MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Genocídio Armênio: Um genocídio de memória - por Bernard-Henri Levy

Um genocídio de memória

por Bernard-Henri Levy

11/01/2009 00h01

Escrevo este texto em memória do renomado jornalista turco-armênio Hrant Dink, assassinado há dois anos, em 19 de janeiro de 2007, por causa de seus comentários sobre o genocídio de nada menos do que 1,5 milhão de armênios por forças otomanas durante a Primeira Guerra Mundial... em memória do horror causado pelos policiais que vigiavam o jovem de 17 anos suspeito de assassinato, Ogun Samast, e que consideraram pertinente gravar imagens do rapaz segurando orgulhosamente a bandeira turca, enquanto registravam para a posteridade sua breve associação com ele... em solidariedade ao corajoso grupo de 200 escritores e intelectuais turcos que assinaram recentemente uma petição na Internet ... 

Veja mais em https://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/bernard-henri-levy/2009/01/11/um-genocidio-de-memoria.htm?cmpid=copiaecola


Leia ainda:


Ararat

Diretor: Atom Egoyan

País de origem: CAN

Ano de produção: 2002

Classificação: 16 anos

Em uma lista dos grandes genocídios do século XX, não é difícil lembrar do Holocausto, das recentes guerras na África e das atrocidades no Timor Leste. Mas o sofrimento pelo qual o povo armênio passou na década de 10 fica quase sempre esquecido. Nas mãos dos turcos, dois terços dos armênios morreram entre 1915 e 1918. A Turquia sempre negou o episódio e até hoje nunca se desculpou. Como os acontecimentos foram praticamente apagados dos livros de história, ficou tudo por isso mesmo. É a história deste genocídio que Atom Egoyan conta em Ararat.

O massacre, no entanto, é apenas parte dos múltiplos enredos do filme: também há, na época atual, uma historiadora da arte, com problemas familiares, dando uma palestra sobre um pintor armênio; o filho da professora tenta entrar no Canadá com várias latas de filme, necessárias para um longa sobre o genocídio, e é interrogado por um oficial (Christopher Plummer) em seu último dia de trabalho, cujo filho tem um caso com um ator que interpreta um general turco neste "filme dentro do filme".

Ararat tem valor pessoal para Atom Egoyan (de O Doce Amanhã), cineasta canadense nascido no Egito, mas de ascendência armênia - assim como sua mulher, a atriz Arsinee Khanjian, e os atores Charles Aznavour e Eric Bogosian, que interpretam respectivamente a historiadora Ani, o diretor e o roteirista do filme. Mas é o caso de se perguntar se, ao colocar o genocídio dentro de outros enredos, Egoyan não acabou diluindo a força de sua denúncia.



Veja o filme Ararat, de 2002:

Ararat - Pelicula armenia en castellano /// Armenian Movie in Spanish

https://www.youtube.com/watch?v=K5S4Un5Sl5w




Parlamento da Alemanha reconhece genocídio armênio

O Parlamento alemão aprovou, quase por unanimidade, uma resolução que reconhece como “genocídio” o massacre de arménios pelo Império Otomano, em 1915. REUTERS/Stringer
Texto por:RFI

Os deputados alemães aprovaram, nesta quinta-feira (02), uma resolução que reconhece o massacre de armênios pelas forças otomanas na Primeira Guerra Mundial como um genocídio, um texto criticado pela Turquia, aliada chave do país sobretudo para a questão da crise migratória na Europa.


Pascal Thibaut, correspondente da RFI em Berlim

O texto, com o título "Lembrança e recordação do genocídio dos armênios e de outras minorias cristãs há 101 anos", foi aprovado por quase todos os deputados presentes no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento alemão. Apenas um deputado votou contra e outro optou pela abstenção.

Na quarta-feira (1), o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, teria telefonado para a primeira-ministra alemã Angela Merkel para falar de suas “preocupações” e denunciar que a Alemanha estaria caindo numa “armadilha”.

Os deputados que se pronunciaram durante os debates destacaram que seus posicionamentos não eram dirigidos ao atual governo da Turquia, mas eram relativos à responsabilidade na época do Império Otomano e que o objetivo principal era de criar as bases necessárias para uma reconciliação entre turcos e armênios. A resolução reconhece ainda a responsabilidade alemã, principal aliada da Turquia durante a Primeira Guerra Mundial.

Alegações “distorcidas e infundadas”

O ministro das Relações Exteriores da Armênia, Edward Nalbandian, elogiou em um comunicado a "contribuição notável da Alemanha ao reconhecimento e condenação internacional do genocídio armênio, assim como à luta universal para evitar genocídios e crimes contra a humanidade".

"O reconhecimento pelo Parlamento alemão de alegações 'distorcidas e infundadas' como 'genocídio' é um erro histórico", escreveu o vice-premier e porta-voz do governo turco, Numan Kurtulmus, no Twitter. E acrescentou: “Para a Turquia, esta resolução é nula e sem efeito”.

A adoção do texto vai complicar ainda mais as relações, já tensas entre Ancara e Berlim, por conta da aplicação de um polêmico acordo com a União Europeia, estimulado por Berlim, que contribuiu para reduzir drasticamente o fluxo de migrantes para a Europa. O presidente turco ameaça não aplicar o acordo se não conseguir a isenção de vistos para os cidadãos turcos que desejam viajar ao espaço europeu de Schengen.

Genocídio armênio deixou 1,5 milhão de mortos

O presidente armênio, Serge Sarkissian, advertiu que não seria justo não chamar de genocídio o massacre de armênios "apenas porque irrita o chefe de Estado de outro país", em referência ao presidente turco.

A resolução do Bundestag é uma nova etapa no reconhecimento oficial da Alemanha do genocídio, depois que no ano passado o presidente alemão, Joachim Gauck, utilizou, pela primeira vez, o termo "genocídio" para classificar os massacres cometidos contra os armênios em 1915.

Os armênios consideram que 1,5 milhão de pessoas foram assassinadas de maneira sistemática ao final do império otomano. Muitos historiadores e mais de 20 países, entre eles França, Itália e Rússia, reconhecem o genocídio dos armênios. O Brasil, no entanto, não reconhece o fato como genocídio.

A Turquia, por sua vez, afirma que se tratava de uma guerra civil, agravada pela fome, e que entre 300 e 500 mil armênios e turcos morreram quando as forças otomanas e a Rússia disputavam o controle da Anatólia.

(Com informações da AFP)

Fonte: https://www.rfi.fr/br/europa/20160602-parlamento-alemao-reconhece-genocidio-armenio

Fotos do Genocídio Armênio
1915




















2015 - Centenário da Memória do Genocídio Armênio







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