MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Teologia da Libertação – Um Credo Satânico - por Carlos Eduardo Maculan

 

Teologia da Libertação – Um Credo Satânico


por Carlos Eduardo Maculan

O câncer demoníaco, herético, cismático e muitos outros adjetivos, que só nos fazem lembrar de Lênin, Che Guevara, Fidel Castro, Karl Marx e nunca de Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador, ainda é um mal atual que vive e convive, propaga e se dilui nos meios verdadeiramente católicos apostólicos da Fé Romana.

 Temos visto várias manifestações dos Teelistas (fundadores, seguidores e prosélitos da Teologia da Libertação). Temos os artigos do Frei Betto “condenando” as atitudes incondenáveis da Congregação para Doutrina da Fé, que usando da caridade, notifica, exorta e extirpa essa tendência libertacionista dos meios católicos, p. ex. a notificação de Jon Sobrino. Temos livros e mais livros, artigos e entrevistas de Leonardo Boff, que prega falaciosamente a pobreza, mas que de pobre, vergonhosamente, não tem nada. Temos, infelizmente (pois este credo infernal deu frutos, embora podres) os prosélitos espalhados em nossos grupos de oração, grupos de jovens, pastorais, Santas Missas etc, que tentam reduzir Jesus Cristo ao nível de um Che Guevarista no estilo tirânico de Fidel Castro. Com isso, somos rodeados por pessoas, pseudocristãs que tentam levar ainda mais seguidores dessa perfídia para seus quadros, os tornando porcas lavadas que voltam para o próprio lamaçal – Prov. 26, 11. Mas sim e verdadeiramente, infelizes são eles, pois libertinagem social não conduz a humanidade aos Céus. Por acaso, pensam os seguidores desta vergonha que de teologia não possui nada, que os ideais revolucionários não libertam o homem do pecado cotidiano? Cristo, os apóstolos, os mártires da fé (não da revolução), os apologetas, os padres da patrística, os teólogos e filósofos da escolástica, estiveram, nestes séculos anteriores ao pensamentos libertacionistas de Leonardo Boff, em profundo erro? Por acaso, estes filhos de Deus mentiram, enganaram, distorceram de tal forma a humanidade que a iludiu por dois mil anos? Uma mentira seria capaz de sobreviver tanto tempo assim? Os poucos anos de existência da Teologia da Libertação são os únicos anos gloriosos da história humana? É um novo século da “luzes”? Que luz? Que século?

O mal sempre caminhou como lobo vigilante de uma possível vítima, temos manifestações categóricas que desmistificam a combatividade revolucionária teelista, revelando sua mediocridade.

Existem revelações que manifestam a subversão da doutrina eterna, tais como: “…o povo precisa saber que Boff está “cuspindo no santo prato que o alimentou” durante toda a sua vida; a Igreja Católica. Tudo o que ele hoje é, teólogo, escritor rico, conferencista, etc., ele deve à Igreja. Ele não precisou trabalhar para pagar a sua Faculdade de Filosofia, a Igreja lhe deu de graça; ele não precisou pagar sua Faculdade de Teologia, a Igreja lhe deu de graça; ele não precisou pagar o seu doutorado em Teologia na Alemanha, a Igreja lhe deu de graça… A Igreja lhe deu uma editora católica (Vozes) para ele lançar os seus livros e ficar famoso, e agora ele cospe no prato que o alimentou tão bem”. (Prof. Felipe Aquino). Outras como: “Com a recente condenação, do Papa Bento XVI, ao teólogo libertacionista – e vermelho – Jon Sobrino, foi certamente dado um recado ao grupo da terra: “acabou-se a teologia de vocês, ela não é Igreja, não é a Verdade, não pertence a nossa Doutrina, e não pertence a Jesus Cristo”. De fato, além desta condenação, do ato de calar a boca de mais um destes promotores da falsa igreja das barrigas, da fome, também em discurso proferido pelo Santo Padre, que falou sobre as “sementes do verbo”, referindo-se aos escritos de São Justino, de onde erradamente os autores da teologia maldita tiraram a idéia de que Deus está em todas as religiões. Ou seja, que as “sementes do Verbo” estariam em todos os credos, o que deu origem ao falso ecumenismo.

Não existe uma só passagem nas Escrituras que justifica esta falsa teologia da barriga cheia, e das almas vazias de Deus. Quem prega isso, não tem a terra e nem o Céu! Nem a Igreja, nem Deus!”. Vemos Boff chamar, constantemente, a Igreja de “uma meretriz que se suja num dia e Jesus Cristo tem que purificá-la no outro; ou ainda, que a Igreja ainda não ouviu o clamor de Lutero” (ainda bem, graças os Espírito Santo). Observamos e lemos Frei Betto discorrendo sem qualquer piedade sobre o Papa Bento XVI, querendo, de forma vã entre as mais vãs defesas, este Frei defender Jon Sobrino (notificado pela Doutrina da Fé, Graças ao Pai Eterno).

Temos os livros pérfidos de Boff que só completam as teses luteranas (95 teses), livros como: Igreja, carisma e poder e, Jesus Cristo Libertador.

Temos Jon Sobrino criando um Cristo meramente humano (nos moldes do desejado por Nietzsche), e querendo se safar ao se fazer vítima e dizendo que Roma é moribunda! Esquecendo-se é claro da Sucessão Apostólica e invocando, todos eles, falsos “mártires” da revolução como Che Guevara. Viva a Revolução! Abaixo o Cristo! Pois Ele já deu o que tinha que dar! Gritam os teelistas.

Posto isso, e nós, não faremos nada? Ela (a teologia da libertação) já foi condenada e precisamos nós aqui, traçar os métodos de ataque profético e não de ataque revolucionário ao sabor dos libertadores da Teologia da Libertação: – “aquele que convoca os militantes para entrar na revolução é o primeiro que não segura o trabuco”, já nos diz a sabedoria popular.

Exclama o católico:”…Eu tenho pavor dessa banalização do amor vinda dos teelistas. Jesus foi em tudo igual a nós, exceto no pecado. Isso não é pouca coisa, não é mero detalhe. Isso nos coloca anos-luzes da perfeição dele. Pensar diferente, que a falta de pecado é “mero detalhe”, é cogitar igualar-se a Deus. E Jesus não é Deus porque é bonzinho, ama as plantinhas e os animais. O Amor de Jesus, com “A” maiúsculo, não é uma porcariazinha qualquer. É um amor diferente das novelas, dos romances, dessa loucura do Frei Betto.

Precisamos para combater esse mal, sermos conhecedores de argumentos do tipo: Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica — radicada na sucessão apostólica – entre a Igreja fundada por Cristo e a Igreja Católica: « Esta é a única Igreja de Cristo […] que o nosso Salvador, depois da sua ressurreição, confiou a Pedro para apascentar (cf. Jo 21,17), encarregando-o a Ele e aos demais Apóstolos de a difundirem e de a governarem (cf. Mt 28,18ss.); levantando-a para sempre como coluna e esteio da verdade (cf. 1 Tim 3,15). Esta Igreja, como sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste [subsistit in] na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele ».54 Com a expressão « subsistit in », o Concílio Vaticano II quis harmonizar duas afirmações doutrinais: por um lado, a de que a Igreja de Cristo, não obstante as divisões dos cristãos, continua a existir plenamente só na Igreja Católica e, por outro, a de que « existem numerosos elementos de santificação e de verdade fora da sua composição »,55 isto é, nas Igrejas e Comunidades eclesiais que ainda não vivem em plena comunhão com a Igreja Católica.56 Acerca destas, porém, deve afirmar-se que « o seu valor deriva da mesma plenitude da graça e da verdade que foi confiada à Igreja Católica »57(Congregação para a doutrina da fé. Declaração Dominus Iesus. Escrita por nada mais nada menos que Cardeal Ratzinger, hoje, Papa Bento XVI)

A Dominus Iesus na sua pontualização, o douto cardeal aduz: (56) É, portanto, contrária ao significado autêntico do texto do Concílio a interpretação que leva a deduzir da fórmula subsistit in a tese, segundo a qual, a única Igreja de Cristo poderia também subsistir em Igrejas e Comunidades eclesiais não católicas. « O Concílio, invés, adoptou a palavra “subsistit” precisamente para esclarecer que existe uma só “subsistência” da verdadeira Igreja, ao passo que fora da sua composição visível existem apenas “elementa Ecclesiae”, que — por serem elementos da própria Igreja — tendem e conduzem para a Igreja Católica » [Congr. para a Doutrina da Fé, Notificação sobre o volume “Igreja: carisma e poder” do P. Leonardo Boff: AAS 77 (1985) 756-762]. Não menos importante irmãos, é ver o quanto a Congregação para a Doutrina da Fé acertou em sua condenação aos escritos de Leonardo Boff. Este mesmo homem quando submetido e condenado ao silêncio obsequioso, tentou, covardemente se alçar à condição de mártir, como se um mártir reconhecesse seu próprio martírio. Acusando Roma de moribunda, cruel, reacionária, inquisitorial (com tons pejorativos), se auto-proclamando “profeta dos pobres”.Vemos que Boff e seus prosélitos (destaque para Gustavo Guttierez que é tido por fundador da Teologia da Libertação) criaram um sistema de pensamento que ataca frontalmente a Igreja enquanto Igreja de Cristo e por este mesmo Cristo desejada e edificada sob o primado de Pedro.

No seu livro “Igreja, carisma e poder”; Boff faz críticas contumazes ao clero e aos preceitos da Igreja que tem dois mil anos de história, e para cada argumento de Boff, apresento eu um contra-argumento fundamentando no Magistério Eclesial.

Boff diz: “Se porém o Cristo pneumático (ressuscitado) não conhece mais limitações e limites estanques então Seu corpo que é a Igreja não pode também se encapsular dentro dos limites de sua dogmática, de sua liturgia e de seu direito canônico. (BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ática: São Paulo, pg . 232).

A Igreja diz: A missão, que nos foi divinamente confiada, de apascentar o rebanho do Senhor, entre os principais deveres impostos por Cristo, conta o de guardar com todo o desvelo o depósito da fé transmitida aos Santos, repudiando as profanas novidades de palavras e as oposições de uma ciência enganadora. [Sua Santidade, o Papa São Pio X – Carta Encíclica Pascendi Dominici Gresci]

A Igreja diz: Esta Igreja — contra todas as aparências — está mais unida na comunhão de serviço e na consciência do apostolado. Tal união nasce daquele princípio de colegialidade, recordado pelo II Concílio do Vaticano, que o próprio Cristo enxertou no Colégio Apostólico dos Doze, com Pedro na chefia, e que renova continuamente no Colégio dos Bispos, o qual cresce cada vez mais sobre toda a terra, permanecendo unido com o Sucessor de São Pedro e sob a sua orientação. ( Papa João Paulo II, Carta Encíclica Redemptor Hominis). Ao novo Povo de Deus todos os homens são chamados. Por isso, este Povo, permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os séculos, para se cumprir o desígnio da vontade de Deus que, no princípio, criou uma só natureza humana e resolveu juntar em unidade todos os seus filhos que estavam dispersos (cfr. Jo. 11,52). Foi para isto que Deus enviou o Seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas (cfr. Hebr. 1,2), para ser mestre, rei e sacerdote universal, cabeça do novo e universal Povo dos filhos de Deus. Para isto Deus enviou finalmente também o Espírito de Seu Filho, Senhor e fonte de vida, o qual é para toda a Igreja e para cada um dos crentes princípio de agregação e de unidade na doutrina e na comunhão dos Apóstolos, na fracção do pão e na oração (cfr. Act. 2,42 gr.) (Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II).

Boff diz: “A desintegração institucional é, a meu ver, a condição sine qua non da participação do leigo na Igreja do Brasil”. (BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ática: São Paulo)

Igreja diz: Com efeito, o sacerdote ministerial, pelo seu poder sagrado, forma e conduz o povo sacerdotal, realiza o sacrifício eucarístico fazendo as vezes de Cristo e oferece-o a Deus em nome de todo o povo; os fiéis, por sua parte, concorrem para a oblação da Eucaristia em virtude do seu sacerdócio real, que eles exercem na recepção dos sacramentos, na oração e ação de graças, no testemunho da santidade de vida, na abnegação e na caridade operosa. [Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II]

O sagrado Concílio volta-se primeiramente para os fiéis católicos. Fundado na Escritura e Tradição, ensina que esta Igreja, peregrina sobre a terra, é necessária para a salvação. Com efeito, só Cristo é mediador e caminho de salvação e Ele torna-Se-nos presente no Seu corpo, que é a Igreja; ao inculcar expressamente a necessidade da fé e do Batismo (cfr. Mc. 16,16; Jo. 3,15), confirmou simultaneamente a necessidade da Igreja, para a qual os homens entram pela porta do Baptismo. Pelo que, não se poderiam salvar aqueles que, não ignorando ter sido a Igreja católica fundada por Deus, por meio de Jesus Cristo, como necessária, contudo, ou não querem entrar nela ou nela não querem perseverar. São plenamente incorporados à sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e os meios de salvação nela instituídos, e que, pelos laços da profissão da fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, se unem, na sua estrutura visível, com Cristo, que a governa por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos. Não se salva, porém, embora incorporado à Igreja, quem não persevera na caridade: permanecendo na Igreja pelo «corpo», não está nela com o coração. Lembrem-se, porém, todos os filhos da Igreja que a sua sublime condição não é devida aos méritos pessoais, mas sim à especial graça de Cristo; se a ela não corresponderem com os pensamentos, palavras e acções, bem longe de se salvarem, serão antes mais severamente julgados. [Constituição Dogmática Lumen Gentium do Concílio Vaticano II]

Boff diz: A Igreja é uma violadora dos direitos humanos (BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ática: São Paulo, pgs.58 e ss.)

A Igreja diz: Quanto aos ricos e aos patrões, não devem tratar o operário como escravo, mas respeitar nele a dignidade do homem, realçada ainda pela do Cristão. O trabalho do corpo, pelo testemunho comum da razão e da filosofia cristã, longe de ser um objeto de vergonha, honra o homem, porque lhe fornece um nobre meio de sustentar a sua vida. O que é vergonhoso e desumano é usar dos homens como de vis instrumentos de lucro, e não os estimar senão na proporção do vigor dos seus braços. O cristianismo, além disso, prescreve que se tenha em consideração os interesses espirituais do operário e o bem da sua alma. Aos patrões compete velar para que a isto seja dada plena satisfação, para que o operário não seja entregue à sedução e às solicitações corruptoras, que nada venha enfraquecer o espírito de família nem os hábitos de economia. Proíbe também aos patrões que imponham aos seus subordinados um trabalho superior às suas forças ou em desarmonia com a sua idade ou o seu sexo. [Sua Santidade, o Papa Leão XIII – Carta Encíclica Rerum Novarum]

Quanto aos deserdados da fortuna, aprendam da Igreja que, segundo o juízo do próprio Deus, a pobreza não é um opróbrio e que não se deve corar por ter de ganhar o pão com o suor do seu rosto. É o que Jesus Cristo Nosso Senhor confirmou com o Seu exemplo. Ele, que «de muito rico que era, Se fez indigente» para a salvação dos homens; que, Filho de Deus e Deus Ele mesmo, quis passar aos olhos do mundo por filho dum artesão; que chegou até a consumir uma grande parte da Sua vida em trabalho mercenário: «Não é Ele o carpinteiro, o Filho de Maria?». Quem tiver na sua frente o modelo divino, compreenderá mais facilmente o que Nós vamos dizer: que a verdadeira dignidade do homem e a sua excelência reside nos seus costumes, isto é, na sua virtude; que a virtude é o patrimônio comum dos mortais, ao alcance de todos, dos pequenos e dos grandes, dos pobres e dos ricos; só a virtude e os méritos, seja qual for a pessoa em quem se encontrem, obterão a recompensa da eterna felicidade. Mais ainda: é para as classes desafortunadas que o coração de Deus parece inclinar-se mais. Jesus Cristo chama aos pobres bem-aventurados: convida com amor a virem a Ele, a fim de consolar a todos os que sofrem e que choram; abraça com caridade mais terna os pequenos e os oprimidos. Estas doutrinas foram, sem dúvida alguma, feitas para humilhar a alma altiva do rico e torná-lo mais condescendente, para reanimar a coragem daqueles que sofrem e inspirar-lhes resignação. Com elas se acharia diminuído um abismo causado pelo orgulho, e se obteria sem dificuldade que as duas classes se dessem as mãos e as vontades se unissem na mesma amizade. [Sua Santidade, o Papa Leão XIII – Carta Encíclica Rerum Novarum]

Boff diz: “…compreensão dogmática e doutrinária da revelação e da salvação de Jesus Cristo dever-se-á contar irretorquivelmente com a repressão da liberdade do pensamento divergente dentro da Igreja” (BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ática: São Paulo, p.75)

Igreja diz: Teriam os Apóstolos, que tomaram parte na Última Ceia, entendido o significado das palavras saídas dos lábios de Cristo? Talvez não. Aquelas palavras seriam esclarecidas plenamente só no fim do Triduum Sacrum, ou seja, aquele período de tempo que vai da tarde de Quinta-feira Santa até a manhã do Domingo de Páscoa. Nestes dias, está contido o mysterium paschale; neles está incluído também o mysterium eucharisticum. [Sua Santidade, o Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia]

Do mistério pascal nasce a Igreja. Por isso mesmo a Eucaristia, que é o sacramento por excelência do mistério pascal, está colocada no centro da vida eclesial. Isto é visível desde as primeiras imagens da Igreja que nos dão os Atos dos Apóstolos: «Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão, e às orações » (2, 42). Na « fração do pão », é evocada a Eucaristia. Dois mil anos depois, continuamos a realizar aquela imagem primordial da Igreja. E, ao fazê-lo na celebração eucarística, os olhos da alma voltam-se para o Tríduo Pascal: para o que se realizou na noite de Quinta-feira Santa, durante a Última Ceia, e nas horas sucessivas. De fato, a instituição da Eucaristia antecipava, sacramentalmente, os acontecimentos que teriam lugar pouco depois, a começar da agonia no Getsêmani. Revemos Jesus que sai do Cenáculo, desce com os discípulos, atravessa a torrente do Cedron e chega ao Horto das Oliveiras. Existem ainda hoje naquele lugar algumas oliveiras muito antigas; talvez tenham sido testemunhas do que aconteceu junto delas naquela noite, quando Cristo, em oração, sentiu uma angústia mortal « e o seu suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra » (Lc 22, 44). O sangue que, pouco antes, tinha entregue à Igreja como vinho de salvação no sacramento eucarístico, começava a ser derramado; a sua efusão completar-se-ia depois no Gólgota, tornando-se o instrumento da nossa redenção: « Cristo, vindo como Sumo Sacerdote dos bens futuros […] entrou uma só vez no Santo dos Santos, não com o sangue dos carneiros ou dos bezerros, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna » (Heb 9, 11-12). [Sua Santidade, o Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia]

A hora da nossa redenção. Embora profundamente turvado, Jesus não foge ao ver chegar a sua « hora »: « E que direi Eu? Pai, salva-Me desta hora? Mas por causa disto é que cheguei a esta hora! » (Jo 12, 27). Quer que os discípulos Lhe façam companhia, mas deve experimentar a solidão e o abandono: « Nem sequer pudestes vigiar uma hora Comigo. Vigiai e orai para não cairdes em tentação » (Mt 26, 40-41). Aos pés da cruz, estará apenas João ao lado de Maria e das piedosas mulheres. A agonia no Getsêmani foi o prelúdio da agonia na cruz de Sexta-feira Santa. A hora santa, a hora da redenção do mundo. Quando se celebra a Eucaristia na basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, volta-se de modo quase palpável à « hora » de Jesus, a hora da cruz e da glorificação. Até àquele lugar e àquela hora se deixa transportar em espírito cada presbítero ao celebrar a Santa Missa, juntamente com a comunidade cristã que nela participa. [Sua Santidade, o Papa João Paulo II – Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia]

Eu, como católico que sou, digo: – Infeliz daquele que se julga inteiramente católico e que aceita e ou propaga os preceitos teóricos da Teologia da Libertação, julgando que esta é essencialmente cristã, essencialmente católica e essencialmente profética. Não se vê a possibilidade de uma prática de teologia que tenha como objetivo único e essencial a luta política encapada sob o preceito das lutas de classes.

Mas alguém pode estar se perguntado os motivos que levaram Boff ao silêncio obsequioso? Ele mesmo mostra em seu livro as razões pelas quais a Sabedoria do Magistério agiu contrário aos seus preceitos – [b]Boff diz: Evidentemente a velha Igreja (A Igreja Católica Romana) olhará com certa desconfiança para a nova Igreja (A igrejola que ele Boff quer fundar) na periferia e para as liberdades evangélicas que ela se toma. Poderá ver nela uma concorrente; gritará em termos de Igreja paralela; magistério paralelo, falta de obediência e lealdade para com o Centro! (Católicos com o Papa, com o Magistério, com a verdade doutrinária são, por esta mesma doutrina, salvos da danação eterna) A Igreja nova (erro doutrinário gravíssimo) deverá saber usar de uma inteligente estratégia e tática: não deverá entrar no esquema de condenações e suspeitas como o Centro poderá fazer. Deverá ser evangélica, compreender que a instituição enquanto é poder somente poderá usar a linguagem que não ponha em risco o próprio poder, que sempre temerá qualquer afastamento do comportamento ditado pelo Centro e verá isto como deslealdade. Apesar de poder compreender tudo isso, a Igreja nova deverá ser lealmente desobediente. Explico-me: deverá buscar uma profunda lealdade para com as exigências do Evangelho; deverá ouvir a voz do Centro para se questionar da verdade de sua interpretação evangélica; caso estiver crítica e profundamente convencida de seu caminho, deverá ter a coragem de ser desobediente no Senhor e no Evangelho às imposições do Centro, sem rancor nem lamúria, mas numa profunda adesão à mesma vontade de ser fiel ao Espírito que presumimos existir também no Centro. Salva-se, portanto, a comunhão básica. Esta pureza evangélica é provocação para o Centro para ele mesmo despertar para o Espírito que não pode ser canalizado segundo os interesses humanos. A abertura à comunhão com o todo, a exclusão sequer da possibilidade de uma ruptura que destruísse a unidade e a caridade, mesmo que isso signifique isolamento, perseguição e condenação por parte do Centro constitui a garantia de autenticidade cristã e zelo de inspiração evangélica” (BOFF, Leonardo. Igreja, carisma e poder. Ática: São Paulo, pg. 107. – os comentários entre parênteses são meus)

Tudo aquilo que neste trecho acima, ele (Boff) acusou a Igreja de não fazer, ela fez e mostrou a ele mesmo isso ao proteger a Igreja das teses da teologia da libertação. Ela sim (a Igreja) olhou com certa desconfiança para a nova Igreja na periferia (CEB´s) e para as liberdades evangélicas que ela se toma.

A Igreja viu sim nesta “teologia” (ao arrepio de Santo Tomás) uma concorrente e por sinal desleal. A Igreja Católica gritou sim em termos de chamar as igrejolas de Boff de Igrejas paralelas; magistério paralelo, falta de obediência e lealdade para com o Centro (Roma).

Com Excelso Amor por Izabel Filippi


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Fonte:http://apelosdoceu.com/blog/2009/03/teologia-da-libertacao-um-credo-satanico/

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