G
G-3 - Glory, Gold and God (Glória, Ouro e Deus): lema dos conquistadores nas Américas.
G-5 - Grupo dos Cinco. Veja Pacto de Montevidéu.
G-11 - Grupo dos Onze, ou Grupo dos Onze Companheiros: “comandos nacionalistas”, que foram formados em todo o Brasil em 1963, a mando do ex-governador gaúcho Leonel Brizola. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). Um documento do Grupo afirmava que os G-11 seriam a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética.” (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS.) “... os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. Quando ocorreu a Contra-revolução de 1964, havia centenas desses Grupos espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil – civis, militares e eclesiásticas, como se pode ler nas “Instruções secretas” do EPL e seus G-11, no item 8, “A guarda e o julgamento de prisioneiros”: “Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. (cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 112). Veja Brizoleone, Contra-revolução de 1964, Folhetos cubanos, Ligas Camponesas, MEP, Ternuma (www.ternuma.com.br) e ULTAB.
Gadna - Força militar israelense, que treina os jovens. Veja Intifada e Sionismo.
GAECO - Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (São Paulo).
GAFE - Grupo Aeromóvel de Forças Especiais: tropa de elite do Exército Mexicano.
GAJ - Grupo Antijusticeiros.
GAL - 1. Grupos Antiterroristas de Libertação: criados no Governo Felipe González para combater o ETA, são acusados de responsabilidade de 26 assassinatos e 33 ataques a bomba entre 1983 e 1987. O ex-Ministro do Interior do Governo Gonzales, Jose Barrionuevo, foi condenado a 10 anos de reclusão por participação no seqüestro do empresário francês, Segundo Marey, em 1983 (ação atribuída aos GAL). Veja ETA e ETA-M. 2. Grupo Argentino pela Libertação.
Gama’at Islamiyya - Grupo Islâmico: grupo fundamentalista islâmico que quer implantar uma teocracia no Egito. Veja Fundamentalismo.
Gangsta Rap - “É o nome que se dá a um estilo de rap surgido nos finais do anos 80 e começo dos noventa, com o grupo Public Enemy e os cantores Tupac Shakur e Notorius B.I.G., ambos assassinados em brigas de gangue. Este rap, em oposição ao que predominou nos 70, é um rap engajado e violento que dissemina o ódio contra a sociedade e os ‘burgueses’. Nosso espécime nacional é o ‘Racionais Mc´s’ ”. (in “A geração do autodesprezo”, por Karen de Coster e Brad Edmonds, tradução de Mauro de Decca.)
GAP - 1. Grupos de Amigos Personales: guarda pretoriana de Salvador Allende, Presidente do Chile (1970-1973). Antes de Allende, os Carabineiros faziam a segurança da guarda do Presidente. Contra todas as leis do país, os GAP passaram a constituir uma Força Armada, que seria a base do “Exército Popular” que os marxistas estavam formando com as brigadas “Ramona Parra” (do PC), “Elmo Catalán” (do PS) e o “MCR” (do MIR). Sem formação profissional, sem disciplina e sem responsabilidade, tinham impunidade para assaltar, tomar reféns e assassinar – inclusive próprios companheiros. A organização do “Exército Popular” acelerou-se com a formação dos “Cordões industriais”, organização paramilitar composta por operários e camponeses marxistas das indústrias estatizadas. Veja Libro Blanco, MIR, Plano Z, UP e VOP. 2. Guerrilla Army of the Poor (Exército Guerrilheiro dos Pobres - EGP). Veja EGP, Foquismo e OLAS.
GARRA - Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (São Paulo).
GAS - 1. Grupo Anti-Seqüestro (São Paulo): extinto em 1987 após denúncia de extorsão do Grupo. 2. Grupo Abu Sayaf: 2º mais importante movimento separatista terrorista filipino. Veja Abu Sayaf.
GATE - Grupo de Ações Táticas Especiais (Polícia Militar, SP).
GAV - Grupo de Ação e Violência (VAR-Palmares). Veja VAR-Palmares.
GBAPM - Global Ban on Anti-Personel Mines (Eliminação Total das Minas Antipessoais). Veja Minas.
GBL - Grupo Bolchevique Lenin: formado em 1929 pelo comunista Mário Pedrosa. O GBL era enquadrado na estrutura do PC-SBIC. Em 1931, afastado do PCB, Pedrosa transformou o GBL na Liga Comunista Internacionalista (LCI), desarticulado após a Intentona Comunista, ocorrida em 1935. Veja Intentona Comunista, PCB e PC-SBIC.
GBM - Grupo Baader-Meinhof: grupo terrorista da Alemanha. Veja Baader-Meinhof.
GBU - (Modular) Glide Bomb System: bomba teleguiada, de alto poder de destruição. Veja BLU-118B.
Gendarmeria Internacional - Exercida pelo G-7 e comandado pelos EUA, a “gendarmeria internacional” se arvora em polícia do mundo e justiceiro internacional, sobrepondo-se à ONU, ao direito internacional e à autodeterminação dos povos, como o observado nos ataques da OTAN contra a Iugoslávia e dos EUA contra o Iraque após a Guerra do Golfo. A pretexto de defender minorias étnicas (albaneses) que desejam a emancipação da província de Kosovo, encabeçada pelo Exército de Libertação de Kosovo (ELK), a OTAN, em 1999, promoveu a destruição de toda a infra-estrutura da Iugoslávia, esquecendo-se que outras minorias e outros movimentos insurgentes também desejam sua independência: o Tibete oprimido pelos chineses, o IRA na Irlanda do Norte, o ETA no País Basco, os Curdos na Turquia e em alguns países vizinhos etc. Veja Diplomacia de cruzeiro, Governança global, Guerras americanas e www.olavodecarvalho.org/sseal/gmundial.
Genocídio - É o extermínio sistemático de uma etnia ou de um povo, a chamada “limpeza étnica”. Os ingleses, espanhóis e portugueses promoveram o genocídio de indígenas nas Américas (os mesmos indígenas que haviam promovido genocídio contra seus antecessores). O Comunismo exterminou aproximadamente 110 milhões de pessoas em todo o mundo. O Nazismo aniquilou aproximadamente 6 milhões de judeus e 20 milhões de russos – além de ter provocado a morte de dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, ao iniciar a II Guerra Mundial. Os ingleses exterminaram em torno de 4 milhões de irlandeses (veja “Arma da fome”). Os turcos otomanos promoveram a matança de 1,5 milhão de cristãos armênios durante a I Guerra Mundial. O general Suharto, ditador da Indonésia (1965-1998) eliminou entre 700.000 e 1.000.000 de cidadãos, grande parte de origem chinesa e ligados ao Partido Comunista; em 1975, a Indonésia anexou o Timor-Leste, então colônia portuguesa; durante 24 anos, a repressão causou a morte de cerca de 200.000 pessoas do Timor-Leste, de maioria cristã. Pol Pot, ditador comunista que tomou o poder do Camboja em 1975 exterminou cerca de 2.000.000 de cambojanos (21% da população), a maioria de fome, devido ao retorno forçado ao meio rural. Juntas de comandantes da ditadura militar argentina (1976-1983) fizeram “desaparecer” 30.000 pessoas (Jorge Videla foi condenado em 1985 à prisão perpétua e indultado pelo Presidente Menem em 1990; em 1998, Videla foi condenado à prisão domiciliar pelo seqüestro de bebês de terroristas, e no dia 9 Jul 2001 teve decretada prisão domiciliar por sua participação na Operação Condor). O regime de Saddam Hussein, do Iraque, mandou bombardear cidades curdas, ao norte do país, em 1988, com armas químicas, matando 8.000 civis e forçando 100.000 a fugir para a Turquia; o ataque foi para eliminar a guerrilha curda, que apoiou o Irã durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988). A Sérvia promoveu limpeza étnica na Bósnia-Herzegovina e na Província do Kosovo, que por sua vez hoje promovem perseguições contra os sérvios (O ex-Presidente Milosevic foi entregue ao Tribunal Penal Internacional – TPI, em Haia, em 2001, para julgamento de “crimes de guerra”, e um de seus generais, Radislav Krstic, foi condenado, pelo TPI, em 2001, a 46 anos de prisão pela morte de 8.000 muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995). As guerras da antiga Iugoslávia contra a Croácia, Bósnia e Kosovo ocasionaram mais de 200.000 mortos; 700.000 sérvios, por sua vez, foram expulsos das regiões controladas por bósnios muçulmanos e croatas. Em 1994, o avião do Presidente da Ruanda foi atingido por um foguete; o Presidente morreu e os hutus culparam os tutsis (etnia rival), que passaram a ser perseguidos e mortos, resultando na morte de 800 mil pessoas. O governo muçulmano do Sudão promove extermínio de cristãos e animistas no Sul do país (a Guerra Civil, até 2001, já fez cerca de 2.000.000 de vítimas). Na África do Sul, durante o Governo Mandela, foram assassinados em torno de 2.000 fazendeiros brancos. Michal Horowitz, erudito judeu ortodoxo, calcula que cerca de 150.000 cristãos – o total dos mártires dos primeiros séculos – morrem anualmente assassinados pelas ditaduras da China, Vietnã, Coréia do Norte, Irã, Sudão. A esses países, deve-se acrescentar a Indonésia, o Paquistão e outros, de maioria muçulmana, que também promovem perseguições a não-muçulmanos. Veja Arma da fome, CSI, Gulag, “Higiene social”, Kmer Vermelho, Limpeza demográfica, Limpeza étnica, Massacre de Ruanda, NAZI, Operação Condor, Racismo, Revolução Cultural e Sistema métrico da intolerância.
Genyosha - “Em 1876, os samurais foram dispensados como classe, perdendo seu estipêndio e o direito de portar espada” (Paul Johnson, op. cit., pg. 149). “Em 1881, um grupo deles formou a Genyosha, a primeira das sociedades secretas, que logo entrou na política indiretamente, fornecendo capangas para manipular fraudulentamente as eleições da Dieta ou então para assassinar os candidatos rivais. Em 1901, um membro da Genyosha, Mitsuru Toyama, fundou o notório Kokuryukai, ou o Dragão Negro, protótipo de muitas seitas violentas e ultranacionalistas” (ib. pg. 151).
GESá - Grupo Estácio de Sá: movimento político de oficiais da reserva, com sede no Rio de Janeiro, RJ; utiliza a frase “Terrorismo nunca mais” em suas publicações. Há um grupo diverso do GESá, “Terrorismo Nunca Mais” ou “Ternuma”, que serve de contraponto ao grupo “Tortura Nunca Mais”. Veja Ternuma (www.ternuma.com.br).
GESTAPA - Geheime Staatspolizeiamt (Repartição da Polícia Política Nacional): organizado por Adolf Hitler. Veja NAZI e Racismo.
GESTAPO - Geheime Staats Polizei (Polícia Secreta do Estado), do Nazismo. Veja NAZI.
Gharbzadegi - “Ocidentoxicação”: os muçulmanos vêem a cultura ocidental como materialista, corrupta, decadente e imoral; por isso, com o ressurgimento islâmico na atualidade, está aumentando o sentimento anti-Ocidente, especialmente contra os EUA, que “entoxicam” o mundo islâmico. Veja Choque de civilizações, Fundamentalismo e Síndrome de Nova York.
GIA - Groupe Islamique Armée (Grupo Islâmico Armado): braço armado mais belicoso da Frente Islâmica de Salvação (FIS), luta pela implantação de uma república islâmica na Argélia. Veja FIS e Fundamentalismo.
“Gigante enfraquecido” - Expressão usada para identificar problemas surgidos com reatores nucleares ou de natureza radiológica (DoD, USA). Veja Chernóbyl.
GIGN - Groupe d’Intervention Gendarmerie Nationale (França): conhecido como “Gingene”, foi criado em 1973, após a morte de atletas judeus nas Olimpíadas de Munique, em 1972. Veja Setembro Negro.
GIL - Gioventú Italiana del Littorio (Fascista). Veja Balilas e ONB.
GIM - Grupo Internacional Marxista. Veja Internacional Comunista (IC).
Girondinos - Representantes da alta burguesia (Revolução Francesa). Veja Revolução Francesa.
Glasnost - “Transparência”: democratização (abertura política) pregada durante o Governo de Mikhail Gorbachev (1985 a 1991), na antiga URSS, além de acordos de desarmamento nuclear com o bloco capitalista, o que possibilitou o fim da Guerra Fria e acarretou a dissolução da URSS. Veja Guerra Fria, SALT e START.
Glavlit - Departamento de censura oficial da URSS, controlava as publicações literárias. Veja Desestalinização e Dissidentes.
GLF - Gaia Liberation Front (Frente de Libertação de Gaia): ONG ecológica radical, tem sede em Toronto, Canadá. Gaia significa “Mãe Terra”.
Globalização - Conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial, com a integração dos mercados numa “aldeia global”, explorada pelas corporações transnacionais. Os países abandonam gradativamente as barreiras tarifárias, que existiam para proteger sua produção da concorrência dos produtos estrangeiros, e abrem-se ao comércio e ao capital estrangeiro. Este processo marcha junto com intensa revolução nas tecnologias de informação - telefones, televisão e computadores (especialmente a Internet). Veja Antiglobalização, Diplomacia de cruzeiro, Fórum de Davos, Fórum Social Mundial (FSM), INPEG, Nova Era, Novilíngua e www.olavodecarvalho.org/sseal/gmundial.
Glebae adscripti - Com o fim dos Kulaks, os camponeses russos estavam “amarrados do solo”, como nas fases finais do Império Romano ou durante a era da servidão feudal. Eles eram proibidos de portar passaporte interno, instituído para trânsito na URSS, para evitar que fugissem para as cidades. Veja Kulak.
GM - Grupo Marighella. Veja AC/SP e ALN.
G-man - Agente da Polícia Federal dos EUA (FBI). Veja FBI.
GNP - Global Nuclear Power (Poder Nuclear Global): exercido pelos EUA, Rússia, Grã-Bretanha, França e China).
Gobineau, Conde de - Veja Racismo.
GOES - 1. Grupos de Operações Especiais (Portugal). 2. Grupo de Operaciones Especiales (El Salvador).
GOL - Grupo de Observadores Latino-Americanos: organização secreta americana, que teria sede em Caracas, fundada em 1990 para dar apoio ao regime títere que Bush instalou no Panamá depois de invadi-lo. Veja Big Brother, Diplomacia de cruzeiro e Guerras americanas.
GOMNUIP - Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas na Índia e Paquistão: criado em 1949, está desdobrado na Cachemira, Índia, ao longo da “linha de controle” que separa as administrações indiana e paquistanesa. O mesmo que UNMOGIP. Veja ONU.
GONUL - Grupo de Observadores das Nações Unidas no Líbano (1958). Veja ONU.
Gorila, O - Publicação distribuída dentro das Forças Armadas, no início da década de 1960, que combatia o comunismo. “Atrás de aparente beleza, estão os assassinatos em massa, a abolição da dignidade, os campos de trabalho forçado, a rejeição de toda a noção de liberdade e fraternidade. “O Gorila” caracterizava assim o comunista: “Ele é aparentemente inofensivo... nunca se trai, sempre trairá os outros. Ele fala de paz e amor fraternal. Ele será seu mais querido amigo, o mais sincero, o mais leal... até o dia em que ele o assassinará pelas costas, friamente... eles matam frades, violam freiras, destroem igrejas”. (“O Gorila”, Jul 1963). Veja CAMDE, Folhetos cubanos, IBADE, IPES, Ligas Camponesas e Contra-revolução de 1964.
Gosplan - Gossudarstviênni Plánovi Komitet (Comitê do Plano do Estado), URSS: órgão que passou a controlar totalmente a economia soviética, a partir de 1928, através de planos qüinqüenais, e tinha como objetivo o planejamento e a supervisão da produção. Veja Kulaks.
GOU - Grupo de Oficiales Unidos: derrubou o Presidente Ramón Castilho, em 1943, na Argentina; Perón participou do golpe, então como capitão.
Governança global - Fruto da globalização do planeta, é o aprofundamento do processo de internacionalização das relações econômicas, sociais e políticas. Os problemas da “governança global” se manifestam em situações de conflitos políticos e econômicos, em crises financeiras, na defesa do meio ambiente, nas fusões e fissões de estados nacionais. Os EUA, junto com seus aliados da OTAN, impuseram a “governança global” sobre a Iugoslávia na questão do Kosovo, passando por cima da ONU, que deveria gerenciar a crise. Veja Big Brother, Diplomacia de cruzeiro, Guerras americanas, SNB (Soft National Boundaries) e www.olavodecarvalho.org/sseal/gmundial.
Governo Paralelo - Em Mianmá, no ano de 1990, um grupo de deputados se reúne clandestinamente na fronteira com a Tailândia e proclama um “governo paralelo”, sem poder efetivo, com apoio de 21 organizações oposicionistas. Suu Kyi, líder oposicionista, filha do general Aung San (líder da luta pela Independência de seu país, assassinado em 1947), ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, entregue na Noruega a um representante do “governo paralelo”. No Brasil, o PT de Lula, parece, ficou com inveja e também fundou um “governo paralelo”, durante o Governo Collor. Veja Dualidade de poder e Orçamento participativo.
Governo Democrático e Popular - Expressão estalinista, prega a passagem do “democrático” - termo utilizado pelos revolucionários para assumir o poder legalmente - para o “popular”, ou seja, a “ditadura do proletariado”. Expressão utilizada durante o governo petista de Cristóvam Buarque, no Distrito Federal. Veja Adestramento, Balilas, Movimento de Massa, Poder paralelo e Stalinismo.
GP - Guerra Popular: é a chamada “guerra de libertação popular”, de ideologia marxista. Veja Comunismo, Marxismo e Partido Comunista Chinês (PCCh).
GPBC - Grupo Parlamentar Brasil-Cuba: parlamentares do Senado e da Câmara que apóiam a ditadura de Fidel Castro. Veja CDR, OLAS, Organizações de “Frente”, Pinar del Río, Revolução Cubana e UMAP.
GPU - Gossudarstviênnoie Politítcheskoie Upravliênie (Administração Política do Estado): designação da polícia secreta soviética, que substituiu a Tcheká, de fevereiro a dezembro de 1922, quando foi mudada para OGPU. No entanto, continuou sendo conhecida por GPU. Após a II Guerra Mundial, foi substituída pela NKVD. Veja KGB, OGPU e Tcheká.
GPW - Geneva Convention Relative to the Treatment of Prisioners of War, 12 August 1942 (Convenção de Genebra Relativa ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra, de 12 Ago 1942).
GPW 1929 - Geneva Convention Relative to the Treatment of Prisioners of War, 27 July 1929 (Convenção de Genebra Relativa ao Tratamento de Prisioneiros de Guerra, de 27 Jul 1929).
Grande Mudo – Diz-se dos Exércitos americano, inglês e francês. O Exército Brasileiro, politizado pelos positivistas desde o fim do Império, nunca foi mudo, a não ser depois da redemocratização pós-governos militares (1964-1985), quando, além de mudo, se tornou ainda surdo e cego, “hibernando”, fingindo-se de morto, para não ser enterrado de vez pela Nova República de FHC e Lula, principalmente.
Grande Salto para a Frente - Plano econômico do governo comunista de Mao Tsé-Tung (1958-59), que pretendia acelerar a industrialização da China e “superar a Grã-Bretanha em apenas 15 anos”. Foram criadas comunas populares no campo, que deveriam produzir aço em pequenos fornos para fabricar ferramentas. O Plano foi um completo fracasso: a produção industrial caiu e as colheitas foram péssimas. Mao renunciou à Presidência da China e foi substituído por Liu Shaoqi. Junto com a Revolução Cultural, o Plano fez de 30 a 60 milhões de vítimas. A reação de Mao veio em 1966, com a Revolução Cultural. Veja Livro do Doutor Li Zhisui, Livro negro do comunismo e Revolução Cultural.
Grande Terror, O - Expressão utilizada pelos historiadores para designar a violência desencadeada na URSS, no período de 1929 a 1953, quando entre 19 e 22 milhões de pessoas tornaram-se vítimas de Stálin. O auge ocorreu nos anos de 1937-38, quando Stalin matou 200 generais. A maioria dos camaradas de Stalin na Guerra Civil foram mortos a seu mando: Trotsky, Zinoviev, Bukharin, Kamenev, Rykov, Tomsky, Kirov. O número total de vítimas equivalia à metade da população brasileira de 1935, época em que o Komintern enviou agentes ao Brasil (incluindo Luiz Carlos Prestes), para desencadear o levante conhecido como Intentona Comunista. “Durante esses anos, cerca de 10% da vasta população da Rússia foi triturada pela máquina penitenciária de Stalin. (...) Igrejas, hotéis, casas de banho e estábulos transformaram-se em prisões; dezenas de novas prisões foram construídas. (...) A tortura era usada numa escala que até os nazistas mais tarde achariam difícil igualar. Homens e mulheres eram mutilados, olhos arrancados, tímpanos perfurados; as pessoas eram enfiadas em caixas com pregos espetados e outros dispositivos perversos. As vítimas eram muitas vezes torturadas diante de suas famílias” (Paul Johnson, op. cit., pg. 254). Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubyanka, O Livro negro do comunismo, Pervaia kategoriia e Tcheká.
Granma - Maior jornal cubano, controlado pelo Partido Comunista de Cuba (tiragem média diária: 400 mil exemplares). O iate “Granma”, com o qual Fidel Castro e 82 homens desembarcaram em Cuba em 2 Dez 1956, é hoje um monumento nacional. Veja CDR, Revolução Cubana e UMAP.
GRAPA - Grupos de Resistência Antifascista (Espanha). Veja Guerra Civil Espanhola.
GRAPEX - Grupo de Apoio Exército à UNAVEM. Veja UNAVEM.
GRAPO - Grupo de Resistência Antifascista Primeiro de Outubro (Espanha). Veja Guerra Civil Espanhola.
GRBI - Grupo Revolucionário Brasileiro Independente.
GREA - Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas: da Faculdade de Medicina da USP, presta assistência a empresas interessadas em desenvolver programas voltados à prevenção e controle do uso de álcool e drogas. Veja Drogas.
GRM - Governo da República Moçambicana: oriundo da Frente de Libertação de Moçambique, de tendência marxista.
GRU - Glaynoye Razvedyvatelnoye Upravleniye (Diretoria Principal de Informações): órgão de informações do Exército Vermelho, da antiga URSS, especializado em espionagem militar e tecnológica. Atualmente, existe o Departamento-Geral de Inteligência do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Federação Russa. Veja KGB e Tcheká.
Grupo da Ilha - Denominação dada aos “militantes” que permaneciam em Cuba, seja em treinamento, seja aguardando oportunidade de regressar ao Brasil, durante os Governos militares. Esse Grupo passou a denominar-se “Dissidência da ALN”. O Grupo da Ilha e a CR/SP se fundem e criam o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO). Veja ALN E MOLIPO.
Grupo de Contadora - Formado em janeiro de 1983 por Colômbia, México, Panamá e Venezuela. O Grupo representava, então, uma reação dos latino-americanos à Guerra Fria, que afetava o istmo centro-americano (Sandinistas na Nicarágua e FMLN em El Salvador). Em 1985, somaram-se Argentina, Brasil, Peru e Uruguai, que integravam o Grupo de Apoio a Contadora. Os dois Grupos se uniram em Dez 1986, no Rio de Janeiro, e foi conhecido como “Grupo dos Oito”. O nome da cidade (Grupo do Rio) prevaleceu quando Bolívia, Equador e Chile aderiram ao Grupo. Na 10ª reunião do Grupo, em Cochabamba, Bolívia, iniciada em 3 Set 1996, com a adesão do Paraguai e um país representando a Amércia Central e outro o Caribe, passou a ter 14 membros. Contadora é uma pequena ilha no litoral panamenho. Veja OLAS.
Grupo do Rio - Veja Grupo de Contadora.
Grupo dos 5 - Veja Pacto de Montevidéu.
Grupo Estácio de Sá - Grupo político de militares da reserva, com sede no Rio de Janeiro, RJ. O Grupo utiliza a frase “Terrorismo nunca mais” em suas publicações, em contraposição à ideologia esquerdista/comunista do “Movimento Tortura Nunca Mais”. Não é o mesmo grupo do Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), cujo site é www.ternuma.com.br.
Grupo Goiano - Formado por sem-terra, é um grupo de extermínio atuante na região da Serra da Andorinha, Sul do Pará. Escondidos em cavernas e protegidos por densa vegetação, usam técnicas de guerrilha para enfrentar policiais, seguranças e/ou pistoleiros contratados por fazendeiros. Até Dez 2001, o grupo já havia matado 8 pessoas e perdido 3 homens. Misaque Silva, o “Lampião”, é o chefe do Grupo. Veja MST, Guerrilha do Araguaia e leia “Guerrilha é arma de grupo sem terra”, de Amaury Ribeiro Jr., JB, 12 Dez 2001)
Grupo Primavera - Facção da ALN, tinha entre seus líderes o Presidente do PT, José Dirceu, que recebeu treinamento guerrilheiro em Cuba. Combatido pelas tropas de Segurança quando o Grupo voltou de Cuba ao Brasil, em 1971, menos de 1 ano depois 22 de seus 28 integrantes estavam mortos. Veja ALN e MOLIPO.
Grupo Tacape - Integrado por operários da Ishibrás, no Rio de Janeiro, RJ, presos em 1974; distribuía o jornal “Tacape”.
GSFG - Group of Soviet Forces Germany: Quartel-General em Wunsdorf, antiga Alemanha Oriental (comunista), do antigo Pacto de Varsóvia. Veja Pacto de Varsóvia.
GSG-9 - Força Especial da Alemanha.
GSPC - Grupo Salafista de Oração e Combate: grupo muçulmano extremista da Argélia. Veja Fundamentalismo e Salafismo.
GTA - Grupo Tático Armado: em 11 Mar 1970, Mário de Souza Prata, “militante” do GTA, matou o PMEG Newton de Oliveira Nascimento. Prata pertencera também à ALN (quando participou de assalto a banco) e ao MR-8. Veja ALN e MR-8.
Guardas Vermelhas - Fruto da “Grande Revolução Cultural Proletária” na China (1966-1976), cerca de 20 milhões de colegiais e universitários (Guardas Vermelhas) desencadeiam perseguições políticas contra intelectuais e dirigentes do Partido Comunista Chinês, após o fracasso da campanha “Grande Salto Para a Frente”, que visava transformar a China em país desenvolvido em curto período de tempo. Um tipo de tortura sui generis ocorreu naquele período: presos tinham órgãos genitais (testículos) arrancados, assados e comidos. Veja Grande Salto Para a Frente e Revolução Cultural.
Guernica - Cidade santa basca, bombardeada pela Legião Condor, de Hitler, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39). Os nazistas forneceram um total de 10.000 homens, incluindo 5.000 da Legião do Condor, uma unidade experimental de tanques e aviões, e tiveram uma baixa de 300 homens. No dia 26 de abril de 1937, 43 aviões da Legião Condor bomardearam a cidade santa basca de Guernica, matando cerca de 1.000 pessoas e destruindo 70% dos edifícios. “Para os propagandistas do Comintern – os melhores do mundo – foi um golpe de sorte surpreendente, e eles transformaram esse episódio no mais celebrado de toda a guerra. Picasso, a quem já tinham encomendado um grande painel para o Pavilhão da Espanha, na Feira Mundial de Paris, se aproveitou do episódio: o resultado, mais tarde, foi levado para o Metropolitan de Nova Iorque. Guernica ajudou a levar todo um segmento da opinião ocidental, inclusive as revistas Time e Newsweek, para o lado dos republicanos. Seguiu-se uma confusão cujos ecos ainda puderam ser ouvidos nos anos 80, mas quando o quadro foi solenemente pendurado no Prado, os sons das chacinas de Barcelona passaram depercebidos. A maneira como usaram Guernica para encobrir a destruição do POUM era típica do brilhantismo da propaganda do Comintern, conduzida por dois inspirados mentirosos profissionais, Willi Muenzenberg e Otto Katz, ambos assassinados, mais tarde, por ordem de Stalin” (Paul Johnson, op. cit., pg. 281). Veja Brigadas Internacionais, Guerra Civil Espanhola, Legião Condor, NAZI e POUM.
Guerra Civil Espanhola - “A Constituição de 1931 havia feito da Espanha uma “república democrática dos trabalhadores de todas as classes”, com separação entre Igreja e Estado, parlamento unicameral, regime parlamentarista, autonomia regional para o País Basco e para a Catalunha, sufrágio universal extensivo às mulheres e aos soldados. Os títulos de nobreza foram abolidos e devetou-se o divórcio. Uma lei agrária, de 15-IX-1932, permitiu a expropriação dos latifúndios. As propriedades das ordens religiosas foram postas à disposição da nação. (...) Tão drásticas reformas não chegaram a efetivar-se: perderam-se na violência generalizada, em greves e motins de toda sorte.” (Barsa, Vol. 8, pag. 390 e 391) A violência da esquerda se intensificou a partir de junho de 1936: “Em junho, a violência piorou. A 16 de junho, Robles, num último aviso, leu voz alta para as Cortes uma lista de ultrajes e atrocidades: 160 igrejas queimadas, 269 assassinatos (a maioria políticos), 1.287 casos de agressão, 69 destruições de escritórios políticos, 113 ‘greves gerais’, 228 greves parciais, 10 sedes de jornal saqueadas” (Paul Johnson, op. cit., pg. 273). A República espanhola foi tomada pela polícia secreta de Stalin, pois o PC espanhol era controlado pela Embaixada russa, pelas unidades da NKVD e da OGPU, sob Alexander Orlov, e por figuras do Comintern, como o francês André Marty. A guerra civil estourou no dia 17 de julho. Tropas do general Franco, aliadas dos monarquistas, classes conservadoras e falangistas se rebelam contra o Governo republicano dominado por liberais, radicais, socialistas, anarquistas, comunistas (tanto stalinistas quanto trotskistas), separatistas bascos e catalães, ocasionando a Guerra Civil (1937-39). Os republicanos da “Frente Popular” receberam ajuda militar do Reino Unido, México, França, URSS e, principalmente, das “Brigadas Internacionais”, formadas por 60.000 voluntários de todo o mundo. “A URSS limitou-se a enviar técnicos e ‘conselheiros’ desarmados, pagando-se, ao fim da guerra, com o seqüestro do ouro do Tesouro espanhol.” (Barsa, Vol. 8, pag. 390) – o que comprova a íntima ligação entre o Governo “republicano” e os comunistas. Os nacionalistas de Franco contaram, ainda, com o apoio das organizações católicas e monárquicas, e recebem ajuda da Legião Condor, da Alemanha nazista, e de várias divisões de camisas-negras, da Itália fascista. Nessa Guerra, em 1937, foi feito o primeiro emprego massivo de bombas, pelos nazistas, contra um alvo não-militar, a cidade de Guernica, a histórica capital dos Bascos, ocasião em que morreram mais de 1.000 pessoas. A tragédia serviu de inspiração para Pablo Picasso pintar uma obra-prima, a tela “Guernica”. A técnica militar utilizada, de bombardeio em mergulho, foi um ensaio para os nazistas, que começariam a II Guerra Mundial no último ano da Guerra na Espanha. Durante a Guerra, foram inúmeras as atrocidades feitas pelos comunistas contra os católicos, especialmente frades e freiras, muitos deles canonizados pelo Papa João Paulo II. O clero era numeroso: 20.000 monges, 60.000 freiras, 35.000 padres, numa população de 24,5 milhões de pessoas. “Onze bispos, um quinto do total, foram assassinados, 12% dos monges, 13% dos padres também. Os chacinados foram reverenciados no famoso poema de Paul Claudel, ‘Aux martyrs espagnols’:
‘Soeur Espagne, sainte Espagne, tu as choisi!
Onze évêques, seize mille prêtres massacrés et pas une apostasie!’.
“Cerca de 283 freiras foram mortas, algumas estrupradas antes da execução. (...) Na provínvia de Ciudad Real, a mãe de dois jesuítas foi assassinada com um crucifixo empurrado garganta abaixo. O pároco do Torrijos foi açoitado, coroado de espinhos, forçado a beber vinagre; colocaram-lhe um pedaço de madeira amarrado às costas e foi então fuzilado, mas não crucificado. O bispo de Jaén foi assassinado juntamente com sua irmã, na frente de 2.000 pessoas; seu carrasco era uma mulher da milícia, a feroz ‘La Pecosa’ (A Sardenta). Alguns padres foram queimados vivos; alguns tiveram sua orelhas decepadas”. (Paul Johnson, op. cit., pg. 273-4). Os republicanos atiraram 512 nacionalistas num desfiladeiro, em Ronda, episódio utilizado por Ernest Hemingway em seu romance “Por quem os sinos dobram”. A vítima mais famosa foi o poeta comunista espanhol García Lorca, fuzilado provavelmente em 18 de agosto de 1936 (seu túmulo nunca foi encontrado). Salvador Dalí reagiu à notícia com um sonoro “olé!” de praça de touros.
“Os assassinatos em Majorca (atrocidades fascistas) foram descritos pelo escritor católico Georges Bernanos em seu romance ‘Les grands cimetières sous la lune’. Mas Arthur Koestler, em seu ‘The Invisible Weiting’, também descreveu como as atrocidades fascistas foram produzidas na fábrica do Comintern, em Paris” (Paul Johnson, op. cit., pg. 275).
“Do lado nacionalista, 90.000 foram mortos em ação; do lado republicano, também 110.000 soldados morreram; havia 1 milhão de aleijados; 10.000 sucumbiram em conseqüência de ataques aéreos; 25.000 de desnutrição; 130.000, assassinados ou mortos atrás das linhas; e os restantes 500.000 estavam no exílio. (...) A destruição de tesouros foi imensa, desde a famosa biblioteca de Cuenca, até os primeiros quadros de Goya em seu lugar de nascimento, Fuentodos” (Ib., pg. 284).
Franco vence a Guerra e instala uma ditadura na Espanha, que volta à democracia somente em 1976, com a restauração da monarquia parlamentar. Ao final da Guerra, Franco não buscou a reconciliação nacional e cerca de 37.000 opositores ao regime são executados. Veja Autoritarismo falangista, Komintern, La Pasionaria, La Pecosa, Patrulha da madrugada, POUM e Quinta-coluna, e acesse www.cristiandad.org/panorama/espana30.htm.
Guerra da Informação - Referente à utilização da rede de informações, como a Internet, incluindo a manipulação no sistema de informações do inimigo. O mesmo que Netwar, Cyberwar e Guerra da terceira onda (a 1ª onda foi baseada na era agrária e a 2ª onda na era industrial).
Guerra da Lagosta – Confronto entre Brasil e França, em 1963, durante o governo João Goulart, na costa pernambucana, onde havia atividade de lagosteiros bretões na plataforma continental brasileira. A frase “Brésil c’est pas un pays serieux” foi dita pelo embaixador brasileiro na França, Alves de Sousa, e não pelo presidente Charles de Gaulle, devido à inabilidade com que o governo brasileiro conduzia a anedótica “guerra da lagosta”.
Guerra da Terceira Onda - Guerra da Informação. Veja verbete.
Guerra da Vacina – O mesmo que Quebra-lampião. De 12 a 15 de novembro de 1904, o Rio de Janeiro foi agitado por motim, sob a liderança de Lauro Sodré, contra a vacina obrigatória implantada pelo sanitarista Oswaldo Cruz. Houve barricadas nas ruas, incêndios de bondes e destruição de lampiões de gás de iluminação pública. Os alunos da Escola Militar (sob influência positivista), simpáticos ao movimento, também se amotinaram. A violência deixou 23 mortos e 67 feridos. Vencida a baderna, muitos foram mandados em exílio para a Amazônia e Lauro Sodré ficou preso 10 meses num navio de guerra. Dois anos antes, quase 1.000 pessoas haviam morrido de febre amarela no Rio. Veja Fenômeno Capitão Swing e Luditismo.
Guerra de Atrito - Escaramuças entre Forças militares egípcias e israelenses, junto ao Canal de Suez (1969-70), que antecederam a Guerra do Yom Kippur (início em 6 Out 1973). Veja Sionismo.
Guerra de Canudos - No final do Governo de Floriano Peixoto, em 1893, surge no sertão da Bahia um movimento messiânico, de tendência monarquista, liderado pelo beato Antônio Conselheiro. O beato reúne quase 30.000 pessoas no Arraial de Canudos, que é destruído pelas Forças legalistas em 1897, com a morte de Antônio Conselheiro. Veja Messianismo e Milenarismo.
Guerra Irregular - Guerra de guerrilha, terrorismo. Veja Guerrilha do Araguaia e Terrorismo.
Guerra de Movimento - Concepção gramsciana, equivalente à “revolução permanente” de Marx e Engels, adotada pelos comunistas contra os Estados absolutistas ou despóticos do tipo “Oriental” e também contra os Estados liberais elitistas da 1ª metade do Século XIX, para implantação do socialismo. Veja Guerra de Posição, Movimento de Massa e Sociedade civil.
Guerra de Posição - Concepção gramsciana, mais adequada contra os Estados modernos e democráticos do tipo “Ocidental”, para conquista do socialismo. Essa concepção está sendo implantada com sucesso no Brasil, desde a redemocratização (1979), com a atuação das esquerdas em todos os órgãos nacionais, governamentais ou não – especialmente na Educação. Veja Adestramento, Balilas, Clero progressista, CNBB, Dualidade de Poder, Fórum Social Mundial (FSM), Foro de São Paulo (FSP), Guerra de Movimento, Movimento de Massa, MST, Orçamento Participativo, Organizações de “Frente”, PT e Sociedade civil.
Guerra do Contestado - Conflito social ocorrido entre 1912 e 1916, no Oeste de Santa Catarina, durante a disputa territorial entre o Paraná e Santa Catarina. À época, surge o messiânico “monge” José Maria – o terceiro que apareceu na região –, que reúne grande número de camponeses contra o coronelismo, as companhias de terras e as autoridades federais e estaduais. A população rebelada chega a 20 mil e termina com a intervenção do Exército, com saldo de 3 mil mortos, ocasião em que pela primeira vez é utilizado o avião em combates no Brasil (trabalho de reconhecimento aéreo). O capitão Ricardo Kirk, piloto de aeronave morto em 1915 naquela campanha, é o Patrono da Aviação do Exército. Veja Messianismo.
Guerra do Futebol - Ocorrida em meados de 1969, entre El Salvador e Honduras. Acusações de maus-tratos de imigrantes salvadorenhos ocasionaram uma rápida e violenta guerra, após uma partida de futebol perdida pelos hondurenhos. Morreram 2.000 pessoas e 100.000 ficaram desabrigados (sem teto). Na ocasião, a única refinaria de El Salvador foi destruída.
Guerra do Ópio - Ocorrida entre o Reino Unido e a China (1839-42). O ópio provinha de Bengala e era contrabandeado para a China com a conivência de funcionários corruptos. Depois de o Governo Manchu proibir a comercialização do ópio, não atendendo às exigências dos ingleses, o Reino Unido bombardeou Cantão e quase isolou Pequim do Sul do país. O governo imperial chinês aceitou as condições impostas pelo Tratado de Nanquim (29 Ago 1842), pelo qual cedia Hong Kong ao Reino Unido e abria ao comércio os portos de Cantão, Amoy, Foochow (Fu-tcheu), Ningpo e Xangai. Foi abolido o comissariado especial de controle e prevenção do uso do ópio, fixadas tarifas comerciais e concedido aos ingleses a cláusula de nação mais favorecida. Os EUA, a França e outros países europeus aproveitaram-se da derrota chinesa para fazer acordos semelhantes com a China. Veja Operação Drogas e Política de portas abertas.
Guerra do Vietnã - Em 1965, os EUA entram em luta para apoiar o Vietnã do Sul, em guerra contra o Vietnã do Norte, comunista. A Guerra se estendeu até 1975, com a retirada dos americanos em 1972 (932 mil homens). Até o fim de 1972, a Guerra do Vietnã tinha custado aos EUA 55 mil mortos (46 mil em combate) e mais de 300 mil feridos, e um custo financeiro de 107,7 bilhões de dólares nos anos fiscais de 1966-1972. A guerra atingiu seriamente a economia americana, com altos déficits orçamentários e uma inflação em torno de 6% ao ano no final da década de 1960. As perdas do lado comunista (Vietnã do Norte) foram estimadas em 900 mil mortos e mais de 2 milhões de feridos, entre civis e militares. O Governo de Saigon (Vietnã do Sul) calculou suas perdas em 600 mil mortos e mais de 1 milhão de feridos
Guerra do Yom Kippur - Guerra árabe-israelense, chamada pelos árabes de “Guerra do Ramadã”, iniciada no dia 6 Out 1973. Com o Tratado de Camp David, assinado entre o Egito e Israel, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito. Veja Guerra dos Seis Dias, Intifada e Sionismo.
Guerra dos Seis Dias - Guerra árabe-israelense, ocorrida em 1967. Após essa Guerra, Israel havia conquistado a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia, Jerusalém-Oriental e as Colinas de Golã, aproximando-se do sonho dos judeus ortodoxos, de formar o “Grande Israel” bíblico, que iria do Nilo à Mesopotâmia. Veja Guerra do Yom Kippur, Intifada e Sionismo.
Guerra Fria - Disputa ideológica, entre os EUA (mundo capitalista) e – principalmente - a URSS (mundo comunista), pela hegemonia mundial. Inicialmente, “la guerra fria” foi uma expressão espanhola inventada no século XIII, para descrever a “coexistência inquieta” com os muçulmanos no Mediterrâneo. A Guerra Fria moderna (denominação criada por Walter Lippmann) teve origem na não observação, por parte de Stálin, da “Declaração de Yalta”, durante a II Guerra Mundial, que estabelecia que os países do Leste europeu, depois de serem libertados da invasão nazista, teriam governos democráticos escolhidos pela sua própria população. A URSS, porém, não saiu mais daqueles países (Polônia, Thecoslováquia, Bulgária, Romênia, Alemanha Oriental), senão depois de sua desintegração. É chamada de Guerra Fria por ser uma intensa guerra econômica, diplomática e ideológica travada pela conquista de zonas de influência. O mundo foi dividido em blocos de influência das duas superpotências (EUA e URSS) e provocou uma corrida armamentista que se estendeu por 40 anos, colocando o mundo sob a ameaça de uma guerra nuclear, que poderia extinguir a raça humana. O símbolo do fim da Guerra Fria (ou pelo menos a diminuição de sua ameaça) é a Queda do Muro de Berlim (1989), seguido pelo desmantelamento da URSS (1991). Veja Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Instituto 631, Komintern, Muro de Berlim e STASI.
Guerra psicológica - Utilizada, principalmente, por movimentos revolucionários, a exemplo do MCI. Veja Adestramento, AI, Anistia, AP (Ação Popular), Centro Tricontinental, Escolas de subversão e espionagem, Frades dominicanos, Frente Brasileira de Informações (FBI), Governo paralelo, Guerrilheiros da pena, Instituto 631, Komintern, Libélulas da USP, Lumumba, Movimento de massa, Nova Era, Novilíngua, OCLAE, OLAS, Organizações de “Frente”, Ouro de Moscou, Pinar del Río, Politicamente correto, TBR, Tricontinental, Tribunal Permanente dos Povos, UAPPL, UIE, UNE e USP.
Guerra revolucionária - Teve seu auge durante a guerra fria, quando se verifiou a agressão subversiva comunista sendo desencadeada em todos os cantos do mundo. “Trata-se de uma forma nova de combate, adaptada às circunstâncias momentâneas do equilíbiro internacional e destinada a vencer a resistência do adversário, sem risco excessivo de um confronto atômico. Suas duas formas de ação são essencialmente as seguintes: a utilização da tática de guerrilha, espionagem, intriga e terrorismo, com a doutrinação intensiva das massas e o enquadramento político clandestino, no terreno interno da área atacada; e uma campanha de âmbito internacional, conduzida por todos os meios destinados a influenciar a opinião pública, desde as Nações Unidas até as campanhas propagandísticas universitárias, manifestações de filósofos e intelectuais do tipo que Julien Benda denuncia na ‘Trahison des clercs’, co clero dito ‘progressista’, dos meios pacifistas, dos inocentes úteis de todas as espécies – de maneira a intimidar, desencorajar e fatigar a resistência psicológica do adversário. Como vemos no caso do Vietnam, essa campanha é dirigida em três frentes: dentro do próprio Vietnam; nos Estados Unidos, como principal envolvido; e no resto do mundo livre e não-alinhado” (Meira Penna, in “Política Externa”, pg. 134). Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, OLAS, Organizações subversivas brasileiras e Tricontinental.
Guerras Americanas, Século XX - 1894/1902: Campanha contra rebeldes nas Filipinas; 1900: intervenção na China; 1903: intervenção no Panamá; 1908/1912: intervenção na Nicarágua; 1915/1916: intervenção no Haiti; 1915/1916: intervenção na República Dominicana; 1917/1918: Primeira Guerra Mundial; 1917/1919: intervenção em Cuba; 1918/1924: intervenção no Haiti; 1926/1933: intervenção na Nicarágua; 1941/1945: Segunda Guerra Mundial; 1950/1953: Guerra da Coréia; 1965: intervenção na República Dominicana (o Brasil participou; veja FAIBRÁS); 1965/1975: Guerra do Vietnã; 1982/1983: intervenção no Líbano; 1989/1990: intervenção em Granada (contra um governo pró-cubano); 1989/1990: intervenção no Panamá (para remover do poder o general Manuel Noriega, levado preso para os EUA, acusado de contrabando de drogas); 1990/1991: Guerra do Golfo (liderança da coalizão internacional contra o Iraque, para libertar o Kuwait); 1992/1995: intervenção na Somália; 1994: intervenção no Haiti (para reconduzir o Presidente Jean-Bertrand Aristide ao poder); 1999: guerra contra a Iugoslávia (liderou a OTAN para bombardear todo o país, devido à luta iugoslava contra os separatistas muçulmanos da Província de Kosovo; motivo: a Iugoslávia estaria promovendo “limpeza étnica”); 2003: Guerra contra o Iraque, promovida por George W. Bush, sem autorização da ONU, seria para desmantelar o arsenal de armas de destruição de massa que Saddam Hussein teria escondido no país; porém, após a invasão, nenhum tipo dessas armas foi encontrado, aumentando ainda mais o sentimento antiamericano no mundo. De 1806 até a Guerra do Iraque, iniciado em 2003, os EUA promoveram 79 intervenções – 69 vezes em países da América Latina e 10 vezes em países do Golfo Pérsico, África e Ásia , variando desde o “Tomei o Panamá” de Theodore Roosevelt, à “política de boa vizinhança” (good neighbor policy) de Franklin Delano Roosevelt. Nesse tempo, os EUA atuaram ou estiveram para atuar 10 vezes no México, 9 vezes na Colômbia, Cuba e Nicarágua, 5 vezes no Panamá, Honduras e Argentina, 4 vezes na República Dominicana, 3 vezes no Haiti e Uruguai, 2 vezes no Brasil e Guatemala e 1 vez no Chile, Peru e Granada. Os EUA iniciaram o Século XXI (2001) com uma guerra contra o regime Talibã, do Afeganistão, por abrigar terroristas do Al-Qaeda, responsáveis pelos atentados contra os EUA no dia 11 Set 2001. No ano 2001, os EUA iniciaram o apoio à Colômbia, com material e pessoal militar, para combate ao narcotráfico e às FARC. Em 2003, os EUA, junto com os britânicos, atacaram o Iraque e depuseram o ditador Saddam Hussein, alegando que seu governo alimentava o terrorismo internacional e escondia armas de destruição em massa (QBN), que até hoje não foram ainda encontradas. Veja Big Brother, Big Stick, Diplomacia de cruzeiro, FARC, Governança global, Guerra do Ópio, Política de Portas Abertas, Síndrome de Nova York e www.olavodecarvalho.org/sseal/gmundial.
Guerrilha comunista no Brasil - Teve início em 1961 – e não após 1964, como propaga a esquerda –, quando o Presidente João Goulart ocultou e repassou secretamente a Fidel Castro as provas da intervenção armada de Cuba no Brasil. Veja Brizoleone, Folhetos cubanos, Foquismo, G-11, Guerrilha do Araguaia, Ligas Camponesas, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana e ULTAB.
Guerrilha de Caparaó - Veja MIM, MNR e RAN.
Guerrilha do Araguaia - 1ª Operação. “A propósito, como relata Gorender em seu ‘Combate nas Trevas’ (pg. 207 e 208), ‘o PC do B, a partir de 1967, fixou à margem esquerda do Rio Araguaia um grupo de militantes com treinamento na China: Osvaldo Orlando da Costa (Osvaldão), João Carlos Haas Sobrinho, André Grabois, José Humberto Branca e Paulo Mendes Rodrigues. Paulatinamente, sobretudo a partir de 1970, chegaram outros militantes e o total atingiu 69, dispersos ao longo de um arco, estendido de Xambioá até Marabá.’ ” (Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 415 e 416). A revelação da atividade guerrilheira na região do Araguaia fora feita por um casal de militantes que abandonara a área. No início de 1972, foi preso pela Polícia Federal de Fortaleza o militante do PC do B, Pedro Albuquerque Neto. Durante o interrogatório, Pedro declarou ter-se evadido de um campo de treinamento de guerrilha rural localizado no interior do município de Conceição do Araguaia. Não se adaptando às atividades na selva e por ter-se revoltado com uma decisão do Partido, que pretendia impor à sua mulher a realização de um aborto, apropriou-se de 30.000 cruzeiros pertencente à organização e fugiu da área com a mulher.
Duas equipes, em trabalhos sucessivos, levantaram indícios das declarações de Pedro Albuquerque e tudo indicava que uma área de guerrilha havia sido implantada no Brasil.
“A esse fato – e não como se poderia interpretar, por uma decisão governamental de obstar o processo de redemocratização – se devia a atividade de aparente retrocesso do Presidente Médici em seu pronunciamento.” (Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 416)
Foram confirmados indícios de atuação de guerrilheiros no Sudeste do Pará quando um pelotão do 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), da 8ª Região Militar (8ª RM), investiu sobre 2 pontos de apoio aos guerrilheiros, apreenderam roupas, calçados, remédios, literatura marxista, um manual de instrução militar, um quadro de trabalho e algumas armas em mau estado. Quando 2 militantes foram presos, a 8ª RM decidiu empregar mais 2 pelotões, inicialmente mantidos na reserva. No dia 15 de janeiro de 1972, uma militante foi presa em um hotel de Marabá, PA. No dia 18 de abril, com a prisão de Geraldo, este revelou toda a estrutura do PC do B na área, fornecendo a localização dos 3 destacamentos. Nos primeiros dias de atuação das Forças legais na área, foram destruídos 9 pontos de apoio, atingindo os três destacamentos. Depois desse êxito, os efetivos militares foram ampliados, com o emprego de 26 combatentes do Destacamento de Forças Especiais da Brigada Pára-quedista, do Rio de Janeiro. No início de maio, computando as tropas da PM/PA, os responsáveis pelo transporte aéreo e o pessoal de informações, o total das Forças de Segurança era de mais ou menos 200 homens. A área de ação compreendia 900 km², cobertos por densa vegetação e sem vias de transporte, tinha o formato de um triângulo, tendo como base a Transamazônica, de Marabá até Araguantins, e como vértice oposto Araguanã, tendo como limites, de um lado o Rio Araguaia, e de outro o Rio Vermelho.
No 1º período, praticamente não houve choques, pois as tropas se mantinham nos povoados e nos castanhais. O 1º choque deu-se quando uma equipe do Exército foi atacada, resultando no ferimento de um tenente e um sargento, tendo desaparecido o cabo Odilo Cruz Rosa, que fora morto, segundo alarde de Osvaldão, que dissera aos habitantes da região que montaria guarda ao corpo até que apodrecesse, pois o Exército não teria coragem de resgatá-lo. Um patrulha efetivamente encontrou o cabo Rosa, morto, de quem haviam levado uma metralhadora. A 3ª Brigada de Infantaria enviou 3 pelotões para a região de Xambioá e 2 para a região de Araguantins, para ocupação desses locais e lugarejos mais próximos.
Na 1ª operação, incompleta, de reconhecimento, executada por pessoal não especializado, com reduzido efetivo, houve êxito satisfatório. Foram feitas 10 prisões de subversivos, sendo 4 resultantes de deserções.
2ª Operação. Como a área afetada pela guerrilha abrangia zona de responsabilidade de mais de um Grande Comando, o Estado-Maior do Exército (EME) atribuiu ao Comando Militar do Planalto (CMP) a responsabilidade das operações. O CMP havia previsto, em suas Diretrizes do ano de 1972, uma manobra na área, em que sugeria ao EME que essa manobra incluísse unidades do IV Exército, com sede em Recife, PE, e do Comando Militar da Amazônia (CMA), com sede em Manaus, AM, além de um destacamento da Brigada Pára-quedista. Nessa manobra, participaram, ainda, tropas de Fuzileiros Navais e elementos de apoio aéreo, totalizando um efetivo de 3.000 homens. No período de 15 a 17 de setembro de 1972, foi feita a ocupação da área. Para atenuar a vantagem que os guerrilheiros haviam obtido junto à população, foi desenvolvida uma atividade cívico-social nas localidades de Xambioá e Araguantins, com atendimento médico-odontológico e a distribuição de medicamentos e material escolar. O INCRA foi convidado a solucionar problemas fundiários e o Governo do Estado se obrigou a colocar um médico no hospital de Xambioá, onde não havia nenhum. A Polícia Federal prendeu vários grileiros, que expulsavam os posseiros de suas terras. No dia 27 de setembro, os guerrilheiros investiram contra uma base do 2º BIS, matando o 2º sargento Mário Abrahim da Silva. Nesse e em outros combates, estima-se que alguns guerrilheiros possam ter morrido ou ficado feridos. A manobra encerrou-se no dia 2 de outubro, o que permitiu que os guerrilheiros voltassem a se movimentar com liberdade e realizassem a reaproximação com os moradores da área, adquirissem e estocassem alimentos, e ampliassem as ações.
Operação de Informações. O foco guerrilheiro era preocupação do Governo, que temia que na área fosse estabelecida uma zona liberada, ou seja, uma área onde o Governo deixaria de exercer uma de suas mais importantes prerrogativas, que é o monopólio da força de coerção da sociedade. Com isso, poderia surgir outro “Estado” dentro do País, como havia ocorrido em outros países, fruto da Guerra Fria, a exemplo de Angola e Moçambique.
Na 1ª quinzena de maio de 1973, teve início uma operação de informações na área da Guerrilha do Araguaia, com a chegada de aproximadamente 30 agentes, que entraram na área da mesma forma que os subversivos haviam feito anos atrás: adquirindo terras como posseiros, comprando “bodegas”, estabelecendo e operando “negócios” – uma eficaz “estória de cobertura”. Os agentes, por diversas vezes, tiveram contatos com terroristas. Um deles, para não despertar suspeitas, viu-se obrigado a vender-lhes munições. O convívio na região permitiu que os agentes delineassem a área onde os guerrilheiros circulavam, que tipo de armamento possuíam, quem lhes prestava apoio e quem era neutro. Os agentes trabalharam na área durante 5 meses, adquirindo conhecimentos essenciais para o posterior êxito das operações. Nesse tempo, soube-se que os subversivos executaram 4 pessoas: um conhecido como Pedro Mineiro e outro como Osmar, e que teriam “justiçado” Rosalindo Cruz, que pretendia deixar a área, e o posseiro João Pereira, por haver colaborado com o Exército durante a operação de informações.
3ª Operação. “As Forças legais iniciaram as ações em Xambioá, no dia 7 de outubro de 1973, e surpreenderam os guerrilheiros. Não entraram em massa nem pelo Norte, nem pelo Sul. Atuaram descentralizadamente, guiadas pelos agentes que havia cinco meses viviam na área e de cuja presença os guerrilheiros sequer suspeitavam – por mais de uma mês ficaram sem ter noção dos efetivos que combatiam. As forças legais totalizaram cerca de 250 homens, mas os terroristas os julgavam cinco vezes superior, confundidos pela dispersão das tropas.
A 1ª ação realizada pelas Forças de Segurança foi o isolamento de apoio logístico e de pessoal aos terroristas. Cada equipe das Forças legais recebia de seu guia uma ficha de moradores, indicando o grau de comprometimento e os tipos de apoio que prestavam. Essas pessoas passaram a colaborar com as Forças de Segurança, que passaram a assistir suas famílias. Sob custódia da PM do Pará, recebiam alimentação, certidões de nascimento e de casamento, e a muitos foi entregue o título da terra. Não tinham qualquer formação política e cooperaram com os ‘paulistas’ – como eram chamados os guerrilheiros -, que davam assistência médica e os orientavam sobre práticas agrícolas.
Logo no início das operações, a rede de apoio aos subversivos estava desbaratada, graças aos trabalhos de levantamento feitos pelo pessoal de informações. Depois do 1º combate, os guerrilheiros desapareceram e se dispersaram na mata em suas áreas de homizio. Durante todo o mês de novembro e parte de dezembro, não houve mais confrontos.
Os subversivos, nesta 3ª operação, foram surpreendidos pela ação de combatentes profissionais, com larga experiência na selva – não mais de recrutas inexperientes. Estabeleceram bases de operações na mata, patrulhavam castanhais, grotas e possíveis áreas de homizio. Recebiam informações de helicópteros que vigiavam a região. Estavam acompanhados de bons ‘piseiros’ – como são conhecidos os rastreadores da região -, homens especializados em seguir rastros.
As Forças legais previam confrontos violentos, em que o reflexo e a iniciativa de fogo são fundamentais. Os subversivos, porém, durante esse período, pareciam apenas se preocupar com marcar presença na área ou apenas sobreviver.
As operações se prolongaram até meados de 1974, quando as Forças legais concluíram que os subversivos não tinham mais condições de atuar coordenadamente na região, já que não tinham mais contato com a direção política do movimento, nem tinham mais o apoio da população. A maior parte da tropa foi retirada da região, sendo mantidas pessoas da área de informações e um destacamento que passou a guarnecer as instalações de um quartel recém-construído em Marabá, hoje sede de uma Brigada de Selva do Exército.
Essa foi a mais séria tentativa de implantação de um foco guerrilheiro no País. Os erros e os acertos cometidos de parte a parte constituem um repositório de ensinamentos que não podem ser desprezados.
Esta história, aqui resumida, nos foi transmitida por participantes dessas ações, mas todos eles com uma visão parcial, específica de suas áreas de atuação. Não dispomos de maiores dados sobre os combates e nem era esse o nosso objetivo neste trabalho. É lógico que esta história precisa ser enriquecida com o relato de pessoas que, participantes ou não das operações, tenham delas uma visão mais ampla e, ao mesmo tempo, mais detalhada do seu desenvolvimento” (Del Nero, in “A Grande Mentira” - extrato, pg. 449 e 450).
“Relatos de ex-guerrilheiros e militares que participaram da terceira ofensiva no Araguaia revelaram que, na fase decisiva, o Exército não fazia prisioneiros. Quem escapava da caçada na selva não sobrevivia à tortura. Os corpos eram enterrados na floresta. O Exército, porém, não admite até hoje as mortes.” (Jornal do Brasil, in “Uma história mal contada”, de 24 Mai 2001) A afirmação do JB, “não sobrevivia à tortura”, é desmentida por José Genoíno, guerrilheiro do Araguaia preso pelo Exército, hoje mais vivo que nunca, e Deputado Federal pelo PT.
O coronel aviador da Aeronáutica, Pedro Corrêa Cabral, acusou o Coronel do Exército, Sebastião Curió, de ser um dos responsáveis pela execução de guerrilheiros, cujos corpos posteriormente teriam sido reunidos e queimados com pneus no início de 1975, na Serra das Andorinhas, Sul do Pará. O deputado do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh, é o advogado de “mortos e desaparecidos” e das famílias dos 68 guerrilheiros do Araguaia.
Em maio de 2006, foi lançado o filme “Araguaya, a conspiração do silêncio”, longa-metragem de Ronaldo Duque, que ganhara o Prêmio Especial do Júri do Festival de Gramado, em 2004. Em 2005, foi escolhido o melhor filme do New York Brazilian Film Festival e recebeu o Prêmio Especial de La Juria do 20º Festival de Cinema Latino-Americano de Trieste, na Itália. Trata-se de mais um filme esquerdoso, que tem por única finalidade exaltar a morte de fanáticos comunistas que tentaram implantar um Vietnã no interior do Brasil, para a instauração de uma ditadura de molde marxista, ao mesmo tempo em que tenta demonizar o Exército que os combateu. Felizmente, o diabo os carregou a todos, exceto José Genoíno, deixado para ser carregado depois...
Veja ALN, Centro Tricontinental, Frades dominicanos, Foquismo, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, PC do B, Pinar del Río, Revolução, Revolução Cultural, Revolução Estudantil e Tricontinental. Veja, ainda, os “Mitos do Araguaia” em Ternuma (www.ternuma.com.br).
Guerrilheiros da pena - “Intelectuais” brasileiros e jornalistas, que espalham a mentira de que o desencadeamento da luta armada no Brasil teria sido uma resposta ao AI-5. A cronologia dos atos terroristas, perpetrados durante todo o ano de 1968, e em anos anteriores, desmente essa versão. Veja AI-5, ALN, Centro Tricontinental, Contra-revolução de 1964, Escolas de subversão e espionagem, Folhetos cubanos, Foquismo, Frades dominicanos, FSM, FSP, G-11, Instituto 631, Komintern, Libélulas da USP, Ligas Camponesas, “Loucademia”, MEP, MST, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pedagogia do Oprimido, Pinar del Río, Revolução Cultural, Revolução Estudantil, Tricontinental, UIE, ULTAB, UNE e USP.
Gueto - Local de segregação racial, a exemplo de judeus, negros, ciganos etc. Veja Racismo e Sionismo.
Gulag - Glávnoie Upravliênie Láguerei (Administração Geral dos Campos): o livro “Arquipélago Gulag”, de Alexandre Soljenítsin, discorre sobre os campos de trabalhos forçados soviéticos (campos de concentração), por onde passaram cerca de 66 milhões de prisioneiros, e sobre a fome endêmica que seguiu a vários planos econômicos fracassados, levando pais a comerem seus próprios filhos (donde se originou, provavelmente, a expressão “comunista come criancinha”). “Sigla em russo de Diretório Geral dos Campos, o Gulag abrangia o complexo de prisões, centros de triagem e campos de trabalhos forçados a que eram condenados opositores do regime, suspeitos de atividades ‘anti-soviéticas’, criminosos comuns e hordas de pessoas que nunca souberam exatamente por que haviam sido encarceradas". (“Recordações da casa dos mortos”, revista Veja, 7/7/1999, pg. 60 a 62) No “Gulag” de Vorkuta, milhões de “Zeks” e outros prisioneiros proporcionaram mão-de-obra baratíssima para a derrubada, o corte e o transporte de madeira para a mineração. Segundo afirma o economista soviético Vasily Selyunin, “a princípio, os campos eram usados para sufocar a oposição política à revolução de 1917; depois, tornaram-se um meio de resolver tarefas puramente econômicas.” O coronel Danzig Baldaiev, ex-integrante da polícia política soviética, fez chocantes desenhos sobre o Gulag, retratando estupros e mortes em massa que lembram as ossadas em um campo de concentração nazista. Esse trabalho resultou em um documentário feito pelo repórter Angus Macqueen, da BBC inglesa. Veja Campo de concentração, Charachka, Dalstroi, Desestalinização, Dissidentes, Empalação, Escolas de subversão e espionagem, GPU, Hospitais psiquiátricos, Instituto Serbsky, ITL, KGB, Kominform, Komsomol, Komintern, KPZ, KVTCH, ...lag, Lubianka, MGB, MVD, MVTU, NEP, NKGB, NKPS, NKVD, OGPU, RKP(b), PFL, Politburo, Pomgol, Promparti, Revtribunal, RKI, RKKA, RKP(b), Schutzbund, Sistema métrico da intolerância, Slon, Smerch, Smólni, SNK, SOE, Soloviétski, Sovinformburo, Sovnarkon, SVE, SVPCH, Tcheká, Tchon, TCHS, TKP, TON, Tortura, TSIK, UPK, UK, UMAP, USVITL, VAD, VAS, VAT, Verkhtrib, Vetcheká, Vikjel, Vsnkh, VTSIK e ZEK. Leia “Arquipélago Gulag” e “O Livro Negro do Comunismo”, e acesse o Museu virtual do Comunismo (www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan/museum/musframe.htm).
Gun Boat Diplomacy - “Diplomacia das Canhoneiras”: utilizada pelas potências imperialistas no passado, hoje substituído pelo “Cruise diplomacy” dos EUA, ou seja, a diplomacia dos mísseis de cruzeiro tomahawk, como observado nos ataques contra o Iraque (1991) e contra a Iugoslávia (1999), que destruíram toda a infra-estrutura de ambos os países. Veja Diplomacia de cruzeiro, Governança global, Guerras americanas e Síndrome de Nova York.
GURN - Governo de Unidade e Reconciliação Nacional (Angola): criado em 11 Abr 1997. Veja UNAVEM.
H
Habeas data - (Latim) Que tenhas os dados: previsto na Constituição brasileira de 1988, em seu Art. 5º, possibilita a todos os indivíduos, independente de pagamento de taxas, a obtenção em órgãos públicos de certidões de registros constantes em banco de dados oficiais, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal. Pedidos de habeas data: FAX (061XX) 245-5500.
Hacker - "Machado", em inglês, o hacker é um invasor de sistemas de computadores. Não são tão nocivos quanto os crackers, que costumam danificar os sistemas e roubar dados ou transferir valores de dinheiro indevidamente. Também descreve alguém que é fanático pelo uso de computadores. O programa "firewall" é uma "parede" de proteção contra os hackers, pois criptografa os dados confidenciais. Veja Vírus.
Hackerismo - Movimento dos “hackers”, invasores de computadores. Veja Hacker.
Hagganah - Guarda Nacional judaica, instalada em cada kibbutz na Palestina, especialmente a partir de 1920, quando a Grã-Bretanha foi investida do Mandato sobre a Palestina, e que cresceu consideravelmente durante a Revolta Árabe contra os judeus, de 1936 a 1938, pois a população judaica vinda da Rússia e da Europa Oriental (especialmente depois de 1933, com a perseguição nazista) aumentou para 29% da população palestina (dados de 1938). O Hagganah foi o embrião do Exército de Israel e é acusado de ter raptado o coronel nazista Adolf Eichmann, em 1960, na Argentina, com a complacência do Governo de Frondizi. Veja Eichmann (Caso), Holocausto, Intifada, Irgun, IZL, Kibbutz, Massacre de Deir Yasin, Sionismo e Stern.
Halo Trust - ONG responsável pela desminagem na área de Kuito, Angola. Veja UNAVEM.
Hamás - “Entusiasmo” (em árabe). Movimento de Resistência Islâmico-Palestino criado pelo xeque Ahmed Yassin. Grupo radical anti-sionista, formado em 1978, em Gaza, a partir da “Mujam’a” (Irmandade Muçulmana), tornou-se o principal rival da Al-Fatah nos territórios ocupados por Israel (Faixa de Gaza e Cisjordânia), onde tem concentrada sua força. Reivindica que todo o solo da Palestina é “wakf” (propriedade sagrada muçulmana), e que pertence para sempre aos muçulmanos. Por isso, prega a libertação de toda a Palestina, do Mediterrâneo ao Rio Jordão. Promove atentados suicidas contra israelenses, principalmente a partir da 2ª Intifada. Veja Fedayn, Fundamentalismo, Intifada, Salafismo e Sionismo.
Harakat Al-Shuhadaa Al-Islamiya - Movimento de Mártires Islâmicos: lutam contra o Governo de Muammar Gaddafi (Líbia). Veja Fundamentalismo.
Harakat ul-Ansar - Grupo terrorista paquistanês.
Hara-kiri - Suicídio pela espada, à moda samurai.
Haraq al-Taid al-Islam - Partido da Unificação Islâmica (grupo terrorista árabe).
Haxixe - Substância extraída da resina das plantas femininas do gênero cannabis. Contém mais alta concentração de canabinóis do que a maconha ou marijuana. Veja Drogas, Maconha e Nederwiet.
HB - Herri Batasuna: partido político legal basco, da Espanha; braço político do ETA. Veja ETA e ETA-M.
H-Bomb - Hidrogen Bomb (bomba de hidrogênio).
HCH - Hexaclorociclohexano: inseticida orgânico sintético que, a exemplo do BHC, tem efeito negativo sobre o crescimento das plantas e o seu mecanismo hereditário.
HCL - Hydrochloride (cocaína pura). Veja Cocaína e Drogas.
HDA - Household Drug Abuse: consumo de drogas de um determinado país (estatísticas nacionais ou domésticas). Veja Drogas.
Helios 1 - Satélite espião, lançado pela França, Itália e Espanha em 1995.
HEP - Hierosolyma est perdita (Jerusalém está perdida): “... que foi uma vez o grito para o assassinato de judeus durante as Cruzadas” (in “George Eliot”, rodapé da pg. 760). Veja Sionismo.
Hermanos al Rescate - Irmãos para o Resgate: ONG anticastrista, com sede em Miami, EUA. Veja Irmãos para o Resgate.
Heroína - Criada em laboratório (1898) a partir da morfina, por acetilação. A substância básica é a diacetilmorfina, 3 vezes mais potente que a morfina. Inicialmente empregada para alívio da tosse, hoje é proibida por causar forte dependência. Pode ser injetada, aspirada ou fumada; altera o humor e provoca sensação temporária de bem-estar e sonolência; a falta da droga causa diarréias, náuseas, vômitos fortes e pode levar à morte por desidratação. Veja Drogas.
Herzog, Caso - O jornalista Vladimir Herzog, ligado a grupos de esquerda, foi preso durante o Governo militar e morreu na prisão, em São Paulo. Segundo a imprensa, teria sido torturado até à morte. Porém, de acordo com o livro de memórias do ex-Presidente Ernesto Geisel, e do livro do general Raimundo Negrão Torres, Herzog se suicidou, conforme perícias e exames apurados em IPM de que foi encarregado o então Comandante da 12ª Brigada, de Caçapava, General Cerqueira Lima. "Outro caso emblemático é o da morte no DOI de São Paulo do jornalista Vladimir Herzog, largamente explorado pela esquerda e focalizado pelo ex-presidente Geisel em seu depoimento histórico há pouco publicado. Profundamente irritado com a ocorrência e levado pela grita levantada, o ex-presidente foi a São Paulo e, não só determinou a abertura de um IPM, como escolheu o seu encarregado, um general de sua absoluta confiança - Fernando Cerqueira Lima -, já falecido. O inquérito feito com o maior rigor, com laudos e perícias de toda a ordem concluiu que por negligência da vigilância, o preso conseguira suicidar-se. O IPM foi dissecado em todos os seus detalhes na Justiça Militar e sua conclusão referendada, exceto na exploração ideológica do cadáver que o próprio Geisel sintetizou, ao dizer: agora a esquerda tem um herói! Um apagado e desimportante membro de uma célula do PCB na Revista Visão, que de próprio punho delatara seus companheiros e ia ser posto em liberdade; ao sabê-lo entrou em crise de consciência e matou-se. Esse o fato, comprovado em um IPM feito por um homem íntegro, mas cujas conclusões irretorquíveis foram obscurecidas pelas versões dos interessados em explorar o novo e inesperado herói. E se as versões contrariam os fatos, pior para os fatos, já sentenciava Nelson Rodrigues...” (Raymundo Negrão Torres, in “1964: uma revolução perdida”). Veja Adestramento, Anistia, Caso PARASAR, Frente Brasileira de Informações (FBI), Politicamente correto e Tortura.
Hidra vermelha - Refere-se ao Comunismo, também conhecido como “Peste vermelha”. Veja Comunismo, Escolas de subversão e espionagem, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Intentona Comunista, Instituto 631, Komintern, Livro Negro do Comunismo e Marxismo.
Highbrows - Termo criado pelo crítico Van Wyck Brooks em 1915, é mais apropriado do que o termo francês “intellectuel” ou o russo “intelligentsia”. Veja Dissidentes, Intelligentsia e Nomenklatura.
“Higiene social” - Programa de esterilização compulsória que atingiu cerca de 60.000 pessoas na Suécia, no período de 1935 a 1976. “A lei de higiene social foi aprovada em 1935 e o Instituto Nacional para a Biologia Racial foi estabelecido especificamente para administrar a esterilização de pessoas que não tinham uma aparência suficientemente nórdica, ou de origem racial mista ou ainda aquelas com deficiências físicas ou mentais. Leis similares foram aprovadas bem antes de Adolf Hitler se tornar o Fuehrer da Alemanha: na Suíça, em 1928, e na Dinamarca, em 1929. Na Noruega, a lei é de 1934. Em nome da ‘higiene racial’ foram esterilizados, além dos 60 mil suecos, 40 mil noruegueses, seis mil dinamarqueses e um número indeterminado de suíços. O que chama a atenção, no entanto, é que na Suécia, o programa permaneceu intacto até 1976, quando o Instituto de Biologia Racial teve as suas portas fechadas” (Revista Istoé, 3/9/1997). Veja Campo de concentração, Eugenia, Lei de Vaud e Racismo.
HIJOS - Hijos por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio (Filhos pela Identidade e a Justiça, contra o Esquecimento e o Silêncio): organização fundada na Argentina pelos herdeiros diretos dos “desaparecidos políticos”. É sucessora do Grupo “Mães da Praça de Maio”. Veja Anjo da Morte, ESMA e Operação Condor.
“Hipnoladri” - Na Itália, a PNL (Programação Neurolinguística) foi aplicada por ladrões que usavam a hipnose para assaltos: caixas de bancos, hipnotizados, davam pencas de dinheiro a ladrões e depois atribuíam-se a si mesmos a culpa pelos atos cometidos. Veja PNL.
Hipocampo - Para os estudantes profissionais da esquerda brasileira, que nunca saíam do ensino médio, hipocampo era apenas o local onde os “gorilas” exerciam treinos de equitação.
HIV - Human Immunedeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana - VIH): identificado na França por uma equipe do Instituto Pasteur, comandada por Luc Montaignier, e, nos EUA, por equipe de Robert Gallo. Este vírus provoca a AIDS (SIDA). É aceita a hipótese de que o vírus é originado do macaco “Cercopithecus Aethiops” (macaco verde). O HIV tem estrutura ecosaédrica (20 faces), medindo cerca de 1 décimo de milésimo de milímetro. Há dois tipos de vírus: HIV-1 e HIV-2. O vírus é uma combinação do RNA e proteína; ao se aproximar da célula T4, existe uma combinação com a proteína da célula; eles se atraem e o vírus acaba entrando na célula, indo até seu núcleo; aí o RNA do vírus se confunde com o RNA da célula e esta começa a reproduzir o RNA do vírus. O vírus HIV-1 foi isolado pela primeira vez no Brasil em novembro de 1987, pela FIOCRUZ. Medicamentos para combater o HIV: a) inibidores da transcriptase reversa: AZT (azidotimidina), DDI, DDC, DT-4, 3-TC, HPA23 (tungsto-antimoniato de sódio), Suramin, Ribavarin, Interferon alfa; b) inibidores da protease: ABT-538 (Ritonavir), AG-1343 (Viracept), MK-639 (Indinavir), Saquinavir (Invirase). Uma boa combinação (“coquetel”) é a do MK-639 junto com o AZT e o 3-TC. As drogas mais novas e potentes no mercado são o Abacavir, o Efavirens e o Amprenavir. O ABT-378 (do Laboratório Abbott), um inibidor da protease, uma droga de terceira geração (1998), é mais potente contra o vírus e com menos efeitos colaterais; a neviparina, no mercado a partir de 1999, é 250 vezes mais barata que o AZT e ajuda a evitar a contaminação de recém-nascidos. Outros dados: www.aids.gov.br, Laboratório Abbott do Brasil, Tel (011) 536-7080, Coordenação de DST/AIDS do Ministério da Saúde, Tel (061) 315-2614, Coordenação de DST/AIDS do DF, Tel (061) 225-2900 e UNAIDS (www.unaids.org/hivaidsinfo). Veja Politicamente correto.
Hiwi - Abreviatura de Hilfswillige: designação alemã para os voluntários russos que lutaram ao lado dos nazistas na II Guerra Mundial. Veja NAZI.
Hizbollah - “Partido de Deus” (em árabe). Grupo xiita radical formado no Líbano, dedica-se a criar um Estado islâmico nos moldes do Irã. É anti-Ocidente e anti-Israel e responsabilizou-se pelo atentado do carro-bomba contra a Embaixada Israelense em Buenos Aires, em março de 1992. É suspeito de ter atacado a Embaixada Americana e o acampamento dos “marines” em Beirute, em Out 1983. Opera no Vale do Bekaa e Sul do Líbano. Tem filiais em 17 países muçulmanos e agentes “dormentes” na Europa, sobretudo Alemanha, nos EUA e na América do Sul. Criado pelo Serviço Secreto do Irã, recebe desse país ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos e facilidades diplomáticas. Treina seus militantes no Campo de Nahavand, em Hamadan, a Sudoeste de Teerã. Também conhecido como Jihad Islâmica, Organização da Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos sobre a Terra e Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina. Além de promover a luta armada, presta serviços sociais, o que ajuda a angariar mais militantes. Veja Fedayn, Fundamentalismo, Internacional Islamita, Intifada, Salafismo e Sionismo.
Hizbollah Internacional - “Em 7 de junho de 1996, em seu sermão de sexta-feira, o líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o Hizbollah deveria alcançar ‘todos os continentes e todos os países’ ” (“Bin Laden”, pg. 213). Instalado durante a reunião realizada entre 21 e 23 de junho de 1996, em Teerã, quando foram convidados delegados de todo o Oriente Médio, África, Europa e América do Norte, a organização operaria sob jurisdição do IRGC (Pasdaran) e do escritório de Inteligência Externa de Chamran. Entre os comandantes que compareceram e concordaram se unir ao Hizbollah Internacional “estavam Ramadan Shallah (o cérebro da Jihad Islâmica Palestina), Ahmad Salah, também conhecido como Salim (da Jihad Islâmica Egípcia), Imad Mughaniyah (do Comando de Operações Especiais do Hizbollah Libanês), Muhammad Ali Ahmad (representante de Osama bin Laden), Ahmad Jibril (cérebro da PFLP-GC), ou Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral), Imad al-Alami e Mustafá al-Liddawi (do Hamás), Abdallah Ocalan (cérebro do Partido do Povo do Curdistão, a organização terrorista que lutava contra a Turquia), um enviado do Partido Islâmico da Turquia, o Refah, e um representante de George Habbash (da Frente Popular para a Libertação da Palestina)” (“Bin Laden”, pg. 213-4). Foi instalado o “Comitê dos Três”, diretamente subordinado a Mahdi Chamran, para “coordenação, planejamento e ataques”. Os membros eram Imad Mughaniyah, Ahmad Salah (Salim) e Osama bin Laden. Dois deles – bin Laden e Salah – eram sunitas, prova do apreço de Teerã (xiita) pelos islamitas sunitas. A ênfase foi dada a “operações destinadas a desestabilizar a área do Golfo Pérsico e a enfraquecer os países da região”. As primeiras operações do “Comitê dos Três” foram: explosão de al-Khobar (Laden); apunhalamento de uma diplomata americana (Salim); a queda do TWA 800 (Imad). Todos os comunicados relacionados a esses ataques continham razões locais, para encobrir as ações da Internacional do Terror. “Praticamente todos os maiores ataques terroristas são patrocinados por um Estado e não são empreendimentos feitos às pressas. Os que executam tais atos são agentes dedicados e desciplinados agindo sob total comando dos serviços de inteligência dos países que os patrocinam” (“Bin Laden”, pg. 215). Veja Cisma Vermelho e Internacional Islamita.
Hizbollah of Hejaz - Grupo terrorista dissidente saudita.
HJ - Hitler Jugend (Juventude Hitlerista). Veja NAZI e Racismo.
HLI - Human Life International: ONG dos EUA contra o aborto. Acesse www.aborto.com.br.
Hochschulring - Movimento de política estudantil universitário, de grande influência nos anos 20 (por volta de 1929, as universidades alemãs haviam passado quase que inteiramente para o lado dos ultragermânicos – Movimento Volk). Os estudantes eram mais anti-semitas que a classe operária ou a burguesa. Esse movimento se estendeu até que foi substituído pelos nazistas. Veja Movimento Volk e NAZI.
Holista - “Adaptação de plavra inglesa que significa ‘global’. O princípio holista implica especialmente a unidade dos contraditórios, o que destrói o fundamento mesmo de todo pensamento lógico. Aplicado à sociedade, esse princípio nega o indivíduo e não leva em consideração senão a comunidade, tal como uma formigueira ou cupinzeiro” (Olavo de Carvalho). Veja Adestramento, Movimento de massa, New Age e Politicamente correto.
Holocausto - Crime nazista, que sob o governo de Hitler matou em torno de 6 milhões de judeus. Norman G. Finkelstein, historiador americano de origem judaica, laçou em 2000 o livro, “The Holocaust Industry” (A Indústria do Holocausto), em que acusa a elite judaica americana de “justificar políticas imperialistas no Oriente Médio e obter indenizações multimilionárias de governos e empresas da Europa” (Revista Veja, 27/9/2000, pg. 158). Veja Campo de concentração, Código de Nuremberg, Declaração de Helsinque, Eugenia, “Higiene social”, Lei de Vaud, NAZI, Racismo, Sionismo e Tuskegee (Experiência de).
Holocausto Vermelho - Veja Livro Negro do Comunismo e Sistema métrico da intolerância.
“Homem soviético” - Veja “Política do liqüidificador”.
Hospitais psiquiátricos - Utilizados na antiga União Soviética para internar intelectuais que criticavam o regime comunista. Em muitos julgamentos, o regime de Moscou declarava os réus de “irresponsáveis”, negando-lhes a permissão de estar presentes em seu próprio julgamento, para facilitar o envio dos dissidentes a clínicas psiquiátricas. “O castigo psiquiátrico era dado principalmente a transgressores do capcioso artigo 58 do código criminal, que lidava com atos ‘anti-soviéticos’: entre os internos companheiros de Yarkov estavam incluídos cristãos, trotskystas sobreviventes, opositores a Lysenko, escritores heterodoxos, pintores e músicos, letões, poloneses e outros nacionalistas. (...) Em 1959, o Pravda publicou a seguinte citação de Khruschtchev: ‘Um crime é um desvio dos padrões de comportamento geralmente reconhecidos, com freqüência causado por distúrbios mentais. (...) Aqueles que começam a exigir a oposição ao Comunismo... é claro que o estado mental de tais pessoas não é normal. (...) A primeira vez em que o Ocidente ficou inteirado da psiquiatria penal soviética foi em 1965, com a publicação de ‘Ward 7’, de Valery Tarsis” (Paul Johnson, op. cit., pg. 573-4). Centenas de pessoas perfeitamente sadias foram libertadas de clínicas psiquiátricas depois das denúncias de Kruschev, em 1956. Os responsáveis, porém, não foram punidos, permaneceram nos cargos para mais tarde, com a reabilitação de Stalin, voltar a agir contra os dissidentes. Veja Desestalinização, Dissidentes, Instituto Serbsky e Lissenkoísmo.
Hot money - Capitais especulativos, com aplicações temporárias em Bolsas de Valores, como o ocorrido no Brasil no final de 1998 e início de 1999. Veja Globalização.
Hot seat - (Gíria) Cadeira elétrica.
Howéwé Sion - “Amigos de Sion”: movimento judeu de “retorno” à Palestina, que ganhou muitos adeptos após as perseguições aos judeus decorrentes do assassinato do Czar Alexandre II, em 1881. Veja Naródnaya Volya e Sionismo.
HRW - Human Rights Watch (Vigilância dos Direitos Humanos): ONG criada em 1978 para monitorar, promover e observar o cumprimento dos Direitos Humanos na África, nas Américas, na Ásia e nos países signatários do Acordo de Helsinki. A Americas Watch, divisão americana da HRW, foi criada em 1981 para monitorar Direitos Humanos na América Latina e Caribe. Organizações congêneres: Anistia Internacional (AI), Survival International, Oxfam, Christian Aid, France Liberté (Danielle Mitterrand), Fundação Canadense para as Américas, SCI (Caroline Cox). Veja www.hrw.org.
HRW/A - Human Rights Watch/Americas (Vigilância dos Direitos Humanos nas Américas): ONG com sede em Nova York, EUA, também conhecida como “Americas Watch”. Financiada pelo especulador milionário George Soros, o mesmo que dá apoio ao programa mundial “Bolsa-Escola”, do ex-governador do DF, Cristóvam Buarque. Veja HRW.
HUA - Harat-ul-ansar: grupo militante islâmico que pretende a anexação do Estado de Kashmir (Índia) ao Paquistão. Formado em Out 1993, ligado a Osama bin Laden, acusado de atentados a bomba contra as Embaixadas Americanas em Nairobi, no Quênia e em Dar as-Salaam (Tanzânia), ocorridos em 7 Ago 1998, e dos atentados contra os EUA, em Nova York e Washington, em 11 Set 2001. Veja Al-Qaeda, Fundamentalismo, Síndrome de Nova York e Sionismo.
HUMINT - Human Support/or Human Resources Intelligence (Coleta de Inteligência por Meios Humanos): espionagem.
Husayn - Foguete Scud-B, de origem soviética, modificado para maior alcance. Utilizado pelo Iraque contra Israel e a Arábia Saudita na Guerra do Golfo (1991).
Hutus - Etnia rival dos Tutsis, na Ruanda. Veja Genocídio e Massacre de Ruanda.
I
IAEA - International Atomic Energy Agency (Agência Internacional de Energia Atômica - AIEA): órgão da ONU. Veja ONU.
Iahia Aiach - Célula do Hamás (Movimento de Resistência Palestino). Veja Hamás, Intifada e Sionismo.
IANSA - International Action Network of Small Arms: a favor do desarmamento da população, a rede reúne mais de 180 ONG, dentre as quais se destacam: Instituto Canadense de Ação Legislativa (CILA), uma ONG “semi-oficial” do Governo Canadense; Basic; Anistia Internacional; Oxfam; Pax Christi; Safer World; International Aalert e Groupe de Recherche et d’Information Sur la Paix (GRIP). Paradoxalmente, a ONG Intenational Alert, com sede em Londres, é acusada de apoiar rebeldes em Serra Leoa (que deram um golpe no país em 1997) e os Tigres Tamis, do Sri Lanka. Veja Anistia Internacional (AI), Governança global e Movimento Viva Rio.
IBAD – “Instituto Brasileiro de Ação Democrática, IBAD, era uma organização anticomunista fundada em maio de 1959, por Ivan Hasslocher. Ao lado dele, jovens empresários fariam parte desta organização e da sua entidade-irmã, o IPES (de que se falará a seguir), dois anos e meio depois. Entre eles, Gilbert Huber Jr. (Grupo Gilberto Huber - Páginas Amarelas), de ascendência norte-americana, Glycon de Paiva e Paulo Ayres Filho. O financiamento para sua criação do instituto se deu a partir de contribuições de empresários brasileiros e norte-americanos. A finalidade inicial era combater o estilo populista de JK e possíveis vestígios da influência do comunismo no Brasil.
A ação do Ibad era baseada na manipulação dos rumos do debate econômico, político e social do país através da ação publicitária e política. Para dar apoio publicitário ao IBAD, foi criada por Hasslocher a agência de propaganda Incrementadora de Vendas Promotion. Esta era subsidiária daquele instituto, financiada por capital norte-americano, para a criação de modismos favoráveis para a implantação ao american way of life. Os métodos utilizados pela agência foram herdados do Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA).
O IBAD criou e incentivou a Ação Democrática Popular, ADEP, cuja função era direcionar capital e financiar os candidatos contrários a Goulart que concorreriam às eleições legislativas e para o governo de 11 estados.
O IBAD e o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais, IPES, financiaram, produziram e difundiram uma grande quantidade de programas de radiofônicos, de televisão e matérias nos jornais com conteúdo anticomunista e favorecendo a maneira americana de viver. As duas entidades contribuíram decisivamente no doutrinamento ideológico que acentuou a oposição ao governo de João Goulart e seu programa de reformas, fator crucial para o êxito do golpe militar de 1964.
Muitas das radionovelas, filmes de cinema e programas de televisão da época, tinham mensagens explícitas e implícitas a favor da absorção pelos brasileiros das modas, usos, costumes e consumo de produtos norte-americanos. Foi nessa época que surgiu entre a classe média brasileira a expressão anos dourados.
O IBAD foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a participação de capital estrangeiro na entidade, fato considerado ilegal. Membros do IBAD queimaram alguns documentos comprometedores visando dificultar as investigações, mas elas foram beneficiadas com os documentos comprovando investimentos estrangeiros na entidade. No dia 20 de dezembro de 1963, o IBAD foi dissolvido pelo Poder Judiciário.
Bibliografia
• DREIFUSS, Rene Armand. 1964: A Conquista do Estado. Petrópolis: Vozes, 1987. 814 p.
• CPDOC - Fundação Getúlio Vargas.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_A%C3%A7%C3%A3o_Democr%C3%A1tica)
IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. Fundado por Herbert de Souza, o Betinho.
IBGF - Instituto Brasileiro Giovanni Falcone: especializado no estudo das máfias e em programas de combate às drogas. Veja Drogas, Máfia e Máfias atuantes no Brasil.
IC - Internacional Comunista. Veja V Internacional e Komintern.
ICAP - Instituto Cubano de Amistad con los Pueblos (Instituto Cubano de Amizade com os Povos): organização de fachada, para pregação do marxismo. Veja ACJM e Organizações de “Frente”.
ICAR - Aliança Internacional pela Reforma da Cannabis: campanha pela legalização internacional da maconha (EUA). Veja Drogas, Maconha e www.norml.org.
ICBL - Campanha Internacional Contra as Minas Antipessoais. Veja Minas e Tratado de Ottawa.
ICBM - Intercontinental Ballistic Missile (Míssil Balístico Intercontinental). Veja SALT e START.
ICBU - Instituto Cultural Brasil-URSS. Organização de fachada para pregação do marxismo. Veja Organizações de “Frente”.
ICHR - International Conference on Human Rights (Conferência Internacional de Direitos Humanos – CIDH). A I Conferência realizou-se em Brasília, DF, de 14 a 17 Set 1997.
ICITAP - International Criminal Investigative Training Assistance Program.
ICJ - International Court of Justice (ONU): sede em Genebra, Suíça. Veja Corte de Haia e Governança global.
ICMS - Intercontinental Missile System (Sistema de Míssil Intercontinental). Veja SALT e START.
ICSA - International Computer Security Association: entidade americana que reúne especialistas em segurança de computadores e redes de informação (contra ataques de vírus e invasões de sistemas de computadores – firewall, antivírus, criptografia etc.). Acesse www.icsa.com.br.
Ideologia - O termo teve origem na Revolução Francesa, quando Destutt de Tracy, na Conferência “Ideologia”, conferiu ao termo um sentido positivo como sendo a ciência “que trata das idéias ou percepções e da faculdade de pensar ou perceber, que resulta na análise das sensações.”. Teve influência na Educação durante a França revolucionária, com traços de Iluminismo, mas de cunho empírico e não-religioso, e também influenciou o Positivismo e a formação de teorias prático-normativas e pedagógicas. Segundo Romberg, “cada nova classe que ocupa o lugar da antiga classe dominante é coagida, para levar a cabo o seu fim, a apresentar seu interesse como o interesse comum de toda a sociedade; o conceito de ideologia de Marx implica um espaço público desenvolvido, que torna necessário camuflar o interesse próprio como público.” Veja Comunismo, Fascismo, Marxismo e NAZI.
IDF - Força de Dissuasão Islâmica: junto com o Exército de Mohammad, reivindica a autoria do ataque terrorista a navio americano no Iêmen, em Out 2000. Veja Al-Qaeda e Exército de Mohammad.
IED - Improvised Explosive Device (Artefato de Explosivo Improvisado): coquetel molotov, utilizado por grupos terroristas e/ou militantes radicais. Veja Terrorismo.
IET - Instituto de Educação do Trabalhador: ONG dirigida pela Liga Operária e Camponesa (LOC). Veja LOC.
IFOR - Implementation Force (Força de Execução): Forças da OTAN (cerca de 60.000 homens), desdobradas na Bósnia-Herzegovina, para a implementação do Acordo de Paz de Dayton, Ohio, EUA, assinado em Paris a 14 Dez 1995 entre a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina e a Croácia, Estados da antiga Iugoslávia. O setor dos EUA (com 20.000 norte-americanos, mais 1.500 a 2.000 russos e soldados dinamarqueses, noruegueses, suecos, finlandeses, poloneses, checos e bálticos) ficava nas regiões de Brcko e Tuzla, na Bósniva-Herzegovina (BH); o setor francês (com 10.000 franceses, mais soldados italianos, espanhóis e austríacos) ficava nas regiões de Mortar, Goradze e Sarajevo; o setor britânico (14.000 britânicos mais soldados canadenses, paquistaneses, holandeses e malaios) ficava na Bósnia-Herzegovina; havia, ainda, 4.000 soldados alemães junto à Força de Reação Rápida da OTAN, na região de Bihac, na Croácia. Posteriormente, a IFOR foi substituída pela Sustaining Force (SFOR), tropa de 33.000 homens/mulheres, com QG em Sarajevo. Veja Choque de Civilizações, Limpeza demográfica, Limpeza étnica e Racismo.
IFP - Inkatha Freedom Party (Partido da Liberdade Inkatha): de Gatsha Mangosuthu Buthelezi, líder de 10 milhões de Zulus na África do Sul. Na disputa com o Congresso Nacional Africano (CNA), de Nélson Mandela, pelo controle da Província Oriental de Kwazulu-Natal, morreram de 12 a 15 mil pessoas. Veja Bantustões e CNA.
IFS - Irish Free State (Estado Livre Irlandês). Veja IRA.
Iídiche - Idioma da Diáspora Judaica, foi utilizado por 11 milhões de judeus Ashkenazim (singular: Ashkenazi) até o Holocausto. Era uma língua coloquial, com mesclagem do Alto Alemão e do Hebraico, enriquecida por frases e expressões singulares da vida de vilarejos da Europa Oriental. Os Ashkenazim eram descendentes de tribos jázares, de antepassados russos e polacos, convertidos ao judaísmo no curso do século VIII. O Ladino era o idioma utilizado por outra corrente do judaísmo, os Sefaradim (singular: Sefaradi), uma forma arcaica do castelhano. Enquanto ocorre um renascimento mundial do Iídiche, o Ladino perde espaço entre os Sefaradim, maioria em Israel. Os Ashkenazim consideram-se descendentes dos judeus do bíblico Israel, e identificam os Sefaradim como descendentes da Babilônia. Dentre nomes importantes, podemos destacar no mundo Sefaradi o filósofo, médico, jurista e escritor Maimônides, o filósofo Baruch Spinoza e o novelista Benjamin Disraeli; no mundo Ashkenazi, destacam-se Albert Einstein, Sigmund Freud e Karl Marx, descendente de rabinos e convertido pelo pai à Igreja Luterana. Veja Holocausto, Racismo e Sionismo.
Ikhwan - “Irmãos Muçulmanos” (Muslim Brothers): tem como braço político o National Islamic Front (NIF), do Sudão; movimento do Dr. Hassan Turabi, um jurista com estudos na Sorbonne.
IKK - Internationale Kontrollkomission (Comissão de Controle Internacional): subordinado ao Komintern. Veja Komintern.
ILANUD - Instituto Latinoamericano de Naciones Unidas para la Prevención del Delito y el Tratamiento de Delicuentes (Instituto Latino-americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e do Tratamento do Delinqüente). Veja ONU.
“Ilhas de sanidade” - Denominação dada pelo Embaixador Americano no Brasil, Lincoln Gordon, aos Estados brasileiros cujos governadores eram “confiáveis” sob o ponto de vista americano. O Rio Grande do Norte era considerado um desses estados no “mar conturbado” do Nordeste brasileiro. Veja CAMDE, IBADE e IPES.
IMB - International Moslem Brotherhood (Irmandade Muçulmana Internacional): controlada pelo Irã e administrada via Sudão, sob a liderança do xeque Turabi, a Internacional Islamita pretende concretizar a visão original do aiatolá Khomeini e sua Revolução para união de todos os islamitas sob um novo califado. A IMB tem controle ou influência sobre instituições financeiras que operam no Ocidente, como a Islamic Holding Company, o Banco Islâmico Jordaniano, o Banco Islâmico de Dubai e o Banco Islâmico Faiçal. A criação do Banco Taqwa da Argélia foi visto paela IMB como a “fundação de um banco mundial para o fundamentalismo” (“Bin Laden”, pg. 85). Veja BCCI, Fundamentalismo, Internacional Islamita, Movimento Islâmico Armado e PIO.
Imóveis estratégicos - Países de interesse das superpotências, por estarem em regiões estratégicas. O Nordeste brasileiro foi utilizado pelos EUA na II Guerra Mundial, pelo que o Brasil conseguiu a instalação da Usina Siderúrgica de Volta Redonda. Cuba já foi um imóvel estratégico da antiga URSS (cabeça-de-ponte a 144 km da costa dos EUA), pelo que recebia anualmente cerca de 5 bilhões de dólares. O Egito, Israel e, mais recentemente, a Colômbia são imóveis estratégicos dos EUA – o Egito por possuir o Canal de Suez, por onde escoa todo o petróleo do Oriente Médio em direção ao Ocidente; Israel por ser um ponto de equilíbrio do Ocidente frente aos árabes detentores das maiores reservas de petróleo do mundo; a Colômbia passou a receber ajuda financeira dos EUA, a fundo perdido (como já recebem o Egito e Israel há décadas) para combate ao narcotráfico (Plano Colômbia). Veja Diplomacia de cruzeiro, FARC, Governança global, Guerras americanas e Plano Colômbia.
IMRO - International Macedonian Revolucionary Organization (Organização Internacional Revolucionária da Macedônia): formada em 1894 para libertar a Macedônia do Império Otomano.
INAROE - Instituto de Desminagem de Angola. Veja Minas.
INCB - International Narcotics Control Board (Conselho Internacional de Controle de Drogas): organismo da ONU. Veja Drogas.
INCD - Instituto Nacional para el Combate a las Drogas (México). Veja Drogas.
INCSR - International Narcotics Control Strategy Report (Relatório da Estratégia Internacional de Controle das Drogas): publicação anual, editada pelo Bureau for International Narcotics and Law Enforcement Affairs - INL, do Departamento de Estado dos EUA. Com base no INCSR, o Presidente dos EUA confere Certificação ou não a países que combatam efetivamente, ou não, as drogas. Veja Drogas, FARC e Plano Colômbia.
Íncubo ideológico - Expressão cunhada pelo embaixador Meira Penna. “A disseminação de opiniões supersticiosas, falsas e absurdas entre as multidões pode determinar uma epidemia intelectual que é suscetível de afetar mesmo as mais cultas nações da terra, como foi o caso da Alemanha nazista. (...) A comunidade inteira é como que possuída pelo demônio da mentira – a que podemos dar o nome de íncubo ideológico – de maneira que, sob a ação dos rumores, boatos e propaganda, as idéias mais extravagantes e quiméricas e as deduções mais irrelevantes são tomadas como verdades divinas, aceitas com entusiamo fantástico... É o que sempre acontece nos períodos revolucionários, durante as guerras e nos distúrbios sociais que conduzem aos regimes ditatoriais” (Meira Penna, op. cit., pg. 169). “Foi o íncubo que vulgarizou a noção de que marxismo quer dizer atualização com o que há de mais adiantado, mais profundo, mais progressista no pensamento filosófico contemporâneo. Tomou, contudo, o cuidado de misturar as idéias obsoletas de Marx – que ninguém mais lê, aliás – com as divagações metafísicas impenetráveis de Martin Heidegger e o preciosismo niilista, próprio para discussões nas calçadas do Quartier Latin, entre Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. (...) O íncubo, como se sabe, era uma espécie de demônio que, na Idade Média, se supunha tomar o corpo de um homem a fim de ter relações sexuais com uma mulher adormecida. A crença nos íncubos perdurou até a idade moderna”. Veja Marxismo.
Índice de Opacidade - Mede o nível de corrupção em um determinado país. O Índice vai de 0 (máxima transparência) até 150 (máxima opacidade). Em 2001, segundo a empresa de consultoria Price Waterhouse Coopers, Cingapura era o país mais transparente, com índice 30, acima dos EUA, com índice 38; a campeã de opacidade é a China, com índice 85, seguida da vice, a Rússia. Veja TI (Transparência Internacional).
Indústria das Ações - Veja Pistoleiros de aluguel.
Indústria da Tortura - Veja Desaparecidos políticos.
Indústria do Holocausto - Livro do professor Norman Filkelstein, filho de pais judeus que ficaram presos em campos de concentração nazistas. Na obra, Filkelstein afirma que uma elite judaica nos EUA transformou o Holocausto numa indústria que vem explorando, com sucesso, a tragédia judaica na II Guerra Mundial. Sem negar a barbárie nazista, Filkelstein afirma que os advogados e os lobbies judaicos continuam “passando a mão” no dinheiro depositado em bancos, roubado dos judeus, enquanto que os sobreviventes do holocausto só recebem indenização do Governo alemão. Veja Campo de concentração, Holocausto e NAZI.
INESC - Instituto de Estudos Sócio-Econômicos (Brasília, DF): subsidiária da “Brazil Network”, dirigida pelo membro do PT Maria José Jaime (que recebeu treinamento na China, em 1969, quando era militante da Ação Popular - AP). Principal órgão de apoio ao MST, além da CIDA e da CCDP (ONGs canadenses). Veja Adestramento, Balilas, Movimento de massa, MST e Revolução Cultural.
Infibulação - Circuncisão feminina aplicada, principalmente, a mulheres islâmicas. Veja Circuncisão feminina.
INF Treaty - Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário. Veja SALT e START.
INLA - Irish National Liberation Army (Exército de Libertação Nacional Irlandês). Veja IRA.
Innere Fürung - Autoliderança: depois da II Guerra Mundial, cada soldado alemão deveria obedecer só ao que ele considerasse ordens legítimas. A aberração resultou no colapso da disciplina, desprestígio da vida militar, movimentos adversos ao serviço militar e sindicalização dos quartéis. Era tudo o que a esquerda na época queria. Somente a partir da década de 1970, a situação começou a mudar, quando, em muitos casos, os professores universitários, anteriormente contrários à “ordem cega”, eram colocados contra a parede pelos estudantes, obrigados a aceitar exigências degradantes. Veja Antiautoridade, Escola de Frankfurt, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Operação carta de amor perfumada e STASI.
INO - Departamento de Espionagem Estrangeira, da antiga OGPU (URSS). Veja OGPU.
Inocentes úteis - Expressão criada por Dimítrov, chefe do Comintern nas décadas de 1920/30. Refere-se aos indivíduos que são cooptados, muitas vezes sem o saber, por uma organização política ou ideológica, para que desempenhem determinado papel na sociedade. Ontem, os inocentes úteis foram utilizados maciçamente pelos comunistas; hoje, observa-se tal estratégia, também socialista, entre movimentos ditos “sociais”, como o MST. Veja Comintern e Movimento de massa.
Inpeg - Iniciativa Contra a Globalização Econômica. Veja Antiglobalização, Fórum Social Mundial (FSM), Globalização, Novilíngua, Politicamente correto e acesse www.inpeg.org.
Imperialismo britânico - “Disraeli contruía um império que duraria até 1914, e em alguns casos até o fim da Segunda Guerra Mundial. O sol nunca se punha... (...) Os militares eram o braço da política governamental, e, embora sofressem enormes baixas, nas guerras contra os afegãos, zulus e em outras guerras africanas, estavam longe de casa. Os escritores não se manifestavam sobre quase nada disso, a não ser extremistas como Tennyson, e mais tarde Kipling. (...) Os pós-darwinianos, Huxley e Spencer (que viveram respectivamente até 1895 e 1903), eram importantes, mas estavam preocupados com os meios pelos quais evolução e progresso podiam se misturara” (in “George Eliot”, pg. 739).
Inquisição - “Designação de um tribunal eclesiástico, vigente na Idade Média e começos dos tempos modernos, que julgava os hereges e as pessoas suspeitas de heterodoxia em relação ao catolicismo.” (Enciclopédia Barsa, Vol. 9, pg. 297). Embora suas origens remontem ao século IV, sem que houvesse um tribunal organizado, o auge das perseguições ocorreu a partir do século XIII. Nas deliberações do Concílio de Verona, realizado em 1184, os bispos foram delegados como “inquisidores ordinários” e deviam visitar duas vezes por ano as paróquias nas quais houvesse suspeitas de heresias. Em 1229, com o fracasso das medidas adotadas contra os albigenses, durante o Concílio de Toulouse, foi exigida a criação de um tribunal especial contra os hereges, que acabou sendo efetivada em 1233 pelo Papa Gregório IX – a Inquisição Delegada – por meio da qual a Santa Sé mandava eclesiásticos aos lugares “infectados”, especialmente frades dominicanos, quando se formou a legislação e a jurisprudência do Santo Ofício, ou seja, da Santa Inquisição.
Na Europa, a Inquisição teve mais força na França, Alemanha, Itália, Espanha e Portugal, e pouca atuação na Hungria, Boêmia, Polônia. Na Inglaterra atuou uma única vez, em 1309, contra os templários ingleses. “A prática de queimar hereges em autos-da-fé foi introduzida nos últimos anos do séc. XII e o uso da tortura foi autorizado em 1252 pelo papa Inocêncio IV (1243-1254) e confirmado por Urbano IV (1261-1264). (...) Se o réu, no último momento, pedia para morrer na lei de Cristo, era primeiro garroteado e depois queimado. Se persistia, negando seu crime ou a divindade de Cristo, era queimado vivo. (...) Os réus iam em fila, carregando velas e vestindo o ‘sambenito’, longo traje amarelo com uma cruz negra ou desenhos de chamas. Os condenados à morte eram levados ao ‘queimadeiro’.” (Enciclopédia Mirador Internacional, Vol. 11, pg. 6120).
“O processo era sumário. O acusado podia ignorar o nome do acusador. Mulheres, crianças e escravos eram admitidos a testemunhar na acusação, mas não na defesa. Se o processado delatava parentes, amigos e outras pessoas, passava a gozar de regalias. O padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis – 1261-1331), um dos mais completos teóricos da Inquisição, enumerou, no seu “Liber sententiarium Inqusitionis” (Livro das sentenças da Inquisição), vários métodos para a boa obtenção de confissões, inclusive pelo enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro.” (Enciclopédia Barsa, Vol. 9, pg. 297 e 298).
“A Inquisição foi estabelecida na Espanha sob o reinado de Fernando V e Isabel, a Católica, por bula do Papa Sisto IV, de 1º Nov 1478, dirigida principalmente contra os conversos, isto é, judeus (cristãos-novos) e mouros convertidos à religião católica, acusados, em sua maioria, da prática clandestina de sua religião de origem. (...) Os excessos inquisitoriais, na Espanha, se tornaram mais agudos, sobretudo, a partir da nomeação de Tomás Torquemada (1420-98) para o posto de inquisidor-geral.”
“As execuções públicas eram conhecidas pelo nome de autos-da-fé. No começo, funcionaram tribunais da Inquisição nas diversas dioceses de Portugal, mas só no século XVI mantiveram-se apenas os de Lisboa, Coimbra e Évora. Até 1732, em Portugal, o número de sentenciados subiu a mais de 23.000, dos quais cerca de 1.500 condenados à morte. Na Torre do Tombo, em Lisboa, estão registrados mais de 36.000 processos.”
“Don Juan de Quevedo, bispo de Cuba, 1516, foi o primeiro inquisidor-geral para os domínios espanhóis. (...) O padre Antônio Vieira foi um dos mais perseguidos pelo Tribunal da Inquisição de Lisboa, chegando a ser encarcerado em 1662.”
“ (...) No Brasil, a Inquisição não foi uma instituição permanente. A primeira ‘visitação’ do Santo Ofício ocorreu a 9-VI-1591, na Bahia. Estendeu-se por três anos. Há, dessa época, uma grande lista de “cristãos-novos” acusados de heresia. A segunda “visitação” ocorreu em Pernambuco, de 1593 a 1595. Novo inquisidor chegou à Bahia em 1618. A dominação holandesa representou um desafogo para os perseguidos, mas, com a expulsão dos batavos (1654) e a volta das ‘visitações’, muitos judeus preferiram deixar o Brasil, emigrando para as Guianas, Jamaica, Índias Ocidentais, Nova Amsterdã (atual Nova York) e Holanda, entre outros lugares, com prejuízo para a colônia.” (Enciclopédia Barsa, Vol. 9, pg. 298).
Espanha: Em Sevilha, no período de 1481 a 1488, foram queimadas mais de 700 pessoas. Somente Torquemada enviou à fogueira 52 pessoas. Em Guadalupe, Espanha, em 1498, 52 pessoas foram queimadas. Durante o reinado de Filipe V (1700-1746) foram queimadas 1.564 pessoas. Na Espanha, a Inquisição foi abolida pela Rainha Maria Cristina, em 1834. Calcula-se que na Espanha o número total de pessoas queimadas pela Inquisição foi de 31.912, os queimados em efígie 17.659 e os reconciliados “de vehementi” 291.450. (Obs.: As efígies de fugitivos condenados, assim como os ossos dos que escapavam à pena por haverem morrido antes, na prisão ou sob tortura, também eram levados à fogueira.)
Portugal: Em 1761 foi condenado à morte o último português e em 1765 realizou-se o último auto-de-fé. A Inquisição foi abolida em Portugal em 1821 e o número de vítimas foi cerca de 40.000, dos quais 1.175 pessoas foram queimadas vivas e 633 em efígie.
Brasil: No período de 1694 a 1748, foram condenados à morte 18 brasileiros.
Calcula-se que cerca de 36.000 pessoas foram condenadas à fogueira. Além dos hereges, foram também condenados homossexuais (os “pecadores nefandos”), feiticeiras, padres que usavam a batina para obter favores sexuais e, principalmente, cristãos-novos – judeus obrigados a se converter ao Catolicismo. Frei Luís de Nazaré, famoso “exorcista” de Salvador, Bahia, foi processado devido à acusação de que, enquanto visitava mulheres doentes, mantia relações sexuais com todas as moças da casa, inclusive a enferma.
Veja Consistórios Protestantes e Tortura, e leia o livro “A History of the Inquisition of the Middle Ages” (New York, Harper & Brothers, 1887), no qual se encontra o “Manual do Inquisidor”.
Inside Information - Informação privilegiada, utilizada para tráfico de influência. Por exemplo, decisões sigilosas do Conselho Monetário Nacional, que beneficiaram banqueiros, como Cacciola no caso dos bancos Marka e Fontecindam, ou do Subprocurador-Geral da República, Miguel Guskow, acusado de estar envolvido no golpe com títulos da dívida externa brasileira.
Instituto 631 - Durante toda a década de 1950, o Instituto 631, através de suas redes apoiadas pelos Partidos Comunistas no mundo inteiro, tudo fazia para desorganizar a vida nas democracias ocidentais. Enquanto isso, os mestres subversivos profissionais russos submetiam-se a treinamento nas várias Escolas de Espionagem. A seleção e o treinamento desses agentes especiais começaram no princípio da primavera de 1948 (início da Guerra Fria), logo depois que Stalin resolveu criar duas forças separadas de subversivos clandestinos – a quinta-coluna vermelha, comandada por Mikhail Suslov, que passava instruções em código para os chefes dos Partidos Comunistas do mundo inteiro, a partir de Pankov (Distrito da então Berlim Oriental), mas com escritório central em Moscou. No XXII Congresso do PCUS, Luis Carlos Prestes encontrou-se com Nikita Kruschev e Mikhail Suslov, para planejar a revolução agrária no Brasil. Veja Códigos Venona, Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Intentona Comunista, KGB, Komintern, Macartismo, Operação carta de amor perfumada, Operação drogas e Quinta-coluna vermelha.
Instituto Cultural Brasil-URSS - Órgão de fachada do KGB. Veja Instituto 631, Komintern e Organizações de “Frente”.
Instituto Serbsky - Organização pseudocientífica da União Soviética, determinava o internamento de pessoas psicologicamente sadias em hospitais psiquiátricos. Veja Dissidentes, Hospitais psiquiátricos e Lysenkoísmo.
Integralismo - Veja AIB (Ação Integralista Brasileira).
Intelligentsia - (Russo) Os intelectuais considerados como classe ou grupo, ou, em especial, como uma elite artística, social ou política nos países da antiga Cortina de Ferro (o restante da população, obviamente, estava incluída na categoria “burritsia” – como diria Roberto de Oliveira Campos). O “ópio dos intelectuais” (Comunismo) era fervorosamente defendido por “intelectuais” do Ocidente. “Eles precisavam acreditar, eles queriam ser enganados” (Paul Johnson, op. cit., pg. 231): “A traição ao czar não era um pecado, a traição ao comunismo é” (Lincoln Steffens, justificando o Grande Terror stalinista); “Não podemos nos dar ao luxo de posar com ares moralistas, quando o nosso vizinho mais empreendedor... humana e judiciosamente liquida um punhado de exploradores e especuladores para tornar o mundo seguro para os homens de bem” (Bernard Shaw, justificando a morte de um “punhado”, que chegou a 10 milhões somente durante o Grande Terror); “Aos cuidados de quem eu confiaria, sem hesitação, a educação de meus filhos” (Emil Ludwig, famoso biógrafo, a respeito de Stalin); “Assim como a Inquisição não afetou a dignidade fundamental do cristianismo, também os julgamentos de Moscou não diminuíram a dignidade fundamental do comunismo” (André Malraux); “Stalin é um homem de princípios e de boa índole” (Pablo Neruda); O biólogo Julian Huxley, em visita à URSS, achou a população “num nível de saúde geral muito acima daquele que se podia encontrar na Inglaterra”. Harold Laski elogiava as prisões soviéticas por darem a oportunidade aos condenados de levar “uma vida plena e com dignidade”; “Essa estória sobre a construção de uma obra arriscada, no meio de florestas antigas, levada a efeito por dezenas de milhares de inimigos do Estado, ajudados por apenas 37 oficiais da OGPU, é uma das mais excitantes que já se publicaram” (Amabel Williams-Ellis, que escreveu a introdução de um livro sobre a construção do canal do Mar Branco, feita por trabalho escravo); “Os campos de trabalho na União Soviética angariaram a grande reputação de locais onde dezenas de milhares de homens foram recuperados” (Anna Louise Strong); “Nunca havia encontrado homem mais cândido, justo e honesto... ninguém tem medo dele e todos confiam nele” (H.G. Wells, a respeito de Stalin); “Seus olhos castanhos são extraordinariamente criteriosos e suaves” ... “uma criança gostaria de sentar-se no seu colo e um cachorro caminharia a seu lado” (Embaixador americano em Moscou, Joseph E. Davies elogiando Stalin, subornado pelo Governo soviético para prestar informações falsas a seu país, o que lhe permitiu comprar ícones e cálices a preços abaixo do mercado – e receber a Ordem de Lenin). “Os ativistas políticos achavam que deveriam fazer escolhas terríveis e, uma vez feitas, ater-se a elas desesperadamente. Os anos 30 foram uma época de mentiras heróicas. A mentira santa era a virtude mais apreciada. A Rússia torturada de Stalin era a principal beneficiária dessa falsificação santificada. A competição para enganar tornou-se mais acirrada quando o stalinismo adquiriu um rival mortal na Alemanha de Hitler” (Paul Johnson, op. cit., pg. 232). A Intelligentsia comunista brasileira atual inclui, além dos comunistas (PCB, PC do B, PSTU, PCO etc.), parcela do PT, da CUT, do MST e da CNBB – organizações satelizadas pelo PT. Também se grafa Intelligentzia; pronuncia-se “Inteliguêntsia”. Veja Clero progressista, Frades dominicanos, Guerrilheiros da pena, Movimento de Massa, MST, Ópio dos intelectuais, Politicamente correto e PT.
INTEMO - Inteligência do Movimento: órgão do MAT, tem por objetivo obter dados sobre quaisquer pessoas ou organizações que afetem os interesses do MST. Veja MST.
Intentona Comunista - Tentativa comunista de assalto ao poder no Brasil, em 1935, promovido pelo Komintern, que enviou agentes de Moscou para promover o levante, incluindo o brasileiro Luis Carlos Prestes e sua “esposa” Olga Benário. Além de Prestes, outros militares foram recrutados para a Intentona: Maurício Grabois, Jefferson Cardin, Giocondo Dias, Gregório Bezerra, Agliberto Vieira, Dinarco Reis, Agildo Barata. Harry Berger, codinome do Deputado alemão Arthur Ernst Ewert, participou das revoltas alemãs no final da década de 1910 e no início da década de 1920, havia atuado nos EUA e na Argentina, de onde se transferiu para a China; em 1934, Berger veio ao Brasil para dirigir a Intentona. O levante assassinou 1 (um) tenente-coronel (Misael de Mendonça), 2 (dois) majores (João Ribeiro Pinheiro; Armando de Souza e Mello) , 4 (quatro) capitães (José Sampaio Xavier; Benedicto Lopes Bragança; Danilo Palladini; Geraldo de Oliveira), 1 (um) 2º tenente da reserva Lauro Leão de Santa Rosa – convocado), 1 (um) 1º sargento (Jaime Pantaleão de Morais), 1 (um) 2º sargento (José Bernardo Rosa), 2 (dois) 3º sargentos (Caroliano Ferreira Santiago; Abdiel Ribeiro dos Santos), 1 (um) 1º cabo (Luiz Augusto Pereira), 13 (treze) 2º cabos (Alberto Bernardino de Aragão; Pedro Maria Netto; Fidelis Baptista de Aguiar; José Harmito de Sá; Clodoaldo Ursulano; Manoel Biré de Agrella; Francisco Alves da Rocha; João de Deus Araújo; Wilson França; Péricles Leal Bezerra; Orlando Henriques; José Menezes Filho; Manoel Alves da Silva) e 2 (dois) soldados (Luiz Gonzaga de Souza, da PM/RN; Lino Victor dos Santos, da PM/PE). Olga Benário, grávida, foi extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha, onde é enviada para um campo de concentração nazista. Depois de dar à luz Anita Leocádia (uma homenagem a Anita Garibaldi), Olga ainda fica 3 anos na prisão e depois é executada numa câmara de gás do presídio de Bernburg, em Fev 1942. “A 27 de novembro de 1935, morando em Copacabana, fui despertado às 4 da madrugada pelo telefone. Minha Mãe, minha irmã e dois primos que eram irmãos adotivos, estavam numa casa na esquina da rua Ramon Franco na Urca, que recebeu balaços do tiroteio no quartel do 3º regimento. Ficaram horas deitados no chão para não serem atingidos pelos tiros. Só à tarde, consegui chegar até lá. Vi a destruição e ainda assisti à retirada de alguns feridos. O edificio antigo de uma exposição internacional onde estava localizado o regimento ainda ardia em chamas. Não só devemos lembrar o morticinio mas os cem milhões de mortos ou mais que o comunismo provocou século passado, sem esquecer que os 50 milhões mortos na IIª Guerra resultaram do acordo Molotov-Ribbentrop de agosto de 1939 que juntou os dois grandes totalitários na tentativa de destruir o Ocidente democrático. Não esqueçamos tampouco os milhões que morreram de 1945 a 1989, na Guerra dita Fria - Coréia, Vietnam, Cambódia, Hungria, Tchecoslováquia, Angola, Chile, etc. Usemos contra esses bandidos exatamente o mesmo slogan que eles usaram na Guerra Civil espanhola, ‘no pasarán!’. Lembrai-vos de 35!” (Embaixador Meira Penna, em 27/11/2003, por e-mail). Veja ANL (Aliança Nacional Libertadora), Escolas de subversão e espionagem, Estória-cobertura, Instituto 631, Komintern, PCB e Ternuma (www.ternuma.com.br), e leia o livro “Camaradas”, do jornalista William Waack.
Intentona Integralista - Putsch promovido pela Ação Integralista Brasileira. Veja AIB.
Interahamwe - Milícias hutus, que massacraram os tutsis, na Ruanda, em 1994, ocasionando a morte de 800 mil pessoas. Veja Genocídio e Massacre de Ruanda.
INTERFET - International Force in East Timor (Força Internacional no Timor-Leste): início em setembro de 1999, quando o Brasil enviou um pelotão da Polícia do Exército de Brasília, sob o comando do major Fernando do Carmo Fernandes. O primeiro Administrador Provisório foi o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, Secretário-Geral Adjunto da ONU para Assuntos Humanitários, que já havia dirigido provisoriamente Kosovo depois dos ataques da OTAN (1999). Histórico: o Timor-Leste foi invadido pela Indonésia em 1975, após a Revolução dos Cravos em Portugal, quando Lisboa abandonou a ex-colônia à própria sorte (os EUA não interferiram, pois temiam que o Timor-Leste se tornasse país comunista). Em 1976, o Timor-Leste foi anexado à Indonésia como sua 27ª Província. A luta armada contra a Indonésia e pela Independência continuou, comandada por Xanana (José Alexandre) Gusmão, libertado por Jacarta em Set 1999, após passar 6 anos na prisão. Mais de 95% dos 430 mil eleitores de Timor-Leste participaram do plebiscito, em 30 Ago 1999, e 78,5% deles votaram a favor da Independência. Insatisfeitas com o resultado, milícias pró-Indonésia promoveram um massacre contra os timorenses, acarretando o envio de tropas da ONU para a região, sob o comando da Austrália. Em 1996, o Bispo Carlos Ximenes e o acadêmico José Ramos Horta, cidadãos timorenses, receberam o Prêmio Nobel da Paz. O novo país tem 14.874 km2 de área, 800 mil habitantes, sendo 88% católicos (a maioria dos indonésios é muçulmana). O idioma oficial do novo país será o Português e os idiomas locais são: Tetum, Kairui, Nídiki, Baibenu. A capital é Díli. O Timor-Leste possui o enclave de “Oe Cussi” no Timor Ocidental, a Ilha de Ataúro e o Ilhéu de Jaco. O novo país passou a ser denominado “Timor Loro Sae” (Timor do Sol Nascente). Em maio de 2002, Xanana Gusmão assume o poder como o primeiro presidente do país. Veja CNRT, FRETILIN, UNAMET e UNTAET.
I Internacional - Em 1864, foi fundada em Londres a Associação Internacional de Trabalhadores (AIT), posteriormente denominada “I Internacional”. Foi integrada por marxistas e anarquistas do movimento operário europeu que se opunha ao capitalismo, entre eles Marx, Proudhom e Bakunin. A I Internacional foi desfeita em 1876.
II Internacional - Surgiu em 1889; após discussões internas, ressurgiu em 1951 como a “Internacional Socialista”.
III Internacional - O mesmo que Komintern (ou Comintern) ou Internacional Comunista (IC). Foi criada por Lenin em 1919, com base na bem-sucedida Revolução Russa de 1917. No II Congresso da III Internacional, realizado em 1920, a IC aprovou seu Estatuto e estabeleceu as 21 condições exigidas para a difusão de Partidos Comunistas no mundo inteiro. As condições incluíam o “agitprop” no Exército e os PCs eram obrigados a auxiliar as Repúblicas Soviéticas frente à Guerra Civil na Rússia. O PCUS era, na realidade, o partido único de todos os Partidos Comunistas do mundo inteiro. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Intentona Comunista, Komintern e PCB.
IV Internacional - O mesmo que “Internacional Trotskista”. Foi fundada em 1938, em Paris, devido a divergências entre Stálin e Trotski. Trotski havia sido demitido por Stálin do cargo de dirigente do Exército Vermelho, expulso do PCUS, preso e deportado para a Sibéria em 1927. Em 1929, Trotski foi banido da Rússia, indo residir mais tarde no México, onde foi assassinado em 25 Ago 1940 a golpes de picareta.
V Internacional - O I Fórum Social Mundial (I FSM), realizado em Porto Alegre em janeiro de 2001, pode ser considerado o embrião de uma possível V Internacional. Veja FSM (Fórum Social Mundial), FSP (Foro de São Paulo), Governo paralelo, Movimento de Massa, MST, Orçamento Participativo e PT.
Internacional Ambientalista - Composta por ONGs ecológicas, que pretendem preservar a Amazônia como um “santuário” do planeta, internacionalizando a região. O mesmo que Internacional Ecologista.
Internacional do dinheiro - É como Serge Nilus se refere aos banqueiros internacionais, especialmente os judeus, em sua introdução sobre “Os Protocolos dos Sábios de Sião”. Veja Protocolos dos Sábios de Sião (Os) e Sionisno.
Internationale - (Francês) É tanto a Internacional Socialista quanto seu hino.
Internacional Islamita - Congrega movimentos islâmicos armados em todas as partes do mundo, destacando-se: o al-Qaeda de Osama bin Laden; o al-Qods iraniano; o Hezbollah Internacional (iraniano, criado em 1996); o ISI paquistanês; a PIO (Organização Popular Internacional), criada em Cartum em 1991 e liderada pelo xeque Turabi; a Jihad Islâmica do Egito (ligada a Osama bin Laden, participou do assassinato do presidente do Egito, Anwar al-Sadat); Abu Sayyaf (organização terrorista das Filipinas); o Comitê de Defesa dos Direitos Legítimos (com sede em Londres); o al-Jamaah al-Islamiyah (do xeque Omar Abdul Rahman (preso nos EUA, acusado do primeiro atentado contra o WTC, em Nova York, em 1993); a VEVAK (inteligência iraniana); o Grupo de Justiça Internacional (nome de cobertura adotado por agentes de segurança e inteligência treinados pelos iranianos e liderados por Ayman al-Zawahiri, no atentado contra o presidente do Egito, Hosni Mubarak, em 1995); o Exército de Maomé; o Exército Islâmico para a Libertação de Lugares Sagrados (IALHP) – Muqamat-i-Muqadassa (lugares sagrados); a Frente Mundial Islâmica para a Jihad contra Judeus e Cruzados; o Cisma Vermelho. Em 1996, o príncipe Salman, da Arábia Saudita, mantinha contatos clandestinos com bin Laden em nome de Riad, para canalizar apoio saudita para as jihads islamitas em todo o mundo “A abordagem de Riad era cínica e pragmática – melhor manter os militantes islamitas sauditas e ‘afegãos’ envolvidos com jihads distantes, mesmo às expensas de Riad, que tê-los de volta agitando a população” (“Bin Laden”, pg. 220). A luta interna, pela sucessão ao trono do Rei Fahd, envolve os príncipes Abdullah, Sultan e Salman (da facção Salman-Nayif). Na explosão do caminhão-bomba em Dhahran, em 1996, houve envolvimento do príncipe Abdullah, junto com a Síria e o Irã, para mostrar quem é o mais forte. Na verdade, o exagero da explosão foi um recado do Irã a Riad, para mostrar que, “por direito”, o Irã era a maior força da região, podendo ocasionar grandes estragos caso seus interesses fossem contrariados. Na mesma época, uma rede xiita de base saudita, com apoio do Hizbollah e do VEVAK, contruiu pequena bomba no leste da Arábia Saudita e a levou a Manama, Bahrein, onde foi explodida perto do Hotel Vendôme. Na Grande Damasco há casas-fortes da Inteligência síria para cursos de espionagem de campo e segurança operacional.
Algumas ações da Internacional Islamita na última década. No dia 17 de março de 1992, um carro-bomba atingiu a Embaixada de Israel na Argentina, matando 28 pessoas e ferindo cerca de 100. O Hezbollah (“Partido de Deus”), com base no Sul do Líbano (Vale do Bekaa), responsabilizou-se pelo atentado. O Hezbollah é também suspeito de ter atacado a embaixada americana e o acampamento dos “marines” em Beirute, Líbano, em outubro de 1983, matando mais de duas centenas de americanos. O Hezbollah recebe ajuda financeira, treinamento, armas, explosivos e facilidades do Irã, onde treina seus militantes no Campo de Nahavand, em Hamadan, a Sudoeste de Teerã. Também é conhecido como Jihad Islâmica, Organização da Justiça Revolucionária, Organização dos Oprimidos Sobre a Terra e Jihad Islâmica para a Libertação da Palestina.
Em 26 de setembro e 3 de outubro de 1993, helicópteros UH-60 Blackhawk dos Estados Unidos que participavam da Operação “Restore Hope” (Restaurar a Esperança), da ONU, foram abatidos em Mogadíscio, Somália. Corpos de soldados americanos foram arrastados pelas ruas da capital. Só no 2º ataque, quando 2 UH-60 foram abatidos e um 3º chocou-se contra o solo no aeroporto, morreram 18 soldados americanos, 78 foram feridos e 1 helicóptero foi capturado (liberado 10 dias depois); 700 somális saíram feridos e cerca de 300 morreram. Esse choque causado aos americanos decidiu a rápida retirada de suas tropas do país; em março de 1994, grande parte das Forças americanas já haviam deixado a Somália. Análises comprovaram a melhoria do súbito “desempenho” somáli ao treinamento de somális e “afegãos” árabes treinados pelos iranianos e à participação direta do Comando Saiqah iraquiano nos combates. Típica ação da Internacional Islamita, que em junho de 1993 enviou terroristas de várias organizações para combater as forças americanas da ONU na Somália: iraquianos (Inteligência e F Especiais), Pasdaran iraniano, Hezbollah libanês, “afegão” árabes (principalmente egípcios) e islamitas locais, membros da Frente Islâmica Nacional do Sudão, do SIUP da Somália, da Organização da República Islâmica do Quênia, da Frente Islâmica para a Libertação da Etiópia e da Jihad Islâmica da Eritréia – num total de 3 mil terroristas e grande quantidade de armas foram secretamente destacados na Somália, com treinamento de Mohamed Atif (3º homem mais importante do al-Qaeda) e apoio financeiro de Bin Laden.
No dia 18 de julho de 1994, um carro-bomba matou 96 pessoas e feriu 156 na Asociación Mutual Israelita-Argentina (AMIA), em Buenos Aires. Os atentados foram atribuídos a grupos terroristas islâmicos orientados pelo Irã. Em fevereiro de 1993, houve um atentado contra o World Trade Center (WTC), em Nova York, realizado pelo kuwaitiano Ramzi Youssef (ligado a bin Laden), quando a explosão de um carro-bomba na garagem de uma das torres gêmeas deixou saldo de 6 mortos e mais de 1.000 feridos; preso, Youssef foi condenado a 240 anos de prisão.
A “Internacional Islamita”, com o apoio milionário da al-Qaeda, participou ainda de outras ações, principalmente contra objetivos americanos, tais como:
- atentados a bomba em embaixadas americanas na África (Nairobi, Quênia, e Dar as-Salaam, Tanzânia, ocorridos simultaneamente em 7 de agosto de 1998), ocasionando a morte de mais de 250 pessoas e mais de 5.500 feridos, na maioria africanos, esses ataques foram operações conduzidas pelo Hezbollah Internacional, comandado pelo Irã, com apoio do Sudão e do Paquistão; as ações de Osama bin Laden como líder político e Ayman al-Zawahiri como comandante militar foram decisivas para o sucesso dos ataques;
- ataque suicida contra o destróier americano “USS Cole”, no dia 12 de outubro de 2000, que deixou 17 marinheiros americanos mortos, no Porto de Áden, Iêmen; o atentado foi reivindicado pelo “Exército de Maomé”;
- atentado contra a vida do presidente do Egito, Hosni Mubarak, em 26 de junho de 1995, em Adis-Abeba, Etiópia, patrocinado pelo Irã e Sudão;
- em junho de 1995, houve explosões no metrô de Paris, promovidas por argelinos;
- atentado de 2 carros-bombas num centro de treinamento militar administrado pelos Estados Unidos, em Riad, Arábia Saudita, a 13 de novembro de 1995, quando houve 6 óbitos (sendo 5 americanos) e mais de 60 feridos; esta ação foi organizada por Teerã e Cartum, reunindo “afegãos” sauditas e partidários; a oposição islamita afirmou que sauditas espcialistas em bomas, “treinados pela CIA e pela Inteligência militar do Paquistão”, estavam fornecendo treinamento especializado a redes “afegãs” no Oriente Médio e na Bósnia;
- assassinato de Alaa al-Din Nazmi, o 2º diplomata egípcio mais importante na Suíça, no dia 15 de novembro de 1995;
- atentado com carro-bomba, com 400 kg de explosivos, na Embaixada egípcia em Islamabad, Paquistão, no dia 19 de novembro de 1995, matando 19 pessoas (incluindo o motorista suicida) e ferindo mais de 60 pessoas;
- explosão de um caminhão-bomba nas instalações americanas de al-Khobar, perto de Dahran, Arábia Saudita, em 25 de junho de 1996, matando dezenas de pessoas, entre as quais 19 militares americanos (em 7 de junho de 1996, em seu sermão de Sexta-feira, o líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que o Hezbollah deveria alcançar “todos os continentes e todos os países” – Cfr. “Bin Laden”, pg. 213); a explosão de Dahran mostrou ser uma “operação extremamente profissional e meticulosa. Uma longa fase de coleta de dados e de observação do local possibilitou selecionar os principais pontos para o posicionamento do caminhão-bomba tanto dentro como na retaguarda (no perímetro). A disponibilidade de um carrro para fuga e o imediato desaparecimento dos executores também comprovaram o profissionalismo da rede. A grande quantidade de explosivos para uso militar, o material incendiário de alta qualidade, a disponibilidade de fusíveis sofisticados e o próprio projeto e construção da bomba, tudo apontava para uma rede altamente sofisticada e profissional” (in “Bin Laden”, pg. 215). Para a fabricação da bomba, “os sofisticados equipamentos eletrônicos e fusíveis haviam sido contrabandeados da Europa Ocidental disfarçados como peças de computadores. Alguns dos principais carregamentos, inclusive de fusíveis, estavam endereçados à Guarda Real (Nacional) Saudita, onde islamitas simpatizantes os esconderam" (in “Bin Laden”, pg. 228);
- explosão do jumbo da TWA (vôo 800), em 17 de julho de 1996, sobre o Oceano Atlântico, perto da costa de Long Island; as evidências apontam para o terrorismo, pois houve um breve ruído, antes da explosão, idêntico ao ocorrido com o Boeing do vôo 103 da Pan Am, explodido sobre Lockerbie, na Escócia. A reconstituição dos últimos minutos do avião do TWA podem fornecer a chave de tudo, baseado em 3 componentes: 1) a caixa-preta, que grava vozes e as atividades eletrônicas da cabine; 2) o transponder, que transmite sua identificação quando ela é localizada por radar de solo; e 3) a detecção, pelo radar de solo, do eco ou do retorno causado por qualquer objeto grande. Como regra, deve existir perfeita relação temporal entre esses elementos; qualquer discrepância é indicador de que algo está errado. No vôo 800, todos os gravadores da caixa-preta emudeceram repentinamente, depois de breve ruído, idêntico ao ocorrido com o vôo 103 da Pan Am. “Os nitratos, principais componentes das bombas, são dissolvidos pelo fogo e pela água do mar – no caso do Vôo 800, ambos os elementos estiveram presentes. A possibilidade que qualquer resíduo seja encontrado é, portanto, mínima” (in “Bin Laden”, pg. 237);
- os atentados contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, e contra o Pentágono, em Washington, no dia 11 de setembro de 2001, ocasionando a morte de quase 3.000 pessoas;
- atentado de terrorista suicida mata 21 pessoas em sinagoga na Tunísia no dia 11 de abril de 2002;
- carro-bomba mata 12 paquistaneses frente ao consulado americano em Karachi no dia 14 de junho de 2002;
- atentado contra uma discoteca de Báli, Indonésia, em 12 de outubro de 2002, matou 202 pessoas, incluindo um militar do Exército brasileiro que fazia parte da missão de paz da ONU no Timor Leste. Assumiu o atentado o grupo Jemaa Islâmica, fundado em 1993 por dois religiosos radicais, Abu Bakar Bachir e Abdullah Sungkar, que pretende fundar um Estado islâmico congregando os territórios da Malásia, Indonésia, Cingapura, o sultanato de Brunei, o sul das Filipinas e o sul da Tailândia;
- no dia 28 de outubro de 2002 foi assassinado um diplomata americano em Amã, Jordânia;
- em 28 de novembro de 2002 homens-bomba matam 16 pessoas num hotel de praia em Mombasa, Quênia;
- no período de 4 de março a 11 de maio de 2003, três ataques nas Filipinas – num aeroporto, num cais e num mercado – deixam cerca de 50 mortos;
- Terroristas suicidas atacam condomínio em Riad, Arábia Saudita, no dia 12 de maio de 2003, deixando 35 mortos;
- no dia 16 de maio de 2003, homens-bomba atacam alvos ocidentais no centro de Casablanca, Marrocos, deixando 44 mortos e 100 feridos;
- no dia 5 de agosto de 2003, um carro-bomba destruiu parte do hotel Marriot em Jacarta, capital da Indonésia, deixando 12 mortos. “Segundo o Ministério da Defesa indonésio, o atentado é obra do grupo radical Jemaa Islâmica, considerado o braço da rede terrorista Al-Qaeda no Sudeste da Ásia” (Correio Braziliense, 10/08/2003);
- o ataque contra a Embaixada da Jordânia no Iraque, no dia 7 de agosto de 2003, quando morreram 19 pessoas;
- o ataque contra o hotel que sediava uma representação da ONU em Bagdá, realizado no dia 19 de agosto de 2003, matou 24 pessoas (incluindo o chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Melo) e deixou mais de 100 feridos, foi um típico ato da Internacional Islamita, reivindicado inicialmente pelas "Vanguardas Armadas do Segundo Exército de Maomé", depois pelas "Brigadas de Abi Hafs Al-Masri". Esta última organização, ligada à al-Qaida, afirmou que a ONU "trabalha contra os maometanos e representa a Secretaría de Estado norteamericana” – segundo afirmou o diário árabe internacional “Al Hayat”. O mesmo diário afirmou que "os EUA são o principal inimigo do islamismo já que o combate em todas as partes, assassina diretamente no Iraque e no Afeganistão, e indiretamente nas Filipinas, Cachemira e Palestina";
- o ataque, no dia 29 de agosto de 2003, contra a principal mesquita xiita da cidade santa de an-Najaf, onde se encontra a tuba do ímã Áli, ocasião em que morreram mais de 100 pessoas, incluindo o mais importante líder xiita iraquiano, o aiatolá Mohammed Baqer Al-Hakim, e mais de 200 ficaram feridas; foram utilizados mais de 700 kg de explosivos colocados em dois veículos; foram presos 2 iraquianos e 2 sauditas ligados à Al-Qaeda de bin Laden; eles pertenceriam ao grupo desconhecido Mohammed Atef, nome de um dos homens mais próximos de bin Laden. -
- no dia 30 de agosto, um oleoduto que liga os poços de petróleo de Kirkut à refinaria de Baiji, norte do Iraque, pegou fogo; acredita-se que tenha sido sabotagem (Correio Braziliense, 31/08/2003, pg. 22);
- no dia 15 de novembro de 2003, carros-bombas atingem duas sinagogas de Istambul, Turquia, matando 25 pessoas;
- no dia 19 de novembro de 2003, a sede regional do HSBC e o consulado britânico em Istambul foram atacados por carros-bomba, deixando saldo de 30 mortos. “Desde 11 de setembro de 2001, terroristas ligados à Al Qaeda assumiram grandes atentados em uma dezena de países, com 500 mortos – sem contar os ocorridos no Iraque e no Afeganistão” (revista “Veja”, edição nº 1830, de 26/11/2003).
Veja os verbetes acima e, ainda, “Afegãos”, Al-Qaeda, Hizbollah, IMB, Movimento Islâmico Armado e PIO.
INTERPOL - 1. International Criminal Police Organization (Organização Internacional de Polícia Criminal): possui sede em Lyon, França. 2. Internationale Polizei (alemão): Polícia Internacional.
Intifada - “Revolta das Pedras”: Rebelião Palestina, iniciada em 1987 nos territórios ocupados por Israel (Faixa de Gaza e Cisjordânia). A Primeira Intifada ocorreu de 1987 a 1993. No ano 2000, iniciou-se nova rebelião dos palestinos contra Israel (2ª Intifada), depois que Ariel Sharon visitou a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém-Oriental. Em 2002, a violência atingiu seu auge, com Israel bombardeando e invadindo cidades da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em resposta aos atentados palestinos. A 2ª Intifada, até o ano de 2003, deixou mais de 3.000 mortos, principalmente palestinos. A primeira rebelião armada palestina, contra o incremento de assentamentos sionistas na Palestina, especialmente depois da ascensão do Nazismo, iniciou-se em 1936 e prosseguiu até 1939, com 2.000 mortos – período em que havia 8.000 soldados britânicos no então Protetorado da Palestina. Veja Fundamentalismo, Hamás, Hizbollah, Internacional Islamita, Massacre de Deir Yasin, Sabra e Chatila e Sionismo.
IOBP - Instituto Olga Benário Prestes. Veja Estória-cobertura, Intentona Comunista, Komintern e PCB.
IPES - Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais: fundado em 1961 no Rio de Janeiro pelo coronel Golbery e um grupo de empresários anticomunistas, dispostos a readequar e a reformular o Estado brasileiro, hoje está extinto. Tinha por objetivo criar barreiras intelectuais contra a propagação das idéias marxistas durante o Governo de João Goulart. Promovia Estudos de Problemas Brasileiros para os Governos Militares pós-1964. O IPES, o IBAD, a CAMDE e as Forças Armadas formaram a base quadrangular decisiva para o desencadeamento da Contra-revolução de 31 de março de 1964, contra Jango, em sua política de implantar a “República Sindicalista” no Brasil. O IPES passou a existir oficialmente no dia 29 Nov 1961 (Jânio Quadros havia renunciado em agosto do mesmo ano). O lançamento do IPES foi recebido favoravelmente por diversos órgãos da imprensa, como o Jornal do Brasil, O Globo, O Correio da Manhã e Última Hora. Contou com a aprovação do Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jayme de Barros Câmara. Além do Rio e de São Paulo, o IPES rapidamente se expandiu até Porto Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus e outros centos menores. O IPES foi formado pelo trabalho do empresário de origem americana, Gilbert Huber Jr., do empresário multinacional Antônio Gallotti, dos empresários Glycon de Paiva, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azevedo Antunes, além de serviços especiais de oficiais da reserva, como o general Golbery do Couto e Silva. Sandra Cavalcanti era uma das mais famosas conferencistas do IPES. As sementes do IPES (assim como do IBAD e do CONCLAP) foram lançadas no final do Governo JK, cujos excessos inflacionários geraram descontentamento entre os membros das classes produtoras do país, e durante a Presidência de Jânio Quadros, em cujo zelo moralista eles depositaram grandes esperanças. O IPES produziu em torno de 8 filmes, para alertar os desmandos do Governo Goulart, como a ameaça comunista; os cineastas eram Jean Mazon e Carlos Niemeyer. Um escritor de peso do IPES foi José Rubem Fonseca, autor de “Feliz Ano Novo”; segundo Fonseca, o “IPES buscava mobilizar a opinião pública no sentido do fortalecimento dos valores democráticos” (Del Nero, op. cit.). O IPES participou também de operações internacionais, que ajudaram a derrubada de Salvador Allende, no Chile, e do general Juan Torres, na Bolívia (em Ago 1971, o general Hugo Banzer tomou o poder). Entidades congêneres do “Complexo IPES/IBAD”: 1) México: Centro de Estudios Monetarios Latinoamericanos – CEMLA; Centro Nacional de Estudios Sociales - CNES; Instituto de Investigaciones Sociales y Económicas – IISE; 2) Guatemala: Centro de Estudios Económico-Sociales – CEES; 3) Colômbia: Centro de Estudios y Acción Social – CEAS; 4) Equador: Centro de Estudios y Reformas Económico-Sociales – CERES; 5) Chile: Instituto Privado de Investigaciones Económico-Sociales – IPIES; 6) Brasil: Sociedade de Estudos Interamericanos – SEI; Fundação Aliança para o Progresso; 7) Argentina: Foro de la Libre Empresa; Acción Coordinadora de las Instituciones Empresariales Libres. “Em 64, quando Castelo Branco organizou o Governo, a maioria dos cargos foi entregue a quem tinha ensinado ou feito cursinho no IPES. A começar por Golbery e Roberto Campos” (Sebastião Nery, in “Os filhos de 64”, Jornal Popular, Belém, PA, 6 Out 1995). Veja CAMDE, CEBRAP, Contra-revolução de 1964, Escolas de subversão e espionagem, Folhetos cubanos, G-11, IBAD, Ligas Camponesas, Marcha do terço, Operação Limpeza, República Sindicalista e AI-5, e acesse http://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_Pesquisas_e_Estudos_Sociais.
IPF - Instituto Paulo Freire. Freire é autor do livro “Pedagogia do Oprimido”, que trata a Educação sob o enfoque marxista. Veja Adestramento, Guerrilheiros da pena, Movimento de massa, Politicamente correto e Sociedade civil.
IPLO - Irish People’s Liberation Organisation (Organização de Libertação do Povo Irlandês). Veja IRA.
IRA - Irish Republican Army (Exército Republicano Irlandês): fundado por Michael Collins, o IRA iniciou sua campanha terrorista em 1968, contra tropas de ocupação britânica e várias milícias protestantes, no território irlandês. Depois, as ações foram ampliadas para a Inglaterra. O movimento teve origem na campanha dos irlandeses nacionalistas (católicos), em 1916, na chamada Revolta da Páscoa, contra a colonização e as leis inglesas (protestantes). O braço político do IRA é o Sinn Feinn. A Irlanda do Norte foi tomada pelos ingleses em 1690, após a Batalha de Boyne. Após os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001, o IRA prometeu entregar as armas e encerrar o terrorismo. Até o final de 2001, em 33 anos, o IRA havia provocado cerca de 3.600 mortes. Veja Batalha de Boyne e Terrorismo.
Irã-contras - Episódio ocorrido durante o governo do Presidente Ronald Regan, em que o lucro de transações ilegais de armas, dos EUA com o Irã, foi canalizado para financiar as atividades dos “Contras” na Nicarágua, contra o Governo sandinista de Daniel Ortega. Veja “Contras”, FSLN, Irangate e La piñata.
Irangate - Veja Irã-Contras.
IRBM - Intermediate-Range Ballistic Missile (Míssil Balístico de Alcance Médio). Veja SALT e START.
IRG - Internacional de Refratários à Guerra.
IRGC - Iranian Revolutionary Guard Corps (Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana). O mesmo que Pasdaran. Veja AIM, CSI, IMB, Internacional Islamita, Pasdaran e Revolução Iraniana.
Irgun - Organização terrorista judaica, chefiada por Menahem Begin, desejava um Estado de Israel com as fronteiras bíblicas originais. Na guerra de 1967, com a conquista da Península do Sinai, Faixa de Gaza, Cisjordânia, Jerusalém-Oriental e Colinas de Golã, trouxe aquela meta mais próxima de sua realização. Veja Intifada, Massacre de Deir Yasin, Sabra e Chatila e Sionismo.
Irmãos para o Resgate - “Hermanos al Rescate”: ONG de exilados cubanos, criada por José Basulto, com sede em Miami, para auxiliar os “balseros” que fogem para os EUA. O jornal “El Nuevo Herald”, de Miami, EUA, em 02 Mar 1996 afirmava que já foram efetuadas mais de 1.750 missões de resgate, salvando pelo menos 3.000 “balseros”. Dois aviões Cessna 337 Skymaster da organização foram derrubados por caças Mig-29 da Força Aérea Cubana em 24 Fev 1996, ocasionando 4 mortes. A ação foi apoiada por um “comunicado” assinado pelos “guerrilheiros da pena” Fernando Morais, Chico Buarque, Frei Betto e outros simpatizantes do tirano em Cuba. Veja Cambio Cubano, CDR, Guerrilheiros da pena e UMAP.
IRO - International Refugee Organization (United Nations). Veja ONU.
ISEB - Instituto Superior de Estudos Brasileiros: criado em 14 Jun 1955 e fechado em 1964, era pólo difusor do PCB. Veja Organizações de “Frente” e PCB.
ISI - Interservices Intelligency: serviço de espionagem paquistanês. Os chefes guerrilheiros afegãos, que haviam derrotado os russos em 1989, agiam como senhores feudais e suas tropas estupravam, saqueavam e matavam livremente. Para acabar com isso, a ISI financiou uma pequena milícia afegã, formada por estudantes de escolas islâmicas, conhecidos como “talib”, e liderada por um mulá fundamentalista, Mohamed Omar. O grupo cresceu rapidamente e ocupou 90% do território do Afeganistão, impondo um sistema social radical sobre sua população, com base em fundamentos corânicos medievais, desde 1996. Em outubro de 2001, os EUA entram em guerra contra o regime dos talibãs, acusado de abrigar o terrorista Osama bin Laden, principal suspeito dos atentados contra os EUA no dia 11 Set 2001. Veja Al-Qaeda, Síndrome de Nova York e Talibã.
Iskra - “Faísca”: periódico publicado na Suíça sob a redação de Plekhanov e Lenin, que defendia a política revolucionária do Marxismo. Em 1898, surgiu na Rússia o Partido Social-Democrático dos Trabalhadores Russos, criando células secretas do partido em todo o império, cuja dominância cabia a emigrantes russos apoiados e orientados pelo periódico Iskra. Veja Revolução Russa.
ISR - International Syndicale Rouge (Sindical Internacional Vermelha): criada pelos comunistas, apoiada pela III Internacional. Veja III Internacional.
IT - Internacional Trotskista: o mesmo que IV Internacional; fundada por Trotski em 1938. Veja IV Internacional.
ITL - Ispravítelno-Trudovoi Láguer (Campo de Reabilitação pelo Trabalho): unidade de base do Gulag, na extinta URSS. Veja Dissidentes e Gulag.
IUS - International Union of Students (União Internacional de Estudantes - UIE): tinha sede em Praga, Tchecoslováquia. Veja AP (Ação Popular), Organizações de “Frente”, Pinar del Río, Tricontinental, UAPPL, UIE, UNE e USP.
IUSY - International Union of the Socialist Youth (União Internacional da Juventude Socialista): Copenhague, Dinamarca. Veja AP (Ação Popular), UIE, UNE e USP.
IZL - Irgun Zvai Leumi: organização terrorista de extrema direita, que atacava tanto árabes quanto o Exército Inglês na Palestina durante o Protetorado Britânico. Veja Intifada, Irgun, Massacre de Deir Yasin, Sabra e Chatila e Sionismo.
Arquivos I - Apresentação e Bibliografia:
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Arquivos I - A e B:
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Blog em defesa da democracia e do liberalismo clássico - liberdade de expressão, liberdade religiosa, livre mercado, livre empreendedorismo. Contra o autoritarismo do Cérbero - as três bocarras que infernizaram o século XX: Comunismo, Fascismo e Nazismo.
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