Texto recebido de Lívia Venina, por e-mail:
Prezado Senhor,
Como cidadã brasileira, 21 anos de idade, instruída e ciente dos meus direitos, digo que me causou ânsia de vômito o artigo que o senhor escreveu sabe-se lá quando sobre a atriz Bete Mendes, citando até o Sr. Carlos Eugênio Sarmento, o qual eu tive o grande prazer de conhecer pessoalmente.
Todos os dias agradeço a Deus por viver num país cujo presidente é de ESQUERDA, e onde não há mais censura, nem torturas, nem perseguições. Mas infelizmente volta e meio me deparo com pessoas como o senhor, "militar da reserva"... humpf... como se ser militar fosse grande coisa...Ser militar contribuiu em quê para o crescimento do Brasil???
Só estou escrevendo para manifestar minha indignação e total repúdio ao que o senhor tão talentosamente escreveu.
Qto às torturas (aquelas as quais o senhor nega que tenham havido), nem discuto. Com certeza o senhor deve dizer isso numa tentativa esforçada e penosa de esquecer o que praticou ou viu seus amiguinhos de caserna praticarem.
Convivo diariamente com pessoas que sofreram muito nos porões da Ditadura. Terroristas? Eles? Alguém aí está invertendo os papéis.... Não acho que as marcas que essas pessoas me mostram em seu corpo sejam de mentirinha. Nem os traumas que carregam. O pânico, o medo, a desconfiança...
O avô de um amigo meu foi Sargento da Aeronáutica nessa época e confirmou tudo o que já me haviam dito. Vê? Nem todo mundo se mantém eternamente alienado e fanatizado como o senhor... Ele se arrepende daquela época. Muito.
Se hoje eu vivo num país democrático, com liberdade de expressão e pensamento, agradeço aos "Terroristas" que o senhor tanto quer espinafrar...
Saiba porém, que nada atingirá a imagem deles perante a juventude brasileira: foram pessoas que lutaram pela liberdade do nosso país, que buscaram seus ideais e lutaram sonhando com um futuro melhor para este tão sofrido Brasil.
Os militares daquela época, gente como o senhor, esses sim me causam vergonha.
"Ignomínia" é permitir que um indivíduo como Vossa Senhoria fale tanta asneira.
Tenho certeza que seus filhos e/ou netos não concordam em absoluto com suas colocações estapafúrdias e mesquinhas.
E espero que o senhor escreva muitos artigos mais, para que eu possa mostrar aos meus amigos, e aos filhos que terei, como é triste ver um militar decrépito que não acredita na liberdade e julga cruelmente quem luta por ela.
VIVA MARX!
VIVA LÊNIN!
VIVA JESUS CRISTO, QUE FOI O 1° SOCIALISTA!!
Que Deus tenha misericórdia da sua ignorância...
Lívia Venina
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Réplica enviada por mim a Lívia Venina:
Cara Lívia,
Vamos por pontos, para rebater toda a insanidade que você vomitou no meu computador. Que pena! Tão novinha e já tão louca...
Lamento contrariar sua cabecinha oca, de apenas 21 aninhos, ao dizer que você não é uma pessoa instruída. Você pode até ter ido à escola, à faculdade, porém sua instrução, ao menos na questão política, se baseia em “adestramento”, em palavras-chaves e palavras de ordem propagada pela esquerda. Com a mídia, hoje, inteiramente dominada pelas esquerdas, é natural que cabecinhas ocas como você sejam presas fáceis da GRANDE MENTIRA que nas últimas décadas se tem contado neste País.
Carlos Eugênio foi um terrorista de destaque da ALN de Marighela, foi um assassino frio que matou no mínimo umas dez pessoas, nem ele sabe direito, como confessou em entrevista à revista Veja. Na mesma reportagem, ele afirmou que se armava à noite, pegava um carro e saía atirando a torto e direito. Mais ou menos como hoje fazem os traficantes do Rio de Janeiro, que queimam ônibus, matam policiais e determinam “toque de recolher” à população, proibindo os comerciantes de abrir suas lojas, aumentando os dias de feriados na cidade... Além disso, seu amiguinho Sarmento é um mentiroso, pois em seu livro, “Viagem à Luta Armada” (Editora Civilização Brasileira, 1996), ele fantasia a história, dizendo que “Toledo” foi torturado até a morte pelo delegado Fleury, em São Paulo. Essa versão é negada por Luís Mir em “A Revolução Impossível”, pg. 560. É com tipos assim, com assassinos sem escrúpulos como Eugênio que você costuma tomar chopinho?
Quanto a eu ser militar, não há nada a dizer. Eu poderia ser um padeiro, um motoboy, um professor, qualquer coisa na vida. Ninguém tem nada com isso, muito menos uma imbecil como você. Isso não muda em nada o que penso e o que digo. Não que eu me julgue acima das pessoas de outras categorias profissionais. Não sou como você, que tem preconceito contra mim, não por eu ser militar, mas por eu dizer a verdade, doa a quem doer. Se eu fosse um militar que “falasse” a sua double-língua, você estaria me condecorando com medalhas mil. Honra e hombridade não se aprende na escola, no quartel ou na faculdade. Aprende-se em casa. E isso minha mãe me ensinou muito bem. Posso às vezes ser chato, mas não sou mentiroso. Você nasceu em que planeta? Foi gerada em que estufa?
Com que os militares contribuíram para o desenvolvimento do Brasil? Você é tão “instruída” que não sabe que até Lula-laite, o “SEU” presidente de “ESQUERDA”, elogiou os governos militares, no que concerne a projetos desenvolvimentistas, os tais Planos Nacionais de Desenvolvimento (PND). Para seu conhecimento, já que é tão burra (ou finge sê-la, para desancar os milicos), foram os militares que criaram a Embratel, que possibilitou o ingresso do Brasil no prosaico uso do telefone; antes, uma ligação de São Paulo para o Rio podia levar horas, às vezes dias. Foram os milicos que colocaram a TV no ar em todas as casas brasileiras no longínquo ano de 1969, a tempo de vermos o pouso do primeiro homem na Lua, e a Copa no México, no ano seguinte (1970) - aí, já com TV colorida, padrão PAL-M genuinamente nacional, criado por um militar brasileiro.
Foram os militares que construíram as maiores usinas hidrelétricas do País (Itaipu, Sobradinho, Tucuruí, Ilha Solteira, Urubupungá, etc.). Nunca houve “apagão” durante os governos militares, pois eles proporcionaram toda a infra-estrutura necessária para o crescimento do Brasil, com repercussões até hoje – fato que toda a esquerda teve que reconhecer durante o quase-apagão do último Governo FHC. Os militares construíram a Ponte Rio-Niterói, criaram o Banco Central, duplicaram a rodovia Rio-São Paulo, investiram em usinas siderúrgicas. O Brasil, antes dos militares chegarem ao poder, ocupava o 48º lugar, quanto ao PIB. Os militares, que você diz que nada fizeram, promoveram nosso País para a 8ª economia do planeta. Foi tal o crescimento do Brasil que tirou em torno de 60 milhões de pessoas da miséria. No século passado, somente o Japão teve crescimento de tal ordem. Desde a Nova República até o desastroso governo FHC, retrocedemos para 13º lugar, fomos superados recentemente pelo México, que se beneficiou com sua inclusão no NAFTA (claro, você e todos os micos adestrados deste País são contra a ALCA, mesmo que nenhum artigo tenha sido discutido, antes mesmo de sabermos se algum item do acordo, que ainda será escrito, o Brasil deverá aceitar ou rejeitar.) Desde a Nova República, uns 60 milhões de pessoas foram jogadas ou nasceram na miséria e, com Lula-laite, a tendência é nos afundarmos ainda mais, porque a única coisa que passa na cabeça do “petistério” é tirar de quem tem para dar a quem não tem. A única coisa que o “SEU” presidente sabe fazer é aumentar ainda mais o arrocho sobre a classe média, a exemplo da manutenção da CPMF, da não redução da alíquota do Imposto de Renda (que deveria cair de 27% para 25,5%) e de redução de contribuições das empresas, como Cofins (que deveria ser reduzido de 9% para 7,5%). E, agora, há esse ridículo aumento de 1% para o funcionalismo público, quando ainda no ano passado a Patota do Torto (PT) pedia 70% de aumento. O decantado projeto “Fome Zero” não é nada mais do que uma imitação do antigo voto de cabresto, que será extremamente útil nas eleições municipais do ano que vem. Quem viver até lá (Alô Rio de Janeiro, Beira-Mar o ano inteiro!), verá.
Quanto às torturas de que você fala, eu nunca disse que elas não existiram. É claro que houve, como muita gente já confirmou, incluindo militares. Você queria que a tortura fosse monopólio dos comunistas, como ocorre com Fidel Castro até hoje? O que a comunistalhada toda esconde da população é que houve uma Lei de Anistia, que deveria valer para os dois lados, porém só está valendo para terroristas e assassinos.
No “caso Bete Mendes”, que acusou o coronel Ustra de torturador, eu coloquei em dúvida as acusações, porque tudo indica que ela é uma mentirosa descarada. Basta você ler o livro de Ustra, “Rompendo o Silêncio”, para conhecer a verdade sobre o assunto. Antes, a “Rosa” da VAR-Palmares já havia sido entrevistada por várias publicações, para contar o que fazia no grupo terrorista, porém nunca havia se referido à tortura. Por que somente no Uruguai, junto da comitiva do presidente Sarney, ela foi acusar o coronel? Ora, a dedução é simples: ela foi plantada pelo PT naquela caravana para fazer acusações sem prova, mas que provocaram um dano irreparável ao militar e ao Exército, com repercussão internacional. Entre a palavra de Ustra e a de “Rosa”, fico com o primeiro, não por ele ser militar, mas por eu ter minhas reservas quando a esquerda fala, pois a mentira e a desinformação fazem parte do vocabulário de tal gentalha. Aliás, Lênin, a quem você tece vivas e mais vivas no final de sua irritada mensagem, disse: “Os comunistas deveriam lembrar-se de que falar a verdade é preconceito pequeno-burguês. Uma mentira, por outro lado, é muitas vezes justificada pelo fim.” Disse ainda Lênin estas duas máximas: “Por princípio, nunca rejeitamos o terror”; “Não pode haver nada mais abominável que a religião”. Que tal?
A sua afirmação “com certeza o senhor deve dizer isso numa tentativa esforçada e penosa de esquecer o que praticou ou viu seus amiguinhos de caserna praticarem” é uma acusação muito grave. Baseada em que bola de cristal você diz tal infâmia? Você deveria ter mais cuidado com o que afirma, pois poderá ser processada para provar em juízo essa calúnia.
Mas, para mim, não causa estranheza o que você afirmou. É coisa de bandido, de pessoas sem escrúpulos como você, da “esquerda” à qual você tece tantos elogios. Aliás, de bandidagem é o que você mais deve entender, pelo orgulho de ter um presidente “DE ESQUERDA”, que é acusado de ter sido financiado pelas propinas de Santo André e pelos traficantes de drogas das FARC. Andar de braços dados com as FARC, como a “petezada” andou durante o Governo de Olívio Dutra, é nisso que dá. Aliás, Fernandinho Beira-Mar também tem ligações com as FARC. A bandidagem toda se merece. O que você tem a dizer sobre isso?
Hoje, se você tem liberdade de expressão, não é por obra dos terroristas. Muito pelo contrário. Os terroristas assassinos que você tanto defende, na verdade não queriam a democracia. Todos aqueles grupos eram de linha comunista, seja soviética, chinesa, cubana ou albanesa. Essa a mais cristalina verdade: todos eles queriam implantar no Brasil uma ditadura comunista, seja a de molde de Fidel Castro, de Mao Tsé-Tung ou outro tirano qualquer. Essa a Grande Verdade.
Se você hoje tem liberdade de expressão, não esqueça que os militares também tiveram participação nesta história, ao eliminar os grupos terroristas, os fernandinhos-beira-mar que afrontavam o Brasil com atentados de toda ordem nas décadas de 1960 e 70. Esse foi o primeiro trabalho dos militares, necessário para a pacificação nacional. Quanto ao retorno à vida democrática, ela foi obra de muitos brasileiros, incluindo políticos interessados no poder, com os olhos voltados para o calendário eleitoral, nunca por assassinos terroristas comunistas que você tanto defende. O “timing” para a volta à democracia foi obra da lenta distensão política iniciada pelo presidente Geisel, que teve que enfrentar muitos bolsões de resistência, tanto de esquerda como de direita, para passar o governo a Figueiredo, que decretou a Lei da Anistia, permitindo a volta de cassados e terroristas à vida política brasileira. Essa a Grande Verdade, não a mentira deslavada na qual você acredita e fica pregando por aí.
Num regime comunista, você até teria liberdade de expressão. Desde que concordasse com a orientação política do governo. É o que acontece no momento em Cuba: se você lambe as botas de Fidel Castro, se o aplaude nos inacabáveis discursos em praça pública, você consegue emprego, faz parte da “inteligentsia”, come lagostas e degusta mojito; se você tece críticas ao regime cubano, você não consegue emprego, não sobra nenhuma migalha que cai da mesa da gangue instalada no poder. Quem é de oposição, no regime de Castro, vai para a cadeia, como ocorreu esta semana com 78 militantes dos direitos humanos, economistas e jornalistas independentes, que pegaram penas de 6 a 28 anos de prisão – o poeta Raúl Rivero pegou 20 anos. Acobertado pelo barulho dos bombardeios de Bagdá, quando a mídia internacional estava interessada na Guerra iraquiana, Fidel em uma semana condenou à morte por fuzilamento 3 dos 10 cubanos que haviam seqüestrado uma balsa em Havana para fugir para Miami. Quem já havia fuzilado mais de 17.000 patrícios, fuzilar mais 2 ou 3 pessoas de sua própria gente não ia fazer nenhuma diferença mesmo. O que você diz sobre isso, dona cabecinha oca?
Quanto a dar vivas a Marx, Lênin, Fidel, Guevara, tudo bem. Cada um tem a liberdade de escolher os assassinos de sua preferência. Para mim, é a mesma insanidade que dar vivas a Hitler, Mussolini, Fidel Castro, Pol Pot. São todos totalitários e merecem meu repúdio. Para você, fanatizada como é, destilando fel por todos os poros, é natural que enalteça tais facínoras.
Quanto a dizer que Cristo foi o primeiro socialista, é outra burrice sua. Muitos filósofos da antigüidade já pregavam tal sistema social, especialmente os gregos. Não se pode confundir a “comunidade” criada por Cristo, de base espiritual, baseada no amor ao próximo, com a “sociedade comunista”, baseada no ateísmo e no materialismo. Não disse Lênin que não existe nada mais abominável do que a religião? Como você quer misturar a doutrina cristã com uma ideologia que somente no século XX assassinou mais de 100 milhões de pessoas? Todo esse imbroglio que você vomitou no meu computador é uma blasfêmia que há muito tempo os ditos “freis” Betto e Boff repetem para a macacada comunista, como você.
Taí, pois, um texto para você imprimir e mostrar a seus amiguinhos, como você prometeu, mostrar tudo o que escrevo a eles. Será que você terá coragem de mostrar este texto?
VIVA CRISTO REI!
VIVA NOSSA SENHORA APARECIDA!
VIVA SANTA PAULINA!
Que Deus, em sua infinita misericórdia, tenha pena de sua insanidade e perdoe todas as blasfêmias proferidas no texto enviado pela Internet.
Félix Maier
Publicado em Usina de Letras em 15/04/2003
Obs.:
O texto que escrevi sobre Bete, Mentes? ao qual Lívia Venina faz referência é o que consta abaixo.
F. Maier
Bete, Mentes?
por Félix Maier
Fernão Mendes Pinto, viajante e escritor português da época das navegações, contava histórias tão incríveis que tinha seu nome glosado para Fernão Mentes Pinto.
No Brasil temos esforçados aprendizes da mentira, especialmente entre a canhota, que foram fazer curso em Cuba para tentar implantar o comunismo no Brasil, ao mesmo tempo em que dizem que queriam a volta da democracia durante os governos militares... Dentre os pinóquios caboclos, distingue-se a Sra. Elizabeth Mendes de Oliveira, vulgo Bete Mendes das novelas da TV Globo.
Quem é, afinal, Bete Mendes, ou melhor, Bete Mentes?
Na sopinha de letras em que se transformaram os grupos terroristas das décadas de 60 e 70, Bete Mentes era uma araponga da Vanguarda Popular Revolucionária - Palmares (VPR-Palmares), que foi a fusão da VPR com o Comando de Libertação Nacional (Colina), em 1969. Na VPR, Bete Mentes tinha o codinome de “Rosa”, talvez uma referência a Rosa Luxemburgo, em quem provavelmente se espelhava. Antes de abordar as mentiras de Bete Mentes, convém fazer um retrospecto das atividades da VPR.
A Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) com dissidentes paulistas da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (POLOP). Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca, que desertou do 4º RI, em Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, 5 metralhadoras INA, revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca teve que antecipar seu plano para não ser preso.
No dia 22 Jul 1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. Em 26 Jun de 1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II Exército, em São Paulo, matando o sentinela, soldado Mário Kozel Filho. Em 12 Out 1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais. Em 1970, a organização terrorista seqüestrou diplomatas estrangeiros: o Cônsul-Geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11 Mar 1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o Embaixador da República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von Holleben, no dia 11 Jun 1970; o Embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, em 07 Dez 1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao Chile do Presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13 Jan 1971. Nesse seqüestro, participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou 2 tiros à queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10 Dez 1970. O seqüestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações terroristas no País.
Uma das ações mais covardes desta organização foi o assassinato a golpes de fuzil do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida dos soldados de seu pelotão (10 Mai 1970). No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao povo brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho: "A sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".
No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17 de setembro de 1971, ao resistir à prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil dólares, doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos políticos”, no dia 11 Set 1996. Depois dessa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído no Brasil como o “Dia da Traição”, como já sugeriu o Deputado Jair Bolsonaro.
Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS) para Governador. Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, Presidente da Petrobrás durante o Governo FHC (sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil). Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso, (Governo Garotinho), que teve como Chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A fusão da VPR com o Colina resultou na VAR-Palmares, como já foi dito acima.
E é nessa VPR-Palmares que “Rosa” foi parar. Quais as atividades criminosas que Bete Mentes cometeu naquela organização? Ela nunca enumerou nenhuma. Não teve a coragem, p. ex., do terrorista Carlos Eugênio Sarmento da Paz, da Aliança Libertadora Nacional (ALN, que confessou ter praticado em torno de 10 assassinatos. Porém, sabemos que “Rosa” desfiou um “rosário” de mentiras para atingir a honra do coronel do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar no Uruguai.
No dia 17 de agosto de 1985, os jornais de todo o País publicavam as acusações da deputada federal Elizabeth Mendes de Oliveira. Dizia a “atriz” global que havia se encontrado em Montevidéu com o homem que, 15 anos antes, a havia torturado. Como o coronel Ustra havia sido integrante da Operação Bandeirantes (OBAN), organização que havia acabado com o terrorismo em São Paulo, a esquerda revanchista não deixou passar a oportunidade de ouro: na comitiva da visita do Presidente Sarney ao Uruguai, Bete Mentes foi estrategicamente incluída no grupo para caluniar Ustra.
Imediatamente, parlamentares, movimentos de “direitos humanos”, associações, exigiram a volta imediata do coronel Ustra ao Brasil, ao mesmo tempo em que antigos terroristas assassinos voltavam a nosso País como heróis.
Mesmo sem apresentar provas contra Ustra, Bete Mentes conseguiu seu intento, que foi o afastamento do militar da missão no exterior.
Toda a verdade a respeito do ocorrido, e da história da OBAN, pode ser visto no livro “Rompendo o Silêncio”, de autoria do próprio coronel Ustra. Um excerto do assunto pode ser acessado no site Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), www.ternuma.com.br. O coronel Ustra, inúmeras vezes, solicitou uma acareação com a terrorista. Obviamente, nunca foi atendido.
Atualmente, além de “guerrear” em algumas novelas e seriados da TV Globo, como “Aquarela do Brasil”, Bete Mentes foi nomeada presidente da FUNARJ pelo Governador Garotinho. Jane Vieira de Souza, antiga “militante” da ALN, que participou do sequestro de um avião, é hoje diretora do Arquivo Público do Rio de Janeiro. Como se vê, a alegre caravana dos terroristas está tranquilamente “em casa”.
O que eu não sabia é que Bete Mentes também é uma febiana. Se não combateu com a FEB na Itália, ao menos tem um grande apreço por nossos pracinhas. Sabe por quê? Por todas as suas atividades desenvolvidas esses anos todos na PAR-Palmares, criando mentiras para atingir a honra de um militar íntegro, ela foi convidada pelo Centro de Comunicação do Exército (C Com S Ex) para ser a apresentadora de um documentário, "Apresentação especial de documentário sobre a FEB", que pode ser acessado no site do Exército, www.exercito.gov.br.
Por mais esta, fica a palavra com o general Chefe do C Com S Ex, para explicar a ignomínia, pois, das duas, uma:
- ou os militares do C Com S Ex são tão novos (ou tão ignorantes) que nunca ouviram falar da terrorista e pinóquio de saias;
- ou a canalhice também tomou conta do nosso glorioso Exército Brasileiro.
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