MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 28 de julho de 2020

PT e PSDB são gêmeos siameses - Félix Maier

PT e PSDB são gêmeos siameses

Félix Maier


Já estou cansado de dizer que PT e PSDB são a mesma coisa. Hélio Bicudo, ao enroscar seu bico com o dos tucanos, em longa entrevista à revista Istoé (http://www.terra.com.br/istoe/1899/1899_vermelhas_01.htm), dizendo que irá votar em José Serra, apenas faz encenação política para ludibriar incautos.

Na verdade, PT e PSDB têm o mesmo ADN socialista. (Eu sei, você é do tempo do DNA, dos anglicismos; eu sou do tempo do ADN dos livros de biologia e da UDN de Carlos Lacerda...) A diferença socialista entre esses partidos está na dosagem, mais forte no PT, que saciou sua fome engolindo todo o Estado brasileiro (daí o mote 'fome zero'), criando milhares de cargos públicos para a companheirada. A rigor, desde o advento da República, nunca tivemos no Brasil um Governo Federal, como erroneamente alardeia o nome do nosso sistema de governo, “República Federativa do Brasil”, porém um Governo Nacional, com centralização administrativa exagerada. O ideal, segundo Tocqueville, seria existir um Estado com centralização governamental, sim, para efetiva aplicação das leis, p. ex., mas que tivesse, por outro lado, uma descentralização administrativa:

"Pela minha parte, não me seria possível imaginar que uma nação pudesse viver, nem sobretudo prosperar, sem uma forte centralização administrativa. Creio, porém, que a centralização administrativa só serve mesmo para enfraquecer as nações que a ela se submetem, pois tende incessantemente a diminuir entre elas o espírito de cidade. A centralização administrativa chega, é verdade, a reunir numa dada época e em certo lugar, todas as forças disponíveis da nação, mas entrava a reprodução das forças. Faz com que triunfe no dia do combate e diminui afinal o seu poder. Pode, pois, concorrer admiravelmente para a grandeza passageira de um homem, nunca para a prosperidade durável de um povo” (in A Democracia na América, pg. 74). (*)

Com Lula, a centralização administrativa tornou-se ainda mais profunda, nada pode ser pensado em prol do desenvolvimento dos Estados e dos municípios sem que haja a interferência da pesada mão “federal”. Nada abala esse princípio ditatorial à la Luís XIV (“L’État c’est moi”), mesmo que o atual governo esteja caindo de podre devido a uma roubalheira sistemática e sistêmica sem precedentes em nossa história. De certa forma, o Brasil de Lula lembra a Alemanha de Hitler e a Itália de Mussolini, com ingredientes chineses de Mao Tsé-Tung. O Brasil de Lula caminha rapidamente para uma formação comunofascista, dentro do molde traçado pelo Foro de São Paulo, que tem como objetivo final transformar nossa região em uma União das Repúblicas Socialistas da América Latina, de modo a recuperar no subcontinente o que foi perdido no Leste europeu. Cuba é o ideal de nação dentro da ótica do Foro são paulino, criado por Fidel Castro e Lula. A Venezuela de Hugo Chávez é o país que hoje mais se aproxima desse modelo pós-União Soviética. O Brasil, com Lula, avança a largos passos para ser membro do tenebroso grupo. As invasões do MST e as barbaridades cometidas pelos revolucionários comunistas do campo, a exemplo da destruição de um centro de biotecnologia da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, com aprovação tácita das autoridades constituídas, e aplausos públicos de políticos e do Sr. Stédile, sem que sofressem sanções penais, comprovam minha afirmação.

Nunca houve no Brasil um homem tão poderoso quanto Lula. Nem os generais-presidentes pós-1964 ousaram tanto quanto Lula ousa. Lula é um homem tão poderoso quanto Mussolini, ou até mais, tem os sindicatos na mão, uma penca de partidos “orgânicos”, a TV Globo e o chargista Chico Caruso, a Igreja 'progressista', a UNE, o MST e outras falanges totalitárias que lhe dão sustentação firme, de tal forma que, embora se denunciem casos de corrupção aos montes, em doses cavalares crescentes, Lula passa ao largo como se não tivesse nenhum tipo de responsabilidade pelas falcatruas “federais” cometidas por seus aliados políticos. Por muito menos, Collor foi botado para correr do Palácio do Planalto. Com um governo mil vezes mais corrupto, hão há uma passeata, sequer um único “cara-pintada”, para exigir o impeachment de Lula, o verdadeiro e único chefe do mensalão. E quando, enfim, há alguma passeata de protesto, como foi o da CUT, MST e UNE, em 2005, no auge das denúncias contra o Partido da Trapaça (PT), é um “protesto a favor” de Lula, uma situação inusitada e vergonhosa talvez única no mundo. Quanto mais cresce o número de denúncias contra o governo Lula, mais ele sobe nas pesquisas eleitorais.

PT e PSDB são as duas faces de uma mesma moeda. Nas últimas eleições presidenciais, o principal cabo eleitoral de Lula foi FHC, que proibiu José Serra de falar mal dele durante a campanha para presidente, nem fazer perguntas indiscretas Serra pôde fazer no debate de mentirinha promovido por Mr. Bibi (Bill Bonner) no Sistema Globo de PTvisão, como, p. ex., a ligação do PT com as FARC (com ou sem dólares para a campanha petista).

O que muda em cada um desses partidos hermanos é apenas o estilo. Enquanto FHC frequentava o luxuoso Circuito Elizabeth Arden, vestindo becas às pencas em universidades europeias, Lula prefere percorrer a Trilha Ho Chi Minh do populismo terceiro-mundista. FHC descascava charutos com Bill Clinton, obviamente, nos intervalos entre uma e outra 'descascada' de charuto feita por Mônica Levinsky. Lula descasca charutos com Fidel Castro. FHC e Dona Ruth frequentam bibliotecas. Lula e Dona Marisa só frequentam palanques eleitorais, Lula não consegue ler um livro sequer, o máximo que faz é folhear algumas páginas dos livros que recebe de presente, como ele próprio já declarou. FHC formou-se na USP. Lula, no Senai. FHC financiava o MST, via Incra, deu um Paraná inteiro aos revolucionários comunistas do Sr. João Pedro Stédile. Lula continua financiando o MST via Incra, sorri para os fotógrafos vestindo o boné do cangaço moderno, com apoio total do ministro das Invasões, Sr. Miguel Rossetto. FHC indenizou terroristas e familiares, a exemplo de Lamarca e Marighela. Lula continua indenizando terroristas e familiares, e simpatizantes, como o escritor Carlos Heitor Cony, que recebeu, de uma tacada só, R$ 1,5 milhão, além de uma mesada mensal equivalente ao salário de ministro do STF, o maior permitido no serviço público. FHC passava seus feriados na Ilha de Marambaia. Lula também começou a passar suas férias na Marambaia, depois que começou a campanha para a reeleição, para dar sorte. As denúncias contra o governo FHC envolviam pivetes. As denúncias contra o governo petista comprovaram a existência de uma verdadeira máfia, atuante nas estatais e fundos de pensão, beneficiando muitas famiglias, a começar por Lulinha e os R$ 15 milhões recebidos da Telemar. FHC citava Max Weber. Lula cita sua mãe, aquela que “nasceu analfabeta'. FHC gosta de tomar champanha e whisky on the rocks. Lula prefere engolir uma cachaça ou um mojito cubano junto com um churrasco fumegante.

Fora essas diferenças de estilo e gosto, PT e PSDB são a mesmíssima coisa. Partidos socialistas e patrimonialistas (desculpem o pleonasmo). Legítimos gêmeos siameses.

(*) TOCQUEVILLE, Alexis de. A Democracia na América. Editora Itatiaia Limitada, Belo Horizonte, 1998 (4ª edição). Tradução e notas de Neil Ribeiro da Silva.




Obs.:

O Sr. Miguel Rosseto é coronel honorário do Exército de Cuba. Confira entrevista do General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen à "História Oral do Exército - 31 de Março de 1964" (*):

Brizola, o carbonário

“O Brizola foi o primeiro político brasileiro que entrou em ligação com Fidel Castro e mandou gente fazer curso em Cuba. Inclusive esse Diógenes que andou se complicando há pouco tempo em uma Comissão Parlamentar de Inquérito. O atual Vice-Governador do Rio Grande, Miguel Rosseto, também andou por lá e é coronel honorário do exército cubano. Estes dois são das primeiras turmas encaminhadas a Cuba pelo Brizola. Como Governador e Deputado, o Brizola colocou as manguinhas de fora e os cubanos circulavam por aqui. Sabíamos da presença em Porto Alegre de três cubanos. Fui um dos que saíram para a rua e andavam à cata de agitadores estrangeiros que circulavam por aqui. Além do mais, o Brizola agitava o País com seus célebres discursos das sextas-feiras, uma pura ameaça à sociedade organizada. Foram criados os ‘grupos dos onze’, o Brasil estava cheio deles. Estimávamos que existiam cerca de cinco mil Grupos, um efetivo de quase sessenta mil homens. E quem fazia o proselitismo e os unia em termos nacionais era a Rádio Mayrink Veiga. Sintonizávamos aquela emissora à noite e ouvíamos:
- Alô, alô Santo Ângelo, comando revolucionário número trinta e quatro, alô doutor Fulano...
A mensagem para o correligionário informava o número do grupo, a sua localização e convocava os responsáveis para a transmissão de ordens ou transmitia alguma instrução. Isso era feito o dia inteiro. Belo exemplo de sigilo nas operações...
(...)
Aqui no Estado, onde houve a maior resistência à Revolução? [entrevistador]
Creio que foi aqui mesmo em Porto Alegre. O Brizola fez um discurso na Praça da Prefeitura em que instigou os sargentos a arrancarem os olhos dos oficiais com os dedos. Imaginem a reação! Isso ninguém me contou, eu fui lá para ver e ouvir. Acho até que o Gusmão estava comigo. Éramos dois ou três oficiais assistindo ao comício. Ele falou claramente que os oficiais eram golpistas e que os sargentos não deviam cumprir as ordens dos gorilas.
- Ataquem, ataquem esta gente e arranquem os olhos deles nem que seja com os dedos.
Ele disse isso. A resistência era coordenada por ele que dispunha de um staff – inclusive já citei o nome de alguns dos integrantes desse grupo – para lhe municiar das informações necessárias” (General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen, Tomo 8, pg. 178-179).



(*) MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.


Veja o vídeo PT e PSDB são irmãos siameses:



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