MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCTIO - 31 DE MARÇO DE 1964 - PARTE IV

HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCTIO -

31 DE MARÇO DE 1964


PARTE IV




“TERRORISMO NUNCA MAIS”, UM CONTRAPONTO AO “TORTURA NUNCA MAIS”

“Gostaria, embora não tendo participado diretamente da luta naquela época. Estava, como disse, desempenhando a função de instrutor. Mas, depois, tornei-me um estudioso desse assunto e, no ano de 1986, após muita pesquisa, pude escrever aquele célebre livro ‘As Quatro Tentativas de Tomada do Poder’ [ORVIL].

Sobre isso gostaria de falar agora. Criamos um site há dois anos, chamado ‘Ternuma’, que é abreviatura de um grupo, que está em plena atividade, chamado ‘Terrorismo Nunca Mais’. Temos escrito e eu particularmente com base naquilo que produzi há 14 anos; tenho colocado alguns novos conhecimentos que chegam em quantidade e temos feito praticamente a maior parte desta página, chamada ‘Recordando a História’. Então, é isso que gostaria de dizer: iniciamos o trabalho de mostrar o outro lado da moeda, pois sempre foi apresentado um lado só; agora, estamos mostrando o outro e estamos com esse site no ar desde maio/junho deste ano e já com mais de nove mil visitantes, de maio a novembro de 2000” (Coronel Romeu Antonio Ferreira, Tomo 9, pg. 370).

Obs.

Infelizmente, não existe mais o site TERNUMA, onde foram publicados também alguns textos de minha autoria, a pedido do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (in memoriam).

Hoje, um admirador do antigo site publica textos no Twitter - https://twitter.com/ternuma.

O site A Verdade Sufocada - nome tirado do livro do Coronel Ustra -, de propriedade de sua esposa Joseíta Ustra, supria essa lacuna - www.averdadesufocada.com. Hoje não supre mais. Está desativada.

Recomendo aos leitores para salvar no notebook ou no pendrive publicações importantes sobre qualquer tipo de assunto, pois, num belo dia, você não encontra mais nada na internet em geral ou no Google em particular, como já ocorreu comigo muitas vezes. O Google removeu dois blogs meus, Resistência Militar (http://resistenciamilitar.blogspot.com) e Wikipédia do Terrorismo no Brasil (http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/), não sei se foi no final do Governo Bolsonaro ou em 2023, com a volta do Ogro de Nove Dedos à cena do crime. Como se sabe, o CPX STF/TSE censura quase tudo que for contrário à doutrina esquerdista e ao governo do PT. Por isso, salve o que for importante enquanto ainda é tempo.

F. Maier

 

“MONUMENTO 31 DE MARÇO DE 1964” FICOU SÓ NUMA PLACA!

“A gratidão é um dever de todo brasileiro que minimamente acompanhou a trajetória do comunismo após a sua implantação na União Soviética em 1917, com todo o banho de sangue e morte onde buscou impor o seu domínio, como em 1935 no Brasil, criando uma nódoa que não se apagará, embora até hoje os seus adeptos e simpatizantes façam grande esforço para conspurcar a imagem dos nossos heróis, desviando a atenção dos males provocados pelos doutrinadores e ativistas do marxismo-leninismo.

Há que se reconhecer, bradar, exteriorizar esta gratidão e transformá-la concretamente em homenagem aos que fizeram a Revolução de 31 de Março de 1964, naquela fase preliminar, sentindo de perto o perigo da comunização que ameaçava o nosso País, atuando com inegável desprendimento e ponto em perigo as próprias cabeças e carreira. (...)

(...)

Assim, diante do que presenciava após a anistia, nas ações de iniciativa de governantes e jornalistas em agressão à Revolução e exaltação aos terroristas, guerrilheiros e comunistas, preparei um artigo sob o título ‘Preito de Gratidão e Início de um Novo Embate’, publicado no Jornal do Brasil no dia 3 de janeiro de 2000. Como se pode observar no jornal, a matéria que havia escrito foi estranha e previamente submetida à entidade contrária para preparar o contraponto, não muito comum na mesma edição. Outros jornais não o publicaram. Desse artigo, destaco o extrato a seguir:

‘Quando estava na ativa, apresentei à direção da organização militar, onde servia, uma proposta de monumento em homenagem aos mortos no combate ao comunismo internacional, cuja derrota em 31 de março de 1964 não foi suficiente para neutralizar alguns empedernidos e obcecados brasileiros, que envolvendo jovens idealistas, os conduziram para uma aventura na guerrilha e no terrorismo. Obviamente, houve mortes em ambos os lados e exageros numa natural escalada de ação e reação.

Naquela oportunidade, imagino eu, que meus chefes estavam no firme propósito de fazer uma distensão, a despeito das homenagens de toda ordem prestadas àqueles que assaltaram, sequestraram e bombas fizeram explodir, matando compatriotas. Monumentos, praças, ruas e outros logradouros deram nomes aos seus mortos. Suas famílias vêm sendo indenizadas. Algumas tiveram os processos vetados, mas aprovados em nova votação. Os que estão vivos ocupam diferentes cargos públicos sem contestação e sem serem molestados. Cenário e interpretação perfeitos para os aplausos dos editoriais e das reportagens.

Por outro lado, os vencedores têm alguns de seus representantes perseguidos, civis e militares que estavam na frente de combate, também jovens e comandados, que hoje não podem assumir cargos semelhantes aos ocupados pelos vencidos. Um não pode ser adido militar; outro não pode ser diretor de um hospital e um terceiro não pode ascender a um cargo de destaque na Polícia Federal. São acusados de participarem de ações de tortura. Basta que alguém diga; as palavras significam a vontade do rei, por delegação divina. São afastados peremptoriamente, sem quem os defenda. Aqueles que deveriam fazê-lo não podem estar com a consciência tranquila. Era uma obrigação postular um tratamento equânime. Afinal, uns são acusados dos tais crimes e não podem assumir cargos, enquanto outros, partícipes confessos de ações de sequestro e terrorismo, nada lhes é negado’.

Em suma, a proposta, feita na ativa em torno de 1989, em resposta ao que fizeram em Volta Redonda, ratificada no artigo acima referido, era de se construir o Memorial 31 de Março. A sugestão encontrou audaz defensor no Herói da Segunda Guerra Mundial, General Plínio Pitaluga, a quem reverencio nesta oportunidade. O Clube Militar, na gestão do General Hélio Ibiapina, criou uma comissão, sob a presidência do General Pitaluga, para estudar e apresentar soluções a respeito. Ainda não se construiu o monumento, mas em 3 de abril de 2002, com a comissão presidida pelo General José Saldanha Fábrega Loureiro, se inaugurou, solenemente, uma placa alusiva no saguão do referido Clube, onde se lê:

Homenagem

Ao Movimento Democrático de 31 de Março

Forças democráticas brasileiras, em histórica mobilização cívico-militar, impediram, patrioticamente, em 31 de março de 1964, a submissão do Brasil aos ditames totalitários do movimento comunista internacional.

O memorável acontecimento permitiu a salvaguarda da democracia e a condução do País a um ciclo de extraordinário desenvolvimento.

Esta placa expressa também o nosso eterno reconhecimento aos civis e militares sacrificados, desde 27 de novembro de 1935, em defesa da ordem, da liberdade e da democracia.

Clube Militar, 31 de março de 2002.

A Revista do Clube Militar de janeiro de 2000 e a edição de Jan./Fev./2000, do jornal Letras em Marcha, também publicaram a matéria.

Continua o sonho e a imperiosa necessidade de se perpetuar a reverência aos que defenderam e, principalmente, deram a vida pela democracia. Deixo, em minha pasta-arquivo, cópia dos projetos do Memorial que apresentamos à referida Comissão.

Observem que até o mentor da Intentona Comunista [Luís Carlos Prestes] tem um monumento, pois que o Jornal do Brasil publicou matéria referente à inauguração de um memorial em Palmas, TO, em sua homenagem, conduzindo-me a escrever e enviar ao citado jornal, em 15 de outubro de 2001, o artigo, evidentemente não publicado, nem como contraponto a posteriori, Comunistas: Ausência de Heróis, onde em um trecho afirmo:

‘Mais do que linhas arquitetônicas contorcidas artisticamente a cintilar e ofuscar a visão pelo brilho, está a mente, que independendo do olhar, sente, no seu mais elevado consciente, a História que se tenta mudar. Tentativa vã, pois a marcha indelével do sangue derramado pelos brasileiros, mortos traiçoeiramente pelo sectarismo dos comunistas em 1935, não será removida pela estampa da armadilha, na forma inconsciente, que ardilosamente disfarçada, pretende substituir o algoz da Intentona pelo pretenso herói em marcha” (Coronel Ernesto Gomes Caruso, Tomo 11, pg. 248-251).

“A ideia de fazer um monumento ao Movimento de 1964 era bem antiga. Um amigo meu, o Coronel Caruso, escreveu um artigo no Jornal do Brasil a esse respeito. Deu aquela ideia e o Clube Militar aceitou o desafio. Nomeou uma comissão para estudar o assunto. Escolhemos o local para construí-lo, de preferência ligado às Forças Armadas, como, por exemplo, na Praia Vermelha, mas tivemos o apoio total, porque havia aqueles que diziam não ser oportuno ainda. Enquanto isso, os elementos do outro lado faziam memoriais aos seus. Então, tive a ideia de fazer uma placa, face à dificuldade de fazer o monumento; escolhemos frase, mas com a ideia de que essa placa fosse reproduzida nas áreas e organizações militares, trazendo um resultado positivo, não da minha iniciativa pessoal, mas lançando uma marca, um desafio aos outros homens de hoje a continuar com a colocação de outras placas no mínimo nos Grandes Comandos e nas Grandes Unidades, e fazer o monumento, que poderia ser na Praia Vermelha, ou dentro da Escola Superior de Guerra ou no Forte de Copacabana, locais por nós propostos. Infelizmente, a ideia principal não vigou, mas a placa está lá com as frases que eu peço que você faça reproduzir na nossa entrevista” (General-de-Brigada Plinio Pitaluga, Tomo 11, pg. 84-85).

Obs.:

A Placa tem os seguintes dizeres:

 

HOMENAGEM

 

AO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO

31  DE  MARÇO

 

            FORÇAS DEMOCRÁTICAS BRASILEIRAS, EM HISTÓRICA MOBILIZAÇÃO CÍVIO-MILITAR, IMPEDIRAM PATRIOTICAMENTE,   EM   31   DE   MARÇO   DE   1964,   A  SUBMISSÃO  DO BRASIL  AOS DITAMES  TOTALITÁRIOS DO MOVIMENTO COMUNISTA INTERNACIONAL.

            O MEMORÁVEL    ACONTECIMENTO    PERMITIU    A   SALVAGUARDA   DA  DEMOCRACIA  E  A CONDUÇÃO DO PAÍS A UM CICLO DE EXTRAORDINÁRIO DESENVOLVIMENTO.

             ESTA PLACA EXPRESSA TAMBÉM O NOSSO ETERNO RECONHECIMENTO AOS CIVIS E MILITARES SACRIFICADOS DESDE  27  DE  NOVEMBRO   DE   1935, NA DEFESA DA ORDEM, DA LIBERDADE E DA DEMOCRACIA.

 

CLUBE MILITAR

31 MAR 2002

 

 

O Coronel Caruso se refere ao Memorial 9 de Novembro, inaugurado em Volta Redonda em 1º. de maio de 1989, de autoria de Oscar Niemayer, em memória da morte de três metalúrgicos grevistas em choque com o Exército. Um dia após a inauguração, o Memorial foi explodido por 30 kg. de explosivos. A pedido do comunista Niemayer, o Memorial foi reconstruído, mantendo as marcas do atentado.

Para manter a memória do Movimento de 1964, reuni vários artigos, alguns de minha autoria, sob o título MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964, que pode ser conferido em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html

F. Maier

 

Monumento aos heróis de 1964

“Esses companheiros são heróis nacionais, que lutaram e arriscaram suas vidas em defesa da lei, da ordem e, sobretudo, do povo brasileiro. A esses mártires se dirigiu o então Ministro do Exército, General Walter Pires de Albuquerque, com a seguinte frase: ‘Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas de armas na mão, para que a nação não fosse levada à anarquia.’ Este pensamento é de uma felicidade rara. Julgo até que esta frase deveria sair dos quartéis, ganhar as ruas, praças e campos e aninhar-se nos corações e nas mentes dos brasileiros, sobretudo dos mais jovens. Além disso, sugiro, como uma atitude de justiça, a construção de um monumento com os nomes de todos esses heróis nacionais que, se no momento estão esquecidos, mais cedo ou mais tarde serão relembrados com muito respeito, até com veneração” (Coronel Francisco Sobreira de Alencar, Tomo 12, pg. 192).

 

GOLBERY TEVE INFLUÊNCIA NO PROGRAMA “AVANÇA BRASIL”, DO PRESIDENTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Compareci a um seminário sobre estratégia, na ECEME, e pude constatar que os estudiosos do assunto consideram o General Golbery um dos mestres da estratégia brasileira e o General Castello Branco o grande suporte dessa estratégia. [entrevistador]

Os dois tinham esta afinidade e idealizaram a ESG. O General Golbery é autor de ‘Geopolítica do Brasil’, livro que inspirou o programa de desenvolvimento estratégico nacional no Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu prestava serviços no Ministério da Justiça e participei, como gestor social, da análise de projetos para certificar se estavam de acordo com os objetivos da política social do Governo FHC. Cerca de 54 metas ou linhas de direção estratégicas, quase todas, coincidem com as ideias do General Golbery. O Presidente Fernando Henrique citava muito esse programa, denominado ‘Avança Brasil’. O General Golbery é um nome de expressão, ontem e hoje, no Brasil” (Coronel Anysio Alves Negrão, Tomo 15, pg. 337).

 

CHINA “UM PAÍS, DOIS SISTEMAS” – MIX DE SOCIALISMO E CAPITALISMO

“Um ex-adido militar na China, General Fernando Cardoso, que comandou a 4ª. Brigada de Infantaria, realizou palestras para nós em Belo Horizonte, mostrando-nos que a China não tem condições de sair do comunismo, porque é um país que, apesar das dimensões físicas, tem pouquíssima área aproveitável, uma gigantesca população e o pessoal está acostumado com aquilo ali. Ele, como adido militar, não podia visitar áreas que não fossem monitoradas.

A mudança dele para lá foi um caos, a melhor área residencial era a dos diplomatas, que lá em Minas comparamos ao conjunto IAPI (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários – já extinto), que é um conjuntinho de classe média, construção simples, apartamentos simples, tipo de construção do BNH.

Como é que se distribuía trabalho e serviço? Quando chegou a mudança, em caminhão aberto, o pessoal que chegou desceu do caminhão, desceu a mobília, colocou no chão, e para eles acabou o serviço; aí, vinha uma outra turma e subia com a mobília, era para dar trabalho para mais gente. Ganham uma ninharia, coisa de dez dólares por mês.

Quando acontecia, por exemplo, de cair uma árvore, você não podia reclamar com ninguém, tinha que falar com o chefe do quarteirão, que acionava um elemento, que vinha cortar os galhos da árvore, e deixava ali, para uma outra equipe preparar as toras para colocar no caminhão, depois, vinha uma outra equipe e levava embora.

Surgia um problema de encanamento na sua casa, tinha um bombeiro em frente, mas você não podia chamá-lo, tinha que informar o chefe de quarteirão para que ele providenciasse a reparação. Quando era pintura, um vinha preparar a parede e ia embora; depois, chegava outro para pintar.

Era tanta gente precisando trabalhar que, no frigir dos ovos, ninguém ganha praticamente nada, mas o governo sustenta. O pessoal vive mal, mas não chega a passar fome. No verão, o pessoal acumula, nos quarteirões, lá no centro, em Beijing, repolhos, cobrindo com plástico; quando chega o inverno, eles se alimentam de sopa de repolho; a população juntava aquilo para a época fria; embora fosse uma coisa que fermenta, dava para aguentar as intempéries; então, era a alimentação deles” (Coronel Carlos Alberto Guedes, Tomo 9, pg. 279-280).

Obs.

Hoje, trinta e poucos anos depois, a China exporta produtos para o mundo inteiro, fábricas de todo o planeta se estabeleceram por lá, inclusive brasileiras, devido aos baixos salários e nenhuma ética trabalhista – sem direito de greve, sindicatos, ditadura cruenta etc. -, de modo que seus produtos têm preços imbatíveis em comparação com o mundo democrático. Aliás, tudo começou com as lojas R$ 1,99, que vendiam quinquilharias chinesas piratas de toda ordem, com brinquedos com plástico tóxico.

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o mundo inteiro deu-se conta em 2020 que ficou refém do regime comunista chinês, imobilizado em camisa-de-força. Produtos de EPIs (máscaras, luvas, respiradores de UTI) foram importados às toneladas da China, para enfrentar a nova doença, não dando conta de atender todos os pedidos, os mortos só aumentando em consequência da Peste que a China espalhou por todo o planeta. Pior: EPIs foram devolvidos à China, por não estarem funcionado – caso dos respiradores.

Com certeza, os países irão mudar no futuro sua conduta em relação à China, para não depender em tudo do novo Império.

F. Maier

 

BOLSONARO TAMBÉM FOI LEMBRADO...

“Querem acabar com as graduações de 3º., 2º, 1º. Sargentos, ficando só sargento; depois acaba com o aspirante, vindo logo tenente, só tenente, depois vem capitão, depois já vem coronel. Estão brincando com assunto sério!...

São coisas que vieram a partir do momento que elegeram deputado três praças da MPMG: dois na câmara estadual e um na federal – o famoso Cabo Júlio. Ou o ‘cara’ é deputado ou é cabo, ou o ‘cara’ é deputado ou é sargento. O Nilton Cerqueira, por exemplo, foi deputado, não foi deputado-general; o Jarbas Passarinho não foi senador-coronel, era o Senador Passarinho.

O próprio Bolsonaro, que saiu do Exército como capitão cursando a EsAO, não vive dizendo que é capitão e conta com muita gente do nosso meio que o aplaude, porque ele fala coisas que nós gostaríamos de falar mas, para mim, ele, de certa forma, aproveitando-se de uma situação, virou porta-voz de parte da família militar no Rio de Janeiro, e, como porta-voz, será sempre eleito; já elegeu o filho vereador no lugar da mulher” (Coronel Carlos Alberto Guedes, Tomo 9, pg. 282).

Obs.

O Presidente Jair Messias Bolsonaro escreveu um artigo, publicado na revista Veja em 3 de setembro de 1986, “O salário está baixo”, que lhe rendeu 15 dias de prisão – cfr. https://veja.abril.com.br/blog/reveja/o-artigo-em-veja-e-a-prisao-de-bolsonaro-nos-anos-1980/.

F. Maier 

 

A IMPORTÂNCIA DO SNI, DOI-CODI E LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

“O SNI foi criado logo no início da Revolução. Foi uma iniciativa importante, pois todos os países desenvolvidos possuíam órgãos semelhantes. O Governo não se preparou para o combate à subversão armada, e foi perdendo terreno na luta contra elementos treinados nas técnicas de terrorismo e de guerrilha, em Cuba, na China e em países satélites da União Soviética. Criados no aceso da luta, a OBAN – Operação Bandeirantes e os Destacamentos de Operações de Informações (DOI), bem como os Centros de Operações de Defesa Interna (CODI), conseguiram reverter a maré montante das ações armadas das esquerdas.

Ótimos resultados foram obtidos na luta antiterrorista, com mínimo de sacrifício de vidas, em tempo curto, algo de fazer inveja a países como a Colômbia, com quarenta anos de guerrilha e 40% de seu território dominado pelas FARC (Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colômbia), para mencionar a mais importante das forças subversivas colombianas” (Coronel Luís de Alencar Araripe, Tomo 2, pg. 249).

“O SNI é fundamental para qualquer governo. Ninguém pode governar sem informações.

Agora, se o SNI, em algum lugar, desviou-se de sua missão, isso não justifica ter-se acabado com ele. A solução era adequá-lo, era o seu aprimoramento naquelas áreas, regiões ou cidades onde o controle de suas ações houvesse detectado qualquer disfunção no órgão.

É básico que qualquer presidente de qualquer Estado tenha um serviço de informações que assessore.

Só para citar, a maior democracia do mundo – os Estados Unidos – tem o FBI para assuntos internos, CIA para assuntos externos, a NSA, que ninguém conhece e que faz qualquer negócio e informa ao presidente. Além de tudo isso, têm um Serviço Secreto das Forças Armadas. Aliás, as Forças Armadas de todos os países do Grupo dos Sete têm um serviço secreto nos moldes dos norte-americanos. E todos são democracias – Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Japão e Canadá.

Agora, aqui no Brasil, ridicularizaram o Serviço de Informações, coisa da Rede Globo, que passou a chamar os agentes de ‘arapongas’. Ela deu início a esse processo de desmoralização, quando a Revolução deixou o Poder” (Coronel Henrique Carlos Guedes, Tomo 3, pg. 273).

“A Escola Nacional de Informações (EsNI) fazia uma seleção rigorosa do pessoal, tanto do ponto de vista intelectual, como cultural, e mantinha intercâmbio com órgãos de informação de vários países, como os Estados Unidos, Alemanha, França e Israel. Os civis, que constituíam a grande maioria dos alunos, recebiam formação de alto nível para análise de problemas internos e externos e para assessoramento da Presidência da República” (Coronel Genivaldo Catão Torquato, Tomo 4, pg. 144).

 

A origem da Operação Bandeirante, depois DOI/CODI/IIEx

“Fui para o II Exército, para a 2ª. Seção, lá ficando por dois anos. Ao término desses dois anos, vagou-se o comando do DOI e fui convidado para exercer função no DOI, no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna do II Exército (DOI/CODI/IIEx). Assumi, por dois anos, a Chefia do DOI/CODI, é bom que se diga que o nome original era Operação Bandeirante, porque foi desencadeada no Vale da Ribeira, em São Paulo, ganhando esse nome. O Vale da Ribeira é uma área rural, mas a parte da cidade, a parte urbana, também estava efervescendo.

Os que trabalharam, após terminar o problema do Vale da Ribeira [guerrilha de Carlos Lamarca], vieram para São Paulo e, aproveitando uma área ociosa de uma delegacia policial, montaram uma estrutura de informações chamada então de DOI/CODI, passando a existir um em cada Comando de Exército naquela época e o primeiro Comandante do DOI em São Paulo foi o Tenente-Coronel Waldir Coelho.

(...)

É interessante lembrar que o DOI/CODI era uma organização mista: o comando era de um oficial do Exército, mas existia pessoal da Aeronáutica, da Polícia Civil, Polícia Militar, uns sargentos (homens e mulheres) da Polícia Militar de São Paulo, excelentes profissionais.

(...)

Assumi o comando numa época que já não era a pior, como a vivida pelo Waldir Coelho, o período do Ustra, épocas muito mais difíceis. Quando assumi o comando do DOI foi imediatamente após o episódio da morte do Bicalho Lanna, que faleceu num tiroteio com a Polícia.

A história do Bicalho Lanna é até interessante, valendo a pena contar. A sua companheira era uma moça chamada, pelos documentos, apreendidos com ela, Esmeralda Siqueira de Aguiar. Dois dias depois da sua morte e de seu enterro com o nome de Esmeralda Siqueira Aguiar, compareceu ao II Exército um tenente-coronel de Engenharia que servia em Recife. Esse tenente-coronel chega e diz: ‘Essa moça não é Esmeralda, é a minha filha – chamava-se Sônia Maria’. Então, demos para ele o número da sepultura, onde ela havia sido enterrada e o problema acabou para nós.

Anos depois, esse cidadão, já como professor, transformou-se no primeiro chefe ou líder de terroristas, embora fosse um tenente-coronel da Arma de Engenharia, aparece cobrando providências do Exército pelo fato de que teríamos escondido o cadáver da filha dele, o que, na verdade, é uma mentira que ele propagou, porque, infelizmente, naquela época, não pegamos dele uma declaração escrita de que ele fora notificado de tudo que sabíamos a respeito de sua filha.

Esse fato nos perturbou bastante, porque fomos acusados de coisas, como o de esconder corpos no cemitério de Perus, que foi totalmente revirado, com a violação de numerosas covas de indigentes, que não tinham nada a ver com a sepultura de Esmeralda ou Sônia Maria, local que conheciam bem, que sabiam onde estava, porque foi dito para eles. Então, até essas coisas aconteceram, esse tipo de desinformação com o objetivo de confundir o povo e denegrir o Exército” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 148-149).

“Com relação aos DOI-CODI, é preciso ver as circunstâncias em que esses órgãos foram criados desde a Operação Bandeirante (OBAN) e, posteriormente, os DOI-CODI propriamente ditos. O que significa? DOI – Destacamento de Operações de Informações – CODI – Centro de Operações de Defesa Interna. Então, os Centros de Operações de Defesa Interna, na realidade, eram superiores aos DOI, que eram os executores. Por que esta organização foi criada? Primeiro, porque quem devia fazer, por lei, me desculpe, não fez. Ministério da Justiça e Polícia Federal nunca fizeram absolutamente nada. Segundo, as Polícias dos Estados, eram incapazes para, sozinhas, assumirem tais encargos. Existiam, embrionariamente, os chamados DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), mas com uma atuação muito limitada. E a coisa veio estourar na mão de quem tinha que estourar, como, aliás, a História do Brasil é rica em mostrar, nas mãos das Forças Armadas. É só ler a legislação da época e ver quem era o encarregado de fazer o quê; na realidade, nunca fez. Acabou so nossa responsabilidade” (Coronel Irtonio Pereira Rippel, Tomo 10, pg. 374).

“Outro ponto em que elementos ditos revolucionários foram além das suas atribuições diz respeito ao problema dos Centros de Operações de Defesa Interna/Destacamento de Operações de Informações (CODI/DOI). Eles não foram responsáveis; o erro foi colocar o Exército em missões de polícia, advindo com isso uma deterioração dos princípios morais de nosso pessoal, porque eles foram trabalhar com gente de outra formação. Foi um prejuízo para a oficialidade mais jovem” (General-de-Brigada Ruy Leal Campello, Tomo 3, pg. 74).

“No episódio de guerrilha e na luta contra a subversão, acabou ocorrendo algo um pouco danoso para o Exército. Fomos obrigados a reunir, por exemplo, nos DOI (Destacamento de Operações de Informações), gente nossa, da Polícia Civil e da Polícia Militar. Por isso, terminamos por adotar métodos de interrogatórios de presos, e outros, que não nos eram comuns, mas sim à Polícia, principalmente a Polícia Civil, que estava acostumada a lidar com esse esquema, O que, até hoje, pesa, porque é nesta tecla que nossos adversários, sobretudo da mídia, mais batem, e acusam-nos de tortura. Sou contra a tortura. Bater ou maltratar alguém que está indefeso não faz parte da nossa índole, nem eu jamais faria isso. Mas reconheço que, às vezes, foi necessária uma certa dureza, para prevenir atentados, para descobrir, junto àqueles fanáticos que eram presos e se recusavam a falar, onde seria o próximo ato terrorista. São exemplos, o assassínio do Soldado Mário Kozel Filho, no II Exército, e as ações de Lamarca, entre muitos outros. Então, era preciso executar uma busca de informações mais agressiva, sem querer justificar a tortura, às vezes cometida, ou outro qualquer exagero” (General-de-Exército Domingos Miguel Antonio Gazzineo, Tomo 4, pg. 39).

“O combate ao terrorismo e à subversão ganhou muito a partir da centralização das informações de Defesa Interna e das Operações de Informações através de um único órgão – o DOI – e sob o comando único deste órgão. Com esta solução genuinamente brasileira, até imitada por outros países, o combate ao terrorismo e à subversão passou a obter muito mais êxito.

Do efetivo total do Exército de cerca de 150 mil homens, foram empenhados no combate à subversão e ao terrorismo, em todo o território nacional, apenas cerca de quatrocentos homens nos DOI e cinquenta no Centro de Informações do Exército, além, é claro, da colaboração de policiais militares e civis, e de outros órgãos” (General-de-Brigada Niaze Almeida Gerude, Tomo 11, pg. 113-114).

 

As ossadas de Perus

“Quando Luiza Erundina foi prefeita de São Paulo, criou a campanha das ‘ossadas de Perus’. Todos devem estar lembrados de que os jornais noticiavam, naquela época, nas manchetes em primeira página e as tevês nos seus noticiários de horário nobre, o escândalo o que chamavam de descoberta do cemitério clandestino de Perus, organizado, segundo eles, pela ditadura em São Paulo. Fotos e vídeos mostravam corpos e mais corpos sendo desenterrados. As manchetes estampavam que lá estavam enterrados milhares de desaparecidos. Legistas da Universidade de Campinas (UNICAMP), liderados por Badam Palhares, foram recrutados para auxiliar na identificação deste número enorme de corpos de desaparecidos e que, afinal, haviam sido descobertos. A comissão de mortos e desaparecidos elaborou uma lista e por mais que se esforçasse, conseguiu listar 136 desaparecidos em todo o Brasil, um número muito menor, portanto, que os milhares que dona Erundina apregoou ter encontrado.

Em todos os cemitérios, existe um local onde são enterrados os indigentes e também os corpos daqueles que, após um certo período, as famílias não renovam o aluguel das covas ou dos jazigos ou das sepulturas onde foram enterradas. Estes, na realidade, são muitos e com o acúmulo dos anos devem chegar aos milhares. Lá nesse cemitério, podem ser encontrados corpos de terroristas que morreram em combate e que portavam documentos de identidade falsos/verdadeiros. Falsos, porque foram conseguidos através de uma certidão de nascimento falsificada; verdadeiros, porque foram fornecidos legalmente por um serviço de identificação a partir dessa certidão falsificada. Assim, o terrorista morto em combate era enterrado como indigente, com o nome da identidade que portava no momento do óbito, caso a família não procurasse o corpo. Tudo feito às claras, devidamente registrado no cemitério e, também, no inquérito policial que apurava o caso. Nunca tivemos cemitério clandestino” (Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, Tomo 5, pg. 233-234).

Obs.

O Coronel Maciel foi comandante do DOI-CODI em São Paulo. Ele foi denunciado pelo MPF-SP, pela morte de um advogado, provando que a Lei da Anistia só vale para terroristas - cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/revanchismo-alcanca-o-coronel-audir.html.

Sobre as Ossadas do Cemitério de Perus, ver o texto https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/as-ossadas-do-cemiterio-de-perus.html

E o texto de Roberto Campos, "Nostalgia das ossadas" - https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/8/04/brasil/3.html.

F. Maier

 

POLÍCIA FEDERAL – CONSIDERADO MODELO PELO CHEFE DO FBI

“Quando procuro traçar um paralelo entre o atual desempenho da Polícia Federal, em nossos dias, e o de sua época de criação, estabelece-se uma questão que remete à própria reorganização da Polícia Federal. Foi com absoluta prioridade que o Presidente Castello nos deu a missão de reestruturá-la, tornando-a, efetivamente, capaz de atuar no âmbito nacional. Até então, estava restrita ao Distrito Federal, em nível de polícia estadual. Percebia-se a necessidade de um instrumento operacional, em nível federal, vale dizer, de nível mais alto. É essa a colocação piramidal dos serviços de segurança pública num Estado nacional, como o Brasil.

O Governo deveria dispor de uma autoridade com liberdade de ação no nível operacional, processante, isto é, responsável por seus atos, enquanto que um Serviço de Inteligência, como o SNI, fizesse avaliações, estimativas. (...)

A missão ficou a nosso cargo, com plena liberdade para a realização desse propósito, que se traduziu no Projeto de Lei da Polícia Federal e pela segunda vez – a primeira foi o Projeto do SNI, de julho a agosto de 1964 – foi invocado o Parágrafo Único do Artigo 4º. do Ato Institucional no. 1, que previa o prazo de 30 dias para a apreciação pelo Congresso de projetos de relevância do Governo. Vejam a importância atribuída a esses dois institutos. Solicitou-se ao relator, Deputado Peracchi Barcelos, que o projeto não sofresse emendas, o que aconteceu. Logo no segundo dia de tramitação foram apresentadas 109 emendas, 107 das quais de uma só origem, dos advogados da H. Stern. Por quê? Porque um dos propósitos da Polícia Federal, previstos na sua reorganização, era reprimir os ilícitos penais contra os interesses da União e, no caso dessa Firma, o contrabando e o descaminho de pedras preciosas e ouro.

Criamos duas Divisões, uma de repressão ao contrabando e descaminho e outra de polícia fazendária. Em uma exposição que fiz sobre a nova Polícia Federal, o projeto foi considerado modelar pelo FBI, na expressão do próprio Diretor, Sr. J. Edgar Hoover, no seu Gabinete, em julho de 1965, quando fui convidado para conhecer a estrutura do FBI e da CIA. Ele teve a humildade de dizer que esta era a organização dos seus sonhos. Perguntei-lhe, por que, estando há 40 anos na direção, não realizara algo semelhante, e ele respondeu que, ao contrário do que se possa imaginar, os americanos são muito conservadores. Muitas ações que constitucionalmente são da alçada da Polícia Federal estão sendo executadas por outras entidades, que as assumiram, à medida que as necessidades foram exigindo.

Conto esse fato para valorizar o Governo de 1964, na medida em que deu prioridade e garantiu a realização da nova estrutura. A característica dessa Polícia Federal foi a descentralização em superintendências que cobrem todas as áreas do território nacional. Como lembrei há pouco, não tínhamos nem como falar com a Amazônia Ocidental, a não ser através de contrabandistas. A Direção Central, em Brasília, coordenaria todas as atividades, através das superintendências, cujo número seria variável, consoante a evolução da conjuntura nacional ou regional.

A minha inspiração foram as mesmas idéias que depois geraram o Decreto-Lei 200. Conheci-as no trabalho com o Hélio Beltrão, no Governo da Guanabara, em 1961. Basicamente, centraliza a direção e o controle, mas descentraliza a execução, proporcionando, assim, uma dinâmica operacional extremamente flexível e eficaz.

Essa organização, depois de implantada, produziu excepcionais resultados durante décadas. Lamentavelmente, com profunda tristeza de minha parte, esta pirâmide tão bem concebida, fundada, inclusive, na Constituição de 1967, vem sendo dilapidada. As 14 atribuições foram retiradas da Constituição de 1988.

(...)

Acho totalmente inconcebível e incompreensível que esse patrimônio de 1964, incluindo o próprio SNI, venha sendo desmontado, enquanto o próprio FBI, com o consentimento do Governo Federal, instalou uma agência em Brasília. Faço questão de deixar registrado que é com profunda mágoa que vejo o FBI imiscuir-se em nossas atividades, por solicitação do nosso próprio Governo” (Coronel Amerino Raposo Filho, Tomo 2, pg. 289-290).

“A Polícia Federal também combateu a subversão, como o DOI?

Não. Lá, fazia-se o combate a outros tipos de crime, como tráfico de drogas, contrabando. Subversão, não! O pessoal era composto de policiais federais formados pela Academia de Polícia” (Tenente-Coronel Hiran Gomes Cavalcanti, Tomo 6, pg. 268).

 

ÁREA LIBERADA PARA O MCI

“O Sr. João Amazonas, do PC do B, iludiu vários jovens, sobretudo universitários, e os jogou dentro dessa área, com o objetivo primordial e deliberado de formar uma ‘área liberada’ para o movimento comunista internacional, que fosse reconhecida pelos países da cortina de ferro, os países comunistas da Europa Centro-Oriental. Essa região de selva, de mata densa, de fácil transporte fluvial, rica de alimentos, permitindo adequada sobrevivência, foi criteriosamente selecionada para ações de guerrilha, com a finalidade já indicada. E quem eram esses guerrilheiros? Jovens enganados, explorados pelos arroubos de sua juventude, orientados na ilusão de que iriam salvar o Brasil, e, assim, foram mandados para lá. Envidaram todos os esforços e adotaram todos os métodos e processos para que a área não fosse descoberta, nem conhecidas suas intenções pelas autoridades constituídas. As Forças Armadas, que eles tachavam de repressivas, por um acaso e por uma sorte, descobriram a área e o que lá se passava, antes que fosse tarde demais, antes que eles dominassem o lugar e o ocupassem à maneira militar” (Coronel Genivaldo Catão Torquato, Tomo 4, pg. 149).

 

 

A IGREJA CATÓLICA, OS BISPOS VERMELHOS E OS PADRES DE PASSEATA

Movimento esquerdista na Igreja Católica

“Depois da guerra, entre 1950 a 1960, apareceu um movimento de tendência claramente esquerdista e socializante nos meios católicos.

Essa influência proveio da Universidade de Luvain, na Bélgica. Então, veio para cá grande número de padres dominicanos formados em Luvain, e aqui difundiram o pensamento pseudocrístão, mas de tendências claramente socialistas.

E é preciso reconhecer que eram homens de grande cultura, como todo prestígio de terem vindo do exterior e foram logo apoiados por vários bispos importantes aqui do Brasil, principalmente Dom Hélder Câmara, que naquele momento gozava de um prestígio ímpar; posteriormente foi apoiado pelo Cardeal Mota (Com Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota), aqui em São Paulo.

Esses elementos esquerdistas conseguiram criar, aqui no Brasil, uma novidade, que foi a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Essa CNBB se arrogou o direito de falar em nome da Igreja e como ela era integrada por alguns poucos bispos claramente socialistas, começou a propagar, em nome da Igreja, princípios, ideias e concepções claramente esquerdistas.

Assim, por exemplo, quando se desencadeou o moimento das reformas de base aqui no Brasil, por volta de 1960, todo episcopado representado pela CNBB apoiou essas reformas de base. A maioria dos bispos não se interessava pelos assuntos e às vezes até eram contrários às orientações esquerdistas, mas eles não eram figuras proeminentes e não tinham o apoio da CNBB.

Então, o que é que aconteceu? Os bispos liderados por Dom Hélder Câmara e pelo Cardeal Mota dominaram a CNBB e espalharam pelo Brasil a noção de que a Igreja era a favor da luta dos pobres contra os ricos, que era preciso limitar os direitos de propriedade, que era preciso combater o ‘imperialismo americano’, que a solução cubana era condenável por ser uma revolução ateia, mas do ponto de vista social era muito instrutiva etc. Vários padres, entre eles o Frei Beto, começaram a viajar para Cuba e falar nos sermões: ‘É preciso haver reformas de base no Brasil, é preciso haver uma revolução social no Brasil, é preciso combater o capitalismo, é preciso acabar com o imperialismo americano.’ Enfim, todas essas teses clássicas da esquerda.

Diante desse quadro, nosso movimento, quer dizer, o movimento Tradição, Família e Propriedade (TFP), que foi fundado e dirigido por Plínio Corrêa de Oliveira, chamou a si a tarefa de tentar esclarecer ao público que as reformas da base e todas as medidas de caráter socializante não eram imposições da Igreja. Eram propostas de apenas alguns membros proeminentes do catolicismo, mas que a Igreja como tal, em sua doutrina, era contrária a isso. Ela sempre defendeu os princípios da propriedade privada, da liberdade humana e sempre condenou o regime comunista.

Então, querer transformar o Brasil num regime simpático ao comunismo era uma coisa contrária à doutrina da Igreja. Mas isso o povo não sabia e essa tarefa a TFP decidiu assumir e se dedicou durante mais de dez anos a tentar elucidar a opinião pública a esse respeito.

A principal obra que a TFP publicou, naqueles idos, foi a ‘Reforma Agrária – Questão de Consciência’, uma crítica à primeira Lei de Reforma Agrária que houve aqui no Brasil, apresentada em março de 1960 pelo Governo de Carvalho Pinto” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 296-297).

Obs.

Em 2010, houve o relançamento do livro, comemorando 50 anos de sua publicação original. Pode ser baixado em pdf em https://www.pliniocorreadeoliveira.info/livros/1960%20-%20ReformaAgrariaQuestConci%C3%AAncia.pdf

Quando estudei no Seminário Santo Antônio, dos padres franciscanos, em Agudos, SP, de 1965 a 1969, um padre professor se referia à TFP como “Todos Filhos da Puta”, provando que o esquerdismo tinha se infiltrado firme junto aos franciscanos – assim como dentro da Editora Vozes, de Petrópolis, RJ, de propriedade dos franciscanos, onde o expoente da Teologia da Libertação, no Brasil, ex-frei Leonardo Boff, publicou inúmeros livros.

F. Maier

“Era professor no Liceu Coração de Jesus, na cadeira de Sistemas Econômicos e o Cardeal Mota tomou posse aqui em São Paulo, se não me engano, em julho ou agosto, quase no fim do ano de 1960 ou 1961. O superior do colégio me procurou e disse:

- Dr. Adolpho, os alunos gostam muito do senhor, têm uma verdadeira veneração pelo senhor e lamento muito, mas recebi ordens superiores em que o senhor precisa deixar de ensinar aqui na faculdade.

- Não tem problema – respondi. Estamos em outubro, falta apenas um mês de aulas; dou este mês de aulas que falta para encerrar o ano letivo e no ano que vem não retorno mais à faculdade.

Não comentei com os alunos e na semana seguinte voltei para dar aula. O reitor me procurou, muito envergonhado, e disse:

- Olhe doutro, é um sacrifício para mim, mas tenho que dar uma informação ao senhor: a ordem dada pelo Cardeal é de que o senhor abandone esta faculdade, já. Não pode nem acabar o ano letivo.

Passei pelo vexame de ser afastado de uma cadeira durante o último mês de ensino, o que, sem dúvida, era uma violência. Nós também tínhamos editado um jornal legionário, aqui em São Paulo, e foi a primeira coisa que o Cardeal mandou confiscar; enfim, se seguiram perseguições de todo jeito.

Agora tivemos a sorte de ter dois prelados que nos apoiaram muito, um foi Dom Geraldo de Proença Sigaud, que morava em Belo Horizonte, e o outro Dom Antonio de Castro Mayer, que foi bispo de Campos. Esses dois, o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira e mais o economista Luís Mendonça de Freitas é que escreveram o livro ‘Reforma Agrária – Questão de Consciência’ ” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 298).

Obs.

Dom Geraldo de Proença Sigaud é autor do “Catecismo Anticomunista”, que pode ser acessado em

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/catecismo-anticomunista-dom-geraldo-de.html

F. Maier

“Aproveito para lembrar que no dia 7 de setembro, em Pelotas, Dom Chemello – religioso de alta hierarquia da Igreja – não quis rezar a missa da Independência, que normalmente é celebrada, dizendo que ‘o Brasil não era um País independente’. E ele está aí, Dom Chemello.

Essa é a parte da Igreja de passeata, os ‘progressistas’; esses homens são deletérios, mas estão aí” (General-de-Brigada Ruy Leal Campello – Tomo 3, pg. 75-76).

“A Igreja, em 1964, estava do nosso lado, sem nenhuma dúvida, com raras exceções, como a de um padre que foi preso pela Polícia do Exército, por estar à frente de um ‘grupo dos onze’, organização criada pelo Brizola, para atuar em prol da revolução que pretendiam realizar. Mas a Igreja, em peso, estava do nosso lado. Mudou depois, quando para cá vieram padres estrangeiros, a maioria proveniente de um seminário na Bélgica. Essa gente chegou mostrando claramente que se posicionava contra nós militares.

Com eles, aparece Leonardo Boff, com a tal Teologia da Libertação, já conhecida na Bélgica, que se volta contra tudo que a Igreja tradicional – a Igreja Católica Apostólica Romana – ensinara até então” (Coronel Henrique Carlos Guedes, Tomo 3, pg. 255).

“Até que um dia recebemos ordens para construir – eu não, o Erasmo Dias, que era o Secretário de Segurança – uma prisão especial para eles, em São Paulo. Fui procurado até por um bispo, a mando de Dom Evaristo Arns, para examinar as condições da prisão. Juntos, eu e o Erasmo mostramos-lhe a prisão, percorremos todas as dependências, muito boa prisão, de muito respeito à pessoa humana, até que fiz uma pergunta:

- Senhor bispo, nunca vi o senhor ou qualquer outro padre rezando no túmulo do Capitão Mendes, que teve a sua cabeça esmagada pelo Lamarca e seu bando. Por que o senhor não reza pela alma do Capitão Mendes?

- Não, o senhor me entenda, as nossas missas são comunitárias – respondeu.

- E quando é missa ara comunista, é individual? – perguntei.

Ele calou-se. Então, é preciso que a Igreja se posicione em busca de Deus e não das coisas terrenas” (General-de-Divisão Francisco Batista Torres de Melo, Tomo 4, pg. 61-62).

“Verificamos que na própria Igreja, Dom Eugênio Sales, que considero um santo, queria afastar todos os padres da política; mas, do outro lado, havia um Dom Evaristo Arns, que só celebrava missa quando morria um subversivo. Aqui mesmo, em Fortaleza, tivemos um arcebispo que nunca celebrou missa na páscoa dos militares; por fim, havia um padre, em Minas Gerais, cujo carro portava o adesivo OPTEI (o ‘O’ azul e o ‘PT’ vermelho), quer dizer, petista” (Tenente-Coronel Murilo Walderk Menezes de Serpa, Tomo 4, pg. 204).

 

Cursilhos da Igreja Católica

“Na Praia Vermelha, durante o curso [ECEME], passei os anos de 1959 a 1961. Nessa época, a nossa preocupação com o processo de comunização do País permanecia muito grande. Acontecia em todas as áreas, principalmente no âmbito da Igreja Católica. Cito, por exemplo, no caso, os dominicanos, que estavam sendo claramente utilizados. Naqueles tempos em que se tornavam comuns os cursilho e coisas assim. Nas missas, em plena homilia, entrava o programa de reforma agrária do governo, algo desse tipo” (Coronel José Campedelli, Tomo 15, pg. 271).

 “A partir de 1967 e 1968, sofreu a Igreja uma infiltração comunista expressiva, surgindo os radicais da Teologia da Libertação (os Boffs e os Betos), que passaram a atuar intensamente nas tais comunidades eclesiais de base, os ‘padres de passeata’, o ‘Cardeal Vermelho’ – Evaristo Arns, que foi, a meu ver, o principal aliado que os comunistas contaram e contam até hoje, na Igreja, tendo abraçado, com todo empenho, não faz muito tempo, a causa dos sequestradores do empresário Abílio Diniz, cujos crimes hediondos devem, para ele, ser perdoados porque são de natureza ideológica, isto é, são de natureza comunista, a única ideologia que merece perdão e louvor para Arns e seus asseclas, fanáticos defensores de terroristas-torturadores que gostam muito mais de dinheiro do que da ideologia comunista que alegam defender por meio de seus crimes” (General-de-Brigada Geraldo Luiz Nery da Silva, Tomo 10, pg. 216).

Obs.

Para conhecer o elo dominicano com o terrorista Carlos Marighella, especialmente a participação de Frei Betto, acesse https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/frei-betto-o-elo-dominicano-com-o.html.

F. Maier

 

“A Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo foi para nós sumamente importante, porque nos deu uma força enorme. Pela primeira vez, vimos que a opinião pública em geral estava a nosso favor.

A própria Igreja participou. [entrevistador]

A Igreja também, depois é que a Igreja virou, depois da Revolução eles sofreram infiltrações, quase todas oriundas do exterior, e mudaram de opinião.

Eles, ao se infiltrarem na Igreja, conseguiram arranjar os padres de passeata e os cardeais, tipo Evaristo Arns, que gosta mais de Cuba e de sequestradores estrangeiros do que do Pai Nosso e dos infelizes sequestrados brasileiros.

Esse tal Evaristo Arns escrevia cartas amorosas até em tom suspeito para o Fidel Castro. Tem uma carta ele publicada nos jornais em que ele faz uma declaração de amor ao Fidel Castro.

Figura irritante, a começar pela voz, fervoroso defensor de sequestradores. [entrevistador]

E o Dom Hélder Câmara era do Partido Integralista, sempre foi politizado, foi integralista primeiro, mas se deu mal, pois o próprio Getúlio destruiu o integralismo; ele pulou, então, para o Partido Comunista e vivia criticando o Lacerda. Era o divertimento desse perigoso e vingativo elemento, sobre o qual há histórias escabrosas” (Coronel-Aviador Gustavo Eugenio de Oliveira Borges, Tomo 10, pg. 293).

Obs.

A carta de Dom Paulo Evaristo Arns, o "Aiatolá de Forquilhinha", para Fidel Castro (“Queridíssimo Fidel”) pode ser lida em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/queridissimo-fidel-carta-de-dom-paulo.html.

F. Maier

 

Catecismo comunista dos padres salesianos

“As ações no campo militar foram adequadas, mas não surtiram a eficácia desejada. O terrorismo nos demais campos do Poder não foi combatido, ao contrário, os métodos empregados foram totalmente ineficientes. Para que se tenha uma rápida ideia do que afirmo, até catecismo subversivo foi distribuído pelos padres salesianos às crianças católicas” (General-de-Brigada Arlênio Souza da Costa, Tomo 13, pg. 171).

 

PUC de Dom Arns: Templo da Subversão

“O episódio de 22 de setembro de 1977, conhecido como da ‘PUC’ (Pontifícia Universidade Católica), foi a última manifestação de desobediência civil, após cerca de uma dezena de manifestações semelhantes. (...)

(...)

O episódio da PUC, como se disse, após mais de uma dezena de tratativas frustradas pelo Movimento Estudantil, foi planejada dentro de outras características e circunstâncias, sob o resguardo do local bafejado pela ‘proteção magnífica de Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo de São Paulo’. A PUC tornou-se o pretenso bastião intocável e seguro de toda atividade de desobediência civil, que tinha como objetivo capital proporcionar, com sucesso, a realização de Congresso da UNE, que até então não tinham conseguido em outros locais. O próprio Centro Acadêmico da PUC era sede de toda a ‘imprensa’ do movimento, tudo sob a guarda da Pontifícia Universidade Católica, transformada ‘templo da subversão’ sob pretenso manto de ‘templo da religião’ ” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg. 147).

“Na época da eclosão do movimento que depôs o Jango, diria, que quase toda a Igreja voltara-se contra o processo de comunização do País, conduzido pelo próprio Governo, apoiando e participando das Marchas da Família com Deus pela Liberdade.

Depois, é que a Igreja começou a sofrer influência do movimento comunista internacional, que se infiltrou nos seminários, transformando boa parcela do clero em adversária da Revolução de 1964.

Ficamos com o grupo dos conservadores, que se opunha a tal igreja progressista entre aspas, adepta da teologia da libertação, de Leonardo Boff, ligada ao regime de Cuba, aos terroristas e sequestradores, representada, no Brasil, por Evaristo Arns, ‘Frei Betto’, o próprio Boff e outros.

O Evaristo Arns vem demonstrando, até os dias de hoje, um carinho especial pelos sequestradores, principalmente os estrangeiros, como os do Abílio Diniz, alegando que se tratava de um sequestro político. Chamá-lo de cardeal é até uma ofensa à Igreja!

Essa Igreja, que se intitulava progressista, fez oposição à Revolução, assim como vários intelectuais, pseudo-intelectuais e a maioria dos artistas. Não conseguimos trazê-los para nós. Eles foram absorvidos pelo movimento comunista internacional – o MCI – como o Vandré...” (Coronel Hamilton Otero Sanches, Tomo 9, pg. 341-342).

 

“Nacionalizando os bispos”

“Fui presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que me ensejou conseguir junto ao Ministro do Exército uma visita de estudos com um grupo de deputados federais à Amazônia.

(...)

Um episódio marcante merece ser relembrado. A existência de ‘religiões’ de vários matizes na Amazônia tem sido discutida, seja no problema indígena, na questão de sua ‘internacionalização’, e no ‘esquerdismo’ do problema da terra.

O General Leônidas, então Comandante da Amazônia, realizou para a comitiva uma palestra reservada sobre esses problemas. Tendo sido, como Coronel, Adido Militar na Colômbia, informou-nos de que naquele país, para evitar a influência religiosa estrangeira, ‘nacionalizaram os bispos da Igreja’, sugerindo que fizéssemos o mesmo. De pronto, encampei a ideia e, quando em Brasília, apresentei uma emenda a Projeto de Lei tramitando na Câmara dos Deputados, ‘nacionalizando os bispos’. Era sabido o falto de que certos bispos naquela área eram estrangeiros, defensores de ‘filosofias do progressismo esquerdista’, outros da ‘doutrina de internacionalização da Amazônia’ e da famigerada tese da ‘ocupação da terra’.

Certo dia, o Presidente Figueiredo me interpelou, demonstrando a situação difícil e indesejável da minha emenda, que já vinha sofrendo críticas severas dos bispos ‘esquerdistas’. Não tive condições de continuar a defender a proposta e, dada a insistência do Presidente, retirei minha emenda” (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg. 152-153).

 

A CNBB em 1964, segundo o New York Times

“No dia 26 de maio de 1964, um grupo de bispos elogiou a Revolução: ‘as Forças Armadas intervieram a tempo de impedir a implantação de um regime bolchevista no País’.

Naturalmente, esse grupo de bispos era uma parte da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Nessa época, segundo o New York Times, dentre os seus duzentos e quarenta membros, havia a seguinte distribuição: cerca de cinquenta conservadores, mais ou menos quarenta radicais de esquerda e mais cento e cinquenta moderados.

Ao mesmo tempo que o Presidente se dava muito bem com o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, vamos dizer assim, a Igreja encontrava-se dividida em três correntes.

Na chamada corrente progressista, despontava Dom Helder Câmara. Os conservadores tinham como figura mais expressiva Dom Geraldo Sigaud, de Diamantina, e entre os moderados destacavam-se Dom Eugênio Salles e o próprio Dom Jaime.

A maioria da Igreja, notadamente a hierarquia, em sua maior expressão, no seu maior contexto, mostrava-se favorável à revolução; os católicos mais jovens mostravam-se perplexos e já começavam a criar uma série de organizações, dentre as quais a Ação Católica Brasileira e a Ação Popular; movimentos de padres.

Daí nasceram dois braços muito conhecidos: Juventude Estudantil Católica (JUC) e Juventude Operária Católica (JOC)” (General-de-Brigada Danilo Venturini, Tomo 15, pg. 158-159).

 

Geisel gostava da companhia de um bispo vermelho...

“Em 1978, como Chefe do Estado-Maior da 23ª. Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá/PA, fui proibido de comparecer ao aeroporto para recepcionar o Presidente Geisel. Ele contava com a presença do bispo ‘comunistóide’ da diocese, se não me engano Dom Alano; está esperando por ele até hoje. A 23ª. Brigada era secundária...” (General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 59).

 

“Em Cima da Hora - A Conquista Sem Guerra”

“Na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que tinha à sua frente padres, freiras, irmãs etc. E depois, por que é que virou? Virou por vários motivos, sendo um deles pelo fato, ocorrido um pouco mais tarde, de ascensão a posições de mando, na cúpula da Igreja, de figuras que foram especialmente preparadas, desde a sua entrada nos seminários, para mudar os rumos ideológicos das religiões. Assim como nos partidos comunistas, orientados pelo PCUS –Partido Comunista da União Soviética. Esta realidade é contada, de maneira maravilhosa, num grande livro, que para mim ainda é o ‘grande manual’, escrito pela socialista francesa, falecida há alguns anos, Suzane Labin, chamado ‘Em Cima da Hora’, onde ela, com conhecimento de causa, mostra a forma de atuarem os comunistas” (General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 40).

Obs.

Uma resenha do livro “Em Cima da Hora - A Conquista Sem Guerra”, de Suzane Labin, traduzido por Carlos Lacerda, pode ser vista em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/livro-em-cima-da-hora-de-suzanne-labin.html.

F. Maier

 

O padre Alípio de Freitas

“A agitação comunista era permanente. Inclusive, foi quando ocorreu a visita do célebre Padre Alípio de Freitas, português, comunista violento, que fazia a pregação ostensiva da invasão de terras. A própria área de exercícios do Exército, Sicã [no RS], esteve ameaçada e tivemos que tomar providências para protegê-la” (Coronel José Campedelli, Tomo 15, pg. 275).

“O Comandante do 15º. RI, assim que soube da eclosão do Movimento, em Minas Gerais, comandado pelo General Olympio Mourão Filho, reuniu os oficiais e disse que, a partir daquele momento, o Regimento estava em estado revolucionário e, ainda, perguntou quais os oficiais que aderiam ao Movimento.

Somente dois oficiais ficaram a favor do governo: um capitão comandante de Companhia e o veterinário. O comandante, de imediato, deu ordem de prisão a eles.

Passado o impacto inicial, começaram a aparecer os comícios dirigidos por organizações esquerdistas; para um deles veio o conhecido subversivo Padre Alípio de Freitas, que seria um dos oradores do comício na Praça 1817, em João Pessoa.

Ele era padre mesmo e era português, se não me engano.

O coronel convocou a equipe de segurança para prendê-lo.

Terminado o comício, o Padre Alípio e alguns dirigentes da esquerda foram para um restaurante próximo da praça; o Coronel D’Ávila Mello entrou comigo, com o Tenente R/2 Protásio e dois sargentos da 2ª. Seção e, dirigindo-se à mesa onde estavam os dirigentes esquerdistas, deu voz de prisão ao Padre Alípio.

Os esquerdistas tentaram levantar-se, mas o padre pediu que eles permanecessem quietos.

Ele foi recolhido ao quartel e posteriormente seguiu para o Sul.        

“Em 20 de março [1964], o Comandante da 1ª./23º. RI, de Tubarão – SC, informou a realização de comícios nas cidades de Araranguá e Criciúma, tendo como um dos oradores o Padre Alípio de Freitas, e que tinha havido tiroteio” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 8, pg. 111).

Obs.

O Padre Alípio é considerado o autor intelectual do atentado terrorista no Aeroporto dos Guararapes, em 1966, quando foram assassinados um almirante e um jornalista, e 15 pessoas ficaram gravemente feridas. Pela sua ação anticristã, foi indenizado em mais de R$ 1 milhão pela comissão dos desaparecidos e aparecidos, criada durante o  governo FHC.

Veja mais sobre “O Padre Guerreiro”, segundo o terrorista em pessoa - https://webjornalismo.unicap.br/estilhacosdaverdade/site/?p=24.

F. Maier

 

O padre e a menina

“Da parte do clero, observava-se o começo da ideologização, intensificada mais tarde.

Lembro-me até de um fato. Havia um padre, professor da Escola de Filosofia [em Caxias do Sul, RS], que causava grandes problemas por suas tendências esquerdistas. Conseguimos nos livrar dele, simplesmente porque, depois de 1964, se estabeleceu barreiras nas estradas para o Rio de Janeiro. Ali passava a BR-116 e, certo dia, um cabo, com uma metralhadora, mandou parar um fusca que não obedeceu. Felizmente, o cabo não feriu ninguém, mas fez o Fusca parar. Esse padre estava dentro do carro. Desceu do mesmo uma menina, estudante, semidespida. Aí, o cabo, muito vivo, fotografou. Depois, não tomei mais conhecimento, por ser problema do Comando. Parece que essa fotografia foi mostrada para o Bispo, que disse: ‘Tira esse cara daqui’. E acabou o problema (Tenente-Coronel Ivan Pontes Laydner, Tomo 5, pg. 304).

 

Capucho vermelho

“Movimento sindical não havia [em Ijuí, RS], mas existia uma universidade dos padres capuchinhos que, naquela ocasião – comentávamos muito no quartel – atuava como se fosse um sindicato. Defendiam tremendamente a esquerda e o golpe de esquerda. Depois, prestei vestibular para essa Universidade, fiz um período de filosofia, confirmando que era mesmo de esquerda e conduzida pelos padres capuchinhos” (Coronel Antônio Oswaldo de Mello Carneiro Lacerda, Tomo 6, pg. 203).

 

 

FRENTE BRASILEIRA DE INFORMAÇÕES (FBI)

“Fidel Castro não aceitava desempenhar um papel secundário no desenvolvimento da revolução comunista mundial e voltou-se para a Argélia. Os dois países programaram para 20 de julho de 1965, na abertura da Conferência Afro-Asiática, o anúncio do projeto revolucionário cubano-argelino. Na véspera, porém, desse evento, Ben Bella foi deposto. Em 17 de junho, quem chega à Argéilia? O embaixador argelino no Brasil, acompanhado do ex-Governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Na Argélia, Arraes queria obter recursos que permitiriam, em ligação com Márcio Moreira Alves – esse jovem que se declara nosso amigo, mas que era um subversivo e fez uma propaganda tremenda contra o Brasil – criar e sustentar uma Frente Brasileira de Informações, uma organização criada para denegrir, aos olhos do mundo, o nosso País, em especial as nossas Forças Armadas, por intermédio de um plano que, em sua concepção, visava, numa segunda fase, a tomada do Poder através da luta armada, tarefa do Movimento Popular de Libertação, por eles mesmos criado” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 113-114).

“Essa investida caluniosa sobre o Brasil, na Europa, foi profunda e repercute até hoje, tal a força da campanha difamatória do Brasil no exterior. A imagem do País foi destruída por esses maus brasileiros que hoje estão no governo, acarretando enorme prejuízo em tudo, inclusive no comércio exterior.

Eu mesmo ouvi, certa ocasião, o bispo Dom Hélder Câmara falar que no Nordeste morriam mais de mil crianças por dia, de fome. Sabemos que embora haja subnutrição, morrer mais de mil crianças, por dia, de fome, é uma mentira muito grande e coisas dessa natureza eles espalhavam aos ventos.

Mas esse quadro de mentiras deslavadas persiste. Eles aproveitam fotografias de exercícios militares dos Batalhões de Selva, na Amazônia, em que aparece um camarada amarrado, nos exercícios de fuga e evasão, e acrescentam inscrição, embaixo, com a afirmação que o Brasil tortura oficiais do Exército” (Coronel Godofredo de Araújo Neves, Tomo 7, pg. ’63).

“Havia crise econômica, choque do petróleo, a ação da esquerda estava mais organizada, mas efetiva, principalmente nas centrais de informação que eles montaram lá no exterior com o Márcio Moreira Alves e com o dinheiro que o Arraes recebeu dos argelinos. Com isto a opinião pública foi extremamente trabalhada pela esquerda internacional e não teve como reverter a situação. Era impressionante o trabalho dessas figuras de proa, esses artistas de cinema e escritores, que montaram lá em Paris o Front Bresiliénne de Information; uma central de informação contra o Governo do Brasil. Dom Hélder Câmara ia lá fazer palestras. Aliás, contam que em uma de suas palestras estava presente o dissidente russo Soljenitzyn. O cardeal mandou ‘brasa’, falou mal do Brasil e no final o russo perguntou para ele:

- Mas, depois disso, o senhor vai voltar para lá?

- Vou.

O russo arrematou:

- Vai? Não entendi nada.

Então, desde o começo perdemos a guerra da propaganda” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 8, pg. 102-103).

“Os exilados e outros simpatizantes da esquerda se encarregaram de desacreditar a Revolução no exterior. Diz-se que o Presidente Fernando Henrique Cardoso foi exilado no  Chile. É mentira, ele nunca foi exilado. Em uma entrevista à Veja, a mulher dele, dona Ruth, perguntada sobre o exílio, respondeu:

- Nunca estivemos no exílio. Sempre entramos e saímos do Brasil com passaporte brasileiro.

Ela foi honesta, mas os exilados, como Miguel Arraes e alguns outros, junto com dom Hélder Câmara – que também não era exilado – iam para a Europa com a ajuda do poder da mídia internacional e orquestravam tudo o que, para eles, havia de ruim no Brasil. A imprensa extrapolava: estão matando os índios, incendiando a floresta amazônica, não respeitam os Direitos Humanos. Houve uma campanha internacional – muito bem descrita no livro do Del Nero [A grande mentira] – com a criação de organizações na França, Inglaterra, e em outros países, para difundir inverdades e falar mal do Brasil. E a opinião pública internacional era atiçada pela esquerda mundial que não nos perdoava pela derrota do marxismo na América do Sul” (General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg. 246-247).

 

FHC, o homem do Cadillac

“Considero que o esforço para a conquista da opinião pública no exterior foi mínimo e não foi bem-feito. Hoje, esse trabalho é realizado, em parte, pela atuação do Presidente.

Devíamos ter tomado a iniciativa de contar a verdade e só a verdade, o que evitaria essas mentiras que andam por aí. Vou revelar aquela que para mim é a mentira número um, o maior dos engodos. Sei dela porque ao esclarecer umas acusações que me fizeram conheci a história do cidadão. O FHC não foi exilado! Ele abandonou o País por interesse próprio. Era conhecido no Chile e na França como o homem do Cadillac. O Chile estava cheio de comunistas, de ativistas da esquerda sul-americana que se autoexilaram porque tinham contas a pagar em seus países. Hoje estão por aí em altos postos dos seus governos” (General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen, Tomo 8, pg. 187).

 

D. Hélder Câmara, enquanto denegria o Brasil no exterior, queria receber o Nobel da Paz

“Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de 1971. Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo. 

Acontecia que, nesta mesma ocasião, elementos que tinham ido para a Europa, alguns exilados, outros exilados voluntários. Organizaram um grupo em Paris [Frente Brasileira de Informações (Front Brésilien de Información)], com a missão de denegrir a imagem brasileira. Não era só criticar o governo revolucionário. Era desacreditar a imagem brasileira. O chefe desse grupo era Dom Helder Câmara, que se transferiu para Paris e chegou a se lançar candidato ao Prêmio Nobel da Paz por indicação de três governos do norte da Europa. 

Diante desse fato, o presidente Médici ligou-se com o Comandante do II Exército e deu a seguinte ordem: fale com o Boilesen, chame-o ao seu quartel-general e dê a missão de levar aos governos nórdicos, inclusive o dinamarquês, onde ele tinha as suas origens, o ‘dossiê’ do Dom Helder Câmara. Mostre quem é esse padre, o que ele está fazendo, o que já fez - ex-integralista, comunista - essa ‘figura impoluta’ da Igreja. Quem chamou o Boilesen fui eu. Levei-o para a reunião. Ajudei-o a preparar o ‘dossiê’ que era trabalho de ajudante-de-ordem. Ele foi para a Europa, apresentou o documento para os três presidentes e os três países retiraram a proposta de Helder Câmara para o prêmio Nobel da paz. 

De imediato, fomos informados no Brasil da ordem dada pelo grupo de Paris: ‘Matar o Boilesen’. Eles deram a ordem se não me engano para o Lamarca. Recebi a missão de chamar o Boilesen, de novo. Nós o ensinamos a atirar, para a sua defesa pessoal. Foi escalado um elemento da Polícia Civil para ser o seu segurança - motorista dele. Ele treinava no estande de tiro da 2a Divisão de Exército, no quartel do Ibirapuera. Foi-lhe recomendado cuidado. Sabia-se que eles, os guerrilheiros, tinham ordem para matá-lo. Um dia, esse homem vai à casa da filha, entra numa rua que era mão única, um quarteirão que, naquele dia, havia uma feira, só dava uma passagem e a emboscada - se não me engano foi à quinta tentativa dos guerrilheiros - foi semelhante àquelas que fizeram para o Comandante do II Exército, nas quais caímos por duas vezes, mas conseguimos sair. 

O itinerário do Comandante do II Exército só era conhecido pelo motorista e na hora. Eram sete, oito itinerários diferentes quando ele fazia o seu deslocamento da casa para o quartel e vice-versa. O Boilesen, naquele dia, entra na rua da feira - só tinha uma passagem. Dispensou o motorista e ninguém entendeu o porquê. O motorista pediu uma dispensa e, também, não sabemos por que foi dispensado. Ele foi dirigindo. Entra na residência da filha, tira o paletó e deixa a arma em cima da mesa, fala com a filha veste o paletó e sai sem a arma. Foi emboscado na esquina com a Alameda Casa Branca. Levou dezenove tiros, quinze na cabeça. Duas senhoras que estavam na feira também foram atingidas. Assim, era São Paulo. A guerrilha urbana ali era perversa. Este fato realmente repercutiu e, por isso, nós nos envolvemos bastante nessas operações. 

Os assaltos a bancos se multiplicavam, o dinheiro roubado - desapropriado, como eles diziam - era depositado até em contas particulares como a que o Marighella mantinha no exterior. Jovens sonhadores e ávidos por aventuras eram recrutados para ações noturnas de propaganda, pichando paredes. Escalados para dirigir os carros nessas horas, muitas vezes eram surpreendidos quando percebiam que a missão daquela vez era um assalto a banco. Propositadamente, o líder deixava cair no local do assalto a carteira de identidade do jovem estudante que estava no volante do carro da quadrilha e tinha sido convidado para pichar um muro e não para assaltar um banco. A surpresa maior era na manhã seguinte. Os jornais publicavam a foto do jovem agora assaltante de banco, identificado por ter ‘deixado’ cair a sua identidade. Percebendo a "armação" para envolvê-lo nas ações criminosas e sem saída, o jovem procurava a liderança que dizia: ‘sujou’, você terá que ‘esfriar’ por um tempo, ‘desaparecer’, não se preocupe, vamos levar você para o interior. E, assim, mais um estudante era levado para a guerrilha de Xambioá no sul do Pará. Envolvidos de uma maneira desleal, ardilosamente planejada para ações criminosas contra seu país, por um grupo que pretendia derrubar o governo para implantar um regime totalitário comunista que foi repudiado pelo povo, até na própria União Soviética. Esses jovens, agora com identidade falsa, desconhecida até por seus familiares. Ao enfrentarem as forças da lei nos combates travados em São Paulo e Xambioá, alguns morreram e foram enterrados com a identidade que portavam. É fácil concluir que apenas os chefes das guerrilhas, responsáveis pela troca das identidades dos jovens, hoje considerados desaparecidos, têm condições de informar o verdadeiro nome de cada um para ajudar na identificação do nome "usado na guerrilha", com o qual provavelmente foram enterrados. 

Na fase mais crucial da guerrilha de São Paulo, quando cresceram os assaltos a bancos, os sequestros, os assassinatos de pessoas inocentes na rua como o da jovem que o Lamarca escolheu para provar sua condição de ótimo atirador -era instrutor de tiro - e numa atitude covarde matou-a com um tiro, logo após assaltar um banco. Com a intensificação das ações de guerrilha em todo o País, principalmente no Rio e São Paulo as Forças Armadas ficaram em desvantagem, alguns homens foram abatidos, era preciso uma ação mais enérgica nos combates. Isso aconteceu no mesmo dia da morte do Cabo de uma das equipes que, em perseguição ao "Japonês", companheiro de Lamarca no roubo das armas do Hospital Militar de São Paulo e da guerrilha em Registro. O Cabo morreu porque se aproximou para prender o Japonês com a arma abaixada. Foi morto por uma rajada de metralhadora desferida pelo Japonês através da porta do carro. Ato contínuo o comandante do II Exército, General Humberto de Sousa Mello, determinou que eu transmitisse uma ordem ao comandante da Operação Bandeirante (Maj Ustra), para reunir a tropa e, na presença de todos, exigiu mais treinamento, mais atenção nas ações. Disse ainda, "Já estou cansado de enterrar homens sob meu comando. Exijo mais energia na execução das ações. É preciso agir de acordo com as técnicas antiguerrilhas aprendidas. Quando sob a mira das armas dos guerrilheiros, tinham que ser mais rápidos e atirar para matar". Eu ouvi, estava presente. O General Humberto estava angustiado com a morte dos seus subordinados. Era um veterano de 1930. Tinha sido Secretário de Segurança de Pernambuco. Conhecia as técnicas dos comunistas para a tomada do Poder. 

Desta maneira e neste contexto, a guerrilha começou a perder terreno até ser totalmente eliminada em São Paulo. É preciso lembrar que nesta fase, ninguém, nenhuma pessoa inocente, morreu de bala perdida nas ruas de São Paulo. A Revolução de 1964 foi vitoriosa, derrotados foram aqueles que pretendiam subjugar o povo brasileiro impondo um regime odioso marxista-leninista. 

Vale lembrar que o General Humberto, cumprida a missão em São Paulo e após uma breve passagem por Brasília, como Ministro Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, passou para a reserva aos 66 anos, retirando-se para sua residência, no Rio. Já na primeira semana, começou a receber ligações ameaçadoras com o seguinte teor: "Já sabemos onde você mora, aproveite que esse é o seu último fim de semana. Cumprimentos da guerrilha". Foram duas semanas de ameaças diárias, para o casal. Tomou uma decisão. Iria se mudar. Seria preciso um empréstimo bancário para a entrada num apartamento. Procurou um banco. Resposta do gerente: "O senhor não tem renda familiar para um empréstimo". Nesta hora, ele se deu conta da situação financeira dos militares, afinal tinha atingido o último posto da carreira. Não desistiu, ao sair em busca de outra solução. Teve seu carro, que era dirigido pelo seu motorista, violentamente fechado por outro, próximo ao Canecão, na saída do Túnel Novo, Zona Sul do Rio de Janeiro. A ação foi visivelmente intencional, pretendiam fazer parar o carro do General Humberto. Seria uma ação terrorista? Um sequestro? Com a freada brusca, o general foi violentamente projetado sobre o painel do carro, batendo com a cabeça. Em ação rápida, o motorista subiu na calçada, tomando a direção contrária, conseguindo assim, fugir do local e retornando à residência. Horas depois, o General Humberto entrava em coma com derrame cerebral vindo a falecer no Hospital Miguel Couto onde fora internado. Era realmente o seu último fim de semana..." (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10, pg. 178-181). 

Obs.

Sobre a Frente Brasileira de Informações, leia de minha autoria, "FBI: Um onagro franco-argelino-brasileiro" - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/fbi-um-onagro-franco-argelino.html

F. Maier

              

FILHA DO EMBAIXADOR AMERICANO CHARLES BURKE ELBRICK FAZ HOMENAGEM AOS TERRORISTAS QUE SEQUESTRARAM SEU PAI: SÍNDROME DE ESTOCOLMO OU MENTIRA PURA E SIMPLES?

“Há coisas curiosas: em janeiro de 1997, veio ao Brasil, com viagem paga, hotel pago etc., uma filha do Embaixador Elbrick. Tenho uma vaga ideia de que ela veio para alguma comemoração ou qualquer coisa ligada a esse livro ‘O Que É Isso Companheiro?’, do Gabeira. Parece que foi para qualquer coisa assim. Quem pagou? Não sei, talvez até tenha sido divulgado, não me lembro. Os jornais e as revistas publicaram que esta mulher, que o pai dela, que foi sequestrado, apanhou, mataram o motorista dele, e teria dito, no fim da vida, ‘que entendia perfeitamente os sequestradores, simpatizava com a causa deles e sinceramente desejava que eles tivessem tido êxito’. Se o sujeito a quem eles arrebentaram e que era um embaixador do país que, no mundo, dirigia a luta anticomunista, anti-subversiva, se esse embaixador, segundo a filha, teria dito isso, de duas uma: ou é verdade que ele tivesse dito e ele nunca teria tido condições de ser embaixador no Brasil, ou é mentira, ela é uma mulher mentirosa, mas que, de alguma forma, foi levada a dizer isso para que pudesse ser explorado. O fato é que ninguém tira mais, de Gabeira e dessa súcia, a homenagem que eles sequestraram, feita por meio de sua filha” (General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 57).

 

A “GRANDE MENTIRA” DA EXTREMA ESQUERDA: QUERIA A DEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL

“O título do livro do Del Nero [General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto], ‘A grande mentira’ [https://www.estantevirtual.com.br/livros/agnaldo-del-nero-augusto/a-grande-mentira/3237506951], refere-se ao embuste da tal luta das esquerdas pela democracia. Ninguém lutou pela democracia e sim para implantar a ditadura comunista. Todos os documentos apreendidos nas organizações subversiva indicam que as reuniões, os plenários, os congressos e todos os relatórios, pregavam a implantação de um estado marxista-leninista no Brasil. O objetivo não era derrubar um governo autoritário e implantar a democracia. Eles desejavam a ditadura do partido único. Essa ameaça levou o governo a endurecer e fechar o regime.

(...)

Os livros estão aí para quem quiser conferir. E não só os que nos são favoráveis. Os deles mesmos: o do Jacob Gorender [Combate nas Trevas - https://www.academia.edu/25999304/Combate_nas_Trevas_de_Jacob_Gorender_h%C3%A1_anos_esgotado_%C3%A9_reeditado]; o da mulher do Prestes – que escreveu sobre o marido; daZélia Gatai – a mulher do Jorge Amado – que descreve as viagens com ele por toda a Europa, para cá e para lá, nos melhores hotéis e restaurantes, fazendo proselitismo contra o Brasil” (General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg. 244).

“A luta armada é um meio preconizado pela doutrina marxista-leninista para a conquista do Poder. Qualquer que fosse a atitude dos governos revolucionários, haveria sempre a organização de grupos voltados para a ação violenta. Aliás, tais grupos já existiam mesmo antes do 31 de março, como as ‘Ligas Camponesas’ e os ‘grupos dos onze’.

Em entrevista concedida a O Globo, Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8 e atualmente professor de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense, diz o seguinte: ‘Não compartilho a lenda de que no fim de 1960 e no início de 1970 nós (inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentem como instrumento da resistência democrática’. Depoimento absolutamente insuspeito que dispensa comentários adicionais” ( Coronel Nilson Vieira Ferreira de Mello, Tomo 9, pg. 226-227).

Obs.

Fernando Gabeira e outros terroristas, como Daniel Aarão Reis, colocam os pontos nos is, de que não eram os “mocinhos” que queriam a volta da democracia, mas a ditadura comunista – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/testemunhos-de-ex-comunistas.html https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/eles-nao-eram-os-mocinhos.html.

Um livro importante sobre a Revolução é “A Verdade Sufocada – A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que foi boicotado pelas livrarias mas chegou a ser best seller - faça o download em https://www.academia.edu/25306915/Carlos_Alberto_Brilhante_Ustra_-_A_Verdade_Sufocada.

F. Maier

 

 

MINIMAUNUAL DO GUERILHEIRO URBANO, DE CARLOS MARIGHELLA

“A guerrilha urbana organizada pelo baiano Carlos Marighella, mesmo depois da sua morte, executou 65 missões naquele período em que estive como responsável pela segurança do Comandante do II Exército. Caímos em duas emboscadas e pude presenciar o que ocorria em São Paulo. Era uma guerrilha bem-organizada, que contava com pessoal preparado e farto material.

Marighella editou o manual mais completo de guerrilha urbana que o mundo conhece, o Minimanual do Guerrilheiro Urbano. Quando fui para a Escola das Américas – onde funcionava e ainda funcionam todos os cursos que um Exército precisa, desde a formação de comandante, de liderança, de administração até o curso de formação de sargentos, comandos, guerra na selva etc. – em um dado momento, ao entrar na biblioteca para fazer pesquisas para as minhas aulas e encontro, como best-seller, o livro de guerrilha de Marighella. Não existe, até hoje, um manual melhor de guerrilha urbana. Outra ação violenta da guerrilha em São Paulo foi o assassinato do industrial dinamarquês naturalizado brasileiro, Henning Albert Boilesen, que era o presidente do Grupo Ultra, morto pelos terroristas no dia 15 de abril de 1971. Considerado pelos extremistas da esquerda, como colaborador do Governo” (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10, pg. 177-178).

“Carlos Marighela escreveu o ‘minimanual de guerrilha urbana’. Esse minimanual foi traduzido, acredito, em 22 idiomas. Penso que, no mundo, poucos manuais de guerrilha tiveram a aceitação que teve esse livro do Carlos Marighela. Ele diz, na essência do seu trabalho: ‘a necessidade imperiosa de revelar a essência reacionária contra o Estado burguês, por meio da provocação intensiva’.

Marighela parte de uma iniciativa. Provocar intensamente o Estado burguês para que este reaja. E prossegue: ‘A missão do guerrilheiro é violar abertamente a lei, desafiando e ultrapassando as instituições e ordens públicas.’ E ainda: ‘Eu entendo que o Estado, agindo pela polícia e pelos tribunais, fica fácil fazer uma denúncia, e essa denúncia, normalmente, acusa a polícia e os tribunais de estarem atuando com crueldade e exercendo uma ditadura repressiva.’ Verifica-se o seguinte: quando um revolucionário, como ele, se aventura numa revolução socialista, parte da premissa de que é preciso provocar o Estado para que o Estado reaja com violência e, a partir daí, consiga a adesão de um maior número de adeptos.

O Sr. Herbert de Souza, o famoso Betinho que realizou um trabalho humanirário em determinado momento, chegou a dizer aos seus pares que fizera uma reflexão sobre os dias de maoísmo, afirmando, textualmente o seguinte: ‘haviam chegado à mais extrema loucura política, atingidos pela esquizofrenia. Éramos incapazes de ver a realidade’. O que se verifica é que Frantz Fanon e Carlos Marighela deixam claro o seguinte: quem se empenha no movimento socialista revolucionário deve agir ofensivamente, provocar a violência, para que possa, depois, acusar o governo estabelecido de violento e autoritário” (General-de-Brigada Danilo Venturini, Tomo 15, pg. 209-210).

Obs.

O “Minimanual do Guerrilheiro Urbano” foi traduzido para vários idiomas e era livro de cabeceira de grupos terroristas europeus, como o Baader-Meinhoff, da Alemanha, e as Brigadas Vermelhas, da Itália.

“... os ‘tiras’ e policiais militares que têm sido mortos em choques sangrentos com os guerrilheiros urbanos, tudo isto atesta que estamos em plena guerra revolucionária e que a guerra só pode ser feita através de meios violentos” (trecho do Minimanual).

Veja a resenha sobre o Minimanual feita pelo historiador Carlos I. S. Azambuja em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/o-minimanual-do-guerrilheiro-urbano.html.

Uma versão digitalizada do Minimanual pode ser obtida em https://www.documentosrevelados.com.br/wp-content/uploads/2015/08/carlos-marighella-manual-do-guerrilheiro-urbano.pdf

F. Maier

 

Juventude transviada, de pais separados, com ódio da sociedade

“O objetivo deles era a destruição do Brasil. Fizeram isso por convicção, por maneira de ser própria deles e não por nossa ação contrária, absolutamente. Fiz o inquérito, como já disse, do sequestro do embaixador americano e conversei muito com esses terroristas. Minhas informações transmiti às autoridades responsáveis, por escrito. Cheguei, logo, a uma conclusão: eram todos filhos, sem exceção, de pais separados, com ódio da sociedade. Diziam mesmo que desejavam se vingar dessa ‘sociedade cruel’. Eram jovens sem responsabilidade alguma.

Tratei os terroristas que interrogava, sempre, dentro das normas tradicionais do Exército e das Forças Armadas Brasileiras, num desmentido cabal e completo às caluniosas referências revanchistas aos pretensos ‘anos de chumbo’. Todos se manifestavam surpresos e agradecidos com o bom tratamento recebido, muito ao contrário das expectativas que traziam e do comportamento que, certamente, teriam se inversa fosse a situação, isto é, no desafortunado caso de eventual vitória comunista” (General-de-Divisão Tasso Villar de Aquino, Tomo 9, pg. 86).

 

Congressos da Juventude

“Naquela época, estavam em moda os congressos. Fizeram um congresso estudantil em Ibiúna, São Paulo, em 1968.

É um marco muito importante: 1968.

A polícia localizou e prendeu setecentos e tantos estudantes de nível universitário.

Lá ocorreu de tudo. Era uma depravação. Valeu tudo. Choveu. Um descalabro. Eu estava em Brasília, chefiando a Seção de Operações da Agência, quando fomos avisados dessas prisões pela Agência de São Paulo.

No dia seguinte, cedo, fui com um tenente, que era um excelente fotógrafo, para São Paulo. Fizemos contato com  o DOPS. Era o Romeu Tuma, depois Senador, no começo de carreira. Encontrei-me com ele e falei:

- Quero fotografar todos os participantes do congresso em Ibiúna.

- Não precisa – disse ele – um sargento da Marinha está fazendo tudo isso.

- Que tipo de fotografia você está fazendo? – perguntei ao sargento.

- 3 x 4 – respondeu.

Voltei a fazer contato com o Doutor Tuma e falei:

- Doutor Tuma, não quero fotografia para identidade. Quero fotografia para identificação do pessoal, porque são eles que vamos enfrentar daqui a um ou dois anos. Eu quero fotografia de corpo inteiro, de frente e de perfil. Quero fazer essas fotografias lá no Presídio Tiradentes.

Fui para lá com o tenente e fotografei todos eles, cerca de setecentos e cinquenta; e dos líderes fizemos slides.

Lembro-me de que, naquela época, estavam lá o atual Ministro Serra, o Dirceu, Presidente do PT, tem um do PC do B (Partido Comunista do Brasil), de Goiás, Aldo Arantes; por sinal, este quis bancar o valente, não queria tirar a fotografia.

Fizemos umas medidas na parede, onde o cidadão se encostava para que tivéssemos uma ideia de altura e tipo físico – detalha importante para a área de informações.

Montamos um álbum para cada Secretaria de Segurança, como todos eles – 21 Estados da Federação e Territórios” (Coronel Clidenor de Moura Lima, Tomo 6, pg. 127-128).

“Em curto prazo, providenciamos os reparos em um pavilhão no topo do Forte de Itaipu, antigo alojamento de praças, na época desativado. Construímos dentro de um alojamento uma prisão ‘duas estrelas’, com conforto relativo para abrigar os que seriam detidos no congresso [de Ibiúna, SP], à luz da legislação da época, Lei de Segurança Nacional. Como resultado da operação montada, fomos incumbidos de ‘receber os custodiados’, algumas dezenas, dentre os quais os líderes estudantis da época, Francisco Travassos, da UNE – Rio; José Dirceu, da União Metropolitana de Estudantes (UME) – São Paulo; Wladimir Palmeira, da UME – Rio, além de outros. Figuras de proa que lideraram nessa época passeatas, quebra-quebras e mesmo confronto com a polícia de São Paulo, com a pretendida experiência e liderança aperfeiçoados no exterior, inclusive de guerrilha, disputando a primazia de liderar a UNE, então ilegal.

Durante alguns meses, causando trabalho dobrado para minha Unidade, mantivemos os ‘ilustres’ personagens sustentados pela Nação e pelo povo. A maioria deles hoje está encastelada no poder público, como dignos representantes da ‘democracia’. (Coronel Antonio Erasmo Dias, Tomo 7, pg. 139).

“Naquele ano [1968], cresceram os desafios, a ponto de tombarem viaturas do Exército em via pública. Havia ordem para não ir fardado para o quartel, pelo receio de atentados e represálias. Os comunistas prosseguiam desinibidos, quantas vezes dirigidos por um bando de corruptos e pederastas. Padres na frente de passeatas, na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, e em São Paulo. Incentivados do exterior, cos comunistas promoviam marchas pela ‘democracia’, estimulados, entre outros, por Chico Buarque de Hollanda, grande figura da música popular brasileira, praticante da subversão regada a alcoólicos e um dos habituais viajores para o turismo político em Cuba, mancomunado com Fidel Castro.

Pois bem, todos assistimos à subversão nascida da estranha conjunção de jovens, homens e mulheres, padres e freiras. No Rio de Janeiro, na Cinelândia, há um bar, se não me engano, o Amarelinho, onde é servido um chope muito elogiado. Lá se postava essa camarilha, enquanto os outros, não tão espertos, estavam levando porrada em manifestações de rua, os pichadores de palácio; isso em 1968 (Coronel Godofredo de Araújo Neves, Tomo 7, pg. 162).

“A luta armada foi uma opção da esquerda, que rompeu com a linha do Partido Comunista Brasileiro (PCB) – a linha adotada pelos velhos comunistas, como Luís Carlos Prestes -, que queriam tomar o Poder através de ações subversivas. Já, os apóstolos da luta armada buscaram a destruição do Estado e do Exército, por meio do emprego da violência como único caminho para a tomada do Poder, contando com considerável apoio externo, principalmente de Cuba e da China comunista.

Na página 96, do livro A Esquerda Armada no Brasil, o ex-Sargento José Ronaldo Tavares de Lira diz textualmente:

‘Nós, os sargentos, que nos organizamos depois do golpe, juntamente com os operários e estudantes, optamos imediatamente pela luta armada, pois estávamos convencidos de que aquele regime não poderia ser derrubado de outra forma.

Com esse propósito, o grupo organizado iniciou reuniões de estudos políticos e aprofundou a questão da luta armada, tratando de conhecer melhor os processos revolucionários armados de outros povos.

Simultaneamente ao estudo político, o grupo iniciou também a sua preparação militar, naturalmente mais intensa para os elementos civis incorporados, isto é, os operários e estudantes’.

No mesmo livro, na página 109, Carlos Marighella diz que: ‘O Objetivo dos revolucionários brasileiros é a subversão do atual regime militar e, por conseguinte, a derrubada da ditadura instalada no Brasil.’

Mesmo antes da Revolução, em Minas Gerais, por exemplo, a Polícia apreendeu o Plano Revolucionário do Partido Comunista para o movimento que ele faria eclodir, em curto prazo, mas que foi totalmente aniquilado pela Revolução de Março. Desse documento, constam as seguintes recomendações sobre o processo de neutralizar a ação das Forças Armadas, nos quartéis ou nos navios:

‘É necessário, no plano de ação, regular todos os pormenores. Cada oficial suspeito à revolução deverá ter um agentes responsável pela sua eliminação. Essa eliminação terá que ser executada, na hora prescrita, sob pena de morte do responsável por ela.

Quanto aos sargentos, é preciso fazer a ficha de todos os que puderem prejudicar o movimento, pelo seu prestígio na tropa, pela sua inteligência e coragem, para que sejam incluídos no plano de eliminação’ ” (General-de-Exército Heitor Furtado Arnizaut de Mattos, Tomo III, pg. 35-36).

“No dia 7 de setembro de 1967, em frente à Igreja do Carmo [em Fortaleza, CE], por onde transcorria o desfile militar do Dia da Pátria, um grupo de estudantes, liderados por conhecidos comunistas locais, surgiu em passeata agressiva e desrespeitosa à data, invadiu a igreja e enrolou a imagem de Nossa Senhora com um pano preto, em sinal de protesto. Era um ato grotesco que intentava provocar a reação da tropa e a criação de vítimas, a serem, em seguida, exploradas. Mas a tropa, orientada e bem comandada, não aceitou a provocação, não reagiu, e o desfile prosseguiu. Este fato mostra o início da escalada da violência ideológica que evoluiu para o terrorismo generalizado, para as guerrilhas, e no todo, para a luta armada, provocando o endurecimento da Lei de Segurança Nacional, com a promulgação do AI-5” (General-de-Brigada Manoel Theóphilo Gaspar de Oliveira Neto, Tomo 4, pg. 91-92).

 

Guerrilha é guerra suja

“No meu modo de entender – e o General Ernesto Geisel fala isso no livro dele – não se combate guerrilha com a guerra ética que aprendemos. Guerrilha é guerra suja, é uma guerra diagonal, e quem está disposto a combatê-la, tem que usar armas muito semelhantes àquelas que são usadas pelos guerrilheiros. Somos militares e quando recebemos a missão de resolver um problema analisamos os fatores da decisão, inclusive o inimigo. Adotamos então as medidas necessárias para contê-lo. Essas medidas, naturalmente, não poderiam ser tímidas ou ingênuas. Chegaram até a ser violentas, como o foram o endurecimento do regime e a edição de atos institucionais aprovados pelo Congresso – uma legislação que depois eles diziam, e dizem, draconiana. Na realidade, aquilo tudo foi uma bola de neve. Mais tarde houve a contestação do emprego da tortura e dos excessos que ocorreram de parte de ambas as facções em confronto. As coisas foram acontecendo, inclusive pela falta de visão dos subversivos e das autoridades competentes” (General-de-Brigada Carlos Augusto Fernandes dos Santos, Tomo 8, pg. 285).

 

Fazenda Nova Aurora

“A agitação ficou por conta da descoberta, nessa época, de uma fazenda no Norte do Paraná, Fazenda Nova Aurora, onde o pessoal que já estava muito conhecido no Rio e em São Paulo, que estava sendo procurado por assalto a banco e outras ações terroristas, se refugiava.

Veio a informação do Centro de Informações do Exército (CIE).

[A fazenda ficava na área de segurança do 1º. Batalhão de Fronteira, em Foz do Iguaçu, PR.]

Veio a ordem – não sei de quem, naturalmente do Comandante da 5ª. Região Militar (5ª. RM), que deve tê-la recebido do Ministro – para cercarmos a fazenda e prendermos quem estivesse lá. A missão foi cumprida, com uma Companhia.

Houve entrevero, troca de tiros, mas ninguém se feriu. Eles não se entregaram assim muito fácil, mas também não foi complicado.

Foram presas cerca de 12 a 15 pessoas e conduzidas para o 1º. B Fron.

Apreendemos armas, munição, panfletos, tudo o mais; depois, no inquérito, as armas foram todas filmadas, fotografadas, com munição etc.

Acabaram condenados pela Auditoria, alguns com penas maiores do que outros” (Coronel Júlio Roberto Cerdá Mendes, Tomo 6, pg. 163).

 

Operação Pintassilgo

“Já em maio de 1964, o PCB iniciou a sua rearticulação e, nas reuniões, discutiam as causas do fracasso da linha política, acirrando a luta interna entre os radicais e os moderados do partido. Em junho, foi a vez do PC do B reunir-se e decidir partir para a luta armada. Mais rapidamente do que as esquerdas marxista-leninistas, haveriam de se articular os subversivos e inconformados políticos, que tinham fugido, a sua maioria, para o Uruguai. Sob a liderança de Brizola, montam uma ação que ficou conhecida como ‘operação pintassilgo’. Ele previa o ataque a diversos quartéis, a tomada da Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, e o bombardeio do Palácio Piratini. Com a prisão, em novembro de 1964, do Capitão Aviador Alfredo Ribeiro Daudt, todos os planos dessa operação caíram nas mãos da polícia e ela foi abortada.

(...)

Ainda sobre Ribeiro Daudt, ele estava preso no DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e foi levado para a 6ª. Companhia de PE (Polícia do Exército) em Porto Alegre, porque achavam que teria maior segurança. Muito bem, ele fugiu de lá. O oficial de serviço (Oficial de Dia) do dia em que fugiu era o Sr. Carlos Lamarca” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 111).

 

Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares)

“Sobre as atividades subversivas e a nossa repressão tenho uma experiência interessante a relatar. Em 1968, saí daqui do 19º. RI e fui servir em Guaíra, no Paraná. Lá chegou ao nosso conhecimento de que grupos terroristas que atuavam no Rio de Janeiro e em São Paulo estavam utilizando aquela área como região de homizio. Em uma operação de informações, cercamos uma fazenda que tinha sido comprada por um grupo da Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares) e era o local onde eles faziam treinamento.

Fomos de madrugada e prendemos quase todos os subversivos. Pouquíssimos daqueles que atuavam na região conseguiram escapar; não houve tempo para reação, foi uma operação muito feliz. A intenção deles era começar uma guerrilha na área rural, através do processo do foquismo, quer fora sucesso em Cuba e na China. Estavam treinando ocultar-se em meio à vegetação, enterrar suprimentos, munição, medicamentos, a caminhar  e orientar-se dentro do mato. Quero deixar bem claro que durante o tempo em que ficaram presos em Guaíra, nenhum de nós colocou a mão neles, quer dizer, não sofreram nenhum tipo de constrangimento ou de violência, apenas dialogamos. Foram depois levados para Curitiba onde continuaram sendo interrogados” (General-de-Brigada Flávio Oscar Maurer, Tomo 8, pg. 309).

Obs.

Leia artigo sobre a VAR-Palmares, que também planejou planejou execução de militares - cfr. em https://liciomaciel.wordpress.com/2014/04/26/artigo-de-felix-maier-no-midia-sem-mascara/ https://www.estadao.com.br/politica/var-palmares-planejou-execucao-de-militares/

F. Maier

 

POLOP e a “Guerrilha de Copacabana”

“Lembramos que, antes de 1964, tínhamos atuando no País, cinco organizações subversivas: o PCB; o PC do B; a Organização Revolucionária Marxista – POLOP; o Partido Revolucionário Trotskista (PORT) e a Ação Popular (AP). Cinco organizações antes da Revolução de 1964. Com exceção as prisões efetuadas logo após a Revolução, atingindo os líderes e os agitadores mais conhecidos, as novas organizações quase não foram afetadas. A polícia não possuía um serviço de informações bem estruturado, tanto que já em abril de 1964, a POLOP iniciava a organização de um núcleo guerrilheiro. Pouco afeito a ações clandestinas, seus militantes foram presos, e a pretensa guerrilha da POLOP desarticulada no nascedouro. Como seus militantes eram, na quase totalidade, residentes na Zona Sul no Rio, essa ação ficou conhecida como Guerrilha de Copacabana. As notícias dessa pretensa guerrilha, contudo, serviram para atrair para a POLOP setores radicais da esquerda” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 110).

 

Frente Popular de Libertação: A Guerrilha de Três Passos

“Em janeiro de 1965, e sob a liderança de Brizola, foi criada no Uruguai uma Frente Popular de Libertação. Recebeu adesão de militantes do PCB, do PORT, do PC do B e da AP. Em março, decidiram desencadear um plano revolucionário. O comando das operações a ser desenvolvido no Sul foi dado ao ex-Coronel do Exército, comunista Jefferson Cardim de Alencar Osório. Os ditos revolucionários haviam adentrado o Estado do Paraná, na ocasião em que os presidentes do Brasil e do Paraguai inaugurariam a Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu. É interessante o comentário, porque os caras vinham fazer uma revolução e esqueceram de arrumar a viatura e foram de táxi. Invadiram o Brasil de táxi! Depois, um tal de Zebinho arrumou um ‘ford-de-bigode’ e foram até não sei onde. Muito interessantes essas trapalhadas do Brizola. Como os presidentes do Brasil e do Paraguai iam inaugurar a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu, foi dada ordem para que esses elementos fossem obstados de chegar lá, fossem detidos. E nessas escaramuças, o Jefferson Cardim, fardado de coronel, fez um sinal para a viatura com tropas que se aproximava – tinha colocado seus homens na beirada da estrada – e armou uma emboscada. Lamentavelmente, aconteceu a primeira vítima fatal, o 3º. Sargento Carlos Argemiro Camargo, da Companhia de Infantaria de Francisco Beltrão. Infelizmente, quando comandei a Região, sofri um acidente, não pude ir a Francisco Beltrão para prestar a minha homenagem ao Camargo” (General-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 112).

“Para concluir, quero comentar aquela incursão por Três Passos lá perto de Santa Catarina, liderada pelo Coronel Jefferson Cardim de Alencar Osório. Não sei como um coronel pode fazer uma burrice daquelas, ‘sem pé nem cabeça’, pois a primeira coisa que se busca é o apoio da população. Mesmo não dispondo de efetivo suficiente, invadiram uma região de colonos que, para sorte deles, não queriam briga, não queriam nada. Assaltaram um posto policial e mataram um sargento. No final, o Jefferson fez uma declaração muito severa contra o Brizola, dizendo que recebera dinheiro do Fidel Castro.

Dizem que o Fidel Castro chama o Brizola de ratón! [entrevistador]

El ratón. O Betinho, aquele sociólogo já falecido, foi o portador, o intermediário, entre o Fidel Castro e o Brizola e também fez alguma alusão a respeito. Um deputado de São Paulo, me parece que o Coronel Erasmo Dias (Antonio Erasmo Dias), falou sobre esse caso na televisão, eu assisti. Desafiou o Brizola a processá-lo se não fosse verdade. Até hoje não aconteceu nada” (General-de-Brigada Ramão Menna Barreto, Tomo 13, pg. 147).

Obs.

Sobre a Guerrilha de Três Passos e outras brizoladas, leia texto de F. Dumont, “Os Incríveis Exércitos de Brizoleone” (uma paródia do filme “O Incrível Exército de Brancaleone”, de Mario Monicelli, com Vittorio Gassman), em https://pt.scribd.com/document/501130000/Exercito-de-Brizoleone.

F. Maier

 

Sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, realizado pelo MR-8

“O Presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] reclamou de que aquele deputado que há pouco deixou o PT, o tal Gabeira, até hoje não tem visto para entrar nos Estados Unidos. Porque, em 1969, foi um dos sequestradores do embaixador americano que foi trocado por vários terroristas presos, inclusive o atual chefe da Casa Civil José Dirceu, que era um dos que estava preso e foi trocado pelo embaixador americano. O Gabeira era responsável por assassinar o embaixador americano caso o aparelho fosse estourado. Isso eles mesmo contam no filma ‘O que é isso Companheiro’. Então, o americano, até hoje, não dá visto para ele entrar na América, porque foi um terrorista e estava encarregado de assassinar o embaixador americano no caso de o aparelho ser estourado” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg. 146-147).

Obs.

Sobre o sequestro do embaixador Charles Burke Elbrick, acesse https://www1.folha.uol.com.br/banco-de-dados/2019/09/1969-embaixador-americano-e-alvo-de-sequestro-no-rio-de-janeiro.shtml.

F. Maier

 

AÇÃO POPULAR (AP)

“A Igreja estava envolvida por esse grupo – Ação Popular (AP) – que, mais tarde, veio pontificar na Teologia da Libertação, que chamo de Sociologia da Libertação, condenada pelo Papa atual, mas seguida ainda por eles. Através de um documento – conto no meu livro ‘Na Planície’ – mostro a reação de bispos brasileiros que viram como Dom Padim, o principal encarregado da Juventude Universitária Católica (JUC), estava possivelmente sendo iludido. Aparecem nesse protesto Dom Scherer, Porto Alegre; Dom Agnelo Rossi, Ribeirão Preto; o Cardeal do Rio de Janeiro Dom Eugênio Sales. E aparece, também, um do Pará, Dom Alberto, o qual era arcebispo de Belém. Esses foram os primeiros que reagiram, mostrando inclusive como já estava ocorrendo a cooptação do grupo de universitários católicos para aquela Ação Popular.

Na Ação Popular (AP), famosa, são reconhecidos como seus membros, notáveis homens do Governo atual. Paulo Renato, o Ministro da Educação, José Serra, outros mais etc. Todos pertenciam à AP. A AP era um movimento da esquerda católica não comunista. Depois, no decorrer das guerrilhas, transformou-se na APML – Ação Popular Marxista-Leninista. Pegaram o Padre Henrique Vaz, que era o cérebro, e o chutaram; despediram esse camarada logo. Isso tudo aconteceu antes de 1964, quando discutiam em Belo Horizonte o quer seria o manifesto da Ação Popular, infiltrando-se, portanto, na Igreja” (Senador Jarbas Gonçalves Passarinho, Tomo 5, pg. 52-53).

Obs.

Sobre o assunto, leia também, de minha autoria, “Ação Popular – A ala terrorista da Igreja Católica” - https://felixmaier1950.blogspot.com/2019/08/acao-popular-ala-terrorista-oriunda-da.html

Antes de 1964, eram cinco os grupos terroristas atuantes no Brasil: PCB, PC do B, PORT, ORM-POLOP e AP. Durante o governo dos generais, o número aumentou exponencialmente: https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/organizacoes-subversivas-brasileiras.html

Conheça as pessoas mortas pelo terrorismo de esquerda no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970: https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/todas-as-pessoas-mortas-por-terroristas.html

F. Maier

 

Aloysio Nunes Ferreira, de terrorista a ministro da Justiça

“Passo a contar um fato que ocorreu ontem, comigo, num jantar com pessoas conhecidas, aqui em São Paulo, onde moro hoje, e já estou aqui há 14 anos. Um amigo empresário me perguntou como é que nós militares vemos um Aloysio Nunes Ferreira, que foi terrorista – assaltou bancos, assaltou trem pagador, assaltou supermercado, foi motorista do Marighella em algumas ações e quando Marighella morreu, fugiu do Brasil – ser Ministro da Justiça. Aé, nesse mesmo jantar, um político de esquerda disse:

- É, ele conseguiu escapar.

- Ele escapou, porque ninguém queria prendê-lo. O Aloysio ficou três dias escondido na casa do seu pai, no Morumbi, e nós sabíamos – disse.

Ele ficou pasmo. Não era importante prender o Aloysio, apenas um jovem entusiasmado envolvido com o Marighella, queríamos o Marighella, esse era um homem de liderança, um profissional da luta armada, e acrescentei ainda não haver problema nenhum em Aloysio, em virtude da anistia” (Coronel Luiz Carlos de Avellar Coutinho, Tomo 7, pg. 186-187).

 

Atentado contra o Presidente Médici

“Passei cinco anos muito próximo dele [Presidente Médici], como chefe da sua segurança. Ia ser o chefe dos ajudantes-de-ordens, mas um dia me chamou, na época em que começaram os atos terroristas, e disse:

- Eu quero que você seja o meu Chefe de Segurança, cuide da minha família. Você aceita?

- General – respondi – aceito trabalhar com o senhor, a função o senhor estabelece.

Foi realmente um período muito difícil, porque ocorreram as tentativas de sequestro da Dona Scylla; fui alvejado com um tiro, no meu carro, na inauguração da Estrada Curitiba-Blumenau; um atentado à bomba contra o Presidente, numa viagem a Porto Alegre, mas essa bomba não funcionou, era um artefato de fabricação caseira. Esses e outros incidentes deixavam o General preocupado, sobretudo com as noras dele e com a esposa D. Scylla que ainda é viva, tem 92 anos e está lúcida. Recentemente falamos ao telefone e ela me pediu que fosse visita-la. Na minha próxima ida ao Rio irei visitar D. Scylla, é uma pessoa muito querida para mim.

O General Médici, quando assumiu a Presidência naquelas circunstâncias, fez um pronunciamento no qual disse esperar, ao final do seu mandato, que a vida política estivesse reconstituída no Brasil. O General, novo Presidente, mostrava, como os outros dois, a intenção de normalizar a vida política do País.

Infelizmente, sobreveio a guerra revolucionária no Brasil. Fui testemunha de um episódio na saída de uma reunião dos ministros com o Presidente, quando ele se virou para o Ministro João Leitão de Abreu, seu Chefe da Casa Civil, e disse:

- Eu não tenho mais tempo para fazer a abertura, fica para o outro” (Coronel Luiz Carlos de Avellar Coutinho, Tomo 7, pg. 185).

 

Guerrilha do Triângulo Mineiro

“Nós não vivíamos a plenitude democrática, mas também não seria lícito afirmar-se que o País vivia em uma ditadura. No máximo, um regime autoritário. Tanto é assim que o jornalista Flávio Tavares foi preso por sua ação na chamada ‘Guerrilha do Triângulo Mineiro’, que ele foi organizar, após aprovação do Brizola. Apresentando-se como ‘Dr. Falcão’, Flávio Tavares reuniu-se com meia dúzia de pessoas no consultório de um dentista que desejava fazer a revolução na região.

Preso Flávio Tavares, Hermano Alves apressou-se a denunciar ‘uma escalada contra a imprensa’. Para ele, a imprensa, pela sua livre operação no noticiário e no comentário, estaria a acelerar a perda de substância do Poder Militar. O jornalista Castello Branco assim comentou esse período: ‘... é interessante notar que Hermano Alves, ao não reconhecer as atividades subversivas de Flávio Tavares, admitia a livre operação da imprensa no regime que taxava de ditatorial” (Genera-de-Divisão Agnaldo Del Nero Augusto, Tomo 5, pg. 118).

 

Zélia Cardoso de Mello

“[Médici] é o Presidente mais violentamente criticado. Esquecem ou fingem não saber dos fatos que ocorriam na época. Ele assumiu o governo com o embaixador americano sequestrado pelo grupo do Gabeira [Fernando Gabeira], um problema de enormes dimensões internacionais. Enfrentou a guerra revolucionária no seu auge. Cito apenas o confronto ocorrido no Túnel do Rio de Janeiro, quando o Major Toja (José Júlio Toja Martinez Filho) abordou o ‘fuca’ (fusca) daquela subversiva, na tentativa de evitar que ela fosse apanhada no meio do tiroteio, pois estava grávida e foi metralhado de cima a baixo pela terrorista. Uma curiosidade sobre os subversivos: quem nos deu muito trabalho naquela época foi a Zélia Cardoso, mais tarde ministra da Fazenda do Governo Collor. Ela era responsável pelo apoio logístico do partido no Rio de Janeiro e amiga da loira subversiva que assassinou o Major” (General-de-Brigada Léo Guedes Etchegoyen, Tomo 8, pg. 181-182).

 

As duas caras de Tancredo Neves

“O General [Figueiredo] se desencantou com os políticos. Ele me contou, por exemplo, que o Dr. Tancredo Neves foi duas vezes, às escondidas, falar com ele, na sua casa, no Torto, para pedir a manutenção das eleições indiretas e dali ia para o palanque pedir as ‘Diretas Já’. Mas esse é o jogo do político; Tancredo dizia que numa eleição direta, não ganharia na convenção do seu partido; na indireta ganharia, como efetivamente ganhou, do Deputado Ulysses Guimarães. Só que ia para o palanque e pedia ‘Diretas Já’ e cobrava do Governo; realmente, o Presidente Figueiredo não tinha estrutura para aceitar essas coisas, rebelava-se contra isso, a tal ponto que se desinteressou de conduzir o processo. Fizemos algumas tentativas para que o Presidente não entrasse nessa, mas ele ficou irredutível e eu ainda tive oportunidade de falar com ele assim:

- Presidente, Poder se perde, não se entrega. Poder se perde para outro que é mais forte.

Mas ele deixou o barco correr e a oposição venceu, sem ter que assumir qualquer compromisso de entendimento, que era o espírito do Ato da Anistia” (Coronel Luiz Carlos de Avellar Coutinho, Tomo 7, pg. 188).

 

A história reescrita vai bem, obrigado!

“Alfredo Sirkis, um ex-guerrilheiro urbano, relatou em livro suas experiências na luta armada comunista dos chamados anos de chumbo. Ao publicar a 14ª. edição de ‘Os Carbonários’, fez questão de inserir nela, como num novo prefácio, uma espécie de autocrítica na qual reconhece:

‘Mas a história, ela própria, acontece duas vezes. Uma no instantâneo eclodir dos fatos. Outra nas obras literárias, históricas, biográficas, memorialísticas e, hoje, no audiovisual, na TV, no cinema, em CD-ROM. Se na primeira perdemos fragorosamente, na segunda não nos saímos de todo mal” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 49). 

 

VLADIMIR HERZOG: SUICÍDIO OU MORTE SOB TORTURA?

“Minha terceira história refere-se à época em que morreu aquele jornalista, o Vladimir Herzog. Era Chefe do Estado-Maior na 2ª. RM e o General Antônio Ferreira Marques era Chefe do Estado-Maior do II Exército.

O General Ednardo D’Ávilla Melo, em respeito ao Presidente Ernesto Geisel, nomeou o General Fernando Guimarães de Cerqueira Lima, seu ex-assistente, para encarregado do inquérito; um general recém-promovido, que fora nomeado Comandante da Brigada de Caçapava, um brilhante oficial, meu amigo desde Capitão, mais antigo que eu três turmas. Homem de caráter, fez o inquérito com toda a lisura. À época, chegou para mim e disse:

- Oliva, estão aqui as fotografias do Herzog.

Por que ele me mostrou? Cerqueira Lima tinha um problema nos rins, uma virose, e todo dia depois do almoço necessitava descansar meia hora; tinha que deitar, pelo que passou a usar o meu apartamento, no QG.

As fotografias apresentavam o corpo pendurado e depois nu. Não apresentava marca nenhuma. Os legistas têm um método em que lavam o corpo e se existirem sinais de tortura, os sinais aparecem. Mas não havia nada. Ele enforcou-se com o próprio cinto – até então os presos ficavam com o cinto para segurar a calça, depois foi proibido, o preso tinha que segurar as calas com a mão. Perguntei-lhe:

- Cerqueira, alguém morre nessa posição?

- Oliva, eu não sei. Pedi para três médicos legistas me darem parecer, sobre se é possível alguém se matar dessa maneira. Os três afirmaram que sim. Nenhum preso ouviu nada, nem carcereiro, ninguém ouviu nada. O que eu tenho de concreto são os três pareceres dos médicos, logo concluo que houve suicídio.

Cerqueira Lima disse que para ele foi suicídio; até agora, com a prova que existe, documental, foi suicídio. Após o enterro, o ‘Estadão’ publicou declaração do rabino – o Herzog era judeu -, que o enterro tinha sido antecipado por ordens superiores. Diziam que um capitão tinha dado essa ordem ao rabino. Nada disso tinha acontecido, fora notícia mentirosa.

Na ocasião, constou que a esposa dele ia aos colégios, de sala em sala, dizendo que o marido tinha sido torturado e morto. Começaram a promover greve estudantil. O Colégio Objetivo funcionava na Paulista e tinha cinco mil alunos. Seria uma loucura cinco mil meninos, nervosos na rua, à noite. Chamei lá em casa os dois diretores do Grêmio Estudantil e perguntei-lhes se sabiam de alguém que tinha visto ou falado algo. Disseram que não. Orientei-lhes, então, para avisar seus colegas para terem calma e não fazerem bobagem: esperar o resultado do inquérito. Se vocês concordarem, tudo bem, se não, façam greve. Mas agora, não. Foi o único colégio em que não houve greve.

O General Cerqueira chegou a pesquisar a vida dele. Soube que Herzog estava em tratamento médico, era jornalista, atuava no jornal da TV Cultura. Politicamente, não tinha nenhuma expressão, na minha opinião pessoal. Alguém o prendeu, não sei o motivo. Aliás, não era a minha área. O Comando da 2ª. RM só cuidava da corrupção de militares. Combate à subversão era com o Comando do II Exército.

Descobriu que ele estava em tratamento psiquiátrico. Dedução lógica, então, era um homem que provavelmente estava depressivo, em crise ou qualquer coisa dessa natureza; por ter sido preso, poderia ter se auto-sugestionado e cometido suicídio. Admito que a versão real seja essa, não estou dizendo que foi, eu não vi, só conheci a documentação.

Legalmente, no inquérito, ou você tem provas ou tem três testemunhas visuais, isso é da lei civil e militar. Se você não apresenta três testemunhas visuais, se não possui provas documentais, não pode condenar ninguém. Inegavelmente, foi ruim para a Revolução, porque de qualquer modo justificou a posição dos líderes que eram contra nós” (General-de-Exército Oswaldo Muniz Oliva, Tomo 7, pg. 76-77).

Obs.

Quando trabalhei no Departamento-Geral do Pessoal (DGP), de 2009 a 2019, como Prestador de Tarefa por Tempo Certo (PTTC), um coronel da Assessoria de Planejamento e Gestão (APG) me garantiu que um soldado, em uma Unidade do RS, não me lembro qual, havia se enforcado na prisão em situação semelhante à de Vladimir Herzog.

F. Maier

“Tenho minhas dúvidas sobre o que dizem em relação ao Vladimir Herzog, pois conheço a pessoa que fez o inquérito – General Cerqueira Lima (Fernando Guimarães de Cerqueira Lima) – fui assistente dele e seu Chefe de Estado-Maior. É um homem muito inteligente, dos mais sérios e lúcidos que eu já via na minha vida. E ele me jurava:

- Pode ser que tenham matado o Herzog, mas não consegui provar nada. Passei um mês sem dormir fazendo o inquérito.

Ele tinha uma cópia do inquérito e hoje me arrependo de não ter solicitado uma para mim. Sou metido a escrever – daria um best seller fantástico.

No final, o D’Ávila (Ednardo D’Ávila Mello) foi responsabilizado e exonerado do Comando” (Coronel Renato Moreira, Tomo 8, pg. 357).

“A imprensa vive explorando a morte do Vladimir Herzog no II Exército. Poucas vezes comenta-se que o General-de-Exército D’Ávila Mello (Ednardo D’Ávila Mello) – que foi meu instrutor na ECEME – foi demitido pelo Presidente Geisel por causa daquela morte, principalmente pelo fato do morto ser jornalista. Mas ninguém sabe o nome, nem faz referência, ao Edson Régis de Carvalho, que também era jornalista e morreu atingido pela bomba no aeroporto de Guararapes, no Recife. Aí está o peso da parcialidade da imprensa no que tange ao ‘revanchismo’ (Tenente-Coronel Alexandre Máximo Chaves Amêndola, Tomo 8, pg. 397).

 

Segundo jornalista do Estadão, Herzog se suicidou

“Até gostaria de dar um exemplo do que a mídia torce. Vocês devem lembrar do caso Vladimir Herzog e que há um prêmio de reportagem Vladimir Herzog. Ele compareceu ao DOI em São Paulo acompanhado do jornalista que era credenciado lá no II Exército e que se chamava Paulo Nunes. Apresentou-se de manhã, às 8h da manhã, para depor. Após o almoço, já havia terminado tudo, ficando numa sala, afastado, e, ali, ele enforcou-se. Hoje, a imprensa publica, como subsídio para exame de vestibular, encarte em que Vladimir Herzog foi preso e, após uma noite de torturas, amanheceu enforcado.

Digo, meu Deus, é só pegar o Estadão da época para ver o que acontecem, mas não se preocupam com isso. O que fica valendo para o jovem, que vai fazer o vestibular, é o que consta nesse recorte que lhe foi fornecido. Mas é a história que eles contam e, a partir daí, passou a ser verdade, mas a verdade foi contada detalhadamente pelos jornais da época, como O Estado de São Paulo, ao qual já me referi.

A verdade foi mostrada pelo jornalista Paulo Nunes. Ele testemunhou, dizendo: ‘Eu fui levar o Herzog de manhã às 8h e às 16h iria buscá-lo. Foi uma surpresa para nós, para todos nós que ele tenha se enforcado’. Digo que este sujeito não era mais que um jornalista, não tinha nada de importante.

Não era importante. [entrevistador]

Hoje, ninguém sabe que ele era um jornalista como outro qualquer. Associou-se a sua pessoa uma figura de grande renome. Prêmio Vladimir Herzog – para um judeu, apátrida, que nem brasileiro era.

Um estrangeiro metendo o bedelho nas nossas coisas... [entrevistador]

Ele era iugoslavo, saiu da Iugoslávia, foi para a Itália e depois para o Brasil e, aqui, deram cidadania brasileira. Consta que foi locutor da BBC em Londres” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 151-152).

Obs.

Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia & Direitos Humanos

A esquerda é rápida em fabricar heróis, como foi o caso de Vladimir Herzog, o Vlado, filiado ao Partido Comunista Brasileiro, atuante na base comunista infiltrada na revista Visão e, depois, na TV Cultura – vulgo “Viet-Cultura”, e mais recentemente, Marielle Franco, vereadora carioca pelo PSol, duas personalidades opacas que, depois da morte, foram elevadas ao Olimpo dos Heróis da Pátria.

Veja, Visão, Realidade, Vozes eram revistas que serviam de ninho para jornalistas comunistas, que ditavam o que podia e o que não podia ser publicado. Isso, durante a “ditadura”. Que ditadura foi essa?

Todo ano, personalidades e órgãos de esquerda recebem o Prêmio Vladimir Herzog pelo único motivo de serem de esquerda – cfr. os vencedores do Prêmio em 2019:

https://www.conectas.org/noticias/premio-vladimir-herzog-2019-confira-a-lista-de-vencedores?fbclid=IwAR2YzEFwb1bbriiB03CTOXkHT_VsECXKxecQ0VLd46jHgnW-5PcMQShZSLI&gclid=CjwKCAjwhOD0BRAQEiwAK7JHmBF7vtymw0bL6gU4QB0076xVdUrr2gv51JW0VVJhcaRCW8hIQjM7iBoC6cIQAvD_BwE

Na mesma época da morte de Vladimir Herzog, morreram no DOI-CODI, em condições semelhantes, o tenente PM José Ferreira de Almeida e o operário Manoel Fiel Filho. Ao contrário de Vlado, estes nunca são lembrados pela mídia militante. Afinal, não eram jornalistas. Nem pertenciam ao Partidão.

F. Maier

 

Vladimir Herzog, agente do Serviço Secreto inglês?

“Mas não foi o General [Cerqueira Lima] que me levantou esse outro aspecto. Isso eu vi e ouvi na televisão, comentado pelo Paulo Francis – um homem de esquerda – quando se referia ao assunto em um de seus programas. Ele disse que se investigassem os seis meses durante os quais o Herzog passara desaparecido, e se conseguissem descobrir onde ele estivera, concluiriam que, na verdade, ele fora um agente duplo, a serviço de sua Majestade. [entrevistador]

Não, não acredito.

É fantástico! É assunto para escrever um livro. [entrevistador]

É a primeira vez que eu ouço tal afirmativa.

Mas é uma tese até romântica. [entrevistador]

Os ingleses não reclamam nada.

Não, talvez por isso é que ele cometeu suicídio. Achou que não conseguiria guardar o segredo e na hora que descobrissem que ele não era só agente do partidão, não era homem do Trotski, do Brejnev e que, na realidade, o líder dele era a rainha-mãe, ele se desmoralizaria e iriam justiçá-lo. Porque ele morreu glorificado, vítima da nossa violência. E, se falasse, morreria jutiçado. Agora, há um detalhe, que dá maior credibilidade a essa teoria: ele foi locutor da BBC de Londres durante dois anos” [entrevistador] (Coronel Amarcy de Castro e Araújo, Tomo 8, pg. 375-376).

Obs.

O ex-governador de São Paulo, Paulo Egydio Martins, afirma que Vladimir Herzog foi agente do Serviço Secreto inglês – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/vladimir-herzog-agente-duplo.html.

Veja, ainda, os comentários feitos por Renato Bulhões num texto de minha autoria no site Alerta Total, "Quem ainda defende o movimento cívico milittar de 1964" - https://www.alertatotal.net/2020/05/quem-ainda-defende-o-movimento-civico.html:

Renato Bulhoes disse...

Comentário no Alerta Total: https://www.alertatotal.net/2019/12/o-homem-que-disse-nao-ao-ai-5.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+AlertaTotal+(Alerta+Total)
"Se a Democracia não consegue prever em suas Constituições mecanismos de punição dos traidores da pátria, os democratas precisam criar mecanismos que impeçam o aparelho estatal de ser tomado por bandidos. Do contrário, clamam por uma solução de força e, em seguida, exigem leveza dos militares na solução do descalabro violento criado pela incúria dos civis.
Quanto ao "assassinato"(=?) covarde de Vladimir Herzog:
Um absurdo gritante na narrativa esquerdista da era militar é que, de um lado, a tortura fosse descrita como um processo complicadíssimo, que requeria a assistência de técnicos e cientistas estrangeiros (entre os quais cita-se, evidentemente sem provas, o capitão americano Charles Chandler, que sob esse pretexto viria a ser assassinado pelos comunistas); e que, de outro lado, os tais técnicos não fossem capazes nem mesmo de simular um suicídio verossímil no caso do Vladimir Herzog, deixando o morto, ao contrário, numa posição em que só faltava mesmo ele voltar à vida para informar que fora assassinado. Na época, a contradição patente entre os propalados requintes da arte da tortura e a grosseria pueril do suicídio simulado me escapou totalmente, e, tendo sido um dos primeiros a promover o abaixo-assinado que exigia a investigação do episódio, tive toda a razão em apostar na hipótese do homicídio, mas, levado pela gritaria geral que eu mesmo ajudara a fomentar, dei por pressuposto, sem exame, que se homicídio houvera seus autores só poderiam ter sido os militares. Estes, por seu lado, insistindo na tese do suicídio, caíram no ridículo e acabaram levando a culpa do ocorrido. Hoje em dia, porém, vejo que entre as duas hipóteses há uma terceira que foi rapidamente varrida para baixo do tapete e jamais investigada. Na época, o cônsul da Inglaterra em São Paulo informou ao então governador paulista Paulo Egydio Martins, que Herzog era um agente do serviço secreto inglês infiltrado entre os comunistas brasileiros. O cônsul dizia ainda ter sido um dos últimos a encontrar-se com Herzog antes da morte deste. Martins, sabe-se lá por que, em vez de mandar tirar isso a limpo preferiu guardar a informação em segredo, só a revelando muito depois no seu livro de memórias, onde ela não teve a menor repercussão e foi enterrada ainda mais fundo pelo decurso do tempo, consagrando na memória jornalística e popular a versão do homicídio praticado pelos militares contra um intelectual comunista inocente de qualquer participação em atos terroristas. Para mim, hoje, é CLARO que a declaração do cônsul inglês fornece a única explicação possível para a hipótese absurda de que os habilíssimos torturadores científicos não fossem capazes de simular um suicídio mais acreditável. Herzog não foi, obviamente, assassinado por militares treinados, mas por militantes comunistas, presos como ele, alertados pela intimidade suspeita entre o prisioneiro e o cônsul. A coisa toda não foi um "crime da ditadura", mas um dos tantos "justiçamentos" praticados pelos comunistas contra aqueles a quem consideravam traidores e espiões." (Olavo de Carvalho) Renato Araujo Ramos: Lembrando que Herzog trabalhou na BBC, na Inglaterra, de 1965 à 1968.(https://www.facebook.com/carvalho.olavo/posts/1162353127250093/ )
O livro: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6803/1712.pdf?sequence=1&isAllowed=y&fbclid=IwAR3on4ZD_eSjYmTAWfv8cqqNqwtrhlB12Gy-PQ_keFhElVxgjxfDfhFp468

Renato Bulhoes disse...

Ricardo Nascimento no Facebook do Olavo de Carvalho:
O caso do Herzog é provavelmente o único caso de simulação de suicídio por suspensão incompleta que se tem notícia na história. Além dessa afirmação do Paulo Egydio, outro detalhe importante sobre o caso Herzog que virou tabu é o estado que ele se encontrava quando foi preso e a posterior patrulha da esquerda sobre o médico dele, o neuropsiquiatra Pedro Paulo Manzano Uzeda Moreira.
Aqui um comentário escrito por Sylvia Manzano no Novae em 2007 (hoje indisponível):
"Achei muito estranho o depoimento da Clarice. quando o Vlado morreu, eu fazia psicodrama em grupo com o Dr. Uzeda Moreira. O Vlado também fazia psicodrama com ele, embora fosse de outro grupo. Todos nós, porém, sabíamos que a Clarice tinha se separado dele, já estava com novo amor, ele estava muito deprimidido, inclusive tomando medicamentos e fazia 3 sessões que ele era o protagonista no tablado, antes de sua prisão. Aqui, ela não faz nenhuma menção dessa separação e eu penso que o tempo apaga certas coisas da memória das pessoas, mas de outras, não. Eu vi, estava lá, fui testemunha dos fatos." (Fonte: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo...)
Aqui um comentário escrito por Denise Macedo no blog do Favre em 2008 (hoje indisponível):
"Existe uma história que eu não esqueço jamais. Eu fazia psicodrama como Dr. Pedro Paulo Uzeda Moreira e o Vlado também. Ele era de um grupo anterior ao meu e todos nós sabíamos que tinha sido abandonado pela Clarice, que já estava morando com outro, que estava muito deprimido, que tinha sido protagonista há quatro semanas e que estava tomando anti-depressivos e não apresentava nenhuma melhora. Logo depois foi preso e morto no Doi-Codi. A Clarice imediatamente entrou no papel de viúva inconsolável e queria que o Dr. Uzeda desse um atestado para os jornais dizendo que o Vlado estava muito bem antes de ser preso. O Dr. Uzeda dizia que a medicina era um sacerdócio e ele não costumava dizer o que se passava nas sessões que ele dirigia. Seria uma mentira dizer que o Vlado estava muito bem, mas não foi isso que impediu que o Uzeda não desse o atestado, é que ele realmente acreditava que não devia falar de nada que acontecia nas sessões e era exatamente por essa razão que confiávamos tanto nele, que o respeitávamos tanto e o amávamos, por que não dizer. Clarice foi aos jornais, disse que ele não quis dar o atestado, ele sofreu uma tremenda patrulha dos intelectuais de esquerda da época e morreu precocemente de um ataque cardíaco, alguns anos depois. Nós bem percebemos o quanto foi difícil para ele, a pessoa que trouxe o psicodrama da Argentina para o Brasil, um profissional de ilibada reputação ver seu nome praticamente denegrido na época. Até hoje, quando leio notícias do Vlado, me surge uma revolta muito grande por ver que a história comete injustiças de todos os lados, não só do lado da ditadura, mas também do lado daqueles que se julgavam os defensores da liberdade. Até hoje considero a atitude do Dr. Uzeda de muita coragem e dignidade e até hoje sofro a sua morte, prematura e precoce demais para o meu gosto."(Fonte: http://blogdofavre.ig.com.br/.../indenizacoes-e-historia.../)
Trecho do livro "MASP 1970 - O psicodrama":
"Segundo seu filho, Fernando, Uzeda sempre foi um homem de esquerda, e entre seus clientes estava o jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975. Fernando continua: 'o posicionamento que meu pai tomou diante da morte de Herzog, alegando sigilo profissional, foi decisivo para que fosse execrado pelos grupos de esquerda, que nunca o perdoaram por não ter se aproveitado da morte politicamente'."(MASP 1970 - O psicodrama; páginas 147-148)

F. Maier

 

Paraquedista é indisciplinado. Palavra de general.

“Aproveito esta ocasião para prestar uma outra homenagem, ao General de Exército Ednardo D’Ávila Mello. Como capitão e major, servindo na Vila Militar, no 26º. Pqdt, em nossa guerreira Brigada de Infantaria Paraquedista, visitava comumente o General D’Ávila em sua residência no Rio de Janeiro. Unia-me ao general por laços fraternos. O estimado Chefe tinha sido praticamente punido – episódio do suicídio do Wladimir Herzog, em São Paulo -, manchado o seu nome para o resto da vida como ‘torturador’.

Indisciplinado, major paraquedista, como todos aqueles malucos que comigo serviam, visitando o general, disse:

- General, o senhor não quer que a gente faça alguma coisa? Levante o dedo que iremos fazer algo pelo senhor.

- Penha Alves, você é meu amigo, mas tem um péssimo defeito: é paraquedista, e paraquedista é indisciplinado – respondeu ele. – Volte para o seu quartel e diga aos seus colegas para tratarem da sua vida militar, adestrando nossos soldados, executando saltos de paraquedas. Tenho todos os motivos do mundo para estar ressentido com a minha Força, mas não vou mexer um dedo para acabar com a coesão. Assisti à divisão dos comandantes, aqui na Vila Militar, no período pré-revolucionário, e o João Goulart teve um mérito imenso para a Revolução: permitiu que a Força, que estava com algumas dissidências, se unisse. Foi o catalisador, embora contrário a nós.

E o general concluiu:

- Não seria eu que destruiria essa coesão” (Coronel Manoel da Penha Alves, Tomo 6, pg. 220).

 

Adendo:

Residência de Vlado serviu de esconderijo para Marighella

“Anos antes, no fim de 1968, quando Vlado nem cogitava assinar ficha no Partidão, um dos expoentes da luta armada, Carlos Marighella, foi um furtivo hóspede de sua casa, que várias vezes serviu de ‘ponto’ para encontros do líder da ALN com sua companheira, Clara Charf” (Audálio Dantas, in “As duas guerras de Vlado Herzog”, Civilização Brasileira, Rio, 2ª. edição, 2014, pg. 90 – vencedor do Troféu Juca Pato 2013).

F. Maier 

 

O PROJETO RONDON NASCEU NA ECEME

“Depois que o Movimento eclodiu, o Mamede [General Bizarria Mamede] afastou-se da Escola de Estado-Maior e foi substituído pelo [General] João Bina Machado, que foi muito carinhoso comigo. Era um grande homem, um grande General, muito preocupado com as áreas estudantis, com as áreas universitárias. Fez-me ‘peça de manobra’ do plano dele, de aproximar-se dos estudantes. Por isso, fui seu conferencista, por todo o território nacional, divulgando os propósitos do Movimento militar de 1964. Dessa forma, atuei como propagandista na compreensão das razões do Movimento militar de 1964. Andei pelo Rio Grande do Sul, por Mato Grosso, pelo Nordeste, por toda parte.

No Rio de Janeiro, o Bina Machado teve a coragem de encontrar-se com os estudantes do famoso CACO Livre (Diretório da Faculdade Nacional de Direito) na Escola de Estado-Maior, e nos colocou a debater com os estudantes de Direito, no auditório da Escola, no antigo auditório, aquele maior, que até hoje está lá. Eu debatia com os estudantes, mas era uma tarefa extremamente ingrata. Estávamos lá, basicamente, o Sérgio Pasquali, o Ney Eichler e eu, que era aquele a quem ele mais acionava. Discuti, debati muito e é quase inacreditável que o Bina Machado tenha conseguido, realmente, algum sucesso. No fim, ele falava. Os estudantes reconheciam alguma coisa. Saíam  irredutíveis, mas reconhecendo ser uma boa aproximação. Havia um ponto de contato.

Depois, o Bina ‘inventou’ um simpósio para aproximar os meios estudantis militares e os meios estudantis civis. Imaginou um Simpósio de Educação e Segurança Nacional. O Bina fazia isso com muita coragem, em plena Revolução, nos seus primeiros tempos, tempos de enormes incompreensões.

Quando o Simpósio aconteceu, no princípio do Governo Castello, o Comandante já era o General Reynaldo Mello de Almeida, grande companheiro, que se fez solidário com o seu antecessor, embora não estivesse muito de acordo com aquele arrojo. Estávamos reunidos na Escola de Estado-Maior, professores civis e militares, de vários níveis, do Colégio Militar, da Academia Militar e das várias universidades. Nesse Simpósio nasceu a ideia do Projeto Rondon.

(...)

O Seminário prosseguiu e nele nasceu o Projeto Rondon, que foi uma ideia do Professor Wilson Choeri – hoje diretor do Colégio Pedro II – mais tarde apoiado por um oficial de Cavalaria, e, depois, pelo Coronel Pasquale. Graças ao apoio do Ministro Affonso de Albuquerque Lima, conseguiram viabilizar o Projeto, que se tornou um grande êxito. Hoje, ainda existe com um outro nome” (General-de-Divisão Octávio Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 69-71).

“Depois de terem estudado o trabalho elaborado pelos grupos [da ECEME], fizemos uma reunião antes que fossem apresentados a cada grupo e passassem a discutir, a debater as ideias levantadas a respeito do Exército e da sociedade brasileira. O professor Schoeri, mais ou menos refletindo a ideia de todos, disse o seguinte:

- Vocês têm uma oportunidade extraordinária de conhecer o Brasil e a sociedade brasileira. Vocês perdem as características regionais. Vocês não são mais gaúchos, cariocas, paraibanos. Vocês passam a ser brasileiros, porque são constantemente transferidos, têm filhos em diferentes lugares do Brasil, casam com uma mulher de outra região e passam a ser brasileiros. Vocês têm uma visão de Brasil diferente da nossa. Precisávamos fazer com que os civis corressem o Brasil e buscassem as outras realidades de nossa terra.

- É uma ideia muito interessante, vou levar esse problema ao General Bina – respondi ao Schoeri.

Comentei a ideia com o General Bina, que me disse:

- Olha, Pasquali, vamos fazer uma experiência, começar a levar estudantes universitários para conhecer os outros brasis.

Sentamo-nos com o Schoeri e elaboramos um projeto que foi chamado de Projeto Rondon, em homenagem ao Marechal Rondon, um dos desbravadores do País, homem que percorreu todos os brasis e procurou inserir, particularmente, o índio na sociedade brasileira. Criado esses novo Projeto, nós, junto com a Universidade do Estado da Guanabara – mudara o Comando para o General Reynaldo Mello de Almeida, que o apoiou totalmente, e ainda autorizou alguns oficiais a se juntarem à Universidade – preparamos um grupo de alunos para mandar para a Amazônia.

Foi o nascimento. Conheci o Weber (Coronel Carlos Aloysio Weber) que estava comandando o 5º. Batalhão de Construção (5º. BEC) – primeiro comandante do 5º. BEC – recém-instalado em Porto Velho. Liguei-me com ele, autorizado pelo General. Perguntei se podia receber uns trinta estudantes de várias universidades do Rio, para um trabalho junto àquela população pobre da região onde ele estava construindo a estrada de rodagem para substituir a Madeira-Mamoré (era a Guajará-Mirim/Porto Velho). O Weber, um sujeito extraordinário, topou. (...)

Houve um episódio interessante que deve ser registrado. Precisávamos de um avião para transportar o pessoal. Solicitamos ao Coronel Mauro Costa Rodrigues, do Gabinete do Ministro, para ver se conseguia um avião. O Chefe do Gabinete do Ministro era o General Frota (Sylvio Couto Coelho da Frota). Quando ele soube do pedido, pelo Mauro, proibiu, não queria o envolvimento com estudantes. Estudante fazia greve, fazia muita confusão. Não queria que o Exército se misturasse com isso e, assim, perdemos o apoio governamental, veja que coisa absurda.

Fomos, então, nesse dia, bem tarde da noite, à casa do General Albuquerque Lima (Affonso Augusto de Albuquerque Lima), que era Ministro do Interior, e expusemos a ele – que nos recebeu até de robe – a ideia. Resposta: ‘Negativo, eu assumo isso. Vocês levem essa turma amanhã ao meu Ministério’.

Telefonou, mandou vir um avião do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) para o Rio de Janeiro e disse para o diretor do Departamento: ‘Esse avião vai ficar à minha disposição durante bastante tempo, fará duas viagens a Rondônia para levar estudantes’.

No outro dia, recebeu a garotada toda e os professores lá no Ministério, que era localizado onde hoje é o Museu do Índio, e fez uma exposição belíssima. A garotada se entusiasmou sobre a Amazônia e essa foi a origem do Projeto Rondon. Foi a ‘operação zero’ ” (Coronel Sérgio Mário Pasquali, Tomo 5, pg. 191-192).

“Com o Hélio Beltrão, redigimos um decreto cirando o órgão de administração direta dentro do Ministério do Interior: Projeto Rondon. O Mauro veio a Brasília com a garotada que já o estava ajudando voluntariamente. Assistiram ao Presidente assinar o Decreto, criando o Rondon, e o Rondon deslanchou. Isso é uma paralela que enfeita muito essa narrativa, pelo valor que entendo ele teve no sentido de proporcionar a 350 mil estudantes brasileiros a oportunidade de conhecer os outros brasis, diferentes daqueles onde estudavam, onde tinham nascido.

(...)

E conseguimos fazer tudo isso praticamente sem recursos. Por exemplo, a Viação Aérea de São Paulo (VASP) nos doou quatro aviões. Um cidadão de Santa Catarina – não me lembro, agora, o nome – doou um avião, um DC3. A Transbrasil doou um DC3. Eu tinha uma frota de aviões, mas era uma frota de aviões que não havia custado nada, porque fora doada.

Para a doação da VASP, fui com o Costa Cavalcante a São Paulo. A VASP fez uma cerimônia, entregou os últimos DC3 e todas as peças, desse avião, que mantinha em estoque. Deixamos os DC3 no Campo dos Afonsos, no Rio, para serem pilotados pelos oficiais da FAB. Havia um oficial da FAB no Conselho e ele fazia a escala de pilotos para os DC3, distribuindo horas de voo para o pessoal – o aviador precisa voar. Contratamos apenas três mecânicos aposentados da PANAIR e da própria FAB para cuidarem da parte mecânica dos aviões. Pergunta óbvia: ‘E o combustível para as aeronaves?’ A Petrobras fornecia. Tínhamos um cartãozinho. Parava num posto da Petrobras, num aeroporto qualquer, e abastecia de graça” (Coronel Sérgio Mário Pasquali, Tomo 5, pg. 199-201).

 

“Bandeiras Agrárias”, o Projeto Rondon de Goiás

“Nos meios religiosos, em especial entre os católicos, o comunismo também não encontrava guarida, em virtude de sua filosofia materialista. Por esse motivo, entendo que a Igreja Católica foi, inicialmente, uma grande aliada das Forças Armadas.

Vou relatar um caso vivido em Goiás, que se relaciona com essa questão. O desenvolvimento agrário goiano tinha por base a educação. Organizamos um programa intitulado Bandeiras Agrárias, voltado para a juventude, que foi a matriz, o cerne do Projeto Rondon. Na Capital do Estado de Goiás, havia muitos estudantes do interior. O programa Bandeiras Agrárias consistia em preparar esses estudantes do interior. O programa Bandeiras Agrárias consistia em preparar esses estudantes, para ministrarem, em suas áreas de origem e durante os períodos de férias – quando retornavam às suas localidades -, conhecimento agrário à população local.

Para alcançar tal objetivo, organizamos diversos currículos para estudantes de Direito, de Medicina, de Agronomia e de outras profissões, os quais aprendiam as matérias de sua especialidade. Este projeto teve uma acolhida muito grande na Universidade Católica de Goiás, onde tivemos como colaborador, um padre, professor da UFG, que nos assessoraram na elaboração dos currículos e participava do zelo didático que dedicávamos à boa apresentação desses programas aos estudantes” (Coronel Petrônio Maia Vieira do Nascimento e Sá, Tomo 12, pg. 161-162).

Obs.

O Projeto Rondon foi criado pelo Decreto no. 62.927, de 28 de junho de 1968, dentro do princípio do Marechal Rondon “Integrar para não entregar”. Infelizmente, foi extinto pela MP no. 28, de 1999, durante o Governo Sarney. Ressurgiu timidamente durante o Governo FHC, mediante Decreto no. 1366, de 12 de janeiro de 1995, com o nome de Comunidade Solidária, sob os cuidados da primeira-dama Ruth Cardoso. O Projeto Rondon foi extinto em dezembro de 2002, dando lugar ao Programa Fome Zero. Em 2005, o Projeto foi retomado pelo Ministério da Defesa. Cfr. os vários projetos realizados desde então em https://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_Rondon.

Acesse o Projeto Rondon no Facebook - https://www.facebook.com/projetorondonoficial/

F. Maier

 

 

SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES – SNI

SFICI - embrião do SNI

“Eram dois impérios dominando o mundo. O Brasil, pela sua posição geoestratégica, estava na área de interesse e de influência do império dos Estados Unidos e era, também, área de interesse da URSS – os dois impérios que dominavam o mundo. Eu vivia a efervescência das prontidões. Vamos lembrar uma passagem do Presidente Juscelino Kubitschek quando deu a volta ao mundo depois de ter sido eleito. Nessa ocasião, nos Estados Unidos, o Presidente Eisenhower disse para ele: ‘Não entendo como o Brasil, um País com a sua dimensão, um País continental, não possui um serviço de informações de governo’. O Presidente Juscelino, ao chegar e após ser empossado, chamou o Ministro da Guerra – Marechal Odylio Denys – e deu a missão de criar um Serviço de Informações. Essa missão foi transmitida ao seu Assistente que era o então Coronel Humberto de Souza Mello. Ele reuniu um grupo de assessores e criou o SFICI (Serviço Federal de Informações e Contrainformações), que funcionava no Rio de Janeiro. Posteriormente, mudaram o nome para SNI (Serviço Nacional de Informações)” (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Nery, Tomo 10, pg. 154).

Na mesma entrevista, o General Andrade Nery narra, em detalhes, a missão recebida pelo Núcleo da Divisão Aeroterrestre, atual Brigada Paraquedista, de fazer um assalto à Base Aérea de Canoas e, em seguida, partir para a tomada do Palácio Piratini, sede do governo Leonel Brizola, o qual, por sua “Cadeia da Legalidade”, defendia que o Vice-Presidente João Goulart assumisse a Presidência, após a renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Brizola incitava os militares, dizendo: “Sargentos do Exército, matem seus oficiais”. Finaliza o depoimento, dizendo:

O império soviético que queria dominar o Brasil não conseguiu êxito e, em consequência, não conseguiu dominar a América Latina. O segredo foi a falta de apoio popular e a centralização das ações, como falei no início, foi o Juscelino quem criou o SNI – vou repetir – foi o Juscelino quem criou o SNI, com o nome de Serviço Federal de Informações e Contrainformações. A missão foi dada ao Coronel Humberto de Souza Melo, então assistente do Marechal Denys, Comandante do I Exército. O Coronel Humberto reuniu os Majores Knaack, Souza Pinto, Hugo Abreu, Presgrave e outros, no total de seis ou sete oficiais, que foram a Israel, à Alemanha, à Inglaterra, aos Estados Unidos e à França, onde aprenderam tudo sobre informações e contrainformações, em países considerados potências mundiais. E tudo o que eles aprenderam, eles aplicaram no SFICI, que tinha a sede no Rio de Janeiro, na Rua Uruguaiana, antigo prédio da Casa da Borracha. Começou ali.

Com a Revolução de 31 de Março, mudaram o nome para SNI. As informações eram produzidas para o Governo. Um governo bem-informado não erra, não diz que não sabe. Hoje, se critica muito o SNI, mas agora é que os presidentes desinformados são surpreendidos com os fatos. No combate à guerrilha, durante os governos militares, a centralização do comando foi feita no CODI, que contava com os DOI – Destacamento de Operações e Informações, então, vamos extingui-los, mas que permaneçam os CODI e o SNI. Não fizeram isso, sabe por quê? Porque havia muita gente interessada em que não houvesse mais o SNI para que não se apurasse a falcatrua, a corrupção das elites” (General-de-Brigada Durval Antunes Machado Pereira de Andrade Ney, Tomo 10, pg. 189-190).

“Outra falácia que o autor [Élio Gaspari] repete é sobre a criação do Serviço Nacional de Informações (SNI). E aí há certa justificativa, pois o próprio Golbery dela se pavoneava e muita gente até hoje a repete. O SNI surgiu por transformação do Serviço Federal de Informação de Contrainformação (SFICI), criado no Governo de Juscelino Kubitschek. Quando este visitou os Estado Unidos, o Presidente Eisenhower manifestou-lhe sua preocupação com a crescente infiltração comunista no governo brasileiro. Ofereceu-lhe assistência técnica para a criação de uma agência equivalente à CIA, lá surgida no Governo Truman, em 1949. Juscelino Kubitschek desconversou. Na visita ao Brasil, em fevereiro de 1960, Ike, além de sugerir a Juscelino que reconsiderasse sua decisão anterior de romper com o FMI, repisou sua antiga preocupação com a infiltração comunista no Brasil, o que tornaria necessário um reforço nos órgãos de segurança. Como Juscelino Kubitschek estava, naquele momento, interessado em reatar as negociações com o FMI, concordou em criar a tal agência. Foram implantados o SFICI, bem como Seções de Segurança Nacional nos ministérios civis – invenção atribuída à ‘ditadura’ por mal-informados -, todos subordinados à Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional (Moniz Bandeira, em ‘Brasil-EUA – a rivalidade emergente’, Editora Civilização Brasileira – 1989, citado por Roberto Campos em ‘Lanterna na Popa’ pg. 283). O que o ‘feiticeiro’ fez, depois de ter chefiado o SFICI durante o curto Governo de Jânio Quadros, foi moldá-lo e transformá-lo em um instrumento de suas maquinações de ‘Fouché crioulo’. Para isso, levou com ele o fichário de personalidades que tinha começado a organizar no SFICI, segundo o próprio Gaspari escreveu no terceiro volume de seu ‘pentateuco’ ” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 55-56).

“Lembro-me de que ocupamos o Pão de Açúcar, interditando o ‘bondinho’, estabelecemos barricadas na entrada da Praça General Tibúrcio e nos preparamos para defender a praia, no caso de uma possível invasão por mar (fuzileiros navais0; o que me parecia pouco provável.

A mim, que na ocasião era Major, coube participar de uma dessas missões, integrando a equipe chefiada pelo então Tenente-Coronel Diogo de Oliveira Figueiredo, encarregado de ocupar as instalações do antigo SFICI (Serviço Federal de Informações e Contrainformações), embrião do futuro SNI, que funcionava em um ou dois andares, não me lembro bem, de um prédio situado na Avenida Presidente Wilson, quase esquina da Avenida Presidente Antônio Carlos.

Entramos pelos fundos, à noite, pois não sabíamos o que iríamos encontrar. Felizmente, as instalações estavam desocupadas (acabavam de ser abandonadas) e pudemos ocupá-las sem problemas.

Depois de alguns dias ali, fui deslocado para as antigas instalações do Conselho de Segurança nacional, no alto da ‘Casa da Borracha’, na Rua Uruguaiana, esquina da Presidente Vargas” (General-de-Exército Carlos Tinoco Ribeiro Gomes, Tomo 10, pg. 30).

“No dia 1º. de abril fiz parte de um grupo que ocupou o Serviço Federal de Informações e Contrainformações (SFICI), uma espécie de SNI daqueles anos, que funcionava nos altos da Casa da Borracha, esquina da Rua Uruguaiana com a Avenida Presidente Vargas. Montamos uma operação para ocupar aquele órgão, mas quando chegamos lá, não encontramos nada, ninguém. Depois de uns quatro ou cinco dias apareceu um coronel com todos os fichários do SFICI: ele os havia levado para casa” (Coronel Hélio Lourenço Ceratti, Tomo 13, pg. 185).

 

Comunista com “cara humana”?

“Penso que é um ponto de vista perfeitamente razoável ser antimarxista, mas, também penso, ser compreensível que alguém seja marxista. Se existe alguém que seja marxista, querendo expor suas idéias, e não desejando usar meios violentos, devo, democraticamente, aceitar.

A intoxicação foi de tal ordem que, entre nós, entre nossos companheiros, uma quantidade imensa de pessoas admitiu que ser democrata era ser exclusivamente anticomunista. Até hoje isso existe. Companheiros extraordinários que tive, peças importantíssimas ao longo do regime militar, acreditavam que ser democrata é ser anticomunista. Não é bem assim, praticar a democracia é também admitir que alguém possa pensar em termos marxistas-leninistas.

Além disso, não podemos deixar de aceitar que, se o marxismo gerou um regime monstruoso como o stalinismo soviético, a pior das ditaduras, o marxismo também contribuiu para a evolução social da humanidade. As democracias sociais europeias, o próprio trabalhismo, tudo isso foi, um pouco, resultante das idéias marxistas, apenas levadas como ideias, dessa forma contribuindo para a evolução do trabalhismo, das relações entre patrão e empregado, e dos regimes democráticos. Pensar que ser democrata é ser, exclusivamente, anticomunista, não passa de verdadeiro barbarismo” (General-de-Divisão Octávio Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 68).

Pelo visto, os estudantes do CACO foram bastante convincentes, ao expor suas ideias marxistas ao General Octávio...

O General Octávio também faz severas críticas ao SNI. Apesar de reconhecer a importância de um órgão de informações, necessário em qualquer tipo de governo, tece críticas ao Órgão, principalmente a partir do Governo Médici:

“Nenhuma instituição vive sem um órgão de informações, seja ela militar, política ou empresarial. Tem que haver órgão de informações; mas a exacerbação da informação e a intensa utilização política desses órgãos geram distorções. A malha de informações foi de grande extensão. O País foi ocupado pelo Exército, no tempo de Médici, sendo Ministro o Orlando Geisel. Depois, foi ocupado pelo SNI. Tudo era SNI. Os melhores cargos dentro das Forças Armadas destinavam-se aos egressos do Serviço Nacional de Informações. Criaram-se agências por todo o País.

Todos os governantes eram escolhidos com o, que ‘sinal verde’ do SNI. Isso não é regime militar, é muito mais do que regime militar. Diria, numa expressão que tenho a coragem de citar aqui: ‘foi um criptogoverno, ou seja, o governo invisível, o governo da informação, governo no qual ninguém fazia nada sem o aval do órgão de informação’. Essa situação começou ainda no Governo Médici, com o General Fontoura; aumentou com o Figueiredo, que era o homem da total confiança do Geisel, e que ampliou o SNI, cedendo-lhe meios poderosíssimos. Havia até fábrica dentro do SNI (a ‘Prólogo’, que fabricava criptógrafos). Possuía serviço de saúde próprio. Desfrutava de muitos privilégios.

Chegou-se ao paroxismo, no próprio Governo Figueiredo. O Medeiros, Chefe do SNI, era como se fosse irmão do Figueiredo, ambos egressos do próprio Serviço Nacional de Informações, que, já tendo produzido dois presidentes, por que não fazer o terceiro? Seria seguir a ordem natural das coisas, e o SNI chegaria a fazer o terceiro.

Digo e reafirmo, e repetirei à exaustão: fomos além do militarismo, chegamos ao absurdo de 21 anos de militarismo, e, afinal, à exacerbação de um criptogoverno, ou seja, o governo do primado dos órgãos de informações, o governo do poder invisível. Não havia qualquer transparência no Governo, de fora não se sabia nada do que poderia acontecer” (General-de-Divisão Octávio Pereira da Costa, Tomo 2, pg. 86-87).

Obs.

O General Octávio Pereira da Costa faz afirmações categóricas sobre o comunismo. Defende que se debata com um marxista, desde que ele não passe a usar meios violentos para obter os fins desejados.

Ora, não há possibilidade de um democrata discutir com marxistas, nazistas ou fascistas, face aos bárbaros crimes contra a humanidade que governos com essas ideologias cometeram.

F. Maier

 

Divisão de Segurança de Informações (DSI)

“Essas DSI e, também, as Agências de Segurança de Informações, no interior dos ministérios, eram órgãos lotados por pessoal do SNI. Trabalhei no SNI de 1979, quando fui para a reserva, até 1988. Inicialmente, em Salvador e, a partir de 1984, na agência central, em Brasília. Esse pessoal era de uma valia extraordinária, porque pertenciam aos quadros do SNI. A gente tinha conhecimento real de tudo que se passava no País através dos ministérios; algumas agências de autarquias, da Petrobras, por exemplo, eram muito importantes. Isso, naturalmente, permitiu que o Governo identificasse e prevenisse problemas. Mas o Collor acabou com tudo. Depois, houve até uma tentativa, que não foi iniciativa do SNI, mas de alguns ministros, de tentar reativá-las, porque os próprios titulares passaram a se sentir mal-informados, sem saberem do que acontecia nos próprios ministérios.

(...)

Vou tomar a Petrobras como exemplo. Até a existência da DSI, não se tem notícia de falcatrua na empresa. Depois que foi extinta a DSI, volta e meia a Petrobras está no noticiário” (Tenente-Coronel Ivan Pontes Laydner, Tomo 5, pg. 308-309).

 

No Brasil, o ingresso nas Academias Militares é democrático. Sem “QI”, como nos EUA.

“As nossas Forças Armadas nunca constituíram uma casta, como em alguns lugares do mundo. Inclusive, o General Aricildes Motta, que nos acompanha nesta jornada [coordenador das entrevistas para a História Oral do Exército - 1964], privou comigo nos Estados Unidos da América, onde tive a oportunidade de dizer aos companheiros das Forças Armadas americanas o seguinte: ‘Para que um jovem seja admitido na Academia Militar de West Point, na Academia Naval de Annapolis ou na Academia da Força Aérea de Colorado Springs, tem que ser indicado por dois políticos com assento no Congresso ou pelo Presidente da República, caso não seja filho de um herói militar dos Estados Unidos. Entretanto, no Brasil, o processo é mais democrático. O ingresso está aberto a todos os jovens brasileiros que sejam aprovados em um concurso intelectual e realizado anualmente” (Vice-Almirante Sérgio Tasso Vásquez de Aquino, Tomo 9, pg. 97-98)

 

 

DIRETÓRIOS ACADÊMICOS & ESTUDANTES PROFISSIONAIS

“As entidades tachadas de esquerdistas, como a UNE (União Nacional dos Estudantes), o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), o PUA (Pacto de Unidade e Ação), a CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria), a CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio), logo após o início da Revolução de 31 de Março de 1964, ficaram desarticuladas durante algum tempo. Mas esse pessoal da esquerda, os comunistas, eles não param jamais de trabalhar, então, eles podem levar uma ‘solapada’, uma derrota, mas eles buscam se reestruturar. Então, ficaram desarticulados, mas não foi por muito tempo.

Em fins de 1965 e em 1966, já estavam reestruturadas e organizadas algumas dessas entidades, a ponto de entrarem num acordo de dividir os diretórios acadêmicos das faculdades entre o Partido Comunista Brasileiro e a Ação Popular (AP).

O próprio professor Faria Góes, que era Brigadeiro Médico da Aeronáutica da reserva e Diretor da Faculdade Nacional de Filosofia, me disse: ‘O bloco democrático está muito bom e a eleição quem vai ganhar é o representante do bloco democrático.’ Ele acreditava nisso e eu o aviseri...

Eu só o chamava de professor, que é muito honroso. Eu lhe disse: ‘Professor, quem vai ganhar lá na sua Faculdade é uma representante da Ação Popular, é Maria Olívia Chagas e Silva. Ela não precisava necessariamente ganhar a eleição para presidente. Nesses órgãos, havendo uma ou duas figuras para convencer as outras, é o bastante.’ Porque elas conduzem as outras. Não é preciso que um diretório tenha todos os seus elementos comunistas, basta um ou dois que o levem a adotar atitudes comunistas. Bastava, portanto, um ou dois porque eles são extremamente atuantes. E, pelo menos, um, em cada diretório, era estudante profissional, principalmente a partir de 1968” (Tenente-Coronel Orestes Raphael Rocha Cavalcanti, Tomo 11, pg. 299).

“Gostaria de citar a minha experiência pessoal quando testemunhei, na Faculdade, a maneira sórdida e desonesta como os comunistas ganhavam as eleições para os cargos do Diretório Estudantil. Cursei a Faculdade de Geografia da então UEG (hoje UERJ) no início da década de 1960. Todos os Diretórios eram dominados pelo Partidão (PCB).

O curso era noturno. Na sua imensa maioria, os rapazes e moças tinham compromissos na manhã do dia seguinte e, tão logo as aulas se encerravam, saíam da Faculdade em demanda das suas residências. Pois muito bem: as eleições eram invariavelmente marcadas para ter início após a última aula. No início, o auditório estava repleto!

Os comunas, então, inscreviam de 10 a 12 oradores, que se revezavam em arengas intermináveis, falando sobre o sexo dos anjos, deixando transcorrer as horas, antes que as eleições propriamente ditas se realizassem. Quem tinha obrigações na manhã seguinte não aguentava e se retirava. Ficavam apenas os ‘estudantes’ comunas, verdadeiros profissionais, provavelmente pagos para assim procederem, pois se perpetuavam na Faculdade anos após anos. Tranquilamente, votavam a uma ou duas horas da manhã e venciam as eleições! Uma verdadeira canalhocracia! (Os fins justificam os meios!)” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg. 161-162).

Obs.

Até hoje, o PC do B domina os diretórios acadêmicos, assim como a UNE e demais entidades estudantis.

A UNE tem a premissa de confeccionar carteiras estudantis -“Partido da Carteirinha do Brasil - PC do B”, que havia sido suspensa pelo Presidente Jair Bolsonaro, em Medida Provisória (MP), mas o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, em conluio com o PC do B, deixou caducar a MP e manteve os cofres do PC do B abarrotados de dinheiro.

Conheça a armação de Rodrigo Maia em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/armacao-de-maia-com-pcdob-deixa-caducar.html.

F. Maier

 

REVANCHISMO NA CULTURA, NAS LIVRARIAS, NAS UNIVESIDADES, NA MÍDIA – ESPECIALMENTE NA REDE GLOBO

 

“Quem o inimigo poupa, na mão dele morre”

“A mídia está dominada pelo que chamo de ‘a canalha’, comunistas-esquerdistas, recalcados e aproveitadores; a essa gente não interessa destacar os acertos, pois a palavra de ordem é mentir, caluniar. Sobre tudo que foi bom – silêncio total. A regra é denegrir. Como diziam os caudinhos nos entreveros de 1893:Quem o inimigo poupa, na mão dele morre’ ” (General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 55).

“A mídia é um problema muito sério para as democracias modernas. A primeira razão é que a mídia não é mais um veículo de informações, mas um veículo de influência, de dominação, de orientação da opinião popular. A mídia moderna acabou com a opinião pública. Lembro que, quando jovem, escutava: 'a opinião pública toma posição’. Hoje, a opinião pública não existe mais, existe a opinião do público, feita pela mídia. Outro fenômeno curioso, parece que os jornalistas se articulam entre eles de uma maneira, assim, meio implícita, não muito clara. Os noticiários são muito semelhantes nos diversos jornais” (Deputado Federal Bonifácio de Andrada, Tomo 15, pg. 109).

“Os objetivos dos meios de comunicação social são políticos, ideológicos e comerciais, enquanto o objetivo dos militares se restringe à defesa da Pátria e à vivência dos valores espirituais, morais e éticos da nacionalidade, que jamais poderão morrer” (Coronel Luciano Moreira de Souza, Tomo 4, pg. 120).

 

O império da Rede Globo de Televisão

“Convém lembrar que o Governo do Marechal Costa e Silva, sentindo a necessidade do apoio da Imprensa, houve por bem oferecer todas as facilidades para a criação, com dinheiro americano, da Rede Globo de Televisão. Ainda tentei intervir, como membro do Conselho Nacional de Telecomunicações (Contel), mas de nada adiantou: o ‘monstro’ foi criado e, mais adiante, voltou-se contra o criador. O Presidente Figueiredo ainda tentou, no seu governo, criando novas redes de televisão, diminuir o poder da emissora que se concedera à família Marinho, hoje o maior colégio eleitoral do País” (Tenente-Coronel Artur de Freitas Torres de Melo, Tomo 12, pg. 207).

“A mídia é um capítulo à parte. Está sempre voltada para o detentor das grandes promoções, das grandes propagandas, dos grandes recursos.

A Rede Globo de Televisão foi muito apoiada pela Revolução. Os laços de amizade do Roberto Marinho com o Figueiredo vêm desde a época em que este era tenente, quando o Roberto ia cavalgar na Escola Militar do Realengo.

(...)

A Rede Globo era o Roberto Marinho, razão por que digo Rede Globo. Ela se beneficiou de um acordo feito com uma empresa americana – não me recordo agora o nome – para trazer material de televisão. Recebeu, era necessário, o aval do ministro das Comunicações. Então, a Rede Globo foi beneficiária da Revolução e o Roberto Marinho retribuía com elogios à mesma” (General-de-Divisão Geraldo de Araújo Ferreira Braga, Tomo 2, pg. 107).

Obs.

A empresa americana a que se refere o General Braga é a Time-Life – cfr. https://memoriaglobo.globo.com/acusacoes-falsas/caso-time-life/#:~:text=A%20inaugura%C3%A7%C3%A3o%20da%20TV%20Globo,com%20o%20grupo%20Time%2DLife.&text=A%20quest%C3%A3o%20foi%20levada%20ao,processo%20para%20investigar%20o%20caso.

F. Maier

“Consta que determinado empresário, líder de um império jornalístico passou a vergastar a Revolução por ter seu interesse de importar um iate, desobrigado de impostos e obrigações, sido contrariado pelo Ministro da Justiça com aprovação do Presidente Figueiredo. Adquirimos, por isso, um ferrenho inimigo.

Atualmente, o jornalismo ideológico, maiormente a serviço da esquerda, penetrou na maioria dos órgãos de comunicação. Isso se constata facilmente. Antes atuavam disfarçadamente, mas, hoje, agem sem pejo-171” (Coronel Godofredo de Araújo Neves, Tomo 7, pg. 170-171).

“Quando (cursava a Escola de Estado-Maior), perguntei a um amigo instrutor de Comunicação Social, na época, Tenente-Coronel Alceste Guanabarino, da minha turma, já falecido, por que Roberto Marinho deixava que os esquerdistas se infiltrassem em seu jornal. Ele me respondeu que conversando com o empresário que visitava o Comando do I Exército, ele afirmara que quem sabe fazer jornalismo era o pessoal de esquerda, o que não podia deixar de ser considerado pela direção de um jornal.

O senhor Roberto Marinho é um dos grandes males deste País, na minha opinião” (Coronel Henrique Carlos Guedes, Tomo 3, pg. 258).

“Uma nação que não honra seus vultos históricos, que não respeita as suas tradições e não reverencia seu passado de lutas, pode desaparecer. É o que está acontecendo hoje: um caderno, feito pela TV Globo, com a pretensão de livro de História, diz o seguinte: ‘Vários movimentos de liberdade foram abafados por homem chamado Luís Alves de Lima e Silva, a quem deram, de favor, o título de Duque de Caxias’. Querem desfigurar a imagem de Caxias, que lutou pela unidade nacional e, como extensão, aviltar as Forças Armadas” (General-de-Divisão Francisco Batista Torres de Melo, Tomo 4, pg. 71).

“Outro ponto de fricção com os meios de comunicação foi a criação do SNI. A imprensa não aceitou a ideia da existência de um órgão do Governo que, em alguns setores, estava mais bem informado do que ela. Para completar, a mídia detesta as regras de sigilo, com exceção daquelas que protegem os seus informantes. Em resumo, estas são algumas das causas do nosso fracasso no trato com a opinião pública. Some-se a estas causas o nosso amadorismo e por vezes a nossa incompetência para atuar na complexa área da comunicação social” (General-de-Divisão João Carlos Rotta, Tomo 8, pg. 153).

“Minha filha – dou meu testemunho – que era estudante do Curso de Serviço Social na Universidade Estadual do Ceará – onde, durante vários anos, fui professor da cadeira de História do Ceará – numa ocasião, disse-me: ‘Paizinho, muitas pessoas pensam que o senhor é um algoz, que o senhor maltrata as pessoas’. Quer dizer, esses meninos, esses jovens têm uma visão totalmente distorcida da realidade” (Tenente-Coronel José Carneiro da Cunha, Tomo 4, pg. 215).

“Em pleno regime militar, as livrarias estavam encharcadas de livros esquerdistas e grande parte dos livros ideológicos publicados eram livros comunistas; livros anticomunistas quase não existia. Foi publicado na década de 1960 um livro escrito por um russo, Victor Kravchenko, ‘Eu Escolhi a Liberdade’, que descrevia a dura realidade da Rússia. Esse livro foi combatido e evitado por grande número de livrarias, aqui no Brasil. Era preciso distribuí-lo nas ruas, porque as livrarias se negavam a vende-lo, sendo que foi um best seller mundial.

Então alertamos várias vezes os generais de que era preciso atuar, também, no campo ideológico, porque os professores universitários e todos aqueles que dirigiam o pensamento brasileiro – jornalistas, poetas, artistas, escritores, músicos etc. – eram de esquerda. Durante todo o governo militar eles agiram e acabaram triunfando; talvez não politicamente, mas ideologicamente triunfaram, porque o pensamento de esquerda realmente acabou preponderando no Brasil. A imprensa e os livros continuaram difundindo as ideias da esquerda, as músicas de Geraldo Vandré, Chico Buarque e Vinícius de Moraes eram comunistas e dominaram naquele tempo e continuam, ainda dominando, até hoje. Infelizmente, a inteligentzia brasileira continua de esquerda. Temos que reconhecer: a Revolução de 1964 venceu política e militarmente, mas ideologicamente a esquerda venceu e isso é lamentável” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 299-300).

“Vou explicar para os senhores uma coisa inacreditável, esse livro – ‘Mercado Livre numa Sociedade Cristã’ – publiquei nos Estados Unidos, Portugal, Espanha e por que não o publiquei no Brasil? Simplesmente porque as livrarias não aceitam pô-lo nas estantes. Procurei a Saraiva, a Siciliano e, mesmo abrindo mão da minha parte na venda do livro, responderam ser o tema do meu livro polêmico e que achavam melhor deixar para mais tarde” (Doutor Adolpho Lindenberg, Tomo 7, pg. 302).

“Quando Lula foi candidato, a federação de jornalistas, pela primeira vez, fez uma pesquisa: quase 80% da classe votavam no Lula. Depois que criaram essas tais escolas de comunicação, quase todas dominadas pelo PT, as redações se encheram de críticos que antes não havia. Então, começaram as difamações, as calúnias que não havia antes: ‘ditadura militar’, ‘golpe’, agora com maior insistência. Como estão observando o fracasso do poder civil e não querem a volta dos militares, procuram jogar a opinião pública contra as Forças Armadas, com todos os depreciativos que o ranço ideológico e a ignorância da História lhes inspiram” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva, Tomo 4, pg. 283-284).

“Cometemos alguns erros, por exemplo, na Universidade de São Paulo. Na verdade, era uma ‘pinimba’ entre o Ministro da Justiça e aquela gente, pois nunca fomos um centro ativo. Era um esquerdismo romântico, alguns nunca foram da esquerda e, depois se apresentaram como tal, porque parecia que era elegante ser esquerda. Na USP se cometeram muitos erros, exageros. Como em todo movimento dessa natureza, alguns interesses espúrios interferem e, então, realmente geraram uma intervenção na USP, que foi, afinal, um equívoco. Não havia nenhuma necessidade de perpetrá-la. São os acidentes do processo que se estava vivendo. Não se trata de justificativa, apenas uma constatação.

Mas, como disse antes, isso tudo um dia será trazido à tona. A história já está começando a ser resolvida, e as pessoas ficam muito tristes, principalmente os orientadores, começam a ficar furiosos com os orientados, porque a verdade que emerge da pesquisa histórica, feita com uma relativa isenção, é de que os defeitos são um pouco menores e as virtudes um pouco maiores. Estou absolutamente convencido, pois a história, até agora, tem sido feita pelos que foram vencidos. Aos poucos ela vai ser relativizada – não existe verdade histórica – e, então, os exageros serão identificados” (Deputado Federal Antônio Delfim Neto, Tomo 5, pg. 160).

“Essa batalha [no campo da comunicação social] foi perdida, isso é inquestionável, é uma verdade. Agora, perdemos porque houve uma estratégia inteligente, eficaz, por parte das esquerdas. Tudo começou em 1975, 1976 quando as esquerdas deliberaram que deveriam infiltrar seus simpatizantes nos cursos de comunicação social. Aí começaram a formar os jornalistas que passaram, logo em seguida, a ocupar cargos em funções de destaque nos diversos periódicos com a obrigação, o compromisso de trazer para o corpo desses órgãos, jornais e revistas, os simpatizantes que estavam saindo das faculdades.

Além desse fluxo de apoio entre eles, desse acordo entre os jornalistas de esquerda, existia o patrulhamento ideológico. Esse patrulhamento funcionou na imprensa, na cultura e no meio artístico. O jornalista que não fosse favorável, era marginalizado; o artista que não se pronunciasse também favorável, perdia os contatos” (Coronel Renato Brilhante Ustra, Tomo 5, pg. 258-259).

“Qualquer conflito deixa profundas sequelas, tanto do lado perdedor quanto do lado vencedor. Faço uma comparação entre a postura da mídia com relação ao Médici e com relação a Tancredo Neves. Tancredo Neves, que conheci em São João Del Rei, quando comandei aquela cidade, era uma pessoa muito boa, com um papo agradável e que não fazia mal a ninguém. Sem dúvida, um político mineiro, passou a vida inteira dando emprego, ajudando seus correligionários, nada mais fez do que isso. No entanto, morreu como se fosse um herói nacional, só que não fez nada de extraordinário pelo País. E o General Médici, que enfrentou a guerra subversiva e deixou o País em uma situação econômica admirável, oitava economia do mundo, Produto Interno Bruto crescendo 14% ao ano, a mídia insiste em cuspir no túmulo dele. É uma das maiores injustiças do País” (Coronel Marnio José Signorelli Teixeira Pinto, Tomo 7, pg. 226).

“Os nossos bacharéis foram orientados a comungar somente de ideias socialistas. Paulatinamente, de 1985 para cá, foram assumindo postos-chave, foram dominando a mídia, que é a maior formadora de opinião pública. É o elemento principal, o braço poderoso que não deixa que o outro lado seja mostrado. Não permite que se fale bem da Revolução. O patrulhamento, muito pelo contrário, só dá espaço aos que falarem mal, procurando sempre massificar a opinião pública. Por exemplo, o caso do Riocentro. Já, por duas vezes, tentaram reabrir o processo... Por que não vão reabrir o caso da bomba do Aeroporto de Guararapes?

Com aquele atentado, ocorrido em Recife, com várias vítimas, com mortos e feridos, não estão preocupados. Mas se preocupam com a bomba do Riocentro que não causou mortes em nenhum contrário.

Não há ninguém preocupado com aquele caminhão que foi lançado contra o sentinela que morreu [Sd Mário Kozel Filho], lá em São Paulo, no quartel do II Exército. Ninguém quer reabrir aquele caso!” (Coronel Hamilton Otero Sanches, Tomo 9, pg. 346).

 

Boa notícia não vende jornal

“Acho que a imprensa continua a dizer o que quer e o que não quer, dentro daquela teoria de que a boa notícia não vende jornal, o que vende jornal é o escândalo, é a notícia que afronta.

Isso me foi dito por um jornalista credenciado lá em São Paulo, o Abrãozinho. Quando o DOI de São Paulo estourou um aparelho do Partido Comunista Brasileiro (PCB), onde eles tinham cárceres privados, escondidos atrás de paredes, falsas paredes, ele me disse: ‘Ora Maciel, isso vende jornal hoje, amanhã já não vende, mas se fosse ao contrário, se vocês tivessem matado um deles, aí, teríamos uma semana de notícias.’

Então a imprensa pensa assim, o escândalo deve ser noticiado durante bastante tempo. Uma boa notícia só rende se tiver desdobramentos ruins. Exemplo: a polícia matou alguns bandidos, vai ser notícia, porque vão começar a combater a polícia porque matou e não se deve matar bandido, principalmente se o bandido, embora perigoso, for menor...” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 156-157).

 

Graças à Revolução, existe o Império Globo

“Um dos grandes beneficiados pela Revolução foi o senhor Roberto Marinho, das Organizações Globo, por isso nos apoiou nos vinte anos em que ela durou; depois, nos deu as costas. Em um dos últimos dias de março de 1964, o Almirante Aragão entrou na redação dele, com fuzileiros navais, para fechar o jornal O Globo. Testemunha disso? É o capitão da Aeronáutica que hoje é casado com a sobrinha do Roberto Marinho. Pediu demissão da FAB. Chama-se Luís Paulo Jacobina Vasconcelos. Esse foi um dos que teve a metralhadora apontada na cabeça. Se, realmente, o outro lado tivesse ganho, não existiria o ‘Império Globo’. No entanto, o que fazem hoje conosco? Acho uma covardia que, ao mesmo tempo que nos massacram, não nos dão a chance de defesa, porque não abrem espaço para nada” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg. 415).

 

Repórter “comuna” leva invertida de General

“Comandei a 5ª. Região Militar e, normalmente, após as solenidades a que eu comparecia, era procurado pela imprensa de Curitiba; não me negava a atendê-la. Em um ‘Dia do Soldado’, no final da cerimônia, uma repórter, conhecida ‘comuna’, acho que trabalhava no O Globo, fez a seguinte pergunta:

- General, quando os militares voltarão para os quartéis?

- Ué, minha filha, você não assistiu à formatura? Todos os militares estão dentro do quartel, todos aqui – respondi de pronto.

Ela deu uma risadinha, e eu prossegui:

- Quando é que nós saímos do quartel?

- Em 1964.

- Então me responda: Quem proclamou a República no Brasil?

Foi o suficiente para uma risada geral dos outros repórteres. E arrematei:

- Em todos os acontecimentos importantes por que passou nosso País, os militares estiveram presentes, eles são parte da Nação. Depois voltam para os quartéis.

E é assim que eu interpreto essa questão” (General-de-Exército Ruy de Paula Couto, Tomo 13, pg. 46).

 

A Grande Farsa de Caco Barcellos

“Eles só ouvem uma versão da história, que contra nós, porque não há acesso a outro tipo de informação. Esse bombardeio tem sido diário, principalmente da Rede Globo, que passou vinte anos ano nosso lado, mudando em 1985, quando deixamos o Poder.

Tivemos o caso de um prêmio dado ao jornalista Caco Barcellos – prêmio Embratel e depois o prêmio Líbero Badaró – montado em cima de uma farsa. Um soldado, desertor do Exército, fala que participou do assassinato de dois terroristas e quem os matou teria sido um coronel do Exército. Não foi dado o nome de ninguém. Foi feito um levantamento e provado que era mentira – esses dois terroristas morreram num acidente de carro em Vassouras. Colocou-se na Internet as certidões de óbito assinadas por dois médicos, atestando que eles morreram em consequência da explosão, em decorrência do acidente. Além de vários livros da esquerda, como a ‘Revolução Impossível’, do Luis Mir, e ‘Combate nas Trevas’, do Gorender, afirmarem que eles iam praticar uma ação terrorista, mas bateram na traseira de um caminhão e explodiram. No entanto, esse jornalista recebeu um prêmio por uma farsa montada, totalmente montada. Este fato foi rebatido, mas não na grande imprensa. Protestaram o Professor Olavo de Carvalho, o jornalista Paulo Martins, da Gazeta do Paraná, e mais um jornalista do Rio Grande do Sul, chamado Diego Casagrande que, também, de alguma forma, divulgou o embuste na coluna dele. Mas não tiveram a devida repercussão. O prêmio foi mantido. Foram mandados ofícios para Embratel protestando, mas, até hoje, a empresa não tomou providência nenhuma.

Na minha opinião particular, o Exército foi duramente atingido nisso. Opinião minha! Teria que partir do Comando do Exército uma reação em relação ao jornalista Caco Barcellos, porque, além de tudo, ele falsificou um documento do Exército sobre a apresentação desse desertor, lá em Maringá. Ele falsificou o documento, apresentou o documento falso, após a deserção, porque a intenção desse soldado – Valdemar Rodrigues – era receber uma indenização, como todos eles estão recebendo, pelo tempo que ficaram afastados do Exército. O documento é falso, está tudo documentado. Existem os documentos verdadeiros. E continua premiado e impune este jornalista falsário e farsante” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg. 410-411).

“Não sei se estão lembrados de uma reportagem de um tal de Caco Barcellos, um repórter da Rede Globo, em que ele conta uma história fantástica de um ex-soldado que participava das ações do SNI e que presenciara um coronel entrar em uma sala e matar um casal com tiro na nuca. Nós levantamos aquilo. É a maior mentirada. Esse ex-soldado era desertor do Exército, onde não ficou oito meses. O casal assaltou um carro pagador junto com o atual Ministro da Justiça Aloysio Nunes Ferreira e fugiram com o dinheiro do assalto. Aliás, o dinheiro ficou com o Aloysio.

Esse casal e o atual ministro, naquela época eram, portanto, assaltantes? [entrevistador]

Eram. Na época, o Aloysio, que hoje é ministro, era assaltante, era terrorista. Chegou a ser motorista do Marighella, o homem da cartilha da guerrilha urbana.

Já é ex-ministro. [entrevistador]

Ele saiu, vai ser candidato a deputado, agora.

Esse casal, fugindo para Minas Gerais, perdeu a direção do carro, entrou debaixo de um caminhão e esse Caco Barcellos montou uma série de histórias mentirosas. Entregamos os dados ao Olavo de Carvalho, que preparou um artigo muito bem escrito, mostrando a grande farsa. Corre o tempo e o tal Caco Barcellos recebe o Prêmio Embratel de Reportagem, por esse trabalho. É brincadeira!

Aquele conhecido comunista Evandro, fichado, de O Globo, morreu deixando de providenciar para que a documentação, que lhe foi entregue, fosse levada ao Caco Barcellos, o o desmentido não ocorreu. Agora, o Roberto Marinho, que viveu nas tetas da Revolução, não manda mais no O Globo; quem manda é o Márcio Moreira Alves e outros. Infelizmente, há coleguinhas nossos amigos do Márcio Moreira Alves. São inocentes úteis ou idiotas?!” (Tenente-Coronel Odin Barroso de Albuquerque Lima, Tomo 11, pg. 278-279).

Obs.

Sobre o assunto, leia “A Grande Farsa de Caco Barcellos”, de autoria do Coronel José Luis Sávio Costa, Oficial de Inteligência do Exército:

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/a-grande-farsa-de-caco-barcellos-por.html

F. Maier

 

Escritores tentam reescrever a História do Brasil

“Fomos e somos um fracasso em termos de comunicação social. A história é a que eles querem que seja contada e pronto. Ninguém sabe absolutamente nada diferente; a não ser que se interesse e vá procurar. Esses são poucos. Muito poucos. Poucos mesmo.

A última edição da revista Veja noticiou o lançamento de uma nova versão da Guerra do Paraguai (Maldita Guerra – Doratioto, Francisco Fernando). Antes, o professor Chiavenatto (Júlio José) escreveu o livro: Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai, quando inverteu a história daquele conflito, revanchismo puro. Agora, a Maldita Guerra é um pouco diferente. [entrevistador]

Vou aproveitar o seu comentário para relatar um fato ocorrido em 1992 com um escritor mato-grossense. Conversei com ele na ocasião que lançava um livro, na Assembleia Legislativa do Mato Grosso, destruindo documentalmente todas as inverdades apresentadas na obra Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai. Isso aconteceu há dez anos e até hoje a mídia exerce um férreo patrulhamento sobre esse escritor mato-grossense, fazendo com que o livro do Chiavenatto seja o mais comentado sobre a Guerra do Paraguai” (General-de-Brigada Arlênio Souza da Costa, Tomo 13, pg.

Obs.

Leia texto do Instituto Liberal sobre a Guerra do Paraguai -  https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/a-guerra-do-paraguai-e-predilecao.html.

Como exemplo de outra infâmia de revisão histórica, envolvendo os pracinhas da FEB, podemos citar o filme “Rádio Auriverde”, de Sílvio Back, natural de Blumenau, SC – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/radio-auriverde-o-filme-mais-odiado-da.html.

F. Maier

 

A TVE do Rio de Janeiro foi dominada pelo MR-8

“Deixei de fazer um programa sobre a defesa do consumidor, na TVE (Televisão Educativa), porque foram me perguntar sobre a Teologia da Libertação. De início, não quis responder por ser matéria totalmente estranha ao programa. Estava há dois anos no ar respondendo ‘ao vivo’ às perguntas dos consumidores de todo o Brasil. Atendíamos cidadãos que eram enganados, vilipendiados, vítimas de fraudes, de estelionatos, na compra de produtos eletrodomésticos, remédios, negócios, enfim. Dávamos conselho, enquadramento jurídico para que essas pessoas pudessem se defender.

Mas a TVE foi dominada pelo MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro). Certamente, aquilo era uma armadilha para me expulsar de lá. Diante da minha recusa em responder, começaram a provocar: ‘Mas o senhor não tem opinião sobre a Teologia da Libertação? O senhor tem medo de dar a sua opinião?’ Acabei por dizer: ‘Não tenho medo de nada. Vou dar a minha opinião. Se é isso que vocês querem, tudo bem’. Passei a explicar a minha opinião sobre a Teologia da Libertação.

(...)

Expressei na TVE, ostensivamente, como é do meu feitio, a minha convicção sobre a Teologia da Libertação. Disse que era uma contradição, uma desonestidade intelectual. No dia seguinte, emissário da própria diretoria, os diretores não se dignaram a vir falar comigo, trouxe o recado de que as minhas ideias estavam incompatíveis com o espírito da direção da TVE e, por via de consequência, o meu programa estava encerrado. Disse-lhe: ‘Não é surpresa para mim, esperava por isso’, e repeti aquela célebre frase de Cambronne, quando cercado, sem  ter mais condições para uma retirada estratégica. Ele disse: la garde meurt mais ne se rend pas ‘A guarda morre mas não se rende’. Retirei-me e nunca mais voltei” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 248-250).

“Vou contar um episódio, na citada TVE, em que acabei por me indispor. Estava num programa de entrevistas, ao lado de outras pessoas, entre as quais esse cantor Ney Matogrosso. A pergunta do âncora do programa, o entrevistador, foi a seguinte: ‘Que o senhor faz, quando chega em casa depois do trabalho’. As respostas do entrevistador eram simples: ‘vou tomar banho’, ‘vou ler o jornal’ etc. Eu disse que ia ler, alguma leitura atrasada, ou descansar um pouto. Ele, com o maior cinismo, o programa era vespertino, disse assim: ‘Ah! Eu chego em casa muito tenso. Fumo um ‘baseado’, um cigarrinho de maconha, para me sentir bem’. Eu me levantei e disse: ‘Protesto! Aqui é uma emissora do governo. É lamentável. Fumar maconha é crime e esse senhor está fazendo a apologia do crime. O senhor deveria sair daqui preso’. Ele disse: ‘O que é isso, Nina, você está perdendo a esportiva”. ‘É isso mesmo! Tem adolescente assistindo ao programa, meus filhos, e devo protestar. O senhor é um cantor, galvaniza multidões, e está dando um mau exemplo. Além disso, utiliza um meio de divulgação que pertence ao Governo para fazer apologia do uso da maconha. O senhor sabe que isso é crime?’ O programa não pôde continuar” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 270).

Obs.

A TV Educativa era uma emissora do Rio de Janeiro mantida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto. A TVE foi fundada em 1975 e extinta em 2007 pelo Presidente Lula. Em seu lugar, foi criada em 2007 a TV Brasil, do Executivo Federal.

F. Maier

 

“Sobre a mídia, poderia invocar o que disse a respeito da Igreja. Existiu de vários matizes; vários jornais e várias formas de ver a situação. Havia jornalistas brilhantes, idealistas, sinceros, da categoria de Flávio Cavalcanti, por exemplo, que apoiou o Movimento. Sabia a origem e os fins visados pelo glorioso Movimento de 1964. Outros optaram por ficar ‘em cima do muro’. São jornalistas que procuram ver ‘para que lado o vento vai soprar’, onde poderia dar maior vantagem e tombar para este lado. São utilitaristas. Um outro grupo foi formado com os empedernidos e intoxicados pela ideologia comunista, redivivos pela comunhão das ideias de Antonio Gramsci.

Este último grupo continua a infiltrar-se na mídia, e o que foge ao credo marxista procura omitir, negar e deturpar. As legítimas conquistas da Revolução são, simplesmente, afastadas. Para falar dos tempos atuais, há poucos dias fiquei revoltado com as invasões desaçaimadas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), seguindo cartilhas, com grande apoio do Foro de São Paulo. Lamentavelmente, vemos a imprensa muito infiltrada.

O MST tem ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), movimento revolucionário sem escrúpulos. Abrigou, por exemplo, Fernandinho Beiramar. Usa o tóxico, o sequestro e outras formas para angariar recursos para comprar armas, objetivando mudar o governo de um país, ou, até, de toda a América do Sul” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 255).

 

Professores e jornalistas se revoltam quando passam a pagar imposto de renda

“O sistema tributário, além de injusto, pois tributava ganhos ilusórios, mostrava-se obsoleto. Ainda existia o imposto do selo, que previa a colagem de selos ou estampilhas nas notas fiscais das empresas. Isto gerava sonegação e problemas para as empresas, pois era comum faltarem estampilhas nas ‘praças’, inclusive em cidades domo a do Rio de Janeiro. Os profissionais liberais, de um modo quase geral, não eram cadastrados pela Receita Federal e, portanto, não pagavam o imposto de renda. Aliás, os direitos de autor e as remunerações de professores e jornalistas eram isentos de todos os impostos, conforme Art. 203 da Constituição de 1946. A Emenda Constitucional no. 9, de 22 de julho de 1964, alterou este artigo, acabando com a isenção do imposto de renda, primeira razão para que a grande maioria daqueles que integravam estas duas categorias se posicionasse contra o movimento revolucionário, desde o seu início praticamente” (General-de-Divisão Luiz Augusto Cavalcante Moniz de Aragão, Tomo 12, pgl 94).

“A mídia atual se encastela nessas aleivosias contra o Movimento de 1964, por puro ‘revanchismo’, ignorância ou má-fé. Os governos militares acabaram com certos privilégios da mídia, como por exemplo: isenção de imposto de renda para jornalistas e aposentadoria por conta do Estado. Outra mudança foi o fim das transferências maciças de recursos, feitas pelos governos anteriores, para propaganda. Os governos da Revolução não faziam propaganda. Desse modo, a mídia teme uma outra intervenção militar e volta-se contra a Revolução, em defesa de seus interesses    (Engenheiro João Paulo Simões Accioly de Carvalho, Tomo 12, pg. 290).

 

Violência no Rio de Janeiro, obra-prima de Leonel Brizola

“O senhor Leonel Brizola é o grande culpado pelos altos índices de criminalidade em nosso Estado. Quando Governador, deu ordem à polícia para não perseguir os traficantes, assassinos e ladrões que se dirigissem para alguns morros, sabidos por todos. Portanto, permitiu a criação e consolidação de verdadeiros santuários da criminalidade.

Enquanto os bandidos continuam armados, possuem armas até de grosso calibre, capazes de derrubar um avião, surge esse movimento de sonhado pacifismo. O homem de bem não tem que escrever pela cartilha dos covardes, mas reagir a um assalto, é claro, se tiver meios para isso. Não aceito quererem desarmar a população civil, não obstante ela deseje ter a sua arma em casa, registrada e legítima, para defender-lhe a família e a incolumidade física.

Desde tempos imemoráveis existe esse instituto que o próprio Cícero, em Roma, falava: non scriptased natalex. Quer dizer, a legítima defesa não é uma lei escrita; é inata da condição humana. Como poderei exercer a minha legítima defesa contra um assaltante armado se não tenho arma? Essa ideia tem provocado muitas críticas de pessoas avisadas e de professores de direito. O homem de bem não pode mais estar armado para se defender, em legítima defesa” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 256-257).

 

Anos de chumbo, nada; foi uma “revolução anti-hemorrágica”

“Uma Revolução, como a nossa, que, dos dois lados, em vinte anos, não morreram quinhentas pessoas, não tem nada parecido com ditadura, nem ‘anos de chumbo’. ‘Anos de chumbo’ são os de agora, quando este número de mortos acontece em apenas duas semanas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Se for fazer uma estatística, aqueles que morreram ligados à luta armada – trezentos, entre terroristas e guerrilheiros – durante os vinte anos do período revolucionário morre por semana em São Paulo e no Rio de Janeiro nas mãos dos bandidos. Que ditadura foi essa? Talvez tenha sido o grande mal – ter sido uma revolução ‘anti-hemorrágica’. Muito democrático para o meu gosto. A revolução que é ‘anti-hemorrágica’ não se perpetua. Aqui, as nossas conquistas têm sido sem derramamento de sangue, como na Independência do Brasil. Não há um sentimento de pátria, um sentimento de luta por ideais nossos, que o brasileiro precisa ter. As escolas deixaram de ensinar o Hino Nacional, o Hino à Bandeira. Na nossa época, o professor entrava, ficávamos de pé. O Hino era cantado diariamente. Hoje, não. Eles fazem o que querem: agridem o professor, tem que se pedir segurança porque as escolas são invadidas por traficantes, por bandidos, por tudo que é malfeitor. Isso é democracia? Para mim, isso é ausência do Poder, é anarquia!” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg. 413).

 

Por que “anos de chumbo”?

“Valendo-me do livro ‘A Grande Mentira’, página 396, do General Agnaldo Del Nero Augusto, que dispensa apresentações, mostro, aqui, um relato concernente à morte do Major José Toja Martinez Filho, que mostra um exemplo de como agiam os terroristas nos chamados ‘anos de chumbo’.

Eles começaram mandando chumbo e, por isso, levaram chumbo.

‘No início de abril, a Brigada Paraquedista recebeu a denúncia de que um casal de subversivos ocupava uma casa localizada na Rua Niquelândia, 23, em Campo Grande, RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª. Seção do I Exército sem o aprofundar, a 2ª. Seção da Brigada decidiu montar uma campana, a fim de confirmá-lo.

No dia 2 de abril, uma equipe da 2ª. Seção da Brigada, chefiada pelo Major Martinez, montou um esquema de vigilância sobre a residência. Por volta das 11 horas da noite, um casal chegou em um táxi, estacionando-o nas proximidades. A mulher ostentava uma volumosa barriga aparentando adiantado estado de gravidez.

Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar ao casal que se afastasse daquela área. Impelido por seu conhecido sentimento de solidariedade, agiu impulsivamente, na intenção de preservar a senhora de possíveis riscos: ela poderia ficar, a qualquer momento, no meio de um fogo cruzado.

Ato contínuo, da barriga formada por uma cesta para pão, com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um revólver, matando instantaneamente o Major Martinez, sem qualquer chance de reação. O Capitão Parreria, ao sair em defesa do chefe da equipe, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo marido. Nesse momento, os demais componentes da equipe desencadearam cerrado tiroteio, causando a morte dos dois subversivos, que foram identificados como os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e sua amante Marilena Villas-Boas Pinto, ambos de alta periculosidade e responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No aparelho que ocupavam, foram encontrados armas, munição e explosivos, além de dezenas de levantamentos de bancos, supermercados, diplomatas estrangeiros e generais-de-exército.

(...)

Em uma inversão dos fatos, como vem ocorrendo de maneira sistemática no Brasil – o que só é compreensível no contexto de uma guerra psicopolítica -, hoje dão-se os nomes dos ‘heróis’, Marilena e Mário Prata, respectivamente, aos DCE da Universidade Santa Úrsula e da Universidade Federal do Rio de Janeiro” (Tenente-Coronel Orestes Raphael Rocha Cavalcanti, Tomo 11, pg. 307-308).

“O período revolucionário não foi, a rigor, o que a mídia esquerdista e revanchista chama de ‘ditadura militar’, ou até, mais pejorativamente, de ‘anos de chumbo’. Houve, na verdade, uma fase de mais intenso autoritarismo, até tornar a equilibrar-se a harmonia social esfacelada pelo governo irresponsável de João Goulart. Mas, durante o período revolucionário, funcionou o Congresso, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário, ao contrário do que aconteceu na ditadura de Vargas, por exemplo” (Economista Paulo Roberto Coelho Pinto, Tomo 12, pg. 252).

“Num quadro em que a população era de noventa milhões de habitantes, nos primeiros anos da década de 1970, morreram apenas trezentas pessoas ligadas à luta armada imposta pelos comunistas, enquanto que, da pequena população cubana, o regime castrista matou cerca de 17 mil, por suas posições contrárias à comunização na Ilha.

Pois é, mas falar em trezentas baixas, num país em clima revolucionário, que durou duas décadas, quando nós sabemos que, só num mês, ‘Che’ Guevara mandou matar mil e quinhentos em Cuba, no paredão, por decisão de tribunais revolucionários por ele presidido, demonstra a impressionante diferença entre a nossa Revolução de 1964 e a cubana” (General-de-Brigada Acrísio Figueira, Tomo 14, pg. 160).

“Apraz-me recordar uma figura pela qual tenho muito apreço, um intelectual de primeira grandeza, de raras qualidades intelectuais, que é o Roberto de Oliveira Campos. Ao receber o ‘fardão’ da Academia Brasileira de Letras, alude exatamente isso:

‘Dizem que fui ministro do governo dos ‘anos de chumbo’, que sempre apoiei o governo dos ‘anos de chumbo’. Quero testemunhar, afirmar – e ele, com aquela eloquência peculiar, que estou procurando mais ou menos reproduzir, mas saiu em todos os jornais – o seguinte: hoje põem na conta dos ‘anos de chumbo’ uma ou duas centenas de cadáveres, vamos dizer mais do que uma centena de cadáveres. Eu os prefiro aos ‘anos de aço’ dos regimes comunistas, que têm, para exibir, milhões de defuntos, milhões de mortos, não porque tivessem protestado com arma na mão, mas porque, simplesmente, tivessem tentado escrever contra o regime’ ” (General-de-Divisão Geraldo de Araújo Ferreira Braga, Tomo 2, pg. 117-118).

“Os próprios tribunais militares absolviam réus políticos. Não estou nem criticando os tribunais, porque os processos, muitas vezes, não continham provas cabais, provas contundentes, por falta de empenho em ir até as últimas consequências contra os criminosos. Mas é uma demonstração de que não tínhamos uma ditadura e nem vivemos ‘anos de chumbo’ “ (Coronel Everton da Paixão Curado Fleury, Tomo 3, pg. 237).

Obs.

Leia artigo do jornalista Themistocles de Castro e Silva, Por que anos de chumbo,  https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/por-que-anos-de-chumbo.html.

Está circulando na internet desde o final de outubro de 2012 o documentário “A Grande Partida: Anos de Chumbo”, produzido em 2010 pelo economista mineiro Francisco Soriano de Souza Nunes, autor do livro autobiográfico “A Grande Partida: Anos de Chumbo”. O filme, com duração de uma hora e quinze minutos, tem a direção do Peter Cordenonsi e pesquisa e produção de Vera Moderno.

Francisco Soriano, esquerdista de carteirinha, retornou à Petrobrás como anistiado político em 1985, hoje é diretor do Sindicato dos Petroleiros, e também atuou no Grupo Tortura Nunca Mais.

Veja abaixo, se tiver disposição para vomitar com tantas e tão deslavadas mentiras, e fique atento ao que diz cada um dos entrevistados e conheça alguns dos “anjos” que se entregaram de corpo e alma à luta pela “redemocratização” do Brasil.

https://www.youtube.com/watch?v=EIk2IIkmoJM&list=FL2gmT2lT8KoePQYnYm_yeiA&index=1&feature=plpp_video.

F. Maier

 

Pavor, só para os terroristas

“Durante o processo revolucionário, chegou a haver uma tênue censura à imprensa, ao direito de expressão e a algumas manifestações artísticas. Todavia, estava muito longe de se comparar com a sistemática adotada durante a ditadura Vargas.

Esse emprego de ‘ditadura militar’ está completamente malcolocado. Houve realmente uma ditadura, mas civil. Vivi ainda sob os auspícios da ditadura Vargas. Era criança, mas sei de muita coisa que aconteceu. Estive também na época da posse do Frondize, na Argentina, e vi como era a ditadura. Era um policiamento ostensivo nos restaurantes, ninguém levantava nem a cabeça quando estava comendo no refeitório. Esse era um ambiente de pavor, aqui não havia nada disso, o ambiente de pavor foi só para os terroristas” (Tenente-Coronel Orestes Raphael Rocha Cavalcanti, Tomo 11, pg. 306).

 

Censura dava boa propaganda...

“O General Santa Cruz me contou que estava no Palácio e pegaram um filme de um cineasta desses aí, que pusera uma cena que nada tinha a ver com o filme, uma cena agressiva, sexual, não sei mais o quê; que perguntaram ao tal cineasta por que ele botara aquela cena no filme e que ele respondeu que o fizera porque sabia que ia ser censurada e que isso seria uma boa propaganda para o seu filme e de graça” (Coronel João Franco Pontes Filho, Tomo 11, pg. 138).

 

Wilson Simonal e Jair Rodrigues caem no ostracismo

“É, pois, mais uma invenção das esquerdas quando dizem que a luta armada começou com o AI-5. Mentira! Os atentados começaram antes. O AI-5 foi uma resposta. Os jornalistas que, ainda hoje, são do nosso lado não se manifestam porque – é até compreensível – o emprego deles está em jogo. Não vou citar nomes para não comprometer, mas tínhamos vários jornalistas que, na época, nos apoiavam e, hoje, ainda alguns, apesar do patrulhamento ideológico violento. No mundo artístico também tivemos vários exemplos, como o do cantor Simonal. Ele foi crucificado porque, realmente, não era comunista e como ele muitos cantores. O Jair Rodrigues esteve no ostracismo, durante muito tempo.

 

Fidel Castro chama Brizola de “El Ratón”

O AI-5 foi uma resposta à luta armada, cujo objetivo era a tomada do Poder. Recebiam o auxílio financeiro da URSS (União da Repúblicas Socialistas Soviéticas), diretamente ou via Cuba. Dizem, até, que o Leonel Brizola recebeu um milhão do Fidel Castro, dinheiro com o qual ele comprou as suas fazendas. Segundo consta, o Fidel Castro só o chama de ‘El Ratón’ ” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg. 416).

Obs.

Havia muitos "pombos-correios" que levavam dinheiro de Fidel Castro para Brizola, exilado no Uruguai, a exemplo de Herbert de Souza, o "Betinho", mais tarde uma espécie de Madalena arrependida, com sua campanha nacional “pela ética e contra a fome”.

Foi "Betinho" que confirmou o desvio de dinheiro cubano (200 mil dólares) feito por Brizola, que passou a ser chamado por Fidel de El Ratón (Jornal do Brasil, 17/07/1996).

“Em novembro de 1979, o Coojornal publicou uma entrevista, concedida em 1978 pelo ex-sargento Alberi [integrante da Operação Três Passos], aproximadamente três meses antes de sua morte, na qual declarou que o dinheiro para financiar a Operação - um milhão de dólares – havia sido conseguido em Cuba e levado a Brizola por Darcy Ribeiro e Paulo Schilling” (in “A Verdade Sufocada”, do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, pg. 150).

F. Maier

 

Heitor Aquino Ferreira, subserviente ao comunista Élio Gaspari

“Por que esperaram que morressem todos os generais de 1964, para divulgar fitas gravadas ou notas de arquivo? Qual o interesse do senhor Heitor Aquino Ferreira, que deve sua projeção política ao Exército, em contribuir para passar ao público a imagem distorcida de um Geisel, de quem foi assessor, aplaudindo o assassinato desta ou daquela pessoa que não identifica?

Sobre um grupo de pessoas vindas do Chile e presas no Paraná e que tinham sido mortas, Geisel teria observado:

‘Tem gente que não adianta deixar vivo, aprontando. É, o que tem que fazer é que tem que nessa hora agir com muita inteligência, para não ficar vestígio nessa coisa’.

Por que não revela o nome das pessoas assassinadas, vindas do Chile ou de qualquer lugar?

O novo livro de Élio Gaspari é o que podemos chamar de repositório de fofocas, que existem nos bastidores de qualquer governo.

Qual o interesse do senhor Heitor Ferreira em procurar um comunista para confiar-lhe conversas sobre o governo de seus chefes, atingindo diretamente a Instituição a que servia e com a qual tinha dever de lealdade, no caso o Exército?” (Coronel Ernesto Gomes Caruso, Tomo 11, pg. 256).

 

Fake history: Élio Gaspari afirma que o General Álcio Souto foi simpatizante do nazismo

“Outra reação foi demonstrada pelo General Alvir Souto, através do jornal O Globo, de 27 de novembro de 2003, na coluna Carta dos Leitores, assim se expressando:

‘Em seu livro A Ditadura Derrotada, o escritor Élio Gaspari refere-se a meu pai, General Álcio Souto, e a mim e comete inverdades. Meu pai não foi um simpatizante da Alemanha nazista. Jarbas Passarinho, em seu depoimento no livro História do Poder Vol I, p. 322, diz: ‘Álcio Souto era um homem como eu acredito que foram Dutra e outros mais, muito admirador, não do nazismo, não do Hitler, mas do exército alemão.’ Nosso material de combate era alemão. E era uma perfeição. Eu, por exemplo, fui artilheiro no canhão Krupp. O exército alemão, como órgão profissional da guerra, era muito admirado. Meu pai comandou a Escola Militar do Realengo, no período de 20 de janeiro de 1941 a 25 de janeiro de 1943, quando fui seu cadete, e o fato ocorrido no cinema ‘Milímetro’, assim chamado pelos cadetes por existir na cidade o Metro, ocorreu em 1940, em uma única sessão. Meu pai comandou a Artilharia da 1ª. DIE (Divisão de Infantaria Expedicionária Brasileira), da qual fiz parte e integrei um dos Grupos que foram à Itália, e só não foi para a FEB (Força Expedicionária Brasileira) por ter ficado doente, sendo substituído pelo General Oswaldo Cordeiro de Farias. Meu pai não foi protetor do General Ernesto Geisel. Ele construiu uma carreira militar brilhante, pois sempre possuiu luz própria e todos os chefes desejavam ter o General Geisel por perto, inclusive o meu pai. A doença que matou meu pai não foi tuberculose, e foi tratada, não por bolinhas de homeopatia, mas sim por antibióticos existentes na época – 1948 – quando a medicina não estava muito avançada. Às vésperas de sua morte, um remédio mandado vir dos Estados Unidos não teve o efeito esperado. Não recebi tratamento especial do Presidente Geisel, quando da minha promoção a general-de-brigada. Por indicação do Alto Comando e escolhido pelo Presidente Geisel, recebemos, eu e mais dez companheiros, a espada de general” (Coronel Ernesto Gomes Caruso, pg. 257).

 

A CANALHA SE AUTOCONCEDE INDENIZAÇÕES MILIONÁRIAS

“Como já disse anteriormente, a ‘canalha’, caluniando e mentindo, vai passando às novas gerações a imagem de que houve uma ‘ditadura militar’, um período de ‘torturas’ e ‘repressão’ – estão no papel deles, todos fomos nós.

O atual Governo [Fernando Henrique Cardoso] comunga com a canalha, pois logo no início o ‘rei’ nomeou uma comissão – uma esdrúxula comissão para premiar os seus amigos, assassinos, terroristas e guerrilheiros.

E o candidato oficial às próximas eleições também faz parte da ‘canalha’, pois, na sua propaganda, afirma cínica e debochadamente que foi ‘perseguido pela ditadura de 1964 e se exilou no Chile’.

E agora, gente que se diz nossa, vem com a balela, com a calhordice de nos dizer: ‘Vamos esquecer o passado’, quando o outro lado só fala e tira proveito dele. Nós fomos e somos realmente tolos!...” (General-de-Divisão Anápio Gomes Filho, Tomo 11, pg. 58).

 

Caso Zuzu Angel

“Vamos contar uma história que aconteceu aqui no Rio, onde temos, agora, um túnel chamado Zuzu Angel, que é o nome de uma estilista de moda, mãe da Hildegard Angel, que escreve até hoje numa coluna de O Globo. Era mãe de Stuart Angel Jones, um terrorista desaparecido. Ela, voltando de uma festa society, segundo muitos dizem, embriagada, bateu o carro e morreu. Isso veio até escrito no jornal de modo atenuado, dizendo que ela estava ligeiramente alcoolizada.

O jornal foi muito delicado no trato do assunto, dizendo que ela havia ingerido alguma bebida alcoólica. Vinte anos depois, quando iniciaram as indenizações aos familiares de terroristas mortos, aparecem duas testemunhas que juraram ter visto, é incrível contar isso, que um carro, que seria da Aeronáutica, do Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (CISA), teria abalroado o carro dela, jogando o seu automóvel num abismo, e que, em consequência disso, ela veio a falecer.

Essa mentira inicialmente foi recusada na tal Comissão que distribui o dinheiro dos brasileiros aos criminosos e às famílias deles. Mas, depois, conseguiram uma forma para que a filha Hildegard recebesse uma polpuda indenização. Como se não bastasse, o Prefeito do Rio, a figura caricata do incompetente Luiz Paulo Conde, mudou o nome do túnel Dois Irmãos para túnel Zuzu Angel e tem lá um monumento a ela. Então, são essas coisas que me irritam porque, além de sórdidas, representam a apologia à mentira, contando com a cobertura total dessa imprensa venal.

Deturparam, mentiram, e, ainda, recebem dinheiro dos cofres públicos.

Eles não querem prêmios como medalhas; isso aí, não gostam; eles querem dinheiro, compensações de ordem monetária. Medalhas, galardões, isso não interessa a eles. Eles só raciocinam com o vil metal; prêmio, para eles, é dinheiro, e muito dinheiro; não é pouco não. Muito, porque para nós 150 mil é dinheiro, embora possa não ser para muitos deles, mas, para nós, é” (Coronel Audir Santos Maciel, Tomo 11, pg. 150).

 

Penduricalhos milionários nas Seções de Inativos e Pensionistas (SIP)

“Havia gente que foi expulsa do Exército por ter cometido crime previsto em lei, crime grave e veio a ser readmitida no Exército por força de sentença e ganhando uma pensão do posto acima. Tínhamos que fazer cálculos de páginas e páginas de exercícios anteriores para pagar a esse pessoal. Havia muita gente nessas condições. Muitos companheiros ficavam aborrecidos e comentavam: ‘Eu sempre fiz as coisas corretamente e ganho tanto; acaba um sujeito desses, que foi expulso do Exército como 3º. Sargento, já está ganhando como oficial!

Há um caso notório, um sargento da Aeronáutica (parece ser Presidente da Associação dos Militares) que recebe como coronel, tenente-coronel, uma coisa assim.

Nós estamos pagando pensão, aqui na SIP/7, a descendentes de Gregório Bezerra” (Coronel Júlio Roberto Cerdá Mendes, Tomo 6, pg. 164).

 

O General membro da Comissão dos Mortos e Desaparecidos não leu o IPM

“A comissão, criada pelo Governo FHC, que vem distribuindo dinheiro do País injustamente para janguistas e terroristas em geral, em setembro de 1997, cometeu um outro absurdo ao conceder indenização aos familiares do Coronel-Aviador Alfeu de Alcântara Monteiro – cuja viúva recebe pensão militar – morto em 31 de março de 1964 com um tiro dentro de um quartel da Aeronáutica, em Porto Alegre.

A respeito de seu voto nesse processo, o General Oswaldo Pereira Gomes, membro da Comissão, autocriticou-se em entrevista à Folha de São Paulo, de 7 de junho de 1998. Disse ele: ‘(...) Houve um caso de um militar janguista que se rebelou num quartel da Força Aérea do Rio Grande do Sul. Ele foi morto e a Comissão votou o processo em que ele teria levado 16 tiros pelas costas. Era o Coronel Alfeu Alcântara Monteiro. O pedido de indenização foi aceito. Eu mesmo aprovei o caso. Mais tarde, ao procurar conhecer melhor o fato, fui descobrir que o coronel não tinha levado 16 tiros pelas costas, mas um tiro, pela frente, após ter ele antes atirado’. O que foi para o relatório Brasil Nunca Mais foi essa mentirosa versão de 16 tiros pelas costas, o que é mais uma inverdade no rol das mentiras dos comunistas. Aconteceram muitos casos como esse.

Havia, inclusive, uma combinação entre os presos para eles ‘orquestrarem’ determinados depoimentos, ou seja, combinavam de dizer a mesma coisa, incriminando determinadas pessoas. Como exemplo, há o caso do General Fayad. Vários presos políticos combinaram em falar que todos foram torturados por ele.

O General Gomes que concedeu a entrevista é o representante das Forças Armadas na comissão. Suas dúvidas sobre esse processo, antes da votação, para que pudesse dar o seu voto com absoluto conhecimento de causa, como é o mínimo que a sociedade espera de qualquer juiz, seriam tiradas se, simplesmente, consultasse o IPM (Inquérito Policial Militar) que, na época, apurou o fato.

Se consultasse, teria tomado conhecimento de que no dia 31 de março de 1964 o Brigadeiro Nelson Freire Lavanère Wanderley, acompanhado do Coronel-Aviador Roberto Hipóllyto da Costa, chegou à então 5ª. Zona Aérea, em Porto Alegre, para assumir o comando, que deveria ser transmitido pelo Coronel-Aviador Alfeu de Alcântara Monteiro, oficial mais graduado presente. O Coronel Alfeu, amigo pessoal de João Goulart, após recusar-se a transmitir o comando, atirou e feriu o Brigadeiro, sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo Coronel Hipóllyto, em ato considerado como de legítima defesa de outrem. O Coronel Hipóllyto fo absolvido pela Justiça Militar.

Veja que, mais uma vez, essa Comissão fajuta julgou com base em mais uma grande mentira, como, via de regra, tem acontecido. É uma vergonha!...” (Tenente-Coronel-Aviador Juarez de Deus Gomes da Silva, Tomo 10, pg 411-412).

“O Coronel Alfeu [Alfeu de Alcântara Monteiro], amigo pessoal de João Goulart, após recusar-se a transmitir o comando, atirou e feriu o Brigadeiro [Nelson Freire Lavanère Wanderley], sendo morto com um tiro de pistola 45 pelo Coronel Hipólyto, em ato considerado como de legítima defesa de outrem. O Coronel Hipólyto foi absolvido pela Justiça Militar (jornal Ombro a Ombro, de julho de 1998). Recebi há dias o depoimento do então cabo enfermeiro Oséias Rech, que servia no QG do V Comar e foi testemunha dos acontecimentos, tendo conduzido o Coronel Alfeu para o hospital.

É assim que a esquerda conta a estória dos ‘anos de chumbo’, agora com o auxílio do tortuoso discípulo do Golbery, que se vale, à larga, dos dados do livro fajuto do Nilmário e do Tibúrcio” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 61).

“A obra mercenária de Élio Gaspari vem a lume no justo momento em que a democracia americana – atingida em seu próprio solo pelo terrorismo islâmico – adota medidas de salvaguarda que deixam o nosso AI-5 como um mero regulamento de um colégio de freiras e onde os ‘porões’ da ditadura brasileira – que tanto incomodam certos círculos da terra de Tio Sam e muitos ditos brasilianistas – ficam a parecer um ‘jardim-de-infância’ se comparados com os de Guantânamo” (General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres, Tomo 14, pg. 66).

 

Obs.

O livro a que se refere o General Negrão Torres é “Dos Filhos deste Solo”, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio, onde, à pg. 56 se encontra esta mentira escandalosa: “Alfeu era coronel-aviador. Foi fuzilado no dia 4 de abril de 1964 na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. A perícia médica constatou que foi assassinado pelas costas com uma rajada de metralhadora, tendo sido encontrados 16 projéteis em seu corpo”.

O General Negrão Torres foi membro do Instituto de Geografia e História Militar e ocupou a cadeira no. 15 da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e a cadeira no. 10 da Academia Paranaense de Letras.

A íntegra da entrevista do General Negrão Torres, que trata de mentiras lançadas no “Pentateuco” de Élio Gaspari e até de mentiras grosseiras existentes no livro “Brasil: Nunca Mais”, lançado em 1985 pela Arquidiocese de São Paulo, com prefácio do “caríssimo amigo de Fidel Castro”, Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, pode ser vista no blog do Coronel Lício Maciel, transcrito em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/general-raimundo-negrao-torres-desanca.html.

F. Maier

 

A PEDOFILIA FOI PLANTADA PELOS COMUNISTAS NOS SEMINÁRIOS CATÓLICOS DOS EUA

“Havia, portanto, a Igreja tradicional que nós defendemos, honramos e respeitamos e a Igreja que sofreu a infiltração marxista. Sabe-se que esta Igreja é desonesta e comete traição. Fui informado, por exemplo, de que na Alemanha, os recursos coletados nas missas eram canalizados para as comunidades eclesiais de base e transferidos para miserável. As comunidades eclesiais de base fazem um trabalho de solapamento e que é, a rigor, de traição nacional.

A Igreja marxista perfez outras vilanias e torpezas. Infiltrou-se em muitos organismos, nacionais e internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU). Não poderia deixar de tentar se infiltrar na Igreja Católica Apostólica Romana. extremistas, marxistas, da América do Sul, particularmente, do Brasil. Traíram os católicos de envergadura, respeitáveis, segundo a tradição alemã. Eles acreditavam estar ajudando a uma pessoa pobre, Foi comprovado, constatado, que determinados psicólogos, de conotação marxista, foram ‘colocados a dedo’ para examinarem candidatos aos seminários nos Estados Unidos. Eles, propositalmente, admitiram todos os que tinham tendência à pedofilia. Embora os candidatos a padres fossem rapazes, esses psicólogos com acuidade aprovaram um gande número desses pobres jovens com esta tendência, a meu ver patológica.

O resultado veio alguns anos depois, com esta onda que ameaça até dizimar a Igreja Católica nos Estados Unidos da América. Várias ocorrências de pedofilia, envolvendo padres e até bispos. Eles foram infiltrando a Igreja Católica. Seria incrível que não o tentassem fazer num organismo da importância e da complexidade da Igreja Católica, porque insidiosos e cruéis, acreditando que os fins justifiquem os meios” (Doutor Emílio Antonio Mallet de Souza Aguiar Nina Ribeiro, Tomo 10, pg. 249).

Obs.

Olavo de Carvalho narra essa vilania dos comunistas junto aos seminários católicos nos EUA no texto “Cem anos de pedofilia” – cfr. https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/cem-anos-de-pedofilia-por-olavo-de.html.

F. Maier

 

USP – INCUBADORA DA SUBVERSÃO

Estudantes esquerdistas x Comando de Caça aos Comunistas (CCC)

“Em 1966, já éramos calouros da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, do tradicional Largo São Francisco. Mas, para mim foi como chegar a um cenário de guerra. Nunca havia visto, em toda a minha vida estudantil, nada parecido. Os grupos radicais e antagônicos se confrontavam, a céu aberto. Tiros ecoavam pelas paredes históricas do Largo São Francisco, como se fosse um campo de batalha. Em 1968, esse radicalismo chegou ao ponto extremo com a invasão da faculdade, diria sem nenhum exagero, pelas ‘tropas’ esquerdistas. Instalaram um verdadeiro quartel, cerrando com tijolos de alvenaria o acesso à entrada, e inaugurando, o que eles mesmos chamavam de “Nova Revolução Esquerdista do Brasil’. Imitavam o que havia ocorrido na França e na Alemanha.

Por outro lado, alguns professores catedráticos, profundos conhecedores das suas respectivas áreas jurídicas, esqueciam-se de suas próprias origens e conclamavam grupos extremistas da direita para invadir a faculdade e resgatá-la. Então, o que acontecia lá era uma verdadeira barbaridade. Havia grupos armados dentro da faculdade, impedindo o acesso da maior parte dos estudantes e havia grupos armados fora da faculdade que, alta madrugada, passavam metralhando seus muros de alvenaria. Refiro-me ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC)” (Doutor Antônio Carlos Adler, Tomo 7, pg. 319).

 

Invasão do CRUSP

“Quanto à tal falada operação CRUSP [Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo], sinto-me à vontade para falar a respeito, pois fazia parte do Pelotão Especial de Choque do Esquadrão [Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, antigo Esquadrão de Reconhecimento Mecanizado, São Paulo].

Digam o que quiserem a respeito da invasão do CRUSP, mas o meu depoimento hoje, peço perdão por falar na 1ª. Pessoa, foi o que aconteceu.

Naquela época, existia o pavilhão das moças e no sótão desse pavilhão, eu e o então sargento Florentino, hoje falecido, descobrimos o estoque de coquetéis molotov, na parte de cima – lembro até hoje -, eles estavam estocados num poço logo embaixo do telhado; nem me recordo quantos tinham, de tantos que eram.

Estou falando, agora, de uma operação militar; logo embaixo tinha um M8 (carro de combate) parado e municiado e a torreta do M8 era uma torreta aberta. Agora, imagine-se um infeliz daqueles acertando um coquetel molotov numa torreta de M8; hoje, com certeza, acho que a USP não estaria de pé. A reação seria imediata.

Foi uma operação brilhante. Os planos terrorista-comunistas de origem chinesa, quem os descobriu fui eu. Desse modo, vai ser um pouco difícil alguém dizer para mim que não descobri aquilo que descobri, que não peguei e entreguei para meu superior imediato aquilo que entreguei. É a primeira vez que falo isso e estou falando tecnicamente. Não se tem a menor ideia do ‘barril de pólvora’, que era o CRUSP” (Doutor Amadeu Armentano Neto, Tomo 7, pg. 311). 

 

OS MILITARES NÃO AUFERIRAM VANTAGENS

“Insinuam, maldosamente, que os militares auferiram vantagens do Poder. Eu asseguro o contrário. Lembro-me de que o Presidente Castello Branco assumiu o governo tirando vantagens dos militares. E todos eles saíram do governo pobres, inclusive o Presidente Figueiredo, que tinha um sítio em Petrópolis e está vendendo; não sei se já o vendeu. Não conheço nenhum militar rico, não porque não haja possibilidade, mas pela formação que o militar recebe, desde a escola. Se comete um ato desabonador de sua conduta, não fica no Exército, porque lá não há lugar para ele. É o grande contraste entre as atitudes do civil e as do militar. Por exemplo, essas explosões do Deputado Bolsonaro: ele vive um conflito, porque saiu de uma Casa onde tudo é sério, tudo é na hora, onde se presta conta de tudo, não se desvia um centavo. Aí, vai para a atividade política, que é o contrário: é um querendo passar o outro para trás, um dá rasteira no outro, apropria-se de uma verba etc. É por isso que ele explode e tem lá suas razões” (Jornalista Themístocles de Castro e Silva, Tomo 4, pg. 287-288).

“Que eu saiba, as Forças Armadas não tiraram vantagens da Revolução. Talvez até o contrário.

A primeira atitude do Castello Branco foi acabar com as promoções ao posto de general, no ato de passagem para a reserva, dos coronéis. General, só se fosse promovido na ativa. Acabou com o general de pijama” (Tenente-Coronel Moacir Véras, Tomo II, pg. 365).

 

As calúnias contra Mário Andreazza

“Por exemplo, há que insinue que nos vinte anos de governo, os militares e as Forças Armadas se aproveitaram da situação para auferir vantagens. Ainda hoje os militares se queixam de que são muito mal remunerados. Não houve, nem mesmo, o cuidado de legislar em causa própria. Houve, inclusive, na época, muitas críticas a certas figuras do Governo Costa e Silva. Depois, ficou evidenciado que nada daquilo era verdade, e o cidadão quer era acusado, morreu numa pobreza extrema: o Coronel Mário Andreazza, que foi Ministro dos Transportes, cujas contas de hospital foram pagas pelos amigos. Portanto, é essa a minha opinião sobre o assunto, mesmo tendo sido atingido pela Revolução e depois de seis anos de processo, absolvido por unanimidade pela Auditoria Militar” (Jornalista José Blanchard Girão Ribeiro, Tomo 4, pg. 313-314).

“Uma pesquisa feita por um engenheiro sobre tudo o que foi feito durante os governos revolucionários mostrou que houve desenvolvimento em praticamente todos os setores. O único que não apresentou incremento foi o ferroviário.

Não há dúvida. Com o Andreazza (Mário Davi Andreazza) era só rodovia. Aspirante de quarenta. Dizem que era um excelente instrutor. Segundo o General Adhemar (Adhemar da Costa Machado) – que fazia dupla com ele na Escola de Estado-Maior – o Andreazza tinha uma grande facilidade de comunicação. [entrevistador]

Eu o conheci bem. Também, um oficial muito trabalhador. Fui aluno dele na ECEME. O gringo trabalhou um bocado por essas estradas.

Quando eu estava no Rio, cursando o Estado-Maior, houve um boato de que ele era corrupto. Era tudo mentira. [entrevistador]

Pois é. Um homem que morreu pobre.

O senhor sabe a razão dos boatos? Na ocasião, o frete marítimo era todo destinado para os armadores internacionais. Ele propôs uma nova legislação destinando metade das cotas para os brasileiros. As multinacionais do setor sentiram-se ameaçadas e montaram um esquema que até a mim iludiu. Era o seguinte: nos fins de semana, mandavam uma pessoa da confiança deles aos plantões de vendas dos edifícios classe A, em construção. No local, o enviado dizia que trabalhava para o Andreazza e que o Ministro desejava comprar a cobertura. Se a mesma ainda estivesse disponível, o suposto empregado perguntava qual era a área. Para qualquer resposta, ele alegava que não servia, pois o ministro desejava algo muito maior, uma cobertura espetacular. [entrevistador]

Uma história muito prática e sutil, típica da realidade da política. Só que, no caso do Ministro, sem um pingo de veracidade” (General-de-Brigada Ramão Menna Barreto, Tomo 13, pg. 159-160).

“De todos os governos ditos militares, o ministro considerado por muita gente, levianamente, como corrupto, chamava-se Mário Andreazza – construiu a ponte Rio-Niterói etc.

Morre Mário Andreazza. Patrimônio de Mário Andreazza: um apartamento comprado pelo Sistema Financeiro da Habitação, que foi quitado com a sua morte. Não possuía contas em paraísos fiscais como, hoje, muitos as têm” (Tenente-Coronel Hiran Gomes Cavalcanti, Tomo 6, pg. 269).

“Comandei uma área em que encontrei os resquícios de uma dura luta, com muitos civis participando do nosso lado, inclusive em operações. Encontrei, ainda, na minha área de informações, um núcleo funcionando. Lá encontrei figuras remanescentes daquelas lutas campais, uma delas era meu motorista que tinha as pernas bem esburacadas, feridas por tiros de metralhadora dos subversivos.

Então, o que eu fiz: perguntei a eles ‘O que vocês ganharam com tudo isso?’ Não tinham recebido nenhuma condecoração. Eu condecorei a todos, eram seis ou sete. Tive uma troca de ideias muito interessante com o Ministro do Exército, meu amigo, General Leônidas, que foi sensível com relação a isso e lhes concedeu a Medalha do Pacificador, com Palma. Eu os condecorei, um deles era mulher, na célebre Rua Tutóia” (General-de-Exército Jonas de Morais Correia Neto, Tomo 9, pg. 59).

 

O FORO DE SÃO PAULO

“Numa reunião presidida por Fidel Castro e com as presenças de Lula (Luís Inácio Lula da Silva), do José Genoino, do Frei Beto e de outros líderes do Partido dos Trabalhadores (PT), Fidel disse claramente: ‘Se Lula não ganhar a eleição (de 1989) é preciso formar uma entidade para coordenar a esquerda latino-americana.’ Previa-se, em janeiro de 1989, nessa reunião em Cuba, o chamado Foro de São Paulo.

Lula perdeu a eleição e fundou-se o Foro de São Paulo, em julho de 1990, exatamente como tinha sugerido Fidel Castro. Foi num evento no Hotel Danúbio, na capital paulista, presentes 48 entidades, várias guerrilheiras, dentre as quais, duas peruanas e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). A estrutura de toda a esquerda, na América Latina, em 1990, começou a ser organizada.

Seguiram-se reuniões em 1991, no México, em 1992, na Nicarágua, em 1993, em Cuba. A reunião do Foro de São Paulo de 1993, na cidade de Havana, foi estrategicamente muito importante. Novamente se tentava conquistar a base territorial – o Brasil -, na América Latina, conforme chamava Fidel Castro, para sustentar a revolução socialista. Para tanto, era necessário que Lula ganhasse a eleição presidencial. Sem essa base territorial seria difícil fazer a revolução socialista/comunista.

Decidem, em primeiro lugar, que todas as entidades – já eram 112 entidades de esquerda – deveriam proporcionar todo o apoio possível para Cuba suportar o que eles chamavam de ‘período especial’, isto é, a perda da ajuda soviética decorrente da desintegração da URSS; em segundo lugar, que o objetivo era eleger Lula, no Brasil, e para tal toda a esquerda latino-americana deveria se mobilizar; o terceiro objetivo era impedir o desenvolvimento do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA). Para este último objetivo, diz respeito ao México, se decide que no dia em que o NAFTA entrasse em vigor seria iniciado o levante em Chiapas. Essas foram as três decisões básicas, naquela ocasião.

O Foro de São Paulo se desenvolve, ainda, em sucessivas reuniões, e em 1995 decide que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) passaria a ser uma ponta-de-lança, veja bem, uma ponta-de-lança da revolução socialista na América Latina. Formar-se-ia o que chamavam de União das Repúblicas Socialistas da América Latina, URSAL; em substituição a URSS, a URSAL” (Doutor José Carlos Graça Wagner, Tomo 7, pg. 373).

Obs.:

Leia meu texto “Foro de São Paulo: Um Onagro Que Não Ousa Dizer Seu Nome” em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/foro-de-sao-paulo-um-onagro-que-nao.html.

Leia “O Foro de São Paulo, um perigo para a democracia” - por Ricardo Puentes Melo - https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/05/o-foro-de-sao-paulo-um-perigo-para.html

Leia “Conheça o Foro de São Paulo, o maior inimigo do Brasil” – por Felipe Moura Brasil - https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/conheca-o-foro-de-sao-paulo-o-maior-inimigo-do-brasil/

Conheça as Atas Finais dos Encontros do Foro de São Paulo em https://midiasemmascara.net/atas-fsp/.

F. Maier

 

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL (FSM)

“Um evento marcante foi a realização do Fórum Social Mundial (FSM), iniciado em 25 de março de 2001, no auditório do Centro de Encontro da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Ele não conseguiu ocultar, desde o início, suas garras revolucionárias e sua verdadeira face pró-comunista. Logo após o francês Bernard Cassin, editor do Le Monde Diplomatique e um dos idealizadores do evento, ter proclamado aos 15 mil participantes, provenientes de 122 países, da Albânia ao Zimbábue, o que foi o lema do encontro: ‘Estamos aqui para mostrar que um outro mundo é possível’; uma prolongada ovação saudou a delegação comunista cubana; a plateia eufórica – na qual tinham assento delegados do MST, de Cuba, das narcoguerrilhas colombianas, do PCdoB, do PT, da CUT e de teólogos da libertação – mostrando-se favorável às guerrilhas zapatistas do México e da narcoguerrilha da Colômbia, tornou evidente que ‘o outro mundo’, de que falaou Cassin, é carregado de tonalidade vermelha e desejado pela maioria daqueles assistentes.

Terminada a sessão inaugural, seguiu-se a denominada Marcha contra o Neoliberalismo e pela Vida, pelo centro de Porto Alegre, com bandeiras com a foice e o martelo, retratos de Lênin, brados em favor de Cuba, das guerrilhas e do MST, estando, entre os participantes, o Governador Olívio Dutra e o Prefeito Tarso Genro, ambos do PT.

Nas oficinas sobre luta armada, um guerrilheiro colombiano das FARC, usando o pseudônimo de Javier Cifuentes, apelou para a luta ‘em favor da construção do único regime destinado a levar a felicidade à espécie humana, que é o socialismo’.

O revolucionário argelino, no painel ‘Os fundamentos da democracia de um novo poder’, deixou claro o tipo de ‘democracia’ e do novo poder almejado por ele, ao afirmar: ‘estamos prontos para pegar em armas contra o sistema de propriedade privada’.

No painel da CUT, seu vice-presidente da Bahia, Álvaro Gomes, conclamou as entidades presentes a organizar ações de resistência simultâneas em vários continentes, propondo ainda protestos de rua e uma greve, ambos em âmbito internacional, ainda este ano.

O painel ‘Como fortalecer a capacidade de ação das sociedades civis’ foi presidido pelo sacerdote belga, expoente da teologia da libertação e ex-assessor de Fidel Castro. O Padre Houtart declarou que não adianta reformar o sistema de propriedade privada, ficando como única saída ‘sua destruição total’.

O Fórum Parlamentar, em sua declaração final, anunciou a constituição de uma ‘rede internacional de parlamentares para ‘sustentar a ação das ONGs reunidas no Fórum Social Mundial e para agir, permanentemente, de maneira que suas plataformas de esquerda tenham uma verdadeira tradução legislativa’.

No acampamento da Juventude e dos Povos Indígenas, sob uma grande lona, chamada ‘Espaço Confederação dos Tamoios’, realizou-se uma programação subversivo-conscientizadora, dirigida a indígenas e aos jovens presentes. No acampamento, membros do PT, do PCdoB, da UNE e outros ativistas dirigiam a programação. Milhares de preservativos foram distribuídos.

Após quatro Internacionais de Trabalhadores, de cunho socialista, surgiu em Porto Alegre uma quinta, com carga revolucionária mais radical do que as anteriores” (General-de-Brigada Niaze Almeida Gerude, Tomo 11, pg. 122-123).

Obs.:

Sobre a Cuba pós-mesada soviética, leia o fichamento que fiz do livro “Trilogia Suja de Havana”, do escritor cubano Pedro Juan Gutiérrez - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/trilogia-suja-de-havana-de-pedro-juan.html.

F. Maier

 

Pontal do Paranapanema

“Falando em energia elétrica, há um problema que não foi herança da Revolução e que não estão dando a devida atenção. É a situação no Pontal do Rio Paranapanema, na Bacia do Rio Paraná, onde existem dezenas de hidrelétricas que produzem mais da metade da energia elétrica gerada no País, distribuída através de milhares de quilômetros de fios que cruzam aquela região. A presença de 20 a 30.000 sem-terra acampados na região do Pontal é uma ameaça constante à segurança do sistema. É uma temeridade, pois no momento que eles quiserem deixam o Brasil parado e no escuro. Aliás, já fizeram isso! Fizeram só para testar o que poderia acontecer para os responsáveis pelo atentado. Não houve nada! E o jeito que estão as coisas nunca acontecerá nada que afete os terroristas” (General-de-Brigada José Apolônio da Fontoura Rodrigues Neto, Tomo 8, pg. 208-209).

 

MST, braço armado do Foro de São Paulo - Fazenda Anoni

“Quando a fazenda Anoni [município de Sarandi/RS, invadida pelo MST, em 1985], em 1985 eu comandava a 1ª. Brigada de Cavalaria Mecanizada em Santiago. Comparei a logística daquela invasão com as nossas atividades para levar a Brigada, no final do ano, até o campo de instrução de São Borja. O Coronel Telles (Marcos Antonio Telles Ferreira Neto) era o meu Chefe de Estado-Maior. Um militar excepcional, muito competente e trabalhador. Entendia de administração como poucos. Fazíamos um plano minucioso, guardando dinheiro e economizando gasolina desde o início do ano para utilizarmos no exercício do fim do período de instrução. Entrávamos em ligação com a Polícia Rodoviária Estadual alertando-os sobre a data e a quantidade de viaturas e de Unidades que formariam o comboio na estrada. Eram um planejamento difícil que nos preocupava meses a fio. Durante o deslocamento colocávamos guardas na estrada, empregávamos um pelotão de PE na segurança. E o que eu vi na invasão da fazenda Anoni? Em uma noite deslocaram seis mil pessoas: mulheres, crianças, fogões, sacos de farinha, arroz, feijão, tudo. De onde vieram essas seis mil pessoas? Ninguém sabe, ninguém perguntou. Dizem que havia gente tanto de quatrocentos quilômetros de distância, como de cerca de quarenta quilômetros do local invadido. Ninguém os viu; nem a Brigada, Polícia Rodoviária ou Polícia Civil, ninguém! Deslocaram seis mil pessoas e ocuparam a fazenda. Eu queria contratar o ‘E4’ e a equipe deles que planejou a invasão para trabalhar junto com o Telles na logística da 1ª. Bda C Mec.

Nas entrevistas e comentários televisados, ninguém pergunta como eles conseguem estes resultados. Quando dizem algo, omitem o principal. Não dizem que as FARC – com quem têm ligações – são marxistas-maoístas e têm por objetivo implantar um regime comunista na Colômbia” (General-de-Brigada Daniel Lomando Andrade, Tomo 8, pg. 257).

 

Representantes das FARC no Congresso Nacional

“Eu comecei a acompanhar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na sua ação; não sei se o que vou dizer é correto, mas enfim é uma especulação. As FARC na Colômbia são também uma guerrilha dirigida por fanáticos, como no tempo de Stálin. São quarenta anos de guerrilha.

Como fecharam as torneirinhas de Cuba e Moscou, eles ficaram sem dinheiro para pagar comida, uniformes, saúde etc. daqueles dez ou 15 mil guerrilheiros organizados em forma de exército, com uniformes, arquivo, comunicações, tudo muito bem montado, isso custa uma fortuna.

Alguém deve ter-se lembrado dos narcotraficantes, propuseram uma barganha com os narcos: ‘Vocês nos dão dinheiro, dão apoio financeiro e nós lhes garantimos a segurança das rotas de transporte com as nossas tropas, garantimos a rotas de transporte da cocaína até a fronteira com o Brasil’.

Esse negócio já tem até estimativa, parece que os narcos contribuem com 700 milhões de dólares por ano. Os narcos faturam cerca de 3 a 4 bilhões de dólares por ano, só os narcos da Colômbia, fora os outros. Abrir mão de 700 milhões de dólares, para eles, não é nada.

Eles terceirizam a segurança, contrataram um exército mercenário para dar cobertura a eles. É a única explicação que vejo, desse dinheiro dos narcos. As FARC também mandam dólar para os nossos comunistas. Eles querem o apoio do Brasil, porque eventualmente eles querem se espalhar para dentro da Amazônia e manter o tráfego em nossas metrópoles.

Sabia que há dois representantes das FARC no Congresso? Confessado pelo Gabeira, que é o cicerone deles no Congresso Nacional, e tem mais dois que estão, agora, janeiro de 2002, juntos do Governador Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul, assessorando-o, dois elementos das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas” (Coronel-Aviador Gustavo Eugenio de Oliveira Borges, Tomo 10, pg. 312-313).

 

A ESG BRASÍLIA VIRA CSSEX BRASÍLIA

“O senhor tem uma história sobre a mudança da ESG para Brasília? [entrevistador]

Dentro dessa ideia de consolidação da nova Capital, havia interesse em levar a ESG para Brasília. Foi em 1979, durante o Governo Ernesto Geisel. A construção foi iniciada no local onde atualmente está o Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, perto do Lago. Logo verificou-se a dificuldade em trazer professor, conferencista, alojar os alunos e outras dificuldades da novel Capital. Um dia, encontrava-me, por acaso, no gabinete do Presidente Geisel – era Chefe da Seção de Informações do gabinete do General Octávio Aguiar de Medeiros, Chefe do SNI – quando o Presidente, olhando na direção do Lago, disse: ‘Pode parar essas obras, não vou trazer a ESG para cá’.

E não veio. Ficou aquela obra parada até que o sargento (Sargento Correia), que tinha sido meu furriel na Companhia do Quartel-General da 1ª. Divisão de Infantaria, no Rio de Janeiro e que, há muitos anos, presidia o Clube dos Subtenentes e Sargentos, cuja sede era localizada no bairro do Rocha, naquela cidade carioca, pediu uma audiência ao General Danilo Venturini, Chefe do Gabinete Militar do Presidente Figueiredo. Enquanto aguardava ser atendido, ficamos conversando. Nessa oportunidade, ocupava o cargo de Assistente do General Venturini.

Disse-me ele que queria trazer o Clube para Brasília; aí lembrei-me daquela história da ESG. Falei com o General Venturini, o Presidente Figueiredo concordou e deu dinheiro para terminar a obra. Compareci à festa de inauguração do Clube, acompanhando o Presidente Figueiredo e o General Venturini” (Coronel Anysio Alves Negrão, Tomo 15, pg. 350).

Obs.                               

Em 02/12/2019, foi inaugurado o Campus Brasília da Escola Superior de Guerra – cfr. https://www.defesanet.com.br/defesa/noticia/35091/Novas-instalacoes-do-Campus-Jardim-da-ESG-sao-inauguradas-em-Brasilia-/.

F. Maier

 

ADENDO:

“Sorbonne”

“Sorbonne” é um apelido maldoso dado à Escola Superior de Guerra (ESG). Criada em 20/8/1949, subordinada ao EMFA (hoje, ao Ministério da Defesa), teve sua gênese a partir da integração da FEB ao contingente norte-americano no teatro de operações da Itália, quando foi constatada pelos militares brasileiros a abissal distância entre aquele exército e o nosso, havendo necessidade urgente de atualização das doutrinas, planejamento e padrões militares, logística e equipamento da tropa.

"Muitos dos civis importantes do IPES se diplomaram na ESG antes da fundação do IPES, e mais tarde alguns dos mais importantes membros fundadores do quadro da ESG, como o general Golbery do Couto e Silva e o general Heitor de Almeida Herrera, se associaram ao IPES. (...) No Governo Castello Branco, foram utilizados muitos projetos e pessoal do IPES. Isto é mais visível na lei de reforma agrária do governo, na reforma bancária, no programa de habitação e na lei de estabilidade de emprego dos trabalhadores" (STEPAN, 1975: 137).

Além de militares intelectuais, como Golbery, a ESG foi integrada por generais-presidentes, como Castello Branco e Ernesto Geisel.

Durante o governo do PT, a ESG se tornou um antro esquerdista, chamou João Pedro Stédile para realizar palestra. Deveria ter mudado sua denominação para Escuela Señor Guevara. Uma amostra do que ocorreu lá pode ser conhecido em A ESG como o diabo gosta, de Christina Fontenelle - cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/03/a-esg-como-o-diabo-gosta.html

 

Impeachmet de Dilma Rousseff

A partir de 2013, houve movimentos populares no Brasil, que foram às ruas inicialmente para contestar o aumento de passagem de ônibus em São Paulo. Depois, em 2015, esses movimentos se agigantaram e tomaram as principais cidades do País, em defesa da ética pública e contra a corrupção, especialmente do PT, cujo desfecho foi o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff

O episódio lembra o ocorrido no Norte da África, na chamada “Primavera Árabe”, que tirou o Presidente Hosni Mubarak do poder no Egito - mas que também implodiu nações, como a Líbia, ou acabou em terrível guerra civil, como na Síria.

Obs.:

Sobre a queda do Presidente Mubarak, leia, de minha autoria, “O Facebook derrubou o Faraó” - https://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_54336/artigo_sobre_o-facebook-derrubou-o-farao.

F. Maier

 

BIBLIOGRAFIA SOBRE O MOVIMENTO DE 1964 QUE CONSTAM NA HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO – 31 MARÇO 1964:

- A Revolução de 1964 – um depoimento para a história pátria, do Marechal M. Poppe de Figueiredo, APEC Editora S. A., 1970.Meio

- Meio Século de Combate – Diálogos com Cordeiro de Farias, de Aspásia Camargo e Walder de Góes. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1981.

- Tinha que Ser Minas, do General Carlos Luís Guedes. Editora Nova Fronteira,1979.

- A Revolução por Dentro, do Coronel Hernani D’Aguiar

- A Verdade Tem Duas Faces, do Coronel Hernani D’Aguiar

- Estórias de Um Presidente, do Coronel Hernani D’Aguiar

- O Movimento Revolucionário de 1964 e a Verdade dos Fatos, do General-de-Brigada Niaze Almeida Gerude

- Marcas do Destino e da Revolução de 1964, do Tenente-Coronel Artur de Freitas Torres de Melo

- Ideais Traídos, do General-de-Exército Sylvio Couto Coelho da Frota, Ministro do Exército no Governo Geisel.

- O Gulag da Informática, do Professor José Carlos Melo

- Os Fatos Sem Retoque, em 4 volumes, do Major João Barcelos de Souza

 

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HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO - 31 DE MARÇO DE 1964

Em 15 Tomos

Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 2003

 

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Tomo 1

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BIBLIOGRAFIA:

 

MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.

 

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:

AL-ALCHEIK, Hassam. O Lugar da Mulher no Islã. Centro de Divulgação do Islã para América Latina. Caixa Postal 5222 - Rudge Ramos - São Bernardo do Campo, SP.

ALVES, Márcio Moreira. O Despertar da Revolução Brasileira. Seara Nova, Lisboa, 1974.

AMADO, Jorge. Navegação de Cabotagem. Círculo do Livro, São Paulo, 1992.

AMIGOT, Fernando Ayape. Israel, crônica de uma ocupação. Única - Gráfica e Papelaria Ind. Com. Ltda. Brasília, DF.

ARAGÃO, José Campos de. A Intentona Comunista de 1935. Bibliex, Rio, 1973.

ARARIPE, Tristão de Alencar. Expedições militares contra Canudos - Seu aspecto marcial. Biblioteca do Exército, Rio, 1985.

ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro - Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil. Geração Editorial, São Paulo, 2013.

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo - antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Companhia das Letras, Editora Schwarcz Ltda, São Paulo, 1989.

ARON, Raymond. O Ópio dos Intelectuais. Editora Universidade de Brasília, DF, 1980 (Tradução de Yvonne Jean).

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MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

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