UMA BADERNA CHAMADA REPÚBLICA
José Batista Pinheiro (*)
A Proclamação da República foi um movimento suspeito, realizado por um pequeno grupo de maus brasileiros, que resultou em uma inexpressiva contenda insuflada por traidores civis e militares, tendo à testa o positivista Benjamim Constant e outros aventureiros que “fizeram a cabeça” do medíocre e enfermo marechal Deodoro da Fonseca, que montado a cavalo, com pequena tropa, no Campo de Santana RJ, em15 de novembro de 1889, fizeram cair o regime Imperialista do Brasil, transformando o nosso belo e progressista Império nessa baderna chamada república.
A partir da década de 1870, em consequência da Guerra do Paraguai foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente na época. Alguns fatores estranhos influenciaram esse movimento, exemplo, a herdeira do trono seria ocupada, após a morte do imperador D. Pedro II, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com o francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio que o Brasil fosse governado por um estrangeiro.
Os negros do exército da Guerra do Paraguai, não ganharam a alforria, e outros fatores, como a Questão Religiosa e o apoio dos fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, sem a indenização aos proprietários dos escravos. Mesmo assim, o Império era respeitado pela comunidade internacional por causa da figura austera do notável Imperador D. Pedro II, um erudito que falava com fluência seis idiomas, cientista e pesquisador.
Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana realizada pela maçonaria (o marechal Deodoro era maçom) e a igreja Positivista do Brasil, com seus adeptos Miguel Lemos e Raimundo Teixeira, iniciassem uma forte campanha abolicionista e republicana.
Numa manhã chuvosa de 15 de novembro de 1889, aconteceu a desgraça que desabou sobre a nossa pátria a desconhecida e malcheirosa República, com o regime presidencial. No dia seguinte, a família do Imperador, embora tratada com respeito, foi banida rumo à França, em um vapor que estava de saída para aquele país.
O primeiro presidente da novel república foi o próprio Deodoro que não soube apaziguar o povo revoltado, em todos os recantos da nação. Por incapacidade, foi substituído pelo seu amigo e conterrâneo também alagoano, marechal Floriano Peixoto que, com mão de ferro enfrentou as diversidades decorrentes, apaziguando os ânimos.
A chegada da república foi uma tragédia política e moral. Não havia quadros de políticos de qualquer espécie que pudesse assumir uma função difícil e importante como a presidência da República, com Três Poderes. Um interminável desfile de mediocridades administrativas foi surgindo, apenas na busca de notoriedade, vaidade e fortuna.
O Brasil teve 39 (trinta e nove) presidentes da República, desde a proclamação até hoje, com oligarquias cafeeira, rural e outras, onde figuraram poucos brasileiros com destaque.
No nosso tempo, os melhores chefes de estado foram o ditador Getúlio Vargas e os cinco presidentes dos governos militares. Hoje, nós possuímos uma república anárquica, com Três Poderes em ebulição, um verdadeiro panelão fervente de miúdos de boi, onde os urubus brigam por um pedaço de tripa, cujo reitor da fuxicada é um débil mental presidiário chamado de Luiz Inácio Lula da Silva.
(*) José Batista Pinheiro Cel EB Ref, articulista do jornal Inconfidência (Rio de Janeiro, 28.04.2023)
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