MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

A escola era assim durante o governo dos militares. Hoje, estão assim.

Preâmbulo

Em 2004, iniciou-se no Brasil o projeto de MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL, que visava reconstituir a história estudantil das últimas décadas. 

Claro, tal movimento foi encabeçado pela esquerda derrotada pelo Movimento de 1964, para a qual os governos dos generais-presidentes se resumiram em perseguição política, tortura e morte - aí incluída a perseguição contra estudantes.

Assim, de modo a combater o embuste de que os militares foram os vilões, e os estudantes os mocinhos, de modo que a história não seja reescrita e vilipendiada por radicais inescrupulosos, publico alguns textos para enriquecer a MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL.

Boa leitura, especialmente para os mais jovens!

Félix Maier


Eu era feliz e sabia disso!


MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL


Atendendo a um apelo e fazendo a minha parte


por Jorge Baptista Ribeiro em 12 de março de 2005

Resumo: Uma análise do histórico da UNE e sua atuação no movimento estudantil brasileiro desde os anos 60, sem as mistificações de praxe adotadas pela grande mídia.

© 2005 MidiaSemMascara.org

Motivado pelo pedido da União Nacional e Estudantes (UNE) que vem pipocando nos intervalos comerciais da TV Globo, para que o povo unido que jamais será vencido ajudasse a construir e disseminar a memória do Movimento Estudantil, fui navegar no site indicado na propagada, a fim de verificar em que eu podia ajudar, pois além de ser testemunha ocular do Movimento Estudantil antes, durante e depois dos “anos de chumbo”, como estudante universitário na década dos anos 60, etc., julgo-me habilitado para contribuir.

De mais a mais, eu sempre tive o hábito de anotar o meu dia-a-dia, além de ler jornais dos quais recortava as notícias que de perto me interessavam, guardando os recortes para escrever as minhas memórias, quando chegasse à situação de vagabundo, como o ex-presidente Fernando Henrique qualificou os aposentados. Logo, faz sentido eu atender a tão atraente apelo da UNE, colaborando para que a memória dessa entidade seja a mais completa possível, espelhando verdades, normalmente omitidas ou falseadas.

É claro que uma andorinha só não faz verão! Portanto, reforçando o apelo da UNE, concito a todos que também puderem contribuir para uma modelar memória das façanhas da “esperta” garotada que se incorporem ao projeto, com seus conhecimentos, vivencias, etc. Aliás, o momento é bastante oportuno, pois a ordem é: vamos abrir os arquivos.

Inicialmente é preciso que se diga que a UNE, juntamente com a União Brasileira de Estudantes Secundaristas compõem o denominado Movimento Estudantil (ME).

Pela coincidência de algumas reivindicações específicas da sua categoria profissional com as dos estudantes e, portanto, identificando-se com o ME, surgiu um campo fértil para a comunhão político-ideológica de professores e alunos, tanto do ensino fundamental (ex-1º grau) como do ensino médio (ex-2º grau). Logo foram fundadas a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior do Brasil (ANDES) e a Confederação dos Professores do Brasil (CPB), as quais, agindo separadamente ou em conjunto, criavam impasses de difícil solução, promoviam passeatas, greves, arruaças de rua, sempre se solidarizando com as atividades políticas do ME e, assim, caracterizando um movimento politicamente organizado de massa: O Movimento de Professores (MP).

Por seu turno, os funcionários de universidades criaram em 19 de dezembro de 1978, a Federação das Associações das Universidades Brasileiras (FASUBRA) que, inicialmente, aparentava não ser dominada por organizações comunistas, limitando-se a pertinentes reivindicações sobre a remuneração da categoria, tão ou mais mal paga do que o professorado. Entretanto, em janeiro de 1984, quando se realizou o I Congresso da classe, foi eleita para a presidência daquela entidade a ativa militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B), Vânia Galvão. Daí em diante, as manifestações dos funcionários das universidades foram reforçadas por integrantes engajados de muitos outros estabelecimentos de ensino não universitários, configurando-se o Movimento de Funcionários (MF), nos mesmos moldes do ME e MP, isto é, orientados e dirigidos por militantes de organizações comunistas.

O conjunto de atividades reivindicatórias, calcado em conhecidos jargões e palavras-de-ordem esquerdistas, os procedimentos similares do ME, MP e MF e organizações comunistas, impõem um tratamento analítico mais amplo, isto é, analisarem-se as ocorrências num contexto de Movimento Educacional (M Ed), por sua vez integrado no Movimento Comunista Brasileiro, parte do Movimento Comunista Internacional.

Para não muito me estender, limito-me a citar alguns exemplos da direção do ME por organizações comunistas, para melhor iluminação do cenário subversivo dos denominados “Anos de Chumbo” e dos dias atuais:

Depois de acirradas disputas se revezando na manipulação de estudantes, o PCB agia, por intermédio da tendência “UNIDADE“, enquanto o PC do B executava a mesma tarefa, sob a capa do grupo VIRAÇÃO”. A Convergência Socialista (CS), organização trotskista que sem ser molestada pela “repressão”, em 1978 registrou-se em cartório da cidade de São Paulo como personalidade jurídica, mostrando que não “chovia” tanto chumbo, como dizem, originava-se da reunião, em 1973, de exilados brasileiros no Chile os quais, antes da queda de Salvador Allende, lá procuravam se reorganizar sob a denominação PONTO DE PARTIDA (PP), em 1974 transformada na Liga Operária (LO) e, em 1978, dando lugar ao Partido Socialista dos Trabalhadores (PST) que muito trabalhou no âmbito do Movimento Operário (MO), para a criação do Partido dos Trabalhadores (PT). A CS atuava, inicialmente, no meio estudantil em busca de quadros para preencher funções de realce na cúpula daquela organização subversiva. Fundindo-se com o braço secundarista da revisionista Organização Socialista Internacionalista (OSI), o “LIBERDADE E LUTA” (LIBELU) gerou o grupo ALICERCE DA JUVENTUDE SOCIALISTA (AJS), dando prosseguimento à sua marcante atuação subversiva no ME.

Exemplo mais recente da manipulação de estudantes por partidos políticos comunistas foi noticiado no jornal O Globo de 13/07/2003: Entidades praticamente desconhecidas do público, como a União da Juventude Socialista (UJS) e a Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), orientadas por partidos políticos esquerdistas, na sede da UNE, situada no bairro do Catete/RJ, formavam comissão para promover badernas de rua, mascaradas pela reivindicação do passe livre. Tal comissão foi formada basicamente por agentes do PC do B, ao qual se liga a UJS e pelo Partido da Causa Operária (PCO), cujo braço estudantil é a AJR. Há ainda a Alternativa Socialista e o Fazendo a Diferença, braços do PT e a Juventude do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), fazendo os jovens de joguete do comunismo apátrida.

Continuando a navegar no site da UNE pude constatar que figuras ilustres e mais categorizadas do que eu, também estão prestigiando o ME, tais como: ex-presidentes e ex-militantes da UNE e da UBES, jornalistas como, por exemplo, Franklin Martins (1), cineastas, artistas, santas criaturas do clero esquerdista, líderes do Movimento dos Sem Terra (MST), entidades cubanas como a Organização Continental Latino Americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), a Federação Estudantil Universitária (FEU), a Federação Estudantil de Ensino Médio (FEEM), a União da Juventude Comunista de Cuba (UJC), a Central Globo de Comunicação, cujo diretor, Luis Erlanger, disse alegrar-se quando ouve o bordão “Globo e PC do B, tudo a ver”, autores de novelas da TV Globo, a Petrobrás, a Fundação Roberto Marinho, o jornal O Globo e o secretário-executivo do Ministério da Educação, Fernando Haddad, também integrante do grupo executivo da atual reforma universitária e da diretoria da UNE, além do ministro da Educação, Tarso Genro (2).

Prosseguindo, eis mais colaboração, fruto de relatórios de inquéritos, documentos e livros à disposição de interessados, pois de domínio público:

Da Resolução do Partido Comunista Brasileiro (PCB), baixada em outubro de 1961, transcrevemos o seguinte trecho:

“Dentre os setores da pequena burguesia, foram os estudantes que desempenharam o papel político mais ativo. A unidade e o desassombro dos estudantes, decretando a greve em todo o País, contribuíram para a ampliação e a firmeza da nossa luta”.

Em julho de 1962, o PCB lançou nova Resolução Política, na qual assim se manifestava:

“Nas cidades é, sobretudo, o movimento estudantil que expressa a crescente indignação das camadas médias, cada dia mais afetadas pela inflação, pelas dificuldades de abastecimento de gêneros mais essenciais, pelos problemas da habitação, transporte, saúde e educação. A greve nacional universitária revelou a força do movimento estudantil e seu crescente papel na vida política nacional”.

Ainda em 1962, a revista NOVOS RUMOS, número 200 (15/20 dezembro) – órgão de divulgação do PCB – publicava o que abaixo transcrevo, clarificando que o nacionalismo xenofóbico, no mais das vezes ingênuo e inconseqüente, sempre foi e será de mil e uma utilidades para o proselitismo dos comunistas, pois muita gente de boa cepa, por razões diversas que aqui não são oportunas, se presta ao triste papel de “colocar azeitonas em pastéis de recheio vermelho”:

“Ao mesmo tempo, devemos atuar no sentido de unir na frente nacionalista e democrática a pequena burguesia urbana, sobretudo os estudantes que constituem uma importante força revolucionária, assim como a intelectualidade progressista e a burguesia ligada aos interesses nacionais”.

No discurso proferido por João Goulart, no Rio de Janeiro, em 13 de março de 1964, no Comício das Reformas que assisti dentro do palanque instalado em frente ao edifício da Central do Brasil, posso citar o seguinte trecho no qual o presidente da República enfatizou o papel dos estudantes no processo que vinha se desenvolvendo, para transformar a República Federativa do Brasil numa República anarco-sindicalista:

“Também está consignada nesta mensagem (reformas – grifo meu), a reforma universitária reclamada pelos estudantes brasileiros, reclamada pelos universitários que sempre têm estado corajosamente na vanguarda de todos os movimentos populares e nacionalistas”.

Outro documento vindo de Moscou que, ao final da década dos anos 60, viria a instruir inquérito policial, apontava as universidades como um meio propício à difusão de idéias revolucionárias, como se segue:

“Sujeitos a continuas emoções, constantemente renovadas por nossos agentes, nem sempre sabem ou podem os estudantes controlar o seu estado emocional. Experimentam, destarte, de maneira exuberante, todas as manifestações do amor, do sexo, da arte, da pobreza e da beleza. É nas Universidades, onde os jovens de ambos os sexos se reúnem para debater problemas econômicos, históricos, políticos e sociais, para depois difundir as idéias revolucionárias, as quais não tardarão a frutificar”.

Para não ficar só falando dos russos, porque isso poderia causar desgostos aos representantes do atual Governo brasileiro que foram à China para se ilustrar sobre os direitos humanos, embora lá, estes sejam costumeiramente violados, a UNE poderia, também, consignar na memória do Movimento Estudantil a orientação contida em um boletim que, em 1969, lhe chegou às mãos, vindo de Pequim e que a seguir transcrevo:

“O manifesto antagonismo político e os protestos que se sucedem preocupam seriamente os estudantes do mundo capitalista. Os jovens se mostram entusiastas e extremamente ciosos dos seus direitos. Gostam de ser ouvidos e clamam ostensivamente pelos seus direitos. Nos últimos anos decidiram abandonar a razão, a ordem e a lei, para adotar o seu descontentamento político. Bem conduzidos e orientados por nossos experientes agentes, poderão chegar até mesmo à violência criminosa que, se preciso for, utilizaremos”.

No dia 7 de junho de 1962, na cidade de São Paulo, ocorreu uma greve de universitários de grandes proporções. No relatório do inquérito aberto pela polícia paulista, para apurar quais os seus responsáveis pode-se ler:

“Nela elementos não identificados, mas sensivelmente estranhos à classe estudantil, insuflavam o prosseguimento da greve, fazendo passar, de mão em mão, bilhetes datilografados, onde se lia: - Nossa campanha vai de vento em popa. Os fósseis já perderam a autoridade. Não tugiram nem mugiram, diante da nossa investida, estão acovardados e não se animam a reagir. Pé na tabua, enquanto os bons ventos estão soprando. Amanhã pode ser tarde. Os gorilas estão na moita. Não sabem o que pretendem. Mas os micos estão ativos. Cuidado com eles. Se houver pancadaria tratem de arranjar muitas vítimas. A imprensa está preparada e a nosso favor. Preparem as fotos. Devem ser feitas com atenção, por gente capaz. Não percam tempo. Nunca houve maior oportunidade. Governo avacalhado, divergências entre gorilas e Aragarças, bóia pela hora da morte. Descontentamento geral. Somos 34.000. Nem todos se afinam com o grupo, mas, por bem ou por mal, acabam aderindo. É só questão de jeito e vaselina. Gaita não falta para amolecer os duros e forçar os moles. Aguardem instruções dos sabidos”.

Outro registro digno de ser incorporado à Memória do ME, seria o que assim, em 1963, preceituava:

“Os estudantes devem pleitear, com maior energia e persistência, reivindicações cada vez maiores, prevalecendo-se da Reforma do Ensino em andamento. Há um todo interesse na criação de um clima de agitação e na desmoralização das autoridades universitárias, a fim de obrigar as autoridades federais a dar amplo e irrestrito apoio à União Nacional dos Estudantes. Para isso contamos com a conivência de muitos professores, livres-docentes, assistentes, antigos alunos e, sobretudo, com os “estudantes crônicos”, como ponto básico para alcançar o que pretendemos. Contamos, também, com o apoio de operários, e lavradores, interessados na luta armada para a posse da terra”.

Também poderiam fazer parte da Memória da UNE outras recomendações, contidas em um livreto, intitulado “CAMINHO DA HUMANIDADE – DAS CAVERNAS AO COMUNISMO”. Nele os propagandistas do credo vermelho recomendavam aos estudantes “uma ação politizadora intensa no seio das massas, feita por meio de aulas impressas, distribuídas aos ainda não engajados e aos operários”.

Stalin, em “Questões do Leninismo”, página 503, edição mexicana de 1941, produziu um ensinamento que acredito em muito ajudaria a UNE a mais arregimentar jovens estudantes para o seu “Movimento Salvador da Humanidade”. Lá, está dito:

“É certo que os jovens não possuem os conhecimentos necessários. Mas conhecimentos se adquirem. Hoje não os possuem, mas amanhã tê-los-ão. Por esse motivo o problema é ensiná-los até que assimilem o leninismo. Camaradas da Juventude Comunista: aprendei, ensinai o bolchevismo e empurrai os vacilantes! Falai menos e trabalhai mais e vereis como tudo marcha facilmente!”

Ainda no site da UNE encontrei algumas queixas sobre dificuldades financeiras daquela entidade que por uma lacuna na Memória do ME, para a qual agora contribuo, deixou de dizer que a fonte que secou vinha de Moscou, por intermédio, principalmente, da União Internacional de Estudantes (UIE). A UIE estava sediada em Praga, tinha como vice-presidente um brasileiro, - Nelson Vanuzzi - e se tornara praticamente na “Seção Estudantil do Cominform”, conforme referência do Presidente da União Nacional de Estudantes da Inglaterra. Bem se encaixaria nessa lembrança o fato da UIE ter financiado em 1963, em Salvador/Bahia, o Seminário Internacional de Estudantes dos Países Subdesenvolvidos e, inclusive, ter contribuído com cinco mil dólares, para subsidiar a Campanha de Alfabetização de Adultos, patrocinada pelo Ministério da Educação e Cultura de Jango Goulart, naquela época dirigido por um outro Tarso:

“O também comunista Paulo de Tarso Santos, um dos elementos que, juntamente com o frade jesuíta Cardonnel, o padre brasileiro Henrique de Lima Vaz e o estudante Herbert José de Souza - vulgo Betinho –, exerceu grande influência na estruturação da organização marxista-leninista Ação Popular (AP), cria da esquerda clerical católica”.

Seria de grande significado para o Movimento Estudantil brasileiro e, portanto, digno de registro na memória da UNE, o intenso relacionamento da UNE com a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), inicialmente uma entidade apolítica, criada em 1945, mas já em 1949 dominada pelos comunistas. Tinha a sua sede em Budapeste, após ter sido expulsa da França e se transferindo para Praga durante a Revolução Húngara.

Também seria de imenso valor histórico para a posteridade, a menção na Memória do Movimento Estudantil, de que da mesma forma que atualmente o PT seleciona os estudantes para cursos em Cuba, cabia ao PCB a seleção dos estudantes brasileiros que naquela época deviam freqüentar escolas soviéticas, como a Universidade Patrice Lumumba ou os centros de treinamento guerrilheiro e politização da Tchecoslováquia.

O contato permanente da UNE com a subversiva Central Geral de Trabalhadores (CGT), no seio da Frente de Mobilização Popular e o comparecimento de instrutores cubanos de guerrilhas na sua sede social, julgo seja outra valiosa informação colaboradora que presto ao projeto de Memória daquela agremiação de estudantes que, conforme nos contou o Arnaldo Jabor (O Globo de 17/8/2004), era um celeiro de gatinhas que eram convencidas da necessidade da prática do amor livre nos “aparelhos”, para que o imperialismo ianque fosse aniquilado.

Para que o clero esquerdista não me acuse de parcial, devo falar da estreita colaboração de dois grandes “padrinhos” do Movimento Estudantil que, se não homenageados pelos organizadores da memória estudantil, sem dúvida, serão injustiçados: que me perdoem a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e um sem número de outros “religiosos” progressistas, brasileiros e estrangeiros.

D. Evaristo Arns e D. Helder Câmara merecem destaque. D. Arns que em 1964 foi de encontro às tropas que deram o “Kick off” na Contra–Revolução de 1964, para abençoá-las, em 1978 fez publicar no periódico da sua Arquidiocese a realização do II Encontro da Pastoral Universitária, a realizar-se de 28 a 30 de julho na cidade de São Paulo, com a participação dos estudantes das Comunidades Universitárias de Base de São Paulo/SP, Rio Grande do Sul, Lins/SP, Ribeirão Preto/SP, Belo Horizonte/ MG, Juiz de Fora/MG, Rio de Janeiro/RJ, Bauru/SP e São José do Rio Preto/SP. Essa divulgação de Sua Eminência Reverendíssima revelava que a “Comunhão de Base” estava se articulando na Universidade de São Paulo e em outras cidades. Reiterava o papel crítico que pode assumir a universidade na transformação da sociedade, aduzindo que o Encontro foi restabelecido após 10 anos de interrupção. Concluía que o momento era de construção.

D. Helder, por sua vez, em novembro de 1977 publicou na Arquidiocese de Olinda e Recife o documento intitulado Assembléias, nº 2, contendo as diretrizes operacionais para o Movimento Estudantil, sob o título “Movimento Estudantil e Pastoral Estudantil”. Segundo esse documento a educação, em qualquer sistema social, situava-se ao nível de superestrutura e, em conseqüência, quem procurasse operar mudanças no âmbito educacional, estaria contribuindo para a mudança do sistema social. Quanto ao Movimento Estudantil, o Reverendíssimo D. Helder, assim se manifestou nesse mesmo documento:

“O Movimento Estudantil é a mobilização e organização dos estudantes para lutar contra esse estado de coisas (contradições sociais – grifo meu). Ele surgiu e se fortaleceu com o objetivo específico de lutar por uma educação libertadora e pela construção de uma sociedade autenticamente democrática. A Igreja está a serviço do Homem e tem uma tarefa de libertação”. (Grifo do documento)”.

Embora mais tivesse para contar, para não cansar os meus leitores fico por aqui com a minha pequena mas sincera e humilde colaboração ao Projeto da Memória do Movimento Estudantil da UNE.

Entretanto, quero aproveitar o ensejo para ressaltar a enorme responsabilidade da família e da escola para que os nossos jovens não sejam utilizados como bucha de canhão, por mãos perversas, como se pode ver, resumidamente, acima, no meu atendimento ao apelo da UNE e no filme “O que é isso, companheiro?”, baseado no livro do ex-militante da UNE, guerrilheiro urbano e seqüestrador, o hoje deputado federal, Fernando Gabeira. Nesse filme se vêem “chefões”, se resguardando e motivando jovens carentes, desassistidos e maldosamente pervertidos, para irem às ruas levarem pancadas da polícia, etc.

Enfatizando a importância da família como primeira responsável pela formação básica do caráter da prole e da escola, genericamente, como encarregada da complementação educativa que desde as primeiras letras à fase universitária constrói ou deforma elite do amanhã, apresento o resultado do teste de personalidade de Rorschach, para aferição do perfil psicológico, ao qual foram submetidos, voluntariamente, 44 jovens, dentre os estudantes presos no Rio de Janeiro em 1968.

Dos 44 examinados, 32 (73%) foram considerados como pessoas portadoras de sérias dificuldades de relacionamento, escasso interesse humano e social ou angustias por imensa dificuldade de comunicação. Como imaturos foram apontados 23, dos quais, cerca da metade, estava incluída no grupo de difícil relacionamento; 18 foram incluídos no grupo dos desajustados, sendo que 3/4 dos mesmos pertenciam ao grupo dos difíceis.

Posteriormente foi verificado, por intermédio de um questionário aplicado por psicólogos que desconheciam a aplicação do teste, que esses jovens, na sua maioria, provinham de lares mal estruturados por problemas de alcoolatria, prevaricação, conflitos entre os pais, abandono dos seus chefes, privações financeiras, tiveram perversores na vida escolar que mais agravaram os seus desajustes e inundaram seus corações de ódio.

Finalizo, lembrando que o futuro de uma Nação pode ser visualizado na justa medida da preponderância ou não da família organizada, da isenção ou engajamento ideológico no ensino escolar e do espírito cristão, suplantando ou sucumbindo ao materialismo.


NOTAS:

(1) FRANKLIN DE SOUZA MARTINS ("WALDIR", "FRANCISCO", "MIGUEL", "ROGERIO", "COMPRIDO", "GRANDE", "NILSON", "LULA")

- Filho do falecido senador esquerdista Mário Martins, ingressou no PCB em 1966, atuando no Comitê Secundarista da então Guanabara.

- Foi militante da DI/GB e do MR-8. Foi presidente do DCE/UFRJ e vice-presidente da UNE.

- Em Out 68, foi preso no Congresso da UNE, em Ibiúna.

- Em Abr 69, foi eleito para a Direção Geral do MR-8 e, em meados desse ano, participou do seqüestro do embaixador dos EUA.

- Em fins de 1969, fugiu do Brasil no esquema da ALN, indo fazer curso em Cuba.

- Refugiou-se em Santiago do Chile, onde, em Dez 72, foi eleito para a nova Direção Geral do MR-8; regressou ao Brasil em Fev 73, indo estruturar o Comitê Regional de São Paulo.

- Atualmente (e desde há alguns anos), trabalha como comentarista político da Rede Globo de TV e já foi diretor da sucursal do jornal "O Globo" em Brasília/DF.

- Redigido por Franklin Martins e Fernando Gabeira e aprovado por Joaquim Câmara Ferreira, o "Velho" ou "Toledo", ficou pronto o panfleto que seria deixado no carro do embaixador após a ação.

- Esse manifesto inseria o seqüestro dentro do contexto das demais ações terroristas, classificando-o como um "ato revolucionário". Fazia propaganda "anti-imperialista", acusando o embaixador de representante dos "interesses espoliativos norte-americanos no Brasil". Exigia a libertação de quinze presos políticos - a serem anunciados oportunamente - que deveriam ser conduzidos para a Argélia, Chile ou México, onde lhes deveria ser concedido asilo político. A outra exigência era "a publicação e leitura completa dessa mensagem nos principais jornais e estações de rádio e televisão de todo o país".

- Finalizando o manifesto, um ultimato concedia 48 horas para o governo aceitar as condições impostas e mais 24 horas para que os presos fossem transportados para o exterior em segurança; o não atendimento das condições acarretaria o assassinato - segundo eles, o "justiçamento" - do embaixador americano. O manifesto era assinado pela Aliança Nacional Libertadora (ALN) e pelo Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).


(2) TARSO FERNANDO HERZ GENRO ("CARLOS, "RUI")

- Gaúcho de Santa Maria/RS, onde foi Aspirante R/2 de Artilharia.

- Em 1966, atuava na UNE e era militante do PC do B. Atraído para a luta armada, saiu do PC do B e ingressou, em 1968, na Ala Vermelha. Em 1970, ficou preso durante três dias no DOPS; solto, fugiu para o Uruguai. Na década de 80, foi militante do clandestino Partido Revolucionário Comunista (PRC). Ingressou no PT, pelo qual foi deputado federal e vice-prefeito de Porto Alegre.

- Ex-prefeito de Porto Alegre, candidatou-se ao governo do Estado, tendo perdido em 2º turno.

- Atualmente (2004) é o Ministro da Educação do Governo de Lula da Silva e envida seus melhores esforços numa Reforma do Ensino, nitidamente, consentânea com a ideologia totalitarista que continua professando.


Obs.: O coronel do Exército Jorge Baptista Ribeiro é membro do Grupo Inconfidência, de Belo Horizonte, MG, que edita o jornal Inconfidência - http://www.jornalinconfidencia.com.br/site/ (F. Maier).


UNE: Organização-pelego, de Getúlio a Lula


por Félix Maier

Resumo: Revendo a história da UNE, comprova-se que a entidade estudantil nasceu como um pequeno pelego da ditadura varguista, para se transformar, durante a Guerra Fria, num importante onagro a serviço do Movimento Comunista Internacional (MCI), dirigido por Josef Stalin. Hoje, o órgão de fachada estudantil não passa de uma falange totalitária a serviço do PT, PCdoB e PSol.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), tropa de choque do governo Lula, é co-irmã de outras falanges totalitárias atuantes no Brasil, como o MST e a CUT. Com modus operandi semelhante aos "balilas" e "filhos da loba" de Mussolini, e das SS de Hitler, todos esses onagros vermelhos prosperam com farto dinheiro público, seja por meio da bilionária verba do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), seja por desvios de verbas de estatais, como os Correios e a Petrobrás, ou do próprio erário. Por isso, não deveria causar nenhuma estranheza quando as três bocarras desse cérbero socialista grunhiram na Esplanada dos Ministérios, em 2005, para um "protesto a favor" do principal responsável pela rapinagem do mensalão: o presidente Lula.
Para conhecer melhor a UNE e, desta forma, colaborar com a Memória do Movimento Estudantil, nada melhor do que acompanhar a trajetória deste onagro vermelho. Durante o 2º Congresso Nacional de Estudantes, realizado em 1938, foi feita a proposta de criação da UNE, que teve sua 1ª Diretoria eleita em 1939.

Inicialmente, a UNE era apolítica. Entre 1940 e 1943, mobilizou a opinião pública e o Governo para participar da II Guerra Mundial contra o nazifascismo. Era tutelada pela ditadura Vargas e funcionava em uma sala do Ministério da Educação.

A partir de 1943, começa a insurreição, com comunistas e democratas lutando contra a ditadura getulista. A partir de 1959, aprofunda-se a marxização da UNE; nos anos 60, as organizações que dividiam as massas operárias, além da UNE, eram a JUC, o PC (que atuava através de seus diretórios estudantis), a Política Operária (POLOP) e a Quarta Internacional. Eram todos de esquerda, com dosagens diversas de ideologia marxista. O Partido de Representação Acadêmica (PRA), criado na Faculdade de Direito da USP, era considerado de Direita.

Também nos anos 60, dá-se o encontro ideológico, reunindo a JUC, a Esquerda Católica e o Esquerdismo marxista. A Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) desempenhou papel importante na agitação estudantil e no processo de marxização da Universidade. "Onde o professor é de tempo parcial, como na maioria da América Latina, a tendência dos estudantes é dar mais atenção a preocupações não acadêmicas, inclusive políticas". (Seymor Martins Lipset, University Students and Politics in Underdeveloped Countries, in "Minerva", Vol. III, nº 1, 1964, pg. 38-39).

As "Libélulas da USP"

A USP foi fundada em 1934, no governo Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni numa das matrizes de difusão do Marxismo. Nos anos 60, atuava na USP a Libelu (Tendência Liberdade e Luta), grupo estudantil-lambertista (Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional - Trotskista). O ex-ministro da Fazenda do governo Lula, Antônio Palocci, foi um de seus integrantes.

As "libélulas da USP" passaram a formar a intelectualidade marxista existente principalmente na Faculdade de Filosofia e Letras da USP, onde hoje há o maior número de PhD em "lingüística de pau" (http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/12/341135.shtml) por metro quadrado no país: Emir Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder, Paul Singer etc. O costumeiro embuste das "libélulas" pôde ser visto no seminário "O silêncio dos intelectuais", que teve à testa a petista Madame Chauí com seu costumeiro chuaaá de bobagens marxistas em defesa do indefensável: a república dos bandidos que se instalou no Brasil.
Além dessas "libélulas" ainda atuantes na USP, podemos citar FHC, que alçou vôo extra muros, tornou-se presidente e pediu para que todos esquecessem o que escreveu quando era filiado à Ordem dos Odonatos. Atualmente, FHCannabis passa boa parte de seu tempo defendendo a descriminalização da maconha. Andará tragando alguma erva?

No dia 28 de março de 1964, os Diretórios Acadêmicos das Faculdades Nacionais de Direito (CACO) e da Filosofia, da Universidade do Brasil, mais o de Sociologia da PUC, lançaram manifesto de apoio aos marinheiros e fuzileiros em greve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.
No dia 31 de março do mesmo ano, membros da UNE exigiram de Jango armas para a resistência contra o levante de Minas, mas tiveram que se contentar com "manifestações antigolpistas" na Cinelândia. Com a depredação da sede da UNE, o seu presidente, "apista" (http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=35800&cat=Artigos&vinda=S%20 ) José Serra, empossado em 1963, pediu asilo à Embaixada do Chile. "Terminava, assim, o ciclo de agitação estudantil, que depois iria se desdobrar em trágicas conseqüências, no terrorismo e na ilegalidade" (José Arthur Rios, in Raízes do Marxismo Universitário). O mesmo Arthur Rios é autor de famosa frase: "Pais positivistas, filhos comunistas, netos terroristas". Nada mais exato.

Na "campanha nacional de alfabetização", no Governo Goulart, a UNE recebeu 5.000 dólares de Moscou - uma prova material do "ouro de Moscou" -, por intermédio da União Internacional dos Estudantes (UIE), com sede na Tchecoslováquia, um dos mais famosos onagros comunistas daquela época.

1968 - O quente "ano de dinamite"

Inicialmente, convém lembrar que na década de 1960 vivíamos um período crítico da Guerra Fria, com muitos movimentos guerrilheiros marxistas sendo instalados em vários países da América Latina. Em 1967, a Tricontinental, em Cuba, com a presença de Carlos Marighela e do Senador Salvador Allende, entre outros, havia criado a Organización Latinoamericana de Solidariedad (OLAS), cujo objetivo era "criar um Vietnã em cada país sul-americano", no dizer do ditador Fidel Castro. Che Guevara havia tentado levar essa revolução "foquista" para a Bolívia, onde foi morto no dia 8 de outubro de 1967. Não é por acaso que depois da criação da OLAS se intensificaram os atos terroristas no Brasil, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

A partir de 1968, surgiram a ALN de Marighela, de João Alberto Capiberibe (ex-Governador do Amapá) e do Ministro da Justiça de FHC, Aloysio Nunes "Ronald Biggs" Ferreira, a VPR de Lamarca e do ex-Presidente da Petrobrás, Henri Reischtul, o MR-8 de Gabeira e Carlos Minc, a VAR-Palmares de Bete Mendes e Dilma Roussef, e a AP de Betinho e José Serra. Em 1969, a VAR-Palmares participou do roubo de um cofre em Santa Tereza, Rio, que pertenceria ao ex-Governador Adhemar de Barros, quando foram levados 2,5 milhões de dólares, sendo 1 milhão desviado para o Governo da Argélia onde atuava Miguel Arraes junto à Frente Brasileira de Informações (Cfr. http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/fbi-um-onagro-franco-argelino.html).

O farol que iluminava todos aqueles atos terroristas era sempre Cuba, que oferecia cursos de guerrilha em Pinar del Río e que bem antes do contragolpe de 31 de março de 1964 já oferecia ensino guerrilheiro às Ligas Camponesas. Por isso, deve ser dito com todas as letras que tais movimentos não visavam libertar o Brasil da ditadura militar, como proferem as esquerdas hoje em dia, mas levar o Brasil à ditadura do proletariado, à ditadura comunista. Fosse o Brasil governado por militar ou civil, os atos terroristas teriam ocorrido de qualquer forma, considerando que um governo civil não estivesse compactuado com os comunistas, como ocorria durante o Governo de Jango.

Em 1968, havia uma ânsia incontida de muitos políticos em assumir as principais funções públicas do país, sonho retardado desde o já bastante longínquo 31 de março de 1964 - uma eternidade para os políticos mais ambiciosos, especialmente os que desejavam assumir a Presidência da República, como Juscelino, Jango, Brizola e Lacerda. Por isso, havia no Congresso um descontentamento geral, tanto entre os parlamentares "imaturos" da oposição, do PMB, quanto entre os políticos da Arena, que mais atrapalhavam o Governo do que ajudavam. "Abrir o nó" que apertava as instituições democráticas, naquele momento, era uma temeridade, pois o país poderia voltar aos anos de anarquia que antecederam o 31 de março de 1964. Pode-se provar, com uma longa lista de eventos ocorridos em 1968 (https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/2008-40-anos-do-ai-5.html), que o fechamento do Congresso foi devido a algo muito mais grave do que um discurso "pinga-fogo" feito intempestivamente pelo deputado federal Márcio Moreira Alves, o "Marcito", por mais que os detratores do governo militar queiram afirmar o contrário. Revolução Estudantil - de Paris ao Rio

Nesse mesmo ano de 1968, houve um crescendo na agitação estudantil de todo o país, fruto da "Revolução Cultural" implementada na China por Mao Tsé-Tung, com os famigerados livros vermelhos, que atingiu também Paris, quase derrubando o Governo Charles de Gaulle, e pela OLAS de Cuba, prometendo "um Vietnã em cada país latino-americano". Em Paris, os estudantes eram influenciados pelas idéias neomarxistas de Marcuse e pelo líder estudantil Daniel Cohn Bendit, além de movimentos mundiais contra a Guerra do Vietnã, contestada principalmente pelos negros americanos.

Muitos estudantes, brasileiros ou não, queriam ser os "novos guevaras", após o "martírio" de Che na Bolívia, em 1967. A agitação estudantil era insuflada principalmente pela UNE, pela Ação Popular (AP), pela Dissidência da Guanabara (DI/GB), pelo Comando de Libertação Nacional (COLINA), pelo Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ala Marighela (posterior Ação Libertadora Nacional - ALN). Os principais líderes estudantis eram Vladimir Palmeira e Franklin Martins, da DI/GB, e José Dirceu, da ALN, antes de pertencer aos quadros do Movimento de Libertação Popular (Molipo), criado pelo chefe do serviço secreto de Cuba, Manuel Piñero, o "Barbaroja".

Convém lembrar que a AP promoveu o bárbaro atentado terrorista no Aeroporto de Guararapes, em 1966, quando morreram um almirante e um jornalista, e cerca de 15 pessoas ficaram feridas, algumas mutiladas para o resto da vida. O mentor intelectual do ato terrorista foi o ex-padre Alípio de Freitas, o qual recebeu posteriormente indenização de mais de R$ 1 milhão (Cfr. http://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&task=view&id=2269&Itemid=34).

No dia 28 de março de 1968 foi morto no Rio o estudante Edson Luís de Lima Souto, em um choque de estudantes contra a polícia. Havia sido criado um mártir para as esquerdas. Durante seu enterro, foi depredado um carro da Embaixada americana e incendiado um carro da Aeronáutica.

No dia 31 de março, uma passeata de estudantes contra a Revolução deixou 1 pessoa morta e dezenas de policiais da PM feridos no Rio.

No dia 19 de junho, liderados por Vladimir Palmeira, presidente da UNE, 800 estudantes tentaram tomar o prédio do MEC no Rio, ocasião em que 3 veículos do Exército foram incendiados.

No dia 21 de junho, no Rio, 10.000 estudantes incendiaram carros, saquearam lojas, atacaram a tiros a Embaixada Americana e as tropas da PM, resultando 10 mortos, incluindo o sargento da PM, Nélson de Barros, e centenas de feridos.

No dia 22 de junho, estudantes tentaram tomar a Universidade de Brasília (UnB).

No dia 24 de junho, estudantes depredaram a Farmácia do Exército, o CityBank e a sede do jornal O Estado de S. Paulo.

No dia 26 de junho ocorreu a "passeata dos 100 mil", no Rio, e o assassinato do soldado Kozel, em São Paulo.

No dia 3 de julho, estudantes portando armas invadiram a USP, ameaçando colocar bombas e prender generais.

No dia 4 de julho, a "passeata dos 50 mil" tinha como principal bordão "só o povo armado derruba a ditadura". No dia 29 de agosto, houve agitação no interior da UnB, ocasião em que foi preso o militante da AP, Honestino Guimarães, presidente da Federação de Estudantes Universitários de Brasília (FEUB). O deputado Mário Covas lhe deu solidariedade. Honestino, depois do episódio, passou a ser um "desaparecido político", até hoje não se sabe que destino teve.

No dia 3 de outubro, choques entre estudantes da USP e do Mackenzie ocasionaram a morte de um deles, baleado na cabeça.

No dia 12 de outubro realizou-se o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, SP. A polícia prendeu os participantes, entre os quais Vladimir Palmeira, José Dirceu e Franklin Martins. No "Woodstock" tapuia de Ibiúna foram encontradas drogas, bebidas alcoólicas e uma infinidade de preservativos usados. Havia uma "escala de serviço" de moças para atendimento sexual. Os líderes estudantis, em acordo com Marighela e com o Governo de Cuba, haviam chegado à conclusão de que o estopim para a luta armada viria de uma prisão em massa de estudantes, envolvendo comunistas e inocentes úteis, e jogaria essa massa nos braços da luta armada. Posteriormente, José Dirceu, antigo Rasputin do governo Lula, foi solto, junto com outros terroristas, em troca da vida do embaixador americano Charles Elbrick, seqüestrado em 1969 por Fernando Gabeira, Franklin Martins e outras estrelas do atual cenário pútrido nacional.

No dia 15 de outubro, estudantes tentaram tomar o prédio da UNE, queimando carros oficiais. Fernando Gabeira participou do ato terrorista.

O "Partido da Carteirinha do Brasil"

Nos últimos anos, o Partido Comunista do Brasil (PC do B), em rodízio com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), tornou-se um dos "donos" da UNE. Durante muito tempo, os falsos estudantes da organização fizeram uma festa imensa, com direito a diárias e serviços de hotelaria no Brasil e no exterior, por conta do sacrossanto e exclusivo direito de emitir carteiras estudantis, em média ao preço de R$ 15,00. Foi uma farra e tanto, até o Governo FHC desmamar o guloso bezerro mamão. Por conta daquela boquinha, o Partido do finado João Amazonas era conhecido como o "Partido da Carteirinha do Brasil"...

Porém, neste governo Lula, a orgia pecuniária dos falsos "caras-pintadas" continua, agora com vultoso dinheiro público. "Sabemos que a UNE é uma entidade composta em sua grande maioria de universitários que se beneficiam do "paga-meia" (carteirinha que dá descontos aos estudantes universitários em estabelecimentos comerciais) e não se identificam com a ideologia que esta entidade carrega. Uma entidade estudantil deveria preocupar-se com a vida universitária, a qualidade de ensino no país e um posicionamento não ideológico e apartidário em defesa dos estudantes, mas o que ocorre é que a UNE é entidade comunistóide, herdeira de uma ideologia falida e sanguinária e um símbolo de inoperância prática em defesa de sua classe. Logicamente a liderança da UNE está querendo manter seu caixa, pois já recebeu, somente neste ano de 2005, mais de 1 milhão de reais do governo Lula. Com esta mamata em jogo, a UNE sai em defesa de uma fonte de renda formidável e, independente da culpabilidade do presidente, defendem sua permanência no poder. Eles não estão querendo fazer uma canja com a galinha que bota ovos de ouro. Isto prova que a UNE não tem nenhum interesse em defender estudantes e a qualidade do ensino universitário no Brasil, juntamente com alguns outros movimentos anti-democráticos e pró-comunistas como o MST, tanto que defendem o vergonhoso financiamento público de campanha, onde o povo pagará as campanhas dos candidatos nas eleições" (Edison Evaristo Vieira Junior, em 21/08/2005).

No dia 6 de agosto de 2005, um Boeing 707 da Força Aérea Brasileira (FAB) levou 140 estudantes brasileiros, de São Paulo para Caracas, capital da Venezuela, para participar do 16º Festival Mundial da Juventude. Se não fosse a ajuda do corrupto governo Lula, que mistura o bem público e o privado com a maior desenvoltura, os "caras-pintadas-de-pau" seriam obrigados a desembolsar algo em torno de R$ 318.700,00 (R$ 2.276,43 por cabeça) para viajar em um avião comercial.

O Comando da Aeronáutica não notou nenhum problema em ceder o avião, argumentando que os estudantes viajaram num cargueiro do Correio Aéreo. E daí? A safadeza seria a mesma se os "caras-sujas" brasileiros tivessem viajado no Air Force Fifty One, vulgo "Aerolula". Desde 2004, pelo menos uma viagem mensal é realizada pelo Correio Aéreo às capitais sul-americanas.

Um questionamento grave se coloca, face às conhecidas maquinações do governo petista: a FAB não estaria sendo inocentemente colocada a serviço do Foro de São Paulo, organização socialista que visa a criação de uma União Soviética local, a União das Repúblicas Socialistas da América Latina (URSAL)? (Qualquer semelhança entre a URSAL e a recém-criada Unasul não é uma simples coincidência.) Sabe-se que as FARC são sócias do PT neste sonho das esquerdas, de "recuperar na América Latina tudo o que o socialismo perdeu no Leste europeu", segundo as palavras de Fidel Castro, sócio do PT na criação do mais recente onagro vermelho. Convém lembrar que durante o governo do comunista Salvador Allende, a LAN Chile era utilizada para transportar armas e drogas de Cuba para Santiago, sem passar pela vigilância da alfândega. A FAB não poderia passar a exercer trabalho semelhante, junto aos narcoterroristas da Colômbia? Acusações já foram feitas pelo deputado federal Alberto Fraga, do Distrito Federal, de que as FARC teriam remetido US$ 5 milhões para a campanha presidencial de Lula, em 2002.

No dia 1º de setembro de 2005, Gustavo Peta foi reeleito presidente da UNE. Compareceram à solenidade de posse todas as falanges do governo Lula, como a CUT, o MST, a Contag, a Conan, além de parlamentares de vários partidos e figuras ilustres do "valerioduto", como José Dirceu, que recusou o convite para compor a mesa. O apoio que o senador Arthur Virgílio deu ao onagro socialista, comparecendo e discursando no evento, comprova que o PT e o partido de FHC são autênticos irmãos siameses: "Não tenho a menor dificuldade em estar aqui. Tem uma aliança dentro da UNE entre a juventude do PSDB e o PC do B", garantiu o senador eleito por Amazonas.

De 2004 até meados de 2009, a UNE recebeu R$ 10 milhões da União. Desses recursos, R$ 7 milhões foram repassados somente nos últimos dois anos. Nada mal para quem recebeu R$ 1 milhão durante os 8 anos do governo FHC. Pelo menos 9 acordos firmados com o Ministério da Cultura, no valor de R$ 2,9 milhões, estão em situação irregular. O atual chefete do onagro vermelho, Augusto Chagas, ligado ao Partido da Carteirinha, prometeu devolver o dinheiro, só não se sabe como, já que tudo foi torrado em festanças como o 51º Congresso Nacional de UNE, que contou com a presença de Lula, e projetos fajutos, como o Sempre Jovem e o Sexagenária, que tinham como meta produzir 10.000 livros e um documentário sobre a história estudantil secundarista. A única produção feita pela UNE até agora foi sumir com o dinheiro público. Vale acrescentar que o onagro recebeu o apoio de sete ministérios, da Caixa, dos Correios e da Petrobrás, para as festividades de seu Congresso Nacional. "O presidente Lula é o primeiro a participar de um congresso da UNE em 71 anos de história", destacou a então presidente da entidade, Lucia Stumpf, também ligada ao Partido da Carteirinha. Na ocasião, Lula foi ovacionado com o bordão "Lula, guerreiro, do povo brasileiro"...

O 51º Congresso Nacional da UNE, realizado no período de 15 a 19 de julho de 2009, reuniu cerca de 10.000 alunos e notabilizou-se pela sujeira e promiscuidade de seus integrantes que ficaram hospedados nos 10 centros de ensino público da Capital Federal. No Centro de Ensino Fundamental 01, do Lago Norte, os porcalhões universitários tomavam banho na horta comunitária da escola e ainda defecavam em cima das plantações. Na mesma escola, muitos, completamente nus, tomavam banho no pátio, constrangendo funcionários e vizinhos. Na Escola Classe do Varjão, a exemplo dos terroristas do MST, os baderneiros da UNE destruíram todas as plantas do projeto Ciência em Foco. Em todas as escolas onde os porcos da UNE se hospedaram, foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas, preservativos, drogas e lixo, muito lixo.

Revendo a história da UNE, comprova-se que a entidade estudantil nasceu como um pequeno pelego da ditadura varguista, para se transformar, durante a Guerra Fria, num importante onagro a serviço do Movimento Comunista Internacional (MCI), dirigido por Josef Stalin. Hoje, o órgão de fachada estudantil não passa de uma falange totalitária a serviço do governo Lula, que, em retribuição ao apoio prestado, distribui verba milionária aos fantoches estudantis. O onagro vermelho não conseguiu livrar-se da pele de urso que veste, embora se apresente aos incautos com uma alva e cândida pele de ovelha. Os governos militares agiram corretamente em lançar no ostracismo essa entidade parasita que sangra os cofres públicos em nome de uma ideologia já enterrada em muitas partes do mundo.


Escravidão educacional para crianças de 4 anos (Julio Severo - Direito - 04.11.09)
Muros que não ruíram (Ernesto Caruso - Movimento Revolucionário - 28.11.09)
A mão que balançou o berço (Nivaldo Cordeiro - Movimento Revolucionário - 06.11.09)
FHC e o tema de nosso tempo (Nivaldo Cordeiro - Movimento Revolucionário - 03.11.09)
O Brasil elegerá Nosferatu? (Nivaldo Cordeiro - Movimento Revolucionário - 17.10.09)
PLC 122/06: Senado minimiza resultado da enquete (Julio Severo - Governo do PT - 04.12.09)
A Candidata Dilma (Ipojuca Pontes - Governo do PT - 01.09.09)
A Colômbia que fique firme (Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido - Foro de São Paulo - 12.11.09)
A burguesia indefesa (Olavo de Carvalho - Editorial - 17.08.09)
A palestra do Pe. Paulo Ricardo (Nivaldo Cordeiro - Conservadorismo - 05.09.09)


Comentários

#1 Euclides de Oliveira Jr 05-12-2009 04:01
Prezado Felix Mayer, seu artigo merece ser arquivado como histórico. Será uma referência para mim. Obrigado por ter empregado seu tempo nele.

#2 Luciano Pereira Dias 05-12-2009 08:57
Belíssimo artigo. A UNE nunca defende os interesses dos alunos ou luta por um ensino melhor. Corja de vermelhos desocupados...

O AI-5 e a TV Lumumba

por Félix Maier

No dia 31 de março de 2001 foi apresentado pela TV Cultura o documentário “AI-5 – o dia que não existiu”, dirigido pelo jornalista Paulo Markun. Foi um trabalho conjunto da TV Stálin com a TV Lumumba (1), ou, para os não-iniciados, a TV Câmara e a TV Cultura.

O AI-5 é sempre apresentado, com razão, como sendo o ato que firmou a ditadura no Brasil, já que o Congresso funcionava com uma certa autonomia. Decretado em 13 de dezembro de 1968 pelo Presidente Costa e Silva, o AI-5 permitia ao chefe de governo cassar mandatos, suspender direitos políticos e legislar em substituição ao Congresso Nacional após decretar-lhe o recesso.

O contragolpe de 31 de março de 1964 havia sido um movimento legítimo, implorado e exigido pela população brasileira, como o visto na “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, organizada por mulheres em São Paulo, no dia 19 de março de 1964, que levou às ruas um contingente de 500.000 pessoas, para que os militares dessem um basta à desordem pública promovida pelo presidente João Goulart e pelo “incendiário” Leonel Brizola. No dia 2 de abril, mais de 1 milhão de cariocas foram às ruas agradecer a intervenção das Forças Armadas, ostentando bandeiras e cartazes condenando o comunismo. Um dos primeiros atos de Castello Branco foi promover a “Operação Limpeza”, uma verdadeira faxina geral que se fazia necessária para limpar o país dos corruptos e dos comunistas conspiradores. Até mesmo Márcio Moreira Alves, parlamentar de oposição ao novo Governo, foi a favor dos atos do Governo Castello Branco, como afirma em seu livro "O Despertar da Revolução Brasileira": “O protesto que escrevi era uma crítica por dentro. De um modo geral era eu simpático ao governo militar” (pg. 50). Para “Marcito”, foi um alívio ver a saída de Jango, pois "Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto... Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos... e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras" (op.cit., pg. 51 e 52).

O “protesto” escrito por Moreira Alves, como ele se refere ao discurso feito na Câmara dos Deputados, é visto como o motivo principal do endurecimento do Governo militar. Porém, se nos recordarmos dos atos terroristas ocorridos em 1968, e mesmo em anos anteriores, antes daquele fatídico 13 de dezembro, poderemos concluir que o discurso moleque de Moreira Alves foi apenas a gota d’água que faltava para entornar uma panela que já fervia durante o ano inteiro.

Inicialmente, convém lembrar que vivíamos um período crítico da guerra fria, com muitos movimentos guerrilheiros marxistas sendo instalados em vários países da América Latina. Em 1967, a Tricontinental, em Cuba, com a presença de Carlos Marighela e do Senador Salvador Allende, entre outros, havia criado a Organización Latinoamericana de Solidariedad (OLAS), cujo objetivo era “criar um Vietnã em cada país sul-americano”, no dizer do ditador Fidel Castro. Che Guevara havia tentado levar essa revolução “foquista” para a Bolívia, onde foi morto no dia 8 de outubro de 1967. Não é por acaso que depois da criação da OLAS se intensificaram os atos terroristas no Brasil, especialmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A partir de 1968, surgiram a ALN de Marighela, de João Alberto Capiberibe (atual Governador do Amapá) e do Secretário de FHC, Aloysio Nunes Ferreira, a VPR de Lamarca e do Presidente da Petrobrás, Henri Reischtul, o MR-8 de Gabeira e Carlos Minc, a VAR-Palmares de Bete Mendes (em 1969, a VAR-Palmares participou do roubo de um cofre em Santa Tereza, Rio, que pertenceria ao ex-Governador Adhemar de Barros, quando foram levados 2,5 milhões de dólares, sendo 1 milhão desviado para o Governo da Argélia onde atuava Miguel Arraes frente à FBI), a AP de Betinho e José Serra. Deve-se acrescentar que a irmã francesa de Reischtul, Pauline, também “militante” da VPR morreu em um tiroteio com a polícia, em Recife, em janeiro de 1973, depois de realizar um curso em Cuba. O farol que iluminava todos aqueles atos terroristas era sempre Cuba, que oferecia cursos de guerrilha em Pinar del Río (2) e que bem antes do contragolpe de 31 de março de 1964 já oferecia ensino guerrilheiro às Ligas Camponesas (3). Por isso, deve ser dito com todas as letras que tais movimentos não visavam libertar o Brasil da ditadura militar, como proferem as esquerdas hoje em dia, mas levar o Brasil à ditadura do proletariado, à ditadura comunista. Fosse o Brasil governado por militar ou civil, os atos terroristas teriam ocorrido de qualquer forma, considerando que um governo civil não estivesse compactuado com os comunistas, como ocorria durante o Governo de Jango.

Em 1968, havia uma ânsia incontida de muitos políticos em assumir as principais funções públicas do país, sonho retardado desde o já bastante longínqüo 31 de março de 1964 – uma eternidade para os políticos mais ambiciosos, especialmente os que desejavam assumir a Presidência da República, como Juscelino, Jango, Brizola e Lacerda. Por isso, havia no Congresso um descontentamento geral, tanto entre os parlamentares “imaturos” da oposição, do PMB, quanto entre os políticos da Arena, que mais atrapalhavam o Governo do que ajudavam. “Abrir o nó” que apertava as instituições democráticas, naquele momento, era uma temeridade, pois o país poderia voltar aos anos de anarquia que antecederam o 31 de março de 1964. Pode-se provar, com uma longa lista de eventos ocorridos em 1968, que o fechamento do Congresso foi devido a algo muito mais grave do que um discurso feito intempestivamente por um deputado na Câmara, por mais que os detratores do Governo militar queiram afirmar em contrário. Senão, vejamos, alguns fatos ocorridos em 1968.

No dia 1º de maio, em um comício na Praça da Sé, em São Paulo, o Governador Abreu Sodré e sua comitiva foram expulsos da tribuna, a qual foi utilizada por agitadores para ataques violentos ao Governo militar. No dia 26 de junho, o soldado do Exército, Mário Kosel Filho, foi explodido pela VPR de Carlos Lamarca em uma guarita do QG do então II Exército, onde tirava serviço de sentinela. Nesse mesmo dia (mera coincidência?), realizava-se no Rio a “passeata dos 100 mil”, reunindo estudantes, padres, artistas, “intelectuais” e outros. No dia 22 de julho, a VPR rouba 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo. No dia 10 de agosto, a ALN de Carlos Marighela assalta o trem-pagador Santos-Jundiaí, ação que rendeu ao grupo NCr$ 108.000.000,00 e consolidou sua entrada na luta armada. O atual Secretário-geral do Presidente Fernando Henrique Cardoso, Aloysio Nunes Ferreira, foi um dos que participaram daquele assalto, fugindo em seguida com a mulher para Paris, com documentos falsos. Em Paris, Aloysio Nunes Ferreira viria a participar da Frente Brasileira de Informações (FBI), criada em 1968 em Argel, Argélia, sob inspiração de Miguel Arraes, ligada a organizações de esquerda, de oposição ao governo militar do brasil, órgão que tinha por objetivo promover a “desinformatsya” (4) tanto no Brasil como no exterior. “Marcito” também foi um ativo militante da FBI, junto com Fernando Gabeira e Francisco Whitaker Ferreira, sob as bênçãos do guru francês Jean Paul Sartre. No dia 20 de agosto foi morto por terroristas o soldado da Polícia Militar de São Paulo, Antônio Carlos Jeffery. No dia 12 de outubro, a VPR assassina o capitão do Exército dos EUA, Charles Rodney Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e internacionais. No dia 7 de setembro foi assassinado o soldado da PM de São Paulo, Eduardo Custódio de Souza, e no dia 7 de novembro foi assassinado o Sr. Estanislau Ignácio Correa, ocasião em que os terroristas levaram seu automóvel.

Nesse mesmo ano de 1968, houve um “crescendo” na agitação estudantil de todo o país, fruto da “Revolução Cultural” implementada na China por Mao Tsé-Tung, com os famigerados “livros vermelhos”, que atingiu também Paris, quase derrubando o Governo Charles de Gaulle, e pela OLAS de Cuba, prometendo “um Vietnã em cada país latino-americano”. Em Paris, os estudantes eram influenciados pelas idéias neomarxistas de Marcuse e pelo líder estudantil Daniel Cohn Bendit, além de movimentos mundiais contra a Guerra do Vietnã, contestada principalmente pelos negros americanos. Muitos estudantes, brasileiros ou não, queriam ser os “novos guevaras”, após o “martírio” de Che na Bolívia, em 1967. A agitação estudantil era insuflada principalmente pela Ação Popular (AP), pela Dissidência da Guanabara (DI/GB), pelo Comando de Libertação Nacional (COLINA), pelo Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e pela Ala Marighela (posterior Ação Libertadora Nacional - ALN). Os principais líderes estudantis eram Vladimir Palmeira e Franklin Martins, da DI/GB, e José Dirceu, da ALN.

No dia 28 de março de 1968 foi morto no Rio o estudante Edson Luís de Lima Souto, em um choque de estudantes contra a polícia. Durante seu enterro, foi depredado um carro da Embaixada americana e incendiado um carro da Aeronáutica. No dia 31 de março, uma passeata de estudantes contra a Revolução deixou 1 pessoa morta e dezenas de policiais da PM feridos no Rio. No dia 19 de junho, liderados por Vladimir Palmeira, presidente da UNE, 800 estudantes tentaram tomar o prédio do MEC no Rio, ocasião em que 3 veículos do Exército foram incendiados. No dia 21 de junho, no Rio, 10.000 estudantes incendiaram carros, saquearam lojas, atacaram a tiros a Embaixada Americana e as tropas da PM, resultando 10 mortos, incluindo o sargento da PM, Nélson de Barros, e centenas de feridos. No dia 22 de junho, estudantes tentaram tomar a Universidade de Brasília (UnB). No dia 24 de junho, estudantes depredaram a Farmácia do Exército, o City Bank e a sede do jornal “O Estado de São Paulo”. No dia 26 de junho ocorreu a “passeata dos 100 mil”, no Rio, e o assassinato do soldado Kozel, como já afirmado acima. No dia 3 de julho, estudantes portando armas invadiram a USP, ameaçando colocar bombas e prender generais. No dia 4 de julho, a “passeata dos 50 mil” tinha como principal bordão “só o povo armado derruba a ditadura”. No dia 29 de agosto, houve agitação no interior da UnB, ocasião em que foi preso o militante da AP, Honestino Guimarães, presidente da Federação de Estudantes Universtários de Brasília (FEUB). O deputado Mário Covas lhe deu solidariedade. No dia 3 de outubro, choques entre estudantes da USP e do Mackenzie ocasionaram a morte de um deles, baleado na cabeça.

No dia 12 de outubro realizou-se o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, SP. A polícia prendeu os participantes, entre os quais Vladimir Palmeira, José Dirceu e Franklin Martins. No “woodstock” tapuia de Ibiúna foram encontradas drogas, bebidas alcoólicas e uma infinidade de preservativos usados – havia uma “escala de serviço” de moças para atendimento sexual. Os líderes estudantis, em acordo com Marighela e com o Governo de Cuba, haviam chegado à conclusão de que o estopim para a luta armada viria de uma prisão em massa de estudantes, envolvendo comunistas e inocentes úteis, e jogaria essa massa nos braços da luta armada. No dia 15 de outubro, estudantes tentaram tomar o prédio da UNE, queimando carros oficiais. Fernando Gabeira participou do ato terrorista.

Para analisar aqueles “anos da matraca”, especialmente o quentíssimo ano de 1968, convém lembrar duas passagens de José Antonio Giusti Tavares, em seu livro “Totalitarismo Tardio – o caso do PT” (5):

“Juízos de valor acerca de condutas do passado devem ser feitos não a partir de parâmetros éticos do presente, mas da contextualização da conduta na sua própria época, e nela, por comparação com condutas diferentes".

"Os historiadores e os cientistas sociais devem cumprir pelo menos dois requisitos básicos da epistemologia e da ética das ciências humanas: 1) evitar tanto quanto possível qualquer restrição ou seleção dos fatos brutos e, 2) ao apresentá-los, distinguir sempre, tanto quanto possível, entre fatos e interpretações".

O dia 13 de dezembro de 1968 poderia, certamente, ter tido um destino diferente. Sabe-se que o endurecimento do Governo militar depois daquela fatídica data prejudicou muitas carreiras políticas em ascensão, cometeu muitas injustiças contra pessoas que não estavam compactuadas com o terrorismo marxista. Os fatos apresentados acima provam que havia uma efervescência social no país, especialmente no meio estudantil, fomentada por líderes essencialmente marxistas. Interpretações são sempre uma apresentação deturpada da realidade, e os esquerdistas costumam fazer as suas, dentro da dialética marxista, que é a sua única realidade.

Podia-se, naquele ano, “afrouxar o nó” institucional ou “apertá-lo” ainda mais. O Governo preferiu “apertar o nó” e tudo prova que agiu corretamente, pois, tendo amplos poderes, o Brasil pôde enfim crescer economicamente (o PIB passou a crescer mais de 10% ao ano) e destruir com eficiência todos movimentos guerrilheiros que pipocaram pelo país. Movimentos estes, deve-se repetir, que teriam ocorrido de qualquer forma, fosse o Brasil governado por um Governo militar ou civil. Afinal, o objetivo estabelecido pela OLAS em 1967 era mais do que claro: criar pelo menos um “Vietnã” em cada país latino-americano. Com muita dificuldade, o Governo estruturou suas forças de Segurança para combater os grupos guerrilheiros e, depois de muito custo, somente em 1º de outubro de 1973 conseguiu finalmente vencer o terrorismo, dia em que a peste vermelha enfim expirou, soçobrando junto à fumaça e aos destroços da bomba da ALN que explodiu na empresa aérea LAN-Chile, no Rio.

Se o Governo militar em 1968 tivesse “afrouxado o nó”, convocando eleições gerais, o ambiente seria extremamente favorável às atividades dos grupos marxistas. Sem nenhum órgão governamental para combatê-los de frente, teríamos voltado aos anos de anarquia do Governo de João Goulart, quando o país caminhava a largos passos para o socialismo. Nesse quadro amplamente favorável às esquerdas, poderiam ter surgido no Brasil muitas zonas “liberadas”, como tentou implantar o Partido Comunista do Brasil (PC do B) na região do Araguaia. O país poderia ter sido levado a uma guerra civil sem precedentes e, nessa Angola de dimensões continentais, hoje teríamos uma legião de estropiados, os campos em vez de plantações conteriam minas terrestres, a fome seria endêmica. Quem sabe, o atual Governo teria que repetir o gesto do Presidente Pastrana, da Colômbia, que cedeu 40% do território nacional à guerrilha e tenta sem sucesso negociar a paz com os terroristas das FARC. FHC, hoje, estaria negociando nas matas de Xambioá com “el comandante” José “Tirocerto” Genoíno a liberação da área do Araguaia.

A TV Lumumba (ou TV Cultura, dá na mesma) apresentou no dia 31 de março de 2001 um documentário sobre o AI-5. Mesmo antes de vê-lo na televisão, já sabia muito bem como seria feito o enfoque de Paulo Markun sobre aquele episódio. Em novembro de 1963, Castello Branco já afirmava”: “A democracia falta ao seu dever e o comunismo está no seu papel”. A TV Lumumba também está no seu papel, que vem desempenhando muito bem ao longo dos últimos anos: promover a “desinformatsya” a todos os brasileiros.


Notas:

(1) TV Lumumba: é uma referência à Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba (UAPPL), com sede em Moscou, URSS, antigo centro de doutrinação comunista, que incluia em seu currículo o preparo técnico para a utilização de armamentos e de explosivos. Muitos brasileiros fizeram curso na Lumumba.

(2) Pinar del Río: local onde havia cursos para terroristas, em Cuba. O “currículo” incluía: 1) tática guerrilheira – o observador, o mensageiro, a coluna guerrilheira, o acampamento, a marcha, sobrevivência na selva (montanhas de Escambray), o ataque, a emboscada; 2) tiro – limpeza e conservação do armamento, fuzis: AD, FAL, AK, Garand; metralhadoras: MG52, Uzi; bazuca, morteiro e canhão 152 mm; 3) comunicações; 4) topografia – leitura de mapas, uso de bússola e do binóculo, orientação; 5) organização do terreno – construção de abrigos individuais e coletivos, espaldões para metralhadoras e morteiros; 6) higiene e primeiros socorros – fraturas, hemorragias, imobilizações, transporte de feridos; 7) política – o comissário político, semanalmente, fazia uma palestra.
No regresso, o terrorista brasileiro recebia de volta os documentos verdadeiros, nova documentação com nome falso, cerca de 1.500 dólares, itinerário até o Chile de Salvador Allende, antes de chegar ao Brasil. Quando preso, o terrorista era instruído para utilizar algumas artimanhas, para ser levado ao hospital e, assim, prejudicar o interrogatório: 1) colocar fumo na água e bebê-la, provocando crise de vômitos; 2) usar uma dose mínima de estriquinina para provocar convulsões; 3) “tentar” o suicídio; 4) simular grande descontrole nervoso; 6) bater com a cabeça nas paredes. Leia o livro “Rompendo o Silêncio”, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, publicado pela Editerra Editorial Ltda., Brasília, 1987.

(3) Ligas Camponesas - Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação no Nordeste brasileiro, especialmente em Pernambuco do governador Miguel Arraes, onde grupos ligados às Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha (leia reportagem da revista "Veja", de 24 de janeiro de 2001, sob o título "Qué pasa compañero?", que faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que "o primeiro auxílio de Fidel foi no governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião”. “... o apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento"). Após o contragolpe de 1964, as Ligas Camponesas, de inspiração comunista, foram dissolvidas, e Julião obteve asilo no México.
Convém fazer um comentário a respeito do “lendário movimento rural” a que se refere Denise Rollemberg. Décadas de doutrinação marxista e “desinformatsya” no Brasil levam autores que deveriam ser sérios a cometer deslize desta magnitude, considerando atos terroristas das Ligas, como incêndios a canaviais, como sendo uma atividade “lendária”. Cacoetes próprios da doutrinação marxista e um dicionário muito particular da esquerda vão sendo repetidos há décadas nos jornais, na televisão e em todos os setores da sociedade, de modo que expressões como “anos de chumbo”, “tortura”, “entulho autoritário” e “lendário movimento rural” passam a ser utilizados por muitos escritores, micos adestrados em reflexo condicionado, como sendo a mais pura expressão da verdade, sem nenhuma pausa para análise nua e crua dos fatos.

(4) Desinformatsya - termo russo, significa “desinformação”. Concebido pelo Komintern para designar o uso sistemático de informações falsas como instrumento de desestabilização de regimes políticos. “A desinformação leva as instituições ao completo descrédito, induzindo a opinião pública a transferir aos agentes da desinformação a confiança que depositamos no estado, nas leis e nos costumes tradicionais" (Olavo de Carvalho). Um antecedente milenar foi Sun-Tsu, que afirmou: “Todo esforço de guerra baseia-se no engodo”.

(5) TAVARES, José Antonio Giusti Tavares (Org.), SCHÜLLER, Fernando; BRUM, Ronaldo Moreira; ROHDEN, Valério. “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”. Editora Mercado Aberto Ltda, 2ª Edição, Porto Alegre, RS, 2000.





FBI: um onagro franco-argelino-brasileiro

por Félix Maier em 25 de novembro de 2004

Resumo: Paris, ah! Paris! Por que será que nossos socialistas gostam tanto de Paris? Além do mais é fácil ser comunista morando na Zona Sul do Rio, em frente à praia e tendo Mercedes Benz (com motorista) na garagem.


© 2004 MidiaSemMascara.org


“Abram-se os arquivos!” – grita a mídia, sapo-boi que dirige a orquestra sapaína ouvida ultimamente, especialmente depois que a “barriga” do Correio Braziliense pariu um falso Herzog. “Abram-se os arquivos!” – exige um juiz de Guaratinguetá, SP, ecoando o coaxar da mídia. “Abram-se os arquivos!” – repete o Ministério Público, mais conhecido como “Petistério Público” e seus “procuradores de ossos” de guerrilheiros do Araguaia. “Abram-se os arquivos!” – coaxa o Movimento Tortura Nunca Mais, organização formada por antigos comunistas que se destaca pela patrulha ideológica no serviço público, pelo revanchismo contra os militares e pelo pedido de indenizações milionárias para seus kamaradas. Desde o sapo-boi até a mais insignificante perereca da vizinha, todos os sapos exigem uma rápida entrada nas tocas do lago turvo, para fuçar o que a mídia esquerdizóide convencionou chamar de “porões da ditadura”.

Quatro dias antes de passar a cloaca a Lula da Silva, FHC assinou um decreto para preservar documentos oficiais por até 50 anos; Lula foi informado e concordou com a medida. Por isso, o “núcleo duro” do atual governo é contra a descida aos porões, a exemplo de Aloizio Mercadante, líder do governo no Senado, e de José “Daniel” Dirceu, o cubano-brasileiro que ocupa a Casa Civil. Por que será que apenas os sapos palacianos, barbudos ou não, estão com tanto medo de chafurdar no lodo, no fundo do pântano?

O governo petista apresenta dois motivos que explicariam o motivo de se atrasar o mergulho no lago. Um, que os arquivos não conteriam nada de útil, só fofocas e recortes de jornais colecionados por “arapongas”, já que os documentos importantes teriam sido destruídos com base no antigo Regulamento de Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS). Outro motivo alegado, seria o de se preservar a integridade moral das pessoas envolvidas, que poderiam se sentir constrangidas frente aos fatos apresentados.

Não acredito nisso. Parece que o real motivo está nos fatos que a esquerda deseja esconder da população brasileira, como os casos de corrupção, roubo, peculato, traição, adultérios, assassinatos, “justiçamentos”, atos terroristas, assaltos a bancos e casas comerciais, enfim, puro banditismo praticado por grupos marxistas que tentaram implantar uma ditadura do tipo cubano no Brasil durante as décadas de 1960 e 70. A esquerda, especialmente o PT, quer continuar se apresentando como uma casta donzela, quando sua barriga proeminente comprova que é apenas uma vestal grávida. Por isso, o medo de remexer o lodo. Cocô, quanto mais se mexe, mais fede.

Pois eu também sou a favor da orquestra sapaína: ABRAM-SE TODOS OS ARQUIVOS! Nada de protelar a apresentação dos fatos históricos que tanto entristeceram e ainda entristecem o povo brasileiro. É hora de desnudar toda a questão, não ficar se atendo ao atual maniqueísmo esquerdista de apresentar as Forças Armadas como bandidos e os terroristas marxistas como defensores da democracia. Conhecemos muito bem como foi a “democracia” na União Soviética e como ela ainda hoje se apresenta em Cuba, na China e na Coréia do Norte. Chega de embuste. Excessos houve dos dois lados. O engodo propalado pelo sapo-boi, a mídia, deve acabar o mais rápido possível. Para isso, ABRAM-SE TODOS OS ARQUIVOS. E JÁ!

Muita coisa sobre os “anos de chumbo” o público brasileiro já pode conhecer através de arquivos disponíveis na Internet. Para conhecer a verdade, não se atenha à auto-adoração do site Tortura Nunca Mais. Lá, assassinos marxistas como Luiz Carlos Prestes, Carlos Lamarca e Carlos Marighela são alçados à condição de heróis nacionais. Faça uma pesquisa demorada no site Terrorismo Nunca Mais para conhecer um pouco sobre a História brasileira recente, não a mentira e a desinformação apresentadas pelos comunistas.

Para começar, que tal conhecermos um pouco o que foi a Frente Brasileira de Informações, não o FBI dos americanos, mas a FBI das esquerdas brasileiras, um onagro semelhante ao Tribunal Bertrand Russel, que tinha por objetivo enaltecer terroristas e satanizar nossas Forças Armadas?

Antes disso, uma espiada em A TV Lumumba e o AI-5 servirá como “aquecimento” de nossa memória sobre o que foi o quente ano de 1968, das passeatas, da revolução estudantil calcada na Revolução Cultural chinesa e dos atos terroristas perpetrados depois da criação da Organización Latinoamericana de Solidariedad (OLAS), ocorrida em Havana em 1967, que tinha por meta “criar um Vietnã em cada país sul-americano”, no dizer de Fidel Castro. Os tristes fatos ocorridos durante o ano de 1968 provam que o AI-5 foi uma medida do governo para combater efetivamente os atos terroristas, não o motivo para o desencadeamento da luta armada, como prega mentirosamente a esquerda. Porém, detenhamo-nos, nestes escritos, na criação e nas ações da FBI, já largamente globalizada naqueles tempos, apesar de os esquerdosos de hoje serem contra a globalização...

Em outubro de 1969, Miguel Arraes, Marcio Moreira Alves, Almery Bezerra e Everaldo Noroes criaram, em Paris, a Frente Brasileira de Informações (FBI), ligada a organizações de esquerda, de oposição ao governo militar do Brasil. Com os recursos recebidos do presidente da Argélia, Houari Boumedienne – que em 1965 havia deposto Ben Bella –, Miguel Arraes cobriu as despesas da FBI, que passou a desenvolver guerra psicológica contra o Brasil, especialmente contra as Forças Armadas, fazendo denúncias de tortura. O dinheiro entregue por Boumedienne não caiu do céu, nem veio dos petrodólares, mas foi produto da “Grande Ação” do grupo terrorista VAR-Palmares, que em 18 de julho de 1969 roubou um cofre em Santa Teresa, Rio de Janeiro, com a quantia aproximada de 2,5 milhões de dólares. O cofre pertencia ao ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros e ficava no casarão de sua amante, Anna Capriglione. Parte desse dinheiro (cerca de 1 milhão de dólares) foi entregue ao Embaixador da Argélia no Brasil, para aquisição de armas, custear a viagem de terroristas brasileiros àquele país e auxiliar Miguel Arraes a criar a FBI.

Vale lembrar um fato ocorrido um ano antes, em 1968, que serviu também para rechear o “caixa dois” dos “militantes” de esquerda. No dia 10 de agosto, a ALN de Carlos Marighela assaltou o trem-pagador Santos-Jundiaí, levando NCr$ 108 milhões, ação que consolidou a entrada daquele grupo terrorista na luta armada. Participaram desse assalto, entre outros, meu tio Arno Preis (morto pela polícia de Goiás em 1972, depois de matar um policial e ferir outro); Diógenes de Oliveira, que participou também do ato terrorista contra a guarita do QG do então II Exército em São Paulo, no dia 26 de junho de 1968, explodindo o soldado do Exército, Mário Kosel Filho, e que se tornaria o tesoureiro da campanha de Olívio Dutra (PT) para governador do Rio Grande do Sul; e o ex-ministro da Justiça do governo FHC, Aloysio Nunes “Ronald Biggs” Ferreira Filho, que fugiu em seguida para Paris com sua esposa Vera Trude de Souza, com documentos falsos.

Paris, ah! Paris! Por que será que nossos socialistas gostam tanto de Paris, a exemplo de FHC, Miguel Arraes, Marcio Moreira Alves, Aloysio Nunes Ferreira, Jorge Amado, Chico Buarque? Enaltecem tanto o país de Fidel Castro, mas na hora de fugir do Brasil não se dirigem a Havana, porém vão se instalar na cidade dos bateaux mouches do Sena, dos tesouros do Louvre, dos “philosophes” da Sorbonne, do clima marxista do Quartier Latin, sur le soleil du Paris... Um verdadeiro “exílio de caviar”, como reconheceu o próprio FHC! É fácil ser comunista como Oscar Niemayer, que mora na Zona Sul do Rio, em frente à praia e tem Mercedes Benz (com motorista) na garagem...

No dia 15 de novembro de 1969, o jornal El Siglo, porta-voz do Partido Comunista Chileno, anunciou em editorial a criação da FBI em Paris, com filiais no Brasil e em outros países latino-americanos. O Chile, com um regime marxista em vias de ser instalado por Salvador Allende, era um refúgio de terroristas e exilados brasileiros (“Betinho”, FHC, José Serra), e foi o primeiro país a lançar seus boletins em espanhol – Frente Brasileña de Informaciones, na Casilla Postal 3.594, Santiago do Chile. No Uruguai, Paulo Schilling e Carlos Figueiredo de Sá, ex-juiz da Justiça do Trabalho e militante da ALN, ambos cassados pelo AI-5, assumiram a coordenação da rede. O jornal uruguaio De Frente, na edição de 8 de janeiro de 1970, dava início à campanha da FBI, publicando a matéria “Torturas en Brasil”.

No dia 15 de janeiro de 1970, houve uma reunião no Centro de Convenções Mouber Mutualité, pertencente aos sindicatos comunistas de Paris, no Quartier Latin, com representantes de partidos políticos, sindicatos e personalidades da esquerda mundial. Tendo ao fundo uma foto de Carlos Marighela, George Casalis, professor da Faculdade de Teologia Protestante de Paris, presidiu a cerimônia, em que participaram da mesa Miguel Arraes, o advogado Jean-Jacques de Félice, Jean-Paul Sartre, Michel de Certau – o padre jesuíta redator da revista Notre Combat -, Pierre Jalée – presidente do Comitê de Defesa da revista Tricontinental -, Jan Talpe – físico belga e ex-professor da USP expulso do Brasil por envolvimento com a ALN -, e Lengi Maccario – Secretário-geral da Federação Italiana de Metalúrgicos. Em um livreto da FBI, foram transcritas mensagens de solidariedade e apoio a vários onagros vermelhos, como a Liga Comunista (Seção Francesa da IV Internacional), o Movimento Separatista Basco (ETA), o Comitê Palestino, a Fundação Bertrand Russel e o Comitê de Iniciativa Belga de Solidariedade com a América Latina.

Os boletins da FBI, editados em francês e espanhol, focalizavam temas brasileiros como “perseguição de religiosos e operários católicos”, “extermínio de índios”, “exploração de flagelados”, “ditadura militar”, “tortura de presos políticos”, “esquadrões da morte”.

A Anistia Internacional se aliou à frente de desinformação da FBI, os “subversivos da pena”, no dizer do general Del Nero Augusto em seu livro A Grande Mentira, hoje considerado o “Livro Branco” por excelência do terrorismo marxista desencadeado no Brasil durante a Guerra Fria. No período de 15 de março a 9 de abril de 1972, na Igreja São Clemente, em Nova York, a FBI apresentou uma extensa programação contra o Brasil, englobando conferências, debates, filmes e representações. A programação contou com a presença do teatrólogo Augusto Boal, do cineasta Gláuber Rocha e de Márcio Moreira Alves, entre outros.

Em maio de 1972, Miguel Arraes viajou secretamente para Santiago do Chile, onde manteve contato com o presidente Salvador Allende; a viagem tinha como finalidade a organização de uma seção latino-americana do Tribunal Bertrand Russel (TBR) e articular a FBI na Argentina, no Peru e no México.

No dia 30 de outubro de 1972, o jornalista Castello Branco assim escrevia em sua coluna: “Ficamos sem saber se a campanha é movida por grupos esquerdistas internacionais, instruídos por brasileiros exilados, ou se ela é inspirada por correntes econômicas e políticas interessadas em torpedear o processo de desenvolvimento de nosso país” (Cfr. Del Nero, op. cit., pg. 421).

Em 1973, a FBI promoveu duas campanhas contra o Brasil: a 1ª foi iniciada na Bélgica, para suspender a realização da Feira Brazil Export 1973; o Comitê Belgo-Europa-América Latina e o também belga Movimento Cristão para a Paz desenvolveram intensa campanha para suspender a Feira. A outra campanha ligava-se ao “julgamento” do Governo brasileiro pelo Tribunal Bertrand Russel. Foi desenvolvida campanha para recolher dados e identificar pessoas dispostas a testemunhar no “julgamento”, previsto para outubro. Um dos principais membros do TBR, o Senador italiano Lélio Basso, seguindo os passos de Miguel Arraes, esteve no Chile, convidando terroristas e foragidos a testemunharem perante o Tribunal; o militante da ALN, Fernando Soares, asilado na Itália, foi ao Uruguai também para convidar terroristas para o mesmo fim.

Com a Contra-revolução Chilena (11/09/1973) e a deposição de Allende, as atividades da FBI foram suspensas no Chile, com a revoada dos subversivos e o julgamento do Brasil e de outros países latino-americanos foi adiado.

Em novembro de 1973, o Comitê Francês da Anistia International, em ligação com a FBI, organizou um Congresso sobre tortura, repetindo as acusações de sempre contra o Brasil; uma das poucas reações vistas foi a do professor Denis Bucan, romeno naturalizado francês. Comentando notícia do jornal Le Figaro sobre o evento, Bucan destacou que a Anistia Internacional nunca tinha feito nenhuma crítica contra a tortura e o extermínio nos países comunistas. Convém lembrar que no livro O ópio dos intelectuais, Raymond Aron, pensador francês, faz a mesma crítica contra seus pares.

A partir de 1974, com o fim do terrorismo de esquerda no Brasil, graças à ação enérgica do general Médici, a FBI saiu de cena, chafurdando-se no pântano onde havia nascido. Provavelmente, o dinheiro do cofre de Adhemar de Barros e do trem-pagador havia acabado, e era hora de os sapos buscarem seu sustento diário em outros pântanos.

Para conhecer outros onagros existentes durante os “anos de dinamite”, como este exposto sobre a FBI, venham comigo para a frente do Palácio do Planalto, para que gritemos bem alto para Lula, Dirceu e Gushekin ouvirem: ABRAM-SE TODOS OS ARQUIVOS! JÁ!





Tribunal Bertrand Russell: um onagro (quase) esquecido


por Félix Maier em 19 de outubro de 2004

Resumo: O Tribunal Bertrand Russell foi um organismo do Movimento Comunista Internacional, destinado a “julgar” os países que combatiam o comunismo, principalmente os sul-americanos.

© 2004 MidiaSemMascara.org

“Socialism is dead, but Leviathan lives on”
(O socialismo está morto, mas o seu espírito continua vivo)(James Buchanan).

O filósofo e matemático britânico Bertrand Russel (1872-1970), Prêmio Nobel de Literatura em 1950, autor de Why I am not a Christian (Por que não sou um Cristão), obra de 1936, era contra a Guerra do Vietnã, apoiou o movimento sufragista, o pacifismo e os direitos humanos.

Os “Apóstolos” eram um grupo de intelectuais, fundado em 1920 em Cambridge, Inglaterra, influenciados por Hobson (imperialismo) e Lenin, entre os quais se destacavam Keynes, Bertrand Russell, Roger Fry, Ludwig Wittgenstein, Leonard Woolf, Alfred Tennyson, Strachey, Wordsworth e Coleridge. “Ele (Bertrand Russel) foi sozinho para a Rússia, em 1920, encontrou-se com Lenin e denunciou o seu regime como ‘uma burocracia tirânica fechada, com um sistema de espionagem mais sofisticado e terrível do que o do Czar e com uma aristocracia tão insolente e insensível quanto’. (...) Embora (Russell) compartilhasse de seu (o dos “Apóstolos”) pacifismo, ateísmo, anti-imperialismo e das idéias gerais progressistas, desprezava a sua apatia pegajosa; o Grupo, por sua vez, o rejeitou” (Paul Johnson, in Tempos Modernos, pg. 140-1). (1)

O Tribunal Bertrand Russell (TBR) foi um organismo do Movimento Comunista Internacional (MCI), autêntico onagro (2), destinado a “julgar” os países que combatiam o comunismo, principalmente os países sul-americanos, os quais eram acusados, em pseudojulgamentos (“tribunais”), como violadores dos direitos da pessoa humana. O TBR nunca criticou ditaduras de esquerda, como a da URSS (Gulags, invasão da Tchecoslováquia, perseguição a dissidentes, hospitais psiquiátricos) e de Cuba, nem a ditadura militar peruana, de esquerda, de Velasco Alvarado, assessorado pelo brasileiro Darcy Ribeiro.

O Tribunal Bertrand Russell I foi constituído em Londres, em 1966, pelo secretário pessoal de Russell. Quando Russell, que era pacifista de boa fé, viu com clareza os reais objetivos do onagro comunista, afastou-se do movimento. Por pressão dos serviços secretos britânicos, o TBR foi transferido para Estocolmo, Suécia, onde foi convocado, pela primeira vez, para “julgar” os crimes cometidos pelos americanos no Vietnã.

Posteriormente, com o nome de Tribunal Bertrand Russell II, o onagro vermelho foi transferido para Roma, ocasião em que foi presidido pelo jurista Lelio Basso, eleito senador pelo Partido Comunista Italiano (PCI). Os países latino-americanos processados pelo TBR foram: Brasil, Paraguai, Guatemala, Haiti, Porto Rico, Chile, Uruguai e Bolívia. Os governos militares que governaram esses países eram denominados de “fascistas” pelo TBR e acusados de estarem a serviço do “imperialismo americano”.

Em 1º de abril de 1974, numa sessão do TBR, subversivos brasileiros apresentaram testemunhos, mediante pagamento financeiro: Miguel Arraes, Fernando Gabeira, Frei Tito, Onofre Pinto, Gregório Bezerra. Em janeiro de 1975, após analisar extenso informe do professor brasileiro na Universidade de Vincennes, Francisco Andrade, ligado ao grupo terrorista Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighela, o TBR condenou o Brasil, além de julgar também o Chile, o Uruguai e a Bolívia, todos culpados de “crimes contra a humanidade”.

O TBR deu origem ao Tribunal Permanente dos Povos, reconhecido pela ONU, o qual surgiu em 1979 por iniciativa de Lelio Basso, que foi jurado e relator do TBR. Na década de 1990, o Tribunal dos Povos foi trazido ao Brasil por Luíza Erundina, que tentou ressuscitar o onagro vermelho, aplicando a técnica da plastinação (3) ao frankenstein vermelho que se nega a morrer depois da derrocada soviética.

Outros onagros utilizados pela antiga URSS para realizar sua guerra psicológica em todo o mundo foram:

- Federação Sindical Mundial, com sede em Praga, contava com 138 milhões de inscritos, operava em 56 países;

- Conselho Mundial da Paz (Helsinque, mais de 100 comissões pela paz, em nível nacional);

- Federação Mundial da Juventude Democrática (Budapeste, 100 milhões em 180 organizações da juventude);

- União Internacional de Estudantes (Praga, 4 milhões em 87 organizações);

- Federação Internacional de Mulheres Democráticas (Berlim, 200 milhões em 9 países);

- Federação Mundial dos Sindicatos de Professores (Praga, 7,65 milhões em 25 países);

- Organização Internacional dos Jovens (Praga, 140 mil em mais de 100 países);

- Organização Internacional do Rádio e da Televisão (Praga, com subgrupos em 19 países);

- Associação Internacional dos Advogados Democráticos (Bruxelas, cerca de 50 sucursais e subgrupos);

- Federação Mundial dos Trabalhadores da Ciência (Londres, 300 mil em 51 países);

- Federação Internacional dos Combatentes da Resistência (Viena, 4 milhões em 470 organizações em 20 países).

No Brasil, os onagros vermelhos também prosperaram, especialmente as “associações culturais” com a URSS, Cuba e países do Leste europeu, como a Tchecoslováquia, que eram meros órgãos de fachada para a divulgação da doutrinação marxista. A União Nacional dos Estudantes (UNE), dirigida por José Serra, candidato a prefeito por São Paulo em 2004, foi outro onagro que recebeu o “ouro de Moscou” via União Internacional dos Estudantes (UIE).

Onagros importantes da atualidade, que mesclam socialismo, anarquismo, ecologia, “direito da mulher de usar seu próprio corpo” (aborto), “homoafetividade” (união gay) e antiamericanismo são a Anistia Internacional, o Foro de São Paulo, o Fórum Social Mundial e a Rede Liliput. Sem falar dos “onagreens” (4), que florescem mais que cogumelos em invernadas com o gramado cheio de bosta de vaca.

A Rede Liliput é ligada ao Fórum Mundial das Alternativas e é presidida pelo padre Alex Zanotelli, figura ativa da Teologia da Libertação na Itália, espécie de Frei Betto local. O nome “Liliput” e o estilo de atuação de tal rede faz referência à obra do escritor irlandês Jonathan Swift, em que uma multidão de “anõezinhos” conseguiu neutralizar o “gigante” Gulliver. Hoje, o gigante a ser acorrentado e destruído pelas esquerdas liliputianas é Tio Sam e o dito “neoliberalismo”.

Anteriormente, com o MCI, a estrutura era hierárquica, em torno de um partido comunista do país, sob comando supremo do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Hoje, a estratégia socialista é horizontal, com milhões de organizações contestatórias espalhadas por todo o mundo, para combater o G-8, o FMI, a OMC, o Banco Mundial, o Fórum da Davos, a ALCA, o “neoliberalismo” e, principalmente, Tio “Gulliver” Sam. Vale dizer, o capitalismo. As táticas desenvolvidas pelas “redes liliputianas” mundiais incluem congressos, como o Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre nos anos de 2001, 2002 e 2003, voltando em 2005 para a capital gaúcha, já que em 2004 o Fórum foi realizado na Índia, para fermentar as inúmeras organizações contestatórias latentes naquele país.

O ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, intelectual com participação importante no III FSM (2003), afirmou que tem entre seus objetivos “recuperar criticamente a expressão histórica e política da nova esquerda e do movimento operário e comunista em geral”, além de participar da atual tentativa de “refundação teórica do marxismo” (CubDest, 6 Fev 2003).

A Organização das Nações Unidas (ONU), órgão carcomido pela burocracia, pela corrupção e por idéias socialistóides, já é um onagro disfarçado há muito tempo e precisa urgentemente de uma reforma completa.

O Tribunal de Nüremberg, que promoveu os processos contra criminosos nazistas depois da II Guerra Mundial, foi o mais famoso dos tribunais. Além do TBR, outros “tribunais” também tentam gravar seu pezinho na calçada da fama:

- Tribunal de Haia - Também conhecido como Corte Internacional de Justiça (CIJ), foi criado pelas Nações Unidas em 1945 e instalado em Haia, Holanda, em 18 de abril de 1946. Só países podem ser partes de casos julgados pelo Tribunal, que é composto por 15 juizes de países diferentes, com direito a 9 anos no cargo, entre eles o brasileiro Francisco Rezek (a partir de 1996).

- Tribunal Penal Internacional (TPI) - Criado em julho de 1998 em Roma, o TPI representa um passo nos esforços da comunidade internacional para estabelecer a lei - e não os interesses nacionais de cada país - como o princípio que rege suas relações. Sua principal contradição: há um choque entre a soberania nacional - o mais sagrado princípio do direito internacional moderno - e a autoridade de um poder judiciário supranacional que se eleva acima das nações.

O ex-Presidente da antiga Iugoslávia, Milosevic, foi entregue ao TPI, em 2001, para julgamento de “crimes de guerra” e um de seus generais, Radislav Krstic, foi condenado, pelo mesmo Tribunal, em 2001, a 46 anos de prisão pela morte de 8.000 muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995. Sente-se falta nesta lista dos generais da OTAN, que promoveram a “diplomacia de cruzeiro” (5) contra toda a Sérvia durante a Questão do Kosovo, em 1999, destruindo toda a infra-estrutura do Estado balcânico e matando mais de 5.000 civis.

Mais dia, menos dia, o TPI poderá também se transformar em um onagro planetário, a exemplo da ONU, com o atual avanço avassalador das esquerdas em nível mundial, apesar do desastre soviético. Enquanto Fidel Castro, aliado dos terroristas das FARC e da ETA, é recebido de braços abertos por muitos governos, como o de Lula da Silva, Augusto Pinochet, embora tendo salvo o Chile da hidra vermelha, é execrado mundialmente, foi preso em Londres e responde a dezenas de processos em seu país.

- Tribunal Revolucionário - Promovido por terroristas, faziam “justiçamento” de desafetos e de próprios companheiros de guerrilha. O mesmo que “tribunal vermelho”.

Um caso famoso de “justiçamento” ocorreu durante a Operação Registro, em São Paulo, quando o capitão-terrorista, desertor do Exército e ladrão de armamentos de sua própria Companhia, Carlos Lamarca, mandou executar o tenente Alberto Mendes Júnior, da PM paulista, morto a coronhadas de fuzil na cabeça. O local do enterro do tenente Mendes foi apontado por Ariston (codinome “Rogério”), participante do episódio, depois de preso e, feita a exumação do corpo, no dia 9 de setembro de 1970, comprovou-se as mentiras de Lamarca sobre o assassinato: “Depois de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Alberto Mendes Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos” (depoimento de Carlos Lamarca in A Esquerda Armada no Brasil, de Antonio Caso).

- Tribunais sem Rosto - Criados em 1992 pelo Presidente Alberto Fujimori (Peru), como parte da legislação antiterrorista, num período em que os grupos subversivos encontravam-se no apogeu de sua ação violenta, especialmente o Sendero Luminoso. Os juízes “sem rosto” eram instalados atrás de espelhos de uma só face ou vestindo capuzes, durante os julgamentos dos terroristas. No dia 16 de outubro de 1997, esses tribunais foram extintos. Organizações de “direitos humanos” afirmam que cerca de 1.400 pessoas foram injustamente condenadas pelos “tribunais sem rosto”.

- Tribunal Sader - Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas da USP” (6), pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de mais de 100 milhões de mortos no século XX. Ou seja, apenas mais uma pérola “novilíngua” de Sader, esforçado aprendiz da arte da desinformação, tentando ocultar os crimes enunciados no Livro Negro do Comunismo. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o nihil obstat de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele próprio: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo duelo “liberalismo x comunitarismo” (ou Fórum de Davos x Fórum Social Mundial).

Notas:

(1) JOHNSON, Paul. Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80. Biblioteca do Exército Editora e Instituto Liberal, Rio de Janeiro, 1994 (Tradução de Gilda de Brito Mac-Dowell e Sérgio Maranhão da Matta).

(2) Onagro - Termo utilizado por Jacques Vindex e Gabriel Veraldi a respeito das “caixas de ressonância” ocidentais na análise dos “agentes influenciadores soviéticos de Lenine a Gorbachev”. Segundo os dicionários, onagro é: 1. Espécie de burro de grande porte; 2. Máquina de guerra que serve para destruir muralhas.

Os onagros eram organizações de fachada do MCI, para difusão da doutrina marxista. “Os autores observaram, em 1988, que ‘a URSS tem necessidade de lavar a sua psico-estratégia tal como a Máfia de lavar o seu dinheiro sujo. O recuo tático dos noventa partidos comunistas atingiu, numa primeira linha, as organizações de fachada’ ” (Vladimir Volkoff, in Pequena História da Desinformação - do Cavalo de Tróia à Internet, pg. 144-5. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004).

(3) Plastinação - Técnica que consiste em desidratar quimicamente os membros do corpo humano e depois preenchê-lo com silicone, epóxi ou poliéster, para utilização como prótese (a exemplo das pernas e braços “emborrachados” feitos pelo professor de anatomia neurológica, Roy Glover).

(4) Onagreens - Antigos onagros vermelhos, hoje convertidos em “greens” (verdes), que são tanto os políticos dos partidos verdes, quanto as ONGs preservacionistas (WWF, Greenpeace e similares).

(5) Diplomacia de cruzeiro - Política do “Big Stick” norte-americano, a exemplo dos ataques da “ONU” contra o Iraque (1991), da “OTAN” contra a Sérvia (1999) e dos EUA contra o Iraque (2003), utilizando mísseis de cruzeiro (cruise missile) “Tomahawk” e destruindo toda a infra-estrutura de ambos os países.

(6) Libélulas da USP - Trocadilho de Libelu (Tendência Liberdade e Luta), grupo estudantil-lambertista, que atuava na USP (Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional - Trotskista). O Ministro da Fazenda do governo Lula da Silva, Antônio Palocci, foi um de seus integrantes.

A USP foi fundada em 1934, no governo Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni, numa das matrizes de difusão do Marxismo. As “libélulas da USP” formam, pois, a intelectualidade marxista existente principalmente na Faculdade de Filosofia e Letras da USP, onde há o maior número de PhD em lingüística de pau por metro quadrado no país: Emir Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder, Paul Singer etc.

Além dessas “libélulas” ainda atuantes na USP, podemos citar FHC, que alçou vôo extra muros, tornou-se presidente e pediu para que todos esquecessem o que escreveu quando era filiado à Ordem dos Odonatos.




Annus Gramscii

Por Félix Maier

17 de março de 2002 

http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0135.htm

A imprensa tem o dom de trazer à baila, de tempos em tempos, os mesmos assuntos de sempre, em datas criteriosamente escolhidas. Com este tipo de propaganda maciça e contínua, os jornais e as revistas esperam conquistar corações e mentes, especialmente dos mais jovens, que não presenciaram os "anos de dinamite" dos 60 e 70. Pela eterna repetição dos assuntos, sob o enfoque dualista de sempre, como convém à doutrinação marxista, aos poucos parece que a sociedade brasileira está se acostumando a comer gato por lebre, lambendo os beiços com satisfação, pedindo até repetição do prato. A verdade histórica, assim, está se tornando mentira, a mentira um dogma.

Quando chega o 31 de março, lá vem uma enxurrada de artigos tratando do contragolpe dos militares, e tudo o que seguiu depois, unicamente sob a ótica marxista: a luta do bem (eles) contra o maligno (os militares). Isso, quando não é apresentado um documentário sobre o AI- 5, que foi decretado em dezembro de 1968, mas apresentado em 2001 pela TV Cultura (TV Lumumba?) no dia 31 de março.

Chega o dia 19 de abril, e durante semanas é reprisada a novela do "massacre" de Eldorado do Carajás, a maioria dos artigos inocentando completamente aquela turba enfurecida do MST que atacou, qual exército de Brancaleone, um destacamento da polícia do Pará, acionada para desobstruir uma rodovia. O mesmo período de abril é utilizado pelo MST para uma campanha acirrada na mídia contra o governo, fazendo marchas da vagabundagem pelo País, assaltando prédios públicos e fazendo reféns, tomando fazendas e matando gado - quando não chegam a matar pessoas também. Um verdadeiro menu terrorista.

Para não deixar empalidecer a "mística" esquerdista, que deve ser continuamente polida para se tornar cada vez mais brilhante, as claques esquerdistas, unidas mais do que nunca na imprensa, quando não têm à mão um episódio recente para atacar, por exemplo, as Forças Armadas, requentam fatos ocorridos há muito tempo, como a biografia de um guerrilheiro morto pelas forças de segurança, em uma situação que sempre denigre os antigos defensores da lei, ou a morte de um Vladimir Herzog ou de um Manoel Fiel Filho, que todos os anos são lembrados com pompa e circunstância, com páginas e mais páginas relatando os terríveis "anos de chumbo". São balões de ensaio lançados no ar, de tempos em tempos, para aferir a "temperatura" e a "pressão" do momento político atual, de modo a garantir uma tranqüila navegação da espaçonave esquerdista. E para fazer apologia de terroristas.

Em 2001, voltou à pauta esquerdista a questão dos guerrilheiros do PC do B mortos na região do Araguaia. Dizem os cínicos esquerdistas que é para as famílias enterrarem seus parentes mortos, que merecem um sepultamento digno. Que é uma questão "humanitária". Pura encenação. A maioria desses cretinos, nos anos 60 e 70, saíram por aí matando um monte de pessoas, em nome de uma ideologia que trucidou mais de 100 milhões de pessoas, e nunca se penitenciaram em público pelos crimes cometidos, ou pelo apoio dado a criminosos, no País ou no exterior. Nunca se empenharam em encontrar os ossos de milhões de condenados que sumiram nos gulags soviéticos, por que se importariam com meia dúzia de ossadas perdidas no Pará? O único fato é que os ossos dos terroristas precisam ser encontrados, para serem esfregados nas fuças das Forças Armadas.

Investigando documentos que versariam sobre a Guerrilha do Araguaia, procuradores da República encontraram em Marabá, PA, documentos sigilosos do Exército, emitidos pela sua Escola de Inteligência. O que fizeram os procuradores? Apuraram se havia alguma irregularidade nas cartilhas daquela Escola? Não. Simplesmente chamaram um jornalista da "Folha de S. Paulo", Josias de Souza, para publicar a íntegra de textos secretos que nunca poderiam ter vindo a público.

E toda a cínica imprensa esquerdista nacional ficou "estarrecida", o Presidente do STF se mostrou "perplexo", em saber que um órgão de Inteligência do Exército faz espionagem, coisa que acontece em todos os países do mundo, seja com os CDRs cubanos, a CIA dos EUA, seja com o Mossad israelense ou o KGB russo atualizado. Convém esclarecer que o MST possui seu próprio serviço de Inteligência, a Inteligência do Movimento (INTEMO), que tem por objetivo obter dados sobre quaisquer pessoas ou organizações que afetem os interesses do MST.

O PT tem a PTpol, trocadilho da palavra Interpol e da "polícia do PT", criado pelo então Senador Esperidião Amin durante a "CPI dos Anões do Orçamento", em 1993. Amin estranhava a desenvoltura com que José Dirceu apresentava documentos que só um espião poderia fazer. Aliás, José Dirceu, atual presidente do PT, é especialista em informações, contra-informação, estratégia e segurança militar, com treinamento em Cuba, e fez parte do serviço secreto cubano durante os governos militares. E vai receber uma bela "bolada" do Governo FHC por estes feitos, por conta da "perseguição" sofrida pelos governos militares...

Hoje, a arapongagem é uma prática comum em todos os setores da vida nacional, se proliferando pelo país como geração espontânea. Até a TV Globo tem diariamente um encarte de "araponganews" no Jornal Nacional, com repórteres travestidos de Sherlock Holmes, fazendo reportagens com filmadoras e microfones escondidos. Toda essa prática ilícita não é contestada por órgãos como a OAB, organizações de direitos humanos etc. Pelo contrário, ela é até incentivada. Para esses, os fins propostos justificam os meios utilizados, abolindo-se qualquer noção de ética.

Por que, então, os órgãos de Inteligência do Brasil iriam andar com capacetes com a inscrição "SECRETO"?

Bem, prossigamos com o Annus Gramscii da esquerda brasileira, e com seus assuntos de sempre pautados em datas específicas.

Passou o abril de Eldorado do Carajás do MST, passaram-se os meses de julho e agosto com os noticiários dos documentos secretos surrupiados do Exército e publicados na imprensa. Vamos entrar em setembro. O que teremos em setembro?

- Dia da Pátria - diria o último patriota ainda existente no Brasil.

Que nada, 7 de setembro não é Dia da Pátria para a turma da canhota, apenas "dia dos excluídos". Nada de a população se confraternizar, ir à rua com bandeirinhas para celebrar nossa nacionalidade. O que se vê são grupos cheios de ódio, que fazem um desfile alternativo, com punks, anarquistas e uma claque de estudantes, normalmente com ações de vandalismo, todos incitados pelo MST, pelo PT, pela CUT e pela CNB do B, para que tenham ódio do desfile militar, ataquem as atuais instituições brasileiras, que devem ser modificadas a seu gosto, o do totalitarismo socialista. Enfim, o 7 de setembro será utilizado pela esquerda apenas para que muitos brasileiros tenham ódio de sua própria Pátria.

Depois do dia 7, tem também o 11 de setembro. Por que o 11 de setembro é um dia importante para a esquerda brasileira? Simples, é o dia do "martírio" de Salvador Allende. É também o dia em que a famigerada "Comissão dos desaparecidos políticos" presenteou uma bolada de US$ 100,000.00 aos familiares de Lamarca e Marighela. Uma "ação entre amigos" promovida pelo deputado Nilmário Miranda e outros colegas esquerdistas da Comissão a velhos camaradas de outrora. Depois dessa vergonha nacional, o dia 11 de setembro deveria ser o "dia da traição", como já sugeriu o deputado Jair Bolsonaro.

Se Tancredo Neves foi "morto" no dia 21 de abril, para que sua morte coincidisse com a de seu conterrâneo Tiradentes, para que fosse santificado sem a necessidade dos estudos do Vaticano, com peregrinações a seu túmulo ocorrendo até os dias atuais, por que a Comissão de Nilmário não iria homenagear a data do suicídio de Allende, associando seu nome aos de Lamarca e Marighela, alçados desde então a heróis nacionais?

Em 2001, o 11 de setembro não foi o dia de Allende, Lamarca e Marighela. Foi o dia de intensa comemoração esquerdista, com a derrubada das torres gêmeas de Nova York e de uma ala do Pentágono. Junto com palestinos da Cisjordânia e de muçulmanos do Sul do Brasil, a canhota brasileira foi ao delírio, espumando de satisfação.

E aí o Annus Gramscii apresenta a folhinha de outubro. Que terá outubro, além da Revolução de Outubro, da Rússia, que na verdade ocorreu em novembro de 1917? Outubro terá o dia 8, dia de mais um "martírio" no calendário da esquerda latino-americana, a morte de Ernesto Che Guevara, na Bolívia, em 1967. Quem traiu Guevara? Foi a maldita CIA? Foi o próprio Fidel Castro que o mandou para a morte, com ciúmes do guapo líder argentino? Ou foi sua amante, enviada pelo Comintern (URSS) para trair Che? Tudo isso será especulado nos jornais e nas revistas no mês de outubro. Só nunca foi e nunca será especulado pela esquerda se os ossos de Che foram realmente aqueles encontrados na Bolívia, se foram feitos análises de DNA ou não para comprovar sua autenticidade, já que foram rapidamente transportados para um mausoléu em Cuba, para que não fosse feita mais nenhuma pergunta. Exatamente como convém à mitologia esquerdista, seguidora da "máxima de Ricúpero", de encobrir tudo o que lhe é adverso, de alardear tudo o que lhe convém, doutores e mestres que são na arte da desinformação.

E vem novembro, e vem dezembro, e algo sempre será escrito para manter a "mística" da esquerda latino-americana. E antes de janeiro chegar, antes que o Annus Gramscii volte a apresentar mais um Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, para condenar o maldito capitalismo americano, muito já se escreveu sobre os novos heróis brasileiros, criados durante essa "nova era" esquerdista que já dura há anos.

Nem calendário juliano, nem calendário gregoriano. Hoje, o Brasil adota o calendário gramscista, o Annus Gramscii com sabor de mojito e cigarro de palha messetê.




Castello Branco e a Contra-Revolução de 31 de Março


por Félix Maier em 31 de março de 2003


Resumo: Félix Maier relembra as circunstâncias políticas que o país vivia 39 anos atrás e conclui: estamos em 1964.


© 2003 MidiaSemMascara.org


Neste dia 31, quando comemoramos o 39º aniversário da Contra-Revolução de 31 de Março de 1964, convém destacar a figura ímpar de Humberto de Alencar Castello Branco. Cearense, Castello Branco nasceu em Mecejana a 20 de setembro de 1900. Filho de militar, passou a juventude no Rio Grande do Sul, onde realizou o curso secundário no Colégio Militar de Porto Alegre. Em 1918, ingressou na Escola Militar do Realengo e foi promovido a aspirante-a-oficial de Infantaria em 1921. Concluiu o curso de Estado-Maior em 1º lugar, feito que lhe valeu a matrícula na Escola Superior de Guerra da França, em 1936.

O Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB, assim se referiu ao então Tenente-coronel Castello Branco, Oficial de Operações de seu Estado-Maior durante a Campanha na Itália: "Inteligência privilegiada; lucidez e objetividade na apreensão da situação tática e estratégica; firmeza nas convicções e lealdade ao chefe; valoroso na conduta desassombrada e serenidade nas situações críticas; caráter e pensamento; energia e ação; patriotismo e desambição são as maiores das excelsas virtudes desse modelo e guia do oficial de estado-maior. Foi o meu grande e emérito auxiliar no planejamento das operações e nos estudos de situação durante a Campanha na Itália. No pós-guerra, continuou a prestar-me eficiente e denodada colaboração" (Meira Mattos, in "Castello Branco e a Revolução" - "Apresentação" (1).

Sobre Castello Branco, assim se expressou o general Vernon Walters, companheiro de operações na Itália e, posteriormente, embaixador dos EUA no Brasil: "Nem sempre se tem oportunidade de se observar um homem na guerra submetido a tais pressões. A verdadeira grandeza da coragem e da energia de Castello Branco ficara claramente demonstrada para mim. Em nenhum momento o vi perder o humor ou a sagacidade. Sempre tinha um gracejo irônico ou um comentário mordaz. Dotado de inteligência brilhante, impacientava-se com a incompetência e não tolerava a fraqueza e a mentira. Nunca hesitou em expressar os seus pontos de vista, quer aos seus superiores hierárquicos, quer aos oficiais norte-americanos. Jamais o vi embaraçado, arrogante ou servil" (obra cit., pg. 92).

Castello Branco foi instrutor, diretor de ensino e comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Foi promovido a general em 1952 e em 1963 passou a chefiar o Estado-Maior do Exército. Um dos principais líderes da Contra-revolução de 31 de Março de 1964, Castello Branco foi eleito Presidente da República pelo Congresso Nacional em 11 abril de 1964, assumindo o Governo no dia 15 daquele mês. Castello Branco herdou um país mergulhado na inflação e no caos econômico e social, uma verdadeira "massa falida". Promulgou uma nova Constituição, instituiu novos ministérios, promoveu a reforma agrária, criou o Banco Central e o FGTS, e implantou projetos estruturais que iriam redundar, nas décadas seguintes, em um avanço econômico-social nunca visto antes, trazendo o Brasil de 48º lugar para 8ª potência econômica do planeta. Em duas décadas de "Nova República", Collor e FHC, já retornamos para 12º lugar, superado recentemete pelo México, sucesso obtido com sua inserção no NAFTA. Com a "República dos barbudinhos" de Lula-laite e a socialização ora em andamento, temos grande possibilidade de cairmos ainda mais.

Ah! Que saudades que Castello nos traz! Éramos felizes e não sabíamos! Com a palavra, personalidades da época:"Castello Branco é um homem brilhante, um brilhante militar. É um milagre que, num momento crítico como este, tenhamos um homem dessa inteireza moral, um patriota como esse" (Augusto Frederico Schmidt, ex-conselheiro de Kubitschek). "Nós não queremos que o Sr. Kubitschek se torne um Frondizi brasileiro e nos roube esta revolução, como já roubou o Brasil" (Carlos Lacerda, sobre a escolha do novo Presidente, Castello Branco, após a queda de João Goulart).

E àqueles que defendem João Goulart com unhas e dentes, veja o que disse a respeito dele Márcio Moreira Alves, o "Marcito", em seu livro "O Despertar da Revolução Brasileira (2): "Achava-o oportunista, instável, politicamente desonesto... Aparecia bêbado em público, deixava-se manobrar por cupinchas corruptos... e tinha uma grande tendência gaúcha para putas e farras".


Contra-Revolução de 1964

Após a anarquia promovida no Brasil pelo Governo João Goulart ("Jango"), no dia 31 Mar 1964, sob a exigência e a aclamação da população brasileira, é desencadeada a "Revolução de 31 de Março", apelidada pelos opositores como "golpe militar", mas que foi na verdade uma "Contra-revolução", por suspender o processo revolucionário em andamento no País. A imprensa atual, totalmente esquerdisofrênica, apregoa que não havia necessidade de tal "golpe". Porém, se atentarmos para os fatos da época, escondidos hoje pela mídia, mas publicados na imprensa à exaustão naquela época, chegamos à conclusão de que as Forças Armadas agiram em legítima defesa de nossa Pátria. Senão, vejamos alguns antecedentes.

Quando Jânio Quadros renunciou à presidência, "Jango" estava em viagem à China comunista, acompanhado de "líderes trabalhistas, convocados para observação e estudo das comunas populares daquele país" (Del Nero, in "A Grande Mentira", pg. 70). Na China, "Jango" fez "um pronunciamento radical, em que revelou sua intenção de estabelecer também no Brasil uma república popular, acrescentando que, para tanto, seria necessário contar com as praças para esmagar o quadro de oficiais reacionários" (Del Nero, op. cit., pg. 71) - prenúncio da Revolta dos Marinheiros, no Rio de Janeiro, e da Revolta dos Sargentos, em Brasília.

Em janeiro de 1964, Luiz Carlos Prestes viajou a Moscou para prestar contas dos últimos trabalhos do PCB, desenvolvidos à luz da estratégia traçada por ele e Kruschev em novembro de 1961. Nesse encontro, participaram, além de Kruschev, Mikhail Suslov (ideólogo de Kruschev), Leonid Brejnev (Secretário do Comitê Central do Partido), Iuri Andropov e Boris Ponomariov (Chefe do Departamento de Relações Internacionais). Naquela ocasião, Prestes afirmou: "A escalada pacífica dos comunistas no Brasil para o poder abrindo a possibilidade de um novo caminho para a América Latina. (...) oficiais nacionalistas e comunistas dispostos a garantir pela força, se necessário, um governo nacionalista e antiimperialista. Implantaremos um capitalismo de Estado, nacional e progressista, que será a ante-sala do socialismo. (...) ... uma vez a cavaleiro do aparelho do estado, converter rapidamente, a exemplo de Cuba de Fidel, ou do Egito de Nasser, a revolução nacional-democrática em socialista." Segundo Luís Mir, in "A Revolução Impossível", "A exemplo de 1935, a revolução deveria começar novamente, pelos quartéis." (cfr. Del Nero, in "A Grande Mentira", pg. 121).

"É crime lembrar que a direita civil armada, pronta e ansiosa para matar comunistas desde 1963, foi pega de surpresa pelo golpe militar e inteiramente desmantelada pelo novo governo, de modo que, se algum comunista chegou vivo ao fim do ano de 1964, ele deveu isso exclusivamente às forças armadas que agora amaldiçoa." (Olavo de Carvalho, in "A História, essa criminosa").

Olavo se refere às forças paramilitares formadas, principalmente, pelos governadores Carlos Lacerda, da Guanabara, e de Adhemar de Barros, de São Paulo, que pretendiam trucidar os comunistas.

Folhetos cubanos

Os chamados "folhetos cubanos" eram disseminados no Brasil pelo Movimento de Educação Popular (MEP), durante o Governo de João Goulart, e serviam de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola.

Ligas Camponesas

As origens da organização dos camponeses datam da década de 1940, no trabalho do PCB, que estabeleceu as Ligas Camponesas. Essa atividade ressurgiu na década de 1950, em Galiléia, com a criação da Sociedade Agricultural de Plantadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida por um ex-membro do PCB, José dos Prazeres, e depois com a formação de sociedades de direito civis e legais, que rapidamente se espalharam por todo o Nordeste, passando a uma rede de Ligas Camponesas - como eram chamadas pelos proprietários de terras, devido à sua origem da década de 1940. Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação, especialmente, em Pernambuco, do então Governador Miguel Arraes, onde as Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. No dia 27 Nov 1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o Presidente do Banco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. Esses documentos chegaram às mãos do Governador Carlos Lacerda, da Guanabara, que fez vigorosa campanha na imprensa, denunciando a interferência cubana em nosso País.

No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou ainda as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista "Veja", de 24 Jan 2001, sob o título "Qué pasa compañero?", faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que "o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento." Após a Contra-revolução de 1964, as Ligas Camponesas, de inspiração comunista, foram dissolvidas, e Julião obteve asilo no México.

Grupo dos Onze

Grupo dos Onze (G-11), ou Grupo dos Onze Companheiros, eram "comandos nacionalistas", que foram formados em todo o Brasil em 1963, a mando do ex-governador gaúcho Leonel Brizola. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). Um documento do Grupo afirmava que os G-11 seriam a "vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética." (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS.) "... os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição". Quando ocorreu a Contra-revolução de 1964, havia centenas desses Grupos brizolistas espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil - civis, militares e eclesiásticas -, como se pode ler nas "Instruções secretas" do EPL e seus G-11, no item 8, "A guarda e o julgamento de prisioneiros": "Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição". (cfr. Del Nero, in "A Grande Mentira", pg. 112).

MEB e MEPO

Movimento de Educação de Base (MEB) foi uma organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo Governo João Goulart e administrada por militantes de esquerda católica, muitos dos quais eram membros da Ação Popular (AP). Baseado nas idéias marxistas de Paulo Freire - autor do livro "Pedagogia do Oprimido" -, o MEB funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local (padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas. O Movimento de Educação Popular (MEP) disseminava no Brasil, durante o Governo de João Goulart, folhetos cubanos sobre a técnica de guerrilhas. Esses folhetos foram utilizados pelos G-11, de Brizola, e pelas Ligas Camponesas, de Francisco Julião.

Operação Limpeza

Depois da Contra-Revolução de 31 Mar 1964, o Congresso Nacional empossou, no dia 2 de abril, o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, do PSD de São Paulo, como Presidente Interino do Brasil. Três governadores foram cassados: Miguel Arraes (Pernambuco), Seixas Dória (Sergipe) e Badger Silveira (Rio de Janeiro). Enquanto Jango tentava, no Rio Grande do Sul, obter asilo político no Uruguai, a Operação Limpeza incluía ainda expurgos de pessoas ligadas à corrupção e à subversão. Em Porto Alegre houve um atentado contra a vida do brigadeiro Lavanère-Wanderley, ocasião em que foi morto o que o atacou (4 de abril). No dia 9 de abril, o Comando Revolucionário (Costa e Silva, Rademaker e Correia de Melo) assinaram o Ato Institucional (AI): estavam suspensos por 10 anos os direitos políticos de João Goulart, Jânio Quadros e Luís Carlos Prestes. No dia 10 de abril, foi publicada lista com uma centena de nomes punidos, entre os quais 40 membros do Congresso Nacional, muitos dos quais líderes da Frente Parlamentarista Nacionalista. No dia 11 de abril, o Comando Revolucionário transferiu 122 oficiais para a reserva.

O AI estipulava que, 2 dias depois de sua promulgação, o Congresso elegeria um Presidente e um Vice-Presidente da República, numa eleição em que não haveria inelegibilidades. Os projetos apresentados pelo Executivo se tornariam leis se não fossem votados dentro de 30 dias; os orçamentos propostos pelo Presidente não poderiam ser majorados pelo Congresso; essas estipulações, além de uma que permitia ao Presidente propor Emendas Constitucionais a serem aprovadas pela maioria simples, deveriam expirar, juntamente com o AI, no dia 31 Jan 1966.

Na votação para Presidente, Castello Branco recebeu 361 votos (123 do PSD, 105 da UDN e 53 do PTB), enquanto Juarez Távora recebeu três votos e Gaspar Dutra dois. Houve 72 abstenções, em grande parte de representantes do PTB, e 37 ausências (por causa do atraso na posse dos suplentes dos congressistas cujos mandatos haviam sido cassados). O Senador Kubitschek deu seu voto a Castello; o antigo Ministro da Fazenda, José Maria Alkmin, foi eleito Vice-Presidente. No dia 15 de abril de 1964, Castello assumiu a Presidência da República. Ainda em 1964, o AI-2 institui o bipartidarismo no Brasil: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apóia o Governo militar, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição.

Infelizmente, não se realizaram as pretendidas eleições democráticas em 1966. Em 1967 e 1968, ainda muito antes da entrada em vigor do AI-5, e sob os ecos da Revolução Cultural chinesa (3) e da OLAS (4), começaram os atentados terroristas, promovidos por fanáticos que queriam implantar em nosso País uma Cuba de dimensões continentais, não a "democracia" que hoje tanto alardeiam. "Das grandes manifestações de 1968, muitos foram os jovens que saíram para integrar organizações guerrilheiras urbanas. Nesse sentido, o trabalho político, dentro do movimento estudantil, deu os seus frutos. (...) O fato concreto é que, a partir de então, existe no Brasil uma esquerda que faz a revolução com as armas na mão" (Vladimir Palmeira, in "A Esquerda Armada no Brasil", de Antonio Caso, Morais Editores, Lisboa, 1976).

Com muito sacrifício, em 1973 foram extirpados todos os grupos terroristas no Brasil - incluindo o Molipo de José Dirceu e a ALN de Aloysio Nunes Ferreira. A meu ver, aquele era o momento certo para promover a redemocratização do Brasil. O País crescia a taxas de 10% ao ano, a segurança voltara, todos eram felizes e não sabiam. Mas havia a Guerrilha do Araguaia, de João Amazonas e José Genoíno, ainda em andamento. Devido a isso, estendeu-se em demasia o governo dos militares, que acabaram sendo humilhados com a volta da inflação e da estagnação econômica, especialmente durante o triste mandato do general Figueiredo, o "inesquecível" ("Me esqueçam!"), que encobertou o vil "Atentado do Riocentro".

Em janeiro de 1964, Prestes afirmou que "os comunistas já se encontram no Governo, só falta tomar o poder". Ou seja, faltava fechar o Parlamento e aniquilar o Judiciário - além de cooptar ou calar o "grande mudo": o Exército Brasileiro. Porém, o "grande mudo" falou alto, trovejou e espantou para bem longe a hidra vermelha que ameaçava o País.

Em 2004, durante o III Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, Frei Betto (5), antigo ativista envolvido com os terroristas de Carlos Marighela, hoje guru de Fidel Castro, de Lula-laite e do MST, disse algo semelhante a Prestes, ao afirmar que o PT chegara ao Governo, mas ainda falta conquistar o poder. Isto é, o poder único, semelhante ao Partido Comunista cubano. Na ocasião, Frei Betto, "ante um auditório de sacerdotes, religiosas e milhares de militantes de comunidades eclesiais de base (CEBs) que o ovacionaram reiteradamente, disse que a sociedade do futuro define-se em uma só palavra: socialismo . E depois de pedir uma salva de palmas para Karl Marx, acrescentou de maneira chocante que o "homem novo" deve ser filho do casamento de Ernesto Che Guevara e Santa Tereza de Jesus " (leia mais em www.cubdest.org).

É, parece que o Brasil não toma vergonha na cara. Quase 40 anos depois, voltamos à estaca zero. Parece que estamos em 1964. As Ligas Camponesas, hoje, converteram-se nos cangaceiros do MST, que invadem propriedades particulares e repartições públicas, com os aplausos do atual Ministro do Afundamento Agrário, Miguel Rossetto. A inflação voltou com força, empobrecendo ainda mais a população brasileira. O Fórum Social Mundial e o Foro de São Paulo são hoje os "MEB", os "MEP", as "UNE", as "AP" e as "Frentes" de outrora, onde são distribuídos os atualíssimos "folhetos cubanos". Com a presença de narcoterroristas das FARC. Nosso Presidente Lula-nem-mais-tão-laite-assim passeia de mãos dadas com o mais antigo terrorista em atividade do mundo, Fidel Castro, encontra-se amiúde com o agitador Hugo Chávez, amigo de Saddam Hussein, e não admite dizer em público que as FARC são um movimento terrorista.

Pudera, o PT, indiretamente, é um aliado das FARC, já que ambos são membros do Foro de São Paulo. Com nossos atuais governantes promiscuídos com tais tipos e tais organizações, não é de pasmar que hoje até Saddam Hussein seja apresentado como herói. Enquanto isso, o terrorismo retorna com força total, matando juízes, políticos e policiais, aterrorizando com chacinas a população do Rio de Janeiro, cidade que teve aumentados seus dias de feriado por conta da ordem dos traficantes de drogas, que emitem toques de recolher a todo momento. E o atual Governo, como os anteriores, desde a Nova República, nos apresenta mais um programa de segurança cu-de-cobra. Afinal, cu de cobra nunca ninguém viu, nem sabe se existe...Ah! Éramos felizes e não sabíamos! Quanta saudade Castello nos traz!

Notas:

(1) MATTOS, Carlos de Meira (coordenador). "Castello Branco e a Revolução - Depoimentos de seus Contemporâneos". Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1994.

(2) ALVES, Márcio Moreira. "O Despertar da Revolução Brasileira". Seara Nova, Lisboa, 1974.

(3) Revolução Cultural - Anunciado em 1966 por Mao Tsé-Tung, com o apoio do Exército, é um novo período de luta entre correntes partidárias, no qual os jovens deveriam criticar seus superiores e derrubar "velhos hábitos, as velhas idéias e a velha cultura". Milhões de estudantes maoistas criam uma "Guarda Vermelha", que, empunhando o "Livro Vermelho" de Mao, passam a humilhar e matar os opositores do líder máximo e a queimar prédios. Intensificou-se o estudo de Marx, foram apresentadas óperas comunistas e canções revolucionárias. Dois anos depois (1968), o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o Maoismo da juventude francesa, com reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. A Revolução Cultural ocasionou 10 milhões de mortes, além de tortura física de presos, como o arrancamento da genitália (testículos e pênis), que eram assados e comidos pelos torturadores. Além dessa tortura sui generis, durante a Revolução Cultural era incentivada a prática de devorar os inimigos políticos, fato denunciado em detalhes por Zheng Yi, um fugitivo do massacre da Praça da Paz Celestial e outrora um dos mais destacados romancistas chineses (seu primeiro romance, "The Maple", sobre a Revolução Cultural, foi usado pelo Politburo para atacar a Gangue dos Quatro). A respeito do assunto, veja texto "Communists Eat Their Class Enemies", de Adam Young (adamyoung@hotmail.com) em www.lewrockwell.com/orig/young1.html.

(4) OLAS - Organización Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16 Jan 1966, 1 dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS em 1967. Ola, em espanhol, significa "onda", seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: "Faremos um Vietnã em cada país da América Latina". Após a Conferência, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM).

(5) Frades dominicanos - No início de 1968, houve várias reuniões no Convento dos Dominicanos do Bairro das Perdizes, em São Paulo, liderado por Frei Osvaldo Augusto de Rezende Júnior, congregando frades para tomada de posição política, que culminaria com a adesão do grupo ao Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP) - que teve, ainda naquele ano, mudado seu nome para Ação Libertadora Nacional (ALN). Participaram das reuniões Frei Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Beto), Frei Fernando de Brito (Frei Timóteo Martins), Frei João Antônio Caldas Valença (Frei Maurício), Frei Tito de Alencar Ramos, Frei Luiz Ratton, Frei Magno José Vilela e Frei Francisco Pereira Araújo (Frei Chico). Frei Osvaldo, apresentando Marighela a Frei Beto, conseguiu a adesão ao AC/SP de todos os dominicanos que participaram das reuniões. Frei Beto também entrou em contato com a VPR por intermédio de Dulce de Souza Maia, nos meios teatrais, onde Frei Beto atuava como repórter da "Folha da Tarde". A primeira tarefa que os dominicanos receberam de Marighela foi fazer um levantamento de áreas ao longo da Rodovia Belém-Brasília, para implantação de uma guerrilha rural. A área de Conceição do Araguaia, onde a ordem dominicana possuía um convento, foi assinalada no mapa como área prioritária, pois teria importante apoio logístico. O levantamento sócio-econômico da região foi feito com base no "Guia Quatro Rodas", da Editora Abril. Esse trabalho passou a ser compartimentado, para aumentar a segurança, e os frades passaram a utilizar codinomes: Frei Ivo, o Pedro; Frei Osvaldo, o Sérgio ou Gaspar I, nos contatos que este tinha com Marighela; Frei Magno, o Leonardo ou Gaspar, era quem mantinha contato com Joaquim Câmara Ferreira; Frei Beto, o Vítor ou Ronaldo, ficou encarregado do sistema de imprensa e também dos contatos com Joaquim Câmara Ferreira, que coordenava as atividades do Agrupamento em São Paulo (o AC/SP se infiltrou na Editora Abril e no jornal "Folha da Tarde", do Grupo Folha). Na "Folha da Tarde", Frei Beto recrutou os jornalistas Jorge Miranda Jordão (Diretor), Luiz Roberto Clauset, Rose Nogueira e Carlos Guilherme de Mendonça Penafiel. Clauset e Penafiel cuidavam da preparação de "documentos", e Rose, do encaminhamento de pessoas para o exterior. Na Editora Abril, a base de apoio era de aproximadamente 20 pessoas, comandadas pelo jornalista Roger Karman, e composta por Karman, Raymond Cohen, Yara Forte, Paulo Viana, George Duque Estrada, Milton Severiano, Sérgio Capozzi e outros, que elaboraram um arquivo secreto sobre as organizações armadas (servia também como fonte de informações para organizações subversivas). O AC/SP tinha assistência jurídica, composta de 3 advogados: Nina Carvalho, Modesto Souza Barros Carvalhosa e Raimundo Paschoal Barbosa. Quando procurado pela polícia, em São Paulo, Frei Beto, que havia ingressado no convento dos dominicanos, em São Paulo, em 1966, foi acobertado pelo Provincial da Ordem, Frei Domingos Maia Leite, e transferido para o seminário dominicano Christo Rei, em São Leopoldo, RS. Frei Beto foi preso no RS, onde atuava junto com a ALN para fuga de terroristas ao Uruguai.





As libélulas da USP


http://www.olavodecarvalho.org/convidados/libelulas.htm


O autor deste interessante trabalho assim se apresenta na carta em que o enviou a esta homepage:

"Nasci no dia 03/01/1950, em Joaçaba, SC, no então distrito de Luzerna (atualmente, município). Sou militar da ativa, incorporei no Exército como soldado em 16 Jan. 1970 e fui promovido ao posto atual (1º Tenente) em 01 Jun. 1997. Estudei nos seminários franciscanos de Luzerna, SC, Rio Negro, PR, e Agudos, SP, nos anos de 1961 a 1969. Em 1971 fiz o curso de sargento (fotocinegrafista) na Escola de Comunicações, no Rio de Janeiro, RJ. Após o curso servi em unidades do Rio, até 1989, quando fui transferido para Brasília, onde sirvo até hoje. De 1972 a 1975 estudei economia nas Faculdades Mário Henrique Simonsen e Moacir Sroeder Bastos. Tive uma rápida experiência no cinema, ao ser o câmera do filme em esperanto La sesa raso (‘A Sexta Raça’), de Reginaldo Orestes Lima Cipolatti. (Como amante da 7ª arte, tenho uma boa bibliografia sobre o assunto.) De 1990 a 1992 fui auxiliar do Adido Militar no Egito, experiência que deu origem ao meu livro Egito - Uma Viagem ao Berço de Nossa Civilização, concluído em 1995. O livro, disponível nas livrarias da Universidade de Brasília, foi rejeitado para constar nas vitrines da Siciliano e da Sodiler (por não ser "comercial"), porém tem agradado a muito mais pessoas do que eu podia imaginar."


As libélulas da USP


Félix Maier


Uma estudante escreveu ao filósofo Olavo de Carvalho, reclamando do ensino ministrado na universidade. Faltava aprofundamento de estudo nas disciplinas e a quase totalidade dos professores discorria sempre sobre os mesmos assuntos, as mesmas frases codificadas e as mesmas palavras de ordem comuns na doutrinação comunista. Não havia chance nenhuma de o aluno discordar do dogma marxista proposto em sala de aula e os professores que não seguissem a mesma crença eram também discriminados. Dizia a moça que tinha a impressão de que até os porteiros da universidade, em ato reflexo, repetiam as mesmas frases pré-frabricadas dos professores.

Não é de hoje que a propaganda marxista se instalou em nossas escolas. Já há bastante tempo, em livros de história do 2º grau (1), a Revolução Cubana é ensinada como a redenção humana, são apresentadas afirmações que se anulam, pois uma educação imposta a todos pelo terror não pode ser considerada educação. Ela deve ser pluralista e honesta, não sectária e terrivelmente pobre, como é a educação marxista em Cuba. A Revolução Russa é apresentada como um marco da humanidade, são citadas obras de escritores marxistas para complemento dos estudos, assim como é sugerido assistir ao filme Encouraçado Potenkin, que é no fundo uma propaganda comunista, por apresentar a luta de classes, a revolta dos marinheiros contra seus "opressores". Todos esses livros, porém, se calam sobre o que realmente ocorreu nesses países (e ainda ocorre em Cuba) e nenhum deles recomenda a leitura de Arquipélago Gulag, de Alexandre Soljenítsin (2), o livro mais contundente já escrito sobre os crimes da antiga URSS, especialmente sob a tirania de Stálin. Apesar de a esquerda tentar esconder o fato, os famigerados "Processos de Moscou" ocasionaram o fuzilamento de milhares de pessoas e a remessa para os trabalhos forçados nos campos de horrores dos gulags um contingente de pessoas ainda hoje desconhecido, uma multidão de 40 a 60 milhões de condenados, ninguém sabe ao certo. Ao todo, a URSS assassinou 25 milhões de pessoas, só em casa.

Sobre os gulags o cinema norte-americano deve à humanidade um filme tão ou mais contundente que a "Lista de Schindler". Mas, como disse o cineasta Arnaldo Jabor, a respeito do filme italiano "A Vida é Bela", que desbancou o brasileiro "Central do Brasil", "americano gosta de filme que tenha judeu, criança e cachorrinho". E os gulags não têm essas imagens tão caras ao subconsciente norte-americano. Provavelmente, Hollywood nunca irá fazer um filme sobre os gulags, já que entre suas hostes encontram-se mais vermelhos do que James Bond possa imaginar. Basta lembrar da cena de um Nolte sentado de braços cruzados, na noite de entrega do Oscar, tripudiando sobre a importância histórica do cineasta Elia Kazan, um dos homenageados, pelo simples fato de ele, apesar de imigrante, ter apoiado o macartismo, ou seja, ter sido um americano patriota e anticomunista. Ou ainda, na mesma ocasião, a saída rápida do auditório de nosso patrício Moreira Salles, diretor de "Central do Brasil", também "enojado" com a presença daquele "traidor". Na realidade, são todos farinha do mesmo saco, unha e carne, bagos e estrovenga.

Além do ensino marxista nas escolas secundárias, agora há um sistema de ensino criminoso sendo ministrado em acampamentos do MST. O jornal "O Estado de S. Paulo" denunciou essa "pedagogia do gueto" (3), onde as crianças, como os antigos balilas do fascismo italiano, são amestradas na doutrinação comunista. Nesses acampamentos, 7 de setembro não é Dia da Pátria, mas dia dos excluídos. Os heróis nacionais não são Tiradentes, Caxias, Santos Dumont, porém Antônio Conselheiro, Lampião, Lamarca, Marighela, Luís Carlos Prestes. As escolas têm nomes sugestivos como Che Guevara, Mao Tse Tung e outros crápulas. Desde a mais tenra idade, as crianças são ensinadas a ter ódio de quem tem uma propriedade e a não respeitar as leis vigentes no país, já que "a lei é feita para atender aos interesses da minoria e não do povo", como prega a cartilha guerrilheira do MST, A Vez dos Valores. Para o MST, datas importantes são a morte de Guevara, o "massacre" de Eldorado do Carajás e outras aberrações. Com a ajuda financeira e promocional de muitas entidades do Brasil e do exterior, incluindo a CNBB (a banda vermelha e podre, vale ressaltar), a Unicamp (com seus seminários de incentivo à guerrilha dos camponeses), e o próprio Governo FHC, via INCRA, o MST está se fortalecendo dia a dia, impondo o terror aos proprietários rurais como se aqui estivesse ocorrendo o outubro vermelho de 1917. Com o acovardamento dos governadores, receosos da ocorrência de outros "eldorados do carajás", e com a inoperância da justiça, que não garante o respeito à propriedade, o MST está se tornando um estado dentro do Estado brasileiro, em total desrespeito à Constituição.

No ensino superior, o sistema não é diferente. A baboseira marxista não tem fim nunca, os alunos são obrigados a xerocar (sem pagar direitos autorais – outra imoralidade) as mesmas coisas que quase todos os professores pedem, pois todos os autores indicados apresentam sua curta visão do conhecimento humano, já que se negam a ensinar a sabedoria acumulada pela filosofia mundial durante milhares de anos para beber apenas na fonte marxista. E uma fonte, por sinal, mal absorvida, pois retiram dos tais livros apenas frases e pensamentos que correspondem a seus interesses imediatos, quase nenhum dos autopropalados "intelectuais" leu por completo as obras de Marx, apenas algumas resenhas medíocres que permeiam os livros de filosofia e sociologia de nossos principais autores do momento. É o mesmo que extrair da Bíblia algumas passagens inusitadas e até ultrapassadas em relação ao atual estágio de evolução da humanidade para apenas enfatizar alguma argumentação de nosso interesse. Em Brasília um homem disse que estuprou sua filha porque havia um caso semelhante na Bíblia, de Lot que deitou com suas duas filhas, ou melhor, que foi embriagado pelas filhas para que a procriação da família não cessasse. Nesse incesto de teses promíscuas, nesse pacto mafioso de todos concordarem entre si, fazerem agrados mútuos e citarem-se uns aos outros, sem discordância nenhuma de suas premissas marxistas-gramscistas, pode-se imaginar o nível de mediocridade atingido por nossas universidades. Antigamente, os latinos já se defrontavam com esses "idiotas coletivos" (4), quando diziam que "asinus asinum fricat". Na época, seria dizer que "um burro coça outro burro". Hoje poderíamos traduzir a citação como "os cães lambem-se os rabos uns dos outros".

Neste universo de cães lambendo-se os rabos sujos uns dos outros, destacam-se as libélulas da USP. Geradas espontaneamente a partir do grupo Libelu (5), aumentaram sua população a taxas indianas. As libélulas mais conhecidas são Leandro Konder, Paul Singer, Marilena Chauí, Cecília Coimbra e Emir Sader. Não há como negar que todos eles tenham alguma inteligência. O que não é louvor nenhum. Se até Washoe, uma chimpanzé trancada num zoológico nos EUA foi capaz de aprender 130 palavras da American Sign Language – uma linguagem para surdos-mudos -, por que as libélulas da USP não poderiam utilizar seu tutano para transformar os grunhidos em algumas dúzias de palavras impressas? Aparentemente, as libélulas da USP até escrevem bem. Mas só aparentemente. O "ópio dos intelectuais" que eles fumam há décadas em seus cachimbos acadêmicos já os anestesiaram há muito tempo e ficam repetindo como macacos os mesmos chavões marxistas, as mesmas frases engessadas e esclerosadas de sempre. São seres de outras galáxias, etês que não têm nenhuma ligação com nossa atividade terrestre. Apenas papagueiam teses ultrapassadas na teoria e na prática no que se refere a "luta de classes", a "mais-valia", a "burguesia" (6) e tudo o mais que se possa imaginar que passam por suas cabeças dopadas com o entulho de idiotices que absorveram desde a juventude, hoje com um tempero gramscista, para parecerem modernos e sintonizados com o mundo. O mundo em que vivemos, seja ele apelidado de capitalista, neoliberal, o que for, ou seja, aquele que anda de verdade, movido pela inexorável roda da história, não apresenta nada do que as libélulas da USP pregam em suas cartilhas, seja nas universidades, seja nos meios literários. Artigos ocos, bolorentos, primários, cheios de ódio e preconceito enxovalham nossos principais jornais. Cadê os artigos veementes e muitas vezes desconcertantes de um Santayanna no Correio Brazilense? Foram varridos pelo lodo fedorento de Emir Sader nas edições de domingo.

Uma das principais teses das libélulas da USP é a de se apresentarem como democratas, que combateram a vil ditadura dos militares. A história é testemunha desta mentira deslavada, pois todos os movimentos guerrilheiros no Brasil e nos demais países da América do Sul tiveram origem na Conferência da OLAS, em Cuba, no ano de 1967, quando Fidel Castro, junto com o então senador Salvador Allende, do Chile, e Carlos Marighela, do Brasil, entre outros, começaram a "criar vietnãs em cada país sul-americano", para tentar a derrubada dos governos e instituir o comunismo, não para implementar a democracia. As libélulas da USP não se coram pelos crimes cometidos em nome do comunismo, aqui e no mundo todo, que ocasionaram 110 milhões de mortos, como atesta o Livro Negro do Comunismo (7). Diz o ditado que pelo fruto conhecemos a árvore. Os macacos esquerdistas continuam trepados na árvore plantada por Marx, porém não aceitam que se discuta os frutos podres que esta doutrina maligna espalhou pelo mundo inteiro. A moral que pregam perante o mundo tem o mesmo valor da NASCA, dos EUA, um clube que promove a suruba globalizante primeiro-mundista, os "swings", ou seja, a troca de casais.

Reis e príncipes da mentira – emir, em árabe significa príncipe -, as libélulas da USP, além de reescrever a história à sua cara, escamoteiam informações e simplesmente ignoram tudo o que possa denegrir ainda mais sua doutrina satânica. Da mesma forma, a imprensa brasileira, impregnada de filhotes dessas libélulas, escondem informações preciosas ao público e sempre minimizam os crimes que os líderes comunistas praticaram. Recentemente, descobriu-se que um dos ícones do comunismo, a indígena guatemalteca Rigoberta Menchu, que havia recebido o prêmio Nobel da Paz por conta de sua biografia, onde são relatados perseguições e mortes contra sua família, não passava de uma mentirosa deslavada. A imprensa, como de costume, nada noticiou. Luiz Carlos Prestes, cantado em verso e prosa por Jorge Amado e pelos bicheiros das escolas de samba do Rio de Janeiro, foi um assassino frio, ao mandar "justiçar" Elza, sua comparsa na tentativa de implantar o comunismo no Brasil, em 1935. Documentos recentes liberados após a morte de Juarez Távora comprovam as maldades perpetradas pela Coluna Prestes em todo o país. O "cavaleiro da esperança" era na realidade o chefe dos cavaleiros do apocalipse, promovendo assaltos e roubos a residências, estupros e assassinatos. E os jornais, o que noticiaram sobre este agente de Moscou (8)? Nada.



Invariavelmente, as libélulas da USP (assim como as borboletas da UnB, as mariposas da UFRJ e outros insetos mais) se utilizam sempre da mesma cantilena anestésica e de seus truques de mister M de subúrbio para hipnotizar seus pobres alunos em sala de aula. Fazem lembrar a feira de Duque de Caxias, no Rio, onde espertalhões vendem pardais tingidos de amarelo como se fossem canários. Da mesma forma, as libélulas da USP tingem suas teses acadêmicas com um colorido psicodélico que hipnotiza e imbeciliza toda uma geração de jovens universitários. Quando saírem para o mercado de trabalho, os bacharéis verão que perderam a mais bela parte de suas vidas ouvindo mentiras, que têm um canudo que nada lhes acrescenta e que terão que aprender a duras penas o que realmente existe extra muros, longe do parque dos dinossauros habitado pelas libélulas da USP.

Hoje, infelizmente, não são apenas os porteiros que repetem em ato reflexo as idiotices marxistas-gramscistas em nossas universidades. Até os vira-latas perdidos nos campi da USP, da UnB e de tantas outras universidades brasileiras passaram a latir: mao, mao, mao! E os gatos respondem: tsssetung, tsssetung, tsssetung!


Notas:

PAZZINOTO, Alceu Luiz; SENISE, Maria Helena Valente. História Moderna e Contemporânea. Editora Ática, 7ª edição, São Paulo, SP, 1994.

SOLJENÍTSIN, Alexandre. Arquipélago Gulag. Difel/Difusão Editorial S.A. São Paulo e Rio de Janeiro, 1976.

A Pedagogia do Gueto do MST. Jornal O Estado de S. Paulo, 11 de junho de 1999.

CARVALHO, Olavo de. O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras. Faculdade da Cidade Editora e Academia Brasileira de Filosofia, Rio, 1996.

Libelu – Liberdade e Luta: movimento estudantil-lambertista atuante na USP durante os governos militares. Pierre Lambert foi um dos ideólogos da IV Internacional (Trotskista).

Quem é mais burguês hoje em dia do que os neoburgueses, ou seja, as libélulas da USP, os proprietários de milhares de ONG que se refestelam com o dinheiro alheio, e a "intelectualidade" que faz a festa no atual governo dos tucanos, aninhados em postos-chave, com polpudos salários, comissões, viagens com diárias pelo Brasil e pelo exterior?

COURTOIS, Stéphanie; WERTH, Nicolas; PANNÉE, Jean-Louis; PACZKOWSKI, Andrzej; BARTOSEK, Karel; e MARGOLIN, Jean-Louis. The Black Book of Communism. Harvard University Press, USA, 1999.

WAACK, William. Os Camaradas. Nos arquivos de Moscou. A história secreta da revolução brasileira de 1935. Companhia das Letras, São Paulo, 1993.




Violência Estudantil: Antecedentes do AI-5 

por Félix Maier

Decretado em 13 de dezembro de 1968 pelo Presidente Costa e Silva, o Ato Institucional no. 5 (AI-5) permitia ao chefe de governo cassar mandatos, suspender direitos políticos e legislar em substituição ao Congresso Nacional após decretar-lhe o recesso (o AI-1 foi decretado em 9 Abr 1964 e o AI-2 em 27 Out 1965).

Um discurso violento do Deputado Federal Márcio Moreira Alves contra as Forças Armadas teria sido a gota d’água para decretar o AI-5. Porém, o real motivo foi a incrementação das atividades terroristas ocorridas em 1968, como se pode comprovar a seguir:

- 28 Mar: morte do estudante Edson Luís, em choque de estudantes com a polícia, no Rio;

- 31 Mar: passeata estudantil contra a Revolução, com 1 civil morto e dezenas de policiais da PM feridos;

- 1º Mai: comício na Praça da Sé, em que o Governador Abreu Sodré e sua comitiva foram expulsos da tribuna, que foi utilizada pelos agitadores para ataques à ditadura militar;

- 19 Jun: liderados por Vladimir Palmeira, presidente da UNE, 800 estudantes tentaram tomar o prédio do MEC (Rio), ocasião em que 3 veículos do Exército Brasileiro foram incendiados;

- 21 Jun: 10.000 estudantes incendiaram carros, saquearam lojas, atacaram a tiros a Embaixada americana e as tropas da PM, no Rio, resultando em 10 mortos (inclusive o Sgt PM Nélson de Barros) e centenas de feridos;

- 22 Jun: estudantes tentaram tomar a Universidade de Brasília;

- 24 Jun: em SãoPaulo, estudantes depredaram a Farmácia do Exército, o City Bank e o jornal “O Estado de S. Paulo”;

- 26 Jun: a VPR explode guarita do QG do antigo II Exército, em São Paulo, com carro-bomba, matando o soldado do Exército Mário Kosel Filho;

- 3 Jul: estudantes portando armas ocuparam a USP, com ameaças de colocação de bombas e prisão de generais;

- 4 Jul: “Passeata dos 50 mil” com o slogan “só o povo armado derruba a ditadura”;

- 20 Ago; morte do soldado da PM/SP, Antônio Carlos Jeffery;

- 2 e 3 Set: discursos violentos contra as Forças Armadas, proferidos pelo Deputado Federal Márcio Moreira Alves;

- 7 Set: morte do soldado da PM/SP, Eduardo Custódio de Souza;

- 3 Out: choque entre estudantes da USP e Mackenzie ocasionaram a morte de um deles, baleado na cabeça;

- 12 Out: assassinato do capitão do Exército norte-americano, Charles Rodney Chandler;

- no mesmo dia (12 Out), durante o XXX Congresso da UNE, em Ibiúna, SP, a polícia prendeu os participantes, destacando-se Wladimir Palmeira, Franklin Martins, José Dirceu de Oliveira e Silva); foram encontradas drogas, bebidas alcoólicas e o “Woodstock” caboclo deixou uma infinidade de preservativos usados – havia até uma escala de serviço de moças para atendimento sexual; alguns líderes, em acordo com Marighela e Cuba, haviam chegado à conclusão de que o estopim para a luta armada viria da prisão em massa de estudantes, envolvendo comunistas e inocentes úteis, jogaria essa “força de trabalho” nos braços da luta armada;

- 15 Out: estudantes tentaram tomar o prédio da UNE, queimando carros oficiais; Fernando Gabeira participou do ato terrorista (livro “A Esquerda Armada no Brasil”, de Antonio Caso);

- 23 Out: estudantes depredam o jornal “O Globo”, visto como agente norte-americano;

- 7 Nov: o Sr. Estanislau Ignácio Correa é assassinado por terroristas que roubaram seu automóvel.

Estas e outras mortes, ocasionadas pela violência estudantil, tinham reflexo das ações terroristas propostas pela OLAS, em Havana, Cuba, em 1967: “faremos um Vietnã em cada país da América Latina”, segundo as palavras do ditador Fidel Castro. E também do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, feito pela Ação Libertadora Nacional (ALN), de Carlos Marighela, no dia 10 Ago 1968, ação que rendeu NCr$ 108 milhões ao grupo terrorista e consolidou sua entrada na luta armada. Dessa operação, participaram Aloysio Nunes Ferreira Filho, Ministro da Justiça no Governo FHC, e o terrorista Diógenes de Oliveira, o “Diógenes do PT”, coordenador da campanha de Olívio Dutra ao Governo do Rio Grande do Sul, e meu tio materno Arno Preis, que morreu em 1972 depois de matar um PM de Goiás e ferir outro.

Até a decretação do AI-5, houve 84 atentados a bomba, que mataram e feriram militares e civis.

Veja em "Arquivos I" (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/arquivos-i-uma-historia-da-intolerancia_78.html), de minha autoria, os seguintes verbetes: ALN, AP, Contra-revolução de 1964, Folhetos cubanos, Foquismo, Frades dominicanos, G-11, Komintern, Ligas Camponesas, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Ternuma (www.ternuma.com.br), UNE, Violência estudantil e VPR.



Leia ainda:

As manchetes do contragolpe de 1964 

Movimento Militar de 31 de Março de 1964 - revista O Cruzeiro, 10/04/1964 – edição extra

http://www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro/100464su.htm

 

Depoimento de políticos sobre o Movimento de 31 de Março de 1964

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/depoimentos-de-politicos-sobre-o.html


O ouro de Moscou: de Luís Carlos Prestes a Roberto Freire – por Capitão do Exército Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/o-ouro-de-moscou-de-luis-carlos-prestes.html


Treinamento de guerrilha em Cuba - por Carlos I. S. Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/treinamento-de-guerrilha-em-cuba-por.html


Terrorismo: de Guararapes a Boston – por Capitão do Exército Félix Maier

http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/2013/09/terrorismo-de-guararapes-boston-felix.html


Guerrilha comunista no Brasil – por Capitão do Exército Félix Maier

https://portalconservador.com/guerrilha-comunista-no-brasil/?fbclid=IwAR0hGtipFq2Y9-BJzBnm7jx7BtDYwiNXxYhTOxWfNr4_vSmtSWKmY4FjZxQ


O movimento de 1968, por seus líderes - por Carlos I. S. Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/o-movimento-de-1968-por-seus-lideres.html


1968: 40 anos do AI-5 – por Capitão do Exército Félix Maier

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/04/2008-40-anos-do-ai-5.html


Escolas de subversão e espionagem – por Capitão do Exército Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/escolas-de-subversao-e-espionagem-por.html


As origens da Tricontinental de Havana - por Carlos I. S. Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/as-origens-da-tricontinental-de-havana.html


A teoria do foco guerrilheiro - por Carlos I. S. Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/a-teoria-do-foco-guerrilheiro-por_21.html


Os “Anos de chumbo” – por Carlos Ilich Santos Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/os-anos-de-chumbo-por-carlos-i-s.html


Terrorismo no Brasil: Você sabia? – por Carlos Ilich Santos Azambuja

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/terrorismo-no-brasil-voce-sabia-por.html

 

Como é a guerra revolucionária - por Carlos I. S. Azambuja

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/como-e-guerra-revolucionaria-por-carlos.html


Organizações Terroristas Brasileiras - por Capitão do Exército Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/organizacoes-terroristas-brasileiras.html


Terroristas de esquerda querem o monopólio da tortura - por Capitão do Exército Félix Maier

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/terroristas-de-esquerda-querem-o.html


Método Paulo Paulo Freire ou Método Laubach? – por David Gueiros Vieira

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach.html


Paulo Freire e a “educação bancária” ideologizada - por Luiz Lopes Diniz Filho

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/paulo-freire-e-educacao-bancaria.html

 

O legado tenebroso de Paulo Freire por José Maria e Silva

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/o-legado-tenebroso-de-paulo-freire-por.html

 

TV Escola: engenharia social e doutrinação ideológica - por Klauber Cristofen Pires

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/tv-escola-engenharia-social-e.html


Marilena vai para o Retiro dos Filósofos – por Reinaldo Azevedo

http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/08/marilena-vai-para-o-retiro-dos.html


Para conhecer a história do terrorismo esquerdista no Brasil, acesse Wikipédia do Terrorismo no Brasil

http://wikiterrorismobrasil.blogspot.com/






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