MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Desarmamento diminui a violência? - por Félix Maier



Desarmamento diminui a violência?

Félix Maier

09/09/2004

Há mais de um ano, vemos na mídia a afirmação de que “o desarmamento diminui a violência”. Trata-se de um embuste, de uma expressão de pau, empurrada goela abaixo em toda a população brasileira, que redundou na aprovação de uma criminosa e ineficiente Lei federal, que restringe ao máximo o uso de arma de fogo. Criminosa, porque expõe as pessoas de bem, desarmadas, à sanha dos bandidos. Ineficiente, porque não consegue desarmar os bandidos, pelo contrário, incentiva-os ao crime, por não haver, teoricamente, resistência da população, que não pode mais se defender com uma arma na mão, nem dentro de casa.

Não é a arma de fogo, em si, que mata alguém. É o ser humano, que tanto pode matar com uma pistola, uma faca, um porrete, com qualquer coisa que tiver às mãos, inclusive estrangular alguém com os próprios dedos. Por acaso Caim matou Abel com uma arma de fogo?

A recente onda de assassinatos de mendigos em São Paulo, ironicamente, comprova minha argumentação: todos os mortos e feridos foram golpeados com barra de metal, pauladas e pontapés. Nenhuma arma de fogo foi utilizada.

Se nossos legisladores de pau fossem coerentes, deveriam também começar a recolher todas as “prateadas” dos gaúchos e as “peixeiras” dos nordestinos. Além disso, deveriam fechar todas as fábricas de talheres, como a Tramontina, ou obrigá-las a fabricar apenas facas de plástico. Não é preciso dizer que a “arma” que mais mata no Brasil são os automóveis. Se o velocímetro indica 240 km/h no painel, é porque o automóvel foi feito também para matar. Do contrário, indicaria, digamos, no máximo 60 ou 80 km/h. Serão os carros também confiscados pelo Viva Rio (“Viva Rindo”, para os traficantes, segundo Olavo de Carvalho), para passarmos a viajar apenas em charretes, a 20 km/h?

Pela amostragem até agora vista na TV, seguramente mais de 80% das armas entregues pela população ordeira (e ingênua) são antigas e enferrujadas, provavelmente sem condições de uso. O que não deixa de ser uma boa notícia, pois o povo brasileiro não é tão tolo quanto supunham os Talibãs pró-desarmamento. Pelo visto, as armas em bom estado continuam guardadas em casa.

As armas antigas jamais deveriam ser destruídas pelo “Viva Rindo”, amassadas ostensivamente perante as câmaras por seus “ociólogos”. É um crime destruir preciosidades históricas. Deveriam obrigatoriamente ir para um museu.

Durante um curto momento, o bom senso foi recomposto: as armas em bom estado, as poucas entregues até agora, não podiam mais ser destruídas, porém remetidas às polícias e às Forças Armadas, para uso próprio. A sanidade de tal medida se deveu ao procurador da República Paulo Gustavo Guedes Fontes, acolhida de pronto pelo juiz federal de Sergipe, Edmilson Pimenta. Uma salva de festim para ambos!

O “ociólogo” do “Viva Rindo”, Antônio Rangel, inconformado, saiu-se com essa pérola: “Há uma parte da polícia que está contaminada pelo crime e há desvio de armas”. Dentro dessa argumentação, polícia nenhuma poderia ir às ruas, já que muitos policiais, corruptos ou despreparados, ajudam a aumentar a violência ao invés de coibi-la.

Porém, a estultice venceu o bom senso. “O vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF/5ª), no exercício da Presidência, desembargador federal Napoleão Nunes Maia Filho, suspendeu no final da tarde de ontem (23/08) a liminar concedida pelo juiz federal Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, que proíbe a destruição das armas de fogo arrecadadas pela campanha de desarmamento do Governo Federal” (Fonte: Tribunal Regional Federal da 5ª Região).

A sanha totalitária do Partido dos Talibãs (PT) não pára aí. Além da promessa de “dasarmar o campo”, para que os bandidos do MST (“braço armado do PT”) possam invadir propriedades sem nenhum tipo de reação dos ruralistas, outro alvo visado pelos atiradores petistas são os colecionadores e os praticantes de tiro ao alvo. O Projeto de Lei 3869/2004, de autoria do deputado petista Roberto Gouveia, quer impedir a importação de armas por colecionadores e atiradores, bem como a exportação de armas e munições pelas indústrias nacionais. Quem sabe, os Talibãs queiram criar uma estatal, a Farmabrás - Fábrica de Armas Brasileiras -, nos moldes do que existe em Cuba e na China. Ou no Gabão, onde Lula foi tentar descobrir como um “presidente” pode ficar 37 anos no poder e ainda tentar a reeleição...

Durante as Olimpíadas de Atenas, o comentarista da TV Globo, Galvão Bueno, propôs que fosse suprimida, a partir das próximas olimpíadas, a competição de tiro ao alvo. Entende Bueno que se deve excluir toda forma de “violência” das olimpíadas, que são sinônimo de “paz” entre os atletas de todas as partes do mundo. Não sei de onde Bueno tirou a idéia de que dar tiro no vento seja um ato de violência. Provavelmente, a “buenada” deveu-se ao forte calor em Atenas, que deve ter posto a ferver os miolos do comentarista da Vênus Platinada. Porque, muito mais violentas que um tiro ao alvo ou contra um prato lançado no ar são as lutas de boxe e tae-ken-do nas olimpíadas, apesar do capacete protetor usado pelos atletas. A propósito, durante os “violentos” tiros no ar em Atenas, um lutador africano de tae-ken-do foi levado a um hospital, desacordado, depois de ser nocauteado pelo adversário. Nocauteado por um soco, não por um tiro. O zangado comentarista, investindo, ainda, contra a ida do general Collin Powell a Atenas, que acabou não ocorrendo, esbravejou: “O que virá fazer o senhor da guerra nas olimpíadas da paz”?

O desarmamento é o desejo supremo do bandido. E do Estado totalitário, bandido igualmente, cuja oposição ou dissidência nunca poderá utilizar um direito natural de empunhar uma arma de fogo para lutar por sua liberdade quando esta estiver ameaçada. Os Talibãs, ora empoleirados no poder, que não se cansaram de batalhar até aprovar a nova legislação, sub-repticiamente têm um objetivo oculto. Oculto para os que não querem enxergar, que são os piores cegos. Do contrário, o PT não faria parte do Foro de São Paulo, que congrega partidos de esquerda de todos os matizes, incluindo alguns grupos narcoterroristas, como as FARC, cujo objetivo explícito é “recuperar na América Latina tudo o que foi perdido no Leste europeu”. Nem trocaria afagos com o Abutre do Caribe, abstendo-se de condenar, na ONU, as perseguições que ocorrem na “Ilha do dr. Castro”, que resultaram no fuzilamento de 3 pessoas e prisão de 72 dissidentes em 2003.

A verdade é que há uma estreita relação entre desarmamento da população e genocídio, ou, pelo menos, aumento de criminalidade. Vejamos trecho de um texto de Marcello Holland, Desarmamento: a alegria do crime!, publicado em Mídia Sem Máscara:

“Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.

Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX, após o desarmamento da população ordeira, sem que pudessem se defender: 56 milhões.

Há doze meses o governo da Austrália editou uma lei obrigando o proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de US$ 500 milhões. Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes:

Os homicídios subiram 3.2%, as agressões 8.6%, os assaltos a mão armada 44%. Somente no estado de Victoria, os homicídios subiram 300%. Houve ainda um dramático aumento no número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais destinados a ‘livrar das armas a sociedade australiana’.

O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranquilo, onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a capital do crime na Europa. Os índices de crimes a mão armada na Inglaterra e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento. Segundo o governo, houve 9.974 crimes envolvendo armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos. Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. A polícia já está armada.

Nos Estados Unidos, onde a decisão de permitir o porte de armas é adotada independentemente por cada estado, todos os estados, com leis liberais quanto ao porte de armas pela população ordeira, têm índices de crimes violentos em muito inferiores à média nacional, enquanto os estados, com maiores restrições, ostentam índices de crimes violentos expressivamente superiores à média nacional. Washington, onde a proibição é total, é a cidade mais violenta dos EUA”.

Nada mais é preciso acrescentar. Apenas, como inocentes cordeiros, esperar chegar o ano 2020, para comprovar o alcance da funesta lei totalitária posta em vigor pelo Partido dos Talibãs.

Porém, há ainda tempo para reverter essa funesta ameaça. Se você é um sujeito pacífico, que tem uma arma em casa, que não concorda com o embuste do desarmamento, pois até agora as Forças de Segurança não desarmaram os traficantes de armas e drogas, nem diminuíram a bandidagem em geral; você, que sabe que não mora na Suíça, que não quer colocar de própria vontade seu pescoço na guilhotina, só resta uma atitude sadia, já seguida por milhares de brasileiros: entregue apenas sua arma enferrujada aos jacobinos petistas. As boas, guarde-as em casa. Principalmente se você for um produtor rural.

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