O pânico climático
Fonte: Blog: www.mitos-climaticos.blogspot.com
Artigo de Rui G. Moura - Engenheiro, com Mestrado em Climatologia (Portugal)
Quando se fala do hipotético aquecimento global pretende-se seguramente meter medo. Até seria desejável que a Terra aquecesse. Com efeito, isso nos traria imensas economias tanto de energia para climatização, como do petróleo bruto e dos seus derivados. Por outro lado, seriam ganhas largas extensões de terra cultivável em direcção às regiões subpolares. Foi o caso entre os anos 1930 e 1960 (período do Óptimo Climático Contemporâneo).
Nessa altura, as explorações agrícolas do norte do Canadá e da Escandinávia deslocaram-se mais para Norte. Nos anos 1970, com o regresso do frio, voltaram a retroceder para Sul. O mesmo aconteceu na África subsariana onde os criadores de gado se deslocaram primeiro para Norte e depois regressaram ao Sul quando a seca estalou nos anos 1970. Durante o período quente, as
chuvas tropicais eram mais abundantes. Isso quer dizer, paradoxalmente, que se o aquecimento fosse efectivo, a seca acabaria no Sahel! Mas infelizmente, não é esse o caso.
Refutação do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change)
O tema do 'global warming' é digno de figurar no livro das 'Imposturas intelectuais' de Alan Sokal e Jean Bricmont. O 'global warming' e as
'climate changes' estão de tal maneira bem embrulhadas que não é fácil desmontar esta impostura científica. Mas de acordo com o filósofo Karl Popper, as teorias científicas têm de ser aprovadas ou reprovadas em testes
imediatos e não daqui a cem anos. Ora, a refutação desta embrulhada verifica-se todos os dias, todas as horas, todos os segundos e todos os instantes.
Os valores elevados da pressão atmosférica sobre a Europa durante o Verão de 2003 - com a registada vaga de calor -, inscreveram-se na subida que se observa desde o shift ou desvio climático dos anos 1970, mais propriamente
em 1976. Essa alta das pressões observa-se sobre a quase totalidade da Europa, de Lisboa, em Portugal, a Constança, na Roménia.
A forte estabilidade anticiclónica (calma ou vento fraco, ausência de movimentos ascendentes) favorece o aquecimento do ar nas baixas camadas. A condução do calor é com efeito tanto mais forte quanto a pressão é mais elevada e desde que o ar não se possa elevar - devido à subsidência, ou pressão de cima para baixo -, sobreaquecendo, portanto, (para a mesma quantidade de energia recebida do Sol) as camadas próximas do solo. O calor provoca uma forte diminuição da humidade relativa, isto é, uma forte secagem do ar, que é tanto mais seco quanto o vapor de água atlântico ou mediterrâneo não penetra no interior do ar anticiclónico (o que reduz consideravelmente o efeito de estufa natural que está principalmente associado ao vapor de água).
A nebulosidade muito reduzida ou nula oferece um ar soalheiro óptimo, e a elevação do calor atinge gradualmente (por efeito cumulativo) a 'canícula', sobretudo nas cidades (menos ventiladas, mais quentes, mais secas) onde se
reforça a bolha de calor urbano.
Ao mesmo tempo o carácter anticiclónico (limitado às baixas camadas) e a ausência de movimentos horizontais e verticais concentram a poluição nos níveis inferiores (sob um nível de inversão situado cerca de 1000 a 1500
metros), enquanto a forte insolação acelera a fotodissociação (produção de ozono). Eis a razão da subida da taxa de ozono.
Calor, seca e poluição são, pois, as consequências das altas pressões. E não é seguramente o inverso. Sublinhe-se que, a aceitar-se como válida a teoria do 'efeito de estufa antropogénico' do IPCC, teríamos de inverter a realidade.
Nesse caso, a poluição seria a origem da elevação de temperatura que provocaria, pelo contrário, uma baixa de pressão, pois o ar quente se elevaria por não se verificarem as condições anticiclónicas com subsidência.
Mas a pressão está asubir! São, portanto, as condições anticiclónicas com subsidência que constituem a chave do que está acontecendo! Mas referi-las é insuficiente se não soubermos explicá-las como não sabem os defensores de
uma teoria refutável pela própria Natureza.
Pergunta-se: é a Natureza que está errada ou é a teoria do IPCC que deve ser refutada e substituída pela teoria dos Anticiclones Móveis Polares (AMP) do cientista francês Marcel Leroux, Professor de Climatologia da Universidade de Lyon?
Como não é possível no âmbito deste texto explicar toda a teoria dos AMP, iremos desmistificar alguns dos mitos ligados ao 'global warming' com que se pretende alarmar a opinião pública sem qualquer justificação científica.
Aquecimento global
Pura e simplesmente, não existe! Quase toda a gente tem fé na curva da temperatura global publicada todos os anos pela OMM (Organização
Meteorológica Mundial) e o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change).
Esta curva é apenas uma média das temperaturas medidas em 7000 estações meteorológicas do planeta, tratadas na Universidade de East Anglia, em Londres, sob a direcção de Philipp Jones. O aumento seria de 0,6 ºC desde
1860 até aos nossos dias, ou seja, a diferença de temperaturas que se observa à escala média anual entre quaisquer duas cidades de Portugal.
Que extraordinária confusão! Um tal valor, dado com uma precisão de mais ou menos 0,2 ºC num século e meio, é ridículo, porque ela é da ordem de precisão da medida. Esta curva não é validada pelas medidas recentes efectuadas pelos radiómetros dos satélites que, depois de 1978, não indicam qualquer evolução notória, antes pelo contrário. Nem sequer pelas milhões de
medidas das radiossondas dos balões.
Por outro lado, como falar em média à escala global misturando temperaturas marinhas, continentais, urbanas e sobretudo temperaturas de regiões que arrefecem com a de outras que aquecem? Por exemplo, o Árctico ocidental (a
norte do Canadá) arrefeceu e o Árctico a norte do Mar da Noruega aqueceu.
Qual é então a verdadeira situação do Árctico? De aquecimento ou de arrefecimento? Não é possível afirmar com segurança que a Terra está
aquecendo.
Será possível um aumento da temperatura de 2 a 6 ºC daqui até ao ano 2100?
De modo algum. Não há necessidade de modelos climáticos informatizados para fazer uma tal previsão. O químico sueco Svante Arrhénius (1859-1927) 'previu' exactamente a mesma coisa em 1903! Ele aplicou uma regra de três
entre o teor de concentração de CO2 da sua época e a temperatura correspondente, por um lado, e o teor previsto para o futuro e a temperatura respectiva. É exactamente isso o que fazem os modelos informáticos ao se insistir no efeito de estufa. Um modelo é apenas uma super calculadora que depende inteiramente dos dados que se lhes fornece e dos procedimentos que se lhes impõe para o tratamento dos dados. Não se deve
atribuir aos modelos virtudes 'mágicas' tanto mais que eles só dão uma visão muito incompleta e deformada da realidade meteorológica. Em
particular, eles não têm em conta a circulação geral da atmosfera, da sua organização e do seu movimento. Para estes modelos, as descontinuidades, presentes por todo o lado na Natureza, não são simplesmente tomadas em
consideração. Os modelos utilizados para predição climática são fundados nos mesmos princípios que os utilizados para a previsão meteorológica. Ora, estes últimos erram constantemente, como toda a gente sabe. Eles são
incapazes de prever tempestades de neve como as que se verificaram este Inverno de 2006 por toda a Europa. E muito menos, não foram capazes de
prever a queda de neve do dia 29 de Janeiro passado em Portugal, acontecimento que não se verificava há 50 anos!
A unanimidade entre os climatologistas não é verdadeira
A unanimidade é o efeito da tirania dos modelos. Insiste-se sobre num pretendido consenso entre os climatologistas quando isso não existe. Além
disso, existem vários tipos e 'climatologistas'. Veja-se o IPCC, apresentado como a autoridade na matéria. Na realidade, trata-se de um grupo
intergovernamental, isto é, a nomeação dos seus membros é política e não responde por critérios científicos. Além disso, a grande maioria dos seus membros não são de climatologistas. Têm conhecimentos científicos limitados sobre o clima. Após o aparecimento da informática, numerosos daqueles que se autoproclamam 'climatologistas' são na realidade informáticos-modeladores, que dedicam de longe a preferência pela estatística, sem se preocuparem com os laços físicos reais. Existem contudo
climatologistas e meteorologistas, fora do IPCC, que, pelo contrário, se preocupam prioritariamente com a observação dos fenómenos reais e os princípios físicos que os relacionam. Esses discordam do IPCC e estão longe de se convencerem com os resultados dos modelos. Mesmo entre os modeladores, alguns, como o americano Richard Lindzen, permanecem muito cépticos relativamente à hipótese do aquecimento global. O problema do IPCC é que, depois dos anos 80, passou a ser dominado pelos modeladores, vedetas
dos meios de comunicação. Os climatologistas realmente preocupados com as análises do tempo reagruparam-se, entretanto, em associações, das quais uma tem o nome sugestivo de 'climate sceptics'.
O papel dos gases com efeito de estufa
Meter o acento nos gases com efeito de estufa dá uma visão muito simplista do clima, enquanto outros factores são bastante mais importantes. Em particular, aqueles que determinam a dinâmica da atmosfera, as transferências meridionais do ar e da energia e, para ser mais simples, as
transferências de ar frio e de ar quente. Cada um é capaz de observar que a temperatura é função destas bruscas alterações, e que ela não evolui de maneira linear. O importante é primeiramente saber porquê e como as massas
de ar frio se formam e se deslocam; porquê elas substituem e são substituídas pelo ar quente - dito de outra maneira de precisar o mecanismo
da máquina atmosférica. O tempo depende dia a dia destas mudanças de massas de ar. Por outro lado, no longo prazo, a variação depende da actividade solar (manchas solares, magnetismo, erupção e vento solar), das projecções
vulcânicas, dos parâmetros astronómicos, etc. Como pretender que a sua responsabilidade no clima possa ser posta em evidência nos modelos que não tomam simplesmente em consideração o conjunto destes parâmetros? O efeito de
estufa é, portanto, totalmente marginal, se não mesmo insignificante, tanto mais que o principal efeito de estufa não é realizado pelo CO2 ou pelo CH4, mas pelo vapor de água. Mas, mesmo a parte real do vapor de água no efeito de estufa não é considerado no seu justo valor nos modelos.
Não há clima global
Pelo contrário, conhecemos perfeitamente a evolução dos climas regionais que seguem evoluções fortemente dissemelhantes. Além disso, é bastante revelador verificar que, na confissão do próprio IPCC, os modelos são incapazes de
reconstituir estas variações regionais! No seu segundo relatório de avaliação, de 1996, o IPCC escreveu: 'Os valores regionais das temperaturas
poderiam ser sensivelmente diferentes da média global, mas ainda não é possível determinar com precisão as suas flutuações'. Isto significa que os modelos do IPCC seriam capazes de dar um valor médio sem conhecer os valores regionais que permitem estabelecer precisamente esta média! Isto não é sério!
No Atlântico Norte, observa-se um arrefecimento na parte oeste (Canadá, Estados Unidos a este das Montanhas Rochosas), enquanto na Europa ocidental se observa um aquecimento, nomeadamente na Escandinávia. A Europa central
arrefece como o Mediterrâneo oriental, ou como a China. Estas diferenças de comportamento resultam da dinâmica aerológica. Isso depende das trajectórias dos anticiclones móveis polares (AMP). Estes são vastos discos de ar glacial
de mais de 1500 km de raio, gerados quotidianamente pelos pólos. Estes discos deslizam rente ao solo sobre camadas de ar quente mais ligeiras, contornando os relevos para se dirigirem em direcção ao equador.
As suas faces frontais provocam o retorno para o seu pólo respectivo do ar aquecido vindo dos trópicos. Os AMP representam o próprio exemplo de descontinuidade que os modelos informáticos se recusam a incorporar nas suas equações matemáticas. Por outro lado, eles apontam o dedo ao comportamento particular e à importância das regiões polares que, contrariamente às previsões dos modelos, não estão a aquecer, mas a arrefecer.
O mito da fusão das calotes polares
Evitemos a generalização: em detalhe, o gelo do mar funde a norte do mar da Noruega ou na região das Aleutas no Pacífico Norte onde chegam a água
marinha e o ar aquecidos. Em troca, a banquise (bancos de gelo) não varia ao norte do Canadá. O grosso da calote antárctica não fundiu desde a sua formação há 60 milhões de anos. A observação dos satélites mostra mesmo que no decurso do período 1979-1999, que é o de maior suposta elevação de temperatura, a superfície da banquise aumentou globalmente ao redor do
continente Antárctico. Na Gronelândia, certas regiões fundem, especialmente à volta da enorme ilha, mas a massa de gelo aumenta no centro da ilha, como acontece com a massa da maior parte dos glaciares escandinavos. O arrefecimento dos pólos atingiu 4 a 5 ºC durante o período 1940-1990, isto é, mais de metade, mas em valor negativo, do valor previsto para 2100! É o
desmentido mais flagrante levado às previsões dos modelos. É, portanto, surpreendente que tenha havido a ousadia de se conceber um tal aquecimento sem que haja qualquer razão física que o possa justificar! Será somente para
meter medo às pessoas com a pretensa subida dos níveis dos oceanos que poderia resultar de uma subida de temperatura?
Pelo contrário, o que é seguro, é que como os pólos arrefeceram, a potência e a frequência dos AMP aumentam, os contrastes de temperatura elevam-se, as confrontações entre o ar frio e o ar quente são mais vigorosas e o tempo
torna-se cada vez mais violento e cada vez mais contrastado nas nossas latitudes. Torna-se assim mais irregular, com períodos extensos de frio
seguidos de calor, de chuvas mais abundantes e de secas mais frequentes. Os recordes de calor e de frio são consequentemente batidos. Mas só se ouve falar nos de calor.
Por exemplo, o Canadá sofreu a pior tempestade de neve da sua história em 1998 e a Mongólia conheceu dois Invernos sucessivos de tal forma rigorosos que o Estado teve de pedir ajuda internacional. Seria mais judicioso ter em
consideração esta evolução real em vez de um hipotético cenário para o horizonte de 2100, para assegurar, por exemplo, uma melhor gestão da água, nomeadamente para o domínio agrícola. Portugal não está isento do que pode acontecer em qualquer outra região do mundo. Já tivemos quedas de neve em Lisboa, em 2006. A canícula do verão de 2003 é ainda um outro exemplo, se
bem que ela tenha sido apresentada como a prova do aquecimento global. Este erro de julgamento foi a base da implementação de um plano anti-canícula para o Verão de 2004, canícula que não se verificou (para espanto dos alarmistas). Em 2003, tratou-se simplesmente de uma vasta alta de pressão através da Europa ocidental, ela própria consequência de um aumento da
frequência dos AMP, visíveis nas imagens dos satélites, mas que os modeladores não gostam de ouvir falar! Nessa época, fez frio em Moscovo como há muito não acontecia no Verão. Em Julho deste ano repetiu-se este fenómeno.
O caso dos ciclones tropicais
O IPCC, nos anos 90, sustentou que os modelos são incapazes de prever a evolução da ciclogénese que não apresenta qualquer tendência para aumentar no Atlântico Norte desde há um século. Os modelos anunciavam então que o
aquecimento conduziria a uma maior clemência climática: 'As tempestades nas latitudes médias (.) resultam de elevado gradiente (diferença) de
temperatura entre os pólos e o equador (.). Como este gradiente vai enfraquecer com o aquecimento (.) as tempestades nas latitudes médias serão
mais fracas', escrevia o IPCC em 1990. Mas hoje, já que o tempo não evoluiu conforme às suas previsões, o mesmo IPCC esquece os seus próprios escritos e recupera a violência - mais mediática - do tempo ao anunciar que é
precisamente devida ao aquecimento. Enfim, ainda há quem pense que estamos perante cientistas sérios.
A ciclogénese depende de cinco condições draconianas. Basta uma delas não se verificar para não se gerar um ciclone tropical. A temperatura da água do mar é apenas uma delas. Ainda ninguém pensou qual a razão de não se gerarem Katrinas no Mediterrâneo ou no Mar Negro? Lá não existem nem o equador
meteorológico vertical, nem os alísios e as monções, nem campos depressionários nas baixas camadas, nem ascendências dinâmicas nem a
possibilidade de se desenvolver até à troposfera. Como estas condições não estão reunidas todos os dias, mesmo com temperaturas elevadas do mar, os ciclones tropicais, felizmente, não nascem diariamente!
A desinformação global
Prever o tempo foi sempre apaixonante. Ora, prever que nada de alarmante se vai produzir não é muito interessante. No início do sec. XX, as predições alarmistas estavam já na moda.
Entretanto, elas não tiveram sucesso perante a realidade que as desmentia ano após ano. Foi somente a partir de 1985 que o alarmismo reapareceu quando a climatologia foi monopolizada pelos informáticos com os cenários mais catastrofistas. Esquecendo simplesmente a meteorologia, os modeladores fizeram cálculos extremamente simplistas com o apoio de modelos
super-sofisticados para impor os seus conceitos. Mas as hipóteses sobre o aquecimento climático nunca foram verificadas pela observação, nem no início nem no fim do sec. XX. A famosa curva do IPCC não é mais do que um artefacto
constantemente desmentido pelas medidas e pelas observações dos satélites.
Na realidade, o problema dito do clima é confundido com o da poluição, dois domínios, contudo, distintos que só serão bem tratados, um e outro, quando forem dissociados. Esta confusão serve igualmente de pretexto para impor uma
restrição à actividade humana, considerada erradamente como a origem do aquecimento climático. A relação de interesses que se estabeleceu entre certos laboratórios, várias instituições internacionais e certos homens
políticos, impôs a noção de aquecimento global. Seguir cegamente os 'Sumários para os decisores' elaborados pelo IPCC faz deixar de lado os
fenómenos reais, desperdiçar somas colossais para pagar reuniões por definição inúteis, e impede a tomada de medidas de prevenção eficazes contra os verdadeiros acontecimentos climáticos que iremos conhecer. Para que serve preparar a economia de um país para o eventual aquecimento quando todos os seus termómetros assinalarem arrefecimentos?
Finalmente, o aquecimento climático reveste cada vez mais um carácter de manipulação que parece verdadeiramente uma impostura 'científica' e cujas primeiras vítimas são os climatologistas que não recebem os financiamentos que se dirigem para a corte de 'climatocratas' do IPCC.
Ramada, 24 de Julho de 2006
Leia outras notícias:
Fonte: https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=65122&cat=Ensaios&vinda=S
ONU quer investigação de acusações de manipulação de dados do IPCC
CLIMATEGATE, o maior escândalo climático, ou melhor, o maior escândalo científico do século 21. |
Já no dia 20/11/2009 estes dados (agora se tem quase certeza de que não a totalidade deles...), cerca de 1.073 e-mails e centenas de documentos, entre os quais a "jóia da coroa" - que é o código fonte de um modelador climático (mais à frente explicarei o porque) - foram liberados na internet através de um servidor público na Rússia.
A principio não havia certeza da veracidade dos documentos, mas no calor dos eventos a Univ. de East Anglia assumiu que teve o banco de dados invadido e que dados foram roubados e os principais cientistas envolvidos, quando ouvidos num primeiro momento, disseram "simplesmente" que as questões que estavam sendo levantadas não tinham razão de ser, pois o que era citado eram apenas "frases isoladas tiradas fora de contexto" ou que não se recordavam do que queriam dizer, pois haviam sido escritos há alguns anos ou ainda que não iriam comentar material "originado de crime de roubo", ou seja, reconheceram a autenticidade dos documentos.
Mas o que haveria de tão dramático no conteúdo de e-mails trocados em nível privado entre cientistas e pesquisadores considerados os mais influentes do chamado Aquecimento Global Antrópico?
O que nós, os chamados "céticos do aquecimento global antrópico" já sabíamos e denunciávamos há anos: que o aquecimento causado pelo CO2 é balela, que as causas são naturais e conhecidas há décadas, que os dados estavam sendo forjados e manipulados em prol de uma elite de cientistas que estavam usando de censura, perseguição e difamação contra aqueles que ousavam discordar, e muito mais.
Deve-se levar em conta que o que foi colocado em prática não foi o simples boicote à publicação de trabalhos que de alguma forma discordassem do AGA (aquecimento global antrópico), foi isto sim uma conspiração fundamentada em:
- Evitar a publicação de trabalhos que questionassem o AGA
- Destituir de cargos com poder decisório (como editorias, revisorias, etc), cientistas e profissionais que não partilhassem irrestritamente da teoria do AGA
- Desacreditar publicamente na mídia aqueles cientistas contrários ao AGA
- Retirar fundos de pesquisa quando o tema fosse ou pudesse ser contrário ao AGA
- Forjar dados de modo que os modelos refletissem de forma artificial o AGA
- Destruíram dados climatológicos originais, ficando apenas com os dados "revisados", de modo que fosse impossível questionar as conclusões a que alegaram ter chegado
- Deliberadamente mentiram e ocultaram informações que deveriam ser de acesso público ou no mínimo de acesso a outros pesquisadores para não terem o inconveniente de terem suas conclusões contestadas com base nos mesmos dados que os levaram a estas conclusões (agora se sabe que "fabricadas"...)
Quando me referi ao código fonte como "jóia da corôa", foi porque, há anos, vários cientistas entre eles os M&M (não, não são a famosa marca de chocolate, mas as iniciais de 2 proeminentes pesquisadores céticos, Steven McIntyre e Ross McKitrick) vinham solicitando ao Dr. Michael Mann a liberação do mesmo para que tentassem replicar o modelo que levou à elaboração do "famoso" (infame) "hockey stick" que simplesmente anulou tudo o que se sabe sobre paleoclimatologia para criar uma nova escala de temperaturas que "se adequasse e comprovasse" o aquecimento global antrópico.
Pois bem, o infame e tosco (especialistas em informática já afirmaram que o mesmo é deplorável...) código fonte para modelagem, em sua forma original, inclusive com as notas do programador (aqui estão as "pérolas") está entre o material "hackeado" e nele fica patente as manipulações, forjamentos e engodos empregados na farsa climática!
Por que tudo isso é importante?
Porque países como o Reino Unido, França, EUA aprovaram taxações pela emissão de carbono aos seus cidadãos e empresas baseados na premissa de que o CO2 é o vilão da história e que agora, às portas do encontro de Copenhague sobre "as mudanças climáticas globais" (atentem que o termo aquecimento está sendo deixado de lado por motivos que os e-mails deixam claro...), o tratado que foi preparado para que os países sejam signatários (aqui há outra monstruosidade escabrosa, pois o texto completo vazou e fala em "governo mundial" e centralização de decisões tirando a autonomia dos países...).
Bilhões e bilhões de dólares foram gastos para se diminuir as emissões de carbono! Uns poucos ganharam muitíssimo dinheiro com isto, mas a quase totalidade da população mundial perdeu, já que teve que bancar formas alternativas de energia, sabidamente mais dispendiosas que a da matriz energética já implantada no mundo e diminuir seus padrões de vida para assim emitirem menos CO2.
E em nome de que tudo isso foi engendrado?
Em benefício próprio da "Máquina do AGA" (cientistas, pesquisadores, políticos, jornalistas, empresários, ambientalistas, etc), para que os envolvidos permanecessem como os "senhores" da ciência e da governança mundial, conseguindo com isso enormes somas para financiamento de pesquisas e poder para direcionar decisões que influiriam em todo o Planeta.
Criaram um clima de terror mundial, gerando pânico nos cidadãos comuns, que diante da "catástrofe" climática iminente, não impuseram nenhuma objeção aos políticos oportunistas de plantão que viram aí uma excelente oportunidade de criarem taxas sobre "emissões de CO2" e engordar os caixas de seus governos e os próprios bolsos, de posarem de defensores do meio ambiente e zelosos com o futuro do Planeta e ainda propuseram leis que visavam controlar de forma mais incisiva o modo de vida de seus cidadãos.
Os bilhões gerados por esta indústria do medo tinham uma fatia repassada aos cientistas alardeadores do AGA que por sua vez retroalimentavam toda a "Máquina"!
As pessoas desconhecem, por exemplo, que Al Gore é sócio de uma das maiores empresas de comercialização de créditos de Carbono do mundo. As pessoas desconhecem que, ainda semana passada em entrevista à prestigiosa revista NewsWeek, Al Gore assumiu pela primeira vez que estava "um pouco errado", e que o CO2 representa apenas 40% no Aquecimento Global (na verdade as estimativas são de que o vapor d´água representa de 60% a 80% do "efeito estufa" no Planeta Terra, e esta é só uma das inúmeras mentiras e distorções que ele propaga no seu "Verdade Inconveniente") e que com isso, ele achava que ficava um pouco mais difícil de conseguir aprovar novas legislações impondo novas taxas às emissões deste gás, bem como a sua limitação.
Mas não comemorem ainda, pois o "guru" do aquecimento global, Al Gore, acha que devemos taxar a produção agropecuária por esta ser responsável pela emissão de outros gases que também afetam o efeito estufa, como o metano e o óxido nitroso (será que vamos acreditar nesta mesma mentira contada de novo, apenas com nova roupagem?).
O Brasil, por exemplo, fala em reduzir em pouco mais de 38% a emissão de gases estufa; ora, isso se dará de forma muito pequena na indústria, comércio e residências, então como grosso das emissões no país são de origem de queimadas e da agricultura, onde os senhores acham que serão impostas severas restrições e penalizações? Isso mesmo, no setor agropecuário! Isso sem sombra de dúvidas irá encarecer nossos produtos agropecuários e com isso o reflexo se dará no bolso tanto de nossos produtores rurais, que terão suas já reduzidas margens ainda mais estreitadas, quanto no bolso de nossos cidadãos como um todo, que pagarão mais caro pelos alimentos.
Falar em redução de emissões de gases estufa é o mesmo que falar em diminuição no consumo energético ou substituição por outras matrizes muito mais caras, o que para países em desenvolvimento como o Brasil significa a condenação perpétua ao estágio de subdesenvolvimento em relação aos países do Norte.
A população deve tomar conhecimento de tais fatos e cobrar de nossos políticos, megalomaníacos ou não, posturas cautelosas e aguardar no mínimo que se façam investigações rigorosas sobre estes novos fatos surgidos antes de assumirem quaisquer compromissos aos quais estarão irrevogavelmente vinculados.
Cordialmente,
Helio Cabral Jr
PS: eu recebi por e-mail, de um "amigo" pesquisador brasileiro em climatologia (Prof. Dr. PHD...) todos os arquivos "hackeados" originalmente liberados na rede.
"Primeiramente, o código é um lixo, como nós programadores costumamos dizer. Uma vergonha para qualquer programador e o qual não deveria NUNCA ter parado em mãos de terceiros. Felizmente para a humanidade foi exatamente o que aconteceu.
Ao longo do código o(s) programadore(s) lamentam a falta de dados precisos, o precário estado do banco de dados do centro, e como foi preciso ajustar diversos algoritmos para que mostrasse os resultados "corretos".
Muitas pessoas dizem que os trechos dos emails foram tirados fora de contexto anos após terem sido escritos. Comentários de código, por sua vez, têm o objetivo de documentá-lo de forma que possa ser mantido anos após ter sido escrito.
Seguem abaixo alguns trechos do código:
; Isso funciona com REMTS SENDO UM ARRAY bi-dimensional (Nseries, ntime) de múltiplas TimeSeries
, Cuja influência será removida. Infelizmente, o IDL5.4 p_correlate
; Falha com SÉRIES > 1 mantida constante, por isso tenho de remover a sua
; INFLUÊNCIA DE AMBOS INDTS E Depts Usando Regressão Linear Múltipla e entao usar a funcao correlata nos resíduos.
;
pro maps12, yrstart, doinfill = doinfill
;
; Plota 24 mapas anuais de reconstruções MXD calibradas (PCR-infilled ou não)
; de temperaturas crescentes. Usa MXD "corrigido" - mas geralmente não deve
; plotar antes de 1960, porque estes últimos serão artificialmente ajustados para parecer mais perto de temperaturas reais
; Calcula regressões em passa-alta e passa-baixa séries Esper et al. (2002)
; ,anomalias contra temperaturas NH completa e outras séries.
; CALIBRA CONTRA TEMPERATURAS DE TERRA AO NORTE DA LATITUDE 20N
; Especificar o período acima do qual se de deseja calcular as regressões
;(parar em 1960 para evitar O declínio)
http://www.anenglishmanscastle.com/HARRY_READ_ME.txt
Estou ficando seriamente cansado com o estado dos dados da australia. tantas novas estações foram introduzidas, tantas referências falsas .. tantas mudanças que não são documentadas. Cada vez que uma nuvem se forma eu sou apresentado com uma seleção assombrosa de sites semelhantes de sondagem, alguns com referências, alguns com os códigos da OMM (Organizacao metereológica mundial), e alguns com ambos.
28. Com grande relutância, eu mergulhei na ´anomdtb "- e já estou com aquela sensação familiar de Twilight Zone.
eu sou a primeira pessoa a tentar por os dados CRU (Climate Research Unit) em ordem?!
Bem, dtr2cld não é o programa mais complicado do mundo. Considerando cloudreg, que é, e eu imediatamente encontrei um erro! A leitura para a frente a 1951 foi feito com um loop que, por razões completamente insondáveis, não incluem meses! Assim, lemos 50 grids ao invés de 600!
...Por isso que isto não foi codificado em Fortran não sei - por pressões de tempo talvez? Foi muito esforço dispendido na homogeneização, que não houve tempo suficiente para escrever um procedimento de gridding? Naturalmente, é tarde demais para eu corrigi-lo também. Meh.
Aqui, o esperado período 1990-2003 está FALTANDO- assim as correlações não são tão quentes! No entanto, os códigos da OMM e os nomes das estações / posições são idênticos (ou quase). Que diabos devia acontecer aqui? Ah, sim - nao devia acontecer, entao eu posso inventar. E então foi o que eu fiz :-)
Como podemos ver, até eu estou fazendo bobagem! Embora possa recuperar. DTR, TMN e TMX precisa ser escrito como (i7.7). / Code>
AHH DANE-SE. É noite de domingo, eu trabalhei todos os fins de semana, e só quando eu pensei que havia acabado eu recebo ainda outro problema que é baseado no estado desesperador de nossos bancos de dados. Não há integridade de dados uniforme, é apenas um catálogo de problemas que continua a crescer a medida que eles são encontrados.
;mknormal,yyy,timey,refperiod=[1881,1940]
;
; Aplicar uma correção MUITO ARTIFICIAL para declínio!
yrloc=[1400,findgen(19)*5.+1904]
valadj=[0.,0.,0.,0.,0.,-0.1,-0.25,-0.3,0.,-0.1,0.3,0.8,1.2,1.7,2.5,2.6,2.6,$
2.6,2.6,2.6]*0.75 ; fator lorota
FOIA\documents\osborn-tree6\summer_modes\pl_decline.pro
; *** Deve alterar FUNCT_DECLINE.PRO PARA IGUALAR COM AS COORDENADAS DO INÍCIO DO DECLÍNIO. ALTERAR ISTO CADA VEZ QUE VOCE MUDAR QUALQUER COISA ***"
Nota AgriPoint: decidimos por publicar esse texto considerando que o assunto foi apresentado em alguns veículos importantes da mídia, como o Jornal Nacional, entre outros.
O climatologista britânico Philip D. Jones, acusado de ser o pivô do episódio conhecido como “Climategate”, admitiu em entrevista à revista Nature nesta semana que ele negligenciou uma pesquisa sobre mudanças climáticas assinada com o seu nome no periódico científico. Basicamente, o estudo fazia uma distinção das estações meteorológicas de acordo com a localização (zona rural ou urbana).
Esse trabalho serviu de base para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) fazer observações sobre o impacto ambiental provocado pelo processo de urbanização. Questionando os dados apresentados por Jones, alguns críticos levantaram suspeitas sobre o método que ele usou para separar as estações meteorológicas.
O IPCC já assumiu publicamente o erro de ter afirmado que o derretimento do Himalaia poderia ocorrer até 2035, segundo pesquisa feita por Jones. O governo holandês aproveitou a situação embaraçosa para reclamar que outras informações apresentadas pelo Painel – como a que 55% do território da Holanda estão abaixo do nível do mar – são equivocadas.
Em sua defesa, porém, Jones disse à revista Nature que não tinha conhecimento de que os locais das estações incluídos em seu artigo eram duvidosos. Assim, assumindo a responsabilidade do deslize, o climatologista afirmou que precisa pensar se apresentará uma correção ao periódico.
No fim do ano passado, antes da conferência climática de Copenhague, na Dinamarca, Jones foi alvo de uma polêmica conhecida como “Climategate”. O episódio eclodiu quando centenas de e-mails trocados entre pesquisadores da Universidade de East Anglia e o IPCC vieram a público.
Segundo alguns críticos, uma das mensagens assinadas pelo cientista britânico sugeriria que ele queria excluir alguns documentos da avaliação da ONU sobre o clima, o que levantaria suspeitas quanto à tentativa de manipulação de dados sobre o aquecimento global. O escândalo afastou Jones do seu cargo de diretor da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia.
Em entrevista à rede britânica BBC, no dia 13 de fevereiro, o climatologista confessou que faltou para a sua equipe a capacidade de organização da pesquisa encomendada pela ONU. “Nosso trabalho não foi tão bom quanto deveria ser”, disse.
O cientista ainda acrescentou que, desde o fim do ano passado, a sua vida pessoal “tem sido terrível”, mas, independente de tudo, ele tem “tentado seguir em frente com as suas pesquisas”. Pelo menos até o momento em que Jones conseguir suportar a pressão de seus críticos, que estão pedindo a sua cabeça.
Fonte: https://exame.com/tecnologia/phil-jones-assume-falhas-pesquisas-534477/
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