MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Assalto ao Estado de Direito ou A Universidade Lumumba de Lula - por Por Felipe Bächtold, Agência Folha

ASSALTO AO ESTADO DE DIREITO

Assentados da reforma agrária e trabalhadores rurais vão ter um curso de direito exclusivo na Universidade Federal de Goiás a partir desta semana. Sessenta alunos vão iniciar amanhã a graduação, que será instalada em um campus na cidade de Goiás (Folha)

Por Felipe Bächtold, da Agência Folha

Assentados da reforma agrária e trabalhadores rurais vão ter um curso de direito exclusivo na Universidade Federal de Goiás a partir desta semana. Sessenta alunos vão iniciar amanhã a graduação, que será instalada em um campus na cidade de Goiás.

Um dos articuladores do projeto, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) considera o curso uma oportunidade para qualificar seus integrantes --39 alunos pertencem ao grupo, segundo a coordenação do movimento.

O vestibular para o curso teve mais de 600 inscrições. Os alunos precisaram comprovar que viviam em assentamentos da reforma agrária ou em terras destinadas à agricultura familiar.

A iniciativa, que é inédita na área de direito no país, segundo a universidade, vai ser financiada por meio de um acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O ministério vai repassar a maior parte dos cerca de R$ 180 mil anuais que vão cobrir os custos da graduação.

O curso superior terá duração de cinco anos e estrutura de uma graduação comum de direito. As disciplinas optativas, porém, terão foco em ambiente e questões voltadas ao direito agrário, segundo a coordenação da faculdade.

De acordo com o MST, um dos objetivos do curso é fortalecer o movimento com novos advogados para "não depender de outras pessoas". "A idéia [de criação do curso] foi justamente para formar nossos próprios advogados", diz José dos Santos, da coordenação estadual do MST.

A aula inaugural será dada amanhã pelo ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Eros Grau. A Universidade Federal de Goiás já conta com um curso de pedagogia também voltado para assentados. A graduação tem 80 alunos e iniciou as atividades em fevereiro.

No ano passado, o Ministério Público Federal em Goiás abriu um inquérito para apurar a regularidade dos cursos dirigidos a trabalhadores rurais. A peça foi arquivada porque a Procuradoria concluiu, após audiências públicas com entidades como OAB e Incra, que o projeto era uma ação afirmativa voltada a um grupo "marginalizado" --e não a criação de um privilégio.

Em julho, um curso superior a distância de administração da Universidade Federal de Santa Catarina foi suspenso pela Justiça por destinar vagas apenas para funcionários públicos.

Viram só? Imaginem se uma instituição federal, com recursos públicos, desse um curso exclusivamente para proprietários rurais ligados à UDR. Seria um deus-nos-acuda. A "direita", como eles gostam de dizer, nunca chegaria tão longe. E nem eu estou defendendo que isso aconteça. É claro que se trata de um absurdo. O que o MST está fazendo é formando quadros com dinheiro público — como se, ademais, o movimento já não fosse isto mesmo: uma organização política financiada com recursos do Orçamento.

Por isso, jamais leve a sério qualquer notícia que dê conta do descontentamento do MST com o PT e o governo Lula. Podem divergir aqui e ali, na tática. Mas são expressões do mesmo assalto ao estado patrocinado pela esquerda cartorial brasileira.


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Comentário

Félix Maier

O termo que utilizei no título acima, "Lumumba", se refere à Universidade localizada em Moscou, que prestava cursos de espionagem e terrorismo a militantes comunistas do mundo inteiro.

Verbete de "Arquivos I - Uma história da intolerância", de minha autoria, em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/arquivos-i-uma-historia-da-intolerancia_78.html:

UAPPL - Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba: tinha sede em Moscou, URSS, e era um dos centros de doutrinação comunista mundial, ao lado de escolas similares então existentes na Bélgica (Centro Tricontinental) e na Tchecoslováquia. Através da União Internacional de Estudantes (UIE) era feito o envio de estudantes brasileiros à UAPPL. A seleção dos alunos brasileiros ficava a cargo do PCB e era confirmada com base nos registros da “Caderneta nº 6”, de Luiz Carlos Prestes, e pelos questionários apropriados, posteriormente apreendidos em várias organizações comunistas. Os custos – viagem, estada, estudos e seguro médico – eram inteiramente grátis. Por isso, “nas décadas de 60 e 70, o sonho de todo pai comunista de país do Terceiro Mundo era ter um filho estudando na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou. (...) A universidade foi criada em 1960, por iniciativa do então dirigente soviético Nikita Kruschev. (...) Nos bons tempos, 65% dos 7.000 alunos eram estrangeiros”. (“Escola do capital”, in revista Veja, de 22 de janeiro de 1997, pg. 40-41). O empresário João Prestes, filho de Luís Carlos Prestes, formou-se em engenharia pela Lumumba na década de 1970, época em que havia cerca de 120 alunos brasileiros matriculados em Moscou. “A partir de 1953, o Partido Comunista da União Soviética passou a ministrar cursos, em Moscou, a militantes do PCB. Cursos de treinamento militar e condicionamento político-ideológico. O último desses cursos foi em 1990, quatro anos após terem sido implantadas por Gorbachev as políticas de perestroika e glasnost. Cerca de 700 militantes foram treinados na Escola de Quadros, como era mais conhecido o Instituto de Marxismo-Leninismo do PC Soviético, e na Escola do Konsomol (Juventude do PCUS), em cursos cuja duração variava de 3 meses a 2 anos. Cerca de 1.300 outros brasileiros concluíram cursos superiores na Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba e em outras universidades soviéticas, em cujo currículo sempre constou a matéria marxismo-leninismo. Até mesmo em cursos de balé. As matrículas na UAPPL sempre foram efetuadas através da Seção de Educação do Comitê Central do PCB e também através do Instituto Cultural Brasil-URSS, um apêndice do PCB. Algumas dessas pessoas, no regresso ao Brasil, passaram a trabalhar em empresas estatais e, pelo menos um, formado em Medicina, como Oficial das Forças Armadas, nos anos 80”. (Huascar Terra do Valle, in “Histórias quase esquecidas”, site Mídia Sem Máscara, 10/2/2003). A UAPPL incluía ainda o ensino de armamentos e explosivos, atraindo pessoas do mundo inteiro, e era destinada a assessores de um programa comunista soviético de dominação mundial (globalização comunista). De volta a seus países, os “lumumbas” entravam clandestinamente nos sindicatos de trabalhadores, nos partidos políticos e até nos governos. A cada um destes correspondia uma missão específica nesse “estado-maior geral” de ofensiva mundial. Muitas dessas pessoas, particularmente as que penetravam em organizações de “massa”, obtinham partidários que desconheciam os vínculos dessas lideranças com o comunismo soviético. Criada para doutrinar o Terceiro Mundo, hoje a Lumumba ensina cursos a cerca de 3.600 estudantes, 40% deles estrangeiros. “Resta desta Lumumba – alma mater do terrorista Carlos, o Chacal – o empoeirado Museu Patrice Lumumba, ao qual Yasser Arafat doou uma placa de metal com o mapa da sua Palestina ideal gravado” (Veja, art. cit.). Patrice Lumumba, líder do Congo, foi assassinado pelos belgas em 1961.

Veja, ainda, em "Arquivos I", os verbetes AP (Ação Popular), Centro Tricontinental, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, OLAS, Operação Drogas, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, UIE, UNE, USP, Terrorismo e Tricontinental.


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