MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 19 de maio de 2020

A Grande Farsa de Caco Barcellos, por Coronel José Luis Sávio Costa

Preâmbulo

José Luis Sávio Costa é coronel reformado do Exército. Foi Oficial de Inteligência e, por um tempo, articulista do site Mídia Sem Máscara, criado pelo professor, escritor, filósofo e pensador brasileiro Olavo de Carvalho, em 2002.

Por seu trabalho de desinformação e mentiras, Caco Barcellos recebeu os prêmios Embratel e Líbero Badaró. 

É assim que a História do Brasil é contada todo dia, principalmente em nossas escolas. 

É assim que a História do Brasil será deturpada pela Comissão Nacional da Verdade, o Pravda tupiniquim. 

Pravda, em russo, significa "verdade"...

Félix Maier


Retorno à Grande Farsa

Escrito por José Luis Sávio Costa - 15 Março 2005

Introdução

Jornal Nacional - A notícia faz história

Um projeto da Central Globo de Comunicação, baseado em cinco anos de pesquisa no acervo “Memória Globo”, resultou no livro intitulado Jornal Nacional, com o subtítulo, A notícia faz história, editada por Jorge ZAHAR editor, em 2004. A obra avultada é de esmerado acabamento e tem dois trechos que, em particular, interessam por apelar para postulados éticos e morais da boa imprensa, objetivos perseguidos por Irineu Marinho e Roberto Marinho, patriarcas das Organizações Globo que, como nossos pais, admirávamos.

Primeiro Trecho

“Prefácio: A pura verdade” (Páginas 11, 12 e 13)
“Por João Roberto Marinho, Vice-Presidente das Organizações Globo e presidente do Conselho Editorial.”
(...)
“Quando o leitor virar a última página, esperamos que ele tenha a mesma certeza diária que tem ao terminar de assistir ao Jornal Nacional: a de que o que acabou de ler, goste-se ou não, é a pura verdade”. (último parágrafo do prefácio de João Roberto Marinho, página 13). Observação: o vocábulo ler foi mantido, para respeitar o texto.

Segundo Trecho

“O público acostumado com a qualidade do jornalismo que o Jornal Nacional pratica, vai reconhecer aqui o mesmo grau de franqueza, isenção e objetividade no tratamento dos temas”. (último parágrafo do texto inserido na orelha da contra-capa, logo acima dos três asteriscos, de provável responsabilidade da Central Globo de Comunicação).
Pena que a obra seja maculada por matérias que pessoas do porte dos senhores Irineu e Roberto Marinho, fundadores das Organizações, por certo não aprovariam, caso tivessem pleno conhecimento dos deslizes que as desviou das características que marcaram seus patriarcas e que o Jornal Nacional mais deveria honrar – e não honrou -, em episódios de triste memória: a franqueza, a isenção, a objetividade no tratamento do tema e, acima de tudo, a verdade.
Nas páginas 326, 330 e 331 está publicado, de forma sintética e com vários deslizes, um texto sobre a matéria que denominamos a “Grande Farsa”, e que foi difundida pela TV Globo em 2001, com o título Recontando os Mortos da Repressão, agora denominada a História Recontada. O texto atual apresenta um teor diferente do original, pois transpira considerações do repórter e da editoria sobre a matéria Recontando os Mortos da Repressão, atualmente A História Recontada.

A reportagem Recontando os Mortos da Repressão difundida em 2001, após uma chamada de impacto no Fantástico de 1º de abril, Dia da Mentira, foi ao ar nos dias 02 e 03 de abril subseqüentes – resultando na “Grande Farsa”.
A reportagem deu ao autor e à TV Globo, em 21 de setembro de 2001, o Prêmio Embratel de Jornalismo e o Prêmio Líbero Badaró na categoria “Reportagem para Televisão”. O troféu deslustra a memória de Libero Badaró e enxovalha os jurados e juízes do concurso, no qual o repórter ainda recebeu o prêmio Destaque do Ano. Ocorreu em 21 de setembro de 2001: o endeusamento da farsa, a entronização da mentira e a coroação da hipocrisia.

Em 2001 e agora, pelos mesmos motivos, não posso e não devo assistir impassível e omisso, como tantos outros, a desfaçatez com que agem certos profissionais da imprensa e repórteres investigativos, alguns oriundos da imprensa alternativa, no caso do Caco Barcellos das redações da revista alternativa Versus e dos jornais alternativos Movimento Coojornal, influenciado pelas suas confessadas idéias “progressistas”.

Este tipo de profissionais, abrigados e tutelados nas Organizações Globo e em outras organizações da mídia, desempenham a função de “intelectuais orgânicos”, impulsionados por suas distorcidas formações ideológicas ou por resquício de revanchismo anti-militarista inesgotável e inconseqüente.
Nem se fale nas distorções e conseqüências que envolveram a obra Abusado e o controverso destino do marginal “Juliano VP”.

Em 2001 escrevi o artigo a “Grande Farsa”, respondendo, ponto por ponto, a reportagem “Recontando os Mortos da Repressão”, difundida pela TV Globo nos primeiros dias de abril e o artigo “Endeusamento da Farsa, Entronização da Mentira e Coroação da Hipocrisia”, protestando contra a vergonhosa concessão do Premio Embratel de Telejornalismo e Premio Libero Badaró patrocinados pela Embratel ao autor da reportagem e à TV Globo. Na oportunidade prestava colaboração para a ONG Ternuma - Terrorismo Nunca Mais -, com a qual, até pouco tempo, colaborei com imenso prazer.

Agora, despido de qualquer cobertura volto a replicar o inconseqüente repisar na matéria que afronta a meu ver o Exército - a instituição nacional permanente - que por quatro gerações minha família serviu e cujo passado se confunde com o da nacionalidade brasileira.

Não sou movido pela pálida resposta que extravasou do Informex Nº 010, de 11 de abril de 2001, pois afinal de contas o Informex afirma que não opina (apesar do seu item 3), não especula (idem) e não explora situações da mídia (sic) porém, aguardamos pacientes, eu e muitos outros, o desenlace previsto no seu item 4 e o resultado do acurado estudo que seria procedido.

Muitos fatos foram mostrados e analisados em meus artigos sobre o assunto. O tal estudo poderia tê-los aperfeiçoado e aprofundado, criando firme argumentação para evitar a concessão dos Prêmios Embratel e Líbero Badaró, de 21/10/2001, concedidos a uma reportagem que achincalhou a imagem da Força Terrestre, não ajudando em nada a tão apregoada convivência dos contrários.

Já mostramos o uso de documento do serviço militar (da 6ª CSM/10ª DSM), adulterado, usado pelo ex-Soldado Valdemar Martins de Oliveira, e citado de forma vaga pela reportagem. Além disto pesa sobre o ex-soldado risco de vida, estando ameaçado de morte e tendo pedido apoio ao Programa Estadual de Proteção à Testemunha, conforme alardeado na página 331, da obra Jornal Nacional – A Not&i acute;cia faz história .

Não se descarte a possibilidade de uma ação contra o senhor Valdemar Martins de Oliveira com suas conseqüências previsíveis no clima atual em que vivemos, de revanchismo e anti-militarismo radical de certos indivíduos, inclusive com curso no exterior, em Cuba, por exemplo.

Uma resposta detalhada impõe em grande parte a repetição dos artigos:

- “Grande Farsa”; e
- “Endeusamento da Farsa, Entronização da Mentira e Coroação da Hipocrisia”, escoimadas de algumas impropriedades, além de considerações de respeitados jornalistas sobre o assunto, num total de mais de vinte páginas, o que seria cansativa repetição.

Do exposto, lanço um repto ao senhor Caco Barcellos e à Central de Jornalismo da TV Globo: tentem rebater todos os ítens contrários às levianas e falsas acusações feitas em Recontando os Mortos da Repressão, agora denominada História Recontada, que reapresentarei numa série de artigos com base na Grande Farsa e novas análises.

Notas:

Anexo – Cópia do Informex Nº 10, de 11 de abril de 2001

*A PALAVRA OFICIAL DO EXÉRCITO*
INFORMEX NR 010 - DE 11 DE ABRIL DE 2001
DIFUSÃO: TODOS OS MILITARES

1. O programa “Jornal Nacional”, da Rede Globo de Televisão, veiculou matéria, nos dias 02, 03 e 04 de abril do corrente ano, baseando-se em depoimentos do ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira sobre suposto envolvimento de militares em ações contra subversivos. Como ocorre anualmente à época em que o Brasil relembra a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964, a reportagem tomou a forma de campanha difamatória em relação às Forças Armadas, especialmente contra o Exército. Afirmou o ex-soldado que, cumprindo ordens superiores, havia tomado parte de missões de Inteligência. Numa dessas ocasiões, disse ter testemunhado a eliminação de um casal de terroristas supostamente ligados ao assassinato de um oficial norte-americano e em função deste fato e outras ocorrências de que participou, foi obrigado a se manter afastado da Instituição, por longo tempo.

- foi incorporado ao 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (27º BI Pqdt) em 15 de janeiro de 1968, tendo consumado o crime de deserção em 11 de setembro daquele ano, data em que foi lavrado o Termo de Deserção;
INFORMAR E ESCLARECER É DEVER DO COMANDO

- em 29 de setembro de 1998, o Juiz-Auditor da 2ª Auditoria da 1ª Circunscrição da Justiça Militar decretou a extinção da punibilidade do desertor, pela prescrição da pena e devido ao fato de, na data da apresentação, já possuir mais de 45 anos de idade;

- Valdemar foi licenciado das fileiras do Exército a 26 de julho daquele ano, depois de cumpridas todas as medidas administrativas cabíveis, negando-se, contudo, a assinar o Certificado de Reservista.

4. O Sr. Comandante do Exército, ao tomar conhecimento da veiculação das reportagens, determinou um acurado estudo dos fatos nelas narrados em virtude de terem se baseado em depoimentos, não comprovados, de um homem que traz em seu passado uma história de deserção.
Gen Div LUIZ CESÁRIO DA SILVEIRA FILHO

Retorno à Grande Farsa - 1

Escrito por José Luis Sávio Costa 28 Março 2005

Fantástico da TV Globo, em chamada de grande impacto, os telespectadores foram apresentados a Waldemar Martins de Oliveira, ex-soldado e desertor do Exército Brasileiro, denunciante voluntário ou induzido de mais um suposto crime da "ditadura", praticado por militares da Força Terrestre nos idos de 1968. A denúncia apurada, segundo a TV Globo, com exaustiva investigação, pelo jornalista Caco Barcellos durante um ano de “estafantes” trabalhos, foi detalhada em reportagens no “Jornal Nacional” dos dias 02 e 03 de abril, relatando:
- a prisão, no Rio de Janeiro/RJ, de Catarina Helena Abi–Eçab e seu companheiro João Antônio Abi–Eçab, pertencentes aos quadros da organização terrorista Agrupamento Comunista de S. Paulo (AC/SP, depois Ação Libertadora Nacional - ALN) que teriam participado do assassinato, em 12 de outubro de 1968, do capitão norte-americano Rodney Chandler que, à época, era estudante da Universidade do Estado de S. Paulo (USP);
- o seqüestro do casal, conduzido para a floresta da Tijuca;
- a tortura do casal, neste local;
- a condução do casal para a casa de um Coronel do Exército, em S. J. do Merití;
- a execução de Catarina Helena e João Antônio, pelo Chefe da Equipe que os conduzira para aquela região, o qual teria executado o casal com disparos de arma de fogo nas suas cabeças;
- o sepultamento do casal numa vala em local ermo, hoje ocupado por um super mercado, na região de S. J. do Merití; e
- a montagem, por pessoal do Exército, de um “acidente” no Km 69 da rodovia Três Rios – Vassouras/RJ, em 08 de novembro de 1968, com a "morte" do casal, para dissimular a suposta execução ocorrida anteriormente em S. J. do Merití (70 km do local do acidente).
As ações, conforme a denúncia, teriam sido praticadas por militares do Exército, não ficando explícito se componentes de uma ou mais equipes ou grupos.
e o orifício de arma de fogo que também deveria existir em sua ossada craniana... Apenas a estranha afirmação de que, procuradas as famílias, a de Catarina Helena Abi-Eçab (em solteira Catarina Helena Xavier Ferreira) concordou com a exumação. De João Antônio Abi-Eçab, simplesmente nada...
O repórter Caco Barcelos conseguiu mobilizar um sem-número de recursos, ironicamente da própria USP, no sentido de tentar provar, mediante exames residuais de alta complexidade, que a lesão mostrada no crânio examinado havia sido realmente resultante de perfuração por projétil de arma de fogo. Técnicos ouvidos pela reportagem não hesitaram em confirmar essa hipótese.
O legista Carlos Delmonte, da USP, "reconstruiu a ossada" (sic) e concentrou a análise na lesão do crânio, tendo ele e o chefe de laboratório da USP, Isac Jamil Saieg, que examinou a lesão do crânio com o espectrômetro, chegado à conclusão de que seus achados eram incompatíveis com acidente, pois a presença de chumbo evidenciava um disparo sendo, segundo ele, prova científica conclusiva.
Objetamos... Desde que o crânio fosse o de Catarina; não houvesse a possibilidade de manipular a ossada, em traslado(s) pretérito(s); não existisse a possibilidade de uma detonação de explosivos que, segundo a versão de uma ONG o casal transportava, na ocasião do acidente; e não houvesse fortes testemunhos de outra versão, a de acidente, que os doutos “uspianos” ignoravam, ou não tomaram conhecimento.
Há exame anterior da ossada craniana de Catarina Helena, realizada no IML de Vassouras/RJ, na madrugada de 08 para 09, ou 09 de novembro de 1968, não mencionado. Muito há para esclarecer neste episódio nebuloso.
sobre o Senhor Valdemar Martins de Oliveira
Sobre este "recruta" Valdemar, cabem algumas considerações que o repórter não pode ou não quis obter. Julgamos que se ele tivesse procurado as autoridades militares e outras fontes para os "graves" fatos obtidos e os objetivos da reportagem, teria as respostas que evitariam esta palhaçada. Parece que o repórter não aprofundou seus dados por não ter interesse em ser isento – em relação ao Exército e aos militares em geral – e estar seduzido por uma ótica peculiar que, no fundo, só prejudica a Nação. Vejamos:
- Valdemar Martins de Oliveira sentou praça em 15 de janeiro de 1968, incorporado no estado efetivo do 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista;
- após sua incorporação, inquestionavelmente o recruta Waldemar submeteu-se à Instrução Básica Individual (fevereiro e março); ao Treinamento Básico Aeroterrestre (abril); ao Curso de Formação de Soldado (maio e junho); e estágios peculiares à formação do soldado pára-quedista (julho ou julho e agosto de 1968);
- o recruta Waldemar consumou a deserção, em 11 de setembro de 1968 sendo, ainda, um soldado do efetivo variável (EV) e deixando de receber remuneração a partir desse mês (setembro de 1968);
- o desertor Waldemar Martins de Oliveira deixou de ser excluído do estado efetivo, do 27° Batalhão Pára-quedista por erro administrativo, fato que, a nosso ver, não o exime do crime de deserção praticado e o coloca com elevado grau de risco para as operações de informações, tecnicamente falando;
- o desertor Waldemar Martins de Oliveira não apresentou nenhuma comprovação de remuneração efetuada, pela prestação de seus serviços, após setembro de 1968, por qualquer organização militar ou órgão ligado ao Governo Federal. Trabalhou de graça ou é ator participante de uma farsa, manipulado a posteriori, por diligente repórter anti-militarista?
Com base somente nestes dados, que podem ser verificados pelas folhas de alterações militares do Waldemar e por via investigativa, caso se deseje, podemos afirmar que, naquela época, não temos ciência de qualquer registro de soldado recruta atuante na área de Operações de Informações (na atualidade Operações de Inteligência). Somente oficiais e graduados podiam e podem exercer estas atividades e, de preferência, deveriam e devem possuir curso que os capacite à atividade (Curso de Especialização de Informações do Centro de Estudos de Pessoal, CEP, naquela época).
A reportagem deu ênfase a um documento que estava de posse de Waldemar, o qual atestaria sua condição de vinculação ao Exército, podendo exercer as atividades de Informações. Fraude e mentira!
O Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI), de Nº 382671-J, foi concedido pela 10ª Delegacia do Serviço Militar, Marília/SP, subordinada a 6ª CSM (Circunscrição do Serviço Militar) de Bauru/SP, a Waldemar Martins de Oliveira, no período 1° de abril a 31 de abril de 1978, e não em 1970 como destacou, falseando, a reportagem. O CDI é um documento fornecido ao pessoal do excesso de contingente, aos refratários e aos dispensados da incorporação, a fim de regularizar suas situações militares. O CDI não é distribuído a quem foi incorporado (na Brigada Pára-quedista, por exemplo) e muito menos a um desertor...
No caso de Waldemar Martins de Oliveira a posse de um CDI autêntico, usado de forma ilícita, configura um ato ilegal por ele praticado intencionalmente. A pessoa que tenha, intencionalmente ou não, lhe entregue o CDI, também está incursa nas penas da lei. Só ao arrepio da lei seria possível obter o CDI. Temos cópia da relação com todos os dados, inclusive a assinatura do Sr. Waldemar, passando recibo do seu ilícitoRecontando os Mortos da Repressão, graças à denúncia do Sr. Waldemar Martins de Oliveira, com o acréscimo de mais um nome na "lista" não passou, pelo que parece, de uma "Grande Farsa", digna do "Primeiro de Abril", que passaremos a expor a partir do Capítulo 2.

Escrito por José Luis Sávio Costa 30 Março 2005

A Grande Farsa

Na realidade, a chamada na TV Globo, em 01/04/2001 (Dia da Mentira) no Fantástico, e as reportagens transmitidas nos dias subseqüentes (02 e 03 de abril), pelo Jornal Nacional, proporcionaram um espetáculo tragicômico quando da apresentação dos fatos relacionados com a suposta "execução" do casal de terroristas, por militares, e a pretensa ação do Exército, forjando um acidente para encobrir os fatos.
A má fé, as contradições, os interesses inconfessáveis e o maquiavelismo caracterizaram as reportagens sem que houvesse, no contexto das mesmas, o devido contraditório, por omissão de autoridades responsáveis pelo esclarecimento do caso.
Em um ano de "investigações" o repórter fatalmente acharia as fontes para a total ou parcial contradita que, por sinal, têm endereço:
na Internet(www.ternuma.com.br);
na Internet(www.torturanuncamais.org.br)vcomo, oportunamente, iremos mostrar neste texto;
- na obra, "A Esquerda Armada no Brasil”de A. Caso, editada em 1976, pela Moraes Ed. em Lisboa, Portugal (a partir da página 68), com boa circulação na seara da esquerda radical brasileira;
- no livro, "Combate nas Trevas", do dirigente comunista Jacob Gorender, página 109, já na 5ª edição, esta aumentada, atualizada, donde corrigida se erros havia;
no livro, "A Revolução Impossível", com o subtítulo "A Esquerda e a Luta Armada no Brasil", de autoria de Luís Mir, publicado pela editora Best Seller, em 1994, de indiscutível ótica contraria aos militares, que apresenta:
nas páginas 330, 331 e 332 uma versão do julgamento, ação e assassinato ("justiçamento") do Capitão Chandler;
na página 337, uma versão dos acontecimentos que culminaram com a morte do casal João Antônio e Catarina Helena Abi-Eçab, no acidente em Vassouras;
na reportagem de Luiz Maklouf, no Jornal do Brasil de 4/3/1999, "Golpe Levou Deputado às Armas", sobre Aloysio Nunes Ferreira, o "Beto", onde Francisco Gomes, militante da ALN, relata que João Abi-Eçab morreu em acidente de carro, após o assalto a um posto de gasolina; e
em outras peças escritas, como mostraremos, na devida hora, neste texto.
As versões apresentadas por A. Caso e Luís Mir, sobre o justiçamento (assassinato) de Charles Rodney Chandler, confirmam a de Jacob Gorender na sua obra, "Combatenas Trevas", nas duas edições (a 1ª de 1988 e a 5ª de 1998), sobre os mesmos fatos. As diferenças existentes em relação à obra de Jacob Gorender ocorrem, provavelmente, pelo uso de fontes distintas sobre os mesmos fatos. O mesmo ocorre em relação à morte do casal, comparando-se as versões de Gorender e Mir, pois A. Caso não aborda na sua obra, "A Esquerda Armada no Brasil", o episódio ocorrido com o casal de terroristas no km 69 da rodovia Três Rios-Volta Redonda, em Vassouras/RJ. A data do acidente é a de 08 de novembro de 1968; tanto Luis Mir como Jacob Gorender, na atualidade, tido pela TV Globo como historiador, erraram ao apresentarem a data de 13 de novembro de 1968. Não é a primeira vez...
O que importa é que a análise das fontes citadas seriam mais um recurso para que o repórter evitasse o seu desviacionismo revanchista, baseando-se apenas no olfato “investigativo” (é proposital) e nas versões dos que o levaram a projetar no cenário nacional "A Grande Farsa".
Concluo que não era o caso de procurar a verdade de mais um episódio atribuído à "ditadura militar" Os objetivos do ataque contra os militares têm a mesma similitude das denúncias da ONG "TorturaNunca Mais" com suas características usuais: distorção dos fatos; ausência de comprovação; má fé; revanchismo puro; ausência do contraditório; sensacionalismo inconseqüente e cobertura da mídia de esquerda, "engajada" neste tipo de ação, que só serve para impedir a cicatrização de antigas feridas e beneficiar interesses pessoais com polpudas indenizações, e rechear caixas partidárias com os dízimos destas novas fontes pagadoras.
Repetimos: soa como "vendeta revanchista" do pior quilate e cobertura de possíveis interesses escusos.
As falsidades e as contradições apresentadas nas reportagens citadas serão contestadas, semque o assunto esteja por nós esgotado e encerrado. 

O Justiçamento de Charles Rodney Chandler

Uma mentira a mais ou desconhecimento de doidivanas investigativo. Nunca houve nenhum envolvimento de João Antônio dos Santos Abi-Eçab e Catarina Helena Abi-Eçab (em solteira Catarina Helena Xavier Ferreira) nas ações terroristas que culminaram com o assassinato, pelas costas, do Capitão do Exército dos Estados Unidos da América, Charles Rodney Chandler. (1)
O assassinato foi executado na saída de sua residência, na frente de sua esposa e do filho de 9 (nove) anos de idade, em 12 de outubro de 1968, em S. Paulo/SP.
Os participantes do assassinato, co mo já salientamos, estão identificados na Internet e em relatos da própria esquerda há um bom tempo, donde o famoso abusado que escreveu sobre Juliano VP, não poderia, após um ano de "investigações" estafantes (sic), ignorá-los... Não falamos em dever de bom jornalismo, pois o "jornalista araponga" parece ser um revanchista obstinado.
O Capitão Chandler jamais foi reconhecido, por fonte idônea, como agente da CIA, nem consta que tenha sido instrutor de organização militar brasileira ou latino–americana, em operações de contra-guerrilha.
Para as esquerdas envolvidas na luta armada, entretanto, o militar dos EUA simbolizava o "inimigo imperialista", como se depreende dos panfletos distribuídos pelo grupo assassino e a data escolhida, inicialmente, para a execução (2): 8 de outubro, dia da morte de Che Guevara. Todavia, o alvo permaneceu em sua casa, sendo a ação executada em 12 de outubro (3).
Portanto a chamada na televisão, realizada em 1° de abril de 2001 (dia da mentira), visando à projeção da reportagem e as apresentações nos dias subseqüentes exploraram dados falsos, com o nítido objetivo de projeção sensacionalista.

O relacionamento do casal com o Terrorismo

O casal, supostamente "executado" por militares do Exército Brasileiro, participara anteriormente de ações armadas. João Antônio, por exemplo, foi em 10 de agosto de 1968, o motorista de um dos dois "fuscas" que serviram para a fuga dos terroristas que assaltaram o trem pagador da Estrada de Ferro Santos–Jundiaí.
Era, portanto, amigo de Aloysio N. Ferreira, "Beto", ex-terrorista e, em 2001, Secretário Geral da Presidência da República, partícipe naquela ação...
Conforme citamos, segundo Jacob Gorender, na época dirigente nacional do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), o casal (João Antônio e Catarina Helena) participou do assalto ao carro pagador do IPEG (Instituto de Previdência do Estado da Guanabara), em 13 de novembro de 1968, juntamente com Carlos Marighella e um outro militante. Poderia ser o "Beto"? Afinal de contas ele seria, na época, o motorista do Marighella... Segundo outras fontes, a ação "expropriatória" ocorreu em 8 de novembro de 1968, o que não afeta as considerações e conclusões ao longo deste texto. Na realidade, vários documentos confluem para a data de 08/11/1968. Gorender é amiúde chamado pela Globo como consultor sobre assuntos de terrorismo urbano e arquivos sigilosos da TV Globo.
No próximo Capítulo teceremos novas considerações sobre esta triste novela.

Retorno à Grande Farsa - 3

Escrito por José Luis Sávio Costa 13 Abril 2005
Considerações Iniciais e Análises

Tortura (Observação: o denunciante estava bem próximo, pois teve a capacidade de identificar o local exato da penetração do projétil ou projéteis).
Observação: lembro que as armas curtas utilizadas por militares do Exército, em 1968, eram, em princípio, Pst. 45, Pst 9mm, Rv 45 - raramente).
j. Quem transportou os corpos para enterramento? Como foram enterrados? No sepultamento em vala rasa, em local ermo, o casal estava vestido ou não?
Estas indagações ou algumas delas poderiam ser feitas pelo Elassuper agente do tipo que o Valdemar se afirma na reportagem e pelo aval que o repórter lhe dá.
JornalTV Globo, no período entre 12 de outubro a 08 de novembro 68, deveriam ter ocorrido os seguintes eventos:
a. Deslocamento (S. Paulo–Rio de Janeiro) e homizio do casal, suspeito de assassinato, no Rio de Janeiro;
b. Vigilância sobre o casal e levantamento do local de homizio pelo "super agente" Waldemar (só um super agente executaria este tipo de missão sozinho);
c. Prisão, tortura e deslocamento dos envolvidos para a Floresta da Tijuca e daí para S. J. do Meriti, com execução na casa do Coronel e sepultamento do casal numa vala, em área erma, nesta região.
Estes dados contraditam os dados do acidente em Vassouras. Para que os corpos do casal aparecessem no Km 69 da rodovia Três Rios-Volta Redonda, em Vassouras/RJ (a 70 km. de distância do local do enterramento), em 08 de novembro de 1968, os corpos teriam que ser:
a. Desenterrados em S. J. do Meriti;
b. Lavados, limpados e vestidos em algum local;
c. Transportados para o local do acidente, em Vassouras/RJ (a 70km de distância );
d. No local do acidente, em plena estrada asfaltada e movimentada, uma equipe teria "montado" o acidente, as 18:30 horas, jogando o fusca numa certa velocidade contra a traseira do caminhão, com Catarina ou João Antônio na direção, deixando o corpo de João Antônio, após o acidente, no local ao lado do VW.

Corpo de João Antônio, após o acidente, no local ao lado do VW.

[foto apresentado pelo Coronel Sávio, publicado no site Mídia Sem Máscara, que se encontra indisponível]

 3. Os mortos em São João do Meriti podem frear em Vassouras, RJ?
Feita a cópia do vídeo (da reportagem da mortos-vivos) de S. J. Meriti para o local do acidente em Vassouras, no mesmo dia em que teriam tomado parte num assalto, segundo várias fontes da esquerda?
2ª. O suposto agente ou o arguto repórter podem informar algum detalhe?
3ª. Uma morto pode frear? Como?
4ª. Esta parte da estória foi checada, durante o ano de "estafantes" investigações?
Caso a novela do embusteiro ex-soldado, Valdemar Martins de Oliveira, fosse verdadeira invalidaria as versões de Gorender e Luís Mir, as quais serão referenciadas neste texto, para indicar a participação do casal em assalto no Rio de Janeiro, em 08/11/1968, e apresentar dados do acidente no retorno deles para São Paulo-SP, na mesma data (8/11/1968). Jamais o casal poderia estar morto, executado em S. J. do Meriti e tomado parte em assalto no Rio de Janeiro, nesta data, ou sendo transportados sem vida para a área da montagem do “acidente”. Há algo de podre no reino do Caco e da editoria do Nacional
Há ainda mais dados a considerar:
- 1) a ONG Nunca Mais relata no seu "Dossiê" (páginas 219 e 220) e no seu site na Internet, que o acidente ocorreu por volta das 19:00 horas, do dia 08 de novembro de 1968, na região de Vassouras, RJ. A rodovia era e ainda é asfaltada e movimentada o que dificultaria qualquer montagem de acidente no local. Já imaginaram o cenário?; e
- 2) Os atestados de óbito, o registro de ocorrência e a guia de enterramento evidenciam o dia 08 de novembro de 1968 como o dia do acidente, como detalharemos mais adiante neste texto.
Combate“Ainda em 1968, uma equipe da ALN percorre regiões do interior e procede ao levantamento de locais adequados para áreas estratégicas e pontos de apoio das projetadas colunas guerrilheiras. Elementos da primeira turma treinada em Cuba regressam ao Brasil e difundem o que aprenderam sobre o emprego de armas e explosivos e técnicas de combate. Aparentemente, há expansão e fortalecimento”.
“Na manhã deste dia, num subúrbio carioca, o carro pagador do Instituto de Previdência do Estado da Guanabara (IPEG) foi interceptado por três homens armados, que se apoderaram de 120 mil cruzeiros novos. À tarde, um sargento reformado da Polícia Militar reconheceu o carro receptador do dinheiro expropriado num posto de gasolina. Avisados pelo sargento, policiais prenderam o motorista. Submetido à tortura, o jovem abriu informações, inclusive a de que pouco antes havia se separado de Marighella, comandante da ação contra o carro do IPEG. Em face da ausência do motorista no ponto combinado, Marighella correu para o aparelho na Pedra de Guaratiba e ainda teve tempo de levar o dinheiro confiscado. Mas o segredo sobre a autoria das ações deixou de existir. Jornais e revistas publicaram longas matérias a respeito do líder comunista e chefe dos assaltos até então indecifráveis. Em todas as bancas, a capa da revista Veja exibia o rosto do famoso revolucionário. Os órgãos de repressão policial fazem dele o inimigo público número um.”
morreram à noite, na colisão de seu carro com um caminhão, próximo a Vassouras. Na bagagem do casal, a Polícia encontrou CombateIncrívelestava vivo e morreu no acidente ocorrido na estrada em Vassouras! Não ressuscitou, nem foi transportado sem vida por "militares assassinos".
5º. Há uma questão de datas para este episódio (8 ou 13/11/1968). O ambiente de clandestinidade da época e o tempo decorrido para a publicação (1988) pode ter afetado a precisão de datas e pequenos detalhes do assessor da documentosfantásticoFantástico e doCentralJornalTV Globo.


Retorno à Grande Farsa - 4

Escrito por José Luis Sávio Costa 19 Abril 2005
Introdutória da esquerda, confirmatórias de acidente de carro.

1. Do relato de Jacob Gorender, na obra nas Trevas, 5ª edição, revista e atualizada, Ed. Ática, 1998, extrai-se o seguinte trecho (ver parágrafo final da página 109): “Os incidentes azarados do assalto ao carro pagador do IPEG se concluíram com um episódio trágico. uma metralhadora e pentes de balas”. O assalto ocorreu na manhã de 13 de novembro de 1968, conforme o relato de Jacob Gorender. Data incompatível com os fatos como mostraremos.
2. Luis Mir, na página 337, do livro "A Esquerda e a Luta Armada no Brasil", publicado pela editora Best Seller, em 1994, apresenta uma versão dos acontecimentos que culminaram com a morte do casal João Antônio e Catarina Helena Abi-Eçab, no acidente em Vassouras, com dados semelhantes e a mesma data incongruente apresentada por Jacob Gorender, 13 de novembro de 1968.
3. Na reportagem de Luiz Maklouf, no Jornal do Brasil de 4/3/1999, intitulada "Levou Deputado às Armas", sobre Aloysio Nunes Ferreira, o "Beto", onde Francisco Gomes, militante da ALN, relata que João Abi-Eçab morreu em acidente de carro.
4. A obra da ONG Nunca Mais, “dos Mortos e Desaparecidos” no seu Sumário, em "Outras Mortes", página 12, apresenta uma relação com os nomes do casal Abi-Eçab, Catarina Helena e João Antônio, indicando as páginas de seus dossiês (páginas 219 e 221). Os dossiês indicam que o casal morreu em um acidente de automóvel, ocorrido as 19:00 horas do dia 08 de novembro de 1968, no km. 69 da rodovia BR 116, próximo a Vassouras, RJ, devido à detonação de explosivos que transportavam.
A rodovia era, e ainda é, asfaltada e movimentada o que dificultaria qualquer "montagem" no local.
No site (www.torturanuncamais.org.br) é possível acessar dados sobre o casal. Temos os dossiês impressos antes e após a reportagem fajuta JornalHistóriaJornalJornalExame fratura da abóbada craniana, provocada por instrumento contundente.Nada consta do exame necroscópico de João Antônio.

de Ocorrência

de Ocorrência, da Delegacia de Vassouras, RJ, sobre o acidente que vitimou o casal (batida na traseira de um caminhão De Soto, chapa 43-11-52 - RJ), dando: o nome do motorista do caminhão, Geraldo Dias da Silva; o nome das testemunhas do acidente, Antônio Coelho de Souza, Romero Dias da Silva, José Firmino dos Santos e Osvaldo Ruas, todos residentes em Vassouras, RJ; e a hora em que a Delegacia de Polícia de Vassouras, RJ, teve ciência da ocorrênciaAtestados08 de novembro de 1968, às 18:30 horas no Km 69 da BR 116, sendo a causa da morte de ambos caracterizada como: fratura de crânio com afundamento.
para Enterramento.
A Guia foi expedida pelo Cartório de Registro Civil, 1º Distrito do Município de Vassouras, RJ, em às 18:30 horas, do dia (ilegível), DivergênciaA entrevista com o irmão de Catarina Helena.
O fatos a seguir são esclarecedores sobre os procedimentos estranhos do senhor Caco Barcellos e da Central Globo de Jornalismo.
O mui investigativo repórter Caco Barcelos procurou o Sr. Aluisio Elias Xavier Ferreira, irmão de Catarina Helena, em junho de 2000, contando-lhe ter sido procurado por uma pessoa das Forças Armadas que relatara ter levantado, na época da repressão, fatos envolvendo políticos pertencentes ao Partidão, tendo indicado aos seus superiores um casal que fora torturado e assassinado. Pelos dados que foram transmitidos ao jornalista, acreditou ele tratar-se da irmã e do cunhado do senhor Aluisio. A fim de verificar a veracidade do que lhe foi transmitido, necessitava de autorização da família para uma possível exumação do cadáver de sua irmã. Temos algumas indagações para o senhor Caco Barcelos, sobre este encontro vital, para o rumo de suas investigações junho de 2000), fixando-se naquele em que explorou a estória enganosa e cínica do Sr. Waldemar Martins de Oliveira, manipulando o irmão de Catarina Helena (Sr. Aluisio) fazendo-o crer na suposta tortura e assassinato da irmã, como se viu na sua teatral reportagem, iremos refrescar a memória do senhor Caco Barcellos:
- o Sr. Aluisio Elias Xavier Ferreira, irmão de Catarina;
- o pai de João Antônio (sogro de Catarina Helena); e
- Marcio Edgar Paulielo Elias (primo de Catarina Helena e de Aluisio), e não em agosto de 1968 (data logicamente descartável) como declarou o Sr. Aluisio, no depoimento prestado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, Divisão de Proteção à Pessoa (D.P.P.), da Polícia Civil de S. Paulo, quando afirmou:
- ter seu primo Marcio Paulielo Elias adentrado no IML de Vassouras, RJ, para realizar o reconhecimento do corpo de sua irmã, Catarina Helena;
- ter visto o carro de Antônio João bastante danificado, com manchas de sangue e com pedaços de massa encefálica; e
- ter visto, na Delegacia, o motorista do caminhão, contra o qual o carro do casal se chocara.
08 de novembro de 1968, às 18:30 horas no Km 69 da BR 116, sendo a da morte de ambos caracterizada como: fratura de crânio com afundamento;
2) cópia do Registro de Ocorrência, da Delegacia de Vassouras, RJ, sobre o acidente que vitimou o casal (batida na traseira de um caminhão De Soto, chapa 43-11-52 – RJ) e a hora em que a Delegacia de Polícia de Vassouras, RJ, teve ciência da ocorrência09/11/1968, que registra o óbito de novembro, de 1968, dando o destino de enterramento em S. Paulo, SP.
JornalRetorno à Grande Farsa – 3

Retorno à Grande Farsa - 5

Escrito por Editoria MSM 14 Maio 2005 
por  José Luis Sávio Costa

Mais comentários sobre a fraude montada pelo jornalista Caco Barcellos e a Rede Globo.
Grande Farsa para desnudá-la e comprovar a palhaçada arquitetada contra a Força Terrestre e o aceite institucional destas acusações sem pé nem cabeça.
 Jornal Nacional?
g. O noticiário do um morto (Catarina Helena Abi-Eçab) no rol dos mortos pelo "regime militar".
Só "
E João Antônio, "
Vale bater nesta tecla. Morto, em qualquer versão, na mesma hora, no mesmo local e em circunstâncias semelhantes às de sua esposa e que, como ela, não consta em nenhuma das obras citadas, como morto em tortura ou confronto com as Forças Legais. E o seu laudo pelos doutos da USP, como fica?
O repórter que induziu os familiares da Catarina Helena Abi-Eçab, nem chegou aos de João Antônio? Ou foi aquela visita dos familiares ao IML de Volta Redonda e a visão que Marcio Edgar Paulielo Elias (primo de Catarina Helena e de Aluisio irmão de Catarina) teve do carro e da massa encefálica no interior do mesmo?
Estranho, muito estranho... Caso tenham incinerado o corpo de João Antônio é ainda mais estranho...
- "Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1.964", páginas 219 e 220, da Companhia Editora de Pernambuco, governo do Estado de Pernambuco, Recife 1.995, com patrocínio da Mitra Diocesana de S. Paulo, que cita o casal; e
- "Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964", já citado no item anterior.
Jornal Nacional - A notícia faz história. A obra referenciada na Introdução e citada ao longo desta matéria foi editada em 2004.
Relato do repórter Caco Barcellos, com certeza tendo o aval da editoria do "Foi preciso recorrer ao laboratório da USP, que apresentou o resultado com riqueza de detalhes e precisão científica: não tinham sido provocadas pelo acidente de carro. A causa tinha sido quantidade de chumbo nas bordas O acidente até pode ter ac ontecido. Mas o certo é que alguém disparou um tiro de revolver a queima roupa na altura da nuca, fazer a reportagem."
Jornal da Nacional;
- a reportagem usou documento do Serviço Militar Retorno à Grande Farsa - 4.

 

Retorno à Grande Farsa - 6

Escrito por Editoria MSM 14 Junho 2005
por  José Luis Sávio Costa

Endeusamento da farsa, entronização da mentira e coroação da hipocrisia.
Com o título acima difundimos, em 2001, nosso protesto em relação à concessão dos prêmios de jornalismo “Embratel” e “Líbero Badaró” ao Nacional da Recontando os Mortos da Repressão”, hoje renomeada para Recontada.

Dizíamos naquela oportunidade e reafirmamos:
- que o jornalista Caco Barcelos ganhe prêmios de telejornalismo, para gáudio da Fantástico e o Nacional, tudo bem. Mas que endeusem a farsa, entronizem a mentira e coroem a hipocrisia para dissimular a calúnia que atingiu em cheio o Exército é o que não se pode tolerar, inclusive para preservar a aura de dignidade que sempre pareceu ornar o caráter do Sr. Roberto Marinho.
Destacamos na oportunidade

Nem nos move investigar as fontes de pressão que influíram na promoção da Farsa, intitulada pelo Nacional de “GrandeRetornoFantástico - 1º de abril de 2001.

Repisamos naquele lodaçal para enfatizar que:
- um dado despontava claro, nítido e transparente naquelas águas turvas, quando se fez a dolorosa análise dos fatos urdidos nas sombras do Quarto Poder. Surpreendidos e diante dos indícios de possíveis repercussões negativas, pela leviana difusão de propaganda enganosa, maliciosa e falsa, que colocava em xeque o nome de dois programas de ponta no jornalismo televisivo nacional e o casal de apresentadores do Nacional, foi acionado o patrulhamento para defesa da mentira e da hipocrisia da mídia Global!

Por não perder a validade e realçar a radicalidade da mídia engajada batemos, mais uma vez, na mesma tecla, nem que radicais esperneiem e militantes bufem.os intelectuais orgânicos, e os que, na atualidade, são anti-militaristas por modismo e burrice. O esforço aglutinou não só os estruturados no segmento jornalístico das O Globo”, do “da Manhã”, do “de Notícias”.

Ante a contradição, a mídia espúria emudece, evita, dissimula ou, por meio das meias-verdades, cria um cenário cretino que só os falsários e os sem-vergonha, seus eternos artífices podem emoldurar.
Sempre aceitaremos, da mídia isenta de preconceitos ideológicos ou revanchistas, os posicionamentos críticos, o debate sobre nossas divergências, enaltecendo o valor do dissenso, corrigindo distorções e reconhecendo erros, sempre que for o caso. A ela prestamos as nossas homenagens.

Declaramos que:
- na atualidade, os orgânicos ativistas na passiva em curso, alojados nas redações, partícipes consistentes do novo histórico projetados pela esquerda gramsciana, procuram estruturar em nosso país, pela via de uma pretensa radicalização da democracia, a Democrática Popular.

Sabemos e já afirmávamos; longo tempo que:

- Gramsci não eliminou a possibilidade de ruptura violenta, ( movimento), para chegar ao Socialista ou Democrático Popular;
- os nossos orgânicos apostam quase tudo, por enquanto, na estratégia via de posição, amante do reformismo, da conquista do poder pela trilha eleitoral, antevista como possível, pela terceira vez, nos últimos vinte anos e,
- para Gramsci, como para tantos no PT, no PC do B e em outros, a passagem de uma via para outra depende da evolução das condições objetivas e subjetivas em dado momento histórico.

Bradamos em bom tom:A premiação seria uma resposta aos nossos indícios e evidências?
No caso do Nacional e do Caco, a premiação de “Jornal
Até o presente, nenhuma linha de resposta aos questionamentos, indícios e evidências expostos ao longo do texto difundido na “Grande Farsa”, em 2001 e nas matérias apresentadas pela imprensa e na Internet, entre as quais agradecidos destacamos: as do jornalista e filósofo Olavo de Carvalho; do jornalista Paulo Martins, da do Paraná; do jornalista Diego Casagrande, de Porto Alegre, RS; e do jornalista Themístocles de Castro e Silva, de RetornoGlobo que sabe reconhecer, ou teve recaída.
Trecho extraído do editorial intitulado: "Julgamento da Revolução", do jornalista Roberto Marinho, publicado no jornal "O Globo", edição de 07 de outubro de 1984:
“Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, que um regime de força consolidado há mais de dez anos se tenha utilizado do seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa.”
“É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964. Neste momento em que se desenvolve o processo da sucessão presidencial, exige-se coerência de todos os que têm a missão de preservar as conquistas econômicas e políticas dos últimos decênios. O caminho para o aperfeiçoamento das instituições é reto. Não admite desvios aéticos, nem afastamento do povo. Adotar outros rumos ou retroceder para atender a meras conveniências de facções ou assegurar a manutenção de privilégios, seria trair a Revolução no seu ato final.”
Que fazer?
Vigiar é preciso!


Retorno à Grande Farsa - Epílogo

Escrito por Editoria MSM 17 Junho 2005

por  José Luis Sávio Costa

Os dilemas que envolvem uma fraude jornalística.
A reportagem “Recontando os Mortos da Repressão” de 2001, intitulada como A História Recontada, na obra Jornal Nacional – A Notícia Faz História coordenada pela Central Globo de Comunicação, foi matéria forjada e televisionada para todo o Brasil sobre a prisão, tortura e assassinatos de militantes que nem as esquerdas sabiam terem sido assassinados.
Central Globo de Jornalismo, o repórter Caco Barcellos e âncoras do Fantástico (em 1º de abril de 2001) e do JornalNacional (em 02 e 03 de abril de 2001), em clima de telenovela projetaram em vídeo os supostos seqüestro, tortura e execução de dois militantes, conseguindo manipular a opinião pública contra militares da Força Terrestre (Exército).
Esta reportagem forjada talvez seja o único caso de premiação de reportagem de um episodio articulado com dados mistificados, no qual o Exército não tomou parte e foi denunciado, julgado e condenado sem qualquer prova, só no blablablá. Reportagem de teor detetivesco, produzida e difundida por burregos, premiadas por asininos e aplaudidas por jegues.
Nossos pêsames às autoridades militares e civis omissas e aos responsáveis pelo estudo do caso de falsidades explícitas e que nunca informaram os resultados dos estudos que lhes foi determinado, ou que concluindo tiveram receio de expor a verdade.

Primeiro dilema do falaz Caco
Houve ou não houve acidente? O repórter cabotino cinicamente afirma que: “O acidente até pode ter acontecido” (frase no final da sexta linha da página 331 do livro JornalNacional – A História Faz Notícia). Esta simples frase desmente tudo o que o denunciante Valdemar narrou e o repórter difundiu na matéria aqui comentada.

Nós afirmamos que houve
1. Relato com dados confirmados por relatos e testemunhos:
- após uma ação de “expropriação” no Rio de Janeiro, em 08 de novembro de 1968, no retorno para São Paulo, SP, cidade em que moravam, Catarina Helena Abi-Eçab e seu companheiro João Antônio Abi-Eçab morreram em um acidenteporvolta das 18:30 horas, quando o Volks sedan verde, 1967, placa 34-9884/SP, conduzido por um dos dois, entrou na traseira do caminhão De Soto, placa 44-11-52 /RJ, que era dirigido por Geraldo Dias da Silva, na altura do km 69 da BR-116, Rodovia Três Rios - Volta Redonda, no Município de Vassouras/RJ;
- tudo indica, em prima instância, que o motorista era João Antônio Abi-Eçab;
- foram testemunhas do acidente, Antônio Coelho de Souza, Romero Dias da Silva, José Firmino dos Santos e Osvaldo Ruas, todos residentes em Vassouras, RJ;
- a Delegacia de Polícia de Vassouras, RJ, teve ciência da ocorrência, as20:00 horas de 8 de novembro, de 1968.
- o exame necroscópico de Catarina Helena foi realizado no Instituto Médico Legal de Vassouras/RJ, sendo firmado pelos Drs. Pedro Sarillo e Almir Fagundes de Souza, dando como "causa mortis" fratura da abóbada cranianaprovocada por instrumento contundente;
- nada consta do exame necroscópico de João Antônio;
- os 2 (dois) Atestados de Óbito, de Catarina Helena Abi-Eçab e de João Antônio Abi-Eçab, foram expedidos pelo Cartório de Registro do 1º Distrito de Vassouras, RJ, com a data do óbito de 08 de novembro de 1968;
- Marcio Paulielo Elias adentrou no IML de Vassouras, RJ, na noite de 08 para 09 de novembro de 1968, para realizar o reconhecimento do corpo de sua prima Catarina Helena.
2. Os fatos aqui firmados são corroborados por:
- relatos de autores esquerdistas - Jacob Gorender, Luis Mir, Luiz Maklouf, A. Caso em livros ou reportagens;
- dados extraídos de dossiês das ONGs “Tortura Nunca Mais”.
A hipótese de não haver acidente, pelos dados disponíveis, é absurda.
Nenhuma fonte da esquerda apresenta indício ou evidência do envolvimento de militares do Exército nos acontecimentos, que culminaram com as m
O repórter fala em orifício, fratura ou fraturas na ossada craniana de Catarina Abi-Eçab.
Em meio à fratura ou fraturas, como foi identificado o orifício ou orifícios no caso de mais de um disparo?
Pela reportagem televisiva as trajetórias dos disparos ou disparo contra os alvos, a cabeça de Catarina Helena e de João Antônio, foram à curta distância, portanto com alta velocidade inicial, devido à proximidadeortes de Catarina Helena e João Antônio. dos alvos (menos de meio metro pela reportagem). No caso de disparos com Pst. 45 ou 9mm os projéteis dificilmente deixariam marcas de chumbo na entrada, pois além dos projéteis serem revestidos de aço, o fator tempo de 1968 a 2001, mais de trinta anos, não permitiriam laudo tão específico. Além do mais a área ou áreas de fraturas colidem com a área especificada no laudo do IML de Vassouras, para o exame necroscópico de Catarina Helena Abi-Eçab:“causa mortis" fratura da abóbada craniana, provocada por instrumento c ontundente.
Não há qualquer consideração sobre possíveis perícias em relação ao armamento, munição e explosivo que, segundo fontes da esquerda, estariam no VW do casal, na ocasião do choque.
Considerando que o repórter parece ter omitido um laudo anterior de Catarina Helena Abi-Eçab para os doutos legistas da USP; considerando que não houve, por razões ignoradas, laudo para João Antônio Abi-Eçab, quer após o acidente, quer pelos doutos da USP, apesar de João Antônio ter morrido, em qualquer das versões, em circunstâncias idênticas às de sua esposa e, considerando ainda os deslizes notórios cometidos ao longo da reportagem, seria altamente conveniente:
- um exame de DNA na ossada craniana exumada de Catarina Helena Abi-Eçab e sua comparação com parentes vivos;
- a apresentação do laudo dos doutos da USP, que deve ter anexo ou nele inserido o DNA de Catarina e a técnica usada para sua obtenção;
- a descrição do material usado no exame do crânio de Catarina e as condições precisas da constituição da sua ossatura craniana na exumação e início do exame e,
- que em caso de novos exames estes não se realizem em laboratórios universitários, mas sim em laboratórios de Polícia Especializada.

Terceiro dilema
Como justificar o uso de documento do Serviço Militar adulterado?
O Certificado de Dispensa de Incorporação (CDI), de Nº 382671-J, foi concedido pela 10ª Delegacia do Serviço Militar, Marília/SP, subordinada a 6ª CSM (Circunscrição do Serviço Militar) de Bauru/SP, a Waldemar Martins de Oliveira, no período 1° de abril a 31 de abril de 1978, e não em 1970 como destacou, falseando, a reportagem. O CDI é um documento fornecido ao pessoal do excesso de contingente, aos refratários e aos dispensados da incorporação, a fim de regularizar suas situações militares. O CDI não é distribuído a quem foi incorporado (na Brigada Pára-quedista, por exemplo) e muito menos a um desertor.
No caso de Waldemar Martins de Oliveira a posse de um CDI autêntico, usado de forma ilícita, configura um ato ilegal por ele praticado intencionalmente. A pessoa que lhe tenha, intencionalmente ou não, entregue o CDI, também está incursa nas penas da lei. Só ao arrepio da lei seria possível obter o CDI. Temos cópia da relação com todos os dados, inclusa a assinatura do Sr. Waldemar, passando recibo do seu ilícito.

Quarto dilema
Como justificar a inclusão de órgão de Inteligência inexistente na época? Os DOI não haviam sido criados!
Como justificar erro de militância do casal Catarina Helena e João Antônio? Influência de ONG?
Como justificar a ausência de dados referentes às testemunhas, ao motorista do caminhão e sobre os documentos de órgãos: do Município de Vassouras; da SSP do Rio de Janeiro sediadas em Vassouras e da SSP/ SP no laudo de exumação e outros documentos, conseqüentes de Inquérito Policial ou outro procedimento que seria quase impositivo para acompanhar as perícias na USP?
Após um ano de estafantes investigações, estas justificativas seriam fáceis porém, desde 2001... Nada.

Quinto dilema
Responder ou permanecer no mutismo?
Observação final: aos falsificadores, responsáveis pela reportagem e concessão dos prêmios, que Deus lhes dê em dobro o que almejam para nós.


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