A
IGREJA CATÓLICA, OS BISPOS VERMELHOS E OS PADRES DE PASSEATA
D. Hélder Câmara, enquanto denegria o Brasil no exterior, queria receber o Nobel da Paz
“Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de 1971. Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo.
Acontecia que, nesta mesma ocasião, elementos que tinham ido para a Europa, alguns exilados, outros exilados voluntários. Organizaram um grupo em Paris [Frente Brasileira de Informações (Front Brésilien de Información)], com a missão de denegrir a imagem brasileira. Não era só criticar o governo revolucionário. Era desacreditar a imagem brasileira. O chefe desse grupo era Dom Helder Câmara, que se transferiu para Paris e chegou a se lançar candidato ao Prêmio Nobel da Paz por indicação de três governos do norte da Europa.
Diante desse fato, o presidente Médici ligou-se com o Comandante do II Exército e deu a seguinte ordem: fale com o Boilesen, chame-o ao seu quartel-general e dê a missão de levar aos governos nórdicos, inclusive o dinamarquês, onde ele tinha as suas origens, o ‘dossiê’ do Dom Helder Câmara. Mostre quem é esse padre, o que ele está fazendo, o que já fez - ex-integralista, comunista - essa ‘figura impoluta’ da Igreja. Quem chamou o Boilesen fui eu. Levei-o para a reunião. Ajudei-o a preparar o ‘dossiê’ que era trabalho de ajudante-de-ordem. Ele foi para a Europa, apresentou o documento para os três presidentes e os três países retiraram a proposta de Helder Câmara para o prêmio Nobel da paz.
De imediato, fomos informados no Brasil da ordem
dada pelo grupo de Paris: ‘Matar o Boilesen’. Eles deram a ordem se não me engano
para o Lamarca. Recebi a missão de chamar o Boilesen, de novo. Nós o ensinamos
a atirar, para a sua defesa pessoal. Foi escalado um elemento da Polícia Civil
para ser o seu segurança - motorista dele. Ele treinava no estande de tiro da
2a Divisão de Exército, no quartel do Ibirapuera. Foi-lhe recomendado cuidado.
Sabia-se que eles, os guerrilheiros, tinham ordem para matá-lo. Um dia, esse
homem vai à casa da filha, entra numa rua que era mão única, um quarteirão que,
naquele dia, havia uma feira, só dava uma passagem e a emboscada - se não me
engano foi à quinta tentativa dos guerrilheiros - foi semelhante àquelas que
fizeram para o Comandante do II Exército, nas quais caímos por duas vezes, mas
conseguimos sair.
O itinerário do Comandante do II Exército só era conhecido pelo motorista e na hora. Eram sete, oito itinerários diferentes quando ele fazia o seu deslocamento da casa para o quartel e vice-versa. O Boilesen, naquele dia, entra na rua da feira - só tinha uma passagem. Dispensou o motorista e ninguém entendeu o porquê. O motorista pediu uma dispensa e, também, não sabemos por que foi dispensado. Ele foi dirigindo. Entra na residência da filha, tira o paletó e deixa a arma em cima da mesa, fala com a filha veste o paletó e sai sem a arma. Foi emboscado na esquina com a Alameda Casa Branca. Levou dezenove tiros, quinze na cabeça. Duas senhoras que estavam na feira também foram atingidas. Assim, era São Paulo. A guerrilha urbana ali era perversa. Este fato realmente repercutiu e, por isso, nós nos envolvemos bastante nessas operações.
Os assaltos a bancos se multiplicavam, o dinheiro roubado - desapropriado, como eles diziam - era depositado até em contas particulares como a que o Marighella mantinha no exterior. Jovens sonhadores e ávidos por aventuras eram recrutados para ações noturnas de propaganda, pichando paredes. Escalados para dirigir os carros nessas horas, muitas vezes eram surpreendidos quando percebiam que a missão daquela vez era um assalto a banco. Propositadamente, o líder deixava cair no local do assalto a carteira de identidade do jovem estudante que estava no volante do carro da quadrilha e tinha sido convidado para pichar um muro e não para assaltar um banco. A surpresa maior era na manhã seguinte. Os jornais publicavam a foto do jovem agora assaltante de banco, identificado por ter ‘deixado’ cair a sua identidade. Percebendo a "armação" para envolvê-lo nas ações criminosas e sem saída, o jovem procurava a liderança que dizia: ‘sujou’, você terá que ‘esfriar’ por um tempo, ‘desaparecer’, não se preocupe, vamos levar você para o interior. E, assim, mais um estudante era levado para a guerrilha de Xambioá no sul do Pará. Envolvidos de uma maneira desleal, ardilosamente planejada para ações criminosas contra seu país, por um grupo que pretendia derrubar o governo para implantar um regime totalitário comunista que foi repudiado pelo povo, até na própria União Soviética. Esses jovens, agora com identidade falsa, desconhecida até por seus familiares. Ao enfrentarem as forças da lei nos combates travados em São Paulo e Xambioá, alguns morreram e foram enterrados com a identidade que portavam. É fácil concluir que apenas os chefes das guerrilhas, responsáveis pela troca das identidades dos jovens, hoje considerados desaparecidos, têm condições de informar o verdadeiro nome de cada um para ajudar na identificação do nome "usado na guerrilha", com o qual provavelmente foram enterrados.
Na fase mais crucial da guerrilha
de São Paulo, quando cresceram os assaltos a bancos, os sequestros, os
assassinatos de pessoas inocentes na rua como o da jovem que o Lamarca escolheu
para provar sua condição de ótimo atirador -era instrutor de tiro - e numa
atitude covarde matou-a com um tiro, logo após assaltar um banco. Com a
intensificação das ações de guerrilha em todo o País, principalmente no Rio e
São Paulo as Forças Armadas ficaram em desvantagem, alguns homens foram
abatidos, era preciso uma ação mais enérgica nos combates. Isso aconteceu no
mesmo dia da morte do Cabo de uma das equipes que, em perseguição ao "Japonês",
companheiro de Lamarca no roubo das armas do Hospital Militar de São Paulo e da
guerrilha em Registro. O Cabo morreu porque se aproximou para prender o Japonês
com a arma abaixada. Foi morto por uma rajada de metralhadora desferida pelo
Japonês através da porta do carro. Ato contínuo o comandante do II Exército,
General Humberto de Sousa Mello, determinou que eu transmitisse uma ordem ao
comandante da Operação Bandeirante (Maj Ustra), para reunir a tropa e, na
presença de todos, exigiu mais treinamento, mais atenção nas ações. Disse
ainda, "Já estou cansado de enterrar homens sob meu comando. Exijo mais
energia na execução das ações. É preciso agir de acordo com as técnicas
antiguerrilhas aprendidas. Quando sob a mira das armas dos guerrilheiros, tinham
que ser mais rápidos e atirar para matar". Eu ouvi, estava presente. O
General Humberto estava angustiado com a morte dos seus subordinados. Era um
veterano de 1930. Tinha sido Secretário de Segurança de Pernambuco. Conhecia as
técnicas dos comunistas para a tomada do Poder.
Desta maneira e neste contexto, a guerrilha começou a perder terreno até ser totalmente eliminada em São Paulo. É preciso lembrar que nesta fase, ninguém, nenhuma pessoa inocente, morreu de bala perdida nas ruas de São Paulo. A Revolução de 1964 foi vitoriosa, derrotados foram aqueles que pretendiam subjugar o povo brasileiro impondo um regime odioso marxista-leninista.
Vale lembrar que o General
Humberto, cumprida a missão em São Paulo e após uma breve passagem por
Brasília, como Ministro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, passou para a
reserva aos 66 anos, retirando-se para sua residência, no Rio. Já na primeira
semana, começou a receber ligações ameaçadoras com o seguinte teor: "Já
sabemos onde você mora, aproveite que esse é o seu último fim de semana.
Cumprimentos da guerrilha". Foram duas semanas de ameaças diárias, para o
casal. Tomou uma decisão. Iria se mudar. Seria preciso um empréstimo bancário
para a entrada num apartamento. Procurou um banco. Resposta do gerente: "O
senhor não tem renda familiar para um empréstimo". Nesta hora, ele se deu
conta da situação financeira dos militares, afinal tinha atingido o último
posto da carreira. Não desistiu, ao sair em busca de outra solução. Teve seu
carro, que era dirigido pelo seu motorista, violentamente fechado por outro,
próximo ao Canecão, na saída do Túnel Novo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A ação
foi visivelmente intencional, pretendiam fazer parar o carro do General
Humberto. Seria uma ação terrorista? Um sequestro? Com a freada brusca, o
general foi violentamente projetado sobre o painel do carro, batendo com a
cabeça. Em ação rápida, o motorista subiu na calçada, tomando a direção
contrária, conseguindo assim, fugir do local e retornando à residência. Horas
depois, o General Humberto entrava em coma com derrame cerebral vindo a falecer
no Hospital Miguel Couto onde fora internado. Era realmente o seu último fim de
semana..." (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade
Nery, Tomo 10, pg. 178-181).
Obs.:
Sobre
o assunto, leia, de minha autoria, “Frente Brasileira de Informações” - http://resistenciamilitar.blogspot.com/2015/04/frente-brasileira-de-informacoes-front.html
F. M.
Movimento
esquerdista na Igreja Católica
“Depois da guerra, entre
1950 a 1960, apareceu um movimento de tendência claramente esquerdista e
socializante nos meios católicos.
Essa influência proveio da
Universidade de Luvain, na Bélgica. Então, veio para cá grande número de padres
dominicanos formados em Luvain, e aqui difundiram o pensamento pseudocrístão,
mas de tendências claramente socialistas.
E é preciso reconhecer que
eram homens de grande cultura, como todo prestígio de terem vindo do exterior e
foram logo apoiados por vários bispos importantes aqui do Brasil,
principalmente Dom Hélder Câmara, que naquele momento gozava de um prestígio
ímpar; posteriormente foi apoiado pelo Cardeal Mota (Com Carlos Carmelo de
Vasconcelos Mota), aqui em São Paulo.
Esses elementos esquerdistas
conseguiram criar, aqui no Brasil, uma novidade, que foi a CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil). Essa CNBB se arrogou o direito de falar em nome
da Igreja e como ela era integrada por alguns poucos bispos claramente
socialistas, começou a propagar, em nome da Igreja, princípios, ideias e
concepções claramente esquerdistas.
Assim, por exemplo, quando
se desencadeou o moimento das reformas de base aqui no Brasil, por volta de
1960, todo episcopado representado pela CNBB apoiou essas reformas de base. A
maioria dos bispos não se interessava pelos assuntos e às vezes até eram
contrários às orientações esquerdistas, mas eles não eram figuras proeminentes
e não tinham o apoio da CNBB.
Então, o que é que
aconteceu? Os bispos liderados por Dom Hélder Câmara e pelo Cardeal Mota
dominaram a CNBB e espalharam pelo Brasil a noção de que a Igreja era a favor
da luta dos pobres contra os ricos, que era preciso limitar os direitos de
propriedade, que era preciso combater o ‘imperialismo americano’, que a solução
cubana era condenável por ser uma revolução ateia, mas do ponto de vista social
era muito instrutiva etc. Vários padres, entre eles o Frei Beto, começaram a
viajar para Cuba e falar nos sermões: ‘É preciso haver reformas de base no
Brasil, é preciso haver uma revolução social no Brasil, é preciso combater o
capitalismo, é preciso acabar com o imperialismo americano.’ Enfim, todas essas
teses clássicas da esquerda.
Diante desse quadro, nosso
movimento, quer dizer, o movimento Tradição, Família e Propriedade (TFP), que
foi fundado e dirigido por Plínio Corrêa de Oliveira, chamou a si a tarefa de
tentar esclarecer ao público que as reformas da base e todas as medidas de
caráter socializante não eram imposições da Igreja. Eram propostas de apenas
alguns membros proeminentes do catolicismo, mas que a Igreja como tal, em sua
doutrina, era contrária a isso. Ela sempre defendeu os princípios da
propriedade privada, da liberdade humana e sempre condenou o regime comunista.
Então, querer transformar o
Brasil num regime simpático ao comunismo era uma coisa contrária à doutrina da
Igreja. Mas isso o povo não sabia e essa tarefa a TFP decidiu assumir e se
dedicou durante mais de dez anos a tentar elucidar a opinião pública a esse
respeito.
A principal obra que a TFP
publicou, naqueles idos, foi a ‘Reforma Agrária – Questão de Consciência’, uma
crítica à primeira Lei de Reforma Agrária que houve aqui no Brasil, apresentada
em março de 1960 pelo Governo de Carvalho Pinto” (Doutor Adolpho Lindenberg,
Tomo 7, pg. 296-297).
Obs.:
Em
2010, houve o relançamento do livro, comemorando 50 anos de sua publicação
original. Pode ser baixado em pdf em https://biblioteca.ipco.org.br/downloads/reforma-agraria-questao-de-consciencia-pdf/
Quando
estudei no Seminário Santo Antônio, dos padres franciscanos, em Agudos, SP, de
1965 a 1969, um padre professor se referia à TFP como “Todos Filhos da Puta”,
provando que o esquerdismo tinha se infiltrado firme junto aos franciscanos –
assim como dentro da Editora Vozes, de Petrópolis, RJ, de propriedade dos
franciscanos, onde o expoente da Teologia da Libertação, no Brasil, ex-frei
Leonardo Boff, publicou inúmeros livros.
F.
M.
“Era
professor no Liceu Coração de Jesus, na cadeira de Sistemas Econômicos e o
Cardeal Mota tomou posse aqui em São Paulo, se não me engano, em julho ou
agosto, quase no fim do ano de 1960 ou 1961. O superior do colégio me procurou
e disse:
- Dr. Adolpho, os alunos gostam
muito do senhor, têm uma verdadeira veneração pelo senhor e lamento muito, mas
recebi ordens superiores em que o senhor precisa deixar de ensinar aqui na
faculdade.
- Não tem problema –
respondi. Estamos em outubro, falta apenas um mês de aulas; dou este mês de
aulas que falta para encerrar o ano letivo e no ano que vem não retorno mais à
faculdade.
Não comentei com os alunos e
na semana seguinte voltei para dar aula. O reitor me procurou, muito
envergonhado, e disse:
- Olhe doutro, é um
sacrifício para mim, mas tenho que dar uma informação ao senhor: a ordem dada
pelo Cardeal é de que o senhor abandone esta faculdade, já. Não pode nem acabar
o ano letivo.
Passei pelo vexame de ser
afastado de uma cadeira durante o último mês de ensino, o que, sem dúvida, era
uma violência. Nós também tínhamos editado um jornal legionário, aqui em São
Paulo, e foi a primeira coisa que o Cardeal mandou confiscar; enfim, se
seguiram perseguições de todo jeito.
Agora tivemos a sorte de ter
dois prelados que nos apoiaram muito, um foi Dom Geraldo de Proença Sigaud, que
morava em Belo Horizonte, e o outro Dom Antonio de Castro Mayer, que foi bispo
de Campos. Esses dois, o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira e mais o economista Luís
Mendonça de Freitas é que escreveram o livro ‘Reforma Agrária – Questão de
Consciência’ ” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 298).
Obs.:
Dom
Geraldo de Proença Sigaud é autor do “Catecismo Anticomunista”, que pode ser
acessado em
https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/catecismo-anticomunista-dom-geraldo-de.html
F. M.
“Aproveito para lembrar que
no dia 7 de setembro, em Pelotas, Dom Chemello – religioso de alta hierarquia
da Igreja – não quis rezar a missa da Independência, que normalmente é
celebrada, dizendo que ‘o Brasil não era um País independente’. E ele está aí,
Dom Chemello.
Essa é a parte da Igreja de
passeata, os ‘progressistas’; esses homens são deletérios, mas estão aí”
(General-de-Brigada Ruy Leal Campello – Tomo 3, pg. 75-76).
“A Igreja, em 1964, estava
do nosso lado, sem nenhuma dúvida, com raras exceções, como a de um padre que
foi preso pela Polícia do Exército, por estar à frente de um ‘grupo dos onze’,
organização criada pelo Brizola, para atuar em prol da revolução que pretendiam
realizar. Mas a Igreja, em peso, estava do nosso lado. Mudou depois, quando
para cá vieram padres estrangeiros, a maioria proveniente de um seminário na
Bélgica. Essa gente chegou mostrando claramente que se posicionava contra nós
militares.
Com eles, aparece Leonardo
Boff, com a tal Teologia da Libertação, já conhecida na Bélgica, que se volta
contra tudo que a Igreja tradicional – a Igreja Católica Apostólica Romana –
ensinara até então” (Coronel Henrique Carlos Guedes, Tomo 3, pg. 255).
“Até que um dia recebemos
ordens para construir – eu não, o Erasmo Dias, que era o Secretário de
Segurança – uma prisão especial para eles, em São Paulo. Fui procurado até por
um bispo, a mando de Dom Evaristo Arns, para examinar as condições da prisão.
Juntos, eu e o Erasmo mostramos-lhe a prisão, percorremos todas as
dependências, muito boa prisão, de muito respeito à pessoa humana, até que fiz
uma pergunta:
- Senhor bispo, nunca vi o
senhor ou qualquer outro padre rezando no túmulo do Capitão Mendes, que teve a
sua cabeça esmagada pelo Lamarca e seu bando. Por que o senhor não reza pela
alma do Capitão Mendes?
- Não, os senhor me entenda,
as nossas missas são comunitárias – respondeu.
- E quando é missa ara
comunista, é individual? – perguntei.
Ele calou-se. Então, é
preciso que a Igreja se posicione em busca de Deus e não das coisas terrenas”
(General-de-Divisão Francisco Batista Torres de Melo, Tomo 4, pg. 61-62).
“Verificamos que na própria
Igreja, Dom Eugênio Sales, que considero um santo, queria afastar todos os
padres da política; mas, do outro lado, havia um Dom Evaristo Arns, que só
celebrava missa quando morria um subversivo. Aqui mesmo, em Fortaleza, tivemos
um arcebispo que nunca celebrou missa na páscoa dos militares; por fim, havia
um padre, em Minas Gerais, cujo carro portava o adesivo OPTEI (o ‘O’ azul e o ‘PT’
vermelho), quer dizer, petista” (Tenente-Coronel Murilo Walderk Menezes de Serpa,
Tomo 4, pg. 204).
Cursilhos
da Igreja Católica
“Na Praia Vermelha, durante
o curso [ECEME], passei os anos de 1959 a 1961. Nessa época, a nossa
preocupação com o processo de comunização do País permanecia muito grande.
Acontecia em todas as áreas, principalmente no âmbito da Igreja Católica. Cito,
por exemplo, no caso, os dominicanos, que estavam sendo claramente utilizados.
Naqueles tempos em que se tornavam comuns os cursilho e coisas assim. Nas
missas, em plena homilia, entrava o programa de reforma agrária do governo,
algo desse tipo” (Coronel José Campedelli, Tomo 15, pg. 271).
“A partir de 1967 e 1968, sofreu a Igreja uma
infiltração comunista expressiva, surgindo os radicais da Teologia da
Libertação (os Boffs e os Betos), que passaram a atuar intensamente nas tais
comunidades eclesiais de base, os ‘padres de passeata’, o ‘Cardeal Vermelho’ –
Evaristo Arns, que foi, a meu ver, o principal aliado que os comunistas
contaram e contam até hoje, na Igreja, tendo abraçado, com todo empenho, não faz
muito tempo, a causa dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, cujos
crimes hediondos devem, para ele, ser perdoados porque são de natureza
ideológica, isto é, são de natureza comunista, a única ideologia que merece
perdão e louvor para Arns e seus asseclas, fanáticos defensores de
terroristas-torturadores que gostam muito mais de dinheiro do que da ideologia
comunista que alegam defender por meio de seus crimes” (General-de-Brigada
Geraldo Luiz Nery da Silva, Tomo 10, pg. 216).
Obs.:
Para
conhecer o elo dominicano com o terrorista Carlos Marighella, especialmente a
participação de Frei Betto, acesse https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/frei-betto-o-elo-dominicano-com-o.html.
F.
M.
“A Marcha da Família com
Deus pela Liberdade em São Paulo foi para nós sumamente importante, porque nos
deu uma força enorme. Pela primeira vez, vimos que a opinião pública em geral
estava a nosso favor.
A
própria Igreja participou. [entrevistador]
A Igreja também, depois é
que a Igreja virou, depois da Revolução eles sofreram infiltrações, quase todas
oriundas do exterior, e mudaram de opinião.
Eles, ao se infiltrarem na
Igreja, conseguiram arranjar os padres de passeata e os cardeais, tipo Evaristo
Arns, que gosta mais de Cuba e de sequestradores estrangeiros do que do Pai
Nosso e dos infelizes sequestrados brasileiros.
Esse tal Evaristo Arns
escrevia cartas amorosas até em tom suspeito para o Fidel Castro. Tem uma carta
ele publicada nos jornais em que ele faz uma declaração de amor ao Fidel
Castro.
Figura
irritante, a começar pela voz, fervoroso defensor de sequestradores.
[entrevistador]
E o Dom Hélder Câmara era do
Partido Integralista, sempre foi politizado, foi integralista primeiro, mas se
deu mal, pois o próprio Getúlio destruiu o integralismo; ele pulou, então, para
o Partido Comunista e vivia criticando o Lacerda. Era o divertimento desse
perigoso e vingativo elemento, sobre o qual há histórias escabrosas” (Coronel-Aviador
Gustavo Eugenio de Oliveira Borges, Tomo 10, pg. 293).
Obs.:
A
carta de Dom Paulo Evaristo Arns, para Fidel Castro (“Queridíssimo Fidel”) pode
ser lida em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/queridissimo-fidel-carta-de-dom-paulo.html.
F.
M.
Catecismo
comunista dos padres salesianos
“As ações no campo militar
foram adequadas, mas não surtiram a eficácia desejada. O terrorismo nos demais
campos do Poder não foi combatido, ao contrário, os métodos empregados foram
totalmente ineficientes. Para que se tenha uma rápida ideia do que afirmo, até
catecismo subversivo foi distribuído pelos padres salesianos às crianças
católicas” (General-de-Brigada Arlênio Souza da Costa, Tomo 13, pg. 171).
PUC
de Dom Arns: Templo da Subversão
“O episódio de 22 de
setembro de 1977, conhecido como da ‘PUC’ (Pontifícia Universidade Católica),
foi a última manifestação de desobediência civil, após cerca de uma dezena de
manifestações semelhantes. (...)
(...)
O episódio da PUC, como se
disse, após mais de uma dezena de tratativas frustradas pelo Movimento
Estudantil, foi planejada dentro de outras características e circunstâncias,
sob o resguardo do local bafejado pela ‘proteção magnífica de Dom Paulo
Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo de São Paulo’. A PUC tornou-se o pretenso
bastião intocável e seguro de toda atividade de desobediência civil, que tinha
como objetivo capital proporcionar, com sucesso, a realização de Congresso da
UNE, que até então não tinham conseguido em outros locais. O próprio Centro
Acadêmico da PUC era sede de toda a ‘imprensa’ do movimento, tudo sob a guarda
da Pontifícia Universidade Católica, transformada ‘templo da subversão’ sob
pretenso manto de ‘templo da religião’ ” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7,
pg. 147).
“Na época da eclosão do
movimento que depôs o Jango, diria, que quase toda a Igreja voltara-se contra o
processo de comunização do País, conduzido pelo próprio Governo, apoiando e
participando das Marchas da Família com Deus pela Liberdade.
Depois, é que a Igreja
começou a sofrer influência do movimento comunista internacional, que se
infiltrou nos seminários, transformando boa parcela do clero em adversária da
Revolução de 1964.
Ficamos com o grupo dos
conservadores, que se opunha a tal igreja progressista entre aspas, adepta da
teologia da libertação, de Leonardo Boff, ligada ao regime de Cuba, aos
terroristas e sequestradores, representada, no Brasil, por Evaristo Arns, ‘Frei
Betto’, o próprio Boff e outros.
O Evaristo Arns vem
demonstrando, até os dias de hoje, um carinho especial pelos sequestradores,
principalmente os estrangeiros, como os do Abílio Diniz, alegando que se
tratava de um sequestro político. Chamá-lo de cardeal é até uma ofensa à
Igreja!
Essa Igreja, que se
intitulava progressista, fez oposição à Revolução, assim como vários
intelectuais, pseudo-intelectuais e a maioria dos artistas. Não conseguimos
trazê-los para nós. Eles foram absorvidos pelo movimento comunista
internacional – o MCI – como o Vandré...” (Coronel Hamilton Otero Sanches, Tomo
9, pg. 341-342).
“Nacionalizando
os bispos”
“Fui presidente da Comissão
de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que me ensejou conseguir junto ao
Ministro do Exército uma visita de estudos com um grupo de deputados federais à
Amazônia.
(...)
Um episódio marcante merece
ser relembrado. A existência de ‘religiões’ de vários matizes na Amazônia tem
sido discutida, seja no problema indígena, na questão de sua ‘internacionalização’,
e no ‘esquerdismo’ do problema da terra.
O General Leônidas, então
Comandante da Amazônia, realizou para a comitiva uma palestra reservada sobre
esses problemas. Tendo sido, como Coronel, Adido Militar na Colômbia,
informou-nos de que naquele país, para evitar a influência religiosa
estrangeira, ‘nacionalizaram os bispos da Igreja’, sugerindo que fizéssemos o
mesmo. De pronto, encampei a ideia e, quando em Brasília, apresentei uma emenda
a Projeto de Lei tramitando na Câmara dos Deputados, ‘nacionalizando os
bispos’. Era sabido o falto de que certos bispos naquela área eram
estrangeiros, defensores de ‘filosofias do progressismo esquerdista’, outros da
‘doutrina de internacionalização da Amazônia’ e da famigerada tese da ‘ocupação
da terra’.
Certo dia, o Presidente
Figueiredo me interpelou, demonstrando a situação difícil e indesejável da
minha emenda, que já vinha sofrendo críticas severas dos bispos ‘esquerdistas’.
Não tive condições de continuar a defender a proposta e, dada a insistência do
Presidente, retirei minha emenda” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg.
152-153).
A
CNBB em 1964, segundo o New York Times
“No dia 26 de maio de 1964,
um grupo de bispos elogiou a Revolução: ‘as Forças Armadas intervieram a tempo
de impedir a implantação de um regime bolchevista no País’.
Naturalmente, esse grupo de
bispos era uma parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nessa
época, segundo o New York Times, dentre os seus duzentos e quarenta membros,
havia a seguinte distribuição: cerca de cinquenta conservadores, mais ou menos
quarenta radicais de esquerda e mais cento e cinquenta moderados.
Ao mesmo tempo que o
Presidente se dava muito bem com o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, vamos
dizer assim, a Igreja encontrava-se dividida em três correntes.
Na chamada corrente
progressista, despontava Dom Helder Câmara. Os conservadores tinham como figura
mais expressiva Dom Geraldo Sigaud, de Diamantina, e entre os moderados
destacavam-se Dom Eugênio Salles e o próprio Dom Jaime.
A maioria da Igreja,
notadamente a hierarquia, em sua maior expressão, no seu maior contexto,
mostrava-se favorável à revolução; os católicos mais jovens mostravam-se
perplexos e já começavam a criar uma série de organizações, dentre as quais a
Ação Católica Brasileira e a Ação Popular; movimentos de padres.
Daí nasceram dois braços
muito conhecidos: Juventude Estudantil Católica (JUC) e Juventude Operária
Católica (JOC)” (General-de-Brigada Danilo Venturini, Tomo 15, pg. 158-159).
Geisel
gostava da companhia de um bispo vermelho...
“Em 1978, como Chefe do
Estado-Maior da 23ª. Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá/PA, fui proibido
de comparecer ao aeroporto para recepcionar o Presidente Geisel. Ele contava
com a presença do bispo ‘comunistóide’ da diocese, se não me engano Dom Alano;
está esperando por ele até hoje. A 23ª. Brigada era secundária...”
(General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 59).
“Em
Cima da Hora - A Conquista Sem Guerra”
“Na Marcha da Família com
Deus pela Liberdade, que tinha à sua frente padres, freiras, irmãs etc. E
depois, por que é que virou? Virou por vários motivos, sendo um deles pelo
fato, ocorrido um pouco mais tarde, de ascensão a posições de mando, na cúpula
da Igreja, de figuras que foram especialmente preparadas, desde a sua entrada
nos seminários, para mudar os rumos ideológicos das religiões. Assim como nos
partidos comunistas, orientados pelo PCUS –Partido Comunista da União
Soviética. Esta realidade é contada, de maneira maravilhosa,, num grande livro,
que para mim ainda é o ‘grande manual’, escrito pela socialista francesa,
falecida há alguns anos, Suzane Labin, chamado ‘Em Cima da Hora’, onde ela, com
conhecimento de causa, mostra a forma de atuarem os comunistas”
(General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 40).
Obs.
Uma
resenha do livro “Em Cima da Hora – A Conquista Sem Guerra”, de Suzane Labin,
traduzido por Carlos Lacerda, pode ser vista em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/livro-em-cima-da-hora-de-suzanne-labin.html.
F.
M.
O
padre Alípio de Freitas
“A agitação comunista era
permanente. Inclusive, foi quando ocorreu a visita do célebre Padre Alípio de
Freitas, português, comunista violento, que fazia a pregação ostensiva da
invasão de terras. A própria área de exercícios do Exército, Sicã [no RS],
esteve ameaçada e tivemos que tomar providências para protegê-la” (Coronel José
Campedelli, Tomo 15, pg. 275).
“O Comandante do 15º. RI, assim
que soube da eclosão do Movimento, em Minas Gerais, comandado pelo General
Olympio Mourão Filho, reuniu os oficiais e disse que, a partir daquele momento,
o Regimento estava em estado revolucionário e, ainda, perguntou quais os
oficiais que aderiam ao Movimento.
Somente dois oficiais
ficaram a favor do governo: um capitão comandante de Companhia e o veterinário.
O comandante, de imediato, deu ordem de prisão a eles.
Passado o impacto inicial,
começaram a aparecer os comícios dirigidos por organizações esquerdistas; para
um deles veio o conhecido subversivo Padre Alípio de Freitas, que seria um dos
oradores do comício na Praça 1817, em João Pessoa.
Ele era padre mesmo e era
português, se não me engano.
O coronel convocou a equipe
de segurança para prendê-lo.
Terminado o comício, o Padre
Alípio e alguns dirigentes da esquerda foram para um restaurante próximo da
praça; o Coronel D’Ávila Mello entrou comigo, com o Tenente R/2 Protásio e dois
sargentos da 2ª. Seção e, dirigindo-se à mesa onde estavam os dirigentes
esquerdistas, deu voz de prisão ao Padre Alípio.
Os esquerdistas tentaram
levantar-se, mas o padre pediu que eles permanecessem quietos.
Ele
foi recolhido ao quartel e posteriormente seguiu para o Sul.
“Em
20 de março [1964], o Comandante da 1ª./23º. RI, de Tubarão – SC, informou a
realização de comícios nas cidades de Araranguá e Criciúma, tendo como um dos
oradores o Padre Alípio de Freitas, e que tinha havido tiroteio”
(General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 8, pg. 111).
Obs.:
O
Padre Alípio é considerado o autor intelectual do atentado terrorista no
Aeroporto dos Guararapes, em 1966, quando foram assassinados um almirante e um
jornalista, e 15 pessoas ficaram gravemente feridas. Pela sua ação anticristã,
foi indenizado em mais de R$ 1 milhão pela comissão dos desaparecidos e
aparecidos, criada no governo FHC.
Veja
mais sobre “O Bem-aventurado Alípio” em http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2012/11/lula-e-fonteles-historia-nas-maos-de-um.html.
F.
M.
O
padre e a menina
“Da parte do clero,
observava-se o começo da ideologização, intensificada mais tarde.
Lembro-me até de um fato.
Havia um padre, professor da Escola de Filosofia [em Caxias do Sul, RS], que
causava grandes problemas por suas tendências esquerdistas. Conseguimos nos
livrar dele, simplesmente porque, depois de 1964, se estabeleceu barreiras nas
estradas para o Rio de Janeiro. Ali passava a BR-116 e, certo dia, um cabo, com
uma metralhadora, mandou parar um fusca que não obedeceu. Felizmente, o cabo
não feriu ninguém, mas fez o Fusca parar. Esse padre estava dentro do carro.
Desceu do mesmo uma menina, estudante, semidespida. Aí, o cabo, muito vivo,
fotografou. Depois, não tomei mais conhecimento, por ser problema do Comando.
Parece que essa fotografia foi mostrada para o Bispo, que disse: ‘Tira esse
cara daqui’. E acabou o problema (Tenente-Coronel Ivan Pontes Laydner, Tomo 5,
pg. 304).
Capucho
vermelho
“Movimento sindical não
havia [em Ijuí, RS], mas existia uma universidade dos padres capuchinhos que,
naquela ocasião – comentávamos muito no quartel – atuava como se fosse um
sindicato. Defendiam tremendamente a esquerda e o golpe de esquerda. Depois,
prestei vestibular para essa Universidade, fiz um período de filosofia,
confirmando que era mesmo de esquerda e conduzida pelos padres capuchinhos”
(Coronel Antônio Oswaldo de Mello Carneiro Lacerda, Tomo 6, pg. 203).
F. Maier
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