MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Semana em Memória às Vítimas do Holodomor - por Heitor de Paola e outros

SEMANA EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DO HOLODOMOR


De 19 a 24/11/2012 - Semana da Memória pelas vítimas do Holodomor.
O povo ucraniano, em todo o mundo, estará pranteando seus conterrâneos, vítimas da insanidade de um psicopata: STÁLIN.
Este blog se une aos conterrâneos para, também, prestar a sua homenagem com publicações históricas daquele nefasto acontecimento sob o lema


"NÃO DEIXAREMOS APAGAR A VELA DA MEMÓRIA"
1932-1933


"Não haverá futuro para nós..."

Excertos do resultado de pesquisa da memória e documentos, realizados pelo trabalho estatal, constante do arquivo da Província de Odessa, Ukraina, e dedicados às vítimas da morte pela fome nos anos 1932-1933, em comemoração aos 75 anos da tragédia, no ano de 2007.
Nação de agricultores crucificados pela fome. Holodomor dos anos 1932-1933 ocupa, na história de nossa nação um lugar de destaque. Sobre isso testemunha a quantidade de vítimas e o fato de que este acontecimento não podia ser lembrado, nem sequer mencionado durante os anos da União Soviética.
O triste aniversário desta tragédia da nação ukrainiana, ainda hoje provoca dor nos corações e mentes das pessoas que conseguiram sobreviver àqueles tempos terríveis. Milhões de aldeões, adultos e crianças, cidadãos da Ukraina, morreram naqueles anos de terror daquela criação artificial de fome.

A história mundial conheceu muitos crimes horrendos mas, nem todos, podem ser comparados com o que aconteceu nas aldeias ukrainianas no início dos anos trinta.

De acordo com diversas pesquisas científicas, as perdas da população da Ukraina constituem de 3 a 10 milhões de pessoas, e acima de um terço, crianças, o futuro da nação. Simultaneamente foi estabelecido que o motivo da grande desgraça não ocorreu por uma catástrofe natural, mas ocorreu um fato planejado de destruição física dos aldeões ukrainianos através de uma fome articifial.

Stalin retirou dos aldeões suas terras e seus bens, ("rozkurkuliuvav") e obrigava-os a trabalhar para o Estado nas fazendas coletivas ("kolkhozes"), aplicando o terror.

No início, a organização dos aldeões-proprietários foi pensada como comunas. No início de 1930, os membros das comunas conseguiram uma pequena área junto a casa, e uma vaca. Depois o "kolkhoz" passou a funcionar como uma associação. Mas, para compensar essa concessão, Stalin expropriou essas associações dos cidadãos em 1930-1932 e toda a produção dos "kolkhozes" simplesmente foi, diretamente dos campos para os silos, dotados de aparelhamento para carga, sem nenhuma compensação ao trabalho dos aldeões. Então, espontaneamente, os trabalhadores dos "kholkozes concentraram-se no trabalho nos seus quintais. A parte da Ukraina na participação geral dos recursos da União caiu significativamente.

Todo programa da forçada industrialização balançou. Para vencer a sabotagem Stalin aplicou contra os trabalhadores de "kholkhozes ukrainianos e de Kuban (parte norte do Cáucaso, ao lado do rio Kuban. Atualmente compreende Krasnodar, República Adygea, República de Karachay - Cherkessia e a parte sul de Rostov - OK) o terror da fome, devido a qual morriam milhares de pessoas. Os aldeões tentavam entrar nas cidades mas, os que conseguiam, sem emprego e sem dinheiro morriam também.
Nas cidades como Kyiv, Kharkiv, Dnipropetrovsk, Odessa e outras, a principal atividade diária dos órgãos municipais era recolher cadáveres nas ruas. O principal índice de mortes ocorreu nas províncias que se especializaram no cultivo dos componentes do pão: Poltava, Dnipropetrovsk, Kirovohrad e Odessa. Os mortos constituiram de 1/5 a 1/7 do total da população.
A fome propiciou nefastos sintomas psíquicos que alguns são conseguiam vencer. As pessoas escreviam cartas anônimas sobre seus vizinhos dizendo que estes escondiam os grãos (às vezes não sem razão). Existem numerosos avisos sobre suicídios, quase sempre pelo enforcamento. Mas o fato mais monstruoso foi o canibalismo. Lei contra o canibalismo de fato não havia. Mas existem dados que no final dos anos 30 houve 325 pessoas que ainda cumpriam pena vitalícia nos campos de concentração. São conhecidas diversas histórias relacionadas com canibalismo. Alguns comiam os próprios membros de sua família, outros pegavam os filhos de outras pessoas, e alguns criavam emboscadas para os caminhantes.
Esse assombroso aspecto da psicopatia do stalinismo pode-se ver no fato de que nenhuma palavra sobre a fome era permitido nos jornais, ou outros locais. Aqueles que transgrediam esta lei não aprovada eram aprisionados pela "propaganda antissoviética" recebendo cinco ou mais anos nos campos.
O tribunal internacional "A fome de 1933 na Ukraina" foi realizado nos anos 60, de iniciativa do Tribunal Internacional em Haia. Bem entendido, sem a participação da USSR. De acordo, com o veredicto (de 200 pag.), o culpado pelo Holodomor - sistema comunista. É esse sistema que trouxe para a generosa colheita na Ukraina as inchadas barriguinhas das crianças, aldeias despovoadas, selvagens noites de mães-canibais. É o sistema que crucificou pela fome a nação de lavradores...
"A lágrima é amarga como flores de absinto, e liberdade nossa - um pouco além da soleira... Será que algum dia recuperaremos a visão, compreenderemos a terrível lição de nossa época? - perguntou nossa contemporânea e poetisa Natalia Poklad. Perguntou a si mesma, a todos nós. Nós finalmente assimilaremos a essência amarga do veredicto profissional do tribunal? Devido à lembrança do passado? Devido à fé em nosso futuro?
Lembremos as vítimas conhecidas e sem nome do Holodomor. Lembremos - foi aqui, na nossa terra, "a morte andava silenciosa - não ressoavam as ferraduras.

O BLOG NOTÍCIAS DA UCRÂNIA PUBLICARÁ TODOS OS DIAS DE 19 A 24/11 UM NOVO RELATO





SÁBADO, 4 DE JULHO DE 2020

A SOMBRA DE STALIN


A sombra de Stalin
Eduardo Mackenzie
02/07/2020

O novo filme da realizador polonesa Agnieszka Holland é uma obra de arte e um manifesto anti-comunista.

 

L’Ombre de Staline, para os espectadores franceses, conta, de maneira magistral, um dramático episódio da vida de Gareth Jones (1905-1935), o primeiro jornalista que descobriu o que estava ocorrendo na Ucrânia em 1932-1933. Ele não entendia como Stalin fazia para exportar trigo a países ocidentais, enquanto que os meios informados europeus sabiam que os camponeses soviéticos estavam passando dificuldades tremendas.

Interpretado pelo excelente James Norton, Gareth Jones tinha um certo renome quando decidiu fazer essa reportagem. Sua habilidade lingüística (também falava em francês, russo e alemão) o havia levado aos melhores círculos diplomáticos. Em 1930, foi assessor de política exterior do ex-primeiro-ministro David Lloyd George. Enviado à Alemanha para entrevistar Hitler, Jones subiu ao avião que o líder nazista tomou para chegar a seu primeiro mitin como chanceler. Este detalhe biográfico foi utilizado depois pelos comunistas para caluniar Jones e imputar-lhe simpatias nazistas.

Ao chegar a Moscou, o jovem repórter soube que um de seus colegas que investigava sobre a Ucrânia havia desaparecido. Contra o conselho de alguns, conseguiu obter uma permissão para viajar para a Ucrânia de trem. O que ele encontrou em Kouban foi aterrador: em pleno inverno, os camponeses estavam na miséria total, sem luz elétrica, sem alimentos, sem sementes. Não tinham sapatos, nem roupas, nem papel, nem pregos, nem fogão para se aquecer. O trigo e demais produtos agrícolas eram confiscados brutalmente pelas autoridades bolcheviques.

Jones descobriu assim, e sofreu na própria carne, a terrível fome, orquestrada por Stalin, para punir os camponeses dessa região que havia sido uma base dos exércitos brancos durante a guerra civil. Essa decisão levou milhares dessas vítimas desesperadas a optar pelo canibalismo para sobreviver. Cerca de 7 milhões de soviéticos morreram de fome, quatro dos quais eram camponeses ucranianos.

Jones saiu desse lugar agonizante quase por milagre. Capturado por uma milícia local, só escapou da morte, ou ao desaparecimento, graças à credencial que tinha de Lloyd George. Sob a ameaça de que três de seus colegas presos em Moscou seriam suprimidos se ele não dissesse em Londres que estava tudo bem na Ucrânia, Joses foi expulso da URSS. Em que pese a tudo isso, ele denunciou a hecatombe em uma coletiva de imprensa, em 29 de março de 1933. Moscou optou por libertar os reféns meses mais tarde.

A intenção de Jones era frear com suas declarações a monstruosa fome, a qual passaria à história sob a denominação de “Holodomor”, quer dizer, a exterminação deliberada pela fome. Não conseguiu. Ajudados por jornalistas de esquerda, sobretudo por Walter Duranty, o cínico (e muito esquerdista) correspondente do New York Times em Moscou, os soviéticos responderam que Jones mentia, que seu testemunho era “propaganda contra-revolucionária do Ocidente capitalista”.

Duranty, que em privado reconhecia que havia uma catástrofe na Ucrânia, sem dizer em seus artigos, recebeu depois o Prêmio Pulitzer por haver “informado de maneira imparcial” sobre a Rússia. Jones, ao contrário, passou ao esquecimento. Porém, ele conseguiu publicar, ao menos, 20 artigos na imprensa inglesa e norte-americana sobre o que viu e fotografou na Ucrânia, graças a que o magnata australiano Rupert Murdock, o único que resistiu aos ditames soviéticos e da intelectualidade ocidental bem pensante, lhe deu essa possibilidade.

Três anos mais tarde Gareth Jones morreu em circunstâncias misteriosas, enquanto realizava uma reportagem na Mongólia, após ser preso e ultimado por bandidos de direito comum que possivelmente estavam sob o soldo do NKVD soviético.

Poucos especialistas conheciam até hoje o nome do jornalista que havia revelado essa imensa matança comunista. “Agnieszka Holland decidiu corrigir essa flagrante injustiça, e agora todo o mundo pode conhecer o destino desse homem valente”, comentou a escritora Yaryna Havriliouk. Ela acrescenta que esse filme mostra “a luta do homem contra o sistema”. Eu diria que esse filme presta homenagem ao triunfo póstumo de um indivíduo livre, contra uma ditadura criminosa que se acreditava invencível.

Tradução: Graça Salgueiro


QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2020

PERSEGUIÇÃO COMUNISTA À IGREJA

Posted: 29 Mar 2020 01:30 AM PDT

Dom Sviatoslav Shevchuk, Primaz do rito greco-católico,
o maior dos ritos orientais da Igreja Católica
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

Em entrevista para a Catholic Radio and Television Network, o Arcebispo-mor de Kiev-Galícia e de toda a Rússia, Dom Sviatoslav Shevchuk, Primaz do Rito greco-católico na Ucrânia, fez reveladoras confidências sobre sua formação eclesiástica acontecida sob o socialismo soviético. “Zenit”

O rito greco-católico é o maior dos ritos orientais da Igreja Católica: mais de 10 milhões de fiéis, incluindo a Ucrânia e a diáspora. Cerca de meio milhão deles reside no Brasil, especialmente no Paraná e em Santa Catarina. 

Dom Sviatoslav explicou que cresceu numa sociedade totalmente ateia. Na escola “nos ensinavam que Deus não existia”. Só a família transmitia a fé crista. 

O jovem arcebispo disse que a primeira vez que viu um padre foi por ocasião de um enterro. 

“O sacerdote veio na calada da noite para celebrar o funeral e depois desapareceu velozmente. Como menino, fiquei curioso de saber quem era o sacerdote e o que estava fazendo. Eu entrevia nele um reflexo da presença de Cristo”. 

“Esse sacerdote tinha estado duas vezes no cárcere por praticar seu ministério e através dele descobri verdadeiramente Alguém e alguma coisa pela qual vale a pena dar a própria vida”.


Foi assim que o futuro bispo decidiu ir para o seminário. Mas não tinha nada a ver com os seminários atuais.

A entrevista abaixo foi concedida quando Dom Sviatoslav era administrador apostólico da eparquia (diocese) de rito ucraniano em Buenos Aires. Foi concedida à associação "Ajuda à Igreja Necessitada" e tem a vantagem de estar dublada em português:

Funcionava assim: “O sacerdote que encontrei também era reitor do seminário secreto, clandestino. Para mim, foi a descoberta de um mundo completamente novo.

“Meu modo de estudar era bem estranho. Raramente encontrava meus professores do seminário – pelo menos uma vez cada dois meses.

“Quando os encontrava, davam-me sempre um livro, que tinha de copiar e estudar durante dois meses. Assim começou minha formação sacerdotal! 

“Nem minha mãe nem meu pai estavam ao corrente. Se eu fosse descoberto pela polícia secreta, minha mãe, que era professora de música, e meu pai, que era engenheiro, teriam perdido o trabalho.

“Muitas pessoas na Ucrânia que foram descobertas acabaram detrás das grades ou no exílio. 

“Graças a Deus não aconteceu nada. Para mim e para meu plano de me tornar sacerdote, a Mãe de Deus tinha que destruir a União Soviética.

“Eu me lembro que rezava: é impossível para os homens destruir o mal, mas para Deus nada é impossível.



Missa clandestina num bosque na Ucrânia sob governo comunista


“A Sagrada Eucaristia era o ponto central da nossa vida.

“Lembro-me de um sacerdote que encontrei certa vez: ele jamais falava muito dos sofrimentos, das perseguições e das torturas; ele me contava que certas vezes na prisão todos os sacerdotes celebravam a liturgia. 

“Nós ficávamos pasmos: como é que isso era possível? De onde vinham o cálice e a patena? 

“Ele tirou os óculos e disse: ‘Eis o que nós usávamos: uma lente servia de cálice com uma gota de vinho, e na outra, que servia como patena, púnhamos um pedacinho de pão. Assim nós celebramos a liturgia na prisão ou nos campos de concentração”.


O atual arcebispo Sviatoslav participou pela primeira vez de uma missa no ano 1991, quando acabava de servir como conscrito no Exército Soviético. 

Quando ele entrou no Exército Vermelho toda a vida religiosa acontecia em segredo, mas ao sair a União Soviética estava caindo. Ele assistia à divina Liturgia na igreja de sua cidade natal de Strait, na Ucrânia.

“Era maravilhoso, sentia-me como no céu! A liturgia bizantina de São João Crisóstomo é um símbolo da liturgia celeste”, exclamou.

Dom Sviatoslav explicou que “o comunismo destruiu a nossa sociedade e que só por meio da graça do Espirito Santo é que a Igreja pode curar essas feridas. 

“Durante a ex-União Soviética era perigoso ser cristão. Hoje na Europa o importante é não ter medo de ser cristão, ainda quando isso pareça não ser ‘conveniente’”.


Só o heroísmo na Fé – como o de Dom Sviatoslav e o de tantos outros sacerdotes e bispos que padeceram e até morreram sob a opressão comunista – leva à vitória os verdadeiros filhos da Igreja Católica.




QUINTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2020

RÚSSIA PRETENDE INVADIR A UCRÂNIA?

A Rússia enviou quase 90.000 soldados, 1.100 tanques, 2.500 veículos blindados de combate, 1.600 sistemas de artilharia e mísseis, 340 aviões de combate e outras armas e equipamentos para a fronteira com a Ucrânia.

 "No total, cerca de 87.000 a 90.000 militares (em particular, mais de 35.000 membros do 1º e 2º corpo de exército) das Forças Armadas da Rússia estão estacionados ao longo da fronteira da Ucrânia nas áreas temporariamente ocupadas de Donetsk, regiões de Luhansk  e Criméia. Existem também 1.100 tanques, 2.500 veículos blindados de combate, 1.600 sistemas de artilharia e mísseis, 340 aeronaves de combate, 240 helicópteros de combate, mais de 50 navios / barcos e 6 submarinos".

Vadym Skibitsky, representante do Diretório Principal de Inteligência  do Ministério da Defesa da Ucrânia, disse em entrevista aos meios de comunicação Obozrevatel.

 Ele observou, também, que esses grupos poderão ser fortalecidos por três centros de operações de mobilização que poderiam mobilizar cerca de 40.000 pessoas.  Nas imediações das fronteiras da Ucrânia, esses centros foram estabelecidos na cidade de Boguchar (região de Belgorod na Rússia), na cidade de Kamensk-Shakhtinsky (região de Rostov na Rússia) e na vila de Novoozerne no território da República Autônoma da  Crimeia.
03/03/2020.

TERÇA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2020

HERÓIS DE KRUTY

01/28/2020, 09:55 – 175

Em 29 de janeiro de 1918, a batalha de Kruty ocorreu. Então, 600 estudantes ucranianos não apenas pararam o quarto milésimo exército dos bolcheviques, mas também desaceleraram a adesão da Ucrânia à Rússia "vermelha".



Desde 2004, a Ucrânia presta homenagem aos primeiros cyborgs no Dia da Memória dos Heróis de Kruty. Como uma das páginas mais trágicas e ao mesmo tempo lendárias foi inscrita na história da Ucrânia – no OBOZREVATEL
Dia Memorial dos Heróis de Kruty
Para comemorar os Heróis Kruty na Ucrânia em nível nacional, começou apenas em 2004. Em 2006, um memorial aos heróis foi erguido perto da estação ferroviária de Kruty e, em 2012, uma cruz memorial foi erguida no túmulo de Askold para Kruty Heroes.
A Batalha de Kruty é comparada pelo Instituto Ucraniano de Memória Nacional com a defesa do Aeroporto de Donetsk e chama os jovens que deram suas vidas pela liberdade da jovem Ucrânia os primeiros "cyborgs".
Memorial à memória dos Heróis de Kruty
Pré-requisitos para a batalha sob o Kruty
No final de dezembro de 1917, os bolcheviques se opuseram abertamente à existência da República Popular da Ucrânia. Para começar, eles criaram um fantoche "Governo Vermelho Ucraniano" em Kharkov, que declarou guerra à UNR.
Mais tarde, em apoio ao governo de Kharkiv, tropas de Moscou, Pedro etc. foram enviadas. Deve-se notar que, mesmo assim, mais de cem anos atrás, Moscou chamou sua agressão armada de "guerra civil".
Batalha do Kruty: curta
Um grupo de quatro mil bolcheviques mudou-se para Kiev, com o objetivo de capturar a capital ucraniana. Inicialmente, as forças da UNR detiveram o inimigo por algum tempo perto da estação ferroviária de Bakhmach, na região de Chernihiv, mas depois de alguns dias de combates violentos, os ucranianos recuaram para a estação de Kruty, com posições previamente preparadas. Foi em 29 de janeiro que os destacamentos bolcheviques se manifestaram sobre eles.
As tropas ucranianas, que assumiram a defesa sob Kruty, eram cerca de 300 caças do Student Smoker, 250 - a Primeira Escola Cossaca de Kiev e o Segundo Ginásio Ucraniano da Irmandade Kyrylo-Mefodiyevsky. Eles também foram ajudados por cerca de 80 voluntários locais, "cossacos grátis".
A luta durou até o final da noite de 29 de janeiro. Os ucranianos repeliram vários ataques, mas as perdas foram muito grandes. O comandante da UNR, Averkiy Goncharenko, ordenou que se retirassem para o escalão, que esperava dois quilômetros da estação. Em retirada, um grupo de estudantes ao entardecer perdeu seu marco e retornou à estação de Kruty, já ocupada pelo Exército Vermelho. Lá eles foram capturados. O comandante vermelho Yegor Popov, furioso com as horríveis perdas sofridas pelos bolcheviques por um punhado de estudantes, ordenou que os prisioneiros fossem mortos.
Dos estudantes capturados, os bolcheviques primeiro zombaram e depois atiraram. Um dos defensores de Krut cantou "A Ucrânia ainda não morreu" antes do tiroteio - o resto dos estudantes apoiou o canto e morreu com o hino ucraniano nos lábios.
Os bolcheviques proibiram os heróis de enterrá-los. No entanto, após sua retirada, os corpos dos defensores de Krut foram enterrados e, mais tarde, por ordem do governo da UNR, 28 Heróis Kruty foram enterrados no túmulo de Askold, em Kiev. Quando as autoridades soviéticas chegaram à Ucrânia, fizeram o possível para esquecer a Batalha de Kruty nos próximos anos.
Consequências da Batalha de Kruty
A Batalha de Kruto interrompeu a ofensiva do exército bolchevique por quatro dias. Além disso, deu tempo para a assinatura do Tratado de Paz Brest-Lituânia, como resultado do qual o RSFSR reconheceu a independência da UNR e retirou tropas de terras ucranianas. No final, isso atrasou a adesão da Ucrânia à União Soviética por um tempo.


SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2020

UM INSULTO À MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DE MAIDAN


19/01/2020, 11:15 299

A nomeação do vice-presidente do DBR Oleksandr Babikov, que supostamente trabalhou no escritório de advocacia Aver Lex, que defendeu o ex-presidente Viktor Yanukovych, está sendo preparada.

Oleksandr Babikov

Ainda não foi anunciado oficialmente. No entanto, há rumores de que Babikov manterá essa posição. A informação foi dada pela chefe do DBI, Irina Venediktova, durante uma reunião em 14 de janeiro com parentes dos mortos no Maidan, relata a Voice of America.


Um comunicado de imprensa da ONG "Família dos Heróis das Centenas Celestiais", publicado em 16 de janeiro, afirma que as famílias das "Centenas Celestiais" expressam desconfiança por Babikov.
"Exigimos uma competição aberta e transparente para a eleição de uma pessoa de confiança da sociedade", afirmou o comunicado.
A nomeação foi comentada pelo advogado da família Heavenly Hundreds Eugene Zakrevskaya.
Segundo ela, “o advogado está vinculado à sua posição, que ele formou e defendeu, na qual insistiu, representando e defendendo os interesses de seu cliente. E se o advogado de um suspeito se torna o chefe dos investigadores que investigam o caso, é um conflito direto de interesses".
"Este é um sinal claro de que não haverá investigação", acrescentou Zakrevskaya.
O site de Aver Lex, anunciando a decisão de Babikov de se mudar para o serviço público, observou que ele "se especializou em proteger agentes da lei em casos de corrupção e em casos cometidos por grupos do crime organizado".
O Bureau de Investigação do Estado não vê obstáculo em confiar ao advogado de Yanukovych a auditoria dos assuntos de Maidan. Como explicado aos parentes do falecido, a chefe da DBR, Irina Venediktova, a comissão da competição não encontrou em Babikov um conflito de interesses. Segundo ela, ele será nomeado em caso de recomendação do comitê de seleção e sujeito a inspeção especial.
Volodymyr Golodniuk, membro da Família dos Heróis das Centenas Celestiais, não acredita que Babikov seja objetivo. "Estou profundamente indignado com esses compromissos", disse ele. Segundo ele, "Se Babikov defendeu os interesses de Yanukovych, que matou o Heavenly Hundred, como ele pode agora ser confiável para proteger os interesses dos Maidan?"
Golodyniuk, que perdeu seu filho de 19 anos em Maidan, lembrou a promessa do presidente Volodymyr Zelensky de acelerar a investigação. "Em vez disso, o presidente, tendo interferido nos tribunais, libertou os ex-berkutianos e matou nossa fé na justiça".
Como ele acrescentou: «Nomear o advogado Yanukovych responsável pela investigação de tiroteios no Maidan é um cuspe diante daqueles que perderam seus parentes. É um insulto à memória das vítimas no Maidan. "


QUARTA-FEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2019

O QUE DIFICULTA A PAZ ENTRE A UCRÂNIA E A RÚSSIA


26/11/2019, 16:08 - 464
Embora Moscou despreze teimosamente a soberania ucraniana e se recuse a falar sobre a Crimeia, é improvável que concorde


Volodymyr Zelensky não foi diferente da maioria dos candidatos presidenciais da Ucrânia durante a campanha deste ano, prometendo paz, mas sem explicar como isso poderia ser alcançado. As promessas de alguns políticos eram de populismo puro e outras de um desejo de capitular às demandas da Rússia.
No caso de Zelensky, isso poderia ser uma manifestação de sua ingenuidade sobre o presidente russo Vladimir Putin e sua falta de experiência em assuntos internacionais. No entanto, deve-se entender que a Ucrânia também mudou como resultado de sua resposta à agressão militar russa. De fato, a região de Dnepropetrovsk, nativa de Zelensky, tornou-se uma das regiões que mais sofreu perdas.
Em 2014-2015, o Dnipro desempenhou um papel estrategicamente importante no bloqueio do avanço da ofensiva militar russa na Ucrânia, escreve o cientista político britânico e canadense de origem ucraniana Taras Kuzio no Conselho Atlântico, relata UNIAN
Na sua opinião, a Ucrânia na forma que existia até 2014 não está mais presente. E voltar a essa época não terá sucesso. Ele lista oito razões que dificultam a paz entre a Ucrânia e a Rússia.
O primeiro deles são os pontos de vista russos sobre o país vizinho. A atitude de Moscou em relação aos ucranianos foi reduzida à retórica da Guarda Branca, que negou a própria existência do povo ucraniano como tal. E isso é ainda pior do que na União Soviética. Enquanto isso, a identidade ucraniana, especialmente entre a população de língua russa, mudou dramaticamente sob a influência de guerras, mortes, feridos, devastação e reassentamento forçado. Portanto, é improvável que acredite que Kiev consiga simplesmente concordar com uma potência estrangeira que não respeite nem a soberania ucraniana nem os ucranianos como nação separada.
O segundo obstáculo é o próprio Vladimir Putin. O autocrata russo é uma combinação desagradável da antiga cultura "chekista" e do chauvinismo russo em relação à Ucrânia. Qualquer compromisso parecerá um sinal de derrota para Putin e seus aliados.
O terceiro obstáculo é que a Rússia se recusa a negociar a Crimeia ocupada. Em Moscou, eles insistem que este "tópico está fechado". Assim, existe abertamente sobre Donbass, assegurando que "não estamos lá". Assim, o lado russo está tentando colocar a guerra no Donbass como uma "guerra civil". Moscou exige que Kiev conduza negociações diretas com os líderes dos chamados DNR e LPR, aos quais a maioria dos ucranianos se opõe. As opiniões dos cidadãos russos e ucranianos sobre este assunto são muito diferentes. 85% dos russos apóiam a anexação da Crimeia e 56% apóiam o separatismo de Donbass. A sociedade ucraniana considera a ocupação da Crimeia e a guerra em Donbass como um dos problemas da agressão russa. A maioria exige o retorno da Crimeia e o fim da invasão militar russa ao Donbass.
O quarto obstáculo: o que fazer com os líderes dos chamados "DNR" e "LPR", bem como com os funcionários civis de suas "administrações"? A maioria dos ucranianos se opõe à anistia. Enquanto isso, a grande maioria das pessoas que permanecem na parte ocupada dos Donbas quer se juntar à Rússia, e não voltar ao controle da Ucrânia. É improvável que a maioria dos 1,7 milhão de deslocados deseje retornar às regiões de Donetsk e Luhansk. Eles sobreviveram ao trauma da guerra, começaram uma nova vida em outro lugar. Seus filhos vão para novas escolas. Eles também podem achar que é perigoso retornar à sua região de origem. Afinal, os simpatizantes do LDNR os considerarão pró-ucranianos.
O quinto obstáculo é que ninguém ainda explicou como ocorrerá a desmilitarização. Desde a assinatura do Acordo de Belfast para a Irlanda do Norte em 1997, tem sido extremamente difícil desmilitarizar 2.500.000 terroristas. E eles tinham apenas armas leves. As forças armadas dos chamados "DNR" e "LPR" estão na região sul das Forças Armadas da Rússia. São 14 vezes maiores que as unidades da Irlanda do Norte e possuem armas pesadas. Além disso, existem 5 a 10 mil oficiais de FSB e GRU no território ocupado de Donbass, que sem dúvida se tornarão "locais" no processo de desmilitarização. Assim, o número total de forças LDNR aumentará para mais de 40 mil.
O sexto obstáculo é simplesmente não responder à pergunta do que acontecerá com esses lutadores. A Ucrânia exige que eles retornem à Rússia. E Moscou quer que eles se tornem a nova polícia, serviços de segurança interna, guardas de fronteira dos chamados DNR e LPR, que terão um "status especial" na Ucrânia. Nenhum líder ucraniano dará esse passo porque assim o cavalo de tróia russo será legalizado
A sétima razão segue da anterior. A Rússia não vai recuperar o controle de sua fronteira com a Ucrânia. Se isso acontecer, o DPR e o LPR deixarão de existir rapidamente. Porque a guerra que está acontecendo em Donbass é absolutamente artificial. Moscou entende o ponto de "recuperar o controle da fronteira" à sua maneira. Ela acha que as forças reformadas do LDNR estarão patrulhando a fronteira russo-ucraniana junto com os guardas de fronteira russos. Em outras palavras, trata-se de legalizar a ordem atual das coisas.
O último obstáculo está relacionado ao segundo, e tem se manifestado repetidamente nas relações russo-ucranianas desde 1991. Moscou nunca está satisfeito com as ações ucranianas que exige de Kiev. Em 2010, o presidente Viktor Yanukovych cumpriu tudo o que a Rússia exigia em uma carta aberta de Dmitry Medvedev de 2009 ao anterior líder ucraniano Viktor Yushchenko. Mas, apesar disso, a Rússia continuou a exigir cada vez mais. Forçou Yanukovych a cancelar a assinatura de um acordo de associação entre a Ucrânia e a UE e também cobrou a Kiev o preço mais alto do gás na Europa.
Não é de surpreender que a Rússia também tenha adicionado o requisito de retomar as importações diretas de gás para se encontrar com Zelensky no formato da Normandia. A Ucrânia não compra gás russo diretamente desde 2016. Retornar a isso significa importar corrupção e chantagem. O autor aconselha o presidente ucraniano a entender que Moscou sempre foi indiferente aos Donbas, pois nunca desempenhou um papel importante na identidade nacional russa.
Em 2014, o principal objetivo da Rússia era capturar Kharkiv e Odessa, que eram "diamantes da coroa" do chamado "Novorossiya". O interesse russo é o retorno de toda a Ucrânia à esfera de influência do Kremlin. E "DNR" e "LPR" - apenas "cavalo de Tróia" para atingir esse objetivo.


A UCRÂNIA HONRA A MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DA FOME


23/11/2019, 07:33 - 313
No sábado, 23 de novembro, é comemorado o Dia da Memória das Vítimas da Fome na Ucrânia.


O Dia da Memória das Vítimas da Fome é comemorado anualmente no quarto sábado de novembro, com base nos decretos presidenciais de 1998 e 2007, informa a Ukrinform.
No século XX, os ucranianos experimentaram três fomes: 1921-1923, 1932-1933 e fome de 1946-1947. No entanto, o mais maciço foi o Holodomor de 1932-1933, um genocídio do povo ucraniano perpetrado pelo regime comunista totalitário da URSS.
A fome foi precedida por violenta coletivização da agricultura, a "desilusão" dos camponeses, uma campanha de colheita de grãos e terror em massa no campo. O terror da fome que está em vigor na Ucrânia há 22 meses é uma política deliberada e propositada do governo Stalin, cuja estratégia e tática são implementadas desde 1928. Essa ação punitiva e repressiva visava humilhar os camponeses ucranianos, destruindo as fazendas camponesas independentes - os fundamentos socioeconômicos da nação ucraniana.
Os camponeses ucranianos tornaram-se as próximas vítimas do regime stalinista após a repressão total da intelligentsia e do clero ucranianos. Nos meses de pico do Holodomor, 24 pessoas morriam a cada minuto na Ucrânia. Em pouco tempo, Moscou matou mais de três milhões de ucranianos.
Durante décadas, o Holodomor ficou em silêncio na Ucrânia soviética. A pesquisa sobre essa tragédia começou apenas no final dos anos 80. O Holodomor de 1932-1933 na Ucrânia é agora considerado como um ato de genocídio contra o povo ucraniano pelo governo da URSS através da organização de uma fome artificial em massa que levou a milhões de vítimas humanas em áreas rurais na SSR ucraniana. Segundo pesquisas sociológicas recentes, 77% dos ucranianos consideram essa tragédia um genocídio.
Em novembro de 2006, o Verkhovna Rada reconheceu o Holodomor de 1932-1933 como o genocídio do povo ucraniano. Dos 195 países do mundo, o ato de genocídio do Holodomor de 1932-1933 na Ucrânia em nível internacional, exceto a Ucrânia, é reconhecido por 15 estados membros da ONU e pelo Vaticano.
Uma série de eventos de luto será realizada na capital em 23 de novembro, em memória das vítimas da fome.
Assim, as atividades de luto serão realizadas no território do Museu Nacional “Memorial das Vítimas do Holodomor” (Rua Lavrska, 3), com a participação de representantes de autoridades estaduais, órgãos autônomos locais, público, clero e convidados estrangeiros. Em particular, o Presidente Volodymyr Zelensky participará da comemoração das vítimas da fome.
Além disso, um dia de silêncio será anunciado hoje às 16:00 para comemorar as vítimas da fome, bem como uma ação nacional "Acenda uma Vela". Nesse momento, qualquer pessoa pode se juntar para homenagear os compatriotas caídos e colocar uma vela no parapeito da janela.
Neste sábado, em Kiev, a bandeira nacional da Ucrânia será lançada. Eles também restringirão as atividades de entretenimento e farão alterações nos programas utilitários.
Em 23 de novembro, serão realizados cultos em memória nos templos das vítimas da fome na Ucrânia.
Como foi relatado, tradicionalmente na quinta-feira, 4 de novembro, às 16:00, a memória de milhões de ucranianos mortos durante o genocídio é comemorada com um momento de silêncio e luz de velas nas praças centrais da cidade, perto dos monumentos do Holodomor, nos templos e no Hall of Remembrance Museu Nacional das vítimas do Holodomor Memorial em Kiev. A tradição de queimar velas na janela de suas casas, a chamada "Vela na janela", foi sugerida pelo pesquisador do Holodomor James Mace.


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