Lula, Lênin e o ouro de Fidel
por Ipojuca Pontes (*) em 01 de novembro de 2005
Resumo: O ditador Fidel Castro, herdeiro e mentor no Terceiro Mundo dos métodos criminosos de Lênin, tornou-se mestre na prática de propagar o vírus do socialismo totalitário, cujas evidências mais acintosas a revista “Veja” acaba de levar ao conhecimento do País.
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“Lênin não quer a ditadura do proletariado, mas uma ditadura sobre o proletariado” (Trotsky).
Em meados de outubro, em mais um tour internacional objetivando demonstrar prestígio que não tem, Luiz Inácio Lula da Silva confessou com orgulho, em Moscou, ao visitar o túmulo de Lênin, que estava realizando naquele instante um sonho longamente acalentado (embora se afirme que, pelo menos em uma outra ocasião, Lula curtiu o cadáver insepulto do mito comunista, mantido à base de uma fórmula de glicerina, álcool e produtos químicos, na folclórica tumba da Praça Vermelha).
Como Lula é um falastrão ignorante que, segundo dizem não lê nem jornal, seria importante que alguém informasse ao distinto que o mentor da Revolução de Outubro morreu de sífilis, uma doença contagiosa. Oficialmente, segundo laudo assinado por médicos instruídos por Stalin, em janeiro de 1924, a causa da morte de Lênin foi uma “arteriosclerose cerebral”. Mas, recentemente, a partir de diagnóstico estabelecido com base em exames divulgados depois da queda da URSS, uma junta constituída por psiquiatras e neurologistas não teve dúvidas em apontar a sífilis como o agente responsável pela sua (dele, lá) morte.
Com efeito, só a ação nefasta da sífilis - uma doença que leva o infectado à lenta, porém irreversível degeneração física e mental - pode explicar os monstruosos crimes praticados de forma sistêmica pelo considerado “pai da revolução socialista soviética”, cujo potencial de maldade, a partir de 1905 até a data de sua morte, transcende a qualquer dimensão já imaginada pela vilania humana sobre a face da terra.
Para aplicar o golpe de Estado sobre o Governo Provisório, em outubro de 1917, Lênin comportou-se como um autêntico patife, comandando em larga escala todo tipo de delito, entre os quais as célebres “desapropriações” (roubo), fraudes, torturas, chantagens, aliciamentos, falsificações, traições e assassinatos em profusão. Obcecado pelo poder ditatorial, não media conseqüências nem obstáculos para atingir os fins propostos e no seu gosto fanático pelo sangue, insistia com veemência: “Devemos estimular sem tréguas a energia e a natureza dos ‘tovarishchs’ (camaradas) pela violência”.
Assim, depois do assalto ao Palácio de Inverno, Lênin instalou no Estado soviético a famigerada Checa, o órgão repressor que, mais tarde, sob a tirania de Stalin, ganharia o nome de NKVD (mais tarde KGB). Com a Checa, que operava de forma clandestina sob o controle de um “jacobino firme” (Felix Dzerzhinsky, ex-presidiário, que botava o carrasco de Stalin, Béria, no chinelo), Lênin criou as bases sólidas para a implantação do “Terror Vermelho”, a devastadora prática bolchevique responsável pela fome endêmica, fuzilamento, tortura, campos de trabalho forçado, prisões e morte de milhões de camponeses, operários, soldados, burgueses e, em especial, os próprios “camaradas” caídos em desgraça.
Os métodos de tortura da Checa, aprovados com entusiasmo por Lênin, ultrapassam o imaginário de qualquer gênio inquisitorial. Um deles, muito freqüente, o “truque da luva”, consistia em mergulhar as mãos da vítima em água fervente, até que estivessem em carne viva e sangrando, quando, então, os torturadores arrancavam a pele, de preferência inteira, guardando-a como um troféu; durante os interrogatórios, costumava-se serrar os ossos do prisioneiro ou, quando não, colocá-los em barricas crivadas de pregos, roladas, em seguida, de um lado para outro; em outras ocasiões, aquecia-se uma gaiola cheia de ratos presa ao tronco do condenado; desesperados pela ação do fogo, os ratos abriam caminho pelas vísceras do suspeito.
Mas Lênin, por conta da implantação do regime comunista na Rússia e em todo o mundo, não queria apenas se apossar do corpo das vítimas. Seu objetivo era muito mais ambicioso: queria dominar a alma das pessoas. Assim, conforme registra Sokolov em “White Nights”, convocou o fisiologista I. P. Pavlov, o homem da teoria do reflexo condicionado para uma conversa particular, quando explicou ao cientista que o seu desejo era fazer com que “as massas sigam o padrão comunista de pensamento e ação”, pois, segundo ele, havia “individualismo demais na Rússia, resquício do passado burguês”, uma “tendência”, afirmava, “perniciosa que interfere nos planos da revolução socialista e que deve ser urgentemente abolida”.
(Diante da proposta do ditador, Pavlov, ele próprio vítima do “Terror Vermelho”, indagou petrificado: - “O Senhor gostaria que eu fizesse todos se comportarem do mesmo modo?”. “Exatamente” - respondeu Lênin, eufórico: “O homem pode ser corrigido, fazendo-se dele o que se quiser”. Não havia o que duvidar: o infectante revolucionário socialista queria a robotização da natureza humana para melhor escravizá-la).
No capitulo destinado à exportação da revolução comunista, que nos toca de perto, Lênin, assim como o seu auxiliar Leon Trotsky, sempre que podia não vacilava em “agir”. Repetia para os comparsas, entre palavrões cabeludos, com ênfase incontrolada (quem sabe excitado pelo espiroqueta da sífilis): - “O melhor é corromper! O melhor é corromper!”. E, passando da teoria à prática, contratou os serviços do notório “Camarada Thomas” (estabelecido em Paris), uma mistura de Zé Dirceu, Delúbio _e Valério, com livre acesso a milhões em ouro e jóias saqueadas da burguesia e dos cofres públicos para comprar futuros aliados e propagar o regime comunista em todo mundo.
O ditador Fidel Castro, outro emocionado visitante do túmulo folclórico, herdeiro e mentor no Terceiro Mundo dos métodos criminosos de Lênin - tornou-se mestre na prática de propagar (com o dinheiro saqueado do povo cubano) o vírus do socialismo totalitário, cujas evidências mais acintosas a revista “Veja” acaba de levar ao conhecimento do País, assunto que abordaremos a seguir.
(*) O autor é cineasta, jornalista, escritor e ex-Secretário Nacional da Cultura.
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