MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Estratégia das tesouras - por Wesley Lima

Estratégia das tesouras

Lula e FHC

Esta “Estratégia das Tesouras” na dialética de Hegel e Marx (para não se falar da astúcia de Lênin e das sutilizas de Gramsci) intenta, usa e cria em jogar com as contradições não somente no plano teórico, mas no de ação prática para se atingir um objetivo que no caso seria a conquista e permanência no poder.

Lênin sempre falou e praticou esta política da “Estratégia das Tesouras”. Que consistia em ter dois partidos comunistas sempre dominando o cenário político, midiático, econômico e social do país. Um com viés autoritário/estatal, por exemplo, e o outro ou com viés mais ameno ou democrático/apaziguador. O líder comunista Josef Stalin, que governou a União Soviética de 1920 até a sua morte em 1953 continuou a prática.

A “Estratégia da Tesoura”, portanto, consiste num diversionismo, onde a briga (pseudo-brigas e falsas discórdias) entre dois partidos de esquerda polariza o eleitorado, fazendo com que saiam de cena, empurrados pelos holofotes tão somente na esquerda, os verdadeiros partidos de oposição liberais ou conservadores, reduzido-os a meros espectadores, quando não a uma existência vegetativa. Essa ilusão engana sem resistência o eleitorado que pensa estar havendo uma real disputa política e de que realmente possui opções distintas de escolha para as urnas.

Embora milhões de pessoas hoje no Brasil desejem um partido à direita do espectro ideológico que as representem, persiste uma lacuna nesse espaço, pois que é viciada com esquerdismo. Notem que ambos defendem inúmeras bandeiras ou causas semelhantes, ambos não atacam estranhamente os mesmos determinados perenes problemas e que ambos recebem dinheiro para suas campanhas das mesmas fontes. Em verdade, existe alguma esperança de real mudança para melhor ?

É nítida esta estratégia no Brasil. Essa política é levada a cabo ora pelo PT e pelo PSDB (observem que ambos fingem ser oposição e inimigos, mas na essência são iguais), ora pelo PT com o PSOL, agora mais recentemente PT com PSB de Eduardo Campos e Marina, ambos saídos do PT ou base aliada governista, e assim sucessivamente. As diferenças que existem são no verniz e não na essência, como no caso cultural entre FHC, sociólogo, com o retirante nordestino Lula, mas ideologicamente (a base) não há diferença alguma entre eles.Isso é a “Estratégia da Tesoura”, mais do mesmo.

Também pode, e é aplicada, em nível continental e/ou global.

Fonte: https://dunapress.org/2019/06/05/estrategia-das-tesouras/


XXXXXXXXXXX

Ainda:

Cavalo de Troia Imagem: Jota Info


Da Estratégia Das Tesouras Ao Cavalo De Tróia

Olavo de Carvalho vem alertando há tempos sobre a estratégia utilizada por PT e PSDB para manter o domínio do debate político no país. Essa estratégia seria conhecida como a “estratégia das tesouras”. O professor Olavo mostra que a sua origem estaria em Hegel, que afirmava não ser possível criar um movimento histórico através de uma influência linear. Existiria então a necessidade de no mínimo duas forças em disputa e o movimento teria que controlar as duas; o objetivo, obviamente, seria a conquista e a permanência no poder.

A “estratégia das tesouras”

Assim, o movimento revolucionário desde sempre se divide para criar a falsa ilusão de dois ou mais movimentos; isso faz parte de sua estratégia de crescimento. Lênin foi quem colocou em prática essa estratégia e a esquerda em geral sempre se utilizou dela. No Brasil, principalmente nas décadas de 1960 e 1970, enquanto a esquerda armada era reprimida pelos militares, a esquerda desarmada ocupava espaços que foram fundamentais para a sua sobrevivência e posterior domínio no campo ideológico, político e cultural. Dividindo e conquistando.

A ideia é criar duas forças, dois partidos comunistas, por exemplo, monopolizando o debate político e social do país. Um partido teria um viés mais radical ou “autoritário” e o outro mais moderado ou “democrático”; uma falsa dicotomia, onde os dois partidos dividem e polarizam os eleitores, não deixando espaço para uma oposição legítima. Os eleitores, por sua vez, acreditam na existência de uma disputa política verdadeira e que realmente possuem diferentes opções de escolha nas urnas.

Fácil perceber a utilização desta estratégia no Brasil; basta ver as origens em comum de PT e PSDB, no mesmo grupo de intelectuais comunistas da USP: Paul Singer, Fernando Henrique Cardoso, José Aníbal, entre outros. José Aníbal, inclusive, foi um dos fundadores do PT e posteriormente presidente nacional do PSDB. São partidos que fingem oposição e rivalidade, mas possuem mais semelhanças que diferenças. Além da origem em comum citada, ideologicamente não há diferença alguma entre eles. São definitivamente de esquerda; progressistas.

A estratégia era mostrar que o PT sempre esteve ligado à esquerda, ou seja, seria um partido representante de uma esquerda mais “radical”; já o PSDB se vendia como sendo de “centro”, ou “centro-esquerda”; enfim, um partido “moderado”. Pior ainda: para alguns desavisados, o PSDB era a “direita”. A mesma estratégia pode ser vista entre PT e PSOL, ou PT e PSB, por exemplo. Os “arranjos” e “combinações” dos discursos e principalmente os debates nas últimas eleições, além das propostas em comum, deixaram bem claro se tratar, mais uma vez, da “estratégia das tesouras”.

Se não existisse o candidato Jair Bolsonaro, quais teriam sido as nossas opções? Dificilmente teríamos escapado da falsa dicotomia PT x PSDB. Teríamos que escolher entre Fernando Haddad (um radical disfarçado de moderado) e Alckmin, o “picolé de chuchu” da moderação.

O “cavalo de Tróia” da direita

O PSDB era a nossa “direita permitida”. Entretanto, pedimos ao leitor cuidado; parece que outras direitas permitidas estão surgindo por aí. Uma “pseudodireita”, representada por movimentos que há pouco afirmavam que as manifestações do fim de Maio deveriam ser boicotadas, pois seriam manifestações a favor do fechamento do Congresso e do STF; os mesmos movimentos cujos integrantes (políticos) se fingem de mortos e não se posicionam, por exemplo, contra a atual narrativa do artigo 142, extremamente prejudicial ao presidente eleito. Movimentos onde seus principais integrantes e líderes políticos se notabilizam por severas críticas ao governo e constantemente se opõem às decisões e políticas implementadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

A estratégia das tesouras parece ter sido temporariamente e propositalmente abandonada. Na guerra política e cultural que estamos vivendo, a estratégia agora parece ser utilizar a “direita permitida” como um “Cavalo de Troia”. É descuidarmos e a verdadeira direita, vitoriosa nas urnas, será destruída de dentro pra fora. Esse Cavalo de Troia não quer ouvir as ruas; quer apenas manipular os eleitores e garantir o seu voto.

Antônio Carlos
Mestre em Geografia – Tratamento da Informação Espacial, pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Colaborador e um dos fundadores do Articulação Conservadora.




XXXXXXXXXXXX


A verdadeira estratégia das tesouras – o caso Dilma X PT

Nenhum comentário:

Postar um comentário