MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

ARAGUAIA: Os Procuradores de Ossos - por Ternuma


ARAGUAIA: Os Procuradores de Ossos

por Ternuma

Preâmbulo

Ultimamente, muito se tem escrito nos jornais a respeito de alguns documentos sigilosos apreendidos em uma unidade do Exército em Marabá, PA, que comprovariam a vigilância que o Exército Brasileiro está exercendo sobre uma variada sopa de letrinhas – MST, CUT, PT, ONGs e outros paladares.

Ora, os documentos secretos do Exército apreendidos em Marabá – fartamente especulados pela “Folha de S. Paulo” – nunca poderiam ter vindo a público, caso os procuradores do Ministério Público não fossem acometidos por um dualismo primário, que aproveitam qualquer oportunidade para fazer média com a turma da esquerda, em atos de puro revanchismo contra as Forças Armadas que ontem combateram o terrorismo em nosso país.

Atualmente, os assuntos sigilosos são regidos pelo Decreto 2.910, de 29 de dezembro de 1998. O texto é bem claro em seu Art. 55, quando preceitua que “os agentes públicos, responsáveis pela custódia de documentos, materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa estão sujeitos às regras referentes ao sigilo profissional, em razão do ofício, e ao seu código de ética específico”.

O que os procuradores deveriam ter feito, se tivessem uma mínima noção de ética, seria, no máximo, abrir uma investigação para esclarecer aspectos polêmicos encontrados nos tais manuais da Escola de Inteligência do Exército. Nunca chamar um jornalista para publicar um texto secreto. Por este ato criminoso, os procuradores deverão, no mínimo, ser processados.

Abaixo, reproduzo um trabalho do TERNUMA, a respeito do "hercúleo" trabalho dos "procuradores de ossos" dos guerrilheiros do Araguaia - e da gangue petista e tutti quanti que os acompanham na empreitada.

Félix Maier


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"OS PROCURADORES DE OSSOS


I – INTRODUÇÃO


As novas ações, projetando o tema "Guerrilha do Araguaia" no cenário nacional, tiveram início em 23 de maio de 2001, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, graças ao empenho do Presidente da Comissão, Deputado Federal, Pedro Pellegrino (PT/BA) e dos Deputados Federais, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalg (PT/SP, titular) e Nilmário Miranda (PT/MG, suplente), estes dois últimos os maiores beneficiários das conseqüências deste tipo de ações, que embutem forte conotação revanchista, além de outros interesses .

A ação inicial foi caracterizada pela repetição do depoimento caricato do Cel. Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral (*), realizado em 20 de setembro de 1.993, na mesma Câmara, sobre o mesmo tema e com resultados, até hoje por publicar. Há evidências que, inclusive, ocultaram fatos pretéritos da vida profissional do depoente. A "coisa" deu em nada, exceto no que tange a mensagem habitual de ataque às Forças Armadas e, em particular, à Força Terrestre, que é sempre um objetivo desta facção .

Apesar da difusão pela mídia (24 e 25 maio) ficar circunscrita aos habituais órgãos da imprensa, transmissores desse tipo de matéria, o assunto veio a tona, novamente, de forma inusitada, por obra e graça de certos representantes de órgão institucional federal, que parecem comungar com pensamentos ideológicos idênticos ou, no mínimo, bem próximos, aos esposados pelos representantes do revanchismo já nominados. A divulgação ocorreu nos dias 25 e 26 julho, na "Folha de S. Paulo", e no dia 27 de julho, no "Jornal do Brasil".

As datas selecionadas parecem emoldurar as comemorações do "26 de Julho", aniversário da "Revolução Cubana", símbolo dos radicais latino-americanos e dos amantes dos "Direitos Humanos Marxistas - Leninistas", com direito a "paredão", "justiciamentos revolucionários" e tudo mais. A campanha continua e continuará, pois a força ideológica impulsiona os "intelectuais orgânicos", em particular os atuantes no segmento da mídia.

A conduta destes jovens, zelosos de projeção pessoal, quando se metem em áreas que desconhecem, é tragicômica: fere as normas que "dizem" defender e sobre as quais deveriam se estribar, as do Direito...

Estes estouvados defensores tentam se colocar como paladinos do Direito e da Justiça, e nunca a serviço de grupo ou partido político em luta pelo poder. Segundo comentários já veiculados pela imprensa, ficamos na dúvida ...

Involuntariamente ou não, agora, mergulharam no redemoinho desta luta (político-ideológica ), contra os militares, como "Procuradores dos Ossos da Guerrilha do Araguaia", defendendo "jovens" na luta contra a "ditadura".

Desconhecimento, profunda ignorância, má fé, ou mentira? Os combatentes que lá estavam (de acordo com os dados do PC do B) não eram só jovens, mas, sim, militantes veteranos de uma organização política radical, internacionalista, ligada, ao longo de sua história, a várias organizações políticas estrangeiras, defensoras, como ela, da luta armada e que foram o:

Partido Comunista da União Soviética (PCUS); e outros Partidos Comunistas do "Sistema Socialista Mundial", sob a liderança dos soviéticos até 1.961/62;

Partido Comunista da China Popular (PCCh), de 1.961/62 até 1.971/72, após o "racha" com o PCB, em conseqüência de vários fatores nacionais e internacionais, entre os quais desponta o "Conflito Sino-Soviético", e a reaproximação entre a China Comunista e os EUA; e

Partido dos Trabalhadores da Albânia, de 1.974 / 76 até ... ?

Na atualidade, ativa sua aproximação com todos os PC ortodoxos da linha ML (Marxista-leninista), de base ideológica estalinista, e segue, no Brasil, uma linha oportunista, reformista "para inglês ver".

A luta no Araguaia foi travada por elementos do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Polícia Federal e outros contra a aventura deflagrada pelo PC do B, então partido marxista-leninista - pensamentos de Mao Zedong - Tupiniquim, com péssima condução estratégica, a cargo dos veteraníssimos militantes:

João Amazonas (Secretário Geral do Comitê Central do PC do B); e

Maurício Grabois ( falecido); Ângelo Arroyo (falecido); e Elza Monerat, todos três do Comitê Central do PC do B, sendo que os dois primeiros com curso na Academia Militar de Beijing (Pequim).

Não eram, pois, jovens "guerrilheiros", como a mídia quer fazer parecer. Existem outros militantes com curso na China Popular e na mesma Academia Militar (como mostraremos). Alguns destes eram corajosos, mas péssimos combatentes também no campo tático. Por sinal, um dos mais citados pelo PC do B tinha formação militar na Academia Militar chinesa e no Exército Brasileiro, Oficial R/2, daí o seu possível destaque no meio do baixo nível de preparação para a luta armada.

Outro fato é que o PC do B iniciou seu desdobramento na região a partir de 1.966, sendo seus primeiros sinais detectados no início da década de 70. Nesta fase, de montagem de infra-estrutura e preparação dos quadros, demonstrou desconhecer as reais condições objetivas e subjetivas da área, do País, e de seus próprios quadros, para a luta que poderia ser deflagrada a qualquer momento, ceifando a vida de militantes, numa aventura que jamais deveriam iniciar sem o mínimo apoio popular. Esqueceram-se de Mao, Che, Ho Chi Minh, Giap e do bom senso...

OBSERVAÇÃO. Os dados relacionados com a "Guerrilha do Araguaia": militantes; mortos; desaparecidos; locais; "mitos" que se desfazem pelas próprias descrições; efetivos (mirabolantes que se desmentem por simples análise ou por si só); refregas inusitadas; e outros elementos; serão só os publicados pelo PC do B e pela imprensa.


II – O "MÉTODO LEGAL" EMPREGADO.

Ao fazer um retrospecto das atuações de certos (e graças a Deus alguns poucos) representantes da bacharelice, com as quais até concordamos em alguns casos, podemos vislumbrar um certo procedimento padrão, apesar das trapalhadas com fitas gravadas, ao arrepio da lei; entrevistas "fajutas"na fase "investigativa e sigilosa"; acompanhamento de órgãos de comunicação social nesta fase de investigações preliminares; vazamentos planejados para atender objetivos táticos ou estratégicos de parceiros eventuais ou permanentes; escorregadelas pela ilegalidade; e outras ações decorrentes de vaidades pessoais .

O procedimento padrão ou "método legal" empregado por estes membros do bacharelato investigativo é mais ou menos o seguinte:

- determinado segmento político ou corporativo, de caráter revanchista ou não, fixa um objetivo de interesse;

- o indivíduo, grupo ou instituição visada é objeto da busca de dados de apoio à investigação;

- durante esta fase, em caso de interesse, o assunto, a pessoa, o grupo, ou a instituição é alvo de um vazamento planejado (na imprensa, via militância e outros) pelo órgão investigador;

- qualquer indício que possa ser direta ou indiretamente ligado ao objetivo traçado, resultante da ação de arapongas, arapongistas, ptpongas ou procupongas deflagra uma reação em cadeia e os "mãos limpas trapalhões" saem a campo, normalmente acompanhados por uma pessoa da imprensa para testemunhar o ato, seja ele ilegal, supostamente ilegal, ou "preparado", apesar do segredo de justiça que a lei processual impõe nesta fase;

- um mandado de busca, se necessário, é expedido, para dar cobertura legal a ação suposta ou real;

- o mandado nem sempre é claro e transparente, devido a formulação maquiavélica do representante do bacharelato investigativo;

- caso o Juiz de 1ª Instância se mostre avesso a expedição do mandado, é procurada outra instância que a substitua, ou é aguardado o momento oportuno (entrada em férias, em licença, ou outro);

- com a expedição do mandado, um órgão policial da região, federal ou estadual, é acionado, de preferência se acostumado na atuação conjunta, ou conivente, com os doutores;

- na execução não é pedido, em princípio, nenhum detalhe esclarecedor a qualquer órgão superior do elemento investigado, mesmo se funcionário público, ou quando é feito, a forma evita a clareza ou é mesmo burra, o que dificulta o entendimento e facilita as ações em curso;

- todos os dados que sirvam para realçar a versão do órgão investigador são, de imediato, passados para o repórter acompanhante, que os lança para o espaço, sem problema, pois ninguém, neste nosso país do "faz de conta", vai dar bola se é ou não questão de sigilo ou "segredo de justiça";

- este procedimento configura, na realidade nossa de cada dia, a condenação prévia de pessoas perante o tribunal popular, sem denúncia, sem processo, sem sentença, pela simples versão do fato unilateral, sem contraditório, e bem do nível dos piores arapongas surgidos: os "procurapongas" irresponsáveis.

É mister não confundi-los com a imensa maioria dos profissionais que, com discrição, eficiência, dignidade, conhecimento processual e saber jurídico honram o estamento aqui analisado. Aos que, lendo este texto, possam vestir a carapuça, estimamos que tenham suas recaídas e sigam a correção processual e o espírito das leis. Neste caso, nossos aplausos. Mas há os que sempre têm suas preferências político-ideológicas, desde os tempos de carteirinha universitária (de facção ideológica da UNE ?) ...


III. - ASPECTOS A DESTACAR.

1. A região do Bico do Papagaio, como a repórter designa, é uma região problemática desde antes da "Guerrilha do Araguaia" e não só ela, mas todo seu entorno, devido a: relativa proximidade com Trombas e Formoso; influência dos garimpos do sudoeste do Pará; a região dos baixos cursos dos rios Mearim e Pindaré, sujeitas a cíclicos conflitos étnicos e fundiários; áreas de atuação dos movimentos de luta pela terra (Eldorado do Carajás); já eram conhecidas de velhos militantes como Tarzan de Castro e Manoel da Conceição e outros.

O elemento militar responsável pela garantia da lei e da ordem, neste espaço geográfico, em caso de falência do Poder Estadual, tem o dever de manter as ações ostensivas e sigilosas que, no momento oportuno, permitam o seu emprego suficiente e necessário, dentro da bitola constitucional . O "monitoramento"(sic) da região não é fruto da Guerrilha ou do legítimo apoio aos guias, é conseqüência da própria área e seus óbices. Pensar de outra forma é besteira, ignorância, ou, como parece, má fé ideológica direcionada.

2. A assistência aos guias que apoiaram as Forças Armadas, naquela época, é ação de reconhecimento e até de proteção, contra possíveis retaliações de militantes do PC do B no passado e ao que parece agora em execução, sob nova forma. Esta forma se reveste de aparente ou provável ação legal que, mesmo se for, coage, constrange, intimida e força o confuso camponês a dar qualquer testemunho que lhe "ponham na boca", aceitando as benesses ofertadas e colaborando com objetivos de seus ladinos interrogadores, nem sempre transparentes.

3. Agora surgem, após 27 anos, mais 40 (quarenta) novos ou renovados "torturados" com depoimentos de testemunhos cruzados, uns conhecidos dos outros, induzidos, primeiro ao pé do ouvido, depois por comentários sobre notícias passadas sobre a guerrilha, ou leitura de publicações jornalísticas e até mesmo oficiais sobre indenizações para torturados", ficando cientes de que a autoridade que lhes ouve pode ajudá-los, desde que colaborem e descrevam as "longínquas e possíveis" torturas, facilitando os objetivos dos inquisidores. Os supostos torturadores não são ouvidos, como é costume... E a indústria das indenizações cresce ... e cresce ...

4. Nem os Comandos Militares da área, nem a Justiça Militar, pelo que se depreende das matérias publicadas, foram ouvidas sobre os objetivos das ações ditas legais. As ações desenvolveram-se ao longo de um bom tempo com "campanas" que, incluso, permitissem (e de fato permitiram) flagrantes e mandados de busca "genéricos" ... O arapongal federal e os "procurapongas" do Serviço Secreto Revanchista trabalharam ...

5. Os "vazamentos legais" para a imprensa são usuais, em especial para jornalistas versados em pinçar trechos de documentos para usá-los em proveito de seus objetivos pessoais ou de grupos, dando para as meias verdades o significado de verdades absolutas. São intelectuais orgânicos, voluntários ou não, de um processo em marcha. Não há contradita para suas versões, de acordo com o método.

As gravações por meio de "grampos" ilegais, não passam a legais, acobertados pela retórica de proteção da fonte? O uso de gravador oculto, não é meio utilizado? A "estória de cobertura" não é usada pelo repórter para se aproximar de um ou mais alvos, a fim de gravar, usar máquina fotográfica ou filmadora escondida, como vemos na TV e lemos em outros meios de difusão? A obtenção de dados em fase sigilosa ou mesmo de "segredo de justiça", para vazamento planejado pela fonte investigativa, não é usual? Ora bolas, caras de pau! Alguns "jornapongas" do jornalismo investigativo e uns poucos "procurapongas" já empregaram ou não estes artifícios de "arapongagem"? Por sinal, quem inventou o termo "araponga" era porque conhecia e praticava a "arapongagem", não é? Aposto que irão contestar ...

6. Ah! Ia esquecendo: o MST não é radical. É um movimento social angelical. Não invade propriedade privada ou pública, não saqueia, não destrói, não queima, não mantém reféns, não bloqueia estradas, assegurando o direito de ir e vir, não coage camponeses de movimentos adversos (desculpem, adversários). Respeita todas as leis, é aliado das autoridades, e quer manter o Estado Democrático Socialista, só para socialistas. Aleluia!

Esta campanha, contra as Forças Armadas, até parece coisa de gente da antiga ALN espalhados por aí, inclusive no Poder ... Claro que têm aliados da antiga AP (depois APML, depois APML do B, depois, por "entrismo", parte no PC do B, e parte na elite do Poder), da VPR, da VAR, do PCBR, da OCML-PO, e outros revanchistas bonzinhos, tão bonzinhos...

Com tanta corrupção e tanto crime organizado, a dedicação na procura de ossos parece coisa estranha ...? Ou é para alimentar uma indústria nascente, renascendo "torturados" e desaparecidos" indenizáveis?

Por enquanto ficamos por aqui, porém voltaremos com mais detalhes sobre o assunto, a área, a exploração dos "procurapongas" via mídia do jornaponga-mor e os mitos do Araguaia. E que mitos!


REVANCHISMO VIA "GUERRILHA DO ARAGUAIA"


CAPÍTULO 3


OS "PROCURADORES DE OSSOS" E OS "JORNAPONGAS"

Desde o artigo "A Testemunha" (Capitulo 1 do revanchismo via "Guerrilha do Araguaia), o "Ternuma" tem dedicado um espaço para responder as quase contínuas ações da mídia, mal intencionadas ou não, algumas com preponderante viés gramsciano, abordando a "Guerrilha do Araguaia", sempre alimentadas pelo insaciável apetite revanchista da vertente petista da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, em busca de novas indenizações "morais e pecuniárias". Sei lá ...

Em artigo anterior ("Os Procuradores de Ossos", Capítulo 2 do mesmo tema), apontamos o início, o "método legal" e os dados do processo em curso, começando com os trechos abaixo:

"As novas ações, projetando o tema "Guerrilha do Araguaia" no cenário nacional, tiveram início em 23 de maio de 2001, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, graças ao empenho do Presidente da Comissão, Deputado Federal, Pedro Pellegrino ( PT/BA) e dos Deputados Federais, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalg (PT/SP, titular) e Nilmário Miranda (PT/MG, suplente), estes dois últimos os maiores beneficiários das conseqüências deste tipo de ações, que embutem forte conotação revanchista, além de outros interesses ."

"A ação inicial foi caracterizada pela repetição do depoimento caricato do Cel. Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral, realizado em 20 de outubro de 1.993, na mesma Câmara, sobre o mesmo tema e com resultados, até hoje por publicar. Há evidências que, inclusive, ocultaram fatos pretéritos da vida profissional do depoente. A "coisa" deu em nada, exceto do que tange a mensagem habitual de ataque as Forças Armadas e, em particular a Força Terrestre, que é sempre um objetivo desta facção ."

O processo, foi reativado a partir de 25, 26 e 27 de julho, na "Folha de S. Paulo", passando por outros jornais e revistas e continuando, na atualidade, no "Correio Braziliense", devendo, pelo andor da carruagem, ter curso ad infinitum na mídia, conseqüente da difusão de matérias vazadas ilegalmente, na fase inquisitória, pois deveriam estar cercadas pelo segredo de justiça (não respeitado). Durante este processo tivemos alguns "ensinamentos" de burrice explícita, deduzidos das "brilhantes" demonstrações de (des)conhecimento dos "procuradores de ossos" e de famosos "jornapongas". Parecem piadas, mas não são. Emergem dos escritos destes "focapongas", frutos de entrevistas com seus "procuradores de ossos", ou de declarações de testemunhas indicadas pelos mesmos, todas ávidas de possíveis e talvez prometidas indenizações. Vamos aos "ensinamentos":

- os agentes de um serviço de inteligência devem apresentar suas identidades reais, sem cobertura, para a busca de dados, seja na contra-espionagem, em particular se o alvo for estrangeiro; seja para levantar as intenções de atores radicais de conflitos potenciais, internos, que possam demandar emprego de tropa; seja, ainda, nas ações contra o crime organizado ou contra os agentes da narco-guerrilha.

OBSERVAÇÃO: o último serviço de inteligência que seguiu esta linha acabou por falta de RH;

- o MST e outros Movimentos, que atuam da mesma forma, são organizações sociais "pacíficas", cumpridoras dos preceitos legais, tais como: assegurar o pleno direito de ir e vir; proteger o direito de propriedade pública ou privada; não portar armas letais nas suas demonstrações; não sequestrar; não manter ninguém em cárcere privado ; não saquear; não incendiar; não constranger camponeses que se oponham as suas ações; e outros...

OBSERVAÇÃO: o noticiário da imprensa de "direita" ou da "classe dominante" é que propaga as mentiras quase diárias sobre nossos "pacíficos sem-terra", amigos da "Via Campesina", das FARC e de outros "pacifistas" internacionalistas;

- a "boa imprensa" deve, por dever de bitola ideológica ("gramsciana", na moda, ou qualquer outra de origem marxista), explorar "trechos de conveniência" de publicações diversas, de modo a torcer os dados e atingir o objetivo de malhar os agentes da garantia da lei e da ordem (o Exército em particular). Isto é demonstrado pela sua atuação prática, desde 1979/80.

OBSERVAÇÂO: a atuação está bem exemplificada: nas ações desenvolvidas nas crises de Segurança Pública estaduais; na garantia da lei e da ordem em Paraopebas, onde o MST estava envolvido; e nas ações de apoio de Inteligência a outros órgãos, de acordo com missão recebida do Ministério da Defesa e do Comandante Supremo das Forças Armadas ;

- não devemos identificar terroristas e guerrilheiros, passados ou atuais, militantes de partidos ou organizações marxistas-leninistas, nacionais e ligados a organizações e órgãos internacionais, defensores da luta armada como forma de luta para alcançar o poder; mas, sim, identificá-los como "democratas", criando, ao longo do tempo, uma "estória de cobertura" para os mesmos como defensores das "LIBERDADES DEMOCRÁTICAS", mesmo que isto contrarie as Resoluções Políticas de suas organizações, clandestinas ou não, e as suas próprias convicções, convenientemente adormecidas.

OBSERVAÇÃO: ex-"terroristas e guerrilheiros" vivos, são, em sua imensa maioria, os bons fugitivos dos anos de chumbo. O "mérito" de suas "lideranças" foi (e poderá ser) o sacrifício de vidas de seus companheiros ou liderados em combates dos quais estes galhordas não combateram, fugindo ... Para onde? Para Buenos Ayres (enquanto "light"), Santiago (enquanto "light"), Havana, Paris, Roma, Milão, Argel, Malmoe, Moscou, e outros locais ... Hoje, onde estão? Talvez o "Ternuma" saiba ...

A atuação dos atuais "procuradores de ossos" e seus inseparáveis "jornapongas" faz lembrar o que ocorreu e ocorre em outros países. A ação inquisitória sobre matéria fluida e flexível, em que cabem todas as desconfianças e frustrações, fere, pela simples menção, a pessoa ou instituição acusada. O carimbo de culpado é, desta forma, firmado via mídia e alastra-se pelo país, na paranóia desenfreada da busca de quaisquer dados, verdadeiros ou não, e os conseqüentes vazamentos, ardilosamente planejados, de fatos, opiniões, sofismas, falácias e conceitos deturpados, difundidos ao talante dos "acusadores", fato que envolve e anestesia o povo, que passa a julgar pela versão e não pelo conhecimento.

O investigado, só pelo fato de ser investigado, mesmo na fase preliminar e sigilosa das investigações, é acusado, julgado e condenado sem ser indiciado ou denunciado legalmente, graças as manchetes e matérias que dão guarida aos vazamentos ilegais praticados pelos "guardiães da lei" e os arautos "formadores de opinião" : os "procuradores de ossos" e seus "jornapongas", herdeiros do macarthismo tupiniquim, ou dos promotores dos processos de Moscou, na década de 30 do século passado.

Nas ações do MP, seus guarda-costas e "jornapongas" na região do "Bico do Papagaio", que incidiram sobre instalações das Forças Armadas a tônica se repetiu.

O "Mandado de Intimação com Busca e Apreensão" expedido pelo Meritíssimo era para requisitar : a imediata exibição de todos os documentos e materiais que os mesmos disponham sobre a Guerrilha do Araguaia e a atuação do Exército Brasileiro no Sul do Estado do Pará, os quais deverão ficar custodiados pelo Oficial de Justiça. (o trecho é cópia do mandado expedido pelo Doutor Jeferson Schneider, Juiz Federal, 2ª Vara da Seção Judiciária de Mato Grosso, no exercício cumulativo da Subseção Judiciária de Marabá, no uso de suas atribuições legais).

Documentos e materiais da "Guerrilha do Araguaia"? Coisa nenhuma, exceto "indícios" de montagens de denúncias sobre "torturas" e outros fatos deturpados, bem ao estilo dos "procuradores de ossos" e dos "jornapongas".

Esta campanha, contra as Forças Armadas, até parece coisa de gente da antiga ALN espalhados por aí, inclusive no Poder...

Voltaremos, no futuro, com mais detalhes sobre o assunto, a área, as verdades e os mitos do Araguaia. Que verdades e que mitos !

"Justiciamento de animal"? Não acreditam? Perguntem ao guerrilheiro "Zézinho"!!! Triste verdade..

Coragem, eficiência, organização, baixas em combate, efetivos em presença e outros fatos, serão apresentados e contestados com base, inclusive, na análise de documentos do PC do B e dados publicados pela "imprensa engajada"...

Por falar em mitos, gostaríamos de saber: como é que uma cabeça humana fica enterrada três meses e após este tempo é desenterrada, gotejando sangue; e como o tamanho dos testículos, aumentou em 50 centímetros por ação de tortura. Deixamos para os responsáveis pelo relato, redação e publicação expor as possibilidades dos fenômenos, pelo conhecimento que devem possuir, dando credibilidade aos mesmos (Reportagem, sobre a Guerrilha do Araguaia, publicada no dia 28 de novembro de 2001, no "Correio Braziliense" )

Solicitamos aos bem intencionados ou não que aguardem... Daremos notícias...


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(*) A TESTEMUNHA


“A esquerda tem memória de elefante e fúria de mulher rejeitada."
(Paulo Francis)

O Coronel da reserva da Força Aérea Brasileira, Pedro Corrêa Cabral foi (20/10/1.993) e voltou a ser (23/05/2.001) a testemunha cooptada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados (por trás está a ONG "Tortura Nunca Mais" e seus ativistas Nilmário Miranda, Luiz Eduardo Rodrigues Greenhalgh, Carlos Tiburcio e outros), para reabrir o IP sobre a fracassada "Guerrilha do Araguaia". Escolhida a dedo e bem de acordo com o caráter dos selecionadores revanchistas.

O episódio tem antecedentes e semelhanças: pela ressonância - via mídia -, com o da reportagem do Sr. Caco Barcellos, difundida, em 1º de abril, no "Fantástico", (que também será desmascarada) com seqüência nos dias 02 e 03 de abril no "Jornal Nacional", como tantas outras matérias orquestradas contra as Forças Armadas; pelo conteúdo, com a similitude da matéria televisiva já citada e as orquestradas, isto é, plenas de ficção, distorções e uso indevido das finalidades da Comissão de Direitos Humanos, pelos petistas que a compõem; e pelo aproveitamento malicioso do assunto, pois é repeteco de depoimento patético, com a mesma testemunha, sobre o mesmo tema, no mesmo local, ocorrido em setembro de 1.993, como veremos no correr desta matéria ...

Começamos nos idos de 1969 ...

Em 02 de janeiro de 1.969, o 2º Tenente Aviador, Pedro Corrêa Cabral, decolou na aeronave T6-1470 da Base Aérea de Natal, RN, para realizar um vôo de manutenção. Ao invés de seguir as normas convencionais previstas, desviou a aeronave que pilotava para a cidade de Maxaranguape, RN, passando a realizar vôos a baixa altitude sobre o Rio Maxaranguape, onde muitas pessoas, adultos e crianças, tomavam banho ou estavam nas margens. Sua imprudência e imperícia foram tamanhas que baixou demais o aparelho, atingindo 3 (três) menores, matando 2 (dois): Rosendo Marcelino da Silva, com 14 anos, esquartejado; Elizabete Nascimento Oliveira, com11 anos, degolada; e ferindo, gravemente, uma terceira, Veridiano Alcântara, com 15 anos, com a coluna quebrada e que viveu aleijado, até os 32 anos, quando veio a falecer.

Pelos crimes cometidos, foi condenado pelo Conselho Especial de Justiça da 7ª Região Militar, em 10/06/1969, a pena de um ano e dois meses de prisão. Pena leve, para o crime cometido, como é comum neste país, até hoje. Recorreu da sentença, tendo os Ministros do Superior Tribunal Militar negado provimento às apelações do Ministério Público e do réu, em 26/09/1969.

A testemunha, em outubro de 1993, foi entrevistada pela revista "Veja", sobre a "Guerrilha do Araguaia", merecendo destaque na capa, devido ao seu depoimento em 20/09/1993, na Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos da Câmara Federal. Em conseqüência, foi para a região de Xambioá, financiado por nós contribuintes, a fim de identificar os locais das "atrocidades" que relatara. Na área, teve um "branco" ou "apagão", não lembrando mais nada do seu relato. Naquela época, mentiu para a revista sobre o acidente em Maxaranguape/RN, dizendo ter matado, acidentalmente, um jangadeiro, e que a causa da perda de altitude fora falha técnica.

Para maiores detalhes, e que detalhes, vejam quem é a peça, selecionada a dedo pelos "ínclitos" revanchistas, membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, no "Jornal de Natal", edição de 18/10/1993, página A13. Talvez a "Veja" publique (duvidamos) .

Senhores e senhoras, o Coronel Aviador da Reserva, Pedro Corrêa Cabral, mentiu muito, muito mais ... Passemos para o ano de 1.973, em pleno "anos de chumbo", quando quem dizia saber a hora faria acontecer (parafraseando Geraldo Vandré), não souberam a hora e não fizeram acontecer. Deu no que deu, no campo e na cidade ...

Em 17/01/1973, o então 1º Ten. Corrêa Cabral foi transferido da Base Aérea de Fortaleza para o 1º EMRA, em Belém, tendo se apresentado pronto para o serviço, em 18/01/74, entrando em gozo de 8 dias de dispensa. Em 31/01/74, foi qualificado piloto de L-19 ("Paquera" ), aeronave de reconhecimento aéreo, que conduz o piloto e 1 (um) observador aéreo e nada mais, nada mais mesmo, tão exíguo é o espaço.

De 03 a 23/02/74, viajou para Marabá como piloto de L-19, ficando estacionado no Aeroporto, executando missões de reconhecimento aéreo.

As missões de reconhecimento aéreo, para sobrevoar a área de Xambioá e outras áreas próximas, tinham o Aeroporto de Marabá como origem e destino final, não havendo possibilidade de descida em Xambioá e imediações. A distância média de Marabá para Xambioá e áreas circunvizinhas é de 130 km. As ligações ar-terra e terra-ar, normais, eram efetuadas via rádio, como é norma neste tipo de ações. Os helicópteros pousavam em áreas compatíveis com a sua capacidade operacional.

A chamada 3ª Campanha da "Guerrilha do Araguaia", segundo o PC do B, teve início em 7 de outubro de1973, durando até mais ou menos meados de 1974. Após esta data (segundo o "Estudo Crítico Acerca do Princípio da Violência Revolucionária" aprovado no VIº Congresso do PC do B, em 1983, e que trata, também, da "Guerrilha do Araguaia"), apenas alguns "guerrilheiros" esparsos (sic) continuaram operando (página 319, do livro "Em Defesa dos Trabalhadores e do Povo Brasileiro", Editora Anita Garibaldi, do PC do B, 2000). Guerrilheiros esparsos, deixados à mingua, sem apoio de seus "valorosos comandantes"? Abandonados pelo PC do B, dissidentes desgostosos , ou, talvez, pessoal suspeito de ter sido recrutado" pelo pessoal da inteligência militar? Será...

De 05/08/74 a19/09/74, o 1ºTen Aviador, Pedro Corrêa Cabral, realizou o Curso de Piloto de Helicóptero, tendo recebido o certificado de conclusão em 03/10/74. Somente em 10/11/74, foi considerado qualificado como 2º Piloto de Helicóptero UH-1H.

Aqui aumentam as dúvidas e crescem os indícios e evidencias sobre ficções, mentiras e engodos do denunciante e de seus defensores ...

Segundo o relato do PC do B, na publicação "Guerrilha do Araguaia", 3ª edição, 1.996, da Editora Anita Garibaldi, o período desta aventura guerrilheira (aventura segundo o atual PCB, o antigo "Partidão" e nós), durou de 1.972 a 1.974. Pelo Relatório de Ângelo Arroyo (do Comitê Central do PC do B, da Comissão Militar do Partido e um dos responsáveis pela aventura) a guerrilha, misto de maoismo e foquismo, chega até março de 1.974. Analisando os dados disponíveis, do PC do B e de outros autores da esquerda, não há relato de baixas após meados de 1974. Como data limite de baixas ocorridas, pela deficiência de dados do PC do B, podemos, talvez, chegar até agosto ou setembro de 1.974 ... O leitor se lembra que Pedro Corrêa Cabral só podia ter chegado à região, como piloto de helicóptero depois de 10/11/1974?

Os fatos expostos da página 170 até a página 196, do livro "Dos Filhos Deste Solo" (de autoria de Nilmário Miranda e Carlos Tiburcio, Editado pela Editorial Bomtempo e Fundação Perseu Abramo, do PT, edição de 1.996), e que tratam da "Guerrilha do Araguaia" e do PC do B, indicam os mesmos dados, já citados anteriormente, porém adicionam, na última página (196), o testemunho, do Cel. Av. Ref. da Aeronáutica, Pedro Corrêa Cabral, prestado na Comissão Externa dos Desaparecidos Políticos da Câmara Federal, em 20 de setembro de 1.993, sem lhe dar o nome completo e trocando seu nome no último parágrafo, para "Pedro Lobo" (ver página 196 do livro citado). Confusão inconsciente com o terrorista Pedro Lobo de Oliveira, ex-ALN? Estranho não citar o nome corretamente ...Codinome

Nunca se sabe ...

Estes textos citados são coerentes com o do "Estudo Crítico Acerca do Princípio da Violência Revolucionária", aprovado no VIº Congresso do PC do B (1.983), e que analisa a "Guerrilha do Araguaia, já citado anteriormente. É interessante a abordagem "democrática-popular" do princípio da violência revolucionária aplicado pela "guerrilha do Araguaia... O que seria de nós?

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados apresentou, como fato novo, o testemunho do Cel. Aviador Reformado, Pedro Corrêa Cabral, em 23 de maio de 2001, com ampla orquestração pela mídia, esquecendo-se de alardear, durante estes longos sete anos, o seu testemunho ocorrido em 20 de setembro de 1.993, a vergonhosa ida à área do Araguaia, na época, onde teve um "branco", de nada lembrando. Após sete longos anos, repetimos, o velho depoimento renasceu com assessoria de bons militantes do revanchismo e do radicalismo ... Coisas típicas dos "interesses" do Nilmário e do Greenhalg...

Qual ou quais as razões do "apagão" de memória?

Primeiro, o Coronel é mentiroso como comprova seu relato à revista "Veja", quando omitiu as causas do acidente e as mortes das crianças, substituindo as mesmas por um jangadeiro sem a menor cerimônia. A "Veja" e a Comissão da Câmara aceitaram a "idoneidade da fonte", por "motivos nobres" ... Aconteceu o que se viu ... Diante de uma região que desconhecia, com os pés no chão, como Pedro Cabral ia reconhecer lugares que nunca havia visto?

Segundo, o Coronel só concluiu seu curso de helicóptero em 19/09/1.974 e só chegou na área de operações como piloto de helicóptero em 07/11/974. Como piloto de L-19, de janeiro a agosto de1.974, como iria testemunhar o que não poderia ter visto?

Terceiro, o livro do Coronel é obra de ficção ou de ouvir dizer sem dizer quem falou, visando lucro ou projeção pessoal e atendendo certos interesses, inclusive de seus "espertos" selecionadores, militantes de "carteirinha" do revanchismo ...

Quarto, só a afirmativa feita, pela boquirrota e destrambelhada testemunha, de que o Presidente Médici teria dado a ordem de eliminar todos os terroristas, bastaria para colocar em dúvida as declarações desta figura irresponsável e patética, condenada pela Justiça Militar, e mentirosa, como ficou comprovado em sua entrevista à revista "Veja", em 1993, quando omitiu sua culpa na morte das duas crianças e a grave lesão ocasionada em uma terceira.

Como e quando tomou conhecimento? Quem transmitiu tal conhecimento? Foi na fase das operações ou depois dela?

Apostamos que os mui "dignos" membros revanchistas da Comissão de Direitos Humanos nem ligaram. Aos mesmos só interessava, e ainda interessa, esta lengalenga para reativar a mesmice de sete anos atrás e reabrir um processo, obtendo novas vantagens...

O problema dos que indicaram o Coronel para depor são as indenizações? Ou serão os lucros editoriais? Não queremos crer ... Podem ser certos objetivos táticos e estratégicos ainda embutidos na cachola dos perdedores "vitoriosos", hoje gramscianos, leninistas, trotskistas, estalinistas, maoistas e fidelistas enrustidos, com ares "reformistas", cercados por seus "intelectuais orgânicos". As visitas de certas pessoas a Cuba influi nestas ações de revanchismo? Algum deputado petista tem escritório de advocacia em S. Paulo, dedicado às ações de indenização? Caso positivo, podem informar à imprensa? O Aton Fon Filho trabalha neste ramo? Aonde? Olha aí o pessoal da "velha" ALN, mandando no pedaço e no pedaço do "partido de novo tipo", com "estrelas e borboletas".

Não achamos injusta a busca empreendida. Mas não usem artifícios indecorosos, como estão usando.

O que se segue não é só para o PC do B, é para todos revanchistas.

Não concordamos com: a exploração dos mortos; a distorção dos fatos; a exaltação de covardes; as acusações infundadas; o falso testemunho ocular de olhos vendados; as escutas impossíveis de ouvir; acusações com a ausência do contraditório; o assassinato de civis não-combatentes; a delação de companheiros; o esquecimento de "justiciamentos" praticados e não confessados; os feitos "heróicos" exaltados sem testemunho isento; o abandono de companheiros em combate; a citação de efetivos mirabolantes do inimigo para demonstrar valor decantado e pouco observado; o temor de afirmarem suas ideologias marxistas-leninistas ou de suas variantes, naquela época e até hoje, sempre travestidos de "democratas" e defensores dos direitos humanos que nunca praticaram.

Lembramos, ainda, suas "heróicas" jornadas "militaristas" como: assaltantes de bancos, de carros-fortes e de supermercados; seqüestradores; assassinos de não-combatentes; ladrões de automóveis; guerrilheiros de araque sem vitórias; e "justiceiros", eliminando companheiros após rito sumário, sem defesa ; "professores" de marginais "excluidos", na Ilha Grande, os quais, como bons alunos, criaram as organizações a imagem e semelhança das de seus mestres, que se projetam no presente, com suas siglas e nomes conhecidos: CV (Comando Vermelho); CV Jovem (Comando Vermelho Jovem); Terceiro Comando; PCC (Primeiro Comando da Capital); Amigos dos Amigos; e tantas outras.

Muitos destes antigos guerrilheiros de araque, com honrosas exceções, tiveram formação paramilitar em países estrangeiros: URSS, China Popular, Cuba e Líbia, pelo visto cursos de péssima qualidade - o curso ou os alunos.

Não colocamos as emboscadas, entre as "jornadas heróicas" praticadas, pois elas são ações normais neste tipo de guerra e todos sabem bem disto, pois leram Che, Marighella, Ho, Giap e tantos outros. Só que nossos terroristas e "guerrilheiros" tupiniquins leram e não aprenderam. Nós, bem ...Também lemos. Alguns terroristas caíram neste tipo de ação, entre eles um suposto "mestre", Carlos Marighella, com curso na Academia Militar de Pequim, em 1952, e vocês falam de assassinato só por causa dele? Chorem os mortos, mas não apelem, eles sabiam as conseqüências, pensavam que era a hora, mas não sabiam o que poderia acontecer. Subestimaram adversários, não souberam avaliar condições objetivas (meios disponíveis) e subjetivas (apoio popular, valor de seus quadros e outros ...).

VOCÊS COMEÇARAM OS "ANOS DE CHUMBO", LEMBREM BEM, ELES COMEÇARAM EM 1961.

"A derrota do Araguaia não foi fruto de erros secundários, mas da inadequação da concepção à realidade brasileira."
(Carlos Magalhães, Teoria e Política Nº 2, Brasil Debates, S. Paulo 1.980, página 123.)

“(...) ... este tempo todo o Partido se afastou da classe operária. Ir para o campo, mobilizar os camponeses, criar bases de apoio, desenvolver a guerra, foi o centro de nossa atividade, cujo resultado para o PC do B foi o Araguaia. No meu ponto de vista, isto está bastante ligado com o maoismo e tem muita influência do blanquismo".
(José Novais, ex - dirigente do PC do B e da CONTAG, hoje no PT, líder camponês. Jornal "Movimento", Nº 265, de 28/07/1990, página 8.)"


(Texto extraído do TERNUMA - www.ternuma.com.br - 27/12/2001)





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