MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Digam-me a verdade! (Medicina cubana: o embuste de sempre) - por Carlos Wotzkow

Havana em ruínas


Digam-me a verdade!

por Carlos Wotzkow em 16 de setembro de 2005

Resumo: A revista Science demonstra como a propaganda comunista é capaz de enganar de maneira insana os ingênuos nos EUA.

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Recentemente, a revista Science (Vol. 309, 1495-1497, Setembro 2, 2005) dedicou algumas páginas a uma cientista cubana. Cientista, devo esclarecer, dedicada a ressaltar os avanços e as boas intenções do regime de Castro em matéria de saúde pública. Do mesmo modo que todos os proponentes da excepcionalidade cubana em matéria biomédica, a tática da doutora María G. Guzmán é, na revista Science, a mesma de sempre: desde há 46 anos, os defensores do regime têm-se limitado a dar cifras não corroboradas (nem corroboráveis) da melhoria do sistema de saúde cubano. Para isso, têm utilizado a simples estratégia de promover a discussão na comunidade internacional, com a finalidade de ganhar uma plataforma que lhes permita desviar a atenção a seus reclamos.

O objetivo fundamental do regime cubano não é só o de mentir sobre supostos avanços domésticos, mas o de criticar o atraso do entorno geopolítico de Cuba, se alcançariam os mesmos “resultados”. A tal extremo se prioriza a propaganda na ilha cárcere, que o ditador e seus cientistas já não se preocupam em ocultar que é lá onde mais problemas sanitários surgem em toda a bacia do Caribe, porque, afinal, é lá “onde mais rápido se lhes dá solução”. Cuba, por exemplo, é o país que realiza mais transplantes de coração, e ninguém (nem sequer Science) se pergunta por quê! Todos aplaudem o esforço cirúrgico, porém ninguém se pergunta por quê há tantos problemas cardiovasculares. O efeito é contundente e National Geographic, Smithsonian Institution, Nature, Science e todas essas revistas norte-americanas dirigidas por tontos liberals rendem-se ao encanto.

No artigo citado, Science nos demonstra como a propaganda comunista é capaz de enganar com insana perversidade a ingenuidade de que os americanos padecem. Não há forma melhor para Castro de influenciar os Estados Unidos do que utilizando seu próprio sistema de revistas científicas para enganar o público. E de que maneira o consegue, pois Science se presta sem pudor a publicar cifras e estimativas e supostos descobrimentos, sem perguntar à seleta cientista de Castro o seguinte: por onde entrou essa variante do vírus em Cuba? Por que não dão cópia das publicações para submetê-las a escrutínio especializado? Aos cubanos dou um dado: O terrível dengue (DHF/DSS) entrou em Cuba via Nicarágua, em finais de 1980, e os municípios aldeãos e os 3 aeroportos de Cuba, pelos quais se recebiam as tropas que Castro enviou ao país centro-americano (1), foram os primeiros a padecer.

Desde então, o dengue converteu-se em um pesadelo para nossa população. Milhares de pessoas (não centenas) morreram na primeira epidemia de 1981 e o país inteiro foi considerado um viveiro para a experimentação. Zonas inteiras do território foram bombardeadas com pesticidas em grau técnico, incrementando assim em 63% o número de mortos por asma (notem que a cientista correlaciona na revista Science a asma com o dengue), e municípios inteiros no interior do país foram abandonados à própria sorte para seguir o curso natural da enfermidade e suas vias de propagação. Da mesma maneira, Science ressalta ao público americano a história e o desenvolvimento pessoal de uma cientista castrista, ao tempo em que oculta o drama que nosso povo padeceu (qual porquinhos-da-índia em jaula sem barrote) nos anos de 1981, 1997 e 2002.

Sem dúvida, os marxistas de Harvard dirão que “o melhor método para tirar conclusões estatísticas sobre os estragos de uma enfermidade viral é o cubano, já que em uma sociedade cativa a indefensibilidade é absoluta e a ética permite utilizar sub-grupos populacionais como se fossem animais de laboratório”. Por acréscimo, Science permite à cientista cubana descrever as razões pelas quais a enfermidade causou tanto dano na Ásia (pobreza, casas improvisadas, águas contaminadas), enquanto ignora que essas mesmas razões foram o caldo de cultura que tem permitido o ressurgimento da enfermidade a cada 5 ou 7 anos em Cuba. Science, além disso, publica como “descobrimento” da cientista cubana, que certos linfócitos podem reter uma “memória” da infecção do dengue que ocorreu 20 anos antes.

Se não me equivoco, parecem falar das células T, ou dos natural killer (NK), encarregadas de eliminar os vírus em nível celular. Pior, parecem falar a sério sobre uma magnífica memória de 20 anos, quando deveriam talvez falar do florescimento de progenitores envolvidos na produção de um tipo específico de células (Tc, por exemplo?). Talvez... Em maio de 1996 (24 de maio, para ser exato), a revista Science publicou um informe de John Mellors no qual mencionava-se que a vida inteira de um linfócito CD4 era de 2,2 dias. Agora, parece que a memória desta prestigiosa publicação é pior do que a dos longevos linfócitos cubanos. Tudo bem, nada sério, apenas um comentário para entreter o público aborrecido com esta propaganda barata para leitores incautos.

Porém, há mais: ser diabético, padecer de anemia, ou ser branco, pode influenciar o efeito devastador do dengue no organismo afetado. Uma dezena de nomes latinos, todos colaboradores da afamada cientista “documentaram” o que relatamos acima, porém, como por arte de magia e para surpresa dos leitores céticos, a prestigiosa revista Science não nos indica a bibliografia na qual todos esse autores, com nomes latinos, publicaram seus resultados. E, além do mais, quando se deveria falar em “corroborar”. Identificar em si um genotipo viral não significa descobrir nada, exceto, é claro, se se descreve pela primeira vez o acima descrito.

Science, no mais puro estilo propagandístico da revista Ciencia y Técnica, dá como um descobrimento cubano a relação do IL-10 com o dengue. E isto quando, desde princípios dos anos 90, sabe-se que a produção de cytoquinasas e a cytolisis ativada mediante os linfócitos T são potenciais contribuintes da enfermidade. Para qualquer principiante em Biologia Molecular resulta óbvio encontrar em processos inflamatórios (com alta expressão de MMP’s), a resposta de várias interleukines (não só IL-10, mas também IL-2 e IL-8, etc.). Elevados níveis dos receptores de TNF-alfa, IL-2 solúvel, e CD8, foram historicamente correlacionados com o dengue. Portanto, o incremento dos níveis de citoquinas tais como IFN-g, TNF-alfa, IL-10 em circulação demonstram que essa relação é fartamente conhecida (2).

Mais ainda, entre as referências de Science não aparece esta recente de Halstead e dos cientistas cubanos, senão uma de Halstead de 1970. A cientista fala de uma hipótese publicada em 1997 e eu perguntaria: Será que esse pessoal da Science caiu neste embuste do regime cubano? Imagine-se quantos americanos tontos acreditarão a partir de agora que Cuba é líder nos estudos sobre o dengue. Para sermos mais exatos, a maioria dará por certos os “descobrimentos em matéria médica” e tudo o mais, graças à Science! Porém, bem, o que se pode esperar destes editores americanos quando o Greenpeace afirma (e eles publicam!) que “a energia nuclear em Cuba não oferece perigo porque os técnicos cubanos estão altamente qualificados”?

Sobretudo, se considerarmos nossa longa história em engenharia nuclear!

Nota do autor: O Instituto Pedro Kourí, largamente envolvido em projetos de guerra biológica contra os Estados Unidos, produz atualmente programas para o desenvolvimento de vírus mutantes de numerosas enfermidades tropicais. Confirmações recentes de meus amigos em Cuba (assim como a própria revista Science) asseguram que o West Nile Vírus, o SARS e o Asian Flu, estão dentre suas mais recentes prioridades.



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