MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

SAUDAÇÃO AO EMBAIXADOR - Por Nelson Lehmann da Silva

José Osvaldo de Meira Penna


SAUDAÇÃO AO EMBAIXADOR


Jose Oswaldo de Meira Penna

por ocasião de seu 90. aniversário


Caríssimo Mestre,


Assim como Sócrates na antiga Atenas era cercado por aqueles que procuravam a sabedoria, assim nós aqui temos tido o privilégio de conviver com um verdadeiro amante da sabedoria, nesse Brasil tão dominado por confusas opiniões.

Somos um grupo heterogêneo, de diferentes idades e experiências de vida, de crenças e profissões. Temos entre nós juristas e economistas, professores e alunos, diplomatas e funcionários públicos, militares e clérigos, judeus e cristãos.

Todos encontramos os portões sempre abertos de “Castália”, essa fonte da amizade.

Aprendemos que sabedoria é mais que conhecimento. É uma soma de muitas virtudes, gregas e cristãs ; coragem, humildade, tolerância, bom-humor, e de nunca perder a esperança e o otimismo.

Queremos hoje manifestar gratidão por esse privilégio.

Amigo José Oswaldo (e permitam-me incluir sua esposa Dorothy), que sua vida se prolongue para além desses noventa, na direção do século, dando-lhe oportunidade para concluir suas riquíssimas memórias, e ainda nos proporcionar muitas lições de vida.

Aceite nosso abraço,

Nelson Lehmann


Obs.: Também assino embaixo, nessa homenagem do professor Lehmann ao "Barão de Castália", no dizer de Heitor Aquino Ferreira. "Castália" é o nome da residência do embaixador Meira Penna, em Brasília (F. M.).


Breve biografia do Embaixador Meira Penna:

José Osvaldo de Meira Penna nasceu no Rio de Janeiro no dia 14 de Março de 1917. Pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), obteve o título de Bacharel em Ciências Jurídicas. No ano de 1938 ingressou na carreira diplomática por intermédio de concurso público para o Instituto Rio Branco. Fez cursos de especialização na Universidade de Columbia, em Nova York, e no Instituto C. G. Jung, de Zurique. No ano de 1965 fez o Curso Superior de Guerra da ESG, tendo cursado posteriormente diversos cursos de especialização nessa instituição. Como diplomata de carreira, J. O. Meira Penna ocupou diversas funções, dentre as quais: Vice-Cônsul em Calcutá¡, Índia, e Shangai, China (1940-1952); Segundo Secretário em Ankara, Turquia, e Encarregado de Negócios em Nanking, China (1947-1949); Secretário em Ottawa, Canadá¡, Secretário e Conselheiro da Missão Brasileira das Nações Unidas (1953-1956) e membro da Delegação Brasileira a várias Assembléias das Nações Unidas, e da Conferência Geral da UNESCO em 1958; Chefe da Divisão Cultural do Ministério das Relações Exteriores (1956-1959); Cônsul Geral em Zurique, Suíça (1959-1964); Embaixador do Brasil em Lagos, Nigériria (1964-1965); Secretário Geral Adjunto para o Planejamento e da Europa-Oriental e Ásia (1966-1967); Embaixador do Brasil em Israel e em Chipre (1967-1970); Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais do MEC, Diretor Geral da Embrafilme e Assessor do Ministério da Educação e Cultura (1971-1973); Embaixador do Brasil em Oslo, Noruega e na Islândia (1974-1977); Embaixador do Brasil em Quito, Equador (1978-1979); e Embaixador do Brasil em Varsóvia, Polônia (1979-1981). Meira Penna foi conferencista de cursos da ADESG (1971-1973); tem ministrado regularmente conferências sobre psicologia social no Instituto C. G. Jung em Zurique e conferências sobre diversos temas na Escola Superior de Guerra e no Conselho Técnico da Confederação Nacional da Indústria e do Comércio. Tem colaborado com o trabalho dos Institutos Liberais de todo o Brasil, sendo atualmente o presidente do Instituto Liberal de Brasília. José Osvaldo de Meira Penna é um dos quatro brasileiros vivos que tem a honra de ser membro da Mont Pelerin Society.

Meira Penna é autor de vasta obra composta, até o presente momento, dos seguintes livros: Shangai: Aspectos Históricos da China Moderna (1944), O Sonho de Sarumoto: O Romance da História do Japão (1948), Quando Mudam as Capitais (1958 / 2ª Edição revista e ampliada: 2002), Política Externa, Segurança e Desenvolvimento (1967), Psicologia do Subdesenvolvimento (1972), Em Berço Esplêndido: Ensaios de Psicologia Coletiva Brasileira (1ª Edição: 1974 / 2ª Edição revista e ampliada: 1999), Elogio do Burro (1980), O Brasil na Idade da Razão (1980), O evangelho segundo Marx (1982), A Ideologia do Século XX: Ensaios sobre o Nacional-socialismo, o Marxismo, o Terceiro-mundismo e a Ideologia Brasileira (1ª Edição: 1985 / 2ª Edição revista e ampliada: 1994), A Utopia Brasileira (1988), O Dinossauro: uma Pesquisa sobre o Estado, o Patrimonialismo Selvagem e a Nova Classe de Burocratas e Intelectuais (1988), Opção Preferencial pela Riqueza (1991), Decência Já¡ (1992), O Espírito das Revoluções: Da Revolução Gloriosa à Revolução Liberal (1997), Ai, que dor de cabeça!: Alguns dados informativos e sugestões para aqueles que sofrem de enxaqueca (2000), Urania: Onde se discute a conquista do espaço, a ficção científica, os discos voadores, E.T.s, a pluralidade dos Mundos Habitados e a solidão do homem (2000), Cândido Pafúncio: Numa historia contada por um idiota (2001) e Da Moral em Economia (2002). Seu último livro foi Polemos - uma análise crítica do darwinismo (2006). No momento, Meira Penna elabora sua autobiografia que, pelo visto, será na forma de vários volumes. Haja fôlego! Além desses livros, Meira Penna é autor de centenas de artigos publicados em jornais e revistas no Brasil e no exterior.


Algumas opiniões acerca do Embaixador Meira Penna:

“O embaixador Meira Penna é um homem de grande cultura, que já leu todos os grandes clássicos e modernos do pensamento liberal, e que fez do liberalismo uma doutrina viva. É também um formidável polemista”.
- Mário Vargas Llosa

“Desenvolvendo grande atividade intelectual desde a juventude, o embaixador aposentado José Osvaldo de Meira Penna realizou uma obra grandiosa, que acredito venha a merecer consideração detida num dos nossos cursos de pós-graduação em pensamento brasileiro ou ciência política”.
- Antonio Paim

“O embaixador Meira Penna alia a sua inteligência e a sua vasta erudição - histórica, filosófica, sociológica, política e econômica - a uma notável capacidade de combater. Polêmico, freqüentemente agressivo em face a posturas contrária a sua - especialmente a socialista e nacionalista -, ele é uma figura ímpar no panorama intelectual brasileiro, sempre pronto a denunciar ilusões ou imposturas”.
- Roque Spencer Maciel de Barros

“Meira Penna é um reconhecido intelectual, articulista e polemista, já escrevera diversas obras de fôlego, introduzindo muitos temas então inéditos ou pouco abordados, como o patrimonialismo selvagem”.
- Cândido Prunes

“O embaixador José Osvaldo de Meira Penna é um dos intelectuais brasileiros que mais tem contribuído para a formação de uma literatura liberal em nosso país”.
- Og F. Leme

“Meira Penna é um expoente da pequena ala de intelectuais liberais do Itamaraty que não se deixaram contaminar pelas ideologias coletivas: o solidarismo romântico, o nacionalismo e o socialismo. Essas ideologias antiliberais, que desconhecem o papel da concorrência na promoção da eficácia econômica e do pluralismo político, impregnaram várias gerações itamaratianas. E, como convé a celebre entropia de um país subdesenvolvido, degradaram-se em manifestações folclóricas: antiamericanismo de salão, socialismo de balcão e terceiro-mundismo de ocasião”. “Meira Penna, como liberal engajado e espadachim ideológico, sempre sofreu discriminação por parte de mesquinhas igrejinhas no Butantã da Rua Larga. Foi um talento subaproveitado. Prosperam mais, para usar a verbologia de Platão, os "filodoxos" (amigos de opiniões) do que os "filósofos" (amigos da sabedoria)”.
- Roberto Campos

“Meira Penna está muito atento aos problemas colocados pela inserção do catolicismo na economia da modernidade, além de preocupado com a fundação de uma Ética social”.
- Ubiratan Borges de Macedo

“Meira Penna escreveu o melhor livro de psicologia social brasileira (Psicologia do Subdesenvolvimento) e a melhor defesa da economia liberal que existe em português (Opção Preferencial pela Riqueza), além de uma notável análise da burocracia estatal (O Dinossauro), de um esplêndido painel das Ideologias do Século XX e de muitos outros livros que não ficam abaixo desses”. “Poucos escritores de tamanho valor foram, no mundo, tão injustamente depreciados pela mídia, tão sistematicamente excluídos do debate público e reduzidos a falar para um pequeno círculo de leitores e admiradores”.

Fonte: Publicado em Usina de Letras em 05/03/2007: 
Cartas-->Em 14 de março, Meira Penna faz 90 anos! Parabéns! -- 05/03/2007 - 13:52 (Félix Maier) - 


sábado, 26 de agosto de 2023

Os Parças: STF e Sleeping Giants - Por Félix Maier


Os Parças:

TSE e Sleeping Giants

 Félix Maier 

Muito interessante a Câmara dos Deputados chamar para ouvir os responsáveis pelo Sleeping Giants Brasil, que costuma propagar fake news e calúnias contra empresas de comunicação, como a Jovem Pan News e Gazeta do Povo, assediando empresas comerciais para que não invistam em publicidade nesses órgãos de comunicação, de modo a levá-los à falência. 

Mais interessante ainda seria a Câmara chamar para depor também o TSE, que anos atrás fez uma parceria com aquele grupo escroto.

 

***


Comissões da Câmara miram o Sleeping Giants Brasil e convocam responsáveis para prestar depoimento

https://jovempan.com.br/noticias/politica/comissoes-da-camara-miram-o-sleeping-giants-brasil-e-convocam-responsaveis-para-prestar-depoimento.html 

TSE acolhe sugestões do Sleeping Giants para punir discriminação

https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/tse-acolhe-sugestoes-do-sleeping-giants-para-punir-discriminacao

O TSE não vai punir o Sleeping Giants por fake news e discurso do ódio?

https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/bruna-frascolla/o-tse-nao-vai-punir-o-sleeping-giants-por-fake-news-e-discurso-de-odio/

#TSEtchutchucaDoLadrao


Maconhabras à vista - Por Felix Maier

 


Maconhabras à vista

Felix Maier 

O ministro Cristiano Zanin, indicado recentemente por Lula, quem diria, é o único ministro do STF até agora que votou contra o uso recreativo da maconha - para raiva da esquerda drogada. O placar está a favor dos maconheiros em 5 x 1. 

Quanto à quantidade de droga que o maconheiro poderá carregar consigo, e que está causando grande debate na Alta Corte, se será de 25, 50 ou 100 g, fico imaginando o que os velhinhos chapados do STF diriam, se p. ex. para caracterizar um estupro bastariam 5 cm de bilau, ou se seriam necessários 10 ou 20 cm de penetração... 

O viciado em droga sempre será parceiro do traficante, ainda que carregue só 1 g de maconha consigo. Um depende do outro, são parças no negócio. 

Se a maconha, ao que parece, está garantida pelo STF, e o traficante proibido de traficar, como será resolvido esse problema? Os maconheiros poderão plantar a cannabis no quintal da casa, ou em estufas no apartamento, com lâmpadas de 1000 wats? Ou o STF vai mandar o governo petralha criar a Maconhabras, que será gerenciada pelo MST em parceria com o PCC, que tem know how de distribuição mais do que reconhecido? 

Por fim, os chapados do STF também decidiram que os viciados em drogas não podem ser retirados das ruas, a não ser por sua própria vontade, por mais miserável que seja sua condição humana. As cracolândias estão garantidas, intocáveis, e só tendem a se espalhar pelo Brasil, até em pequenas cidades. 

*** 

Voto de Zanin no STF contra descriminalização das drogas irrita políticos da esquerda

https://www.youtube.com/watch?v=WmWVmDXtATY




LIVRO JOAÇABA 100 ANOS - Por Rogério Augusto Bilibio e outros

Joaçaba, SC.


LIVRO JOAÇABA 100 ANOS


Por Rogério Augusto Bilibio e outros


Em 25/08/2017, Joaçaba, SC, completou 100 anos como município, com a denominação inicial de Cruzeiro, em 1917. 

Leia o livro "Centenário do Município de Joaçaba", organizado por Rogerio Augusto Bilibio et alii, e publicado pela Editora da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), baixando o endereço http://www.joacaba100.com.br/img/livros/livro_centenario.pdf.


sexta-feira, 25 de agosto de 2023

História de LUZERNA SC - Autoria desconhecida

 

Luzerna, SC.

História de LUZERNA SC

 

Autoria desconhecida

 

Até o início deste século, o Estado de Santa Catarina terminava à margem esquerda do Rio do Peixe. Toda a região a partir da margem direita do Rio do Peixe até o Uruguai e Peperi-Guaçu era a terra contestada.

A Argentina vinha requerendo, desde 1881, a área em questão, baseando-se no Tratado de Tordesilhas e nas Missões Jesuíticas. Entretanto, vestígios deixados pelos bandeirantes paulistas que haviam explorado boa parte da região permitiram ao Barão de Rio Branco apresentar argumentos que convenceram o árbitro da questão, o presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland, a decidir a Questão das Missões, como ficou conhecido o fato, a favor do Brasil. A área era de 30.600 km2. Era o ano 1895.

A partir de então, tanto o Paraná como Santa Catarina pretendiam a soberania na área. A campanha do Contestado estendeu-se de 1912 a 1916, envolvendo o sertanejo local que queria um pedaço de terra. Esta situação só ficou resolvida em 1916, quando o Presidente Wenceslau Brás proferiu o laudo decisivo, dando ganho de causa a Santa Catarina.

Luzerna começou a formar-se antes da integração da região do Contestado ao Estado de Santa Catarina e efetivou-se com a criação do município de Cruzeiro, hoje Joaçaba, em 25 de agosto de 1917, do qual Luzerna era parte integrante. Luzerna não teve envolvimento direto na questão do Contestado, que se resolveu com a intervenção do Exército Nacional e, consequentemente, o extermínio dos sertanejos.

Com a conclusão da Estrada de Ferro em 1910, deu-se início à colonização do Vale do Rio do Peixe, facilitando a imigração de colonos, principalmente do Rio Grande do Sul.

O Fundador de Luzerna foi o engenheiro eletrotécnico alemão Henrique Hacker, casado com Sophia Hacker. Viajando de trem impressionou-se com a exuberância do Vale do Rio do Peixe, e em 1915 decidiu iniciar uma colonização particular. Adquiriu uma área de terras de 40.000 ha. de Adelino Sassi, e parte da Fazenda São Pedro. Com Augusto Scherer constitui a Sociedade Sul Brasileira Henrique Hacker & Companhia, ainda no ano de 1915. Dividiu a área em lotes de 24,2 ha (igual a 10 alqueires ou uma colônia) em número de 900 para serem negociados. Pretendia estabelecer uma colonização tipicamente germânica.

Em 1915, foi adquirida uma área de 24.000 hectares da Colonizadora Henrique Hacker & Cia para formar a Colônia Bom Retiro, à margem direita do Rio do Peixe, no Passo da Limeira, onde está localizada Luzerna. Ali o Rio do Peixe “dava passo” para se fazer sua travessia e existia uma limeira, fruta cítrica nativa, donde se originou este primeiro nome.

O afluente do Rio do Peixe que ali desemboca ficou com a denominação de Rio Limeira.

No mesmo ano foi adquirida outra vasta área à margem esquerda do Rio do Peixe e, imediatamente, foram iniciadas as medições de terra. A área foi dividida em aproximadamente 900 colônias que foram colocadas à venda. (uma colônia = 10 alqueires = 24,2 hectares). Ainda em 1915 chegaram 20 famílias russas. Diante de sucessivos revezes transferiram-se para outras regiões.

Estabelecida a ordem e a paz podia-se organizar a colonização. A empresa que construiu a ferrovia recebeu do Governo, a título de indenização, as terras paralelas aos trilhos, numa largura de 15 km para cada lado. A Railway Company, naturalmente, começou a pensar em transformá-las em dinheiro. Através de sua subsidiária Brazil Development and Colonization Company deu os primeiros passos na colonização.

Nos primeiros anos, progrediu muito lentamente. Tudo estava por fazer. Por sua vez, o Estado de Santa Catarina preocupou-se em integrar o antigo Contestado. Em 25 de agosto 1917, foram criados os municípios de Mafra, Porto União, Chapecó e Cruzeiro – atual Joaçaba (a partir de 31 de dezembro 1943).

Com a criação do Município e Comarca e sua instalação, as coisas se organizaram mais rápido e Bom Retiro, atual Luzerna, passou a destacar-se.

Constituída a Colônia Bom Retiro em 1915. Em março 1916, as primeiras colônias de terra começavam a ser vendidas. Concebida para ser uma colônia de cultura germânica, passou a receber cedo, descendentes de italianos. Em abril entravam os primeiros colonos. Eram rio-grandenses provenientes dos municípios de São Leopoldo, Montenegro, Santa Cruz, Lajeado, Pelotas e Passo Fundo. Entre os primeiros, contavam-se as famílias Rohweder, Etges, Vier, Reisdorfer, Böck, Arenhardt, Scherer, Debus, Lichtnow, Zierwes, Rieppe, Rupp, Dreyer, Noyork, Zart e Rauen.

Dados os primeiros passos, Henrique Hacker adquiriu mais uma área de terras à margem esquerda do Rio do Peixe. Após contatos, a direção da ferrovia São Paulo – Rio Grande construiu, a custo de 30 contos de reis, outra linha de trilhos e uma estação onde os trens faziam parada. Inaugurada em 03 de fevereiro 1922, serviu para embarcar a produção e desembarcar artigos para abastecer os colonizadores. Tinha mangueira para o gado, chiqueiro para suínos, armazém para alfafa, milho, feijão, batatinha e outros produtos que eram embarcados, inclusive erva-mate.

Após a guerra, o afluxo de compradores de terras cresceu muito, vindos sobretudo de Montenegro, RS. A Companhia Hansen também enviou colonizadores. Da Alemanha vieram colonos da Bavária, Baden, Schwaben, Hesse, Sachsen e Reno. Ali se estabeleceram e com coragem e determinação entraram a cultivar as férteis terras do lugar. Deram-se bem com o clima e eram trabalhadores incansáveis. Pelo seu esforço fizeram sua vida e cedo estavam afeiçoados à sua nova pátria.

Ainda em 1918, a Sociedade Sul Brasileira Henrique Hacker doou boas terras para católicos e protestantes, solicitando apenas que viessem padres e pastores. E a religião teve, até hoje, decisiva influência na evolução da comunidade e suas instituições. Em 1925, Bom Retiro ganhava uma nova e ampla igreja, com padres franciscanos residentes e atendendo todo Município de Cruzeiro ao lombo de muares. Em dezembro 1932 foi criada a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus, na sede do Município, e a Paróquia São João Batista de Luzerna foi desmembrada.

A sua instalação aconteceu somente em 06 de outubro 1935, tendo como primeiro vigário o Frei João Evangelista Reinert, que é lembrado em uma das principais ruas do município.

A atual igreja matriz foi construída por Frei Meinrado Vogel e inaugurada em 04 de setembro 1955. Em 1927, foi fundada a primeira Comunidade Evangélica e, em 1938, constituiu-se a primeira paróquia com sede em Bom Retiro, formada pelas comunidades de Bom Retiro, Leãozinho, Veadas (Vila Kennedy), Duas Casas e outras de municípios vizinhos.

Em 1922, seis anos após a fundação da Colônia, Bom Retiro ainda era pouco povoada. Daí em diante, porém, o seu crescimento acelerou. Surgiram boas casas de comércio, construíram-se serrarias e moinhos, abriram-se oficinas de conserto e fabricação de ferramentas.

Nas diversas linhas (picadas) foram abertas escolas. Em cinco destas escolas estudavam aproximadamente 130 crianças. Em quatro delas era ensinada a língua alemã. Desta forma, enquanto aprendiam a língua de sua nova pátria, cuidavam também de conservar a sua língua materna.

Em 1929, somente uma pequena parte desta terra fertilíssima era cultivada, talvez a quinta parte. A firma H. Hacker, dispunha de poucas terras ainda para a venda. De segunda mão podia-se conseguir terras, mas os preços já estavam até 10 vezes mais altos que no início.

A população da colônia girava em volta de 3.000 habitantes, 75% dos quais eram alemães ou descendentes. Os demais eram italianos (famílias Francio, Manducelli, Traiano, Zanatta, Zeni e outras), e algumas poucas famílias de outras nacionalidades. Quanto à religião, 50% eram católicos, 40% eram protestantes e os restantes sabatistas.

Em 1933, chegou uma leva de imigrantes do Tirol Austríaco. Estabeleceram-se no então distrito de Ibicaré onde fundaram Treze Tílias. Os irmãos Francisco e Rudolf Lindner logo estabeleceram-se em Joaçaba, e juntamente com a família de Caetano Natal Branco, deram decisivo impulso à industrialização de Joaçaba e Luzerna.

Em 1937 foi instalada a primeira escola de Luzerna, sob os cuidados das irmãs da Congregação da Imaculada Conceição e em 1938, moradores exigiram uma escola que fosse dirigida por leigos.

Em abril 1946 o nome de Bom Retiro foi alterado para Luzerna, por força da Lei Federal que mandava evitar igualdade de topônimo para as cidades brasileiras. “LUZERNA” relaciona-se com uma qualidade de alfafa, também significando “alfafal”, cultura na época, muito difundida e lucrativa.

Em janeiro 1940 foi fundado o Seminário Menor São João Batista, que no início era somente um prédio de madeira, mas como não comportava mais a quantidade de alunos, em 1956 a Província da Imaculada Conceição do Sul do Brasil autorizou a construção do atual prédio do Seminário, passando a se chamar Seminário Nossa Senhora dos Anjos.

Em março do mesmo ano foi inaugurado o Hospital São Roque, sob a administração das Irmãs Vicentinas, pioneiro na região. A partir de 16 de fevereiro 1949 passou a ser chamado de Distrito e aos 12 de abril daquele mesmo ano foi instalado o Cartório de Paz em Luzerna.

Em 1949, havia em Luzerna três escolas:

Escola Mista Estadual Desdobrada ‘I’;

Escola Mista Estadual Desdobrada ‘II’; e

Escola Mista Municipal Simples.

Passaram então a formar as Escolas Reunidas Professora Ada de Aquino Fonseca. Em 1956, essas escolas foram transformadas no Grupo Escolar Padre Nóbrega, que em 1971 passou a ser denominada Escola Básica Padre Nóbrega.

Em 1980, Luzerna contava com uma área total de 96 km2 e com população de 5.222 habitantes, sendo 2.896 na área urbana e 2.326 na área rural. Vinte anos depois, em 2000, o Município contava com uma área de 116.7 km2 e com população de 5.565 habitantes, dos quais 3.963 eram da área urbana e 1.063 da área rural. A emancipação de Luzerna foi concretizada pela Lei no 10.050 de 29/12/1995 e em 1996, foi realizada a primeira eleição para escolha do Prefeito Municipal, que assumiria o cargo em 1997.

Colonizada por alemães e italianos, Luzerna continua sendo o berço de muitas gerações que sabem dar valor a tudo o que existe na região. Uma cidade de paisagens belas e de muitas riquezas naturais, que são preservadas pelos filhos desta terra. Um paraíso como poucos...

Assim é LUZERNA... Jovem e Hospitaleira!

 

Fonte: 

https://www.portalriodopeixe.com.br/municipio/5-agua-doce-sc/conheca-os-municipios/detalhes/16-luzerna-sc

Luzerna, SC - vista geral.
Ao centro, embaixo, a represa e a Metalúrgica Francisco Lindner.
Ao fundo, à direita, o antigo seminário franciscano, 
atual Centro de Eventos São João Batista 
Incubadora Tecnológica Luzerna (ITL),
de propriedade da prefeitura local.

Igreja Matriz de Luzerna, SC.

Hospital São Roque, Luzerna, SC.

Antigo convento das Irmãs Franciscanas da
Imaculada Conceição - Luzerna, SC.


Antigo seminário franciscano de Luzerna, SC, atual
Centro de Eventos São João Batista 
Incubadora Tecnológica Luzerna (ITL).

A Incubadora Tecnológica Luzerna (ITL),  em 27/03/2023, foi a campeã do prêmio ENAP de cidades empreendedoras do Brasil com até 50.000 habitantes - cfr. em https://luzerna.sc.gov.br/o-sucesso-da-incubadora-tecnologica-de-luzerna/.





quarta-feira, 16 de agosto de 2023

E-books de Félix Maier



E-books de Félix Maier:

https://pt.scribd.com/author/661414130/Felix-Maier

1 - EGITO - Uma viagem ao berço de nossa civilização

2 - A Língua de Pau - Uma história da intolerância e da desinformação

3 - Três em Um - Artigos, humor e alguma poesia

4 - As Covíadas - Amor e ódio nos tempos do corona

5 - Arno Preis e os Idos de Março de 1964

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Bem-vindos à Brazuela! - Por Félix Maier


Bem-vindos à Brazuela!


Félix Maier


Pessoas como Carlos Vereza estão cada dia mais suscetíveis de sofrer todo tipo de discriminação e violência por conta de suas posições estritamente científicas e contra o uso recreativo de drogas. Afinal, como critica o ator, em que o SUS já está fazendo cirurgias transexuais de crianças e adolescentes, “o código genético não muda”, pois só há cromossomos X e Y no gênero humano. O resto é fake science.

Não há argumento que consiga derrubar a ânsia totalitária do politicamente correto e da ideologia de gênero na atualidade, de impor suas loucuras a toda a humanidade.

Leis são criadas para criminalizar tudo que não atenda essa gente sem educação, sem moral, sem respeito e sem compromisso com o mundo real.

A perseguição contra liberais e conservadores é total, de modo a deixá-los na mais completa miséria. Contas bancárias e de redes sociais são sequestradas pelo STF, de modo que os perseguidos são tratados como leprosos na Idade Média, transformando-se em mortos-vivos muitas vezes pela canetada de um único ministro.

E tudo tende só a piorar com o avanço do PT sobre os adversários conservadores, ou melhor, inimigos mortais, depois da vitória do descondenado em 2022, ampliando o grau de perseguição política.

Basta lembrar o que escreveu Romeu Tuma Jr. em seu livro "Assassinato de Reputações" (Topbooks, 2ª. Ed., 2013), em que os "alvos" são perseguidos pela Polícia Federal, não os "crimes":

"As operações da PF aumentaram quinze vezes durante o governo Lula. Pularam, por exemplo, de 16 em 2003 para 143 até agosto de 2009. De 2003 para 2010, o número de funcionários da PF saltou de 9.231 para 14.575, um crescimento de 58%” (pág. 73).

“Sob Lula, a PF teve tantas e tamanhas operações porque a lógica foi invertida: ela estipulava primeiro o ‘alvo’ e depois passava a gerar supostas informações sobre ele. Sempre com dossiês ou grampos. Só o vocábulo ‘alvo’, em si, já induz que ninguém mira em algo para errar. Sob Lula, tivemos, industriosamente, a juntada de relatórios do bunker da PF em inquéritos, e pior: sem qualquer compromisso cronológico com a realidade dos fatos. Aí, antes de qualquer coisa, você vaza na imprensa esses relatórios, e condena o acusado no tribunal em que os sites de pesquisa se transformaram. Sob Lula, passa-se a investigar alvos, não crimes, e cria-se uma polícia de estado totalitário” (pág. 74).

O ministro da Justiça, Flavio Dino, tuitou em 12/08/2023 o seguinte (https://twitter.com/FlavioDino/status/1690424034893209601?s=20):

“Ensina a doutrina do processo penal que pode ocorrer o fenômeno da obtenção casual da prova de um crime, quando a investigação versava sobre outro. É a serendipidade, pela qual, ‘de forma fortuita, são descobertos delitos que não eram objetos da investigação originária’ (STF).

Ou seja, o ministro da Justiça cinicamente quer fazer crer que as redes lançadas a esmo pela polícia pegam tubarões, robalos e sardinhas de modo aleatório, sem nenhum alvo pré-determinado.

Os comunistas hoje não precisam mais fuzilar seus adversários, tratados como inimigos mortais, como ocorreu em Cuba. Basta que a "Gestapo do PT na PF" - expressão usada por Tuma Jr. no citado livro - diga ao STF o que é ato antidemocrático, o que atenta contra o Estado e suas instituições, para jogar todo mundo no vale dos leprosos, sem direito à defesa, sem direito à sua conta bancária, sem direito à sua rede social e consequente monetização, sem direito a dispor de seus próprios bens, tudo confiscado por um judiciário aparelhado e usurpador.

Com o IPEA e o IBGE aparelhados pelo PT, de modo a maquiar a realidade econômica brasileira, que está indo para o brejo, com déficits crescentes, nem é preciso levar o COAF para a Fazenda, como determinou o Ogro de Nove Dedos numa Medida Provisória. O vazamento de dados bancários, que deveriam ser sigilosos, serão cada vez mais constantes nesse governo petista, como foi o caso da vaquinha dos Pix recebida por Jair Bolsonaro. Será que Alexandre de Moraes vai mandar bloquear os milhões de reais recebidos pelo ex-presidente e remeter ao Tesouro Nacional? Ou seja, para a caixinha do PT?

Não há projeto do governo do PT em desarmar os traficantes de armas e drogas. No entanto, trata os cidadãos que possuem armas como se fossem bandidos. Por que Lula tirou do Exército e passou para a Polícia Federal a fiscalização dos Colecionadores, Atiradores Esportivos e Caçadores (CACs)? “Elementar, meu caro Watson!” É para vigiá-los de perto, com georreferenciamento de suas casas, escritórios e clubes de tiro, quem sabe torná-los “alvos” ou – como disse mesmo o ministro da Justiça? – aplicar a tal “serendipidade”, a pesca “aleatória” dos atiradores, de modo a processá-los e tomar suas armas. Ou, ainda, vazar dados desses colecionadores, de modo que a bandidagem faça sua festa. Afinal, não estamos falando de um partido político no governo, mas de uma organização criminosa que voltou com força destrutiva redobrada.

Há projeto do governo do PT de criar uma Guarda Nacional, para retirar do Exército Brasileiro prerrogativas incluídas na Constituição Federal, como a “garantia da lei e da ordem”. Conhecendo-se o DNA totalitário do PT, essa nova tropa militar será formada nos moldes das SS de Hitler.

Com a Abin retirada do GSI e transferida para a Casa Civil, a Inteligência brasileira deixou de ser uma atividade de Estado, para ser uma atividade a serviço da “Gestapo do PT” e da futura SS do Duce de Garanhuns (ou seria de Caetés?).

Aos poucos, está sendo criado o Estado totalitário fascista brasileiro, com o apoio total dos “7 líderes do PT no STF” (indicados por Lula e Dilma), além de outros ministros com o DNA genérico do PT.

Bem-vindos à Brazuela!


Obs.:

1: Leia “Gestapo do PT e o pau-de-arara virtual”:

https://www.agorapb.com.br/2014/02/a-gestapo-do-pt-e-o-pau-de-arara.html

2: Veja vídeo com Carlos Vereza:  

https://www.facebook.com/felixmaier1950/posts/pfbid0dVUaM3grGjVti6MBnt7pjBjoDWX1J8ckGyNZcto6p94CP5bHPFEcdEFQi7AhZQxgl

3: Acesse "Um país chamado Brazuela": https://www.facebook.com/Brazuela/