Xi Jinping
A GUERRA NAS ESTRELAS
José Batista Pinheiro
A realidade imitando a ficção. É uma simples apreciação astuciosa das guerras do ontem, do agora e do futuro. O mundo mudou muito, qualquer movimento armado entre países seguem linhas estratégicas bem diferentes das utilizadas na 2ª Guerra Mundial, de triste memória. As quatro ou cinco maiores potências mundiais jamais entrarão em conflito direto pela simples razão de possuírem arsenal nuclear e foguetes intercontinentais capazes de varrer da face da terra todo ser vivo animal ou vegetal. Portanto, as grandes guerras mundiais entre potências estão inviabilizadas. As intentonas internas de qualquer país seguem a tendência e o protocolo natural de cada povo. As escaramuças entre países vizinhos são pouco prováveis e, se persistirem, serão alvo de pesadas sanções econômicas. Todos os armamentos navais, terrestres e aéreos utilizados com sucesso em guerras passados, estão obsoletos. Atualmente, os meios de dissuasão e destruição são outros mais sofisticados. As guerras atuais são sutis, são ficções, são guerras nas estrelas e, praticamente já começaram ou estão a caminho. São as guerras econômicas, bacteriológicas, cibernéticas e outras, que já estão nas pranchetas. O ser humano somente sobrevive se tiver ao seu alcance o ar para respirar, a água para beber e o alimento para as suas células. O Brasil atual é um pais que está bem armado para debater nas mesas de negociações das nações mais poderosas do mundo, pois temos água em abundância, alimentos de todos os gostos para matar a fome da humanidade e, ainda minerais estratégicos diversos em grande escala. De nada vale a petulância de um país afirmar: “temos armas nucleares!”, pois, na atual conjuntura, não servem para nada. Agora, estamos no centro de uma guerra bacteriológica (coronavirus) onde essas armas são pífias.
Somos um país pacifista. Desde então mantemos uma força militar que hoje custa R$ 110 bilhões ao ano e, a vinculação, debatida no Congresso Nacional, de 2% do PIB. Estamos sendo derrotados pela invasão da Covid-19. Claro, a pandemia não é um problema militar, mas o conceito de segurança nacional, pelo qual o país deveria estar preparado, mudou. Indica enfrentar crises políticas internas e ameaças externas, embora seja improvável acontecer uma guerra convencional, nos moldes antigos da II GM. Destarte, as grandes potências deverão se desfazer de belonaves, aviões e outros artefatos usados com sucesso nas guerras passadas, até porque, atualmente, qualquer foguete teleguiado os destruiriam facilmente. Portanto, a construção pelo Brasil, em andamento, de um submarino nuclear é, no mínimo, um gasto desnecessário e inútil. Outrossim, vamos usar a nossa inteligência e cair na realidade, onde, um país pacifista como o Brasil, com grande poder de barganha entre outras nações, poderá perfeitamente aparelhar as suas Forças Armadas com material bélico moderno, atualizado, sem pensar em guerras e, sim, somente para inibir aventureiros de quaisquer origens que queiram perturbar a nossa Soberania Nacional e, também, pacificar conflitos políticos internos. Pessoal militar habilitado, preparado e bem adestrado nós possuímos ao nível de formação igual a de qualquer outro país. Portanto, precisamos derrotar, em primeiro lugar, o Covid-19. Fora desse contexto, somente poderão acontecer Guerras Nas Estrelas em filme de ficção.
José Batista Pinheiro - Coronel EB Ref (Rio de Janeiro, 30.09.2020)
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