Celso Lungaretti e a organização de Lamarca
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Em junho, com a indenização da família de Lamarca, e a concessão da pensão de general de brigada à viúva de Carlos Lamarca , Celso Lungaretti escreveu um artigo – “Rescaldo do “caso Lamarca”, onde diz que a sociedade está perdida em meio a “argumentos jurídicos, políticos e éticos, além de muita propaganda enganosa” e que isso “confunde os cidadãos que querem formar uma opinião com imparcialidade”.
Realmente, está difícil para o povo diferenciar as mentiras da realidade nos chamados “anos de chumbo”. Setores da mídia, comprometidos ideologicamente ou por troca de favores políticos, bombardeiam a opinião dos mais jovens com versões distorcidas.
Em trechos de seu artigo, Celso Lungaretti critica a Lei da Anistia de 1979. Diz “que iguala vítimas e carrascos”. Continua a reforçar a mentira de que a luta armada foi iniciada para resistir à ditadura militar. Sugere que 'os agentes de segurança atingidos pelos resistentes” 'façam jus à reparações do Estado'.
Pede punição para:
- os generais–presidentes,
- os signatários do AI 5, citando, nominalmente, o Coronel Jarbas Passarinho,
- os comandantes das Forças Armadas,
- os agentes que atuaram nos Órgãos de Segurança, citando, também nominalmente, o cel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Compara a comissão de Anistia ao Tribunal de Nuremberg. Compara as vítimas do nazismo com os subversivos e terroristas brasileiros.
Considera que 'independentemente da reparação a que fazem jus os resistentes (ou seus herdeiros) por terem sido vítimas do arbítrio, aqueles que praticaram violência excessiva ou inutil deveriam ser processados criminalmente'. ( Iam sobrar poucos! Só “justiçamentos” foram mais de trinta...)
E, continuando a sua análise da situação, considera lícito assaltar bancos, para sustentar militantes, e, seqüestrar diplomatas, para trocá-los por subversivos e terroristas presos.
Quer parecer imparcial!... Critica determinadas condutas dos militantes da luta armada, como “jogar um carro com explosivos ladeira abaixo na direção de um quartel cujo comandante lançara um desafio público aos guerrilheiros. Isso foi responder a uma bravata com outra , ou seja, uma puerilidade inaceitável em combatentes da causa do povo.” Segundo ele, esse tipo de atitude não merecia indenização e sim punição.
Celso Lungareti é incoerente. Se não concorda com atos praticados pela organização, como se filiou a ela? Pois ele era militante de uma das mais violentas organizações terroristas, a Vanguarda Popular Revolucionária – VPR, organização de Carlos Lamarca.
Foi a VPR que planejou e organizou o atentado ao Quartel do II Exército, onde morreu o soldado Kosel e outros ficaram feridos. Não foi pior porque a Kombi, carregada de explosivos, se chocou com um poste e não conseguiu ir adiante. Ele sabia desse atentado bárbaro e, mesmo assim, continuou militando na mesma.
Foi Celso Lungaretti, usando o nome falso de Lauro Pessoa, que ficou encarregado de comprar os dois sítios na região de Registro/SP, no Vale da Ribeira, para Lamarca instalar uma área de treinamento de guerrilha. Posteriormente, ao ser preso, em 16/04/70, nesse mesmo dia, indicou aos Órgãos de Segurança a exata localização desses sítios. Foi nesse episódio que o Tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar do Estado São Paulo, foi assassinado, a coronhadas, depois de se entregar como refém para salvar seus soldados feridos em uma emboscada.
Eis a incoerência! Mesmo achando que determinados criminosos não deveriam ser indenizados, e citando o caso específico de um atentado terrorista praticado pela organização de Lamarca, a qual se filiou, ele vinha pleiteando sua indenização.
Celso Lungaretti, levou anos para conseguir o seu quinhão na Comissão de Anistia. Sua indenização demorou porque, sempre foi considerado um traidor. Custou para se redimir perante seus companheiros de subversão e perante à Comissão, porque, depois de ser preso, foi à televisão para alertar os jovens do perigo que representava aderir à luta armada. Na época, ele e outro preso fizeram um pronunciamento, exortando os jovens a abandonar a luta armada, pois estavam sendo usados e, segundo declarações suas, não queriam que outros jovens fossem iludidos.
Não sabemos quando disse a verdade. Se na década de 70, quando falou na TV; se durante o período em que reclamava, na internet, da perseguição que a esquerda lhe fazia; se perante a Comissão de Anistia, para receber indenização; ou, se no artigo que escreveu recentemente 'Rescaldo do Caso Lamarca'.
( vejam abaixo um resumo do histórico da VPR e algumas de suas ações praticadas no ano 1968, em São Paulo - todas antes da promulgação do AI -5, em 13/12 de 1968)
A Organização de Carlos Lamarca
Vanguarda Popular Revolucionária – VPR
No final de 1967, uma dissidência da Política Operária - POLOP - articulou-se para a formação de uma nova organização subversivo-terrorista, de cunho militarista.
Paralelamente, um grupo de sargentos, do Movimento Nacionalista Revolucionário de Brizola, procurava se reorganizar, seguindo a linha cubana.
Ansiosos para colocar em prática os ensinamentos aprendidos em Cuba, onde muitos haviam feito curso de guerrilha, e para conseguir matéria prima para as ações, um grupo composto por Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira, Antônio Raimundo Lucena, José Araújo Nóbrega, José Ronaldo Tavares Lira e Silva e Otacílio Pereira da Silva, assaltou no dia 30/12/1967, o depósito Gato Preto, da Companhia Perus, em Cajamar, São Paulo, roubando 10 caixas de dinamite e 200 detonadores.
Os encontros iniciais entre esses dois grupos começaram em janeiro de 1968, quando passaram a agir em conjunto e planejar a fusão. Em março, foi realizado o 1º Congresso , nascendo a VPR.
Faziam parte da primeira direção da nova organização subversivo-terrorista:
Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartin de Morais (dissidentes da POLOP) e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José de Carvalho ( remanescentes do grupo de Brizola).
A nova organização ficou estruturada da seguinte maneira:
Comando Nacional, Comandos Regionais e estes divididos em : Setores Logísticos, Urbano e Rural. Ao setor logístico cabia conseguir, com ações armadas meios para a organização.. O setor urbano era encarregado do trabalho de massa e era dividido em setor operário, estudantil e de imprensa. Ao setor rural cabia fazer levantamentos de áreas para instalação de futuros focos de guerrilha no campo.
Em São Paulo a VPR participou das agitações do movimento estudantil, onde recrutou vários jovens para a luta armada e na greve dos metalúrgicos de Osasco com seus militantes José Ibrahim e José Campos Barreto. Mas foi na área militar que a VPR mas se destacou. Mantinha uma célula no 4º Regimento de Infantaria em Quitaúna, liderada pelo então capitão Carlos Lamarca e o sargento Darcy Rodrigues . Essa célula já estava infiltrada na Companhia de Polícia do Exército, em São Paulo.
As atividades da VPR no ano de 1968, em São Paulo, demonstram o grau de violência da organização terrorista. Foram roubos de carros e assaltos a bancos, armas e explosivos, atos terroristas a bomba, assassinatos e “justiçamentos”.
A seguir, algumas das ações realizadas pela VPR, em São Paulo, durante o ano de 1968:
07/03 - assalto ao banco Comércio e Indústria, na Lapa;
19/03 – atentado a bomba contra biblioteca do Consulado norte-americano, onde um estudante perdeu a perna e dois outros ficaram feridos;
05/04 - atentado a bomba na sede do Departamento de Polícia Federal
20/04atentadoabombano jornal” O estado de São Paulo, com 3 feridos;
31/05 – assalto ao Banco Bradesco, em Rudge Ramos;
22/06 – assalto ao Hospital Geral de São Paulo, no Cambuci
26/06 - atentado a bomba contra o Quartel General do II Exército, que além dos danos materiais, matou o soldado Mario Kosel Filho e feri diversas pessoas;
28/06 – Roubo, na pedreira Fortaleza, de 19 caixas de dinamite e vários detonadores:
01/08 – assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, no Itaim;
20/09 - assalto ao Quartel da Força Pública do Estado de São Paulo, no Barro Branco, quando foi morto o soldado Antonio Carlos Jeferry. Participantes da ação: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
12/10 – assassinato do capitão Charles Chandler, na frente de sua esposa e filhos, o mais velho com nove anos. Participantes da ação: Marco Antônio Brás de Carvalho, Pedro Lobo de oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
15/10 – primeiro assalto ao banco do Estado de São Paulo, no bairro de Iguatemi;
27/10 – atentado a bomba contra a loja Sears, da Água Branca;
07/11 – roubo de um carro e assassinato de seu motorista, senhor Estanislau Ignácio Correa. Participantes da Ação: Yoshitame Fujimore, Osvaldo Antonio Santos e Pedro Lobo de Oliveira;
06/12 – segundo assalto ao Banco do Estado de são Paulo, no bairro de Iguatemi;
11/12 – assalto à Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, deixando ferido o senhor Bonifácio Ignori , disparado por José Raimundo da Costa ;
Resposta ao artigo de Celso Lungaretti, publicado no Jornal de Brasília e no Orkut
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Celso Lungaretti: Tudo por dinheiro, ou um delator “arrependido” - por Coronel Paulo Carvalho Espíndola e outros
Tudo por dinheiro, ou um delator “arrependido”
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado
Celso Lungaretti ingressou na militância do movimento estudantil de esquerda em 1968, logo sendo recrutado para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Era, pois, comunista convicto, que propugnava implantar no Brasil a ditadura do proletariado, embora, como outros terroristas, declare que lutava contra a ”ditadura militar”.
Lungaretti, logo após ser preso pelos órgãos de segurança, revelou, com a pronta verve dos covardes, tudo o que sabia acerca de sua organização criminosa. Delatou seus companheiros de crime, revelando a localização de um sítio onde a guerrilha de Carlos Lamarca preparava uma aventura rural no Vale do Ribeira. Ele, sem cerimônia, assumiu que comprara, em seu nome, uma gleba de terra na região e levou as autoridades a debelar o foco guerrilheiro em local vizinho. Logo depois, Lungaretti prestou-se a aparecer na televisão, em rede nacional, declarando-se arrependido e concitando os jovens a não aderirem à luta armada. Toda a malta comunista arrepiou-se e o país acreditou na sinceridade dessa mudança de atitude de um “revolucionário”. Por que ele não se imolou pela causa, como fez Lamarca e outros bandidos? Afinal, a televisão teria sido o maior palco para um ato de bravura de um homem que agora se diz herói.
Celso Lungaretti, a partir daí, passou a ser o alvo preferencial da sanha por justiçamento dos terroristas. Somente sobreviveu por obra da vigilância dos militares e policiais que hoje ele considera os seus algozes.
Trinta e quatro anos se passaram - ano de 2005 - e Lungaretti voltou à cena e lançou um livro em que, novamente, explicita a dubiez do seu caráter. A verdade não é a tônica dos seus relatos. Pretendeu ele - e não sei se conseguiu - redimir-se perante os seus companheiros de luta armada, novamente delatando, desta vez aqueles que garantiram a sua integridade física. Tudo, na verdade, para poder candidatar-se a uma indenização junto à Comissão da Anistia. Incomodava-lhe assistir aos vultosos ganhos de ex-terroristas, recebidos das generosas benesses da indústria dos direitos humanos.
É patético verificar - é só ver na Internet - que Celso Lungaretti mostrou sua total falta de compostura, ao ver, inicialmente, suas pretensões indenizatórias fugirem pelo ralo dos recalques das esquerdas que não se esquecem das suas delações.
É deprimente o seu depoimento a um órgão da imprensa:
“Quando veio à tona a intenção do governo federal de fixar um teto para as reparações, procurei a imprensa para relatar o meu caso. Já que se evidencia tanto o fato de algumas pessoas terem sofrido pouco e recebido muito, seria justo mostrar também que há quem tenha sofrido muito e recebido pouco... Finalmente, quero lembrar que as anistias milionárias criaram um paradigma e a igualdade de todos perante a lei se o governo fixar um teto apenas para as reparações vindouras. Haverá enxurradas de ações na Justiça, com forte probabilidade de êxito. Ou se revê todo o processo, ou se concede a todos os casos semelhantes o mesmo tratamento dado ao Cony”.
Aí se vê nova delação. Lungaretti acusa um seu companheiro de imprensa e de causa, Carlos Heitor Cony, de ter recebido além do que merecia, o que, convenhamos, foi a sua maior verdade. Os escorpiões se matam pelos seus rabos venenosos...
Mais patético ainda é um requerimento de Lungaretti ao Ministro da Justiça, em que ele diz: “Por estar desempregado, desde dezembro de 2003, com dependentes desatendidos e pensão judicial em atraso, não recebendo sequer resposta aos e-mails que enviara à Comissão de Anistia, recorri em junho de 2004 ao Ministério Público Federal, à Comissão Nacional dos Direitos Humanos da OAB e à Ouvidoria Geral da República, que acolheram minhas denúncias e abriram procedimentos para apurá-las”. Como vêem, mais delação. Não sei se o postulante recebeu indenização, e, na verdade, nem quero saber, pois que isso só aumentariam os meus engulhos ante tanta indignidade.
Celso Lungaretti, talvez agora com os bolsos cheios, referindo-se à nota do Alto Comando do Exército emitida em reação ao recente lançamento de um livro revanchista e às bravatas de um ministro destemperado, escreveu o seguinte:
“Para que haja uma verdadeira reconciliação nacional, não à imposição da paz dos vencedores sobre os vencidos, é imperativo que as Forças Armadas brasileiras reconheçam que o período 1964/1985 não passou de uma anomalia, assim como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Suas congêneres desses países renegam o período em que, submetidas ao comando de forças totalitárias, atentaram contra os direitos dos povos e dos cidadãos”. Desonestamente, não incluiu as sanguinárias ditaduras comunistas.
Teve, ainda, a audácia de fazer referência a um grande combatente da luta armada vencida por nós, brasileiros de bem, cacarejando o que disse um certo ministrinho da justiça, um tal de José Carlos Dias, sobre o militar em pauta: “emporcalhou com sangue de suas vítimas a farda que deveria honrar”. Nem Lungaretti, nem o ministrinho tem noção do que é vestir farda e lutar pelo Brasil.
Estamos às vésperas do desfile de Sete de Setembro. Aconselho a Celso Lungaretti a não estar no palanque das “autoridades”, pois que ele, ao ouvir o grito da tropa de “Brasil, acima de tudo”, vai emporcalhar as calças e, imediatamente, passará a delatar o ministrinho de estar tirando meleca do nariz, para disfarçar o cheiro da sua impudência.
CELSO LUNGARETTI, O TORQUEMADA DA INTERNET, STRIKES AGAIN...
Abaixo, no endereço
http://www.correiodobrasil.com
Celso Lungaretti, o autonomeado "Torquemada da Internet", volta a fazer ataques a alguns articulistas que combatem a Peste Vermelha que ele tanto venera. Sinto-me lisongeado em fazer parte da lista da "mídia do contragolpe", para usar uma expressão feliz de Reinaldo Azevedo, articulista de Veja.
Tempos atrás, o Torquemada de araque investiu contra os sites Mídia Sem Máscara, Ternuma, A Verdade Sufocada e Usina de Letras (por que Usina? talvez devido aos artigos ali postados por mim, tanto de minha autoria, quanto de terceiros). Pregava o inquisidor vermelho que toda a esquerda deveria se unir para fuçar o conteúdo desses sites, de modo a levar seus articulistas à Justiça, por conter difamações contra petistas e aliados.
Todo mundo sabe que a mídia está infestada de tipos que se autodenominam "de esquerda", assim como as escolas, as universidades e o meio cultural. E não é que o Torquemada petista tem a desfaçatez de insinuar que os integrantes de sua lista negra têm grande amparo da mídia, quando, na verdade, os poucos que obtêm espaço são Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, Jarbas Passarinho e Olavo de Carvalho? Celso Lungaretti é um mentiroso e um difamador sem-vergonha, que deveria ser levado às barras dos tribunais, quando acusa que há empresários que subvencionam seus desafetos. Quem são esses empresários, senhor Lungaretti?
Mas, quem é, afinal, Celso Lungaretti, o inquisidor que espalha mentiras pela Web?
Ora, Celso Lungaretti foi um subserviente capanga de Carlos Lamarca, o terrorista-chefe da VPR, o assassino, desertor e ladrão de armas do Exército que jurou defender com o risco da própria vida, se necessário fosse.
Celso Lungaretti foi um dos responsáveis pela instalação de um foco guerrilheiro na região de Registro, SP, próximo à BR-116. A respeito do assunto, eu tenho um verbete em "Arquivos `I` - Uma história da intolerância", já disponível em Usina de Letras:
"Operação Registro
Félix Maier
A Operação Registro foi realizada no período de 19 de abril a 9 de maio de 1970.
Desde meados de 1969, a VPR pretendia adquirir uma área para treinamento militar de guerrilheiros. No início de dezembro, o ex-prefeito de Jacupiranga, SP, Celso Lungaretti, ofereceu sua propriedade, com 80 alqueires, junto à BR-116, na região de Registro. Tercina, a `Tia`, e José Lavecchia, passaram a ocupar barracos na área, para onde foram levados armas de diversos calibres e milhares de cartuchos.
No início de janeiro de 1970, já se encontravam na área, além da `Tia` e Lavecchia, Carlos Lamarca, sua amante Iara Iavelberg, e Fujimore. No final de janeiro, foram reunidos todos os `alunos` do primeiro turno e iniciaram-se os treinamentos, com aulas teóricas e práticas de armamento e tiro, marchas, topografia, explosivos, minas e armadilhas, emboscadas, instrução tática individual e teoria política.
Celso Lungaretti foi preso na Guanabara, no dia 16 de abril de 1970, e indicou o local de treinamento de guerrilheiros.
No dia 19 de abril, tomavam-se as providências no QG do II Exército para o desbaratamento do foco guerrilheiro. Nesse mesmo dia, elementos de informações do II Exército, do 2º Batalhão de Polícia do Exército e do Centro de Informações do Exército (CIE) deslocaram-se para a área, com o apoio, ainda, de helicópteros e aviões T6 da 1ª Força Aérea Tática, e do Comando da Artilharia de Costa e Antiaérea.
No dia 21 de abril, chegam à região a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 4º RI e trinta e poucos militares da Brigada Aeroterrestre (atual Brigada Pára-quedista), para início das operações.
No dia 27 de abril, Darcy e Lavecchia (Nicolau) foram presos depois de serem denunciados por um morador da região quando tentavam evadir-se pela BR-116.
Um grupo de 20 homens da PM/SP, comandados pelo tenente Alberto Mendes Júnior, foram emboscados perto do Rio Etá, deixando 14 policiais feridos. O tenente Mendes, julgando-se cercado por um grande número de guerrilheiros, aceitou render-se, desde que seus homens recebessem atendimento médico. Deixando os demais policiais como reféns, o tenente Mendes levou os feridos para Sete Barras, voltando para se entregar a Lamarca, de madrugada. Lamarca liberou os demais policiais, pois era inconveniente manter prisioneiros, mantendo apenas o tenente Mendes como refém.
Próximo a Sete Barras, os guerrilheiros foram recebidos a tiros. Dois deles, Edmauro Gopfert e José Araújo da Nóbrega, desgarraram-se do grupo e forma presos dias depois. Os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o tenente Mendes.
Acusado de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com violentos golpes de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Fujimore. Ali mesmo o tenente Mendes foi enterrado. O local foi apontado por Ariston (Rogério), participante do episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia 9 de setembro de 1970, desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato:
'Depois de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos.' (depoimento de Carlos Lamarca in `A Esquerda Armada no Brasil`, de Antonio Caso)."
*
"O Capitão Alberto Mendes Júnior, herói da Polícia Militar de São Paulo, será promovido hoje à noite (23/11/2007), Post Mortem, ao posto de Coronel PM.
O então tenente Mendes Junior foi assassinado a coronhadas pelo herói da esquerda terrorista, Carlos Lamarca, guerrilheiro, terrorista, desertor do Exército Brasileiro e ladrão das armas do Exército que deveria defender como comandante de Companhia, que foi promovido, salarialmente, a General pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Os clubes militares entraram com ação contra essa safadeza revanchista, e conseguiram anular, em primeira instância, essa promoção espúria, que só atende aos interesses da Peste Vermelha.
A promoção do Coronel Mendes será formalizada em um ato cívico coordenado pelo deputado estadual Major Olimpio Gomes, a partir das 19 horas, no no Auditório Franco Montoro da Assembléia Legislativa paulista.
http://alertatotal.blogspot
Os clubes militares entraram com ação, contra essa promoção espúria do terrorista Carlos Lamarca, e ganharam em primeira instância, suspendendo a promoção a coronel e o conseqüente direito pecuniário concedido a seus familiares. "Ainda há juízes em Berlim!" Enfim, fez-se alguma justiça neste País fictício chamado Brasil.
Esse é Celso Lungaretti, o capanga que serviu de corpo e alma a um terrorista da pior espécie, Carlos Lamarca, e hoje tem a petulância de posar como democrata perante seus cupinchas, ao mesmo tempo em que propaga difamações pela Internet. Esse é o Torquemada que quer cercear a liberdade na Internet e investe contra os críticos da Peste Vermelha, essa mesma Peste que foi responsável pela morte de mais de 110 milhões de pessoas no século XX.
Celso Lungaretti: por que você não cala a boca?
***
17/11/2007 17:33:37
Uma polêmica necessária
Por Celso Lungaretti - de São Paulo
Embora considere Olavo de Carvalho desprezível como pensador, cidadão e ser humano, dei-me ao trabalho de polemizar com ele durante três semanas. Depois de uma entrada triunfal, em que colocou seu artigo no Diário do Comércio, no próprio blog e nos sites da direita radical, OC logo percebeu que se daria mal. Então, suas 2ª e 3ª intervenções ficaram restritas ao "Diário do Comércio", servindo apenas para salvar as aparências.
De minha parte, esforcei-me por tornar a polêmica conhecida, para que cumprisse seu papel: demonstrar, de forma cabal, que os ídolos da extrema-direita não têm consistência ideológica nem moral para confrontarem um homem de esquerda bem formado. Pessoas que lhes são imensamente superiores em conhecimentos e caráter, às vezes se deixam intimidar por sua demagogia grosseira, evitando descer ao fundo do poço em que os fascistas invariavelmente tentam colocar a discussão. É um erro. Não devemos ceder um milímetro sequer diante dos representantes do retrocesso e da desumanidade.
Reinaldo de Azevedo, Diogo Mainardi, Jarbas Passarinho, Brilhante Ustra, Felix Maier, Olavo de Carvalho e que tais não passam de tigres de papel (parafraseando Mao Tsé-tung). Alguns deles têm ótimas tribunas, que a grande imprensa lhes disponibiliza alegremente, enquanto nega espaço para o nosso lado. No entanto, na batalha dos argumentos, não dão nem para a saída. Infelizmente, eles ganham de nós na parte da divulgação: infestam o Orkut e as caixas de e-mails com sua propaganda enganosa. Têm muito mais recursos materiais do que nós, provavelmente graças a subvenções dos empresários reacionários.
Então, precisamos equilibrar esse jogo, utilizando as armas de que dispomos: a verdade e o voluntariado. Não podemos deixar que essa corja continue disseminando, sem ser contestada, seu eneno entre as novas gerações. Eis os artigos da polêmica, para quem quiser espalhar e divulgar:
Göebbels inspira direita e esquerda na internet
Inutilidade confessa
O samba do Olavo Doido
Bella robba
Bella ciao
Bella roba, o retorno
Entrada de Leão, saída de cão
17.11.07
POLÊMICA C/ OLAVO DE CARVALHO: CONSIDERAÇÕES FINAIS
Companheiros e amigos,
embora considere Olavo de Carvalho desprezível como pensador, cidadão e ser humano, dei-me ao trabalho de polemizar com ele durante três semanas.
Depois de uma entrada triunfal, em que colocou seu artigo no "Diário do Comércio", no próprio blog e nos sites da direita radical, OC logo percebeu que se daria mal. Então, suas 2ª e 3ª intervenções ficaram restritas ao "Diário do Comércio", servindo apenas para salvar as aparências.
De minha parte, esforcei-me por tornar a polêmica conhecida, para que cumprisse seu papel: demonstrar, de forma cabal, que os ídolos da extrema-direita não têm consistência ideológica nem moral para confrontarem um homem de esquerda bem formado.
Pessoas que lhes são imensamente superiores em conhecimentos e caráter, às vezes se deixam intimidar por sua demagogia grosseira, evitando descer ao fundo do poço em que os fascistas invariavelmente tentam colocar a discussão. É um erro. Não devemos ceder um milímetro sequer diante dos representantes do retrocesso e da desumanidade.
Reinaldo de Azevedo, Diogo Mainardi, Jarbas Passarinho, Brilhante Ustra, Felix Maier, Olavo de Carvalho e que tais não passam de tigres de papel (parafraseando Mao Tsé-tung). Alguns deles têm ótimas tribunas, que a grande imprensa lhes disponibiliza alegremente, enquanto nega espaço para o nosso lado. No entanto, na batalha dos argumentos, não dão nem para a saída.
Infelizmente, eles ganham de nós na parte da divulgação: infestam o Orkut e as caixas de e-mails com sua propaganda enganosa. Têm muito mais recursos materiais do que nós, provavelmente graças a subvenções dos empresários reacionários.
Então, precisamos equilibrar esse jogo, utilizando as armas de que dispomos: a verdade e o voluntariado. Não podemos deixar que essa corja continue disseminando, sem ser contestada, seu veneno entre as novas gerações.
Eis os links da polêmica, para quem quiser espalhar e divulgar:
GOEBBELS INSPIRA DIREITA E ESQUERDA NA INTERNET: http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/09/goebbels-inspira-direita-e-esquerda-na.html
INUTILIDADE CONFESSA:
http://www.olavodecarvalho.org/semana/071024dce.html
O SAMBA DO OLAVO DOIDO:
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/10/o-samba-do-olavo-doido.html
BELLA ROBBA: http://net.dcomercio.com.br/WebSearch/v.asp?TxtId=201349&SessionID=811604801&id=1&q=(bella%20robba)%20AND%20(%20publicationdate%20=%20%2020071107%20)
BELLA CIAO:
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/11/bella-ciao.html
BELLA ROBA, O RETORNO:
http://www.dcomercio.com.br/noticias_online/938750.htm
ENTRADA DE LEÃO, SAÍDA DE CÃO:
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/11/entrada-de-leo-sada-de-co.html,
Postado por celsolungaretti às 11/17/2007 07:34:00 AM
Malta
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Exército ainda não reconheceu que Ditadura foi anomalia
Celso Lungaretti
A nota oficial lançada pelo Alto Comando do Exército na última sexta-feira (31/8), que questiona as conclusões do livro "Direito à Memória e à Verdade", é inaceitável para qualquer democracia, pois coloca essa Arma acima dos três Poderes da Nação. O livro Direito à Memória e à Verdade é uma espécie de relatório final dos trabalhos da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça, que atuou durante 1995 e 2006, analisando 339 casos de possíveis vítimas da ditadura militar de 1964/85.
Estão no livro os resumos de todos esses processos, tanto os 221 deferidos quanto os 118 negados. Para completar, a Secretaria Especial de Direitos Humanos incluiu também tópicos relativos aos 136 cidadãos que já haviam sido reconhecidos como mortos ou desaparecidos pela Lei 9.140 de 1995.
Se tais processos confirmam que as Forças Armadas torturaram, estupraram, assassinaram, esquartejaram, decapitaram e ocultaram cadáveres dos opositores do regime de exceção, então esta já era a posição oficial do estado brasileiro, que reconhecera o fato de que cidadãos foram vítimas desses crimes tanto ao promulgar a Lei 9.140 quanto ao longo dos trabalhos da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos (bem como dos da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que está concedendo reparações aos sobreviventes dos massacres).
Devido à tibieza com que as autoridades têm enfocado os crimes cometidos durante a vigência do terrorismo de estado no Brasil, os defensores dos direitos humanos saudaram a edição do livro como a oficialização de algo que todos já sabiam, mas ninguém afirmava com todas as letras.
O ministro da Defesa Nelson Jobim, entretanto, escolheu uma péssima ocasião para afirmar uma autoridade de que, aparentemente, não dispõe. Afirmou esperar que as Forças Armadas recebessem com naturalidade essa iniciativa do governo em prol da reconciliação do país, mas concluiu com uma bravata pueril: "Não haverá indivíduo que possa reagir. E, se reagir, terá resposta".
Foi o pretexto de que o Alto Comando carecia para manifestar seu inconformismo com a revelação da verdade histórica.
A nota oficial que lançou representa uma quebra de autoridade, já que desautoriza o ministro da Defesa, e coloca em dúvida (“até porque os fatos históricos têm diferentes interpretações, dependendo da ótica dos seus protagonistas”) o acerto das iniciativas do estado brasileiro para reparar as atrocidades cometidas durante os anos de chumbo.
Não, esses fatos históricos têm uma interpretação unânime por parte dos historiadores eminentes e uma interpretação única do estado brasileiro. Ao Exército cabe aceitá-la e não contestá-la, caso contrário estará em dissonância com os “valores da disciplina, da hierarquia e da lealdade” que, na sua nota, afirma cultivar.
Pior ainda é a afirmação de que colocar em questão a Lei da Anistia de 1979 “importa em retrocesso à paz e à harmonia nacionais, já alcançadas”. Significa que, como nos tempos sombrios do AI-5, as Forças Armadas continuam atribuindo ao Executivo, Legislativo e Judiciário o papel de apenas obedecerem às ordens da caserna. Modificar ou não qualquer lei é uma decisão que, numa democracia, cabe aos Poderes da Nação e não precisa ter a anuência do Exército.
Finalmente, é inquietante o trecho que diz: “Não há Exércitos distintos. Ao longo da história, temos sido o mesmo Exército de Caxias”. Implica que, embora o Exército afirme agora estar “voltado para suas missões constitucionais”, não renega o período no qual, submetendo-se à vontade de golpistas que usurparam o poder, ajudou a rasgar a Constituição.
Para que haja uma verdadeira reconciliação nacional, não a imposição da paz dos vencedores sobre os vencidos, é imperativo que as Forças Armadas brasileiras reconheça que o período 1964/1985 não passou de uma anomalia, assim como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália. Suas congêneres desses países renegam o período em que, submetidas ao comando de forças totalitárias, atentaram contra os direitos dos povos e dos cidadãos.
É hora do Exército brasileiro fazer o mesmo, voltando realmente a ser o Exército de Caxias. Até lá, haverá sempre a suspeita de que se trate do Exército de Brilhante Ustra – aquele antigo comandante do DOI-Codi que, na frase imortal do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, “emporcalhou com o sangue de suas vítimas a farda que devera honrar”.
Revista Consultor Jurídico, 3 de setembro de 2007
Sobre o autor
Celso Lungaretti: é jornalista
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Comentário
Félix Maier
Antigamente, Celso Lungaretti praticava o terrorismo esquerdista, quando era capanga de Carlos Lamarca. Atualmente, Celso Lungaretti continua praticando terrorismo - só que psicológico -, a serviço da gangue petista: em seu blog na Internet, convocou todos seus kamaradas a perseguir sites como Mídia Sem Máscara, Ternuma, A Verdade Sufocada, Usina de Letras. Celso Lungaretti, como todo esquerdista que se preza, quer o controle total da Web...
Quem é, afinal, Celso Lungaretti? Lungaretti é o terrorista que, a serviço de Carlos Lamarca, comprou uma fazenda na região de Registro, SP, para instalação de um centro de guerrilha. Quando as forças públicas, compostas por tropas do Exército e da PM de São Paulo, começaram o cerco aos terroristas naquela região, um grupo de soldados comandados pelo tenente Alberto Mendes Jr. foi emboscado. Feridos os soldados, o tenente trocou a liberdade de seus subordinados pela sua vida. Logo depois, Mendes Jr. foi morto a coronhadas na cabeça, por ordem de Lamarca, pois um tiro alertaria os outros militares que estavam em busca do terrorista. Esse foi o grandioso serviço prestado à nação por Celso Lungaretti.
Hoje, o embusteiro Celso Lungaretti posa de democrata, porém o que ele e a gangue de Lamarca queriam era implantar no Brasil uma ditadura muito mais cruel do que a ditadura militar: a ditadura comunista. Essa é a única verdade, o mais é mito que a esquerda propala por aí, infelizmente, com bastante sucesso.
O Alto Comando do Exército agiu corretamente em reafirmar o trabalho heróico das Forças Armadas, no seu bem-sucedido combate à Peste Vermelha. Aquele livro é um engodo, uma mentira, uma obra apócrifa, por não se ater à realidade dos fatos e abordar apenas uma face da moeda, ou seja, a cara dos narcisistas petistas e comunistas aliados.
Celso Lungaretti, a exemplo dos terroristas marxistas das Brigadas Vermelhas, da Itália, e do Baaden-Meinhof, da Alemanha, deveria estar preso junto com todos os terroristas brasileiros que sujaram suas mãos de sangue, e não andar solto por aí para continuar a contar uma mentira depoi de outra.
Celso Lungaretti foi um traidor da Pátria, que pegou em armas contra os brasileiros, a serviço de um governo estrangeiro, Cuba. Por esse hediondo crime de traição à Pátria, Celso Lungaretti deveria ter sido fuzilado. Seria um lixo a menos que o Brasil hoje teria que ouvir e suportar.
Celso Lungaretti (*)
Escrito por Celso Lungaretti
sexta, 28 setembro 2007
Nosso colunista desta vez analisa como os politicos e as ideologias utilizam a internet para vender seu peixe e adverte que "é preciso disciplinar o admirável mundo novo da Web, antes que ele se torne 1984".
A internet fornece tribuna a todos os cidadãos, que podem espalhar à vontade suas opiniões, interpretações e informações (verdadeiras e falsas), seja assumindo honestamente a autoria, seja ocultando-se como anônimos ou fakes.
Num primeiro momento, houve quem saudasse essa nova realidade como uma quebra do monopólio da imprensa e um respiradouro para a opinião pública tomar conhecimento de verdades que estariam sendo sonegadas pelos barões da mídia.
Agora, entretanto, evidencia-se cada vez mais o outro lado da moeda: abriram-se possibilidades praticamente infinitas de manipulação das consciências. Não só para impingirem-se como verídicos os eventos mostrados num pega-trouxas cinematográfico qualquer (A Bruxa de Blair), como também para a massificação de propaganda política enganosa, na linha do nazista Joseph Goebbels ("Uma mentira mil vezes repetida se torna uma verdade").
As empresas jornalísticas e seus profissionais são obrigados a respeitar limites, para não sofrerem os prejuízos financeiros decorrentes da perda de credibilidade e das ações judiciais. Não podem dar livre curso a fantasias e calúnias.
Já os sites financiados por facções políticas pouco têm a perder, daí a desenvoltura com que agem. Direcionam-se para cidadãos frustrados e rancorosos, propensos ao fanatismo e, portanto, incapazes de perceber a total falta de verossimilhança naqueles relatos mirabolantes. Trata-se do mesmo caldo de cultura que gerou o nazismo e o fascismo.
A extrema-direita, em sites como o Ternuma, Mídia Sem Máscara, Usina de Letras e A Verdade Sufocada, prega ostensivamente um novo golpe militar, tentando reeditar, de forma mecânica, a receita que deu certo em 1964.
Mas, se os sem-terra caem bem no papel de espantalho então preenchido pelas Ligas Camponesas de Francisco Julião e se Lula é tão useiro e vezeiro em dar trunfos para o inimigo quanto Goulart, outras peças do quebra-cabeças não se encaixaram: os controladores de vôo nem de longe indignaram a oficialidade como os subalternos contestadores das Forças Armadas (com destaque para os marujos liderados pelo cabo Anselmo); o Cansei e o Fora Lula só conseguem reunir gatos pingados, jamais as multidões das Marchas da Família, Com Deus, Pela Liberdade.
O mais risível é o papel de vilão principal, antes ocupado pela conspiração comunista urdida em Moscou e Pequim. Na falta de coisa melhor, os sites fascistas hoje alardeiam a periculosidade do Foro de São Paulo, por eles apresentados como a "organização revolucionária que está influenciando de maneira decisiva os destinos políticos da América Latina, em especial a América do Sul".
Na verdade, trata-se apenas de um encontro bianual de partidos políticos e organizações sociais contrárias às políticas neoliberais, que vem acontecendo desde a reunião inicial de 1990, em São Paulo (daí o nome).
Olavo de Carvalho, misto de (péssimo) jornalista, (eficiente) propagandista e (pretenso) filósofo, descreve o Foro de São Paulo de forma tão delirante que parece Ian Fleming introduzindo a Spectre numa novela de James Bond: "...a entidade que já domina os governos de nove países não admite, não suporta, não tolera que parcela alguma de poder, por mais mínima que seja, esteja fora de suas mãos. Nem mesmo as empresas de comunicação e o judiciário, sem cuja liberdade a democracia não sobrevive um só minuto. Com a maior naturalidade, como se fosse uma herança divina inerente à sua essência, o Foro de São Paulo, com a aprovação risonha do nosso partido governante, reivindica o poder ditatorial sobre todo o continente".
As hostes virtuais petistas respondem com outros sambas do crioulo doido, como os dossiês sobre conspirações para derrubar o presidente Lula divulgados pelo fantasmagórico grupo Jornalistas Independentes do Brasil (Jibra), com sede oficial em Londres (?!).
Assim, segundo o Jibra, as denúncias do mar de lama que maculou o primeiro mandato do presidente Lula não se deveram ao desmascaramento da organização criminosa que ora responde por seus crimes na Justiça, mas sim à má fé dos formadores de opinião, que estariam sendo subornados para denegrir o angelical Zé Dirceu. Teria ocorrido o repasse de numerário, via Nossa Caixa, Bank of Boston e Santander Banespa, para "pelo menos 76 pessoas, entre jornalistas e outras personalidades", incluindo os jornalistas Ricardo Noblat, Lílian Witte Fibe e Augusto Nunes, o deputado Fernando Gabeira e o ator Lima Duarte.
Além dos partidos rivais do PT, estariam envolvidos na fantástica tramóia os serviços de inteligência dos EUA e do Reino Unido – os quais teriam assassinado o brasileiro Jean Charles de Menezes no metrô londrino, não por o terem confundido com um terrorista, mas por acreditarem que ele fosse o "operador estratégico das ações do Jibra"!
O Ministério Público Federal e as autoridades policiais têm mostrado empenho no combate à pornografia e à pedofilia na Internet, mas quase nada vêm fazendo contra as campanhas totalitárias – desde o golpismo da extrema-direita até a desmoralização e intimidação da imprensa por parte dos petistas. Muito menos para defender a honra dos cidadãos que são alvos diários de difamações e calúnias.
É preciso disciplinar o admirável mundo novo da Web, antes que ele se torne 1984.
(*) Celso Lungaretti é jornalista e escritor. Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
Obs.: Celso Lungaretti, capanga de Lamarca no foco guerrilheiro de Registro, SP, está muito preocupado com as vozes contrárias que ouve na Internet, que não estão afinadas com o vozeirão da Peste Vermelha, que é a sua ideologia. Fora Censura na Internet! Fora PT! Fora Lula! Fora Foro de São Paulo! (F. Maier)
Celso Lungaretti
http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/
Há uma trincheira praticamente abandonada, que precisamos ocupar o quanto antes: a própria internet.
A extrema-direita desenvolve uma atuação maciça na Web, com fartura de recursos materiais e uma verdadeira rede de fanáticos espalhando seu veneno, cuja finalidade última é preparar o terreno para uma nova quartelada.
Mantém sites como o Terrorismo Nunca Mais, o Usina de Letras, o Mídia Sem Máscara e A Verdade Sufocada, em que armazena centenas de textos demagógicos, como munição que os fascistinhas recortam, distribuem e colam em todo lugar.
Atua como rolo compressor nas comunidades do Orkut e congêneres, afugentando das discussões os internautas não-sectários.
Mantém envio ininterrupto de panfletos virtuais por meio de suas redes.
O ANTÍDOTO - Já é hora de começarmos a reagir -- mesmo porque dá menos trabalho matar a serpente ainda no ovo. Podemos:
1) Reunir provas dos delitos que estão sendo cometidos (exortação à rebelião contra os Poderes da Nação, calúnia e difamação, principalmente), encaminhando-as às autoridades (a equipe que o Ministério Público Federal criou para combater os crimes virtuais ou, nas cidades menores, a Polícia Federal), à imprensa e às entidades de defesa dos direitos humanos;
2) Denunciar essa propaganda enganosa e essas pregações golpistas na própria internet, disputando espaços com as tropas de choque virtuais dos neo-integralistas;
3) Criar e afirmar um ou mais sites que reúnam artigos sobre os mesmos temas, disponibilizando a verdade histórica para nossos seguidores, de forma a facilitar-lhes a desmistificação das manipulações primárias das viúvas da ditadura.
Tenho a impressão de que a corja golpista, temendo que a pequena melhora da situação econômica ora verificada fortaleça o Governo Lula, começa a ficar desesperada. Seu alarmismo subiu de tom e é bem capaz de tentar algo, na base do "agora ou nunca".
Então, temos de ficar bem atentos. E agir decididamente para abortar no nascedouro os planos do inimigo.
Fonte: http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/2007/07/aos-companheiros-e-amigos.html
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Quem é Celso Lungaretti?
Félix Maier
Celso Lungaretti é jornalista, autor do livro “Náufrago da Utopia” e se apresenta candidamente como "ex-preso político". Mas não diz o que fez para se tornar preso político, como todos os embusteiros de esquerda que participaram de movimentos terroristas nas décadas de 1960 e 70.
Em "Arquivos I - Uma história da intolerância", de minha autoria, já disponível em Usina de Letras, eu tenho um verbete, "Operação Registro", que dá uma idéia de que tipo de trabalho se dispunha a fazer Lungaretti no final da década de 1960:
"Operação Registro - Realizada no período de 19 de abril a 9 de maio de 1970. Desde meados de 1969, a VPR pretendia adquirir uma área para treinamento militar de guerrilheiros. No início de dezembro, o ex-prefeito de Jacupiranga, SP, Celso Lungaretti, ofereceu sua propriedade, com 80 alqueires, junto à BR-116, na região de Registro. Tercina, a “Tia”, e José Lavecchia, passaram a ocupar barracos na área, para onde foram levados armas de diversos calibres e milhares de cartuchos. No início de janeiro de 1970, já se encontravam na área, além da “Tia” e Lavecchia, Carlos Lamarca, sua amante Iara Iavelberg, e Fujimore. No final de janeiro, foram reunidos todos os “alunos” do primeiro turno e iniciaram-se os treinamentos, com aulas teóricas e práticas de armamento e tiro, marchas, topografia, explosivos, minas e armadilhas, emboscadas, instrução tática individual e teoria política.
Celso Lungaretti foi preso na Guanabara, no dia 16 de abril de 1970, e indicou o local de treinamento de guerrilheiros. No dia 19 de abril, tomavam-se as providências no QG do II Exército para o desbaratamento do foco guerrilheiro. Nesse mesmo dia, elementos de informações do II Exército, do 2º Batalhão de Polícia do Exército e do Centro de Informações do Exército (CIE) deslocaram-se para a área, com o apoio, ainda, de helicópteros e aviões T6 da 1ª Força Aérea Tática, e do Comando da Artilharia de Costa e Antiaérea. No dia 21 de abril, chegam à região a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 4º RI e trinta e poucos militares da Brigada Aeroterrestre (atual Brigada Pára-quedista), para início das operações. No dia 27 de abril, Darcy e Lavecchia (Nicolau) foram presos depois de serem denunciados por um morador da região quando tentavam evadir-se pela BR-116. Um grupo de 20 homens da PM/SP, comandados pelo tenente Alberto Mendes Júnior, foram emboscados perto do Rio Etá, deixando 14 policiais feridos. O tenente Mendes, julgando-se cercado por um grande número de guerrilheiros, aceitou render-se, desde que seus homens recebessem atendimento médico. Deixando os demais policiais como reféns, o tenente Mendes levou os feridos para Sete Barras, voltando para se entregar a Lamarca, de madrugada. Lamarca liberou os demais policiais, pois era inconveniente manter prisioneiros, mantendo apenas o tenente Mendes como refém. Próximo a Sete Barras, os guerrilheiros foram recebidos a tiros. Dois deles, Edmauro Gopfert e José Araújo da Nóbrega, desgarraram-se do grupo e forma presos dias depois. Os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o tenente Mendes. Acusado de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com violentos golpes de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Fujimore. Ali mesmo o tenente Mendes foi enterrado. O local foi apontado por Ariston (Rogério), participante do episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia 9 de setembro de 1970, desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato: “Depois de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos.” (depoimento de Carlos Lamarca in “A Esquerda Armada no Brasil”, de Antonio Caso)."
Veja o que diz o Ternuma a respeito de Lungaretti, endereço http://www.ternuma.com.br/terrormaio.htm:
"10/05/70 – ALBERTO MENDES JÚNIOR
(1º Tenente PMESP – SP)
Nos dias 16/04/70 e 18/04/70 foram presos no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti e Maria do Carmo Brito, ambos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), uma das organizações comunistas que seguia a linha cubana.
Ao serem interrogados os dois informaram que desde janeiro/70, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas, instalara uma área de treinamento de guerrilhas, na região de Jacupiranga, próxima a Registro, no Vale da Ribeira, no Estado de São Paulo, sob o comando do ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca.
No dia 19/04/70, tropas do Exército e da Polícia Militar do Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, para verificar a autenticidade das declarações dos dois militantes presos e neutralizar a área, prendendo, se possível os seus 18 ocupantes.
No início de maio/70 uma parte da tropa da Polícia Militar foi retirada da área, permanecendo, apenas, um pelotão. Como voluntário para comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o Tenente Alberto Mendes Júnior. Com 5 anos de Polícia Militar, o Tenente Mendes era conhecido, entre os seus companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao lado se seus subordinados.
No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por Carlos Lamarca, que estavam numa pick-up, ao pararem num posto de gasolina em Eldorado Paulista, foram abordados por policiais que, imediatamente, foram alvejados por tiros que partiram dos terroristas que ocupavam a pick-up e que após o tiroteio fugiram para Sete Barras.
Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha, que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Cerca das 21:00 horas, houve o encontro com os terroristas que estavam armados com fuzis FAL enquanto que os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando urgentes socorros médicos.
Um dos terroristas, com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico, gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se cercado, o oficial aceitou render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.
De madrugada, a pé e sozinho, o Tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca que decidiu seguir com seus companheiros e os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega desgarraram-se do grupo e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o Tenente pararam para descansar. Nesta ocasião Carlos Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes pois o mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros dois Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima ficaram vigiando o prisioneiro.
Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do Oficial, Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado.
Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI/CODI/IIEx e apontou, no local, onde o Tenente estava enterrado. Seu corpo foi exumado, em segredo, pelos agentes do DOI pois os companheiros do Tenente queriam linchar Ariston.
Dos cinco assassinos do Tenente Mendes, sabe-se que:
· Carlos Lamarca, morreu na tarde de 17/09/71, no interior da Bahia, durante tiroteio com o DOI/CODI/6ª RM;
· Yoshitame Fugimore, morreu em 05/12/70, em São Paulo, durante tiroteio com o DOI/CODI/IIEx;
· Diógenes Sobrosa de Souza, preso em 12/12/70, no RS. Em novembro de 71 foi condenado à pena de morte (existia na época esta punição para os terroristas assassinos, que nunca foi usada). Em fins de 1979 , com a anistia foi libertado;
· Gilberto Faria Lima, fugiu para o exterior.
· Ariston Lucena, após a anistia foi libertado e teria se suicidado, recentemente, no RS.
Observação:
Embora Carlos Lamarca tenha desertado no posto de capitão, por lei especial, sua família recebe a pensão de coronel.
Todas as famílias dos terroristas assassinos, inclusive a de Carlos Lamarca receberam uma grande indenização em dinheiro.
O Tenente Mendes, promovido após sua morte, por bravura, ao posto de capitão, deixou para sua família a pensão relativa a esse posto. Sua família , que nunca ganhou nenhuma indenização dos governos federal e estadual, tem problemas psicológicos até hoje. Seus pais não se conformam em ter único filho sido assassinado de forma brutal, por bandidos sempre tão endeusados pela nossa mídia."
Vejamos o que tem a dizer Pedro Paulo Rocha, militar e empresário, sobre Lungaretti:
ARTIGO BOMBA!
http://alingua.blogspot.com/2006_10_22_archive.html
Não os conheço e nunca tentei lhes catequizar com mensagens, mesmo porque, em termos de doutrinas políticas ou religiosas, creio que a FÉ prevalece acima de qualquer argumentação, por mais lógica ou sensata que seja.
Contudo, uma vez que me dirigiram a mensagem do Sr. Celso Lungaretti que apresenta uma visão totalmente deturpada de fatos que conheço, julgo-me no direito de contestar, defendendo a verdade, como testemunha que fui e experiências que tive.
Não é meu objetivo defender o governo militar ou qualquer facção política. Sempre fui independente, por não me deixar doutrinar religiosa ou politicamente, uma vez que jamais conseguiram me fazer a cabeça. Se não acredito em marxismo ou em socialismo é porque sou pragmático e sei que não existe nenhuma sociedade humana em que tal regime utópico tivesse dado certo.
Em especial porque também fui vítima, pois me cassaram, não por razões políticas, mas por ter denunciado esquemas de corrupção que envolvia um grupo de militares "revolucionários".
Sei que, na década de 60, a agitação tomara conta do país e grupos orientados e subvencionados por Moscou pretendiam, realmente, implantar o comunismo no Brasil, da mesma forma que o intentam agora. Só que atualmente agem na surdina, seguindo os princípios preconizados por Gramsky, enquanto que naquela época, com os ânimos exaltados, supunham que poderiam fazê-lo na marra. E foi tal situação que provocou uma reação militar que deveria ter sido limitada, segundo intenção do gen. Castelo Branco, mas que infelizmente se prolongou face a ação de militares radicais. O radicalismo, de qualquer natureza, é sempre um desastre.
Sei também que foram os grupos extremistas de esquerda que deflagraram o terrorismo, com a explosão de uma bomba no aeroporto de Recife, onde então eu trabalhava, depois de ter me formado no ITA
Em 1966, após ter sido cassado, trabalhei 4 anos na COFAVI, uma estatal ineficiente e deficitária, onde os grupos de esquerda sabotavam o seu funcionamento ao ponto de terem danificado um laminador, o que provocou a entrada em férias da empresa, até a chegada de equipamento para substitui-lo.
Os envolvidos acabaram sendo identificados e foram demitidos, entre eles o Léo e o David.
Tempos depois li num jornal do Rio que um grupo de terroristas havia sido preso ao tentar praticar sabotagens. Entre os envolvidos estava o David, que fora meu contramestre na usina e fui visitá-lo. Confessou-me ele que fazia parte de um grupo terrorista, subvencionado pelo PC, que visava explodir centrais telefônicas, centrais de transmissão e fábricas. Alguma coisa semelhante ao que fazem as FARC na Colômbia. Qualquer um que raciocine entenderá que tais procedimentos são destrutivos e em nada contribuem para o progresso, o desenvolvimento e a paz no país.
Sem dúvida, existem injustiças e a miséria deve ser combatida. Mas o caminho único se estriba no trinômio: controle de natalidade das populações carentes, aprimoramento do ensino e combate à corrupção. Esmolas só corrompem e desfibram o indivíduo. É a própria CNBB que reconhece que " A bolsa família vicia e deve ser revista".
Certamente, na década de sessenta a maior parte de vocês nem tinha nascido. Eram comuns, então, os atentados, assaltos a bancos e seqüestro, que o governo era obrigado a conter, prendendo os envolvidos e tentando arrancar deles informações que levassem a identificação e localização dos demais.
Foi aquela época a que mais o país progrediu e havia grande oferta de emprego, do que me beneficiei, conseguindo conquistar uma boa situação financeira, nas empresas em que trabalhei, privadas e estatais.
A seguir, em face do acelerado desenvolvimento tecnológico que ocorria na engenharia industrial e nos sistemas de processo, para me atualizar, ingressei no mestrado da PUC, onde simultaneamente fui professor. Foi então que o pessoal da esquerda iniciou um movimento para a anistia dos terroristas cassados, sob a alegação de que deveria haver harmonia entre os brasileiros e o fim do governo militar. Eu me recordo muito bem das palavras que eram pregadas nas reuniões por professores que professavam a doutrina "socialista". Não foi um movimento orquestrado pelos militares para escapar dos seus crimes, como alegado. Uma tese que agora estão lançando, como propaganda, para fugir ao cumprimento da Lei de Anistia, que deveria ter apaziguado os ânimos, mas só serviu para enriquecer anistiados, em busca de privilégios e vultosas indenizações.
O fato é que como aposentado, dificilmente serei afetado por qualquer sistema de governo que seja implantado no Brasil. Mas eu pergunto a vocês onde é ONDE EXISTE UMA ÚNICA NAÇÃO EM QUE O MARXISMO FUNCIONOU?
O problema do Brasil não é de sistema político, mas sim de mentalidade. Não quero que o Brasil se transforme numa Colômbia, onde o terrorismo impera e a desordem impede que o país progrida.
Atenciosamente
Pedro Paulo.
Vejamos o que o site A Verdade Sufocada fala de Lungaretti:
08/07 - Celso Lungaretti e a organização de Lamarca
Os administradores do site www.averdadesufocada.com
Em junho, com a indenização da família de Lamarca, e a concessão da pensão de general de brigada à viúva de Carlos Lamarca, Celso Lungaretti escreveu um artigo – “Rescaldo do “caso Lamarca” , onde diz que a sociedade está perdida em meio a “argumentos jurídicos, políticos e éticos, além de muita propaganda enganosa” e que isso “ confunde os cidadãos que querem formar uma opinião com imparcialidade”.
Realmente, está difícil para o povo diferenciar as mentiras da realidade nos chamados “anos de chumbo”. Setores da mídia, comprometidos ideologicamente ou por troca de favores políticos, bombardeiam a opinião dos mais jovens com versões distorcidas.
Texto completo
Em trechos de seu artigo, Celso Lungaretti critica a Lei da Anistia de 1979. Diz “que iguala vítimas e carrascos”. Continua a reforçar a mentira de que a luta armada foi iniciada para resistir à ditadura militar. Sugere que "os agentes de segurança atingidos pelos resistentes” "façam jus à reparações do Estado".
Pede punição para:
- os generais–presidentes,
- os signatários do AI 5, citando nominalmente o Coronel Jarbas Passarinho ,
- os comandantes das Forças Armadas,
- os agentes que atuaram nos Órgãos de Segurança, citando,também nominalmente, o cel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Compara a comissão de Anistia ao Tribunal de Nuremberg. Compara as vítimas do nazismo com os subversivos e terroristas brasileiros.
Considera que "independentemente da reparação a que fazem jus os resistentes (ou seus herdeiros) por terem sido vítimas do arbítrio, aqueles que praticaram violência excessiva ou inútil deveriam ser processados criminalmente". ( Iam sobrar poucos! Só “justiçamentos” foram mais de trinta...)
E, continuando a sua análise da situação, considera lícito assaltar bancos, para sustentar militantes, e, seqüestrar diplomatas, para trocá-los por subversivos e terroristas presos.
Quer parecer imparcial!.... Critica determinadas condutas dos militantes da luta armada, como “ jogar um carro com explosivos ladeira abaixo na direção de um quartel cujo comandante lançara um desafio público aos guerrilheiros. Isso foi responder a uma bravata com outra, ou seja, uma puerilidade inaceitável em combatentes da causa do povo.” Segundo ele, esse tipo de atitude não merecia indenização e sim punição.
Celso Lungareti é incoerente. Se não concorda com atos praticados pela organização, como se filiou a ela? Pois ele era militante de uma das mais violentas organizações terroristas, a Vanguarda Popular Revolucionária – VPR, organização de Carlos Lamarca.
Foi a VPR que planejou e organizou o atentado ao Quartel do II Exército, onde morreu o soldado Kosel e outros ficaram feridos.Não foi pior porque a Kombi, carregada de explosivos, se chocou com um poste e não conseguiu ir adiante. Ele sabia desse atentado bárbaro e, mesmo assim, continuou militando na mesma.
Foi Celso Lungaretti , usando o nome falso de Lauro Pessoa, que ficou encarregado de comprar os dois sítios na região de Registro/SP, no Vale da Ribeira, para Lamarca instalar uma área de treinamento de guerrilha. Posteriormente, ao ser preso, em 16/04/70, nesse mesmo dia, indicou aos Órgãos de Segurança a exata localização desses sítios. Foi nesse episódio que o Tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar do Estado São Paulo, foi assassinado, a coronhadas, depois de se entregar como refém para salvar seus soldados feridos em uma emboscada.
Eis a incoerência! Mesmo achando que determinados criminosos não deveriam ser indenizados, e citando o caso específico de um atentado terrorista praticado pela organização de Lamarca, a qual se filiou, ele vinha pleiteando sua indenização.
Celso Lungaretti levou anos para conseguir o seu quinhão na Comissão de Anistia. Sua indenização demorou porque, sempre foi considerado um traidor. Custou para se redimir perante seus companheiros de subversão e perante à Comissão, porque, depois de ser preso, foi à televisão para alertar os jovens do perigo que representava aderir à luta armada. Na época, ele e outro preso fizeram um pronunciamento, exortando os jovens a abandonar a luta armada, pois estavam sendo usados e ,segundo declarações suas, não queriam que outros jovens fossem iludidos.
Não sabemos quando disse a verdade. Se na década de 70, quando falou na TV; se durante o período em que reclamava, na internet, da perseguição que a esquerda lhe fazia; se perante a Comissão de Anistia, para receber indenização; ou, se no artigo que escreveu recentemente "Rescaldo do Caso Lamarca".
(vejam abaixo um resumo do histórico da VPR e algumas de suas ações praticadas no ano 1968, em São Paulo - todas antes da promulgação do AI -5, em 13/12 de 1968)
A Organização de Carlos Lamarca
Vanguarda Popular Revolucionária – VPR
No final de 1967, uma dissidência da Política Operária - POLOP - articulou-se para a formação de uma nova organização subversivo-terrorista, de cunho militarista.
Paralelamente, um grupo de sargentos, do Movimento Nacionalista Revolucionário de Brizola, procurava se reorganizar, seguindo a linha cubana.
Ansiosos para colocar em prática os ensinamentos aprendidos em Cuba, onde muitos haviam feito curso de guerrilha, e para conseguir matéria prima para as ações, um grupo composto por Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira, Antônio Raimundo Lucena, José Araújo Nóbrega, José Ronaldo Tavares Lira e Silva e Otacílio Pereira da Silva, assaltou no dia 30/12/1967, o depósito Gato Preto, da Companhia Perus, em Cajamar, São Paulo, roubando 10 caixas de dinamite e 200 detonadores.
Os encontros iniciais entre esses dois grupos começaram em janeiro de 1968, quando passaram a agir em conjunto e planejar a fusão. Em março, foi realizado o 1º Congresso , nascendo a VPR.
Faziam parte da primeira direção da nova organização subversivo-terrorista:
Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartin de Morais (dissidentes da POLOP) e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José de Carvalho (remanescentes do grupo de Brizola).
A nova organização ficou estruturada da seguinte maneira:
Comando Nacional, Comandos Regionais e estes divididos em : Setores Logísticos, Urbano e Rural. Ao setor logístico cabia conseguir, com ações armadas meios para a organização.. O setor urbano era encarregado do trabalho de massa e era dividido em setor operário, estudantil e de imprensa. Ao setor rural cabia fazer levantamentos de áreas para instalação de futuros focos de guerrilha no campo.
Em São Paulo a VPR participou das agitações do movimento estudantil, onde recrutou vários jovens para a luta armada e na greve dos metalúrgicos de Osasco com seus militantes José Ibrahim e José Campos Barreto. Mas foi na área militar que a VPR mas se destacou. Mantinha uma célula no 4º Regimento de Infantaria em Quitaúna, liderada pelo então capitão Carlos Lamarca e o sargento Darcy Rodrigues . Essa célula já estava infiltrada na Companhia de Polícia do Exército, em São Paulo.
As atividades da VPR no ano de 1968, em São Paulo, demonstram o grau de violência da organização terrorista. Foram roubos de carros e assaltos a bancos, armas e explosivos, atos terroristas a bomba, assassinatos e “justiçamentos”.
A seguir, algumas das ações realizadas pela VPR, em São Paulo, durante o ano de 1968:
07/03 - assalto ao banco Comércio e Indústria, na Lapa;
19/03 – atentado a bomba contra biblioteca do Consulado norte-americano, onde um estudante perdeu a perna e dois outros ficaram feridos;
05/04 - atentado a bomba na sede do Departamento de Polícia Federal
20/04 - atentadoabombano jornal” O estado de São Paulo, com 3 feridos;
31/05 – assalto ao Banco Bradesco, em Rudge Ramos;
22/06 – assalto ao Hospital Geral de São Paulo, no Cambuci
26/06 - atentado a bomba contra o Quartel General do II Exército, que além dos danos materiais, matou o soldado Mario Kosel Filho e feri diversas pessoas;
28/06 – Roubo, na pedreira Fortaleza, de 19 caixas de dinamite e vários detonadores:
01/08 – assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, no Itaim;
20/09 - assalto ao Quartel da Força Pública do Estado de São Paulo, no Barro Branco, quando foi morto o soldado Antonio Carlos Jeferry. Participantes da ação: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
12/10 – assassinato do capitão Charles Chandler, na frente de sua esposa e filhos, o mais velho com nove anos. Participantes da ação: Marco Antônio Brás de Carvalho, Pedro Lobo de oliveira e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
15/10 – primeiro assalto ao banco do Estado de São Paulo, no bairro de Iguatemi;
27/10 – atentado a bomba contra a loja Sears, da Água Branca;
07/11 – roubo de um carro e assassinato de seu motorista, senhor Estanislau Ignácio Correa. Participantes da Ação: Yoshitame Fujimore, Osvaldo Antonio Santos e Pedro Lobo de Oliveira;
06/12 – segundo assalto ao Banco do Estado de são Paulo, no bairro de Iguatemi;
11/12 – assalto à Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, deixando ferido o senhor Bonifácio Ignori, disparado por José Raimundo da Costa;
Página do Celso Lungaretti no Orkut
Obs.: Por eu ter postado "Memorial do Comunismo: Celso Lungaretti às ordens de Lamarca", em Usina de Letras, 10/07/2007, 11:42 (https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=65306&cat=Ensaios&vinda=S), o nosso site virou extrema-direita! O atual embusteiro e antigo terrorista da VPR não gostou que a verdade sobre sua vida tenha aparecido na Internet e por isso deseja censurá-la, com o apoio maciço de todos os petistas e aderentes. Censura nunca mais! (F. Maier)
EDIÇÃO HISTÓRICA DA REVISTA MANCHETE
https://www.conjur.com.br/dl/manchete-abr1964.pdf
REVOLTA DOS SARGENTOS EM BRASÍLIA
http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/revolta-dos-sargentos-em-brasilia.html
ANTECEDENTES DO MOVIMENTO CÍVICO-MILITAR DE 31 DE MARÇO DE 1964
http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/03/antecedentes-do-movimento-civico.html
HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO – 31 MARÇO 1964
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html
MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html
ACERTOS E ERROS DA REVOLUÇÃO DE 1964
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/acertos-e-erros-da-revolucao-de-1964.html
57o ANIVERSÁRIO DO MOVIMENTO CÍVICO-MILITAR DE 31 DE MARÇO DE 1964
EDIÇÃO HISTÓRICA
Jornal Inconrfidência no. 288, de 31 de março de 2021
A LÍNGUA DE PAU – Uma história da intolerância e da desinformação
https://drive.google.com/file/d/1jfaOpIMbwzhlaQxspnA9hBnyHX8KX4_E/view?usp=sharing
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