marini e Teotônio dos Santos.

ORP - Organización Revolucionaria del Pueblo (Argentina): surgiu após a Perestroika (anos de 1990). Promoveu atentado terrorista contra o médico Jorge Bergés, em 04/04/1996, o qual trabalhou com a Polícia Federal argentina na década de 1970.

ORPA - Organização Revolucionária do Povo em Armas (Guatemala): junto com o Exército Guerrilheiro dos Pobres (EGP), as Forças Armadas Revolucionárias (FAR), o Partido Guatemalteco dos Trabalhadores (PGT), pertence à União Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG).

ORVIL, Projeto – “Orvil” significa “Livro”, lido ao contrário. Analistas do Centro de Informações do Exército (CIE), sob a liderança do então coronel Agnaldo Del Nero Augusto, de meados de 1985 até o final de 1987, realizaram a elaboração do livro “Tentativas de Tomada do Poder”, mais conhecido como “ORVIL”, em dois tomos, com classificação sigilosa de “Reservado”. O livro deveria ter sido publicado pela Biblioteca do Exército Editora (Bibliex), porém o general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército, foi contra, para não abrir feridas, o que foi um erro, pois o que mais se viu nas últimas décadas foi a publicação de inúmeros livros que têm como único objetivo enaltecer terroristas e satanizar as Forças Armadas. “O silêncio das Forças Armadas tem sido mantido pela crença ética, mas ingênua, nos resultados da Anistia concedida. A falta de versão oficial permitiu que os comunistas transformassem seus atos abomináveis em lenda e esta lenda se transformou em mito perverso que, até hoje, ganha gordos espaços e manchetes na mídia infiltrada e doutrinada pelas esquerdas, sem nenhum compromisso com a verdade histórica” (Coronel Aluísio Madruga de Moura e Souza - HOE/1964, Tomo 15 pg. 356). De fato, a imprensa mundial, não só a brasileira, está cada vez mais fascista: utiliza técnicas de mentiras, intimidação e propaganda perversa. Fica difícil, hoje, saber qual é a mais perversa: se o totalitarismo chinês ou a mídia militante do Ocidente. Acesse e faça o download do “ORVIL” em https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf. Em 2012, o “ORVIL” foi publicado pela editora Schoba, graças aos organizadores, Coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel e Tenente José Conegundes do Nascimento. No Uruguai, foi publicada uma obra, “O Testemunho de uma Nação Agredida”, que conta em detalhes as ações bárbaras cometidas por terroristas de esquerda - especialmente os Tupamaros.

Os 36 Estratagemas - O anônimo livro chinês “Os 36 Estratagemas - Manual secreto da arte da guerra” foi lançado no Brasil pela Editora Landy. Cfr. resenha da obra em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/os-36-estratagemas-manual-secreto-da.html.

OSPAA - Organização de Solidariedade aos Povos da Ásia e África.

OSPAAAL - Organização de Solidariedade aos Povos da Ásia, África e América Latina: Conferência Tricontinental de Havana, que propunha realizar programas de cooperação de guerrilhas revolucionárias para a África, Ásia e América Latina. “A luta revolucionária armada constitui a linha fundamental da revolução na América Latina. Para a maioria dos países do continente o problema de organizar, iniciar, desenvolver e culminar a luta armada constitui hoje a tarefa imediata e fundamental do movimento revolucionário” (Resolução da I Conferência da OSPAAAL, Havana, 28 Jul a 05/08/1967). Iniciada a luta revolucionária por Che Guevara na Bolívia, A OCLAE, a OLAS e OSPAAAL foram os germes dos movimentos guerrilheiros instalados na América Central (especialmente na Nicarágua, El Salvador e Guatemala), na Colômbia (que até hoje sofre com o terror das FARC e do ELN), na Bolívia (onde morreu Che Guevara), no Peru (onde o Presidente Fujimori praticamente extinguiu o Sendero Luminoso e o MRTA), no Chile (onde Pinochet evitou que a política marxista de Salvador Allende levasse o país ao comunismo), no Brasil (onde surgiram dezenas de movimentos, como a ALN, o MR-8, a VPR, o COLINA), na Argentina (com os Montoneros) e no Uruguai (com os Tupamaros).

Ossadas - As ossadas e as valas comuns de nossos amigos são mais caras aos nossos sentimentos do que a de nossos inimigos, e por isso devem ser pranteados com rios de lágrimas. Um exemplo desse maniqueísmo pode ser exemplificado por Dom Paulo Evaristo Arns, que, todos os anos, no Dia de Finados, rezava uma missa pelas “ossadas de Perus”, em São Paulo, que conteriam restos mortais de terroristas e militantes de esquerda que infernizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 70. Na verdade, muitas das ossadas de Perus pertencem a indigentes, ainda não identificados. Não consta que o distinto cardeal barriga-verde, como eu, tenha rezado missa pela alma do soldado Kozel Filho, explodido pelo grupo terrorista de Dilma Rousseff (VAR-Palmares) numa guarita do QG do II Exército, em São Paulo. Nem que tenha rezado um Pai-Nosso pelo tenente da PM paulista, Alberto Mendes Júnior, torturado até a morte com coronhadas de fuzil na cabeça a mando de Carlos Lamarca. Durante o II Fórum Social Mundial, em 2002, em Porto Alegre, foi proibida a apresentação das famosas ossadas dos cambojanos assassinados pelo líder do Khmer Vermelho, Pol Pot. Enquanto isso, “procuradores de ossos”, capitaneados pelo advogado petista Eduardo Greenhalgh (que ficou milionário defendendo “perseguidos políticos”), tentam localizar as ossadas de guerrilheiros do PC do B mortos na Guerrilha do Araguaia, não para dar um enterro digno às vítimas, mas apenas para praticar mais um ato de revanchismo contra as Forças Armadas que derrotaram a Peste Vermelha e, assim, manter o assunto ad aeternum na imprensa, pois as ossadas de ouro dificilmente poderão ser encontradas na selva, mesmo revolvendo todo o terreno do Pará e do Tocantins. “A palavra ossadas tem algo de aterrador e foi muito utilizada, embora não signifique mais do que vala comum. (...) O que é importante é que basta mostrar na televisão um pedaço de terra revolvida de fresco e anunciar que talvez ali haja um número arbitrário X de cadáveres para que na cabeça do telespectador fique, em vez do ‘talvez’, o número X, que ele, aliás, tenderá a aumentar quando falar da emissão televisiva com os amigos” (VOLKOFF, 2004: 168). A repetida “terra revolvida de fresco”, tanto no Araguaia, quanto em Perus, faz esquecer as ossadas de Pol Pot (veja Museu do Genocídio Tuol Sleng), o Massacre de Katyn e a Estrada de Ossos da antiga União Soviética. “O número de enterrados tem variado de milhares ou de centenas até a umas poucas dezenas de ‘assassinados’. O Correio Braziliense, de 20/12/02, publicou em seu caderno Coisas da vida, que pesquisadores brasileiros e ingleses começarão a examinar os ‘corpos de 1.200 desaparecidos durante a ditadura militar’ que estão sepultados no cemitério de Perus. O Grupo Tortura Nunca Mais diz que são 184 os mortos e 136 os desaparecidos na ‘luta contra a ditadura’. Desses 136 desaparecidos, 53 teriam sido durante a guerrilha do Araguaia, em plena floresta amazônica. Portanto, restariam 83 corpos de desaparecidos para o restante do Brasil, inclusive para o cemitério de Perus que, por sinal, nunca foi clandestino. (...) Quando Luiza Erundina era prefeita de São Paulo iniciou a campanha para encontrar os ‘desaparecidos da ditadura no cemitério clandestino de Perus’. Os jornais da época noticiavam em primeira página e as TV em seus noticiários, o encontro de milhares de ossadas de desaparecidos e mostravam ossadas e mais ossadas sendo desenterradas para serem entregues aos legistas da Unicamp, que iriam identificá-las. Ninguém foi identificado, mas os desmentidos nunca foram feitos. (...) A mídia e os escribas de aluguel, porém, nunca se preocuparam em dizer que o famoso ‘cemitério clandestino’ não passava de valas comuns, onde eram enterrados os indigentes e, também, os corpos daqueles para quem as famílias não renovavam o aluguel das covas ou dos jazigos onde foram sepultados. Essas ossadas, na realidade, são muitas e com o acúmulo dos anos podem ter chegado aos milhares” (Gen Div Raymundo Negrão Torres - HOE/1964, 1964, Tomo 14, pg. 84-85).

Ostpolitik - (Alemão) “Política Oriental”: designação eufemística das tendências de expansão da Alemanha imperial e nacional-socialista (nazista).

Oter – Trata-se de árabe usado pelo Mossad (Serviço Secreto de Israel), para estabelecer contato com outro árabe.

Otimismo trágico - “Há uma absurda expansão do crédito, gerando bolhas no setor imobiliário. Temos hoje moças e garotos que compram imóveis financiados por 30 anos pagando a maior taxa de juros do mundo. Daqui a alguns anos, eles ficam desempregados e, aí, teremos um problema social. A propaganda foi a coisa mais eficiente do governo. Há uma espécie de otimismo trágico no Brasil. Nos anos Lula, o país cresceu, em média, 4%. Isso não é mérito. No período, a média mundial foi de 4,4%. Entre os 29 últimos presidentes, Lula fica na 19a. posição” (Reinaldo Gonçalves, in “Uma voz no deserto”, Correio Braziliense, 20/03/2011, pg. 23). O Correio omitiu deliberadamente que a 1ª. posição pertence a Emílio Garrastazu Médici, fato que a esquerda caviar jamais conseguirá engolir. Veja Milagre brasileiro.

Ouro de Moscou - Dinheiro remetido pela União Soviética a organizações comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE. Luiz Carlos Prestes era agente do Komintern, recebia salário regular de Moscou, que prestou apoio financeiro a ele e a outros facínoras para deflagrar a Intentona Comunista de 1935, a exemplo do alemão Arthur Ernest Ewert, Olga Benário, Pavel Stuchevski, Jonny de Graaf e do argentino Rodolfo Ghioldi. A UNE, em 1963, recebeu 5.000 dólares da União Internacional de Estudantes (UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI). O fato foi relatado a Zuleica D’Alambert por um dos vice-presidentes da UIE, o brasileiro Nelson Vanuzzi. O senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989. Quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à Embaixada Soviética, nos anos de 1980. Segundo Novikov, o dinheiro remetido pela KGB a brasileiros “era gasto com mulheres, compra de imóveis e festas. Fui eu que parei com essa história de entregar dinheiro para os comunistas do Brasil. Os comunistas brasileiros continuaram recebendo em algum lugar da Europa [Suíça, segundo o historiador Carlos I. S. Azambuja]. Mas minha rede não precisava mais perder tempo com esses inúteis” - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/o-ouro-de-moscou-de-luis-carlos-prestes.html.

Outro mundo é possível! – Assim pregam os ideólogos do Fórum Social Mundial. É verdade. Lênin conseguiu criar um mundo novo na Rússia, Mao criou um mundo maravilhoso na China e Fidel criou o paraíso em Cuba - como nos garantem Frei Betto, Oscar Niemayer, Chico Buarque e petistas em geral. Se 20% dos cubanos fugiram do país, inclusive em câmaras de pneus de automóveis, ou até em troncos de bananeiras, enfrentando os tubarões do Caribe, não os “tubarões” americanos, é porque são todos uns traidores. Enfim, um mundo maravilhoso, de onde milhões de pessoas fugiram como se fosse do inferno. Um mundo maravilhoso que deixou mais de 110 milhões de mortos. A antiga União Soviética ruiu, a China está quase mais capitalista que o Brasil, Cuba já permite pequenos negócios, propriedade particular, a entrada de turistas e dólares no país, e o MST pretende recriar no Brasil aquele antigo “mundo maravilhoso” que a Rússia se livrou há três décadas (1991). 

 

P

 

“Cheguei a este cargo para realizar a transformação econômica e social do Chile, para abrir o caminho para o socialismo. Nosso objetivo é o socialismo marxista, científico, total” (Presidente do Chile Salvador Allende, em 1971).

 

PAC - 1. Patrulhas de Ação Civil: forças paramilitares civis armadas pelo Exército da Guatemala para o combate à guerrilha, especialmente a URNG. 2. Proletários Armados pelo Comunismo: grupo terrorista italiano ao qual pertenceu Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália, acusado de quatro assassinatos. Em 2011, o STF mandou libertar o criminoso, que se encontrava preso no Brasil, seguindo orientação do sucessor de FHC, que em seu último dia de governo resolveu vetar a extradição do terrorista. Em 12/01/2019, Battisti foi preso na Bolívia e levado para a Itália, depois de fugir do Brasil para evitar sua prisão e extradição à Itália, assinada pelo presidente Michel Temer em 14/12/2018. 3. Programa de Aceleração do Crescimento. Inicialmente, o “Pacman” era o ministro do Planejamento de Lula, Guido Mantega. Depois, com a campanha presidencial, Dilma Rousseff passou a ser chamada pelo Nove Dedos de “a mãe do PAC”. Se um marciano visitasse o Brasil em 2010, teria certeza de que Dilma era a presidente do Brasil e o sucessor de FHC apenas um esforçado animador de auditório, já que ela passou a ser, da noite para o dia, a mãezona dos trigêmeos “Luz para todos”, “Minha casa, minha vida”, além do PAC. Embora o Programa tenha sido um fiasco (exceto as obras feitas pela eficiente “empreiteira” Exército), Dilma foi eleita presidente e emendou um PAC-2, sem ter concluído o PAC-1. A sigla de pau poderia muito bem ser descrita como Plano de Alisamento da Cara, a cirurgia que deixou o rosto de Dilma totalmente esticado e plastificado. Ou Plano de Aceleração da Corrupção. Afinal, como disse Milton Nascimento, “a corrupção vai aonde o dinheiro está”.

Pacifismo - A pomba branca, que simboliza a paz, “foi criada, em uma litografia, por Pablo Picasso, como presente para... Stálin, o maior carniceiro que o mundo conheceu. Em 1949, o cartaz para o Congresso Mundial da Paz em Paris foi impresso com o desenho de Picasso, que eternizaria a pomba como símbolo do pacifismo” (CONSTANTINO, 2013: 215). Stálin era contra os EUA serem detentores únicos da bomba atômica, depois de 1945. Queria que o acervo nuclear ficasse de posse da ONU. Assim, foi promovendo passeatas da paz pelo mundo, contra o “belicismo americano”, até ter também a sua bomba atômica, em 1949 - com o auxílio do casal comunista americano, Julius e Ethel Rosenberg, que foram executados na cadeira elétrica, em 1953. Nesse intervalo, o “promotor da paz” foi anexando, como satélites da URSS, os países do Leste europeu. Veja Apóstolos e Tribunal Bertrand Russell.

Pacote de Abril - Foi um conjunto de medidas arbitrárias do Presidente Ernesto Geisel, lançado em 1977, depois de usar o AI-5 e fechar o Congresso Nacional, que foi reaberto depois da aprovação do Pacote: eleição indireta para 1/3 do Senado (senadores “biônicos” - os membros eram indicados por um colégio eleitora estadual de maioria governista); mantinha as eleições indiretas para governadores; aumento da representatividade (bancada) de Estados do Norte e Nordeste, onde a Arena era bem mais votada; restrições à propaganda eleitoral; alteração do quórum para aprovação de emendas constitucionais, de 2/3 para maioria simples; o mandato presidencial foi aumentado para 6 anos (válido também para o sucessor de Geisel, Presidente João Figueiredo. “Jamais deveríamos ter aceitado o tardio ‘pacote’ do Geisel. O Nordeste tinha que ser tratado, politicamente, como o restante do País, pois todos os prejuízos que viessem, teriam sido menores do que esta fórmula esdrúxula de conduzir a política nacional, que até hoje nos prejudica. Há mais de quinze anos falei que as bancadas não poderiam ser constituídas como o são. Se vocês procurarem nos anais eternos da Assembleia Legislativa, lá está o meu pronunciamento veemente contrário ao ‘pacote de abril’ de 1977. Descuido ou intencionalmente, a bancada de um Estado como Sergipe - eu o cito por ser o menor da Federação - se antepõe à do Rio Grande do Sul. Os Estados do Norte e do Nordeste, menos populosos, garantiram boa representação no Congresso. E até hoje somos governados de uma maneira completamente errada. Não podemos continuar com esse Congresso artificial. As bancadas têm que ser proporcionais à população. Ninguém tem coragem de mexer. Basta contar o número de deputados de cada região. E onde está o maior PIB? E onde ferve a política? Aqui! E lá? É aquela política de sempre, capitaneada por líderes como o Antonio Carlos Magalhães e Jáder Barbalho, que estão brigando entre si” (Coronel Pedro Américo Leal, HOE/1964, Tomo 13, pg. 249-250).

Pacto Anti-Comintern - Pacto Anti-Internacional Comunista. Feito entre Hitler e o Japão, em 27/11/1936; a Itália aderiu ao Pacto em 1937, formando o “Eixo”. “Se a Espanha se tornar comunista, a França, em sua situação atual, também será bolchevizada no devido tempo, e então a Alemanha está acabada. Cercados entre o poderoso bloco soviético no leste e um forte bloco comunista franco-espanhol no oeste, dificilmente poderemos fazer algo se Moscou resolver nos atacar” (Adolf Hitler - apud KERSHAW, 2010: 395). Veja Guerra Civil Espanhola.

Pacto de Aço - Realizado por Adolf Hitler e Benito Mussolini no dia 22/05/1939, foi uma aliança entre o nazismo e o fascismo contra agressões externas.

Pacto de Metz - Assinado pela Igreja de Roma com os soviéticos, a Igreja se obrigava a abster-se de toda denúncia contra os regimes comunistas durante as sessões do Concílio Ecumênico. Conheça o assunto clicando em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/o-pacto-de-metz-por-atila-sinke.html.

Pacto de Montevidéu - Em janeiro de 1965, foi realizada a unificação de diversos grupos de esquerda, para formar uma “frente revolucionária”, que seria desencadeada no Brasil pelos “Grupos dos 5” (Comitês instalados nas empresas e comitês rurais). O pacto foi assinado por Leonel Brizola, Max da Costa Santos, José Guimarães Neiva Moreira, Darcy Ribeiro e Paulo Schilling, além de representantes do PC do B, da AP (Aldo Arantes), do PCB (Hércules Correia dos Reis) e do PORT (Cláudio Antônio Vasconcelos Cavalcante). Denominada de Frente Popular de Libertação (FPL), os “atos de guerra” deveriam incluir sabotagem urbana e guerrilha no campo. A maioria dos integrantes da FPL era formada por ex-militares cassados das Forças Armadas e da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. A única sabotagem, malsucedida, foi em um bueiro da antiga BR-2, próximo a Jaguarão, RS, com o apoio de um ex-soldado do 13º Regimento de Cavalaria, de nome Ponciano, que trabalhava com explosivos em uma firma de Jaguarão, RS. Veja Brizoleone, MNR, Operação Três Passos e RAN.

Pacto Molotov-Ribbentrop - Acordo militar de não agressão, realizado entre Hitler e Stálin, em 1939, que permitiu à Alemanha invadir parte da Polônia, a Escandinávia e a França, enquanto Stálin tomou a outra parte da Polônia, os Estados bálticos e a Finlândia, desencadeando a II Guerra Mundial, que deixou 50 milhões de mortos.

Pacto social - Expressão de pau que volta à baila toda vez que a economia degringola no Brasil.

Padânia - Antiga denominação da região ao norte do Rio Pó (Itália), onde existe a Lega Nord (Liga Norte), uma coalizão de grupos separatistas da Itália, que pretendem a Independência da Padânia, localizada ao Norte do Rio Pó, onde se encontram 6 das 20 regiões do país: Calle d’Aosta, Piemonte, Lombardia, Trentino-Alto Adige, Friuli-Venezia-Giulia e Vêneto. O novo país teria 20 dos 58 milhões de italianos e metade do PIB da Itália.

PAGARD - Povo contra Gangsterismo e Drogas: movimento vigilante islâmico, da África do Sul. No dia 04/08/1996, o Movimento queimou vivo Rashied Staggie, um dos “reis” da droga, na Cidade do Cabo.

PAIGC - Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde: fundado em 1956 por Amílcar Cabral; em 1964, o PAIGC fundou as Forças Armadas da Guiné-Bissau, cujo objetivo era a Independência do país e a sua reconstrução.

País dividido - País que sofre conflito étnico ou religioso, conhecido como “Choque de civilizações”. Esses conflitos de “linha de fratura” ocorrem entre civilizações distintas, dividem um país e são especialmente frequentes entre muçulmanos e não muçulmanos. Como exemplo, podemos citar a Turquia, que tentou se modernizar e se “europeizar” com o Kemalismo, porém hoje caminha rapidamente para uma teocracia; a Bósnia-Herzegovina (conflito entre muçulmanos, ortodoxos sérvios e católicos croatas); o Kosovo (muçulmanos albaneses contra ortodoxos sérvios); a Irlanda do Norte (protestantes contra católicos); a Caxemira, na Índia (muçulmanos contra hindus). No Brasilistão, está em marcha acelerada a criação dos bantustões indígenas, quilombolas e sem-terra, configurando autêntico Apartheid. Essa “linha de fratura” também se observa nas redes sociais, em todo o Ocidente, em que milícias virtuais à esquerda e à direita digladiam-se em lutas ideológicas sem fim. O auge dessa fake fight virtual se deu depois que direitistas outsiders foram eleitos presidentes dos EUA (Donald Trump) e do Brasil (Jair Messias Bolsonaro).

Palavra-gatilho - Chavão utilizado largamente por charlatães, mormente esquerdistas. Confunde-se com a “língua de pau” (langue de bois) e o “politicamente correto”.

Palavra-valise - Ou amálgama, a palavra-valise é composta pela fusão de palavras, formando um neologismo, às vezes quilométrico - “palavras transfiguradas”. Um mestre em palavra-valise foi James Joyce em sua obra-prima “Ulisses”. E Guimarães Rosa, em “Grande Sertão: Veredas”.

Pamyat - Organização russa antissemita, antiestrangeiros e contra a maçonaria internacional.

PANAD - Programa de Ação Nacional Antidrogas: encargo do Ministério da Justiça. Como outros programas de pau, nada faz, apenas drena o erário.

Pandillas - “Quadrilhas”. O mesmo que Maras. São gangues de rua ligadas ao narcotráfico, existentes em El Salvador, Guatemala e Honduras, no chamado Triângulo Norte da América Central. A Mara Salvatrucha ou MS-13 foi formada nos anos 1980 por fugitivos da guerra civil de El Salvador que se instalaram na periferia de Los Angeles, EUA. Essas quadrilhas já somam 900 gangues, com 70.000 membros, de acordo com relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (JIFE).

Panteras Cinza - Grey Panthers, em inglês. Organização de negros “grisalhos” (idosos) dos EUA, em luta pelos direitos dos negros, assim como os Panteras Negras.

Papéis do Pentágono - Milhares de telegramas diplomáticos e arquivos do Exército americano sobre o Afeganistão e o Iraque foram vazados para o site WikiLeaks, e publicadas pelo Guardian, de Londres, em 2010, por Chelsea Manning, ex-soldado transexual dos EUA, que ficou presa por 7 anos e foi libertada por um indulto do presidente Barack Obama. Manning baixou no pendrive e “enviou para o WikiLeaks 250 mil telegramas diplomáticos norte-americanos em um CD escrito ‘Lady Gaga’” (HARDING, 2014: 52). O fundador do WikiLeaks é o hacker australiano Julian Assange, que se encontra sob custódia da polícia de Londres e enfrenta processo de extradição para os EUA - cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Julian_Assange.

Paradoxo de Bayle - O filósofo Pierre Bayle dizia que uma sociedade de ateus poderia ser mais ética que uma sociedade baseada na religião (ideia de que a moral é dissociável da religião). Para Kant, a moralidade não se funda na natureza, nem nas sensações, mas na razão.

Paradoxo da responsabilidade distribuída - “Arendt afirma que outra característica da sociedade moderna é o paradoxo da responsabilidade distribuída: a burocracia dilui e obscurece a responsabilidade moral individual, tornando-a invisível e, portanto, produzindo Eichmann e, com Eichmann, Auschwitz” (JUDT, 2014: 50). Essa “responsabilidade distribuída” faz com que baderneiros e terroristas como o MST, Black Blocs e o Antifas, p. ex., usem o “movimento de massa” de inocentes úteis para se esconderem no tumulto e escaparem do braço da lei. Veja Movimento de massa.

Paradoxo francês - “Apesar de uma dieta rica em manteiga, queijo e outros tipos de gordura, [os franceses] tinham índices de doenças do coração bem menores que os de outros povos, como os escoceses, finlandeses e americanos. O segredo chamado ‘paradoxo francês’, segundo os especialistas, está no consumo frequente do vinho tinto. Além do álcool, o vinho contém outras substâncias protetoras das artérias, como os flavonoides” (in “Menos e sempre”, revista Veja no. 1785, de 15/01/2003, pg. 51). Pesquisa feita por israelenses da Universidade Hebraica, com 48 homens que sofrem de doenças coronárias, com idade entre 46 e 72 anos, sendo que metade deles só tomou água mineral, e a outra metade recebia uma dose diária de cerveja. No fim de um mês, os pesquisadores notaram que os homens do segundo grupo “já apresentavam significativa queda da taxa do mau colesterol e aumento do índice do bom colesterol” (Idem, pg. 51). Vinho, uísque, cerveja - obviamente, os médicos recusam aplicar a, digamos, “alcoolterapia” a pacientes, mas admitem benefícios para a prevenção de doenças do coração, derrames, trombose e até demência, desde que haja ingestão de pequenas doses de álcool, diariamente.

Paralaxe cognitiva - É como Olavo de Carvalho denomina “o hiato entre o eixo da experiência pessoal e o da construção teórica” (CARVALHO, 2013: 54). Leia mais em https://olavodecarvalhofb.wordpress.com/2016/12/21/paralaxe-cognitiva/.

Paralelo 38 - Última fronteira da Guerra Fria, divide as duas Coreias. Os EUA mantêm ainda na Coreia do Sul em torno de 37.000 marines e 100 aviões de combate, para apoio ao Exército local de 600.000 homens. No lado comunista (Coreia do Norte), há um Exército de mais de 1.200.000 homens, com estrutura de mísseis e arsenal nuclear.

Para que Não se Repita - Documentário referente à Comissão da Verdade e Reconciliação do Peru, que cobre 20 anos, de 1980 a 2000. O objetivo era “esclarecer as violações contra os direitos humanos cometidos pelo Estado e por grupos terroristas entre maio de 1980 e novembro de 2000” (Ex-Blog do Cesar Maia, 16/05/2011). O documento “condena a passividade da Justiça e do Ministério Público, que deveriam ter tido papéis ativos, mas seriam responsáveis, por omissão, por crimes contra dos direitos humanos. O documento ‘esquece’ o MRTA (Movimento Revolucionário Tupac Amaru), ostensivamente financiado pelo tráfico de drogas e responsável pelo sequestro múltiplo na Embaixada do Japão, desintegrado pela inteligência policial em operação cinematográfica e ao vivo, no período Fujimori” (idem). Lembrando a Comissão Nacional da Verdade, que o petismo estava para aprovar no Congresso Nacional, Cesar Maia finaliza: “De tudo o que mostra o relatório/documentário, o mais importante é o risco do trabalho de comissão similar passar a cumprir um papel político, ter uma abrangência sem limites e igualar ou encobrir excessos de forças heterogêneas. Uma comissão de tal tipo pode terminar servindo para atirar em qualquer direção e, assim, incorporar riscos de excitar e deformar a memória. Por isso, nunca poderá ser governamental nem ter cor ideológica. Deve ter foco específico e detalhado em um período”. Veja Comissão Nacional da Verdade.

Parceria Público-Privada - Na teoria, é uma saída maravilhosa para o Estado, que divide a gestão de empreendimentos, estatais ou não, com os empresários. Na prática, trata-se de empreendimento de pau, pois é o cruzamento do dinossauro (Estado) com a jumenta (a que carrega o Brasil nas costas, ou seja, o empresariado e o trabalhador que paga impostos). O resultado dessa transgenia redunda em mais impostos que a população irá pagar lá na frente, quando os empreendimentos frankensteinianos forem à falência - casos do Aeroporto de Viracopos e a BR-040, p. ex., que foram devolvidos ao poder público. Como haverá sempre nova licitação ou novo leilão, o PF (“por fora”) da corrupção estará garantido, infelizmente. Durante o Brasil Imperial, havia um sistema similar para atrair investimentos internos e externos para construir ferrovias, p. ex., caso do Visconde de Mauá, construtor da primeira estrada-de-ferro da América do Sul, e o americano Percival Farquhar, cuja primeira aquisição foi a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande. As concessões e as permissões são sempre precedidas por licitações, quando o setor privado tem o direito de explorar obras que já estão prontas. As PPPs são feitas para construir novas obras. Ao contrário das concessões, as PPPs preveem que o Estado divida o risco com o investidor. Por exemplo, um investidor constrói estrada com recursos privados. Ele espera, p. ex., que 5.000 carros paguem pedágio por dia. Se apenas 3.000 carros passarem pelo pedágio, o Estado cobre a diferença, ou parte dela, conforme acertado no contrato.

Paredón - Segundo “O Livro Negro do Comunismo”, “os pelotões de fuzilamento de Fidel e Che haviam executado 14.000 pessoas em 1970” (FONTOVA, pg. 150). Segundo este autor, houve 107.805 mortes na Revolução Cubana, das quais 77.833 morreram em tentativas de fuga (Cfr. pg. 151). Em 1962, o Papa João XXIII excomungou Fidel. “Uma atitude coerente, considerando as centenas de cubanos que, ao serem fuzilados, morriam gritando: ‘Viva Cristo Rei!’” (idem, pg. 234). Nos paredóns cubanos liam-se: “Só me ajoelho para Deus!”, “Viva Cuba libre!”, “Viva Cristo-Rei!”, “Abaixo o comunismo!”, “Mirem bem aqui!” (idem, pg. 277). Veja Revolução Cubana e Sistema Métrico da Intolerância.

Parteira da História - Marx enfatizou que a violência revolucionária era a “parteira da história”. Só podia dar no que deu: o Comunismo matou cerca de 110 milhões de pessoas (ainda contando os mortos na China, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela). “A violência não é produzida apenas por seus patrocinadores, mas também pelos que se calam sobre ela...” (CURY, 2012: 14).

Partido Industrial - (Promichliênnaia Pártia - Promparti) Partido clandestino russo de oposição não existente, ao qual a organização de dirigentes industriais processados em 1930 (Processo do Partido Industrial) supostamente pertencia.

Pasdaran - Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC): força de elite, também conhecida como Pasdaran (Guardiães) da Revolução Islâmica”. O Pasdaran foi criado como uma Força paramilitar nos primeiros meses após a queda do Xá, em 1979. Formado sob a ordem de Ruhollah Khomeini e composto principalmente por zelotes que apoiavam o novo Estado Teocrático, a missão original do Corpo da Guarda era manter a segurança interna. Desde o início, desencadeou violenta perseguição a forças políticas que não se moldavam no novo regime. Após o Corpo da Guarda ter transformado uma pacífica demonstração de meio milhão de residentes em Teerã em um banho de sangue, a 20/06/1981, a Guarda prendeu dezenas de milhares de pessoas. Nos anos seguintes, eles executaram 100.000 dissidentes. O Pasdaran teve importante papel na Guerra de oito anos com o Iraque, usando ondas humanas de ataque que tiraram a vida de um milhão de iranianos. Ao mesmo tempo, o Corpo da Guarda expandiu suas atividades extraterritoriais, planejando e executando ataques terroristas, pirataria aérea, sequestros e assassinatos de nacionais iranianos (onde quer que estejam) e estrangeiros. Não houve sucesso na exportação da revolução islâmica para o Iraque e países do Golfo Pérsico, pretendida pelo Corpo da Guarda, em conjunto com três ministérios: Relações Exteriores, Cultura Islâmica e Inteligência. Religiosos xiitas foram expulsos do Bahrain e do Kuwait, acusados de assassinatos e tentativas de golpe de estado. Em fevereiro de 1992, o Pasdaran transformou a prisão Kabar, em Cartum, em seu quartel central no Sudão, para preparativos militares sudaneses e iranianos na ofensiva no sul do país (guerra civil contra cristãos e animistas). O Corpo da Guarda possui a mais secreta organização militar do regime iraniano: a Força Especial Qods, criada no início de 1990. A missão da nova Força, conhecida como a “semente do Exército Islâmico Internacional”, tem como missão “comandar, planejar e executar operações extraterritoriais do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica”.

Paulista - “Em Xambioá, os guerrilheiros foram chamados de ‘paulistas’ pelos agricultores. O termo ‘paulista’ passou a ser usado no Vale do Araguaia ainda nos anos da ditadura Vargas, época da chegada de fazendeiros e empresários de São Paulo que recebiam títulos de terras do governo. (...) Com a deflagração dos combates e o isolamento na floresta, o grupo guerrilheiro passou a ser chamado de ‘povo da mata” (NOSSA, 2012: 92). Veja Guerrilha do Araguaia.

Patrimonialismo - Conceito fundamental na sociologia de Max Weber, refere-se a formas de dominação política em que não existem divisões nítidas entre as esferas pública e privada. No Brasil, são conhecidas as famílias oligárquicas, do Sul ao Norte, que há séculos se aproveitam do poder político para enriquecimento próprio. O patrimonialismo é, no dizer de Meira Penna (in “Decência Já!”), a consolidação do “Estado Maria Candelária”, com referência a uma antiga canção sobre o dia a dia de uma funcionária pública. Com a chegada do PT ao governo central, o patrimonialismo ficou ainda mais vergonhoso, com a tomada maciça das repartições públicas, incluindo cargos técnicos do IBGE e IPEA, para os quais os apadrinhados não tinham nenhuma competência, além do alinhamento ideológico.

Patrulha da Madrugada - Gangue assassina, atuante na Guerra Civil Espanhola, dirigida pelo chefão da juventude comunista, García Attadell, que acumulou pilhagens para fugir para a América do Sul, mas foi garroteado na prisão de Sevilha. Muitos desses assassinos se aperfeiçoaram com a polícia secreta soviética mandada a Barcelona. “No total, a esquerda parece ter assassinado cerca de 55.000 civis (o Santuário Nacional, em Valladolid, possui uma lista de 54.594), incluindo cerca de 4.000 mulheres e várias centenas de crianças” (JOHNSON, 1994: 274). Havia outras gangues assassinas da esquerda, conhecidas como ‘tchecas’: Linces da República, Leões Vermelhos, Fúrias, Spartacus, Força e Liberdade. Só em Madri, havia dúzias dessas gangues - a pior de todas sendo a Patrulha da Madrugada.

PAYM - Pan-African Youth Movement (Movimento da Juventude Pan-Africana).

Pax Americana - (Latim) “Paz Americana”: em analogia à Pax Romana, refere-se à política que os EUA, após a dissolução da União Soviética, tentam impor ao mundo.

Pax Islamica - (Latim) “Paz Islâmica”: os muçulmanos acreditam que o terceiro milênio pertencerá aos fiéis, ou seja, aos adoradores de Alá. Com a Eurábia em formação, não duvide que isso possa ocorrer. Veja Eurábia.

Pax Romana - (Latim) “Paz Romana”: imposição da paz do Império Romano aos países subjugados, em que havia respeito aos direitos da população, desde que cumprisse suas obrigações, como pagamento de impostos, e não promovesse levantes armados contra o poder de Roma.

Paz no Campo - “Nós somos os continuadores da luta de Plinio Corrêa de Oliveira, pensador católico e homem de ação, que desde o nascedouro do movimento agrorreformista socialista, confiscatório e anticristão no ano de 1960, com o projeto de Revisão Agrária do Governador Carvalho Pinto, iniciou uma luta memorável contra esse perigoso instrumento de subversão, que visa destruir a propriedade privada no meio rural, e assim atingir os fundamentos da civilização cristã em nossa terra” (inA legendária luta de Plinio Corrêa de Oliveira contra a Reforma Agrária socialista e confiscatória” - www.paznocampo.org.br/, acesso em 09/06/2011).

Paz no mundo - “Perpetual peace is a futile dream" (Paz perpétua é um sonho fútil), segundo George Patton. Em 1970, foi lançado um filme extraordinário sobre as ações do general Patton na II Guerra Mundial, “Patton - Rebelde ou Herói?”, dirigido por Franklin J. Shaffner.

PBC - Pasta Base de Cocaína: conhecida por “bazuka”, é obtida das folhas da coca, depois de maceradas com ácido sulfúrico, querosene ou gasolina. É fumada pura ou associada a cigarros de tabaco ou maconha.

PCA - Partido Comunista Anarquista: fundado no Brasil em 1919, não conseguiu se estabelecer, porém deu origem ao PCB em 1922. Veja PCB e PCdoB.

PCB - Partido Comunista Brasileiro: fundado em 25/03/1922 por nove comunistas, com a denominação Partido Comunista-Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC). Luiz Carlos Prestes pertenceu ao PCB, era um agente de Moscou e deflagrou a Intentona Comunista, em 1935. Preso, Prestes foi anistiado pelo Presidente Getúlio Vargas, em 1945, ano em que Prestes se elegeu senador pelo PCB, com 140 mil votos, até então a maior votação para o Senado. A bancada comunista, em 1945, foi de 14 deputados federais, entre eles Jorge Amado, Carlos Marighella e Gregório Bezerra. O PCB foi colocado na ilegalidade em 1947. “No longo estudo sobre as atividades do PCB, em São Paulo, o CIE levantou o Setor de Falsificação de Documentos dentro da estrutura do partido. ‘Encarregado de fornecer a dirigentes e a militantes importantes documentos obtidos com documentação falsa (geralmente certidão de nascimento), ou documentos totalmente falsificados’. Segundo o Relatório, o setor possuía máquinas impressoras e materiais necessários para falsificação de cédulas de identidade, certidões de nascimento, títulos eleitorais etc.” (BAFFA, 1989: 136). Em maio de 1980, Prestes é substituído na presidência do Partidão pelo cabo Giocondo Dias, por muitos anos seu motorista e guarda-costas. O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber dinheiro de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989. O Ministro da Justiça do Presidente FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho, foi “militante” do PCB e da ALN, ocasião em que participou do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968. O PCB transformou-se em Partido Popular Socialista (PPS) após a Queda do Muro de Berlim, porém foi recriado em 1995 (bandeira com foice e martelo) pelos comunistas históricos, que não aceitaram a nova ordem mundial após o fim da URSS. Veja “Alguns crimes do PCB” no “ORVIL”, pg. 33 a 38 - https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf.

PCBR - Partido Comunista Brasileiro Revolucionário: criado em abril de 1968 pelo jornalista Mário Alves. No primeiro ano de atividade, o PCBR assassinou 3 pessoas: Nílson José de Azevedo Lins, gerente de uma firma distribuidora de produtos da Souza Cruz, em Olinda; o sargento da PM da Guanabara, Joel Nunes, durante assalto ao Banco Sotto Maior, em Brás de Pina, Rio, RJ; e o soldado do Exército, Elias dos Santos, morto durante a queda de um “aparelho” em Lins de Vasconcelos, Rio. No dia 11/01/1970, na queda de um “aparelho” da Rua Ingá, em Copacabana, foram feridos os sargentos Rubens e Almada e morto o terrorista Marco Antonio da Silva Lima, além de ferida a “militante” Ângela Camargo de Seixas. No dia 26/06/1970, em tentativa de sequestrar o cônsul norte-americano em Recife, em carro dirigido por Nancy Mangabeira Unger (filha de pai americano e mãe brasileira, e neta de Otávio Mangabeira Unger), os terroristas Carlos Alberto Soares, José Bartolomeu de Souza, José Gersino S. Maia e Luiz de tal (nunca identificado), abordaram o motorista, tenente-aviador Matheus Levino dos Santos, que reagiu, foi atingido na cabeça e no pescoço e morreu quase um ano depois. Em julho de 1970, na abordagem de um aparelho no bairro de Afogados, Recife, foram presos Francisco Barreto da Rocha Filho, sua amante Vera Maria Rocha Pereira e Nancy Mangabeira Unger. O terrorista Theodomiro Romeiro dos Santos, antigo “militante” do PCBR, hoje Juiz aposentado do Tribunal Regional do Trabalho em Recife, PE, assassinou com um tiro na nuca o sargento da Força Aérea, Valder Xavier de Lima, em 27/10/1970, quando este o transportava preso em um jipe, ocasião em que ainda feriu o agente da PF Hamilton Nonato Borges. Condenado à morte, Theodomiro fugiu para o exterior com a ajuda da CNBB e, com a Lei da Anistia, o assassino foi recebido em Recife como herói, em 1985. Em janeiro de 1971, foram presos Jacob Gorender e outros integrantes do Comitê Central. Em fevereiro, foram presos Apolônio de Carvalho e seu filho René Louis, ambos da comissão executiva do PCBR. Em 1972, o PCBR assassinou o contador Sílvio Nunes Alves, após assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, cidade do Rio de Janeiro. Em “frente” com a ALN e a VAR-Palmares, o PCBR “justiçou” o marinheiro inglês, David A. Cuthberg. No dia 11/04/1986, houve um frustrado assalto do PCBR ao posto do Banco do Brasil, na Universidade da Bahia; os cinco militantes do PCBR eram filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

PCC - 1. Partido Comunista de Cuba. Veja Revolução Cubana. 2. Primeiro Comando da Capital: inicialmente, era denominado “Serpentes Negras”, na Penitenciária do Estado (SP), atuante desde 1983. A denominação “PCC” foi criada em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté, SP. Em 18/02/2001, houve levante em 29 dos 73 presídios paulistas, mobilizando 29 mil detentos, comandados por membros do PCC presos no Complexo do Carandiru, São Paulo, através de telefones celulares, fazendo 14 mil reféns entre familiares e funcionários (era domingo, dia de visita), quando morreram 16 detentos jurados de morte, assassinados por companheiros de cela (Obs.: em 02/10/1992, quando Luiz Antonio Fleury Filho era Governador de São Paulo, ocorreu o massacre de 111 presos no Carandiru). O PCC é conhecido entre os presos como "15-3-3" - ordem das letras da sigla no alfabeto. O PCC seria uma ramificação do Terceiro Comando, organização que se rebelou na década de 1990 de sua matriz, o Comando Vermelho (CV) - então principal distribuidor de armas e drogas do País. Além do PCC, há outros grupos criminosos que controlam as prisões paulistas, como CDL, CJVC, CRBC e SS. “Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa. A bolsa da burguesia vai ter de ser aberta para sustentar a miséria social brasileira” (Cláudio Lembo, governador paulista que substituiu Geraldo Alckmin, num repente sociológico, descobriu quem foi o culpado dos ataques, atentados, depredação de bancos, incêndios de ônibus promovidos pelo PCC, no período de 12 a 19/05/2006). 3. Primeiro Comando da Candangolândia: em 2012, integrantes desse grupo, da cidade de Candangolândia, DF, foram presos pela polícia. Veja CV (Comando Vermelho).

PCCh - Partido Comunista Chinês: criado em 1921, foi aliado do Partido Nacionalista Kuomintang (KMT) até 1927 - eram as duas principais forças políticas após a queda do Império Manchu, ocorrida em 1911. Em 1920, o Komintern enviou dois agentes, Voitinski e um chinês, Yang Ming-Chai, para ajudar a organizar o movimento comunista chinês. Foram criadas muitas células comunistas na China (Pequim, Xangai, Cantão etc.). O estudante Mao Tsé-Tung criou uma célula em Hunan, enquanto Chou En-Lai e Li Li-San criaram sua célula em Paris, e quatro estudantes criaram uma célula no Japão. Em 1923, Mikhail Borodin saiu da Rússia para ganhar a China para o comunismo. Borodin alcançou influência no Kuomintang, como “assessor político”, de onde passou a estabelecer um governo comunista em Hankow. Borodin reorganizou o Kuomintang, criou a Academia Militar de Whampoa para treinar oficiais para os exércitos de Sun, negociou alianças entre a União Soviética e o Governo de Cantão e conseguiu o envio de suprimentos militares da URSS para a China, via Vladivostok. Nesse tempo, o PCCh trabalhava não só dentro do Kuomintang, mas também entre os movimentos estudantil, trabalhista e outros. A atividade revolucionária incluía o trabalho do embaixador soviético junto ao governo de Pequim, Karakhan, e recém-estabelecidos órgãos diplomáticos, sob a disciplina do Komintern e a vigilância da Polícia Secreta russa. Borodin teve um papel principal na organização dos exércitos comunistas que desencadearam uma guerra civil na China por mais de 20 anos, até conseguir a vitória final dos comunistas. O Exército Popular de Libertação (EPL), de Mao Tsé-Tung, sofreu duro golpe na Guerra Civil de 1927 a 1934, ocasionando o início da “Longa Marcha”. Oito anos de guerra contra o Japão e a invasão japonesa em grande escala deixaram a China na bancarrota e no caos - circunstância ideal para a rapinagem comunista. Assim, em 1949, o EPL conquistou toda a China Continental e Chiang Kai Chek se refugiou em Taiwan (Formosa). Atualmente, o PCCh traz de volta o culto ao filósofo Confúcio para preencher o vácuo ideológico deixado com o enfraquecimento do Marxismo, ou seja, está mais interessado nas ideias que promovam o “respeito à autoridade” (ordem, disciplina, hierarquia e obediência) do que na liberdade religiosa de seu povo, nessa nova modalidade comunista-capitalista chinesa ou de seu “socialismo com características chinesas”. Para saber mais sobre Mao Tsé-Tung, leia A vida privada do Presidente Mao, do Dr. Li Zhisui, médico particular de Mao, em que acusa o ditador chinês de fazer uso da mulher como objeto, escolhendo em festas aquelas que deveriam se deitar com ele, transmitindo a muitas mulheres doenças venéreas que ele mesmo não queria tratar.

PC do B - Partido Comunista do Brasil: facção do PCB, após 1962. Em função do XX Congresso do PCUS (1956), em que Kruschev denunciou os crimes de Stálin, o PCB passou a adotar a tese da “Coexistência Pacífica” e a dar prioridade à “via eleitoral” para a conquista do poder. Os adeptos da luta armada, discordando do PCB, criaram o PC do B, adotando o conceito revolucionário de Mao Tsé-Tung, o maoísmo. O PC do B atuou na Guerrilha do Araguaia, da qual participou José Genoino. “Quando teve os direitos políticos cassados, em 1966, [João] Amazonas já negociava treinamento militar na China para brasileiros e organizava o movimento armado no Araguaia. Pedro Pomar foi encarregado de ir a Pequim comunicar aos camaradas chineses a decisão dos brasileiros do partido de montar uma guerrilha. Pedro foi recebido, de madrugada, pelo primeiro-ministro Zhou Enlai. O segundo homem da hierarquia na China agradeceu a confiança de ter sido informado com antecedência sobre a decisão. Mas, na conversa de duas horas, o primeiro-ministro surpreendeu Pomar ao lembrar derrotas dos comunistas na Índia, na Birmânia e na Malásia. O chinês avaliou que havia um refluxo dos movimentos armados, embora fossem boas as notícias do Vietnã” (NOSSA, 2012: 44-45). Na UNE, dominada historicamente pelo PCdoB, a sigla significa “Partido da Carteirinha do Brasil”, pelo monopólio de emissão de carteiras estudantis. Com o envolvimento com ONGs corruptas no projeto Segundo Tempo, que derrubou o ministro da Tapioca Esportiva (cartão corporativo, para compra de tapioca), Orlando Silva, do PT, o PCdoB passou a significar PCdoBolso, segundo a revista Época - cfr. em https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/blogs/98200-escandalo-no-ministerio-do-pcdob-desborda-para-cima-do-governador-do-pt-do-rs.html#.YIHGs-hKjIU. Conheça o Estatuto do PCdoB em https://pcdob.org.br/estatuto/. Veja Guerrilha do Araguaia.

PCO - Partido da Causa Operária (linha trotskista).

PCP - Partido Comunista Português: o escritor José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura, foi um de seus integrantes. Veja Revolução dos Cravos.

PCR - 1. Partido Comunista Revolucionário: organização terrorista maoísta (Los Angeles, EUA). 2. Partido Comunista Russo (bolchevique): RKP(b) - Rossískaia Kommunistítcheskaia Pártia (bolchvíkov): nome do PCUS de 1918 a 1925. 3. Partido Comunista Revolucionário: oriundo do MR-8, o PCR foi reorganizado em setembro de 1995, edita o jornal O Proletariado; uma de suas dissidências deu origem à Liga Operária e Camponesa (LOC), em agosto de 1997.

PCUS - Partido Comunista da União Soviética: de 1918 a 1925, era conhecido como Partido Comunista Russo - bolchevique (RKP(b). Veja Escolas de subversão e espionagem, Gulag, Instituto 631, Komintern, Lubianka e Revolução Russa.

PD - Prestupnaia Deiatelnost (Atividade Criminal). Na Rússia comunista, qualquer atividade contra o Partido era considerada “atividade criminal”.

PDK - 1. Party of Democratic Kampuchea (Partido da Kampuchea Democrática): o mesmo que Kmer Vermelho. 2. Partido Democrático do Kurdistão (Iraque): em luta contra a União Patriótica do Kurdistão (UPK).

PDLP - Partido de Los Pobres: grupo guerrilheiro pró-cubano, fundado por Lucio Cabañas (México).

PDPR - Partido Democrático Popular Revolucionário: braço político do EPR, surgido no México em 1996. Veja EPR.

PDS - Partito Democratico della Sinistra (Partido Democrático da Esquerda): substituiu o Partido Comunista Italiano (PCI), após a derrocada da União Soviética. Tem como noticioso oficial o L’Unitá.

Peacenik - Pacifista a la gauche: militante de organização de esquerda, a exemplo do linguista norte-americano Noam Chomsky, grande admirador de Pol Pot e do Kmer Vermelho. Na verdade, os ditos “pacifistas a la gauche” não têm nenhum compromisso com a paz mundial, porém com a destruição da civilização cristã em geral, e do “império” americano em particular. A formação da palavra peacenik vem de peace + Sputnik, a exemplo do termo beatnik (beat + Sputnik). Ou seja, refere-se tanto ao antigo militante pró-URSS, quanto ao atual militante antiglobalização e, por consequência, anticristão, antiamericano e anticapitalista. Noam Chomsky se apresenta como anarco-socialista. Autor de “Estruturas Sintáticas”, esse livro “não contém a totalidade da teoria linguística de Chomsky. O livro que provavelmente mais se aproxima disso é a de autoria de James Peck: ‘Um Leitor de Chomsky’, de 1987. (...) Desde que publicou sua obra-prima, ela tem sido a base para quase todas as pesquisas dentro da natureza da linguagem e, consequentemente, como a ‘mente’ (o que quer que isso signifique) interage com o cérebro. Isso não significa que grande parte dessas pesquisas não tenha sido dirigida ‘contra’ a sua teoria. (...) No momento não há como confirmar ou refutar sua teoria - mas como a ciência sempre trabalhou muito sobre a intuição e ‘crises de fé’, a influência de Chomsky ainda predomina. A linguística é o estudo geral da natureza (e até mesmo da origem, embora esse misterioso aspecto seja quase sempre ignorado) da linguagem. É a linguagem que distingue os seres humanos de todas as outras espécies, sendo, portanto, crucial para o nosso entendimento” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 651).

Pedagogia do Oprimido - Nome do livro pauleira de Paulo Freire, escrito no “exílio de caviar”, no Chile, em 1968, que trata a Educação sob o enfoque marxista da “luta de classes”. O MST promove atualmente a “Pedagogia do gueto”, com o adestramento de balillas em seus acampamentos. Veja Método Paulo Freire.

Pedras-Guias da Geórgia - Georgia Guidestones, em inglês. No topo de um morro no Estado da Geórgia, EUA, há 5 grandes blocos de granito, com 20 pés de altura cada, construídos em 1979 por Robert C. Christian (pseudônimo). Nos blocos estão inscritos em 8 idiomas os “10 mandamentos da nova ordem mundial”, sendo o primeiro: “Manter a humanidade abaixo de 500.000.000 em perpétuo equilíbrio da natureza” (apud DELINGPOLE, 2012: 188). Cfr. os demais mandamentos pau-de-pedra em https://pt.wikipedia.org/wiki/Georgia_Guidestones#:~:text=Evitar%20leis%20insignificantes%20e%20funcion%C3%A1rios,Deixar%20espa%C3%A7o%20para%20a%20natureza. Na época (1979), o primeiro mandamento significava eliminar 8 em cada 9 seres humanos. Veja Eugenia ecológica.

Pegada de carbono - “Pegada de carbono mede a quantidade total das emissões de gases do efeito estufa causadas diretamente e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto” (https://www.mma.gov.br/). O antigo presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, prega que a humanidade deve corrigir sua vida insustentável, comer menos carne, dispensar água gelada e pagar altos impostos para usar ar-condicionado e viajar de avião; no entanto, ele possui campo de golfe na Índia que consome mais de 300 mil galões de água por dia. O ator John Travolta possui (ou possuía) um Boeing 707 estacionado em frente de sua mansão. ”Tyndall, físico irlandês, descobriu que somente alguns gases possuem essa propriedade - não o nitrogênio e o oxigênio, que compõem 99% da atmosfera, mas principalmente o vapor d’água – que contribui com 95% do efeito estufa, seguido pelo dióxido de carbono (3,62%), óxido nitroso (0,95%), metano (0,36%), inclusive o CFC, ou clorofluorcarbono (0,07%)” (DELINGPOLE, 2012: 50). Veja Taco de Hóquei.

Pegada ecológica -Pegada ecológica é uma expressão traduzida do inglês ecological footprint e refere-se à quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos, gastos por uma determinada população” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Pegada_ecol%C3%B3gica). A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta. Um hectare global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano. Já a biocapacidade, representa a capacidade dos ecossistemas em produzir recursos úteis e absorver os resíduos gerados pelo ser humano. Sendo assim, a Pegada Ecológica contabiliza os recursos naturais biológicos renováveis (grãos e vegetais, carne, peixes, madeira e fibras, energia renovável etc.), segmentados em Agricultura, Pastagens, Florestas, Pesca, Área Construída e Energia e Absorção de Dióxido de Carbono (CO2)” – cfr. em https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/o_que_e_pegada_ecologica/, acesso em 20/10/2020. Você já calculou quantas toneladas de xixi e cocô produziu na vida? Podia ser muito menos.

Pegada hídrica - A “pegada hídrica” afirma que é necessário o consumo de 15.000 litros de água para produzir um kg de carne. Obviamente, trata-se de um embuste, porque a água que os animais ingerem, inclusive os racionais, não é toda absorvida pelo corpo. A maior parte é processada e expelida pela urina e pelo suor, que volta à natureza, para reciclagem. Quando for fazer um churrasco, lembre-se de pedir ao açougueiro “me vê aí uma caixa d’água de 15 mil litros”...

Pelegos - Ontem, era o PTB de Getúlio que comandava os pelegos. Hoje, é o PT e seus genéricos (PSol, Rede etc.) que alimentam o peleguismo sindical (CUT, Força Sindical), estudantil (UNE) e rural (MST). O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), durante o governo petista, foi uma das minas de ouro do peleguismo brasileiro, distribuindo farto dinheiro a ONGs dirigidas por petistas, como a Ágora, de Mauro Dutra, e a Fundação Unitrabalho, do “churrasqueiro de Lula”, Jorge Lorenzetti, que recebeu R$ 18,5 milhões. Só no governo do sucessor de FHC, a distribuição foi farta: R$ 8 bilhões - cfr. “As ONGs do PT” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/as-ongs-do-pt-istoe-dinheiro.html.

Pensamento único - Diz-se das ideias comuns impostas pela globalização do planeta após a dissolução da URSS e o fim da Guerra Fria; em francês: la pensée unique; em inglês: the unique thought; em alemão: das einmalige Denken. Expressão surgida com o lançamento do livro “La Pensée Unique”, do jornalista e cientista político francês Jean-François Kahn, em 1991. Paradoxalmente, a esquerda, que se utiliza desse jargão para desancar o capitalismo, é a que mais prega seu pensamento único sui generis, ou seja, a dialética comunista, a qual não admite o embate das ideias, como pôde ser observado no I Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, no período de 25 a 30/01/2001, quando os temas foram monopolizados pelos radicais do PT e pelos baderneiros do MST - com destaque para agentes cubanos e terroristas das FARC.

Pensée 68 - (Francês) “O Pensamento 68”. Teorias antipedagógicas, que entraram em vigor no último quarto do século XX, que tirou a autoridade dos pais e a disciplina das escolas. “Os docentes são agredidos, até apunhalados, se dão notas ruins aos alunos, ou se lhes chamam a atenção” (REVEL, 2003: 187). Veja Revolução de 1968.

Pentágono Crioulo - Fruto do Plano Colômbia (acordo EUA-Colômbia para combate ao narcotráfico e às FARC), o “Pentágono Crioulo” está situado na região de Três Esquinas (Sul da Colômbia) e “consiste num centro de operações de alta tecnologia, baseado em comunicações satelizadas, sistema de Web Cam e um programa interativo manejado por satélite e direcionado a sete pontos do território colombiano (onde se encontra o comando das unidades militares e policiais), bem como às sedes da DEA, da CIA, do Comando Sul dos Estados Unidos e à Seção do Pentágono responsável pelos assuntos da América Latina” (LEONGÓMEZ, 2006: 7-8).

Pentateuco de Elio “Parmegiani” Gaspari - É como o Gen Div Raymundo Negrão Torres se referia às principais obras de Elio Gaspari, cheias de “meias verdades e mentiras inteiras”, tendo como base, entre outras fontes, de “Brasil: Nunca Mais”, organizado pelo Cardeal Vermelho, Dom Paulo Evaristo Arns, e “Dos filhos deste solo”, dos farsantes Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio. “Foi com essas maciças declarações [sobre torturas] que o trêfego Cardeal Arns e seus acólitos - entre eles, José Gregori e José Carlos Dias - conseguiram montar o famoso livro ‘Brasil: Nunca Mais’, a Bíblia dos Revanchistas” (Gen Div Raymundo Negrão Torres - HOE,1964, Tomo 14, pg. 68). “Élio Gaspari embebeu-se do que chama de a ‘sabedoria das ruas’. Precisando de uma ocupação e por sua militância no Partido Comunista tinha o codinome não muito inteligente de Élio Parmegiani, acabou sendo empurrado para o jornalismo em Novos Rumos, órgão do PCB, onde chegou depois de modesto emprego na Embaixada cubana. (...) Mas terá sido, certamente, a ligação íntima com o ‘Turco’ [Ibrahim Sued] que terá dado a Élio Gaspari a ferramenta com que aprendeu a abrir o ‘cofre das vaidades’ de certas figuras da ‘ditadura’ - como Ernesto Geisel, Golbery do Couto e Silva e Heitor de Aquino Ferreira - de onde saíram os papéis de arquivos oficiais - transformados leviana e criminosamente em arquivos pessoais – e os ‘diários’ e as fitas secretamente gravadas, com que montou sua mais recente e longeva obra. (...) Em resumo, trata-se de uma obra escrita para ganhar dinheiro através de processos torpes, tentando denegrir e enxovalhar as Forças Armadas, especialmente o Exército e seus chefes” (idem, pg. 51). “De Golbery, [Gaspari] recebeu em 1985, para o que cinicamente chama de ‘custódia temporária’, cerca de cinco mil documentos de um pretenso ‘arquivo morto’, mas onde, na realidade, havia de tudo, inclusive muitos documentos oficiais, confidenciais, de que o ‘bruxo’ e seu cúmplice Heitor Aquino tinham a guarda em função dos cargos e dos quais se apossaram, cometendo crime de prevaricação. Nas vinte e cinco caixas que foram entregues, havia milhares de documentos, cartas, bilhetes e até rabiscos; essas caixas ficavam embaixo da mesa de Heitor Aquino Ferreira (secretário de Golbery de 1964 a 1967, de Geisel de 1971 a 1979 e de Figueiredo até sua morte, em 1987). Manteve com Geisel ‘dezenas de demoradas e profícuas conversas’, a partir de 1979, num canto do restaurante Rio’s, no Aterro do Flamengo, passano os encontros a se fazerem no apartamento do ex-presidente, a partir de 1994, quando teve oportunidade de gravar 12 fitas K-7 de vinte sessões de entrevistas, de 90 minutos cada. A esse tempo, Geisel vinha sendo entrevistado também pela equipe do CPDoc da FGV que publicou suas memórias autorizadas” (idem, pg. 52-53). “A obra mercenária de Élio Gaspari vem a lume no justo momento em que a democracia americana - atingida em seu próprio solo pelo terrorismo islâmico - adota medidas de salvaguarda que deixam o nosso AI-5 como um mero regulamento de um colégio de freiras e onde os ‘porões’ da ditadura brasileira - que tanto incomodaram certos círculos da terra de Tio Sam e muitos ditos brazilianistas ficam a parecer um ‘jardim de infância’ se comparados com os de Guantánamo” (idem, pg. 66). A entrevista completa do General Negrão Torres sobre Gaspari à “História Oral do Exército - 31 Março 1964” pode ser vista em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/05/general-raimundo-negrao-torres-desanca.html. Carlos Heitor Cony comparou a obra de Gaspari com a do historiador romano Caio Suetônio Tranquilus, guardião dos arquivos do imperador Adriano, dos quais se valeu para escrever “Os Doze Césares”.

Pentiti - (Italiano) “Arrependidos”: mafiosos italianos arrependidos, que trocam a delação de companheiros no crime por anulação ou abrandamento de suas penas. No Brasil, a “delação premiada” abranda crimes cometidos, como foi o caso de Durval Barbosa, que filmou o “mensalão do DEM” no DF, em que políticos receberam propina, como o governador José Roberto Arruda (que passou uns tempos na prisão da Papuda), a deputada distrital Eurides Brito, a deputada federal Jaqueline Roriz e outros. Houve até uma oração em famiglia, de três mensaleiros abraçados, que agradeceram a Deus o maná, quero dizer, o jabá que caiu do céu. Delatores se tornaram comuns durante o Mensalão e o Petrolão do PT, a exemplo dos Odebrecht (Emílio e Marcelo, pai e filho), com cerca de trezentos parlamentares fazendo parte da lista – cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/lista-da-odebrecht-por-congresso-em-foco.html.

PEP - Partido Eje Pachacuti: abriga dissidentes de partidos de ultraesquerda, de organizações camponesas e trabalhistas da Bolívia.

Pequenas empresas, grandes negócios – Como exemplo do sucesso de certas pessoas na área empresarial, podemos citar os nomes de Lulinha, o qual, de simples funcionário de zoológico, se transformou em milionário empresário, e Antonio Palocci, que em quatro anos conseguiu multiplicar por 20 seu patrimônio. “A imprensa revelou o caso da Gamecorp, a empresa do filho de Lula comprada pela Telemar. Como a Telemar reunia interesses de lulistas e oposicionistas, o escândalo foi acobertado com o argumento de que era necessário salvaguardar a família do presidente” (MAINARDI, 2007: 23). A presidência, para o sucessor de FHC, também foi um grande negócio: em 1952, saiu de Pernambuco montado num caminhão pau-de-arara, com apenas a roupa no corpo; em 2011, saiu do Palácio do Planalto levando 14 caminhões carregados de presentes, muitos deles institucionais, que deveriam ter permanecido no Palácio, como uma espada cravejada de pedras preciosas recebida de presente do rei da Arábia Saudita. Sem falar na dinheirama que Lula angariou com diárias recebidas por suas incursões turísticas, no Brasil e em volta do mundo, do Taj Mahal ao Polo Sul. Só faltou o globe-trotter vender geladeiras aos esquimós...

Perestroika – (Russo) “Reestruturação”: programa de reformas econômicas conduzido por Mikhail Gorbachev, que sonhava preservar o socialismo: “As obras de Lênin e seus ideais socialistas permanecem como fonte inesgotável de pensamento dialético criativo” - citado em seu livro “Perestroika”, publicado em 1987. A Perestroika caracterizou-se pela busca da aprimoração da tecnologia, abertura de mercados e elevação da produtividade de bens exigida pela sociedade. Foi o começo do fim do comunismo na antiga União Soviética. “O drama central da Perestroika foi a incapacidade de criar alternativas para aquilo que sua ação ia derrubando. Os pilares do antigo regime iam caindo - o sistema de plano da economia, o papel do partido no sistema político - sem que aparecesse nada articulado que o substituísse. O mesmo ocorreu no âmbito da política externa” (POCH-DE-FELIU, 2008: 124). No Ocidente, Gorbachev é visto como estadista. Na Rússia, como o traidor que jogou seu povo na miséria, especialmente os aposentados. O Pacto de Varsóvia foi dissolvido em 1991, por falta de fundamentação ideológica. Leia “Uma História do Mal Escondida”, de Claire Berlinski, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/02/a-hidden-history-of-evil-uma-historia.html.

Perfeito idiota latino-americano - Feliz expressão cunhada pelo trio de jornalistas Plinio Apuleyo Mendoza, colombiano, Carlos Alberto Montaner, cubano, e Álvaro Vargas Llosa, peruano, ao lançarem o livro “O Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano” (publicado no Brasil em 2005). Cfr. artigo “A idiotia latino-americana”, de Orlado Tambosi, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/a-idiotia-latino-americana-por-orlando.html. Sob essa denominação se abriga toda a esquerda latino-americana que sataniza o capitalismo, atribui todos os males da região aos EUA e admira a ditadura de Fidel Castro. Em 2007, o trio publicou “A Volta do Idiota”, que trata da esquerda jurássica do continente, dividida entre dinossauros carnívoros, como Hugo Chávez, e herbívoros, como o sucessor de FHC.

Período especial - É como, eufemisticamente, Fidel Castro chamou o período crítico por que passou Cuba desde que soçobrou o Império Soviético, estancando a gorda mesada que Moscou lhe doava.

Peronismo - Sistema de dilapidação do patrimônio público e privado, promovido por líderes sindicais e pela burocracia estatal, que levou a Argentina, depois do governo Perón, a não encontrar mais seu caminho do desenvolvimento. “O legado de Perón é lastimoso. Em três mandatos presidenciais, acuou a iniciativa privada, produziu inflação, agrediu opositores, atacou a imprensa, recebeu nazistas alemães, aliciou sindicalistas e colocou os seus para repreender manifestações contrárias. Isso sem falar na sedução de meninas menores de idade. Seu populismo foi cultivado com a ajuda de sua esposa Eva Duarte, a Evita, que dava notas de dinheiro aos pobres e criou escolas e fundações com seu nome” (NARLOCH, 2011: 196). A “madona dos descamisados” morreu aos 33 anos, “deixando uma fortuna superior a 8,5 milhões de dólares” (idem, pg. 209). “Evita era fã dos vestidos do francês Christian Dior e dos sapatos do também francês Perugia. Ao morrer, os bens de Evita contavam ‘756 objetos de prataria e ourivesaria, 144 peças de marfim, colares e broches de platina, diamantes e pedras preciosas avaliadas em 19 milhões de pesos’” (idem, pg. 212). Enquanto o país afundava, Perón se divertia com as meninas da União de Estudantes Secundaristas (UES). Quando foi repreendido por ter relação sexual com Nelly Rivas, delegada de sua escola dentro da UES, Perón respondeu: “Ah é? Ela tinha 13 anos? Não faz mal, não sou supersticioso!” (idem, pg. 220). O preço? “Em três anos, a UES consumiu 10 milhões de dólares, segundo o historiador Hugo Gambini” (Idem, pg. 222). É difícil imaginar que no início do século passado a Argentina era um dos países mais ricos do mundo e tinha mais automóveis que a Grã-Bretanha. “Em termos de renda per capita e reservas de ouro, a Argentina ficava à frente dos Estados Unidos, da Inglaterra e só um pouquinho atrás da França” (idem, pg. 199). No final de 2001, a Argentina literalmente “quebrou”, teve seis presidentes em um mês e deu um “calote” na dívida externa. Atualmente, o peleguismo argentino tem à frente o presidente Alberto Fernández, que sucedeu a Maurício Macri, em 2019, com slogans como “Lula Livre”, e a vice Cristina Kirchner, em sintonia fina com o bolivarianismo de Nicolás Maduro, da Venezuela. Ou seja, o longo caminho da Argentina para o abismo continua garantido.

Perseguido político - Eufemismo que, normalmente, se referia apenas a terrorista de esquerda, mas que garantia farta verba pública da Comissão dos Desaparecidos Políticos durante os governos de FHC e do PT. Perseguidos políticos, de verdade, foram os coronéis Carlos Alberto Brilhante Ustra, Lício Maciel e Sebastião Curió. Outros perseguidos: Olavo de Carvalho, que teve que se refugiar na Europa durante certo tempo, devido a ameaça de morte, e depois foi expulso de todos os jornais e revistas brasileiros em que escrevia, como revista Época, jornais O Globo, Zero Hora; hoje em dia, Olavo sobrevive nos EUA; o escritor evangélico Júlio Severo, que se exilou nos EUA devido à sistemática perseguição judicial promovida por gays (cfr. entrevista do evangélico perseguido em https://www.youtube.com/watch?v=2fkWiKsVpag&feature=youtu.be); Diogo Mainardi, em autoexílio em Veneza, Itália, foi ameaçado de morte em 2007 pelo MR-8; e Bruno Daniel, irmão de Celso Daniel, que durante um período teve que se refugiar na França, fugindo de ameaças contra ele e sua família, por ter afirmado que figuras importantes do PT achacavam empresas de ônibus em Santo André, angariando fundos para campanhas eleitorais de Lula e Marta Suplicy. Durante o Governo Jair Messias Bolsonaro, muitos de seus apoiadores foram perseguidos por partidos da extrema esquerda, com apoio do STF, como os jornalistas Allan dos Santos (do Terça Livre) e Oswaldo Eustáquio (este último, chegou a ser preso, assim como a ativista Sara Winter). Na noite de 16/02/2021, foi preso o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, por ter feito ameaças à Suprema Corte. Cfr. as ações ilegais do STF, não só sobre prisão ilegal de um parlamentar, como também de aberrações anteriores em https://www.conjur.com.br/2021-fev-26/limite-penal-prisao-deputado-daniel-silveira-paradoxos-processuais.

Persona - Palavra latina, que deu origem à palavra “pessoa”, significava a “máscara” do ator de teatro, suscetível de ser trocada conforme o papel do personagem. “A Persona vem assim a exprimir claramente, como observava Schopenhauer, ‘aquilo que cada um representa em contraste com aquilo que cada um é na verdade’” (PENNA, 1967: 167). “A Persona ou a Fachada representam funções legítimas da psique, relacionadas com a própria cultura e constituindo a forma abstrata da experiência de nossa ação sobre o mundo exterior - um manto protetor ao redor do Ego e graças ao qual nos adaptamos às realidades sociais e ‘mundanas’; é uma instância de compromisso entre as exigências instintivas do Ego e as regras e costumes da coletividade” (idem, pg. 168). “Na diplomacia o uso da máscara constitui um talento profissional” (idem, pg. 169). Mostra a cara quem nunca usou uma máscara... O livro “Manual Mínimo do Ator”, do italiano Nobel de Literatura, Dario Fo, disserta sobre a personalidade do ator, principalmente a importância do gesto.

Pervaia kategoriia - (Russo) Condenação em 1º grau, isto é, fuzilamento. “Ele não foi ainda preso - isto é muito suspeito” (frase que corria na URSS, no auge das perseguições de Stálin). A assinatura de Stálin está ligada a mais de 400 listas, de 1937 a 1939, que contêm os nomes de 44.000 pessoas, membros graduados do partido, funcionários do governo, oficiais e personalidades culturais. “Durante esses anos, cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stálin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (JOHNSON, 1994: 254).

Pescar no aquário - A expressão é usada no meio evangélico, quando uma nova igreja evangélica, em vez de “pescar” fiéis nos aquários concorrentes (como católicos e espíritas), busca adeptos em outras denominações evangélicas.

PETA - People for the Ethical Treatment of Animals (Povo para o Tratamento Ético de Animais): possui cerca de um milhão de membros e se autodenomina como a maior organização de “direitos dos animais” no mundo. Fundada em 1980, a PETA opera sob o simples princípio de que “os animais não são nossos para comer, vestir, fazer experiências ou para uso de diversão”. Já que a ética humana não é seguida pelos terráqueos, vamos transferi-la aos animais. Para fabricar um casaco de pele são necessários 60 minks ou 40 raposas ou 50 arminhos ou 120 chinchilas. Acesse www.peta.com.

PETI - Programa de Erradicação de Trabalho Infantil. E de implantação de pivetes. Enquanto adolescentes estão trabalhando (e estudando), não estão cometendo transgressões. Abolir toda forma de trabalho do menor de idade é idiotice.

Petistério Público - Neologismo pilheresco, refere-se aos procuradores do Ministério Público ostensivamente alinhados com o PT, como Luiz Francisco de Souza. Veja Andorinha e Procuraponga.

Petralha - Termo criado pelo jornalista e escritor Reinaldo Azevedo, autor dos livros “O País dos Petralhas” e “O País dos Petralhas II”. Trata-se da junção das palavras “petista” com “metralha” (dos Irmãos Metralha). Nem todo petista é petralha, mas todo petralha é, obrigatoriamente, petista. O verbete consta do Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa, que também registrou o vocábulo “mensalão”.

PFLP - Popular Front for the Liberation of Palestine (Frente Popular para a Libertação da Palestina - FPLP): grupo marxista-leninista, membro da OLP, fundado em 1967 por George Habash. Depois da Fatah, é a mais importante organização no movimento palestino. Advoga uma revolução panárabe e opôs-se à Declaração de Princípios entre Israel e a OLP, de 1993 (Processo de Paz), e suspendeu sua participação na OLP. Veja FPLP.

PFLP-GC - Popular Front for the Liberation of Palestine - General Command (Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral): separou-se da FPLP em 1968, querendo mais luta e menos política. Opõe-se violentamente à OLP e é liderado por Ahmad Jabril, ex-capitão do Exército sírio; a Frente é, provavelmente, dirigida pela Síria.

PFLP-SC - Popular Front for the Liberation of Palestine - Special Command (Frente Popular de Libertação da Palestina - Comando Especial): grupo marxista-leninista formado por Abu Salim em 1979, após separar-se do agora inexistente PFLP-Special Operations Group. Promove ataques terroristas, destacando-se o ocorrido em um restaurante frequentado por soldados americanos em Torrejon, Espanha, em abril de 1985, matando 18 civis espanhóis.

Philosophes - Designa os ideólogos da Revolução Francesa e, de modo pejorativo, os filósofos e intelectuais medíocres. “A diferença é simples: um filósofo busca a explicação do real segundo a sua própria exigência de veracidade e segundo o nível alcançado por seus antecessores; um ‘philosophe’ busca explicações na estrita medida do mínimo que o mundo exige daqueles a quem segue” (CARVALHO: 2000: 31).

Piano de cauda de Lula, O - Título de artigo de João Mellão Neto, de setembro de 2003. “Uma das coisas mais incômodas que existe é receber de herança um piano de cauda. Não é decorativo nem funcional. Não cabe na sala de visitas e nem no sótão. Desmontá-lo não dá e desfazer-se dele é uma afronta à família. O que fazer?” (NETO, pg. 51). “Fidel Castro, sem dúvida, é o piano de cauda que você herdou. Não adianta reclamar. Trate agora de acomodá-lo” (idem, pg. 54). Lula é o piano de cauda do Brasil, exposto diariamente no plenário do STF: difícil de dar um destino final ao maior ladravaz da história do Brasil.

PIDE - Polícia Interna de Defesa do Estado: do Governo do ditador António de Oliveira Salazar (Portugal).

PIG - Partido da Imprensa Golpista: segundo os petralhas, trata-se da “grande mídia”, ainda não subjugada ao petismo e que denunciava as maracutaias lulano-dilmistas, como o mensalão, o petrolão e a ligação umbilical da construtora Delta com o PAC. Para a oposição, PIG significa Partido da Imprensa do Governo.

Pigmentômetro - Na UERJ (precursora das cotas “racistas”), branquelos se inscrevem no vestibular dizendo que são negros. Na UnB, em Brasília, tira-se uma fotografia para comprovar a cor da pele. Em ambos os casos, o esquema é falho: pode-se mentir sobre a origem de nossos ancestrais, como se pode escurecer a foto no laboratório até atingir o “tom negroide” exigido para obter uma vaga na universidade. Para que existe o Photoshop? Para evitar essa malandragem, eu criei o “pigmentômetro” (copyleft - podem copiar à vontade!), que é um aparelho destinado a medir a reflexão da luz - ou a falta de reflexão da luz - emitida por um ser humano de pele com pigmentação negra. O candidato que passar no teste do pigmentômetro terá direito ao ingresso na universidade e no serviço público, dentro das “cotas étnicas” criadas durante o governo FHC. O problema é que no Brasil há em torno de 170 colorações negroides, segundo afirmou José Carlos Azevedo, ex-reitor da Universidade de Brasília, no “Passando a limpo”, com Boris Casoy, TV Record, 02/12/2001. Em tempo: o pigmentômetro tem um dispositivo que inverte a polaridade elétrica e os parâmetros, de preto para branco, necessário para testes na Bahia, onde somente os branquelos devem se inscrever nas tais “cotas”, já que são minoria...

Pigmeus devorados - A guerra civil no Congo deixou 3 milhões de mortos e 2 milhões de refugiados. Foi praticado todo tipo de barbárie, como a amputação de braços e pernas, estupros e até escalpamento. “Saques, execuções sumárias, massacre de vilas inteiras, limpeza étnica de tribos inimigas, punições com amputação de braços ou pernas, estupros e até casos de escalpamento foram documentados por instituições humanitárias. Na semana passada, o festival de barbaridades ganhou um novo elemento com a denúncia de que dois grupos rebeldes praticavam canibalismo contra tribos de pigmeus da região leste do país” (in “Pigmeus devorados”, revista Veja no. 1785, 15/01/2003, pg. 73). Só no Congo, ex-Zaire, existem cerca de 140 mil pigmeus, com estatura média de 1,35 m para adultos. O canibalismo também foi usado nos anos 90 em guerras civis de Serra Leoa e Libéria. Ditadores teriam também sido canibais: Teodoro Obiang, ditador da Guiné Equatorial, costumava devorar os testículos de presos executados, crendo que isso melhoraria sua performance sexual. Idi Amin Dada, de Uganda, que em 8 anos massacrou 300 mil pessoas, até ser derrubado em 1979, foi acusado de praticar canibalismo, assim como Jean-Bedel Bokassa, que governou por 13 anos a República Centro-Africana e se declarou imperador. “Ao ser deposto, em 1979, correram boatos de que os freezers do palácio estavam cheios de órgãos humanos” (idem, pg. 73). Veja Churrasquinho chinês e Filé cubano.

PIJ - Palestinian Islamic Jihad (Guerra Santa Islâmica Palestina): organizado entre militantes fundamentalistas palestinos da Faixa de Gaza na década de 1970. Objetivo: criação de um Estado palestino e a destruição de Israel através de uma guerra santa. Opõe-se também a governantes árabes moderados. A Jihad Islâmica, junto com o Hamás, opõe-se ao Processo de Paz entre Israel e os palestinos.

Pimentismo - Greve operária ocorrida em 1919, em Pernambuco, de cunho marxista generalizante, dirigida por Joaquim Pimenta, imortalizado por José Lins do Rego no Dr. Pestana do seu romance “Moleque Ricardo”.

Pinar del Río - Província de Cuba, onde havia cursos para “escoteiros” brasileiros, como José “Daniel” Dirceu, nas décadas de 1960 e 1970. O “currículo” incluía (cfr. USTRA, 1987: 114): 1) Tática guerrilheira - o observador, o mensageiro, a coluna guerrilheira, o acampamento, a marcha, sobrevivência na selva (montanhas de Escambray), o ataque, a emboscada; 2) Tiro - limpeza e conservação do armamento, fuzis: AD, FAL, AK, Garand; metralhadoras: MG52, Uzi; bazuca, morteiro e canhão 152 mm; 3) Comunicações; 4) Topografia - leitura de mapas, uso de bússola e do binóculo, orientação; 5) Organização do terreno - construção de abrigos individuais e coletivos, espaldões para metralhadoras e morteiros; 6) Higiene e primeiros socorros - fraturas, hemorragias, imobilizações, transporte de feridos; 7) Política - o comissário político, semanalmente, fazia uma palestra. No regresso, o terrorista brasileiro recebia de volta os documentos verdadeiros, nova documentação com nome falso, cerca de 1.500 dólares, itinerário até o Chile de Salvador Allende, antes de chegar ao Brasil. Quando preso, o terrorista era instruído para utilizar algumas artimanhas, para ser levado ao hospital e, assim, prejudicar o interrogatório: 1) colocar fumo na água e bebê-la, provocando crise de vômitos; 2) usar uma dose mínima de estriquinina para provocar convulsões; 3) “tentar” o suicídio; 4) simular grande descontrole nervoso; 6) bater com a cabeça nas paredes. Leia o livro Rompendo o Silêncio, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, disponível para download em http://www.livrorompendosilencio.hpg.ig.com.br/index.htm. Hoje, Pinar del Río se destaca pela produção de tabaco, matéria-prima dos charutos cubanos de prestígio internacional, como o Cohiba esplendido (R$ 180,00 a unidade) que o sucessor de FHC gosta de saborear em 18 cm do mais puro prazer.

Pink Economy - Economia Rosa ou Economia Gay, movimenta cerca de US$ 3 trilhões de dólares anuais em todo o mundo. O Movimento Homossexual afirma que cerca de 10% da população mundial é gay. A Dra. Judith Reisman, em seu livro “Kinsey, Sex & Fraud”, afirma que não passa de 2%. Outras pesquisas americanas afirmam que são de 3 a 4%.

PIO - Popular International Organization (Organização Popular Internacional): a primeira Internacional revolucionária islamita-sunita, criada pela Conferência dos Povos Árabes-Islâmicos (IAPC), realizada em Cartum de 25 a 28 de abril de 1991, liderado pelo xeque Turabi, que, em discurso, afirmou que o objetivo da PIO “é desenvolver um plano de ação global para desafiar o Ocidente tirânico, pois Alá não pode mais permanecer em nosso mundo em face de um poder materialista absoluto” (BODANSKY, 2002: 79). “A PIO criou em Cartum um conselho permanente de cinquenta membros, cada um representando um dos cinquenta países onde aconteciam lutas de libertação islâmica” (idem, pg. 79). Membros da PIO: Jamaat-i-Islami (Paquistão), Hizb-i-Islami e Jamiat-i-Islami (Afeganistão), Hizb-i-Islami (Caxemira), que dão assistência aos islamitas do Egito, ao Hezbollah do Líbano, à FIS da Argélia e à NIF do Sudão.

Pioneiros – Em Cuba, as crianças “são inscritas desde a idade de oito anos nos Pioneiros (na prática, somente as Testemunhas de Jeová recusam-se a inscrever seus filhos). ‘Seremos como o Che’. Esse juramento é renovado todas as manhãs na escola por ocasião do ‘matutino’, o hastear da bandeira precedida de uma arenga da professora” (CUMERLATO, 2001: 50).

Pipada - Tragada de crack em cachimbo improvisado, como lata de cerveja ou copo de iogurte. O nome vem de pipe, “cachimbo” em inglês.

PIRA - Provisional Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês Provisório): grupo terrorista radical formado em 1969, como o braço armado clandestino do Sinn Fein (“Nós Sozinhos”), um movimento político legal dedicado a remover as Forças Britânicas da Irlanda do Norte. Tinha orientação marxista, era organizado em pequenas células sob a liderança do “Conselho do Exército”. A semelhança de suas operações terroristas sugere ligações com o ETA. O PIRA também era conhecido como The Provos.

Pistoleiros de aluguel - Muitos advogados dos EUA utilizam com frequência a aplicação da lei para resolver disputas comerciais entre empresas ou ações civis de indivíduos que se sentem lesados por grandes corporações (“indústria das ações”), exigindo indenizações milionárias.

Pitboys - Pitbulls de duas patas, que infernizam as boates e bares da Zona Sul do Rio de Janeiro.

PKK - Partiya Karkeren Kurdistan (Partido dos Trabalhadores do Curdistão ou Kurdistan Workers’ Party, em inglês): grupo de insurreição marxista-leninista, fundado em 1978 por Abdullah Ocalan (“Apo”), armou-se em 1984 e já ocasionou a morte de mais de 40.000 pessoas na Turquia. Pretende criar um Estado marxista independente no Sudeste do País, o “Curdistão”. Cerca de 12 milhões de curdos vivem na Turquia e 10 milhões em países vizinhos (Síria, Irã, Iraque, Armênia e Azerbaijão), segundo dados de 1999. Preso no Quênia em 1999, Ocalan foi condenado à morte na Turquia, porém há um longo processo para confirmar ou rejeitar a sentença (ele se encontra preso em uma prisão numa ilha do Mar de Mármara). Em 21/03/2013, Ocalan ordenou a seus combatentes um cessar-fogo e a retirada do território turco, possivelmente para Qandil, no norte do Iraque.

Plano Baruch - Bernard Baruch, financista industrial e conselheiro de presidentes americanos, foi escolhido para apresentar, perante a Comissão de Energia Atômica, da ONU, no dia 14/06/1946, a proposta americana de controle internacional da energia atômica, que ficou conhecida como “Plano Baruch”. Com esse Plano, os EUA, únicos detentores então da bomba atômica (“no pináculo do poderio militar” - segundo Churchill), queriam conferir à ONU a autoridade mundial e irrestrita sobre toda a produção e utilização da energia atômica, e a de controlar, inspecionar e licenciar todas as outras atividades atômicas, e a obrigação de estimular o uso benéfico da energia atômica. O objetivo era “garantir a paz no mundo”, sendo os EUA o “distribuidor da lei, o juiz e o policial”. O Plano Baruch não foi implantado devido ao poder de veto da URSS na ONU. Stálin criticou o Plano e afirmou que existiam pelo menos dois remédios para a posse monopolista da bomba: 1) a posse da bomba não pode ser monopólio por muito tempo; 2) o uso da bomba atômica será proibido. O primeiro objetivo, construir a bomba, foi conseguido pela URSS em 1949. A proibição da bomba foi tentada com a proposta soviética, que dissociava seu uso militar e seu uso pacífico: o uso pacífico continuaria sendo de responsabilidade dos Estados soberanos, sob inspeção internacional, e a utilização militar seria totalmente proibida, sendo as armas atômicas existentes imediatamente destruídas e a fabricação futura proibida, de acordo com um tratado. Apesar da retórica de desarmamento, a História registra a corrida armamentista suicida das duas superpotências, que construíram armas em quantidades tais que seria possível destruir várias vezes a vida humana na Terra.

Plano Cohen - Suposto plano comunista para tomada do poder no Brasil, através da luta armada, divulgado em 30/09/1937 pelo general Góes Monteiro, que levou à criação do Estado Novo (1937-1945), regime ditatorial implantado pelo Presidente Getúlio Vargas. A Intentona Comunista de 1935 e a Guerra Civil Espanhola, iniciada em 1936, mostraram ao mundo a face cruel do comunismo e isso foi usado por Vargas para promover “o mais tranquilo golpe de Estado já vibrado nas instituições no Brasil” (SCANTIMBURGO, 1996: 258). Leia texto do CPDOC/FGV sobre o assunto em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/plano-cohen.html.

Plano Colômbia - Financiado pelos EUA para combate ao narcotráfico na Colômbia, o Plano estava orçado em US$ 7,5 bilhões, sendo US$ 1,3 bilhão em ajuda militar. Teve início em 2000.

Plano Dawes - Reunida em Londres, em julho de 1924, uma Comissão presidida pelo general Charles G. Dawes, Vice-Presidente dos EUA, estabeleceu um mecanismo de pagamento da dívida de guerra alemã (I Guerra Mundial). O Plano previa a privatização das redes ferroviárias alemãs, a criação de um banco de compensações e de câmbio baseado no ouro, expedição de ações das ferrovias e indústrias alemãs, aumento dos impostos e depósitos do pagamento da reparação de guerra em um banco controlado pelos Aliados. A França ocupava o Ruhr, desde janeiro de 1923, a título de compensação pela inadimplência alemã. Veja Plano Young.

Plano Marshall - Plano de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa após a II Guerra Mundial. O Plano foi oferecido, inclusive, à União Soviética. A Tchecoslováquia e a Polônia ansiavam pela ajuda, porém a União Soviética se negou a participar e vetou a participação de qualquer país dominado pelos comunistas. O Plano começou em julho de 1948 e continuou por três anos, e custou ao governo americano cerca de US$ 13 bilhões. A URSS injetou em Cuba o equivalente a oito Planos Marshall. Em vez de aplicar o dinheiro no país, Fidel Castro preferiu investir em revoluções marxistas na América Latina e na África, com o envio de tropas e distribuição de farto armamento. Em Angola, Cuba chegou a ter 50.000 soldados, em apoio ao MPLA.

Plano Morgentau - Ideia surgida nos EUA durante a II Guerra Mundial, previa a regressão da economia alemã no sentido de uma ruralização, baixando o nível de vida de sua população aos países pobres da área mediterrânea. O plano, porém, não foi levado adiante.

Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) - Gerado a quatro mãos pelos antigos terroristas Paulo Vannuchi e Dilma Rousseff, tinha como objetivo mudar a Lei da Anistia, de modo que apenas os agentes de Segurança do governo militar fossem processados, deixando de fora os “kamaradas d’armas” que infernizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 1970. O Plano de pau pretendia, ainda, limitar a propriedade privada, censurar os meios de comunicações e atacar a Igreja e a família brasileira, ao propor o “casamento de homossexuais” - o que já foi sacramentado pelos “entendidos” do STF, tratorando as prerrogativas dos congressistas, aos quais cabe legislar sobre o assunto. O Plano macabro previa também a substituição de nomes de logradouros públicos, substituindo nomes de personalidades da Contrarrevolução de 1964 por terroristas e simpatizantes. Assim, a Ponte Costa e Siva (Rio-Niterói) teria o nome do Betinho, o pombo-correio dos dólares de Fidel Castro para Brizola. O Viaduto general Milton Tavares de Souza (Marginal Tietê) foi rebatizado para Domingos Franciulli Netto, ex-ministro do STJ. O viaduto Presidente Médici, em Recife, virou viaduto Padre Henrique Pereira Neto, que teria morrido depois de sofrer tortura e havia sido colaborador de D. Héler Câmara. E a Rodovia Castello Branco, terá o nome de Carlos Lamarca? Na internet, sugere-se a mudança do nome da Marginal Pinheiros para Marginal Lula, e a Marginal Tietê para Marginal Dilma Rousseff. Eu aprovo. Não será surpresa se a Rodovia Raposo Tavares, o “genocida de índios”, venha a se chamar Zumbi dos Palmares, o escravo fugido que tinha uma penca de escravos.

Plano SALTE - Plano “Saúde, Alimentação, Transporte e Energia”: foi “um pequeno Plano Marshall”, segundo Celso Furtado, uma ajuda econômica dos EUA ao Brasil após a II Guerra Mundial. Em 1948, desembarcou no Brasil a Missão Abbink (John Abbink, presidente da Missão), para estudar e avaliar os problemas da economia nacional, que estava em estado calamitoso. Na época, a dependência da lenha como fonte de energia primária no Brasil era de 70%.

Plano Young - Comissão reunida em Paris entre 04 e 07/03/1929, sob direção do norte-americano Owen D. Young, foi uma complementação do Plano Dawes, uma vez que não fora fixado o total de reparações alemãs (I Guerra Mundial). Para os aliados, era uma ingerência indevida na soberania da Alemanha, já admitida na Liga das Nações (1926). A Comissão recomendou a fixação da dívida alemã em US$ 7.826.868.000,00, a ser feita em anuidades, a limitação das entregas em espécie alemãs, o fim da supervisão econômica sobre a Alemanha e o estabelecimento de um banco internacional que recebesse as anuidades. Os draconianos Planos Dawes e Young - seguidos ao Tratado de Versalhes - foram responsáveis pela hiperinflação alemã e uma das causas do surgimento do nazismo. Veja Nazismo e Plano Dawes.

Plano Z - Este Plano, do governo Salvador Allende, pretendia levar o Chile ao socialismo, da “via pacífica” para a “via armada”. O Plano deveria se iniciar entre 18 e 19/09/1973, com o assassinato dos comandantes militares e de políticos de oposição. Neste Plano estavam comprometidos alguns membros das Forças Armadas, como foi provado em processos posteriores. Na Folha 179 do “Processo da Força Aérea Chilena” (FACh), consta a declaração do ex-1º sargento da FACh, Belarmino Constanzo Merino, que descreveu: “Consistia em um plano onde aparecia a Escola de Aviação em sua totalidade e parte do restante da Base ‘El Bosque’. Ali se indicava como iriam ser posicionados os aviões ‘Mentor’, que estavam municiados e que seriam operados por mecânicos ou pilotos, apontando nas ruas para disparar sobre as tropas das unidades que avançarão sobre a escola. Os cadetes seriam neutralizados nos respectivos cassinos. Ao Diretor se iria pedir que se engajasse no movimento, ou, em caso contrário, seria juntado com os demais oficiais. Uma vez dominada a situação, os miristas seriam apoiados por outras forças, ao que parece, de Colina. Um alto chefe tomaria a chefia da Base. Ignoro quem era este chefe”. A magnitude da ação criminal planejada pelo marxismo-leninismo foi conhecida só depois de 11/09/1973, quando foram descobertos seus arsenais. Os principais arsenais e escolas de guerrilheiros se encontravam nas próprias residências do Presidente Allende, que desde o início se preparou para atraiçoar seu povo. O jornalista marxista Regis Debray confirmou essas intenções de Allende, de que a aceitação das chamadas garantias democráticas seriam um “plano tático para a conquista do poder, mas que revolução haveria”. “Os marxistas, com o conhecimento e a aprovação de Salvador Allende, trouxeram ao Chile enorme arsenal de armamento, que colocaram em residências, escritórios, fábricas e lojas. O mundo não conhece que os marxistas chilenos tinham à sua disposição armamento superior em número e qualidade em comparação com o Exército, suficiente para mais de 30.000 homens. Os militares salvaram o Chile para todos nós. Guerra civil tinha sido preparada perfeitamente pelos marxistas. E isso é o que o mundo não sabe ou não deseja saber” (Eduardo Frei, presidente chileno de 1994 a 2000 - in jornal espanhol ABC, de 10/10/1973). O antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro era o ghost writer de Allende e escrevia os principais discursos, onde “havia citações explícitas a clássicos do marxismo” (NARLOCH, 2011: 261). Leia mais sobre o assunto em “Allende e Pinochet: o mito e a realidade”, de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/allende-e-pinochet-o-mito-e-realidade.html.

PLF - Palestine Liberation Front (Frente de Libertação Palestina): grupo terrorista que se separou da Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral em meados da década de 1970. Dividiu-se em facções pró-OLP, pró-Síria e pró-Líbia. A facção pró-OLP é liderada por Muhammad Abbas (Abu Abbas).

POC - Partido Operário Comunista: oriundo da POLOP. O ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont, foi um de seus membros; Éder Simão Sader, irmão da “libélula” da USP, Emir Simão Sader, foi outro de seus membros.

Poder paralelo - Força motriz da “revolução permanente, ininterrupta ou acumulada”, que Marx, Trotski e Lênin haviam descrito, no curso da qual a minoria revolucionária destila o poder do Estado através de sucessivos esmagamentos de oponentes, atrações e somas de aliados, que logo, paralisados e convertidos em inimigos, são excluídos e finalmente destruídos. O rápido processo da Revolução Russa ilustra este mecanismo. Veja Dualidade de poder, Governo paralelo e Mandato coletivo.

Pogrom - Perseguição a judeus na antiga Rússia comunista.

Polaca - Constituição brasileira do Estado Novo, de 1937, sob o governo de Getúlio Vargas.

Policiofobia - Trata-se da aversão política contra os órgãos de Segurança, em que partidos de esquerda pedem simplesmente o fim da PM, como o PSol. Leia texto de Filipe Bezerra sobre o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/filipe-bezerra-discute-policiofobia-em.html.

Polígono da Maconha - Região produtora de maconha compreendida pelos Estados de Pernambuco, Bahia, Sergipe, Paraíba e Alagoas. Os maconheiros, em passeatas, pedem que a produção se estenda também às outras unidades da Federação.

Polígrafo - Aparelho antigo que media a pressão sanguínea, os batimentos cardíacos e a transpiração, e era usado como detector de mentira. Os peritos interpretavam os dados e determinavam se a pessoa que se submetera aos testes estava mentindo. Especialistas dizem que os polígrafos eram falsos porque não analisavam a voz. A firma japonesa Sega Toys, fabricante de videogames, popularizou um detector portátil, o Dokitto-Voice, que prometia 82% de acerto; a coreana 911 Tech Company produziu o Handy Truster (codificador portátil), que teria 84% de taxa de acerto. “No Brasil e nos EUA, os tribunais não aceitam nos julgamentos resultados de detectores de mentira como prova” (in “A verdade por apenas 270 reais”, revista Veja no. 1766, de 28/08/2002, pg. 48).

Política das Portas Abertas - Proposta pelo Secretário de Estado americano John Hay, em 06/09/1899, para escoar ao exterior, como a China, o excedente de produtos e capitais americanos, que já tinham seu mercado interno à beira da saturação. Segundo o presidente William Howard Taft (que criou a expressão “diplomacia do dólar”), era “uma intervenção ativa para assegurar para nossos capitalistas oportunidades para investimento lucrativo” Essa Política foi descrita por Willard Straight, Cônsul-Geral de Mukden (China), de 1906 a 1908, como “um crente na penetração pacífica por intermédio do dinheiro”. Veja Diplomacia do dólar.

Política do liquidificador - Imposta por Stálin, consistia na migração forçada dos povos de uma etnia para repúblicas de outras nacionalidades, a fim de pulverizar as nacionalidades e fazer surgir o “homem soviético”. “Na União Soviética, entre 1920 e 1950, a transferência de população atingiu pelo menos 6 milhões de pessoas, a maioria membros de etnias que incomodavam o regime (como os chechenos, os curdos, os cossacos e os ucranianos)” (NARLOCH, 2011: 91).

POLISARIO - Popular Front for the Liberation of Saguiet Al-Hamra and Rio de Oro: operava a partir da Argélia, para a libertação do Saara Ocidental, contra o Marrocos.

Politicamente correto - Não se deve chamar um homem baixo de “anão”. Nem de “baixinho”. É politicamente correto chamá-lo de “negativamente avantajado”. Não existe mulher feia, apenas “beleza não praticante”. Preto brasileiro deve ser chamado de “afro-brasileiro” (Gustavo Kuerten, Giselle Bünchen, teuto-brasileiros). Infanticídio não existe mais, apenas “aborto”, um “direito da mulher dispor de seu próprio corpo”. Prostituta não é mais prostituta, é “empresária do sexo”. Papa-defunto virou “empresário do luto”. “Pederasta”, palavra riscada do Código Penal Militar, passou a ser o inofensivo “gay”. Os proprietários do Dicionário Webster foram obrigados a “riscar” várias palavras, como “crioulo”. Uma deputada distrital do PT, no Governo Cristóvam Buarque, apresentou projeto semelhante, visando riscar do Dicionário Aurélio palavras julgadas “ofensivas”. (Na mesma época, o PT negou a Pelé o título de cidadão brasiliense.) Com essa bobagem semântica - a “novalíngua” -, o movimento do “politicamente correto”, dominado pelas esquerdas, se assenhorou da mídia e aproveita para distorcer fatos que lhe são antipáticos e dourar a pílula que todos devem engolir. Politicamente correto não é nada mais do que “marxismo cultural” ou “multiculturalismo” e tem por objetivo destruir a cultura ocidental e a religião cristã, com a contribuição importante de Georg Lukacs (“terrorismo cultural”), Antonio Gramsci (“longa marcha nas instituições”, ou seja, o domínio das escolas, mídia, até igrejas, para influenciar a cultura) e os integrantes da “teoria crítica” da Escola de Frankfurt, que inicialmente seria chamada de “Instituto para o Marxismo”: Max Horkheimer, Theodor Adorno, Eric Fromm, Wilhelm Reich e Herbert Marcuse. ”A correção política é a carrancuda vingança do rancoroso, intolerante e mal-intencionado idiota sobre tudo aquilo que tem vida no mundo. Não é nada mais do que o recurso insincero e desprovido de humor de mentes tão medíocres, que, para eles, o ressurgimento do stalinismo é preferível à dor de um vislumbre do Ser - é o último vestígio da besta que Nietzsche identificava como ‘ressentimento’. Tais mentes tiram sua melancólica noção de prazer - como as fantasiosas ereções de eunucos centenários - maquiando o pouco que desejam conhecer da História para pessoas que parecem não se conformar com os padrões artificiais dos mais ineptos governos do século XX” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 84-85). “Um dos objetivos da "novilíngua" (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete. Tome cuidado com o que fala. O termo ‘crioulo’ pode enquadrá-lo na Lei Caó (cujo apelido nos tempos da UNE era Crioulo). Tudo depende de como se fala, embora a descrição ‘passou por aqui, era um crioulão’ seja adequada. Mas, se fosse vivo, Adolfo Caminha teria problemas com ‘O bom crioulo’” (Fritz Utzeri, in “O Politicamente correto”). Leia, de minha autoria, “Politicamente correto: a transgenia das palavras”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/politicamente-correto-transgenia-das.html. Até o Exército Brasileiro se rendeu à língua do PC: não se realizam mais grupos de trabalho para tratar de Recursos Humanos, mas de “Talentos Humanos”. Nos EUA, o jornalista Bernard Goldberg lançou o livro “Bias - A CBS Insider Exposes How the Media Distort the News” (Tendencioso - Um Conhecedor da CBS Mostra Como a Mídia Distorce as Notícias). Logo, Goldberg foi tachado de “mentiroso”, “extremista de direita”. Uma das teses polêmicas de Goldberg se refere aos doentes da AIDS, cujos números foram escondidos para agradar ao lobby dos homossexuais e das minorias raciais dos EUA (negros e hispânicos), para acelerar as pesquisas de remédios. Por exemplo, dos aidéticos mostrados na TV, 6% eram gays, 16% eram negros e hispânicos e 2% eram drogados. Na verdade, 58% eram gays, 46% eram negros e hispânicos e 23% eram drogados (período estudado: 1992 a 1995). A Universidade de Oxford, nos EUA, lançou uma versão “politicamente correta” do Novo Testamento (Novo Testamento e Salmos: uma versão não excludente), onde há alterações, como: “A expressão Deus Pai passa a ser Deus Pai e Mãe; a oração Pai-Nosso recebe o nome de Pai e Mãe Nossos; foi excluído o termo ‘escuridão’ como sinônimo do mal por Ter conotação racista; eliminaram-se as acusações de que os judeus mataram Jesus Cristo; as mulheres deixam de ser ‘sujeitas’ aos maridos e passam a ser ‘compromissadas’; as crianças devem ‘prestar atenção aos pais’, não ‘obedecê-los’” (“Deus Pai e Mãe”, in revista Istoé, 06/09/1995). “Em qualquer país, preconceitos e maneiras ofensivas de pensar ficam entranhados na linguagem e nas instituições sem às vezes nos darmos conta disso. O legado mais positivo do politicamente correto foi chamar atenção para esse fato e nos tornar mais atentos para as situações em que ofendíamos inadvertidamente um grupo ou uma minoria. (...) No ambiente acadêmico, qualquer opinião deve passar pelo teste do debate, e ser mantida ou descartada por seus méritos, não porque alguém disse que ela é aceitável ou inaceitável a priori. O politicamente correto tentou estabelecer códigos do que era apropriado pensar e dizer e, nesse sentido, foi muito nefasto” (Lawrence Summers, reitor da Universidade de Harvard, entrevista a Veja, 31/03/2004, pg. 14). “O politicamente correto consiste na observação da sociedade e da história em termos maniqueístas. O politicamente correto representa o bem e o politicamente incorreto representa o mal. O sumo bem consiste em buscar as opções e a tolerância nos demais, a menos que as opções do outro não sejam politicamente incorretas; o sumo mal encontra-se nos dados que precederiam à opção, quer sejam estes de caráter étnico, histórico, social, moral e sexual, e inclusive nos avatares humanos. O politicamente correto não atende à igualdade de oportunidade alguma no ponto de partida, senão, ao igualitarismo nos resultados no ponto de chegada” (Entrevista de Vladimir Volkoff a Marc Vittelio - site Mídia Sem Máscara, de 27/04/2004). “O típico intelectual exasperado de hoje defende sistematicamente reivindicações contraditórias: liberação do aborto e repressão ao assédio sexual, moralismo político e imoralismo erótico, liberação das drogas e proibição dos cigarros, destruição das religiões tradicionais e defesa das culturas pré-modernas, democracia direta e controle estatal da posse de armas, liberdade irrestrita para o cidadão e maior intervenção do Estado na conduta privada, antirracismo e defesa de ‘identidades culturais’ sustentadas na separação das raças, e assim por diante” (CARVALHO, 2000: 90-91). Por pressão de grupos LGBT, MPF e Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, do MJ, o STF vetou em 2015 as palavras “homossexual” e “pederastia” no Código Penal Militar, que em seu art. 235 tratava aquela prática como crime. Leia “Politicamente correto”, da Juíza Marli Nogueira, do TRT da 10ª Região, Brasília, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/politicamente-correto-o-que-e-de-onde.html. Leia, ainda, “Análise da Cartilha Politicamente Correta & Direitos Humanos”, de Mariana Rozadas Chaves de Souza, em https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/1844/1/MSOUZA.pdf.

Polonetas - Prejuízo de mais de seis bilhões de dólares, referente ao dinheiro emprestado à Polônia, Romênia e Iugoslávia pelos “barbudinhos do Itamaraty”, durante o governo Geisel, e nunca recuperado. Durante o governo do sucessor de FHC, tivemos as “cubanetas” e as “venezueletas”, dinheiro “emprestado” para os compadres do Foro de São Paulo, Fidel Castro e Hugo Chávez, que jamais será devolvido.

POLOP - Organização Revolucionária Marxista Política Operária: teve entre seus quadros Nilmário Miranda, integrante do naipe de espadas vingadoras da “Comissão dos Desaparecidos Políticos” - grupo revanchista criado no 1º Governo FHC, que deu início às indenizações a parentes de terroristas, como Lamarca e Marighella - verdadeiro assalto ao erário. Por sua obra pecuniária, o petista deveria ser chamado de “Numerário Miranda”. Outros intelectuais da POLOP foram: Dilma Vana Rousseff Linhares (“Estela”), Érico Izackes Sachs (“Ernesto Martins”), Éder Simão Sader (“Raul Villa”), Rui Mauro de Araújo Marini e Teotônio dos Santos. A POLOP era considerada radical até mesmo por Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas. Da POLOP surgiram o Partido Operário Comunista (POC) e o Comando de Libertação Nacional (COLINA). O COLINA foi criado em 1968 e tinha entre seus líderes Ângelo Pezzuti, Carlos Alberto Soares de Freitas, Apolo Hering Lisboa, Herbert Eustáquio de Carvalho, Jorge Raimundo Nahas, Maria José de Carvalho Nahas, Inês Etienne Romeu e Dilma Rousseff. Membros da POLOP em São Paulo, junto com o MNR de Brizola, criaram a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) de Lamarca.

Pomgol - Pomochtch Golodaiuchtchim (Ajuda às Vítimas da Fome): Comissão do Estado que funcionou durante os anos críticos de 1921 a 1922, na Rússia, após a Revolução comunista. Em algumas regiões da Rússia, a fome era tanta que pais comiam seus próprios filhos, o que foi denunciado por Soljenítsin no livro “Arquipélago Gulag”. Talvez tenha surgido desse fato a expressão “comunista come criancinha”. Veja Gulag.

Ponerologia - Divisão da Teologia que lida com o mal. O livro “PONEROLOGIA - Psicopatas no Poder”, de Andrew Lobaczewski (1921-2007), trata da ação nefasta de governantes criminosos como Stálin, Mao, Pol Pot, Ho Chi Minh, Fidel Castro. Cfr. resenha de Anatoli Oliynik em http://anatollipovistliet.blogspot.com/2014/05/ponerologia-psicopatas-no-poder.html. No blog http://anatollipovistliet.blogspot.com/, “você encontrará indicações, análises e comentários de livros que revelam a face negra do comunismo e suas cortinas subjacentes”. Veja Comunismo.

Ponte aérea comunista - “Militantes” comunistas brasileiros iam a Paris, depois a Praga (Tchecoslováquia), onde eram feitos passaportes falsos para fazerem curso de guerrilha em Cuba, na China e na URSS.

Ponto Final - Reconciliação civil-militar chilena, ainda não totalmente efetuada, decorrente da tomada do poder pelos militares, em 11/09/1973, sob o comando do general Augusto Pinochet. O badernaço iniciado em 18/10/2019 no Chile, e que se estendeu até 07/03/2020, com ataques incendiários a prédios, metrôs, museus, universidades e igrejas, deixou pelo menos 40 mortos - cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestos_no_Chile_em_2019-2020. O vandalismo foi comemorado um ano depois no Chile, com incêndio de igrejas, provando que o anarquismo marxista é uma brasa dormida que pode virar fogueira em qualquer país latino-americano. Veja Cristofobia e Justicialismo.

População carente - No idioma de pau, pobre não é pobre, mas “carente”. Significa que a culpa dele estar naquela situação é sempre dos outros, nunca dele próprio. Mesmo que o carente em questão seja o maior vagabundo do planeta.

POR - Partido Obrero Revolucionario (Peru e Uruguai). O POR uruguaio apoia o CDR (Comité de Defensa a la Revolución Cubana), para o qual realiza viagens de “solidariedade” e recolhimento de material com destino a Cuba, para dar sobrevida à ditadura castrista - assim como fazem os petistas desde o primeiro governo de Lula. A rigor, desde FHC. É só consultar o Diário Oficial, especialmente de 1999 a 2002.

Pôr à lanterna - Durante a Revolução Francesa, “pôr à lanterna” significava “enforcar”.

Porco capitalista - Língua de pau inventada por uma porca comunista. Na ótica dos socialistas, os banqueiros, os industriais, os comerciantes, enfim, todos os capitalistas, não passam de porcos chauvinistas que exploram a miséria humana. Vejamos, num exemplo, o que faz um “porco capitalista”. Seu Manuel, o português dono da padaria da esquina, se levanta às 3 horas da manhã para fazer a primeira fornada de pães quentes do dia com seus empregados. Ele não se levanta cedo, nem trabalha como mula, “em benefício da sociedade”. Ele apenas trabalha para ganhar seu dinheirinho, dar mais conforto à sua família, poder comprar uma casa mais espaçosa, pagar a faculdade do filho, reservar um dinheiro para ver seus parentes em Trás os Montes, Portugal, a cada dois anos. Ele não se preocupa com a “injustiça social”, nem com a “miséria humana”. Quer apenas “crescer na vida”, objetivo que todo mundo persegue. Porém, com esse tipo de “individualismo chauvinista”, sem se preocupar com o Fome Zero, nem com outros chavões de pau, o “porco capitalista” dá trabalho a 5 empregados, que não teriam o que comer, nem suas famílias, caso não existisse a padaria de Seu Manoel na esquina. Nem você, porca comunista, teria seu pãozinho quente às 6:30 h da manhã, antes de ir passear na internet na repartição pública onde finge que trabalha. Teria que fazê-lo no forno em casa. E se levantar também de madrugada. Assim, num rápido exemplo, entende-se perfeitamente que os “porcos capitalistas” não são a desgraça de um país, pelo contrário, pagam impostos e criam empregos, que trazem benefícios não só a eles, mas também para toda a sociedade. As porcas comunistas, ao contrário, nada empreendem, nada arriscam, pouco trabalham no serviço público, apenas reclamam, recebendo salários cinco vezes mais polpudos que os da iniciativa privada - inclusive na aposentadoria.

Por que os piores chegam ao poder - Nome do capítulo 10 do livro “O Caminho da Servidão”, de Friedrich Hayek. “Trata-se da ideia de que os aspectos mais repelentes dos regimes totalitários se devem à casualidade histórica de esses regimes terem sido estabelecidos por canalhas e bandidos” (HAYEK, 1990: 134).

PORT - Partido Operário Revolucionário Trotskista: fundado em 1953 sob influência do argentino Homero Cristali, o “J. Posadas”, responsável pelo Bureau Latino-Americano da IV Internacional, fundada por Trotsky, no México, em 1938. O PORT era ligado às Ligas Camponesas, em Pernambuco, onde era governador Miguel Arraes. Veja Posadismo.

Posadismo - Doutrina elaborada pelo argentino Homero Cristalli, o J. Posadas, segundo a qual não devemos temer os alienígenas, porque “se os ETs dominam a tecnologia para viajar pelo espaço, é porque formam uma civilização mais avançada que a humana. E, se são intelectualmente superiores, então é óbvio e elementar que todos eles vivem num perfeito comunismo. A invasão alienígena, portanto, destruiria os Estados Unidos e levaria os habitantes da Terra a um socialismo perfeito não só entre nações, mas entre planetas e - por que não? - galáxias” (NARLOCH, 2013: 304).

POSDR - Partido Operário Social-Democrata Russo: fundado em 1898, esse partido teve uma cisão em 1903: a ala de esquerda, majoritária (Bolchevique), seguiu a orientação de Lênin; a outra, minoritária (Menchevique), seguiu a de Gueorgui Plekhanov. Em 1910, dividiu-se em Partido Bolchevique e Partido Menchevique.

Positivismo - “O positivismo de Comte deve ser visto como uma dessas filosofias abrangentes do século XIX que, como o utilitarismo na Inglaterra, sob Bentham e Mill, tentaram encontrar um substituto para a perda da fé religiosa e, ao mesmo tempo, fornecer uma nova religião para um novo tempo. O marxismo percorreria um caminho paralelo um pouco mais tarde” (KARL, 1995: 163). “O comtismo era para os descrentes que ainda desejavam manter o senso de ordem que dava o cristianismo, seus princípios de comportamento, sua moral e suas opiniões éticas. Oferecia moralidade e ordem sem Deus, certamente sem uma hierarquia religiosa e sem Igreja, pelo menos no começo. Era, além disso, racional, e negava uma vida futura. Encontramos fortes elementos positivistas em Eliot: a religião da humanidade; a negação de vida depois da morte; a reestruturação racional de uma sociedade na qual a religião vai definhando; a ênfase nas reformas sociais; a progressão da sociedade inicialmente teológica, passando a metafísica e finalmente científica, que insistia em observação empírica, hipóteses e experimentação” (idem, pg. 403). “Todos os nossos movimentos nacionalistas tiveram origem no exterior, tanto na política quanto na cultura. O pior é que essas ideias sempre chegaram meio deturpadas, meio transviadas. Como o positivismo, que em nenhum lugar do mundo foi levado muito a sério, mas que no Brasil virou religião” (Diogo Mainardi, in “A nossa bandeira”, Veja no. 1757, de 26/02/2002, pg. 127). “O papel do Estado na economia está diretamente vinculado à concepção das Forças Armadas e do governo brasileiro (a partir de 1930) sobre os entraves ao desenvolvimento e a forma de superá-los. Fortalecer o Executivo federal para a condição sine qua non para edificar o moderno Estado brasileiro. E o Positivismo, desde os anos 1880, tão presente no Exército nacional, no caudilhismo gaúcho e em Getúlio Vargas, deu à ação governamental a justificativa ideológica para as ditaduras modernizadoras (a do Estado Novo e a militar” (VILLA, 2014: 377).

Possibilidade de intercurso de classes - É quando a burguesada da União da Juventude Socialista (UJS) e genéricos se “irmana” com o “povo”.

Posso olhar o carro, tio? - Pergunta de pau que não denota a inocência do “menino carente” que o aborda no estacionamento público, pelo qual você já pagou o IPVA, o seguro contra roubo, as multas e o licenciamento do veículo. Claro, o “tio” pode ser substituído por “doutor”, “professor”, “patrão”, “mestre” e outros palavrões pau-ferro. A frase deveria sugerir o pedido de uma simples esmola, mas não é o que ocorre. A expressão de pau significa que se você não concordar em dar uma gorjeta ao “guardador de carro”, de preferência adiantado, você poderá ter uma bela surpresa na volta. Sorte sua se o carro estiver apenas arranhado, com os pneus furados ou sem o player. Ele poderá não ser mais encontrado no local onde foi estacionado, poderá ter ido para o desmanche na “Robauto”, a famigerada Feira de Acari (Rio de Janeiro), ou para a Feira do Rolo (Brasília) - ou ter “viajado” para o Paraguai ou a Bolívia. Aliás, o roubo é uma arte, ou melhor, uma ciência, como já sabia o Padre Manuel da Costa, suposto autor do bem-humorado livro “A Arte de Furtar”: “Con arte y con engaño, vivo la mitad del año; y con engaño y arte vivo la otra parte.”

Post Normal Science (PNS) – “Ciência Pós-Normal”, é a “Pós-Verdade” levada à ciência. Expressão de pau formulada por Jerry Ravetz e Silvio Funtowicz, no início dos anos 1990, na Leeds University, Inglaterra. O esquerdista Ravetz segue a linguagem da contracultura de Derrida, Foucault, Barthes, De Saussene e Chomsky. “A premissa está na mensagem: tudo que você acha que sabe, está errado; bem-vindo à nova ordem” (DELINGPOLE, 2012: 111).

Pós-Verdade“Mattew D’Ancona, jornalista político britânico, por meio de seu livro ‘Pós-verdade: a nova guerra contra os fatos em tempos de fake news’, nos oferece uma luz quanto a esta questão palpitante. Para o autor a pós-verdade seria uma reação da população em relação à classe política, aos meios de comunicações oficiais e à própria ciência, em que se faz prevalecer a emoção, as crenças e as ideologias sobre os fatos objetivos. O prefixo ‘pós’ significa que a verdade ficou para trás, ou seja, não interessa mais a sua busca. Assim, há a perda de nexo ou vínculo com o factual, porém isso não quer dizer que pós-verdade é uma simples mentira, mas sim uma escolha individual dentre várias informações daquela que mais aprouver ao indivíduo, segundo seu universo” (“Pós-Verdade: ‘A verdade ficou para trás, não interessa mais a sua busca’”, de Osório Silva Barbosa Sobrinho e outros - cfr. texto completo em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/pos-verdade-verdade-ficou-para-tras-nao.html). Há uma charge famosa de Shovel: “Verdade - Penso, logo existo; Pós-verdade - Acredito, logo estou certo”, que resume de forma magistral nossos tenebrosos tempos de anomia. Veja Anomia.

POUM - Partido Obrero de Unificación Marxista (Partido Operário de Unificação Marxista), Espanha: comunistas antistalinistas. Na Guerra Civil Espanhola (1936-39), integrantes do POUM e anarquistas foram massacrados por comunistas pró-Stálin. “Mais cedo ou mais tarde a Espanha teria de suportar uma guerra civil entre os da esquerda. Esta guerra explodiu em Barcelona, na primavera de 1937, com os comunistas combatendo o POUM e os anarquistas. O pretexto imediato, como na Guerra Civil total, foi o assassinato político de um comunista importante, Roldán Cortada, possivelmente por ‘uma patrulha de controle’ anarquista, e mais possivelmente ainda pelo agente Ernö Gerö, do Komintern. Ambos os lados tinham exércitos particulares, forças da polícia secreta, gangues de bandidos assassinos. O slogan do POUM era ‘Antes de renunciar à revolução, nós morreremos nas barricadas’. Os comunistas entoavam: ‘Antes de capturar Saragoza, nós temos que tomar Barcelona’. (...) Durante o resto do ano de 1937 e ao longo de 1938, vários milhares de membros do POUM e outros esquerdistas de diversas denominações foram executados ou torturados até a morte nas prisões comunistas. Incluía-se aí grande número de estrangeiros, tais como o ex-secretário de Trotsky, Erwin Wolff, o socialista austríaco Kurt Landau, o jornalista britânico ‘Bob” Smilie e um professor da Universidade John Hopkins, José Robles. Entre aqueles que conseguiram escapar estavam Orwell e Willy Brandt, o futuro chanceler alemão” (JOHNSON, 1994: 279-80). Orwell é o autor do livro “Nineteen Eighty-Four” (1984), em que o modelo de herói, Goldstein, preferiu morrer sob tortura a confessar crimes não cometidos (há um filme homônimo, “1984”). Os católicos também foram perseguidos pelos comunistas, que mataram 25% dos padres do país (o Papa João Paulo II beatificou 471 mártires). Veja Guerra Civil Espanhola.

Poupança fraterna - Projeto de Lei Complementar, apresentado na Câmara dos Deputados pelo petista Nazareno Fonteles, em 2004. Segundo o projeto pauleira, todo brasileiro teria um limite máximo de gastos mensais e tudo o que ultrapassasse esse valor seria depositado em uma “poupança fraterna”. A nova modalidade de confisco pode ser conhecida em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=202553&filename=PLP+137/2004.

PPPomar - Partido Popular Poder para a Maioria: lançado em 2001 no Rio de Janeiro pelo cantor de rap Mr. Catra (Wagner Domingues Costa) e MV Bill. Também chamado de “Partido dos Negros”.

PQR - Peronismo Que Resiste: formado por Montoneros dissidentes (Argentina).

Pragas do Egito - As 13 pragas do Egito, além das 10 citadas na Bíblia, são: jacinto aquático, que obstrui os canais de irrigação; colonialismo existente durante séculos (persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes, franceses e ingleses); socialismo à Gamal Abdel Nasser, que redundou em burocracia inchada e corrupta, que tolhe o desenvolvimento do país.

PRC - 1. Partido Revolucionário Comunista: Tarso Genro, prefeito, ministro e governador pelo PT do RS, foi um de seus integrantes. 2. Partido da Refundação Comunista (Itália): formado em 1994 por setores ortodoxos do antigo Partido Comunista Italiano (PCI), hoje transformado em PDS. O mesmo que Rifondazione Comunista (RC). Financia o jornal Liberazione.

PRD - 1. Partido Revolucionário Democrático (Panamá). 2. Partido de la Revolución Democrática (México): de centro-esquerda, o PRD foi fundado em 1989. Seu líder, Cuauhtémoc Cárdenas Solórzano, membro do Foro de São Paulo, foi candidato presidencial (derrotado) em 1988 e 1994, e eleito Prefeito da Cidade do México em 1998. 3. Partido Revolucionário Dominicano.

Preconceito - Preconceito é coisa que não existe. O que existe é conceito. Quando eu não aceito o conceito de alguém, qualifico-o de “preconceituoso”, tentando desmoralizá-lo. Olavo de Carvalho define bem essa palavra de pau: “Preconceito, caso alguém ignore, é opinião prévia a um exame racional. Na deterioração geral da língua, no entanto, a palavra tornou-se um estereótipo infamante que os mais preconceituosos usam para rotular qualquer conclusão adversa a seus preconceitos, à qual alguém tenha chegado após longo estudo e ponderação” (Olavo de Carvalho, in “Intelectuais orgânicos”, O Globo, 26/05/2001).

Preconceito linguístico - Nome do livro do linguista de pau Marcos Bagno, da Universidade de Brasília (UnB), que prega o ensino de uma “gramática diferenciada” nas escolas, como a famigerada “cartilha de erros” do MEC e seu “nós pega os peixe”. O estudo da linguagem popular ou sociolinguística é válido para um estudante de Letras, de Pedagogia ou de Sociologia, nunca para um aluno analfabeto, cujo dever primeiro da escola é ensinar o estudante a falar e escrever corretamente a Língua Portuguesa. Nem por nada que o Programa Internacional de Avaliação dos Alunos 2019 (Pisa), da OCDE, colocou o Brasil na 57ª. posição entre 65 países que fizeram o exame. Na França, o sociólogo Pierre Bourdieu, autor de “La Misère du Monde”, se destaca entre os linguistas de pau, os nouveaux maitres à penser: “O sociólogo deve recorrer a termos novos, protegidos, por serem novos, pelo menos relativamente, contra as projeções ingênuas de senso comum” (apud VERDÉS-LEROUX, 2004: 14). “Quando se quer que alguém que não seja profissional da palavra diga coisas (e não é raro que digam coisas extraordinárias, que os profissionais da palavra, com todo o tempo do mundo, jamais pensariam), o que faz falta é um trabalho de assistência à fala (...) eu diria que essa é a missão socrática em todo o seu esplendor” (idem, pg. 25). Em Homo Academicus, Bourdieu se supera: “O retorno reflexivo implicado na objetivação do próprio universo e o questionamento radical imposto pela ‘historicização’ de uma instituição socialmente reconhecida como fundada para reivindicar a objetividade e a universalidade para suas próprias objetivações” (idem, pg. 33). E no Brasil? “O opúsculo intitulado ‘Preconceito Linguístico’, da autoria do professor Marcos Bagno, pretende invalidar o que reputa oito mitos concernentes ao português no Brasil e proclama como forma pior de preconceito em termos de idioma, o conjunto de prescrições de que se constitui a gramática tradicional, que, segundo o seu autor, representa um instrumento ideológico de legitimização das classes dominantes no poder” (LACERDA NETO, 2004: 173). “Tudo vale, ensina o livro. Logo, valem todas as simplificações, as perdas das preposições, a abolição dos plurais (‘as duas máquina está parada’, ‘veio muitas pessoa’), a confusão dos tempos verbais, as gírias, o desleixo, a lei do menor esforço, a preguiça, os modismos, os estrangeirismos” (idem, pg. 174). “A tese em apreço revela já um traço permanente do livro: a sua completa indiferença pela instrução dos brasileiros. Afinal, se saber menos é tão meritório quanto saber mais, mal não há em que quem sabe menos, continue assim” (idem, pg. 175). “Lê-se na página 39: ‘Ora, não é a língua que tem armadilhas, mas sim a gramática normativa tradicional, que as inventa precisamente para justificar sua existência e para nos convencer de que ela é indispensável’” (idem, pg. 176). “Na página 124 depara o leitor a afirmação de que ‘a língua materna ... é adquirida pela criança desde o útero, é absorvida junto com o leite materno’” (idem, pg. 181). “Se alguém suspeitar de que com isto abriu-se o caminho à anarquia e aos guetos linguísticos, acertou em cheio: o professor Bagno confessa preferir a barbárie do cada um por si, ao regramento da norma culta” (idem, pg. 182). “Submetendo os professores os textos dos seus instruendos ao questionário sugerido em ‘Preconceito Linguístico’, eles não os estariam educando, nem lhes dando voz, nem encorajando-os a manifestarem-se, tampouco lhes reconhecendo o direito à palavra: estariam a instituir o ‘escolarmente correto’, o terrorismo pedagógico, a manipulação das mentes pela necessidade das boas notas” (idem, pg. 187). Os pensadores marxistas, ao insistirem na filosofia da miséria, criaram a miséria da filosofia. Leia “Preconceito Linguístico”, de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2013/10/normal-0-21-false-false-false_488.html.

Preferência sexual - Não existe preferência sexual, a não ser para os tarados. A expressão de pau é sinônimo de “opção sexual”, outra sandice pau mole inventada pelo movimento LGBT.

Prensa Latina - Organizada por Fidel Castro em 1960, como agência noticiosa do regime comunista cubano, era destinada a distribuir notícias de Cuba e de outros países latino-americanos para toda a América Latina. Na verdade, a Prensa Latina se tornou uma organização de coleta de notícias e informações secretas para o regime de Havana. As embaixadas e os consulados cubanos na América Latina foram transformados em centros de propaganda revolucionária, às vezes de subversão direta (em 1963, Castro enviou três toneladas de armas para tentar derrubar o presidente Rómulo Betancourt, da Venezuela). Gabriel García Márquez foi correspondente dessa Agência nos EUA. “A partir dos anos 1970, Gabriel García Márquez se dividiu entre o México, onde tinha uma casa, e Cuba, onde Fidel colocara à sua disposição uma ‘casa de protocolo’ com piscina, Mercedes-Benz, motorista, cozinheiro e tutti quanti, na rua 46 do bairro Playa” (SÁNCHEZ, 2014: 154). Veja Casas de protocolo.

Presidencialismo de transação - Expressão cunhada pelo historiador Marco Antonio Villa. “A estratégia de manter uma base heterodoxa e politicamente invertebrada, formada por 15 partidos, acaba gerando, a todo instante, crises de governabilidade, diversamente do que afirmam os defensores deste presidencialismo de transação. O país fica paralisado (e horrorizado, com razão) com as denúncias, e o debate político da conjuntura e do futuro do Brasil desaparece de cena. (...) Uma base tão ampla e sustentada só pela partilha da máquina do Estado acaba produzindo ineficiência administrativa, corrupção e perda (por falta de planejamento e quadros burocráticos capazes) de excelentes oportunidades, como os momentos de bonança da economia internacional, de 2003 a 2008, durante o governo Lula” (in “Presidencialismo de transação”, Folha de S. Paulo, 23/07/2011).

Prestupnaia Deiatelnost - (Russo) “Atividade Criminal”. Na Rússia comunista, qualquer atividade contra o Partido era considerada atividade criminal.

Priismo - Relativo ao Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México de 1946 a 2000. Refere-se à “ditadura” de um partido político, que se mantém longo tempo no poder.

Prima nocte - (Latim) “Primeira noite”: nobres ingleses possuíam as noivas escocesas na primeira noite nupcial, como visto no filme épico “Coração Valente” (1995), com produção, direção e atuação de Mel Gibson. O jus primae noctis (direito da primeira noite), também conhecido como “direito do senhor” ou “direito da pernada”, teria sido uma instituição durante a Idade Média, que permitia ao senhor feudal, no âmbito de seus domínios, desvirginizar uma noiva em sua noite de núpcias.

Primavera Árabe - Rebeliões árabes, ocorridas em 2011, na Argélia, no Marrocos, na Mauritânia, em Bahrein, na Jordânia, no Sudão, no Egito, na Líbia, na Síria, no Iêmen, contra os ditadores desses países. Em 2011, caíram os governos da Argélia, Egito e Iêmen. Porém, o da Síria, Bashar Al-Assad, mantém-se ainda firme no governo, com pelo menos 380.000 pessoas mortas em guerra civil (dados de 2020), depois de metade do país ser tomado pelo Estado Islâmico e outros grupos radicais. O receio é que, com a ascensão dos clérigos radicais na política, a Primavera Árabe se torne um longo e tenebroso inverno totalitário - como ocorreu no Egito, com a ascensão da Irmandade Muçulmana, já debelada por golpe militar. A revolta da rua árabe teve ressonância na Europa - futura Eurábia? -, especialmente na França, na Grã-Bretanha, na Alemanha, na Grécia, na Itália e na Espanha. Leia, de minha autoria, “O Facebook derrubou o faraó” - http://resistenciamilitar.blogspot.com/2011/02/o-facebook-derrubou-o-farao.html.

Primavera de Praga - Movimento de resistência pacífica contra a dominação imposta pela União Soviética na Tchecoslováquia, sob o governo reformista de Alexander Dubchek, líder do PC Tchecoslovaco. Em 1968, tanques soviéticos invadiram o país e sufocaram a “Primavera de Praga”. Vaclav Havel, que mais tarde se tornaria presidente da República Tcheca, foi um dos intelectuais daquele movimento. (Obs.: a invasão soviética na Hungria ocorreu em 1956.)

Primeiro Mundo - Expressão cunhada na década de 1950 pelo demógrafo francês Alfred Sauvy, engloba os ricos e tecnologicamente avançados países democráticos da Europa Ocidental, EUA, Canadá e Japão. O Segundo Mundo era composto pelos países comunistas e o Terceiro Mundo pelos países pobres ou em desenvolvimento. Atualmente, há o “Movimento Quarto Mundo”, que prega que grupos indígenas são os donos originais das reservas naturais por eles habitadas.

Princípio da Falsificação - O mesmo que princípio da falseabilidade ou falsificacionismo. Conceito filosófico proposto por Karl Popper. “O princípio proposto por Popper, em vez de buscar a verificação de experiências empíricas que confirmassem uma teoria, buscava fatos particulares que, depois de verificados, refutariam a hipótese. Assim, em vez de se preocupar em provar que uma teoria era verdadeira, ele se preocupava em provar que ela era falsa. Quando a teoria resiste à refutação pela experiência, pode ser considerada comprovada. Com o princípio da falseabilidade, Popper estabeleceu o momento da crítica de uma teoria como o ponto em que é possível considerá-la científica. As teorias que não oferecem possibilidade de serem refutadas por meio da experiência devem ser consideradas como mitos, não como ciência. Dizer que uma teoria científica deve ser falseável empiricamente significa dizer que uma teoria científica deve oferecer possibilidade de refutação - e, se refutadas, não devem ser consideradas” (in “O Princípio da Falseablidade e a noção de ciência de Karl Popper”, de Wigvan Pereira - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/o-principio-da-falseabilidade-e-nocao.html).

Princípio de Pareto - O mesmo que “Otimização de Pareto” ou “Regra 80/20”. Esse Princípio foi formulado pelo cientista político e economista Vilfredo Pareto, que deveu muito ao político e pensador italiano Gaetano Mosca. “Era de opinião de que uma economia atingia o máximo de eficiência somente quando era impossível melhorar a situação de um indivíduo sem prejudicar a de outro. Esse fenômeno - a ‘otimização de Pareto’ - só poderia acontecer quando a maior proporção da população (‘oitenta-vinte’) estivesse em má situação. Os oitenta seriam a maioria trivial, e os vinte, a minoria crítica. Essa visão de Pareto foi tão impopular quanto influente. Ele deve muito de sua má reputação à recusa dos seus críticos em compreender que, embora um amargo misantropo, era um pensador essencialmente descritivo, e não prescritivo. Ele teria sido bem mais proveitoso se seus críticos houvessem reconhecido que se referia às coisas como elas eram e não como deveriam ser. Sua reputação cresceu na época das suas primeiras profecias contra Marx, com cujas análises econômicas concordava, embora discordasse do sistema comunista. Achava que em qualquer sistema marxista as antigas e perversas elites seriam substituídas por novas elites igualmente perversas. Provou estar certo nos anos que se seguiram a 1917” (SEYMOR-SMITH, 2020: 562-563). Não é uma regra, mas pode-se dizer que no geral 80% do faturamento das empresas é resultante de 20% dos clientes; 80% das vendas são provenientes de 20% dos produtos; 80% das reclamações são feitas por 20% dos clientes; 80% das vendas se devem a 20% do time de vendas; 80% dos resultados se devem a 20% dos investimentos. Resumo do resumo: 20% dos empregados são os que carregam a empresa nas costas. Veja Sociedade de dois terços.

Princípio de reciprocidade - No Direito Internacional, a reciprocidade implica o direito mútuo de igualdade e respeito entre Estados Nacionais. Países cristãos não deveriam permitir que se construíssem mesquitas, já que templos religiosos que não sejam islâmicos não podem ser construídos em países islâmicos, especialmente na Arábia Saudita.

Princípio do desenvolvimento cíclico - Desenvolvido pelo historiador Oswald Spengler, nacionalista alemão. Segundo Spengler, “o mundo atual se encontra na etapa correspondente à da desagregação do sistema helenístico e à expansão do poderio romano, isto é, aos últimos dois séculos antes de Cristo. Essa etapa foi marcada por sangrentas guerras sociais e internacionais, com o declínio da República e a fundação do regime imperial por Sulla, Pompeu e César” (PENNA, 1967: 53). Apologista do “Estado absoluto”, Spengler ainda faz sucesso entre os marxistas, “que têm interesse em acreditar na ‘decadência’ do Ocidente ou que pretendem temer o ‘imperialismo’ e o ‘neocolonialismo’ ocidental - ao mesmo tempo que tudo esperam do imperialismo soviético ou chinês. O ódio aos Estados Unidos pode justificar-se, doutrinariamente, pela crença de que sejam os americanos os novos ‘imperialistas’ da fórmula spengleriana; ou então, em virtude de um fenômeno de conversão dialética, pode também relacionar-se com a convicção de que sejam os russos e os chineses os povos a quem, pela fatalidade das leis históricas, esteja prometido o império mundial. O paradoxo da propaganda da esquerda ‘anti-imperialista’ é que, de boa ou de má fé, aceita os postulados de Spengler, nos mesmos termos em que o fizeram os fascistas” (idem, pg. 55).

PRISM - Sistema de vigilância global da Agência de Segurança Nacional (NSA), dos EUA, criado em 2007 e tornado público em 2013 por meio do vazamento de documentos sigilosos divulgados por Edward Snowden, ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA. O PRISM é uma colaboração secreta da NSA com o FBI, a CIA e empresas de alta tecnologia. “A primeira a fornecer material ao PRISM foi a Microsoft. A data era 11 de setembro de 2007, seis anos após o 11 de Setembro. Em seguida, vieram Yahoo (março de 2008) e Google (janeiro de 2009). Depois Facebook (junho de 2009), PalTalk (dezembro de 2009), YouTube (setembro de 2010), Skype (fevereiro de 2011) e AOL (março de 2011). Por razões desconhecidas, a Apple resistiu por cinco anos. Foi a última grande empresa de tecnologia a se inscrever. Ela se juntou em outubro de 2012 - exatamente um ano após a morte de Jobs” (HARDING, 2014: 163-164). “Os Arquivos Snowden”, livro de 2014, de Edward Snowden, descrevem todo o episódio, inclusive o asilo recebido da Rússia. Há, ainda, o filme de Oliver Stone, “Snowden, herói ou traidor” (2016). Snowden é considerado por HARDING (2014) o “Philby” da era da internet - direto para Moscou. “Philby” é um dos “Cinco de Cambridge” (Cambridge Five), que espionava para a URSS. De “hacker ético” (ação defensiva, na CIA e na NSA), Snowden se tornou um “hacker antiético” (ação ofensiva contra seu próprio país). Pelo crime de vazamento de documentos sigilosos, Snowden responde a processo nos EUA. Em 2004, o Google tinha 106 milhões de buscas na internet por dia, o Yahoo! 74 milhões e MSN 32 milhões. Hoje, o Google monopoliza o serviço de busca, com cerca de 3,5 bilhões de buscas por dia (dados de 2019). Leia sobre o assunto em https://pt.wikipedia.org/wiki/PRISM_(programa_de_vigil%C3%A2ncia). Veja Cambridge Five.

Privataria tucana - Quando o PT privatiza empresas públicas, a ação é chamada de “concessão de serviços públicos”; se o PSDB privatiza empresas, a denominação petista é “privataria tucana”, título do livro chapa-branca de Amaury Ribeiro Jr.

Privilégio exorbitante - Expressão usada pelo ex-presidente francês Giscard d’Estaing, a respeito do dólar americano, usado como moeda internacional, porém emitido por um único país, e que desde os acordos de Bretton Woods até o ano de 1971 tinha paridade com o ouro - o que não existe mais.

PRN - Partido Revolucionário Nacional: fundado em 1929 por Plutarco Elías Calles (México). Partido precursor do PRI, existente desde 1946, no poder desde aquela data até 2000.

Processos de Cuba - Como nos “Processos de Moscou”, de Stalin, Fidel Castro livrou-se de líderes (comandantes de Sierra Maestra) que lhe faziam sombra. Camilo Cienfuegos desapareceu num dia de outubro de 1959 depois de retornar de avião de Havana; Huber Matos foi condenado a 20 anos de prisão; Che Guevara, suspeita-se, foi enviado para a Bolívia, onde encontrou a morte certa, para transformá-lo em herói (já havia sido enviado à África, onde sobreviveu); Victor Mora, em desacordo com a orientação comunista, foi preso em 1969, acusado de conspiração e fugiu depois de 9 anos preso, exilou-se em Miami e faleceu em 1993; Humberto Sori Marín, que chegou a ocupar o posto de ministro da Agricultura, foi acusado de traição em 18/04/1961, em plena batalha da Baía dos Porcos, foi fuzilado; Efigenio Ameijeiras, que teve três irmãos mortos nas lutas contra a ditadura de Batista, foi o primeiro chefe da Polícia Nacional Revolucionária em Havana; acusado de “sectarismo”, foi demitido no início dos anos 1960 e converteu-se em inspetor de canteiro de obras; o general Arnaldo Ochoa, defensor da “perestroika cubana”, foi fuzilado em 1989, acusado de se envolver no comércio internacional de drogas (na verdade, o regime cubano sempre esteve envolvido com comércio de drogas, e o assassinato de Ochoa serviu para dar uma resposta fajuta aos EUA); o chefe do serviço secreto cubano, Manuel Piñero, antigo instrutor de José Dirceu, morreu em estranho acidente de carro, em 11/03/1998.

Processos de Moscou - Violência stalinista, com o assassinato de opositores políticos, e de antigos aliados, como Zinoviev e Kamenev (fuzilados em 1936); Rykov (fuzilado em 1937); Bukharin (fuzilado em 1938); Trotsky (assassinado em 1940, no México); todos eles foram indicados por Lênin, com condições de substituí-lo, incluindo o nome de Stálin. “Se os acusados dos Processos de Moscou eram inocentes, tanto mais mereciam ser fuzilados pelo bem do socialismo” (Bertold Brecht, apud Olavo de Carvalho in “Língua dupla e estratégia”, jornal DC 02/02/2002).

PROCUP-PDLP - Partido Revolucionario Obrero Campesino Unión de Pueblo-Partido de los Pobres (México): organização clandestina de extrema-esquerda e atuação urbana, originado do movimento guerrilheiro do professor Lucio Cabañas, nos anos 1960/70. Com o apoio da Organização Camponesa da Serra do Sul (OCSS), do México, teria dado origem ao Exército Popular Revolucionário (EPR), surgido em 28/06/1996.

Procuraponga - Transgenia brasileira, é o acasalamento entre o procurador e o araponga. Trata-se de fauna nova, muito vistosa frente aos holofotes da mídia: são promotores e procuradores do Ministério Público (mais conhecido como “Petistério Público”), que fazem operações sherloquianas espetaculares contra políticos e empresários corruptos - mas apenas contra desafetos políticos. Um exemplo acabado de procuraponga era Luiz Francisco de Souza, antigo filiado ao PT, que grampeou sua própria fala com o senador ACM e depois divulgou o conteúdo para a imprensa (conversa sobre falsificação do painel eletrônico do Senado, que cassou o Senador Luiz Estêvão, do DF). Resultado das ações do procuraponga: os senadores ACM e José Roberto Arruda renunciaram a seus mandatos para escapar da cassação. Procurapongas também vazaram documentos secretos do Exército em Marabá, PA, em julho de 2001.

PROERD - Programa de Educação de Resistência às Drogas e à Violência: inspirado no modelo americano desenvolvido inicialmente em Los Angeles pelo Departamento de Polícia da cidade, e que se espalhou por todos os Estados norte-americanos e por mais de 40 países. Chegou ao Brasil em 1992, por intermédio da PMRJ (extinto no Rio em 1995). O PROERD chegou em São Paulo em 1993 (PMSP), onde o Programa foi revigorado em 1998, com a criação da Divisão de Apoio à Resistência a Entorpecentes (DARE).

Profintern - Central sindical vermelha, da antiga URSS.

Programação Neurolinguística (PNL) - Elaborado sistema de pau para manipulação da psique, observado em muitas obras de “autoajuda”. O trabalho da PNL foi elaborado por dois pesquisadores, Richard Bandler e John Grinder, observando a prática clínica de um grande psicoterapeuta, Milton Erickson, que era paralítico e desenvolveu acuidade sensitiva fora do normal. “Posta no mercado, a técnica da PNL ameaça tornar-se uma temível ferramenta de manipulação pessoal e, nas mãos erradas, um perigoso instrumento de controle social” (Revista Science Digest, 1983). Obras sobre o assunto: Programação Neurolinguística, de Bandler e Grinder; Pensamento Positivo, de Dale Carnegie; Treinamento Autógeno, de Schulz; Silva Mind Control, de José Silva, e Psicocibernética, de Maxwell Maltz; Sofrologia, de Caycedo; Unlimited Power, de Anthony Robbins; no Brasil, as obras de Lair Ribeiro e assemelhadas. “Aqueles a quem os deuses querem destruir, eles primeiro enlouquecem” (CARVALHO, 2000: 78).

Programa de Desminado - Programa da OEA, para erradicação de minas antipessoal na Nicarágua, Honduras, Costa Rica e Guatemala; nesses países foram colocadas mais de 1 milhão de minas.

Programa Nacional de Desprecarização do Trabalho no Sistema Único de Saúde - Título de pau petista de um programa que procurava conhecer a situação de ilegalidade da maioria das contratações de agentes comunitários de saúde. O Programa lembra o antigo Ministério da Desburocratização, comandado por Hélio Beltrão. A intenção do governo petista era boa, porém o novo Programa “está afundando em seminários e conferências sobre o tema” (Correio Braziliense, 16/05/2004, pg. 18). Se Hélio Beltrão trabalhou como mula, porém acabou atolado nas montanhas de papéis burocráticos, os burocratas da Era Petista se afundam em reuniões que não acabam nunca - a maldição do assembleísmo, uma marca genuinamente petista.

Programa Nuclear Brasileiro - O histórico desse Programa pode ser visto no link a seguir, inclusive os Acordos feitos com a Alemanha e a China - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/programa-nuclear-brasileiro.html.

Programa Stargate - Espionagem mental desenvolvida pelos EUA, tinha como objetivo utilizar o trabalho de clarividentes para obtenção de segredos dos seus inimigos por meio da remote viewving (visão remota). Parceria da CIA  com o Instituto de Stanford, daria início  ao futuro Projeto Stargate, baseado na percepção extra-sensorial, ESP Program, monitorados pelos físicos  Russell Targ e Hal Putoff” (in “Visão Remota e o Programa Stargate da CIA”, de Hossanah - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/visao-remota-e-o-programa-stargate-da.html).

Programa T4 – Programa nazista de extermínio de recém-nascidos inválidos, o Aktion T4. Veja Morte piedosa.

Projeto de Lei para Esterilização dos Alienados - Proposto por Salvador Allende, em 1939, quando era ministro da Saúde do Chile, para esterilizar doentes mentais e alcoólatras: “Toda pessoa que sofra de uma enfermidade mental que, de acordo com conhecimentos médicos, possa transmitir a sua descendência, poderá ser esterilizada, em conformidade às disposições desta lei” (apud NARLOCH, 2011: 295). Aos 25 anos, ao escrever uma tese racista, Allende se aproxima de Lombroso e dos nazistas, ao afirmar que “a raça influi na delinquência” (idem, pg. 293) e caracterizar os judeus “por determinadas formas de delito: fraude, falsidade, calúnia e, sobretudo, a usura” (idem, pg. 294). Leia dossiê sobre Allende em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/dossie-salvador-allende-racismo-e-anti.html, incluindo resenha do livro de Victor Farías, “SALVADOR ALLENDE - Anti-semitismo e Eutanásia”.

Projeto Gilgamesh - Projeto que estuda a “amortalidade” do ser humano, ou seja, uma vida que poderá perdurar durante séculos. “Alguns pesquisadores sérios sugerem que, por volta de 2050, alguns humanos terão se tornado amortais (não imortais, porque ainda poderiam morrer em decorrência de algum acidente, mas amortais, o que significaria que, na ausência de um trauma fatal, suas vidas poderiam ser indefinidamente estendidas)” (HARARI, 2018: 364 - “Sapiens”). Esse Projeto deveria se chamar “Projeto Matusalém”. “A primeira pessoa a viver até 1000 anos já está entre nós e tem hoje por volta de 60 anos” (in “Vamos viver até os 1000 anos”, Revista Superinteressante, de 18/08/2017 - cfr. em https://super.abril.com.br/saude/quem-quer-viver-1-000-anos/). Segundo Yuval Noah Harari, autor de “Homo Deus”, a Declaração dos Direitos Humanos versa sobre “direito à vida”. Assim, ele afirma: “Por se constituir em uma clara violação desse direito, a morte é um crime contra a humanidade, e temos que travar uma guerra total contra ela” (HARARI, 2016: 31). Para que se preocupar com tal insanidade, se não conseguimos sequer enfrentar com rapidez as pandemias, como a Covid-19, que já matou mais de 3 milhões de pessoas em todo o mundo até meados de abril de 2021? Para que encher a Terra de Matusaléns, se a humanidade mata anualmente 55 milhões de nascituros, que não tiveram o mínimo “direito à vida”? Existem pelo menos 350 corpos congelados para serem “ressuscitados” no futuro, usando a técnica da criogenia, que é a conservação do corpo a baixíssima temperatura - cfr. em https://saude.abril.com.br/blog/tunel-do-tempo/existem-350-corpos-congelados-para-serem-ressuscitados-no-futuro/.

Projeto Político-Pedagógico - Espera-se que toda escola, pública ou privada, tenha um projeto pedagógico para oferecer a seus alunos. Por que a política teria que se insinuar na rede educativa? E que tipo de política seria essa? Expressão de pau implantada no Distrito Federal pelo governo Cristóvam Buarque, de 1994 a 1998, sua ressonância ainda é ouvida com frequência no Planalto Central. Repetida pelos miquinhos adestrados da esquerda, obviamente o projeto pedagógico só terá valor se for dirigido por uma política socialista. Vacine-se contra o HIV petista acessando www.escolasempartido.org.

Projeto Soldado Cidadão - Expressão pauleira criada pelo PT, para designar o preparo de conscritos para futura profissão. O soldado que não participa do projeto, mas tem instrução militar e tira serviço no quartel, não seria cidadão? Olavo Bilac, em 1916, tinha uma ideia confusa e utópica para as missões do que ele chamava “soldado-cidadão” do Brasil: “Quando o nosso Exército for verdadeiramente nacional, não haverá no Brasil classe militar. Não queremos ter no Brasil um Exército mercenário ou assoldadado, o que diminui o valor do soldado e da nação. Não queremos tampouco um exército propriamente profissional em toda a sua hierarquia, profissional desde o general até o soldado raso. Queremos um exército democrático de defesa nacional. Medo do militarismo? Mas quando todos os cidadãos forem soldados, ninguém terá medo dos soldados” (apud MORAES, 1991: 121).

Projeto Verdade e Memória - “O Projeto Verdade e Memória, da organização Arquivo Cuba, reúne dados de cubanos que foram perseguidos desde 10 de março de 1952, quando o ditador Fulgêncio Batista suspendeu os direitos políticos da ilha, até hoje. Segundo essa instituição, o argentino Ernesto Guevara de la Sierna se envolveu em pelo menos 144 mortes entre 1957 e 1959, período que compreende a guerrilha pela tomada de poder em Cuba e o primeiro ano de governo revolucionário. Entre as vítimas, há colegas do grupo guerrilheiro, policiais mortos na frente dos filhos, menores de idade e principalmente opositores políticos executados no presídio montado dentro do Forte de La Cabaña” (NARLOCH, 2011: 51-52).

Prole de Karl Radek, A - Um dos líderes da Revolução Russa de 1917, Karl Radek foi um “pioneiro da revolução sexual”, contra a “moral burguesa” e a favor do “amor livre”. Resultado: foi morto a pontapés pela prole que criou, num presídio para delinquentes juvenis.

Prontuário afetivo - Enfim, uma bela e muito útil langue de bois (língua de pau). “A médica reumatologista Isadora Jochims, de 35 anos, começou a trabalhar nos leitos de covid-19 apenas no último final de semana, mas em pouco tempo já foi uma das responsáveis por inovar no atendimento do Hospital Universitário de Brasília (HUB), no Distrito Federal. Para criar uma abordagem mais pessoal com os pacientes, a profissional criou o chamado ‘prontuário afetivo’, que em vez de listar atualizações de saúde dos internados, enumera alguns pontos de sua personalidade, como músicas e esportes favoritos” (in “Médica cria ‘prontuário afetivo’ e descreve gostos de pacientes com covid”, de Bruna Barbosa - cfr. em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2021/04/01/medica-cria-prontuario-afetivo-e-descreve-gostos-de-pacientes-com-covid.htm, acesso em 28/04/2021).

Propaganda subliminar - Técnica baseada nas descobertas de Otto Poezl, psicólogo austríaco, por atuar abaixo do limiar da consciência. Poezl “descobriu que estímulos visuais fraquíssimos, imperceptíveis à consciência, eram mais facilmente retidos na memória do que estímulos mais fortes. (...) Um publicitário, Hal C. Becker, verificou que a coisa funcionava também com estímulos auditivos. Enxertando na música ambiente de um supermercado uma voz debilíssima e imperceptível que repetia: ‘Sou honesto, não roubarei’, Becker diminuiu em 37 por cento a frequência de roubos cometidos por fregueses” (CARVALHO, 2000: 83-84).

Protocolo de Lusaka - Assinatura do Protocolo em Lusaka, Zâmbia, no dia 31/10/1994 (nível técnico) e 20/11/1994 (nível político), por representantes da UNITA e do MPLA. O Presidente José Eduardo dos Santos compareceu, Jonas Malheiro Savimbi (da UNITA), não. O Protocolo estabelecia: fim das hostilidades em toda Angola; aquartelamento de todas as Forças da UNITA, seguida de seleção e incorporação nas Forças Armadas de Angola (FAA); reserva de 430 lugares para a UNITA na Guarda Nacional Angolana e de 1.200 na Polícia de Choque; status especial para Savimbi; participação da UNITA em todos os níveis de Governo; um 2º turno das eleições presidenciais, suspenso em 1992. Veja MPLA e UNITA.

Protocolo de Montreal - Assinado em 1987, marcou para 2010 o fim da produção mundial de Clorofluorcarbono (CFC), seguindo recomendação da ONU. O Brasil proibiu a importação de CFC desde 2007.

Protocolos dos Sábios de Sião, Os - Obra-prima da desinformação, “Os Protocolos” ainda fazem muito sucesso entre antissemitas e islâmicos. “Os séculos XIX e XX podem ser definidos como aqueles em que as atividades antissemitas mais se aprofundaram. Dois episódios se avultam: a acusação de traição de um judeu, no caso o capitão Dreyfus, na França, que notabilizou Émile Zola em Eu acuso, condenado, em seguida, em 14 de outubro de 1894, por um tribunal militar, e posteriormente inocentado, após o cumprimento de parte da pena em Caiena, na Guiana Francesa; e a publicação na Rússia, em 26 de agosto de 1897, no jornal Znamia dos chamados Protocolos dos Sábios de Sião, que seriam uma obra composta por judeus para ‘dominar o mundo e aniquilar a cristandade’ e na qual os seus ideólogos, supostamente, organizam a derrubada da monarquia cristã da Alemanha e a ruína da aristocracia russa, preparando-se para reinar sobre o mundo e para reduzir os não judeus à condição de escravos. Essa publicação foi intensamente explorada em todo o mundo. Em 1921, especialmente por uma carta de um leitor turco remetida ao jornal inglês Times, que declarava a obra autêntica, descobriu-se que tinha sido escrita por um emigrado russo em Paris, Pierre Ratchovsky, colaborador da polícia czarista, que por sua vez havia plagiado um panfleto francês, editado em Bruxelas em 1864, por Maurice Joly, esse, sim, redigido contra Napoleão III, em que, em nenhum momento, menciona algo sobre judeu. Desmascarada a grande farsa, ninguém pôde mais refrear o grande desastre causado! Com esse cenário e diante de todo um quadro peculiar da época, chega-se a 30 de janeiro de 1933, em que von Papen, achando possível controlar o futuro Führer, sugeriu ao presidente Hindenburg que nomeasse Hitler para o cargo de chanceler alemão. Foi o princípio do fim” (Maurício Corrêa, ex-ministro do STF, in “Judeu, Racismo e o Rosh Hashaná”, Correio Braziliense, 19/09/2004). Durante a ditadura getulista, que flertou com o nazismo, “Os Protocolos” faziam muito sucesso, inclusive entre militares, em edições lançadas por Gustavo Barroso (no período de 1917 a 1936). Para grupos terroristas islâmicos, como o Hamás, “Os Protocolos” são o livro mais importante depois do Corão.

PSF - Popular Struggle Front (Frente de Luta Popular): grupo terrorista radical palestino, antigamente envolvido com a Frente de Salvação Nacional Palestina, dirigida pela Síria. Chefiada pelo Dr. Samir Ghosheh. Incorporou-se à OLP em setembro de 1991.

PSG - Peru Support Group: com sede em Londres, era um grupo de apoio ao Sendero Luminoso (SL), grupo terrorista do Peru. Faziam parte o Presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento e religiosos jesuítas britânicos. Comprova-se, mais uma vez, que Londres é a maior incubadora de grupos terroristas do mundo. Ou foi, até os atentados terroristas islâmicos ocorridos naquela cidade em 07/07/2005, que atingiram o transporte público (metrô e ônibus), com saldo de 52 mortes e cerca de 700 feridos. O brasileiro Jean Charles de Menezes foi morto pela Scotland Yard dentro de um trem, em 22/07/2005, ao ser confundido com Hamdi Adus Isaac (“Hussain Osman”), suspeito de tentar realizar um atentado a bomba no metrô no dia anterior. Em 2009, foi lançado o filme “Jean Charles”, dirigido por Henrique Goldman e protagonizado por Selton Mello.

Psicologia das multidões - Livro do psicólogo francês Gustave Le Bon, publicado em 1895. “De acordo com sua teoria, em uma multidão, o senso de universalidade de comportamento e o enfraquecimento de responsabilidade individual influenciam fortemente o comportamento coletivo emergente à medida que o número de pessoas no grupo cresce. Por isso, este campo abrange não apenas o estudo do comportamento individual de membros em uma multidão, mas também o comportamento da multidão como uma entidade única” - cfr. https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_das_multid%C3%B5es. Veja Teoria do Contágio.

PSR - Partido Socialista Revolucionário: fundado em 1900 (Rússia) a partir de vários grupos populistas, cindiu-se, no Primeiro Congresso, em dezembro de 1905, em duas alas: a da direita, opondo-se ao terrorismo, e a da esquerda, que o apoiava. Os socialistas revolucionários (SR) desempenharam um papel-chave no governo provisório; a ala esquerda cooperou durante curto tempo com os bolcheviques depois da Revolução de 1917.

PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado: originou-se de uma dissidência do PT.

PT - Partido dos Trabalhadores. “Tudo o que é bom para o PT é ruim para o Brasil” (AZEVEDO, 2008: 11). O Partido dos Trabalhadores nasceu em 1979 com o apoio do movimento sindical do ABC paulista e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), com as bênçãos de Dom Paulo Evaristo Arns. Formado também por indivíduos que haviam sobrevivido à repressão, ligados a AMPL, VAR, POC, ALN, CS, PCBR, MEP, MR-8 e outros. Tem perfil socialista e é dividido em diversas tendências internas, sendo as principais: 1) Articulação, de Luís Inácio Lula da Silva, Olívio Dutra, José Dirceu e Eduardo Suplicy, reúne sindicalistas históricos e socialdemocratas, padres e leigos da Igreja “progressista” e comunistas do PCB e do PC do B; votou a favor do Projeto Final e da assinatura da Constituição de 1988; 2) Nova Esquerda, de José Genoíno e Tarso Genro, intelectuais revolucionários marxistas-leninistas-maoístas que, dissidentes do PC do B, se haviam organizado no Partido Revolucionário Comunista (PRC); votou contra o Projeto Final mas a favor da assinatura da Constituição; 3) Democracia Socialista, organização trotskista vinculada à Quarta Internacional Comunista, da qual fazem parte Raul Pont, Miguel Rossetto, Paulo Torelly, João Verle e o ex-comandante da Brigada Militar (RS), Roberto Ludwig; é a tendência mais coerentemente revolucionária do PT, opôs-se ao Projeto Final e à assinatura da Constituição. O MST está para o PT assim como o ETA estava para o Partido Nacionalista Basco (PNB); o MST tem a vantagem, em relação ao ETA, de promover seus atos terroristas à luz do dia, com sua “guerrilha desarmada”, nas invasões de terras, com o apoio pecuniário escancarado do Poder Central, durante os governos tucano e petista. “É um erro confundir o petismo com o PT. O petismo é muito mais danoso e muito mais antigo que o PT. Há pelo menos sete décadas ele atrofia o pensamento nacional. Há pelo menos sete décadas ele condena o país ao atraso. É preciso erradicar o petismo das cartilhas escolares, do comércio agrícola, da pesca submarina, da Fiesp, da Febraban, do PSDB” (MAINARDI, 2007: 41-42). “O pior deles é o Lula... típico mel na boca e bílis no coração... abraça sorrindo e esfaqueia pelas costas!” (Heloísa Helena, apud MAINARDI, 2007: 86). O PT não é como colesterol. Não tem uma versão HDL” (AZEVEDO, 2008: 108).

PTBR - Partido Trabalhista Brasileiro Revolucionário.

PTbulls - Uma tropa de choque de Lula, ameaçado por impeachment devido ao mensalão, realizou quebra-quebra no Congresso Nacional, em 2006, sob comando de Bruno Costa de Albuquerque Maranhão, líder do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST).

PTpol - Trocadilho entre “Interpol” e “polícia do PT”, criado pelo senador Esperidião Amin durante a “CPI dos Anões do Congresso”, em 1993. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu, deputado petista, apresentava documentos que só um espião poderia fazer - aliás, José “Daniel” Dirceu, então Presidente do PT, é especialista em Informações, Contrainformação, Estratégia e Segurança Militar, com treinamento em Cuba, e fez parte do MOLIPO, grupo terrorista criado pelo Serviço Secreto cubano. E ainda recebeu boa indenização por conta da traição ao País, entregue por Nilmário (seria “Numerário”?) Miranda. O serviço sujo do PTPol foi fundamental para o impeachment de Fernando Collor de Mello. Em 2012, foi instaurada pelos petistas a “CPI do Cachoeira”, um esquema ilegal que teria movimentado R$ 84 bilhões em 10 anos. O objetivo era atingir o senador Demóstenes Torres (que foi cassado) e o governador de Goiás, Marconi Perillo. Como durante a CPI apareceram nomes como Sérgio Cabral, governador do Rio pelo PMDB (da “base alugada” do PT), e Agnelo Queiroz, governador petista do DF - além de denúncias envolvendo a empresa Delta, principal tocadora de obras do PAC lulano-dilmista (Dilma Rousseff recebeu mais de R$ 1 milhão da empresa durante a campanha presidencial, em 2010), a Comissão foi encerrada sem maiores explicações. O mesmo já havia ocorrido com a CPI do Banestado, em 2003, em que políticos do governo e oposição estavam envolvidos num esquema de remessa ilegal de divisas para o exterior, por meio de contas CC5 do Banco do Estado do Paraná, num total de mais de 80 bilhões de dólares, segundo estimativas da Operação Macuco, realizada pela PF. “Ninguém duvida de que, sob o comando do Zé Dirceu, a CPI do Banestado montou um banco de dados sobre empresários, passando dos limites legais” (Tasso Jereissati, senador pelo PSDB-CE - apud “Veja Essa”, revista Veja no. 1869, de 01/09/2004, pg. 38).

PUA - Pacto de Unidade e Ação: surgiu em 1960, como sucessor do Comando Geral de Greve (CGG).

PUM - Partido Unificado Mariateguista (Peru): ligado ao Foro de São Paulo.

PUND - Partido de Unidad Nacional Democrática: radicado em Miami, EUA, é anticastrista. Em 25/04/1996, Humberto Real Suárez, de 26 anos, foi condenado à morte por ter participado do desembarque armado, em 15/10/94, perto de Caibarién, Cuba, e ter matado, na ocasião, um membro do Partido Comunista de Cuba. Outros seis detidos na mesma ocasião receberam penas de 30 anos de prisão (todos eram membros do PUND).

Punka Inti - “Sol vermelho”, na língua quéchua: grupo de tendência nacionalista, com raízes no movimento indígena equatoriano; designação, também, de Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso (Peru).

Punto Cero Guanabo - Campo de treinamento ultrassecreto, em Cuba. “Era ali, 25 quilômetros a leste de Havana, num território militar protegido por um portão comum, que o regime formava, treinava e aconselhava movimentos de guerrilha do mundo inteiro, e mesmo algumas organizações terroristas” (SÁNCHEZ, 2014: 88). “Ali, somente os instrutores, membros das tropas de choque, eram cubanos. Os recrutas vinham da Venezuela, da Colômbia, do Chile, da Nicarágua, enfim, de toda a América Latina e mesmo de outras partes do globo. Podemos estimar com sensatez que 90% dos líderes das guerrilhas latino-americanas passaram por Punto Cero de Guanabo. Quer pertencessem ao ELN, às FARC, ao M-19 (três organizações colombianas), ao Sendero Luminoso peruano, ao Movimento Revolucionário Túpac Amaru (MRTA, também do Peru), à Frente Patriótica Manuel Rodríguez (FPMR, Chile), à Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN, Nicarágua) ou à Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN, El Salvador), para eles Cuba era a Meca, e Punto Cero Guanabo, uma parada obrigatória” (idem, pg. 89). “A fim de garantir o anonimato dos participantes, os diferentes grupos eram divididos de maneira hermética em função da nacionalidade; moravam em grupos de quarenta ou cinquenta em setores distintos, almoçavam na cantina em horários desencontrados, iam ao campo de tiro em momentos diferentes do dia. Assim, os salvadorenhos nunca cruzavam com os colombianos, que nunca viam os árabes, e assim por diante” (idem, pg. 93). Além do marxismo, “os instrutores ensinavam a manejar armas de fogo e explosivos, além de cartografia, fotografia, falsificação de documentos, disfarce e mudança de aparência, roubo de identidade, criptografia de comunicações, técnicas básicas de espionagem e contraespionagem, ações terroristas, planejamento de raptos e sequestros de pessoas, sequestro de barcos e aviões, técnicas de interrogatório e tortura, logística e estratégia política” (idem, pg. 94). Punto Cero Guanabo também recebeu integrantes do ETA, do IRA, do Fatah de Yasser Arafat, da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) de Georges Habache, da Frente Polisário (pelo controle do Saara Ocidental) e terroristas VIP, como Carlos ou “Chacal” (codinome de Ilich Ramírez Sánchez), os irmãos Daniel e Humberto Ortega, Abimael Guzmán (líder do Sendero Luminoso) e até o Subcomandante Marcos, líder o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN, México). Veja Pinar del Río e Revolução Cubana.

Purificação étnica - O mesmo que limpeza étnica.

Puritanismo - Na formação dos EUA, houve algumas excentricidades do puritanismo levado ao extremo, como a lei que proibia o uso do tabaco. “Em data de 1649, assiste-se à criação, em Boston, de uma associação solene cuja finalidade é coibir o luxo mundano dos cabelos longos” (TOCQUEVILLE, 1998: 39). No entanto, foi o puritanismo, junto com o direito inviolável do cidadão, que produziu leis severas contra a marginalidade nos EUA, o que não ocorreu na Europa e na América Latina, onde há muita condescendência com o crime. “Na Europa, o criminoso é um desafortunado que luta muito para roubar a cabeça aos agentes do poder; a população assiste de certa maneira à luta. Na América, é ele um inimigo do gênero humano e tem contra si a humanidade inteira” (idem, pg. 80). Durante o processo que sofreu com a publicação de “Madame Bovary” (“ofensa à moral pública e religiosa”), perguntaram a Gustave Flaubert quem teria sido o modelo, tal a veracidade do personagem, ele respondeu: “Madame Bovary sou eu”. Publicado inicialmente em folhetim quinzenal, em 1856, foi transformado em livro no ano seguinte. Aos 15 anos, Flaubert se apaixonou por uma mulher casada, com filho, 15 anos mais velha que ele. Essa paixão acompanhou-o por toda a vida, inspirando obras como “Memórias de um Louco” (1838), “Novembro” (1842), “A Educação Sentimental” (1845) - além de “Madame Bobary”. Veja Stalinismo puritano.

Putsch - 1. Tentativa de golpe, como a Revolta de Munique (1923), na Alemanha. 2. Revolta Integralista, ocorrida no Brasil, em 1938.

Putsch de Kapp - Liderado pelo político nacionalista Wolfgang Kapp e o general da Reichswehr (Defesa do Reich), Walther von Lüttwitz, em 1920, foi realizado pelos Freikorps (Corpos Livres), provenientes dos Estados bálticos. O Putsch de Kapp afastou o governo de Berlim, levando-o para Stuttgart e colocou Kapp como Chanceler - apenas durante quatro dias. A observação deste Putsch teve influência na estratégia traçada por Hitler para a tomada do poder, como ele afirma em sua autobiografia Mein Kampf” (Minha Luta). A Reichswehr foi renomeada para Wehrmacht, em 1935.

Putzgruppe - (Alemão) “Tropa de choque” da “luta revolucionária”, de esquerda, atuante em Frankfurt, Alemanha, no início da década de 1970. Putz era sigla para “União Proletária para o Terror e a Destruição”, porém significava também “arruaça”, na gíria local. O Vice-Primeiro-Ministro alemão, Joschka Fischer, e Hans-Joachim Klein pertenceram ao Grupo. Fischer conviveu uns tempos com o líder da Revolta Estudantil de maio de 1968, Daniel Cohn-Bendit, em Paris. Fischer foi ainda acusado de ter vivido por alguns tempos com a terrorista Margrit Schiller, integrante da Roten Armee Fraktion (RAF) - Fração do Exército Vermelho.

PV - Partido Verde: na Alemanha, o Partido Verde originou-se do Partido Comunista Alemão.

PVP - Partido da Vitória do Povo (Uruguai): ligado ao Foro de São Paulo.

PZ - Preklonenie Piêred Západom (Veneração ao Ocidente): qualquer atração dos cidadãos russos pelo Ocidente - especialmente os EUA - era condenada pela Rússia comunista. 

 

Q

 

“Se a tolerância nasce da dúvida, que nos ensinem a duvidar de modelos e utopias, a recusar os profetas da salvação, os arautos de catástrofes” (Raymond Aron).

 

Qassam - Braço armado da Jihad Islâmica, tem suas bases na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, de onde promove atentados contra Israel.

QQPD - “Quilômetros e Quilômetros da Porra do Deserto”: brincadeira de pilotos aliados durante a Guerra do Golfo (1991), ao realizarem seus voos de ataque; o mesmo deve ter ocorrido na Guerra contra o Afeganistão (2001). Os britânicos, na Guerra do Golfo, utilizaram meio milhão de preservativos para cobrir os canos de fuzis, evitando a entrada da areia do deserto. Por que teriam levado tantos preservativos para um lugar onde só havia deserto, ou, no máximo, alguns camelos e cabritos?

Quarto Estado - Proletariado: doutrina marxista.

Queremismo - Em junho de 1945, o recém-criado Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) lançou um movimento, que ficou conhecido como “Queremismo”, que pedia a permanência do ditador Getúlio Vargas no poder. Porém, no dia 20/10/1945, Getúlio foi deposto pelos militares.

Questão Religiosa - Conflito que envolveu o Governo e a Igreja Católica no Brasil (1872-1875), especialmente nas posições de dois bispos, Dom Vital Maria Gonçalves de Oliveira e Dom Antônio de Macedo Costa. O desentendimento se deveu à expulsão dos maçons das irmandades da Igreja, enquanto o Governo defendia a maçonaria. Junto com a Questão Militar, a questão religiosa apressou o fim da Monarquia no Brasil. Em 1931, foi restabelecido o ensino religioso nas escolas públicas, além da admissão do voto feminino. Em 1934, foi fundada a Liga Eleitoral Católica e a incorporação de todos os seus postulados à nova Constituição, “reconciliação entre a Cultura - intelectual e política - e a Fé religiosa” (LIMA, 1969: 248). Nessa fase, foi fundada a Ação Católica (AC), que depois descambou para o esquerdismo e o terrorismo da Ação Popular (AP). Leia “DOM VITAL: A Questão Religiosa e a Crise Político-Institucional no Segundo Reinado”, de Rodrigo Dantas de Medeiros, em https://periodicos.ufpe.br/revistas/idealogando/article/download/238001/Medeiros%26Gileno ou https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/ciencias_sociais/5279.pdf.

Quiliasmo - Seitas milenaristas que têm a convicção de que a sociedade humana está irremediavelmente corrompida, que não pode ser melhorada e que deve ser destruída para apressar o “retorno” inevitável do reino de Deus, da perfeição e da justiça na Terra. Os Lollards eram inspirados em John Wiclef, na Inglaterra; os Anabatistas, em Tomás Munzer, na Turíngia; os Taboritas, em John Huss, na Boêmia.

Quilombos - Durante o Brasil colonial, os escravos negros se rebelavam contra a opressão dos brancos e formavam comunidades chamadas quilombos. O Quilombo de Palmares, fundado em 1639, no atual Estado de Alagoas, chegou a reunir mais de 30.000 habitantes, sob a direção de Zumbi. O Quilombo de Palmares sobreviveu por 65 anos e tinha sua subsistência baseada na agricultura e na criação de aves e suínos. Os quilombolas inauguraram a guerrilha no Brasil. Em 1687, o Governo contratou o sertanista paulista Domingos Jorge Velho para destruir os quilombos e resgatar os negros fugidos. Cercado e traído por Antônio Soares, seu homem de confiança, Zumbi foi assassinado no dia 20/11/1695 e sua cabeça enviada ao Recife, onde ficou exposta para servir de exemplo aos escravos que quisessem fugir. Os palmarinos que foram feitos prisioneiros foram vendidos para a Bahia ou deportados para Portugal; nenhum palmarino pôde continuar na capitania, conforme decreto do Governador. Hoje, Zumbi dos Palmares é considerado herói nacional e lembrado com um dia de feriado no Rio de Janeiro. O Observatório Quilombola criou o “Dossiê Anti-Quilombola”, onde há dois textos de minha autoria - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/dossie-anti-quilombola-por-observatorio.html. Leia, também, “Dossiê Quilombola”, de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/dossie-quilombola-por-felix-maier.html. Veja Antropólogos da Ação, Bantustões Brasileiros, Brasilistão, País dividido.

Quinta-coluna - Expressão criada durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) para designar os que, dentro de Madri, apoiavam as quatro colunas rebeldes que marchavam contra aquela cidade, sob a liderança do General Francisco Franco. O termo designa pessoa (estrangeira ou nacional) que atua sub-repticiamente num país em guerra ou em via de entrar em guerra com outro, preparando ajuda em caso de invasão ou fazendo espionagem ou propaganda subversiva.

Quinta-coluna vermelha - Inimigo interno, que subvertia a sociedade para destruí-la e entregá-la ao comunismo. Controlado pelo Kominform, a quinta-coluna vermelha nasceu em 1948, com o início da Guerra Fria. O comandante supremo foi Mikhail Suslov. Em abril de 1948, em reunião secreta no Kremlin, Stálin anunciava: “O melhor modo para garantirmos nosso sucesso será criar não apenas uma e sim duas redes de subversivos clandestinos, que funcionarão simultaneamente em todos os países do mundo capitalista. Os subversivos da primeira rede trabalharão inteiramente independentes da segunda. Em todos os países comunistas haverá uma rede de subversivos clandestinos composta de comunistas de confiança reconhecida que sejam naturais do país” (HUTTON, 1975: 27). “Os comunistas convencidos nos países capitalistas eram escolhidos para formar a quinta-coluna. Cortaram todos os laços que tinham com o partido e começaram vida nova. Tornaram-se religiosos fanáticos e passaram a fazer parte de todas as organizações de extrema direita onde faziam praça de suas convicções anticomunistas. E foi assim que nasceu a quinta-coluna” (idem, 29). “Trair o próprio país significa aniquilar uma parte muito íntima de si mesmo” (SALE, 2004: 15). E os bolcheniquins ainda têm a petulância de reclamar da Operação Condor, que foi criada pelos governos militares para combater os quintas-colunas da América Latina. Veja OLAS.

Quinta Internacional Comunista - Pode-se chamar de “V Internacional Comunista” o Fórum Social Mundial (FSM), cuja reunião anual ocorreu pela primeira vez em Porto Alegre, RS, durante o mês de janeiro de 2001. Foi promovido pelo Governo estadual e municipal do PT, ocasião em que predominou a doutrinação comunista como solução para fazer frente ao capitalismo e à globalização, com a participação de terroristas das FARC, do ETA e do IRA, que fizeram marchas de “oba-oba” a Cuba e à Coreia do Norte, com gritos de “morte aos EUA”, e que promoveram a destruição de uma plantação de soja da firma Monsanto em Não-me-Toque (que ironia!), RS. Veja Fórum Social Mundial. 

 

R

 

"Um dos nossos piores defeitos é acreditar que importamos todas as nossas misérias do estrangeiro, que os outros são sempre responsáveis por nossos problemas” (Mario Vargas Llosa).

 

Rabo de galo - “Cachaça” composta de álcool de farmácia com Biotônico Fontoura, consumida nos garimpos. Segundo os noticiários, Serra Pelada “era a maior concentração de trabalho desde a construção das pirâmides do Egito” (NOSSA, 2012: 280).

Raça - “Para Marx e Engels, a raça é muito importante. Esse último escreveu, em 1894, a um de seus correspondentes, W. Borgius: ‘Para nós, as condições econômicas determinam todos os fenômenos históricos, mas a raça é, ela mesma, um dado econômico’” (apud REVEL, 2001: 96-97). Em 1849, em artigo da revista Neue Rheinishche, dirigida por Marx, “Engels sugere fazer desaparecer, além dos húngaros, os sérvios e outros povos eslavos e em seguida, os bascos, os bretões e os escoceses” (idem, pg. 96). Em 1852, na mesma revista, “o próprio Marx se pergunta como podemos nos livrar ‘desses povinhos moribundos, os boêmios, os nativos da Caríntia [província da Áustria], os dálmatas etc.’” (idem, pg. 96). Veja Racismo.

Rachadinha - Neologismo que designa “rachar” o dinheiro, esquema criminoso generalizado entre políticos (senadores; deputados federais, estaduais e distritais; e vereadores), que “recuperam” parte dos salários pagos a seus “aspones”. O nome mais vistoso da “rachadinha” é o do senador Flávio Bolsonaro, filho do Presidente Jair Bolsonaro, que responde a processo referente a mandato como deputado estadual do Rio de Janeiro. Obviamente, a mídia bate com força no político por ser o filho do presidente, já que há “rachadonas” muito mais vistosas sendo investigadas, e nada se fala disso na mídia. Enquanto a dupla Flávio Bolsonaro-Fabrício Queiroz é suspeita de ter desviado R$ 1,2 milhão entre janeiro de 1916 e janeiro de 2017, o então presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), André Ceciliano, do PT, é suspeito de ter desviado R$ 49,3 milhões. Mas isso a mídia antifa não divulga. Cfr. a lista dos suspeitos em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/rachadinha-na-alerj-abrange-pt-e-outros.html.

Racismo - “Segundo o geneticista Craig Venter, o primeiro a descrever o genoma humano, ‘raça é um conceito social, não um conceito científico’” (KAMEL, 2009: 45). A Teoria popular das raças foi desenvolvida pelo filósofo Johann Gottfried Herder (1744-1803), que mais tarde foi transformada em várias teorias raciais e no conceito ariano de superioridade racial alemã de Hitler. O diplomata francês Joseph-Arthur, Conde de Gobineau, escreveu o Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1853-1855). Suas teorias sobre o ariano como raça pura levou ao antissemitismo nazista. Para Gobineau, a raça humana branca é superior à negra e à amarela, e na raça branca haveria ainda seres superiores, como os de sangue ariano, "raça pura descendente dos deuses", entre os quais não houve jamais mestiçagem. Gobineau “via a degeneração ocorrendo quando as pessoas se cansam e as sociedades não mais sustentam os valores outrora sustentados. Misturar sangue é uma fonte de degeneração, muito embora, paradoxalmente, Gobineau admitisse que isso também pode ser uma fonte de vigor” (BODANSKY, 2002: 134). Alfred Rosenberg foi o “filósofo” racial do movimento nazista. O sequenciamento do genoma humano provou que essa "ciência" da raça superior não tem fundamento genético, pois a análise do DNA mostra que negros, brancos, índios e asiáticos partilham 99,99% dos menos de 40.000 genes humanos (antes dos estudos do projeto genoma humano, o número de genes do homem era estimado entre 60 mil e 100 mil). Ou seja, não há “raças humanas”, pois não somos cães. O próprio “racismo” já não faz mais sentido, assim como “raça”, e deveriam ser sempre escritos entre aspas - cfr. textos sobre o assunto no link http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/biologos-alemaes-defendem-fim-do-termo.html. “O dia em que pararmos de nos preocupar com a consciência negra, amarela ou branca, e nos preocuparmos com a consciência humana, o racismo desaparecerá” (frase atribuída a Morgan Freeman, ator negro norte-americano). A Constituição brasileira preceitua que constitui objetivo fundamental “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (Art. 3º, IV). O Brasil faz parte da Convenção Internacional para Eliminação de Toda Forma de Discriminação Racial, de 07/03/1966, pelo qual se compromete a tomar “medidas diretas e positivas para eliminar todo estímulo à discriminação racial e eliminar toda ação racialmente discriminador” (Art. 4º da Convenção). Além disso, lei brasileira de 1989 estabelece de um a três anos de prisão e multa nos casos de “preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Há medicamentos do coração que são mais apropriados a negros do que a brancos, assim como perfumes, tendo em vista o pH do corpo, mais ácido do que alcalino em relação aos brancos, o que tem a ver com diferenças étnicas, jamais com “raças”. Atualmente, há muitos grupos “racistas”, tanto de supremacistas brancos, como de negros:

Supremacistas brancos (historicamente, famosos durante o nazismo na Alemanha e o Apartheid na África do Sul - além dos EUA):

- Ku Klux Klan (veja verbete);

- Igreja Mundial do Criador: igreja dos racistas da raça ariana, lutam contra judeus, negros e homossexuais; o símbolo é um “W” com uma coroa e uma auréola acima da letra;

- Heil Hitler: na saudação nazista, significava “Salve Hitler”; o “H” é a oitava letra do alfabeto (por isso o símbolo do movimento é “88”) e lembra o maior líder antijudaico da história;

- White Power (Poder Branco): a mão em forma de “A”, na linguagem do surdo-mudo, significa “ariano”; é usado como cumprimento pelos racistas;

- Hammerskin: o símbolo, dois martelos cruzados sobre uma engrenagem, representa os skinheads (cabeças raspadas) mais temidos do mundo;

- Supremacia Branca: o símbolo é o nº “14”, devido às 14 palavras da frase: “Devemos garantir a existência de nosso povo e o futuro das nossas crianças brancas”;

- Cruz Celta: o símbolo tem a cruz celta com as palavras WHITE PRIDE WORLD WIDE (Poder Branco no Mundo Inteiro); símbolo internacional utilizado por discriminadores de negros.

Supremacistas negros (incluindo supremacistas judeus e muçulmanos, além de separatistas):

- Nação do Islã, dos EUA; fundado em Detroit, Michigan, em 1930, por Wallace D. Fard Muhammad; é também movimento separatista.

- Israelite Church of God in Jesus Christ, com sede em Nova York;

- Israelite School of Universal Practical Knowledge (ISUPK), dos EUA; faz parte do movimento Black Hebrew Israelite; acusado de promover o ódio contra brancos e gays;

- A Nação de Javé, dos EUA, fundada por Yahweh ben Yahweh;

- United Nuwaubian Nation of Moors (Nação Unida dos Mouros Nuwaubian), dos EUA; para o grupo, os “brancos são demônios”;

- New Black Panther Party (Novo Partido Pantera Negra), fundado em Dallas em 1989, inspirou-se no Panteras Negras, atuante nos anos 1960-1970, criado por Al Haji Malik Al-Shabazz, popularmente conhecido por Malcolm-X, que defendia direitos civis dos negros via luta armada, ao contrário do pacifista Martin Luther King; separatista.

- Partido da Liberação dos Cavaleiros Negros, EUA; separatista.

- Knockout Game: jovens extremistas negros atacam pessoas aleatoriamente nas ruas dos EUA, principalmente estrangeiros.

O Southern Poverty Law Center - SPLC (Centro de Direito da Pobreza do Sul), especializado em defesa de direitos civis e conhecido por suas vitórias judiciais contra supremacistas brancos, possui uma lista das organizações supremacistas brancas e negras. Cfr. um texto do SPLC em https://www.splcenter.org/fighting-hate/intelligence-report/2008/racist-black-hebrew-israelites-becoming-more-militant.

No Brasil, existem os grupos racistas “Carecas do ABC” (São Paulo) e “Carecas do Brasil” (Bangu, Rio de Janeiro), que perseguem judeus, homossexuais e nordestinos.

Racismo negro - O “racismo negro” - se racismo houvesse - teve grande impulso com FHC, que na deliberação do Programa Nacional dos Direitos Humanos, criado em 1996, deu início à divisão do Brasil em um “país bicolor”: "Determinar ao IBGE a adoção do critério de se considerar os mulatos, os pardos e os pretos como integrantes do contingente de população negra". “O que a sociologia que dividiu o Brasil entre negros e brancos não percebe é que, ao fazer isso, chancelou a construção racista americana segundo a qual todo mundo que não é branco é negro. É usar de uma metodologia racista para analisar o racismo” (KAMEL, 2009: 23-24). Assim, os negros mestiços, ainda que tenham 50% de sangue europeu, passam a ser tratados como africanos puros. Com uma penada, FHC pretendeu acabar com uma instituição nacional, a “mulata”. “Com este jogo de conceitos, o censo, que apresentava 51,4% da população brasileira como sendo branca, 5,9% como negra e 42% como parda, com o advento da nova expressão fez com que a população negra passasse a constituir 47,9% dos brasileiros. Diante dos números acima, foi criado o slogan: ‘No Brasil a pobreza tem cor, e ela é negra’. A causa da pobreza dos negros seria um ‘racismo escondido’. O governo, em vez de combater a pobreza com os instrumentos clássicos de educação de qualidade, geração de emprego, fortalecimento da família e de valores morais, com amor ao trabalho e à poupança, vem criando uma série de programas de incitamento à revolta, resultando em invasões de propriedades e desrespeito às decisões judiciais” (BARRETTO, 2007: 11-12). O baiano Francisco Félix de Souza nasceu em 1771, filho de um português com uma escrava. Alforriado aos 17 anos, mudou-se para a terra dos seus ancestrais, na África. “Assim, em 1788, Francisco Félix de Souza desembarcou em Benin e, por ironia do destino, tornou-se um próspero traficante de escravos. Morreu aos 94 anos, teve 53 mulheres, oitenta filhos e 12.000 escravos, deixando aos herdeiros um fabuloso império de 120 milhões de dólares, em dinheiro de hoje” (Alexandre Oltramari, in “Pelas lentes da história”, revista Veja, 10/12/2003, pg. 115).

Radical - “Será assim um ‘radical’, quer dizer, alguém que quer subverter a sociedade ‘pela raiz’, quer arrancar a árvore frondosa da civilização para plantar a sua mudinha de cacto predileta” (José de Osvaldo de Meira Penna, in “O Dinossauro”, pg. 295).

Radicalização cumulativa - Processo sistêmico e sistemático da esquerda, para atingir o poder total. Para isso, a esquerda se vale de todos os meios disponíveis, seja pela modificação paulatina dos costumes da sociedade, seja pela modificação das leis, que criminalizam até a liberdade de expressão, riscando do linguajar palavras julgadas “ofensivas” pela alta sensibilidade esquerdista. Durante o Governo Lula, houve até uma cartilha sobre o assunto - cfr http://www.dhnet.org.br/dados/cartilhas/a_pdf_dht/cartilha_politicamente_correto.pdf. No Brasil, esse crescendo pode ser observado na linha do tempo: leis para beneficiar monetariamente familiares de “desaparecidos” políticos, um eufemismo para “terroristas mortos”, depois para beneficiar terroristas e simpatizantes da luta armada vivinhos da silva; aí aparecem os vários Planos Nacionais de Direitos Humanos, que visam principalmente atingir as Forças Armadas que combateram o terrorismo de esquerda; a agenda radical cumulativa continua com as várias expedições em busca dos “ossos de ouro” dos comunistas do PCdoB mortos na Guerrilha do Araguaia; e por fim desemboca na famigerada Comissão Nacional da Verdade, que glorificou os terroristas de esquerda e satanizou os antigos chefes militares, qualificando-os como “torturadores”. O objetivo final desses radicais é anular a Lei da Anistia, para que agentes de Segurança que combateram os terroristas sejam processados e presos, como a tentativa armada ilegalmente contra o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e outros militares. Mas não termina aí a radicalização esquerdista. Ela está em andamento, é permanente, até atingir todos seus objetivos. Essa radicalização segue com a Lei Maria da Penha e o feminicídio, duas jabuticabas, porque as leis deveriam valer para todos (haveria “machocídio” nesse raciocínio?), e o entendimento do STF sobre “homofobia”, uma extrapolação de suas prerrogativas, pois cabe apenas ao Congresso Nacional criar leis. A radicalização cumulativa se vale dos movimentos negro, feminista e gay, as tais “minorias” que já se tornaram maiorias absolutas na mídia - além dos movimentos ambientalistas e indigenistas -, para criar conflitos e dividir o País, usando suas milícias reais e virtuais, como BLM, Antifas, Sleeping Giants, elevando artificialmente a voltagem, como visto no caso de João Alberto Silveira Freitas, que foi morto num supermercado de Porto Alegre depois de discutir com funcionários desse mercado e dar um soco na cara de um segurança; prontamente, a Mídia Antifa qualificou o episódio como “crime de racismo”. No Governo Jair Bolsonaro, os partidos de esquerda correm toda hora para debaixo das togas dos ministros do STF, para barrar ações do Executivo Federal, e são prontamente atendidos, assim como a criminalização contra apoiadores de Bolsonaro, qualificados como “radicais de direita” que espalham fake news, muitos dos quais tiveram contas nas mídias sociais bloqueadas, foram presos e estão respondendo a processos na Justiça, por “atos antidemocráticos” - também com apoio total do STF aparelhado por tucanos e petistas (irmãos siameses), configurando verdadeiro golpe contra a democracia. Veja Espiral do silêncio e Cultura do cancelamento.

Rádio Tirana - Utilizada pelo PCdoB para transmitir mensagens para os guerrilheiros do Araguaia. “A rádio divulgava informações em português sobre a guerrilha repassadas por João Amazonas, no exílio. As transmissões subestimavam o poderio das Forças Armadas. Os militares suspeitavam que os padres de Conceição do Araguaia operavam equipamentos de transmissão” (NOSSA, 2012: 149-50). “Os religiosos da ala festiva da Igreja sempre estiveram metidos com os comunistas. No Araguaia, a transmissão via rádio para a Rádio Tirana da Albânia saía do convento dos padres de Conceição do Araguaia. A plotagem foi feita por triangulação-rádio e o EB solicitou do Ministério das Comunicações providências. Mandaram um Tenente QAO com Ofício e os padres mandaram-no de volta, continuando as transmissões. Meses depois, um elemento que tinha participado ativamente da rádio-localização, entrou no convento, retirou os cristais e as duas válvulas de potência, silenciando-a definitivamente, sob os protestos de Claudio Fonteles, que estava presente. E cuma é o nome dele? É o Cid, que está aí mesmo pra provar. Hoje, já são muito bem conhecidos os padres da ala festiva, sendo um dos mais importantes o bispo Evaristo Arns, cujas ligações com o rabino Sobel são conhecidas: o rabino larápio das gravatas forjou a versão da morte sob tortura do jornalista Herzog juntamente com o tal piedoso bispo. Estará o rabinato envolvido, ou foi fato isolado? O admirável povo judeu é frontalmente anticomunista e não iria cometer uma coisa destas. Já os católicos da ala-festiva, tipo Beto, Tito, Casaldáliga, etc. não sei não...” (Coronel Lício Maciel, in http://fotolog.terra.com.br/navprog:1084, acesso em 31/07/2012).

Raid de Nakha - “As dificuldades em obter provisões levaram-no [Maomé] a lançar o raid de Nakhla. Foi uma expedição de saque a que uma revelação divina atribuiu uma dimensão religiosa, a origem da jihad, cujo significado primitivo era ‘combate na senda de Deus contra si mesmo a fim de se aperfeiçoar’. Por extensão, passou a ser a ‘guerra santa contra os infiéis’” (BALTA, 2010: 20).

RAN - Resistência Armada Nacional: criada por Leonel Brizola no Uruguai, foi um dos vários fiascos do incendiário gaúcho. Veja Brizoleone, MNR e Operação Três Passos.

RAP - Rythm and Poetry (Ritmo e Poesia): música que teve origem na periferia de grandes cidades norte-americanas, especialmente em guetos de negros, muitas vezes pregando a violência. “RAP é uma forma de falar ou fazer música em que o R significa rima e ritmo, e o P, poesia - e em alguns casos política” (KELLNER, 2001: 230). “Nos últimos anos, houve debates acalorados dentro da comunidade negra e da mídia dominante após o suposto louvor à formação de gangues, à violência e às drogas por parte dos rappers” (idem, pg. 239). A respeito de Mr. Catra, disse o Secretário Estadual de Direitos Humanos do Rio, João Luiz Duboc Pinaud (que é seu primo): “É um rapaz muito inteligente e sensível”. Uma das músicas do “sensível” rapper, do CD pirata “Proibidão”, tocada com sucesso na Rádio Comunitária do Morro Azul, Jacarezinho, no Rio de Janeiro, dizia o seguinte:

“Cachorro (PM),

Se quer ganhar um dindim [dinheiro],

Vende o X-9 [delator] pra mim

O patrão [chefe do tráfico] tava preso,

Mas mandou avisar

Que a sua sentença nós vamos executar

E com bala HK [fuzil]”.

Ou:

“Cheiro de pneu queimado

Carburador furado

Um X-9 foi queimado”

Ou ainda:

“Não corre

Não treme,

Mete bala na PM”.

RAPP - Associação Russa de Escritores Proletários (URSS).

Rasputin - O monge Grigori Rasputin, morto em 31/12/1916, é o símbolo da corrupção e devassidão da corte russa durante o reinado de Nicolau II (1894-1917). Hoje, “Rasputin” é sinônimo de “eminência parda”, pessoa influente e sem escrúpulos junto a um governo. Durante o governo dos militares, Rasputin era Golbery do Couto e Silva (“o mago”, “o feiticeiro”, “o Bruxo”, “o satânico Dr. Go” - em analogia ao filme de 007 “O satânico Dr. No”); no início do governo do sucessor de FHC, o Rasputin era José Dirceu, que caiu no ostracismo depois das denúncias do mensalão petista, quando foi acusado de ser o chefe da quadrilha dos “40 ladrões”.

Ratoneras - “A ‘especialidade’ de Cabaña [prisão comunista cubana] eram as masmorras de reduzidas dimensões chamadas ratoneras (buracos de rato)” (COURTOIS, 2000: 780).

RC - Rifondazione Comunista (Refundação Comunista): facção ortodoxa, que não aceitou a transformação do Partido Comunista Italiano (PCI) para Partido Democrático de Esquerda (“Sinistra”) - PDS. O mesmo que PRC (Partido da Refundação Comunista).

RDA - República Democrática Alemã: antiga Alemanha Oriental, comunista.

RDX - Ciclotrimetilenotrinitroamina (ou Ciclonite ou Hexogênio): explosivo plástico primário, utilizado no Semtex.

Reação desproporcional - É como os árabes e a imprensa esquerdista se referem às ações militares de Israel para se defender dos ataques do Hamás e do Hizbollah. “Reparem que o pequeno detalhamento da expressão ‘reação desproporcional’ revela uma dimensão amoral, sem história e sem escolhas. (...) Não se trata de duas forças igualmente legitimadas pela história. (...) Uma luta para que o adversário desapareça: afinal, nega-lhe o essencial: o direito de existir; a outra vai para o confronto porque se nega, vejam só! a se comportar como um carneiro na hora fatal: gritar e morrer. (...) A acusação de ‘reação desproporcional’ é uma imoralidade e, vestindo o manto do humanismo, é um canto de celebração e de estetização da morte” (AZEVEDO, 2008: 112-113).

Reacionário - É como os socialistas chamam aqueles que não pautam por seus embustes e mentiras.

Realpolitik - (Alemão) “Política realista”, designa em geral a política que visa unicamente aos interesses nacionais ou próprios, sem distinção de meios para atingi-la. Assim, a política dos EUA com a China, com quem tem grandes interesses comerciais, devido a mais de um bilhão de consumidores em potencial, não é a mesma com Cuba, que tem população diminuta, embora ambos os países não tenham governos democráticos.

Rearmamento Moral - Organização internacionalista anticomunista da Guerra Fria, com sede nos EUA, liderada pelo Reverendo Sun Myung Moon. Poderosa no início da década de 1960, fornecia material de propaganda ao IPES, como filmes e panfletos. Veja IPES.

Rebanho - Na filosofia de Nietzsche, é o homem-massa. Pode ser tanto o homo sovieticus da guerra fria, quanto o homo globalisticus da sociedade moderna, dirigido por manipuladores do gosto e da verdade. O rebanho formado pela alcateia de hienas da extrema-esquerda gosta de classificar seus adversários de “gado”. Veja “Bolsonaro - Leão x Hienas” em https://www.youtube.com/watch?v=tGrukTfoPAg, o melhor vídeo de 2019, que merecia ter recebido o Globo de Ouro e o Oscar.

Rebeldes dos Cabelos Longos - Liderados em 1874 por Hung Hsiu-Chuan, seu Manifesto era baseado em uma interpretação radical do Cristianismo, exigindo o domínio total do Estado e fidelidade a uma única religião. Seu exército, recrutado entre camponeses, baseado no distante Kwangsi Oriental, ganhou popularidade pelos ataques aos coletores de impostos, enquanto respeitava os direitos da população local. Cerca de 20 milhões de rebeldes foram mortos, o que ocasionou posteriormente a derrubada da Dinastia Manchu.

Rebelião dos Sargentos de Brasília - Em fevereiro de 1963, cerca de 6.000 sargentos, cabos e soldados realizaram uma passeata em São Paulo, em apoio à posse de companheiros eleitos. O trabalho de arregimentação de praças foi facilitado desde 1959, com a campanha do marechal Henrique Teixeira Lott à Presidência. A doutrinação comunista, especialmente aos sargentos, era feita pelo ISEB. O subtenente Jelcy Rodrigues Correia, em discurso inflamado, afirmou: “... pegaremos em nossos instrumentos de trabalho e faremos as reformas, juntamente com o povo. Mas lembrem-se os senhores reacionários: o instrumento de trabalho dos militares é o fuzil” (ORVIL, pg.76).  Nas eleições de 1962, alguns subtenentes e sargentos se elegeram deputados, porém o TSE tornou-os inelegíveis após as eleições. Com a campanha de contestação promovida pelos comunistas, no dia 12/09/1963 houve a Rebelião dos Sargentos de Brasília (da Marinha e Força Aérea), liderada pelo sargento da Força Aérea, Antônio Prestes de Paula. Os rebelados apossaram-se sucessivamente do Ministério da Marinha, da Base Aérea, da Área Alfa (Companhia de Fuzileiros Navais), do Aeroporto civil, da Estação Rodoviária e da Rádio Nacional. Às 16 horas do mesmo dia, a rebelião foi debelada e documentos apreendidos revelaram o apoio da POLOP e do PCB (por meio do CGT) à rebelião. Leia sobre a Rebelião em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/revolta-dos-sargentos-em-brasilia.html.

Recursos não-contabilizados - É como Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, tentou definir o dinheiro extorquido de empresas públicas para pagar parlamentares, fato que ficou conhecido como mensalão.

Red Cocaine - “Cocaína Vermelha”. Joseph D. Douglass é autor do livro “Red Cocaine - The drugging of America and the West” (Cocaína Vermelha - A narcotização da América e do Ocidente), uma estratégia nefasta da China e da Rússia para fazer do Ocidente uma nação de zumbis - cfr. em https://portalconservador.com/livros/Joseph-Douglass-Red-Cocaine-The-Drugging-of-America-and-the-West.pdf. O general tcheco Jan Sejna contou a história das drogas na América Latina, iniciada pelos revolucionários comunistas. “Enquanto nossos irmãos do Rio de Janeiro não se conscientizarem de que são eles os verdadeiros cúmplices e vítimas do tráfico de drogas, o Estado continuará refém da violência financiada por eles” (Jorgevaldo Bispo, Salvador, BA, in “Cartas”, revista Veja no. 1850, 21/04/2004, pg. 26). Não é só a população do Rio que é sócia dos traficantes de drogas, mas o Brasil inteiro, cada vez mais próxima de uma Brazumbilândia. Veja Operação Drogas.

REDE - 1. Resistência Democrática ou Resistência Nacionalista Democrática e Popular: grupo terrorista formado em 1969 pelo ex-soldado do Exército, Eduardo Leite, o “Bacuri”, anteriormente pertencente à VPR. 2. Partido político Rede Sustentabilidade. Junto com outros partidos genéricos do PT, como o PSol, utiliza-se do STF para pressionar o Governo Jair Bolsonaro e implantar medidas que não consegue aprovar no Parlamento.

Rede Liliput - Rede italiana, ligada ao Fórum Mundial das Alternativas, presidida pelo padre Alex Zanotelli, figura ativa da “Teologia da Libertação”, espécie de Frei Betto daquele país. O nome “Liliput” e o estilo de atuação de tal “rede” faz referência à obra do escritor irlandês Jonathan Swift, em que uma multidão de anõezinhos conseguiu neutralizar o “gigante” Gulliver. Hoje, o gigante a ser acorrentado e destruído pelas esquerdas liliputianas é Tio Sam e o dito “neoliberalismo”. Anteriormente, com o Movimento Comunista Internacional (MCI), p. ex., a estrutura era hierárquica, em torno de um partido comunista do país, sob o comando supremo do PCUS. Hoje, a estratégia é horizontal, com milhares de organizações contestatórias espalhadas por todo o mundo, para combater o G-8, o FMI, a OMC, o Banco Mundial, o Fórum da Davos, o “neoliberalismo” e, principalmente, Tio “Gulliver” Sam. Vale dizer, o capitalismo. As táticas desenvolvidas pelas “redes liliputianas” mundiais da esquerda incluem congressos, como o Fórum Social Mundial, além de novos onagros comunistas, como o Foro de São Paulo. O ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, intelectual com participação importante no III FSM (2003) afirmou que tem entre seus objetivos “recuperar criticamente a expressão histórica e política da nova esquerda e do movimento operário e comunista em geral”, além de participar da atual tentativa de “refundação teórica do marxismo” (CubDest, 06/02/2003).

Reeducação revolucionária - Eufemismo cubano, a “reeducação revolucionária” era aplicada aos que pretendem deixar o país e tentar a vida no estrangeiro.

Refutações sofísticas - Em seus estudos, Aristóteles tratou da refutação, que pode ser real ou aparente. Às refutações aparentes ele chamou de “Refutações Sofísticas” (Sophistici Elenchi), já que o sofista é caraterizado como “aquele que ganha dinheiro com uma sabedoria que é aparente, mas não real”. Leia “Aristóteles e o paradoxo do mentiroso”, de Ricardo Santos, da Universidade de Évora, em http://documentos.domingosfaria.net/ricardo2.pdf.

Regina Gordilho, Caso - Regina Gordilho, simples dona de casa do Rio de Janeiro, teve um filho morto a pauladas pela polícia, em 17/03/1987. Em julgamento, os policiais militares foram absolvidos. Regina Gordilho foi usada politicamente pelo PDT, eleita vereadora em 1989 e conduzida à presidência da Câmara Municipal (“Gaiola de Ouro”). Sem conhecer a podridão e os conchavos políticos que lá imperavam, Regina investiu contra a fraude e a corrupção. Foi execrada pelos pares e destituída do posto presidencial pela maioria dos vereadores, em votação secreta, a despeito de uma liminar judicial que anulou tal procedimento. Em 1990, foi eleita deputada federal.

Regulamentação dos meios de comunicação - Eufemismo petista, é o mesmo que controle da imprensa e censura prévia. Franklin Martins, antigo terrorista do MR-8 envolvido no sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969, foi o principal mentor dessa monstruosidade durante o governo Lula.

Reinserção Social do Adolescente em Conflito com a Lei - Na teoria, trata-se da tentativa de reintegrar o marginal mirim à sociedade. Na prática, o marginal “de menor” apenas faz doutorado do crime nos presídios por onde passa.

Reivindicação impossível - Preceito de Jurgen Habermas, é a luta por normas idealísticas e impraticáveis, do tipo “outro mundo é possível” do Fórum Social Mundial.

Relativismo - “Marx, Freud, Einstein, todos transmitiram a mesma mensagem para a década de 20: o mundo não era o que parecia ser. Os sentidos, cujas percepções empíricas moldaram nossas ideias de tempo e distância, certo e errado, lei e justiça, e a natureza do comportamento do homem em sociedade, não eram confiáveis. Além disso, a análise marxista e freudiana se juntaram para minar, cada uma à sua maneira, o sentimento de responsabilidade pessoal e de dever para com o código da verdadeira moral, que era o centro da civilização europeia do século XIX” (JOHNSON, 1994: 9). Assassinatos de judeus, ciganos e populações do Leste europeu, realizados pelas SS de Hitler, incluíam expressões de pau como “tratamento especial”, “repovoamento”, “a linha geral”, “atos soberanos além do alcance do judiciário”, “envio para o Leste”. Os comunistas também têm seu relativismo moral: comunista não mata, “faz justiçamento”; a feroz ditadura comunista é batizada de “centralismo democrático” ou “governo popular e democrático”. Freud era exímio em criar neologismos relativistas: “o inconsciente”, “sexualidade infantil”, “complexo de Édipo”, “complexo de inferioridade”, “complexo de culpa”, o “ego”, o “id”, o “superego”, a “sublimação”, a “psicologia profunda”. Ideias destacadas, como a “interpretação sexual dos sonhos”, se tornaram conhecidas como o “ato falho freudiano”. O relativismo também afetou o aggiornamento (atualização) da Igreja Católica, durante o Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), presidido pelo Papa João XXIII, reconhecendo as outras religiões também como “verdadeiras”, o que implica tornar a Igreja Católica uma mera seita a mais; essa tese é válida para um sociólogo, um historiador, mas não para um teólogo católico. A Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM), realizada em Medellin, Colômbia, em 1968, com sua “opção preferencial pelos pobres”, estava infiltrada de tal forma pela esquerda que ela ditou praticamente todas as resoluções finais. A partir daí, surgiu a Teologia da Libertação, com os padres-guerrilheiros, a exemplo de Frei Betto. “Para educar, é preciso saber quem é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. A progressiva difusão de uma visão relativista desta coloca sérios problemas à educação, sobretudo à educação moral, prejudicando a sua extensão a nível universal. Cedendo a tal relativismo, ficam todos mais pobres” (Papa Bento XVI, encíclica Caritas in Veritate, n. 61, de 2009, que atualiza a encíclica Populorum Progressio, de 1967, publicada por Paulo VI).  Bento XVI, em seu livro “Jesus de Nazaré”, a respeito da reinterpretação secularista do conceito de “reino”, que contagiou setores da Igreja Católica após o Concílio Vaticano II, fala sobre as parlapatices utópicas desses novos tempos: “Reino significaria, simplesmente, um mundo em que reinam a paz, a justiça e a salvaguarda da Criação. (...) Mas, o mais importante é que, acima de tudo, destaca-se um aspecto: Deus desapareceu, quem atua agora é somente o homem. O respeito pelas ‘tradições’ religiosas é apenas aparente. A verdade, elas são consideradas como uma série de costumes que devem ser deixados às pessoas, ainda que, no fundo, não sirvam para nada. A fé, as religiões, são utilizadas para fins políticos” (apud CARRASCO, 2013: 61-62). Atualmente, o relativismo moral é visto principalmente na onda esquerdista de uma “Nova Era”, onde predomina a “novalíngua” do “politicamente correto”. Veja Revisionismo.

Relatório de Ação - A exemplo do “Boletim do Partido”, emitido por Moscou, Pequim também deu instruções a seus subversivos clandestinos para desencadear a revolução estudantil em todo o Ocidente - o que veio a ocorrer em 1968 -, conforme trata o “Relatório de Ação”, de fevereiro de 1967: “A ostensiva divergência política e as marchas de protesto desde muito são atividades estudantis no mundo capitalista. Os jovens são entusiastas e ciosos de seus direitos. Anseiam por ser ouvidos e exprimem seus sentimentos em voz alta. Nos últimos anos resolveram abandonar a razão, a ordem e a lei e recorrem à ação militante para mostrar seu descontentamento político. Se forem submetidos a um inteligente estímulo por chefes subversivos poderão chegar até à violência criminosa” (HUTTON, 1975: 111).

Relatório Figueiredo – Relatório de mais de 7.000 páginas produzido pelo procurador federal Jáder de Figueiredo Correia Neto, entre 1967 e 1968, a pedido do extinto Ministério do Interior. Trata da violência contra indígenas cometida por funcionários do antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão que antecedeu a Funai. Cfr. o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/relatorio-figueiredo-violencia-contra.html.

Religião da humanidade - Religião de pau proposta por Augusto Comte, criador do Positivismo. Para o guru dos novos tempos, todas as religiões do mundo devem ser apenas respeitadas pelo valor histórico na formação das sociedades, como algo antigo, anacrônico e meramente curioso. Assim como Fidel Castro, após a Revolução Cubana, respeitava, melhor dizendo, tolerava as velhinhas que todo domingo tinham a estranha mania de continuar indo à missa. Para o sistema de governo de Comte, que prega um governo forte, ao qual chamou de “ditadura” (no sentido do “pleno exercício da autoridade”), as religiões não devem ter nenhum tipo de presença nos órgãos e lugares públicos. Para os positivistas, a cruz deve ser retirada de órgãos públicos, a estátua do Cristo Redentor deve desaparecer do Corcovado e o Dia da Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, deve desaparecer do calendário festivo brasileiro. Querendo, na prática, acabar, ou pelo menos colocar no freezer todas as formas de religião, Comte acabou criando outra religião para si mesmo, uma “religião civil” com todas as características de uma religião tradicional, à qual chamou de “religião da humanidade”. A exemplo dos revolucionários franceses (1789-1799), até o calendário gregoriano foi abolido por Comte, para ser substituído pelo calendário positivista. Veja Positivismo.

Relógio da Pobreza - Inaugurado em 1995, durante a “Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social”, realizada em Copenhague, Dinamarca, para mostrar a rapidez do crescimento da pobreza no mundo.

Religião Civil - “Desde que o objetivo principal da ciência moderna tornou-se o medir e dominar o mundo antes que entendê-lo, pouco uso se podia fazer da Teologia, Filosofia e Lógica, os três modos de ordenar o conhecimento criado pela sabedoria clássica e medieval. No lugar delas foram entronizadas a História, a Ciência e a Tecnologia” (SILVA, 1985: 51-2). Assim, é anunciada a “morte de Deus” e, em seu lugar é entronizada a Deusa Natureza; o dogma iluminista evoca Epicuro, para quem o que importa é a boa vida na terra em vez da vida eterna após a morte. “A Revolução Russa, assim como a Francesa, tem seus dogmas, seus cerimoniais, seus santos. Seus dogmas são as teorias de Marx interpretadas por Lênin. Os dias que ela celebra são os grandes dias da Revolução. Seus santos são os heróis e mártires da fé comunista. Nas casas dos fiéis, os retratos de Lênin substituem os sagrados ícones da velha religião e todos os dias os humildes construtores da nova ordem fazem peregrinações à sua tumba como antes faziam a lugares sagrados” (idem, pg. 55). Segundo Hobbes, com a emergência do Estado moderno, aflora uma espécie de “teologia civil” em substituição à religião tradicional. “O ponto de partida hobbesiano é a afirmação de que só um avassalador medo da morte, que pode ser infligida a todos por todos, leva os homens a procurar segurança numa ordem comum, na qual a autoridade deve ser absoluta e individida para a plena coordenação do corpo social. Isto é Leviatã, a necessária força unificadora que torna possível a ordem coletiva, uma criação humana, uma máquina que como um deus mortal submete seu próprio criador. (...) Para Hobbes, religião e política são realidades inseparáveis. Religião, assim como o Estado, um produto do medo concernente às incertezas do futuro, tem como finalidade ‘fazer os homens mais aptos à obediência, às leis, à paz, à caridade e à sociedade civil’. Já as ‘religiões civis’ pagãs haviam sido senão parte da política, ensinando ‘os deveres que os reis terrestres reclamam de seus súditos’. Deste tipo foram as religiões de todos os fundadores de impérios, incluídos os de tradição judaico-cristã” (idem, pg. 60). Em suma, a imagem das “Duas Cidades” de Santo Agostinho (o sacro e o laico) é substituída por uma única cidade, a cidade do monstro Leviatã. “A vida é uma rosa que murcha no punho de aço do dogma” (George Moore, romancista). “O homem do século XX não é uma criatura a ser invejada. Antigamente, ele se acreditava criado pela centelha divina. Agora, perdida essa confiança orgulhosa, e contemplando sua história recente e seus problemas atuais, já não pode, como o Salmista, respeitar-se como estando ‘um pouco abaixo dos anjos’. Não se pode ver hoje, como fez Michelangelo no teto da capela Sistina, na calma e nobre imagem de Adão recebendo a centelha do dedo de Deus. Dominado pela incerteza quanto à finalidade humana e à finalidade divina, põe em dúvida sua capacidade do bem, e até mesmo de sobreviver. Perdeu a certeza, inclusive a certeza moral e ética, e restou-lhe um sentimento de falta de compromissos, de falta de finalidade e aversão a si mesmo, que a literatura naturalmente reflete” (TUCHMAN, 1995: 45).

Remédios étnicos - “Os remédios étnicos que tanto assombram Andre Petry em seu artigo ‘Remédio étnico é bom?’ (17 de novembro) são a natural consequência do fato de que realmente existem doenças que podem ser chamadas ‘étnicas’. A comunidade médica as conhece há muito tempo. No âmbito das doenças vasculares, por exemplo, todos conhecem a doença de Takayassu, mais comum nos povos orientais. Sabemos da predileção das varizes dos membros inferiores pelos brancos. Das doenças das artérias pequenas pelos negros. Da localização da doença obstrutiva carotídea nos caucasianos. Das muitas variedades de angeítes nos indianos. Há estudos especificamente relacionados com as diferenças quanto às doenças arterioscleróticas entre índios, hispânicos e brancos americanos. O fato é que as doenças étnicas existem. E negá-las é grave, pois acaba privando determinados grupos étnicos de tratamento adequado para suas doenças, por não terem sido feitas pesquisas adequadas acerca delas” (Professor-Doutor Bonno van Bellen, chefe do serviço de cirurgia vascular e angiologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo e livre-docente em moléstias vasculares periféricas pela Unicamp - São Paulo, SP, seção “Cartas” da revista Veja no. 1881, de 24/11/2004, pg. 31).

Renda Básica Universal - “Um modelo novo que atrai cada vez mais atenção é o da renda básica universal (RBU). A RBU propõe que os governos tributem os bilionários e as corporações que controlam os algoritmos e os robôs, e usem o dinheiro para prover cada pessoa com um generoso estipêndio que cubra suas necessidades básicas. Isso protegerá os pobres da perda de emprego e da exclusão econômica, enquanto protege os ricos da ira populista” (HARARI, 2018: 62 – “21 lições para o século 21”). Seria um Bolsa Família Universal? O erro de todo esquerdista, como Harari, é achar que tirando dinheiro dos bilionários vai-se resolver o problema da pobreza no mundo. As questões corretas a serem respondidas são: quantos empregos cria um bilionário? Quantos empregos irão desaparecer se esquartejarmos as empresas dos bilionários? Veja Algoritmo.

Renda Mínima - A lei 10.835, de 2004, proposta pelo senador Eduardo Suplicy e aprovada pelo Congresso Nacional, estabelece a “renda básica de cidadania”. A lei pauleira, que joga confetes para a plateia, não diz de onde virá o dinheiro para atender a lei, ou seja, que “todos os brasileiros e estrangeiros residentes há pelo menos cinco anos no país devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, saúde e educação”.

Renegade - Era o codinome de Barack Obama, criado pelo serviço secreto dos EUA, para proteção durante a campanha presidencial, em 2008, devido a inúmeras ameaças de morte.

República dos Bandidos - François Froger, engenheiro francês, autor do livro Relation d'un voyage de la mer du Sud, Detroit de Magellan, Bresil, Cayenne et les Isles Antilles”, em viagem ao Brasil no fim do século XVII, escreveu: “A cidade de São Paulo é tributária, não súdita do Rei de Portugal. Situada a 10 léguas da costa, teve como origem uma corja de bandidos de todas as nações, que pouco a pouco ali formou uma grande cidade e uma espécie de república cuja lei é, sobretudo, não reconhecer governador nenhum” (apud Simon Schartzman, in “Bases do Autoritarismo Brasileiro”). Tanto os jesuítas quanto os paulistas tinham em vista dominar os índios, mas com propósitos diferentes: os bandeirantes para escravizá-los e os jesuítas para criar colônias nativas autônomas, as missões, culminando na sangrenta guerra entre as missões jesuíticas, no Sul do Brasil, e os Bandeirantes, até a expulsão de todos os jesuítas do Brasil, em 1640. O Brasilistão, paraíso da impunidade, se tornou uma autêntica República dos Bandidos, para onde afluem criminosos de todos os cantos do mundo, como o fugitivo nazista (Josef Mengele), o inglês assaltante de trem-pagador (Ronald Biggs), terroristas das FARC (como o “padre” Olivério Medina) e, por último, o companheiro petista Cesare Battisti, terrorista do PAC. Até na ficção de Hollywood, diversos filmes contam histórias de assaltantes de banco que fogem para o Rio de Janeiro - Cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/rio-de-janeiro-e-refugio-para-ladroes-e.html. Veja Anomia.

República dos barbudinhos - Integrantes do Itamaraty, que faziam muito sucesso na Trilha Ho Chi Minh durante o governo petista, os quais têm como marca registrada a barba de Marx, o bigode de Stálin, o estilo de Fidel Castro e o sorriso de Pol Pot.

República Sindicalista - Sistema político que João Goulart sonhava implantar no Brasil, mas que foi abortado pela Contrarrevolução de 31/03/1964. O sonho de Jango foi realizado pelo sindicalista e sucessor de FHC, com seu “fascismo alegre”. Ainda bem que terminou com o impeachment de Dilma Rousseff, em 31/08/2016. Porém, o passado no Brasil é cada vez mais incerto, e um famoso ladravaz condenado por Sérgio Moro e inocentado pelo STF pode voltar.

Reserva de mercado - Durante o governo de Ernesto Geisel, foi fundada a Secretaria Especial de Informática (SEI), que tinha como objetivo criar o computador padrão para a Terra Brasilis, dentro da política nacionalista da “reserva de mercado”. A SEI, atuante durante o período de 1975 a 1992, colocou o Brasil em posição de destaque junto aos países defasados tecnologicamente. O que se viu foi uma vergonha sem fim: não foi criado nenhum computador, apenas se montou um tosco Frankenstein, recheado de peças contrabandeadas de Taiwan, da China, da Tailândia e da Malásia, só o gabinete era genuíno produto nacional. E o preço final era muitas vezes maior que o do produto similar estrangeiro. Batidas policiais eram feitas em escritórios pela Receita Federal e pelo SNI, para confiscar computadores importados - vale dizer, contrabandeados. O contrabando só era permitido se fosse federal: “Quando declararam que o Sisne 3.000, da brasileira Scopus, era funcionalmente equivalente ao DOS, da Microsoft. E o programa dito brasileiro era mera cópia do DOS, cópia autorizada e legalizada pela SEI” (PAIM, 1998: 86). As grotescas cópias piratas de computador realizadas no Brasil bem que podiam ter sido denominadas de “PC-171”: P de pirata, C de contrabando, e 171 - conhecido artigo de nosso Código Penal. Com isso, o Brasil atrasou em pelo menos duas décadas sua inserção no mundo digital. Na época, a IBM quis instalar uma fábrica de computadores no Brasil, somente para exportação, porém nem isso o governo brasileiro permitiu. A China e a Índia, até hoje, agradecem por essa fanfarronice nacionalista. Fomos salvos pelo presidente Fernando Collor de Mello, que abriu o Brasil ao mercado internacional, inclusive à informática, e se insurgiu contra as “carroças” automotivas fabricadas no Brasil, de modo que hoje temos montadoras de carros das mais variadas marcas e nacionalidades. A propósito, a vanguarda do atraso é sempre garantida quando se unem socialistas retrógrados e nacionalistas babacas (aí incluídos muitos militares).

Responsabilidade social - Responsabilidade é responsabilidade, e ponto final. Social é apenas um adjetivo de pau, uma imunda geleca que os socialistas tentam grudar em tudo. A responsabilidade do empresário é obter lucro, de modo que possa pagar os salários dos trabalhadores e os impostos, e ampliar sua empresa, aumentando o número de empregos e, assim, promover o progresso do país. “O homem se define, em primeiro lugar, por sua responsabilidade perante os seus irmãos e a história” (Concílio Vaticano II).

Restos de Israel - “No momento de maior aflição, quando o reino de David e Salomão sucumbia sob os golpes dos assírios e dos babilônios, alguns dos grandes profetas hebreus - Isaías, Jeremias, Ezequiel, Amós - falaram nos ‘Restos de Israel’. Essa expressão, o Resto ou Remanescente - aquilo que sobrou no momento de colapso, a fração que sobreviveu na calamidade geral - constitui um elemento essencial da esperança bíblica. O resto fiel, o resto escatológico permanece como condição de renascimento da filosofia perene, a filosofia da liberdade, imune às vicissitudes da história” (PENNA, 1994: 15).

Revisionismo - A revisão histórica é benéfica, desde que os críticos se atenham a critérios científicos tão ou até mais rigorosos do que aqueles que nortearam a história original. “Em nossa infância... a história era um monte de informações. Você aprendia de uma maneira organizada, em série - muitas vezes ao longo de uma linha cronológica do tempo. O objetivo desse exercício era fornecer às crianças um mapa mental - estendido para trás ao longo do tempo - do mundo em que habitavam. Aqueles que insistiam em que essa abordagem era acrítica não estavam errados. Mas revelou-se um grave erro substituir a história carregada de dados pela intuição de que o passado foi um conjunto de mentiras e preconceitos que precisam ser corrigidos: preconceitos em favor de povos e homens brancos, mentiras sobre o capitalismo ou o colonialismo, ou o que quer que seja” (JUDT, 2014: 284). “História e memória são filhas diferentes, mas do mesmo pai - portanto, se odeiam e ao mesmo tempo têm em comum apenas o suficiente para ser inseparáveis. Além disso, são obrigadas a disputar uma herança que não podem abandonar, nem dividir. A memória é mais jovem e mais atraente, muito mais disposta a ser seduzida - e portanto faz muito mais amigos. A história é a irmã mais velha: um pouco emaciada, simples e séria, disposta a se retirar em vez de  se envolver em conversa fiada. Desta forma, ela é uma solitária política - um livro deixado na prateleira” (idem, pg. 295). Como exemplos de revisionismo, temos: revisionismo soviético (em que antigos heróis, caídos em desgraça, eram riscados de enciclopédias, ou que tinham suas imagens “apagadas” em fotos oficiais); revisionismo do Holocausto (em que escritores colocam em dúvida o número de vítimas do Holocausto judeu promovido pelos nazistas - a exemplo de S. E. Castan em seu livro “Holocausto Judeu ou Alemão?”, pelo qual foi condenado pelo STF); revisionismo da esquerda brasileira: a história recente do Brasil é descrita sob a ótica da dialética comunista, em que prevalece a aplicação do materialismo histórico marxista, hegemônico no atual ensino brasileiro, em que não há nenhum estudo sério sobre o assunto, apenas panfletagem e pura molecagem, a exemplo da obra “Outros 500”, escrita por “intelectuais orgânicos” do PT e “libélulas” satélites. O objetivo é um só: solapar os fundamentos morais do país, ao mesmo tempo em que prega as excelências da Revolução Cubana e o valor das FARC. Assim, não causa estranheza que o Dia da Pátria seja substituído pelo “dia dos excluídos”, que Lamarca seja apresentado como herói e o Duque de Caxias seja revisto como genocida dos paraguaios. A verdade histórica, porém, é cristalina: Lamarca foi um desertor do Exército, ladrão de armamentos e terrorista assassino. A Guerra do Paraguai só tem uma história: o Brasil, com 15.000 homens armados às pressas, teve que se defender da agressão de Solano López, à frente de um exército de 64.000 homens, que aprisionou um navio brasileiro (em que viajava o Presidente da Província de Mato Grosso), invadiu Mato Grosso, ocupando parte desse território por três anos, violou o território da Argentina e chegou a conquistar Uruguaiana. É comum entre esquerdistas realizar o revisionismo da História, de modo que ela fique igual à sua cara, a cara da mentira. O "historiador" José Chiavenato, com seu livro “Genocídio americano: a guerra do Paraguai”, tenta classificar Caxias e o Conde D'Eu como combatentes monstruosos. “Historiadores militares de gabarito assinalaram, nessa obra de Chiavenato, mais de 30 erros históricos comprovados e outras tantas distorções da verdade comprovando o relativismo e o absolutismo com que o autor manipulou a história” (PEDROSA: 2008, 69). O Brasil, no início de Guerra do Paraguai, era um "império desarmado". “A proposta liberal de Adam Smith em A Riqueza das Nações, em moda durante a segunda metade do século XIX, induzira no Brasil um certo descuido com o exército profissional, embora o famoso pensador sempre propugnasse por uma força militar organizada para fundamentar e garantir o progresso e a segurança da nação (PEDROSA, 2004: 209 - capítulo “Império Desarmado”). O revisionismo atual, de professores marxistas nas escolas brasileiras, afirma que o Brasil e a Argentina estiveram a serviço do imperialismo inglês, invadindo o Paraguai e esmagando o país mais “progressista” da América do Sul: “Interessava à Inglaterra a formação de um amplo mercado consumidor, principalmente de produtos manufaturados’, pontifica o livro História e Vida, de Nelson Piletti e Claudino Piletti” (NARLOCH, 2010: 104). O livro “Nova História Crítica”, para a 7ª. série, de Mário Schmidt, afirma que os ingleses foram contra a escravidão, não por questões humanitárias, mas por interesses econômicos. Na verdade, “o movimento abolicionista inglês teve uma origem muito mais ideológica que econômica. Organizado em 1787 por 22 religiosos ingleses, foi um dos primeiros movimentos populares bem-sucedidos da história moderna, um molde para as lutas sociais do século 19” (idem, pg. 104) Segundo Schmidt, “a princesa Isabel é uma mulher feia como a peste e estúpida como uma leguminosa” (idem, pg. 104). Para o linguista de pau, bonito talvez seja Zumbi dos Palmares, que tinha uma penca de escravos. A Princesa Isabel foi substituída, em sua importância histórica, por Zumbi dos Palmares. Outro importante inimigo da Princesa foram as lojas maçônicas, como a “Vigilância e Fé”, de São Borja, RS: “A Maçonaria que se levante, opondo-se firmemente, no caso fatal da morte do imperador, embora violentos, a coroação da princesa. O povo que se governe e a Maçonaria que intervenha para a fundação de um governo livre e moralizado” (apud GOMES, 2013: 232). Porém, o maior inimigo de Isabel foram os barões do café, que perderam a mão-de-obra escrava e se tornaram defensores da república. Isabel era acusada de carola e foi acusada de se subordinar ao Papa Leão XIII depois de receber a honraria Rosa de Ouro, em reconhecimento à assinatura da Lei Áurea. Diziam os republicanos - que queriam a separação da Igreja Católica do Estado - que o futuro monarca, de fato, seria o Conde d’Eu, marido de Isabel, “um príncipe estrangeiro” (idem, pg. 235). E havia um problema insolúvel para um país de machos: Isabel era uma mulher numa época em que a mulher não podia votar, não podia estudar e a principal função era gerar e educar os filhos. A mulher passaria a ter direito ao voto somente em 1932, durante o Governo Getúlio Vargas - mas com restrições, como ser casada e ter a autorização do marido. O historiador Francisco Fernando Monteoliva Doratioto, em seu livro “O Conflito com o Paraguai - A guerra do Brasil”, contesta tais revisionistas e afirma que “a formação dos Estados nacionais da região foi a causa do sangrento conflito” (Jornal de Brasília, 12/07/1999). Os cambás (pretos, em guarani) foram decisivos para a vitória brasileira: “Muitas vezes as deserções eram tantas que batalhões inteiros dissolviam-se quando em marcha para o front. Na verdade, como temos notícia em cartas de Osório a Caxias, muitos brancos rio-grandenses também desertavam. Porém, negros da Corte ou de todo o vasto Império lutavam bravamente e eram raríssimos os casos de deserção. O bom, forte e sacrificado sangue africano foi decisivo e insubstituível nas conquistas da guerra e, portanto, para o seu desfecho, com a vitória triunfal do Império” (PERNIDJI, 2010: 55-56). Vale lembrar que Caxias levou uma novidade ao campo de batalha contra o Paraguai: o balão aerostático, para reconhecimento do número de canhões do inimigo. Para tanto, trouxe o coronel polonês-americano Roberto Adolfo Chodasiewicz, perito no assunto - leia mais sobre o uso de balões em https://www2.fab.mil.br/incaer/images/eventgallery/instituto/Opusculos/Textos/opusculo_os_baloes.pdf. “Dizem que os paraguaios, quando viram o balão subir, caíram de joelhos e rezaram à Virgem e a Tupã, dizendo que o marquês tinha parte com o demônio e que, com os negros, levaria todos os homens para trabalhar nos saladeiros no Rio Grande, enquanto as mulheres, como escravas, iriam para a luxúria dos soldados, todos dentro do balão” (idem, pg. 94-95). Outro tipo de revisionismo - na verdade, propaganda da desinformação e da difamação - liga o Papa Pio XII aos nazistas. Por exemplo, o livro de John Cornwell, “O Papa de Hitler”: “A capa do livro de John Cornwell mostra o arcebispo Pacelli saindo de um edifício do governo alemão, escoltado por dois soldados. Essa visita oficial do então Núncio Apostólico na Alemanha, teve lugar em 1929, quatro anos antes que Hitler chegasse ao poder (em 30/01/1933). Como Pacelli saiu da Alemanha em 1929 e nunca mais voltou, é enganoso e tendencioso o uso dessa fotografia” (Texto do jesuíta Peter Gumpel, historiador convidado pelo Vaticano para coordenar o processo de beatificação do Papa Pio XII, in Pio XII, Hitler e os judeus, publicado em PODER - Revista Brasileira de Questões Estratégicas, Ano I, nº 05, pg. 58, Brasília, Maio/Junho 2000). Enfoques revisionistas marxistas têm o mesmo valor histórico de “O Quinto dos Infernos”, minissérie da TV Globo que trata com desrespeito a História de D. João VI e D. Pedro I, com baixaria de toda ordem. Ou a novela chapa-branca do SBT, “Amor e Revolução”. O mesmo maniqueísmo foi visto nos Planos do governo Dilma Rousseff, em que uma famigerada Comissão Nacional da Verdade - o Pravda tupiniquim - tentou reescrever a recente história do Brasil dentro da ótica dos antigos terroristas de esquerda. Um exemplo simples do revisionismo fascistoide brasileiro foi a proscrição da música “Eu te amo, meu Brasil”, de Dom e Ravel, porque foi feita durante o governo miliar - ouça a bela música em https://www.youtube.com/watch?v=crZ5aZ_bx6c. Revisionistas de esquerda, com certeza, vão adorar a afirmação de Harari: “A história não é uma narrativa única, mas milhares de narrativas alternativas. Sempre que escolhemos contar uma delas, escolhemos também silenciar outras” (HARARI, 2016: 184). O livro “1889”, de Laurentino Gomes, pode ser baixado em https://gataborralheira34.files.wordpress.com/2015/05/1889-laurentino-gomes.pdf. Veja 500 Anos de Resistência Indígena, Negra e Popular; e Historiais & Memoriais.

Revolta da Chibata - Depois de presenciar um marinheiro levar 250 chibatadas, João Cândido Felisberto, o “Almirante Negro”, liderou uma revolta, no dia 22/11/1910, conhecida como “Revolta da Chibata”. João Cândido e mais 600 marinheiros foram presos, 18 dos quais atirados em uma solitária na Ilha das Cobras. Mesmo anistiado pelo presidente Hermes da Fonseca, João Cândido e seus companheiros foram confinados na Amazônia por 18 meses. Com saúde precária, devido à fome e aos maus tratos, João Cândido foi expulso da Marinha e viveu o resto dos seus dias na penúria, vindo a falecer no dia 06/12/1969.

Revolta de Aragarças - Motim de oficiais da Aeronáutica contra o governo JK. Um dos integrantes foi o aviador Leuzinger Marques Lima, que pretendia, junto com os revoltosos, jogar bombas sobre os palácios da Guanabara e do Catete depois de sequestrar um avião da Panair. Leuzinger, o “Léo Asa”, participou também do Grupo Secreto, envolvido no Caso Riocentro.

Revolta dos Posseiros - Também conhecida como Revolta dos Colonos. Foi um levante iniciado em 10/10/1957 por colonos e posseiros armados, contra a grilagem de terra no Sudoeste do Paraná. Municípios tomados pelos posseiros foram: Francisco Beltrão, Capanema, Planalto, Realeza, Pranchita, Renascença, Marmeleiro, Pato Branco, Santo Antônio do Sudoeste, Verê e Dois Vizinhos.

Revolta Espartaquista - (Spartakusbund, em alemão): Ocorrida na Alemanha, em 1919, com Rosa Luxemburgo.

Revolução - Segundo A. S. Cohan, em seu livro “Teorias da Revolução”, “a revolução é, por definição, mudança violenta e não-legal”. Segundo o autor, a Revolução acarreta as seguintes mudanças: 1) alteração dos valores ou mitos da sociedade; 2) alteração da estrutura social; 3) alteração das instituições; 4) mudanças na formação da liderança, seja no quadro de pessoal da elite, seja na sua composição de classe; 5) transferência não-legal ou ilegal de poder; 6) presença ou predominância de comportamento violento tornado evidente nos acontecimentos que conduzem à queda do regime. “O autor [Eugen Rosenstock-Huessy] também observa que todas as revoluções modernas se distinguem por sua luta contra a Igreja. Das grandes revoluções, segundo Huessy, emergiram as quatro formas de governo, conforme descritas por Aristóteles: monarquia, aristocracia, democracia e tirania. (...) A rotação (de regimes) não é mecânica, nem sem sentido, porque o impulso da primeira revolução é preservado na consciência das seguintes. As quatro divisões europeias - o príncipe Protestante, o fidalgo Puritano, o cidadão Jacobino e o proletário Bolchevique - avançam numa formação que no exército de chama ‘marcha em escalões’” (SILVA, 1985: 45). “Camus acentua que todas as revoluções modernas só vieram a reafirmar o papel do Estado: 1789 produziu Napoleão; 1848 trouxe Napoleão III; 1917, Stálin; 1920, Mussolini; A República de Weimar, Hitler. Desse modo, o profético sonho de Marx e as antecipações de Hegel ou Nietzsche terminaram por originar, depois da aniquilação da Cidade de Deus, um estado, às vezes racional, às vezes irracional, mas sempre aterrorizante” (idem, pg. 47). Modelos históricos de tomada do poder: levante armado, guerra civil revolucionária, guerra foquista, via pacífica para o socialismo ou “etapismo” (revolução em dois tempos), rebelião parlamentar e via parlamentar. A revolução esquerdista também age para neutralizar as “trincheiras da burguesia”, a saber: Judiciário, Congresso Nacional, Executivo, partidos políticos burgueses, Forças Armadas, aparelho policial, Igreja Católica e sistema econômico capitalista. “A fatalidade das revoluções é que sem os exaltados é impossível fazê-las e com eles é impossível governar” (Joaquim Nabuco).

Revolução branca - O mesmo que revolução verde. Relativa aos estudos sobre transgenia de produtos alimentares, feitos em laboratórios (cientistas com aventais brancos - daí o nome), que revolucionaram a produção agrícola, a exemplo da soja geneticamente modificada, ajudando a aumentar a oferta de alimentos e a diminuir a fome no mundo. É combatida pelos luditas do século XXI, a exemplo do MST e de ambientalistas. Os produtos transgênicos são chamados pelos “capitães Swing” de Frankenstein food. “As pessoas já protestaram contra a vacina, a fluoretação da água, a pasteurização do leite, o bebê de proveta, a pílula anticoncepcional, a globalização, o McDonald’s e, agora, os transgênicos” (in “O medo do novo”, revista Veja, 29/10/2003, pg. 98).

Revolução Cubana - No dia 01/01/1959, as tropas de Fidel Castro tomam Havana. “Segundo Castro disse, apontando para Matthews: ‘sem a sua ajuda e a do New York Times, a revolução em Cuba jamais teria ocorrido’” (apud NARLOCH, 2011: 39). Herbert Matthews era jornalista do NYT e foi um grande propagandista da Revolução. O livro “O Homem que inventou Fidel - Cuba, Fidel e Herbert L. Matthews do New York Times”, de Anthony DePalma, Companhia das Letras, São Paulo, 2006, narra em detalhes a “tomada do Poder em dois tempos” em Cuba. A “república socialista” cubana, porém, só foi proclamada em maio de 1961, logo após a fracassada invasão de anticastristas ocorrida na Baía dos Porcos, em Cuba, com o falso apoio americano. Em 1962, Cuba foi excluída da OEA e em 1964 os países membros da OEA, com exceção do México, romperam relações diplomáticas com o país, devido ao apoio cubano de focos guerrilheiros em vários países da América Latina - Leia “As intervenções armadas lideradas por Cuba na América Latina”, de Ángel Bermúdez, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/02/as-intervencoes-armadas-lideradas-por.html. Cuba forneceu toneladas de armamento ao governo comunista de Salvador Allende. As residências oficiais de Allende eram verdadeiros paióis, descobertos após a intervenção de Pinochet, que derrubou os comunistas depois da autorização dada pela Suprema Corte, que ainda não era cooptada com Allende. No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. Antes da Revolução Cubana, havia 7 prisões em Cuba; hoje, são mais de 200. As prisões políticas de Cuba são muitas: La Cabaña (ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato (a mais repressiva), Kilo 5,5, Pinar del Río, Guanajay, Guanahacabibes, Castelo do Príncipe, Ilha de Pinos, Camaguey, Holguín, Manzanillo, Sandino (1, 2 e 3). Fidel Castro mandou fuzilar entre 15 e 17 mil pessoas (10 mil só na década de 1960); em 1978, havia em Cuba 15 a 20 mil prisioneiros; em 1997, segundo a Anistia Internacional, havia entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos. “Para uma população de apenas 6,4 milhões, Fidel e Che prenderam e executaram mais, em termos relativos, do que os nazistas, e igualmente mais, proporcionalmente, do que os comunistas” (FONTOVA, 2009: 150). A tortura cubana incluía as “ratoneras”, “gavetas”, “tostadoras”, além da tortura “merdácea” - os prisioneiros eram “aspergidos” com fezes e urina. Apesar desses crimes todos, o ditador Fidel Castro era venerado pelos “intelectuais” brasileiros como el comandante, ao passo que Augusto Pinochet, ex-presidente do Chile, não passa de um vil “ditador”, “torturador”. “Quando Che assumiu o Ministério das Indústrias, Cuba tinha uma renda per capita superior à da Áustria, Japão e Espanha” (idem, pg. 214-215). Um ano depois, o anteriormente “terceiro maior consumo proteico do Ocidente estava racionando comida, fechando fábricas” (idem, pg. 215). Comparação das rações diárias, entre os escravos (em 1842) e a população cubana (desde 1962): carne, frango e peixe: 230 g/55 g; arroz: 110 g/80 g; carboidratos: 470 g/180 g; feijão: 120 g/30 g (Cfr. FONTOVA, 2009: 223). Ou seja, os escravos negros se alimentavam melhor do que a população cubana sob Fidel. Só os idiotas e os patifes defendem a excelência da medicina e dos hospitais cubanos da atualidade, coisa que nunca existiu. “Em 1957, Cuba tinha, proporcionalmente, mais médicos e dentistas do que os EUA ou a Grã-Bretanha. Em 1958, tinha a menor taxa de mortalidade infantil da América Latina e a 13ª. do mundo, estando à frente de França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália e Espanha. Hoje, pelas cifras oficiais, tem a 25ª. menor taxa - piorou sob o fidelismo. O que, hoje, reduz a mortalidade infantil é a taxa de 0,71 aborto por criança viva nascida em Cuba - o primeiro lugar do Ocidente e um dos primeiros do mundo. É um verdadeiro extermínio de bebês no útero materno” (FONTOVA, 2009: 225). “Havana, que na década de cinquenta era mais rica que Roma ou Dallas, hoje parece Calcutá ou Nairóbi” (idem, pg. 230). Os prédios tornaram-se decrépitos, à semelhança de el coma andante, e Havana, hoje, é o maior museu a céu aberto de carros velhos do mundo. Doenças erradicadas em 1958, como tuberculose, lepra e dengue, voltaram com força total em 2005. Quase 6.000 empresas norte-americanas foram pilhadas em Cuba, um valor de 2 bilhões de dólares. Nada foi indenizado, assim como os 5 bilhões da União Soviética. Evo Morales (que eu chamo de “Evo Cocales”), da Bolívia, aprendeu rapidinho com Fidel, roubando as refinarias e bens da Petrobras na Bolívia. Eusábio Peñalver ficou preso durante 30 anos. Era negro. Os guardas comunistas o chamavam de “macaco”: “Nós o tiramos das árvores e arrancamos sua cauda” (idem, pg. 238). “Apenas 0,8 dos cargos políticos do país é ocupado por gente de cor. Em outros lugares, esta mesma situação seria chamada de Apartheid” (idem, pg. 239). “Não é que não exista comida e bens de consumo em Cuba. O problema é que hoje há duas classes de cubanos: os que possuem dólares (os turistas e o apparatchiks, ou seja, a nomenklatura cubana) e os que não possuem (o cidadão cubano comum): Como não tem nada (quer dizer, tem de tudo, nos shoppings, em dólar e a preços de Tóquio), a gente vende esferográficas, isqueiros, envelopes, qualquer miudeza” (GUTIÉRREZ, 1999: 114). “Disse muito bem Carlos Franqui: ‘Para sobreviver é preciso roubar, mentir, ser dúbio, ter dupla personalidade e até mesmo se prostituir’” (MENDOZA, 2007: 19). Em 1996, no concurso internacional de poemas organizado em Havana, para comemorar os 70 anos de Fidel Castro, foram apresentadas 2.000 obras em verso e prosa. Algumas vinhetas laudativas: “Comandante Fidel, fiel como seu nome, Fidel de barba e de culhões bem firmes” (Héctor Borda Leaño, Bolívia); “Companheiro Fidel, teus setenta anos são o que resta na margem da história após o último furacão” (Roberto Bugliani, Itália); “Pois és a história, a geografia, a origem, a sede, a fome, o fogo, tudo o que entristece e ilumina a marcha da América obscura” (Pedro Jorge Vera, Equador) - cfr. “A Ilha do Dr. Castro”, pg. 36. Piadas da Ilha: 1) Fidel: Quando nos vai devolver Guantánamo? Clinton: Quando vocês nos devolverem Miami. (Em Miami vivem 10% da população cubana.) 2) O que é o capitalismo? - pergunta a professora. Um cesto de lixo cheio de carros, brinquedos e alimentos - responde Pepito. E o socialismo? O mesmo cesto de lixo, mas vazio (cfr. pg. 137). “Outra consequência embaraçosa dos racionamentos é a falta de papel higiênico. Sem ele a saída mais comum dos cidadãos é improvisar com papéis que não faltam no mundo comunista: os jornais estatais. Os cubanos usam as páginas do Granma - mais macios e com menos tinta que o jornal Trabajadores. E fazem piada com o problema: - O que é mais útil, a televisão ou o jornal? - O jornal, claro. Você não pode limpar-se na televisão” (NARLOCH, 2013: 311). Periódicos cubanos: Granma, Trabajadores, Juventud Rebelde, Tribuna de la Habana, Bohemia, Tema, Casa de las Americas, Opciones, Vitral, Palabra Nueva (boletim do arcebispado de Havana), Enfoque, Cuadernos del Aula Fray Bartolomé de Las Casas. O filme “A Cidade Perdida” (2005), com Andy Garcia (ator americano nascido em Cuba) e Dustin Hoffman, mostra a tomada do poder dos comunistas em Cuba, prenunciando o inferno que viria. Em meados de 1959, Fidel Castro começou a exportar a Revolução Cubana. “Seis meses depois da derrubada de Batista, por exemplo, já mobilizava um corpo expedicionário de mais de duzentos cubanos, na esperança de desencadear um levante contra o ditador Rafael Leónidas Trujillo, na ilha vizinha de São Domingos. Recebidos pelo exército local, os rebeldes foram exterminados. Um mês depois, uma operação idêntica foi montada, dessa vez contra o ditador François Duvalier, o ‘Papa Doc’, no Haiti. Novo fracasso: quase não houve sobreviventes” (SÁNCHEZ, 2014: 92). “Ao todo, Cuba se envolveu nos assuntos internos de 17 países africanos, enviando 65 mil soldados à África (entre eles Che Guevara). Nos anos 70, 11% do orçamento cubano era gasto na África” (NARLOCH, 2013: 284). Desde 1961, houve interferência cubana no Brasil, junto à Ligas Camponesas, no Nordeste, e a compra de inúmeras fazendas em vários Estados para treinamento guerrilheiro. “A coragem da pequena Cuba poderá ser um símbolo e um apelo para a libertação da América Latina” (Dom Antônio Fragoso, bispo de Crateús, CE, em 1967 - apud jornal Correio Braziliense, de 30/01/2003, pg. 4). “Parece-me que as memórias de Camilo Torres e de Che Guevara merecem tanto respeito quanto a do pastor Martin Luther King” (Dom Hélder Câmara, arcebispo de Recife, em 1968 - Idem, pg. 4). “No mesmo ano [1967], oito bispos brasileiros assinaram mensagem de 17 bispos do Terceiro Mundo, na qual ‘é feita a opção pelo socialismo’. São eles: Dom Hélder Câmara, Dom João Albuquerque, Dom Luiz Fernando, Dom Severiano Aguiar, Dom Francisco Mesquita, Dom Manoel Costa, Dom Antônio Fragoso e Dom David Picão” (Idem, pg. 4). O jornalista e historiador Hugo Studart, autor de um dos melhores livros sobre a Guerrilha do Araguaia, “Borboletas e Lobisomens”, em 13/10/2008 21:50, no seu blog Conteúdo (http://www.conteudo.com.br/studart/o-democrata-fidel-e-os-direitos-humanos/?searchterm=ditadura%20cubana), assim escreveu: “O democrata Fidel e os Direitos Humanos Encontrei esses números do relatório da Câmara Ibero-Americana de Comércio/Stanford Research Institute, com dados sobre ações democráticas do kamarada Fidel entre de 1959 a 2004: foram 56.212 fuzilados no "paredón"; 1.163 assassinados extrajudicialmente; 1.081 presos politicos mortos no cárcere por maus-tratos, falta de assistência médica ou causas naturais; 77.824 mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga pelo mar. Total: 136.288 cubanos mortos pela ditadura Castro. Em nossa ditadura militar, são 301 os mortos e desaparecidos”. Veja Clero Progressita, Guerrilha Comunista no Brasil, Ligas Camponesas.

Revolução Cultural - Anunciado em 1966 por Mao Tsé-Tung, com o apoio do Exército, é um novo período de luta entre correntes partidárias, no qual os jovens deveriam criticar seus superiores e derrubar “velhos hábitos, as velhas ideias e a velha cultura”. Milhões de estudantes maoístas criaram uma “Guarda Vermelha”, que, empunhando o Livro Vermelho de Mao, passaram a humilhar e matar os opositores do líder máximo e a queimar prédios. Intensificou-se o estudo de Marx, foram apresentadas óperas comunistas e canções revolucionárias. Dois anos depois (1968), o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o Maoísmo da juventude francesa, com reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. A Revolução Cultural matou 10 milhões de chineses, além de realizar tortura física de presos, como o arrancamento da genitália (testículos e pênis), que eram assados e comidos pelos torturadores. Durante a Revolução Cultural, era incentivada a prática de devorar os inimigos políticos, fato denunciado em detalhes por Zheng Yi, um fugitivo do massacre da Praça da Paz Celestial e outrora um dos mais destacados romancistas chineses (seu primeiro romance, The Maple, sobre a Revolução Cultural, foi usado pelo Politburo para atacar a Gangue dos Quatro). A respeito do assunto, veja o texto Communists Eat Their Class Enemies”, de Adam Young, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/communists-eat-their-class-enemies-by.html.

Revolução de 1968 - Os tumultos estudantis na França, EUA, Alemanha e outros países do Ocidente, como o Brasil e o México, eram feitos por subversivos clandestinos preparados em Moscou e Pequim. “A juventude é livre do peso do passado e assimila melhor do que ninguém os preceitos leninistas. É justamente por causa disso, por assimilar melhor do que ninguém os preceitos leninistas, que a juventude está convocada a impulsionar os desanimados e vacilantes” (Stálin). Por isso, o esforço da doutrinação comunista do proletariado industrial foi dirigido aos estudantes, tendo como paradigma o Komsomol, pois “os jovens constituem a mais importante força social que a revolução comunista mundial pode utilizar, como detonador da luta expansionista do bolchevismo” (in “O jovem e a subversão”). Sobre o Maio de 1968, disse Nelson Rodrigues: “A França não fez a guerra [II Guerra Mundial], e repito: os outros lutaram por ela. Os alemães perfuraram Sedan e deslizaram em solo francês. E todo o povo, com atraso de vários anos, precisa sentir-se herói. Cada carro virado é um tanque alemão. Os franceses estão fazendo a guerra. Essa ferocidade tardia, espetacular, é uma vingança contra a capitulação” (in “O herói sem risco” – cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/o-heroi-sem-risco-por-nelson-rodrigues.html). A Revolução de 1968, também conhecida como “Revolução Estudantil”, sofreu as seguintes influências: as atividades da “quinta-coluna vermelha”, composta por militantes aliciados por agentes provenientes das “escolas de subversão e espionagem”, da União Soviética, em obediência ao “Boletim do Partido”, de janeiro de 1967; a Revolução Cultural e o Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung, em obediência ao Relatório de Ação, de fevereiro de 1967; as ideias pregadas por Herbert Marcuse (autor de Eros e Civilização e O Fim da Utopia) e o líder francês Daniel Cohn-Bendit; as marchas americanas - principalmente de negros - contra a Guerra do Vietnã; os ideais de liberdade na Tchecoslováquia, com Dubcek, e posterior invasão soviética do país; foquismo (guerrilhas de concepção cubana) na Bolívia, Venezuela e Guatemala; o “martírio” de Che Guevara na Bolívia, em 1967. A Revolução Cultural teve início em 1966, com incentivo de Mao Tsé-Tung, após o fracasso fenomenal do “Grande Salto para Frente” (1958-1959). Em maio de 1968, o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o maoísmo da juventude francesa - onde predominavam as bandeiras vermelhas (comunistas) e as bandeiras pretas (anarquistas). Bendit quase derrubou o Governo de Charles De Gaulle, que caiu pouco tempo depois. No dia 20 de maio, a França estava isolada do mundo, com seis milhões de trabalhadores em greve, aeroportos e ferrovias paralisadas. Esse movimento teve reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. Convém lembrar, que no dia 02/06/1968, embarcariam para Cuba, para treinamento de guerrilha, Márcio Leite de Toledo, Agostinho Fiordelísio, Jun Nakabaiashi, Renato Leonardo Martinelli e Juan Sandor Cabezas Castillo; no dia 4 de julho, uma nota no Jornal da Tarde informava que esses “estudantes” tinham sido presos e que os órgãos de segurança estavam cientes dos planos de Marighella para derrubar o Governo com o apoio de Cuba. A agitação brasileira era insuflada, principalmente por: AP, DI/GB, COLINA, PCBR, VPR e Ala Marighella (posterior ALN). Os principais líderes brasileiros eram: Vladimir Palmeira e Franklin Martins (da DI/GB) e José Dirceu (da ALN). A agitação atingiu várias capitais brasileiras, com destaque para Rio de Janeiro e São Paulo, onde ocorreram mais de 50 atentados. No dia 28/03/1968, foi morto, no Rio de Janeiro, Edson Luís de Lima Souto, em choque de estudantes contra a polícia. Marcuse achava que as minorias oprimidas, os marginalizados e os povos do Terceiro Mundo teriam potencial revolucionário para derrubar o capitalismo e implantar o socialismo. “Excitem os jovens contra os velhos. Ridicularizem as tradições dos inimigos” (Sun Tzu, o Maquiavel Chinês).

Revolução de Veludo - Liderada pelo dramaturgo Vaclav Havel, foi uma rebelião civil pacífica, que no outono de 1989 marcou o fim do comunismo na antiga Tchecoslováquia. Veja Terceira via.

Revolução dos Bichos, A - Livro de George Orwell, é uma sátira ao regime de Stálin, na antiga União Soviética, e foi publicado em Londres em 1945. O porco “Major” é Karl Marx, o porco “Napoleão” é Stálin e o porco “Bola de Neve” é Trotsky. Os “bichos” resolvem fazer a “revolução”, criam o “Animalismo” (baseado nos pensamentos do porco “Major”). O regime se estabelece em meio a uma guerra pelo poder e se transforma numa burocracia autoritária, baseada nos “Sete Mandamentos”, que vão sendo modificados com o tempo, até que o “7º Mandamento” é finalmente escrito assim: “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros”. A CIA chegou a financiar um desenho animado da história, em 1955, para propaganda anticomunista. Outra obra de Orwell, “1984”, também virou longa-metragem em 1956, representando a tirania personalista do stalinismo.

Revolução dos Cravos - Marca o início da redemocratização em Portugal (25/04/1974), após o longo governo do ditador Antônio Salazar, iniciado em 1926. O golpe contra Marcelo Caetano foi elaborado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto por oficiais jovens, com princípio anarco-socialista, de tendência esquerdista radical. A multidão foi à rua para aplaudir o golpe, colocando cravos nos canos dos fuzis dos soldados - daí o nome “Revolução dos Cravos”. Nos 18 meses que se seguiram ao golpe, cujos líderes se dividiam em facções concorrentes - conservadora, moderada e marxista -, Portugal viveu em tumulto. Seis governos provisórios se sucederam, foram tentados golpes e contragolpes, houve greves, tomada de fábricas, fazendas e meios de comunicações. Havia a ameaça de uma guerra civil entre o Norte conservador e o Sul radical. Parecia repetição da Rússia de 1917, com Caetano como Nicolau II e o Ministro Mário Soares como Kerenski. Porém, o Lênin da Revolução foi o pacato coronel Antônio Ramalho Eanes, que, ao invés de lançar Portugal numa ditadura marxista, no dia 25/11/1975 subjugou os radicais de esquerda nas Forças Armadas e garantiu a democracia em Portugal. “A Igreja e as Forças Armadas eram prioridades do comunismo desde a década de 1940. Afinal, as grandes derrotas do comunismo se deram no final da década de 1930 com a Guerra Civil da Espanha, em meados da década de 1960 com o Brasil e de 1970 com o Chile. (...) A única vitória do comunismo importante foi a Revolução dos Cravos, em Portugal, que acabou por permitir uma independência sangrenta em Angola e Moçambique, territórios que estavam marchando para uma solução de alto nível, com base na lusitanidade, em algo que parecesse com a do Brasil que foi proporcionada por um rei de Portugal, na ocasião príncipe herdeiro. Mas a cobiça comunista das riquezas de Angola, principalmente, falou mais alto, não contando apenas com a reação de uma parte não comunista, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que sustentou uma guerra violenta por mais de 25 anos, com grande número de mutilados. Uma tragédia, em que o Brasil aqui de forma omissa no governo Geisel e, daí, em diante” (jornalista Aristóteles Drummond - HOE/1964, Tomo 9, pg. 146-147). Veja FP-25.

Revolução Estudantil - Veja Revolução de 1968.

Revolução Federalista - Ocorrida no Rio Grande do Sul em 1893, “na qual se estima que entre 10 mil e 12 mil pessoas perderam a vida - incluindo cerca de 2 mil vítimas de degolas coletivas. De um lado estavam os republicanos fiéis ao presidente Floriano Peixoto e ao governador Júlio de Castilhos, também conhecidos como legalistas ou pica-paus devido à cor do uniforme que usavam. De outro, os rebeldes federalistas, chamados de maragatos, sob a chefia política de Gaspar Silveira Martins, recém-retornado do exílio, e o comando militar do caudilho uruguaio Gumercindo Saraiva. Maragato era o nome que se dava no Uruguai aos descendentes de imigrantes oriundos da localidade de Maragataria, situada na província de León, na Espanha” (GOMES, 2013: 358-359).

Revolução Industrial - A Revolução Industrial “pode ter tido terríveis resultados humanos no curto prazo, mas foi necessária e benéfica. A transformação foi necessária porque sem industrialização não teria sido gerada a riqueza fundamental para superar os obstáculos malthusianos em sociedades agrárias; e foi benéfica porque a longo prazo o padrão de vida de todos aumentou” (JUDT, 2014: 119). “Entre 1780 e 1914, a população da Grã-Bretanha aumentou quatro vezes, enquanto sua economia cresceu treze vezes” (DELINGPOLE, 2012: 196). Leia “Fatos e mitos sobre a Revolução Industrial”, de Ludwig von Mises, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/fatos-e-mitos-sobre-revolucao.html. Veja Capitalismo, Luditismo e Fenômeno Capitão Swing.

Revolução Iraniana - A República Islâmica do Irã foi implantada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, em 11/02/1979. Antes da queda do Xá Reza Pahlavi, Khomeini havia prometido, em Paris, que a futura Constituição do Irã seria determinada por uma Assembleia Constituinte eleita pelo povo. Como tal Assembleia nunca iria apoiar suas doutrinas absolutistas, Khomeini tratou de substituir a Assembleia Constituinte por uma Assembleia de Notáveis, composta por mulás que seguiam sua linha de pensamento. Na Constituição, Khomeini incorporou o princípio de velayat-e-faqih (guardiania do jurista religioso), em que um homem com vasto conhecimento da lei islâmica (vali-e-faqih) - um aiatolá - tem absoluta autoridade sobre todos os assuntos da nação islâmica. O postulado de nº 57 da Constituição iraniana estabelece que os três Poderes do país devem ficar sob o controle do vali: “Os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário na República Islâmica do Irã estão sob a supervisão do ‘vali-e-faqih’ e ímã da ‘ummah’ (nação) islâmica”. Documentos diplomáticos dos EUA, de 1972 a 1979, que foram rasgados ou triturados antes da invasão da embaixada americana em Teerã, foram transformados em livros pelos islâmicos: “Os estudantes de ensino médio e os veteranos de guerra incapacitados foram recrutados para tecer esse tapete de papéis. Levaram seis anos para acabar, três mil páginas que continham 2300 documentos, que acabaram reunidos em 85 volumes” (FISK, 2007: 191). Veja Operação Bota.

Revolução na Revolução? - Obra de Regis Debray, ideólogo do “foquismo”.

Revolução Passiva - No Brasil, “os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e os ‘aparelhos’ urbanos pelas vias democráticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros do governo, ecologistas, professores, comentaristas da mídia, e outros transformaram-se simplesmente em líderes religiosos e integrantes ativos das ONGs, constituídas por vasto contingente de ‘intelectuais orgânicos’ muito bem remunerados com recursos do próprio governo e de grupos e empresas internacionais. A estratégia ‘democraticamente’ adotada para tornar o Brasil uma ‘República Popular Socialista’ é a da ‘revolução passiva’, extraída dos ‘Cadernos do Cárcere’ de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do Comitê Central do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente das teses revolucionárias de Lênin e pregava a tomada do poder pela ação ‘hegemônica’ dos intelectuais infiltrados no aparelho do Estado e suas instituições” (PONTES, 2003: 57).

Revolução perdida - “Vencemos a guerra, mas perdemos a paz para a propaganda” - repetiu várias vezes o General Negrão Torres, autor de inúmeros livros, como “Nos Porões da Ditadura” e “1964 - Uma Revolução Perdida”. “Na hora de formar o ministério, o Presidente [Castello Branco] substituiu os Ministros da Marinha e da Aeronáutica e, por razões explicáveis ou inexplicáveis - as primeiras por certo, sentimentais, de camaradagem, mas, por outro lado Castello sabia que Costa e Silva parara de estudar há muito tempo, só cuidava de amenidades e fez tudo para evitar que ele fosse seu substituto - manteve o da Guerra. Com isso criou uma liderança paralela à dele dentro do próprio Governo, a do Ministro Costa e Silva, uma ‘cobra’ que iria depois engoli-lo” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 8, pg. 97). “Eu li no livro do Luiz Viana Filho que o General Geisel, Chefe da Casa Militar do Presidente Castello, ao saber que o substituto seria o General Costa e Silva, teria dito: - É mais uma revolução perdida” (idem, pg. 98).

Revolução Russa - Revolução de 1917, na Rússia, quando o primeiro país do mundo caiu sob domínio comunista. Após a queda do Czar Nicolau II (que posteriormente foi executado pelos comunistas, sem julgamento, em Ekaterinenburgo, juntamente com sua esposa Alexandra e todos os seus cinco filhos - Olga, Tatiana, Maria, Anastácia e Alexei), o Partido Comunista de Lênin e Trotsky assume o poder, colocando em prática a doutrina socialista de Karl Marx e Friedrich Engels. Após a II Guerra Mundial, o Exército Vermelho não voltou a seu país, depois de invadir a Alemanha, impondo seu domínio totalitário aos países do Leste europeu (Alemanha Oriental, Tchecoslováquia, Polônia, Romênia, Hungria etc.), somente abandonando esses países após a dissolução da URSS, em 1991. A Rússia exportou sua revolução com sucesso para a China (1949), Coreia do Norte (1950), Cuba (1959) e outros países onde se travou a guerra fria, como Angola, Moçambique, Vietnã, Camboja. O Komintern (Movimento Comunista Internacional - MCI) tentou implantar o comunismo no Brasil, no episódio conhecido como “Intentona Comunista”, em 1935, por meio do agente brasileiro pago por Moscou, Luiz Carlos Prestes. “Sem enganar, não se vende”, diz um provérbio russo. Quantos, ainda, compram a mentira do comunismo? Serão idiotas úteis ou patifes assumidos? Veja o documentário The Soviet Story” (A História Soviética) em https://www.youtube.com/watch?v=iTJQXKUR6mM ou https://www.youtube.com/watch?v=XO6-nuk0UhA. Se havia piada sobre papel higiênico em Cuba, o mesmo havia na Alemanha comunista. “Após a Segunda Guerra, o controle de Moscou sobre os países do Leste Europeu era tão intenso que motivou outra piada com papel higiênico: - Por que, apesar de todo o racionamento, o papel higiênico da Alemanha Oriental tem duas camadas? - Porque tudo o que os alemães fazem precisam mandar uma cópia para Moscou” (NARLOCH, 2013: 318). Veja Gulag e Kulak.

Revolução sem Sangue - Expulsão de Jaime II do trono inglês, em 1689. O soberano tentou restabelecer a Igreja Católica na Inglaterra - o mesmo que havia tentado Bloody Mary (Rainha Maria I).

Revolução verde - Refere-se ao aumento exponencial de alimentos no mundo, a partir das décadas de 1960 e 1970, devido a pesquisas com novas sementes, mecanização da lavoura, uso de fertilizantes e agrotóxicos, irrigação etc. O “pai da revolução verde” é Norman Ernest Borlaug, que recebeu o Nobel da Paz em 1970.

Revtribunal - Tribunal revolucionário: tribunais especiais soviéticos, de 1917 a 1922, que julgavam casos de contrarrevolucionários.

Risco Brasil - Devido a problemas sérios na infraestrutura (rodovias, portos), burocracia e leis lenientes com a bandidagem, esbulho da propriedade privada rural, o Brasil oferece alto risco para investimentos estrangeiros. Para se abrir uma empresa no Brasil, levam-se quase três meses (nos EUA são 4 dias); o Brasil é recordista mundial em processos trabalhistas, mais de 2,2 milhões por ano (nos EUA são 75.000); a carga tributária brasileira é em torno de 50% do PIB (a média dos países em desenvolvimento é de 22%). Veja Anomia, Antiautoridade, Cinturão das Milícias, Escola de Frankfurt, Idade do crime.

Rito de passagem - Algum ato heroico, às vezes muito doloroso, a que os homens primitivos eram submetidos para o ingresso na maioridade - caso dos indígenas -, ou para fazer parte da “galera” - caso das gangues modernas. Na África, 29 países adotam a circuncisão feminina, os meninos e as meninas só se incorporam aos grupos adultos se passarem pelos vários ritos de passagem, como a circuncisão masculina e a excisão do clitóris entre as meninas. No Rio Grande do Sul, sob o Governo do PT de Olívio Dutra, em uma prova de História para seleção ao Magistério, questões de História foram apresentadas, não para fazer o candidato pensar, mas apenas para aderir às ideias petistas e assim cumprir o “rito de passagem”, ou seja, fingir-se de esquerdista para garantir o emprego público.

ROA - Rússkaia Osvoboditelnaia Ármia (Exército Russo de Libertação): também conhecido como Exército de Vlássov. O ROA não existiu, o nome foi inventado por um alemão e dado a formações antissoviéticas de cidadãos soviéticos que lutaram ao lado dos alemães na II Guerra Mundial.

Robô sapiens - “Muitos especialistas americanos que estudam a inteligência artificial e a robótica estão convencidos de que os robôs representam a etapa futura da evolução, que o fim do nosso reino está próximo e que surgirá uma nova espécie do Homo sapiens: o Robô sapiens. O pesquisador Hans Moravec, da Universidade Carnegie-Mellon, dos Estados Unidos, descreve um futuro no qual o gênero humano será deposto de seu trono por seus próprios descendentes artificiais” (GORBACHEV, 2003: 115).

Roda do Samsara - Círculo desenhado na entrada dos templos budistas, retrata o ciclo de morte e renascimento através da reencarnação. No centro do círculo, estão desenhados um porco, uma cobra e um pombo, símbolos da ignorância, da aversão e do desejo, que se devoram mutuamente. Veja mais em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/a-roda-do-samsara-centro-do-budismo.html.

Rondas Campesinas - Como eram chamados os Comitês de Autodefesa do Peru, que contribuíram para a destruição de importantes focos terroristas no interior do país durante o governo Alberto Fujimori. Veja Sendero Luminoso.

Rosa - Nome-de-guerra da antiga terrorista da VAR-Palmares, Bete Mendes, paródia tupiniquim da “Rosa Luxemburgo”. Numa visita com o presidente Sarney ao Uruguai, em 1985, a deputada petista Bete, Mentes? acusou o coronel do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra de “torturador”. Ustra desmascara a quinta-coluna no livro “Rompendo o Silêncio” - disponível em https://www.averdadesufocada.com/images/rompendo_o_silencio/rompendosilencio.pdf. Posteriormente, “Rosa” passou a “guerrear” em algumas novelas e seriados da TV Globo, como “Aquarela do Brasil” e “A Casa das Sete Mulheres”, e foi nomeada Presidente da FUNARJ pelo Governador Garotinho.

Rosa Luxemburgo - Fundou, com Karl Libknecht, o USDP ou Spartacus, que em 1919 transformou-se no KPD (Kommunistische Partei Deutschlands), o Partido Comunista Alemão.

Rótulos - “O processo é embaraçosamente solipsista: rotular outra pessoa é rotular a si próprio” (JUDT, 2014: 280). Veja Língua de pau.

RPI – Relatório Periódico de Informações (hoje, Relatório Periódico de Inteligência). É um Documento de Inteligência mensal, elaborado por Agências de Inteligência, que aborda Expressões do Poder Nacional, nos campos Militar, Político, Econômico, Psicossocial e Científico-Tecnológico. Leia o RPI no. 06/71 “Confidencial”, de 1 a 30 de junho de 1971, em https://docplayer.com.br/181693031-A-s-p-a-c-e-i-i-8-2-c-n-f-1-i-1.html, onde consta lista de terroristas procurados pelo CODI/II Ex, como Carlos Lamarca, Iara Iavelberg e Abelardo Blanco Falgueiras, argentino naturalizado brasileiro. 

 

S

 

Os nossos estão morrendo e têm o direito de revidar com as armas. Esta é uma guerra, em que se mata ou se morre. Mas prender alguém para depois submetê-lo a tortura é de tal modo covarde e ignóbil, que não posso encontrar palavras adequadas para condenar prática tão sórdida. Proíbo, terminantemente, torturas em meu governo” (Presidente Emílio Garrastazu Médici - relato do embaixador Mário Gibson Barbosa, apud AUGUSTO, 2011: 161).

 

S. A. - Sturm-Abteilung: força policial organizada em 1921 por Rudolf Hess, principalmente com estudantes (mais tarde comandada por Goering), os “soldados políticos” das S. A. começaram a ter vida própria depois do Putsch de 1923. A violência dos S. A., comandada pelo seu Chefe de Estado-Maior, capitão Roehm, foi incentivada pelos nazistas, com vista à tomada do poder na Alemanha. Após a ascensão dos nazistas, o choque entre as S. A. e a Reichswehr (Exército profissional) se tornou inevitável, com o assassinato de Roehm no dia 30/06/1934 e a dizimação do Alto Comando das S. A., processo assim descrito por Hess: "cada décimo homem, sem qualquer investigação, inocente ou culpado, foi alcançado por uma bala”. A violência interna foi entregue por Hitler à S.S. de Himmler, enquanto preparava a Reichswehr para a violência externa.

Sabra e Chatila - Locais de campos de refugiados palestinos, no Sul do Líbano, nos quais ocorreu massacre na noite de 16 para 17/09/1982, em área sob controle das Forças de Defesa de Israel (IDF). Os autores do massacre foram milicianos cristãos, liderados por aliados de Israel na invasão do Líbano, ocorrida naquele mesmo ano. Ariel Sharon, então Ministro da Defesa de Israel, consentiu o ataque, segundo comissão de inquérito realizada em Israel. “Embora dentro de Sabra e Chatila houvessem sido encontrados cerca de seiscentos corpos, 1800 civis haviam sido denunciados como ‘desaparecidos’. (...) Em nenhum momento pensamos que os israelenses estavam entregando prisioneiros a seus sanguinários aliados da milícia. Os palestinos de Sabra e Chatila, hoje, estão fornecendo provas de que foi exatamente isso que aconteceu” (FISK, 2007: 1135). Elie Hobeika, ex-ministro do Líbano, acusado de comandar as milícias cristãs nos massacres, morreu em uma explosão de carro-bomba, junto com três guarda-costas, no dia 24/01/2002. Durante a invasão do Sul do Líbano, com a finalidade de expulsar a OLP do país, Israel foi responsável pela morte de 17.500 libaneses e palestinos. “O envolvimento de Sharon na matança de Sabra e Chatila em 1982 ainda se fecha sobre o homem que, segundo o relatório israelense da Comissão Kahan de 1993, teve uma ‘responsabilidade pessoal’ pela matança perpetrada pelas milícias falangistas” (FISK, 2007: 698).

Sacra Corona Unita - Facção da Máfia do Sul da Itália; atua também na América do Sul, Albânia, Grécia e Suíça.

Salafismo - Teoideologia formulada na versão radical do islamismo no século XVIII, baseada no Wahabismo (fundamentalismo islâmico).

SALT - Strategic Arms Limitation Talks (Conversações sobre Limitação de Armas Estratégicas): EUA e antiga URSS. Veja START.

SALT I - Acordo de 1972 (limitação de arsenais nucleares): EUA e antiga URSS.

SALT II - Acordo de 1979 (limitação qualitativa das armas nucleares): EUA e antiga URSS.

Samizdat - Sistema de contrabando de manuscritos de intelectuais soviéticos para o Ocidente. Às vezes, a própria KGB estava por trás desses contrabandos, recebendo elevadas somas de dinheiro por obras proibidas na União Soviética que eram publicadas no exterior. Nesses casos, os manuscritos eram confiscados das residências dos dissidentes e remetidos ao Ocidente à revelia do autor. Em 1967, 3 livros sobre expurgos e campos de concentração tinham sido contrabandeados para o Ocidente: “Tempestade de Areia”, de Galina Serbryakova, “A Casa Abandonada”, de Lydia Chikovskaya, e “Uma Jornada ao Furacão”, de Evgenia Ginzburg.

Santo-daime - Bebida alucinógena, familiar entre a população ribeirinha dos vales dos rios Purus e Juruá, no Acre. O mesmo que Ayahuasca (Peru) e Mariri (nome dado pelos indígenas do Acre). O cartunista Glauco Vilas Boas criou a Comunidade Céu de Maria, ligada ao consumo ritualístico da droga. Ele e seu filho Raoni foram assassinados no dia 12/03/2010.

Santuário - Antigamente, a palavra “santuário” era ligada à coisa sagrada. Hoje, denomina refúgio de terrorista e traficante de droga. Os principais “santuários” e patrocinadores de terroristas são os seguintes países: Afeganistão (Talibã), Coreia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão. Os países suspeitos são: Arábia Saudita, Argélia, Autoridade Palestina, Bahrain, Bósnia-Herzegovina, Catar, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. O Brasil dos tempos do “fascismo alegre” petista também era santuário de terroristas das FARC, do Hezbollah e do kamarada Cesare Battisti.

Sarin - Gás agente de nervos (Guerra Química).

SAS - 1. Special Air Service (Serviço Aéreo Especial): organização de elite britânica. Missões: infiltração profunda, para observar o movimento do inimigo; eliminação de terroristas; recuperação de reféns; proteção de autoridades etc. Comparada à Sayeret Mat’kal (Israel), à Delta Force (EUA) e à Spetsnaz (Rússia). 2. Special Air Service (Serviço Aéreo Especial): força antiterrorista da Austrália.

Satanização - Satanização, também denominada de demonização ou diabolização, é uma das etapas que compõem o processo da desinformação, ou seja: o cliente, o dinheiro, o estudo de mercado, os suportes, os retransmissores, o tema, o tratamento do tema, as caixas de ressonância, o alvo, a diabolização, o maniqueísmo e a psicose. Por exemplo, para atacar a ex-Iugoslávia, no caso da Bósnia e, depois, do Kosovo, quando a infraestrutura do país foi totalmente destruída, foi preciso “satanizar” Slobodan Milosevic, compará-lo a Hitler devido aos aludidos crimes de “limpeza étnica”, para que a OTAN (leia-se Estados Unidos) ficasse bem junto à “opinião pública” mundial antes dos ataques criminosos. A satanização é muito utilizada pela língua de pau maniqueísta, que escolhe os bons para serem defendidos e os maus para serem destruídos. Para a imprensa em geral, Arafat, com todos os terroristas suicidas dos homens-bombas, era do bem; Ariel Sharon, que se defendia dos ataques obedecendo à máxima oriental do “olho por olho”, era do mal. Até Obama ocupar a Casa Branca, o homem mais satanizado do planeta, até mais do que Osama bin Laden, foi George W. Bush, por ter promovido as guerras contra o Afeganistão e o Iraque, depois dos ataques terroristas contra Nova York e Washington, em 11/09/2001. “’Dialética’ é aquele mecanismo por meio do qual você prova que Bush é pior do que Bin Laden ou que Israel é tão terrorista quanto o Hezbollah” (AZEVEDO, 2008: 114). A mídia se esbaldou em mostrar as cenas grotescas de tortura e humilhação de presos iraquianos na prisão de Abu Grabi, realizadas por forças americanas, mas omite sistematicamente as torturas sofridas por católicos em países islâmicos, como o Sudão e o Paquistão. No Sudão, onde o norte muçulmano escravizou cristãos e animistas residentes no sul do país, somente no período de 9 a 19/03/2000, a ONG Christian Solidarity International (CSI), com sede em Zurique, Suíça, libertou 4.968 pessoas, pagando em média US$ 35.00 (trinta e cinco dólares) por cabeça. De 1995 a 2000, a CSI libertou mais de 30.000 escravos, que eram submetidos a trabalho forçado, abuso sexual – incluindo extração das genitálias -, islamização forçada, além de maus tratos, pouca comida e insultos racistas. No início de 2000, mais de 100.000 cristãos e animistas continuavam escravizados no Sudão. Para os esquerdistas, os EUA, hoje, são o “Satã” por excelência, mesmo para norte-americanos como Michael Moore. Para muitos países, patriota é quem tem espírito antiamericano. De um lado, temos as viúvas de Stálin e os lambe-botas de Fidel Castro, como o sucessor de FHC e Hugo Chávez, que não conseguiram digerir (nem arrotar... hic! hic!) o fim do Império Soviético e a consolidação dos Estados Unidos como hiperpotência. De outro lado, temos os invejosos, países que não conseguem resolver seus problemas estruturais e culpam os yankees por todas as agruras existentes no planeta. Você, nacionalista convicto, de boas intenções, porém tolo, grita forte 10 vezes comigo, enquanto paga 50 “pulinhos-do-galo” ou “cangurus”: “A Amazônia é nossa!” “Alcântara é nossa!” “Fora ALCA!” “Fora FMI!” “Yankees, go home!” “Lula Livre!” “Viva Chávez!” “Viva Bin Laden!” (ainda que comida de peixe)

SAVAK - Sazman-i Amniyat va Ittila’at Kishvar (Organização Nacional para a Segurança e as Informações): antigo Serviço Secreto do Xá do Irã, até a Revolução Iraniana de 1979, quando foi absorvida pela VEVAK. “No quartel-general da Savak havia uma missão norte-americana permanente e secreta. Os métodos de interrogatório incluíam - além dos habituais cabos elétricos nos genitais, os golpes nas solas dos pés e extirpação de unhas - o estupro e o ‘churrasco’, uma forma de sofrimento que se explica por si só; a vítima era amarrada a uma cama de cabos que, quando eletrificados, tornavam-se uma churrasqueira. Mohamed Heikal, o melhor jornalista egípcio, outrora diretor do Al-Ahram e antigo confidente de Nasser, descreveu a Savak filmando a tortura de uma jovem iraniana: a amarraram nua e queimaram-lhe os mamilos com cigarros. Segundo Heikal, o filme foi distribuído posteriormente pela CIA a outras agências de inteligência que trabalhavam para regimes apoiados pelos norte-americanos do mundo todo, inclusive os de Taiwan, Indonésia e Filipinas” (FISK, 2007: 153). Veja Tortura.

Savonarola - Monge reformador incendiário, que atuou no século XV em Florença, Itália, e foi executado na fogueira. Ele afirmou que “profetas desarmados sempre foram destruídos, e os profetas armados sempre venceram”.

Sayan - Ajudante ou assistente do Mossad (judeu da diáspora espalhado pelo mundo). O Sayan nunca sabe para o que está sendo utilizado.

Sayeret Mat’kal - Comando israelense, comparado à Flotilha 13 (naval, de Israel), à Delta Force (EUA), à SAS (Reino Unido) e à Spetsnaz (Rússia). Força de elite antiterrorista formada em 1957, suas ações incluem: destruição de 13 aviões no aeroporto de Beirute (1968), resgate do sequestro de avião no aeroporto de Lod (1972), responsável pela morte do subcomandante da OLP, Abu Jihad (1988) e o sequestro do comandante do Hezbollah, Sheikh Abdel Karim Obeid. Junto com o Sayeret Tzanhanim (CI Rec da 35ª Bda Pqdt) e o Sayeret Golani (Cia Rec da 1ª Bda Inf Golã), a libertação de reféns em Entebbe, Uganda, em 1976. Veja Operação Tunderball.

Sayeret Tzanhanim - Força Especial paraquedista de reconhecimento de Israel, que se notabilizou por raptar um radar soviético ultrassecreto de uma base egípcia, em 1969, na chamada “Guerra de Atrito” junto ao Canal de Suez.

Sayerot - Força Especial israelense (unidades de reconhecimento): todos os militares da Sayerot são voluntários, com instrução antiterrorismo. Em tempo de paz, ficam sob controle de Comandos de Unidade e Territorial, dispostos ao longo das fronteiras, atrás das linhas inimigas e nos territórios ocupados. Na guerra, operam em níveis Brigada e Divisão, e suas missões incluem: coleta de informações em tempo real, missões de reconhecimento das Forças de Brigada e Divisão aos alvos pretendidos e condução de ataques atrás das linhas do inimigo.

Schadenfrende - (Alemão) Termo utilizado pelo filósofo Schopenhauer, significa ter prazer com o infortúnio alheio. “Edmund Burke deu uma definição de ‘Schadenfrende’ quando escreveu em seu ‘Sobre o Sublime e o Maravilhoso’: ‘Estou convencido de que temos um certo grau de prazer, que não é pequeno, com as reais dores e desgraças dos outros’” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 461).

Schindler português - O cônsul português em Bordéus, França, Aristides de Sousa Mendes, emitiu vistos para imigração de 30.000 judeus quando os nazistas invadiram a França, em 1940. Cfr. em https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristides_de_Sousa_Mendes.

Schutzbund - (Alemão) Contingentes armados de socialdemocratas austríacos. Seus membros acharam refúgio na União Soviética em 1934, depois da derrota na Guerra Civil contra os nazistas, quando promoveram um banho de sangue em Viena. Esse foi um dos motivos da anexação da Áustria à Alemanha, em 1939, conhecida como Anschluss, causa inicial da II Guerra Mundial.

Scuderie Le Cocq - Organização criminosa capixaba, integrada por policiais, empresários, políticos e advogados. Era um esquadrão da morte com ligações com os cartéis internacionais de traficantes.

SD - Sicherheitsdienst: Serviço de Inteligência e Segurança, entregue por Hitler a um ex-oficial da Marinha, Reinhard Heydrich, para vigiar as S. A. de Roehm.

SDI - Strategic Defense Initiative (Iniciativa de Defesa Estratégica): conhecida como “Star Wars” (“Guerra nas Estrelas”), seria um sistema de defesa dos EUA, de contra-ataque a mísseis nucleares lançados pelo inimigo.

Sealopra - Secretaria Especial de Assuntos Especiais de Longo Prazo: não importa o que Roberto Mangabeira Unger fez depois que assumiu a “Secretaria dos Aloprados”, em 2008, mas o que disse antes, em 2005: “Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional”.

SEALs - Seal Team Six: Sea, Air, Land (Mar, Ar e Terra): força antiterrorista da Marinha dos EUA (USN SOF). Um dos integrantes do SEALs que participou da operação que resultou na morte de Osama bin Laden no Paquistão, em 2011, publicou o livro “No easy day”, em 2012. O Pentágono ameaçou processar o autor do livro; a Al-Qaeda, matá-lo. Veja Operação Lança de Netuno.

Sebastianismo - Forma de messianismo existente em Portugal, que se estendeu ao Brasil. Veja Messianismo.

Secessão, Guerra de - Guerra Civil americana, luta dos Estados do Sul dos EUA (latifundiários, aristocratas e escravagistas) contra os Estados do Norte (industrializados e abolicionistas). A Guerra inicia em abril de 1861 e termina em abril de 1865, com a derrota do Sul e o fim da escravatura.

Second Coming - Segunda Vinda: seita cristã dos EUA, pretende criar um clone de Jesus Cristo a partir do sangue encontrado no Santo Sudário.

Se é Bayer, é bom! - Se é Mayer, é melhor ainda!

Secretinho - “As revelações mais surpreendentes estão nas pastas rotuladas de ‘Secretinho’, uma espécie de cadastro dos espiões nas organizações de esquerda. Fichas e relatórios do Cenimar identificam colaboradores da ditadura, homens e mulheres, que atuavam infiltrados nas organizações que faziam oposição, armada ou não, ao regime militar. Agiam dentro dos partidos, dos grupos armados e dos movimentos estudantil e sindical. O trabalho dos informantes e agentes secretos era pago com dinheiro público e exigia prestação de contas. Muitos infiltrados eram militares treinados pelos serviços secretos das Forças Armadas que atuavam profissionalmente. Outros foram recrutados pelos serviços secretos entre os esquerdistas, por pressão ou tortura. Havia ainda dezenas de colaboradores eventuais, simpatizantes do regime, que trabalhavam em setores estratégicos, como faculdades, sindicatos e no setor público. A metódica organização da Marinha juntou relatórios, fotografias, cartas e anotações de agentes e militantes” (in “Os arquivos secretos da Marinha” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/os-arquivos-secretos-da-marinha-os.html).

Segredo de Brokeback Mountain, O - O segredo do filme jamais foi quebrado: como os cowboys faziam o “troca-troca” durante a noite inteira e, com “aquilo” ardendo, ainda conseguiam fazer longas cavalgadas no dia seguinte?

Segunda natureza leninista, A - “A regra leninista de que não se deve conviver com a oposição, mas eliminá-la, incorporou-se na sua mente como uma segunda natureza, e desde que a esquerda tomou o poder neste país, tornou-se hábito generalizado e corriqueiro suprimir as vozes discordantes para em seguida proclamar que não existem” (Olavo de Carvalho, in “Até que enfim”, jornal DC, 21/09/2011). Nem por nada, o comunista Milton Temer afirmou que “O Olavo de Carvalho não é para ser comentado”.

 Segurança & Desenvolvimento - Golbery do Couto e Silva publicou, em 1955, o livro “Planejamento Estratégico”, baseado no binômio Segurança e Desenvolvimento, um trabalho teórico militar herdado de Fort Leavenworth, EUA, onde havia estudado em 1944, antes de servir na FEB como oficial de informações. Posteriormente, escreveria ainda “Geopolítica do Brasil” (1967) e “Conjuntura Política Nacional - O Poder Executivo” (1980). O dístico Segurança e Desenvolvimento foi abraçado pela ESG após o final da II Guerra Mundial e seria a base para o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) dos governos militares, que produziu o “milagre econômico”, promovendo o Brasil da 46ª. para a 8ª. economia do planeta em apenas uma década. “Atribui-se-lhe [a Golbery] uma influência no mínimo indireta no esforço de interiorização e vertebração do Brasil, sendo exemplos demonstrativos a política seguida pelos sucessivos governos militares de construção de uma rede de estradas estratégicas para o surgimento de polos de desenvolvimento no interior: o aproveitamento dos recursos hídricos do país mediante a construção de enormes centrais hidroelétricas, assim como o incentivo à navegação interior (as passadeiras rolantes); a criação de portos profundos como terminais de corredores de exportação provindos da Bolívia e do Paraguai” (FREITAS, 2004: 62). Veja Milagre brasileiro.

Semana Rockfeller - Em junho de 1969, por ocasião da visita do Governador Nelson Rockfeller ao Brasil, houve depredação da Biblioteca Thomaz Jefferson (Rio), bombas no Instituto Brasil-Estados Unidos (Fortaleza), no jornal O Globo (Rio) e na União Cultural Brasil-Estados Unidos (São Paulo). Se a visita fosse de Pol Pot, Mao Tsé-Tung ou Fidel Castro, a ovação da estudantada seria geral.

Semiótica - Estuda a realidade cultural de uma comunidade ao longo dos séculos. Mitos, pinturas, alfabeto Morse, cardápios, moda, instituições (como o Direito) são “linguagens” no sentido mais amplo da palavra. “A linguística não é prescritiva nem normativa, ela é uma ciência descritiva e explicativa” - cfr. texto em https://www.passeidireto.com/arquivo/5046981/aula-01/2.

Sem-teto - O termo pauleira homeless (sem-teto) foi cunhado por assessores do primeiro prefeito afro-americano de Nova York, David Dinkins (1990-1993). Com isso, foi criada uma névoa para encobrir o problema de loucos, drogados e migrantes, pois, muitas vezes, não ter um teto era o menor dos problemas dos sem-teto.

SENAD - 1. Secretaria Nacional Antidrogas (Brasil), depois rebatizada para Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas: subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. 2. Secretaria Nacional Antidrogas (Paraguai).

Sendero Luminoso - (Em inglês, Shining Path) “Caminho Luminoso”: tem origem no Partido Socialista do Peru, fundado por José Carlos Mariátegui, em 1928. O grupo guerrilheiro foi fundado em 1974, como Partido Comunista do Peru-Sendero Luminoso (PCP-SL). Em 1964 já havia sido formado um núcleo em volta de Abimael Guzmán Reynoso, na Universidade de San Cristóbal de Huamanga, em Ayacucho - a Frente Estudantil Revolucionária (FER). Guzmán era também conhecido como “Presidente Gonzalo”, “Puka Inti” e a “Quarta Espada do Marxismo”, após Lênin, Stálin e Mao. Disse ele: “O triunfo da revolução custará 1 milhão de mortos” (COURTOIS, 2000: VIII). O início do levante aconteceu em 17/05/1980. O SL sonhava derrubar o governo peruano e instituir um regime revolucionário de camponeses, de linha maoísta, com ingredientes nacionalistas indígenas. Envolvido no comércio da cocaína, o SL utilizava-se de carros-bombas e assassinatos seletivos, como prefeitos e juízes de cidades pequenas, militares e policiais de baixa patente, comerciantes e camponeses. Chegou a possuir entre 5.000 e 7.000 homens (em 1995, o número tinha caído para cerca de 400). Guzmán foi capturado em 12/09/1992, durante o governo de Alberto Fujimori, ocasionando prisões de outros líderes, defecções e programa de anistia para terroristas arrependidos. Nome completo do Grupo: Partido Comunista del Perú por el Sendero Luminoso de José Carlos Mariátegui. Após cartas de Guzmán ao Presidente do Peru, em Set e Out 1993, propondo conversações para acordo de paz, apareceram duas correntes: uma liderada por Guzmán, a favor de um acordo de paz, e outra liderada por Oscar Alberto Ramirez Durand (“Feliciano”), a favor da luta armada. “Feliciano” foi capturado em julho de 1999. Uma facção dissidente do SL chama-se “Sendero Rojo”. No dia 12/02/2012, foi capturado o último líder histórico do SL, Florindo Eleutério Flores Hala (“Camarada Artemio”). O SL e o MRTA são responsáveis pela morte de cerca de 70.000 pessoas, entre 1980 e 2000, segundo o relatório final da Comissão da Verdade e Reconciliação. Considerado extinto na década de 1990, o SL retomou ataques, fazendo emboscadas contra policiais e militares. Em 2005, no Departamento de Huánuco, matou 8 policiais; em 2008, em Tintaypunco, matou 19 pessoas, sendo 12 soldados, e ferindo outros 11.

Senso comum - O mundo como conhecemos é alicerçado no senso comum dos povos. O marxismo quer “superar” esse conceito, criar uma “ruptura”. Gramsci denominava esse objetivo estratégico de “superação do senso comum”: “É exatamente a ‘superação do senso comum’ que fez com que todos acreditassem piamente que a Contrarrevolução de 1964 não passou de um ato impensado dos militares que, na falta do que fazer, decidiram implantar uma ditadura” (Marli Nogueira, Juíza do TRT em Brasília, in “Técnica Gramsciana e o Partido dos Trabalhadores”, 13/06/2005). “Segundo Sérgio Augusto de Avelar Coutinho, a superação do senso comum é um empreendimento de profunda transformação cultural e psicológica da sociedade e ‘consiste em apagar certos valores tradicionais e uma parte significativa da herança cultural da sociedade burguesa e substituí-la por conceitos novos e pragmáticos” (PEDROSA: 2008, 73). “Certamente, tal reviravolta, orientada pelas ideias de Gramsci, devia ser compreendida por intelectuais para a tomada do poder no lugar dos operários, marinheiros, soldados e camponeses da velha ortodoxia leninista, stalinista ou maoísta. Desta forma, o movimento seria direcionado para a formação de mentalidades nas universidades e escolas, campos preferidos para ‘conscientização’ do rumo das transformações” (idem, pg. 73). A “superação do senso comum” brasileiro é isso, a mudança radical do senso comum antigo, da ética judaico-cristã, uma quebra de paradigma das leis sociais e econômicas, que devem dar vez a esse híbrido stalinista-gramscista, o comunofascismo. Com a revolução ideológica dos esquerdistas, pode-se dizer que foi para o brejo “a consciência crítica dos intelectuais, que é fator regulador e filtrador do processo de interpretação” (CURY, 2012: 102-103).

Separatismo - Os movimentos separatistas não ocorrem apenas em países pobres ou em conflito com muçulmanos. Há também movimentos separatistas na civilizada Europa, ostensivos ou latentes: Escócia, Irlanda do Norte (IRA), Espanha (País Basco - ETA, Galícia e Catalunha), França (Bretanha, Córsega e País Basco), Itália (Padânia), Bélgica (Flandres e Valônia), Alemanha (Baviera), Sérvia (Kosovo), Romênia (Transilvânia - retirada do domínio húngaro após a I Guerra Mundial). No Canadá, há separatistas que querem a independência da Província de Quebec. No Brasil, existe o movimento “O Sul é meu país”, que prega a separação dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para a formação de um novo país.

SEPES - Sociedade de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais: seção brasileira da World Anti-Communist League (WACL).

Sequestros - Uma arma bastante utilizada pelas organizações terroristas brasileiras para libertar presos terroristas foi o sequestro de diplomatas, como o Embaixador norte-americano, Charles Burke Elbrick, em 1969 - o primeiro do gênero no mundo. Neste sequestro, participaram terroristas do MR-8, como Franklin de Souza Martins, Daniel Aarão Reis Filho, João Lopes Salgado, Fernando Gabeira, Cláudio Torres da Silva, Cid de Queiroz Benjamim, João Sebastião Rios de Moura, Sérgio Rubens de Araújo Torres, Vera Sílvia Araújo Torres, Helena Bocayuva Kharin, Francisco Nelson Lopes de Oliveira, João Roberto Spiegner, Antonio de Freitas Silva, e da ALN, como Joaquim Câmara Ferreira, Virgílio Lopes da Silva, Paulo de Tarso Venceslau, Manoel Cyrillo de Oliveira Neto. “Jornais dos EUA e da Inglaterra chegaram a defender o sacrifício de alguns embaixadores, para desestimular a continuação desse tipo de chantagem, que se estava generalizando. (...) O Governo brasileiro, porém, continuava na política que traçara desde o primeiro sequestro que se verificou no país. Considerava a proteção da pessoa como um dever para com a comunidade internacional, além de uma imposição de consciência humanitária brasileira. Eram os verdadeiros ‘direitos humanos’, não de bandidos ou terroristas, mas das vítimas” (General Del Nero, in “A Grande Mentira”). Em março de 1970, houve seis sequestros políticos na América Latina, sendo que o Embaixador alemão na Guatemala foi assassinado. A propósito, se a “ditadura militar” brasileira tivesse sido tão violenta, ela não negociaria com sequestradores, nem libertaria “militantes políticos” em troca da vida de diplomatas. Teria fuzilado todos os terroristas, além de integrantes de passeatas antigoverno - exatamente como fez Fidel Castro e, mais recentemente, o ditador da Síria, desde o início da rebelião popular, em 2011. O mesmo que faz hoje o ditador Nicolás Maduro na Venezuela. Veja Anos de chumbo.

Sequestros de aviões - “Foi a divisão especial de subversão de Pequim quem primeiro imaginou o terrorismo do ar. Organizaram cursos especiais para ensinar aos terroristas como sequestrar aviões usando das maneiras mais diferentes. Os terroristas do ar nunca são de origem chinesa. São recrutados entre as guerrilhas árabes e comunistas em todas as partes do mundo” (HUTTON, 1975: 183). Como no caso da “Operação Drogas”, a URSS logo em seguida copiou o modelo de terrorismo chinês. De todos os “terroristas do ar”, a mais conhecida foi Leila Khaled (ao menos até os atentados contra os EUA, no dia 11/09/2001), natural de Honduras, onde nasceu em 1941 e cujo nome verdadeiro era Maria Luna Chaves. Leila foi presa durante a fracassada tentativa do sequestro do avião do Voo 219, de Amsterdã a Nova York, da linha El-Al israelense, no dia 06/09/1970, quando ocorreram múltiplos sequestros de aviões desviados para a Jordânia, que posteriormente foram dinamitados. Os sequestradores dos outros aviões exigiram o resgate de Leila em troca da vida dos reféns e, no dia 1º Out, Leila e seis outros terroristas foram libertados para continuar a sequestrar e destruir aviões. (Leila também é acusada de ter participado do atentado que matou o Ministro do Turismo israelense, Rehavam Ze’eve, no dia 17/10/2001.) No dia 11/09/2001, quatro aviões de companhias norte-americanas, que faziam voos domésticos, foram sequestrados por muçulmanos radicais, que atiraram 2 aviões cheios de passageiros contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC) de Nova York, implodindo as torres e matando quase 3.000 pessoas; o terceiro avião suicida atingiu o Pentágono, matando 168 pessoas; o quarto avião caiu na Pensilvânia, possivelmente depois da luta dos passageiros contra os sequestradores. Vale lembrar que na véspera do Natal de 1994, terroristas muçulmanos capturaram um avião da Air France no aeroporto de Argel, matando vários passageiros, voando então para Marselha, para abastecimento. Prometeram explodir o avião contra a Torre Eiffel - o que pode ter inspirado o ataque contra as Torres Gêmeas, em Nova York, em 2001. Os soldados franceses invadiram o avião em Marselha, mataram os sequestradores e libertaram os passageiros. “Em 01 Jul 70, levando armas escondidas no baixo ventre simulando gravidez, tentou sequestrar o avião Caravelle da Cruzeiro do Sul, no Galeão. Jessie Jane foi presa com mais três militantes da ALN, um dos quais seu marido, Colombo Vieira de Souza, que levava uma arma escondida no sapato e os irmãos Fernando e Heraldo Palha Freire. Durante o frustrado sequestro, o Cmt do avião, Harro Cyranka, foi ferido. O único morto na ação foi Eraldo Palha Freire, que faleceu três dias depois, em consequência dos ferimentos” (http://www.ternuma.com.br/ternuma/index.php?open=20&data=123&tipo=1 - endereço atualmente indisponível). O ano de 1972 foi o mais terrível, quando morreram 2.256 pessoas em consequência de acidentes e sequestros ocorridos em 73 tragédias -http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u438204.shtml. A página https://aviation-safety.net/database/ oferece lista de acidentes aéreos desde 1919.

Sequestro de Ministros da OPEP - Em dezembro de 1975, terroristas palestinos sequestraram 11 ministros da OPEP reunidos em Viena. Ameaçando de morte os Ministros da Arábia Saudita e do Kuwait, os terroristas voaram para a Argélia, onde os reféns e sequestradores foram libertados. O líder da operação foi Carlos, o “Chacal”. Três pessoas foram mortas na operação.

    Serpentes Negras - O atual PCC (Primeiro Comando da Capital) era inicialmente conhecido como “Serpentes Negras”, organização criada na Penitenciária do Estado (São Paulo), atuante desde 1983.

Serviços Secretos da Guerra Fria - 1) EUA: Central Intelligence Agency (CIA), Defense Intelligence Agency (DIA) (do Pentágono), National Security Agency (NSA) e National Reconnaissance Office (NRO); 2) soviético: GRU e KGB; 3) Reino Unido: Secret Intelligence Service: MI5, MI6 e seu equivalente à NSA, o Government Communications Headquarters (GCHQ); 4) França: DGSE, também conhecida por “La Piscine”, complementada por Groupement de Contrôles Radioélectriques; 5) Israel: Mossad (“o Instituto”); 6) Japão: Naicho (Setor de Pesquisa do Gabinete), subordinado diretamente ao Primeiro-Ministro; Chobetsu: Chosa Besshitsu (reconhecimento aéreo, principalmente da Coréia do Norte, Rússia e China); 7) Alemanha Ocidental: Bundesnachrichtendienst (Serviço Federal de Informações); 8) Alemanha Oriental: STASI; 9) Polônia: Sluzba Bezpeiczenstwa (SB); 10) Romênia: DIE (Organização de Serviços de Informações Exteriores; 11) Brasil: Serviço Nacional de Informações (SNI); 12) Cuba: Dirección General de Inteligencia (DGI).

Shabak - Polícia Secreta de Israel (ex-Shin Bet): órgão de Segurança e Contraespionagem, de estrutura desconhecida, é o mais secreto dos Serviços de Segurança e Informações do país.

Shahada - Martírio islâmico.

Shehadin - “Mártires” (em árabe): grupo musical fundamentalista, atuante na Faixa de Gaza, que canta as glórias da morte suicida de islâmicos, em atentados contra israelenses. O grupo propaga as ideias do Movimento de Resistência Islâmica Hamás, que prega uma “guerra santa” (jihad) e sangrenta, sem tréguas, até a total destruição do Estado de Israel.

Shindo Renmei - “Liga do Caminho dos Súditos”: seita japonesa ultranacionalista e terrorista, que foi atuante no Brasil depois da derrota do Japão na II Guerra Mundial e que perseguiu imigrantes japoneses que não acreditavam que o Japão havia vencido a Guerra. A seita provocou a morte de 23 pessoas e ferimentos em 147; 31.380 imigrantes japoneses foram fichados por suspeita de ligação com a seita, 1.423 foram acusados pelo Ministério Público, porém só foram aceitas denúncias contra 381. No final de 1946, 80 imigrantes japoneses foram expulsos do Brasil. No Natal de 1956, todos os presos foram libertados. A história da seita foi contada em livro de Fernando Morais, “Corações Sujos”, editado pela Companhia das Letras, em 2000.

Shitstorm, Der - (Alemão, anglicanizado) “A Tempestade de Merda”. Na França, virou “La Tempête de merde”. A expressão “Der Shitstorm” “entrou no célebre dicionário alemão Duden em julho de 2013, quando o caso da NSA explodiu em todo o mundo. Der Shitstorm refere-se à indignação generalizada e vociferante expressada na internet, especialmente em plataformas de mídia social” (HARDING, 2014: 210). Veja PRISM.

Shiv Sena - Partido ultranacionalista indiano: promove uma “guerra santa” de indianos contra os muçulmanos.

Shoah - (Hebraico) Holocausto judeu, patrocinado pelos nazistas. Veja Holocausto e Sionismo.

Sikh - Membro de uma seita hindu monoteísta fundada no século XVI. Expatriados e grupos sikhs indianos desejam fundar o Khalistão (“Terra dos Puros”) em território indiano. O terrorismo sikh surgiu após o ataque do Exército indiano contra o Templo Dourado de Amritsar, local mais sagrado dos sikhs, em setembro de 1984, ocasião em que morreram centenas de sikhs. Em 31/10/1984, Indira Gandhi, 1ª Ministra, foi assassinada por sikhs que pertenciam à sua guarda pessoal. A violência decresceu depois de 1992, embora haja células internacionais ativas de sikhs. Grupos ativos incluem Babbar Khalsa, Força Babbar Khalsa do Khalistão Azad, Frente de Libertação do Khalistão e Força de Comando Khalistão.

Silêncio obsequioso - Em 1985, o Vaticano impôs um ano de “silêncio obsequioso” ao “teólogo da libertação”, Leonardo Boff, por pregar conceitos contrários à doutrina da Igreja Católica, como visto em sua obra “Igreja, Carisma e Poder”. Boff perdeu sua cátedra e funções editoriais dentro da Igreja e, em 1992, abandonou o sacerdócio e se uniu à educadora Márcia Monteiro da Silva Miranda. Veja Ecoteólogo e Teologia da Libertação.

Silogismo - Uma invenção aristotélica, o silogismo (premissa geral, premissa particular e conclusão) é um argumento aceito por todos com naturalidade - ou deveria ser, nestes tempos de pós-verdade. Exemplo: Todos os homens são mortais; Aristóteles é homem; logo, Aristóteles é mortal.

Silver Economy - (“Economia Prateada”, dos velhinhos de cabelos brancos). Já há mais avós do que netos no mundo. A Economia da Longevidade é a terceira maior do planeta e movimenta mais de US$ 7 trilhões anuais. Há mais de 1,1 bilhão de idosos acima de 60 anos (ano 2021), cerca de 15% da população, devendo chegar a 3,1 bilhões no ano 2100.

SIN - Serviço de Inteligência Nacional: criado por Vladimiro Montesinos no início do Governo de Alberto Fujimori (1990-2000), no Peru. Era uma vasta rede de informações que permitiu ao Governo derrotar os grupos terroristas Sendero Luminoso e MRTA, mas também espionou a vida privada de empresários, políticos, militares e outras personalidades. Depois da dissolução do Congresso, no “autogolpe” fujimorista, em 1992, o SIN se aliou ao grupo paramilitar COLINA, responsável por muitas execuções sumárias. Veja MRTA e Sendero Luminoso.

Síndrome da China - Após o vazamento de usina nuclear em Three Mile Islands, nos EUA, muitos acreditavam, sem nenhum compromisso com as leis da Física, que o núcleo combustível em fusão poderia atravessar a blindagem protetora, entrar no solo terrestre e sair no outro lado do planeta, na China! Com o vazamento nuclear ocorrido em Fukushima, no Japão, em 2011, confira diariamente como estão os alicerces de sua casa...

Síndrome da Classe Econômica - Ocorre em voos de longa duração, p. ex., mais de 10 horas. Há em torno de 200 mortes relacionadas à Trombose de Veias Profundas (DVT, em inglês) - dados de 2001. Um exemplo foi o de Emma Christofferson, ocorrido em outubro de 2000, na viagem Melbourne-Londres. Devido à falta de movimentação do corpo, formou-se um coágulo na perna de Emma, o qual, depois de passar pelo coração para a corrente sanguínea, chegou ao pulmão e provocou uma embolia. A síndrome da classe econômica também pode ocorrer em longas viagens de ônibus. O ideal, nas longas viagens, é fazer movimentos com os pés e as pernas a cada 2 horas.

Síndrome da coceira dos sete anos - Seria a primeira séria crise conjugal.

Síndrome da embriaguez ideológica - “Roberto Campos defendia tudo o que Celso criticava: desregulamentação da economia, privatização, inserção do Brasil no processo de globalização, incentivo à entrada de capitais estrangeiros. (...) Para Roberto Campos, o Brasil nunca chegou a ser sequer capitalista. Tudo o que ele pedia era que o país desse uma chance à racionalidade. Pela conhecida síndrome da embriaguez ideológica da intelectualidade brasileira, ela se identificava com Celso Furtado e repudiava Roberto Campos. Mas era Campos que estava certo” (in “Celso e Bob Fields”, de Thales Alvarenga, revista Veja no. 1882, de 01/12/2004, pg. 48).

Síndrome da Guerra do Golfo - Inicialmente, acreditava-se que a causa eram problemas psiquiátricos e não definidos; atingiu 36% dos veteranos americanos que participaram da guerra de libertação do Kuwait, os quais foram observados por dois anos; estudiosos acreditam que possa ter sido a conjugação de pesticidas utilizados na guerra e de pílulas de proteção a eventuais ataques químicos; mais de 1.250 pessoas que serviram na Guerra do Golfo foram avaliados por médicos especialistas do MOD. Atualmente, acredita-se que mísseis construídos com urânio depletado (empobrecido) tenham causado os problemas, com uma grande incidência de leucemia em crianças iraquianas (50 a 75% dos casos ocorreram com crianças - dados do Ministério da Saúde do Iraque, confirmados pela ONU). “Esse tipo de projétil era fabricado a partir de dejetos da indústria nuclear; são de uma liga mais resistente que o tungstênio, que se inflama e forma uma ‘nuvem’ incandescente de urânio depois que o projétil perfura a blindagem dos tanques e veículos” (FISK, 2007: 995). “Era cada vez mais evidente que uma praga química desconhecida estava se difundindo pelo sul da Mesopotâmia, uma trilha angustiante de leucemias e cânceres de estômago que ceifava a vida de milhares de crianças e adultos iraquianos que viviam perto das áreas de guerra do conflito de 1991” (Idem, pg. 996). Leia “O fim da inocência da ONU” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/o-fim-da-inocencia-da-onu-por-felix.html. Veja Criminoso de guerra.

Síndrome da hiperatividade geriátrica - Os americanos estavam sempre de olho no decrépito Coma Andante (Fidel Castro), que podia querer cometer loucura semelhante a 1962, quando pediu a Krutschev para despejar foguetes com armas nucleares instalados na Ilha sobre cidades americanas. Os americanos lembram que a Revolução Cultural foi lançada por Mao Tsé-Tung aos 73 anos. E o decrépito Lula, que deveria estar na cadeia, o que será capaz de fazer para trazer o PT de volta ao poder? Chamar o “exército” de João Pedro Stedile (MST)? Convocar os exércitos bolivarianos da Venezuela, Argentina, Equador e Bolívia?

Síndrome da viúva negra - Expressão referente aos bombeiros de Nova York, que largaram suas famílias para viver com a viúva do colega morto nos atentados de 11/09/2001, beneficiando-se das indenizações milionárias recebidas pelas viúvas, entre 800 mil e 1,5 milhão de dólares.

Síndrome de Calcutá - Refere-se à massa de deserdados do planeta, os sem-terra, os sem-teto, os sem-emprego, cuja função primordial é a reprodução, tornando eterno esse círculo vicioso. No Brasil, enquanto a população total cresce 1,6% ao ano, a população miserável cresce 4,3% - especialmente nas favelas e em regiões rurais atrasadas, onde não é difícil encontrar mulheres com 12 ou até 18 filhos. É uma prova de que falta planejamento familiar junto à população pobre. Um bom começo seria colocar cartelas de pílula anticoncepcional e camisinhas junto aos programas sociais do governo, como o Bolsa Família. Calcutá é uma cidade da Índia, onde a Beata Madre Teresa deu sua vida pelos pobres.

Síndrome de Estocolmo - Afeição que a vítima de um sequestro passa a ter por seu captor, após longo tempo em cativeiro. Em agosto de 1974, 2 assaltantes mantiveram 4 reféns no cofre forte de um banco, em Estocolmo, Suécia. A polícia cercou o cofre, introduzindo microfone que gravou cada palavra trocada entre os criminosos e os reféns. Assessorados por um psicólogo, os policiais puderam atacar com gás lacrimogêneo no exato momento em que sabiam que os pistoleiros se renderiam sem assassinar os reféns, com quem tinham, àquela altura, feito excelente relacionamento. Os reféns até insistiram para que os criminosos saíssem primeiro, pois temiam que a polícia os abateria depois. Estudos profundos da fita gravada forneceram aos psicólogos elementos que se mostraram muito úteis em situações posteriores. Outros exemplos clássicos da Síndrome de Estocolmo ocorreram nos sequestros de Patrícia Hersh, filha de um magnata das comunicações (EUA), e de Patrícia Abravanel, filha do apresentador de TV Sílvio Santos, a qual ficou seduzida pelo captor por chamá-la de “princesa”.

Síndrome de Burnout - Esgotamento profissional, é a fase final que surge como resposta ao stress ocupacional prolongado. Herbert J. Freudenberger foi o primeiro a observar e descrever o Burnout de maneira sistemática, em 1974.

Síndrome de Eldorado do Carajás - Semelhante à Síndrome do Carandiru, a Síndrome de Eldorado do Carajás também atinge as autoridades, a exemplo dos governadores que se mostram omissos frente às contínuas invasões do MST, temerosos de que ocorram outros “massacres”, como o de Eldorado do Carajás, em 17/04/1996, quando 19 sem-terra foram mortos em confronto com a Polícia do Estado do Pará. A mídia tratou aquele confronto como “massacre”, porém as imagens gravadas provam que o episódio não foi nada mais do que uma autodefesa dos policiais, que foram encurralados pela massa de desordeiros e seriam trucidados se não tivessem reagido para defender suas próprias vidas. Em abril de 2004, na Reserva Indígena Roosevelt, em Espigão d’Oeste, RO, os índios cintas-largas torturaram, queimaram e mataram 29 garimpeiros que extraíam esmeraldas clandestinamente. Segundo o Sindicato dos garimpeiros, 12 garimpeiros foram dados como desaparecidos. Sociólogos da Funai aplaudiram o massacre, dizendo que os índios estavam simplesmente defendendo suas terras. Se meia dúzia de índios tivessem sido mortos, esses mesmos sociólogos denunciariam o caso à ONU e à OEA como “genocídio”.

Síndrome de Halley - Expressão cunhada por Emil Farhat, no livro O Paraíso do Vira-Bosta (pg. 26). Trata-se do rodízio das práticas democráticas com os regimes de exceção, no Brasil dos chupins e dos cupins, que ocorreriam a intervalos semelhantes à passagem do cometa Halley.

Síndrome de Jerusalém - Suas vítimas são peregrinos que, depois de alguns dias na Terra Santa, se imaginam figuras bíblicas, cantam salmos nas ruas, oram para pedestres ou se vestem a rigor em lençóis de hotel. Calcula-se que 1 entre 100 peregrinos são atingidos pela síndrome. O mesmo poderá ocorrer com pessoas visitando o Vaticano ou seguindo o “Caminho de Santiago”, na Espanha.

Síndrome de Júpiter - Também chamado de “Complexo de Júpiter”, é a aplicação do conceito de terra arrasada a populações densas, como o feito pelos Aliados contra a cidade alemã de Dresden, na noite de 13 para 14 de fevereiro de 1945, noite da Terça-Feira Gorda. Veja Criminoso de guerra e Tapete de bombas.

Síndrome de Mogadíscio - Depois da morte de 18 soldados americanos na Somália, em 1993, em Missão de Paz, os EUA sofrem do que se chama no Pentágono de “Síndrome de Mogadíscio”. A partir dessa Síndrome, o Presidente Bill Clinton emitiu a Presidential Decision Directive nº 25, de 1994, que restringe a participação das Forças americanas em Missões da ONU. Depois do Vietnã, da Somália e do Kosovo - além do futuro Tribunal Penal Internacional, que poderá mover processos contra países -, os EUA só tomariam parte em intervenções humanitárias e de proteção dos direitos humanos se o risco para seus soldados for mínimo. Bem, essa parecia ser a política externa americana até ocorrer o fatídico ataque terrorista de islâmicos contra as torres gêmeas, em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington, no dia 11/09/2001.

Síndrome de Münchausen - Essa síndrome revela-se em duas versões: na primeira, a pessoa simula doenças em si próprio; na forma mais cruel, tenta simular doenças em seus filhos. Em ambos os casos, ainda que não consciente, o doente busca fazer-se de vítima para receber a atenção dos médicos, da família e dos amigos. O nome foi criado em 1957 pelo psiquiatra Richard Asher, em referência a Karl Friedrich Hieronymus, o Barão de Münchausen, nascido em 1720 na Alemanha, autor de histórias impossíveis. Nos EUA, são identificados cerca de 1.200 casos por ano. Casos conhecidos: mães que davam doces envenenados com pesticida a seus filhos; que injetavam seus próprios fluidos (urina e sangue) em seus filhos; que sufocavam suas crianças, para que seu estado de saúde piorasse. Uma dessas vítimas, a inglesa Julie Gregory, formada em Psiquiatria pela Universidade de Sheffield, Inglaterra, escreveu seu drama no livro “Eu Não Sou Doente”, também publicado no Brasil - cfr. “Mentira que destrói”, de Gabriela Carelli, revista Veja no. 1873, de 29/09/2004, pg. 60.

Síndrome de Nova York - Pânico generalizado do povo norte-americano, de ordem psicológica, ocorrido após os atentados suicidas, promovidos por muçulmanos radicais, com aviões domésticos de passageiros, que destruíram as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), de 110 andares cada, em Nova York, e que danificaram uma ala do Pentágono, no dia 11/09/2001. Às 08h48min, um avião Boeing 767 da American Airlines, com 92 passageiros, atinge o prédio 1WTC (417 m), entre o 96º e o 103º andar; às 09h03min, outro Boeing 767, da United Airlines, com 65 passageiros, atinge o 2WTC (415 m), entre o 87º e 93º andar; às 09h43min, um avião Boeing 757 da American Airlines, com 64 passageiros, atinge a ala Sudoeste do Pentágono, atravessando os anéis “E”, “D” e “C”, matando mais de 100 funcionários; um 4º avião sequestrado pelos terroristas caiu nos campos da Pensilvânia, quando se dirigia para Washington, provavelmente para atingir a Casa Branca ou o Capitólio. Esses atentados (que mataram quase 3.000 pessoas), atribuídos a Osama bin Laden, líder do grupo terrorista Al-Qaeda, levaram os EUA e a Inglaterra a bombardear bases militares e de guerrilheiros no Afeganistão, onde se esconderia bin Laden e seu grupo, protegidos pelo regime dos Talibãs. A paranoia americana aumentou depois que cidadãos norte-americanos foram afetados pelo vírus do antraz, remetidos por carta a várias instituições americanas de renome, como o jornal New York Times e o Congresso - temendo toda a população dos EUA um futuro ataque químico, biológico, ou até nuclear. O terrorista egípcio Mohamed Atta, que pilotou um dos aviões lançados contra o WTC, tentou, junto com outros 3 dos 19 terroristas mortos nos atentados, obter junto ao Departamento de Agricultura dos EUA aviões bimotores, para pulverização de lavouras, para transformá-los em bombas voadoras. Como não conseguiram o empréstimo, optaram pelo sequestro de aviões de passageiros, transformando-os em mísseis. No dia 05/01/2002, um jovem de 15 anos, Charles Bishop, aluno de uma escola de pilotagem de avião, lançou um monomotor Cessna 172 contra um prédio do Bank of America, em Tampa, Flórida, sendo a única vítima no atentado. Inspirou-se nos atentados contra o WTC e deixou um bilhete em que expressava sua simpatia por bin Laden. Houve indícios de que poderia haver ataques contra alvos americanos envolvendo aeronaves, ainda em 1993, mas, por que não foi evitado? “Quando foi desmontada, a célula de Ramzi Youssuf estava em um estágio avançado de planejamento e preparação de uma série de operações espetaculares contra alvos americanos. Uma das mais ambiciosas era atacar o quartel-general da CIA em Langley, no estado da Virgínia, lançando contra o prédio um avião leve carregado com explosivos potentes. Said Akhman era um dos candidatos a piloto suicida nessa operação. Outro plano em que a rede vinha trabalhando pretendia explodir, simultaneamente, onze aviões de companhias aéreas americanas ao se aproximarem de aeroportos nos Estados Unidos” (BODANSKY, 2002: 165). Um fato que deveria ter alertado os órgãos de Inteligência dos EUA foi o sequestro de um avião de passageiros feito por argelinos, que pretendiam explodi-lo sobre os céus de Paris na véspera do Natal de 1995; a operação, entretanto, foi abortada a tempo. “A desinformação aberrante é o condimento instrumental da gororoba utilizada pelos rancorosos ressentidos - exemplificados por um certo Thierry Meyssan, que insiste ser a CIA responsável pela destruição das torres gêmeas de Nova York; e por nosso bofe, ex-teólogo, hoje ecologista esquerdoide, que lamenta terem sido só dois e não duas dúzias os aviões que as atingiram” (Meira Penna - in REVEL, 2003: 13). O ex-padre Leonardo Boff, hoje, é um onagreen convicto. No WTC morreram 4 brasileiros: Sandra Fajardo-Smith, Ivan Kyrillos Barbosa, Anne Marie Ferreira e Nilton Fernão Cunha. O terrorismo islâmico já matou outros brasileiros: em outubro de 2002, morreram o paulista Alexandre Watake e o gaúcho Marco Antônio Farias, sargento do Exército Brasileiro, que servia na Força de Paz da ONU em Timor Leste, em ataques contra bares do balneário de Báli, Indonésia (total de 200 mortos e cerca de 300 feridos); em agosto de 2003, morreu em Bagdá o diplomata Sérgio Vieira de Mello, em ataque contra missão diplomática da ONU (total de 23 mortos); em março de 2004, morreu Sérgio dos Santos Silva, nos ataques terroristas contra trens, em Madri, quando morreram quase 200 pessoas.

Síndrome de país-afim Identificada pela atração que um país tem pelo outro, devido à sua cultura e, especialmente, pela religião. Os países mais suscetíveis dessa síndrome são os muçulmanos. Expressão utilizada por H.D.S. Greenways.

Síndrome de Picard - Os leitores de livros sofrem daquilo que chamo ‘a síndrome de Picard’. Eles têm de segurar uma cópia impressa do livro para aproveitar o que tem lá dentro. Um PDF ou um Kindle não são bons o bastante” (Gary North, in “Tecnologias digitais vs. ocultação da verdade”).

Síndrome de Pilatos - “Parece uma informação médica, mas trata-se, na realidade, de uma forma de conduta que autoridades têm se valido com muita frequência nos dias de hoje. Isso é tão mais grave, na medida em que a isenção de responsabilidade envolve questões de dolo moral e ético, presenciada por muitos, e criminosa quando se trata de ações realizadas no passado” (Capitão-de-Mar-e-Guerra Waldemar da Mouta Campello Filho, in “Síndrome de Pilatos” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/sindrome-de-pilatos-por-waldemar-da.html).

Síndrome de Raquel - Referente à agressão que a mulher sistematicamente aceita, devido à cultura machista ainda em vigor em muitas partes do mundo.

Síndrome de Vichy - O governo títere de Vichy colaborou com a Solução Final nazista. Tão vergonhoso quanto na outra ponta, onde Sartre e seus companheiros de viagem eram brandos com o totalitarismo comunista da URSS (“Quem é anticomunista é um cão”).

Síndrome do Carandiru - Mal de que são acometidas autoridades indecisas frente a uma situação difícil e de desfecho imprevisível, a exemplo do que ocorreu com o Secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, que se mostrou omisso a respeito da rebelião de presos na Casa de Custódia de Benfica, onde mais de 30 presos e um agente penitenciário foram mortos por detentos, entre os dias 29 e 31/05/2004, numa rixa envolvendo facções do Comando Vermelho e Terceiro Comando. Quatro dos mortos tiveram a cabeça e membros decepados e “os rebelados formaram um tribunal, em que decidiram quem deveria viver ou morrer” (Veja nº 1857, pg. 50). Além disso, presos em Benfica aproveitaram para fazer uma “pelada” usando cabeças como se fossem bolas. No dia 02/10/1992, 111 presos do Carandiru, presídio paulistano, foram mortos pela Polícia Militar, após uma rebelião de detentos que ameaçavam contaminar os militares com sangue contaminado pela AIDS. O episódio rendeu um livro, Carandiru, do Dr. Dráuzio Varella - um best-seller -, que, por sua vez, originou o filme Carandiru, de Hector Babenco. O coronel Ubiratan Guimarães, responsável pela repressão, foi condenado por um júri, em 30/06/2001, a 632 anos de prisão, culpado pela morte de 102 dos 111 mortos. O coronel Ubiratan recorreu da decisão, para aguardar em liberdade outro julgamento. Em 02/04/2003, como deputado estadual, Ubiratan fez um pronunciamento na 13ª Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sobre o tema: “Carandiru: o outro lado da História” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/carandiru-o-outro-lado-da-historia-por.html. No dia 10/09/2006, o coronel Ubiratan foi assassinado em seu apartamento, num caso obscuro que envolveu a amante do militar, suspeita do assassinato, mas que foi inocentada por um júri em 2012.

Síndrome do país-afim - Expressão utilizada por H. D. S. Greenways, a síndrome é identificada pela atração que um país tem pelo outro, devido à sua cultura e, especialmente, pela religião. Os países mais suscetíveis dessa síndrome são os muçulmanos, seja na Caxemira (disputa Paquistão-Índia-China), seja no Kosovo (disputa Sérvia-Albânia).

Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) - A Síndrome do Pensamento Acelerado é uma alteração, identificada por Augusto Cury, onde a mente fica repleta de pensamentos, estando completamente cheia durante todo o tempo em que a pessoa está acordada, o que dificulta a concentração, aumenta a ansiedade e desgasta a saúde física e mental. Assim, o problema desta síndrome não está relacionado com o conteúdo dos pensamentos, que geralmente são interessantes, cultos e positivos, mas sim com a sua quantidade e a velocidade com que acontecem dentro do cérebro. Normalmente, esta síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente atentas, produtivas e sob pressão e, por isso, é comum em executivos, profissionais de saúde, escritores, professores e jornalistas. No entanto, tem se observado que até mesmo as crianças tem demonstrado essa síndrome” (Claudia Faria, Psicóloga, in “Síndrome do pensamento acelerado: o que é, como identificar e tratar” - cfr. em https://www.tuasaude.com/sindrome-do-pensamento-acelerado/#:~:text=A%20S%C3%ADndrome%20do%20Pensamento%20Acelerado,a%20sa%C3%BAde%20f%C3%ADsica%20e%20mental, acesso em 29/03/2021).

Síndrome do Torpedo - Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ocasionada pela contínua emissão de “torpedos” feitos por telefone celular, quando se utiliza, normalmente, apenas um dedo para digitação.

Síndrome do Vietnã - As imagens dos sacos de plástico preto com os mortos da Guerra do Vietnã, repetidas na mídia, colocaram a opinião pública contra a Guerra, manifestada por passeatas pacifistas que reuniam milhões de pessoas nas ruas dos EUA. O Afeganistão e o Iraque repetiram a Síndrome, com a atenuante de que, agora, as tropas são formadas por voluntários, não compulsados, como no caso do Vietnã.

Síndrome dos Bálcãs - A utilização de mísseis com urânio depletado (empobrecido), feita pela OTAN contra a Bósnia e o Kosovo, teria provocado o aparecimento de leucemia em muitos soldados da Aliança e de cidadãos da antiga Iugoslávia - a exemplo do que ocorreu durante a Guerra do Golfo, em 1991. Mais de 300 refugiados de um bairro de Sarajevo atacado por aviões da OTAN em 1995 com munição de urânio empobrecido já morreram de câncer. Segundo a revista alemã Der Spiegel, também foi usado urânio empobrecido pelos EUA em sua intervenção na Somália, em 1993, sob o comando da ONU. Veja Síndrome da Guerra do Golfo.

Síndrome pastoril - Chamada assim pelo ensaísta José Paulo Paes, que é “uma saudade do campo que os brasileiros, alvos de um tão violento quanto recente processo de urbanização, gostam de extravasar vez por outra” (Mario Sabino, in “Se você me permite”, revista Veja no. 1859, de 23/06/2004, pg. 56).

Síndrome Virtual - Uso abusivo da internet, já classificada como doença, especialmente nestes tempos de mídias sociais.

Sine ira et studio - (Latim) “Sem ódio e sem preconceito”: máxima do historiador e senador romano Públio Cornélio Tácito, que não é seguida por grande parte de escritores e historiadores da atualidade, que omitem e distorcem os fatos, a exemplo da esquerda que atualmente escreve à sua cara a recente História do Brasil - especialmente aquela referente aos governos militares -, apresentando apenas uma face da moeda.

Sinfronismo - Coincidência espiritual, de estilo, de método vital, entre o homem de uma época e os de todas as épocas, dos próximos aos dispersos no tempo e no espaço. “Se cabe a Goethe a paternidade do tecnicismo, a Ortega y Gasset se deve sua aplicação às reflexões em torno da essência literária, em seu ensaio Azarín ou Primores do Vulgar” (CASTAGNINO, 1969: 41). A literatura de compromisso (littérature engagée) não é obra artística, mas panfleto para defender uma ideologia. Para Sartre, o prosador é um homem que se serve das palavras como armas - ele foi o mais engagé dos marxistas franceses. “O que sempre me incomodou em Sartre foi sua incapacidade continuada de pensar direito, muito depois de as ambiguidades das décadas de 1930 e 1940 terem se dissipado. Por que, afinal, ele se recusa tão insistentemente a discutir os crimes do comunismo, até mesmo ao ponto de permanecer conspicuamente em silêncio sobre o antissemitismo dos últimos anos de Stálin?” (JUDT, 2014: 53). Pode-se dizer o mesmo sobre o historiador comunista Eric Hobsbawm, refugiado em Londres da Alemanha nazista, que chegou a ser eleito secretário dos “Apóstolos” (veja verbete), ao mesmo tempo em que fez parte do Communist Party Historians Group (Grupo de Historiadores do Partido Comunista). Leia “Hobsbawm: a inteligência a serviço do obscurantismo”, de Reinaldo Azevedo em https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/hobsbawm-a-inteligencia-a-servico-do-obscurantismo/.

Sionismo - Movimento internacional judaico, que pregava o retorno dos judeus à antiga Palestina. O Movimento ganhou força devido ao Holocausto judeu promovido pelos nazistas e resultou na criação do Estado de Israel, em 1948. O filme “O Êxodo do Danúbio” trata da migração de judeus para a Palestina antes de II Guerra Mundial. A ONU dividiu a antiga Palestina em um território judeu e um território palestino. Os países árabes vizinhos (Egito, Síria, Jordânia e Iraque) não aceitaram a decisão da ONU e empreenderam uma guerra contra Israel, que aumentou em 50% seu território após derrotar os árabes, ocasionando a Diáspora Palestina. Na Guerra de 1967, Israel tomou toda a Península do Sinai, Gaza, a Cisjordânia (incluindo a parte Oriental de Jerusalém) e as Colinas de Golã, aproximando-se, em extensão de terras, do “Grande Israel” ou “Israel Bíblico” - objetivo perseguido pelos judeus ortodoxos até os dias atuais. Com um acordo entre Israel e os palestinos, iniciado em 1993, Gaza e algumas cidades da Cisjordânia, como Jericó, Hebron e Belém, começaram a ser transferidas para a Autoridade Palestina, porém o conflito entre Israel e os palestinos continua até hoje. Veja Congresso Sionista Mundial.

Sistema métrico da intolerância - Como se poderia medir a intolerância? Os astrônomos resolveram facilmente seu sistema de medição de distâncias fantásticas do cosmos, estabelecendo o ano-luz como unidade métrica. As estrelas não ficaram mais próximas, porém os cálculos foram bastante simplificados. Para medir a intolerância ocorrida nos últimos séculos, eu proponho que seja criado um sistema métrico para tal fim. Para medir o número de pessoas vitimadas pelo nazismo e, especialmente, pelo comunismo, poder-se-ia criar o "pol pot" como unidade métrica: 1 pol pot = 2 milhões de mortos. Afinal, Pol Pot foi um dos mais ferozes tiranos do século XX, ao lado de Stálin e Mao Tsé-Tung, promoveu uma carnificina de 2 milhões de pessoas no pequenino Camboja, seu próprio país. Seria, pois, uma justa homenagem ao facínora. Assim, teríamos:

- Santa Inquisição: (Medieval), séculos XIII e XIV; Moderna (Espanha e Portugal, séculos XV ao XIX): 0,018 pol pot (em torno de 36.000 pessoas foram queimadas vivas em autos-de-fé da Inquisição, da Igreja Católica);

- Reino do Terror (1793-1798): 0,02 pol pot (em torno de 40.000 pessoas foram mortas durante o período revolucionário francês, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just, quando ocorreram 300.000 prisões);

- Guerras Napoleônicas (1792-1815): 2,4 pol pots  - 4,9 milhões de mortes;

- Arma da Fome: 2 pol pots (genocídio inglês contra a Irlanda: a partir das “Leis do Milho”, de 1828, reduziu a população irlandesa, de 8 para 4 milhões de habitantes);

- Guerra Civil Americana (1861-1865): 0,5 pol pot  - 1,1 milhão de mortes;

- Guerra Franco-Prussiana (1870-1871): 0,1 pol pot  - 250 mil mortes;

- Massacre de chineses: 10 pol pots (Executado pelos “Rebeldes dos Cabelos Longos”, liderados a partir de 1874 por Hung Hsiu-Chuan, contra o Imperador da Dinastia Manchu. Os Rebeldes tinham uma interpretação radical do Cristianismo, exigiam a submissão total do Estado a uma única religião.);

- Massacre de cristãos armênios (1915-1923): 0,75 pol pot (1,5 milhão de armênios foram executados pelos turcos otomanos durante e após a I Guerra Mundial);

- Holodomor (1932-1933): 4 pol pots (arma da fome: cerca de 8 milhões de ucranianos foram exterminados por Stálin);

- Guerra Civil Espanhola (1936 e 1939): 0,5 pol pot (1 milhão de mortos, na guerra de franquistas contra republicanos e comunistas;

- Massacre de alemães: 0,75 pol pot (após a rendição, ao final de II Guerra Mundial, em maio de 1945, foram mortos cerca de 1,5 milhão de alemães por russos, poloneses e tchecos, quando obrigados a deixar as terras onde, durante séculos, haviam habitado, do lado da antiga Prússia, que desapareceu do mapa);

- I Guerra Mundial (1914-1918): 10 pol pots;

- II Guerra Mundial (1939-1945): 30 a 42,5 pol pots (Guerra iniciada pelo regime nazista, o número de mortos é estimado entre 60.000.000 e 85.000.000);

- Estupro em massa de alemãs (1945-1948): 1 pol pot (realizado por soldados soviéticos ao invadir a Alemanha);

- Holocausto judeu: 3 pol pots;

- Hiroshima e Nagazaki: 0,1 pol pot (bombas atômicas americanas, em 1945 - 214.000 mortes, sem contar os mortos posteriores, por contaminação radioativa);

- Guerra do Vietnã (1955-1975): 0,77 pol pot (auge da Guerra Fria, com 46.000 militares americanos mortos, 600.000 mortes de sul-vietnamitas e 900.000 mortes de norte-vietnamitas);

- China comunista (1949 até nossos dias): 32,5 pol pots; somente a Revolução Cultural (1966-1976) = 5 pol pots;

- Massacre de tibetanos: 0,6 pol pot (promovido pela China comunista na invasão do Tibete, em 1950, quando 1.200.000 foram mortos, muitos queimados vivos);

- União Soviética (1917-1981): 15 pol pots (guerra civil, Gulags, perseguição a dissidentes etc.);

- Expansionismo japonês na China (1937-1945): 12,5 pol pots (durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa);

- Cobaias chinesas: 0,1 pol pot (vítimas dos japoneses durante a II Guerra Mundial, em pesquisa para desenvolvimento de armas biológicas);

- Camboja comunista: 1 pol pot (regime genocida de Pol Pot, de 1975 a 1979, origem do sistema métrico da intolerância);

- Coreia do Norte comunista: 1 pol pot (enquanto o ditador Kim Jong II desfrutava de piscina com ondas em seu palácio, cerca de 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1997 a 2002);

- Afeganistão: 0,75 pol pot (guerra civil, contra a União Soviética, de 1979 a 1989); como consequência, surgiram os Talibãs; de 2001 até os dias atuais, são mais de 149.000 afegãos mortos na guerra contra os EUA - 0,07 pol pot;

- Leste Europeu comunista: 0,5 pol pot;

- América Latina: 0,4 pol pot (Cuba (136.000 - Veja verbete “Revolução Cubana”), Nicarágua (50.000), El Salvador (65.000), Colômbia (260.000), Peru (75.000), Chile (3.000), Argentina (5.916, não 30.000, como alardeia a esquerda - veja verbete “El Monumento a la Memoria”), Brasil (434 terroristas mortos/desaparecidos, segundo a Comissão Nacional da Verdade - CNV, e 120 cidadãos mortos por terroristas - simplesmente esquecidos pala CNV); todas as guerrilhas sul-americanas, inclusive as narcoterroristas como FARC e Sendero Luminoso, foram filhotes do KGB (União Soviética), e da OLAS, criada por Fidel Castro em 1967;

- Guerra civil no Sudão: 1 pol pot (fundamentalistas islâmicos contra cristãos e animistas; em 2011, o Sudão do Sul tornou-se independente);

- Guerra civil na Etiópia, em Angola e em Moçambique: 1 pol pot (ecos da Guerra Fria); só na guerra civil de Angola (1975-2002), foram 500 mil civis mortos, 80 mil mutilados e 1,7 milhão de refugiados;

- Genocídio de comunistas na Indonésia (1965-1966): 0,25 pol pot (promovido pelo governo Sukarno);

- Massacre de Ruanda (1990-1994): 0,4 pol pot (etnia hutus contra etnia tutsis);

- Guerra civil na Síria (2011-2021): 0,14 a 0,25 pol pot - guerra ainda em andamento (mais de 380 mil mortos, podendo chegar a 500 mil; refugiados: 5,5 milhões; desabrigados: 6,7 milhões);

- Guerra civil brasileira atual: 160 mil mortos/ano, sendo 110 mil no trânsito e 50 mil à bala: em 10 anos, temos 0,6 pol pot (dados de 2000);

- Comunismo no mundo: 55 pol pots (fonte: O Livro Negro do Comunismo), intolerância ainda em andamento (China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela). Segundo o Papa João Paulo II, em sua história de 2.000 anos, o Cristianismo teve cerca de 60 milhões de mártires (30 pol pots), sendo que 27 milhões sob o jugo comunista (13,5 pol pots). A “cristofobia” prospera, ainda hoje, entre os muçulmanos, com cristãos sendo mortos em muitos países, queimados vivos na Nigéria e crucificados no Egito;

- Holocausto de nascituros: 27,5 pol pots anuais (genocídio ocasionado por 55 milhões de abortos anuais); ainda que o número de abortos esteja em queda, é o maior crime praticado contra a humanidade em todos os tempos. Em 4 anos, significa que os arautos da morte eliminam um Brasil inteiro.

Sleeping Giants Brasil - Milícia digital esquerdista anônima, inspirada em similar norte-americano, faz campanha cerrada para que anunciantes deixem de apoiar empresas jornalísticas que disseminariam fake news. Na verdade, trata-se de boicotar anunciantes de sites de direita, sejam de apoiadores do Presidente Jair Bolsonaro, como o Jornal da Cidade Online, sejam de críticos da esquerda, como a Gazeta do Povo. Leia “Milícia anônima persegue anunciantes para tentar fechar a Gazeta do Povo” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/sleeping-giants-brasil-milicia-anonima.html e “Fiuza: Sleeping Giants é caso de polícia” em https://revistaoeste.com/fiuza-sleeping-giants-e-caso-de-policia/.

SNB - Soft National Boundaries (Fronteira Nacional Macia): conceito que enfraquece a soberania nacional em regiões defendidas por ecologistas ou indigenistas, não determinando a exata fronteira entre os países (caso da “Nação Ianomâmi”, entre o Brasil e a Venezuela).

SNI - Serviço Nacional de Informações: criado em 13/06/1964, mediante a Lei nº 4.341, foi de extrema utilidade para a derrocada das organizações terroristas que operaram no Brasil nas décadas de 1960 e 1970. O projeto de lei no. 1968, que deu origem à Lei, foi redigido por Golbery do Couto e Silva. Golbery foi o primeiro chefe do SNI, empossado em 25/06/1964. “O governo americano designou Stephen Creane, agente da CIA no Brasil, para ficar à disposição de Golbery e auxiliá-lo na montagem do SNI. (...) Num acordo oral, firmado em 1964, a CIA se dispôs ainda ‘a fornecer ao Serviço pistas operacionais específicas’ sobre atividades subversivas no Brasil. Em retribuição, o SNI alimentaria o serviço secreto americano com informações sobre a ação comunista em território brasileiro” (FIGUEIREDO, 2005: 134). O SNI foi antecedido pelo Serviço Federal de Informações e Contrainformações - SFICI (1956-1964) e substituído pelo Departamento de Inteligência (DI/SAE), em 1990, pela Subsecretaria de Inteligência (SSI), em 1992, e pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), em 1999. Apesar de existir no papel desde o mandato de Eurico Gaspar Dutra, o SFICI só foi implantado, de fato, por JK. “O SNI surgiu por transformação do Serviço Federal de Informação e Contrainformação (SFICI), criado no Governo de Juscelino Kubitschek. Quando este visitou os Estados Unidos, o Presidente Eisenhower manifestou-lhe sua preocupação com a crescente infiltração comunista no governo brasileiro. Ofereceu-lhe assistência técnica para a criação de uma agência equivalente à CIA. (...) Como Juscelino Kubitschek estava, naquele momento, interessado em reatar as negociações com o FMI, concordou em criar a tal agência. Foram implantados o SFICI, bem como Seções de Segurança Nacional nos ministérios civis - invenção atribuída à ‘ditadura’ por mal-informados -, todos subordinados à Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional. (Moniz Bandeira, em Brasil-EUA - A rivalidade emergente, Editora Civilização Brasileira - 1989, citado por Roberto Campos, em Lanterna na Popa, p. 283). O que o ‘feiticeiro’ fez, depois de ter chefiado o SFICI, durante o curto Governo de Jânio Quadros, foi moldá-lo e transformá-lo em um instrumento de suas maquinações de ‘Fouché crioulo’. Para isso, levou com ele o fichário de personalidades que tinha começado a organizar no SFICI, segundo o próprio Gaspari escreveu no terceiro volume do seu ‘pentateuco’” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 49). Em 1967, “foi criado o Conselho de Segurança Nacional, amparado por nova Lei de Segurança Nacional que substituiu a Lei de 1953” (NAPOLITANO, 2014: 80). “Formados na tradição positivista, o regime ideal para uma boa parte dos militares era a ditadura republicana, em que os mais capazes deveriam tutelar a sociedade e arbitrar conflitos de classe de maneira técnica” (idem, pg. 83).

SOA - School of Americas (Escola das Américas): criada no Panamá em 1946, mudou-se para Fort Benning, Geórgia (EUA) em 1984. Durante sua existência, formou mais de 61.000 estudantes de 21 países. Passaram pela SOA Manuel Noriega (Panamá), os generais Roberto Viola e Leopoldo Galtieri (Argentina), Hugo Bánzer (Bolívia). Nos últimos anos de existência, treinava de 900 a 2000 militares da América Latina e do Caribe. Em 1996, o jornal New York Times pediu seu fechamento, por ser “claramente oposta aos valores democráticos dos Estados Unidos”. Em 1997, o Pentágono absolveu oficiais envolvidos na preparação de um manual usado na Escola nos anos de 1980, que recomendava a tortura psicológica e até a eliminação física de opositores para obter informações de suspeitos e de prisioneiros. A Escola das Américas foi fechada no dia 15/12/2000. Grupos de esquerda, apoiados pelo Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM) e pela Anistia Internacional, sempre fizeram campanha sistemática contra a Escola, apresentando listas de nomes de militares latino-americanos e do caribe, inclusive brasileiros, que teriam passado pela SOA e que teriam torturado pessoas em seus respectivos países durante os governos militares. O ex-guerrilheiro Aluízio Palmar, amigo do terrorista Carlos Lamarca, no blog “Documentos Revelados”, apresenta a relação dos alunos brasileiros que frequentaram a Escola das Américas - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/relacao-de-militares-que-frequentaram.html.

Social - Adjetivo de pau, meleca grudada em tudo o que se refere a “politicamente correto”.

Socialismo científico - "O socialismo é a guerra civil total e permanente" (Olavo de Carvalho). Depois da Revolução Francesa, que tinha por meta “enforcar o último burguês com as tripas do último padre”, com o avanço da ciência, a exemplo de Darwin e sua obra evolucionista “A Origem das Espécies”, Deus foi destronado para dar lugar à experiência científica, ao empirismo. Só é real aquilo que pode ser visto e apalpado - dizem os profetas da nova “religião civil” da humanidade, que passaram a ser o marxismo e o positivismo, além de outros bruxos que criaram seitas estrambóticas, como o mesmerismo. De científico o socialismo não tem nada, por isso a ideologia de Karl Marx já foi justamente chamada de “ficção científica”. “O socialismo não fracassou por causa da resistência ideológica - até hoje, a ideologia dominante é a socialista. Fracassou pela sua inviabilidade” (MISES, 1987: 104). “Sob o domínio das ideologias socialistas, todos procuram desculpas para o fracasso e não para as causas desse fracasso” (idem, pg. 110). “O socialismo, que se tem na conta de ser novo, é um velho matricida. Sempre matou a república, sua mãe, e a liberdade, sua irmã” (Honoré de Balzac). “Debater com marxistas é como entrar em contatos imediatos do terceiro grau com marcianos: não se fala a mesma língua, nem funciona o cérebro da mesma maneira” (diplomata Mário Vieira de Melo). “Socialism is dead, but Leviathan lives on” (James Buchanan).

Socialismo de caviar - É o tipo de socialismo seguido por FHC, que desancava o capitalismo enquanto tinha elevado salário numa comissão junto à ALALC, no Chile do socialista Salvador Allende, com automóvel Mercedes (com motorista) à disposição. Quando enjoou da “dureza” chilena, FHC foi viver seu “exílio de caviar” na Sorbonne, onde ministrou aulas, na Paris em que todo “burguês” brasileiro tem seu apartamento e lá mora seis meses por ano - como fazia o socialista de caviar, Jorge Amado, e ainda faz Chico Buarque, para terminar seus best-sellers, como “Benjamim” e “Budapeste”. No Brasil, o mais notório socialista de caviar foi Oscar Niemayer, defensor incondicional de Fidel Castro, com Mercedes na garagem do seu apartamento da Zona Sul do Rio de Janeiro. Por que será que todo socialista de caviar gosta tanto de Mercedes?

Socialismo democrático - “Nazismo com face humana” (Olavo de Carvalho). É tão certo existir socialismo democrático quanto prostituta virgem.

Socialismo do século XXI – Sistema neocomunista, que começou sua implantação na Venezuela (Hugo Cháves), na Bolívia (Evo Cocales), no Equador (Rafael Garcia), na Nicarágua (Daniel Ortega), na Argentina (Cristina Kirchner), no Brasil (Lula-Dilma), obedecendo ao objetivo estratégico do Foro de São Paulo (FSP), que é comunizar toda a América Latina. Segundo Viviana Padelin, do movimento Fraternidad Libertaria Latinoamericana, esse tipo de socialismo é implantado em três etapas (Cfr. Las fases del neocomunismo o socialismo de siglo XXI”, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/socialismo-do-seculo-xxi-por-viviana.html):

1ª. Etapa - Governo populista: assistencialismo, aumento da quantidade de cargos públicos, aumento de salários, controle paulatino dos meios de comunicação e da cultura, corrupção, discriminação e direitos humanos, revisão da história recente (governos militares), desvalorização dos símbolos pátrios, aumento da delinquência, desmantelamento progressivo das forças de segurança ou sua cooptação com o novo regime, utilização de menores de idade para delinquir, fragmentação da oposição, ataques à Igreja Católica, ocupação de fábricas e terras “não produtivas”, aumento de ONGs de esquerda, criação de grupos de choque, criação de novas universidades de orientação esquerdista, aumento de impostos, aumento do consumo de drogas e narcotráfico, censo habitacional para conhecer os domicílios desocupados, fragmentação da central sindical, quebra do sistema de saúde;

2ª. Etapa - Etapa de implantação e consolidação: quebra da classe média, reforma constitucional, aprovação de casamento homossexual, aprovação do aborto, lei da censura, perseguição midiática e judicial, colapso do judiciário, a delinquência governa as ruas, legalização da maconha, destruição moral e física das Forças Armadas e da Segurança Pública, oposição fragmentada (incapaz de gestão eficaz, mesmo vencendo as eleições), elegem-se novos inimigos para serem combatidos pelos grupos de choque do sistema, divisão de municípios e estados, perseguição religiosa (especialmente contra católicos e evangélicos), criação de milícias armadas;

3ª. Etapa - Fase inicial do neocomunismo: “expropriações”, presos e crimes políticos, ataque à Igreja Católica, regime eleitoral à feição do partido do governo, eleições espúrias, espiral inflacionária.

A autora se esqueceu de acrescentar o item “desarmamento da população”. A Venezuela de Hugo Chávez e Nicolás Maduro é o país que está mais avançado na implantação do neocomunismo. Como visto acima, o Brasilistão do “fascismo alegre” já queimou algumas das etapas previstas no “Socialismo do Século XXI” - por enquanto, em compasso de espera, devido à eleição do presidente Jair Messias Bolsonaro. Enquanto Chávez e, depois, Maduro, utilizaram a truculência para implantar o socialismo, a esquerda brasileira se utiliza da revolução passiva e permanente preconizada por Gramsci, de modo a cooptar toda a sociedade em torno de um partido-governo, o PT. A estratégia brasileira rumo ao socialismo, ao contrário do que parece, é muito mais insidiosa e perigosa do que a estratégia do brucutu Chávez, porque se este cair, pode cair também o “bolivarianismo” venezuelano. No Brasil, ao contrário, seja quem for o presidente eleito, o fascismo vai seguir “alegre” como nunca, porque já existe uma grande ruptura na sociedade brasileira e quebra de paradigmas no que se refere ao antigo senso comum, à ética, à religiosidade, ao respeito pela vida (contra o aborto), contra as drogas, fruto de nossa herança cultural judaico-cristã, a qual é ferozmente combatida pelo socialismo ateu. Conheça a vida nababesca da famiglia Chávez em http://www.wikiblues.net/sites/default/files/EL_0.pdf.

Socialismo ou morte! - Brado de pau inventado pela Revolução Cubana, é adaptação cucaracha do grito de um conhecido português às margens do Ipiranga: “Independência ou morte!”.

Socialismo, pai do fascismo e do nazismo - “Tanto na Alemanha como na Itália, nazistas e fascistas pouco tiveram a inventar. Os costumes desses novos movimentos políticos que impregnaram todos os aspectos da vida já tinham sido introduzidos em ambos os países pelos socialistas” (HAYEK, 1990: 117). “Conceitos como Balilla e Hitlerjugend, Dopolavoro e Kraft durch Freunde, uniformes políticos e a estruturação militar dos partidos, pouco mais são do que imitações de instituições socialistas mais antigas” (idem, pg. 118). “Embora os pensadores alemães tenham liderado o processo, de modo algum se pode dizer que foram os únicos a trazer-lhe contribuições. Thomas Carlyle e Houston Stewart Chamberlain, Augusto Comte e Georges Sorel distinguiram-se tanto quanto os alemães no desenvolvimento da doutrina nacional-socialista” (idem, pg. 158). “Foi estreita, desde o início, a relação entre o socialismo e o nacional-socialismo naquele país [Alemanha]. É significativo que os mais ilustres precursores do nacional-socialismo - Fichte, Rodbertus e Lassalle - sejam reconhecidos, ao mesmo tempo, como fundadores do socialismo” (idem, pg. 159). Ende des Kapitalismus” (O fim do capitalismo), de Ferdinand Fried, pertence à Edennazis (elite nazista).

Socialismo Radical da Matemática - Até a Matemática se tornou um ente radical. A tese de pau propagada por Sal Restivo, autor de The Social Life of Pure Mathematics” (1994), se refere a três insights: “Todo discurso é social; o indivíduo é uma estrutura social; e o intelecto - mente, consciência, aparato cognitivo - é uma estrutura social (...) Esses insights fundamentam o que ele chama de Sociologia Radical da Matemática, pautada na formulação de Karl Marx (1818-1883), segundo a qual a Ciência é uma atividade social, sendo que, para Restivo, tal Sociologia Radical pode ser considerada como um programa no qual todo discurso sobre/da Matemática é discurso social” (in Matemática enquanto um constructo social”, de Chateaubriand Nunes Amâncio e outros - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/a-matematica-enquanto-constructo-social.html). Sacou, mermão? Leia “Uma Perspectiva Sociológica do Conhecimento Matemático”, de Chateaubriand Nunes Amâncio, em https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/102132/amancio_cn_dr_rcla.pdf?sequence=1

Sociedade civil – Denominação utilizada pela primeira vez por Adam Ferguson, em 1767, em seu Ensaio sobre a história da sociedade civil, no qual discorre sobre as virtudes do homem na sociedade civil, ou seja, a "sociedade civilizada", em oposição ao homem isolado e bruto. O marxista francês L. Althusser, aplicando a dialética hegeliana, afirmou que em cada sociedade há embutidas duas sociedades diferentes e opostas: a sociedade política ou Estado (classe dominante) e a sociedade civil (sociedade dominada ou povo), denominações fartamente utilizadas por Antônio Gramsci. Gramsci, um dos fundadores do Partido Comunista da Itália, Seção Italiana da Internacional Comunista, em sua “Teoria Ampliada do Estado” considera duas esferas no interior das superestruturas:

1) Sociedade Política, que ele chama de “Estado em sentido estrito” ou “Estado-coerção”, que é formada pelo conjunto de mecanismos através dos quais a classe dominante detém o monopólio legal da repressão e da violência, e que identifica com os aparelhos de coerção sob controle das burocracias executiva e policial-militar; e

2) Sociedade Civil: compreende as ONG, organizações comunitárias, associações de moradores, organizações religiosas, partidos políticos, sindicatos, associações profissionais, corporações privadas sem finalidades lucrativas, organizações societárias (membros, sócios), e todas as formas de organizações e instituições privadas, como fundações, escolas, universidades, centros de pesquisas e a organização material da cultura (revistas, jornais, editoras, meios de comunicação de massa etc.). Entenda-se “sociedade socialista total”, no pensamento de pau gramscista. Segundo Gramsci, é a Sociedade Civil, em sua “guerra de posição” nos estados democráticos modernos, que irá levar esses países à conquista do socialismo. A “guerra de movimento” ou “revolução permanente”, na acepção de Marx e Engels em 1850, será adotada contra os estados absolutistas ou despóticos, ou contra estados democraticamente fracos. O Brasil, desde o advento da Nova República, em que o “Estado coercitivo” tradicional está se tornando cada vez mais inoperante e inútil, está pavimentando rapidamente o caminho que levará ao paraíso sonhado por Antonio Gramsci. Com o sucessor de FHC, amplia-se o “fascismo alegre”. Afinal, se alguém entendia o que era fascismo, essa pessoa era o fascista Antônio Gramsci.

Sociedade de Dois Terços - Expressão alemã significa que 2/3 estão “dentro”, usufruem os benefícios da cidadania, enquanto 1/3 está “fora” desses benefícios, como os desempregados e os de baixa renda - a nova “classe inferior”. Leia “O Liberalismo de Ralf Dahrendorf”, de Antonio Carlos Dias Júnior, em https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/187667/O%20liberalismo%20de%20Ralf%20Dahrendorf%20e-book.pdf?sequence=1&isAllowed=y&fbclid=IwAR30Yg5UV1ZgPUBau0-2dvUoedfjU88uVHv3mQRxnU72Vq2Ym1Zow2fNA-s. Veja Princípio de Pareto.

Sociedade Fechada - Conceito de Henri Bergson em “Les Deux Sources de la Morale et de la Religion”, para sociedades isoladas e despóticas do tipo Oriental (Muralha da China, Cortina de Ferro, Muro de Berlim - além da Caaba em Meca, onde os não-muçulmanos são proibidos de entrar). A “sociedade aberta” é a do tipo Ocidental, onde impera a democracia. Daí a “tensão bipolar fundamental entre a sociedade totalitária, fechada, despótica, imanentista e cosmológica do Oriente e a sociedade aberta, livre e transcendentalista do Ocidente - a primeira vivendo sob o determinismo das leis cíclicas, a segunda na linhagem de uma tradição cumulativa e de uma história irreversível” (PENNA, 1967: 86-87). Nas últimas décadas, o Ocidente está se tornando cada vez mais “Oriental” e despótico, por obra de pressão de ONGs, “minorias” e ambientalistas radicais, que substituíram a sanha dos comunistas para destruir a civilização Ocidental de cunho judaico-cristão e substitui-la por um governo mundial de gosto tutti frutti socialista. Os Antifas estão aí para dar uma força, assim como o movimento BLM (Black Lives Matter), ambos de inspiração marxista.

Sociobiologia - Edward Wilson é autor de “Sociobiology: the New Synthasis” (1975) e “On Human Nature” (1979). O grande erro de Wilson foi querer estudar o ser humano observando o comportamento das formigas. A medida do ser humano sempre deve ser o estudo do Homo sapiens, não de ninhos de formiga ou colmeias de abelhas, com ou sem ferrão. O sapiens já percorreu 3 estágios de evolução: revolução cognitiva, revolução agrícola, e invenção da escrita e do dinheiro; atualmente, vive a revolução científica.

SOE - Sotsialno-Opasni Element (Elemento Socialmente Perigoso): na antiga União Soviética, quem não concordava com o totalitarismo era “perigoso” para a sociedade e, por isso, devia ser eliminado. O mesmo ocorre ainda hoje em Cuba, onde só se pode pensar e escrever a favor da ditadura castrista.

Soft business - Análise leve do mundo empresarial, também abordado em livros de autoajuda, como “O que podemos aprender com os gansos” e “O que podemos aprender com os gansos 2”, de Alexandre Rangel; “Caminhos e Escolhas”, de Abílio Diniz; “Quem Mexeu no Meu Queijo?”, de Spencer Johnson; “Pai rico, pai pobre”, de Robert Kiyosaki & Sharon Lechter; “100% cliente”, de Sérgio Almeida.

Soka Gakkai - Seita religiosa japonesa; catastrofista com a chegada do novo milênio, a exemplo da seita Aum Shinri Kyo, responsável pelo ataque com gás venenoso sarin no Metrô de Tóquio, em março de 1995.

Sokaiya - Máfia japonesa especializada em extorquir grandes empresas, ameaçando vender informações confidenciais.

Solidariedade - Os socialistas são solidários a Cuba e contrários aos EUA, são solidários ao grupo terrorista Hamás e contrários a Israel.

Solidarismo - O opúsculo “O Solidarismo como Filosofia Universal e como Partido” foi escrito em 1961 por Severino Mariz Filho, inspirado nas ideias do Prof. Heitor Calmon. Obra avant la lèttre - pelo menos no que se refere à solidariedade “criada” pelo politicamente correto -, pretende aliar o comunismo à democracia, uma aberração que pode ser comparada às experiências “totêmicas” de “cientistas soviéticos”, que tentaram realizar o contubérnio da mulher com o chimpanzé: “O estudo econômico da vida, focalizado pela uniformização criada através do Sindicalismo Mutualista, desafia os legisladores e pensadores contemporâneos de todo o mundo, no sentido de codificá-lo, numa fusão dos ideais defendidos pelo comunismo e pela democracia, constituindo-se um todo harmônico e universal - o solidarismo” (pg. I). O Solidarismo flerta com a anarquia e com o socialismo, ao pretender criar uma nova sociedade a partir de uma tábula rasa: “O Estado solidarista desenvolverá a participação da pessoa humana na coletividade pela educação e pelo interesse. Somente a educação poderá efetuar a preparação do fim a que se propõe o Estado solidarista, configurando uma homogeneidade, que se apresenta como fator de harmonia na vida coletiva. Por essa razão, o Estado solidarista seria contrário à existência de escolas, cujas normas educativas contrariassem seus objetivos solidaristas, pela manutenção de uma herança social, imposta à criança, visando à conservação das instituições e ideias de grupos, em concorrência perniciosa aos ideais do solidarismo, que pretende eliminar, no porvir, a preponderância de uns sobre os outros, já que a consciência solidarista solicita cooperação mutual e condena prepotência” (pg. III).

Solipsismo - Do Latim solus (só) e ipse (ele mesmo), designa o isolamento da consciência humana em si mesma. Veja mais em https://pt.wikipedia.org/wiki/Solipsismo. O sujeito solipsista é o Selbstsüchtiger, ou viciado em si mesmo. É aquele que se coloca na contramão dos constrangimentos cotidianos: isto é, ignorando que o dia a dia nos ensina que não se pode estabelecer sentidos arbitrários às palavras, ele pensa que pode e assim o faz, pois dá às palavras o sentido que quer” - cfr. em https://www.conjur.com.br/2017-set-21/senso-incomum-noticia-ultima-hora-cnj-autoriza-cura-juiz-solipsista.

Solnzevsk - A mais conhecida e poderosa organização criminosa de Moscou, atuante desde o antigo regime soviético. Mantém ligação com a diáspora russa em Israel, Áustria e EUA. Tem estrutura comercial e bancária própria, casas noturnas e cassinos, além de comercializar drogas.

Soloviétski - Grupo de ilhas do Mar Branco, também conhecidas coloquialmente como Solóvki, onde há muitos monastérios. Eram usados como lugar de exílio para padres rebeldes na Idade Média. Depois da Revolução Russa de 1917, foram usadas como Campos de Trabalhos Forçados Especiais (SLON).

Solução Final - Holocausto ou Shoah (hebraico) ou Endlösung (alemão): também conhecida como Aktion Reinhard, refere-se ao programa de genocídio “para resolver o problema judeu”, contido numa ordem de Goering, autorizada por Hitler, no dia 31/07/1941, dirigida ao representante de Himmler e chefe da SD (Sicherheitsdienst ou Serviço de Segurança do Reich), Reinhard Heydrich, a quem Hitler chamava de “o homem com o coração de ferro”. Antes, o Ministério do Interior havia produzido um “decreto de nome”, obrigando os judeus a adotar Israel ou Sara como segundo nome. “Diário de Felix Kersten, médico de Himmler, 11 de novembro de 1941: ‘Himmler está ansioso. Ele volta da chancelaria, onde viu o Führer. Tenho cuidados com ele. Tento saber o que o atormenta. Depois de muitas hesitações, confessa que está meditando sobre o extermínio de judeus” (HÖHNE, 1970: 189). “A ‘solução final’ tornou-se uma realidade a partir da primavera de 1942. O primeiro grande extermínio a gás começou em Belzec, no dia 17 de março de 1942. Esse campo tinha a capacidade de exterminar 15.000 pessoas por dia. No mês seguinte, foi a vez de Sobibor (20.000 por dia); a seguir, Treblinka e Maidanek (25.000) e mais Auschwitz, que Hoess chamou de ‘a maior instituição para a aniquilação humana de todos os tempos’. A documentação sobre o genocídio é enorme (Ver Raul Hilberg, ‘Documents of Destruction: Germany and Jewry 1933-1945’, NY, 1971 e Destruction of the European Jews, NY, 1961.) Os números quase desafiam a crença. Até dezembro de 1941, Hitler havia matado pelo menos 5.524.000: 2.600.000 da Polônia, 750.000 da Rússia, 750.000 da Romênia, 402.000 da Hungria, 277.000 da Tchecoslováquia, 180.000 da Alemanha, 104.000 da Lituânia, 106.000 da Holanda, 83.000 da França, 70.000 da Letônia, 65.000 tanto da Grécia como da Áustria e 9.000 da Itália. Em Auschwitz, onde dois milhões foram assassinados, o processo foi conduzido como numa operação industrial de grande porte. (...) A conferência executiva que estabeleceu os detalhes foi organizada por Eichmann e presidida por Heydrich, em Wannssee, a 20 de janeiro de 1942. Já agora muitas provas foram acumuladas acerca dos métodos de extermínio. Desde junho de 1941, seguindo instruções de Himmler, Rudolf Hoess, comandante do Campo 'A’, em Auschwitz-Birkenau, já vinha fazendo experiências. O fuzilamento era muito lento” (JOHNSON, 1994: 347). “Os primeiros relatórios do genocídio chegaram ao Congresso Judaico Mundial em Lausanne, em agosto de 1942. (...) Em agosto de 1943, foi sabido e publicado que 1.702.000 judeus já tinham sido exterminados. No dia 1º de novembro, Roosevelt, Stálin e Churchill, conjuntamente, avisaram aos líderes alemães que eles seriam julgados por tais crimes” (idem, pg. 352). Veja Holocausto.

Soma - No romance distópico de Aldous Huxley, “Admirável Mundo Novo”, “os cidadãos se contentam em mastigar soma, uma droga que confere felicidade e esquecimento” (HARDING, 2014: 258). “Soma” (carisoprodol) aparece também na letra de “5 and 20 Schoolgirls”, dos Gong: “Mother’s in coma, from drinking too much soma”.

Sombra - “Depois da Segunda Guerra Mundial, e por inspiração da propaganda comunista, o mecanismo de projeção da sombra sobre o americano intensificou-se e exacerbou-se, além de qualquer medida. Nacionalismo, marxismo e antiamericanismo tornaram-se sinônimos” (PENNA, 1967: 164). “A transferência ou projeção é infelizmente um fenômeno psicológico dos mais sérios. Isso porque o histérico é um mentiroso contumaz que projeta sobre seus amigos, sócios e parentes - sobre aquele de quem mais depende - a energia libidinosa concentrada no círculo vicioso do ‘complexo’ inconsciente” (idem, pg. 165). “As teses reunidas pelo uruguaio Eduardo Galeano em seu livro As veias abertas da América Latina são ao mesmo tempo netas de Marx, filhas de Lênin e sobrinhas de Freud, graças a essa providencial transferência de culpa” (MENDOZA, 2007: 17). Lênin é autor da mentira do milênio: “Somos pobres porque os países ricos nos exploram”. “Só aquele que, na solidão, sabe ser rigoroso e justo consigo mesmo - e contra si mesmo - é capaz de julgar os outros com justiça, em vez de se deixar levar pelos gritos da multidão, pelos estereótipos da propaganda, pelo interesse próprio disfarçado em belos pretextos morais” (CARVALHO, 2013: 41).

Sorbonne - A Universidade de Paris, criada em 1200, é uma das mais antigas do mundo. “Sorbonne” é apelido maldoso dado à Escola Superior de Guerra (ESG). Criada em 20/08/1949, subordinada ao EMFA (hoje, ao Ministério da Defesa, desde 1999), a ESG teve sua gênese a partir da integração da FEB ao contingente norte-americano no teatro de operações da Itália, quando foi constatada pelos militares brasileiros a abissal distância entre aquele exército e o nosso, havendo necessidade urgente de atualização das doutrinas, planejamento e padrões militares, logística e equipamento da tropa. "Muitos dos civis importantes do IPES se diplomaram na ESG antes da fundação do IPES, e mais tarde alguns dos mais importantes membros fundadores do quadro da ESG, como o general Golbery do Couto e Silva e o general Heitor de Almeida Herrera, se associaram ao IPES. (...) No Governo Castello Branco, foram utilizados muitos projetos e pessoal do IPES. Isto é mais visível na lei de reforma agrária do governo, na reforma bancária, no programa de habitação e na lei de estabilidade de emprego dos trabalhadores" (STEPAN, 1975: 137). Vernon A. Walters, oficial-de-ligação do Exército dos EUA junto à FEB, na Itália, disse o seguinte sobre Castello Branco: “Dotado de inteligência brilhante, impacientava-se com a incompetência e não tolerava a fraqueza e a mentira. Nunca hesitou em expressar seus pontos de vista, quer aos superiores hierárquicos, quer aos oficiais norte-americanos. Jamais o vi embaraçado, arrogante ou servil” (WALTERS, 1986: 122). Além de militares intelectuais, como Golbery, a ESG foi integrada por generais-presidentes, como Castello Branco e Ernesto Geisel. Durante o governo petista, a ESG se tornou um antro esquerdista, chamou João Pedro Stédile para realizar palestra. Deveria ter mudado sua denominação para Escuela Señor Guevara (ESG). Uma amostra do que ocorreu lá pode ser conhecido em “A ESG como o diabo gosta”, de Christina Fontenelle - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/03/a-esg-como-o-diabo-gosta.html.

SORPE - Serviço de Orientação Rural de Pernambuco: criado em 1961, numa reunião de 26 padres da zona rural promovida por Dom Eugênio Sales, Bispo de Natal. Dirigido pelo padre Paulo Crespo, principal estrategista do movimento, a organização se destinou ao treinamento de líderes camponeses capazes de combater as organizações políticas revolucionárias e ideológicas no Nordeste rural, como as Ligas Camponesas, o Movimento de Educação de Base (promovido pelo Ministério da Educação) e o método de alfabetização Paulo Freire, de inspiração marxista. O serviço obtinha recursos da Liga Cooperativa dos EUA (CLUSA), que por sua vez era parcialmente financiada por contribuintes das instituições que serviam de receptores dos fundos da CIA. Além do SORPE, havia outros movimentos sindicais da Igreja em cerca da metade dos Estados do Brasil, inclusive todos os Estados do Nordeste: SAR (Serviço de Apoio Rural), no RN; SORPE em PE; FARG no RS (em oposição ao MASTER, sindicato patrocinado por Brizola); FAP em SP e FAG em Goiás. Além da Aliança para o Progresso (https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/em-1961-jfk-cria-alianca-para-o_17.html), os EUA mantinham um apoio às cooperativas canavieiras do Nordeste, por meio da The Cooperative League of the USA (CLUSA) - Cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/the-cooperative-league-of-usa-clusa-e-o.html.

Sou da Paz - ONG dita “pacifista”, deveria mudar seu nome para “Sou da Ford”, por receber vultosa quantia monetária da Fundação Ford. “As almas filantrópicas podem julgar que existe maneira diferente de contrapor-se a uma ação violenta sem uso da violência. É um erro pensar assim, por mais que a brutalidade nos repugne” (Carl Von Clausewitz).

Sou 100% negro! - Lê-se tal frase pauleira em camisetas de negros, que a ostentam com orgulho. Prova apenas que o alienado é 150% racista, se racismo houvesse, já que não há raças humanas. Estudos do genoma humano comprovaram que um negro pode ser mais próximo, geneticamente, de um loiro escandinavo de olhos azuis do que de outro negro. Outra frase de pau exemplifica também esse tipo de “racismo invertido”, o “racismo” de cor negra: “Tenho orgulho de ser negro!” Biólogos alemães defendem o fim do termo “raça” para humanos - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/biologos-alemaes-defendem-fim-do-termo.html.

Spetsnaz - Tropa de elite do Exército Russo. “A finalidade básica de um agente comum é fornecer informações, enquanto a de um agente Spetsnaz é realizar ações terroristas” (SUVOROV, 1985: 180).

SPLA - Sudan People’s Liberation Army (Exército Popular de Libertação do Sudão): rebeldes do Sul do Sudão (SPLA) promoveram guerra civil contra as Forças do Governo de Khartoum, desde 1983, com o intuito de tornar independente o Sul do país, onde predominam cristãos e animistas. Mais de 2 milhões de pessoas morreram na Guerra Civil. Em 2011, foi criado o Sudão do Sul, após plebiscito.

Splinternet - “Splinternet é um termo cunhado pelo pesquisador Cly de Wayne Crews para ilustrar a ideia de uma internet dividida (split + internet), de acordo com interesses comerciais, políticos e religiosos de diferentes países, os quais passariam a bloquear o acesso a determinados conteúdos indesejáveis de dentro de seus territórios. Foi concebido como um conceito positivo, mas, recentemente, a proximidade com a prática de censura vem dando conotação negativa ao termo” (HARDING, 2014: 240). Veja Cultura do cancelamento.

Stalking - “Perseguição”. A Lei nº 14.132/2021 tipificou essa conduta como crime, ao acrescentar o Art. 147-A ao Código Penal, com a seguinte redação: “Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. § 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido: I – contra criança, adolescente ou idoso; II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código; III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma. § 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência. § 3º Somente se procede mediante representação.” A perseguição feita na internet se chama cyberstalking.

Stalinismo puritano - Denominação paradoxal dada pelo diretor teatral inglês, Peter Hall, para a moda do “politicamente correto” em vigor, que condena, p. ex., o assédio sexual, mas apoia a matança de nascituros (aborto). Para Hall, a esquerda liberal substituiu a antiga direita e hoje promove patrulhamento e censura a trabalhos de intelectuais que ousam escrever palavras julgadas ofensivas. Segundo Hall, um de seus atores secundários recusara-se a dizer a palavra nigger (negro), embora o autor de “Um Bonde Chamado Desejo”, Tennessee Williams, a tivesse escrito. Esse puritanismo de idiotas tem larga aceitação no Brasil, onde a vida de uma tartaruguinha tem mais valor do que um feto humano. Veja Puritanismo.

STASI - Polícia Secreta da antiga Alemanha Oriental (comunista), chefiada pelo lendário espião Markus Wolf. O trabalho de subversão da STASI começou em 1961, quando Israel deu início ao julgamento de Adolf Eichmann, ocasião em que a STASI apoiou e patrocinou grupos neonazistas no Ocidente, durante as décadas de 1970 e 1980, para desestabilizar a Alemanha Ocidental. Durante a Guerra Fria, foram “comprados” dos comunistas, através da STASI, 33.000 alemães orientais (para libertação), pelos alemães ocidentais, ao preço total de 3,5 bilhões de marcos alemães. O dinheiro era investido pela STASI em tecnologia (máquinas fotográficas, equipamentos de espionagem), depois utilizada para combater o Ocidente. “O número de agentes da STASI cresceu de 27 mil em 1950 para 91 mil em 1989. Outros 180 mil trabalharam como Inoffizielle Mitarbeiter (IMs), informantes não oficiais. (...) Na época da dissolução da RDA, dois em cada 13 cidadãos eram informantes” (HARDING, 2014: 210). Vladimir Putin fez carreira na KGB: “Depois de anos de serviços leais e eficientes ao Estado, obtivera um cargo de modesta estatura e respeitabilidade, e então, com a queda do Muro de Berlim, em 1989, viu a derrocada do sistema ao qual dedicara a vida. Na época, trabalhava para a KGB em Dresden, na Alemanha Oriental, e, ao que consta, passou os dias subsequentes destruindo arquivos às pressas e montando guarda contra eventuais saqueadores” (OBAMA, 2020: 472).

Stasis - (Grego) “Parada”: estado de equilíbrio ou inatividade causado pela oposição de forças iguais; em sentido figurado, paralisia, êxtase.

Stella Wind - Vento Estelar. Programa de espionagem americano, criado após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, para “coleta de conteúdo e metadados de milhões de americanos, sem mandado judicial” (HARDING, 2014: 47). Veja PRISM.

Stern - Grupo terrorista organizado por Menahem Begin, israelense nascido na Rússia Branca, cujos membros assassinaram, em 1948, o Conde Folke Bernadotte (parente da família real sueca), mediador internacional da ONU em Jerusalém, e seu assistente francês, André Serot. Begin também chefiou o Irgun e o Partido extremista do Kahal. Begin tornou-se o sexto Primeiro-Ministro de Israel, em 1977, e negociou com o presidente egípcio Muhammad Anwar al-Sadat os Acordos de Camp David, pelos quais os dois obtiveram o prêmio Nobel da Paz em 1978. “Segundo Kurzman, ‘antes da Resolução das Nações Unidas, os sternistas mataram os ingleses indiscriminadamente, numa tentativa de aterrorizar as forças de ocupação, obrigando-as a deixar a Palestina. (...) Agora, o principal inimigo seriam os árabes” (GATTAZ, 2002: 106). Dan Kurzman é autor de “Genesis 1948: The First Arab-Israeli War”, Londres, Valentine/Mitchell, 1970. “Com a progressiva evacuação do Exército inglês, as forças paramilitares sionistas passaram a operar mais livremente, mudando seu alvo para as populações árabes, visando expulsá-las do território que formaria o Estado judaico. Para a execução dessa meta, os colonos-soldados lançaram mão de táticas terroristas, atacando populações civis e massacrando aldeias inteiras, disseminando o pânico entre os palestinos e provocando sua fuga em massa das principais cidades e do interior do que viria a ser o Estado de Israel” (idem, pg. 103). Veja IZL e Massacre de Deir Yassin.

Student Power – “Poder estudantil”: “Citando o livreto ‘Student Power’ [Paul Johnson in “Inimigos da Sociedade”], distribuído por alunos de uma universidade, naquilo que o autor classifica como ‘um plano muito bem elaborado para destruir os padrões acadêmicos’: virar as mesas do sistema através das universidades e faculdades como áreas-bases, a partir das quais solaparemos as instituições mestras da ordem social. Nenhum país capitalista desenvolvido pode se dar ao luxo de manter uma ocupação policial permanente em todas as faculdades e universidades, como também não pode agir com os sabujos militares latino-americanos e cerrar as portas das universidades. Enquanto as universidades e faculdades fornecerem uma espécie de local que não pode ser policiado permanentemente, poderão elas transformarem-se em bases vermelhas de agitação e preparação revolucionária’” (COUTO, 1984: 36).

Suástica Rosa - O livro “The Pink Swastika”, publicado em 1995 por Scott Lively e Kevin Abrams, trata de possível homossexualidade dentro do Partido Nazista, incluindo Adolf Hitler.

Sublevação da Rua Árabe - Movimento de massas contra ditadores árabes, que teve início em 2011. Veja Primavera Árabe.

Subversão - “’A subversão é um conjunto dos meios psicológicos que têm por finalidade o descrédito e a queda do poder estabelecido, do regime ou do sistema social. Esses meios consistem em moldar metodicamente a opinião pública. Molda-se uma ‘maioria silenciosa’ que, refugiada na indiferença em relação ao Estado ou às autoridades próximas e estrangulada pelo ‘pânico mudo’, assistirá sem reagir, quando ficar madura, a queda de todo o sistema, que ruirá sozinho, como um fruto apodrecido’” (Roger Mucchielli in “A Subversão” - apud COUTO, 1984: 15). “Os militares sofreram de tal maneira a infiltração [comunista], que tivemos, pouco antes da Guerra da Espanha, a Intentona de 1935 e, em 1964, a nossa Revolução precisou retirar, de forma autoritária de suas fileiras, mais de quatro mil militares sob suspeição de tolerância com o comunismo, número muito maior do que o de afastamentos no funcionalismo civil” (Jornalista Aritóteles Drummond - HOE/1964, Tomo 9, pg. 147).

Submissão - Psicólogos americanos, na década de 1950, explicaram a submissão do povo russo ao domínio de Stálin como efeito do costume daquele povo de enfaixar seus bebês. Eles diziam que os russos, habituados desde o berço a ter o corpo, os braços e as pernas amarrados, criavam-se presos à autoridade. Talvez isso explique por que o povo russo ficou submetido ao comunismo durante 74 anos. Qual seria o motivo da submissão chinesa, presa sob as garras dos comunistas desde 1949?

Sucialismo - Socialismo das súcias: “Os petistas desenvolvem no Brasil um novo tipo de socialismo, que eu costumo chamar de ‘sucialismo’. Isto mesmo que o neologismo quer dizer, ou seja, um regime socialista de súcia, de quadrilhas, de compadrio e afinidades ideológicas no aparelhamento do estado para a quase única finalidade, além da de se eternizarem no poder: a do enriquecimento ilícito” (Francisco Vianna, em comentário a respeito de uma cartilha que enaltecia os 10 anos de governo petista, “O Decênio que mudou o Brasil - PT 10 anos de governo: do povo, para o povo, pelo povo”, elaborado com apoio do Instituto Lula e da Fundação Perseu Abramo).

Sultanismo - Assassinato de oponentes políticos, já comum no tempo dos césares e do Imperador Constantino. 

 

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“As Forças Armadas só fizeram bem ao Brasil, tanto que, hoje, apesar de toda a campanha movida contra os militares, pela esquerda e pela imprensa, ainda se constituem na instituição de maior credibilidade deste País, perdendo apenas para a Igreja Católica” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 285). Em 2013, em pesquisa feita pela FGV, as FA tinham 75% de aprovação, a Igreja Católica 56% e os políticos petralheiros e cooPTados, na lanterna, 7%. Em 2020, a aprovação das Forças Armadas foi de 68,8%, segundo o site Instituto da Democracia. No mesmo ano, o Congresso Nacional teve aprovação de 17%, segundo o Data Folha.

 

Taco de Hóquei - Gráfico elaborado por Michael Mann, o Hockey Stick mostraria como a temperatura da Terra aumentou no último milênio. Apresentado no Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em 2001, serviu de base para a tese do documentário “An Inconvenient Truth” (Uma Verdade Inconveniente), lançado em 2006, com a direção de Davis Guggenheim e roteiro e participação de Al Gore, vice-presidente do governo Bill Clinton. Pelo trabalho, Al Gore recebeu o Nobel da Paz, em 2007. A trapaça do aquecimento global foi desmascarada por vários cientistas “céticos”, dentre os quais se destaca o jornalista investigativo e escritor britânico James Delignpole, autor do livro “Os melancias”. O Período de Aquecimento Medieval (MWP) “foi a era em que a Groenlândia, hoje considerada quase-inabitável, realmente fez jus ao nome (pelo menos em algumas partes), permitindo que os vikings lá se instalassem, plantassem cevada e criassem ovelhas e vacas” (DELINGPOLE, 2012: 31). Aos poucos, a farsa do Aquecimento Global Antropogênico (Anthropogenic Global Warning - AGW) está sendo substituída pela “tese” da Mudança Climática - algo que ocorre desde a formação de nosso planeta. “Quem controla a linguagem, controla a cultura. Quem controla a cultura, vence a discussão política” (idem, pg. 14). “O AGW é uma religião, com seus sacerdotes e profetas: Al Gore, o Príncipe de Gales, Sua Excelência Sir Jonathon Porritt. Possui seus templos: a Academia Nacional de Ciências, a Royal Academy, o IPCC. Também conta com monges (e freiras) combativos: Leonardo DiCaprio, Ed Begley Jr. Tamsin Omond. Tem sua própria conceção do pecado original - a pegada de carbono – que pode ser perdoado com a prática de penitências – os créditos de carbono” (idem, pg. 243). Faltou acrescentar Jane Fonda, atriz e ativista ambiental da terceira idade, que disse que a “Covid-19 foi um presente de Deus para a esquerda”, pois ajudou a derrotar o presidente americano Donald Trump, em favor de Joe Biden. Leia mais sobre o “Climagate” em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/taco-de-hoquei-uma-tacada-forte-em.html. Veja Agenda 21, Climagate, Clube de Roma e Pegada de carbono.

Talibã - “Estudante de religião”: a milícia Talibã, formada principalmente por fundamentalistas islâmicos da etnia Patane, nasceu nos seminários islâmicos (madrassas) do Paquistão. No vácuo político que se seguiu após a retirada soviética (1989), o Talibã apoderou-se de Cabul, capital do Afeganistão, em setembro de 1996, chegando a ocupar 90% do território afegão. Implantou costumes muçulmanos radicais (Sharia) no país: os homens foram obrigados a ter barbas longas, as mulheres obrigadas a vestir o chaderi (túnica longa que encobre, inclusive, o rosto) e proibidas de trabalhar e estudar, devendo permanecer em suas residências, de onde somente podiam sair acompanhadas de um parente próximo. O Talibã criou o “Ministério da Propagação da Virtude e de Combate ao Vício” e, a partir de 21/07/1998, ordenou que toda a população destruísse antenas, aparelhos de TV e videocassetes. Em março de 2001, os Talibãs destruíram estátuas nos museus do país, incluindo duas estátuas gigantescas de Buda, localizadas em Bamiyan, que haviam sido esculpidas há mais de 1.500 anos; uma dessas estátuas era a maior estátua de Buda do mundo. Para o regime Talibã, era impuro: carne e banha de porco, antena parabólica, filmadora, mesa de sinuca, jogo de xadrez, fita cassete, álcool, cinema, computador, aparelho de videocassete, TV, música, instrumentos musicais, esmalte de unha, lagosta, estátuas, quadros, cartões de Natal, catálogo de moda. No dia 08/10/2001, começou o ataque americano contra a milícia Talibã e centros de treinamento de guerrilheiros, por abrigar Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, suspeito de promover, no dia 11/09/2001, os atentados contra os EUA (torres gêmeas do World Trade Center, de Nova York, e Pentágono, em Washington). No final de 2001, os Talibãs foram substituídos por um Governo de coalizão nacional. O americano John Walker Lindh, de 20 anos, lutou contra os EUA ao lado dos Talibãs, foi a julgamento na cidade de Alexandria, Virgínia (EUA), acusado de conspirar para matar cidadãos americanos e de apoiar a rede terrorista Al-Qaeda. Os EUA prometeram retirar suas tropas do Afeganistão até o simbólico dia 11/09/2021 - aniversário dos 20 anos da derrubada das Torres Gêmeas e de uma ala do Pentágono. Com um governo afegão corrupto, que é tanto odiado pela população, quanto pelo Talibã, que voltou a ocupar cerca de 50% do país, pode-se imaginar o que vai ocorrer com a retirada dos soldados ianques. Veja Operação Lança de Netuno.

Tapete de bombas - Emprego massivo de bombas, seja com a utilização de MLRS, como o ASTROS II, seja com o uso de bombardeiros, como o B-52, que carrega até 50 bombas de 241 kg. O primeiro emprego massivo de bombas foi feito pelos nazistas, em 1937, contra um alvo não militar, a cidade de Guernica, a histórica capital dos Bascos, na Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola, ocasião em que morreram mais de 6.000 pessoas. A tragédia serviu de “inspiração” para Pablo Picasso pintar uma obra-prima já concluída, que retratava apenas cenas de touradas, mas que se tornou - bingo! - a tela “Guernica”. O cinema também imortalizou cenas de destruição massiva de alvos civis, como a formação de centenas de aviões bombardeiros em formação cerrada largando milhares de bombas sobre cidades inimigas, durante a fase final da II Guerra Mundial, como Berlim e Dresden, na Alemanha. A cidade de Dresden foi inteiramente pulverizada, e Londres, anos antes, havia sido também castigada por bombardeios constantes dos nazistas. Durante a Guerra do Golfo, em 1991, o ASTROS II, fabricado pela Avibrás, foi utilizado com sucesso para destruição das tropas de Saddam Hussein. No Afeganistão, após os primeiros ataques de armas “inteligentes”, os EUA também utilizaram o bombardeio massivo contra posições talibãs.

TAPPHR - The Arms Project and Physicians for Human Rights: conforme publicação da entidade, Landmines: a deadly legacy (Minas terrestres: um legado mortal), há entre 65 e 200 milhões de minas terrestres não desativadas em pelo menos 62 países. O Departamento de Estado dos EUA estima o número entre 65 e 110 milhões, e as Nações Unidas entre 100 e 200 milhões.

Tautologia - Pensamento peripatético, que dá voltas e não progride, como um cachorro querendo abocanhar o próprio rabo. Vício de linguagem, consiste em repetir o mesmo pensamento com palavras sinônimas.

Taxa de sucesso - Expressão pau-ferro utilizada pelos petistas para explicar as propinas recebidas pelos filhos da antiga chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, os quais utilizavam o nome da mãe para fazer negócios escusos. A Justiça Federal, como de costume, não viu nenhum crime em mais esse tipo de enriquecimento ilícito. Até hoje o povo brasileiro espera que a PF explique a origem do dinheiro que seria para pagar um falso dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin, durante a campanha presidencial de 2006, que reelegeu Lula da Silva. Em 2002, dois petralhas já haviam aprontado contra Roseana Sarney e a montanha de dinheiro encontrada em uma firma do marido, Jorge Murad, o que veio a detonar sua campanha presidencial. Ou seja: taxa de sucesso 10 para a companheirada petralha; taxa de sucesso 0 para os adversários políticos.

Tchau, Querida - O livro “Tchau querida: o diário do impeachment”, de Eduardo Cunha e Danielle Cunha, foi lançado em 2021 - https://elivros.love/livro/baixar-livro-tchau-querida-o-diario-do-impeachment-eduardo-cunha-em-epub-pdf-mobi-ou-ler-online.

Tcheká - Tch. K.: Tchezvitchainaia Kommíssio (Comissão Extraordinária de Luta contra a Contrarrevolução e a Sabotagem): o mais antigo nome da Polícia Secreta soviética, funcionou de 1917 a 1922, quando foi substituída pela GPU. Criada em 12/11/1917 por decreto do Sovnarkom, ficou sob comando de Félix Dzerzhinsky, polonês fanático, e tinha por objetivo “combater a contrarrevolução e a sabotagem”. Esse decreto só veio a público 10 anos depois (Pravda, 18/12/1927); “portanto, a força de segurança permaneceu uma polícia secreta no sentido mais puro, já que sua verdadeira existência não foi oficialmente reconhecida” (JOHNSON, 1994: 54). A Tcheká ocupou um grande edifício de uma companhia de seguros, na Praça Lubyanka, em Moscou; dentro havia uma “prisão secreta” para suspeitos políticos. “Enquanto os últimos czares tinham executado uma média de 17 pessoas por ano (por todo tipo de crime), até 1918-19 a Tcheká já tinha chegado à média de 1.000 execuções por mês, apenas por razões políticas” (Idem, pg. 54). “Nos primeiros 6 meses de 1918, de acordo com os registros oficiais, a Tcheká executou somente 22 prisioneiros. Na segunda metade do ano ocorreram 6.000 execuções e nos 12 meses de 1919, mais ou menos 10.000. W.H. Chamberlain, o primeiro historiador da Revolução, uma testemunha ocular, calculou que por volta de 1920 a Tcheká tinha aplicado 50.000 sentenças de morte” (Idem, pg. 55-56). Veja Lubyanka.

Teatro do Oprimido - Idealizado por Augusto Boal, o palco pauleira tem enfoque marxista, assim como o livro “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire.

Teleologia - Na filosofia aristotélica, teleologia significa que todo o universo, incluindo os seres existentes, caminha para uma finalidade que é inalcançável à compreensão do ser humano, por transcender a realidade material.

Teologia da Libertação - Tese de pau-de-sebo surgida após a II Assembleia-Geral da Conferência Episcopal Latino-Americana (CELAM), realizada em Medellin, Colômbia, em 1968, com sua “opção preferencial pelos pobres”, o que levou a se aproximar das teses marxistas. Antes, havia pregação semelhante, de Karl Barth, após a I Guerra Mundial, para quem os marxistas e os cristãos buscam o mesmo objetivo, o “reino de Deus na Terra”. A CELAM sofreu grande influência da Encíclica do Papa João XXIII, Mater et Magistra. Por isso, entende-se o apoio de religiosos a vários grupos guerrilheiros que tentaram impor o regime marxista-leninista/maoísta nas Américas, especialmente após a Revolução Cubana, respaldando uma dita “teologia da revolução” e uma “teologia da violência”, deturpando o ensino do amor cristão para “armai-vos uns aos outros”. De tais aberrações socialistas, extraíram-se denominações como “cristianismo horizontal”, “a fé sem religião”, “cristianismo sem mitologia”, “cristianismo marxista”. É a substituição da “ditadura do proletariado” pela “ditadura dos subalternos”. Das três correntes (a “autêntica”, a “marxista” e a “anarquista”), apenas a dita “Teologia Marxista de Libertação (TML)” permanece com força nos meios acadêmico-literários e na guerrilha da Colômbia (FARC e ELN). Expoentes da Teologia da Libertação: Gustavo Gutierrez (do Peru, autor de La Teologia de la Liberación, Lima, 1971); Hugo Assmann (jesuíta brasileiro, autor de Opressión-Liberación, Desafio a los Cristianos, Montevidéu, 1971); Leonardo Boff (ex-padre brasileiro, autor de Jesus Cristo Libertador, 1972; inimigo de Roma, Boff prega a criação de uma Igreja afro-índio-latino-americana - Cfr. “Teologia da colisão”, entrevista de Boff à revista Veja de 16/08/1995, pg. 7 a 9); Frei Beto (frade dominicano brasileiro, que foi aspone plus para assuntos celestiais cubanos do sucessor de FHC); Joseph Pierre Comblin. “Após a 2ª. Guerra Mundial, renomados teólogos de universidades eclesiásticas europeias – notadamente a de Louvain, na Bélgica - vieram a campo sustentar que o marxismo e a doutrina católica, longe de serem incompatíveis, possuiriam muito mais semelhanças do que até então se poderia imaginar. (...) Bem ao contrário, dever-se-ia derrubar as antigas barreiras de hostilidade e desconfiança, buscando o diálogo e a aproximação com o comunismo e, mediante a descoberta das afinidades, conjugar forças contra o inimigo comum: o capitalismo, especialmente o norte-americano. A formação de alianças comuno-católicas passava a ser um imperativo de justiça social” (LINDENBERG, 1999: 47). Andrés Alfaya, no livro “El Magnífico - 20 ans au service secret de Castro”, mostra padres da Teologia da Libertação a serviço de Castro: “Entre as mais interessantes passagens dessa biografia está a de que o autor foi encarregado, em Cuba, de instruir padres da Teologia da Libertação para trabalharem pelo regime castrista, e passar segredos, obtidos por confissão de fiéis importantes, para os dossiês da inteligência cubana. Como os padres brasileiros desse grupo não saíam de Cuba, é bem provável que fossem dos mais entusiasmados fornecedores de informações para os homens de Vivés. Os figurões que se confessaram com Leonardo Boff e Frei Betto devem pôr as barbas de molho” - cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/livro-de-espiao-cubano-mostra-padres-da.html. “A Teologia da Libertação é, por um lado, uma fiel herdeira da tradição cristã. Ela vem da crítica social que está nos profetas de Israel, no Antigo Testamento. Esses profetas falavam mal do rei, mas sem idealizar o povo. O cristianismo é descendente principalmente desse viés do judaísmo. Também o cristianismo nasceu questionando a estrutura social. Até aqui, isso não me parece um erro teológico. Só que a Teologia da Libertação toma como ferramenta o marxismo, e isso sim é um erro” (Luiz Felipe Pondé, filósofo, in revista Veja, 13/07/2011, pg. 21). A Teologia da Libertação reduz a teologia cristã à sociologia, à antropologia, à política e, hoje, também ao ambientalismo. “A Teologia da Missão Integral, que é predominante nas igrejas evangélicas históricas, é a versão protestante da Teologia da Libertação. Ambas as teologias levam suas vítimas ao reino desde mundo, não ao Reino de Cristo. Ambas as teologias levam suas vítimas a admirar os barbudos da esquerda, inclusive Fidel Castro e Che Guevara, não o ‘barbudo’ do Reino de Deus, Jesus Cristo. Trato mais amplamente desse assunto no meu e-book: ‘Teologia da Libertação versus Teologia da Prosperidade’” (Júlio Severo in “Sob ataque: Julio Severo fala de censura em entrevista especial” - cfr. em https://colunas.gospelmais.com.br/sob-ataque-julio-severo-fala-de-censura-em-entrevista-especial_8725.html). Faça download do e-book em https://livros.gospelmais.com.br/files/livro-ebook-teologia-da-libertacao-versus-teologia-da-prosperidade.pdf. Veja CMI e Lenda Negra.

Teologia da Libertação Palestina - Em alguns grupos cristãos, a justificativa teológica para se obter liberdade do jugo da ‘ocupação’ israelense é o Palestinianismo Cristão, uma forma de Teologia da Libertação que enfatiza a humanidade de Jesus e O retrata como o grande libertador dos pobres e oprimidos deste mundo. Essa forma substitui o Messias Judeu da Bíblia por um mártir palestino. Um dos primeiros líderes da igreja a fazer a conexão entre a Teologia da Libertação e a causa palestina foi Naim Ateek, um palestino anglicano que estava servindo como cônego na Catedral de São Jorge em Jerusalém. Em 1989, ele publicou Justice and Only Justice: A Palestinian Theology of Liberation [Justiça e Justiça Somente: Uma Teologia da Libertação Palestina], e fundou o Sabeel, o Centro de Teologia da Libertação Ecumênico Palestino em Jerusalém” (James A. Showers, in “Jesus, o Palestino”). Leia “A Teologia da Libertação Palestina”, de Christopher J. Katulka, e “Jesus, o Palestino”, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/a-teologia-da-libertacao-palestina-por.html.

Teologia Negra da Libertação - Surgiu dos movimentos Black Power e Direitos Civis. “O marxismo - como movimento revolucionário - procura conquistar o poder fomentando conflitos sociais. Nos Estados Unidos, a boa situação financeira dos trabalhadores industriais os imuniza contra o vírus da luta de classe. Não podendo fomentar o ódio social da luta de classe, o marxismo pretende, atualmente, nos Estados Unidos, fomentar a luta racial. A este diabólico fim serve a ‘Teologia Negra’. O principal (porém não o único) representante da teologia negra é James Cone. Nascido em 1938, no seio da comunidade negra norte-americana, é licenciado em teologia pelo Seminário protestante de Evanston (Illinois) e doutorado pela Northwestern University. Seu primeiro e mais importante livro, Teologia Negra e Poder Negro, foi editado em 1969; e em 1970, publicou Teologia Negra da Libertação” (Miguel Paradowski, in “A Teologia Negra”, Verbo, Espanha, maio/julho/75, pg. 10.517). Para Cone, a teologia é uma obra coletiva, comunitária, mas somente quando surgida na “comunidade dos oprimidos”; para o teólogo racista (se racismo houvesse, já que não há raças humanas), “somente uma comunidade dos oprimidos é uma comunidade cristã”. Por isso, para Cone, a “teologia branca” é a “teologia do Anticristo” e, para ser cristã, a “teologia branca deve transformar-se em teologia negra, renegando a brancura como forma adequada do existir humano e afirmando a negritude como a intenção de Deus para a humanidade”. A Teologia Negra tem a mesma tendência que qualquer grupo de contestação política radical: “transformar a comunidade tradicional em grupos de ação, isto é, transformar a instituição em energia social - postulado do marxismo revolucionário” (Sig. Altmann, redator dos temas religiosos do Der Spiegel, in “Adeus, Igreja”, Una Voce, jan/março/75). O texto de Paradowski pode ser lido em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/a-teologia-negra-por-miguel-paradowski.html. O reverendo negro Jeremiah A. Wright Jr., líder da Trinity United Church of Christ, em Chicago, é adepto dessa teologia. Amigo de Barack Obama, este se afastou do líder religioso quando, em discurso violento, Jeremiah proferiu críticas duras contra seu país, dizendo que os negros não deveriam cantar “God bless America!” (Deus abençoe a América), mas “God damn America!” (Maldita América!), e que os ataques de 11/09/2001 foram resultado do próprio terrorismo dos EUA no exterior, ocasionando problemas à campanha presidencial de Obama. De fato, as guerras contra o Iraque, ocasionando a destruição de toda a infraestrutura do país, levantando o brado de ódio do mundo islâmico, foram um crime bárbaro dos EUA contra a humanidade. Esse hediondo crime foi tratado eufemisticamente por Obama como a “bagunça que fizemos” (OBAMA, 2020:172). Se o Estado Islâmico tem um pai, esse pai é os EUA, por ter destruído o Iraque, que foi transformado em terra de ninguém.

Teoria crítica - Ferramenta da Escola de Frankfurt, tinha por objetivo criticar tudo, principalmente as instituições sociais, como a família e a religião, de modo a destruir a cultura ocidental. Essa contracultura ajudou a parir o “politicamente correto”, inclusive no ambiente acadêmico. Toda a cultura tradicional era definida como um conjunto de “preconceitos”, culminando no livro “The Authoritarian Personality” (A Personalidade Autoritária), de Theodor Adorno. “Eles inventaram uma fraude chamada ‘escala F’, que buscava associar ao fascismo as crenças tradicionais com relação à moral sexual, às relações entre homens e mulheres e às questões familiares. Hoje em dia, o termo politicamente correto favorito contra qualquer um que discorda deles é ‘fascista’” (Willian S. Lind, in “Quem roubou a cultura dos EUA?” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/quem-roubou-cultura-dos-eua-por.html).

Teoria da conspiração - No imaginário brasileiro, adestrado pelas esquerdas há décadas, trata-se sempre de trama norte-americana. Mais recentemente, de trama chinesa, também. “A população brasileira está maciçamente persuadida de que a CIA matou Kennedy, de que o Pentágono montou o golpe militar de 1964 no Brasil e o de 1973 no Chile, e de que um grupo de astutos capitalistas do petróleo planejou a invasão do Iraque. Se, porém, desafiando as coerências estereotipadas, você informa que Jimmy Carter usou o FMI para estrangular o governo Somoza e entregar o poder aos sandinistas, que Bill Clinton cedeu à China segredos nucleares vitais depois de eleito com verbas de propaganda chinesas, e que Al Gore é acionista de uma empresa que fez lavagem de dinheiro para o Comintern, você é carimbado automaticamente de ‘teórico da conspiração’, embora nem de longe esteja falando de conspiração e sim de dados oficiais, públicos e amplamente documentados” (CARVALHO, 2013: 337). “Foi em 1973 que o ex-chefe da inteligência soviética no Rio de Janeiro, Ladislav Bittman, confessou ter sido, em 1964, o inventor e disseminador da lenda de que o golpe militar fora tramado e subsidiado pelo governo americano” (idem, pg. 342). A invasão do Iraque em 2003 e sua completa devastação feita pelos EUA configura-se crime contra a humanidade. Isso não é teoria da conspiração. O fato é que não havia armas de destruição de massa no país, como asseguravam os assessores militares do Presidente George W. Bush; mesmo se houvesse tais armas, não seriam letais aos EUA. Os únicos beneficiados pelo crime hediondo foram os senhores das armas. O resultado desse monstruoso atentado, seja em 1991 (1ª Guerra do Golfo), seja em 2003 (2ª. Guerra do Golfo), foi o custo de mais de US$ 3 trilhões para os cofres dos EUA, deixando o Iraque uma terra arrasada, que possibilitou o surgimento do Estado Islâmico. Veja Diplomacia de cruzeiro e Doutrina Lake

Teoria da dependência - Prega o desenvolvimento do Brasil e de outros países Latino-americanos sob a dependência dos EUA. Tem base na obra de 1967, Dependência e Desenvolvimento na América Latina, escrita por Fernando Henrique Cardoso em parceria com o sociólogo chileno Enzo Faletto.

Teoria da Inteligência Multifocal - Criada por Augusto Cury, psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor. Veja entrevista de Cury sobre o assunto feita ao Blog LG - https://blog.lg.com.br/o-que-e-a-inteligencia-multifocal/#:~:text=Augusto%20Cury%3A%20A%20Teoria%20da,como%20autor%20da%20pr%C3%B3pria%20hist%C3%B3ria..

Teoria da janela quebrada - Teoria do Programa “Segurança sem Tolerância”, ou “Tolerância Zero”, de Nova York, segundo a qual qualquer desleixo municipal é um convite ao crime, mesmo uma simples janela de vidro quebrada numa residência ou numa repartição pública. A expressão tem origem no artigo “Broken Windows”, de James Q. Wilson e George L. Kelling. Segundo a análise do prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, eleito em 1993, “se uma vidraça quebrada por um vadio, em um quarteirão, não for imediatamente reparada, e se estes vadios não forem imediatamente presos e punidos, todo o imóvel, e mais tarde, todo o quarteirão, serão saqueados e entregues a bandos que a polícia não poderá mais controlar” (REVEL, 2003: 154-155).

Teoria das Cem Flores - Desabrochar de Cem Flores: o que deveria ser um período para incentivar várias vertentes do pensamento na China (1956-1957), na verdade serviu para identificar os contrarrevolucionários, desaguando na sangrenta Revolução Cultural, na década seguinte. Veja Revolução Cultural.

Teoria de Gaia - Também chamada de Hipótese de Gaia ou Hipótese Biogeoquímica, foi formulada em 1969 e publicada em 1979 por James Ephraim Lovelock, que considera o planeta Terra como um “ser vivo” e que é  “uma entidade complexa que inclui a biosfera, atmosfera, oceanos e terra, constituindo na sua totalidade um sistema retroalimentado que busca um entorno físico e químico propício para a vida no Planeta” (cfr. em https://eco21.eco.br/feliz-centenario-james-lovelock-james-lovelock-celebra-seu-centenario-e-50-anos-da-teoria-de-gaia/). “Quem somos? Por que estamos aqui? Não sei exatamente quais seriam as respostas dos verdes para essas perguntas. Respondendo à primeira, diriam algo assim: ‘Apenas uma espécie, como qualquer outra!’ E quanto à segunda: ‘Apenas Gaia sabe, mas gostaria que não estivéssemos. O planeta seria muito melhor sem nossa presença’” (DELINGPOLE, 2012: 259). Veja ALF, ELF, Eugenia ecológica, GLF, Onagreens e VHEMT.

Teoria do Contágio - “Quando uma afirmação é suficientemente repetida e existe unanimidade nesta repetição, forma-se o que é chamada uma corrente de opinião e ocorre o poderoso mecanismo de contágio. Ideias, sentimentos, emoções e crenças exercem poder contagiante sobre as multidões, tão intenso quanto o de micróbios” (Gustave Le Bon, apud DELINGPOLE, 2012: 88). Veja Psicologia das Multidões.

Teoria do espelho - A burguesia só pode ser satanizada por um burguês, que não gosta da sua cara vista no espelho. “Para que um escritor pequeno-burguês se liberte seriamente das suas limitações de classe é necessário que ele adquira uma outra visão de mundo, que o conhecimento científico amplo indica como o único caminho viável” (GENRO, 1982: 47). Seria Lysenko o cientista a ser seguido, que acreditava na transformação de trigo em centeio e pinheiros em abetos? Ou seria O.B. Lepeshinskaya, que pregava que a velhice poderia ser adiada graças a lavagens intestinais com bicarbonato de sódio?

Teoria popular das raças - Desenvolvida pelo filósofo Johann Gottfried Herder (1744-1803), que mais tarde foi transformada em várias teorias raciais e no conceito ariano de superioridade alemã de Hitler. Veja Racismo.

Teratologia - Área da medicina que trata das anomalias congênitas. No meio jurídico, indica algo monstruoso ou uma decisão absurda.

Terceira Posição - Terceiro Caminho, procurado por Juan Domingo Perón, ditador fascista argentino, entre o “coletivismo materialista” da antiga URSS e o “individualismo materialista” dos EUA. Deu no que deu. Veja Peronismo.

Terceira Roma - Apologia do “Estado absoluto”, feita por historiadores como Oswald Spengler e Arnold Toynbee, formuladores dos sistemas “cíclicos” da história e “visão binocular” da história, respectivamente. “Ao contrário da ingênua teoria de Comte, que julgava que a História corre numa linha reta - de mal para melhor e daí para melhor ainda -, Vico compreende a História caminhando em círculos. Ele os chamava de corsi e decorsi, curso e decurso. A História do pensador napolitano, portanto, anda em círculos, do crescimento à decadência. O alemão Oswald Spengler introduziu uma teoria semelhante em seu livro ‘O Declínio do Ocidente’ (1918-1922) e o mesmo fez Arnold Toynbee em seu ‘Um Estudo da História’ (1934-1961)” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 371).

Terceira via - Antigo meio-termo entre o capitalismo e o comunismo (como o seguido pela Democracia Cristã em alguns países), a denominação foi incorporada pelo Governo britânico de Tony Blair. A expressão “Terceira Via”, utilizada pelo sociólogo inglês Anthony Giddens, seria uma resposta ao “Consenso de Washington” e seu “Pensamento Único”, mas é apenas a velha “Primeira Via” com outro nome. Segundo Havel, ideólogo da Revolução de Veludo (Tchecoslováquia, 1989), “a terceira via é o caminho mais curto para atingir o Terceiro Mundo”. Perón que o diga de dentro da tumba...

Terceiro Estado - Na França, após a implantação da Monarquia Constitucional, ocorrida depois da Revolução de 1789, Terceiro Estado designava a parte da população em geral. Os representantes do povo sentavam-se à esquerda no plenário (Terceiro Estado), os do clero (Primeiro Estado) no centro e a nobreza (Segundo Estado) à direita. Dessa separação foram cunhadas as expressões “direita” e “esquerda”.

Terceiro Mundo - Durante a Guerra Fria, o planeta era dividido em Primeiro Mundo (liberal capitalista), Segundo Mundo (comunista industrializante) e Terceiro Mundo (subdesenvolvido ou em desenvolvimento). O demógrafo francês Alfred Sauvy foi quem pela primeira vez utilizou a expressão “Terceiro Mundo” num artigo publicado no jornal L’Observateur, em 14/08/1952, intitulado Trois Mondes, Une Planète” (Três Mundos, Um Planeta).

Terceiro Setor - Relativo à nova realidade sociopolítica, desempenhada pela “Sociedade Civil” (a nova superpotência), com ênfase para as ONGs, após o conflito ideológico Leste-Oeste (URSS x EUA), tomando espaços antes reservados às Nações Unidas.

Terror - Período revolucionário francês (1793-1794), abrange a ditadura jacobina conhecida como o “Reino do Terror”, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just. Montesquieu salientou a diferença entre a República, baseada no princípio da “virtude”, e a ditadura, baseada no “medo”. Saint-Just, vendo que o apelo à virtude republicana não surtiria os fins desejados, substituiu-o pelo terror puro. O terror francês ocasionou a morte de aproximadamente 40.000 pessoas e 300.000 prisões. Na era moderna, o terror soviético acarretou a morte de 30 milhões de pessoas, e o terror chinês de Mao Tsé-Tung a morte de 60 milhões. “Em um ano, a partir de setembro de 1793, o Terror matou cerca de 40 mil pessoas, pelo menos 16 mil na guilhotina. Esse total é pelo menos cinco vezes o da Inquisição espanhola, aquela de Tomás de Torquemada, nos séculos 15 a 17” (NARLOCH, 2013: 259). “Os estudos mais aceitos sobre o total de mortes na Inquisição espanhola nesse período apontam um total de processos entre 125 mil e 375 mil, dos quais menos de 3% acabaram em execuções. O total de mortes, portanto, varia de 810 a 10 mil pessoas. Fonte: Joseph Pérez, The Spanish Inquisition, Profilse Books, 2006, página 173” (Idem, pg. 260). Outras fontes afirmam que foram cerca de 36 mil os executados pela Inquisição. Veja Inquisição.

Terrorismo - As palavras “terror”, “aterrorizar”, “terrível” e “terrorismo”, assim como “deterrent” na língua inglesa, derivam dos verbos latinos “terrere” (tremer ou causar tremor) e “deterrere” (amedrontar). Essas palavras entram em uso depois que as palavras francesas “terrorisme” e “terroriste” surgiram no período revolucionário entre 1793 e 1798. Na era contemporânea, além dos grupos terroristas isolados, convém ressaltar o terrorismo praticado pelos países comunistas, para disseminação do marxismo-leninismo no mundo, como a União Soviética, a China, a Coreia do Norte e Cuba, assim como o terrorismo apoiado por países islâmicos, como a Líbia, a Síria, o Irã, o Iraque, o Sudão, o Afeganistão (durante o governo dos Talibãs), normalmente relacionado com o conflito árabe-israelense e, mais recentemente, com o sentimento antiamericano. O terrorismo árabe moderno tem origem no nazismo, com a aproximação do grão mufti de Jerusalém, Amin AL-Husseini, com Adolf Hitler, Adolf Eichmann e Heinrich Himmler. O mufti chegou a elaborar um projeto de campo de concentração para os judeus em Nablus, Palestina, nos moldes de Auschwitz, mas não foi implantado. A respeito do assunto, leia “As origens nazistas do terrorismo árabe moderno”, de Chuck Morse, em https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/as-origens-nazistas-do-terrorismo-arabe.html. Segundo fontes norte-americanas, países que patrocinariam o terrorismo seriam: Afeganistão (Talibãs), Arábia Saudita, Catar, Coreia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão; países suspeitos seriam: Argélia, Autoridade Palestina, Bahrein, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. Na história recente do Brasil, tivemos o terrorismo de grupos radicais de esquerda, que queriam fazer de nosso País uma Cuba continental. “Quando um guerrilheiro ataca, ele é um combatente que julga ter o direito de fazer justiça com as próprias mãos. Quando ele é atacado, exige que seja tratado como um cidadão comum” (USTRA, 1987: 158). “Segundo a vil campanha que fazem contra nós, os únicos que não usam a violência nem praticam o terrorismo são, precisamente, os terroristas. Chamam-se terroristas, não se sabe por quê. Mas são ótimos assassinos, excelentes sequestradores, assaltantes da melhor qualidade” (Emílio Garrastazu Médici - apud FIGUEIREDO, 2005: 191). Nossos “honoráveis terroristas”, muitos deles alçados ao poder, como Dilma “VAR-Palmares” Rousseff, repetem a mentira de que lutaram pela democracia e tentam reescrever a história a seu modo, com o projeto Memórias Reveladas e a Comissão Nacional da Verdade, levantando apenas os atos dos agentes de Segurança que combateram o comunismo e deixando de lado os atos dos terroristas. Como se vê, os atos terroristas continuam ocorrendo contra os militares que combateram a subversão. Terrorista uma vez, terrorista sempre! Veja as ações terroristas no Brasil, especialmente de 1965 a 1974, em http://museuvitimasdoscomunistas.com.br/saloes/ver/sargento-carlos-argemiro-camargo. Leia “A prevenção e o combate ao terrorismo no século XXI”, de autoria do General Álvaro de Souza Pinheiro, em http://www.ebrevistas.eb.mil.br/index.php/RMM/article/download/21/pdf/.

Terrorismo cultural - “Georg Lukacs, em 1918, se tornou comissário influente no curto regime bolchevique de Bela Kun na Hungria. Durante esse período, ao perguntar ‘Quem nos salvará da civilização ocidental?’ ele instituiu o que chamou de ‘terrorismo cultural’. Um dos seus principais componentes foi a introdução da educação sexual nas escolas húngaras. Lukacs percebeu que se ele pudesse destruir a moral sexual tradicional do país, teria dado um enorme passo no sentido de destruir sua moral tradicional e sua fé cristã” (William S. Lind, in “Who stole our culture?” - Quem roubou a cultura dos EUA? - cfr. o texto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/quem-roubou-cultura-dos-eua-por.html). Veja Teoria Crítica.

Terrorismo de novo estilo - A expressão de pau se refere a grupos como a Al Qaeda, que é implacável em seus objetivos geopolíticos e religiosos, empregando toda a forma de tecnologia, informação e comunicação para a implantação da violência em todos os cantos do mundo.

Terrorismo informativo - É como a presidente Dilma Rousseff classificava a mídia e os jornalistas (“profetas do caos”), que noticiavam fatos que incomodavam o governo petista, como a volta da inflação, o PIB ridículo, as estradas esburacadas, os portos saturados, o PAC superfaturado, os estádios bilionários da Copa do Mundo etc. Por isso, o PT prega a “democratização da mídia”, ou seja, a censura a fatos que não interessam ao partido.

Terrorismo Nunca Mais - O Ternuma foi um movimento formado em 1998 por militares e civis, para servir de contraponto ao Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM), completando “lacunas” deixadas de propósito pelo MTNM. O site www.ternuma.com.br está inativo, mas https://www.averdadesufocada.com/, não.

Terrorismo seletivo - “É aquele em que os marcados para morrer representam uma categoria profissional ou um posicionamento político que se queira amedrontar, restringindo a ação de toda uma categoria. As vítimas típicas dessa modalidade de terror foram o capitão norte-americano Charles Chandler, o major alemão Edward Ernest Tito, o industrial Henning Albert Boilesen, o delegado Octávio Gonçalves Moreira Júnior e o comerciante Manoel Henrique de Oliveira” (AUGUSTO, 2011: 159).

Terrorista - Terroristas são sempre os outros. Nós nunca praticamos terrorismo. As atrocidades cometidas por nossos governos sempre são acompanhadas de justificativas do tipo “guerra justa”, “luta contra o genocídio”, “luta contra o racismo” etc. Terrorista é Bin Laden quando derruba as torres gêmeas em Nova York. Porém, quando a OTAN (com os EUA à frente), em 1999, com a desculpa de proteger a província do Kosovo contra a “limpeza étnica”, bombardeia toda a Sérvia, destruindo a infraestrutura do país, afundando pontes sobre o Danúbio, matando 5000 civis, isso não configuraria também ato terrorista? Claro que sim! Veja Terrorismo.

Teses de Wittenberg - Em novembro de 1517, Martinho Lutero afixou suas famosas “Noventa e Cinco Teses” no portão do Castelo de Wittenberg - cfr. em https://www.luteranos.com.br/lutero/95_teses.html. Lutero, ao conhecer Roma, ficou chocado com a lassidão do clero e a venda livre de indulgências, com objetivo de angariar dinheiro. E passou a exigir mudanças, também advogadas pelos cristãos humanistas, como Erasmo de Roterdã e Thomas More. Com fervor místico, Lutero passou a pregar que somente a fé pode assegurar a salvação, independente das ações praticadas. Negou os 7 sacramentos, afirmando que há apenas 2: batismo e eucaristia.

Tetrafármacon - É a chamada “ética de Epicuro”: “1º) Não se deve temer a morte; 2º) É fácil alcançar o bem; 3º) Não se deve temer a divindade; 4º) É fácil suportar o mal” (in “O Jardim das Aflições”, pg. 58, de Olavo de Carvalho). Segundo Olavo, não se trata de uma ética, mas de uma psicologia prática, uma espécie de “autoajuda” para a conquista da felicidade - assim entendida por Epicuro.

TFP - Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade. Criada em 1960 por Plínio Corrêa de Oliveira, ferrenho anticomunista. “No Brasil de Lula, uma fulminante ação judicial-policial conseguiu amordaçar a entidade cívica Tradição, Família, Propriedade, TFP, com procedimentos legais que causaram estupor em conceituados juristas e em meio de uma indiferença quase generalizada da imprensa desse país. Trata-se de uma associação de inspiração católica que na década de 60 teve um papel doutrinário e ideológico fundamental para impedir que o Brasil se transformasse em uma gigantesca Cuba, e que nos anos recentes opôs-se sistematicamente, através de publicações, à ‘teologia da libertação’ e a organizações subsidiárias desta, como o pró-castrista Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que agora conseguiram desvencilhar-se de um de seus maiores obstáculos” (“Meios de comunicação: manipulação da compaixão?” - Destaque Internacional - Informes de Conjuntura – Ano VI – No. 138 - Responsável: Javier Gonzalez, Buenos Aires / Madri - 11-05-2004). A TFP é ligada aos ruralistas e edita a revista Cristianismo. Recentes publicações: “Reforma Agrária - O Mito e a Realidade” (jornalista Nelson Ramos Barretto), “A Revolução Quilombola - Guerra racial, conflito agrário e urbano, coletivismo” (Nelson Ramos Barretto), “Tribalismo Indígena - Ideal comuno-missionário para o Brasil no século XXI” (Plínio Corrêa de Oliveira e Nelson Ramos Barretto), “Reforma Agrária - Questão de consciência” (Dom Geraldo de Proença Sigaud e outros). Acesse o site Paz no Campo http://www.paznocampo.org.br/, blog de Dom Bertrand de Orleans e Bragança.

The Che Café - Badalado ponto estudantil em La Jolla, Califórnia, com cardápio vegetariano. Além de serial killer, Che Guevara era estrangulador de cães e estripador de mulas - cfr. em https://pt.scribd.com/document/390345743/Cheguevara-Pros-Idiotas-Que-o-Admiram.

TIAR - Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tratado do Rio): firmado no Rio de Janeiro no dia 02/09/1947, dando nova feição à Doutrina Monroe, “a América para os americanos”, de 1823. Os antecedentes remontam à Conferência de Buenos Aires, realizada em 1936. Na Guerra das Malvinas (Falklands), muitos políticos exigiram a aplicação do TIAR e criticaram os EUA por fornecer imagens de satélites aos ingleses, esquecendo-se de que não foi uma agressão do Reino Unido contra um país das Américas, mas apenas uma agressão de um país sul-americano (Argentina) contra uma colônia inglesa.

Tibete - O décimo Panchen Lama, nascido na China e rival do Dalai Lama, apoiou a instalação do regime comunista na China, em 1949, e a ocupação do Tibete, a partir de 21/10/1950, no desenrolar da Guerra da Coreia. Após a rebelião tibetana de 1959, esmagada pela China, o Dalai Lama refugiou-se na Índia. Em 1970, a China anexou “definitivamente” o Tibete, que passou a ter status de região autônoma. Segundo o escritor soviético Alexander Soljenítsin, "a ocupação chinesa do Tibete é obra do mais brutal e desumano de todos os regimes comunistas que já existiram no mundo". Dos seis mil mosteiros antes existentes no Tibete, os comunistas deixaram apenas oito em pé. Morreram cerca de 1.200.000 tibetanos, assassinados, torturados, ou queimados vivos em campos de concentração, além de milhares de mulheres obrigadas a abortar e esterilizadas à força. Leia “Mosteiros Tashilhunpo e Toling, de Martin Gray, em https://pt.sacredsites.com/%C3%81sia/Tibete/tashilhunpo_and_toling_monasteries.html e “Revolução Cultural da China pode se repetir em breve no Tibete”, de Flora Yan, em  https://www.epochtimes.com.br/revolucao-cultural-china-pode-repetir-breve-tibete/.

Tigres de Libertação de Tâmil Eelam (LTTE) - Grupo separatista e terrorista do Sri Lanka, teve atuação no período de 1979 a 19/05/2009, depois de deixar um rastro de cerca de 25.000 mortos e 34.500 feridos, segundo declarou o embaixador do Sri Lanka no Brasil, Dr. Mahinda Balasuriya, em palestra realizada no Departamento de Ciência e Tecnologia, Brasília, atual Forte Caxias, em 14/08/2012. As duas principais causas da violência alegadas pelo grupo foram: medo da extinção e protestos contra discriminação. Entre os mortos, destacam-se um presidente do país, um ministro, além do primeiro-ministro indiano Rajiv Gandhi, em 21/05/1991, executado por uma mulher-bomba, em Madras. Em 03/08/1990, um ataque do grupo provocou a morte de 103 islâmicos, além de outras 70 pessoas. Em 18/12/1999, houve tentativa de assassinato da presidente do país. Em 12/08/2005, foi assassinado o ministro das Relações Exteriores do Sri Lanka, empenhado em uma campanha mundial de paz. Em 01/12/2006, o secretário de Defesa sobreviveu a um atentado, o mesmo ocorrendo com um ministro, em 09/10/2008. O grupo tinha aviões carregados com bombas, lanchas de ataque, canhões antiaérios e lançadores de foguetes, além das armas convencionais. Os principais ataques foram realizados contra navios, trens, o Banco Central, a Base Aérea, reservatórios de petróleo, aviões da companhia nacional, o Templo do Dente Sagrado - além das autoridades constituídas.

Tipo assim - Os jovens também têm sua língua de pau. “Tipo assim”, “ô meu”, “fala sério”, “sujeito paia”, “busão” são ouvidos com frequência. Em Brasília, ouve-se “oxe”, “véi”, “treta”, “tesourinha”, “camelo”, “boto fé”, “cabuloso”. Nas faculdades de Educação não podem faltar as expressões pauleiras “a nível de” (em vez de “no nível”), “enquanto ente social” (em vez de “como ente social”), “especificidade” (em vez de “particularidade”) etc.

Tirania das minorias - Tribalismo mundial, que aumentou com o transnacionalismo, tende a eliminar o conceito de “Estado-nação”. As ONGs, por exemplo, são tribos de atuação global.

Tirofijo - (Espanhol) “Tiro Certeiro”: apelido de Manuel Marulanda Velez, antigo comandante das FARC (Colômbia), morto em 26/03/2008.

Tomada do Poder em dois tempos “Era a tal tomada do Poder em dois tempos que falei, lembrando que Kerenski e Trotsky fizeram a revolução. Lênin entrou e derrubou os dois e estabeleceu a ditadura do proletariado, de triste memória. Na Tchecoslováquia, lembramos a tomada do parlamento, a queda do parlamento, eles assumiram o Poder, valendo-se do próprio Congresso... Eles apoiavam todo e qualquer movimento nacionalista. Você brigava com o governo e fazia um movimento de oposição. Eles apoiavam. Essa oposição ganhava, chegava ao governo e os comunistas entravam com eles. Era a chamada do Poder em dois tempos. Uma vez lá dentro, eles davam o tombo final, o golpe de misericórdia. Isso eles fizeram, também, na própria Cuba. O movimento de Cuba, pelo Fidel Castro, a tal campanha de Sierra Maestra, foi apoiada pelos Estados Unidos. Foi, porque eles queriam se livrar do Batista, que estava tornando-se nacionalista. O Batista era um ex-sargento, um fantoche, mas ele começou a desagradar os americanos, reivindicando uma série de benefícios. Os cassinos, os hotéis, o jogo, era tudo explorado pelos americanos. Ele começou a querer colocar ordem no assunto e isso desagradou-lhes. A derrubada do Batista não foi ideológica, ele não era comunista, ele era nacionalista. Quem era e enganou os americanos, foi o Fidel Castro. Apoiado pelos americanos, derrubou o Batista, só que ‘o tiro saiu pela culatra” (General-de-Brigada Celso dos Santos Meyer, HOE/1964, Tomo 10, pg. 141-142). O livro “O Homem que inventou Fidel – Cuba, Fidel e Herbert L. Matthews do New York Times”, de Anthony DePalma, Companhia das Letras, São Paulo, 2006, narra em detalhes a “tomada do Poder em dois tempos” em Cuba.

Tomahawk - Cruise missile (Míssil de cruzeiro), dos EUA. Lançado de navios e aviões, o míssil alcança até 1.600 km a uma velocidade de 880 km/h e sua ogiva carrega até 455 kg de explosivos. O sistema de navegação do Tomahawk, com um mapa do relevo programado em sua memória, proporciona o voo do míssil próximo do solo para fugir do radar. Durante o percurso, uma troca de informações do míssil com satélites permite corrigir a rota até o alvo. Custo unitário: de US$ 750 mil a US$ 1 milhão.

Tomas - Eufemismo comunista chileno para invasões e desapropriações violentas de propriedades. “As políticas adotadas por Allende foram drásticas desde o princípio. Seus seguidores, armados, começaram a realizar impunemente uma série de apropriações de fazendas e fábricas, as quais eram chamadas de tomas. A queda na produção de alimentos e outros bens, decorrente disso, provocou escassez, inflação e fez o governo lançar, uma década depois de Cuba, um cartão de racionamento” (NARLOCH, 2011: 265-266).

Torre das Donzelas - 1. Torre persa, da cidade de Baku. 2. No Brasil, a chamada “Torre das Donzelas” ficava no presídio Tiradentes, em São Paulo, e abrigou “honoráveis terroristas” como Dilma Rousseff, Roce Nogueira, Maria Aparecida Costa, Guiomar Silva Lopes, Eleonora Menicucci de Oliveira. Veja Honoráveis terroristas.

Tortura - “Suplício ou tormento violento infligido a alguém” (Dicionário Aurélio). Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei 9.455, de 07/04/1997, afirma que tortura é: 1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo; 2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo; 3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; 4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão. Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento; 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; o afogamento cubano incluía o “submarino”: Por exemplo, Orestes Pérez, 28 anos na prisão, camponês do Escambray, sofreu o ‘submarino’. Preso em Topes de Collantes, lhe atavam a uma corda com uma pedra, o lançavam a uma lagoa perto e quando estava se asfixiando o tiravam da água” (“A tortura na Cuba dos Castro” - http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/a-tortura-na-cuba-dos-castro-por-pedro.html). 5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima; 6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima; 8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos; 9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais; 10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentotal sódico, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar; 11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais; 12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 13) fuzilamentos simulados junto a pessoas executadas; 14) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer” (Dicionário Aurélio); uma variante de empalamento era a “cadeira de Judas”, instrumento metálico em forma de pirâmide. Durante a ditadura de Saddam Hussein, no Iraque, além de descargas elétricas nos genitais, até chamuscá-los, eram utilizados os seguintes métodos de tortura: morsas para perfurar os ossos, golpes de barras de ferro no estômago e nas costas, dissolução de pés e mãos em ácido sulfúrico - alguns tinham o corpo inteiro dissolvido. Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”. “Durante esses anos (Grande Terror), cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stálin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (JOHNSON, 1994: 254). “Os testemunhos dos sobreviventes, os samizdat, os relatos filtrados no breve período de degelo falam de três tipos peculiares de tortura: a stroika, a isca e a cilha. A stroika é um suplício que o policial pratica simplesmente mantendo durante horas sua vítima ereta de encontro a uma parede, sempre na ponta dos pés, até o seu colapso. A isca consiste em atar as mãos e os pés do infeliz atrás das costas, e suspendê-lo depois no ar, de cabeça para baixo, com epílogo idêntico se ele não confessa. A cilha é mais refinada, é um meio de convencimento que se realiza alternando a cada dia os policiais que se comprazem nesta tarefa, de prolongar por horas e horas o interrogatório do acusado, que se vê privado de alimento e do sono até que se decida a falar” (GHIRELLI, 2003: 42). No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como garante o general Adyr Fiúza de Castro, em depoimento constante do livro Os anos de chumbo - a memória sobre a repressão, de Maria Celina d’Araújo e outros, Editora Relume-Dumará, RJ, 1994. Porém, segundo o general Fiúza, “80% das arguições de tortura e de maus tratos dos subversivos presos eram devidos a informações e a instruções dos advogados visando à redução das penas, isto é, a denúncia desse estigma foi industriada como instrumento de pressão psicológica sobre os militantes, para que não se deixassem prender, e orquestrada para dar-lhe uma conotação institucional, ou seja, para disseminar a crença de que se tratava de uma posição intencionalmente assumida pelo governo, o que de fato não ocorreu” (AUGUSTO, 2001: 339-340). “Infelizmente, os homens de ação - ao contrário dos intelectuais - não podem anular ou apagar das lembranças as suas atitudes, pedindo simplesmente que todos esqueçam o que eles escreveram, disseram ou fizeram” (idem, pg. 341, sobre a tortura e o “esqueça o que escrevi” de FHC). O ex-ministro do Exército, general Leônidas Pires Gonçalves, diz o mesmo: “A tortura existiu, eu nunca neguei isso, ‘numa ponta de linha’, às duas horas da manhã, fora do controle, quando duas pessoas entravam em choque ou se digladiavam. Entretanto, ela nunca foi política, nem norma, nem ordem dos escalões superiores” (HOE/1964, Tomo 1, pg. 93-4). “Como eles eram processados pela Justiça Militar publicamente, com direito à ampla defesa, todos eles, instruídos por advogados, passaram a declarar em juízo que as confissões - mesmo não apenas assinadas, mas escritas de próprio punho - tinham sido obtidas sob tortura” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 8, pg. 101). Exatamente como fazem, ainda hoje, os bandidos comuns, a exemplo dos acusados pela morte do ex-prefeito petista Celso Daniel. Cabe uma pergunta: a presidente Dilma Rousseff foi de fato torturada, como já afirmou diversas vezes, ou foi apenas instruída pelo advogado para mentir e atenuar sua pena quando foi presa? O general Rocha Paiva, em entrevista na televisão, em 2012, afirmou não acreditar em Dilma, de que foi torturada. Afinal, quem já foi pega várias vezes na mentira, não merece crédito: caso do diploma falso da Unicamp de Dilma postado no site da Casa Civil; caso do dossiê anti-FHC e Dona Ruth, mandado fabricar na Casa Civil depois que estourou o escândalo do “Lulacard”, a qual inicialmente disse que era a pedido do TCU e, quando esse órgão desmentiu, Dilma disse que se tratava apenas de um “banco de dados” da Casa Civil; caso da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, a qual afirmou que foi chamada à Casa Civil para concluir rapidamente uma auditoria sobre as empresas da família Sarney, e Dilma diz que ela nunca esteve lá. Quando inquirido pela imprensa se havia fitas gravadas sobre a ida de Lina Vieira ao Palácio do Planalto, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, disse que as imagens haviam sido apagadas. Das duas, uma: ou o general estava mentindo (as imagens existiam), ou mandou apagar as imagens, para preservar Dilma Rousseff. Seja o que houve, o general deixou de servir à República para beneficiar a petista, que depois se tornaria presidente do Brasil. A propósito, um oficial do Exército me confidenciou que, em 2004, foi instalado um sistema de segurança e vigilância no Palácio do Planalto, ao custo de R$ 4 milhões. O sistema, que consegue gravar imagens durante 6 meses seguidos, sem necessidade de apagamento das imagens devido à sua enorme capacidade de armazenamento, fica diretamente subordinado ao GSI, não ao serviço de informática do Palácio. “A mentira, aliada à tortura, além de tema desprezível da guerra psicológica, virou meio de vida dos mais ignóbeis, meio de fortuna vil, de subversivos e advogados defensores de direitos humanos de bandidos, com as indenizações miraculosas oferecidas pelos governos esquerdistas que nos têm governado, desde Fernando Henrique Cardoso, com a lei 9.140/95” (Gen Div Agnaldo Del Nero Augusto, in “Tortura: tema de Guerra Psicológica” - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/tortura-tema-da-guerra-psicologica-por.html). A propósito, vale lembrar que o comunista, advogado e ator Mário Lago, descaradamente, aconselhava todos os esquerdosos a dizer que foram torturados, em qualquer situação: Mário Lago, comunista até a morte, ensinava: ‘quando sair da cadeia, diga que foi torturado. Sempre.’ A pior coisa que podia nos acontecer naqueles ‘anos de chumbo’ era não ser preso. Como assim, todo mundo ia preso e nós não? Ser preso dava currículo, demonstrava que éramos da pesada, revolucionários perigosos, ameaça ao regime, comunistas de verdade! Sair dizendo que tínhamos apanhado, então! Mártires, heróis, cabras bons” (Miriam Macedo, in “A Verdade: eu menti” - cfr. esse texto e outros depoimentos de ex-comunistas em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/testemunhos-de-ex-comunistas-por.html. A respeito do assunto, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI/CODI do então II Exército, dá seu depoimento: “Onde estão esses depoimentos originais? Estão todos no Superior Tribunal Militar, no processo de cada um desses presos. Qualquer pessoa bem-intencionada que leia os depoimentos, facilmente vai chegar à conclusão de que aqueles documentos [manuscritos pelos presos] nunca foram redigidos enquanto o autor estivesse sendo torturado, ou sob pressão. A maneira como a pessoa descreve, como escreve; a letra, a letra firme, a maneira como aborda as questões. (...) Depois, ele ia para o inquérito policial, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), e confirmava o que havia dito no DOI. Posteriormente, era levado para a Auditoria. Na Auditoria, negava tudo. Negava e, se lembrado do que declarara antes, no DOI, alegava que falava sob tortura. E por que faziam isso? Bom, primeiro, porque na Auditoria procuravam negar, é claro, para ver se a pena que iriam receber não seria tão grande. Segundo, tinham que justificar perante a esquerda, perante seus companheiros porque, no interrogatório do DOI, haviam entregado a organização, denunciado seus companheiros, confessado a localização dos seus aparelhos. E, terceiro, porque tinham certeza de que jamais seriam reconhecidos. Não conseguimos nunca testemunhas oculares. Assaltavam bancos, os bancários viam, sabiam quem eram, mas, quando chamados, não os reconheciam, não sabiam de nada, por quê? Porque os primeiros bancários que fizeram o reconhecimento foram assassinados; ameaçados, sabiam que todos aqueles que reconhecessem os assaltantes teriam o mesmo destino. Nunca mais ninguém neste País quis depor contra os terroristas. (...) Bem, como conclusão a respeito da tortura, posso dizer que a mídia explora a tortura com estardalhado e sensacionalismo. Os ex-terroristas procuram justificar o que confessaram, dizendo que falavam sob tortura. Hoje o curriculum vitae de uma pessoa é bastante valorizado quando afirma que foi torturada na época da ditadura, como dizem. Excessos condenáveis devem ter sido cometidos pela repressão, mas foram muito poucos, uma exceção” (HOE/1964, Tomo 5, pg. 228-232). “Torturador” é, sem sombra de dúvida, a palavra logomáquica mais utilizada pela esquerda brasileira, para satanizar os integrantes das Forças Armadas brasileiras que combateram os terroristas, especialmente o coronel Ustra. Não que a esquerda seja contra a tortura, pois nunca repudiou a tortura ainda existente em Cuba e na China, ou na antiga União Soviética, nem teve remorsos em trucidar a golpes de coronhadas de fuzil o corpo do tenente Alberto Mendes Júnior, da PM de São Paulo. Nem em torturar psicologicamente seus reféns, como o embaixador americano Charles Elbrick. Infelizmente, a tortura é combatida apenas da boca para fora, porque todos os países a utilizam, principalmente em situação de guerra. A lógica dos torturadores tem princípio utilitarista, doutrina de Jeremy Bentham, para quem “a coisa certa a fazer é aquela que maximizará a utilidade” (SANDEL, 2012: 48). Ainda que Bentham e os utilitaristas não tenham aprovado a tortura, a lógica dos torturadores é que, em muitos casos, muitas vidas poderão ser salvas se o prisioneiro for obrigado a revelar nomes, de modo que atos terroristas possam ser abortados. “O argumento do ex-vice-presidente Richard Cheney de que o uso de técnicas de interrogatório ‘severas’ contra membros da Al-Qaeda suspeitos de terrorismo ajudou a impedir outro ataque terrorista como o das Torres Gêmeas baseia-se nessa lógica utilitarista” (idem, pg. 52). “Quando Paul Aussaresses, já reformado fazia tempo, coordenador do serviço secreto francês em Argel em 1957, publicou suas memórias em 2001 e se vangloriou de ter executado argelinos pessoalmente, a Anistia Internacional exigiu do governo francês uma investigação. Aussaresses declarou que François Mitterrand, que era ministro socialista do Interior na época, estava completamente a par das torturas e execuções perpetradas pelos soldados franceses na Argélia” (FISK, 2007: 716). Um relatório norte-americano, feito depois da II Guerra Mundial, examinara os métodos de interrogatório utilizados contra criminosos de guerra alemães. “Esta comissão, integrada pelos juízes Simpson e van Roden, além do Coronel Laurenzen, concluíra, entre outras coisas que, em 137 dos 139 casos investigados, as pessoas enolvidas tiveram os testículos para sempre destruídos, a pontapés, pelos membros do War Crimes Investigation Commission” (PAGET, 1999: 140). “Os russos desembarcaram grandes efetivos em Feodosia, a meio caminho entre Sebastopol e Kertsch, operando sob a proteção da Frota do Mar Vermelho. Em Feodosia aconteceu um dos mais terríveis atos de crueldade dessa horrenda guerra. Funcionava, na cidade, o maior hospital de campanha alemão. Os feridos foram arrancados de suas camas e jogados na estrada, onde os russos molharam as suas bandagens com água salgada, deixando-os congelar” (idem, pg. 65). “As prisões russas conquistadas pelos alemães, na Polônia, mostravam as marcas de um terror surrealista. Lembro-me, por exemplo, da foto de um sacerdote crucificado, cujas vísceras pendiam, deixando à mostra, na cavidade abdominal, a cabeça de um bebê morto. Sobre a parede, inscritos com o sangue da vítima, liam-se os seguintes dizeres: ‘Pede agora ao teu Deus, que te ajude.’ Em cada um desses casos, as atrocidades podiam ser confirmadas por inúmeras declarações juramentadas de habitantes locais” (idem, pg. 227-228). Veja “As Torturas dos Castro” em https://www.youtube.com/watch?v=Z67falAUCDw&feature=youtu.be. Faça download do livro-denúncia “Contra Toda a Esperança”, de Armando Valladares, em https://portalconservador.com/livros/Armando-Valladares-Contra-Toda-Esperanca.pdf. Além de querer alcançar a “hegemonia” em todos os setores da sociedade, pregada por Gramsci, o “fascismo alegre” brasileiro quer também o monopólio da tortura. Veja, ainda, Missão Geisel.

Tortura Nunca Mais (TNM) - Nunca se praticou tanta tortura no Brasil como hoje, dizem relatórios recentes da ONU. Nada disso, porém, é denunciado por Tortura Nunca Mais, uma ONG de pau formada por comunistas, que prefere se dedicar à tortura existente ou imaginária durante os governos militares pós-1964 e se calar sobre a tortura ainda hoje praticada em Cuba, país-modelo da maioria de seus integrantes. Apesar da Lei da Anistia, a torturante Tortura Nunca Mais promove a mais nefanda forma de revanchismo, ao elaborar listas de antigos torturadores, sem apresentar provas, para constrangê-los perante a sociedade, de modo que não consigam exercer nenhum tipo de atividade pública. “A prática da tortura é tão velha quanto o homem. O uso da dor física como punição, como provação ou como forma de obrigar um indivíduo a confessar um crime ou fornecer informações já era comum entre gregos e romanos. A apuração dos chamados crimes de ‘lesa majestade’ ou de ‘lesa majestade divina’ admitia o uso da tortura, especialmente nos processos da Inquisição. Somente em meados do século XVIII, o uso legal da tortura foi abolido na maioria dos países da Europa. Em 1816, uma bula papal proscrevia o uso da tortura nos países católicos. Modernamente, a tortura em larga escala foi ressuscitada pelos regimes nazifascistas e comunistas, como meio de coação política. Deve-se aos comunistas a introdução de uma nova técnica com a chamada ‘lavagem cerebral’, resultante dos estudos de Pavlov sobre os reflexos condicionados, e intensamente aplicada na guerra da Coreia. Os franceses na Argélia e os ingleses ainda hoje contra o IRA são acusados de largo uso de tortura física e psicológica” (Gen Div Torres de Melo - HOE/1964, 1964, Tomo 14, pg. 66-67). A ONG TNM, mantida com gorda verba pública durante os governos tucano e petista, tem ainda a desfaçatez de conceder uma medalha que ela própria criou, a Medalha de Resistência Chico Mendes, para distribuição farta a antigos e atuais facínoras do cenário nacional e internacional. A vacina anti-TNM pode ser obtida lendo o livro “A Verdade Sufocada” - faça download em https://drive.google.com/file/d/0B4JmN3hNgh0QRjRoRHM2UnlIRXc/edit. Acesse também o site https://www.averdadesufocada.com/.

Tostadora de Pinar - Cela subterrânea, com mais de 40º de calor, em Pinar de Río, Cuba, onde ficou preso o poeta dissidente Heberto Padilha, autor de Fuera de Juego” (Fora de Jogo), com intervalos de “imersões diárias em fossa de excrementos” (PONTES, 2003: 160). Veja Tortura.

Totalitarismo - Regime político que se impõe pelo terror, a exemplo do Comunismo, Fascismo e Nazismo. Regimes totalitários se utilizam muito do “anonimato e absolvição do grupo” para promover a matança: “Além de criar um senso de responsabilidade, os grupos também possibilitam a execução do ato de matar ao desenvolver, em seus integrantes, o sentimento do anonimato que contribui ainda mais para a violência. Sob certas circunstâncias, o anonimato proporcionado pelo grupo parece favorecer uma espécie de matança histérica, de natureza atávica, observável também no reino animal” (GROSSMANN, 2007: 207). “De todas as restrições à democracia, a federação tem sido a mais eficaz e a que mais favorece à harmonia. O sistema federativo limita e restringe o poder soberano, dividindo-o e concedendo ao governo apenas certos direitos definidos. É o único meio de refrear, não só a maioria, mas o poder do povo inteiro” (Lord Acton - apud HAYEK, 1990: 198). A República Federativa do Brasil é uma federação apenas no nome, pois tudo gira em torno do Poder Central em Brasília. Para eliminar essa aberração, o Brasil precisa restabelecer o princípio federativo, dando mais poderes aos governadores e prefeitos.

Totenkopfverbände - (Alemão) “Unidades de Comandos da Morte”: criada por Himmler para dirigir campos de concentração e outras tarefas especiais, o qual também compilou os regulamentos dos campos. O primeiro campo foi o de Dachau, aberto oficialmente a 22/03/1933 para acomodar 5.000 prisioneiros.

Trabalhador - Para a esquerda, trabalhador é apenas quem pega na ferramenta (operário) e na enxada (colono). Empresário nunca é trabalhador, apenas “tubarão”, “explorador do povo”. Porém, me diga rápido aí, sem titubear: quem é mais trabalhador, o sucessor de FHC, que se aposentou precocemente, por ter perdido um dedo, e diz ter sido “perseguido” pelos militares (ficou alguns dias na cadeia por não ter cumprido a Lei de Greve, pelo que ganhou salário sem desconto de Imposto de Renda, como “perseguido político”), ou Ermírio de Morais, empresário que, antes de se aposentar, cumpria expediente de mais de 12 horas no escritório que controlava empresas que davam emprego a 50 mil pessoas (para onde ia de Fusca), que na 24ª hora arranjava tempo para se dedicar a um hospital beneficente e que na 25ª hora ainda tinha disposição para escrever peças de teatro?

Trabalho de massa - “O trabalho de massa consiste nas atividades de infiltração e recrutamento, organização e mobilização, desenvolvidas sob técnicas para a mudança radical das estruturas e do regime” (ORVIL, pg. 60). Com a “mão na massa”, os padeiros atuais do marxismo-leninismo, travestidos de socialistas, intelectuais, onguistas, clero progressista, ambientalistas, trabalham as massas trabalhadoras para cooptação política.

Traição dos clérigos - Traição dos eclesiásticos letrados, que se renderam a ideologias totalitárias, e, por extensão, traição dos intelectuais, não têm nenhum comprometimento com a verdade, mas apenas com “a causa” que defendem. Expressão oriunda de Julien Benda, autor de La trahison des clercs”, usado num sentido medieval. Veja textos sobre o assunto em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/12/a-traicao-dos-clerigos-olavo-de-carvalho.html.

Transferência de responsabilidade - É, por exemplo, culpar os Estados Unidos pela pobreza que existe no Brasil e no resto do mundo, como acusa a esquerda.

Transferência de renda com condicionalidades – Expressão de pau que designa o Bolsa-Família, fórmula engenhosa do voto de cabresto moderno.

Transparência – O PT sempre pregou a “transparência” do governo frente à coisa pública. Isso, quando era oposição. No governo, o PT escondeu do público o vazamento de urânio em Resende, RJ, ocorrido no início de abril de 2004, que contaminou três funcionários da fábrica de enriquecimento de urânio. Mr. Bibi (Bill Bonner), do Jornal Nacional, nada informou a respeito. Nem o chargista petista Chico Caruso, contratado para fazer charge a favor do sucessor do Nove Dedos. É a “máxima de Ricúpero”: o que é bom para o governo a gente alardeia, o que é ruim, a gente esconde. A falta de transparência é própria de regimes autoritários. Como exemplo, citemos o desastre de Chernóbyl, escondido pelas autoridades soviéticas, que ocasionou desastre ecológico em extensa região da Europa Oriental, além de provavelmente matar milhares de pessoas; e a tragédia da Coreia do Norte (22/04/2004), em que dois trens carregados de gasolina e gás liquefeito de petróleo se chocaram em Ryongchong, que podem ter vitimado cerca de 3000 pessoas - o número correto não foi divulgado pelos norte-coreanos. Também não houve transparência da China sobre a origem da pandemia da Covid-19, iniciada no final de 2019, nem como foi feito o primeiro combate à peste virótica. Causa estranheza que apenas 4.636 pessoas tenham morrido na China de 1,4 bilhão de habitantes (dados de 01/05/2021), enquanto Brasília, DF, com população pouco superior a 3 milhões de habitantes, já tenha 7.826 mortos (dados de 01/05/2021). Será que o lockdown funcionou de fato na China, com muitas cidades em isolamento por até dois meses? - cfr. em https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/factcheck/2021/03/30/interna_internacional,1252080/cidades-chinesas-ficaram-em-isolamento-por-ate-dois-meses-em-meio-a-covid-1.shtml. Ou há algo mais no ar, além de pipas e andorinhas. Muitas perguntas, poucas respostas - muito comum, tratando-se de um país totalitário comunista, como a China.

Transparência em Armamentos - Registro de armas convencionais das Nações Unidas: a 47ª Assembleia-Geral da ONU, em sua Resolução de 15/12/1992, solicitou a todos os Estados-membros que proporcionassem, anualmente, a partir de 30/04/1993, as informações sobre suas transferências de armamentos, e os convidou a informar também sobre seus estoques, aquisições internas e políticas pertinentes, relativas às seguintes categorias de armamentos, em número de 7: carros de combate, veículos blindados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aviões de combate, helicópteros de combate, navios de guerra, e mísseis e lançadores de mísseis.

Transparência Internacional - ONG que combate a corrupção, listando, por exemplo, os países mais corruptos do mundo.

Transponder - Equipamento de aeronave que envia sinais eletrônicos às bases de comando, com dados sobre altitude, rota e velocidade da aeronave. Nos atentados contra as torres gêmeas do WTC, em Nova Iorque, e contra o Pentágono, em 11/09/2001, os terroristas desligaram o equipamento, dificultando o rastreamento das aeronaves.

Tratado de Mensk - Formou a Comunidade de Estados Independentes (CEI), em 1991, extinguindo a URSS. Em 25/12/1991, Mikhail Gorbatchev renunciou à Presidência de um país que, na realidade, não existia mais.

Tratado de Ottawa - O Tratado de Ottawa, que proíbe a utilização de minas terrestres, entrou em vigor em 01/03/1999. Assinado em primeiro lugar em Ottawa em dezembro de 1997, contava no início de 1999 com 132 países signatários, enquanto 65 países se recusavam a ratificá-lo. Importantes fabricantes de minas antipessoais ficaram de fora do Tratado, como os EUA, Rússia, China, Índia, Iraque, Irã e Israel. As minas terrestres matam ou mutilam anualmente cerca de 26.000 pessoas em todo o mundo.

Tratado de Tlatelolco - Tratado de proibição de armas nucleares na América Latina e no Caribe; o Brasil é signatário (Tlatelolco, México). Foi assinado e ratificado por todos os 33 países da América Latina e Caribe, e entrou em vigor em 1968 (Cuba foi o último país a ratificar o Tratado, em 23/10/2002).

Treinamento hipóxico - O treinamento hipóxico, com baixo teor de oxigênio, atualmente utilizado por velocistas, boxeadores e nadadores, não deixa de ser uma forma sutil de emprego de droga para fins esportivos. Afirma-se que o uso de aparelhos hipóxicos pode aumentar o desempenho do atleta em até 40%. Teoricamente, seria muito útil aplicar esse treinamento à Seleção Brasileira de Futebol, para não sofrer mais vexames nas altitudes de La Paz, contra os bolivianos.

Três Porquinhos, Os - É como Dilma Rousseff se referia a seus três companheiros de campanha presidencial. Um foi papado pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista, Antonio Palocci (“Prático”). Os outros dois, José Eduardo Dutra (“Heitor”) e José Eduardo Cardozo (“Cícero”), não gozavam de boa saúde, mas ainda deram muitas ordens no chiqueiro.

Tríade - Na filosofia de Hegel, é o esquema do desenvolvimento de um processo, em três graus: a tese, que é negada pela antítese, que se lhe opõe, gerando a síntese - uma nova realidade. Utilizada pelos marxistas na explicação da evolução da sociedade capitalista para a ditadura do proletariado.

Tríades - Organização mafiosa chinesa. Originalmente, era uma sociedade secreta que pretendia restaurar a Dinastia nacional Ming e depor a Dinastia estrangeira Manchu. Formada pela “Six Great Triads” (Seis Grandes Tríades), é a mais numerosa organização criminosa do mundo (tem pelo menos 100 mil membros - dados de 1997), podendo vir a ser a mais perigosa no século XXI. Cinco grupos das tríades estão estabelecidos em Hong Kong e Formosa, e uniram-se ao “Great Circle” (Grande Círculo) de Xangai, o que se deve à crescente riqueza da República Popular da China (RPC). Estão envolvidos em tráfico de drogas e armamento, imigração ilegal, roubo de veículos, pirataria de equipamentos eletrônicos e software, jogatina, agiotagem, prostituição, pornografia e fraude. Atuam em Hong Kong, Taiwan e China (Xangai), com ramificação na América Latina, especialmente em São Paulo. Há ligação governo-polícia-crime organizado.

Tribunais sem Rosto - Criados em 1992 pelo Presidente Alberto Fujimori (Peru), como parte da legislação antiterrorista, num período em que os grupos subversivos se encontravam no apogeu de sua ação violenta, especialmente o Sendero Luminoso. Os juízes “sem rosto” eras instalados atrás de espelhos de uma só face ou vestindo capuzes, durante os julgamentos dos terroristas. No dia 16/10/1997, foram extintos esses tribunais. Organizações de “direitos humanos” afirmam que cerca de 1.400 pessoas foram injustamente condenadas pelos “tribunais sem rosto”. Veja Sendero Luminoso.

Tribunal Bertrand Russell (TBR) - Onagro do Movimento Comunista Internacional (MCI), destinado a “julgar” os países que combatiam o comunismo (principalmente os países latino-americanos), os quais eram acusados, em pseudojulgamentos (“tribunais”), como violadores dos direitos humanos. O TBR nunca criticou ditaduras de esquerda, como a da URSS (gulags, invasão da Tchecoslováquia, perseguição a dissidentes) e de Cuba, nem a ditadura militar peruana, de esquerda, de Velasco Alvarado, assessorado pelo brasileiro Darcy Ribeiro. O Tribunal Russell I foi constituído em Londres, em 1966. Quando Russell, que era pacifista de boa fé, viu com clareza os reais objetivos da organização comunista, afastou-se do movimento. Por pressão dos serviços secretos britânicos, o TBR foi transferido para Estocolmo, Suécia, onde foi convocado, pela primeira vez, para “julgar” os crimes cometidos pelos americanos no Vietnã. Posteriormente, com o nome de Tribunal Bertrand Russell II, a organização comunista foi transferida para Roma, e foi presidido pelo advogado Lelio Basso, eleito senador pelo Partido Comunista Italiano (PCI). Os países latino-americanos processados pelo TBR foram: Brasil, Paraguai, Guatemala, Haiti, Porto Rico, Chile, Uruguai e Bolívia. Os governos militares que governaram esses países eram denominados de “fascistas” pelo TBR e acusados de estarem a serviço do imperialismo americano. Em 01/04/1974, numa sessão do TBR, subversivos brasileiros apresentaram testemunhos, mediante pagamento financeiro: Miguel Arraes, Fernando Gabeira, Frei Tito, Onofre Pinto, Gregório Bezerra. Em janeiro de 1975, após analisar extenso informe do professor brasileiro na Universidade de Vincennes, Francisco Andrade (ligado à ALN), o TBR condenou o Brasil, além de julgar também o Chile, o Uruguai e a Bolívia, todos culpados de “crimes contra a humanidade”. O TBR deu origem ao Tribunal Permanente dos Povos, reconhecido pela ONU, o qual surgiu em 1979 por iniciativa do jurista italiano Lelio Basso, jurado e relator do TBR. O filósofo e matemático britânico Bertrand Russel (1872-1970), Prêmio Nobel de Literatura em 1950, autor de Why I am not a Christian” (Por que não sou um cristão), obra de 1936, era contra a Guerra do Vietnã, apoiou o movimento sufragista, o pacifismo e os direitos humanos, porém não demonstrou a mesma ênfase contra o totalitarismo comunista. Outros onagros utilizados pela antiga URSS para realizar sua guerra psicológica foram: Federação Sindical Mundial, com sede em Praga, contava com 138 milhões de inscritos, operava em 56 países; Conselho Mundial da Paz (Helsinque, mais de 100 comissões pela paz, em nível nacional); Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste, 100 milhões em 180 organizações da juventude); União Internacional de Estudantes (Praga, 4 milhões em 87 organizações); Federação Internacional de Mulheres Democráticas (Berlim, 200 milhões em 9 países); Federação Mundial dos Sindicatos e Professores (Praga, 7,65 milhões em 25 países); Organização Internacional dos Jovens (Praga, 140 mil em mais de 100 países); Organização Internacional do Rádio e da Televisão (Praga, com subgrupos em 19 países); Associação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas, cerca de 50 sucursais e subgrupos); Federação Mundial dos Trabalhadores da Ciência (Londres, 300 mil em 51 países); Federação Internacional dos Combatentes da Resistência (Viena, 4 milhões em 470 organizações em 20 países); Conselho Indigenista Missionário (Cimi), fundado em 28/8/1948 em Amsterdã, Holanda. “Para o CIE, o Cimi é, na realidade, órgão de fachada do comunismo internacional” (BAFFA, 1989: 75). Veja os integrantes do TBR em https://pt.wikipedia.org/wiki/Tribunal_Russell. Leia, de minha autoria, “Tribunal Bertrand Russell: um onagro (quase) esquecido”, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/tribunal-bertrand-russell-um-onagro.html.

Tribunal de Nüremberg - No período de 1945 a 1947, o Tribunal de Nüremberg julgou e puniu líderes nazistas em 13 julgamentos. Juízes norte-americanos, britânicos, franceses e soviéticos, representando as nações vitoriosas da II Guerra Mundial, condenaram à morte 25 alemães, 20 à prisão perpétua e 97 a penas curtas de prisão. Foram absolvidos 35 indiciados. Dos 21 principais líderes nazistas capturados, 10 foram executados por enforcamento em 16/10/1946. O marechal Hermann Goering suicidou-se com veneno na prisão. Veja Campos de concentração e Nazismo.

Tribunal de Vehme - A Liga da Corte Sagrada (Vehmgericht, em alemão) era um tribunal secreto da Vestfália, durante a Idade Média, cuja origem remonta aos tempos de Carlos Magno. Seus membros eram francs-juges ou Freischoffen (juízes livres), que executavam criminosos em sentenças secretas. A Liga perseguia hereges e judeus e foi dissolvida no século XVI.

Tribunal Penal Internacional (TPI) - Criado em julho de 1998, em Roma, o TPI representa um passo nos esforços da comunidade internacional para estabelecer a lei - e não os interesses nacionais de cada país - como o princípio que rege suas relações. Sua principal contradição: há um choque entre a soberania nacional - o mais sagrado princípio do direito internacional moderno - e a autoridade de um poder judiciário supranacional, que se eleva acima das nações. Outras cortes supranacionais: CIJ, CEJ, CEDH, CPA e CIDH.

Tribunal Permanente dos Povos - Com sede em Bruxelas, condenava apenas as agressões feitas por países não comunistas. Exemplo: agressão dos EUA contra a Nicarágua.

Tribunal revolucionário - Pomposa expressão de pau, trata-se apenas de um tipo de crime cometido pelos comunistas, travestidos de juízes, para decidir sobre a vida dos adversários políticos - ou de seus próprios camaradas. Foi num “tribunal revolucionário” que Carlos Lamarca decidiu liquidar o tenente da PM paulista, Alberto Mendes Júnior, morto a golpes de coronhadas de fuzil na cabeça. Foi num “tribunal revolucionário” que os capangas do facínora Luiz Carlos Prestes decidiram matar a “Garota”, quebrando, depois, seu corpo ao meio, para caber dentro de um saco. Na Guerrilha do Araguaia, Osvaldão sequestrou o informante do Exército Pedro Ferreira da Silva, o Pedro Mineiro: “O pistoleiro foi amarrado e virou réu do Tribunal Revolucionário. Um pelotão formado por Dina, Chica, Tuca e Maria Dina o matou” (NOSSA, 2012: 144). O mesmo ocorreu com o agricultor Osmar, “acusado de passar informações aos militares. Os guerrilheiros sobreviventes não dão pistas de quem matou Osmar” (idem, pg. 145). João, filho do agricultor José Pereira, trabalhou para o Exército e foi morto em emboscada preparada por Mundico e Dina. Foram, ainda, “justiçados” o guerrilheiro Rosalindo Cruz Souza (Mundico) e “Paulo”, que pretendiam deixar a área. Veja Crimes do PCB e Justiçamento.

Tribunal Sader - Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas” da USP, pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de 110 milhões de mortos. Ou seja, apenas mais uma pérola “novilíngua” de Sader, esforçado aprendiz da arte da desinformação, querendo nos fazer esquecer os crimes enunciados em “O Livro Negro do Comunismo”. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o nikil obstat de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo “liberalismo x comunitarismo” (ou por Fórum de Davos x Fórum Social Mundial). Ou ainda, democratas x Antifas (fascistas que se dizem antifascistas).

Tribunal Vermelho - O mesmo que tribunal revolucionário.

Tricontinental - Criada durante a OSPAAAL, que se realizou em Havana, Cuba, de 3 a 15/01/1966 - juntamente com o XXIII Congresso do PCUS. (Em 1965, em Gana, ficou decidido que a OSPAA realizaria seu próximo encontro em Cuba, no ano seguinte, para integrar também a América Latina - daí OSPAAAL.) “Consiste no princípio de que a coexistência pacífica não se pode estender às chamadas ‘guerras de libertação nacional’, isto é, às guerras ‘entre oprimidos e opressores, entre os povos coloniais explorados e seus exploradores colonialistas e imperialistas’” (Meira Penna, in Política Externa, pg. 133). À Tricontinental compareceram representantes de 82 países, dos quais 27 latino-americanos. A delegação brasileira foi composta por Aluísio Palhano e Excelso Rideau Barcelos (indicados por Brizola), Ivan Ribeiro e José Bastos (do PCB), Vinícius Caldeira Brandt (da AP) e Félix Ataíde da Silva, ex-assessor de Miguel Arraes, na época residindo em Cuba. A tônica do encontro foi a defesa da luta armada. No encerramento, Fidel Castro afirmou que a “luta revolucionária deve estender-se a todos os países latino-americanos”. A Tricontinental foi a estratégia que desencadeou a Guerra do Vietnã e guerras civis como em Angola e Moçambique, e os grupos terroristas que surgiram na América Latina a partir de 1967/1968, especialmente no Brasil, Argentina e Chile. No campo cultural, a Declaração da Tricontinental recomendava a “publicação de obras clássicas e modernas, a fim de romper o monopólio cultural da chamada civilização ocidental cristã, cuja derrocada deve ser o objetivo de todas as organizações envolvidas nessa verdadeira guerra”. Nesse encontro, o senador Salvador Allende (futuro Presidente do Chile) faria uma proposta aprovada por unanimidade pelas 27 delegações: a criação da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS). Assim, no dia 16/01/1966, um dia após o término da Tricontinental, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, que passou a ser dirigida pelo Comitê de Organização, constituído por representantes de Cuba, Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Guiana e México. A Secretaria-geral foi entregue à cubana Haydee Santamaria, e o representante brasileiro foi Aluísio Palhano. Veja OLAS.

Trilha Ho Chi Minh - Embaixadas de países de última classe, o oposto de "Circuito Elizabeth Arden". O nome advém da rede de estradas camufladas criada pelo general Võ Nguyên Giáp, que de dia eram encobertas por árvores plantadas em vasos, dificultando os ataques americanos contra os Viet Cong (Guerra do Vietnã). Cong é palavra vietnamita para “comunista”.

Tríplice Entente - Aliança formada pela Rússia, França e Inglaterra contra a Tríplice Aliança (Áustria, Alemanha e Itália) na I Guerra Mundial.

Tríplice Fronteira - Região de fronteira do Brasil (Foz do Iguaçu), Paraguai (Ciudad de Leste) e Argentina (Puerto Iguazú), local de intenso contrabando, tráfico de drogas e armas, e presença de grupos fundamentalistas islâmicos.

Triunvirato da Máfia - Expressão cunhada por Viktor Suvorov, autor de “O Exército Soviético por dentro”. Era composto pela KGB, o Partido Comunista da União Soviética e o Exército Soviético. Depois de colocar os compatriotas de joelhos, o Triunvirato partiu para conquistar os países vizinhos e disseminar a subversão comunista em todos os cantos da Terra.

Trivium e Quadrivium - Carlos Magno criou as escolas palaciais e as estendeu a uma visão de Estado por meio de Proclamações e Editos, inspirados no monge inglês Alcuíno de York (que usou o pseudônimo de Albinus Flaccus), o qual introduziu a divisão da Educação em Trivium e Quadrivium, o que ocasionou a renascença intelectual na Idade Média, conhecida como Renascimento Carolíngio. O Trivium abrangia a Gramática, a Retórica e a Dialética (mais tarde, incluía também a Filosofia). O Quadrivium, a Aritmética, a Geometria, a Astronomia e a Música (mais tarde, também a Medicina).

Tudo pelo social - Slogan de pau criado pelo governo José Sarney. Com o governo do PT, tivemos o “tudo pelo fiscal”, como lembrou Joelmir Beting no Jornal da Band, ao tratar do aumento cavalar de impostos dos Anni Lulae.

Tugues - Integrantes de movimento religioso terrorista, ligado ao hinduísmo.

Tuitaço - “Passeata virtual”, seja para convocar uma “guerrilha digital” (veja verbete), com slogans postados nas redes sociais, seja para convocar uma passeata real, p. ex., contra a corrupção. Normalmente, a palavra-chave do tuitaço é antecedida pela hashtag (#).

Tupamaros - Membros do Movimento de Libertação Nacional (MLN), do Uruguai. No auge de sua atuação, em 1970, o grupo tinha 3.000 membros ativos em Montevidéu, compartimentado em “grupos de fogo” de 4 a 5 homens. O movimento promoveu assaltos a bancos e a postos policiais. Em 1970, executaram o refém Dan Mitrione, funcionário da USAID, em retaliação à recusa do Governo de trocar presos políticos por ele. Em 1972, a maioria de seus líderes estavam presos ou mortos. O terrorista José Alberto Mujica Cordano (“Pepe Mujica”), cantado em verso e prosa pela esquerda latino-americana, foi presidente do Uruguai (2010-2015) e Senador (2015-2018), participou de assaltos, sequestros e da Tomada de Pando, em 08/10/1969, quando os tupamaros subjugaram a delegacia de polícia, o quartel do corpo de bombeiros, a central telefônica e vários bancos. Mujica passou 14 anos na prisão, de onde saiu em 1985, com o fim da ditadura.

Turcos, Os - Organização criminosa da Turquia conhecida como “Os Turcos” é formada por uma dezena de clãs curdos. Originou-se como bando de contrabandistas que operavam no Cáucaso e na fronteira persa-otomana, há séculos. Estão ligados à guerra pela independência curda (Curdistão) na Turquia, no Irã e no Iraque. Parte dos lucros oriundos da heroína vinda da Ásia Central, Afeganistão e Paquistão são destinados aos curdos rebeldes. Os Turcos obtêm lucros, ainda, com pirataria de produtos eletrônicos e vídeo, falsificação de passaportes e cédulas de identidade, prostituição, negócios escravos, jogo ilegal, extorsão, fraude e operações de peculato.

Turismo dos 4 S - Cuba: o antigo “bordel dos EUA” agora é globalizado, os clientes vêm de todas as partes do mundo, especialmente da Europa, atrás do “turismo dos 4 S”: sun, sea, sand, and sex (sol, mar, praia e sexo). Em 2000, cerca de 2 milhões de turistas foram à Ilha, muitos em busca das jineteras (prostitutas) - com um copo de mojito nas mãos (coquetel à base de açúcar, água com gás, suco de limão, rum branco e um ramo de hortelã). Esse turismo tropicaliente é também visto no Brasil e em países do sudeste asiático.

Tuskegee, Experiência de - Realizada em Tuskegee, Alabama, EUA, entre o período de 1932 e 1972, em que médicos deixaram de ministrar tratamento a pacientes negros com sífilis para entender melhor as repercussões da forma mais grave dessa doença sobre o sistema cardiocirculatório. “Durante quarenta anos, de 1932 a 1972, o serviço de saúde dos Estados Unidos acompanhou a saúde de 600 homens negros - 399 com sífilis e 201 sem a doença (o grupo de controle). Eles viviam na cidade de Macon, no estado do Alabama. Até aqui nada de mais, não fosse o objetivo do Tuskegee saber como a sífilis evoluía sem tratamento. Em outras palavras, centenas de vidas foram sacrificadas para que os pesquisadores soubessem com exatidão como a bactéria destrói o corpo humano. O pior: não foi dito a nenhum dos participantes que eles tinham a doença” (in “A Tragédia de Tuskegee”, revista Veja no. 1882, de 01/12/2004, pg. 92). Apesar de haver um tratamento-padrão para a doença à base de penicilina, a partir de 1947, os doentes não foram tratados. Quando o “estudo” foi encerrado, em 1972, havia apenas 74 participantes vivos. O escândalo estourou numa reportagem do The New York Times. Quando o presidente Bill Clinton pediu perdão em nome do governo americano, em 1997, apenas 8 deles ainda viviam.

TV Bem - Instituto de Defesa do Telespectador: ONG que combatia a distribuição de videogames violentos, como Carmageddon, Mortal Kombat Letal, Blood, Requiem etc. 

 

U

 

“O Fórum Social Mundial é o maior evento político realizado na História contemporânea. E eu não tenho dúvida nenhuma de que ele vai contribuir, de forma decisiva, para que a gente mude a História da Humanidade" (Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso proferido no III Fórum Social Mundial, Porto Alegre, janeiro de 2003).

 

UALC - União Americana pelas Liberdades Civis: propunha que crianças das escolas primárias tivessem o direito de incriminar seus pais nos tribunais. Houve cabeludos que levaram seus responsáveis ao fórum porque estes mandaram que cortassem o cabelo.

UCBU - União Cultural Brasil-URSS. Órgão de fachada para doutrinação comunista.

UDPR - União de Defesa da Propriedade Rural: criada em 1997, com vistas a defender propriedades rurais contra invasões dos sem-terra.

UDR - União Democrática Ruralista: surgiu em 1985, para fazer frente às ondas de invasões do MST.

Ujamaa - Conceito africano de “família”, a sociedade tradicional, baseado no passado mítico. Esse conceito foi denominado por Nyerere (Tanzânia), na Declaração de Arusha, versão africanizada de Bandung, com forte verniz socialista. Veja Geração Bandung.

ULTAB - União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil: fundada em 1957 pelo PCB, para mobilizar os camponeses em torno do Plano de Reforma Agrária. De 15 a 17/11/1961, a ULTAB realizou o I Congresso em Belo Horizonte, MG. Teve suas principais bases em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, porém obteve seu maior sucesso em Goiás, onde o movimento tomou as cidades de Trombas e Formoso e só foi desmobilizado em 1964 pelos militares. Veja MPL.

Ultragermânicos - Casta governante alemã, dos tempos do Kaiser Wilhelm II (Imperador Guilherme II) a Adolf Hitler, composta por príncipes e pastores luteranos, que desprezavam a “civilização” (que definiam como desarraigada, cosmopolita, imoral, antigermânica, ocidental, materialista e corrompida racialmente) e enalteciam a “cultura” (definida como pura, nacional, germânica, espiritual e autêntica).

UMAP - Unidades Militares de Ayuda a la Producción (Cuba): inicialmente, seria chamado de El Plan Fidel e existiram entre 1964 e 1967. As UMAP eram campos de trabalhos forçados, a exemplo dos gulags soviéticos, para onde foram enviados órfãos (filhos dos executados pela Revolução), filhos de presos políticos, filhos de residentes no exterior, filhos de comerciantes que tiveram seus bens confiscados pela Revolução, jovens com convicção religiosa, jovens artistas de pensamento liberal, jovens sem-teto, religiosos e homossexuais, totalizando em torno de 30.000 pessoas. “Operacionais em novembro de 1965, os campos da UMAP eram verdadeiros campos de concentração, para onde eram desordenadamente atirados religiosos (católicos, entre os quais o atual arcebispo de Havana, Mons. Jaime Ortega, protestantes, testemunhas de Jeová), proxenetas, homossexuais e quaisquer indivíduos considerados ‘potencialmente perigosos para a sociedade’. Os prisioneiros tinham de construir eles mesmos os seus abarracamentos, principalmente na região de Camaguey. As ‘pessoas socialmente desviantes’ eram submetidas a uma disciplina militar, que se transformou num regime de maus-tratos, de subalimentação e de isolamento. Uma das funções da UMAP foi a ‘reeducação’ de homossexuais. Antes da sua criação, alguns deles tinham perdido os empregos, principalmente na área cultural; a Universidade de Havana foi alvo de depuração anti-homossexuais, e era comum ‘julgá-los’ em público, no próprio local de trabalho” (COURTOIS, 2000: 779). “O campo para homossexuais ostentava os dizeres ‘O Trabalho os Transformará em Homens’ sobre o portão principal – o que, de certa forma, ecoava o famoso ‘O Trabalho os Libertará’ de Auschwitz” (FONTOVA, 2009: 167). Após a extinção das UMAP, todos os documentos foram destruídos. “Esse sistema cumpre dois objetivos: 1) Facilitar a mão de obra gratuita do Estado. b) Castigar os jovens que se negam a participar das organizações comunistas” (Relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 1967 - Cfr. NARLOCH, 2011:  44). Leia sobre as UMAP em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/la-otra-cuba-de-fidel-castro-la-que.html e http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/nuestra-isla-por-alencar-henrique-de.html.

UME - União Militar Espanhola: ocasionou a intervenção de nacionalistas na Armada da Espanha, iniciando a Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1939.

Umkhonto we Sizwe - “Lança de uma Nação” ou MK: organização militar do Congresso Nacional Africano (CNA), fundado em 1961 e comandando por Nelson Mandela, em resposta ao Massacre de Sharpeville, ocorrido em 1960, quando o CNA passou a defender o uso de violência contra o regime do Apartheid, na África do Sul. Leia “A verdadeira face de Nelson Mandela”, de Paulo Kogos, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/a-verdadeira-face-de-nelson-mandela-por.html.

Ummá - “Desde as primeiras conquistas elaborou-se a teoria do Dar el Islam, o ‘território do Islã’ ou ‘território da paz’, que é formado pelas terras da ummá, a comunidade dos muçulmanos, em oposição ao ‘território da guerra’, Dar el Harb, que deve ser conquistado para a charia, a lei islâmica, seja pela pregação da palavra, seja pela força das armas. (...) Agindo com maior realismo, os juristas muçulmanos definiram igualmente a existência do Dar el Solh, ou ‘território da trégua’, que pode conservar-se em paz mediante o pagamento de tributos. Eles também determinaram que as relações entre o ‘território do Islã’ e o ‘território da impiedade’ poderiam ser regidas pela daruriyya ou ‘estado de necessidade’, em condições ditadas pela superioridade dos infiéis ou por imperativos econômicos, técnicos e sociais” (BALTA, 2010: 27).

Unabomber - Terrorista norte-americano que enviava cartas-bomba às suas vítimas. Matou 3 pessoas e feriu 23 nos EUA, de 1978 a 1996. Em 03/04/1996, foi preso Theodore Kaczinski, numa floresta do Estado de Montana, EUA, acusado pela mãe e por um irmão como sendo o terrorista que promoveu atentados e exigiu a publicação, em 1995, em 2 importantes jornais americanos (New York Time e Washington Post), de um manifesto político contra a sociedade americana pós-industrial. Em alguns trechos, Kaczinski afirma: “A Revolução Industrial e suas conseqüências têm sido um desastre para a raça humana. O sistema tecnológico-industrial só poderá sobreviver à custa da diminuição permanente dos seres humanos e dos outros organismos vivos à condição de produtos de engenharia e de meras engrenagens da máquina social (...) Uma das manifestações de loucura mais amplamente difundidas em nosso mundo é o esquerdismo. Pensamos principalmente nos socialistas, coletivistas, tipos politicamente corretos, feministas, gays e ativistas a favor de deficientes, ativistas pelos direitos dos animais e outros do gênero. Eles odeiam os Estados Unidos, a civilização ocidental, odeiam pessoas brancas do sexo masculino, odeiam a racionalidade” (in “O filósofo do terror”, revista Veja, 09/08/1995, pg. 50). Kaczinski era formado por Harvard, tinha doutorado em Matemática por Michigan e foi professor-assistente de Matemática em Berkeley, Califórnia. Na década de 1970, ele morou em uma comunidade de hippies no Afeganistão. Depois foi morar em Montana, onde plantava seus alimentos e mantinha uma biblioteca de clássicos. Condenado, cumpre 8 penas de prisão perpétua em presídio de segurança máxima.

UNAMSIL - Missão das Nações Unidas em Serra Leoa: criada em outubro de 1999, com um contingente de 11,1 mil capacetes azuis, para garantir os Acordos de Paz assinados em Lomé (Capital do Togo), em julho de 1999, pelo Governo e pela Frente Revolucionária Unida (FRU). Os capacetes azuis substituíram os soldados da ECOMOG (Força de Interposição da África Ocidental), composta principalmente por soldados nigerianos. No conflito, que teve início em 1991 e durou 9 anos, morreram 50 mil pessoas e 10 mil ficaram mutiladas (os rebeldes da FRU cortavam os braços, as pernas ou as línguas de civis).

UNASUL - União das Nações Sul-Americanas: reúne todos os países sul-americanos, exceto a Guiana Francesa. O sonho de Fidel Castro e Hugo Chávez era transformar toda a região em uma espécie de “União das Repúblicas Socialistas da América Latina” (“URSAL”), para “recuperar o que foi perdido no Leste europeu” - lema do onagro Foro de São Paulo. “URSAL”, obviamente, não existe, mas seu espírito, sim.

UNAVEM - United Nations Angola Verification Mission (Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola). O Brasil participou com observadores militares na UNAVEM I (1989 a 1991) e na UNAVEM II (1991 a 1995). A UNAVEM I foi estabelecida a partir do Acordo de Nova York, em 1988, e tinha como objetivo monitorar a saída das tropas cubanas (50.000 homens) e sul-africanas de Angola, e começou seus trabalhos em 1989. A UNAVEM II foi estabelecida em maio de 1991, para monitorar o Acordo de Bicesse nas eleições presidenciais de 1992. Com o aumento do combate em 1993, o pessoal da UNAVEM II ficou confinado em Luanda e em áreas costeiras, sem poder exercer sua função de observadores (cerca de 80 militares, policiais militares e alguns médicos). Na guerra civil após a Independência, morreram em Angola 30 mil sul-africanos (ligados à UNITA) e 10 mil cubanos (ligados ao MPLA). Saldo da guerra civil (1975-2002): 1,7 milhão de refugiados, 80 mil mutilados e 500 mil civis mortos.

UNAVEM III - Terceira Missão de Verificação da ONU em Angola (1995-1997): a Força de Paz comportou 7.000 militares, de 38 países (incluindo cerca de 350 observadores militares, 126 policiais observadores e apoio de Estado-Maior). O Brasil participou da UNAVEM III com militares de Estado-Maior, observadores militares, 1 Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Batalhão Angola, ou Brazilian Battalion - Brabat), 2 Postos de Saúde Avançados e 1 Companhia de Engenharia de Força de Paz. O Brasil possuiu o maior contingente de tropas da ONU na UNAVEM III, com cerca de 1.200 militares, 17% do total. O contingente brasileiro foi composto por militares das três Forças singulares (a maioria do Exército) e da Polícia. A malária fez 2 (duas) baixas fatais entre os brasileiros, em 1996; segundo a Folha de S. Paulo, “os mortos, Paulo César de Souza e Cláudiomilson dos Santos, integravam o 72º Batalhão de Infantaria Motorizada de Petrolina (PE)” - cfr. em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/1/13/mundo/8.html; em 1997, morreu o cabo da Marinha brasileira, Aladarte Cândido dos Santos, vítima de emboscada.

Uncle Joe - “Tio Zé” (José): era a maneira como os governantes americanos se referiam a Joseph Stálin.

Uncle Sam - “Tio Sam” (Samuel): os EUA.

UNE - União Nacional dos Estudantes. Durante o 2º Congresso Nacional de Estudantes (1938), foi feita a proposta de criação da União Nacional de Estudantes (UNE), que teve sua 1ª Diretoria eleita em 1939. Inicialmente, a UNE era apolítica; entre 1940 e 1943, mobilizou a opinião pública e o Governo para participar na II Guerra Mundial contra o nazifascismo. Era tutelada pela ditadura Vargas e funcionava em sala do Ministério da Educação. A partir de 1943, começa a insurreição, com comunistas e democratas lutando contra a ditadura Getúlio Vargas. A partir de 1959, aprofunda-se a marxização da UNE; nos anos 60, as organizações que dividiam as massas operárias, além da UNE, eram a JUC, o PC (que atuava através de seus diretórios estudantis), a Política Operária (POLOP) e a Quarta Internacional. Eram todos de esquerda, com dosagens diversas de ideologia marxista. O Partido de Representação Acadêmica (PRA), criado na Faculdade de Direito da USP, era considerado de Direita. Também nos anos 60, dá-se o encontro ideológico, reunindo a JUC, a Esquerda Católica e o Esquerdismo marxista. A Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) desempenhou papel importante na agitação estudantil e no processo de marxização da Universidade. “Onde o professor é de tempo parcial, como na maioria da América Latina, a tendência dos estudantes é dar mais atenção a preocupações não acadêmicas, inclusive políticas”. (Seymor Martins Lipset, “University Students and Politics in Underdeveloped Countries”, in Minerva, Vol. III, nº 1, 1964, pg. 38-39). No dia 28/03/1964, os Diretórios Acadêmicos das Faculdades Nacionais de Direito (CACO), da Filosofia, da Universidade do Brasil, e o de Sociologia da PUC, lançaram manifesto de apoio aos marinheiros e fuzileiros em greve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos. No dia 31 de março, exigiram de Jango armas para a resistência contra o levante de Minas, mas tiveram que se contentar com “manifestações antigolpistas” na Cinelândia. Com a depredação da sede da UNE, o seu presidente, “apista” José Serra (Ministro da Saúde durante o Governo FHC), empossado em 1963, pediu asilo à Embaixada do Chile. “Terminava, assim, o ciclo de agitação estudantil, que depois iria se desdobrar em trágicas consequências, no terrorismo e na ilegalidade” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário” - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/raizes-do-marxismo-universitario-por.html). Arthur Rios é autor de famosa frase: "Pais positivistas, filhos comunistas, netos terroristas". Na “campanha nacional de alfabetização”, no Governo Goulart, a UNE recebeu 5.000 dólares de Moscou, por intermédio da UIE. “Essa mesma UNE..., em 1968, provocou o atentado do Calabouço, aquela crise criada pelo assassinato de um estudante, que nem era estudante, era um funcionário do Calabouço” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva - HOE/1964, Tomo 4, pg. 281). Com a ascensão do PT na Presidência da República, a UNE se tornou importante falange do “fascismo alegre”, do qual recebeu R$ 12,8 milhões no período de 2004 a 2010. O governo Lula indenizou a UNE em R$ 44,6 milhões, dos quais R$ 30 milhões foram liberados em 2010, para construção da nova sede da entidade, no Flamengo, Rio de Janeiro. A obra ainda não saiu do papel, embora Lula tenha participado do lançamento da pedra fundamental. Leia, de minha autoria, “UNE: organização-pelego, de Getúlio a Lula”, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/une-organizacao-pelego-de-getulio-lula.html. Veja USP.

UNEAC - Unión Nacional de Escritores y Artistas de Cuba: utilizado como aparelho estatal.

UNFICYP - United Nations (Peacekeeping) Force in Cyprus [Força de (Manutenção da) Paz das Nações Unidas no Chipre]: missão iniciada em março de 1964, prolonga-se até os dias atuais, com mais de 160 mortes entre os soldados da ONU. O Brasil participou dessa Missão em 1964, posteriormente deixou a missão, porém a retomou em 1995, com a participação de 2 militares do Exército (um oficial e um ST ou Sgt), substituídos a cada 6 meses, integrando o Batalhão de Força de Paz argentino que atua na área.

UNHCR - United Nations High Commissioner for Refugees (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR): recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1954 e 1981.

União Americana pelas Liberdades Civis (UALC) – ONG norte-americana com sede em Nova York, de defesa dos direitos e liberdades individuais. Muitas vezes, a ONG derrapava em suas boas intenções, propondo que crianças das escolas primárias tivessem o direito de incriminar seus pais nos tribunais. Houve cabeludos que levaram seus responsáveis ao fórum porque estes mandaram que cortassem o cabelo - um fruto podre colhido do movimento “Antiautoridade” e da malfadada Escola de Frankfurt.

União Cultural Brasil-URSS (UCBU) - Conhecido onagro brasileiro, não era nada mais que um órgão de fachada para doutrinação comunista.

União da Juventude Patriótica (UJP) - Ligada ao PC do B. A pátria, obviamente, era a Grande Mãe Rússia.

União da Juventude Socialista (UJS) - Fundada em 1984, é a ala juvenil do PCdoB.

União dos Estudantes Brasileiros na Tchecoslováquia (UEBC) – Onagro estudantil brasileiro para doutrinação comunista.

União dos Estudantes Brasileiros na URSS (UES na URSS) – Onagro siamês da UEBC.

União Internacional de Estudantes (UIE) – Onagro estudantil, órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI), distribuía dinheiro de Moscou a entidades estudantis do mundo inteiro, inclusive a UNE. Veja Ouro de Moscou.

União poliafetiva - A sonora expressão de pau significa apenas suruba, e já é tratada como coisa séria nos meios acadêmicos e judiciais. Trata-se da poligamia, p. ex., de um homem que vive maritalmente com duas ou mais mulheres. Seria inveja dos islâmicos ricos, que podem ter até quatro esposas e incontáveis concubinas?

Unidade Bagerovski - Esquadrilha secreta da antiga Força Aérea soviética, com base na Crimeia. Criada em 1947 somente para testar bombas atômicas e de hidrogênio, tinha menos de 40 membros. Um de seus integrantes, o piloto Konstantin Lyasnikov, lançou 14 bombas (sendo uma delas 250 vezes mais potente que a usada pelos americanos em Hiroshima, em 1945), e afirmou que os integrantes de sua Unidade foram utilizados várias vezes como cobaias, para verificar como os aviadores reagiam ao calor e às explosões nucleares, voando a 300 metros de altura em direção ao cogumelo atômico. As bombas eram testadas principalmente em campos de provas nucleares: em Semipalatinsk, no Cazaquistão, e em Novaya Zemlya, Península no Círculo Polar Ártico. A Unidade lançou 178 bombas entre 1949 e 1962, a partir de quando passou a fazer missões de reconhecimento sem armas, até ser dissolvida em 1972. A União Soviética continuou os testes atômicos subterrâneos até 1990.

Unidad Popular (UP) - O Partido Socialista e o Partido Comunista eram a alma da UP, que tinha o apoio também do MAPU e do MIR, durante o Governo de Salvador Allende (1970-1973), Chile, período em que a UP controlou 2 canais de TV, 68 emissoras de rádio, 10 jornais importantes e 27 revistas. Em janeiro de 1971, os comunistas do Canal 9 da Universidade do Chile se apoderaram da Estação de TV e a utilizaram como elemento de luta em prol do Governo, não obedecendo decisões universitárias e judiciais. A TV Nacional converteu-se em propagandista do regime socialista de Allende. Sem poder recuperar o Canal 9 de TV, a Universidade do Chile criou o Canal 6, que foi destruído pela polícia civil no dia 20/10/1972. O canal 13 de TV da Universidade Católica, que num primeiro momento esteve para cair nas mãos da UP, constituiu-se no baluarte da liberdade; o sacerdote Raúl Hasbún, dirigente da TV, sofreu todo tipo de ataque, injúrias e calúnias. Suas transmissões sofriam interferências e tapadas. O Governo da UP utilizou todos os recursos administrativos e legais para silenciar a imprensa de oposição, muitos jornalistas foram presos por expressar suas opiniões ou relatar fatos. Em Concepción, o jornalista Hoces foi desnudado, flagelado e rebaixado em sua dignidade humana, dentro de um teatro cheio de marxistas.

Unidad Revolucionaria Nacional Guatemalteca (URNG) - Grupo guerrilheiro, ligado a Rigoberta Menchú, Prêmio Nobel da Paz. Durante 40 anos (1956-1996), tem executado atentados no país. Os choques entre guerrilheiros, Forças do Governo e a população civil causaram, nesse período, cerca de 160 mil mortes. Estima-se que o número de refugiados chegou a 500 mil pessoas, estabelecidas, principalmente, no México e nos EUA. Após o Acordo de Paz, assinado em 19/09/1996, a URNG se transformou em partido político.

Unificação das Lutas de Cortiço (ULC) - Movimento dos sem-teto, inspirado no MST.

UNITA - União Nacional para a Independência Total de Angola: originou-se como uma das facções da FNLA, em 1966. Inicialmente de orientação maoísta, posteriormente tornou-se anticomunista. Embora Jonas Malheiro Savimbi tenha estudado técnicas de guerrilha na China, a UNITA não era esquerdista em sua ideologia. Savimbi era o Presidente da UNITA e o comandante-em-chefe das Forças Armadas de Libertação de Angola - FALA (braço armado da UNITA). No início, a UNITA recebeu apoio da África do Sul e, depois de 1986, com ajuda material dos EUA, sobreviveu para se tornar o principal oponente do Governo do MPLA. No dia 22/02/2002, Savimbi foi morto, junto com 21 seguidores, pelo exército angolano, em uma emboscada, o que levou ao fim da guerra civil.

Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL) - Tinha sede em Moscou, URSS, e era um dos centros de doutrinação comunista mundial, ao lado de escolas similares então existentes na Bélgica (Centro Tricontinental) e na Tchecoslováquia. Através da União Internacional de Estudantes (UIE) era feito o envio de estudantes brasileiros à UAPPL. A seleção dos alunos brasileiros ficava a cargo do PCB e era confirmada com base nos registros da “Caderneta nº 6”, de Luiz Carlos Prestes, e pelos questionários apropriados, posteriormente apreendidos em várias organizações comunistas. Os custos - viagem, estada, estudos e seguro médico - eram inteiramente grátis. Por isso, “nas décadas de 60 e 70, o sonho de todo pai comunista de país do Terceiro Mundo era ter um filho estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou. (...) A universidade foi criada em 1960, por iniciativa do então dirigente soviético Nikita Kruschev. (...) Nos bons tempos, 65% dos 7.000 alunos eram estrangeiros”. (“Escola do capital”, revista Veja, de 22/1/1997, pg. 40-41). O empresário João Prestes, filho de Luiz Carlos Prestes, formou-se em engenharia pela Lumumba na década de 1970, época em que havia cerca de 120 alunos brasileiros matriculados em Moscou. “A partir de 1953, o Partido Comunista da União Soviética passou a ministrar cursos, em Moscou, a militantes do PCB. Cursos de treinamento militar e condicionamento político-ideológico. O último desses cursos foi em 1990, quatro anos após terem sido implantadas por Gorbachev as políticas de perestroika e glasnost. Cerca de 700 militantes foram treinados na Escola de Quadros, como era mais conhecido o Instituto de Marxismo-Leninismo do PC Soviético, e na Escola do Konsomol (Juventude do PCUS), em cursos cuja duração variava de 3 meses a 2 anos. Cerca de 1.300 outros brasileiros concluíram cursos superiores na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba e em outras universidades soviéticas, em cujo currículo sempre constou a matéria marxismo-leninismo. Até mesmo em cursos de balé. As matrículas na UAPPL sempre foram efetuadas através da Seção de Educação do Comitê Central do PCB e também através do Instituto Cultural Brasil-URSS, um apêndice do PCB. Algumas dessas pessoas, no regresso ao Brasil, passaram a trabalhar em empresas estatais e, pelo menos um, formado em Medicina, como Oficial das Forças Armadas, nos anos 80” (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, acesso em 10/02/2003). A UAPPL incluía ainda o ensino de armamentos e explosivos, atraindo pessoas do mundo inteiro, e era destinada a assessores de um programa comunista soviético de dominação mundial (globalização comunista). De volta a seus países, os “lumumbas” entravam clandestinamente nos sindicatos de trabalhadores, nos partidos políticos e até nos governos. A cada um destes correspondia uma missão específica nesse “estado-maior geral” de ofensiva mundial. Muitas dessas pessoas, particularmente as que penetravam em organizações de “massa”, obtinham partidários que desconheciam os vínculos dessas lideranças com o comunismo soviético. Criada para doutrinar o Terceiro Mundo, hoje a Lumumba ensina cursos a cerca de 3.600 estudantes, 40% deles estrangeiros. “Resta desta Lumumba - alma mater do terrorista Carlos, o Chacal - o empoeirado Museu Patrice Lumumba, ao qual Yasser Arafat doou uma placa de metal com o mapa da sua Palestina ideal gravado” (revista Veja, “Escola do capital”). Patrice Lumumba, líder do Congo, foi assassinado pelos belgas em 1961.

Universidade dos Trabalhadores da América Latina (UTAL) - Com sede em Caracas, Venezuela, era outro onagro a serviço da difusão do marxismo. "Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas" (J. O. de Meira Penna).

UNMIK - United Nations Interim Administration Mission in Kosovo: pela primeira vez, a ONU gerencia um país (Resolução 1224), ao lado de outras 2 Forças e outros 2 Governos: a Força histórica, do governo autônomo do moderado Ibrahim Rugova, e a de fato, do ELK, de Hashim Taçi. A Administração teve início em 1999, na Província rebelde de Kosovo, após a OTAN ter covardemente bombardeado a Iugoslávia, destruindo toda a infraestrutura do país. A missão fracassou porque a ONU não conseguiu desarmar o ELK.

UnoAmérica - Unión de Organizaciones Democráticas de América. Criada em Santa Fé de Bogotá, em 14/12/2008, com o objetivo de se opor às pretensões socialistas do Foro de São Paulo na América Latina, a UnoAmerica está hoje desativada. O presidente da UnoAmérica era Alejandro Peña Esclusa, “prisioneiro de consciência” do regime ditatorial de Hugo Chávez desde 12/07/2010. Esclusa, que também era presidente da ONG Fuerza Solidária e articulista do site Mídia Sem Máscara, foi preso pela polícia política de Chávez, que plantou explosivos em sua residência e o acusou de ter ligações com terroristas. No Brasil, Heitor de Paola e Graça Salgueiro foram delegados da UnoAmérica.

UNOSOM - United Nations Operations in Somalia (UNOSOM I: 1992-1993; UNOSOM II: 1993-1995): os americanos saíram da Somália em março de 1994, depois da morte de dezenas deles, principalmente depois que um helicóptero Black Hawk dos EUA foi abatido, morrendo 18 soldados, e o corpo de um deles arrastado em Mogadíscio. A batalha de Mogadíscio foi levada ao cinema em 2001, Black Hawk Down” (Falcão Negro em Perigo). Em março de 1995, o restante dos militares enviados pela ONU saiu da Somália, depois de ter 136 de seus integrantes mortos, deixando aquele país à própria sorte.

USP - Universidade de São Paulo: fundada em 1934, no Governo de Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni, numa das matrizes de difusão do Marxismo. Em 1958, foi montado na Faculdade de Filosofia da USP o “Seminário Marx” por Fernando Henrique Cardoso, Ruth Cardoso, José Artur Gianotti, Octávio Ianni, Paul Singer, Juarez Brandão Lopes e Roberto Schwartz. Em 1966, os autores mais lidos eram Lebret, Mounier, Marx, Sartre, Teilhard de Chardin e o Pe. Henrique de Lima Vaz, seguidos por Michel Quoist, Kalil Gilbran, Celso Furtado e José de Castro (que publicou, em 1947, Geografia da Fome, e em 1951, Geopolítica da Fome). “Não foi Marcuse o único guru dessa geração. Outros disputavam essa influência, Mao, Guevara, Debray, o pétreo estalinista Lukacz, sobretudo Gramsci, os autores da Escola de Frankfurt - Walter Benjamin, Adorno, o ascendente jamais cadente Eric Hobsbawn, marxista inglês, e o então noviço Umberto Eco, que ainda esperaria alguns anos pelas grandes tiragens da perversa O Nome da Rosa, e Althusser, que propunha nova leitura de Marx, nova interpretação teológica dos santos livros. (...) A Revista Civilização Brasileira, de Enio da Silveira, acolhia autores prestigiosos. Corria de mão em mão. Entre seus colaboradores o agora, avançado e liberal Alceu Amoroso Lima, o futuroso FHC, Ferreira Gullar, Paulo Francis, ao tempo trotskista - depois, em boa hora, convertido à democracia, por isso repudiado e mantido no escanteio -, Nelson Werneck Sodré, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho - todos crismados ‘aprendizes’ de Lukacz” (José Arthur Rios in “Raízes do Marxismo Universitário”). O historiador marxista Eric Hobsbawn teceu críticas severas contra o nazismo, porém nunca reconheceu os crimes de Stálin: “Outro eminente historiador de origem britânica, Tony Judt (1948-2010), professor de história da New York University que fez uma longa resenha do livro de memórias de Hobsbawm, Tempos Interessantes, advertia já em 2008 que o colega ficaria marcado por sua posição política. ‘Ele pagará um preço: ser lembrado não como ‘o’ historiador, mas como o historiador comunista’, disse em entrevista ao jornal The New York Times. Em texto publicado pela revista The New Criterion, o escritor David Pryce-Jones também apontou o prejuízo da ligação de Hobsbawm com o pensamento marxista. ‘A devoção ao comunismo destruiu o historiador como um pensador ou um intérprete de fatos’” (“A imperdoável cegueira ideológica de Eric Hobsbawm”, revista Veja, 08/10/2012). Vale lembrar que Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, os porcos-limpos burgueses por excelência, classificavam o burguês como salaud (porco sujo). Beauvoir fez rigorosa crítica ao “falocentrismo” de Freud. O feminismo atual, radical até os últimos pentelhos, com certeza quer fazer valer o “pererecacentrismo”. Veja UNE.

USSOC, USSOCOM - United States Special Operations Command (DoD). Principais missões: 1) DA - Direct Action: ataques de curta duração para captura/destruição ou danos a pessoal ou material; 2) SR - Special Reconnaissance: coleta de informações para detectar atividade de atual ou potencial inimigo; 3) FID - Foreign Internal Defense: participação em programas mantidos por outro Governo, para libertar e proteger sua sociedade contra a subversão, falta de leis e insurgência; 4) UW - Unconventional Warfare: inclui guerrilha e operações de baixa intensidade; 5) CT - Combating Terrorism; 6) CP - Counterproliferation: captura/destruição de armas de destruição em massa; 7) CA - Civil Affairs: para exploração das relações entre militares e civis, para facilitar as operações militares; 8) PsyOp - Psychological Operation: operações psicológicas; 9) IW - Information Warfare: ações para adquirir superioridade nas informações, para apoio à estratégia militar. Atividades colaterais: 1) Coalition Support; 2) CSAR - Combat Search and Rescue; 3) CD - Counterdrug Activities; 4) CM - Countermine; 5) HA - Humanitarian Assistance; 6) SA - Security Assistance; 7) Special Activities.

Usuário eventual/viciado de drogas – É como a língua de pau chama os dependentes ou viciados de drogas, que são, em última análise, sócios dos traficantes, pois, se não houvesse consumo, não haveria tráfico. O filme Tropa de Elite deixa isso bem claro, por isso foi repudiado por cocaleiros e maconheiros.

USVITL - Upravliênie Severno-Vvostotchnikh Itl (Administração dos Campos do Nordeste): Gulags, URSS.

UTAL - Universidade dos Trabalhadores da América Latina: com sede em Caracas, Venezuela.

Utilitarismo - É uma doutrina ética formulada por Jeremy Bentham e John Stuart Mill. “O utilitarismo é a forma mais conhecida da filosofia chamada ‘consequencialismo’, na qual uma ação é julgada apenas em termos de suas consequências. (...) Não julgamos se, intrinsecamente, é certo ou errado executar um criminoso, mas apenas se isso será benéfico para a sociedade como ação verdadeiramente inibitória” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 501-502). “O utilitarismo é uma estrutura ética para uma ação moral eficaz. Fundamentalmente, baseia-se na quantificação do bem em termos de utilidade e na tentativa de maximizar essa quantidade. A utilidade é frequentemente definida como felicidade ou prazer, embora existam outras variantes, como a satisfação das preferências ou o utilitarismo das preferências. Essa estrutura é frequentemente definida como um esforço para alcançar o maior bem para o maior número. Existem também numerosas sub-vertentes do utilitarismo com várias advertências e notas de rodapé sobre o tema básico. É uma forma de consequencialismo, onde os fins justificam os meios: se um vale provisório de utilidade negativa deve ser percorrido para atingir um pico de maior utilidade, então essa doutrina advoga” (Cfr. o texto “Utilitarismo” no Portal São Francisco em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/utilitarismo-portal-sao-francisco.html). “O todo poderoso Lord Palmerston era um expoente do dogma utilitarista de que, na política externa das nações, não existem amigos ou inimigos, nem princípios permanentes, apenas interesses permanentes. Entre as suas façanhas, destacou-se o fomento de cizânias nacionalistas e étnicas dentro das potências rivais, os impérios Autro-Húngaro, Otomano e Russo. Com métodos semelhantes, obteve uma grande influência política nas ex-colônias espanholas na América e se emprenhou no que já era, então, o objetivo central da geopolítica britânica, o controle efetivo da região eurasiática. (...) A origem da argumentação ‘etnonacionalista’ de Connor reside em duas figuras centrais: o economista John Stuart Mill e seu contemporâneo John Emmerich Edgard Dalberg, Lorde Acton, ambos teóricos do ‘livre comércio’ e precursores da ‘globalização’ financeira e do moderno multiculturalismo. Mill foi um dos propagadores do utilitarismo, seguindo os passos de seu padrinho e protetor intelectual Jeremy Bentham, célebre por seu livro ‘Em defesa da pederastia’” (CARRASCO, 2013: 38).). Veja Etnonacionalismo.

Utraquistas - Partidários de João Huss, da Boêmia, que foram perseguidos (houve uma cruzada) porque desejavam comungar sob as duas espécies, o pão e o vinho. 

 

V

 

“O poder não me interessa. Depois da vitória, quero regressar à minha cidade e retomar a minha profissão de advogado” (Fidel Castro, em entrevista ao jornalista Herbert Matthews, do NYT, 1957 - apud COURTOIS, 2000: 771).

 

Vale do Bekaa - Líbano: base de terroristas iranianos, como o Hizbollah, que possuem vários campos de treinamento, como os de Janta, Anjar, Baalbek, para estudar terrorismo e atividade clandestina. De lá, são contrabandeados explosivos e terroristas para atuação na Arábia Saudita e outros países da região, via Síria e Jordânia - uma verdadeira cooperação sírio-iraniana.

Valores não contabilizados - É como o antigo tesoureiro do PT, Delúbio Soares, se referiu ao caixa dois que abastecia os mensaleiros do partido e aliados. E o sucessor de FHC, de Paris, referendou a tramoia, ao dizer que todos os políticos fazem caixa dois para as campanhas eleitorais. A mesma expressão de pau foi utilizada pela deputada federal Jaqueline Roriz, do DF, ao ser flagrada em vídeo recebendo R$ 50 mil.

Vampiros revolucionários, Os - Em relatório feito pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de 1967, “há a denúncia da extração de sangue de condenados à morte em Cuba. Pouco antes de fuzilar os condenados, os algozes do presídio de La Cabaña retiravam o sangue das vítimas. (...) ‘No dia 27 de maio, 166 cubanos civis e militares foram executados e submetidos aos processos de extração de sangue, a uma média de 7 pintas por pessoa [cerca de 3 litros]’, afirma o relatório. ‘Este sangue é objeto de venda no Vietnã comunista por 50 dólares a pinta, com o objetivo duplo de prover-se de dólares e contribuir com o esforço do vietcong’” (NARLOCH, 2011: 55). Essa prática macabra lembra as denúncias contra a China comunista, de vender os órgãos e tecidos de condenados à morte.

Vara de Ho Chi-Minh - Vara longa, com ponta afinada, destinada a acordar constantemente os prisioneiros em Cuba. Além dessa tortura psicológica, que Armando Valladares sofria com seus colegas de fuga (Ulisses e Boitel), havia a “tortura merdácea” a que se referiu Roberto Campos. “Durante mais de três meses ficaram de guarda ali. Em todo esse tempo não nos deixaram tomar um banho sequer. Só tínhamos aqueles banhos de urina e fezes, que eles nos davam de cima do teto de malha” (VALLADARES, 1986: 103-104). Durante mais de 1 ano, Valladares e outros prisioneiros ficaram sem roupas, inclusive quando recebiam visitas de parentes (Valladares recebeu sua mãe e sua namorada em “trajes de Adão”). Devido aos maus tratos e alimentação deficiente, depois de 22 anos de cárcere, Valladares ficou 8 anos preso a uma cadeira de rodas. Diagnóstico: paraplegia flácido-carencial. Veja Tortura.

VAR-Palmares - Vanguarda Armada Revolucionária Palmares: resultou da fusão das organizações terroristas VPR e COLINA, em 1969. “Em 1968 saí daqui do 19º. RI e fui servir em Guaíra, no Paraná. Lá chegou ao nosso conhecimento de que grupos terroristas que atuavam no Rio de Janeiro e em São Paulo estavam utilizando aquela área como reunião de homizio. Em uma operação de informações, cercamos uma fazenda que tinha sido comprada por um grupo da Vanguarda Popular Revolucionária (VAR-Palmares) e era o local onde eles faziam treinamento. (...) A intenção deles era começar uma guerrilha na área rural, através do processo do foquismo, que fora sucesso lá em Cuba e na China. Estavam treinando ocultar-se em meio à vegetação, enterrar suprimentos, munição, medicamentos, a caminhar e orientar-se dentro do mato” (Gen Bda Flávio Oscar Maurer - HOE/1964, Tomo 8, pg. 309). Nesse depoimento, o general Maurer narra, ainda, que foi baleado pelo sargento Venaldino (2º Sgt Venaldino Saraiva, que se suicidou em seguida, em 12/05/1964), esquerdista fanático, que também baleou o aspirante Aloysio Oséas. Maurer teve toda a face esquerda dilacerada e passou por várias cirurgias plásticas. “A par do Setor de Expropriações, a VAR Palmares possui o Setor Territorial, incumbido da arregimentação entre estudantes, camponeses e operários, bem como da ligação, na ocasião oportuna, da coluna guerrilheira com a região urbana, através da aceitação, divulgação e apoio dessa coluna. Cada subsetor do Territorial possui dois grupos distintos: SAM, Setor de Ação de Massas, e GAV, Grupo de Ações Violentas. Ao primeiro, compete conseguir adesões da doutrinação e induzir as massas à realização de ações de interesse da organização, greves, passeatas, depredações etc.; ao segundo compete agir no meio operário, estudantil e camponês, como um órgão de repressão às manifestações contrárias às ações desenvolvidas pelo SAM, como lhe compete, outrossim, a tomada violenta de fábricas, panfletagem e justiçamento” (SOLNIK, 2011: 241). No dia 22/06/1969, a VAR-Palmares roubou em assalto à Companhia de Polícia do 10º Batalhão da FPESP (São Caetano do Sul) 94 fuzis, 18 metralhadoras INA, 30 revólveres Taurus cal .38, 300 granadas e cerca de 5.000 cartuchos de diversos calibres, aumentando consideravelmente seu arsenal, já suprido com o assalto à Casa de Armas Diana e ao 4º Regimento de Infantaria (4º RI) - ação empreendida por Carlos Lamarca, da VPR. No Rio de Janeiro, a VAR-Palmares participou do assalto ao Banco Aliança, Agência Muda (1969), de onde foi roubada a importância de NCr$ 54.884,62, ocasião em que foi assassinado o motorista de praça Cidelino Palmeiras do Nascimento, que conduzia policiais em perseguição aos assaltantes. A VAR-Palmares participou da “Grande Ação”, em 18/06/1969, quando foi roubado de um cofre em Santa Teresa, Rio de Janeiro, a quantia aproximada de 2,596 milhões de dólares. O cofre pertencia ao ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, e ficava no casarão de sua amante, Anna Capriglione. Gustavo Benchimol, sobrinho de Anna Capriglione, queria entrar para o COLINA e procurou Juarez Guimarães de Brito, dizendo que Adhemar de Barros havia distribuído cerca de US$ 25 milhões em 10 cofres, escondidos em casas e apartamentos do Rio. Segundo Gustavo, um desses cofres se encontrava no casarão de sua tia, em Santa Teresa. Além de Juarez, participaram do roubo do cofre Wellington Moreira Diniz, José Araújo Nóbrega, Carlos Minc, Darcy Rodrigues, o ex-açougueiro João Domingues, Sônia Lafoz. “Gustavo passou todos os detalhes da casa, inclusive a localização do cofre, escondido dentro de uma parede falsa, no corredor” (SOLNIK, 2011: 27). Carlos Minc havia feito incursão no local: “Na pele de pesquisador do IBGE, obteve dados importantes” (Idem, pg. 89). O cofre foi transportado numa Rural Willys, escoltado por um Aero Willys, de Santa Teresa até Jacarepaguá; o Chevrolet C-14, usado no apoio ao roubo, tomou outro caminho. “No total, eram exatamente US$ 2,596 milhões. No aparelho da VAR-Palmares, na Barra da Tijuca, Antonio Roberto Espinosa “ouviu a boa-nova de Lamarca e festejou com ‘Max’, Dilma, ‘Lia’ e ‘Matos’, o Cláudio Marinheiro” (Idem, pg. 34). O ator da TV Globo, José Abreu, foi militante da VAR-Palmares e teria participado do transporte do dinheiro do cofre (cfr. “No volante”, de Luiz Carlos Azedo, Correio Braziliense, 30/01/2013). Parte desse dinheiro (cerca de 1 milhão de dólares) foi entregue ao embaixador da Argélia no Brasil, Hafid Keramane, para aquisição de armas, custear a viagem de terroristas àquele país e auxiliar Miguel Arraes a criar a Frente Brasileira de Informações (FBI). “O assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro. Até então, fora ‘o maior golpe do terrorismo mundial’, segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro ‘A Ditadura Escancarada’. (...) A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos Franklin Paixão de Araújo [“Max”, amante de Dilma], que então comandava a guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país e mais tarde se tornaria pai da única filha de Dilma” (“O cérebro do roubo ao cofre”, revista Veja, 15/01/2003, pg. 36). No livro de Solnik, consta que a participação de Dilma a respeito do roubo do cofre foi apenas para trocar parte dos dólares em casas de câmbio no Rio, por ser uma “burguesinha” e ter aparência de socialite, não despertando suspeitas. No Rio Grande do Sul, foram assaltados o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Agência Tristeza, 28/01/1970) e o Banco do Brasil, Agência Viamão, RS (18/03/1970). Em São Paulo, houve tentativa de assalto em um estacionamento, assalto a um supermercado do Sesi, no Cambuci, assalto ao Supermercado Peg-Pag e 3 assaltos a supermercados diferentes do Grupo Pão de Açúcar, todos no ano de 1970. Em 01/01/1970, a título de comemoração do aniversário da Revolução Cubana, a VAR-Palmares sequestrou em pleno voo um avião Caravelle, da Cruzeiro do Sul, que fazia a linha Montevidéu-Porto Alegre-Rio de Janeiro, desviando-o para Cuba. O sequestro foi planejado por James Allen Luz, que o executou com cinco comparsas, dentre os quais Jessie Jane Vieira de Souza, posteriormente diretora do Arquivo do Rio de Janeiro, com sede na antiga dependência do DOPS. Uma das integrantes da VAR-Palmares, do setor de Inteligência, foi Elizabeth Mendes de Oliveira, a “Bete Mendes” de novelas como “Beto Rockfeller”, que usava o codinome “Rosa” na clandestinidade, talvez querendo ser a “Rosa de Luxemburgo” brasileira. Bete Mendes “fazia parte do núcleo da VPR do Colégio de Aplicação, onde foi colega de Pérsio Arida” (SOLNIK, 2011: 187). A então deputada federal Bete Mendes, em visita ao Uruguai com uma comitiva do Presidente Sarney, em 1985, acusou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar naquele país, de ter sido torturada por ele nas dependências do DOI/CODI do II Exército (São Paulo), onde a terrorista passou 18 dias presa depois de ter sido detida no “aparelho” da Rua General Bagueira, 79, com documentos falsos e roubados para uso do grupo terrorista (“Rosa” ficou presa entre os dias 29 Set e 16/10/1970). A tortura foi negada pelo coronel Ustra no livro Rompendo o Silêncio. Antes da denúncia, “Rosa” já havia sido entrevistada pela revista Afinal (02/07/1985) e pelo jornaleco Pasquim (17 Fev a 05/03/1986), ocasiões em que não citou a tortura, indício de que além de boa atriz é também uma boa mentirosa, o que pode ser corroborado, ainda, pelas declarações de “Max” (do Comando Nacional da organização terrorista) no jornal Zero Hora, de 20/08/1985. Após a prisão de “Rosa”, a VPR fez ainda as seguintes ações: assalto a um carro de transporte de valores da Transfort S/A, em Madureira, Rio, RJ, junto com o MR-8, em 22/11/1971, ocasião em que os terroristas levaram 2 metralhadoras, 2 pistolas calibre 45 e 1 espingarda calibre 12, e assassinaram o suboficial da reserva da Marinha, José Amaral Villela, chefe de segurança do carro de transporte; assalto ao Curso Fischer, Tijuca, Rio, RJ, no dia 14/01/1972; assassinato do marinheiro inglês David A. Gutheberg, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/02/1972, numa atuação de “Frente” com a ALN, VPR e PCBR; assalto ao Banco da Bahia e ao Banco de Crédito Territorial, em São Cristóvão, Rio, RJ, no dia 25/02/1972; assalto ao Banco Territorial, na Avenida Brasil, Rio, RJ, em “frente” com o MR-8 e PCBR, em abril de 1972; assalto ao Banco Nacional, de Braz de Pina, Rio, RJ, em julho de 1972, em “frente” com o PCBR; assalto ao Banco Itaú, em Botafogo, Rio, RJ, em outubro de 1972, em “frente” com o PCBR; assassinato do Dr. Otávio Gonçalves Moreira Júnior, em Copacabana, Rio, RJ, no dia 25/02/1973, em “frente” com a ALN e PCR; no Rio Grande do Sul, assalto ao Banco Francês e Brasileiro, em Porto Alegre, RS, no dia 14/12/1973, em “frente” com o PCBR; em São Paulo, assaltos à Empresa Paulista de Ônibus (Vila Prudente, Out 1970), ao supermercado Pão de Açúcar (Rua Baturité) e Pão de Açúcar (Barão de Jundiaí), ambos em Nov 1970; ao Supermercado Gigante (Lapa, Fev 1971), em “frente” com o PRT; à Fábrica de Parafusos Mapri (Vila Leopoldina, Mar 1971), em “frente” com o PRT; à firma RCA-Victor (Jaguaré, Mai 1971); à Empresa de Ônibus Tusa (Freguesia do Ó, 10/05/1971), ocasião em que foi morto o soldado PM Manoel Silva Neto; tentativa de assalto a uma casa de armas (Av. Rangel Pestana), quando o proprietário foi ferido a tiros, após reagir e evitar o assalto; tentativa de assalto a uma casa de armas (Lapa), evitado por um vigia; tentativa de assalto à residência de um colecionador de quadros, na Rua Veríssimo Glória. No interior do Rio, um terreno seria utilizado para fabricação de bombas de plástico: “O projeto era de montar uma ‘fábrica de bombas’ e fora desenhado por um engenheiro químico egípcio, ligado à Al Fatah e ao Setembro Negro, que se aproximou de Espinosa [Antonio Roberto Espinosa] e se ofereceu para colaborar com a VAR-Palmares. Era um cara de olhos muito vivos e atentos, que diziam mais que sua boca. (...) - Um leilão de velhos telefones públicos a manivela. Isso me interessa - disse o egípco. (...) - Esses aparelhos funcionam como ímãs, dos quais precisamos para nossas bombas por controle remoto” (SOLNIK, 2011: 150). Em seu livro, Solnik não informa se o projeto foi consumado. Durante certo tempo, Delfim Netto esteve na lista dos “sequestáveis”, quando os terroristas descobriram que todo fim de semana o “tsar” da economia viajava para Jundiaí, SP. No discurso de posse da Presidência, em 2011, Dilma Rousseff afirmou que não se envergonhava do passado. Mesmo que ela tenha apenas servido café aos “camaradas d’armas” nos aparelhos onde frequentou (Colina e VAR-Palmares), ela tem, também, as mãos sujas de sangue. “Só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do Exército no Rio. Quando foi presa, em janeiro de 1970, o promotor militar que preparou a acusação classificou-a com epítetos superlativos: ‘Joana D’Arc da guerrilha’ e ‘papisa da subversão” (Veja, 15/01/2003, pg. 37). Tadeu, um estudante de Geologia e apaixonado (não correspondido) por Dilma, dizia que ela “é a reencarnação da Krupskaya, e Krupskaia e a própria Dilma são reencarnações de Helena de Troia” (SOLNIK, 2011: 191). Junto com Maria Celeste Martins, Dilma guardava as armas da organização criminosa. “Éramos poucas mulheres na luta armada, muito poucas. No cofre, só estava eu de mulher. As mulheres fizeram muitas ações, vamos ver... Maria do Carmo, era direção, Inês Etienne era direção, a própria Dilma, não cruzei com ela, mas sabia da existência dela, sabia que nunca fizera ação armada. Nunca tive reunião com ela, eu tinha pouco contato com as mulheres. Carmen Giacomini era de ação armada, uma das poucas” (Sônia Lafoz - Cit in SOLNIK, 2011: 146). Sônia Lafoz fez o papel de “irmã’ de Lamarca (“César”), quando este fez plástica num hospital, disfarçado de “cabeleireiro” com cueca vermelha. Maiores detalhes sobre Dilma Rousseff podem ser vistos em http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2012/08/a-vida-clandestina-de-dilma-rousseff.html. Veja FBI (Frente Brasileira de Informações).

VAT - 1. Voskhvalenie Amerikánskoi Tiékhniki (Exaltação da Técnica Americana): perseguição política, na antiga URSS. 2. Victims of Arab Terrorism (Vítimas do Terrorismo Árabe): grupo israelense, formado por vítimas de atentados e violência árabes.

Velho Conhecido da Polícia - Ladrão renitente, que já tem, p. ex., 19 passagens pela polícia, mas, como não foi pego em flagrante, é solto para fazer o 20º. assalto. Isso decorre das leis lenientes do Brasil, que são um convite ao crime devido à impunidade, em que os órgãos de Segurança fazem papel de palhaços. Veja Anomia.

Vendedor de Passados, O - Nome do romance do angolano José Eduardo Agualusa. O personagem é Félix, que vende suas próprias histórias. Durante o Brasil Império, quando uma moça de família viajava para a Europa durante muito tempo, não para estudo, porém a passeio, normalmente era para ter um filho que havia sido gerado fora do casamento. Era uma espécie de “venda do passado”, que devia ser esquecido - junto com o filho, que era passado adiante. A esquerda brasileira, há décadas, procura o Félix de Agualusa, para vender seu passado terrorista, criando mitos e avatares, e inventando histórias heroicas que nunca existiram. A Comissão Nacional da Verdade se tornou “O Vendedor de Passados” da esquerda brasileira. Veja Vidas inventadas.

Verde, a nova cor do comunismo - A nova forma do comunismo combater o capitalismo foi trocar o vemelho-sangue do totalitarismo marxista dos 110 milhões de mortos durante o século XX pelo verde dos dólares das ONGs, para impedir o desenvolvimento sócio-econômico dos povos, por meio do ambientalismo catastrofista e do indigenismo socialista. “Segundo o levantamento, efetuado pelo Instituto de Estudos da Religião (ISER), as ONGs empregavam cerca de 80 mil pessoas, das quais nada menos que 17% declaravam ter sido presas pelo regime militar e 14% se consideravam ‘marxistas-revisionistas’ na década de 1970. Na reportagem [revista Veja, 09/02/1994], o então deputado ‘verde’ Carlos Minc afirmava que ‘as ONGs ocupam o vazio deixado pela crise das ideologias e pela falência do comunismo’” (CARRASCO, 2013: 86). A mesma Veja afirmou que havia, então, mais de 5.000 ONGs no Brasil. Acesse https://ecologia-clima-aquecimento.blogspot.com/. Veja ONGs.

Verdes - As ONGs ambientalistas radicais são os onagros vermelhos transformados em onagreens. Quando eram comunistas, eles nunca questionaram o furo da camada de ozônio, o efeito estufa ocasionado pela poluição mundial, o degelo das calotas polares, o desastre de Chernóbyl, nem a poluição da fubica Trabant. Hoje, criam milhares de ONGs para salvar a Amazônia, as tartarugas marinhas, o mico-leão-dourado, as focas, a ararinha-azul, a perereca-de-capacete-do-rio-pomba e, com isso, salvar a humanidade. Você, caro leitor, sente mesmo alguma falta dos dinossauros? E baleias e tubarões, para que existem? Somente para comer toneladas de peixes que poderiam saciar a fome no mundo.

Verkhtrib - Supremo Tribunal, que funcionou de 1918 a 1922, julgando os casos mais importantes do início do regime soviético.

Vernalização - Teoria tola, elaborada por Lysenko. Veja Lysenkoísmo.

VEVAK - Serviço secreto do Irã, substituiu a SAVAK após a Revolução Iraniana, de 1979.

VHEMT - Voluntary Human Extinction Movement (Movimento para a Extinção Humana Voluntária): junto com a Gaia Liberation Front (GLF), prega a total libertação da Terra, ou seja, a extinção dos humanos como espécie, considerada uma “raça alienígena”. Veja ALF, ELF, Eugenia ecológica, GLF e Teoria de Gaia.

Viagra cubano - É como a blogueira cubana Yoani Sánchez se referia ao petróleo presenteado por Hugo Chávez a Cuba.

Vidas inventadas - A esquerda é rápida em inventar vidas para obter prêmios. Em “Vidas Inventadas”, de Cristina Galindo, podem ser comprovadas as mentiras de Rigoberta Menchú, que recebeu o Nobel da Paz, as manhas da cambojana Somaly Mam e de outros - Cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/vidas-inventadas-por-cristina-galindo.html. Veja Vendedor de passados, O.

Vietnã - Buraco aberto na base de Xambioá, durante a Guerrilha do Araguaia, onde José Genoino Neto ficou preso.

Vietnik - (Gíria) Pessoa, geralmente jovem, que protestava contra a Guerra do Vietnã. Vietnik é a junção das palavras “Vietnã” e “beatnik”.

Violência estudantil - Promovida no mundo ocidental, durante a década de 1960, por redes de subversão de Moscou e Pequim. O “Boletim do Partido”, de agosto de 1968, elogiou calorosamente os subversivos e as redes que operavam nos EUA, congratulando-se com eles pela “excelente direção dos estudantes norte-americanos que resultou em ações revolucionárias de âmbito nacional” (HUTTON, 1975: 115-116). Veja Revolução de 1968.

Violência política - “Obter ilegalmente armas letais; conspirar contra a ordem pública; praticar crimes contra a segurança pública; sequestrar, assassinar e mutilar pessoas; aterrorizar a sociedade mediante atentados causadores de mortes, ferimentos e destruição e, principalmente, pretender fazer da população civil o alvo de represálias do governo, conforme preconizou o teórico da guerrilha urbana Carlos Marighela, são crimes de violência política, certamente mais graves do que a violência criminal que a sociedade deve enfrentar” (in “A garantia da democracia”, de Sérgio P. Muniz Costa - https://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=11496:300914-a-garantia-da-democracia-&catid=58&Itemid=107). Muniz Costa lembra Norberto Bobbio no texto: “uma sociedade democrática pode suportar a violência criminal: embora dentro de certos limites [...]. Não pode suportar a violência política”.

Vítima do sistema - “Vítima do sistema: aí está uma pieguice autocomiserada que se tornou o nosso modus inoperandi” (LOBÃO, 2013: 212).

Viva Rio! - ONG fundada em 1993 por Rubem Cesar Fernandes, ligado ao ISER e CMI, que prega o desarmamento da população, sem exigir que, primeiro, o Estado desarme os traficantes de armas e drogas das grandes cidades brasileiras. O Viva Rio é o braço do IANSA no Brasil. Um dos financiadores do Movimento é George Soros, que é também a favor da descriminalização das drogas. O Viva Rio (“Viva Rindo” - como diria Olavo de Carvalho) foi um dos principais opositores à “Operação Rio”, das Forças Armadas, que tinha como objetivo básico combater o narcotráfico nos morros cariocas, em 1992, ocasião em que um general do Exército chegou a ser processado. O motivo alegado da ONG de pau foi “direitos humanos” - dos bandidos, obviamente. O Comando Vermelho agradece. Certo dia, essa ONG pretendeu pacificar a bandidagem da Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, entregando flores aos habitantes da “comunidade”, no “Dia do Carinho” - talvez mais um feriado no vasto calendário carioca, onde havia apenas o Dia de São Sebastião e hoje há o Dia do Índio, o Dia de Zumbi, o Dia do Evangélico, além dos feriados impostos pelos traficantes de drogas, que mandam fechar o comércio para o povo ir à praia. Na verdade, tais ONGs, que hoje têm prerrogativas de governo, do qual recebiam vultosas somas de dinheiro nos governos tucano e petista, servem apenas para dar boa vida a nababos, que fazem passeios turísticos pelo mundo todo, e proferem discursos de pau na sede da ONU, em Nova York, onde pregam o desarmamento do cidadão de bem, enquanto a bandidagem anda cada vez mais armada. Veja Cinturão das Milícias, CMI e ISER.

Vlad, o Empalador - Mais conhecido como Conde Drácula, nasceu na Transilvânia em 1431 e foi governador da Valáquia, na atual Romênia. Depois de reconquistar, em 1456, o trono usurpado por um parente distante, Vlad reuniu os nobres e “seus guardas armados entraram no aposento e prenderam quinhentos nobres, deixando-os do lado de fora, onde foram empalados em estacas pontiagudas, junto com suas esposas e criados, e deixados apodrecer” (in “O Livro de Ouro dos Mistérios da Antiguidade”, pg. 428 e 429). Os romenos, porém, preferem lembrar Vlad como o patriota que lutou contra os turcos. Depois de Vlad mandar pregar turbantes à cabeça de embaixadores turcos em visita à Valáquia, o sultão formou um complô para assassinar Vlad. A trama foi descoberta e os conspiradores tiveram o tratamento comum de todos os inimigos de Vlad - a empalação. Vlad atacou os turcos, invadindo a Bulgária, massacrando dezenas de milhares de civis e fazendo grande número de prisioneiros, em 1461. No verão de 1462, os turcos entraram na Valáquia. Ante a enorme vantagem numérica do inimigo, Vlad recuou, devastando tudo por onde passava, adotando a política de “terra arrasada” para privar o inimigo de abastecimento. O Exército turco passou pela capital da Valáquia, Targoviste, que havia sido despojada e queimada por Vlad, e, numa estreita garganta, defrontaram com “uma visão terrível - uma floresta de corpos empalados apodrecendo, de cerca de vinte mil pessoas. Eram os prisioneiros feitos por Vlad no ano anterior. (...) O sultão deu a volta e iniciou a longa marcha de retorno. (...) Numa batalha final contra um exército de nobres valáquios apoiados pelos turcos, o próprio Vlad foi empalado numa lança. Os turcos deceparam-lhe a cabeça e enviaram-na ao sultão” (op. cit., pg. 432). O filme “Drácula - A história nunca contada”, de 2014, narra a história de Vlad, que se torna um vampiro.

Volksgeist - (Alemão) “Gênio da nação”, do povo, o que determina o que é verdadeiro e ético dentro do enfoque nacionalista.

Volksgemeinschaft – (Alemão) “Caminho do povo”: ideia da organização alemã nacional-socialista (nazista), em que o indivíduo não tem direitos, mas apenas deveres. É a “concepção germânica do Estado” formulada por Fichte, Lassale e Rodbertus. “A economia de guerra criada na Alemanha de 1914 é o primeiro passo na construção de uma sociedade socialista e seu espírito é a primeira manifestação ativa, e não apenas reivindicatória, de um espírito socialista” (H. G. Wells, in HAYEK, 1990:162). A obra O Caminho da Servidão, de Friedrich Hayek, “é crítico em relação ao fascismo, ao comunismo e até mesmo ao socialismo-democrático, que, segundo uma sinistra dedução de Hayek, lembrava os dois primeiros” (SEYMOUR-SMITH, 2002: 607).

Vontade coletiva - Doutrina introduzida pelos teóricos da Revolução Francesa, berço do socialismo do século XX.

Vontade política - É o que sempre falta no Parlamento brasileiro, especialmente quando se trata de fazer uma reforma política que vá de encontro aos seculares interesses dos políticos, como o fim do foro privilegiado para autoridades e prisão para condenados em segunda instância.

Voos da morte - Terroristas e desafetos políticos da ditadura militar da Argentina (1973-1986) eram lançados de aviões em alto-mar. As vítimas eram lançadas no Mar da Prata, dopadas e de mãos amarradas; 21 desses corpos foram encontrados no Uruguai, com marcas de torturas. Adolfo Scilingo, um dos pilotos envolvidos, afirmou que 4.400 opositores morreram dessa forma. Os presos eram torturados na Escola de Mecânica da Armada (ESMA). Em 28/11/2012, começou o julgamento contra 68 réus, a maioria militares da Marinha. Há denúncias de que o mesmo ocorreu no Brasil pós-1964.

VOP - Vanguardia Organizada del Pueblo: extremistas da VOP, indultados por Salvador Allende logo que este assumiu a Presidência, iniciaram de imediato uma série de atentados - 6 sucessivos -, incluindo o ex-Ministro do Interior, Edmundo Pérez Zujovic, destacado militante da Democracia Cristiana (DC). Os assassinos foram protegidos pelo Diretor de Investigações do Governo Allende, mas, quando as evidências não puderam mais ser ocultadas, os assassinos foram “ultimados” (“justiçados”), para evitar que com suas declarações implicassem os integrantes marxistas do Governo. Em represália pela “traição” do Diretor de Investigações, um dos integrantes do VOP converteu-se em uma bomba humana e atacou o Quartel de Investigações, matando três funcionários e ferindo outras pessoas. Outros indultados junto com os assassinos da VOP foram líderes do MIR, que juntos orquestraram a desordem da legalidade que tanto sangue custaria ao Chile.

VORGAN - Voz Revolucionária do Galo Negro: emissora da UNITA, em Angola.

Vorkuta, Campo de - No Gulag de Vorkuta, milhões de Zeks e outros prisioneiros proporcionaram mão-de-obra baratíssima para a derrubada, o corte e o transporte de madeira para a mineração. Segundo afirma o economista soviético Vasily Selyunin, “a princípio, os campos eram usados para sufocar a oposição política à revolução de 1917; depois, tornaram-se um meio de resolver tarefas puramente econômicas”. Veja Gulag.

Voto de cabresto - No Brasil, o voto secreto só foi instituído pela Constituição em 1934. Durante a Primeira República, o voto era declarado publicamente. No governo Campos Sales (1898-1902), os grandes fazendeiros (“coronéis”) encarregavam seus jagunços para controlar o voto de cada pessoa, que passava a ser conhecido como “voto de cabresto” ou “voto de curral”. Em troca, o “coronel” arranjava empregos e distribuía comida, dinheiro, sapatos e dentaduras. Hoje, os governos federal, estaduais e municipais beneficiam-se de um voto de cabresto atualizado: bolsa-família, cestas básicas, além das cotas “racistas” nas universidades.

VPR - Vanguarda Popular Revolucionária: originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) com dissidentes paulistas da POLOP. Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. O chefe do Setor de Inteligência da VPR era Ladislas Dowbor, nascido na França, filho de poloneses, que participou do sequestro do Cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Oguchi, e posteriormente foi preso e banido do território nacional em troca da liberdade do embaixador alemão Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Holleben, sequestrado no Rio de Janeiro. Carlos Lamarca desertou do 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, 5 metralhadoras INA, revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca teve que antecipar seu plano. No dia 22/07/1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Em 26/06/1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II Exército, em São Paulo, matando a sentinela, soldado Mário Kozel Filho. Em 12/10/1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais. João Quartim de Moraes, junto com o ex-sargento Onofre Pinto e Ladislas Dowbor, foi o “guia” do “tribunal revolucionário” que condenou Chandler, que foi morto por Pedro Lobo de Oliveira (VPR), Diógenes José de Carvalho Oliveira (VPR) e Marco Antonio Braz Carvalho (ALN). Em 1970, a organização terrorista sequestrou diplomatas estrangeiros: o Cônsul-Geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11/03/1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o Embaixador da República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried von Holleben, no dia 11/06/1970; o Embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 07/12/1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao Chile do presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13/01/1971. Nesse sequestro, participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou dois tiros à queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10/12/1970. O sequestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações terroristas no País. “Ao tratar do sequestro do mesmo embaixador, o livro [A Ditadura Derrotada, de Elio Gaspari] registra as dificuldades para completar a lista dos que seriam libertados em troca da vida do diplomata e à página 341 registra que 18 presos se recusaram a deixar o país. Até hoje ninguém esboçou uma explicação para o estranho fato de presos que, segundo a versão assoalhada e reiterada convictamente por Gaspari, eram torturados e mortos, recusarem a liberdade e o fim das torturas. Curioso!” (Gen Div Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 82). A VPR possuía sítio em Jacupiranga, SP, próximo à BR-116, para treinamento de guerrilha, depois desmobilizado, quando passou para a área de Registro, no Vale da Ribeira. Uma das ações mais covardes desta organização, ocorrida durante a “Operação Registro”, foi o assassinato a golpes de fuzil do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida dos soldados de seu pelotão (10/05/1970). No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao povo brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho: "A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado". No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e Argélia - banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17/09/1971, ao resistir à prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil reais (11/09/1996), doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro Governo FHC. Com essa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído como o “dia da traição”, como já sugeriu o então deputado Jair Bolsonaro. Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, que foi o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS) para governador. Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, presidente da Petrobrás durante o Governo FHC. Sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil. Pela morte da irmã, Henri recebeu R$ 138.300,00, em Jun 1997. Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso, (governo Garotinho), que teve como chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A fusão da VPR com o COLINA resultou na VAR-Palmares de Dilma Rousseff e de outros “honoráveis terroristas”. “Em depoimento à revista Cláudia, Dilma contou sua queda: ‘Fui presa no centro de São Paulo, dia 16 de janeiro de 1970, aos 22 anos, por falha minha. De manhã, havia ido ao encontro de um companheiro, que não apareceu. Era um mau sinal, eu não deveria ter tentado o segundo encontro à tarde, numa lanchonete. Entrei e ouvi: ‘Você está cercada!’ Andei rápido até uma loja de móveis. Pensei em escapar pelos fundos, mas me pegaram. Eram três equipes, muitos homens!’ Nos interrogatórios cruéis, Dilma conseguiu preservar Carlos Araújo e Maria Celeste Martins, sua companheira de pensão, junto com a qual guardava as armas da organização” (SOLNIK, 2011: 169). Veja Colina e VAR-Palmares.

Voz rouca das ruas - Os políticos dizem sempre que deve ser ouvida a “voz rouca das ruas”. Meia dúzia de caras-pintadas, mostrados em close nas TVs, serviram para “provar” que a população era a favor do impeachment de Fernando Collor de Mello - que depois foi inocentado pelo STF. Depois que “Champinha”, de 16 anos, foi acusado de ter assassinado Felipe Caffé com um tiro na nuca e a namorada deste, Liana Friedenbach, estuprada e morta com 15 facadas, uma “pesquisa realizada pela OAB em dezembro diz que 89% dos entrevistados, em 16 Estados, são favoráveis à redução da idade penal de 18 para 16 anos” (Correio Braziliense, 25/04/2004). Por que os políticos não ouvem a “voz rouca das ruas” e reduzem a idade penal? Simplesmente porque não existe essa coisa chamada “voz rouca das ruas”. Se ela existisse, teríamos há muito tempo prisão perpétua ou pena de morte para bandidos que cometeram crimes hediondos. Que tal fazer um plebiscito sobre o assunto, ou convocar uma Constituinte?

Vulgata marxista - Era como Raymond Aron, filósofo, sociólogo e historiador francês, se referia aos chavões marxistas como “dependência”, “centro e periferia”, “acumulação capitalista”, tão caros em nosso País a intelectualoides como Florestan Fernandes, Paulo Freire, Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso, Otávio Ianni, Emir Sader, Marilena Chauí etc.

VSNKh - Vischi Soviet Naródnogo Khoziaistva (Conselho Supremo da Economia Nacional): o mais alto organismo da administração industrial no início do regime soviético; abolido em 1932, quando suas atribuições foram divididas entre os ministérios industriais.

VTsIK - Vsiorossíski Tsentrálni Ispolnitelni Komitet (Comitê Executivo Central de toda a Rússia): o mais alto organismo de Estado da República Socialista Federativa Soviética Russa (RSFSR), a maior República Soviética, de 1917 a 1937, quando foi sucedido pelo Presidium do Soviete Supremo da República. Seu equivalente, na União Soviética, é o Comitê Executivo Central da URSS, que funcionou de 1922 a 1938, quando foi substituído pelo Presidium do Soviete Supremo Nacional.

VX - Gás agente de nervos (Guerra Química). 

 

W

 

“O Exército não pode, ao mesmo tempo, servir a dois senhores. Ou se é militar, ou se é político, porque até seus juramentos podem conflitar numa hora dessas. O Exército, se fizer política, não é força armada, é milícia” (Presidente Castello Branco - apud Jarbas G. Passarinho - HOE/1964, Tomo 5, pg. 56).

 

WACL - Worlwide Anticommunist League (Liga Mundial Anticomunista). Atual Liga Mundial pela Liberdade e Democracia, a WACL foi criada em 1966 em Taipei, como sendo um pacto anticomunista de Formosa, Coreia do Sul e Bloco de Nações Antibolcheviques.

Wakf - (Árabe) “Propriedade sagrada muçulmana”. O Hamás prega a libertação de toda a Palestina, do Mediterrâneo ao Rio Jordão, pois entende que aquele território pertence para sempre aos muçulmanos, pois está escrito no Corão: “Um dia toda a Palestina será dos muçulmanos" (Corão, 21: 106).

Wandervogel - Movimento de hippies campestres, jovens do movimento Volk, que tocavam guitarras e caminhavam pelos campos. Tornaram-se antissemitas, invadindo escolas e universidades. “O movimento de ‘cidade-jardim’, na Alemanha, foi liderado por um antissemita violento chamado Theodor Fritsch, que publicou o ‘Anti-semitic Catechism’, o qual teve quarenta edições de 1887 a 1963 e a quem os nazistas se referiam como ‘Der Altmeister’, o professor-mestre” (JOHNSON, 1994: 97). Para esses teóricos arianos, o inchaço das cidades e o proletariado, com o desenraizamento de milhões de pessoas levadas para o centro urbano em revanhos, eram uma criação dos judeus; daí a “necessidade” de uma “volta ao campo”, com escolas ao ar livre e “teatros de montanha”, em anfiteatros naturais, como nas montanhas Harz, para dramatização de “ritos Volk”. Em 1918, fazia sucesso na Alemanha o livro Die Sünde wider das Blut (Pecados contra o Sangue), “que descrevia como os judeus ricos violavam a pureza racial da mulher ariana” (Idem, pg. 98).

War Baby - 1. Criança nascida em época de guerra; filho “ilegítimo”. 2. Ação cujo valor é aumentado por causa da guerra.

War Bride - Mulher recém-casada com um militar (em tempo de guerra).

WASP - White, Anglo-Saxon, Protestant (Branco, Anglo-Saxão e Protestante): o cidadão tradicional norte-americano, tido pelos socialistas como “racista”. Veja Lei das Oito Urnas.

Watergate - Escândalo político ocorrido no Edifício Watergate, em Washington, quando, em 17/06/1972, 5 homens foram presos depois de arrombarem o Comitê Nacional do Partido Democrata e fazerem fotos de papéis e checarem aparelhos de escuta instalados anteriormente. O assunto teria morrido aí, porém, 2 repórteres do The Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, com base em fonte anônima, descobriram que o presidente republicano Richard Nixon estava envolvido na operação ilegal. Para escapar do impeachment, Nixon renunciou em 1974. A fonte anônima era conhecida na época como “Deap Throat” (Garganta Profunda), em alusão a um filme pornográfico de igual nome. A identidade do “Garganta Profunda” só foi revelada em 2005: trata-se de William Mark Felt, que foi diretor-assistente do FBI e faleceu em 2008.

WEF - World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial): criado em 1971, é mais conhecido como “Fórum de Davos”. Davos é o nome da cidade onde se realiza o evento, uma estação de esqui nos Alpes suíços, cenário do romance A Montanha Mágica, de Thomas Mann. Reúne executivos de multinacionais, políticos, personalidades, líderes mundiais da mídia, economistas e autoridades de todo o mundo, que analisam a evolução econômica e os projetos de várias regiões. Todo ano abre seu encontro na última quinta-feira de janeiro. Concede o Prêmio Crystal Award (criado em 1995) a personalidades diversas, como o escritor Paulo Coelho, em 1999. Para enfrentar os protestos de movimentos antiglobalização, a Suíça, em 2001, gastou US$ 5,3 milhões em segurança, contra US$ 165 mil em 1999. Em 2001, realizou-se em Porto Alegre, RS, o I Fórum Social Mundial, em contraponto ao WEF. Em 2002, o WEF realizou-se em Nova York, em memória às vítimas dos ataques contra os EUA, no dia 11/09/2001.

Weltanschauung - (Alemão) “Visão de mundo” ou “cosmovisão”. Teoria da natureza humana, desenvolvida tanto por Platão, pelos Doutores da Igreja (distinta da de Jesus Cristo), por Hegel, por Freud (psicanálise) etc. (Cfr. SEYMOUR-SMITH, 2020: 542-543).

WIG - Wing in Ground (Asa no Solo): barco voador diferente do hovercraft, explora o princípio da aerodinâmica chamado “efeito solo”. Os primeiros barcos voadores eram os “ekranoplanos” projetados pela União Soviética nos anos de 1960. O maior de todos, o Ekranoplan KM, tinha 106 m de comprimento, 40 m de largura e pesava 450 toneladas. O “monstro do Mar Cáspio” atingia velocidade de 500 km/h e transportava 400 soldados (entrou em operação em 1965). 

 

X

 

“As almas filantrópicas podem julgar que existe maneira diferente de contrapor-se a uma ação violenta sem uso da violência. É um erro pensar assim, por mais que a brutalidade nos repugne” (Carl Von Clausewitz).

 

Xabi - Órgão internacional de apoio ao ETA.

Xiita - Uma das principais correntes islâmicas, ao lado da Sunita. Caracteriza-se por uma visão radical do islamismo, baseada no Wahabismo (fundamentalismo islâmico) originado no século XVIII. Compreende cerca de 10% da população islâmica no mundo. Hoje, xiita, na língua de pau, significa “radical”. “Para muçulmanos xiitas o drama do cosmos atingiu seu momento de clímax no dia de Ashura, que foi o décimo dia do mês de muarrã, 61 anos após a hégira (10 de outubro de 680, segundo o calendário cristão). Nesse dia, em Karbala, no Iraque, soldados do vil usurpador Yazid massacraram Hussein ibn Ali, neto do profeta Maomé, juntamente com um pequeno número de seguidores. Para os xiitas, o martírio de Hussein veio simbolizar a eterna luta do bem contra o mal e a dos oprimidos contra a injustiça” (HARARI, 2018: 353 - “21 lições para o século 21”). Veja Al-Azma e Al-Naqba. 

 

Y

 

“O século XX foi o século do medo. O medo é uma técnica: mete medo o homem que não pretende convencer o adversário, mas esmagá-lo usando a arma letal da ideologia” (Albert Camus).

 

Yakuza - Organização mafiosa japonesa, os “Sindicatos Yacuzas” têm origem nos elementos marginalizados do país, traficantes e jogadores. Alguns de seus integrantes têm dedos decepados em rituais de punição. Nos anos de 1960, a organização tinha cerca de 180.000 homens; nos anos 1990 passou a ter entre 60.000 e 80.000 integrantes em um país de 126 milhões de habitantes. A Yakuza beneficiou-se de uma aliança anticomunista com a Polícia Nacional japonesa, que foi feita logo após a I Guerra Mundial. Especializada na produção e venda de anfetaminas, proteção e extorsão relacionadas a negócios bancários e de multinacionais, jogo ilegal, agiotagem, tráfico de armas e prostituição. Opera também na Coreia do Sul, Havaí, Tailândia, Austrália e América do Sul, onde há comunidades japonesas. Seu lucro anual é calculado em 45 bilhões de dólares. As táticas da Yakuza podem ser vistas no filme de Juzo Itami, de 1989, A taxing woman’s return.

Yellow cake - “Bolo amarelo”: processo por que passa o minério de urânio, transformando-o em concentrado. Nas instalações de pesquisas da Marinha Brasileira, ele passa ao estado gasoso: é o hexafluoreto de urânio. Esse gás é processado por ultracentrífugas, transformando-se em pó, do qual se formam pastilhas, que se agregam nas varetas dos reatores nucleares (as varetas são o próprio combustível nuclear).

Yuppies - Expressão americana que significa Young Urban Professional. Expressão em desuso, designava nos anos de 1980 os profissionais jovens, ricos e consumistas, em oposição aos hippies dos anos de 1960.

Yuzonsha - Fundada por Kita Ikki em 1919, a organização propunha um plano nacional-socialista de nacionalização da indústria e a divisão das grandes propriedades, para preparar o Japão para a “liderança da Ásia”, principalmente sobre as grandes extensões de terras da Rússia, com o dinheiro da Grã-Bretanha, “a milionária”. 

 

Z

 

“Está se fazendo uma espécie de revisão da história escrita, esquecendo fatores fundamentais que fizeram com que aquela velha frase de Ortega y Gasset seja verdadeira: ‘Eu sou eu e minha circunstância’. Na ocasião havia o quê? Havia a chamada guerra fria. Nós vivíamos o auge da guerra fria” (Jarbas Gonçalves Passarinho - HOE/1964, Tomo 5, pg. 50).

 

Zapatour - Turismo em Chiapas, México, para conhecer o movimento zapatista, a partir de 1994. Veja EZLN.

Zelotes - Integrantes de antigo movimento religioso terrorista, ligado ao judaísmo.

Zemlya Volya - Sociedade de Terra e Liberdade: organização permanente do terror populista, criada em 1876 na Rússia por Alexander Mikhailov, Mark Natanson e Aron Zundelevich. Em 1879, a organização divide-se em Partilha Negra (a favor de ação econômica e social) e Naródnaya Volya (Vontade do Povo), grupo pró-terrorista (Zheliabov e Mikhailov estiveram entre seus principais organizadores). O Naródnaya Volya participou do assassinato do Czar Alexandre II, em 1881.

Zonas liberadas - Diz-se de áreas em poder da guerrilha, como a “Farclândia”, na Colômbia. “Zonas liberadas” se estenderam também às favelas das grandes cidades brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, onde traficantes de drogas e de armas, e milícias paramilitares, impõem seu poder. No Rio de Janeiro, o governo havia “retomado” algumas dessas áreas com Unidades Pacificadoras da Polícia (UPPs), porém o comércio de drogas continua firme como sempre, já que os traficantes não eram presos nessas “tomadas” das favelas, pois a polícia fazia apenas espetaculosas operações de “espalha-bandidos”, os quais procuram outras “zonas liberadas” para continuar o lucrativo negócio e depois voltar para a área de origem com poder dobrado.

Zyklon B - Ácido prússico: pesticida à base de cianeto, utilizado pelos alemães para extermínio de judeus, como substituto do monóxido de carbono dos motores diesel. O gás tóxico asfixiava os pulmões, ocasionando vômitos e diarreia. Para os nazistas, “o fuzilamento era muito lento e complicado. O gás de monóxido de carbono também foi considerado lento. Então, em agosto de 1941, usando quinhentos prisioneiros de guerra soviéticos como cobaia, Hoess (Rudolf Hoess) conduziu um assassinato em massa com ziklon-B” (JOHNSON, 1994: 347). Os cristais de cor azul-ametista do zyklon-B, para a “solução final”, foram encomendados à firma I.G. Farben. 

  

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