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O ouro de Moscou - de Luiz Carlos Prestes a Roberto Freire
Félix Maier
O "ouro de Moscou" se refere ao dinheiro remetido pela União Soviética a organizações comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE.
Luiz Carlos Prestes era “funcionário” do Komintern, recebia salário regular de Moscou, que prestou apoio financeiro a ele e a outros facínoras para deflagrar a Intentona Comunista de 1935, a exemplo do alemão Arthur Ernest Ewert, Olga Benário, Pavel Stuchevski, Jonny de Graaf e do argentino Rodolfo Ghioldi.
A propósito, há uma verdade "esquecida" pelos historiadores barbudos à Marx: Oswaldo Aranha doou 80.000 dólares a Prestes, ao final da Coluna Miguel Costa-Prestes, quando Luiz Carlos Prestes se declarou comunista e foi residir um tempo em Moscou, para preparar a Intentona Comunista. Ironia da história: o grande Oswaldo Aranha ajudou, dessa forma, a financiar a sangrenta Intentona, em 1935, que deixou 34 militares mortos (alguns abatidos enquanto dormiam nos quarteis) e cerca de 1.000 civis mortos.
A União Nacional de Estudantes (UNE) também recebeu o “Ouro de Moscou” através da União Internacional de Estudantes (UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI).
O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989; quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à Embaixada Soviética, nos anos de 1980.
Para maiores informações sobre o "Ouro de Moscou", leia o livro de William Waack, "Camaradas - Nos arquivos de Moscou - A história secreta da revolução brasileira de 1935", Companhia das Letras, São Paulo, 1993.
Obs.:
1. Cavaleiro da
Esperança - É
como Jorge Amado se referiu a Luiz Carlos Prestes, que participou da Coluna Miguel
Costa-Prestes e foi um dos mentores da Intentona Comunista de 1935, quando
pretendeu comunizar o Brasil a partir das ordens de Moscou. No livro “Os Camaradas”, de William Waack, com
pesquisas nos arquivos de Moscou, está registrado que Prestes recebia salário
de Moscou para promover a Intentona. “Desde a criação do Partido Comunista,
começou a ininterrupta pressão do Movimento Comunista Internacional (MCI) sobre
o Brasil; é a velha teoria do dominó: se o Brasil caísse, cairia o resto.
Sobreveio a Coluna Prestes e, depois, a Revolução de 1930. Luís Carlos Prestes,
com a dissolução da Coluna, se exilou na Argentina e se negou a participar da
Revolução de 1930, porque julgou-a burguesa, tendo declarado, pela primeira
vez, que tomava a linha do comunismo. A essa altura, conta a história que Oswaldo
Aranha já lhe tinha enviado oitenta mil dólares. Da Argentina, Prestes foi para
a Rússia, onde passou bastante tempo; aquele dinheiro foi um dos recursos que
financiaram, mais adiante, a Intentona Comunista de 1935” (Coronel Gabriel
Antônio Duarte Ribeiro, "História Oral do Exército - 31 Março 1964", Tomo 6, pg. 80-81).
2. Faça download do livro "Camaradas" em
3. O livro de Isidoro Gilbert "O ouro de Moscou" se refere às ligações do Partido Comunista Argentino com o Partido Comunista da União Soviética
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