MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Guerrilha do Araguaia: Borboletas e Lobisomens - entrevista de Hugo Studart




Livro-reportagem revela segredos incômodos sobre a Guerrilha do Araguaia

“Borboletas e lobisomens”, de Hugo Studart, deve desagradar tanto aos militares quanto aos comunistas.

Por Luciano Trigo, G1

22/07/2018 06h00

O historiador e jornalista Hugo Studart está lançando um livro que promete reacender o debate sobre a resistência armada à ditadura militar: “Borboletas e lobisomens” (editora Francisco Alves, 660 pgs. R$ 79) traz revelações bombásticas, que devem desagradar tanto aos militares quanto aos que cultuam uma imagem heroica dos integrantes da guerrilha do Araguaia – movimento armado que tentou promover uma revolução comunista no Brasil, entre 1967 e 1974, na fronteira entre os estados do Pará, Maranhão e Goiás, mas acabou sendo dizimado pelos militares.

Resultado de nove anos de pesquisa e do acesso a documentos secretos das Forças Armadas, o livro afirma, entre outras coisas, que:

  • Sete guerrilheiros dados como mortos na verdade negociaram sua liberdade com militares e sobreviveram, com identidades falsas;
  • uma guerrilheira se envolveu amorosamente com o sargento do Exército que a interrogou;
  • outra guerrilheira foi forçada a abortar pelos comandantes da guerrilha.

As revelações sobre os militares não são menos incômodas, incluindo episódios de barbárie, como o do guerrilheiro que teve o pescoço serrado enquanto ainda agonizava e o da guerrilheira que foi enterrada viva, sem falar na tortura e nas execuções sumárias de 22 prisioneiros.

Nesta entrevista, Hugo Studart lamenta que o Brasil ainda continue refém da mentalidade daquela época: “Boa parte das esquerdas se recusa a fazer autocrítica e radicaliza o discurso em torno de um líder messiânico condenado”, afirma. “De outro lado, parcela equivalente da sociedade alinha-se a um candidato radical de direita que tenta se fazer líder messiânico ou, pior, uma parcela que prega a volta da ditadura militar. Vejo esses dois fenômenos como as faces de uma mesma moeda.”

A quem seu livro “Borboletas e lobisomens” irá desagradar mais? Aos comunistas ou aos militares?

HUGO STUDART: Desagrada aos dois lados, pois busco escrever história, ainda que para tal precise revelar segredos incômodos. Difícil avaliar a quem vou desagradar mais. Sobre os militares, revelo em detalhes a opção por abandonar as Leis da Guerra e as Convenções de Genebra, aderindo às leis da selva. Em muitos momentos, aprovando a barbárie pura e simples, com a decapitação de guerrilheiros e a execução de 22 prisioneiros. Revelo ainda os nomes de todos os oficiais superiores que consegui identificar, com suas respectivas funções e atos no Araguaia. Por outro lado, acabei por descrever os erros identificados dos guerrilheiros e do partido, que batizei sob a alegoria de “uivo dos lobisomens”.


Descrevo episódios polêmicos, como a de induzir as guerrilheiras a fazerem sexo com até cinco companheiros para aliviar as necessidades dos guerrilheiros machos, ou o recrutamento de adolescentes de até 13 anos para pegar em armas, ou ainda a deserção de três dos principais comandantes guerrilheiros. Acredito, contudo, que a parte que mais vai desagradar aos comunistas seja o fato de mostrar, ao longo da narrativa, que os chefes do partido deixaram aqueles garotos à própria sorte, cortando as linhas de abastecimento, sem armas ou munições, proibindo que recuassem sob pena de justiçamento [prática de julgamento e eliminação de pessoas consideradas traidoras], um crime quase tão grande quanto o crime dos militares que os exterminaram.


Em que medida a sociedade brasileira ainda continua presa à mentalidade da época da guerrilha?


STUDART: O maniqueísmo vulgar, sem dúvida, de uns tempos para cá retornou com toda a força, colocando vendas na razão de muita gente. A ditadura militar e a luta armada no Brasil se deram em um período singular da história da humanidade, o qual o historiador Eric Hobsbawm define como “Era dos Extremos” e o pensador Isaiah Berlim chama de “século mais terrível da nossa história”. Eram os tempos da Guerra Fria, de maniqueísmo e radicalismo político, tanto dos militares quanto das esquerdas. Com a queda do Muro de Berlim, parecia que esses tempos haviam terminado. Contudo, voltaram com toda a força em alguns países da América Latina, onde o populismo de esquerda ascendeu.

Em nosso Brasil de hoje, somos assolados por um maniqueísmo vulgar perpetrado por coxinhas e mortadelas. De um lado, boa parte das esquerdas se recusa a fazer autocrítica e radicaliza o discurso em torno de um líder messiânico condenado. De outro lado, uma parcela equivalente da sociedade, no oposto contraditório, alinha-se a um candidato radical de direita que tenta se fazer líder messiânico ou, pior ainda, uma parcela prega a volta da ditadura militar. Vejo esses dois fenômenos como as faces de uma mesma moeda. Sobre nosso fenômeno atual, invoco uma frase do pensador Bertrand Russell sobre a Guerra Fria: “Por que as coisas precisam ser angelicamente brancas ou diabolicamente negras”?

Depois de tantas obras já publicadas sobre a guerrilha do Araguaia – incluindo “A lei da selva”, de sua autoria – o que seu livro traz de novo?

STUDART: A Guerrilha do Araguaia é de fato um dos episódios mais comentados da nossa história, mas, paradoxalmente, é dos menos conhecidos. Nesta obra, busquei relatar as vidas daqueles jovens que, movidos essencialmente por sonhos e esperança de influir na construção de um país mais igualitário, se instalaram no coração das selvas amazônicas, sem armas ou provisões, a fim de deflagrar uma revolução absolutamente impossível de ser vencida.

Uma das questões que me intrigam é por qual razão os guerrilheiros permaneceram na área, mesmo depois de constatada a derrota no campo militar? Por que não tentaram se reorganizar em outro local quando as Forças Armadas os cercaram? E, mesmo quando descobriram que o Exército estava executando os prisioneiros, por que, afinal, muitos deles ofereceram-se à imolação certa? Acredito que esse seja o ponto nevrálgico do livro: tentar compreender o lado humano daqueles jovens, incluindo suas fraquezas e erros. Como consequência, a pesquisa consegue descortinar as circunstâncias das mortes da maior parte deles.


Que mitos você derruba e que segredos revela?


STUDART: Cada um dos 21 capítulos é um susto, tomado por revelações. Eu mesmo, quando releio, me surpreendo com a quantidade de informações inéditas, segredos incômodos que tanto os militares quanto os comunistas vêm tentando manter ocultos. Desde a revelação de episódios de barbárie, como um guerrilheiro que teve o pescoço serrado enquanto ainda estava vivo, uma guerrilheira enterrada viva, ou ainda a descrição das execuções de 22 prisioneiros. O livro apresenta o nome de todos os comandantes militares, com as respectivas cadeias de comando de cada campanha. Surpreendeu-me, por exemplo, descobrir que o ex-deputado Sebastião Curió aparece como o 47º na hierarquia dos que combateram no Araguaia. Mas talvez a revelação mais polêmica seja o detalhamento da Operação Mortos Vivos, na qual sete guerrilheiros fizeram delação premiada e trocaram de identidade dentro do programa de proteção às testemunhas.


Afinal, os guerrilheiros do Araguaia lutavam para restaurar a democracia ou para instituir um regime comunista no Brasil?


STUDART: Lutavam para instaurar a ditadura do proletariado, um regime tal qual aquele preconizado pelo ditador soviético Josef Stalin. Disseco esse assunto em um capítulo, “O racha do movimento comunista”. Lembrando que, em 1955, depois da morte de Stalin, o novo líder soviético, Nikita Kruschev, denunciou os crimes do antecessor, renegou as revoluções armadas e anunciou uma nova estratégia de luta, a pacífica, dentro das instituições públicas. O movimento comunista rachou no mundo inteiro, inclusive no Brasil. O tradicional Partido Comunista Brasileiro, o PCB, fundado em 1922 e que estava sob a liderança de Luiz Carlos Prestes, manteve-se sob a batuta de Moscou e adotou a luta pacífica. Um grupo de dissidentes do Comitê Central abandonou o PCB e fundo o Partido Comunista do Brasil, PCdoB, alinhando-se com a China de Mao Tsé-Tung. Desde seu manifesto de fundação, em 1962, a nova organização preconizava a revolução armada como único caminho de atingir a ditadura do proletariado. Em fevereiro de 1964, em pleno governo democrático de João Goulart, os primeiros militantes embarcaram para o curso de guerrilhas na Academia Militar de Pequim. No retorno, já sob a ditadura militar, começaram a se instalar na região do Araguaia. Registro ainda que o PCdoB só começou a aceitar a luta pacífica, dentro da atual democracia representativa brasileira, a partir de 1996. Ainda assim, até hoje não renegou oficialmente o stalinismo ou teceu autocrítica sobre o caminho da luta armada ou da ditadura.


Você escreve que muitos guerrilheiros pousaram na mata como borboletas, movidos pelo sonho de um Brasil mais justo e igualitário, e acabaram se transformando em lobisomens...


STUDART: Para tecer a narrativa, optei por partir de dois guerrilheiros que, quando os combates apertaram, acabaram por assumir a liderança da guerrilha: Dinalva Conceição Teixeira, a Dina, e Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão. Reza a lenda, entre os moradores da região do Araguaia, que Dina virava borboleta e Osvaldão lobisomem. Mais do que personagens da história, ou mitos populares, Dina e Osvaldão se transformaram naquilo que a psicologia chama de arquétipos. A borboleta Dina representa a guerrilheira sonhadora, miúda e bondosa, mas extremamente corajosa. Em qualquer outra cultura, a borboleta simboliza a utopia da transmutação, ou da revolução, de buscar superar o mundo rasteiro para, depois de um período de gestação em crisálida, despontar rumo ao céu. Na alegoria em questão, rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.


Já o lobisomem Osvaldão, a representação do gigante carismático, inexpugnável, implacável. Em qualquer cultura, o lobisomem representa o homem dual, um cidadão cujo destino traiçoeiro o transforma em homem-fera, quando perde as estribeiras, fica violento e deixa aflorar seus instintos ancestrais e sua sede de sangue. Construo a narrativa a partir da metáfora da borboleta, desde o período no qual aqueles jovens eram apenas lagartas nas cidades, sonhando com um mundo melhor, até que renascem como borboletas quando os militares chegam e a luta tem início. Em determinado momento, quando instauram o Tribunal Revolucionário e começam a executar camponeses suspeitos de colaboração com os militares, transformam-se em lobisomens. Chegam a executar um companheiro, naquele que é um dos episódios mais polêmicos do livro. Essa parte, o período dos lobisomens na floresta, é aquele no qual o Partido Comunista vem há quatro décadas tentando esconder.


Uma das revelações do livro é que uma guerrilheira manteve uma longa relação amorosa com seu torturador. Foi um caso de "Síndrome de Estocolmo"?


STUDART: Relato esse episódio no capítulo “O Judas do Evangelho”, que discute a busca obsessiva dos dirigentes do partido por encontrar um “traidor”, um “delator” da guerrilha. Busquei mostrar que os guerrilheiros que caíram presos, a começar por José Genoíno, não podem ser apontados como traidores por conta das informações que foram extraídas pelos militares. Ao contrário, são vítimas da mesma história. Nesse contexto, relato o caso de uma guerrilheira, Criméia Almeida, codinome Alice, que também caiu prisioneira. Ela acabou mantendo um caso amoroso por muitos anos com o militar que a interrogou, um sargento do Exército que usava o codinome de Ivan. Há muito que seus amigos e familiares sabem que ela manteve um caso com um militar, mas não sabiam quem.


A questão mais delicada é que Alice levou o amante aos sítios de camponeses aliados da guerrilha. Semanas depois, os militares mataram cinco guerrilheiros justamente nos locais apontados pela guerrilheira. Entre os mortos, o guerrilheiro André Grabois, codinome Zé Carlos, pai do filho dela. Descrevo esse episódio em detalhes, com testemunhas. É muito comum a tal Síndrome de Estocolmo, na qual prisioneiros se envolvem emocionalmente com carcereiros. Pode ter acontecido isso entre Alice e Ivan. O problema maior é que Alice, hoje sob a verdadeira identidade de Criméia, tornou-se a personificação de Torquemada, uma caçadora de supostos traidores, implacável em acusações contra os próprios companheiros que teriam feito revelações a militares tentando sobreviver. Ressalto, contudo, que esse episódio é relatado com a maior serenidade possível, dentro de um contexto maior. Nesse capítulo, acabei sendo duro somente com os dois comandantes que desertaram, abandonando os companheiros à própria morte, Ângelo Arroyo e João Amazonas.


      Hugo Studart — Foto: Divulgação

Fale sobre a pesquisa que resultou no livro.


STUDART: O livro é resultado da minha tese de doutorado em História pela Universidade de Brasília, cujo título original é “As memórias dos guerrilheiros do Araguaia”. Foram nove anos de pesquisa e escrita, na qual tive acesso a cerca de 15 mil páginas de documentos secretos da ditadura. Também acessei as memórias dos guerrilheiros sobreviventes, de militares e de mais de 100 camponeses que participaram do episódio. A tese ficou com mais de 600 páginas e 998 notas de rodapé, algo absurdo. Para publicá-la em livro, passei dois anos reescrevendo tudo, retirando ao máximo o academicismo, acrescentando novos episódios e buscando tecer uma trama com narrativa a mais literária possível. Acredito que tenha conseguido.


Que resistências você enfrentou, como teve acesso aos arquivos e quais foram as suas descobertas mais importantes?


STUDART: Desde 1998 venho formando um acervo pessoal sobre a luta armada no Brasil, sobretudo a rural. Busco os documentos principalmente com militares na reserva, que há décadas resguardam informações relevantes em seus baús. Aliás, registro que quase totalidade das revelações sobre aquele período emergiram de militares, que desde 1996 vêm dialogando com jornalistas ou historiadores. Mas os serviços de inteligência das três Forças Armadas jamais aceitaram abrir seus arquivos. A partir de 2011, passei a fazer parte, na condição de representante da Universidade de Brasília, do Grupo de Trabalho da Presidência que buscou os corpos dos desaparecidos do Araguaia. Foi nessa condição que o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizou os pesquisadores do grupo a acessarem os acervos dos extintos SNI e dos Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica, CISA. Há muitos documentos interessantes nesses arquivos. O mais revelador, verdadeira Pedra de Roseta, é um levantamento da Agência Central do SNI, de 1996, que aponta o destino da maior parte dos guerrilheiros. Melhor: aponta para os números dos documentos originais e onde estão arquivados. Sobre os documentos, relevante registrar que há muito mito sobre os mesmos. Os militares brasileiros sempre evitavam registrar em papel informações essenciais. O melhor ficou resguardado nas memórias daqueles que participaram da repressão.


Dos guerrilheiros do grupo original, 13 ainda estão vivos, mas nunca foram convidados a registrar suas lembranças da guerrilha. Por quê?


STUDART: Dos 79 militantes comunistas que participaram de alguma forma do episódio, 20 sobreviveram e 13 ainda estão vivos. Paradoxalmente, ainda não haviam sido convidados a contar suas histórias. O PC do B vem contando sua história com destaque especial aos seus comandantes. Os militares também, ainda que façam opção muito mais por silêncios, por hiatos e pelo oculto do que por revelações de fato relevantes. Os trabalhos jornalísticos, por sua vez, reportagens ou livros, têm dado destaque quase absoluto às violações dos direitos humanos perpetradas pelos militares. E quanto às histórias protagonizadas por aquele punhado de jovens? O que pensavam? O que sonhavam? Por qual razão deixaram suas vidas na cidade e foram para lá? Como viviam? Onde estavam suas dores? E quanto a seus amores? Mesmo os 13 sobreviventes jamais tiveram a oportunidade de abrir suas lembranças e revelar suas histórias de forma organizada ou estruturada. O PCdoB nunca os convidou a falar. Tampouco foram chamados a fazer depoimentos orais a instituições de pesquisa. Não narraram a visão que têm sobre o grupo que ajudaram a formar, ou suas trajetórias como sujeitos. Quando no Araguaia, todos eles estavam à sombra dos heróis. E na penumbra permanecem.


Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/blog/luciano-trigo/post/2018/07/22/livro-reportagem-revela-segredos-incomodos-sobre-a-guerrilha-do-araguaia.ghtml


Vídeo de Hugo Studart:

https://youtu.be/Lq-TwUvPh1c


Leia ainda: Historiador revela que ex-guerrilheira teve relação com torturador

https://diariodopoder.com.br/destaques-home/ex-guerrilheira-teve-caso-com-torturador-diz-livro-2


Veja também: https://guerrilhadoaraguaia.com.br/



Médicos cubanos no Brasil são espiões comunistas - por Félix Maier

"Médicos cubanos" chegam ao Brasil

Médicos cubanos no Brasil são espiões comunistas

por Félix Maier

O mensalão cubano teve início em 1961, com o ingresso de cubanos no Brasil, quando havia farto dinheiro soviético para a compra de armamento e inúmeras fazendas, que seriam transformadas em campos de treinamento de guerrilha. No dia 27/11/1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o presidente do Banco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. O presidente João Goulart ocultou e repassou secretamente a Fidel Castro essas provas da intervenção armada de Cuba no Brasil. Para conhecer a ingerência de Cuba no Brasil, antes de 1964, clique em Guerrilha Comunista (https://portalconservador.com/guerrilha-comunista-no-brasil/?fbclid=IwAR0hGtipFq2Y9-BJzBnm7jx7BtDYwiNXxYhTOxWfNr4_vSmtSWKmY4FjZxQe O apoio de Cuba à luta armada no Brasil (https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/rhs/article/download/175/167/)

Após o movimento militar de 1964, o mensalão cubano se ampliou. Um político guasca carbonário, Leonel Brizola, era o líder idealizado por Fidel Castro para promover a revolução comunista no Brasil. Por intermédio de Lélio Telmo de Carvalho, Brizola recebeu cerca de 1 milhão de dólares, para treinamento de guerrilha. O primeiro pombo-correio que levou dinheiro de Cuba para Brizola, exilado no Uruguai, foi o santo de pau oco Herbert José de Souza, o “Betinho”, seguido de Neiva Moreira e do ex-coronel do Exército Dagoberto Rodrigues. Para justificar os recursos financeiros, Brizola criou  o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), em 1966, que articulou a Guerrilha de Caparaó na região do Pico da Bandeira, em MG. Todos seus integrantes foram presos em 1967 após denúncia de abate de reses. Brizola não contratou advogados para os presos, nem prestou contas a Fidel, sendo chamado por este de el ratón. Segundo Betinho, o desvio foi de 200 mil dólares (Jornal do Brasil, 17/07/1996). As estripulias de Brizola podem ser constatadas em Os incríveis exército de Brizoleone (https://pt.scribd.com/document/501130000/Exercito-de-Brizoleone).

Em 1967, houve a Conferência da Organización Latinoamericana de Solidariedad (OLAS), em Havana, para difusão de movimentos guerrilheiros e grupos terroristas em toda a América Latina, onde Fidel Castro pretendia criar vários Vietnãs. Os principais países que sofreram a subversão comunista foram Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. No Chile, toneladas de armas vindas de Cuba foram encontradas pelo governo de Augusto Pinochet após o contragolpe desferido contra Salvador Allende. No Brasil, a história macabra da esquerda radical está contada no livro ORVIL, disponível na internet para download. Atualmente, a esquerda cinicamente demoniza a Operação Condor, que foi criada pelas nações violadas da América Latina justamente para combater os terroristas comunistas.

Outro mensalão cubano ocorreu com a criação do Movimento de Libertação Popular (Molipo), organizado em Cuba pelo chefe do serviço secreto Manoel Piñeiro Losada, o Barbaroja, e comandado por José Dirceu e Antonio Benetazzo. José Dirceu (então um “argentino” com nariz adunco, feito por um cirurgião plástico chinês em Cuba, e sobrenome Hoffmann) e seu bando receberam farto dinheiro de Cuba, para criar focos de guerrilha urbana (São Paulo e Rio) e rural (Norte de Goiás, hoje Tocantins, e Bahia) – o objetivo inicial era tomar o controle da Ação Libertadora Nacional (ALN), após a morte de Carlos Marighella, em 1969. Em 19 de janeiro de 1972, Dirceu esteve envolvido indiretamente na morte de um policial: “Segundo o depoimento do fiscal de obras Lazaro Finelli, dois homens tentaram roubar o Fusca do policial Thomas Paulino de Almeida, que reagiu, dando um soco no rosto de um deles [José Dirceu]. O outro rapaz, então, atirou na cabeça do PM, que morreria no local” (CABRAL, 2013: 88-89). O Molipo comprou armas no Nordeste e levou para São Paulo, onde assaltou uma agência do Ministério do Trabalho e uma patrulha da PM, levando 1 revólver e 1 metralhadora, baleando o soldado Norival Siciliano; jogou bomba na loja Mappin; explodiu carro de polícia; incendiou ônibus na Vila Brasilândia, ocasião em que um PM foi morto a tiros quando tentou apagar o incêndio; promoveu atentados na loja Sears e no jornal Gazeta Mercantil – cfr. CABRAL, 2013: 91.

Um mensalão especial cubano foi criado para ajudar a campanha presidencial de Lula, em 2002, como denunciou a revista Veja. A mesma Veja denunciou recentemente as atividades chapa-branca dos mascarados dos Black Blocs, com apoio da famigerada Mídia Ninja. Em resposta, vândalos tentaram depredar as instalações da Editora Abril – confira as fotos.

Nos últimos anos, a esquerda brasileira passou a retribuir o mensalão cubano, que por tantos anos distribuiu farto dinheiro, armas e terroristas, não só para o Brasil, mas também para toda a América Latina e parte da África, notadamente Angola. Durante o governo de FHC, que hoje prega a liberação da maconha, vultosas remessas de bens e utensílios foram destinadas a Cuba. Basta consultar o Diário Oficial da União da época.

No entanto, quando o PT assumiu o poder central, o mensalão petista para Cuba se ampliou exponencialmente, seja com Lula, seja com Dilma Rousseff. Era hora de pagar com muito amor o desprendido amor cubano pelo Brasil. Obras bilionárias são feitas por construtoras brasileiras em Cuba, com dinheiro do BNDES, ou seja, com nosso dinheiro, a exemplo do complexo portuário de Mariel, belo balneário a 40 km de Havana. Foi nesse local que se tornaram famosos os marielitos, fugitivos em massa do inferno cubano, em abril de 1980, quando “as autoridades permitiram que 125 mil pessoas abandonassem o país embarcando no porto de Mariel. Castro aproveitou o ensejo para ‘libertar’ os doentes mentais e os pequenos delinquentes” (COURTOIS, 2000: 786). “Os diversos êxodos fazem com que Cuba tenha atualmente 20% dos seus cidadãos no exílio. Numa população global de 11 milhões de habitantes, perto de 2 milhões de cubanos vivem fora da ilha” (idem, pg. 787).

O mais recente mensalão petista destinado a Cuba acaba de ser feito com a contratação de 4.000 médicos cubanos que virão ao Brasil nos próximos meses, dentro do programa Mais Médicos, que, além de ser um projeto eleitoreiro para reeleger Dilma Rousseff, tem como finalidade ajudar financeiramente a ditadura castrista e infiltrar milhares de espiões no Brasil. Agredindo violentamente a lei, o governo petista dispensou esses médicos, de Cuba e de outros países, de realizar a prova do revalida, necessária para exercer a profissão no País.

Já chamados de “escravos de jaleco”, os médicos cubanos não podem trazer suas famílias, que ficam como reféns na macabra Ilha, e não podem pedir asilo político no Brasil, como afirmou o advogado-geral de Fidel Castro, Luís Inácio Adams. Médicos cubanos fugiram da Venezuela e estão processando Cuba, Venezuela e a estatal PDVSA, por impor trabalho escravo. O mesmo poderá ocorrer com o Brasil. Os escravos caribenhos receberão apenas uma parte do salário mensal, já que o grosso da soma ficará em posse da ditadura cubana. Fala-se que os cubanos receberão apenas 10% ou 7% dos salários de R$ 10.000,00, repassados pelo Brasil a Cuba via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). No entanto, o valor destinado ao governo cubano é bem maior, segundo informa a coluna de Luiz Carlos Azedo:

O ex-prefeito carioca Cesar Maia (DEM) fez as contas de quanto custa cada médico cubano: o governo gastará R$ 511 milhões para 4 mil médicos cubanos por seis meses, de setembro de 2013 a fevereiro de 2014, segundo o Ministério da Saúde. Então, serão R$ 21.291,66 mensais, e não R$ 10 mil, como foi anunciado”.

Nunca este País presenciou uma revoada tão grande de cubanos em seu território, configurando um colossal cavalo de Tróia, por decisão de uma simples Medida Provisória, que poderá ser aprovada ou não pelo Congresso Nacional. Antes de tudo, os médicos cubanos são agentes de Fidel Castro, espiões a serviço do PT, para implantação do socialismo no Brasil, que é o objetivo final do Foro de São Paulo (https://midiasemmascara.net/atas-fsp/ e https://www.averdadesufocada.com/images/f/atas_foro_sao_paulo.pdf), criado por Lula e Fidel em 1990.

Para culminar a patifaria petista, os cubanos (e médicos de outros países) estão sendo instalados em quartéis do Exército, como o Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) e o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (1º RCG), em Brasília – os homens no BGP e as mulheres no 1º RCG -, para um rápido cursinho, antes de seguirem a destino, para as periferias das grandes cidades ou para o interior. Vale lembrar que essas unidades militares participam da instrução básica para os aspirantes-a-oficial do Estágio de Adaptação e Serviço (EAS), feita para militares temporários do Exército que já tenham diplomas da área de Saúde: médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários.

Por falar em soldado: os pelegos pagos pelos partidos radicais de esquerda recepcionaram com festas a primeira leva de cubanos em Recife, no último domingo, Dia do Soldado: “Te cuida imperialista, a América Latina vai ser toda socialista”. O mesmo proselitismo socialista também foi visto em Fortaleza. Cfr. também em https://www.facebook.com/184797238335563/videos/1001523069996305/.

Quem garante que uma parte do dinheiro cubano não voltará para o PT, para ser usado na campanha presidencial para reeleger Dilma Rousseff em 2014? Olha aí de volta o mensalão cubano!

Está tudo dominado!

https://youtu.be/yOwT4r0uolE

Félix Maier é militar da reserva e escritor. Publicou o livro “Egito – uma viagem ao berço de nossa civilização”, pela Editora Thesaurus.

Esse conteúdo foi originalmente publicado pelo site Mídia Sem Máscara

Fonte: https://m.epochtimes.com.br/medicos-cubanos-brasil-espioes-comunistas-afirma-escritor/




Não podia faltar as fotos dos serial killers Fidel Castro e Che Guevara



Asta la vista... "médicos cubanos"

Sargento Sílvio Hollenbach: deu a vida para salvar uma criança - por Tenente Sergio Pinto Monteiro



 HEROÍSMO: DEU A VIDA PARA SALVAR UMA CRIANÇA

Sergio Pinto Monteiro (*)

        A data de 30 de agosto de 1977 certamente não será lembrada na grande mídia nacional, mais dedicada às “comemorações” do número crescente de vítimas da trágica pandemia que ora nos assola. Naquele dia, a nação viu partir mais um dos heróis brasileiros, cujo supremo sacrifício para salvar uma vida, certamente permanecerá nas brumas do esquecimento da imprensa e do meio acadêmico, como o de tantos outros mártires da pátria. 

        Naquele 27 de agosto, há 43 anos, um militar brasileiro, o jovem Sargento Sílvio Delmar Hollenbach, de apenas 33 anos, juntamente com a esposa Eni Teresinha e os quatro filhos do casal, na época com idades entre 1 e 7 anos, deixaram a residência em Brasília para um programa típico das famílias dos brasileiros mais simples. O Jardim Zoológico, que certamente iria encantar as crianças. A crueldade do destino submeteu todos eles à visão de uma cena dantesca, que três dias depois de uma indescritível agonia no Hospital das Forças Armadas, levaria o militar à morte. Deslocando-se de carro no interior do Zoológico, o Sargento Hollenbach viu quando o menino Adilson Florêncio da Costa, de 13 anos, caiu no interior do tanque das ariranhas. Sua família, horrorizada, não pôde impedir que o bravo Sargento abandonasse o veículo e se atirasse no poço para resgatar a infeliz criança. Foram minutos de intenso pavor, onde o heroico militar teve que enfrentar as ferozes ariranhas, quando recebeu mais de uma centena de mordidas e arranhões por todo o corpo. Ao conseguir resgatar o menino e salvar-lhe a vida, o Sargento Hollenbach cumpriu a sua mais nobre missão na Terra. Os esforços das equipes médicas do Hospital das Forças Armadas não conseguiram preservar-lhe a vida. Morreu como um bravo. Lamentável que o seu sacrifício, pouco ou quase nada, será lembrado neste 30 de agosto. 

        Em homenagem ao militar, o zoo de Brasília passou a se chamar oficialmente Jardim Zoológico Sargento Sílvio Delmar Hollenbach. Além disso, o gesto de coragem ficou eternizado com a construção de um pequeno monumento, com o busto de bronze do herói desaparecido. Nascido em Cerro Largo, Rio Grande do Sul, o Segundo-Sargento do Exército Silvio Delmar Hollenbach sentou praça em 15 de maio de 1962. No ano seguinte foi promovido a Cabo. Chegou à graduação de 3º Sargento em 29 de novembro de 1965 e de 2º Sargento em 30 abril de 1970. Quando faleceu, o Sargento Hollenbach, que era do Serviço de Intendência, servia no Hospital das Forças Armadas. 

       O filho mais velho do sargento, o médico Sílvio Delmar Hollenbach Júnior, certamente optou pela medicina inspirado na sublime motivação do pai em salvar vidas e fez residência no Hospital das Forças Armadas, onde seu pai faleceu.  Outro filho, Paulo Henrique é analista de sistemas no Banco Regional de Brasília. Bárbara Cristine é advogada em Porto Alegre. Débora Cristina é professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Há ruas com o nome do herói em Santo André (SP), Cascavel (PR), Bertioga (SP), Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e em Blumenau (SC), sendo que nesta última cidade o logradouro tem o nome de Tenente Sílvio Delmar Hollenbach. Em Cerro Largo (RS), sua cidade natal, foi homenageado no município com o nome de uma Escola Estadual. O auditório do Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, recebeu seu nome como homenagem póstuma.

     E o que aconteceu com a criança salva pelo Sargento Hollenbach, com o sacrifício da própria vida? Tristemente, ao que se sabe, Adilson Florêncio da Costa, hoje com 56 anos, foi preso em 2016 pela Polícia Federal acusado de corrupção na Operação Recomeço. Conforme noticiado na ocasião, ele responderia por desvios no fundo de pensão Postalis, dos Correios, onde ele foi Diretor Financeiro.  “Um dos alvos da Polícia Federal na investigação que apura um rombo de R$ 6 bilhões no fundo de pensão dos funcionários dos Correios é Adilson Florêncio da Costa ; o menino resgatado aos 13 anos pelo sargento Sílvio Delmar Hollenbach, que, em 27 de agosto de 1977, se jogou no tanque das ariranhas para salvá-lo no Jardim Zoológico de Brasília. Essa é a segunda vez que os investigadores miram em Adilson. Ele foi preso em junho de 2016, por supostamente integrar um esquema que desviou R$ 90 milhões do Postalis e da Petros, os fundos de pensão dos funcionários dos Correios e da Petrobras.”

       No entanto, e apesar desses fatos lamentáveis, a família Holenbach não duvida que Sílvio ajudasse o menino novamente, mesmo se soubesse do destino de Adilson. “Não importa quem seria. Ele viu uma criança precisando de ajuda e se esforçou para ajudá-la, afirmou o filho médico, Holenbach Júnior”. Adilson e a família do homem que salvou sua vida nunca se encontraram e ela jamais recebeu dele um simples agradecimento.

         Neste 30 de agosto de 2020, a lembrança do heroico Sargento Hollembach e do seu sublime sacrifício, nos remete ao enorme “apagão” cívico e cultural imposto ao Brasil e à nossa juventude, por anos a fio de degradação provocada por sucessivos governos impatrióticos e corruptos. Juntos, haveremos de recolocar no país os princípios e valores que forjaram a nacionalidade, onde bravos como o Sargento Sílvio Delmar Rollenbach não serão  esquecidos.

MISSÃO CUMPRIDA, HEROICO SARGENTO HOLLENBACH! MINHA CONTINÊNCIA!!

(*) Sérgio Pinto Monteiro é Oficial da Reserva Não-Remunerada do Exército.

Marxismo Cultural quer acabar com a linha do tempo AC e DC - por "Rádio Zap"

 


Deu na "Rádio Zap":

Querem acabar com a linha do tempo AC e DC. O marxismo cultural trabalha para destruir não só o Cristianismo, como a sua História.

#IssoAGloboNaoMostra

Nem a #CNNGarbagge

Muito menos a #BandMadeInChina

"Recebemos algumas denúncias sobre a abolição, nas aulas e no material didático, dos termos “Antes de Cristo” e “Depois de Cristo” como referências da Linha de Tempo da História nas escolas da rede pública do Estado de São Paulo.

No primeiro momento foi difícil até mesmo acreditar na veracidade do que as denúncias diziam, pois custa acreditar que a militância está exigindo que até nas referências temporais qualquer menção ao cristianismo seja simplesmente apagada.

Mas é verdade! Neste vídeo vemos uma profissional da educação que confirma que a Secretaria (da Educação do Estado de São Paulo) decidiu abolir qualquer referência a Cristo como referência de escala temporal nas aulas de História e demais disciplinas. Ela explica que as referências clássicas A.C. e D.C. estão sendo substituídas por A.E.C. e E.C, que significam “Antes da Era Comum” e “Era Comum”. “A referência ao nascimento de Cristo ainda é utilizada em alguma literatura, mas a Secretaria decidiu passar a utilizar "um termo mais neutro"!"

Cfr. vídeo em https://www.facebook.com/felixmaier1950/posts/2934817870081308