MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

O Livro Negro do Comunismo Cubano - por Armando Lago - resenha na revista Época


O legado de Fidel

Ao longo da vida, Fidel adotou um lema: “A História me absolverá”. À medida que o julgamento se aproxima, isso fica cada vez mais difícil
COM REPORTAGEM DE ROBERTO GUIMARÃES
NO PODERFidel discursa pela primeira vez como governante, em Havana, em janeiro de 1959
Em 26 de julho de 1953, liderando cerca de cem homens, Fidel Castro atacou o quartel de La Moncada, em Santiago de Cuba, numa das primeiras rebeliões contra o regime de Fulgencio Batista que anos depois levariam à Revolução. Na ocasião, os rebeldes foram dizimados. Fidel e seu irmão Raúl conseguiram escapar, mas acabaram presos. Durante o julgamento, no duplo papel de acusado e advogado, Fidel proferiu uma frase que ficaria famosa:
– A História me absolverá.
Misto de defesa e manifesto revolucionário, Fidel adotaria esse lema ao longo de uma vida marcada pelo carisma pessoal, por aventuras amorosas e indiscutíveis conquistas políticas. Após quase 50 anos como líder de uma das mais longevas ditaduras do planeta, qual será, afinal, o julgamento da História sobre a era Fidel em Cuba?
No campo político, a resposta é inequívoca. O regime de Fidel foi responsável por 5.775 execuções por fuzilamento, 1.231 assassinatos extrajudiciais, 984 mortes na prisão e 200 pessoas desaparecidas, de acordo com o relatório de novembro do Cuba Archive, projeto conduzido há dez anos pelo pesquisador Armando Lago, autor de The Black Book of Cuban Communism (O Livro Negro do Comunismo Cubano, sem tradução brasileira). O total de 8.190 mortos, que se refere apenas a casos documentados, incluindo criminosos comuns, confere à ditadura cubana uma posição mais letal que a de Augusto Pinochet, no Chile, acusada de patrocinar algo como 3 mil assassinatos. Até hoje a imprensa cubana sofre com a censura e não há nada que se pareça com um esboço de democracia no país. “Se você chama de liberdade de imprensa o direito dos inimigos de Cuba de falar e escrever contra a Revolução Cubana, eu diria que não somos a favor dessa liberdade”, disse Fidel em entrevista a seu biógrafo, Ignácio Ramonet.
No campo econômico, também não há o que discutir. Cuba está entre as economias menos pujantes da América Latina. Enquanto o continente cresceu em média 1,5% ao ano entre 1956 e 2003 e o Brasil registrou crescimento médio anual de 2,5% no período, Cuba apresentou um índice de 0,4%. Isso põe a economia cubana em penúltimo lugar entre as latino-americanas. A ilha de Fidel só ganha do Haiti no boletim do crescimento econômico. Nesse ponto, a era Fidel também se aproxima de uma decepção diante do que sonhavam os revolucionários. Restam, é verdade, indicadores sociais favoráveis a Cuba (leia o quadro). Mas a vida e o legado de Fidel Castro revelam que o julgamento da História não terá a benevolência que Fidel previa em La Moncada.
Cuba foi a primeira colônia espanhola na América. Foi preciso que os EUA enfrentassem o domínio da Espanha para que Cuba se tornasse um país. Durante essa guerra, o espanhol Angel Castro, pai de Fidel, chegou à ilha, em 1898. O camponês analfabeto de 17 anos recebeu dinheiro para tomar o lugar de um rico jovem espanhol no Exército, prática comum na época. Angel desembarcou no leste da ilha, mas não chegou a lutar. Estava na Província de Oriente quando o governo espanhol transmitiu a soberania sobre Cuba ao general americano John Rutter Brooke, em 1899. Depois da derrota espanhola, Angel se estabeleceu em Cuba.
A independência da Espanha gerou uma onda de prosperidade. Grandes empresas americanas exploravam a lavoura canavieira. Trabalhando para a maior delas, a United Fruit, Angel começou a sair da pobreza. Enriqueceu e se apaixonou pela professora, María Luísa Argota. O casal teve dois filhos e viveu feliz até a chegada de uma criada, uma camponesa de 14 anos, mesma idade de Lídia, a filha mais velha. Criada e patrão se engraçaram. Quando nasceram os dois primeiros filhos bastardos, Ângela e Ramon, María Argota conseguiu abafar a traição do marido. Com a chegada do terceiro – Fidel, nascido em 3 de agosto de 1926 –, ela não suportou mais e fugiu. A mãe de Fidel, Lina Ruz González, uma camponesa analfabeta, virou dona da casa. Por não ser casada, Lina não podia dar aos filhos o sobrenome de dom Angel. O menino só foi batizado em 1935, com o nome de Fidel Hipólito Ruz González. E se chamaria também Fidel Casiano Ruz González antes de se tornar finalmente Fidel Alejandro Castro Ruz, em 1941. O “Alejandro” teria sido acrescentado por ele mesmo. Fidel é um grande admirador de Alexandre, O Grande. Por essa história familiar turbulenta, Fidel sempre foi discriminado por seus colegas de turma, que faziam parte da elite econômica de Santiago de Cuba.
Em 1942, o eixo da vida de Fidel mudaria para Havana. Três anos mais tarde, quando ingressou na faculdade de Direito, Fidel ainda era, em suas próprias palavras, “um analfabeto político”. “Nessa universidade, aonde cheguei apenas com meu espírito rebelde e algumas idéias elementares de justiça, tornei-me revolucionário”, disse anos depois, já no poder. Logo no primeiro ano se envolveu com política estudantil e se elegeu representante de curso.
AMOR E ÓDIOFidel compartilha com os demais cubanos a grande influência cultural dos EUA na ilha. Jogava beisebol, admirava Ernest Hemingway (acima, à dir.) e adorava Coca-Cola
Ele juntou-se, em 1947, a uma expedição que planejava ajudar na derrubada de Rafael Trujillo, na República Dominicana. O ataque fracassou, mas serviu para Fidel aprender na prática suas primeiras lições de guerrilha. Ao se diplomar, em 1950, Fidel abriu, com dois colegas de turma, uma firma de advocacia. Mais interessado em agitação política que nos negócios, logo abandonou a sociedade. Passou a viver, com a mulher – Mirtha Díaz Balart – e o filho Fidelito, de mesada enviada pelo pai. Em março de 1952, Fulgencio Batista, candidato à Presidência, decidiu não aguardar as eleições e deu seu segundo golpe de Estado. Fidel, então envolvido na política partidária, passou a ser guiado por uma idéia fixa: derrubar Batista. Após se organizar por pouco mais de um ano, período em que se tornou um dos mais conhecidos opositores do regime, Fidel partiu para a ação e promoveu o ataque a La Moncada.
Condenado a 15 anos de prisão, ele era o mais importante e popular opositor de Batista. Em 1955, a pressão popular levou Batista a anistiar os moncadistas, entre eles os irmãos Castro. Fidel saiu da prisão como estrela e embarcou para o exílio no México. Lá, conheceu um médico argentino comunista, chamado Ernesto Che Guevara. Aprendeu táticas de guerrilha com um militar espanhol e se dedicou a organizar uma ação para derrubar Batista. No início de dezembro de 1956, liderou um grupo de 82 homens armados que partiram para Cuba, a bordo do iate Granma (vovó, em inglês, nome dado pelo antigo proprietário, um americano de Miami). O barco encalhou e o grupo foi surpreendido pelo Exército cubano. Fidel, Raúl e Che refugiaram-se na Sierra Maestra e organizaram a guerrilha.
A ditadura de Batista espalhou a notícia de que Fidel fora morto no ataque e seu corpo devorado por jacarés. Fidel já era um mestre em construir e explorar a própria imagem. Imaginou uma jogada de marketing político exemplar. O Movimento 26 de Julho, assim batizado em referência ao ataque a Moncada, organizou uma entrevista de seu líder ao jornalista Herbert Matthews, do New York Times. Matthews subiu a Sierra em fevereiro. Encantou-se pela personalidade de Fidel. Depois, publicou três reportagens sobre o líder guerrilheiro e a situação da política cubana. Matthews conseguiu a proeza não apenas de provar que Fidel estava vivo, mas transformou-o num sonhador revolucionário, que lutava para instaurar uma democracia na ilha.
A ilha foi inundada com cópias traduzidas das reportagens. Fidel conquistou cada vez mais adeptos em Cuba. Havia uma sensação de que a queda de Batista era só questão de tempo. Sob o comando de Che Guevara, os guerrilheiros avançaram em direção à capital. Em 1º de janeiro de 1959, Batista fugiu de Havana e exilou-se em Portugal. Era a vitória da Revolução. O Departamento de Estado dos EUA logo reconheceu o novo governo. Fidel, que estava em Santiago, cruzou o país, rumo à capital. Em Havana, Che comandava os primeiros fuzilamentos promovidos pelo novo regime. Fidel ainda era apenas um nacionalista. Raúl e Che eram os marxistas.
Fidel cultivou laços de amizade com personalidades tão díspares quanto o casal de filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, o escritor Ernest Hemingway, o cantor Chico Buarque e o político baiano Antônio Carlos Magalhães. O Comandante, como já começava a ser chamado, se interessava “vivamente pelo outro”, nas palavras do jornalista Fernando Morais, autor de A Ilha, um dos primeiros livros a descrever o regime cubano por dentro. “É uma pessoa muito afável, cordial, no sentido etimológico da palavra”, diz Frei Betto, outro de seus amigos brasileiros. “O Fidel também gosta muito de cachorros”, diz Morais. “Quando soube que um fila poderia pesar até 100 quilos, ficou interessado. E eu prometi que daria os cachorros de presente para ele.” Morais conta que conduziu um casal de cães da raça fila brasileiro até Havana e dividiu a conta com Chico Buarque.
Fidel sabia usar o valor simbólico de suas amizades. Em 1960, Sartre e Simone de Beauvoir, o casal mais charmoso da esquerda mundial na época, visitou Havana duas vezes. No mesmo ano, Fidel se encontrou com Hemingway, o americano mais cubano de então. Fidel teria se inspirado em seu romance Por Quem os Sinos Dobram, sobre a guerrilha liderada pelos republicanos espanhóis contra as tropas nacionalistas, para organizar o exército rebelde. O encontro entre os dois barbados se deu por ocasião do Torneio de Pesca Hemingway, vencido por Fidel. Tad Szulc, autor de uma biografia de Castro, escreveu que foi essa “a única vez em que Fidel hesitou em se impor a alguém, no caso, a um homem a quem considerava genial”.
Quando menino, Fidel gostava de filmes de faroeste, especialmente “daqueles revólveres cujas balas não acabavam”. Aos 13 anos, pediu, em carta ao presidente dos EUA na época, Franklin Roosevelt, uma nota de US$ 10. “Nunca vi uma nota verde americana e gostaria de ter uma.” Recebeu um “não” padronizado.
PATERNALISMOFidel tratava os cubanos como crianças. Deixou até de fumar charutos
em público para dar exemplo
Sua barba tem uma explicação minuciosa. Teria surgido da vida dura na guerrilha, sem lâminas de barbear, e virou um carimbo de guerrilheiro saído das montanhas. E tem um lado prático. “Se você multiplicar pelos dias do ano os 15 minutos diários que leva para fazer a barba, vai verificar que dedica quase 5.500 minutos a essa tarefa”, disse Fidel. “Ao deixar de fazer a barba, você ganha por um ano uns dez dias.”
Fidel sempre fez questão de manter sua vida privada longe dos holofotes. Um dos boatos menos nobres sustenta que Fidel, no auge de seu vigor físico, não se dava ao trabalho de tirar a surrada farda verde-oliva, limitando-se a arriar as calças antes de atacar suas presas nos escuros corredores do poder. Fidel nunca compareceu a um único evento público ladeado por uma mulher, namorada ou outra companheira. Geralmente ia sozinho, embora muitas vezes tenha recorrido à companhia da cunhada Vilma Espín.
Isso ajuda a entender por que o mundo nunca foi apresentado à señora Fidel Castro. Mãe de cinco dos oito filhos oficialmente reconhecidos pelo Comandante, Dalia Soto del Valle era alta, bonita e trabalhava como secretária do Sindicato dos Cortadores de Cana-de-Açúcar quando conheceu Fidel durante uma campanha de alfabetização. Há indícios de que tenham se casado em 1980, ano da morte de Celia Sánchez Manduley, talvez a mulher mais importante da vida de Fidel. Filha de um médico de Manzanillo, cidade próxima a Santiago de Cuba, Celia conheceu o Q.G. da guerrilha na Sierra Maestra antes de Fidel, pois foi responsável por organizar o esconderijo para os foragidos náufragos do Granma. Manteve com Fidel uma ambígua relação de amiga, companheira, confidente e, ao menos nos primeiros anos, amante. Espécie de alter ego do “líder máximo”, era seis anos mais velha que ele e é apontada como uma das únicas pessoas com ascendência sobre Fidel.
Viver duas décadas com duas mulheres diferentes não foi a única proeza amorosa do galante revolucionário. Ele fez fama também como conquistador de corações femininos, como a atriz Ava Gardner, a estonteante Gina Lollobrigida e a jornalista Bárbara Walters. Fidel reconheceu a paternidade de oito filhos, com quatro mulheres. O mais velho, Fidelito, estudou Física Nuclear na ex-União Soviética e dirigiu a comissão nuclear de Cuba. Foi demitido sob a alegação oficial de “incompetência”. É fisicamente muito parecido com o pai. “Ele esteve no Brasil para fazer um curso. Entrou com nome falso e ninguém ficou sabendo”, diz Morais.
Fidel teve uma filha – Alina – com Natalia Revuelta, uma loira de olhos verdes, casada, de quem se tornou amante. Embora fosse de origem aristocrata, Naty, como era chamada, abraçou a causa da Revolução. Alina fugiu de Cuba, com nome falso, em 1993, fingindo ser uma turista espanhola. De lá para cá, mora em Miami, onde apresenta um programa de rádio anticastrista. Intitula-se “a filha rebelde de Fidel”.
No poder, Fidel se indispôs com os EUA e criou laços com a União Soviética. Como represália, em 1961 o governo de John Kennedy rompeu relações com Cuba. Três meses mais tarde, em abril, 1.297 exilados cubanos desembarcaram na Baía dos Porcos, numa desastrada operação da CIA, com o objetivo de derrubar Fidel. Em janeiro de 1962, os EUA determinaram o bloqueio econômico de Cuba – em vigor até hoje. Em 16 de outubro, um avião-espião americano detectou ogivas nucleares soviéticas em território cubano apontadas para a Flórida. Seis dias mais tarde, Kennedy ordenou o bloqueio naval da ilha, exigindo de Moscou a retirada imediata dos mísseis.
A Crise dos Mísseis projetou Fidel como um dos protagonistas da geopolítica mundial. Com o passar dos anos, já alçado à condição de inimigo preferencial dos EUA, Fidel passou a exercer ele próprio enorme influência na América Latina, inclusive no Brasil. Foi para Havana que rumaram os 15 presos políticos trocados pelo embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado pela guerrilha brasileira, em dezembro de 1969. Recebidos pelo próprio Fidel, foram presenteados com casa, comida e roupa lavada. E alguns, como o ex-deputado José Dirceu, por lá ficaram e receberam treinamento militar.
Na década de 80, com o prenúncio do fim do bloco comunista, Fidel aproximou-se de países da Europa ocidental, como a Espanha. Com o desmoronamento da União Soviética, em 1991, Cuba enfrentou seu momento mais crítico. A economia encolheu 35% entre 1989 e 1993. No fim dos anos 90, a ascensão de Hugo Chávez dá origem a uma nova e importante parceria econômica para Cuba. Hoje é Chávez quem começa a ocupar nos sonhos da esquerda latino-americana o papel que um dia coube a Fidel. Na disputa de charme e humor com Fidel, Chávez não tem chance. Em 1995, jornalistas perguntaram o que Fidel achava de cubanas com formação superior caírem na prostituição devido à crise decorrente do colapso soviético. Fidel respondeu que a educação em Cuba era tão boa que até as prostitutas tinham diploma. E fez a platéia rir.
A construção da lenda
Opositor de um regime corrupto de uma pequena ilha, Fidel se tornou personagem da Guerra Fria e ícone da esquerda do mundo todo
A RevoluçãoFidel Castro lidera um grupo de opositores que tenta derrubar o ditador Fulgencio Batista. Após seis anos de tentativas de guerrilha, em janeiro de 1959 os rebeldes comandados por Fidel e Che Guevara tomam Havana
A Guerra FriaEm 1961, Fidel declara Cuba nação socialista e permite que Nikita Kruschev (à dir. na foto) instale mísseis na ilha. O mundo chega à beira da guerra nuclear. A ex-URSS (Rússia) recua. Fidel sobrevive a atentados tramados pela CIA
Além das fronteirasEm 1965, Ernesto Che Guevara parte para a África, com o objetivo de organizar uma guerrilha no Congo. Começa a exportação da revolução. No pólo oposto, milhares de cubanos descontentes com os rumos do castrismo fogem do país, rumo aos EUA
Os símbolosEm março de 1968, o governo cubano completa a estatização econômica. A partir de maio, milhares de estudantes saem às ruas da Europa e dos EUA exibindo cartazes com fotos de Che Guevara e Fidel
O ouro de MoscouA ilha se torna dependente da URSS, que compra açúcar e vende petróleo a preços camaradas. Cuba apóia guerrilhas comunistas mundo afora. Em 1973 um golpe no Chile derruba Salvador Allende (à dir. na foto), aliado de Fidel
Sinais perigososFidel anuncia que não impedirá a saída de cidadãos cubanos do país. Cerca de 125 mil pessoas deixam a ilha em menos de seis meses. Na Polônia, uma greve revela ao mundo o sindicato Solidariedade e seu líder, Lech Walesa, que seria o primeiro presidente pós-comunista do país em 1989
Contra a aberturaMikhail Gorbachev (à esq. na foto) assume o poder na URSS e anuncia o início das mudanças políticas e econômicas: glasnot (transparência) e perestroika (reestruturação). Fidel desaprova a perestroika, que qualifica de “perigosa” e “oposta aos princípios do socialismo”. Cai o Muro de Berlim. Regimes comunistas do Leste Europeu são derrubados um após o outro
Tempos de criseCom o fim da URSS, Cuba entra em profunda decadência econômica. A situação melhora com a ascensão de Hugo Chávez (à esq. na foto) na Venezuela, em 1999. Com problemas de saúde, Fidel se afasta em 2006 em favor do irmão Raúl

A ilha de Fidel
Com 11 milhões de habitantes, Cuba é o único país comunista das Américas e, por seu valor simbólico e sua proximidade geográfica com os EUA, tem uma importância internacional desproporcional a suas dimensões
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Fotos: Andrew Saint-George/Magnum Photos, AP, Top Foto/Keystone, Romano Cagnoni/Getty Images, Marty Lederhandler/AP, AFP e Other Images, Charles Tasnadi e Boris Yurchenko/AP , AFP, AP e Gutm TV/Reuters, Hughes Hervé/AFP, Bettmann/Corbis/Latin Stock, AP (2), Lynne Sladky/AP, Lynne Sladky/AP, Archivo Bohemia/AFP, José Goitia/AP e David J. Phillip/AP

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