HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCTIO -
31 DE MARÇO DE 1964
PARTE IV
“TERRORISMO
NUNCA MAIS”, UM CONTRAPONTO AO “TORTURA NUNCA MAIS”
“Gostaria, embora não tendo
participado diretamente da luta naquela época. Estava, como disse,
desempenhando a função de instrutor. Mas, depois, tornei-me um estudioso desse
assunto e, no ano de 1986, após muita pesquisa, pude escrever aquele célebre
livro ‘As Quatro Tentativas de Tomada do Poder’ [ORVIL].
Sobre isso gostaria de falar
agora. Criamos um site há dois anos, chamado ‘Ternuma’, que é abreviatura de um
grupo, que está em plena atividade, chamado ‘Terrorismo Nunca Mais’. Temos
escrito e eu particularmente com base naquilo que produzi há 14 anos; tenho
colocado alguns novos conhecimentos que chegam em quantidade e temos feito
praticamente a maior parte desta página, chamada ‘Recordando a História’.
Então, é isso que gostaria de dizer: iniciamos o trabalho de mostrar o outro
lado da moeda, pois sempre foi apresentado um lado só; agora, estamos mostrando
o outro e estamos com esse site no ar desde maio/junho deste ano e já com mais
de nove mil visitantes, de maio a novembro de 2000” (Coronel Romeu Antonio
Ferreira, Tomo 9, pg. 370).
Obs.
Infelizmente,
não existe mais o site TERNUMA, onde foram publicados também alguns textos de
minha autoria, a pedido do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (in memoriam).
Hoje,
um admirador do antigo site publica textos no Twitter - https://twitter.com/ternuma.
O
site A Verdade Sufocada - nome tirado do livro do Coronel Ustra -, de
propriedade de sua esposa Joseíta Ustra, supria essa lacuna - www.averdadesufocada.com. Hoje não supre mais. Está desativada.
Recomendo aos leitores para salvar no notebook ou no pendrive publicações importantes sobre qualquer tipo de assunto, pois, num belo dia, você não encontra mais nada na internet em geral ou no Google em particular, como já ocorreu comigo muitas vezes. O Google removeu dois blogs meus, Resistência Militar (http://resistenciamilitar.blogspot.com) e Wikipédia do Terrorismo no Brasil (http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/), não sei se foi no final do Governo Bolsonaro ou em 2023, com a volta do Ogro de Nove Dedos à cena do crime. Como se sabe, o CPX STF/TSE censura quase tudo que for contrário à doutrina esquerdista e ao governo do PT. Por isso, salve o que for importante enquanto ainda é tempo.
F.
Maier
“MONUMENTO
31 DE MARÇO DE 1964” FICOU SÓ NUMA PLACA!
“A gratidão é um dever de
todo brasileiro que minimamente acompanhou a trajetória do comunismo após a sua
implantação na União Soviética em 1917, com todo o banho de sangue e morte onde
buscou impor o seu domínio, como em 1935 no Brasil, criando uma nódoa que não se
apagará, embora até hoje os seus adeptos e simpatizantes façam grande esforço
para conspurcar a imagem dos nossos heróis, desviando a atenção dos males
provocados pelos doutrinadores e ativistas do marxismo-leninismo.
Há que se reconhecer,
bradar, exteriorizar esta gratidão e transformá-la concretamente em homenagem
aos que fizeram a Revolução de 31 de Março de 1964, naquela fase preliminar,
sentindo de perto o perigo da comunização que ameaçava o nosso País, atuando
com inegável desprendimento e ponto em perigo as próprias cabeças e carreira.
(...)
(...)
Assim, diante do que
presenciava após a anistia, nas ações de iniciativa de governantes e
jornalistas em agressão à Revolução e exaltação aos terroristas, guerrilheiros
e comunistas, preparei um artigo sob o título ‘Preito de Gratidão e Início de
um Novo Embate’, publicado no Jornal do
Brasil no dia 3 de janeiro de 2000. Como se pode observar no jornal, a
matéria que havia escrito foi estranha e previamente submetida à entidade
contrária para preparar o contraponto, não muito comum na mesma edição. Outros
jornais não o publicaram. Desse artigo, destaco o extrato a seguir:
‘Quando estava na ativa,
apresentei à direção da organização militar, onde servia, uma proposta de
monumento em homenagem aos mortos no combate ao comunismo internacional, cuja
derrota em 31 de março de 1964 não foi suficiente para neutralizar alguns
empedernidos e obcecados brasileiros, que envolvendo jovens idealistas, os
conduziram para uma aventura na guerrilha e no terrorismo. Obviamente, houve
mortes em ambos os lados e exageros numa natural escalada de ação e reação.
Naquela oportunidade,
imagino eu, que meus chefes estavam no firme propósito de fazer uma distensão,
a despeito das homenagens de toda ordem prestadas àqueles que assaltaram,
sequestraram e bombas fizeram explodir, matando compatriotas. Monumentos,
praças, ruas e outros logradouros deram nomes aos seus mortos. Suas famílias vêm
sendo indenizadas. Algumas tiveram os processos vetados, mas aprovados em nova
votação. Os que estão vivos ocupam diferentes cargos públicos sem contestação e
sem serem molestados. Cenário e interpretação perfeitos para os aplausos dos
editoriais e das reportagens.
Por outro lado, os
vencedores têm alguns de seus representantes perseguidos, civis e militares que
estavam na frente de combate, também jovens e comandados, que hoje não podem
assumir cargos semelhantes aos ocupados pelos vencidos. Um não pode ser adido
militar; outro não pode ser diretor de um hospital e um terceiro não pode
ascender a um cargo de destaque na Polícia Federal. São acusados de
participarem de ações de tortura. Basta que alguém diga; as palavras significam
a vontade do rei, por delegação divina. São afastados peremptoriamente, sem
quem os defenda. Aqueles que deveriam fazê-lo não podem estar com a consciência
tranquila. Era uma obrigação postular um tratamento equânime. Afinal, uns são
acusados dos tais crimes e não podem assumir cargos, enquanto outros,
partícipes confessos de ações de sequestro e terrorismo, nada lhes é negado’.
Em suma, a proposta, feita
na ativa em torno de 1989, em resposta ao que fizeram em Volta Redonda,
ratificada no artigo acima referido, era de se construir o Memorial 31 de
Março. A sugestão encontrou audaz defensor no Herói da Segunda Guerra Mundial,
General Plínio Pitaluga, a quem reverencio nesta oportunidade. O Clube Militar,
na gestão do General Hélio Ibiapina, criou uma comissão, sob a presidência do
General Pitaluga, para estudar e apresentar soluções a respeito. Ainda não se
construiu o monumento, mas em 3 de abril de 2002, com a comissão presidida pelo
General José Saldanha Fábrega Loureiro, se inaugurou, solenemente, uma placa
alusiva no saguão do referido Clube, onde se lê:
Homenagem
Ao
Movimento Democrático de 31 de Março
Forças
democráticas brasileiras, em histórica mobilização cívico-militar, impediram,
patrioticamente, em 31 de março de 1964, a submissão do Brasil aos ditames
totalitários do movimento comunista internacional.
O
memorável acontecimento permitiu a salvaguarda da democracia e a condução do
País a um ciclo de extraordinário desenvolvimento.
Esta
placa expressa também o nosso eterno reconhecimento aos civis e militares
sacrificados, desde 27 de novembro de 1935, em defesa da ordem, da liberdade e
da democracia.
Clube
Militar, 31 de março de 2002.
A Revista do Clube Militar de janeiro de 2000 e a edição de
Jan./Fev./2000, do jornal Letras em
Marcha, também publicaram a matéria.
Continua o sonho e a
imperiosa necessidade de se perpetuar a reverência aos que defenderam e,
principalmente, deram a vida pela democracia. Deixo, em minha pasta-arquivo,
cópia dos projetos do Memorial que apresentamos à referida Comissão.
Observem que até o mentor da
Intentona Comunista [Luís Carlos Prestes] tem um monumento, pois que o Jornal do Brasil publicou matéria
referente à inauguração de um memorial em Palmas, TO, em sua homenagem,
conduzindo-me a escrever e enviar ao citado jornal, em 15 de outubro de 2001, o
artigo, evidentemente não publicado, nem como contraponto a posteriori, Comunistas: Ausência de Heróis, onde em
um trecho afirmo:
‘Mais do que linhas
arquitetônicas contorcidas artisticamente a cintilar e ofuscar a visão pelo
brilho, está a mente, que independendo do olhar, sente, no seu mais elevado
consciente, a História que se tenta mudar. Tentativa vã, pois a marcha
indelével do sangue derramado pelos brasileiros, mortos traiçoeiramente pelo
sectarismo dos comunistas em 1935, não será removida pela estampa da armadilha,
na forma inconsciente, que ardilosamente disfarçada, pretende substituir o
algoz da Intentona pelo pretenso herói em marcha” (Coronel Ernesto Gomes
Caruso, Tomo 11, pg. 248-251).
“A ideia de fazer um
monumento ao Movimento de 1964 era bem antiga. Um amigo meu, o Coronel Caruso,
escreveu um artigo no Jornal do Brasil
a esse respeito. Deu aquela ideia e o Clube Militar aceitou o desafio. Nomeou
uma comissão para estudar o assunto. Escolhemos o local para construí-lo, de
preferência ligado às Forças Armadas, como, por exemplo, na Praia Vermelha, mas
tivemos o apoio total, porque havia aqueles que diziam não ser oportuno ainda.
Enquanto isso, os elementos do outro lado faziam memoriais aos seus. Então,
tive a ideia de fazer uma placa, face à dificuldade de fazer o monumento;
escolhemos frase, mas com a ideia de que essa placa fosse reproduzida nas áreas
e organizações militares, trazendo um resultado positivo, não da minha
iniciativa pessoal, mas lançando uma marca, um desafio aos outros homens de
hoje a continuar com a colocação de outras placas no mínimo nos Grandes
Comandos e nas Grandes Unidades, e fazer o monumento, que poderia ser na Praia
Vermelha, ou dentro da Escola Superior de Guerra ou no Forte de Copacabana,
locais por nós propostos. Infelizmente, a ideia principal não vigou, mas a
placa está lá com as frases que eu peço que você faça reproduzir na nossa
entrevista” (General-de-Brigada Plinio Pitaluga, Tomo 11, pg. 84-85).
Obs.:
A
Placa tem os seguintes dizeres:
HOMENAGEM AO MOVIMENTO
DEMOCRÁTICO 31 DE MARÇO
FORÇAS
DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS, EM HISTÓRICA MOBILIZAÇÃO CÍVIO-MILITAR, IMPEDIRAM
PATRIOTICAMENTE, EM 31 DE
MARÇO DE 1964,
A SUBMISSÃO DO BRASIL AOS DITAMES TOTALITÁRIOS DO MOVIMENTO COMUNISTA
INTERNACIONAL. O MEMORÁVEL ACONTECIMENTO PERMITIU A SALVAGUARDA
DA DEMOCRACIA
E A CONDUÇÃO DO PAÍS A UM CICLO DE
EXTRAORDINÁRIO DESENVOLVIMENTO. ESTA PLACA EXPRESSA TAMBÉM O NOSSO
ETERNO RECONHECIMENTO AOS CIVIS E MILITARES SACRIFICADOS DESDE 27 DE
NOVEMBRO DE 1935,
NA DEFESA DA ORDEM, DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA. CLUBE MILITAR 31 MAR 2002 |
O
Coronel Caruso se refere ao Memorial 9 de Novembro, inaugurado em Volta Redonda
em 1º. de maio de 1989, de autoria de Oscar Niemayer, em memória da morte de
três metalúrgicos grevistas em choque com o Exército. Um dia após a
inauguração, o Memorial foi explodido por 30 kg. de explosivos. A pedido do
comunista Niemayer, o Memorial foi reconstruído, mantendo as marcas do
atentado.
Para
manter a memória do Movimento de 1964, reuni vários artigos, alguns de minha
autoria, sob o título MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964,
que pode ser conferido em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html
F.
Maier
Monumento
aos heróis de 1964
“Esses companheiros são
heróis nacionais, que lutaram e arriscaram suas vidas em defesa da lei, da
ordem e, sobretudo, do povo brasileiro. A esses mártires se dirigiu o então
Ministro do Exército, General Walter Pires de Albuquerque, com a seguinte frase:
‘Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da
adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de
armas na mão, para que a nação não fosse levada à anarquia.’ Este pensamento é
de uma felicidade rara. Julgo até que esta frase deveria sair dos quartéis,
ganhar as ruas, praças e campos e aninhar-se nos corações e nas mentes dos
brasileiros, sobretudo dos mais jovens. Além disso, sugiro, como uma atitude de
justiça, a construção de um monumento com os nomes de todos esses heróis
nacionais que, se no momento estão esquecidos, mais cedo ou mais tarde serão
relembrados com muito respeito, até com veneração” (Coronel Francisco Sobreira
de Alencar, Tomo 12, pg. 192).
GOLBERY
TEVE INFLUÊNCIA NO PROGRAMA “AVANÇA BRASIL”, DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE
CARDOSO
“Compareci a um seminário sobre estratégia, na ECEME, e pude constatar
que os estudiosos do assunto consideram o General Golbery um dos mestres da
estratégia brasileira e o General Castello Branco o grande suporte dessa
estratégia. [entrevistador]
Os dois tinham esta
afinidade e idealizaram a ESG. O General Golbery é autor de ‘Geopolítica do
Brasil’, livro que inspirou o programa de desenvolvimento estratégico nacional
no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu prestava serviços no
Ministério da Justiça e participei, como gestor social, da análise de projetos
para certificar se estavam de acordo com os objetivos da política social do
Governo FHC. Cerca de 54 metas ou linhas de direção estratégicas, quase todas,
coincidem com as ideias do General Golbery. O Presidente Fernando Henrique
citava muito esse programa, denominado ‘Avança Brasil’. O General Golbery é um
nome de expressão, ontem e hoje, no Brasil” (Coronel Anysio Alves Negrão, Tomo
15, pg. 337).
CHINA
“UM PAÍS, DOIS SISTEMAS” – MIX DE SOCIALISMO E CAPITALISMO
“Um ex-adido militar na
China, General Fernando Cardoso, que comandou a 4ª. Brigada de Infantaria,
realizou palestras para nós em Belo Horizonte, mostrando-nos que a China não
tem condições de sair do comunismo, porque é um país que, apesar das dimensões
físicas, tem pouquíssima área aproveitável, uma gigantesca população e o
pessoal está acostumado com aquilo ali. Ele, como adido militar, não podia
visitar áreas que não fossem monitoradas.
A mudança dele para lá foi
um caos, a melhor área residencial era a dos diplomatas, que lá em Minas
comparamos ao conjunto IAPI (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Industriários – já extinto), que é um conjuntinho de classe média, construção
simples, apartamentos simples, tipo de construção do BNH.
Como é que se distribuía
trabalho e serviço? Quando chegou a mudança, em caminhão aberto, o pessoal que
chegou desceu do caminhão, desceu a mobília, colocou no chão, e para eles
acabou o serviço; aí, vinha uma outra turma e subia com a mobília, era para dar
trabalho para mais gente. Ganham uma ninharia, coisa de dez dólares por mês.
Quando acontecia, por
exemplo, de cair uma árvore, você não podia reclamar com ninguém, tinha que
falar com o chefe do quarteirão, que acionava um elemento, que vinha cortar os
galhos da árvore, e deixava ali, para uma outra equipe preparar as toras para
colocar no caminhão, depois, vinha uma outra equipe e levava embora.
Surgia um problema de
encanamento na sua casa, tinha um bombeiro em frente, mas você não podia chamá-lo,
tinha que informar o chefe de quarteirão para que ele providenciasse a
reparação. Quando era pintura, um vinha preparar a parede e ia embora; depois,
chegava outro para pintar.
Era tanta gente precisando
trabalhar que, no frigir dos ovos, ninguém ganha praticamente nada, mas o
governo sustenta. O pessoal vive mal, mas não chega a passar fome. No verão, o
pessoal acumula, nos quarteirões, lá no centro, em Beijing, repolhos, cobrindo
com plástico; quando chega o inverno, eles se alimentam de sopa de repolho; a
população juntava aquilo para a época fria; embora fosse uma coisa que
fermenta, dava para aguentar as intempéries; então, era a alimentação deles”
(Coronel Carlos Alberto Guedes, Tomo 9, pg. 279-280).
Obs.
Hoje,
trinta e poucos anos depois, a China exporta produtos para o mundo inteiro,
fábricas de todo o planeta se estabeleceram por lá, inclusive brasileiras,
devido aos baixos salários e nenhuma ética trabalhista – sem direito de greve,
sindicatos, ditadura cruenta etc. -, de modo que seus produtos têm preços
imbatíveis em comparação com o mundo democrático. Aliás, tudo começou com as
lojas R$ 1,99, que vendiam quinquilharias chinesas piratas de toda ordem, com
brinquedos com plástico tóxico.
Com
a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o mundo inteiro deu-se conta em 2020
que ficou refém do regime comunista chinês, imobilizado em camisa-de-força.
Produtos de EPIs (máscaras, luvas, respiradores de UTI) foram importados às
toneladas da China, para enfrentar a nova doença, não dando conta de atender
todos os pedidos, os mortos só aumentando em consequência da Peste que a China
espalhou por todo o planeta. Pior: EPIs foram devolvidos à China, por não
estarem funcionado – caso dos respiradores.
Com
certeza, os países irão mudar no futuro sua conduta em relação à China, para
não depender em tudo do novo Império.
F.
Maier
BOLSONARO
TAMBÉM FOI LEMBRADO...
“Querem acabar com as
graduações de 3º., 2º, 1º. Sargentos, ficando só sargento; depois acaba com o
aspirante, vindo logo tenente, só tenente, depois vem capitão, depois já vem
coronel. Estão brincando com assunto sério!...
São coisas que vieram a
partir do momento que elegeram deputado três praças da MPMG: dois na câmara
estadual e um na federal – o famoso Cabo Júlio. Ou o ‘cara’ é deputado ou é
cabo, ou o ‘cara’ é deputado ou é sargento. O Nilton Cerqueira, por exemplo,
foi deputado, não foi deputado-general; o Jarbas Passarinho não foi
senador-coronel, era o Senador Passarinho.
O próprio Bolsonaro, que
saiu do Exército como capitão cursando a EsAO, não vive dizendo que é capitão e
conta com muita gente do nosso meio que o aplaude, porque ele fala coisas que
nós gostaríamos de falar mas, para mim, ele, de certa forma, aproveitando-se de
uma situação, virou porta-voz de parte da família militar no Rio de Janeiro, e,
como porta-voz, será sempre eleito; já elegeu o filho vereador no lugar da
mulher” (Coronel Carlos Alberto Guedes, Tomo 9, pg. 282).
Obs.
O
Presidente Jair Messias Bolsonaro escreveu um artigo, publicado na revista Veja em 3 de setembro de 1986, “O
salário está baixo”, que lhe rendeu 15 dias de prisão – cfr. https://veja.abril.com.br/blog/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980/.
F. Maier
A
IMPORTÂNCIA DO SNI, DOI-CODI E LEI DE SEGURANÇA NACIONAL
“O SNI foi criado logo no
início da Revolução. Foi uma iniciativa importante, pois todos os países
desenvolvidos possuíam órgãos semelhantes. O Governo não se preparou para o
combate à subversão armada, e foi perdendo terreno na luta contra elementos treinados
nas técnicas de terrorismo e de guerrilha, em Cuba, na China e em países
satélites da União Soviética. Criados no aceso da luta, a OBAN – Operação
Bandeirantes e os Destacamentos de Operações de Informações (DOI), bem como os
Centros de Operações de Defesa Interna (CODI), conseguiram reverter a maré
montante das ações armadas das esquerdas.
Ótimos resultados foram
obtidos na luta antiterrorista, com mínimo de sacrifício de vidas, em tempo
curto, algo de fazer inveja a países como a Colômbia, com quarenta anos de
guerrilha e 40% de seu território dominado pelas FARC (Fuerzas Armadas
Revolucionarias de Colômbia), para mencionar a mais importante das forças
subversivas colombianas” (Coronel Luís de Alencar Araripe, Tomo 2, pg. 249).
“O SNI é fundamental para
qualquer governo. Ninguém pode governar sem informações.
Agora, se o SNI, em algum
lugar, desviou-se de sua missão, isso não justifica ter-se acabado com ele. A
solução era adequá-lo, era o seu aprimoramento naquelas áreas, regiões ou
cidades onde o controle de suas ações houvesse detectado qualquer disfunção no
órgão.
É básico que qualquer
presidente de qualquer Estado tenha um serviço de informações que assessore.
Só para citar, a maior
democracia do mundo – os Estados Unidos – tem o FBI para assuntos internos, CIA
para assuntos externos, a NSA, que ninguém conhece e que faz qualquer negócio e
informa ao presidente. Além de tudo isso, têm um Serviço Secreto das Forças
Armadas. Aliás, as Forças Armadas de todos os países do Grupo dos Sete têm um
serviço secreto nos moldes dos norte-americanos. E todos são democracias –
Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá.
Agora, aqui no Brasil,
ridicularizaram o Serviço de Informações, coisa da Rede Globo, que passou a
chamar os agentes de ‘arapongas’. Ela deu início a esse processo de
desmoralização, quando a Revolução deixou o Poder” (Coronel Henrique Carlos
Guedes, Tomo 3, pg. 273).
“A Escola Nacional de
Informações (EsNI) fazia uma seleção rigorosa do pessoal, tanto do ponto de
vista intelectual, como cultural, e mantinha intercâmbio com órgãos de
informação de vários países, como os Estados Unidos, Alemanha, França e Israel.
Os civis, que constituíam a grande maioria dos alunos, recebiam formação de
alto nível para análise de problemas internos e externos e para assessoramento
da Presidência da República” (Coronel Genivaldo Catão Torquato, Tomo 4, pg.
144).
A origem da Operação Bandeirante, depois
DOI/CODI/IIEx
“Fui
para o II Exército, para a 2ª. Seção, lá ficando por dois anos. Ao término
desses dois anos, vagou-se o comando do DOI e fui convidado para exercer função
no DOI, no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de
Defesa Interna do II Exército (DOI/CODI/IIEx). Assumi, por dois anos, a Chefia
do DOI/CODI, é bom que se diga que o nome original era Operação Bandeirante,
porque foi desencadeada no Vale da Ribeira, em São Paulo, ganhando esse nome. O
Vale da Ribeira é uma área rural, mas a parte da cidade, a parte urbana, também
estava efervescendo.
Os
que trabalharam, após terminar o problema do Vale da Ribeira [guerrilha de
Carlos Lamarca], vieram para São Paulo e, aproveitando uma área ociosa de uma
delegacia policial, montaram uma estrutura de informações chamada então de
DOI/CODI, passando a existir um em cada Comando de Exército naquela época e o
primeiro Comandante do DOI em São Paulo foi o Tenente-Coronel Waldir Coelho.
(...)
É
interessante lembrar que o DOI/CODI era uma organização mista: o comando era de
um oficial do Exército, mas existia pessoal da Aeronáutica, da Polícia Civil,
Polícia Militar, uns sargentos (homens e mulheres) da Polícia Militar de São
Paulo, excelentes profissionais.
(...)
Assumi
o comando numa época que já não era a pior, como a vivida pelo Waldir Coelho, o
período do Ustra, épocas muito mais difíceis. Quando assumi o comando do DOI
foi imediatamente após o episódio da morte do Bicalho Lanna, que faleceu num
tiroteio com a Polícia.
A
história do Bicalho Lanna é até interessante, valendo a pena contar. A sua
companheira era uma moça chamada, pelos documentos, apreendidos com ela,
Esmeralda Siqueira de Aguiar. Dois dias depois da sua morte e de seu enterro
com o nome de Esmeralda Siqueira Aguiar, compareceu ao II Exército um
tenente-coronel de Engenharia que servia em Recife. Esse tenente-coronel chega
e diz: ‘Essa moça não é Esmeralda, é a minha filha – chamava-se Sônia Maria’.
Então, demos para ele o número da sepultura, onde ela havia sido enterrada e o
problema acabou para nós.
Anos
depois, esse cidadão, já como professor, transformou-se no primeiro chefe ou
líder de terroristas, embora fosse um tenente-coronel da Arma de Engenharia,
aparece cobrando providências do Exército pelo fato de que teríamos escondido o
cadáver da filha dele, o que, na verdade, é uma mentira que ele propagou, porque,
infelizmente, naquela época, não pegamos dele uma declaração escrita de que ele
fora notificado de tudo que sabíamos a respeito de sua filha.
Esse
fato nos perturbou bastante, porque fomos acusados de coisas, como o de
esconder corpos no cemitério de Perus, que foi totalmente revirado, com a
violação de numerosas covas de indigentes, que não tinham nada a ver com a
sepultura de Esmeralda ou Sônia Maria, local que conheciam bem, que sabiam onde
estava, porque foi dito para eles. Então, até essas coisas aconteceram, esse
tipo de desinformação com o objetivo de confundir o povo e denegrir o Exército”
(Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 148-149).
“Com relação aos DOI-CODI, é
preciso ver as circunstâncias em que esses órgãos foram criados desde a Operação
Bandeirante (OBAN) e, posteriormente, os DOI-CODI propriamente ditos. O que
significa? DOI – Destacamento de Operações de Informações – CODI – Centro de
Operações de Defesa Interna. Então, os Centros de Operações de Defesa Interna,
na realidade, eram superiores aos DOI, que eram os executores. Por que esta
organização foi criada? Primeiro, porque quem devia fazer, por lei, me
desculpe, não fez. Ministério da Justiça e Polícia Federal nunca fizeram
absolutamente nada. Segundo, as Polícias dos Estados, eram incapazes para,
sozinhas, assumirem tais encargos. Existiam, embrionariamente, os chamados DOPS
(Departamento de Ordem Política e Social), mas com uma atuação muito limitada.
E a coisa veio estourar na mão de quem tinha que estourar, como, aliás, a História
do Brasil é rica em mostrar, nas mãos das Forças Armadas. É só ler a legislação
da época e ver quem era o encarregado de fazer o quê; na realidade, nunca fez.
Acabou so nossa responsabilidade” (Coronel Irtonio Pereira Rippel, Tomo 10, pg.
374).
“Outro ponto em que
elementos ditos revolucionários foram além das suas atribuições diz respeito ao
problema dos Centros de Operações de Defesa Interna/Destacamento de Operações
de Informações (CODI/DOI). Eles não foram responsáveis; o erro foi colocar o Exército
em missões de polícia, advindo com isso uma deterioração dos princípios morais
de nosso pessoal, porque eles foram trabalhar com gente de outra formação. Foi
um prejuízo para a oficialidade mais jovem” (General-de-Brigada Ruy Leal
Campello, Tomo 3, pg. 74).
“No episódio de guerrilha e
na luta contra a subversão, acabou ocorrendo algo um pouco danoso para o
Exército. Fomos obrigados a reunir, por exemplo, nos DOI (Destacamento de
Operações de Informações), gente nossa, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Por isso, terminamos por adotar métodos de interrogatórios de presos, e outros,
que não nos eram comuns, mas sim à Polícia, principalmente a Polícia Civil, que
estava acostumada a lidar com esse esquema, O que, até hoje, pesa, porque é
nesta tecla que nossos adversários, sobretudo da mídia, mais batem, e
acusam-nos de tortura. Sou contra a tortura. Bater ou maltratar alguém que está
indefeso não faz parte da nossa índole, nem eu jamais faria isso. Mas reconheço
que, às vezes, foi necessária uma certa dureza, para prevenir atentados, para
descobrir, junto àqueles fanáticos que eram presos e se recusavam a falar, onde
seria o próximo ato terrorista. São exemplos, o assassínio do Soldado Mário
Kozel Filho, no II Exército, e as ações de Lamarca, entre muitos outros. Então,
era preciso executar uma busca de informações mais agressiva, sem querer
justificar a tortura, às vezes cometida, ou outro qualquer exagero”
(General-de-Exército Domingos Miguel Antonio Gazzineo, Tomo 4, pg. 39).
“O combate ao terrorismo e à
subversão ganhou muito a partir da centralização das informações de Defesa
Interna e das Operações de Informações através de um único órgão – o DOI – e
sob o comando único deste órgão. Com esta solução genuinamente brasileira, até
imitada por outros países, o combate ao terrorismo e à subversão passou a obter
muito mais êxito.
Do efetivo total do Exército
de cerca de 150 mil homens, foram empenhados no combate à subversão e ao
terrorismo, em todo o território nacional, apenas cerca de quatrocentos homens
nos DOI e cinquenta no Centro de Informações do Exército, além, é claro, da
colaboração de policiais militares e civis, e de outros órgãos”
(General-de-Brigada Niaze Almeida Gerude, Tomo 11, pg. 113-114).
As
ossadas de Perus
“Quando Luiza Erundina foi
prefeita de São Paulo, criou a campanha das ‘ossadas de Perus’. Todos devem
estar lembrados de que os jornais noticiavam, naquela época, nas manchetes em
primeira página e as tevês nos seus noticiários de horário nobre, o escândalo o
que chamavam de descoberta do cemitério clandestino de Perus, organizado,
segundo eles, pela ditadura em São Paulo. Fotos e vídeos mostravam corpos e
mais corpos sendo desenterrados. As manchetes estampavam que lá estavam
enterrados milhares de desaparecidos. Legistas da Universidade de Campinas
(UNICAMP), liderados por Badam Palhares, foram recrutados para auxiliar na
identificação deste número enorme de corpos de desaparecidos e que, afinal,
haviam sido descobertos. A comissão de mortos e desaparecidos elaborou uma
lista e por mais que se esforçasse, conseguiu listar 136 desaparecidos em todo
o Brasil, um número muito menor, portanto, que os milhares que dona Erundina
apregoou ter encontrado.
Em todos os cemitérios,
existe um local onde são enterrados os indigentes e também os corpos daqueles
que, após um certo período, as famílias não renovam o aluguel das covas ou dos
jazigos ou das sepulturas onde foram enterradas. Estes, na realidade, são
muitos e com o acúmulo dos anos devem chegar aos milhares. Lá nesse cemitério,
podem ser encontrados corpos de terroristas que morreram em combate e que
portavam documentos de identidade falsos/verdadeiros. Falsos, porque foram
conseguidos através de uma certidão de nascimento falsificada; verdadeiros,
porque foram fornecidos legalmente por um serviço de identificação a partir
dessa certidão falsificada. Assim, o terrorista morto em combate era enterrado
como indigente, com o nome da identidade que portava no momento do óbito, caso
a família não procurasse o corpo. Tudo feito às claras, devidamente registrado
no cemitério e, também, no inquérito policial que apurava o caso. Nunca tivemos
cemitério clandestino” (Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, Tomo 5, pg.
233-234).
Obs.
O Coronel Maciel foi comandante do DOI-CODI
em São Paulo. Ele foi denunciado pelo MPF-SP, pela morte de um advogado,
provando que a Lei da Anistia só vale para terroristas - cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/revanchismo-alcanca-o-coronel-audir.html.
Sobre as Ossadas do Cemitério de Perus,
ver o texto https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/as-ossadas-do-cemiterio-de-perus.html
E o texto de Roberto Campos, "Nostalgia das ossadas" - https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/8/04/brasil/3.html.
F. Maier
POLÍCIA
FEDERAL – CONSIDERADO MODELO PELO CHEFE DO FBI
“Quando procuro traçar um paralelo
entre o atual desempenho da Polícia Federal, em nossos dias, e o de sua época
de criação, estabelece-se uma questão que remete à própria reorganização da
Polícia Federal. Foi com absoluta prioridade que o Presidente Castello nos deu
a missão de reestruturá-la, tornando-a, efetivamente, capaz de atuar no âmbito
nacional. Até então, estava restrita ao Distrito Federal, em nível de polícia
estadual. Percebia-se a necessidade de um instrumento operacional, em nível
federal, vale dizer, de nível mais alto. É essa a colocação piramidal dos
serviços de segurança pública num Estado nacional, como o Brasil.
O Governo deveria dispor de
uma autoridade com liberdade de ação no nível operacional, processante, isto é,
responsável por seus atos, enquanto que um Serviço de Inteligência, como o SNI,
fizesse avaliações, estimativas. (...)
A missão ficou a nosso
cargo, com plena liberdade para a realização desse propósito, que se traduziu
no Projeto de Lei da Polícia Federal e pela segunda vez – a primeira foi o
Projeto do SNI, de julho a agosto de 1964 – foi invocado o Parágrafo Único do
Artigo 4º. do Ato Institucional no. 1, que previa o prazo de 30 dias para a
apreciação pelo Congresso de projetos de relevância do Governo. Vejam a
importância atribuída a esses dois institutos. Solicitou-se ao relator,
Deputado Peracchi Barcelos, que o projeto não sofresse emendas, o que
aconteceu. Logo no segundo dia de tramitação foram apresentadas 109 emendas,
107 das quais de uma só origem, dos advogados da H. Stern. Por quê? Porque um
dos propósitos da Polícia Federal, previstos na sua reorganização, era reprimir
os ilícitos penais contra os interesses da União e, no caso dessa Firma, o
contrabando e o descaminho de pedras preciosas e ouro.
Criamos duas Divisões, uma
de repressão ao contrabando e descaminho e outra de polícia fazendária. Em uma
exposição que fiz sobre a nova Polícia Federal, o projeto foi considerado
modelar pelo FBI, na expressão do próprio Diretor, Sr. J. Edgar Hoover, no seu
Gabinete, em julho de 1965, quando fui convidado para conhecer a estrutura do
FBI e da CIA. Ele teve a humildade de dizer que esta era a organização dos seus
sonhos. Perguntei-lhe, por que, estando há 40 anos na direção, não realizara
algo semelhante, e ele respondeu que, ao contrário do que se possa imaginar, os
americanos são muito conservadores. Muitas ações que constitucionalmente são da
alçada da Polícia Federal estão sendo executadas por outras entidades, que as
assumiram, à medida que as necessidades foram exigindo.
Conto esse fato para valorizar
o Governo de 1964, na medida em que deu prioridade e garantiu a realização da
nova estrutura. A característica dessa Polícia Federal foi a descentralização
em superintendências que cobrem todas as áreas do território nacional. Como
lembrei há pouco, não tínhamos nem como falar com a Amazônia Ocidental, a não
ser através de contrabandistas. A Direção Central, em Brasília, coordenaria
todas as atividades, através das superintendências, cujo número seria variável,
consoante a evolução da conjuntura nacional ou regional.
A minha inspiração foram as
mesmas idéias que depois geraram o Decreto-Lei 200. Conheci-as no trabalho com
o Hélio Beltrão, no Governo da Guanabara, em 1961. Basicamente, centraliza a
direção e o controle, mas descentraliza a execução, proporcionando, assim, uma
dinâmica operacional extremamente flexível e eficaz.
Essa organização, depois de
implantada, produziu excepcionais resultados durante décadas. Lamentavelmente,
com profunda tristeza de minha parte, esta pirâmide tão bem concebida, fundada,
inclusive, na Constituição de 1967, vem sendo dilapidada. As 14 atribuições
foram retiradas da Constituição de 1988.
(...)
Acho totalmente inconcebível
e incompreensível que esse patrimônio de 1964, incluindo o próprio SNI, venha
sendo desmontado, enquanto o próprio FBI, com o consentimento do Governo
Federal, instalou uma agência em Brasília. Faço questão de deixar registrado
que é com profunda mágoa que vejo o FBI imiscuir-se em nossas atividades, por
solicitação do nosso próprio Governo” (Coronel Amerino Raposo Filho, Tomo 2,
pg. 289-290).
“A Polícia Federal também
combateu a subversão, como o DOI?
Não. Lá, fazia-se o combate
a outros tipos de crime, como tráfico de drogas, contrabando. Subversão, não! O
pessoal era composto de policiais federais formados pela Academia de Polícia”
(Tenente-Coronel Hiran Gomes Cavalcanti, Tomo 6, pg. 268).
ÁREA
LIBERADA PARA O MCI
“O Sr. João Amazonas, do PC
do B, iludiu vários jovens, sobretudo universitários, e os jogou dentro dessa
área, com o objetivo primordial e deliberado de formar uma ‘área liberada’ para
o movimento comunista internacional, que fosse reconhecida pelos países da
cortina de ferro, os países comunistas da Europa Centro-Oriental. Essa região
de selva, de mata densa, de fácil transporte fluvial, rica de alimentos,
permitindo adequada sobrevivência, foi criteriosamente selecionada para ações
de guerrilha, com a finalidade já indicada. E quem eram esses guerrilheiros?
Jovens enganados, explorados pelos arroubos de sua juventude, orientados na
ilusão de que iriam salvar o Brasil, e, assim, foram mandados para lá.
Envidaram todos os esforços e adotaram todos os métodos e processos para que a
área não fosse descoberta, nem conhecidas suas intenções pelas autoridades
constituídas. As Forças Armadas, que eles tachavam de repressivas, por um acaso
e por uma sorte, descobriram a área e o que lá se passava, antes que fosse
tarde demais, antes que eles dominassem o lugar e o ocupassem à maneira
militar” (Coronel Genivaldo Catão Torquato, Tomo 4, pg. 149).
A
IGREJA CATÓLICA, OS BISPOS VERMELHOS E OS PADRES DE PASSEATA
Movimento
esquerdista na Igreja Católica
“Depois da guerra, entre
1950 a 1960, apareceu um movimento de tendência claramente esquerdista e
socializante nos meios católicos.
Essa influência proveio da
Universidade de Luvain, na Bélgica. Então, veio para cá grande número de padres
dominicanos formados em Luvain, e aqui difundiram o pensamento pseudocrístão,
mas de tendências claramente socialistas.
E é preciso reconhecer que
eram homens de grande cultura, como todo prestígio de terem vindo do exterior e
foram logo apoiados por vários bispos importantes aqui do Brasil,
principalmente Dom Hélder Câmara, que naquele momento gozava de um prestígio
ímpar; posteriormente foi apoiado pelo Cardeal Mota (Com Carlos Carmelo de
Vasconcelos Mota), aqui em São Paulo.
Esses elementos esquerdistas
conseguiram criar, aqui no Brasil, uma novidade, que foi a CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil). Essa CNBB se arrogou o direito de falar em nome
da Igreja e como ela era integrada por alguns poucos bispos claramente
socialistas, começou a propagar, em nome da Igreja, princípios, ideias e
concepções claramente esquerdistas.
Assim, por exemplo, quando
se desencadeou o moimento das reformas de base aqui no Brasil, por volta de
1960, todo episcopado representado pela CNBB apoiou essas reformas de base. A
maioria dos bispos não se interessava pelos assuntos e às vezes até eram
contrários às orientações esquerdistas, mas eles não eram figuras proeminentes
e não tinham o apoio da CNBB.
Então, o que é que
aconteceu? Os bispos liderados por Dom Hélder Câmara e pelo Cardeal Mota
dominaram a CNBB e espalharam pelo Brasil a noção de que a Igreja era a favor
da luta dos pobres contra os ricos, que era preciso limitar os direitos de
propriedade, que era preciso combater o ‘imperialismo americano’, que a solução
cubana era condenável por ser uma revolução ateia, mas do ponto de vista social
era muito instrutiva etc. Vários padres, entre eles o Frei Beto, começaram a
viajar para Cuba e falar nos sermões: ‘É preciso haver reformas de base no
Brasil, é preciso haver uma revolução social no Brasil, é preciso combater o
capitalismo, é preciso acabar com o imperialismo americano.’ Enfim, todas essas
teses clássicas da esquerda.
Diante desse quadro, nosso
movimento, quer dizer, o movimento Tradição, Família e Propriedade (TFP), que
foi fundado e dirigido por Plínio Corrêa de Oliveira, chamou a si a tarefa de
tentar esclarecer ao público que as reformas da base e todas as medidas de
caráter socializante não eram imposições da Igreja. Eram propostas de apenas
alguns membros proeminentes do catolicismo, mas que a Igreja como tal, em sua
doutrina, era contrária a isso. Ela sempre defendeu os princípios da propriedade
privada, da liberdade humana e sempre condenou o regime comunista.
Então, querer transformar o
Brasil num regime simpático ao comunismo era uma coisa contrária à doutrina da
Igreja. Mas isso o povo não sabia e essa tarefa a TFP decidiu assumir e se dedicou
durante mais de dez anos a tentar elucidar a opinião pública a esse respeito.
A principal obra que a TFP
publicou, naqueles idos, foi a ‘Reforma Agrária – Questão de Consciência’, uma
crítica à primeira Lei de Reforma Agrária que houve aqui no Brasil, apresentada
em março de 1960 pelo Governo de Carvalho Pinto” (Doutor Adolpho Lindenberg,
Tomo 7, pg. 296-297).
Obs.
Em 2010, houve o relançamento do livro, comemorando 50 anos de sua publicação original. Pode ser baixado em pdf em https://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1960%20-%20ReformaAgrariaQuestConci%C3%AAncia.pdf
Quando
estudei no Seminário Santo Antônio, dos padres franciscanos, em Agudos, SP, de
1965 a 1969, um padre professor se referia à TFP como “Todos Filhos da Puta”,
provando que o esquerdismo tinha se infiltrado firme junto aos franciscanos –
assim como dentro da Editora Vozes, de Petrópolis, RJ, de propriedade dos
franciscanos, onde o expoente da Teologia da Libertação, no Brasil, ex-frei
Leonardo Boff, publicou inúmeros livros.
F.
Maier
“Era professor no Liceu
Coração de Jesus, na cadeira de Sistemas Econômicos e o Cardeal Mota tomou
posse aqui em São Paulo, se não me engano, em julho ou agosto, quase no fim do
ano de 1960 ou 1961. O superior do colégio me procurou e disse:
- Dr. Adolpho, os alunos
gostam muito do senhor, têm uma verdadeira veneração pelo senhor e lamento
muito, mas recebi ordens superiores em que o senhor precisa deixar de ensinar
aqui na faculdade.
- Não tem problema –
respondi. Estamos em outubro, falta apenas um mês de aulas; dou este mês de
aulas que falta para encerrar o ano letivo e no ano que vem não retorno mais à
faculdade.
Não comentei com os alunos e
na semana seguinte voltei para dar aula. O reitor me procurou, muito
envergonhado, e disse:
- Olhe doutro, é um
sacrifício para mim, mas tenho que dar uma informação ao senhor: a ordem dada
pelo Cardeal é de que o senhor abandone esta faculdade, já. Não pode nem acabar
o ano letivo.
Passei pelo vexame de ser
afastado de uma cadeira durante o último mês de ensino, o que, sem dúvida, era
uma violência. Nós também tínhamos editado um jornal legionário, aqui em São
Paulo, e foi a primeira coisa que o Cardeal mandou confiscar; enfim, se
seguiram perseguições de todo jeito.
Agora tivemos a sorte de ter
dois prelados que nos apoiaram muito, um foi Dom Geraldo de Proença Sigaud, que
morava em Belo Horizonte, e o outro Dom Antonio de Castro Mayer, que foi bispo
de Campos. Esses dois, o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira e mais o economista Luís
Mendonça de Freitas é que escreveram o livro ‘Reforma Agrária – Questão de
Consciência’ ” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 298).
Obs.
Dom
Geraldo de Proença Sigaud é autor do “Catecismo Anticomunista”, que pode ser
acessado em
https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/catecismo-anticomunista-dom-geraldo-de.html
F. Maier
“Aproveito para lembrar que
no dia 7 de setembro, em Pelotas, Dom Chemello – religioso de alta hierarquia
da Igreja – não quis rezar a missa da Independência, que normalmente é
celebrada, dizendo que ‘o Brasil não era um País independente’. E ele está aí,
Dom Chemello.
Essa é a parte da Igreja de
passeata, os ‘progressistas’; esses homens são deletérios, mas estão aí”
(General-de-Brigada Ruy Leal Campello – Tomo 3, pg. 75-76).
“A Igreja, em 1964, estava
do nosso lado, sem nenhuma dúvida, com raras exceções, como a de um padre que
foi preso pela Polícia do Exército, por estar à frente de um ‘grupo dos onze’,
organização criada pelo Brizola, para atuar em prol da revolução que pretendiam
realizar. Mas a Igreja, em peso, estava do nosso lado. Mudou depois, quando
para cá vieram padres estrangeiros, a maioria proveniente de um seminário na
Bélgica. Essa gente chegou mostrando claramente que se posicionava contra nós
militares.
Com eles, aparece Leonardo
Boff, com a tal Teologia da Libertação, já conhecida na Bélgica, que se volta
contra tudo que a Igreja tradicional – a Igreja Católica Apostólica Romana –
ensinara até então” (Coronel Henrique Carlos Guedes, Tomo 3, pg. 255).
“Até que um dia recebemos
ordens para construir – eu não, o Erasmo Dias, que era o Secretário de
Segurança – uma prisão especial para eles, em São Paulo. Fui procurado até por
um bispo, a mando de Dom Evaristo Arns, para examinar as condições da prisão.
Juntos, eu e o Erasmo mostramos-lhe a prisão, percorremos todas as dependências,
muito boa prisão, de muito respeito à pessoa humana, até que fiz uma pergunta:
- Senhor bispo, nunca vi o
senhor ou qualquer outro padre rezando no túmulo do Capitão Mendes, que teve a
sua cabeça esmagada pelo Lamarca e seu bando. Por que o senhor não reza pela
alma do Capitão Mendes?
- Não, o senhor me entenda,
as nossas missas são comunitárias – respondeu.
- E quando é missa ara
comunista, é individual? – perguntei.
Ele calou-se. Então, é
preciso que a Igreja se posicione em busca de Deus e não das coisas terrenas”
(General-de-Divisão Francisco Batista Torres de Melo, Tomo 4, pg. 61-62).
“Verificamos que na própria
Igreja, Dom Eugênio Sales, que considero um santo, queria afastar todos os
padres da política; mas, do outro lado, havia um Dom Evaristo Arns, que só
celebrava missa quando morria um subversivo. Aqui mesmo, em Fortaleza, tivemos
um arcebispo que nunca celebrou missa na páscoa dos militares; por fim, havia
um padre, em Minas Gerais, cujo carro portava o adesivo OPTEI (o ‘O’ azul e o ‘PT’ vermelho),
quer dizer, petista” (Tenente-Coronel Murilo Walderk Menezes de Serpa, Tomo 4,
pg. 204).
Cursilhos
da Igreja Católica
“Na Praia Vermelha, durante
o curso [ECEME], passei os anos de 1959 a 1961. Nessa época, a nossa
preocupação com o processo de comunização do País permanecia muito grande.
Acontecia em todas as áreas, principalmente no âmbito da Igreja Católica. Cito,
por exemplo, no caso, os dominicanos, que estavam sendo claramente utilizados.
Naqueles tempos em que se tornavam comuns os cursilho e coisas assim. Nas
missas, em plena homilia, entrava o programa de reforma agrária do governo,
algo desse tipo” (Coronel José Campedelli, Tomo 15, pg. 271).
“A partir de 1967 e 1968, sofreu a Igreja uma
infiltração comunista expressiva, surgindo os radicais da Teologia da
Libertação (os Boffs e os Betos), que passaram a atuar intensamente nas tais
comunidades eclesiais de base, os ‘padres de passeata’, o ‘Cardeal Vermelho’ –
Evaristo Arns, que foi, a meu ver, o principal aliado que os comunistas
contaram e contam até hoje, na Igreja, tendo abraçado, com todo empenho, não
faz muito tempo, a causa dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, cujos
crimes hediondos devem, para ele, ser perdoados porque são de natureza
ideológica, isto é, são de natureza comunista, a única ideologia que merece
perdão e louvor para Arns e seus asseclas, fanáticos defensores de
terroristas-torturadores que gostam muito mais de dinheiro do que da ideologia
comunista que alegam defender por meio de seus crimes” (General-de-Brigada Geraldo
Luiz Nery da Silva, Tomo 10, pg. 216).
Obs.
Para
conhecer o elo dominicano com o terrorista Carlos Marighella, especialmente a
participação de Frei Betto, acesse https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/frei-betto-o-elo-dominicano-com-o.html.
F.
Maier
“A Marcha da Família com
Deus pela Liberdade em São Paulo foi para nós sumamente importante, porque nos
deu uma força enorme. Pela primeira vez, vimos que a opinião pública em geral
estava a nosso favor.
A
própria Igreja participou. [entrevistador]
A Igreja também, depois é
que a Igreja virou, depois da Revolução eles sofreram infiltrações, quase todas
oriundas do exterior, e mudaram de opinião.
Eles, ao se infiltrarem na
Igreja, conseguiram arranjar os padres de passeata e os cardeais, tipo Evaristo
Arns, que gosta mais de Cuba e de sequestradores estrangeiros do que do Pai
Nosso e dos infelizes sequestrados brasileiros.
Esse tal Evaristo Arns
escrevia cartas amorosas até em tom suspeito para o Fidel Castro. Tem uma carta
ele publicada nos jornais em que ele faz uma declaração de amor ao Fidel
Castro.
Figura
irritante, a começar pela voz, fervoroso defensor de sequestradores.
[entrevistador]
E o Dom Hélder Câmara era do
Partido Integralista, sempre foi politizado, foi integralista primeiro, mas se
deu mal, pois o próprio Getúlio destruiu o integralismo; ele pulou, então, para
o Partido Comunista e vivia criticando o Lacerda. Era o divertimento desse
perigoso e vingativo elemento, sobre o qual há histórias escabrosas”
(Coronel-Aviador Gustavo Eugenio de Oliveira Borges, Tomo 10, pg. 293).
Obs.
A
carta de Dom Paulo Evaristo Arns, o "Aiatolá de Forquilhinha", para Fidel Castro (“Queridíssimo Fidel”) pode
ser lida em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/queridissimo-fidel-carta-de-dom-paulo.html.
F.
Maier
Catecismo
comunista dos padres salesianos
“As ações no campo militar
foram adequadas, mas não surtiram a eficácia desejada. O terrorismo nos demais
campos do Poder não foi combatido, ao contrário, os métodos empregados foram
totalmente ineficientes. Para que se tenha uma rápida ideia do que afirmo, até
catecismo subversivo foi distribuído pelos padres salesianos às crianças
católicas” (General-de-Brigada Arlênio Souza da Costa, Tomo 13, pg. 171).
PUC
de Dom Arns: Templo da Subversão
“O episódio de 22 de
setembro de 1977, conhecido como da ‘PUC’ (Pontifícia Universidade Católica),
foi a última manifestação de desobediência civil, após cerca de uma dezena de
manifestações semelhantes. (...)
(...)
O episódio da PUC, como se
disse, após mais de uma dezena de tratativas frustradas pelo Movimento Estudantil,
foi planejada dentro de outras características e circunstâncias, sob o
resguardo do local bafejado pela ‘proteção magnífica de Dom Paulo Evaristo
Arns, Cardeal Arcebispo de São Paulo’. A PUC tornou-se o pretenso bastião
intocável e seguro de toda atividade de desobediência civil, que tinha como
objetivo capital proporcionar, com sucesso, a realização de Congresso da UNE,
que até então não tinham conseguido em outros locais. O próprio Centro
Acadêmico da PUC era sede de toda a ‘imprensa’ do movimento, tudo sob a guarda
da Pontifícia Universidade Católica, transformada ‘templo da subversão’ sob
pretenso manto de ‘templo da religião’ ” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7,
pg. 147).
“Na época da eclosão do
movimento que depôs o Jango, diria, que quase toda a Igreja voltara-se contra o
processo de comunização do País, conduzido pelo próprio Governo, apoiando e
participando das Marchas da Família com Deus pela Liberdade.
Depois, é que a Igreja
começou a sofrer influência do movimento comunista internacional, que se
infiltrou nos seminários, transformando boa parcela do clero em adversária da
Revolução de 1964.
Ficamos com o grupo dos
conservadores, que se opunha a tal igreja progressista entre aspas, adepta da
teologia da libertação, de Leonardo Boff, ligada ao regime de Cuba, aos
terroristas e sequestradores, representada, no Brasil, por Evaristo Arns, ‘Frei
Betto’, o próprio Boff e outros.
O Evaristo Arns vem
demonstrando, até os dias de hoje, um carinho especial pelos sequestradores,
principalmente os estrangeiros, como os do Abílio Diniz, alegando que se
tratava de um sequestro político. Chamá-lo de cardeal é até uma ofensa à
Igreja!
Essa Igreja, que se
intitulava progressista, fez oposição à Revolução, assim como vários
intelectuais, pseudo-intelectuais e a maioria dos artistas. Não conseguimos
trazê-los para nós. Eles foram absorvidos pelo movimento comunista
internacional – o MCI – como o Vandré...” (Coronel Hamilton Otero Sanches, Tomo
9, pg. 341-342).
“Nacionalizando
os bispos”
“Fui presidente da Comissão
de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que me ensejou conseguir junto ao
Ministro do Exército uma visita de estudos com um grupo de deputados federais à
Amazônia.
(...)
Um episódio marcante merece
ser relembrado. A existência de ‘religiões’ de vários matizes na Amazônia tem
sido discutida, seja no problema indígena, na questão de sua ‘internacionalização’,
e no ‘esquerdismo’ do problema da terra.
O General Leônidas, então
Comandante da Amazônia, realizou para a comitiva uma palestra reservada sobre
esses problemas. Tendo sido, como Coronel, Adido Militar na Colômbia,
informou-nos de que naquele país, para evitar a influência religiosa
estrangeira, ‘nacionalizaram os bispos da Igreja’, sugerindo que fizéssemos o
mesmo. De pronto, encampei a ideia e, quando em Brasília, apresentei uma emenda
a Projeto de Lei tramitando na Câmara dos Deputados, ‘nacionalizando os
bispos’. Era sabido o falto de que certos bispos naquela área eram
estrangeiros, defensores de ‘filosofias do progressismo esquerdista’, outros da
‘doutrina de internacionalização da Amazônia’ e da famigerada tese da ‘ocupação
da terra’.
Certo dia, o Presidente
Figueiredo me interpelou, demonstrando a situação difícil e indesejável da
minha emenda, que já vinha sofrendo críticas severas dos bispos ‘esquerdistas’.
Não tive condições de continuar a defender a proposta e, dada a insistência do
Presidente, retirei minha emenda” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg.
152-153).
A
CNBB em 1964, segundo o New York Times
“No dia 26 de maio de 1964,
um grupo de bispos elogiou a Revolução: ‘as Forças Armadas intervieram a tempo
de impedir a implantação de um regime bolchevista no País’.
Naturalmente, esse grupo de
bispos era uma parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nessa época, segundo o New York Times, dentre os seus
duzentos e quarenta membros, havia a seguinte distribuição: cerca de cinquenta
conservadores, mais ou menos quarenta radicais de esquerda e mais cento e
cinquenta moderados.
Ao mesmo tempo que o Presidente
se dava muito bem com o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, vamos dizer assim,
a Igreja encontrava-se dividida em três correntes.
Na chamada corrente
progressista, despontava Dom Helder Câmara. Os conservadores tinham como figura
mais expressiva Dom Geraldo Sigaud, de Diamantina, e entre os moderados
destacavam-se Dom Eugênio Salles e o próprio Dom Jaime.
A maioria da Igreja,
notadamente a hierarquia, em sua maior expressão, no seu maior contexto,
mostrava-se favorável à revolução; os católicos mais jovens mostravam-se
perplexos e já começavam a criar uma série de organizações, dentre as quais a
Ação Católica Brasileira e a Ação Popular; movimentos de padres.
Daí nasceram dois braços
muito conhecidos: Juventude Estudantil Católica (JUC) e Juventude Operária
Católica (JOC)” (General-de-Brigada Danilo Venturini, Tomo 15, pg. 158-159).
Geisel
gostava da companhia de um bispo vermelho...
“Em 1978, como Chefe do
Estado-Maior da 23ª. Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá/PA, fui proibido
de comparecer ao aeroporto para recepcionar o Presidente Geisel. Ele contava
com a presença do bispo ‘comunistóide’ da diocese, se não me engano Dom Alano;
está esperando por ele até hoje. A 23ª. Brigada era secundária...”
(General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 59).
“Em
Cima da Hora - A Conquista Sem Guerra”
“Na Marcha da Família com
Deus pela Liberdade, que tinha à sua frente padres, freiras, irmãs etc. E
depois, por que é que virou? Virou por vários motivos, sendo um deles pelo
fato, ocorrido um pouco mais tarde, de ascensão a posições de mando, na cúpula
da Igreja, de figuras que foram especialmente preparadas, desde a sua entrada
nos seminários, para mudar os rumos ideológicos das religiões. Assim como nos
partidos comunistas, orientados pelo PCUS –Partido Comunista da União
Soviética. Esta realidade é contada, de maneira maravilhosa, num grande livro,
que para mim ainda é o ‘grande manual’, escrito pela socialista francesa,
falecida há alguns anos, Suzane Labin, chamado ‘Em Cima da Hora’, onde ela, com
conhecimento de causa, mostra a forma de atuarem os comunistas”
(General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 40).
Obs.
Uma
resenha do livro “Em Cima da Hora - A Conquista Sem Guerra”, de Suzane Labin,
traduzido por Carlos Lacerda, pode ser vista em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/livro-em-cima-da-hora-de-suzanne-labin.html.
F.
Maier
O
padre Alípio de Freitas
“A agitação comunista era
permanente. Inclusive, foi quando ocorreu a visita do célebre Padre Alípio de
Freitas, português, comunista violento, que fazia a pregação ostensiva da
invasão de terras. A própria área de exercícios do Exército, Sicã [no RS],
esteve ameaçada e tivemos que tomar providências para protegê-la” (Coronel José
Campedelli, Tomo 15, pg. 275).
“O Comandante do 15º. RI,
assim que soube da eclosão do Movimento, em Minas Gerais, comandado pelo
General Olympio Mourão Filho, reuniu os oficiais e disse que, a partir daquele
momento, o Regimento estava em estado revolucionário e, ainda, perguntou quais
os oficiais que aderiam ao Movimento.
Somente dois oficiais
ficaram a favor do governo: um capitão comandante de Companhia e o veterinário.
O comandante, de imediato, deu ordem de prisão a eles.
Passado o impacto inicial,
começaram a aparecer os comícios dirigidos por organizações esquerdistas; para
um deles veio o conhecido subversivo Padre Alípio de Freitas, que seria um dos
oradores do comício na Praça 1817, em João Pessoa.
Ele era padre mesmo e era
português, se não me engano.
O coronel convocou a equipe
de segurança para prendê-lo.
Terminado o comício, o Padre
Alípio e alguns dirigentes da esquerda foram para um restaurante próximo da
praça; o Coronel D’Ávila Mello entrou comigo, com o Tenente R/2 Protásio e dois
sargentos da 2ª. Seção e, dirigindo-se à mesa onde estavam os dirigentes
esquerdistas, deu voz de prisão ao Padre Alípio.
Os esquerdistas tentaram
levantar-se, mas o padre pediu que eles permanecessem quietos.
Ele
foi recolhido ao quartel e posteriormente seguiu para o Sul.
“Em
20 de março [1964], o Comandante da 1ª./23º. RI, de Tubarão – SC, informou a
realização de comícios nas cidades de Araranguá e Criciúma, tendo como um dos
oradores o Padre Alípio de Freitas, e que tinha havido tiroteio”
(General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 8, pg. 111).
Obs.
O
Padre Alípio é considerado o autor intelectual do atentado terrorista no
Aeroporto dos Guararapes, em 1966, quando foram assassinados um almirante e um
jornalista, e 15 pessoas ficaram gravemente feridas. Pela sua ação anticristã,
foi indenizado em mais de R$ 1 milhão pela comissão dos desaparecidos e
aparecidos, criada durante o governo FHC.
Veja mais sobre “O Padre Guerreiro”, segundo o terrorista em pessoa - https://webjornalismo.unicap.br/estilhacosdaverdade/site/?p=24.
F.
Maier
O
padre e a menina
“Da parte do clero,
observava-se o começo da ideologização, intensificada mais tarde.
Lembro-me até de um fato.
Havia um padre, professor da Escola de Filosofia [em Caxias do Sul, RS], que
causava grandes problemas por suas tendências esquerdistas. Conseguimos nos
livrar dele, simplesmente porque, depois de 1964, se estabeleceu barreiras nas
estradas para o Rio de Janeiro. Ali passava a BR-116 e, certo dia, um cabo, com
uma metralhadora, mandou parar um fusca que não obedeceu. Felizmente, o cabo
não feriu ninguém, mas fez o Fusca parar. Esse padre estava dentro do carro.
Desceu do mesmo uma menina, estudante, semidespida. Aí, o cabo, muito vivo,
fotografou. Depois, não tomei mais conhecimento, por ser problema do Comando.
Parece que essa fotografia foi mostrada para o Bispo, que disse: ‘Tira esse
cara daqui’. E acabou o problema (Tenente-Coronel Ivan Pontes Laydner, Tomo 5,
pg. 304).
Capucho
vermelho
“Movimento sindical não
havia [em Ijuí, RS], mas existia uma universidade dos padres capuchinhos que,
naquela ocasião – comentávamos muito no quartel – atuava como se fosse um
sindicato. Defendiam tremendamente a esquerda e o golpe de esquerda. Depois,
prestei vestibular para essa Universidade, fiz um período de filosofia, confirmando
que era mesmo de esquerda e conduzida pelos padres capuchinhos” (Coronel
Antônio Oswaldo de Mello Carneiro Lacerda, Tomo 6, pg. 203).
FRENTE
BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES (FBI)
“Fidel Castro não aceitava
desempenhar um papel secundário no desenvolvimento da revolução comunista
mundial e voltou-se para a Argélia. Os dois países programaram para 20 de julho
de 1965, na abertura da Conferência Afro-Asiática, o anúncio do projeto
revolucionário cubano-argelino. Na véspera, porém, desse evento, Ben Bella foi
deposto. Em 17 de junho, quem chega à Argéilia? O embaixador argelino no
Brasil, acompanhado do ex-Governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Na Argélia,
Arraes queria obter recursos que permitiriam, em ligação com Márcio Moreira
Alves – esse jovem que se declara nosso amigo, mas que era um subversivo e fez
uma propaganda tremenda contra o Brasil – criar e sustentar uma Frente
Brasileira de Informações, uma organização criada para denegrir, aos olhos do
mundo, o nosso País, em especial as nossas Forças Armadas, por intermédio de um
plano que, em sua concepção, visava, numa segunda fase, a tomada do Poder
através da luta armada, tarefa do Movimento Popular de Libertação, por eles
mesmos criado” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg.
113-114).
“Essa
investida caluniosa sobre o Brasil, na Europa, foi profunda e repercute até
hoje, tal a força da campanha difamatória do Brasil no exterior. A imagem do
País foi destruída por esses maus brasileiros que hoje estão no governo,
acarretando enorme prejuízo em tudo, inclusive no comércio exterior.
Eu
mesmo ouvi, certa ocasião, o bispo Dom Hélder Câmara falar que no Nordeste
morriam mais de mil crianças por dia, de fome. Sabemos que embora haja
subnutrição, morrer mais de mil crianças, por dia, de fome, é uma mentira muito
grande e coisas dessa natureza eles espalhavam aos ventos.
Mas
esse quadro de mentiras deslavadas persiste. Eles aproveitam fotografias de
exercícios militares dos Batalhões de Selva, na Amazônia, em que aparece um
camarada amarrado, nos exercícios de fuga e evasão, e acrescentam inscrição,
embaixo, com a afirmação que o Brasil tortura oficiais do Exército” (Coronel
Godofredo de Araújo Neves, Tomo 7, pg. ’63).
“Havia
crise econômica, choque do petróleo, a ação da esquerda estava mais organizada,
mas efetiva, principalmente nas centrais de informação que eles montaram lá no
exterior com o Márcio Moreira Alves e com o dinheiro que o Arraes recebeu dos
argelinos. Com isto a opinião pública foi extremamente trabalhada pela esquerda
internacional e não teve como reverter a situação. Era impressionante o
trabalho dessas figuras de proa, esses artistas de cinema e escritores, que
montaram lá em Paris o Front Bresiliénne
de Information; uma central de informação contra o Governo do Brasil. Dom
Hélder Câmara ia lá fazer palestras. Aliás, contam que em uma de suas palestras
estava presente o dissidente russo Soljenitzyn. O cardeal mandou ‘brasa’, falou
mal do Brasil e no final o russo perguntou para ele:
-
Mas, depois disso, o senhor vai voltar para lá?
-
Vou.
O
russo arrematou:
-
Vai? Não entendi nada.
Então,
desde o começo perdemos a guerra da propaganda” (General-de-Divisão Raymundo
Maximiano Negrão Torres, Tomo 8, pg. 102-103).
“Os
exilados e outros simpatizantes da esquerda se encarregaram de desacreditar a
Revolução no exterior. Diz-se que o Presidente Fernando Henrique Cardoso foi
exilado no Chile. É mentira, ele nunca
foi exilado. Em uma entrevista à Veja, a mulher dele, dona Ruth, perguntada
sobre o exílio, respondeu:
-
Nunca estivemos no exílio. Sempre entramos e saímos do Brasil com passaporte
brasileiro.
Ela
foi honesta, mas os exilados, como Miguel Arraes e alguns outros, junto com dom
Hélder Câmara – que também não era exilado – iam para a Europa com a ajuda do
poder da mídia internacional e orquestravam tudo o que, para eles, havia de
ruim no Brasil. A imprensa extrapolava: estão matando os índios, incendiando a
floresta amazônica, não respeitam os Direitos Humanos. Houve uma campanha
internacional – muito bem descrita no livro do Del Nero [A grande mentira] –
com a criação de organizações na França, Inglaterra, e em outros países, para
difundir inverdades e falar mal do Brasil. E a opinião pública internacional
era atiçada pela esquerda mundial que não nos perdoava pela derrota do marxismo
na América do Sul” (General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg. 246-247).
FHC,
o homem do Cadillac
“Considero
que o esforço para a conquista da opinião pública no exterior foi mínimo e não
foi bem-feito. Hoje, esse trabalho é realizado, em parte, pela atuação do
Presidente.
Devíamos
ter tomado a iniciativa de contar a verdade e só a verdade, o que evitaria
essas mentiras que andam por aí. Vou revelar aquela que para mim é a mentira
número um, o maior dos engodos. Sei dela porque ao esclarecer umas acusações
que me fizeram conheci a história do cidadão. O FHC não foi exilado! Ele
abandonou o País por interesse próprio. Era conhecido no Chile e na França como
o homem do Cadillac. O Chile estava cheio de comunistas, de ativistas da esquerda
sul-americana que se autoexilaram porque tinham contas a pagar em seus países.
Hoje estão por aí em altos postos dos seus governos” (General-de-Brigada Léo
Guedes Etchegoyen, Tomo 8, pg. 187).
D.
Hélder Câmara, enquanto denegria o Brasil no exterior, queria receber o Nobel
da Paz
“Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de 1971. Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo.
Acontecia que, nesta mesma ocasião, elementos que tinham ido para a Europa, alguns exilados, outros exilados voluntários. Organizaram um grupo em Paris [Frente Brasileira de Informações (Front Brésilien de Información)], com a missão de denegrir a imagem brasileira. Não era só criticar o governo revolucionário. Era desacreditar a imagem brasileira. O chefe desse grupo era Dom Helder Câmara, que se transferiu para Paris e chegou a se lançar candidato ao Prêmio Nobel da Paz por indicação de três governos do norte da Europa.
Diante desse fato, o presidente Médici ligou-se com o Comandante do II Exército e deu a seguinte ordem: fale com o Boilesen, chame-o ao seu quartel-general e dê a missão de levar aos governos nórdicos, inclusive o dinamarquês, onde ele tinha as suas origens, o ‘dossiê’ do Dom Helder Câmara. Mostre quem é esse padre, o que ele está fazendo, o que já fez - ex-integralista, comunista - essa ‘figura impoluta’ da Igreja. Quem chamou o Boilesen fui eu. Levei-o para a reunião. Ajudei-o a preparar o ‘dossiê’ que era trabalho de ajudante-de-ordem. Ele foi para a Europa, apresentou o documento para os três presidentes e os três países retiraram a proposta de Helder Câmara para o prêmio Nobel da paz.
De imediato, fomos informados no Brasil da ordem dada pelo grupo de Paris: ‘Matar o Boilesen’. Eles deram a ordem se não me engano para o Lamarca. Recebi a missão de chamar o Boilesen, de novo. Nós o ensinamos a atirar, para a sua defesa pessoal. Foi escalado um elemento da Polícia Civil para ser o seu segurança - motorista dele. Ele treinava no estande de tiro da 2a Divisão de Exército, no quartel do Ibirapuera. Foi-lhe recomendado cuidado. Sabia-se que eles, os guerrilheiros, tinham ordem para matá-lo. Um dia, esse homem vai à casa da filha, entra numa rua que era mão única, um quarteirão que, naquele dia, havia uma feira, só dava uma passagem e a emboscada - se não me engano foi à quinta tentativa dos guerrilheiros - foi semelhante àquelas que fizeram para o Comandante do II Exército, nas quais caímos por duas vezes, mas conseguimos sair.
O itinerário do Comandante do II Exército só era conhecido pelo motorista e na hora. Eram sete, oito itinerários diferentes quando ele fazia o seu deslocamento da casa para o quartel e vice-versa. O Boilesen, naquele dia, entra na rua da feira - só tinha uma passagem. Dispensou o motorista e ninguém entendeu o porquê. O motorista pediu uma dispensa e, também, não sabemos por que foi dispensado. Ele foi dirigindo. Entra na residência da filha, tira o paletó e deixa a arma em cima da mesa, fala com a filha veste o paletó e sai sem a arma. Foi emboscado na esquina com a Alameda Casa Branca. Levou dezenove tiros, quinze na cabeça. Duas senhoras que estavam na feira também foram atingidas. Assim, era São Paulo. A guerrilha urbana ali era perversa. Este fato realmente repercutiu e, por isso, nós nos envolvemos bastante nessas operações.
Os assaltos a bancos se multiplicavam, o dinheiro roubado - desapropriado, como eles diziam - era depositado até em contas particulares como a que o Marighella mantinha no exterior. Jovens sonhadores e ávidos por aventuras eram recrutados para ações noturnas de propaganda, pichando paredes. Escalados para dirigir os carros nessas horas, muitas vezes eram surpreendidos quando percebiam que a missão daquela vez era um assalto a banco. Propositadamente, o líder deixava cair no local do assalto a carteira de identidade do jovem estudante que estava no volante do carro da quadrilha e tinha sido convidado para pichar um muro e não para assaltar um banco. A surpresa maior era na manhã seguinte. Os jornais publicavam a foto do jovem agora assaltante de banco, identificado por ter ‘deixado’ cair a sua identidade. Percebendo a "armação" para envolvê-lo nas ações criminosas e sem saída, o jovem procurava a liderança que dizia: ‘sujou’, você terá que ‘esfriar’ por um tempo, ‘desaparecer’, não se preocupe, vamos levar você para o interior. E, assim, mais um estudante era levado para a guerrilha de Xambioá no sul do Pará. Envolvidos de uma maneira desleal, ardilosamente planejada para ações criminosas contra seu país, por um grupo que pretendia derrubar o governo para implantar um regime totalitário comunista que foi repudiado pelo povo, até na própria União Soviética. Esses jovens, agora com identidade falsa, desconhecida até por seus familiares. Ao enfrentarem as forças da lei nos combates travados em São Paulo e Xambioá, alguns morreram e foram enterrados com a identidade que portavam. É fácil concluir que apenas os chefes das guerrilhas, responsáveis pela troca das identidades dos jovens, hoje considerados desaparecidos, têm condições de informar o verdadeiro nome de cada um para ajudar na identificação do nome "usado na guerrilha", com o qual provavelmente foram enterrados.
Na fase mais crucial da guerrilha de São Paulo, quando cresceram os assaltos a bancos, os sequestros, os assassinatos de pessoas inocentes na rua como o da jovem que o Lamarca escolheu para provar sua condição de ótimo atirador -era instrutor de tiro - e numa atitude covarde matou-a com um tiro, logo após assaltar um banco. Com a intensificação das ações de guerrilha em todo o País, principalmente no Rio e São Paulo as Forças Armadas ficaram em desvantagem, alguns homens foram abatidos, era preciso uma ação mais enérgica nos combates. Isso aconteceu no mesmo dia da morte do Cabo de uma das equipes que, em perseguição ao "Japonês", companheiro de Lamarca no roubo das armas do Hospital Militar de São Paulo e da guerrilha em Registro. O Cabo morreu porque se aproximou para prender o Japonês com a arma abaixada. Foi morto por uma rajada de metralhadora desferida pelo Japonês através da porta do carro. Ato contínuo o comandante do II Exército, General Humberto de Sousa Mello, determinou que eu transmitisse uma ordem ao comandante da Operação Bandeirante (Maj Ustra), para reunir a tropa e, na presença de todos, exigiu mais treinamento, mais atenção nas ações. Disse ainda, "Já estou cansado de enterrar homens sob meu comando. Exijo mais energia na execução das ações. É preciso agir de acordo com as técnicas antiguerrilhas aprendidas. Quando sob a mira das armas dos guerrilheiros, tinham que ser mais rápidos e atirar para matar". Eu ouvi, estava presente. O General Humberto estava angustiado com a morte dos seus subordinados. Era um veterano de 1930. Tinha sido Secretário de Segurança de Pernambuco. Conhecia as técnicas dos comunistas para a tomada do Poder.
Desta maneira e neste contexto, a guerrilha começou a perder terreno até ser totalmente eliminada em São Paulo. É preciso lembrar que nesta fase, ninguém, nenhuma pessoa inocente, morreu de bala perdida nas ruas de São Paulo. A Revolução de 1964 foi vitoriosa, derrotados foram aqueles que pretendiam subjugar o povo brasileiro impondo um regime odioso marxista-leninista.
Vale lembrar que o General Humberto, cumprida a missão em São Paulo e após uma breve passagem por Brasília, como Ministro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, passou para a reserva aos 66 anos, retirando-se para sua residência, no Rio. Já na primeira semana, começou a receber ligações ameaçadoras com o seguinte teor: "Já sabemos onde você mora, aproveite que esse é o seu último fim de semana. Cumprimentos da guerrilha". Foram duas semanas de ameaças diárias, para o casal. Tomou uma decisão. Iria se mudar. Seria preciso um empréstimo bancário para a entrada num apartamento. Procurou um banco. Resposta do gerente: "O senhor não tem renda familiar para um empréstimo". Nesta hora, ele se deu conta da situação financeira dos militares, afinal tinha atingido o último posto da carreira. Não desistiu, ao sair em busca de outra solução. Teve seu carro, que era dirigido pelo seu motorista, violentamente fechado por outro, próximo ao Canecão, na saída do Túnel Novo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A ação foi visivelmente intencional, pretendiam fazer parar o carro do General Humberto. Seria uma ação terrorista? Um sequestro? Com a freada brusca, o general foi violentamente projetado sobre o painel do carro, batendo com a cabeça. Em ação rápida, o motorista subiu na calçada, tomando a direção contrária, conseguindo assim, fugir do local e retornando à residência. Horas depois, o General Humberto entrava em coma com derrame cerebral vindo a falecer no Hospital Miguel Couto onde fora internado. Era realmente o seu último fim de semana..." (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10, pg. 178-181).
Obs.
Sobre a Frente Brasileira de Informações, leia de minha autoria, "FBI: Um onagro franco-argelino-brasileiro" - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/fbi-um-onagro-franco-argelino.html
F. Maier
FILHA DO EMBAIXADOR AMERICANO CHARLES
BURKE ELBRICK FAZ HOMENAGEM AOS TERRORISTAS QUE SEQUESTRARAM SEU PAI: SÍNDROME
DE ESTOCOLMO OU MENTIRA PURA E SIMPLES?
“Há
coisas curiosas: em janeiro de 1997, veio ao Brasil, com viagem paga, hotel
pago etc., uma filha do Embaixador Elbrick. Tenho uma vaga ideia de que ela
veio para alguma comemoração ou qualquer coisa ligada a esse livro ‘O Que É
Isso Companheiro?’, do Gabeira. Parece que foi para qualquer coisa assim. Quem
pagou? Não sei, talvez até tenha sido divulgado, não me lembro. Os jornais e as
revistas publicaram que esta mulher, que o pai dela, que foi sequestrado,
apanhou, mataram o motorista dele, e teria dito, no fim da vida, ‘que entendia
perfeitamente os sequestradores, simpatizava com a causa deles e sinceramente
desejava que eles tivessem tido êxito’. Se o sujeito a quem eles arrebentaram e
que era um embaixador do país que, no mundo, dirigia a luta anticomunista,
anti-subversiva, se esse embaixador, segundo a filha, teria dito isso, de duas
uma: ou é verdade que ele tivesse dito e ele nunca teria tido condições de ser
embaixador no Brasil, ou é mentira, ela é uma mulher mentirosa, mas que, de
alguma forma, foi levada a dizer isso para que pudesse ser explorado. O fato é
que ninguém tira mais, de Gabeira e dessa súcia, a homenagem que eles
sequestraram, feita por meio de sua filha” (General-de-Exército Jonas de Morais
Correia Neto, Tomo 9, pg. 57).
A
“GRANDE MENTIRA” DA EXTREMA ESQUERDA: QUERIA A DEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL
“O
título do livro do Del Nero [General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto], ‘A
grande mentira’ [https://www.estantevirtual.com.br/livros/agnaldo-del-nero-augusto/a-grande-mentira/3237506951], refere-se ao embuste da tal luta das esquerdas pela
democracia. Ninguém lutou pela democracia e sim para implantar a ditadura
comunista. Todos os documentos apreendidos nas organizações subversiva indicam
que as reuniões, os plenários, os congressos e todos os relatórios, pregavam a
implantação de um estado marxista-leninista no Brasil. O objetivo não era
derrubar um governo autoritário e implantar a democracia. Eles desejavam a
ditadura do partido único. Essa ameaça levou o governo a endurecer e fechar o
regime.
(...)
Os
livros estão aí para quem quiser conferir. E não só os que nos são favoráveis.
Os deles mesmos: o do Jacob Gorender [Combate nas Trevas - https://www.academia.edu/25999304/Combate_nas_Trevas_de_Jacob_Gorender_h%C3%A1_anos_esgotado_%C3%A9_reeditado]; o
da mulher do Prestes – que escreveu sobre o marido; daZélia Gatai – a mulher do
Jorge Amado – que descreve as viagens com ele por toda a Europa, para cá e para
lá, nos melhores hotéis e restaurantes, fazendo proselitismo contra o Brasil”
(General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg. 244).
“A luta armada é um meio
preconizado pela doutrina marxista-leninista para a conquista do Poder.
Qualquer que fosse a atitude dos governos revolucionários, haveria sempre a
organização de grupos voltados para a ação violenta. Aliás, tais grupos já
existiam mesmo antes do 31 de março, como as ‘Ligas Camponesas’ e os ‘grupos
dos onze’.
Em entrevista concedida a O
Globo, Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8 e atualmente professor de
História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense, diz o seguinte: ‘Não
compartilho a lenda de que no fim de 1960 e no início de 1970 nós (inclusive
eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito
surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado
em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era
revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura
revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se
apresentem como instrumento da resistência democrática’. Depoimento
absolutamente insuspeito que dispensa comentários adicionais” ( Coronel Nilson
Vieira Ferreira de Mello, Tomo 9, pg. 226-227).
Obs.
Fernando Gabeira e outros terroristas, como Daniel Aarão Reis, colocam os pontos nos is, de que não eram os “mocinhos” que queriam a volta da democracia, mas a ditadura comunista – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/testemunhos-de-ex-comunistas.html e https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/eles-nao-eram-os-mocinhos.html.
Um
livro importante sobre a Revolução é “A Verdade Sufocada – A história que a
esquerda não quer que o Brasil conheça”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante
Ustra, que foi boicotado pelas livrarias mas chegou a ser best seller - faça o download em https://www.academia.edu/25306915/Carlos_Alberto_Brilhante_Ustra_-_A_Verdade_Sufocada.
F.
Maier
MINIMAUNUAL
DO GUERILHEIRO URBANO, DE CARLOS MARIGHELLA
“A guerrilha urbana
organizada pelo baiano Carlos Marighella, mesmo depois da sua morte, executou
65 missões naquele período em que estive como responsável pela segurança do
Comandante do II Exército. Caímos em duas emboscadas e pude presenciar o que
ocorria em São Paulo. Era uma guerrilha bem-organizada, que contava com pessoal
preparado e farto material.
Marighella editou o manual
mais completo de guerrilha urbana que o mundo conhece, o Minimanual do Guerrilheiro Urbano. Quando fui para a Escola das
Américas – onde funcionava e ainda funcionam todos os cursos que um Exército
precisa, desde a formação de comandante, de liderança, de administração até o
curso de formação de sargentos, comandos, guerra na selva etc. – em um dado
momento, ao entrar na biblioteca para fazer pesquisas para as minhas aulas e
encontro, como best-seller, o livro
de guerrilha de Marighella. Não existe, até hoje, um manual melhor de guerrilha
urbana. Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do
industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que
era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de
1971. Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo”
(General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10,
pg. 177-178).
“Carlos Marighela escreveu o
‘minimanual de guerrilha urbana’. Esse minimanual foi traduzido, acredito, em
22 idiomas. Penso que, no mundo, poucos manuais de guerrilha tiveram a
aceitação que teve esse livro do Carlos Marighela. Ele diz, na essência do seu
trabalho: ‘a necessidade imperiosa de revelar a essência reacionária contra o
Estado burguês, por meio da provocação intensiva’.
Marighela parte de uma
iniciativa. Provocar intensamente o Estado burguês para que este reaja. E
prossegue: ‘A missão do guerrilheiro é violar abertamente a lei, desafiando e
ultrapassando as instituições e ordens públicas.’ E ainda: ‘Eu entendo que o
Estado, agindo pela polícia e pelos tribunais, fica fácil fazer uma denúncia, e
essa denúncia, normalmente, acusa a polícia e os tribunais de estarem atuando
com crueldade e exercendo uma ditadura repressiva.’ Verifica-se o seguinte:
quando um revolucionário, como ele, se aventura numa revolução socialista,
parte da premissa de que é preciso provocar o Estado para que o Estado reaja
com violência e, a partir daí, consiga a adesão de um maior número de adeptos.
O Sr. Herbert de Souza, o
famoso Betinho que realizou um trabalho humanirário em determinado momento,
chegou a dizer aos seus pares que fizera uma reflexão sobre os dias de maoísmo,
afirmando, textualmente o seguinte: ‘haviam chegado à mais extrema loucura
política, atingidos pela esquizofrenia. Éramos incapazes de ver a realidade’. O
que se verifica é que Frantz Fanon e Carlos Marighela deixam claro o seguinte:
quem se empenha no movimento socialista revolucionário deve agir ofensivamente,
provocar a violência, para que possa, depois, acusar o governo estabelecido de
violento e autoritário” (General-de-Brigada Danilo Venturini, Tomo 15, pg.
209-210).
Obs.
O
“Minimanual do Guerrilheiro Urbano” foi traduzido para vários idiomas e era
livro de cabeceira de grupos terroristas europeus, como o Baader-Meinhoff, da
Alemanha, e as Brigadas Vermelhas, da Itália.
“... os ‘tiras’ e policiais
militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros
urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a
guerra só pode ser feita através de meios violentos” (trecho do Minimanual).
Veja
a resenha sobre o Minimanual feita pelo historiador Carlos I. S. Azambuja em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/o-minimanual-do-guerrilheiro-urbano.html.
Uma versão digitalizada do Minimanual pode ser obtida em https://www.documentosrevelados.com.br/wp-content/uploads/2015/08/carlos-marighella-manual-do-guerrilheiro-urbano.pdf.
F. Maier
Juventude
transviada, de pais separados, com ódio da sociedade
“O objetivo deles era a
destruição do Brasil. Fizeram isso por convicção, por maneira de ser própria
deles e não por nossa ação contrária, absolutamente. Fiz o inquérito, como já
disse, do sequestro do embaixador americano e conversei muito com esses
terroristas. Minhas informações transmiti às autoridades responsáveis, por
escrito. Cheguei, logo, a uma conclusão: eram todos filhos, sem exceção, de
pais separados, com ódio da sociedade. Diziam mesmo que desejavam se vingar
dessa ‘sociedade cruel’. Eram jovens sem responsabilidade alguma.
Tratei os terroristas que
interrogava, sempre, dentro das normas tradicionais do Exército e das Forças
Armadas Brasileiras, num desmentido cabal e completo às caluniosas referências
revanchistas aos pretensos ‘anos de chumbo’. Todos se manifestavam surpresos e
agradecidos com o bom tratamento recebido, muito ao contrário das expectativas
que traziam e do comportamento que, certamente, teriam se inversa fosse a
situação, isto é, no desafortunado caso de eventual vitória comunista” (General-de-Divisão
Tasso Villar de Aquino, Tomo 9, pg. 86).
Congressos
da Juventude
“Naquela época, estavam em
moda os congressos. Fizeram um congresso estudantil em Ibiúna, São Paulo, em
1968.
É um marco muito importante:
1968.
A polícia localizou e
prendeu setecentos e tantos estudantes de nível universitário.
Lá ocorreu de tudo. Era uma
depravação. Valeu tudo. Choveu. Um descalabro. Eu estava em Brasília, chefiando
a Seção de Operações da Agência, quando fomos avisados dessas prisões pela
Agência de São Paulo.
No dia seguinte, cedo, fui
com um tenente, que era um excelente fotógrafo, para São Paulo. Fizemos contato
com o DOPS. Era o Romeu Tuma, depois
Senador, no começo de carreira. Encontrei-me com ele e falei:
- Quero fotografar todos os
participantes do congresso em Ibiúna.
- Não precisa – disse ele –
um sargento da Marinha está fazendo tudo isso.
- Que tipo de fotografia
você está fazendo? – perguntei ao sargento.
- 3 x 4 – respondeu.
Voltei a fazer contato com o
Doutor Tuma e falei:
- Doutor Tuma, não quero
fotografia para identidade. Quero fotografia para identificação do pessoal,
porque são eles que vamos enfrentar daqui a um ou dois anos. Eu quero
fotografia de corpo inteiro, de frente e de perfil. Quero fazer essas
fotografias lá no Presídio Tiradentes.
Fui para lá com o tenente e
fotografei todos eles, cerca de setecentos e cinquenta; e dos líderes fizemos slides.
Lembro-me de que, naquela
época, estavam lá o atual Ministro Serra, o Dirceu, Presidente do PT, tem um do
PC do B (Partido Comunista do Brasil), de Goiás, Aldo Arantes; por sinal, este
quis bancar o valente, não queria tirar a fotografia.
Fizemos umas medidas na
parede, onde o cidadão se encostava para que tivéssemos uma ideia de altura e
tipo físico – detalha importante para a área de informações.
Montamos um álbum para cada
Secretaria de Segurança, como todos eles – 21 Estados da Federação e
Territórios” (Coronel Clidenor de Moura Lima, Tomo 6, pg. 127-128).
“Em curto prazo,
providenciamos os reparos em um pavilhão no topo do Forte de Itaipu, antigo
alojamento de praças, na época desativado. Construímos dentro de um alojamento
uma prisão ‘duas estrelas’, com conforto relativo para abrigar os que seriam
detidos no congresso [de Ibiúna, SP], à luz da legislação da época, Lei de
Segurança Nacional. Como resultado da operação montada, fomos incumbidos de
‘receber os custodiados’, algumas dezenas, dentre os quais os líderes
estudantis da época, Francisco Travassos, da UNE – Rio; José Dirceu, da União
Metropolitana de Estudantes (UME) – São Paulo; Wladimir Palmeira, da UME – Rio,
além de outros. Figuras de proa que lideraram nessa época passeatas,
quebra-quebras e mesmo confronto com a polícia de São Paulo, com a pretendida
experiência e liderança aperfeiçoados no exterior, inclusive de guerrilha,
disputando a primazia de liderar a UNE, então ilegal.
Durante alguns meses,
causando trabalho dobrado para minha Unidade, mantivemos os ‘ilustres’
personagens sustentados pela Nação e pelo povo. A maioria deles hoje está
encastelada no poder público, como dignos representantes da ‘democracia’.
(Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg. 139).
“Naquele ano [1968],
cresceram os desafios, a ponto de tombarem viaturas do Exército em via pública.
Havia ordem para não ir fardado para o quartel, pelo receio de atentados e
represálias. Os comunistas prosseguiam desinibidos, quantas vezes dirigidos por
um bando de corruptos e pederastas. Padres na frente de passeatas, na Avenida
Rio Branco, no Rio de Janeiro, e em São Paulo. Incentivados do exterior, cos
comunistas promoviam marchas pela ‘democracia’, estimulados, entre outros, por
Chico Buarque de Hollanda, grande figura da música popular brasileira,
praticante da subversão regada a alcoólicos e um dos habituais viajores para o
turismo político em Cuba, mancomunado com Fidel Castro.
Pois bem, todos assistimos à
subversão nascida da estranha conjunção de jovens, homens e mulheres, padres e
freiras. No Rio de Janeiro, na Cinelândia, há um bar, se não me engano, o
Amarelinho, onde é servido um chope muito elogiado. Lá se postava essa
camarilha, enquanto os outros, não tão espertos, estavam levando porrada em
manifestações de rua, os pichadores de palácio; isso em 1968 (Coronel Godofredo
de Araújo Neves, Tomo 7, pg. 162).
“A luta armada foi uma opção
da esquerda, que rompeu com a linha do Partido Comunista Brasileiro (PCB) – a
linha adotada pelos velhos comunistas, como Luís Carlos Prestes -, que queriam
tomar o Poder através de ações subversivas. Já, os apóstolos da luta armada
buscaram a destruição do Estado e do Exército, por meio do emprego da violência
como único caminho para a tomada do Poder, contando com considerável apoio
externo, principalmente de Cuba e da China comunista.
Na página 96, do livro A
Esquerda Armada no Brasil, o ex-Sargento José Ronaldo Tavares de Lira diz
textualmente:
‘Nós, os sargentos, que nos
organizamos depois do golpe, juntamente com os operários e estudantes, optamos
imediatamente pela luta armada, pois estávamos convencidos de que aquele regime
não poderia ser derrubado de outra forma.
Com esse propósito, o grupo
organizado iniciou reuniões de estudos políticos e aprofundou a questão da luta
armada, tratando de conhecer melhor os processos revolucionários armados de
outros povos.
Simultaneamente ao estudo
político, o grupo iniciou também a sua preparação militar, naturalmente mais
intensa para os elementos civis incorporados, isto é, os operários e
estudantes’.
No mesmo livro, na página
109, Carlos Marighella diz que: ‘O Objetivo dos revolucionários brasileiros é a
subversão do atual regime militar e, por conseguinte, a derrubada da ditadura
instalada no Brasil.’
Mesmo antes da Revolução, em
Minas Gerais, por exemplo, a Polícia apreendeu o Plano Revolucionário do
Partido Comunista para o movimento que ele faria eclodir, em curto prazo, mas
que foi totalmente aniquilado pela Revolução de Março. Desse documento, constam
as seguintes recomendações sobre o processo de neutralizar a ação das Forças
Armadas, nos quartéis ou nos navios:
‘É necessário, no plano de
ação, regular todos os pormenores. Cada oficial suspeito à revolução deverá ter
um agentes responsável pela sua eliminação. Essa eliminação terá que ser
executada, na hora prescrita, sob pena de morte do responsável por ela.
Quanto aos sargentos, é
preciso fazer a ficha de todos os que puderem prejudicar o movimento, pelo seu
prestígio na tropa, pela sua inteligência e coragem, para que sejam incluídos
no plano de eliminação’ ” (General-de-Exército Heitor Furtado Arnizaut de
Mattos, Tomo III, pg. 35-36).
“No dia 7 de setembro de
1967, em frente à Igreja do Carmo [em Fortaleza, CE], por onde transcorria o
desfile militar do Dia da Pátria, um grupo de estudantes, liderados por
conhecidos comunistas locais, surgiu em passeata agressiva e desrespeitosa à
data, invadiu a igreja e enrolou a imagem de Nossa Senhora com um pano preto,
em sinal de protesto. Era um ato grotesco que intentava provocar a reação da
tropa e a criação de vítimas, a serem, em seguida, exploradas. Mas a tropa,
orientada e bem comandada, não aceitou a provocação, não reagiu, e o desfile
prosseguiu. Este fato mostra o início da escalada da violência ideológica que
evoluiu para o terrorismo generalizado, para as guerrilhas, e no todo, para a luta
armada, provocando o endurecimento da Lei de Segurança Nacional, com a
promulgação do AI-5” (General-de-Brigada Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira
Neto, Tomo 4, pg. 91-92).
Guerrilha
é guerra suja
“No meu modo de entender – e
o General Ernesto Geisel fala isso no livro dele – não se combate guerrilha com
a guerra ética que aprendemos. Guerrilha é guerra suja, é uma guerra diagonal,
e quem está disposto a combatê-la, tem que usar armas muito semelhantes àquelas
que são usadas pelos guerrilheiros. Somos militares e quando recebemos a missão
de resolver um problema analisamos os fatores da decisão, inclusive o inimigo. Adotamos
então as medidas necessárias para contê-lo. Essas medidas, naturalmente, não
poderiam ser tímidas ou ingênuas. Chegaram até a ser violentas, como o foram o
endurecimento do regime e a edição de atos institucionais aprovados pelo
Congresso – uma legislação que depois eles diziam, e dizem, draconiana. Na
realidade, aquilo tudo foi uma bola de neve. Mais tarde houve a contestação do
emprego da tortura e dos excessos que ocorreram de parte de ambas as facções em
confronto. As coisas foram acontecendo, inclusive pela falta de visão dos
subversivos e das autoridades competentes” (General-de-Brigada Carlos Augusto
Fernandes dos Santos, Tomo 8, pg. 285).
Fazenda
Nova Aurora
“A agitação ficou por conta
da descoberta, nessa época, de uma fazenda no Norte do Paraná, Fazenda Nova
Aurora, onde o pessoal que já estava muito conhecido no Rio e em São Paulo, que
estava sendo procurado por assalto a banco e outras ações terroristas, se
refugiava.
Veio a informação do Centro
de Informações do Exército (CIE).
[A fazenda ficava na área de
segurança do 1º. Batalhão de Fronteira, em Foz do Iguaçu, PR.]
Veio a ordem – não sei de
quem, naturalmente do Comandante da 5ª. Região Militar (5ª. RM), que deve tê-la
recebido do Ministro – para cercarmos a fazenda e prendermos quem estivesse lá.
A missão foi cumprida, com uma Companhia.
Houve entrevero, troca de
tiros, mas ninguém se feriu. Eles não se entregaram assim muito fácil, mas
também não foi complicado.
Foram presas cerca de 12 a
15 pessoas e conduzidas para o 1º. B Fron.
Apreendemos armas, munição,
panfletos, tudo o mais; depois, no inquérito, as armas foram todas filmadas,
fotografadas, com munição etc.
Acabaram condenados pela
Auditoria, alguns com penas maiores do que outros” (Coronel Júlio Roberto Cerdá
Mendes, Tomo 6, pg. 163).
Operação
Pintassilgo
“Já em maio de 1964, o PCB
iniciou a sua rearticulação e, nas reuniões, discutiam as causas do fracasso da
linha política, acirrando a luta interna entre os radicais e os moderados do
partido. Em junho, foi a vez do PC do B reunir-se e decidir partir para a luta
armada. Mais rapidamente do que as esquerdas marxista-leninistas, haveriam de
se articular os subversivos e inconformados políticos, que tinham fugido, a sua
maioria, para o Uruguai. Sob a liderança de Brizola, montam uma ação que ficou
conhecida como ‘operação pintassilgo’. Ele previa o ataque a diversos quartéis,
a tomada da Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, e o bombardeio do
Palácio Piratini. Com a prisão, em novembro de 1964, do Capitão Aviador Alfredo
Ribeiro Daudt, todos os planos dessa operação caíram nas mãos da polícia e ela
foi abortada.
(...)
Ainda sobre Ribeiro Daudt,
ele estava preso no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e foi levado
para a 6ª. Companhia de PE (Polícia do Exército) em Porto Alegre, porque
achavam que teria maior segurança. Muito bem, ele fugiu de lá. O oficial de
serviço (Oficial de Dia) do dia em que fugiu era o Sr. Carlos Lamarca”
(General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 111).
Vanguarda
Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares)
“Sobre as atividades
subversivas e a nossa repressão tenho uma experiência interessante a relatar.
Em 1968, saí daqui do 19º. RI e fui servir em Guaíra, no Paraná. Lá chegou ao
nosso conhecimento de que grupos terroristas que atuavam no Rio de Janeiro e em
São Paulo estavam utilizando aquela área como região de homizio. Em uma
operação de informações, cercamos uma fazenda que tinha sido comprada por um
grupo da Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares) e era o local onde eles
faziam treinamento.
Fomos de madrugada e
prendemos quase todos os subversivos. Pouquíssimos daqueles que atuavam na
região conseguiram escapar; não houve tempo para reação, foi uma operação muito
feliz. A intenção deles era começar uma guerrilha na área rural, através do
processo do foquismo, quer fora sucesso em Cuba e na China. Estavam treinando
ocultar-se em meio à vegetação, enterrar suprimentos, munição, medicamentos, a
caminhar e orientar-se dentro do mato.
Quero deixar bem claro que durante o tempo em que ficaram presos em Guaíra,
nenhum de nós colocou a mão neles, quer dizer, não sofreram nenhum tipo de
constrangimento ou de violência, apenas dialogamos. Foram depois levados para
Curitiba onde continuaram sendo interrogados” (General-de-Brigada Flávio Oscar
Maurer, Tomo 8, pg. 309).
Obs.
Leia artigo sobre a VAR-Palmares, que também planejou planejou execução de militares - cfr. em https://liciomaciel.wordpress.com/2014/04/26/artigo-de-felix-maier-no-midia-sem-mascara/ e https://www.estadao.com.br/politica/var-palmares-planejou-execucao-de-militares/
F.
Maier
POLOP
e a “Guerrilha de Copacabana”
“Lembramos que, antes de
1964, tínhamos atuando no País, cinco organizações subversivas: o PCB; o PC do
B; a Organização Revolucionária Marxista – POLOP; o Partido Revolucionário
Trotskista (PORT) e a Ação Popular (AP). Cinco organizações antes da Revolução
de 1964. Com exceção as prisões efetuadas logo após a Revolução, atingindo os
líderes e os agitadores mais conhecidos, as novas organizações quase não foram
afetadas. A polícia não possuía um serviço de informações bem estruturado,
tanto que já em abril de 1964, a POLOP iniciava a organização de um núcleo
guerrilheiro. Pouco afeito a ações clandestinas, seus militantes foram presos,
e a pretensa guerrilha da POLOP desarticulada no nascedouro. Como seus
militantes eram, na quase totalidade, residentes na Zona Sul no Rio, essa ação
ficou conhecida como Guerrilha de Copacabana. As notícias dessa pretensa
guerrilha, contudo, serviram para atrair para a POLOP setores radicais da
esquerda” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 110).
Frente
Popular de Libertação: A Guerrilha de Três Passos
“Em janeiro de 1965, e sob a
liderança de Brizola, foi criada no Uruguai uma Frente Popular de Libertação.
Recebeu adesão de militantes do PCB, do PORT, do PC do B e da AP. Em março,
decidiram desencadear um plano revolucionário. O comando das operações a ser
desenvolvido no Sul foi dado ao ex-Coronel do Exército, comunista Jefferson
Cardim de Alencar Osório. Os ditos revolucionários haviam adentrado o Estado do
Paraná, na ocasião em que os presidentes do Brasil e do Paraguai inaugurariam a
Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. É interessante o comentário, porque os
caras vinham fazer uma revolução e esqueceram de arrumar a viatura e foram de
táxi. Invadiram o Brasil de táxi! Depois, um tal de Zebinho arrumou um ‘ford-de-bigode’
e foram até não sei onde. Muito interessantes essas trapalhadas do Brizola.
Como os presidentes do Brasil e do Paraguai iam inaugurar a Ponte da Amizade em
Foz do Iguaçu, foi dada ordem para que esses elementos fossem obstados de
chegar lá, fossem detidos. E nessas escaramuças, o Jefferson Cardim, fardado de
coronel, fez um sinal para a viatura com tropas que se aproximava – tinha
colocado seus homens na beirada da estrada – e armou uma emboscada.
Lamentavelmente, aconteceu a primeira vítima fatal, o 3º. Sargento Carlos
Argemiro Camargo, da Companhia de Infantaria de Francisco Beltrão.
Infelizmente, quando comandei a Região, sofri um acidente, não pude ir a
Francisco Beltrão para prestar a minha homenagem ao Camargo”
(General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 112).
“Para concluir, quero
comentar aquela incursão por Três Passos lá perto de Santa Catarina, liderada
pelo Coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório. Não sei como um coronel pode
fazer uma burrice daquelas, ‘sem pé nem cabeça’, pois a primeira coisa que se
busca é o apoio da população. Mesmo não dispondo de efetivo suficiente,
invadiram uma região de colonos que, para sorte deles, não queriam briga, não
queriam nada. Assaltaram um posto policial e mataram um sargento. No final, o
Jefferson fez uma declaração muito severa contra o Brizola, dizendo que
recebera dinheiro do Fidel Castro.
Dizem
que o Fidel Castro chama o Brizola de ratón! [entrevistador]
El
ratón. O Betinho, aquele sociólogo já falecido, foi o
portador, o intermediário, entre o Fidel Castro e o Brizola e também fez alguma
alusão a respeito. Um deputado de São Paulo, me parece que o Coronel Erasmo
Dias (Antonio Erasmo Dias), falou sobre esse caso na televisão, eu assisti.
Desafiou o Brizola a processá-lo se não fosse verdade. Até hoje não aconteceu
nada” (General-de-Brigada Ramão Menna Barreto, Tomo 13, pg. 147).
Obs.
Sobre a Guerrilha de Três Passos e outras brizoladas, leia texto de F. Dumont, “Os Incríveis Exércitos de Brizoleone” (uma paródia do filme “O Incrível Exército de Brancaleone”, de Mario Monicelli, com Vittorio Gassman), em https://pt.scribd.com/document/501130000/Exercito-de-Brizoleone.
F.
Maier
Sequestro
do embaixador americano Charles Burke Elbrick, realizado pelo MR-8
“O Presidente [Luiz Inácio
Lula da Silva] reclamou de que aquele deputado que há pouco deixou o PT, o tal
Gabeira, até hoje não tem visto para entrar nos Estados Unidos. Porque, em
1969, foi um dos sequestradores do embaixador americano que foi trocado por vários
terroristas presos, inclusive o atual chefe da Casa Civil José Dirceu, que era
um dos que estava preso e foi trocado pelo embaixador americano. O Gabeira era
responsável por assassinar o embaixador americano caso o aparelho fosse
estourado. Isso eles mesmo contam no filma ‘O que é isso Companheiro’. Então, o
americano, até hoje, não dá visto para ele entrar na América, porque foi um
terrorista e estava encarregado de assassinar o embaixador americano no caso de
o aparelho ser estourado” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg. 146-147).
Obs.
Sobre
o sequestro do embaixador Charles Burke Elbrick, acesse https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2019/09/1969-embaixador-americano-e-alvo-de-sequestro-no-rio-de-janeiro.shtml.
F.
Maier
AÇÃO
POPULAR (AP)
“A Igreja estava envolvida
por esse grupo – Ação Popular (AP) – que, mais tarde, veio pontificar na
Teologia da Libertação, que chamo de Sociologia da Libertação, condenada pelo
Papa atual, mas seguida ainda por eles. Através de um documento – conto no meu
livro ‘Na Planície’ – mostro a reação de bispos brasileiros que viram como Dom
Padim, o principal encarregado da Juventude Universitária Católica (JUC),
estava possivelmente sendo iludido. Aparecem nesse protesto Dom Scherer, Porto
Alegre; Dom Agnelo Rossi, Ribeirão Preto; o Cardeal do Rio de Janeiro Dom
Eugênio Sales. E aparece, também, um do Pará, Dom Alberto, o qual era arcebispo
de Belém. Esses foram os primeiros que reagiram, mostrando inclusive como já
estava ocorrendo a cooptação do grupo de universitários católicos para aquela
Ação Popular.
Na Ação Popular (AP),
famosa, são reconhecidos como seus membros, notáveis homens do Governo atual.
Paulo Renato, o Ministro da Educação, José Serra, outros mais etc. Todos pertenciam
à AP. A AP era um movimento da esquerda católica não comunista. Depois, no
decorrer das guerrilhas, transformou-se na APML – Ação Popular
Marxista-Leninista. Pegaram o Padre Henrique Vaz, que era o cérebro, e o
chutaram; despediram esse camarada logo. Isso tudo aconteceu antes de 1964,
quando discutiam em Belo Horizonte o quer seria o manifesto da Ação Popular,
infiltrando-se, portanto, na Igreja” (Senador Jarbas Gonçalves Passarinho, Tomo
5, pg. 52-53).
Obs.
Sobre o assunto, leia também, de minha autoria, “Ação Popular – A ala terrorista da Igreja Católica” - https://felixmaier1950.blogspot.com/2019/08/acao-popular-ala-terrorista-oriunda-da.html
Antes de 1964, eram cinco os grupos terroristas atuantes no Brasil: PCB, PC do B, PORT, ORM-POLOP e AP. Durante o governo dos generais, o número aumentou exponencialmente: https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/organizacoes-subversivas-brasileiras.html
Conheça as pessoas mortas pelo terrorismo de esquerda no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970: https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas.html
F.
Maier
Aloysio
Nunes Ferreira, de terrorista a ministro da Justiça
“Passo a contar um fato que
ocorreu ontem, comigo, num jantar com pessoas conhecidas, aqui em São Paulo,
onde moro hoje, e já estou aqui há 14 anos. Um amigo empresário me perguntou
como é que nós militares vemos um Aloysio Nunes Ferreira, que foi terrorista –
assaltou bancos, assaltou trem pagador, assaltou supermercado, foi motorista do
Marighella em algumas ações e quando Marighella morreu, fugiu do Brasil – ser
Ministro da Justiça. Aé, nesse mesmo jantar, um político de esquerda disse:
- É, ele conseguiu escapar.
- Ele escapou, porque
ninguém queria prendê-lo. O Aloysio ficou três dias escondido na casa do seu
pai, no Morumbi, e nós sabíamos – disse.
Ele ficou pasmo. Não era
importante prender o Aloysio, apenas um jovem entusiasmado envolvido com o
Marighella, queríamos o Marighella, esse era um homem de liderança, um
profissional da luta armada, e acrescentei ainda não haver problema nenhum em
Aloysio, em virtude da anistia” (Coronel Luiz Carlos de Avellar Coutinho, Tomo
7, pg. 186-187).
Atentado
contra o Presidente Médici
“Passei cinco anos muito
próximo dele [Presidente Médici], como chefe da sua segurança. Ia ser o chefe
dos ajudantes-de-ordens, mas um dia me chamou, na época em que começaram os
atos terroristas, e disse:
- Eu quero que você seja o
meu Chefe de Segurança, cuide da minha família. Você aceita?
- General – respondi –
aceito trabalhar com o senhor, a função o senhor estabelece.
Foi realmente um período
muito difícil, porque ocorreram as tentativas de sequestro da Dona Scylla; fui alvejado
com um tiro, no meu carro, na inauguração da Estrada Curitiba-Blumenau; um
atentado à bomba contra o Presidente, numa viagem a Porto Alegre, mas essa
bomba não funcionou, era um artefato de fabricação caseira. Esses e outros
incidentes deixavam o General preocupado, sobretudo com as noras dele e com a
esposa D. Scylla que ainda é viva, tem 92 anos e está lúcida. Recentemente
falamos ao telefone e ela me pediu que fosse visita-la. Na minha próxima ida ao
Rio irei visitar D. Scylla, é uma pessoa muito querida para mim.
O General Médici, quando
assumiu a Presidência naquelas circunstâncias, fez um pronunciamento no qual
disse esperar, ao final do seu mandato, que a vida política estivesse
reconstituída no Brasil. O General, novo Presidente, mostrava, como os outros
dois, a intenção de normalizar a vida política do País.
Infelizmente, sobreveio a
guerra revolucionária no Brasil. Fui testemunha de um episódio na saída de uma
reunião dos ministros com o Presidente, quando ele se virou para o Ministro
João Leitão de Abreu, seu Chefe da Casa Civil, e disse:
- Eu não tenho mais tempo
para fazer a abertura, fica para o outro” (Coronel Luiz Carlos de Avellar
Coutinho, Tomo 7, pg. 185).
Guerrilha
do Triângulo Mineiro
“Nós não vivíamos a
plenitude democrática, mas também não seria lícito afirmar-se que o País vivia
em uma ditadura. No máximo, um regime autoritário. Tanto é assim que o
jornalista Flávio Tavares foi preso por sua ação na chamada ‘Guerrilha do
Triângulo Mineiro’, que ele foi organizar, após aprovação do Brizola.
Apresentando-se como ‘Dr. Falcão’, Flávio Tavares reuniu-se com meia dúzia de
pessoas no consultório de um dentista que desejava fazer a revolução na região.
Preso Flávio Tavares,
Hermano Alves apressou-se a denunciar ‘uma escalada contra a imprensa’. Para
ele, a imprensa, pela sua livre operação no noticiário e no comentário, estaria
a acelerar a perda de substância do Poder Militar. O jornalista Castello Branco
assim comentou esse período: ‘... é interessante notar que Hermano Alves, ao
não reconhecer as atividades subversivas de Flávio Tavares, admitia a livre
operação da imprensa no regime que taxava de ditatorial” (Genera-de-Divisão
Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 118).
Zélia
Cardoso de Mello
“[Médici] é o Presidente
mais violentamente criticado. Esquecem ou fingem não saber dos fatos que
ocorriam na época. Ele assumiu o governo com o embaixador americano sequestrado
pelo grupo do Gabeira [Fernando Gabeira], um problema de enormes dimensões
internacionais. Enfrentou a guerra revolucionária no seu auge. Cito apenas o
confronto ocorrido no Túnel do Rio de Janeiro, quando o Major Toja (José Júlio
Toja Martinez Filho) abordou o ‘fuca’ (fusca) daquela subversiva, na tentativa
de evitar que ela fosse apanhada no meio do tiroteio, pois estava grávida e foi
metralhado de cima a baixo pela terrorista. Uma curiosidade sobre os
subversivos: quem nos deu muito trabalho naquela época foi a Zélia Cardoso,
mais tarde ministra da Fazenda do Governo Collor. Ela era responsável pelo
apoio logístico do partido no Rio de Janeiro e amiga da loira subversiva que
assassinou o Major” (General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen, Tomo 8, pg.
181-182).
As
duas caras de Tancredo Neves
“O General [Figueiredo] se
desencantou com os políticos. Ele me contou, por exemplo, que o Dr. Tancredo
Neves foi duas vezes, às escondidas, falar com ele, na sua casa, no Torto, para
pedir a manutenção das eleições indiretas e dali ia para o palanque pedir as
‘Diretas Já’. Mas esse é o jogo do político; Tancredo dizia que numa eleição
direta, não ganharia na convenção do seu partido; na indireta ganharia, como
efetivamente ganhou, do Deputado Ulysses Guimarães. Só que ia para o palanque e
pedia ‘Diretas Já’ e cobrava do Governo; realmente, o Presidente Figueiredo não
tinha estrutura para aceitar essas coisas, rebelava-se contra isso, a tal ponto
que se desinteressou de conduzir o processo. Fizemos algumas tentativas para
que o Presidente não entrasse nessa, mas ele ficou irredutível e eu ainda tive
oportunidade de falar com ele assim:
- Presidente, Poder se
perde, não se entrega. Poder se perde para outro que é mais forte.
Mas ele deixou o barco
correr e a oposição venceu, sem ter que assumir qualquer compromisso de
entendimento, que era o espírito do Ato da Anistia” (Coronel Luiz Carlos de
Avellar Coutinho, Tomo 7, pg. 188).
A
história reescrita vai bem, obrigado!
“Alfredo Sirkis, um
ex-guerrilheiro urbano, relatou em livro suas experiências na luta armada
comunista dos chamados anos de chumbo. Ao publicar a 14ª. edição de ‘Os
Carbonários’, fez questão de inserir nela, como num novo prefácio, uma espécie
de autocrítica na qual reconhece:
‘Mas a história, ela própria, acontece duas vezes. Uma no instantâneo eclodir dos fatos. Outra nas obras literárias, históricas, biográficas, memorialísticas e, hoje, no audiovisual, na TV, no cinema, em CD-ROM. Se na primeira perdemos fragorosamente, na segunda não nos saímos de todo mal” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 49).
VLADIMIR
HERZOG: SUICÍDIO OU MORTE SOB TORTURA?
“Minha terceira história
refere-se à época em que morreu aquele jornalista, o Vladimir Herzog. Era Chefe
do Estado-Maior na 2ª. RM e o General Antônio Ferreira Marques era Chefe do
Estado-Maior do II Exército.
O General Ednardo D’Ávilla
Melo, em respeito ao Presidente Ernesto Geisel, nomeou o General Fernando
Guimarães de Cerqueira Lima, seu ex-assistente, para encarregado do inquérito;
um general recém-promovido, que fora nomeado Comandante da Brigada de Caçapava,
um brilhante oficial, meu amigo desde Capitão, mais antigo que eu três turmas.
Homem de caráter, fez o inquérito com toda a lisura. À época, chegou para mim e
disse:
- Oliva, estão aqui as
fotografias do Herzog.
Por que ele me mostrou?
Cerqueira Lima tinha um problema nos rins, uma virose, e todo dia depois do
almoço necessitava descansar meia hora; tinha que deitar, pelo que passou a
usar o meu apartamento, no QG.
As fotografias apresentavam
o corpo pendurado e depois nu. Não apresentava marca nenhuma. Os legistas têm
um método em que lavam o corpo e se existirem sinais de tortura, os sinais
aparecem. Mas não havia nada. Ele enforcou-se com o próprio cinto – até então
os presos ficavam com o cinto para segurar a calça, depois foi proibido, o
preso tinha que segurar as calas com a mão. Perguntei-lhe:
- Cerqueira, alguém morre
nessa posição?
- Oliva, eu não sei. Pedi
para três médicos legistas me darem parecer, sobre se é possível alguém se
matar dessa maneira. Os três afirmaram que sim. Nenhum preso ouviu nada, nem
carcereiro, ninguém ouviu nada. O que eu tenho de concreto são os três pareceres
dos médicos, logo concluo que houve suicídio.
Cerqueira Lima disse que
para ele foi suicídio; até agora, com a prova que existe, documental, foi
suicídio. Após o enterro, o ‘Estadão’ publicou declaração do rabino – o Herzog
era judeu -, que o enterro tinha sido antecipado por ordens superiores. Diziam
que um capitão tinha dado essa ordem ao rabino. Nada disso tinha acontecido,
fora notícia mentirosa.
Na ocasião, constou que a
esposa dele ia aos colégios, de sala em sala, dizendo que o marido tinha sido torturado
e morto. Começaram a promover greve estudantil. O Colégio Objetivo funcionava
na Paulista e tinha cinco mil alunos. Seria uma loucura cinco mil meninos,
nervosos na rua, à noite. Chamei lá em casa os dois diretores do Grêmio
Estudantil e perguntei-lhes se sabiam de alguém que tinha visto ou falado algo.
Disseram que não. Orientei-lhes, então, para avisar seus colegas para terem
calma e não fazerem bobagem: esperar o resultado do inquérito. Se vocês
concordarem, tudo bem, se não, façam greve. Mas agora, não. Foi o único colégio
em que não houve greve.
O General Cerqueira chegou a
pesquisar a vida dele. Soube que Herzog estava em tratamento médico, era
jornalista, atuava no jornal da TV Cultura. Politicamente, não tinha nenhuma
expressão, na minha opinião pessoal. Alguém o prendeu, não sei o motivo. Aliás,
não era a minha área. O Comando da 2ª. RM só cuidava da corrupção de militares.
Combate à subversão era com o Comando do II Exército.
Descobriu que ele estava em
tratamento psiquiátrico. Dedução lógica, então, era um homem que provavelmente
estava depressivo, em crise ou qualquer coisa dessa natureza; por ter sido
preso, poderia ter se auto-sugestionado e cometido suicídio. Admito que a
versão real seja essa, não estou dizendo que foi, eu não vi, só conheci a
documentação.
Legalmente, no inquérito, ou
você tem provas ou tem três testemunhas visuais, isso é da lei civil e militar.
Se você não apresenta três testemunhas visuais, se não possui provas
documentais, não pode condenar ninguém. Inegavelmente, foi ruim para a
Revolução, porque de qualquer modo justificou a posição dos líderes que eram
contra nós” (General-de-Exército Oswaldo Muniz Oliva, Tomo 7, pg. 76-77).
Obs.
Quando
trabalhei no Departamento-Geral do Pessoal (DGP), de 2009 a 2019, como Prestador
de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), um coronel da Assessoria de Planejamento e
Gestão (APG) me garantiu que um soldado, em uma Unidade do RS, não me lembro
qual, havia se enforcado na prisão em situação semelhante à de Vladimir Herzog.
F.
Maier
“Tenho minhas dúvidas sobre
o que dizem em relação ao Vladimir Herzog, pois conheço a pessoa que fez o
inquérito – General Cerqueira Lima (Fernando Guimarães de Cerqueira Lima) – fui
assistente dele e seu Chefe de Estado-Maior. É um homem muito inteligente, dos
mais sérios e lúcidos que eu já via na minha vida. E ele me jurava:
- Pode ser que tenham matado
o Herzog, mas não consegui provar nada. Passei um mês sem dormir fazendo o
inquérito.
Ele tinha uma cópia do
inquérito e hoje me arrependo de não ter solicitado uma para mim. Sou metido a
escrever – daria um best seller fantástico.
No final, o D’Ávila (Ednardo
D’Ávila Mello) foi responsabilizado e exonerado do Comando” (Coronel Renato
Moreira, Tomo 8, pg. 357).
“A imprensa vive explorando
a morte do Vladimir Herzog no II Exército. Poucas vezes comenta-se que o
General-de-Exército D’Ávila Mello (Ednardo D’Ávila Mello) – que foi meu
instrutor na ECEME – foi demitido pelo Presidente Geisel por causa daquela
morte, principalmente pelo fato do morto ser jornalista. Mas ninguém sabe o
nome, nem faz referência, ao Edson Régis de Carvalho, que também era jornalista
e morreu atingido pela bomba no aeroporto de Guararapes, no Recife. Aí está o
peso da parcialidade da imprensa no que tange ao ‘revanchismo’ (Tenente-Coronel
Alexandre Máximo Chaves Amêndola, Tomo 8, pg. 397).
Segundo
jornalista do Estadão, Herzog se suicidou
“Até gostaria de dar um
exemplo do que a mídia torce. Vocês devem lembrar do caso Vladimir Herzog e que
há um prêmio de reportagem Vladimir Herzog. Ele compareceu ao DOI em São Paulo
acompanhado do jornalista que era credenciado lá no II Exército e que se
chamava Paulo Nunes. Apresentou-se de manhã, às 8h da manhã, para depor. Após o
almoço, já havia terminado tudo, ficando numa sala, afastado, e, ali, ele
enforcou-se. Hoje, a imprensa publica, como subsídio para exame de vestibular,
encarte em que Vladimir Herzog foi preso e, após uma noite de torturas,
amanheceu enforcado.
Digo, meu Deus, é só pegar o
Estadão da época para ver o que
acontecem, mas não se preocupam com isso. O que fica valendo para o jovem, que
vai fazer o vestibular, é o que consta nesse recorte que lhe foi fornecido. Mas
é a história que eles contam e, a partir daí, passou a ser verdade, mas a
verdade foi contada detalhadamente pelos jornais da época, como O Estado de São Paulo, ao qual já me
referi.
A verdade foi mostrada pelo jornalista Paulo Nunes. Ele testemunhou,
dizendo: ‘Eu fui levar o Herzog de manhã às 8h e às 16h iria buscá-lo. Foi uma
surpresa para nós, para todos nós que ele tenha se enforcado’. Digo que este sujeito não era mais que
um jornalista, não tinha nada de importante.
Não
era importante. [entrevistador]
Hoje, ninguém sabe que ele
era um jornalista como outro qualquer. Associou-se a sua pessoa uma figura de
grande renome. Prêmio Vladimir Herzog – para um judeu, apátrida, que nem
brasileiro era.
Um
estrangeiro metendo o bedelho nas nossas coisas...
[entrevistador]
Ele era iugoslavo, saiu da
Iugoslávia, foi para a Itália e depois para o Brasil e, aqui, deram cidadania
brasileira. Consta que foi locutor da BBC em Londres” (Coronel Audir Santos
Maciel, Tomo 11, pg. 151-152).
Obs.
Prêmio
Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia & Direitos Humanos
A
esquerda é rápida em fabricar heróis, como foi o caso de Vladimir Herzog, o
Vlado, filiado ao Partido Comunista Brasileiro, atuante na base comunista
infiltrada na revista Visão e, depois,
na TV Cultura – vulgo “Viet-Cultura”, e mais recentemente, Marielle Franco,
vereadora carioca pelo PSol, duas personalidades opacas que, depois da morte,
foram elevadas ao Olimpo dos Heróis da Pátria.
Veja, Visão, Realidade,
Vozes
eram revistas que serviam de ninho para jornalistas comunistas, que ditavam o
que podia e o que não podia ser publicado. Isso, durante a “ditadura”. Que
ditadura foi essa?
Todo
ano, personalidades e órgãos de esquerda recebem o Prêmio Vladimir Herzog pelo
único motivo de serem de esquerda – cfr. os vencedores do Prêmio em 2019:
Na
mesma época da morte de Vladimir Herzog, morreram no DOI-CODI, em condições
semelhantes, o tenente PM José Ferreira de Almeida e o operário Manoel Fiel
Filho. Ao contrário de Vlado, estes nunca são lembrados pela mídia militante.
Afinal, não eram jornalistas. Nem pertenciam ao Partidão.
F.
Maier
Vladimir
Herzog, agente do Serviço Secreto inglês?
“Mas
não foi o General [Cerqueira Lima] que me levantou esse outro aspecto. Isso eu
vi e ouvi na televisão, comentado pelo Paulo Francis – um homem de esquerda –
quando se referia ao assunto em um de seus programas. Ele disse que se
investigassem os seis meses durante os quais o Herzog passara desaparecido, e se
conseguissem descobrir onde ele estivera, concluiriam que, na verdade, ele fora
um agente duplo, a serviço de sua Majestade. [entrevistador]
Não, não acredito.
É
fantástico! É assunto para escrever um livro. [entrevistador]
É a primeira vez que eu ouço
tal afirmativa.
Mas
é uma tese até romântica. [entrevistador]
Os ingleses não reclamam
nada.
Não, talvez por isso é que
ele cometeu suicídio. Achou que não conseguiria guardar o segredo e na hora que
descobrissem que ele não era só agente do partidão, não era homem do Trotski,
do Brejnev e que, na realidade, o líder dele era a rainha-mãe, ele se
desmoralizaria e iriam justiçá-lo. Porque ele morreu glorificado, vítima da
nossa violência. E, se falasse, morreria jutiçado. Agora, há um detalhe, que dá
maior credibilidade a essa teoria: ele foi locutor da BBC de Londres durante
dois anos” [entrevistador] (Coronel Amarcy de Castro e Araújo, Tomo 8, pg.
375-376).
Obs.
O
ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, afirma que Vladimir Herzog
foi agente do Serviço Secreto inglês – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/vladimir-herzog-agente-duplo.html.
Veja, ainda, os comentários feitos por Renato Bulhões num texto de minha autoria no site Alerta Total, "Quem ainda defende o movimento cívico milittar de 1964" - https://www.alertatotal.net/2020/05/quem-ainda-defende-o-movimento-civico.html:
Comentário no Alerta Total: https://www.alertatotal.net/2019/12/o-homem-que-disse-nao-ao-ai-5.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+(Alerta+Total)
"Se a Democracia não consegue prever em suas Constituições mecanismos de punição dos traidores da pátria, os democratas precisam criar mecanismos que impeçam o aparelho estatal de ser tomado por bandidos. Do contrário, clamam por uma solução de força e, em seguida, exigem leveza dos militares na solução do descalabro violento criado pela incúria dos civis.
Quanto ao "assassinato"(=?) covarde de Vladimir Herzog:
Um absurdo gritante na narrativa esquerdista da era militar é que, de um lado, a tortura fosse descrita como um processo complicadíssimo, que requeria a assistência de técnicos e cientistas estrangeiros (entre os quais cita-se, evidentemente sem provas, o capitão americano Charles Chandler, que sob esse pretexto viria a ser assassinado pelos comunistas); e que, de outro lado, os tais técnicos não fossem capazes nem mesmo de simular um suicídio verossímil no caso do Vladimir Herzog, deixando o morto, ao contrário, numa posição em que só faltava mesmo ele voltar à vida para informar que fora assassinado. Na época, a contradição patente entre os propalados requintes da arte da tortura e a grosseria pueril do suicídio simulado me escapou totalmente, e, tendo sido um dos primeiros a promover o abaixo-assinado que exigia a investigação do episódio, tive toda a razão em apostar na hipótese do homicídio, mas, levado pela gritaria geral que eu mesmo ajudara a fomentar, dei por pressuposto, sem exame, que se homicídio houvera seus autores só poderiam ter sido os militares. Estes, por seu lado, insistindo na tese do suicídio, caíram no ridículo e acabaram levando a culpa do ocorrido. Hoje em dia, porém, vejo que entre as duas hipóteses há uma terceira que foi rapidamente varrida para baixo do tapete e jamais investigada. Na época, o cônsul da Inglaterra em São Paulo informou ao então governador paulista Paulo Egydio Martins, que Herzog era um agente do serviço secreto inglês infiltrado entre os comunistas brasileiros. O cônsul dizia ainda ter sido um dos últimos a encontrar-se com Herzog antes da morte deste. Martins, sabe-se lá por que, em vez de mandar tirar isso a limpo preferiu guardar a informação em segredo, só a revelando muito depois no seu livro de memórias, onde ela não teve a menor repercussão e foi enterrada ainda mais fundo pelo decurso do tempo, consagrando na memória jornalística e popular a versão do homicídio praticado pelos militares contra um intelectual comunista inocente de qualquer participação em atos terroristas. Para mim, hoje, é CLARO que a declaração do cônsul inglês fornece a única explicação possível para a hipótese absurda de que os habilíssimos torturadores científicos não fossem capazes de simular um suicídio mais acreditável. Herzog não foi, obviamente, assassinado por militares treinados, mas por militantes comunistas, presos como ele, alertados pela intimidade suspeita entre o prisioneiro e o cônsul. A coisa toda não foi um "crime da ditadura", mas um dos tantos "justiçamentos" praticados pelos comunistas contra aqueles a quem consideravam traidores e espiões." (Olavo de Carvalho) Renato Araujo Ramos: Lembrando que Herzog trabalhou na BBC, na Inglaterra, de 1965 à 1968.(https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/1162353127250093/ )
O livro: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6803/1712.pdf?sequence=1&isAllowed=y&fbclid=IwAR3on4ZD_eSjYmTAWfv8cqqNqwtrhlB12Gy-PQ_keFhElVxgjxfDfhFp468
Ricardo Nascimento no Facebook do Olavo de Carvalho:
O caso do Herzog é provavelmente o único caso de simulação de suicídio por suspensão incompleta que se tem notícia na história. Além dessa afirmação do Paulo Egydio, outro detalhe importante sobre o caso Herzog que virou tabu é o estado que ele se encontrava quando foi preso e a posterior patrulha da esquerda sobre o médico dele, o neuropsiquiatra Pedro Paulo Manzano Uzeda Moreira.
Aqui um comentário escrito por Sylvia Manzano no Novae em 2007 (hoje indisponível):
"Achei muito estranho o depoimento da Clarice. quando o Vlado morreu, eu fazia psicodrama em grupo com o Dr. Uzeda Moreira. O Vlado também fazia psicodrama com ele, embora fosse de outro grupo. Todos nós, porém, sabíamos que a Clarice tinha se separado dele, já estava com novo amor, ele estava muito deprimidido, inclusive tomando medicamentos e fazia 3 sessões que ele era o protagonista no tablado, antes de sua prisão. Aqui, ela não faz nenhuma menção dessa separação e eu penso que o tempo apaga certas coisas da memória das pessoas, mas de outras, não. Eu vi, estava lá, fui testemunha dos fatos." (Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo...)
Aqui um comentário escrito por Denise Macedo no blog do Favre em 2008 (hoje indisponível):
"Existe uma história que eu não esqueço jamais. Eu fazia psicodrama como Dr. Pedro Paulo Uzeda Moreira e o Vlado também. Ele era de um grupo anterior ao meu e todos nós sabíamos que tinha sido abandonado pela Clarice, que já estava morando com outro, que estava muito deprimido, que tinha sido protagonista há quatro semanas e que estava tomando anti-depressivos e não apresentava nenhuma melhora. Logo depois foi preso e morto no Doi-Codi. A Clarice imediatamente entrou no papel de viúva inconsolável e queria que o Dr. Uzeda desse um atestado para os jornais dizendo que o Vlado estava muito bem antes de ser preso. O Dr. Uzeda dizia que a medicina era um sacerdócio e ele não costumava dizer o que se passava nas sessões que ele dirigia. Seria uma mentira dizer que o Vlado estava muito bem, mas não foi isso que impediu que o Uzeda não desse o atestado, é que ele realmente acreditava que não devia falar de nada que acontecia nas sessões e era exatamente por essa razão que confiávamos tanto nele, que o respeitávamos tanto e o amávamos, por que não dizer. Clarice foi aos jornais, disse que ele não quis dar o atestado, ele sofreu uma tremenda patrulha dos intelectuais de esquerda da época e morreu precocemente de um ataque cardíaco, alguns anos depois. Nós bem percebemos o quanto foi difícil para ele, a pessoa que trouxe o psicodrama da Argentina para o Brasil, um profissional de ilibada reputação ver seu nome praticamente denegrido na época. Até hoje, quando leio notícias do Vlado, me surge uma revolta muito grande por ver que a história comete injustiças de todos os lados, não só do lado da ditadura, mas também do lado daqueles que se julgavam os defensores da liberdade. Até hoje considero a atitude do Dr. Uzeda de muita coragem e dignidade e até hoje sofro a sua morte, prematura e precoce demais para o meu gosto."(Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/.../indenizacoes-e-historia.../)
Trecho do livro "MASP 1970 - O psicodrama":
"Segundo seu filho, Fernando, Uzeda sempre foi um homem de esquerda, e entre seus clientes estava o jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975. Fernando continua: 'o posicionamento que meu pai tomou diante da morte de Herzog, alegando sigilo profissional, foi decisivo para que fosse execrado pelos grupos de esquerda, que nunca o perdoaram por não ter se aproveitado da morte politicamente'."(MASP 1970 - O psicodrama; páginas 147-148)
F.
Maier
Paraquedista
é indisciplinado. Palavra de general.
“Aproveito esta ocasião para
prestar uma outra homenagem, ao General de Exército Ednardo D’Ávila Mello. Como
capitão e major, servindo na Vila Militar, no 26º. Pqdt, em nossa guerreira
Brigada de Infantaria Paraquedista, visitava comumente o General D’Ávila em sua
residência no Rio de Janeiro. Unia-me ao general por laços fraternos. O
estimado Chefe tinha sido praticamente punido – episódio do suicídio do
Wladimir Herzog, em São Paulo -, manchado o seu nome para o resto da vida como
‘torturador’.
Indisciplinado, major
paraquedista, como todos aqueles malucos que comigo serviam, visitando o
general, disse:
- General, o senhor não quer
que a gente faça alguma coisa? Levante o dedo que iremos fazer algo pelo
senhor.
- Penha Alves, você é meu
amigo, mas tem um péssimo defeito: é paraquedista, e paraquedista é
indisciplinado – respondeu ele. – Volte para o seu quartel e diga aos seus
colegas para tratarem da sua vida militar, adestrando nossos soldados,
executando saltos de paraquedas. Tenho todos os motivos do mundo para estar
ressentido com a minha Força, mas não vou mexer um dedo para acabar com a
coesão. Assisti à divisão dos comandantes, aqui na Vila Militar, no período
pré-revolucionário, e o João Goulart teve um mérito imenso para a Revolução:
permitiu que a Força, que estava com algumas dissidências, se unisse. Foi o
catalisador, embora contrário a nós.
E o general concluiu:
- Não seria eu que
destruiria essa coesão” (Coronel Manoel da Penha Alves, Tomo 6, pg. 220).
Adendo:
Residência
de Vlado serviu de esconderijo para Marighella
“Anos antes, no fim de 1968,
quando Vlado nem cogitava assinar ficha no Partidão, um dos expoentes da luta
armada, Carlos Marighella, foi um furtivo hóspede de sua casa, que várias vezes
serviu de ‘ponto’ para encontros do líder da ALN com sua companheira, Clara
Charf” (Audálio Dantas, in “As duas
guerras de Vlado Herzog”, Civilização Brasileira, Rio, 2ª. edição, 2014, pg. 90
– vencedor do Troféu Juca Pato 2013).
F. Maier
O
PROJETO RONDON NASCEU NA ECEME
“Depois que o Movimento
eclodiu, o Mamede [General Bizarria Mamede] afastou-se da Escola de Estado-Maior
e foi substituído pelo [General] João Bina Machado, que foi muito carinhoso
comigo. Era um grande homem, um grande General, muito preocupado com as áreas
estudantis, com as áreas universitárias. Fez-me ‘peça de manobra’ do plano
dele, de aproximar-se dos estudantes. Por isso, fui seu conferencista, por todo
o território nacional, divulgando os propósitos do Movimento militar de 1964.
Dessa forma, atuei como propagandista na compreensão das razões do Movimento
militar de 1964. Andei pelo Rio Grande do Sul, por Mato Grosso, pelo Nordeste,
por toda parte.
No Rio de Janeiro, o Bina
Machado teve a coragem de encontrar-se com os estudantes do famoso CACO Livre
(Diretório da Faculdade Nacional de Direito) na Escola de Estado-Maior, e nos
colocou a debater com os estudantes de Direito, no auditório da Escola, no
antigo auditório, aquele maior, que até hoje está lá. Eu debatia com os
estudantes, mas era uma tarefa extremamente ingrata. Estávamos lá, basicamente,
o Sérgio Pasquali, o Ney Eichler e eu, que era aquele a quem ele mais acionava.
Discuti, debati muito e é quase inacreditável que o Bina Machado tenha
conseguido, realmente, algum sucesso. No fim, ele falava. Os estudantes
reconheciam alguma coisa. Saíam
irredutíveis, mas reconhecendo ser uma boa aproximação. Havia um ponto
de contato.
Depois, o Bina ‘inventou’ um
simpósio para aproximar os meios estudantis militares e os meios estudantis
civis. Imaginou um Simpósio de Educação e Segurança Nacional. O Bina fazia isso
com muita coragem, em plena Revolução, nos seus primeiros tempos, tempos de
enormes incompreensões.
Quando o Simpósio aconteceu,
no princípio do Governo Castello, o Comandante já era o General Reynaldo Mello
de Almeida, grande companheiro, que se fez solidário com o seu antecessor,
embora não estivesse muito de acordo com aquele arrojo. Estávamos reunidos na
Escola de Estado-Maior, professores civis e militares, de vários níveis, do
Colégio Militar, da Academia Militar e das várias universidades. Nesse Simpósio
nasceu a ideia do Projeto Rondon.
(...)
O Seminário prosseguiu e
nele nasceu o Projeto Rondon, que foi uma ideia do Professor Wilson Choeri –
hoje diretor do Colégio Pedro II – mais tarde apoiado por um oficial de
Cavalaria, e, depois, pelo Coronel Pasquale. Graças ao apoio do Ministro
Affonso de Albuquerque Lima, conseguiram viabilizar o Projeto, que se tornou um
grande êxito. Hoje, ainda existe com um outro nome” (General-de-Divisão Octávio
Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 69-71).
“Depois de terem estudado o
trabalho elaborado pelos grupos [da ECEME], fizemos uma reunião antes que
fossem apresentados a cada grupo e passassem a discutir, a debater as ideias
levantadas a respeito do Exército e da sociedade brasileira. O professor
Schoeri, mais ou menos refletindo a ideia de todos, disse o seguinte:
- Vocês têm uma oportunidade
extraordinária de conhecer o Brasil e a sociedade brasileira. Vocês perdem as
características regionais. Vocês não são mais gaúchos, cariocas, paraibanos.
Vocês passam a ser brasileiros, porque são constantemente transferidos, têm
filhos em diferentes lugares do Brasil, casam com uma mulher de outra região e
passam a ser brasileiros. Vocês têm uma visão de Brasil diferente da nossa.
Precisávamos fazer com que os civis corressem o Brasil e buscassem as outras realidades
de nossa terra.
- É uma ideia muito
interessante, vou levar esse problema ao General Bina – respondi ao Schoeri.
Comentei a ideia com o
General Bina, que me disse:
- Olha, Pasquali, vamos
fazer uma experiência, começar a levar estudantes universitários para conhecer
os outros brasis.
Sentamo-nos com o Schoeri e
elaboramos um projeto que foi chamado de Projeto Rondon, em homenagem ao
Marechal Rondon, um dos desbravadores do País, homem que percorreu todos os
brasis e procurou inserir, particularmente, o índio na sociedade brasileira.
Criado esses novo Projeto, nós, junto com a Universidade do Estado da Guanabara
– mudara o Comando para o General Reynaldo Mello de Almeida, que o apoiou
totalmente, e ainda autorizou alguns oficiais a se juntarem à Universidade –
preparamos um grupo de alunos para mandar para a Amazônia.
Foi o nascimento. Conheci o
Weber (Coronel Carlos Aloysio Weber) que estava comandando o 5º. Batalhão de
Construção (5º. BEC) – primeiro comandante do 5º. BEC – recém-instalado em
Porto Velho. Liguei-me com ele, autorizado pelo General. Perguntei se podia
receber uns trinta estudantes de várias universidades do Rio, para um trabalho
junto àquela população pobre da região onde ele estava construindo a estrada de
rodagem para substituir a Madeira-Mamoré (era a Guajará-Mirim/Porto Velho). O
Weber, um sujeito extraordinário, topou. (...)
Houve um episódio
interessante que deve ser registrado. Precisávamos de um avião para transportar
o pessoal. Solicitamos ao Coronel Mauro Costa Rodrigues, do Gabinete do Ministro,
para ver se conseguia um avião. O Chefe do Gabinete do Ministro era o General
Frota (Sylvio Couto Coelho da Frota). Quando ele soube do pedido, pelo Mauro,
proibiu, não queria o envolvimento com estudantes. Estudante fazia greve, fazia
muita confusão. Não queria que o Exército se misturasse com isso e, assim,
perdemos o apoio governamental, veja que coisa absurda.
Fomos, então, nesse dia, bem
tarde da noite, à casa do General Albuquerque Lima (Affonso Augusto de
Albuquerque Lima), que era Ministro do Interior, e expusemos a ele – que nos
recebeu até de robe – a ideia. Resposta: ‘Negativo, eu assumo isso. Vocês levem
essa turma amanhã ao meu Ministério’.
Telefonou, mandou vir um
avião do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para o Rio de
Janeiro e disse para o diretor do Departamento: ‘Esse avião vai ficar à minha
disposição durante bastante tempo, fará duas viagens a Rondônia para levar
estudantes’.
No outro dia, recebeu a
garotada toda e os professores lá no Ministério, que era localizado onde hoje é
o Museu do Índio, e fez uma exposição belíssima. A garotada se entusiasmou
sobre a Amazônia e essa foi a origem do Projeto Rondon. Foi a ‘operação zero’ ”
(Coronel Sérgio Mário Pasquali, Tomo 5, pg. 191-192).
“Com o Hélio Beltrão,
redigimos um decreto cirando o órgão de administração direta dentro do
Ministério do Interior: Projeto Rondon. O Mauro veio a Brasília com a garotada
que já o estava ajudando voluntariamente. Assistiram ao Presidente assinar o
Decreto, criando o Rondon, e o Rondon deslanchou. Isso é uma paralela que
enfeita muito essa narrativa, pelo valor que entendo ele teve no sentido de
proporcionar a 350 mil estudantes brasileiros a oportunidade de conhecer os
outros brasis, diferentes daqueles onde estudavam, onde tinham nascido.
(...)
E conseguimos fazer tudo
isso praticamente sem recursos. Por exemplo, a
Viação Aérea de São Paulo (VASP) nos doou quatro aviões. Um cidadão de Santa
Catarina – não me lembro, agora, o nome – doou um avião, um DC3. A Transbrasil
doou um DC3. Eu tinha uma frota de aviões, mas era uma frota de aviões que não
havia custado nada, porque fora doada.
Para a doação da VASP, fui
com o Costa Cavalcante a São Paulo. A VASP fez uma cerimônia, entregou os
últimos DC3 e todas as peças, desse avião, que mantinha em estoque. Deixamos os
DC3 no Campo dos Afonsos, no Rio, para serem pilotados pelos oficiais da FAB.
Havia um oficial da FAB no Conselho e ele fazia a escala de pilotos para os
DC3, distribuindo horas de voo para o pessoal – o aviador precisa voar. Contratamos apenas
três mecânicos aposentados da PANAIR e da própria FAB para cuidarem da parte
mecânica dos aviões. Pergunta óbvia: ‘E o combustível para as aeronaves?’ A
Petrobras fornecia. Tínhamos um cartãozinho. Parava num
posto da Petrobras, num aeroporto qualquer, e abastecia de graça” (Coronel
Sérgio Mário Pasquali, Tomo 5, pg. 199-201).
“Bandeiras
Agrárias”, o Projeto Rondon de Goiás
“Nos meios religiosos, em
especial entre os católicos, o comunismo também não encontrava guarida, em
virtude de sua filosofia materialista. Por esse motivo, entendo que a Igreja
Católica foi, inicialmente, uma grande aliada das Forças Armadas.
Vou relatar um caso vivido
em Goiás, que se relaciona com essa questão. O desenvolvimento agrário goiano
tinha por base a educação. Organizamos um programa intitulado Bandeiras
Agrárias, voltado para a juventude, que foi a matriz, o cerne do Projeto
Rondon. Na Capital do Estado de Goiás, havia muitos estudantes do interior. O
programa Bandeiras Agrárias consistia em preparar esses estudantes do interior.
O programa Bandeiras Agrárias consistia em preparar esses estudantes, para ministrarem,
em suas áreas de origem e durante os períodos de férias – quando retornavam às
suas localidades -, conhecimento agrário à população local.
Para alcançar tal objetivo,
organizamos diversos currículos para estudantes de Direito, de Medicina, de
Agronomia e de outras profissões, os quais aprendiam as matérias de sua
especialidade. Este projeto teve uma acolhida muito grande na Universidade
Católica de Goiás, onde tivemos como colaborador, um padre, professor da UFG,
que nos assessoraram na elaboração dos currículos e participava do zelo
didático que dedicávamos à boa apresentação desses programas aos estudantes”
(Coronel Petrônio Maia Vieira do Nascimento e Sá, Tomo 12, pg. 161-162).
Obs.
O Projeto Rondon foi criado pelo Decreto no. 62.927, de 28 de junho de
1968, dentro do princípio do Marechal Rondon “Integrar para não entregar”. Infelizmente, foi extinto pela MP no.
28, de 1999, durante o Governo Sarney. Ressurgiu timidamente durante o Governo
FHC, mediante Decreto no. 1366, de 12 de janeiro de 1995, com o nome de
Comunidade Solidária, sob os cuidados da primeira-dama Ruth Cardoso. O Projeto
Rondon foi extinto em dezembro de 2002, dando lugar ao Programa Fome Zero. Em
2005, o Projeto foi retomado pelo Ministério da Defesa. Cfr. os vários projetos
realizados desde então em https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Rondon.
Acesse
o Projeto Rondon no Facebook - https://www.facebook.com/projetorondonoficial/
F.
Maier
SERVIÇO
NACIONAL DE INFORMAÇÕES – SNI
SFICI
- embrião do SNI
“Eram dois impérios
dominando o mundo. O Brasil, pela sua posição geoestratégica, estava na área de
interesse e de influência do império dos Estados Unidos e era, também, área de
interesse da URSS – os dois impérios que dominavam o mundo. Eu vivia a
efervescência das prontidões. Vamos lembrar uma passagem do Presidente
Juscelino Kubitschek quando deu a volta ao mundo depois de ter sido eleito.
Nessa ocasião, nos Estados Unidos, o Presidente Eisenhower disse para ele: ‘Não
entendo como o Brasil, um País com a sua dimensão, um País continental, não
possui um serviço de informações de governo’. O Presidente Juscelino, ao chegar
e após ser empossado, chamou o Ministro da Guerra – Marechal Odylio Denys – e
deu a missão de criar um Serviço de Informações. Essa missão foi transmitida ao
seu Assistente que era o então Coronel Humberto de Souza Mello. Ele reuniu um
grupo de assessores e criou o SFICI (Serviço Federal de Informações e
Contrainformações), que funcionava no Rio de Janeiro. Posteriormente, mudaram o
nome para SNI (Serviço Nacional de Informações)” (General-de-Brigada Durval
Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10, pg. 154).
Na mesma entrevista, o
General Andrade Nery narra, em detalhes, a missão recebida pelo Núcleo da
Divisão Aeroterrestre, atual Brigada Paraquedista, de fazer um assalto à Base
Aérea de Canoas e, em seguida, partir para a tomada do Palácio Piratini, sede
do governo Leonel Brizola, o qual, por sua “Cadeia da Legalidade”, defendia que
o Vice-Presidente João Goulart assumisse a Presidência, após a renúncia de
Jânio Quadros, em 1961. Brizola incitava os militares, dizendo: “Sargentos do
Exército, matem seus oficiais”. Finaliza o depoimento, dizendo:
O império soviético que
queria dominar o Brasil não conseguiu êxito e, em consequência, não conseguiu
dominar a América Latina. O segredo foi a falta de apoio popular e a
centralização das ações, como falei no início, foi o Juscelino quem criou o SNI
– vou repetir – foi o Juscelino quem criou o SNI, com o nome de Serviço Federal
de Informações e Contrainformações. A missão foi dada ao Coronel Humberto de
Souza Melo, então assistente do Marechal Denys, Comandante do I Exército. O
Coronel Humberto reuniu os Majores Knaack, Souza Pinto, Hugo Abreu, Presgrave e
outros, no total de seis ou sete oficiais, que foram a Israel, à Alemanha, à
Inglaterra, aos Estados Unidos e à França, onde aprenderam tudo sobre
informações e contrainformações, em países considerados potências mundiais. E
tudo o que eles aprenderam, eles aplicaram no SFICI, que tinha a sede no Rio de
Janeiro, na Rua Uruguaiana, antigo prédio da Casa da Borracha. Começou ali.
Com a Revolução de 31 de
Março, mudaram o nome para SNI. As informações eram produzidas para o Governo.
Um governo bem-informado não erra, não diz que não sabe. Hoje, se critica muito
o SNI, mas agora é que os presidentes desinformados são surpreendidos com os
fatos. No combate à guerrilha, durante os governos militares, a centralização
do comando foi feita no CODI, que contava com os DOI – Destacamento de
Operações e Informações, então, vamos extingui-los, mas que permaneçam os CODI
e o SNI. Não fizeram isso, sabe por quê? Porque havia muita gente interessada
em que não houvesse mais o SNI para que não se apurasse a falcatrua, a
corrupção das elites” (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de
Andrade Ney, Tomo 10, pg. 189-190).
“Outra falácia que o autor
[Élio Gaspari] repete é sobre a criação do Serviço Nacional de Informações
(SNI). E aí há certa justificativa, pois o próprio Golbery dela se pavoneava e
muita gente até hoje a repete. O SNI surgiu por transformação do Serviço
Federal de Informação de Contrainformação (SFICI), criado no Governo de
Juscelino Kubitschek. Quando este visitou os Estado Unidos, o Presidente
Eisenhower manifestou-lhe sua preocupação com a crescente infiltração comunista
no governo brasileiro. Ofereceu-lhe assistência técnica para a criação de uma
agência equivalente à CIA, lá surgida no Governo Truman, em 1949. Juscelino
Kubitschek desconversou. Na visita ao Brasil, em fevereiro de 1960, Ike, além
de sugerir a Juscelino que reconsiderasse sua decisão anterior de romper com o
FMI, repisou sua antiga preocupação com a infiltração comunista no Brasil, o
que tornaria necessário um reforço nos órgãos de segurança. Como Juscelino
Kubitschek estava, naquele momento, interessado em reatar as negociações com o
FMI, concordou em criar a tal agência. Foram implantados o SFICI, bem como
Seções de Segurança Nacional nos ministérios civis – invenção atribuída à
‘ditadura’ por mal-informados -, todos subordinados à Secretaria Geral do
Conselho de Segurança Nacional (Moniz Bandeira, em ‘Brasil-EUA – a rivalidade
emergente’, Editora Civilização Brasileira – 1989, citado por Roberto Campos em
‘Lanterna na Popa’ pg. 283). O que o ‘feiticeiro’ fez, depois de ter chefiado o
SFICI durante o curto Governo de Jânio Quadros, foi moldá-lo e transformá-lo em
um instrumento de suas maquinações de ‘Fouché crioulo’. Para isso, levou com
ele o fichário de personalidades que tinha começado a organizar no SFICI,
segundo o próprio Gaspari escreveu no terceiro volume de seu ‘pentateuco’ ”
(General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 55-56).
“Lembro-me de que ocupamos o
Pão de Açúcar, interditando o ‘bondinho’, estabelecemos barricadas na entrada
da Praça General Tibúrcio e nos preparamos para defender a praia, no caso de
uma possível invasão por mar (fuzileiros navais0; o que me parecia pouco
provável.
A mim, que na ocasião era
Major, coube participar de uma dessas missões, integrando a equipe chefiada
pelo então Tenente-Coronel Diogo de Oliveira Figueiredo, encarregado de ocupar
as instalações do antigo SFICI (Serviço Federal de Informações e
Contrainformações), embrião do futuro SNI, que funcionava em um ou dois
andares, não me lembro bem, de um prédio situado na Avenida Presidente Wilson,
quase esquina da Avenida Presidente Antônio Carlos.
Entramos pelos fundos, à
noite, pois não sabíamos o que iríamos encontrar. Felizmente, as instalações
estavam desocupadas (acabavam de ser abandonadas) e pudemos ocupá-las sem
problemas.
Depois de alguns dias ali,
fui deslocado para as antigas instalações do Conselho de Segurança nacional, no
alto da ‘Casa da Borracha’, na Rua Uruguaiana, esquina da Presidente Vargas”
(General-de-Exército Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Tomo 10, pg. 30).
“No dia 1º. de abril fiz
parte de um grupo que ocupou o Serviço Federal de Informações e
Contrainformações (SFICI), uma espécie de SNI daqueles anos, que funcionava nos
altos da Casa da Borracha, esquina da Rua Uruguaiana com a Avenida Presidente
Vargas. Montamos uma operação para ocupar aquele órgão, mas quando chegamos lá,
não encontramos nada, ninguém. Depois de uns quatro ou cinco dias apareceu um
coronel com todos os fichários do SFICI: ele os havia levado para casa”
(Coronel Hélio Lourenço Ceratti, Tomo 13, pg. 185).
Comunista
com “cara humana”?
“Penso que é um ponto de
vista perfeitamente razoável ser antimarxista, mas, também penso, ser
compreensível que alguém seja marxista. Se existe alguém que seja marxista,
querendo expor suas idéias, e não desejando usar meios violentos, devo,
democraticamente, aceitar.
A intoxicação foi de tal
ordem que, entre nós, entre nossos companheiros, uma quantidade imensa de
pessoas admitiu que ser democrata era ser exclusivamente anticomunista. Até
hoje isso existe. Companheiros extraordinários que tive, peças importantíssimas
ao longo do regime militar, acreditavam que ser democrata é ser anticomunista.
Não é bem assim, praticar a democracia é também admitir que alguém possa pensar
em termos marxistas-leninistas.
Além disso, não podemos
deixar de aceitar que, se o marxismo gerou um regime monstruoso como o
stalinismo soviético, a pior das ditaduras, o marxismo também contribuiu para a
evolução social da humanidade. As democracias sociais europeias, o próprio
trabalhismo, tudo isso foi, um pouco, resultante das idéias marxistas, apenas
levadas como ideias, dessa forma contribuindo para a evolução do trabalhismo,
das relações entre patrão e empregado, e dos regimes democráticos. Pensar que
ser democrata é ser, exclusivamente, anticomunista, não passa de verdadeiro
barbarismo” (General-de-Divisão Octávio Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 68).
Pelo visto, os estudantes do
CACO foram bastante convincentes, ao expor suas ideias marxistas ao General
Octávio...
O General Octávio também faz
severas críticas ao SNI. Apesar de reconhecer a importância de um órgão de
informações, necessário em qualquer tipo de governo, tece críticas ao Órgão,
principalmente a partir do Governo Médici:
“Nenhuma instituição vive
sem um órgão de informações, seja ela militar, política ou empresarial. Tem que
haver órgão de informações; mas a exacerbação da informação e a intensa
utilização política desses órgãos geram distorções. A malha de informações foi
de grande extensão. O País foi ocupado pelo Exército, no tempo de Médici, sendo
Ministro o Orlando Geisel. Depois, foi ocupado pelo SNI. Tudo era SNI. Os
melhores cargos dentro das Forças Armadas destinavam-se aos egressos do Serviço
Nacional de Informações. Criaram-se agências por todo o País.
Todos os governantes eram
escolhidos com o, que ‘sinal verde’ do SNI. Isso não é regime militar, é muito
mais do que regime militar. Diria, numa expressão que tenho a coragem de citar
aqui: ‘foi um criptogoverno, ou seja, o governo invisível, o governo da
informação, governo no qual ninguém fazia nada sem o aval do órgão de
informação’. Essa situação começou ainda no Governo Médici, com o General
Fontoura; aumentou com o Figueiredo, que era o homem da total confiança do
Geisel, e que ampliou o SNI, cedendo-lhe meios poderosíssimos. Havia até
fábrica dentro do SNI (a ‘Prólogo’, que fabricava criptógrafos). Possuía
serviço de saúde próprio. Desfrutava de muitos privilégios.
Chegou-se ao paroxismo, no
próprio Governo Figueiredo. O Medeiros, Chefe do SNI, era como se fosse irmão
do Figueiredo, ambos egressos do próprio Serviço Nacional de Informações, que,
já tendo produzido dois presidentes, por que não fazer o terceiro? Seria seguir
a ordem natural das coisas, e o SNI chegaria a fazer o terceiro.
Digo e reafirmo, e repetirei
à exaustão: fomos além do militarismo, chegamos ao absurdo de 21 anos de
militarismo, e, afinal, à exacerbação de um criptogoverno, ou seja, o governo
do primado dos órgãos de informações, o governo do poder invisível. Não havia
qualquer transparência no Governo, de fora não se sabia nada do que poderia
acontecer” (General-de-Divisão Octávio Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 86-87).
Obs.
O
General Octávio Pereira da Costa faz afirmações categóricas sobre o comunismo.
Defende que se debata com um marxista, desde que ele não passe a usar meios
violentos para obter os fins desejados.
Ora,
não há possibilidade de um democrata discutir com marxistas, nazistas ou fascistas,
face aos bárbaros crimes contra a humanidade que governos com essas ideologias
cometeram.
F.
Maier
Divisão
de Segurança de Informações (DSI)
“Essas DSI e, também, as
Agências de Segurança de Informações, no interior dos ministérios, eram órgãos
lotados por pessoal do SNI. Trabalhei no SNI de 1979, quando fui para a
reserva, até 1988. Inicialmente, em Salvador e, a partir de 1984, na agência
central, em Brasília. Esse pessoal era de uma valia extraordinária, porque
pertenciam aos quadros do SNI. A gente tinha conhecimento real de tudo que se
passava no País através dos ministérios; algumas agências de autarquias, da
Petrobras, por exemplo, eram muito importantes. Isso, naturalmente, permitiu
que o Governo identificasse e prevenisse problemas. Mas o Collor acabou com
tudo. Depois, houve até uma tentativa, que não foi iniciativa do SNI, mas de
alguns ministros, de tentar reativá-las, porque os próprios titulares passaram
a se sentir mal-informados, sem saberem do que acontecia nos próprios ministérios.
(...)
Vou tomar a Petrobras como
exemplo. Até a existência da DSI, não se tem notícia de falcatrua na empresa.
Depois que foi extinta a DSI, volta e meia a Petrobras está no noticiário”
(Tenente-Coronel Ivan Pontes Laydner, Tomo 5, pg. 308-309).
No
Brasil, o ingresso nas Academias Militares é democrático. Sem “QI”, como nos
EUA.
“As nossas Forças Armadas
nunca constituíram uma casta, como em alguns lugares do mundo. Inclusive, o
General Aricildes Motta, que nos acompanha nesta jornada [coordenador das
entrevistas para a História Oral do Exército - 1964], privou comigo nos Estados
Unidos da América, onde tive a oportunidade de dizer aos companheiros das
Forças Armadas americanas o seguinte: ‘Para que um jovem seja admitido na
Academia Militar de West Point, na Academia Naval de Annapolis ou na Academia
da Força Aérea de Colorado Springs, tem que ser indicado por dois políticos com
assento no Congresso ou pelo Presidente da República, caso não seja filho de um
herói militar dos Estados Unidos. Entretanto, no Brasil, o processo é mais
democrático. O ingresso está aberto a todos os jovens brasileiros que sejam
aprovados em um concurso intelectual e realizado anualmente” (Vice-Almirante
Sérgio Tasso Vásquez de Aquino, Tomo 9, pg. 97-98)
DIRETÓRIOS
ACADÊMICOS & ESTUDANTES PROFISSIONAIS
“As entidades tachadas de
esquerdistas, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o CGT (Comando Geral
dos Trabalhadores), o PUA (Pacto de Unidade e Ação), a CNTI (Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Indústria), a CNTC (Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Comércio), logo após o início da Revolução de 31 de Março de
1964, ficaram desarticuladas durante algum tempo. Mas esse pessoal da esquerda,
os comunistas, eles não param jamais de trabalhar, então, eles podem levar uma
‘solapada’, uma derrota, mas eles buscam se reestruturar. Então, ficaram
desarticulados, mas não foi por muito tempo.
Em fins de 1965 e em 1966,
já estavam reestruturadas e organizadas algumas dessas entidades, a ponto de
entrarem num acordo de dividir os diretórios acadêmicos das faculdades entre o
Partido Comunista Brasileiro e a Ação Popular (AP).
O próprio professor Faria
Góes, que era Brigadeiro Médico da Aeronáutica da reserva e Diretor da
Faculdade Nacional de Filosofia, me disse: ‘O bloco democrático está muito bom
e a eleição quem vai ganhar é o representante do bloco democrático.’ Ele
acreditava nisso e eu o aviseri...
Eu só o chamava de
professor, que é muito honroso. Eu lhe disse: ‘Professor, quem vai ganhar lá na
sua Faculdade é uma representante da Ação Popular, é Maria Olívia Chagas e
Silva. Ela não precisava necessariamente ganhar a eleição para presidente.
Nesses órgãos, havendo uma ou duas figuras para convencer as outras, é o
bastante.’ Porque elas conduzem as outras. Não é preciso que um diretório tenha
todos os seus elementos comunistas, basta um ou dois que o levem a adotar
atitudes comunistas. Bastava, portanto, um ou dois porque eles são extremamente
atuantes. E, pelo menos, um, em cada diretório, era estudante profissional,
principalmente a partir de 1968” (Tenente-Coronel Orestes Raphael Rocha
Cavalcanti, Tomo 11, pg. 299).
“Gostaria de citar a minha
experiência pessoal quando testemunhei, na Faculdade, a maneira sórdida e
desonesta como os comunistas ganhavam as eleições para os cargos do Diretório
Estudantil. Cursei a Faculdade de Geografia da então UEG (hoje UERJ) no início
da década de 1960. Todos os Diretórios eram dominados pelo Partidão (PCB).
O curso era noturno. Na sua
imensa maioria, os rapazes e moças tinham compromissos na manhã do dia seguinte
e, tão logo as aulas se encerravam, saíam da Faculdade em demanda das suas
residências. Pois muito bem: as eleições eram invariavelmente marcadas para ter
início após a última aula. No início, o auditório estava repleto!
Os comunas, então,
inscreviam de 10 a 12 oradores, que se revezavam em arengas intermináveis,
falando sobre o sexo dos anjos, deixando transcorrer as horas, antes que as
eleições propriamente ditas se realizassem. Quem tinha obrigações na manhã
seguinte não aguentava e se retirava. Ficavam apenas os ‘estudantes’ comunas,
verdadeiros profissionais, provavelmente pagos para assim procederem, pois se
perpetuavam na Faculdade anos após anos. Tranquilamente, votavam a uma ou duas
horas da manhã e venciam as eleições! Uma verdadeira canalhocracia! (Os fins
justificam os meios!)” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg.
161-162).
Obs.
Até
hoje, o PC do B domina os diretórios acadêmicos, assim como a UNE e demais
entidades estudantis.
A
UNE tem a premissa de confeccionar carteiras estudantis -“Partido da
Carteirinha do Brasil - PC do B”, que havia sido suspensa pelo Presidente Jair
Bolsonaro, em Medida Provisória (MP), mas o Presidente da Câmara dos Deputados,
Rodrigo Maia, em conluio com o PC do B, deixou caducar a MP e manteve os cofres
do PC do B abarrotados de dinheiro.
Conheça
a armação de Rodrigo Maia em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/armacao-de-maia-com-pcdob-deixa-caducar.html.
F.
Maier
REVANCHISMO
NA CULTURA, NAS LIVRARIAS, NAS UNIVESIDADES, NA MÍDIA – ESPECIALMENTE NA REDE
GLOBO
“Quem
o inimigo poupa, na mão dele morre”
“A mídia está dominada pelo
que chamo de ‘a canalha’, comunistas-esquerdistas, recalcados e aproveitadores;
a essa gente não interessa destacar os acertos, pois a palavra de ordem é
mentir, caluniar. Sobre tudo que foi bom – silêncio total. A regra é denegrir.
Como diziam os caudinhos nos entreveros de 1893: ‘Quem o inimigo poupa, na mão dele morre’ ”
(General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 55).
“A mídia é um problema muito
sério para as democracias modernas. A primeira razão é que a mídia não é mais
um veículo de informações, mas um veículo de influência, de dominação, de
orientação da opinião popular. A mídia moderna acabou com a opinião pública.
Lembro que, quando jovem, escutava: 'a opinião pública toma posição’. Hoje, a
opinião pública não existe mais, existe a opinião do público, feita pela mídia.
Outro fenômeno curioso, parece que os jornalistas se articulam entre eles de
uma maneira, assim, meio implícita, não muito clara. Os noticiários são muito
semelhantes nos diversos jornais” (Deputado Federal Bonifácio de Andrada, Tomo
15, pg. 109).
“Os objetivos dos meios de
comunicação social são políticos, ideológicos e comerciais, enquanto o objetivo
dos militares se restringe à defesa da Pátria e à vivência dos valores
espirituais, morais e éticos da nacionalidade, que jamais poderão morrer”
(Coronel Luciano Moreira de Souza, Tomo 4, pg. 120).
O
império da Rede Globo de Televisão
“Convém lembrar que o
Governo do Marechal Costa e Silva, sentindo a necessidade do apoio da Imprensa,
houve por bem oferecer todas as facilidades para a criação, com dinheiro
americano, da Rede Globo de Televisão. Ainda tentei intervir, como membro do
Conselho Nacional de Telecomunicações (Contel), mas de nada adiantou: o
‘monstro’ foi criado e, mais adiante, voltou-se contra o criador. O Presidente
Figueiredo ainda tentou, no seu governo, criando novas redes de televisão,
diminuir o poder da emissora que se concedera à família Marinho, hoje o maior
colégio eleitoral do País” (Tenente-Coronel Artur de Freitas Torres de Melo,
Tomo 12, pg. 207).
“A mídia é um capítulo à
parte. Está sempre voltada para o detentor das grandes promoções, das grandes
propagandas, dos grandes recursos.
A Rede Globo de Televisão
foi muito apoiada pela Revolução. Os laços de amizade do Roberto Marinho com o
Figueiredo vêm desde a época em que este era tenente, quando o Roberto ia
cavalgar na Escola Militar do Realengo.
(...)
A Rede Globo era o Roberto
Marinho, razão por que digo Rede Globo. Ela se beneficiou de um acordo feito
com uma empresa americana – não me recordo agora o nome – para trazer material
de televisão. Recebeu, era necessário, o aval do ministro das Comunicações.
Então, a Rede Globo foi beneficiária da Revolução e o Roberto Marinho retribuía
com elogios à mesma” (General-de-Divisão
Geraldo de Araújo Ferreira Braga, Tomo 2, pg. 107).
Obs.
A
empresa americana a que se refere o General Braga é a Time-Life – cfr. https://memoriaglobo.globo.com/acusacoes-falsas/caso-time-life/#:~:text=A%20inaugura%C3%A7%C3%A3o%20da%20TV%20Globo,com%20o%20grupo%20Time%2DLife.&text=A%20quest%C3%A3o%20foi%20levada%20ao,processo%20para%20investigar%20o%20caso.
F. Maier
“Consta
que determinado empresário, líder de um império jornalístico passou a vergastar
a Revolução por ter seu interesse de importar um iate, desobrigado de impostos
e obrigações, sido contrariado pelo Ministro da Justiça com aprovação do
Presidente Figueiredo. Adquirimos, por isso, um ferrenho inimigo.
Atualmente,
o jornalismo ideológico, maiormente a serviço da esquerda, penetrou na maioria
dos órgãos de comunicação. Isso se constata facilmente. Antes atuavam
disfarçadamente, mas, hoje, agem sem pejo-171” (Coronel Godofredo de Araújo
Neves, Tomo 7, pg. 170-171).
“Quando (cursava a Escola de
Estado-Maior), perguntei a um amigo instrutor de Comunicação Social, na época,
Tenente-Coronel Alceste Guanabarino, da minha turma, já falecido, por que
Roberto Marinho deixava que os esquerdistas se infiltrassem em seu jornal. Ele
me respondeu que conversando com o empresário que visitava o Comando do I
Exército, ele afirmara que quem sabe fazer jornalismo era o pessoal de
esquerda, o que não podia deixar de ser considerado pela direção de um jornal.
O senhor Roberto Marinho é
um dos grandes males deste País, na minha opinião” (Coronel Henrique Carlos
Guedes, Tomo 3, pg. 258).
“Uma nação que não honra
seus vultos históricos, que não respeita as suas tradições e não reverencia seu
passado de lutas, pode desaparecer. É o que está acontecendo hoje: um caderno,
feito pela TV Globo, com a pretensão de livro de História, diz o seguinte:
‘Vários movimentos de liberdade foram abafados por homem chamado Luís Alves de
Lima e Silva, a quem deram, de favor, o título de Duque de Caxias’. Querem
desfigurar a imagem de Caxias, que lutou pela unidade nacional e, como
extensão, aviltar as Forças Armadas” (General-de-Divisão Francisco Batista
Torres de Melo, Tomo 4, pg. 71).
“Outro ponto de fricção com
os meios de comunicação foi a criação do SNI. A imprensa não aceitou a ideia da
existência de um órgão do Governo que, em alguns setores, estava mais bem
informado do que ela. Para completar, a mídia detesta as regras de sigilo, com
exceção daquelas que protegem os seus informantes. Em resumo, estas são algumas
das causas do nosso fracasso no trato com a opinião pública. Some-se a estas
causas o nosso amadorismo e por vezes a nossa incompetência para atuar na
complexa área da comunicação social” (General-de-Divisão João Carlos Rotta,
Tomo 8, pg. 153).
“Minha filha – dou meu
testemunho – que era estudante do Curso de Serviço Social na Universidade
Estadual do Ceará – onde, durante vários anos, fui professor da cadeira de
História do Ceará – numa ocasião, disse-me: ‘Paizinho, muitas pessoas pensam
que o senhor é um algoz, que o senhor maltrata as pessoas’. Quer dizer, esses
meninos, esses jovens têm uma visão totalmente distorcida da realidade”
(Tenente-Coronel José Carneiro da Cunha, Tomo 4, pg. 215).
“Em pleno regime militar, as
livrarias estavam encharcadas de livros esquerdistas e grande parte dos livros
ideológicos publicados eram livros comunistas; livros anticomunistas quase não
existia. Foi publicado na década de 1960 um livro escrito por um russo, Victor
Kravchenko, ‘Eu Escolhi a Liberdade’, que descrevia a dura realidade da Rússia.
Esse livro foi combatido e evitado por grande número de livrarias, aqui no
Brasil. Era preciso distribuí-lo nas ruas, porque as livrarias se negavam a
vende-lo, sendo que foi um best seller
mundial.
Então alertamos várias vezes
os generais de que era preciso atuar, também, no campo ideológico, porque os
professores universitários e todos aqueles que dirigiam o pensamento brasileiro
– jornalistas, poetas, artistas, escritores, músicos etc. – eram de esquerda.
Durante todo o governo militar eles agiram e acabaram triunfando; talvez não
politicamente, mas ideologicamente triunfaram, porque o pensamento de esquerda
realmente acabou preponderando no Brasil. A imprensa e os livros continuaram
difundindo as ideias da esquerda, as músicas de Geraldo Vandré, Chico Buarque e
Vinícius de Moraes eram comunistas e dominaram naquele tempo e continuam, ainda
dominando, até hoje. Infelizmente, a inteligentzia
brasileira continua de esquerda. Temos que reconhecer: a Revolução de 1964
venceu política e militarmente, mas ideologicamente a esquerda venceu e isso é
lamentável” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 299-300).
“Vou explicar para os
senhores uma coisa inacreditável, esse livro – ‘Mercado Livre numa Sociedade
Cristã’ – publiquei nos Estados Unidos, Portugal, Espanha e por que não o
publiquei no Brasil? Simplesmente porque as livrarias não aceitam pô-lo nas
estantes. Procurei a Saraiva, a Siciliano e, mesmo abrindo mão da minha parte
na venda do livro, responderam ser o tema do meu livro polêmico e que achavam
melhor deixar para mais tarde” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 302).
“Quando Lula foi candidato,
a federação de jornalistas, pela primeira vez, fez uma pesquisa: quase 80% da
classe votavam no Lula. Depois que criaram essas tais escolas de comunicação,
quase todas dominadas pelo PT, as redações se encheram de críticos que antes
não havia. Então, começaram as difamações, as calúnias que não havia antes:
‘ditadura militar’, ‘golpe’, agora com maior insistência. Como estão observando
o fracasso do poder civil e não querem a volta dos militares, procuram jogar a
opinião pública contra as Forças Armadas, com todos os depreciativos que o
ranço ideológico e a ignorância da História lhes inspiram” (Jornalista
Themístocles de Castro e Silva, Tomo 4, pg. 283-284).
“Cometemos alguns erros, por
exemplo, na Universidade de São Paulo. Na verdade, era uma ‘pinimba’ entre o
Ministro da Justiça e aquela gente, pois nunca fomos um centro ativo. Era um
esquerdismo romântico, alguns nunca foram da esquerda e, depois se apresentaram
como tal, porque parecia que era elegante ser esquerda. Na USP se cometeram
muitos erros, exageros. Como em todo movimento dessa natureza, alguns
interesses espúrios interferem e, então, realmente geraram uma intervenção na
USP, que foi, afinal, um equívoco. Não havia nenhuma necessidade de perpetrá-la.
São os acidentes do processo que se estava vivendo. Não se trata de
justificativa, apenas uma constatação.
Mas, como disse antes, isso
tudo um dia será trazido à tona. A história já está começando a ser resolvida,
e as pessoas ficam muito tristes, principalmente os orientadores, começam a
ficar furiosos com os orientados, porque a verdade que emerge da pesquisa
histórica, feita com uma relativa isenção, é de que os defeitos são um pouco
menores e as virtudes um pouco maiores. Estou absolutamente convencido, pois a
história, até agora, tem sido feita pelos que foram vencidos. Aos poucos ela
vai ser relativizada – não existe verdade histórica – e, então, os exageros
serão identificados” (Deputado Federal Antônio Delfim Neto, Tomo 5, pg. 160).
“Essa batalha [no campo da
comunicação social] foi perdida, isso é inquestionável, é uma verdade. Agora,
perdemos porque houve uma estratégia inteligente, eficaz, por parte das
esquerdas. Tudo começou em 1975, 1976 quando as esquerdas deliberaram que
deveriam infiltrar seus simpatizantes nos cursos de comunicação social. Aí
começaram a formar os jornalistas que passaram, logo em seguida, a ocupar
cargos em funções de destaque nos diversos periódicos com a obrigação, o
compromisso de trazer para o corpo desses órgãos, jornais e revistas, os
simpatizantes que estavam saindo das faculdades.
Além desse fluxo de apoio
entre eles, desse acordo entre os jornalistas de esquerda, existia o
patrulhamento ideológico. Esse patrulhamento funcionou na imprensa, na cultura
e no meio artístico. O jornalista que não fosse favorável, era marginalizado; o
artista que não se pronunciasse também favorável, perdia os contatos” (Coronel
Renato Brilhante Ustra, Tomo 5, pg. 258-259).
“Qualquer conflito deixa
profundas sequelas, tanto do lado perdedor quanto do lado vencedor. Faço uma
comparação entre a postura da mídia com relação ao Médici e com relação a
Tancredo Neves. Tancredo Neves, que conheci em São João Del Rei, quando
comandei aquela cidade, era uma pessoa muito boa, com um papo agradável e que
não fazia mal a ninguém. Sem dúvida, um político mineiro, passou a vida inteira
dando emprego, ajudando seus correligionários, nada mais fez do que isso. No
entanto, morreu como se fosse um herói nacional, só que não fez nada de
extraordinário pelo País. E o General Médici, que enfrentou a guerra subversiva
e deixou o País em uma situação econômica admirável, oitava economia do mundo,
Produto Interno Bruto crescendo 14% ao ano, a mídia insiste em cuspir no túmulo
dele. É uma das maiores injustiças do País” (Coronel Marnio José Signorelli
Teixeira Pinto, Tomo 7, pg. 226).
“Os nossos bacharéis foram
orientados a comungar somente de ideias socialistas. Paulatinamente, de 1985
para cá, foram assumindo postos-chave, foram dominando a mídia, que é a maior
formadora de opinião pública. É o elemento principal, o braço poderoso que não
deixa que o outro lado seja mostrado. Não permite que se fale bem da Revolução. O
patrulhamento, muito pelo contrário, só dá espaço aos que falarem mal,
procurando sempre massificar a opinião pública. Por exemplo, o caso do
Riocentro. Já, por duas vezes, tentaram reabrir o processo... Por que não vão
reabrir o caso da bomba do Aeroporto de Guararapes?
Com aquele atentado,
ocorrido em Recife, com várias vítimas, com mortos e feridos, não estão
preocupados. Mas se preocupam com a bomba do Riocentro que não causou mortes em
nenhum contrário.
Não há ninguém preocupado
com aquele caminhão que foi lançado contra o sentinela que morreu [Sd Mário
Kozel Filho], lá em São Paulo, no quartel do II Exército. Ninguém quer reabrir
aquele caso!” (Coronel Hamilton Otero Sanches, Tomo 9, pg. 346).
Boa
notícia não vende jornal
“Acho que a imprensa continua
a dizer o que quer e o que não quer, dentro daquela teoria de que a boa notícia
não vende jornal, o que vende jornal é o escândalo, é a notícia que afronta.
Isso me foi dito por um
jornalista credenciado lá em São Paulo, o Abrãozinho. Quando o DOI de São Paulo
estourou um aparelho do Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde eles tinham
cárceres privados, escondidos atrás de paredes, falsas paredes, ele me disse:
‘Ora Maciel, isso vende jornal hoje, amanhã já não vende, mas se fosse ao
contrário, se vocês tivessem matado um deles, aí, teríamos uma semana de
notícias.’
Então a imprensa pensa
assim, o escândalo deve ser noticiado durante bastante tempo. Uma boa notícia
só rende se tiver desdobramentos ruins. Exemplo: a polícia matou alguns
bandidos, vai ser notícia, porque vão começar a combater a polícia porque matou
e não se deve matar bandido, principalmente se o bandido, embora perigoso, for
menor...” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 156-157).
Graças
à Revolução, existe o Império Globo
“Um dos grandes beneficiados
pela Revolução foi o senhor Roberto Marinho, das Organizações Globo, por isso
nos apoiou nos vinte anos em que ela durou; depois, nos deu as costas. Em um
dos últimos dias de março de 1964, o Almirante Aragão entrou na redação dele, com
fuzileiros navais, para fechar o jornal O Globo. Testemunha disso? É o capitão
da Aeronáutica que hoje é casado com a sobrinha do Roberto Marinho. Pediu
demissão da FAB. Chama-se Luís Paulo Jacobina Vasconcelos. Esse foi um dos que
teve a metralhadora apontada na cabeça. Se, realmente, o outro lado tivesse
ganho, não existiria o ‘Império Globo’. No entanto, o que fazem hoje conosco?
Acho uma covardia que, ao mesmo tempo que nos massacram, não nos dão a chance
de defesa, porque não abrem espaço para nada” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez
de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg. 415).
Repórter
“comuna” leva invertida de General
“Comandei a 5ª. Região
Militar e, normalmente, após as solenidades a que eu comparecia, era procurado
pela imprensa de Curitiba; não me negava a atendê-la. Em um ‘Dia do Soldado’,
no final da cerimônia, uma repórter, conhecida ‘comuna’, acho que trabalhava no
O Globo, fez a seguinte pergunta:
- General, quando os
militares voltarão para os quartéis?
- Ué, minha filha, você não assistiu
à formatura? Todos os militares estão dentro do quartel, todos aqui – respondi
de pronto.
Ela deu uma risadinha, e eu
prossegui:
- Quando é que nós saímos do
quartel?
- Em 1964.
- Então me responda: Quem
proclamou a República no Brasil?
Foi o suficiente para uma
risada geral dos outros repórteres. E arrematei:
- Em todos os acontecimentos
importantes por que passou nosso País, os militares estiveram presentes, eles
são parte da Nação. Depois voltam para os quartéis.
E é assim que eu interpreto
essa questão” (General-de-Exército Ruy de Paula Couto, Tomo 13, pg. 46).
A
Grande Farsa de Caco Barcellos
“Eles só ouvem uma versão da
história, que contra nós, porque não há acesso a outro tipo de informação. Esse
bombardeio tem sido diário, principalmente da Rede Globo, que passou vinte anos
ano nosso lado, mudando em 1985, quando deixamos o Poder.
Tivemos o caso de um prêmio
dado ao jornalista Caco Barcellos – prêmio Embratel e depois o prêmio Líbero
Badaró – montado em cima de uma farsa. Um soldado, desertor do Exército, fala
que participou do assassinato de dois terroristas e quem os matou teria sido um
coronel do Exército. Não foi dado o nome de ninguém. Foi feito um levantamento
e provado que era mentira – esses dois terroristas morreram num acidente de
carro em Vassouras. Colocou-se na Internet as certidões de óbito assinadas por
dois médicos, atestando que eles morreram em consequência da explosão, em
decorrência do acidente. Além de vários livros da esquerda, como a ‘Revolução
Impossível’, do Luis Mir, e ‘Combate nas Trevas’, do Gorender, afirmarem que
eles iam praticar uma ação terrorista, mas bateram na traseira de um caminhão e
explodiram. No entanto, esse jornalista recebeu um prêmio por uma farsa
montada, totalmente montada. Este fato foi rebatido, mas não na grande
imprensa. Protestaram o Professor Olavo de Carvalho, o jornalista Paulo
Martins, da Gazeta do Paraná, e mais um jornalista do Rio Grande do Sul,
chamado Diego Casagrande que, também, de alguma forma, divulgou o embuste na
coluna dele. Mas não tiveram a devida repercussão. O prêmio foi mantido. Foram
mandados ofícios para Embratel protestando, mas, até hoje, a empresa não tomou
providência nenhuma.
Na minha opinião particular,
o Exército foi duramente atingido nisso. Opinião minha! Teria que partir do
Comando do Exército uma reação em relação ao jornalista Caco Barcellos, porque,
além de tudo, ele falsificou um documento do Exército sobre a apresentação
desse desertor, lá em Maringá. Ele falsificou o documento, apresentou o documento
falso, após a deserção, porque a intenção desse soldado – Valdemar Rodrigues –
era receber uma indenização, como todos eles estão recebendo, pelo tempo que
ficaram afastados do Exército. O documento é falso, está tudo documentado.
Existem os documentos verdadeiros. E continua premiado e impune este jornalista
falsário e farsante” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva,
Tomo 10, pg. 410-411).
“Não sei se estão lembrados
de uma reportagem de um tal de Caco Barcellos, um repórter da Rede Globo, em
que ele conta uma história fantástica de um ex-soldado que participava das
ações do SNI e que presenciara um coronel entrar em uma sala e matar um casal
com tiro na nuca. Nós levantamos aquilo. É a maior mentirada. Esse ex-soldado
era desertor do Exército, onde não ficou oito meses. O casal assaltou um carro
pagador junto com o atual Ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira e fugiram
com o dinheiro do assalto. Aliás, o dinheiro ficou com o Aloysio.
Esse
casal e o atual ministro, naquela época eram, portanto, assaltantes? [entrevistador]
Eram. Na época, o Aloysio,
que hoje é ministro, era assaltante, era terrorista. Chegou a ser motorista do
Marighella, o homem da cartilha da guerrilha urbana.
Já
é ex-ministro. [entrevistador]
Ele saiu, vai ser candidato
a deputado, agora.
Esse casal, fugindo para
Minas Gerais, perdeu a direção do carro, entrou debaixo de um caminhão e esse
Caco Barcellos montou uma série de histórias mentirosas. Entregamos os dados ao
Olavo de Carvalho, que preparou um artigo muito bem escrito, mostrando a grande
farsa. Corre o tempo e o tal Caco Barcellos recebe o Prêmio Embratel de
Reportagem, por esse trabalho. É brincadeira!
Aquele conhecido comunista
Evandro, fichado, de O Globo, morreu
deixando de providenciar para que a documentação, que lhe foi entregue, fosse
levada ao Caco Barcellos, o o desmentido não ocorreu. Agora, o Roberto Marinho,
que viveu nas tetas da Revolução, não manda mais no O Globo; quem manda é o Márcio Moreira Alves e outros.
Infelizmente, há coleguinhas nossos amigos do Márcio Moreira Alves. São
inocentes úteis ou idiotas?!” (Tenente-Coronel Odin Barroso de Albuquerque
Lima, Tomo 11, pg. 278-279).
Obs.
Sobre
o assunto, leia “A Grande Farsa de Caco Barcellos”, de autoria do Coronel José
Luis Sávio Costa, Oficial de Inteligência do Exército:
https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/a-grande-farsa-de-caco-barcellos-por.html
F.
Maier
Escritores
tentam reescrever a História do Brasil
“Fomos e somos um fracasso
em termos de comunicação social. A história é a que eles querem que seja
contada e pronto. Ninguém sabe absolutamente nada diferente; a não ser que se
interesse e vá procurar. Esses são poucos. Muito poucos. Poucos mesmo.
A
última edição da revista Veja noticiou o lançamento de uma nova versão da
Guerra do Paraguai (Maldita Guerra – Doratioto, Francisco Fernando). Antes, o
professor Chiavenatto (Júlio José) escreveu o livro: Genocídio Americano: A
Guerra do Paraguai, quando inverteu a história daquele conflito, revanchismo
puro. Agora, a Maldita Guerra é um pouco diferente.
[entrevistador]
Vou aproveitar o seu
comentário para relatar um fato ocorrido em 1992 com um escritor
mato-grossense. Conversei com ele na ocasião que lançava um livro, na
Assembleia Legislativa do Mato Grosso, destruindo documentalmente todas as
inverdades apresentadas na obra Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai. Isso
aconteceu há dez anos e até hoje a mídia exerce um férreo patrulhamento sobre
esse escritor mato-grossense, fazendo com que o livro do Chiavenatto seja o
mais comentado sobre a Guerra do Paraguai” (General-de-Brigada Arlênio Souza da
Costa, Tomo 13, pg.
Obs.
Leia
texto do Instituto Liberal sobre a Guerra do Paraguai - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/a-guerra-do-paraguai-e-predilecao.html.
Como
exemplo de outra infâmia de revisão histórica, envolvendo os pracinhas da FEB, podemos
citar o filme “Rádio Auriverde”, de Sílvio Back, natural de Blumenau, SC – cfr.
https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/radio-auriverde-o-filme-mais-odiado-da.html.
F.
Maier
A
TVE do Rio de Janeiro foi dominada pelo MR-8
“Deixei de fazer um programa
sobre a defesa do consumidor, na TVE (Televisão Educativa), porque foram me
perguntar sobre a Teologia da Libertação. De início, não quis responder por ser
matéria totalmente estranha ao programa. Estava há dois anos no ar respondendo
‘ao vivo’ às perguntas dos consumidores de todo o Brasil. Atendíamos cidadãos
que eram enganados, vilipendiados, vítimas de fraudes, de estelionatos, na
compra de produtos eletrodomésticos, remédios, negócios, enfim. Dávamos
conselho, enquadramento jurídico para que essas pessoas pudessem se defender.
Mas a TVE foi dominada pelo
MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Certamente, aquilo era uma
armadilha para me expulsar de lá. Diante da minha recusa em responder,
começaram a provocar: ‘Mas o senhor não tem opinião sobre a Teologia da
Libertação? O senhor tem medo de dar a sua opinião?’ Acabei por dizer: ‘Não
tenho medo de nada. Vou dar a minha opinião. Se é isso que vocês querem, tudo
bem’. Passei a explicar a minha opinião sobre a Teologia da Libertação.
(...)
Expressei na TVE,
ostensivamente, como é do meu feitio, a minha convicção sobre a Teologia da
Libertação. Disse que era uma contradição, uma desonestidade intelectual. No
dia seguinte, emissário da própria diretoria, os diretores não se dignaram a
vir falar comigo, trouxe o recado de que as minhas ideias estavam incompatíveis
com o espírito da direção da TVE e, por via de consequência, o meu programa
estava encerrado. Disse-lhe: ‘Não é surpresa para mim, esperava por isso’, e
repeti aquela célebre frase de Cambronne, quando cercado, sem ter mais condições para uma retirada
estratégica. Ele disse: la garde meurt
mais ne se rend pas ‘A guarda morre mas não se rende’. Retirei-me e nunca
mais voltei” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo
10, pg. 248-250).
“Vou contar um episódio, na
citada TVE, em que acabei por me indispor. Estava num programa de entrevistas,
ao lado de outras pessoas, entre as quais esse cantor Ney Matogrosso. A
pergunta do âncora do programa, o entrevistador, foi a seguinte: ‘Que o senhor
faz, quando chega em casa depois do trabalho’. As respostas do entrevistador
eram simples: ‘vou tomar banho’, ‘vou ler o jornal’ etc. Eu disse que ia ler,
alguma leitura atrasada, ou descansar um pouto. Ele, com o maior cinismo, o
programa era vespertino, disse assim: ‘Ah! Eu chego em casa muito tenso. Fumo
um ‘baseado’, um cigarrinho de maconha, para me sentir bem’. Eu me levantei e
disse: ‘Protesto! Aqui é uma emissora do governo. É lamentável. Fumar maconha é
crime e esse senhor está fazendo a apologia do crime. O senhor deveria sair
daqui preso’. Ele disse: ‘O que é isso, Nina, você está perdendo a esportiva”.
‘É isso mesmo! Tem adolescente assistindo ao programa, meus filhos, e devo
protestar. O senhor é um cantor, galvaniza multidões, e está dando um mau
exemplo. Além disso, utiliza um meio de divulgação que pertence ao Governo para
fazer apologia do uso da maconha. O senhor sabe que isso é crime?’ O programa
não pôde continuar” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro,
Tomo 10, pg. 270).
Obs.
A
TV Educativa era uma emissora do Rio
de Janeiro mantida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto. A
TVE foi fundada em 1975 e extinta em 2007 pelo Presidente Lula. Em seu lugar,
foi criada em 2007 a TV Brasil, do Executivo
Federal.
F.
Maier
“Sobre a mídia, poderia
invocar o que disse a respeito da Igreja. Existiu de vários matizes; vários
jornais e várias formas de ver a situação. Havia jornalistas brilhantes,
idealistas, sinceros, da categoria de Flávio Cavalcanti, por exemplo, que
apoiou o Movimento. Sabia a origem e os fins visados pelo glorioso Movimento de
1964. Outros optaram por ficar ‘em cima do muro’. São jornalistas que procuram
ver ‘para que lado o vento vai soprar’, onde poderia dar maior vantagem e
tombar para este lado. São utilitaristas. Um outro grupo foi formado com os
empedernidos e intoxicados pela ideologia comunista, redivivos pela comunhão
das ideias de Antonio Gramsci.
Este último grupo continua a
infiltrar-se na mídia, e o que foge ao credo marxista procura omitir, negar e
deturpar. As legítimas conquistas da Revolução são, simplesmente, afastadas.
Para falar dos tempos atuais, há poucos dias fiquei revoltado com as invasões
desaçaimadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), seguindo
cartilhas, com grande apoio do Foro de São Paulo. Lamentavelmente, vemos a
imprensa muito infiltrada.
O MST tem ligações com as
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), movimento revolucionário sem
escrúpulos. Abrigou, por exemplo, Fernandinho Beiramar. Usa o tóxico, o sequestro
e outras formas para angariar recursos para comprar armas, objetivando mudar o
governo de um país, ou, até, de toda a América do Sul” (Doutor Emílio Antonio
Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 255).
Professores
e jornalistas se revoltam quando passam a pagar imposto de renda
“O sistema tributário, além
de injusto, pois tributava ganhos ilusórios, mostrava-se obsoleto. Ainda
existia o imposto do selo, que previa a colagem de selos ou estampilhas nas
notas fiscais das empresas. Isto gerava sonegação e problemas para as empresas,
pois era comum faltarem estampilhas nas ‘praças’, inclusive em cidades domo a
do Rio de Janeiro. Os profissionais liberais, de um modo quase geral, não eram
cadastrados pela Receita Federal e, portanto, não pagavam o imposto de renda.
Aliás, os direitos de autor e as remunerações de professores e jornalistas eram
isentos de todos os impostos, conforme Art. 203 da Constituição de 1946. A
Emenda Constitucional no. 9, de 22 de julho de 1964, alterou este artigo, acabando
com a isenção do imposto de renda, primeira razão para que a grande maioria
daqueles que integravam estas duas categorias se posicionasse contra o
movimento revolucionário, desde o seu início praticamente” (General-de-Divisão
Luiz Augusto Cavalcante Moniz de Aragão, Tomo 12, pgl 94).
“A mídia atual se encastela
nessas aleivosias contra o Movimento de 1964, por puro ‘revanchismo’,
ignorância ou má-fé. Os governos militares acabaram com certos privilégios da
mídia, como por exemplo: isenção de imposto de renda para jornalistas e
aposentadoria por conta do Estado. Outra mudança foi o fim das transferências
maciças de recursos, feitas pelos governos anteriores, para propaganda. Os
governos da Revolução não faziam propaganda. Desse modo, a mídia teme uma outra
intervenção militar e volta-se contra a Revolução, em defesa de seus interesses (Engenheiro João Paulo Simões Accioly de
Carvalho, Tomo 12, pg. 290).
Violência
no Rio de Janeiro, obra-prima de Leonel Brizola
“O senhor Leonel Brizola é o
grande culpado pelos altos índices de criminalidade em nosso Estado. Quando
Governador, deu ordem à polícia para não perseguir os traficantes, assassinos e
ladrões que se dirigissem para alguns morros, sabidos por todos. Portanto,
permitiu a criação e consolidação de verdadeiros santuários da criminalidade.
Enquanto os bandidos
continuam armados, possuem armas até de grosso calibre, capazes de derrubar um
avião, surge esse movimento de sonhado pacifismo. O homem de bem não tem que
escrever pela cartilha dos covardes, mas reagir a um assalto, é claro, se tiver
meios para isso. Não aceito quererem desarmar a população civil, não obstante
ela deseje ter a sua arma em casa, registrada e legítima, para defender-lhe a
família e a incolumidade física.
Desde tempos imemoráveis
existe esse instituto que o próprio Cícero, em Roma, falava: non scriptased natalex. Quer dizer, a
legítima defesa não é uma lei escrita; é inata da condição humana. Como poderei
exercer a minha legítima defesa contra um assaltante armado se não tenho arma?
Essa ideia tem provocado muitas críticas de pessoas avisadas e de professores
de direito. O homem de bem não pode mais estar armado para se defender, em
legítima defesa” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro,
Tomo 10, pg. 256-257).
Anos
de chumbo, nada; foi uma “revolução anti-hemorrágica”
“Uma Revolução, como a
nossa, que, dos dois lados, em vinte anos, não morreram quinhentas pessoas, não
tem nada parecido com ditadura, nem ‘anos de chumbo’. ‘Anos de chumbo’ são os
de agora, quando este número de mortos acontece em apenas duas semanas nas
cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Se for fazer uma estatística, aqueles
que morreram ligados à luta armada – trezentos, entre terroristas e
guerrilheiros – durante os vinte anos do período revolucionário morre por
semana em São Paulo e no Rio de Janeiro nas mãos dos bandidos. Que ditadura foi
essa? Talvez tenha sido o grande mal – ter sido uma revolução
‘anti-hemorrágica’. Muito democrático para o meu gosto. A revolução que é
‘anti-hemorrágica’ não se perpetua. Aqui, as nossas conquistas têm sido sem
derramamento de sangue, como na Independência do Brasil. Não há um sentimento
de pátria, um sentimento de luta por ideais nossos, que o brasileiro precisa
ter. As escolas deixaram de ensinar o Hino Nacional, o Hino à Bandeira. Na
nossa época, o professor entrava, ficávamos de pé. O Hino era cantado
diariamente. Hoje, não. Eles fazem o que querem: agridem o professor, tem que
se pedir segurança porque as escolas são invadidas por traficantes, por
bandidos, por tudo que é malfeitor. Isso é democracia? Para mim, isso é
ausência do Poder, é anarquia!” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes
da Silva, Tomo 10, pg. 413).
Por
que “anos de chumbo”?
“Valendo-me do livro ‘A
Grande Mentira’, página 396, do General Agnaldo Del Nero Augusto, que dispensa
apresentações, mostro, aqui, um relato concernente à morte do Major José Toja
Martinez Filho, que mostra um exemplo de como agiam os terroristas nos chamados
‘anos de chumbo’.
Eles começaram mandando
chumbo e, por isso, levaram chumbo.
‘No início de abril, a
Brigada Paraquedista recebeu a denúncia de que um casal de subversivos ocupava
uma casa localizada na Rua Niquelândia, 23, em Campo Grande, RJ. Não desejando
passar esse informe à 2ª. Seção do I Exército sem o aprofundar, a 2ª. Seção da
Brigada decidiu montar uma campana, a
fim de confirmá-lo.
No dia 2 de abril, uma
equipe da 2ª. Seção da Brigada, chefiada pelo Major Martinez, montou um esquema
de vigilância sobre a residência. Por volta das 11 horas da noite, um casal
chegou em um táxi, estacionando-o nas proximidades. A mulher ostentava uma
volumosa barriga aparentando adiantado estado de gravidez.
Julgando que o casal nada
tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de
solicitar ao casal que se afastasse daquela área. Impelido por seu conhecido
sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente, na intenção de preservar a senhora de possíveis riscos: ela poderia
ficar, a qualquer momento, no meio de um fogo cruzado.
Ato contínuo, da barriga formada por uma cesta para pão,
com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um
revólver, matando instantaneamente o Major Martinez, sem qualquer chance de
reação. O Capitão Parreria, ao sair em defesa do chefe da equipe, foi
gravemente ferido por um tiro desferido pelo marido. Nesse momento, os demais
componentes da equipe desencadearam cerrado tiroteio, causando a morte dos dois
subversivos, que foram identificados como os militantes do MR-8 Mário de Souza
Prata e sua amante Marilena Villas-Boas Pinto, ambos de alta periculosidade e
responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No aparelho que ocupavam, foram encontrados armas, munição e
explosivos, além de dezenas de levantamentos de bancos, supermercados,
diplomatas estrangeiros e generais-de-exército.
(...)
Em uma inversão dos fatos,
como vem ocorrendo de maneira sistemática no Brasil – o que só é compreensível
no contexto de uma guerra psicopolítica -, hoje dão-se os nomes dos ‘heróis’, Marilena e Mário Prata,
respectivamente, aos DCE da Universidade Santa Úrsula e da Universidade Federal
do Rio de Janeiro” (Tenente-Coronel
Orestes Raphael Rocha Cavalcanti, Tomo 11, pg. 307-308).
“O período revolucionário não
foi, a rigor, o que a mídia esquerdista e revanchista chama de ‘ditadura
militar’, ou até, mais pejorativamente, de ‘anos de chumbo’. Houve, na verdade,
uma fase de mais intenso autoritarismo, até tornar a equilibrar-se a harmonia
social esfacelada pelo governo irresponsável de João Goulart. Mas, durante o
período revolucionário, funcionou o Congresso, o Poder Legislativo e o Poder
Judiciário, ao contrário do que aconteceu na ditadura de Vargas, por exemplo”
(Economista Paulo Roberto Coelho Pinto, Tomo 12, pg. 252).
“Num quadro em que a
população era de noventa milhões de habitantes, nos primeiros anos da década de
1970, morreram apenas trezentas pessoas ligadas à luta armada imposta pelos
comunistas, enquanto que, da pequena população cubana, o regime castrista matou
cerca de 17 mil, por suas posições contrárias à comunização na Ilha.
Pois é, mas falar em
trezentas baixas, num país em clima revolucionário, que durou duas décadas,
quando nós sabemos que, só num mês, ‘Che’ Guevara mandou matar mil e quinhentos
em Cuba, no paredão, por decisão de tribunais revolucionários por ele
presidido, demonstra a impressionante diferença entre a nossa Revolução de 1964
e a cubana” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg. 160).
“Apraz-me recordar uma
figura pela qual tenho muito apreço, um intelectual de primeira grandeza, de
raras qualidades intelectuais, que é o Roberto de Oliveira Campos. Ao receber o
‘fardão’ da Academia Brasileira de Letras, alude exatamente isso:
‘Dizem que fui ministro do
governo dos ‘anos de chumbo’, que sempre apoiei o governo dos ‘anos de chumbo’.
Quero testemunhar, afirmar – e ele, com aquela eloquência peculiar, que estou
procurando mais ou menos reproduzir, mas saiu em todos os jornais – o seguinte:
hoje põem na conta dos ‘anos de chumbo’ uma ou duas centenas de cadáveres,
vamos dizer mais do que uma centena de cadáveres. Eu os prefiro aos ‘anos de
aço’ dos regimes comunistas, que têm, para exibir, milhões de defuntos, milhões
de mortos, não porque tivessem protestado com arma na mão, mas porque,
simplesmente, tivessem tentado escrever contra o regime’ ” (General-de-Divisão Geraldo de Araújo Ferreira Braga, Tomo 2, pg.
117-118).
“Os próprios tribunais
militares absolviam réus políticos. Não estou nem criticando os tribunais,
porque os processos, muitas vezes, não continham provas cabais, provas
contundentes, por falta de empenho em ir até as últimas consequências contra os
criminosos. Mas é uma demonstração de que não tínhamos uma ditadura e nem
vivemos ‘anos de chumbo’ “ (Coronel Everton da Paixão Curado Fleury, Tomo 3,
pg. 237).
Obs.
Leia
artigo do jornalista Themistocles de Castro e Silva, Por que anos de chumbo, https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/por-que-anos-de-chumbo.html.
Está circulando na internet desde o
final de outubro de 2012 o documentário “A Grande Partida: Anos de Chumbo”,
produzido em 2010 pelo economista mineiro Francisco Soriano de Souza
Nunes, autor do livro autobiográfico “A Grande Partida: Anos de Chumbo”. O
filme, com duração de uma hora e quinze minutos, tem a direção do Peter
Cordenonsi e pesquisa e produção de Vera Moderno.
Francisco Soriano, esquerdista de
carteirinha, retornou à Petrobrás como anistiado político em 1985, hoje é
diretor do Sindicato dos Petroleiros, e também atuou no Grupo Tortura Nunca
Mais.
Veja abaixo, se tiver disposição para
vomitar com tantas e tão deslavadas mentiras, e fique atento ao que diz cada um
dos entrevistados e conheça alguns dos “anjos” que se entregaram de
corpo e alma à luta pela “redemocratização” do Brasil.
https://www.youtube.com/watch?v=EIk2IIkmoJM&list=FL2gmT2lT8KoePQYnYm_yeiA&index=1&feature=plpp_video.
F.
Maier
Pavor,
só para os terroristas
“Durante o processo
revolucionário, chegou a haver uma tênue censura à imprensa, ao direito de
expressão e a algumas manifestações artísticas. Todavia, estava muito longe de
se comparar com a sistemática adotada durante a ditadura Vargas.
Esse emprego de ‘ditadura
militar’ está completamente malcolocado. Houve realmente uma ditadura, mas
civil. Vivi ainda sob os auspícios da ditadura Vargas. Era criança, mas sei de
muita coisa que aconteceu. Estive também na época da posse do Frondize, na
Argentina, e vi como era a ditadura. Era um policiamento ostensivo nos
restaurantes, ninguém levantava nem a cabeça quando estava comendo no
refeitório. Esse era um ambiente de pavor, aqui não havia nada disso, o
ambiente de pavor foi só para os terroristas” (Tenente-Coronel Orestes Raphael
Rocha Cavalcanti, Tomo 11, pg. 306).
Censura
dava boa propaganda...
“O General Santa Cruz me
contou que estava no Palácio e pegaram um filme de um cineasta desses aí, que
pusera uma cena que nada tinha a ver com o filme, uma cena agressiva, sexual,
não sei mais o quê; que perguntaram ao tal cineasta por que ele botara aquela
cena no filme e que ele respondeu que o fizera porque sabia que ia ser
censurada e que isso seria uma boa propaganda para o seu filme e de graça”
(Coronel João Franco Pontes Filho, Tomo 11, pg. 138).
Wilson
Simonal e Jair Rodrigues caem no ostracismo
“É, pois, mais uma invenção
das esquerdas quando dizem que a luta armada começou com o AI-5. Mentira! Os
atentados começaram antes. O AI-5 foi uma resposta. Os jornalistas que, ainda
hoje, são do nosso lado não se manifestam porque – é até compreensível – o
emprego deles está em jogo. Não vou citar nomes para não comprometer, mas
tínhamos vários jornalistas que, na época, nos apoiavam e, hoje, ainda alguns,
apesar do patrulhamento ideológico violento. No mundo artístico também tivemos
vários exemplos, como o do cantor Simonal. Ele foi crucificado porque,
realmente, não era comunista e como ele muitos cantores. O Jair Rodrigues
esteve no ostracismo, durante muito tempo.
Fidel
Castro chama Brizola de “El Ratón”
O AI-5 foi uma resposta à
luta armada, cujo objetivo era a tomada do Poder. Recebiam o auxílio financeiro
da URSS (União da Repúblicas Socialistas Soviéticas), diretamente ou via Cuba.
Dizem, até, que o Leonel Brizola recebeu um milhão do Fidel Castro, dinheiro
com o qual ele comprou as suas fazendas. Segundo consta, o Fidel Castro só o
chama de ‘El Ratón’ ” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva,
Tomo 10, pg. 416).
Obs.
Havia muitos "pombos-correios" que
levavam dinheiro de Fidel Castro para Brizola, exilado no Uruguai, a exemplo de
Herbert de Souza, o "Betinho", mais tarde uma espécie de Madalena
arrependida, com sua campanha nacional “pela ética e contra a fome”.
Foi "Betinho" que confirmou o desvio de
dinheiro cubano (200 mil dólares) feito por Brizola, que passou a ser chamado
por Fidel de El Ratón (Jornal do Brasil, 17/07/1996).
“Em novembro de 1979, o Coojornal publicou uma entrevista, concedida em 1978 pelo ex-sargento
Alberi [integrante da Operação Três Passos], aproximadamente três meses antes
de sua morte, na qual declarou que o dinheiro para financiar a Operação - um milhão de dólares – havia sido conseguido em Cuba e
levado a Brizola por Darcy Ribeiro e Paulo Schilling” (in “A Verdade Sufocada”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra,
pg. 150).
F.
Maier
Heitor
Aquino Ferreira, subserviente ao comunista Élio Gaspari
“Por que esperaram que
morressem todos os generais de 1964, para divulgar fitas gravadas ou notas de
arquivo? Qual o interesse do senhor Heitor Aquino Ferreira, que deve sua
projeção política ao Exército, em contribuir para passar ao público a imagem
distorcida de um Geisel, de quem foi assessor, aplaudindo o assassinato desta
ou daquela pessoa que não identifica?
Sobre um grupo de pessoas
vindas do Chile e presas no Paraná e que tinham sido mortas, Geisel teria
observado:
‘Tem gente que não adianta
deixar vivo, aprontando. É, o que tem que fazer é que tem que nessa hora agir
com muita inteligência, para não ficar vestígio nessa coisa’.
Por que não revela o nome
das pessoas assassinadas, vindas do Chile ou de qualquer lugar?
O novo livro de Élio Gaspari
é o que podemos chamar de repositório de fofocas, que existem nos bastidores de
qualquer governo.
Qual o interesse do senhor
Heitor Ferreira em procurar um comunista para confiar-lhe conversas sobre o
governo de seus chefes, atingindo diretamente a Instituição a que servia e com
a qual tinha dever de lealdade, no caso o Exército?” (Coronel Ernesto Gomes
Caruso, Tomo 11, pg. 256).
Fake
history: Élio
Gaspari afirma que o General Álcio Souto foi simpatizante do nazismo
“Outra reação foi
demonstrada pelo General Alvir Souto, através do jornal O Globo, de 27 de
novembro de 2003, na coluna Carta dos Leitores, assim se expressando:
‘Em seu livro A Ditadura Derrotada, o escritor Élio
Gaspari refere-se a meu pai, General Álcio Souto, e a mim e comete inverdades.
Meu pai não foi um simpatizante da Alemanha nazista. Jarbas Passarinho, em seu
depoimento no livro História do Poder Vol I, p. 322, diz: ‘Álcio Souto era um
homem como eu acredito que foram Dutra e outros mais, muito admirador, não do
nazismo, não do Hitler, mas do exército alemão.’ Nosso material de combate era
alemão. E era uma perfeição. Eu, por exemplo, fui artilheiro no canhão Krupp. O
exército alemão, como órgão profissional da guerra, era muito admirado. Meu pai
comandou a Escola Militar do Realengo, no período de 20 de janeiro de 1941 a 25
de janeiro de 1943, quando fui seu cadete, e o fato ocorrido no cinema
‘Milímetro’, assim chamado pelos cadetes por existir na cidade o Metro, ocorreu
em 1940, em uma única sessão. Meu pai comandou a Artilharia da 1ª. DIE (Divisão
de Infantaria Expedicionária Brasileira), da qual fiz parte e integrei um dos
Grupos que foram à Itália, e só não foi para a FEB (Força Expedicionária
Brasileira) por ter ficado doente, sendo substituído pelo General Oswaldo
Cordeiro de Farias. Meu pai não foi protetor do General Ernesto Geisel. Ele
construiu uma carreira militar brilhante, pois sempre possuiu luz própria e
todos os chefes desejavam ter o General Geisel por perto, inclusive o meu pai. A
doença que matou meu pai não foi tuberculose, e foi tratada, não por bolinhas
de homeopatia, mas sim por antibióticos existentes na época – 1948 – quando a
medicina não estava muito avançada. Às vésperas de sua morte, um remédio
mandado vir dos Estados Unidos não teve o efeito esperado. Não recebi
tratamento especial do Presidente Geisel, quando da minha promoção a
general-de-brigada. Por indicação do Alto Comando e escolhido pelo Presidente
Geisel, recebemos, eu e mais dez companheiros, a espada de general” (Coronel
Ernesto Gomes Caruso, pg. 257).
A
CANALHA SE AUTOCONCEDE INDENIZAÇÕES MILIONÁRIAS
“Como já disse
anteriormente, a ‘canalha’, caluniando e mentindo, vai passando às novas
gerações a imagem de que houve uma ‘ditadura militar’, um período de ‘torturas’
e ‘repressão’ – estão no papel deles, todos fomos nós.
O atual Governo [Fernando
Henrique Cardoso] comunga com a canalha, pois logo no início o ‘rei’ nomeou uma
comissão – uma esdrúxula comissão para premiar os seus amigos, assassinos,
terroristas e guerrilheiros.
E o candidato oficial às
próximas eleições também faz parte da ‘canalha’, pois, na sua propaganda,
afirma cínica e debochadamente que foi ‘perseguido pela ditadura de 1964 e se
exilou no Chile’.
E agora, gente que se diz
nossa, vem com a balela, com a calhordice de nos dizer: ‘Vamos esquecer o
passado’, quando o outro lado só fala e tira proveito dele. Nós fomos e somos
realmente tolos!...” (General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 58).
Caso
Zuzu Angel
“Vamos contar uma história que
aconteceu aqui no Rio, onde temos, agora, um túnel chamado Zuzu Angel, que é o
nome de uma estilista de moda, mãe da Hildegard Angel, que escreve até hoje
numa coluna de O Globo. Era mãe de
Stuart Angel Jones, um terrorista desaparecido. Ela, voltando de uma festa society, segundo muitos dizem,
embriagada, bateu o carro e morreu. Isso veio até escrito no jornal de modo
atenuado, dizendo que ela estava ligeiramente alcoolizada.
O jornal foi muito delicado
no trato do assunto, dizendo que ela havia ingerido alguma bebida alcoólica.
Vinte anos depois, quando iniciaram as indenizações aos familiares de
terroristas mortos, aparecem duas testemunhas que juraram ter visto, é incrível
contar isso, que um carro, que seria da Aeronáutica, do Centro de Informações e
Segurança da Aeronáutica (CISA), teria abalroado o carro dela, jogando o seu
automóvel num abismo, e que, em consequência disso, ela veio a falecer.
Essa mentira inicialmente
foi recusada na tal Comissão que distribui o dinheiro dos brasileiros aos
criminosos e às famílias deles. Mas, depois, conseguiram uma forma para que a
filha Hildegard recebesse uma polpuda indenização. Como se não bastasse, o
Prefeito do Rio, a figura caricata do incompetente Luiz Paulo Conde, mudou o
nome do túnel Dois Irmãos para túnel Zuzu Angel e tem lá um monumento a ela.
Então, são essas coisas que me irritam porque, além de sórdidas, representam a
apologia à mentira, contando com a cobertura total dessa imprensa venal.
Deturparam, mentiram, e,
ainda, recebem dinheiro dos cofres públicos.
Eles não querem prêmios como
medalhas; isso aí, não gostam; eles querem dinheiro, compensações de ordem
monetária. Medalhas, galardões, isso não interessa a eles. Eles só raciocinam
com o vil metal; prêmio, para eles, é dinheiro, e muito dinheiro; não é pouco
não. Muito, porque para nós 150 mil é dinheiro, embora possa não ser para
muitos deles, mas, para nós, é” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg.
150).
Penduricalhos
milionários nas Seções de Inativos e Pensionistas (SIP)
“Havia
gente que foi expulsa do Exército por ter cometido crime previsto em lei, crime
grave e veio a ser readmitida no Exército por força de sentença e ganhando uma
pensão do posto acima. Tínhamos que fazer cálculos de páginas e páginas de
exercícios anteriores para pagar a esse pessoal. Havia muita gente nessas
condições. Muitos companheiros ficavam aborrecidos e comentavam: ‘Eu sempre fiz
as coisas corretamente e ganho tanto; acaba um sujeito desses, que foi expulso
do Exército como 3º. Sargento, já está ganhando como oficial!
Há
um caso notório, um sargento da Aeronáutica (parece ser Presidente da
Associação dos Militares) que recebe como coronel, tenente-coronel, uma coisa
assim.
Nós
estamos pagando pensão, aqui na SIP/7, a descendentes de Gregório Bezerra”
(Coronel Júlio Roberto Cerdá Mendes, Tomo 6, pg. 164).
O General membro da Comissão dos Mortos
e Desaparecidos não leu o IPM
“A
comissão, criada pelo Governo FHC, que vem distribuindo dinheiro do País
injustamente para janguistas e terroristas em geral, em setembro de 1997,
cometeu um outro absurdo ao conceder indenização aos familiares do
Coronel-Aviador Alfeu de Alcântara Monteiro – cuja viúva recebe pensão militar
– morto em 31 de março de 1964 com um tiro dentro de um quartel da Aeronáutica,
em Porto Alegre.
A
respeito de seu voto nesse processo, o General Oswaldo Pereira Gomes, membro da
Comissão, autocriticou-se em entrevista à Folha
de São Paulo, de 7 de junho de 1998. Disse ele: ‘(...) Houve um caso de um
militar janguista que se rebelou num quartel da Força Aérea do Rio Grande do
Sul. Ele foi morto e a Comissão votou o processo em que ele teria levado 16
tiros pelas costas. Era o Coronel Alfeu Alcântara Monteiro. O pedido de
indenização foi aceito. Eu mesmo aprovei o caso. Mais tarde, ao procurar
conhecer melhor o fato, fui descobrir que o coronel não tinha levado 16 tiros
pelas costas, mas um tiro, pela frente, após ter ele antes atirado’. O que foi
para o relatório Brasil Nunca Mais foi essa mentirosa versão de 16 tiros pelas
costas, o que é mais uma inverdade no rol das mentiras dos comunistas.
Aconteceram muitos casos como esse.
Havia,
inclusive, uma combinação entre os presos para eles ‘orquestrarem’ determinados
depoimentos, ou seja, combinavam de dizer a mesma coisa, incriminando determinadas
pessoas. Como exemplo, há o caso do General Fayad. Vários presos políticos
combinaram em falar que todos foram torturados por ele.
O
General Gomes que concedeu a entrevista é o representante das Forças Armadas na
comissão. Suas dúvidas sobre esse processo, antes da votação, para que pudesse
dar o seu voto com absoluto conhecimento de causa, como é o mínimo que a
sociedade espera de qualquer juiz, seriam tiradas se, simplesmente, consultasse
o IPM (Inquérito Policial Militar) que, na época, apurou o fato.
Se
consultasse, teria tomado conhecimento de que no dia 31 de março de 1964 o
Brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley, acompanhado do Coronel-Aviador
Roberto Hipóllyto da Costa, chegou à então 5ª. Zona Aérea, em Porto Alegre,
para assumir o comando, que deveria ser transmitido pelo Coronel-Aviador Alfeu
de Alcântara Monteiro, oficial mais graduado presente. O Coronel Alfeu, amigo
pessoal de João Goulart, após recusar-se a transmitir o comando, atirou e feriu
o Brigadeiro, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo Coronel Hipóllyto, em
ato considerado como de legítima defesa de outrem. O Coronel Hipóllyto fo
absolvido pela Justiça Militar.
Veja
que, mais uma vez, essa Comissão fajuta julgou com base em mais uma grande
mentira, como, via de regra, tem acontecido. É uma vergonha!...”
(Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg 411-412).
“O
Coronel Alfeu [Alfeu de Alcântara Monteiro], amigo pessoal de João Goulart,
após recusar-se a transmitir o comando, atirou e feriu o Brigadeiro [Nelson
Freire Lavanère Wanderley], sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo Coronel
Hipólyto, em ato considerado como de legítima defesa de outrem. O Coronel
Hipólyto foi absolvido pela Justiça Militar (jornal Ombro a Ombro, de julho de
1998). Recebi há dias o depoimento do então cabo enfermeiro Oséias Rech, que
servia no QG do V Comar e foi testemunha dos acontecimentos, tendo conduzido o
Coronel Alfeu para o hospital.
É
assim que a esquerda conta a estória dos ‘anos de chumbo’, agora com o auxílio
do tortuoso discípulo do Golbery, que se vale, à larga, dos dados do livro
fajuto do Nilmário e do Tibúrcio” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão
Torres, Tomo 14, pg. 61).
“A
obra mercenária de Élio Gaspari vem a lume no justo momento em que a democracia
americana – atingida em seu próprio solo pelo terrorismo islâmico – adota
medidas de salvaguarda que deixam o nosso AI-5 como um mero regulamento de um
colégio de freiras e onde os ‘porões’ da ditadura brasileira – que tanto
incomodam certos círculos da terra de Tio Sam e muitos ditos brasilianistas –
ficam a parecer um ‘jardim-de-infância’ se comparados com os de Guantânamo”
(General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 66).
Obs.
O livro a que se refere o General Negrão
Torres é “Dos Filhos deste Solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, onde,
à pg. 56 se encontra esta mentira escandalosa: “Alfeu era coronel-aviador. Foi
fuzilado no dia 4 de abril de 1964 na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do
Sul. A perícia médica constatou que foi assassinado pelas costas com uma rajada
de metralhadora, tendo sido encontrados 16 projéteis em seu corpo”.
O General Negrão Torres foi membro do
Instituto de Geografia e História Militar e ocupou a cadeira no. 15 da Academia
de História Militar Terrestre do Brasil e a cadeira no. 10 da Academia
Paranaense de Letras.
A íntegra da entrevista do General
Negrão Torres, que trata de mentiras lançadas no “Pentateuco” de Élio Gaspari e
até de mentiras grosseiras existentes no livro “Brasil: Nunca Mais”, lançado em
1985 pela Arquidiocese de São Paulo, com prefácio do “caríssimo amigo de Fidel
Castro”, Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, pode ser vista no blog do Coronel
Lício Maciel, transcrito em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/general-raimundo-negrao-torres-desanca.html.
F. Maier
A
PEDOFILIA FOI PLANTADA PELOS COMUNISTAS NOS SEMINÁRIOS CATÓLICOS DOS EUA
“Havia, portanto, a Igreja
tradicional que nós defendemos, honramos e respeitamos e a Igreja que sofreu a
infiltração marxista. Sabe-se que esta Igreja é desonesta e comete traição. Fui
informado, por exemplo, de que na Alemanha, os recursos coletados nas missas
eram canalizados para as comunidades eclesiais de base e transferidos para
miserável. As comunidades eclesiais de base fazem um trabalho de solapamento e
que é, a rigor, de traição nacional.
A Igreja marxista perfez
outras vilanias e torpezas. Infiltrou-se em muitos organismos, nacionais e
internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Não poderia deixar
de tentar se infiltrar na Igreja Católica Apostólica Romana. extremistas,
marxistas, da América do Sul, particularmente, do Brasil. Traíram os católicos
de envergadura, respeitáveis, segundo a tradição alemã. Eles acreditavam estar
ajudando a uma pessoa pobre, Foi comprovado, constatado, que determinados
psicólogos, de conotação marxista, foram ‘colocados a dedo’ para examinarem
candidatos aos seminários nos Estados Unidos. Eles, propositalmente, admitiram todos
os que tinham tendência à pedofilia. Embora os candidatos a padres fossem
rapazes, esses psicólogos com acuidade aprovaram um gande número desses pobres
jovens com esta tendência, a meu ver patológica.
O resultado veio alguns anos
depois, com esta onda que ameaça até dizimar a Igreja Católica nos Estados
Unidos da América. Várias ocorrências de pedofilia, envolvendo padres e até
bispos. Eles foram infiltrando a Igreja Católica. Seria incrível que não o
tentassem fazer num organismo da importância e da complexidade da Igreja
Católica, porque insidiosos e cruéis, acreditando que os fins justifiquem os
meios” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg.
249).
Obs.
Olavo
de Carvalho narra essa vilania dos comunistas junto aos seminários católicos
nos EUA no texto “Cem anos de pedofilia” – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/cem-anos-de-pedofilia-por-olavo-de.html.
F.
Maier
USP
– INCUBADORA DA SUBVERSÃO
Estudantes
esquerdistas x Comando de Caça aos Comunistas (CCC)
“Em 1966, já éramos calouros
da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, do tradicional Largo São
Francisco. Mas, para mim foi como chegar a um cenário de guerra. Nunca havia
visto, em toda a minha vida estudantil, nada parecido. Os grupos radicais e
antagônicos se confrontavam, a céu aberto. Tiros ecoavam pelas paredes
históricas do Largo São Francisco, como se fosse um campo de batalha. Em 1968,
esse radicalismo chegou ao ponto extremo com a invasão da faculdade, diria sem
nenhum exagero, pelas ‘tropas’ esquerdistas. Instalaram um verdadeiro quartel,
cerrando com tijolos de alvenaria o acesso à entrada, e inaugurando, o que eles
mesmos chamavam de “Nova Revolução Esquerdista do Brasil’. Imitavam o que havia
ocorrido na França e na Alemanha.
Por outro lado, alguns
professores catedráticos, profundos conhecedores das suas respectivas áreas
jurídicas, esqueciam-se de suas próprias origens e conclamavam grupos
extremistas da direita para invadir a faculdade e resgatá-la. Então, o que
acontecia lá era uma verdadeira barbaridade. Havia grupos armados dentro da
faculdade, impedindo o acesso da maior parte dos estudantes e havia grupos
armados fora da faculdade que, alta madrugada, passavam metralhando seus muros
de alvenaria. Refiro-me ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC)” (Doutor
Antônio Carlos Adler, Tomo 7, pg. 319).
Invasão
do CRUSP
“Quanto à tal falada
operação CRUSP [Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo], sinto-me à
vontade para falar a respeito, pois fazia parte do Pelotão Especial de Choque
do Esquadrão [Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, antigo Esquadrão de
Reconhecimento Mecanizado, São Paulo].
Digam o que quiserem a
respeito da invasão do CRUSP, mas o meu depoimento hoje, peço perdão por falar
na 1ª. Pessoa, foi o que aconteceu.
Naquela época, existia o
pavilhão das moças e no sótão desse pavilhão, eu e o então sargento Florentino,
hoje falecido, descobrimos o estoque de coquetéis molotov, na parte de cima –
lembro até hoje -, eles estavam estocados num poço logo embaixo do telhado; nem
me recordo quantos tinham, de tantos que eram.
Estou falando, agora, de uma
operação militar; logo embaixo tinha um M8 (carro de combate) parado e
municiado e a torreta do M8 era uma torreta aberta. Agora, imagine-se um
infeliz daqueles acertando um coquetel molotov numa torreta de M8; hoje, com
certeza, acho que a USP não estaria de pé. A reação seria imediata.
Foi uma operação brilhante. Os planos terrorista-comunistas de origem chinesa, quem os descobriu fui eu. Desse modo, vai ser um pouco difícil alguém dizer para mim que não descobri aquilo que descobri, que não peguei e entreguei para meu superior imediato aquilo que entreguei. É a primeira vez que falo isso e estou falando tecnicamente. Não se tem a menor ideia do ‘barril de pólvora’, que era o CRUSP” (Doutor Amadeu Armentano Neto, Tomo 7, pg. 311).
OS
MILITARES NÃO AUFERIRAM VANTAGENS
“Insinuam, maldosamente, que
os militares auferiram vantagens do Poder. Eu asseguro o contrário. Lembro-me
de que o Presidente Castello Branco assumiu o governo tirando vantagens dos
militares. E todos eles saíram do governo pobres, inclusive o Presidente
Figueiredo, que tinha um sítio em Petrópolis e está vendendo; não sei se já o
vendeu. Não conheço nenhum militar rico, não porque não haja possibilidade, mas
pela formação que o militar recebe, desde a escola. Se comete um ato
desabonador de sua conduta, não fica no Exército, porque lá não há lugar para
ele. É o grande contraste entre as atitudes do civil e as do militar. Por
exemplo, essas explosões do Deputado Bolsonaro: ele vive um conflito, porque
saiu de uma Casa onde tudo é sério, tudo é na hora, onde se presta conta de
tudo, não se desvia um centavo. Aí, vai para a atividade política, que é o
contrário: é um querendo passar o outro para trás, um dá rasteira no outro,
apropria-se de uma verba etc. É por isso que ele explode e tem lá suas razões”
(Jornalista Themístocles de Castro e Silva, Tomo 4, pg. 287-288).
“Que eu saiba, as Forças Armadas não tiraram
vantagens da Revolução. Talvez até o contrário.
A
primeira atitude do Castello Branco foi acabar com as promoções ao posto de
general, no ato de passagem para a reserva, dos coronéis. General, só se fosse
promovido na ativa. Acabou com o general de pijama”
(Tenente-Coronel Moacir Véras, Tomo II, pg. 365).
As
calúnias contra Mário Andreazza
“Por exemplo, há que insinue que nos vinte anos de governo, os militares e as Forças Armadas se aproveitaram da situação para auferir vantagens. Ainda hoje os militares se queixam de que são muito mal remunerados. Não houve, nem mesmo, o cuidado de legislar em causa própria. Houve, inclusive, na época, muitas críticas a certas figuras do Governo Costa e Silva. Depois, ficou evidenciado que nada daquilo era verdade, e o cidadão quer era acusado, morreu numa pobreza extrema: o Coronel Mário Andreazza, que foi Ministro dos Transportes, cujas contas de hospital foram pagas pelos amigos. Portanto, é essa a minha opinião sobre o assunto, mesmo tendo sido atingido pela Revolução e depois de seis anos de processo, absolvido por unanimidade pela Auditoria Militar” (Jornalista José Blanchard Girão Ribeiro, Tomo 4, pg. 313-314).
“Uma pesquisa feita por um
engenheiro sobre tudo o que foi feito durante os governos revolucionários
mostrou que houve desenvolvimento em praticamente todos os setores. O único que
não apresentou incremento foi o ferroviário.
Não
há dúvida. Com o Andreazza (Mário Davi Andreazza) era só rodovia. Aspirante de
quarenta. Dizem que era um excelente instrutor. Segundo o General Adhemar
(Adhemar da Costa Machado) – que fazia dupla com ele na Escola de Estado-Maior
– o Andreazza tinha uma grande facilidade de comunicação.
[entrevistador]
Eu o conheci bem. Também, um
oficial muito trabalhador. Fui aluno dele na ECEME. O gringo trabalhou um
bocado por essas estradas.
Quando
eu estava no Rio, cursando o Estado-Maior, houve um boato de que ele era
corrupto. Era tudo mentira. [entrevistador]
Pois é. Um homem que morreu
pobre.
O
senhor sabe a razão dos boatos? Na ocasião, o frete marítimo era todo destinado
para os armadores internacionais. Ele propôs uma nova legislação destinando
metade das cotas para os brasileiros. As multinacionais do setor sentiram-se
ameaçadas e montaram um esquema que até a mim iludiu. Era o seguinte: nos fins
de semana, mandavam uma pessoa da confiança deles aos plantões de vendas dos
edifícios classe A, em construção. No local, o enviado dizia que trabalhava
para o Andreazza e que o Ministro desejava comprar a cobertura. Se a mesma
ainda estivesse disponível, o suposto empregado perguntava qual era a área.
Para qualquer resposta, ele alegava que não servia, pois o ministro desejava
algo muito maior, uma cobertura espetacular. [entrevistador]
Uma história muito prática e
sutil, típica da realidade da política. Só que, no caso do Ministro, sem um
pingo de veracidade” (General-de-Brigada Ramão Menna Barreto, Tomo 13, pg.
159-160).
“De todos os governos ditos
militares, o ministro considerado por muita gente, levianamente, como corrupto,
chamava-se Mário Andreazza – construiu a ponte Rio-Niterói etc.
Morre Mário Andreazza.
Patrimônio de Mário Andreazza: um apartamento comprado pelo Sistema Financeiro
da Habitação, que foi quitado com a sua morte. Não possuía contas em paraísos
fiscais como, hoje, muitos as têm” (Tenente-Coronel Hiran Gomes Cavalcanti,
Tomo 6, pg. 269).
“Comandei uma área em que
encontrei os resquícios de uma dura luta, com muitos civis participando do
nosso lado, inclusive em operações. Encontrei, ainda, na minha área de
informações, um núcleo funcionando. Lá encontrei figuras remanescentes daquelas
lutas campais, uma delas era meu motorista que tinha as pernas bem esburacadas,
feridas por tiros de metralhadora dos subversivos.
Então, o que eu fiz:
perguntei a eles ‘O que vocês ganharam com tudo isso?’ Não tinham recebido
nenhuma condecoração. Eu condecorei a todos, eram seis ou sete. Tive uma troca
de ideias muito interessante com o Ministro do Exército, meu amigo, General
Leônidas, que foi sensível com relação a isso e lhes concedeu a Medalha do
Pacificador, com Palma. Eu os condecorei, um deles era mulher, na célebre Rua
Tutóia” (General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 59).
O
FORO DE SÃO PAULO
“Numa reunião presidida por
Fidel Castro e com as presenças de Lula (Luís Inácio Lula da Silva), do José
Genoino, do Frei Beto e de outros líderes do Partido dos Trabalhadores (PT),
Fidel disse claramente: ‘Se Lula não ganhar a eleição (de 1989) é preciso formar
uma entidade para coordenar a esquerda latino-americana.’ Previa-se, em janeiro
de 1989, nessa reunião em Cuba, o chamado Foro de São Paulo.
Lula perdeu a eleição e
fundou-se o Foro de São Paulo, em julho de 1990, exatamente como tinha sugerido
Fidel Castro. Foi num evento no Hotel Danúbio, na capital paulista, presentes
48 entidades, várias guerrilheiras, dentre as quais, duas peruanas e as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A estrutura de toda a esquerda, na
América Latina, em 1990, começou a ser organizada.
Seguiram-se reuniões em
1991, no México, em 1992, na Nicarágua, em 1993, em Cuba. A reunião do Foro de
São Paulo de 1993, na cidade de Havana, foi estrategicamente muito importante.
Novamente se tentava conquistar a base territorial – o Brasil -, na América
Latina, conforme chamava Fidel Castro, para sustentar a revolução socialista.
Para tanto, era necessário que Lula ganhasse a eleição presidencial. Sem essa
base territorial seria difícil fazer a revolução socialista/comunista.
Decidem, em primeiro lugar,
que todas as entidades – já eram 112 entidades de esquerda – deveriam
proporcionar todo o apoio possível para Cuba suportar o que eles chamavam de
‘período especial’, isto é, a perda da ajuda soviética decorrente da desintegração
da URSS; em segundo lugar, que o objetivo era eleger Lula, no Brasil, e para
tal toda a esquerda latino-americana deveria se mobilizar; o terceiro objetivo
era impedir o desenvolvimento do Acordo de Livre Comércio da América do Norte
(NAFTA). Para este último objetivo, diz respeito ao México, se decide que no
dia em que o NAFTA entrasse em vigor seria iniciado o levante em Chiapas. Essas
foram as três decisões básicas, naquela ocasião.
O Foro de São Paulo se
desenvolve, ainda, em sucessivas reuniões, e em 1995 decide que o Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passaria a ser uma ponta-de-lança, veja
bem, uma ponta-de-lança da revolução socialista na América Latina. Formar-se-ia
o que chamavam de União das Repúblicas Socialistas da América Latina, URSAL; em
substituição a URSS, a URSAL” (Doutor José Carlos Graça Wagner, Tomo 7, pg.
373).
Obs.:
Leia
meu texto “Foro de São Paulo: Um Onagro Que Não Ousa Dizer Seu Nome” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/foro-de-sao-paulo-um-onagro-que-nao.html.
Leia “O Foro de São Paulo, um perigo para a democracia” - por Ricardo Puentes Melo - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/o-foro-de-sao-paulo-um-perigo-para.html
Leia “Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil” – por Felipe Moura Brasil - https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/
Conheça as Atas Finais dos Encontros do Foro de São Paulo em https://midiasemmascara.net/atas-fsp/.
F.
Maier
FÓRUM
SOCIAL MUNDIAL (FSM)
“Um evento marcante foi a
realização do Fórum Social Mundial (FSM), iniciado em 25 de março de 2001, no
auditório do Centro de Encontro da Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
em Porto Alegre. Ele não conseguiu ocultar, desde o início, suas garras
revolucionárias e sua verdadeira face pró-comunista. Logo após o francês
Bernard Cassin, editor do Le Monde
Diplomatique e um dos idealizadores do evento, ter proclamado aos 15 mil
participantes, provenientes de 122 países, da Albânia ao Zimbábue, o que foi o
lema do encontro: ‘Estamos aqui para mostrar que um outro mundo é possível’;
uma prolongada ovação saudou a delegação comunista cubana; a plateia eufórica –
na qual tinham assento delegados do MST, de Cuba, das narcoguerrilhas
colombianas, do PCdoB, do PT, da CUT e de teólogos da libertação – mostrando-se
favorável às guerrilhas zapatistas do México e da narcoguerrilha da Colômbia,
tornou evidente que ‘o outro mundo’, de que falaou Cassin, é carregado de
tonalidade vermelha e desejado pela maioria daqueles assistentes.
Terminada a sessão
inaugural, seguiu-se a denominada Marcha contra o Neoliberalismo e pela Vida,
pelo centro de Porto Alegre, com bandeiras com a foice e o martelo, retratos de
Lênin, brados em favor de Cuba, das guerrilhas e do MST, estando, entre os
participantes, o Governador Olívio Dutra e o Prefeito Tarso Genro, ambos do PT.
Nas oficinas sobre luta armada,
um guerrilheiro colombiano das FARC, usando o pseudônimo de Javier Cifuentes,
apelou para a luta ‘em favor da construção do único regime destinado a levar a
felicidade à espécie humana, que é o socialismo’.
O revolucionário argelino,
no painel ‘Os fundamentos da democracia de um novo poder’, deixou claro o tipo
de ‘democracia’ e do novo poder almejado por ele, ao afirmar: ‘estamos prontos
para pegar em armas contra o sistema de propriedade privada’.
No painel da CUT, seu
vice-presidente da Bahia, Álvaro Gomes, conclamou as entidades presentes a
organizar ações de resistência simultâneas em vários continentes, propondo
ainda protestos de rua e uma greve, ambos em âmbito internacional, ainda este
ano.
O painel ‘Como fortalecer a
capacidade de ação das sociedades civis’ foi presidido pelo sacerdote belga,
expoente da teologia da libertação e ex-assessor de Fidel Castro. O Padre
Houtart declarou que não adianta reformar o sistema de propriedade privada,
ficando como única saída ‘sua destruição total’.
O Fórum Parlamentar, em sua
declaração final, anunciou a constituição de uma ‘rede internacional de
parlamentares para ‘sustentar a ação das ONGs reunidas no Fórum Social Mundial
e para agir, permanentemente, de maneira que suas plataformas de esquerda
tenham uma verdadeira tradução legislativa’.
No acampamento da Juventude
e dos Povos Indígenas, sob uma grande lona, chamada ‘Espaço Confederação dos
Tamoios’, realizou-se uma programação subversivo-conscientizadora, dirigida a
indígenas e aos jovens presentes. No acampamento, membros do PT, do PCdoB, da
UNE e outros ativistas dirigiam a programação. Milhares de preservativos foram
distribuídos.
Após quatro Internacionais
de Trabalhadores, de cunho socialista, surgiu em Porto Alegre uma quinta, com
carga revolucionária mais radical do que as anteriores” (General-de-Brigada
Niaze Almeida Gerude, Tomo 11, pg. 122-123).
Obs.:
Sobre
a Cuba pós-mesada soviética, leia o fichamento que fiz do livro “Trilogia Suja
de Havana”, do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/trilogia-suja-de-havana-de-pedro-juan.html.
F.
Maier
Pontal
do Paranapanema
“Falando em energia
elétrica, há um problema que não foi herança da Revolução e que não estão dando
a devida atenção. É a situação no Pontal do Rio Paranapanema, na Bacia do Rio
Paraná, onde existem dezenas de hidrelétricas que produzem mais da metade da
energia elétrica gerada no País, distribuída através de milhares de quilômetros
de fios que cruzam aquela região. A presença de 20 a 30.000 sem-terra acampados
na região do Pontal é uma ameaça constante à segurança do sistema. É uma
temeridade, pois no momento que eles quiserem deixam o Brasil parado e no
escuro. Aliás, já fizeram isso! Fizeram só para testar o que poderia acontecer
para os responsáveis pelo atentado. Não houve nada! E o jeito que estão as
coisas nunca acontecerá nada que afete os terroristas” (General-de-Brigada José
Apolônio da Fontoura Rodrigues Neto, Tomo 8, pg. 208-209).
MST,
braço armado do Foro de São Paulo - Fazenda Anoni
“Quando a fazenda Anoni
[município de Sarandi/RS, invadida pelo MST, em 1985], em 1985 eu comandava a
1ª. Brigada de Cavalaria Mecanizada em Santiago. Comparei a logística daquela
invasão com as nossas atividades para levar a Brigada, no final do ano, até o
campo de instrução de São Borja. O Coronel Telles (Marcos Antonio Telles
Ferreira Neto) era o meu Chefe de Estado-Maior. Um militar excepcional, muito
competente e trabalhador. Entendia de administração como poucos. Fazíamos um
plano minucioso, guardando dinheiro e economizando gasolina desde o início do
ano para utilizarmos no exercício do fim do período de instrução. Entrávamos em
ligação com a Polícia Rodoviária Estadual alertando-os sobre a data e a
quantidade de viaturas e de Unidades que formariam o comboio na estrada. Eram
um planejamento difícil que nos preocupava meses a fio. Durante o deslocamento
colocávamos guardas na estrada, empregávamos um pelotão de PE na segurança. E o
que eu vi na invasão da fazenda Anoni? Em uma noite deslocaram seis mil
pessoas: mulheres, crianças, fogões, sacos de farinha, arroz, feijão, tudo. De
onde vieram essas seis mil pessoas? Ninguém sabe, ninguém perguntou. Dizem que
havia gente tanto de quatrocentos quilômetros de distância, como de cerca de
quarenta quilômetros do local invadido. Ninguém os viu; nem a Brigada, Polícia
Rodoviária ou Polícia Civil, ninguém! Deslocaram seis mil pessoas e ocuparam a
fazenda. Eu queria contratar o ‘E4’ e a equipe deles que planejou a invasão
para trabalhar junto com o Telles na logística da 1ª. Bda C Mec.
Nas entrevistas e
comentários televisados, ninguém pergunta como eles conseguem estes resultados.
Quando dizem algo, omitem o principal. Não dizem que as FARC – com quem têm
ligações – são marxistas-maoístas e têm por objetivo implantar um regime
comunista na Colômbia” (General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg.
257).
Representantes
das FARC no Congresso Nacional
“Eu comecei a acompanhar as
Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na sua ação; não sei se o que
vou dizer é correto, mas enfim é uma especulação. As FARC na Colômbia são
também uma guerrilha dirigida por fanáticos, como no tempo de Stálin. São
quarenta anos de guerrilha.
Como fecharam as
torneirinhas de Cuba e Moscou, eles ficaram sem dinheiro para pagar comida,
uniformes, saúde etc. daqueles dez ou 15 mil guerrilheiros organizados em forma
de exército, com uniformes, arquivo, comunicações, tudo muito bem montado, isso
custa uma fortuna.
Alguém deve ter-se lembrado
dos narcotraficantes, propuseram uma barganha com os narcos: ‘Vocês nos dão
dinheiro, dão apoio financeiro e nós lhes garantimos a segurança das rotas de
transporte com as nossas tropas, garantimos a rotas de transporte da cocaína
até a fronteira com o Brasil’.
Esse negócio já tem até
estimativa, parece que os narcos contribuem com 700 milhões de dólares por ano.
Os narcos faturam cerca de 3 a 4 bilhões de dólares por ano, só os narcos da
Colômbia, fora os outros. Abrir mão de 700 milhões de dólares, para eles, não é
nada.
Eles terceirizam a segurança,
contrataram um exército mercenário para dar cobertura a eles. É a única
explicação que vejo, desse dinheiro dos narcos. As FARC também mandam dólar
para os nossos comunistas. Eles querem o apoio do Brasil, porque eventualmente
eles querem se espalhar para dentro da Amazônia e manter o tráfego em nossas
metrópoles.
Sabia que há dois representantes das FARC no Congresso? Confessado pelo Gabeira, que é o cicerone deles no
Congresso Nacional, e tem mais dois que estão, agora, janeiro de 2002, juntos
do Governador Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul, assessorando-o, dois
elementos das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas” (Coronel-Aviador
Gustavo Eugenio de Oliveira Borges, Tomo 10, pg. 312-313).
A
ESG BRASÍLIA VIRA CSSEX BRASÍLIA
“O
senhor tem uma história sobre a mudança da ESG para Brasília?
[entrevistador]
Dentro dessa ideia de
consolidação da nova Capital, havia interesse em levar a ESG para Brasília. Foi
em 1979, durante o Governo Ernesto Geisel. A construção foi iniciada no local
onde atualmente está o Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, perto do
Lago. Logo verificou-se a dificuldade em trazer professor, conferencista,
alojar os alunos e outras dificuldades da novel Capital. Um dia, encontrava-me,
por acaso, no gabinete do Presidente Geisel – era Chefe da Seção de Informações
do gabinete do General Octávio Aguiar de Medeiros, Chefe do SNI – quando o
Presidente, olhando na direção do Lago, disse: ‘Pode parar essas obras, não vou
trazer a ESG para cá’.
E não veio. Ficou aquela
obra parada até que o sargento (Sargento Correia), que tinha sido meu furriel
na Companhia do Quartel-General da 1ª. Divisão de Infantaria, no Rio de Janeiro
e que, há muitos anos, presidia o Clube dos Subtenentes e Sargentos, cuja sede
era localizada no bairro do Rocha, naquela cidade carioca, pediu uma audiência
ao General Danilo Venturini, Chefe do Gabinete Militar do Presidente
Figueiredo. Enquanto aguardava ser atendido, ficamos conversando. Nessa
oportunidade, ocupava o cargo de Assistente do General Venturini.
Disse-me ele que queria
trazer o Clube para Brasília; aí lembrei-me daquela história da ESG. Falei com
o General Venturini, o Presidente Figueiredo concordou e deu dinheiro para
terminar a obra. Compareci à festa de inauguração do Clube, acompanhando o
Presidente Figueiredo e o General Venturini” (Coronel Anysio Alves Negrão, Tomo
15, pg. 350).
Obs.
Em
02/12/2019, foi inaugurado o Campus Brasília da Escola Superior de Guerra –
cfr. https://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/35091/Novas-instalacoes-do-Campus-Jardim-da-ESG-sao-inauguradas-em-Brasilia-/.
F.
Maier
ADENDO:
“Sorbonne”
“Sorbonne” é um apelido maldoso
dado à Escola Superior de Guerra (ESG). Criada em 20/8/1949, subordinada ao
EMFA (hoje, ao Ministério da Defesa), teve sua gênese a partir da integração da
FEB ao contingente norte-americano no teatro de operações da Itália, quando foi
constatada pelos militares brasileiros a abissal distância entre aquele
exército e o nosso, havendo necessidade urgente de atualização das doutrinas,
planejamento e padrões militares, logística e equipamento da tropa.
"Muitos dos civis importantes do IPES se
diplomaram na ESG antes da fundação do IPES, e mais tarde alguns dos mais
importantes membros fundadores do quadro da ESG, como o general Golbery do
Couto e Silva e o general Heitor de Almeida Herrera, se associaram ao IPES.
(...) No Governo Castello Branco, foram utilizados muitos projetos e pessoal do
IPES. Isto é mais visível na lei de reforma agrária do governo, na reforma
bancária, no programa de habitação e na lei de estabilidade de emprego dos
trabalhadores" (STEPAN, 1975:
137).
Além
de militares intelectuais, como Golbery, a ESG foi integrada por
generais-presidentes, como Castello Branco e Ernesto Geisel.
Durante o governo do PT, a ESG se tornou um antro esquerdista, chamou João Pedro Stédile para realizar palestra. Deveria ter mudado sua denominação para Escuela Señor Guevara. Uma amostra do que ocorreu lá pode ser conhecido em A ESG como o diabo gosta, de Christina Fontenelle - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/03/a-esg-como-o-diabo-gosta.html
Impeachmet
de Dilma Rousseff
A partir de 2013, houve
movimentos populares no Brasil, que foram às ruas inicialmente para contestar o
aumento de passagem de ônibus em São Paulo. Depois, em 2015, esses movimentos
se agigantaram e tomaram as principais cidades do País, em defesa da ética
pública e contra a corrupção, especialmente do PT, cujo desfecho foi o impeachment da presidente da República
Dilma Rousseff
O episódio lembra o ocorrido
no Norte da África, na chamada “Primavera Árabe”, que tirou o Presidente Hosni
Mubarak do poder no Egito - mas que também implodiu nações, como a Líbia, ou
acabou em terrível guerra civil, como na Síria.
Obs.:
Sobre a queda do Presidente Mubarak, leia, de minha autoria, “O Facebook derrubou o Faraó” - https://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_54336/artigo_sobre_o-facebook-derrubou-o-farao.
F.
Maier
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- Tinha que Ser Minas,
do General Carlos Luís Guedes. Editora Nova Fronteira,1979.
- A
Revolução por Dentro, do Coronel Hernani D’Aguiar
- A
Verdade Tem Duas Faces, do Coronel Hernani D’Aguiar
- Estórias
de Um Presidente, do Coronel Hernani D’Aguiar
- O
Movimento Revolucionário de 1964 e a Verdade dos Fatos, do General-de-Brigada
Niaze Almeida Gerude
- Marcas
do Destino e da Revolução de 1964, do Tenente-Coronel Artur
de Freitas Torres de Melo
- Ideais Traídos,
do General-de-Exército Sylvio Couto Coelho da Frota, Ministro do Exército no
Governo Geisel.
- O Gulag da Informática,
do Professor José Carlos Melo
- Os Fatos Sem Retoque,
em 4 volumes, do Major João Barcelos de Souza
***
HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO - 31 DE MARÇO DE 1964
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BIBLIOGRAFIA:
MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador
Geral). História Oral do Exército - 1964
- 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos
***
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desemprego. Instituto Liberal, Rio, 1988.
MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Artigos selecionados por
Félix Maier
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ARQUIVOS I - UMA HISTÓRIA DA INTOLERÂNCIA
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corrente”)
Por Félix Maier
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textos diversos, alguns de minha autoria, postados durante mais de 20 anos
(muitos foram removidos por hackers):
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CONTINUAÇÃO:
Parte I
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PARTE II
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PARTE III
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PARTE IV
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