MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Ampulheta - Por Félix Maier

 


Ampulheta

 

 Félix Maier 

 

Na ampulheta o tempo escorre, não se engana,

A areia fina, grãos de vida, inclemente.

Mero observador, vejo a rotação constante,

O cair inexorável que o tempo esgana.



Como deter o fluxo? Quem desafia o tirano?

Ora, o tempo, senhor implacável, persistente,

 Com sua fúria implacável e insistente,

Rouba instantes infinitos e me deixa insano.



Mas se pudesse deter o cair da areia,

Aprisionar a ampulheta em um instante eterno,

Viveria livre dos ferros dessa cruel cadeia.



Porém, sei que não é possível esse intento,

A vida é fugaz, voa como libélula, terno.

E eu sigo a afrontar o roubo do tempo.


sexta-feira, 23 de junho de 2023

Ainda há juízes em Berlim - Por Félix Maier

 



Ainda há juízes em Berlim

 

 Félix Maier 

 

Ainda há juízes em Berlim, que ironia!
Mas eis que surge Zanin, o defensor do PT,
Advogado pessoal de Lula, que alegria!
O líder petista no STF a nos proteger.

Grease, a mais brilhantina encenação,
Envolto em processos e chicanas,
Mas para ele, é tudo mera diversão,
Enquanto os brasileiros pagam as granas.

Oh! butim, oh! recompensa valiosa,
Cada passo vencido traz um novo tesouro,
A justiça que se curve, a lei vitoriosa,
Enquanto Zanin zomba com seu ouro.

Um sítio a defender, com unhas e dentes,
Um triplex do amigo, a legalidade ao vento,
Zanin, o salvador de interesses indecentes,
O circo no STF, o espetáculo lazarento.

Ainda há juízes em Berlim, mas e no Brasil?
Onde a politicagem se torna lei suprema,
Novo ministro do PT, um enredo hostil,
O protagonista dessa farsa extrema.

Que ironia, que escárnio, que triste realidade!
Enquanto esperamos justiça e equidade,
O novo líder do PT no STF saboreia sua vaidade,
E o país mergulha na completa obscuridade.


quinta-feira, 22 de junho de 2023

A Caminho de um Brasil sem povo – Por J.R. Guzzo

 A Caminho de um Brasil sem povo – J.R. Guzzo* - Guerra Híbrida STF - DefesaNet

Juntos, o STF e o Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos


O Brasil, dia após dia, está se transformando num país soviético. Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população.

Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos. Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe.

Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema. Há um Congresso Nacional; na Rússia soviética também havia. Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF, quando ele quer, e seja o assunto que for.

É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto. A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes. Funciona, na realidade, como um grande Pravda, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português.

Ainda falta um bom caminho para chegar lá, e a República Soviética do Brasil, pelo menos por enquanto, está se limitando a eliminar a liberdade política. (Na Rússia comunista, por exemplo, não havia, nem há, Parada Gay; também era preciso passaporte interno para ir de uma cidade à outra, e a lista telefônica de Moscou era segredo de Estado, entre outras curiosidades que só o comunismo foi capaz de criar.)

Mas é exatamente para lá, um regime totalitário mais ao estilo do século 21 e fabricado basicamente com peças de produção nacional, que o país está indo. Faça uma pergunta simples: quem vai impedir, se são o STF e o Sistema “L” que escrevem as leis e decidem o que é legal e o que é ilegal? Não vão ser, com certeza, as Forças Armadas, que de cinco em cinco minutos declaram-se a favor da “legalidade”, ou seja, do que o consórcio STF-Lula diz que é a legalidade.

De mais a mais, os comandantes militares estão a favor desse partido único que hoje governa o país; entregaram para a polícia, trancados em ônibus, os cidadãos que protestavam contra o resultado das eleições, em manifestação legítima, em frente ao QG do Exército em Brasília.

Não será o Judiciário, que é apenas uma grande repartição pública comandada pelo STF. Não será, obviamente, o Congresso, que não existe mais como força política efetiva.

Não serão os 150 milhões de brasileiros que estão ocupados o dia inteiro com a sua sobrevivência física, e não têm tempo para tratar de política. Em suma: não é ninguém.

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Em que país sério do mundo, esses mesmos onde Lula faz “política externa” turística se hospedando em hotéis com diária de quase R$ 40 mil, o presidente, rei ou primeiro-ministro nomeia seu advogado pessoal para a Suprema Corte? Nem Stalin fez isso.

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A União Soviética brasileira não é um “copiar e colar” da antiga URSS; embora leve mais ou menos aos mesmos resultados, em termos de criar uma ditadura efetiva na vida pública, é basicamente coisa de construção tupiniquim, sem maiores filosofias políticas como o original em alemão.

Não houve nenhuma revolução, nem a tomada do Palácio de Inverno ou a descida de Sierra Maestra. Sua chave é o acordo de acionistas entre o STF e o Poder Executivo, tal como ele é encarnado por Lula — juntos, governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos.

Os ministros, para ficar só no mais grosso, eliminaram as leis brasileiras para tirar Lula da cadeia, onde cumpria pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e para anular todos os processos penais contra ele, de modo a possibilitar a sua candidatura à Presidência da República.

Em seguida, através do TSE, comandaram a campanha mais escura, contestada e parcial da história eleitoral brasileira, com um sistema de urnas eletrônicas que não é utilizado em nenhuma democracia do planeta; contaram os votos e declararam que Lula tinha ganhado. Em troca, o Sistema “L” aceita tudo o que o Supremo quer que se faça, em qualquer área ou ocasião.

Juntos, escolhem os novos integrantes do TSE, que passa a ser 100% controlado pelo consórcio, e combinam quem será o novo procurador-geral da República, o que elimina o Ministério Público como força independente na vida pública brasileira, conforme estabelecido na Constituição.

São decisões tomadas em churrascos hermeticamente fechados e isolados do resto do mundo em Brasília, com a proibição da entrada de celulares no recinto.

Que diabos de “instituições” resultam de um negócio desses?

Na verdade, as instituições e os deveres obrigatórios de uma república ou das verdadeiras democracias estão sendo eliminados, um depois do outro, pelas decisões tecnicamente legais do consórcio STF-Lula. O presidente, em meio à indiferença da população e à anestesia moral que marca o Brasil de hoje, nomeia o seu advogado pessoal para a vaga existente no STF — o seu advogado pessoal, nada menos que isso. A mídia, o mundo político e as classes intelectuais fingem que a nomeação é uma coisa normal, ou quase normal. 

Não chama a atenção de ninguém um fato muito simples: é impossível, no mundo das realidades, que o novo ministro tome qualquer decisão minimamente contrária aos interesses do presidente da República — ou alguém acredita, honestamente, que ele possa ser imparcial nas suas sentenças, como é exigência elementar de qualquer democracia decente? 

Em que país sério do mundo, esses mesmos onde Lula faz “política externa” turística se hospedando em hotéis com diária de quase R$ 40 mil, o presidente, rei ou primeiro-ministro nomeia seu advogado pessoal para a Suprema Corte? Nem Stalin fez isso; é verdade que ele não tinha advogado, e nunca precisou de um, mas o fato é que não fez. 

Lula, na verdade, governa sem nenhum freio — pois um dos freios, o Judiciário, é seu sócio no partido único, e o outro, que seria o Legislativo, não é capaz de frear nada, mesmo porque, quando tenta frear alguma coisa, o STF vem e diz que não vale. 

O resultado prático é que Lula compra sofás de R$ 65 mil para a decoração de sua residência — com dinheiro do pagador de impostos, é claro. Compra um novo Airbus para o seu transporte pessoal. Recebe em Brasília um ditador que tem a cabeça a prêmio por US$ 15 milhões, por tráfico internacional de drogas. Faz o que quer, e o que o STF deixa.

Há eleições no Brasil, mas também há o TSE — e enquanto houver o TSE as eleições não valem nada, ou só valem o que a “Justiça Eleitoral” diz que valem. O TSE, hoje, é uma polícia política integralmente a serviço do governo. É uma aberração que consegue gastar R$ 10 bilhões por ano, mesmo nos anos em que não há eleição nenhuma, e não tem similar em nenhuma democracia séria do mundo — a começar pelo fato de que se dá o direito de cassar mandatos de deputados federais ou de quem lhe der na telha. 

Acaba de acontecer. 

Cassaram o mandato do deputado Deltan Dallagnol, por vingança pessoal de Lula, sem o mais remoto vestígio de legalidade; foi uma decisão de AI-5, com umas fumaças de procedimento jurídico que não enganariam uma criança com dez anos de idade. 

O resultado é que o consórcio anulou a decisão legítima dos eleitores do Paraná; pior ainda, nomeou de forma grosseira o novo ocupante da vaga que foi aberta pela cassação, colocando no lugar de Dallagnol, que teve 350 mil votos, um outro que teve 12 mil. 

Que tal, como limpeza, ou mera lógica, do sistema eleitoral?

Preparam-se, agora, para cassar os direitos políticos de Jair Bolsonaro, única e exclusivamente porque identificam nele um possível candidato que se opõe com chances de sucesso ao partido único STF-Lula. É uma medida preventiva, ou de back-up antecipado — estão agindo como se as próximas eleições presidenciais pudessem ser diferentes das de 2022, do ponto de vista operacional do TSE. De novo, como no caso do deputado Dallagnol, a proibição para Bolsonaro disputar eleições, ou ter qualquer participação na política brasileira, é 100% ilegal.

A desculpa é que ele manifestou dúvidas sobre a perfeição do atual sistema de urnas eletrônicas, só adotado, além do Brasil, em dois países, Butão e Bangladesh. Poderia ser qualquer outra coisa: genocídio, assassinato de índios, quilombolas e gays, defesa da cloroquina. Como é possível, com um mínimo de racionalidade, tornar alguém inelegível porque ele disse que tinha dúvidas sobre um sistema de votação obviamente sujeito a todo tipo de dúvida?

Antes disso, por um despacho do ministro Alexandre de Moraes, o STF cassou sem nenhuma formalidade legal o mandato do governador de Brasília. Depois devolveu, por outro despacho do mesmo Alexandre de Moraes — mas o governador, hoje, é capaz de jurar que o triângulo tem quatro lados, se os ministros assim quiserem.

Com o Congresso é o mesmo tipo de calamidade. O que adianta pagar R$ 14 bilhões por ano para manter um Congresso cujas leis podem ser anuladas a qualquer momento, e sem razão nenhuma, pelo Supremo? 

Não é só o marco temporal. Já foi a mesma coisa com a anulação da lei que determinava o cumprimento da pena em prisão fechada para réus condenados em segunda instância, o que tirou Lula do xadrez da Polícia Federal onde ficou trancado durante 20 meses.

Promete ser assim, daqui a pouco, com a lei, perfeitamente aprovada pelo Congresso, que tornou voluntário o pagamento do imposto sindical — o efeito imediato dessa lei, obviamente, foi que nenhum trabalhador brasileiro quis pagar mais.

O que poderia representar com mais perfeição a vontade do povo?

Mas Lula quer que o imposto volte a ser obrigatório, e o STF se prepara para atender a exigência. O ministro que foi encarregado de resolver o problema argumenta que hoje os “tempos são outros” — um raciocínio realmente espantoso, levando-se em conta que os tempos estão em mudança perpétua e, por via de consequência, nenhuma lei aprovada no passado é válida no presente.

Fazer o quê?

Esse Congresso Nacional que está aí não é capaz sequer de proteger os mandatos dos seus próprios deputados; não é capaz de nada. A “Mesa” da Câmara dos Deputados concordou oficialmente com a cassação de Dallagnol.  Já havia concordado, não faz muito tempo, com a prisão por nove meses do deputado Daniel Silveira, também por ordem do ministro Moraes.

É diretamente contra a lei.

A Constituição diz que um deputado federal só pode ser preso em flagrante, e pela prática de crime inafiançável; Daniel Silveira não foi preso em flagrante nem cometeu nenhum crime inafiançável. E daí?  Foi preso do mesmo jeito. Aliás, está preso de novo hoje, desta vez por não usar a tornozeleira eletrônica que o ministro lhe impôs, apesar de ter recebido um indulto absolutamente legal do ex-presidente Bolsonaro; o STF, como nas leis aprovadas pelo Congresso, decidiu que o indulto não vale.

Esperar o que, se o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, está disposto a assinar a cassação do seu próprio mandato, se receber ordem do STF?  Não há nada a esperar.

A República Soviética do Brasil não acabou com a propriedade privada — e nem parece a ponto de acabar, quando se considera a ilimitada quantidade de propriedades estritamente privadas que os membros do consórcio têm.

Também não tornou legal, pelo menos até agora, a coletivização da terra — apesar da paixão de Lula pelo movimento semi terrorista que invade propriedades rurais, destrói bens e pratica a violência armada, sem que um único de seus agentes seja jamais incomodado pelo sistema judicial.

Mas já organiza e hospeda, em Brasília, reuniões do seu próprio Comintern, a que hoje se dá o nome de “Foro de São Paulo” e que cobra inscrições em dólar.

Está montando uma máquina estatal de estilo soviético, que só serve ao partido e está mais distante do povo brasileiro do que a Terra da Lua.  O Ministério da Justiça, logo esse, já é comandado por um comunista de carne e osso; ele mesmo, aliás, já disse que é comunista “graças a Deus”.

É para aí que vai a procissão.


* Revista OESTE

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Anjos de Cambé - Por Félix Maier

 




Anjos de Cambé

 

 Félix Maier


Num canto fúnebre, triste e doloroso,

Ecoam as vozes dos anjos de Cambé,

Karoline e Luan, num destino odioso,

Seus sonhos ceifados, vidas a perder.



Na escola, palco que deveria ser seguro,

A violência e a morte os encontraram,

Enquanto em cada coração puro,

A esperança e o amor sempre reinaram.



Na igreja, com fervor e devoção,

Serviam a Deus com fé inabalável.

Mas a vida, num ato sem compaixão,

Os arrancou desse plano impalpável.



Nesta terra satânica e desolada,

O desamor, a violência e o ódio imperam.

Mas Deus, em Sua bondade consagrada,

Recolhe as almas dos que partiram.



Somente Ele, com seu amor profundo,

Pode confortar entes tão queridos,

Abraçando os corações em paz fecunda,

Num eterno lar onde não há gemidos.



Karoline e Luan, anjos inocentes,

Brilham agora no firmamento azul.

Seus sorrisos são luzes reluzentes,

Eternamente a iluminar nosso sul.



Que suas famílias encontrem alento,

Nos braços amorosos do Criador.

E que a memória e o legado desses entes

Nos inspirem a lutar por mais amor.



Que em Cambé, e em todo lugar do mundo,

Seja a paz, a compaixão o nosso guia,

E que a memória desses anjos fecundos,

Nos conduza a um futuro de harmonia.



Neste canto fúnebre, triste e sentido,

Elevo minha voz em prece sincera,

Que o amor vença o ódio, nesse enredo,

E que a justiça se faça verdadeira.

 

Que desperte a consciência da humanidade,

Para o valor da vida, do amor e perdão.

Que o terreno satânico dê lugar à redenção,

E brilhem anjos em toda a sociedade.


Lira dos setent'anos - Por Félix Maier

 


LIRA DOS SETENT’ANOS

 

 Félix Maier

 

Poetar é preciso! Mesmo na idade avançada,

Quando a memória falha e a teimosia se robustece,

As musas todas fugiram, mas a chama ainda queima,

E na solidão de um buraco negro a alma padece.

 

Com rimas e versos, a mente é despertada,

E a poesia se torna ainda uma saída

De um mundo onde tudo parece sem vida,

Onde as palavras um dia foram faca afiada.

 

Mesmo sem sorte, sem porte, sem norte,

O poeta temporão segue em frente, delirante.

Com o teclado à mão, a mente fingindo ser forte,

Às vezes perdido, mas sempre perseverante.

 

Na idade avançada, a memória está fugindo do cérebro,

E se homiziando no notebook e no pen drive.

Mas a tecnologia pode ser um extemporâneo aliado

Para armazenar cada verso, cada artigo, cada tratado.

 

Mesmo que as musas tenham desaparecido,

Que a lira dos vinte anos tenha perdido o garrido,

Ainda há beleza na lira dos setent’anos,

E na poesia um lugar para ser acolhido.

 

Mas, ainda assim os versos anseiam,

Pelo chamado de uma alma inquieta.

E mesmo sem musas, as mãos passeiam

Pelo teclado, com a mente em voo livre.

 

Lira dos setent’anos, onde a memória cansa,

E a história de uma longa vida descansa.

Poetar é preciso! É algo que não se mede.

Pois, para escrever, nenhuma idade impede.



terça-feira, 20 de junho de 2023

Os generais e Lula - comentário sobre fala do deputado Marcel van Hattem - Por Félix Maier

Os generais e Lula - comentário sobre fala 

do deputado Marcel van Hattem

 

Félix Maier


Concordo com tudo o que o deputado Marcel van Hatten falou, exceto as bobagens ditas sobre os comandantes militares, de que não deveriam prestar continência a um bandido.

Um bandido foi eleito por golpe maroto efetuado pelo CPX STF/TSE. Isso é fato. Nem Jesus Cristo venceria esse pleito contra o ladravaz. Foi tudo armado pelos militantes petistas do STF e do TSE.

Porém, esse bandido foi eleito por 60 milhões de idiotas ou patifes e hoje é o chefe supremo das Forças Armadas do Brasil. Ponto final.

Um comandante militar não prestar continência ao célebre bandido solto seria crime de insubordinação. Seria o fim da disciplina e da honra militar.

Os generais já engoliram o sapo barbudo antes, em duas ocasiões. Depois, tiveram que engolir a perereca de bigode. Eles saberão como deglutir e depois defecar o sapo barbudo pela terceira vez.

Em tempo: para quantos bandidos os generais já tiveram que prestar continência, além de Collor e Lula?






Carpe diem - Por Félix Maier

 



Carpe diem

 

 Félix Maier 

 

No instante efêmero da vida breve,
Carpe diem, mensagem a nos guiar.
O tempo foge, rápido a nos passar.
Vivamos! antes que a parca nos leve.

O poeta Horácio, tão sábio falou,
O agora é o tesouro a desvendar,
O passado é brisa que não vai voltar,
E o futuro é sonho que se criou.
 

A vida é efêmera, passageira,
E o tempo corre sem cessar na estrada,
Não há momento igual, não há fronteira.

Então, amigo, não fique a esperar,
Aproveite o instante sem hesitar,
Pois o agora é a chance mais dourada.


Pedra bonita - Por Félix Maier

 


Pedra bonita

 

 Félix Maier 

 

No jardim da chácara, em tons de encanto,
Surgiu a pedra bonita em seu esplendor.
Um tesouro precioso, puro e sedutor,
Que enfeita a varanda com alegre espanto.
 

Cristal de rocha, reluzindo ao sol brilhante,
Guardiã de memórias, histórias e emoções.
Fascínio eterno que encanta os corações,
Testemunha de gerações fervilhantes.

Os filhos e netos, com admiração no olhar,
Fitam a pedra como um presente divinal,
Que acolhe afetos e traz paz ao lar.

Em cada fenda revela-se a sabedoria,
Uma alquimia de tempo supranatural.
Na pedra bonita, a eternidade se extasia. 

Parlenda - Por Félix Maier

 


Parlenda

 

 Félix Maier


Cadê o menino?

Cresceu e foi para São Paulo.

Cadê São Paulo?

Cresceu e criou muito operário.

Cadê o operário?

Cortou o mindinho.

Cadê o mindinho?

Pariu um sindicalista.

Cadê o sindicalista?

Foi tomar canha no Clube do Mé.

O que criou no Clube do Mé?

Criou um partido.

Cadê o partido?

Partido dos Trabalhadores.

Cadê os trabalhadores?

Viraram políticos.

Cadê os políticos?

Viraram senadores, deputados e até presidente.

Cadê o presidente?

Presidiu o Foro de São Paulo.

Cadê o Foro de São Paulo?

Uniu Cuba, Brasil, Bolívia, Equador e Venezuela.

Cadê Venezuela?

Era de Chávez, agora é de Maduro.

Cadê o Maduro?

É amigo do Ortega.

Cadê Ortega?

Tomou Nicarágua.

Cadê Nicarágua?

Virou sonho do Pau d’Agua.

Sem mindinho, o que houve com Pau d’Água?

Pau d’Água foi preso.

Por que Pau d’Água foi preso?

Porque roubou.

Pau d’Água roubou o quê?

Um triplex e um sítio.

Cadê o triplex?

Era de um amigo.

Cadê o sítio?

Era também de um amigo.

O que o Pau d’Água colocou no sítio?

Garrafas de cachaça e pedalinhos no lago.

Cadê os pedalinhos?

Eram dos netos de um amigo.

Quem comprou os pedalinhos?

Um aspone do Pau d’Água.

Quem pagou a reforma do sítio?

Um amigão do peito de Pau d’Água, a Odebrecht.

Cadê a Odebrecht?

Foi estrela do mensalão (depois, do Petrolão).

Cadê o mensalão?

Comprou deputados e senadores.

Cadê os deputados e senadores?

Continuam deputados e senadores.

Deputados e senadores fizeram o quê?

Visitaram o Pau d’Água preso em Curitiba.

Em Curitiba, para dizer o quê?

Junto com a Amante, gritar: “Bom dia, presidente!”

Que foi do presidente?

Arranjou uma namorada.

Cadê a namorada?

Se casou com o Pau d’Água.

Que houve depois com o Pau d’Água?

Foi solto e descondenado.

Descondenado por quem?

Por “7 líderes do PT no STF”.

Por que foi descondenado?

Para se tornar elegível.

Cadê Pau d’Água hoje?

É presidente, está no terceiro mandato.

Cadê o mandato?

Tem 37 ministérios.

Para que 37 ministérios?

Para arranjar DAS para a petralhada.

 

Toda essa estória é uma tragicomédia para derreter miolo de gringo.

Para os brasileiros, não é estória, é história viva, de paz e amor.

Isso é Brasil!

Fazuéli!

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Influenciador analógico - Por Félix Maier

 

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Influenciador analógico

 

Félix Maier

 

Na era digital, com seus brilhos e encantos,

Há um sujeito que se mantém nos antigos cantos,

Um ser que se recusa a ser influenciador,

A dançar e fazer caretas com olhar superior.

 

Não se importa com likes, nem com aplausos virtuais,

Pois vive a vida de forma simples, sem artifícios banais.

Não precisa de Uber, tem seu taxista de confiança,

Um amigo fiel, de histórias e risadas, uma boa lembrança.

 

Não pede comida pelo iFood, nem faz compras online.

Prefere fazer sua própria janta, com tempero caseiro e tino,

Ou comer no boteco da esquina, com amigos e calor humano,

Conversando, rindo, brindando, sem olhar para a tela de um plano.

 

Nas lojas da calçada, encontra o que precisa,

Sem necessitar de Amazon, Shopee ou qualquer outra brisa.

Gosta de ver gente, conversar com gente, ser gente,

De apreciar as diferenças, ouvir histórias, olhar no olho presente.

 

Quando vai a um restaurante com amigos em companhia,

Não fica absorto na tela do celular, em total descortesia.

Prefere ouvir as lorotas, os comentários, as histórias contadas,

Com respeito aos colegas, sem perder o brilho das risadas.

 

Para ele, a vida é real, é concreta, é palpável.

Não se deixa levar pela efemeridade do virtual, é inabalável.

Valoriza a essência, a autenticidade, o calor do olhar

E mantém-se fiel à sua forma de viver, sem se deixar influenciar.

 

Ainda que o mundo com seus botões e cliques siga digital,

O influenciador analógico encontra nas cartas seu caminho.

Em tinta no papel, currente calamo, mais do que um toque virtual,

É um canto à amada que viaja nas mãos do carteiro com carinho.

 

Enquanto muitos buscam a fama virtual e o status online,

Ele segue firme em sua autenticidade, em seu caminhar offline.

Um influenciador analógico, na contramão da era digital,

Que vive com simplicidade, realidade e beleza natural.