MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 30 de maio de 2023

A sereia de Fernando de Noronha - Por Félix Maier

 


A sereia de

FERNANDO DE Noronha

 

 Félix Maier 

 

Fernando de Noronha, ilha de encantos,

De águas cristalinas e vida marinha,

Onde peixes multicoloridos são tantos,

O mar um caleidoscópio em linha.

 

O Morro do Pico se ergue majestoso,

Um desafio aos que desejam subir.

Mas o cenário lá do alto é grandioso,

E faz o esforço valer a pena sentir.

 

Já o Morro Dois Irmãos, gêmeos altivos,

Se assemelham aos seios de uma sereia

Boiando na beira da praia, lascivos.

 

Fernando de Noronha, tesouro encantado,

Que a natureza caprichou em pintar,

Em cada canto, um desenho abençoado.


A autodefesa de um povo - Por Félix Maier

 



A AUTODEFESA DE UM POVO

 

Félix Maier

 

Era uma vez uma cidade pacata no interior do Brasil, onde havia somente duas ruas principais, divididas por um riozinho e ladeadas por montanhas. Nas encostas, escadarias de pedra, fazendo a vez de ruelas, levavam as pessoas às suas casas. Era um povo feliz que vivia principalmente do comércio e do emprego em uma fábrica de tecidos. 

Havia uma igreja católica, duas escolas municipais e um pequeno hospital dirigidos por freiras alemãs, e uma delegacia de polícia onde o delegado não tinha muito a fazer, já que ações de bandidos só eram ouvidas no rádio e vistas nas fitas de faroeste americano projetadas no telão do pequeno cinema utilizando um gerador elétrico. Não havia energia elétrica, nem televisão, porém um gramofone movido a bateria era ouvido na casa do prefeito a tocar árias de óperas italianas na voz de Mario Lanza e cantorias de Vicente Celestino, como O Ébrio. Somente o prefeito, o advogado e o dentista possuíam carro na cidade, o Ford Bigode. 

Com o tempo, a cidade foi crescendo, principalmente depois que chegou a luz elétrica e a televisão, e uma cervejaria se instalou no município, aproveitando a água limpíssima das montanhas. Muitas casas foram construídas, em pouco tempo, dobrando a população. Com a vinda de muitos estranhos, a até então pacata cidade começou a ter problemas de segurança, com furtos de roupas nos varais, assim como frutas e legumes dos pomares e das hortas, além de furto de ovos, galinhas, queijo e salame nas colônias, quando cães latiam de madrugada, espantando as raposas de duas pernas, que fugiam com o ganho fácil na mão grande. Vez por outra, um gatuno recebia uma carga de sal no bumbum, disparado por alguma espingarda carregada pela boca, do tipo “espera um pouco”. 

A delegacia da polícia, com efetivo ridículo, não dava conta de proteger a população, sempre chegando à cena do crime depois da cerveja derramada. A cidade foi crescendo, ocupando outros vales e encostas, depois que mais duas fábricas de tecidos se instalaram no município, além de outra cervejaria. Escolas e hospitais foram construídos, alguns particulares, outros públicos, e igrejas evangélicas começaram a medrar na cidade como cogumelos no campo. Com o crescimento desordenado da cidade, a população mais pobre começou a ocupar cada vez mais o alto das encostas das montanhas, devastando a flora original da Mata Atlântica, o que ocasionava deslizamentos de terra durante as trombas d’água, enterrando na lama e matando cada vez mais gente. 

Com o aumento de roubos e furtos, um coronel aposentado da PM, que havia feito um curso de Segurança em Israel, passou a reunir em sua casa conhecidos e amigos, propondo uma ação conjunta dos cidadãos, para aumentar a segurança, já que o governo nada fazia. Em Israel, segundo discursava o oficial, a população, voluntariamente, oferece um dia e uma noite de trabalho por semana, para ajudar a polícia nos trabalhos de patrulhamento da cidade, além de auxiliar no trânsito de carros. Esse sistema comunitário de Segurança aumentou naquele país depois da dissolução da União Soviética, quando muitos judeus emigraram para Israel junto com seus negócios de drogas. Em Israel, segundo afirmava o oficial, até general aposentado presta serviço ao público, como ajudar as pessoas a atravessar faixa de pedestre, com estridente apito na boca. 

A ideia do oficial aposentado foi recebida com euforia por grande parte da população, obviamente, aquela que não quer sofrer roubo ou furto e é contra a venda de drogas, cada vez mais escancarada. 

Assim, foram organizados grupos com três pessoas, homens e mulheres maiores de idade, um deles sempre armado de revólver, com registro da arma e licença para uso em geral, para realizar rondas na cidade, especialmente à noite, com a anuência da prefeitura, após a Câmara dos Vereadores aprovarem uma lei a respeito do assunto. A violência na cidade diminuiu consideravelmente. A população passou a sentir-se mais segura e feliz. 

Porém, um deputado federal, eleito também com votos da população local, começou a fazer campanha contra essa iniciativa, dizendo que serviço de Segurança não compete ao povo, mas ao Estado, e que deveria ser aprovada uma lei federal para implantar tal procedimento. O deputado foi apoiado por muitos políticos, especialmente por aqueles que defendem o uso recreativo das drogas e o fim da PM. Assim, esse serviço voluntário em prol da defesa da vida e dos bens dos munícipes foi perdendo força, restando meia dúzia de grupos abnegados que continuaram a fazer patrulha à noite, à revelia de tudo. Não é preciso dizer que a violência aumentou, para gáudio também dos drogados, aumentando o número de zumbis na cracolândia local. 

Com o crescimento da violência, aumentou também o número de estupros de mulheres. Algo tinha que ser feito, para enfrentar essa modalidade de covardia absoluta. Foi então que o velho oficial aposentado propôs que meninas, moças e senhoras passassem a realizar curso de defesa pessoal, como judô e jiu-jitsu. O coronel, ele próprio, se prontificou para ensinar às mulheres voluntárias o Krav Magá, que é utilizado em Israel por serviços de Segurança, Exército e Serviço Secreto, como defesa pessoal corpo a corpo. 

Com o tempo, aumentou o número de marmanjos sendo atendidos nos hospitais, com um ombro deslocado, com um dedo quebrado ou com os testículos inchados, e hematomas no rosto e no corpo, não sabendo explicar direito aos médicos e enfermeiras o que havia ocorrido, inventando uma mentira estapafúrdia. O número de estupros caiu abruptamente. 

O tal deputado federal também começou a se opor a essa modalidade em massa da autodefesa de mulheres e mocinhas, especialmente depois que apareceu com o nariz quebrado num pronto-atendimento hospitalar. Coincidência ou não, o prefeito socialista havia implantado um curso de defesa pessoal aos presidiários, para que ocupassem melhor seu tempo, sem ociosidade. 

Moral da estória: quando um governo trata melhor os bandidos, oferecendo auxílio-reclusão, sem se importar com as famílias das vítimas que foram mortas, o povo fica marginalizado e entregue à própria sorte.


sexta-feira, 26 de maio de 2023

Deus é fiel - Por Félix Maier

 

David Luiz


Deus é fiel

 

 Félix Maier 

 

“Deus é fiel”, falam camisas de atletas

Em campos de suor, luta e muita coragem.

Mas será que a fé é mais do que trombetas?

Ou só um mero gesto de imagem?

 

Ser fiel a Deus é mais do que um adágio.

Requer atitudes, não apenas palavras.

Pois “a fé sem obras é morta”, ensina Tiago.

E o amor a Deus não pode ser de fachada.

 

Se a camisa é símbolo de fé profunda,

Que os jogadores sejam fiéis ao Senhor

Em todos os momentos, na alegria, na dor.

 

Que suas vidas sejam exemplos de conduta,

E que a fé que professam seja verdadeira.

Deus é fiel e espera fidelidade absoluta.


O soneto - Por Félix Maier

 


O soneto

 

 Félix Maier 

 

Forma poética, sublime e bela,
Que encerra em si a magia da escrita,
Encanto na calmaria e na procela,
Com metro e rima, poesia infinita.

Quatro estrofes, forma tão definida,
Decassílabos que fluem em harmonia,
Em cada palavra um convite à vida,
Em cada verso a alma se extasia.

Rimas dançam, a história é contada,
No quarteto o cenário se desfia,
Com vagar uma trama é desvelada.

No terceto o desfecho vai raiar
A síntese da dor ou da alegria,
Em verso doce a lira vai sonar.



quinta-feira, 25 de maio de 2023

Mandela em dois tempos - Por Félix Maier

 


Mandela em dois tempos

 

 Félix Maier

 

Mandela em dois tempos, um legado raro

De lutas e sacrifícios, na busca de um amparo,

Contra o Apartheid, feroz segregação,

Na África do sul, um tempo de opressão.

 

Militante corajoso, do CNA fez parte.

Em atos de terror, mostrou sua arte,

Tentando romper as correntes da servidão,

Lutando por igualdade, com bravura e paixão.

 

A prisão foi seu destino, por longos anos,

28 anos de dor, de lutas, de planos.

Mas, mesmo nas trevas seu espírito brilhou

E a esperança em seu coração jamais se apagou.

 

Até que chegou o dia, da liberdade enfim,

Da oportunidade de recomeçar, lutar até o fim.

E Mandela, o líder, o homem da paz,

Mostrou com clareza ao mundo sua força, audaz.

 

Quando se tornou presidente, um novo capítulo começou.

Em vez de odiar, como o Ogro de Nove Dedos, ele mostrou

Um compromisso com a restauração da unidade,

Trabalhando por uma África do Sul de harmonia e diversidade.

 

Seu legado foi reconhecido, com um Nobel da Paz,

Por sua coragem, sua luta, sua visão sagaz.

Soube superar a adversidade, buscando a reconciliação,

Um líder inspirador, um ícone de esperança, uma nobre lição.

 

Que sua jornada inspire o mundo inteiro

A lutar por justiça, igualdade e amor verdadeiro.

E acreditar que é possível, com coragem e união,

Transformar o mundo em um lugar de harmonia e inclusão.


Santíssima Trindade - Por Félix Maier

 



Santíssima Trindade

 

 Félix Maier 

 

Ó mistério divino, Trindade Santa,
Um só Deus em três pessoas distintas,
Pai, Filho e Espírito, em plena consonância,
Revelando-nos o amor que nunca finda.

O Pai criou o mundo com sua sapiência,
E enviou o Filho para nos redimir,
O Espírito Santo guia nossa consciência,
E nos leva à plenitude do existir.

Um mistério insondável, incompreensível,
Mas que nos enche de paz e de amor,
Elevando-nos à vida eterna, inextinguível.

Que possamos contemplar, com fervor,
A Santíssima Trindade, o Deus invisível,
E glorificá-lo com todo o nosso louvor.


O ogro de nove dedos - Por Félix Maier

 

https://revistaoeste.com/politica/eleicoes-2022/charge-da-semana/


O ogro de nove dedos

 

 Félix Maier

 

O Ogro de Nove Dedos, que figura nefasta!

Com nariz de carcará e boca de esgoto que assusta,

Orelhas de duende, olhos de dragão flamejante,

Com faces de seixos ardentes, um ser repugnante.

 

Com voz cavernosa, catarrenta, som insosso

como um embriagado do Bar do Cuspe Grosso.

Pernas como faca de degolar frangos, afiado,

Pés rápidos de Boitatá, mais que o diabo.

 

Cabelos ralos como grama na seca, um Quasímodo

De fisionomia medonha, que assusta crianças no sono.

Boneco preferido de Judas na Sexta-Feira Santa,

Mentiras descaradas, sua virtude, a mais insana.

 

Com falta do mindinho e falta de caráter,

Como Macunaíma, um sádico, um maldito ser.

Destruiu o Brasil, vem com “União e Reconstrução”.

Prometeu paz, mas só clama por vingança, o bufão.

 

Ente estravagante, querido do Supremo na corte,

Ameaça foder senador, soltando pelas ventas enxofre.

Ogro de Nove Dedos, ser detestável,

Que causa repúdio e temor por ser intocável.

 

Um ser tenebroso, como Belzebu em pessoa,

Rato que pariu uma montanha, farsa impiedosa.

O Ogro de Nove Dedos, uma figura infame,

Que causa repulsa, desprezo e ódio brame.

 

Mas a fé continua, contra suas artimanhas corruptas,

O povo não se curva perante suas ameaças abjetas.

E o Brasil se libertará dessa sombra, a dissipar,

Pois seu reinado destrutivo um dia há de findar.


quarta-feira, 24 de maio de 2023

Os novos leprosos - Por Félix Maier

 


Os novos leprosos

 

 Félix Maier


Há um novo degredo na sociedade,
O cancelamento nas redes sociais,
Que bane da vida pública com crueldade,
Quem ousou cometer erros fatais.

Como leprosos da era medieval,
São afastados do convívio social,
Por um covarde julgamento virtual,
Sem chance de se redimir, afinal.

Um caso como o de Victor Chaves,
Que outrora encantava multidões,
Agora é visto como um erro grave,
E suas músicas, já sem emoções.

Mas será que não merece perdão,
Aquele que humilde se arrependeu,
Que sabe que cometeu má ação,
E que por seu crime já respondeu?

Quem escreveu tão belíssima canção,
Que nina as crianças e seu coração,
“Deus e Eu no Sertão”,
Por acaso não merece perdão?

A música não pode morrer no desterro,
Nem a arte de um homem condenado.
Pois é preciso olhar além do erro,
E ver o que ele já tem entregado.

Uma moça que matou os pais,
Tem direito no Dia das Mães ao saidão.
Mas há outras histórias mais,
De busca por perdão e redenção.

Outra mulher, doida, fez picadinho
Do marido, sem compaixão.
Mas hoje é motorista de aplicativo,
Em busca, na sociedade, de inserção.

O cancelamento não deve ser a solução,
Para os erros que todos podem cometer.
Não deve vencer a hipocrisia, mas a reflexão,
E a chance de se arrepender e se reerguer.

Que o carinho e o amor sejam a solução,
Para curar as feridas do passado.
Que a música possa ser de novo uma bênção,
O elo que nos mantém unidos e apaixonados.

Que a voz de Victor possa novamente
Soar nos palcos e nos corações.
E que sua arte e sua música candente
Sejam a redenção para suas ações.


***


Victor & Leo - Deus e Eu no Sertão [Vídeo Oficial]

https://www.youtube.com/watch?v=lWmmU2lxWsM


Capela Cristina - Por Félix Maier

 



Capela Cristina

 

 Félix Maier 

 

No leito sagrado, num encontro divino,
Meus lábios se unem aos lábios de pureza,
Cristina, musa eterna, meu doce destino,
Em versos e paixão, somos uma só certeza.

Nesse recinto sagrado, o Dedo de Deus toca,
Como Adão, na Capela Sistina encantadora.
Unimos nossas almas, em chama que evoca
O amor que floresce, sublime e avassaladora.

Em cada pincelada, um beijo se revela
Nos afrescos que adornam esse céu de arte,
Na paleta de cores que tinge nossa novela.

Na Capela Cristina, o amor se imortaliza,
Em cada traço, minha musa encontra parte.
E nas telas da vida, nossa história eterniza.



Vitória-régia - Por Félix Maier



Vitória-régia

 

 Félix Maier 

 

Nas águas do Rio Amazonas brilhantes,
Embarco com minha noiva, apaixonado,
A bordo da vitória-régia, leito encantado,
A jornada de amor nos aguarda distantes.

A flor-d'água, majestosa e exuberante,
Navega em sua grandeza, soberba e sagrada,
Numa dança suave, por entre a corrente,
Levando-nos além, em viagem desejada.
 

Oh, vitória-régia, rainha das águas,
Tuas pétalas flutuam com graça e esplendor,
Enfeitando o leito onde a fantasia deságua.

Na imensidão, desvendamos segredos,
De rosto colado, aos beijos com amor,
Navegamos rumo a horizontes sem medos.


quarta-feira, 17 de maio de 2023

A beleza das palavras - Por Félix Maier

 


A beleza das palavras

 

 Félix Maier


As palavras têm uma beleza singular,

Tanto física, quanto espiritual.

Sua sonoridade e arquitetura

Podem ser verdadeira escultura.

 

A beleza das palavras faz-nos deleitar,

Que pode inspirar e emocionar.

Elas têm um poder que é difícil explicar,

Podem ferir ou então acarinhar.

 

A beleza das palavras é uma arte

Que mistura ressonância e sugestão,

Criando imagens, emoções, um contraste,

Elevando a mente à pura contemplação.

 

A arquitetura das palavras é importante,

É sua pilastra de sustentação.

É o que torna a frase fascinante

E dá a ela uma única expressão.

 

Palavras são poesia em forma de som,

Que se unem para criar um refrão.

Bem escolhidas, tornam-se um dom

Que toca a alma e faz vibrar o coração.

 

Mas a beleza das palavras vai além

De sua estrutura física e espiritual.

Ela é capaz de criar um bem

Que ultrapassa a dimensão temporal.

 

Uma palavra pode ser poesia,

Denotar ou conotar um sentimento.

E aí ganha-se muita simpatia

Do leitor, do ouvinte, do pensamento.

 

Chinoca pode ser uma mulher dos anseios,

Ou uma mulher fácil para os passeios.

Tudo depende da perspectiva do abraço,

Do poeta amoroso ou do homem devasso.

 

E não há nome mais bonito

Do que o da amada na poesia.

Sinfrônia, Rouzimeires ou Escolástica,

Todos eles têm sua magia.

 

Assim como uma mulher bonita

Se destaca entre as demais,

Uma palavra bem escolhida

Não será esquecida, jamais.

 

E mesmo um palavrão,

Sem cobertura de folha de parra,

Se usado com ponderação,

Pode ter uma elegância rara.

 

Então, que a beleza das palavras

Continue a nos encantar

Com sua magia, poesia e graça,

Que nunca deixe de nos inspirar.



Mar de Brasília - Por Félix Maier

 

O "mar" de Brasília, de azul puríssimo.


Mar de Brasília

 

 Félix Maier

 

Brasília tem um mar diferente,
Não é de água salgada, nem corrente.
É um mar que se reflete no céu,
De um azul puro, tão bonito e seu.

O Lago Paranoá é um mar interno,
Com barcos, jetskis e surfistas à mostra.
Nas suas águas, a diversão é certa,
Stand up paddle, flyboard e bicicleta aquática.

Mergulho, remo e canoa havaiana,
Competições e diversão sem fim.
No fim de semana, banho de lago é atração,
Em meio à cidade, uma verdadeira bênção.

Mas o mar de Brasília é mesmo o céu,
Com seu azul intenso, é um espetáculo, um troféu.
Nos meses de abril a agosto, saem da retina
Os mares do Rio, do Nordeste, de Santa Catarina.

É o mar celeste que nos lembra da seca,
De um clima peculiar, que nos resseca.
Mas o mar de puro azul nos dá esperança,
Com o céu limpo, que brilha em sua bonança.

Brasília tem, sim, seu mar interno,
Mas é o céu que nos envolve no eterno.
Um mar que nunca seca ou se esgota,
E que nos enche de vida, sem frota.


Vídeo "Mar de Brasília", gravado no
Parque Ecológico de Águas Claras - 29/06/2023.