MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Pequeno Dicionário do Memorial do Comunismo - por Félix Maier

Pequeno Dicionário do Memorial do Comunismo


Félix Maier


(Extraído de 'Arquivos I - Uma história da intolerância', de minha autoria, disponível em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/06/arquivos-i-uma-historia-da-intolerancia_78.html)


ACJM - Associação Cultural Jose Martí: fundada em 16 Mar 1982, no Teatro Galpão, São Paulo, SP, sendo presidente Florestan Fernandes, e Fernando Henrique Cardoso um dos membros do Conselho Consultivo, ao lado de Antônio Callado e Márcio Moreira Alves, dentre outros. A ACJM era responsável pela publicação do periódico Nossa América e instrumento do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP). Veja Foro de São Paulo (FSP), Frente Brasileira de Informações (FBI), Guerrilheiros da pena, “Loucademia”, Organizações de “Frente”, UIE, UNE e USP.

Adestramento - Dressieren, termo alemão que, segundo Kant, provém do inglês “to dress” (vestir): opõe-se ao esclarecimento, como capacidade de reunir-se de sua razão sem a direção de outrem. A educação para a capacidade de pensar é a fórmula para a qual se compreende a base de uma educação para a “maioridade” ou autonomia intelectual. O adestramento, portanto, é apenas uma simples fachada de educação, e a educação em regimes totalitários e ideológicos, como o Fascismo e o Comunismo, não é educação em seu sentido pleno, pois apenas adestram uma massa de “balilas”, miquinhos amestrados que repetem mecanicamente e por reflexo condicionado as palavras de ordem do partido único. Bernard Goldberg, autor de “Bias”, e Tammy Bruce, autora de “The New Police Thought”, ambos com formação e militância na esquerda, contam em suas obras as mentiras propaladas pela esquerda mundo afora. Em uma pesquisa com 4.300 leitores, 94% deles afirmaram que houve um viés esquerdista dos repórteres que cobriram os acontecimentos após os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001. Veja Antiautoridade, Autoritarismo falangista, Balilas, CDR, Círculos Bolivarianos, Desinformatsya, Escola de Frankfurt, Filhos da Loba, Governo paralelo, Macartismo, Movimento de Massa, MST, Novilíngua, Orçamento participativo, Politicamente correto, Revisionismo e Stalinismo puritano.

América Libre - Revista do Foro de São Paulo (FSP), criada por Frei Beto para comemorar o 65º aniversário de Ernesto “Che” Guevara, em 1993. “Che” nasceu em Rosário, Argentina, em 14 Mai 1928 e foi morto na Bolívia em 8 Out 1967. Veja AC/SP, ALN, Clero progressista, Frente Brasileira de Informações (FBI), Frades dominicanos, FSM e FSP.

ANAPE - Associação Nacional de Agricultores Pequenos: organização cubana, integra a Coordenação Latina de Organizações Camponesas (CLOC) no Caribe. Veja CDR e Organizações de “Frente”.

Anistia - “Pela anistia se elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime, isto é, as conseqüências penais que dele podem decorrer”. (Encyclopaedia Britannica, Tomo 2, pg. 600). Conceito ignorado por entidades como a “Anistia Internacional” e o “Movimento Tortura Nunca Mais”, que promovem continuado revanchismo contra as Forças Armadas sul-americanas, que exigem a condenação de Augusto Pinochet e de outros militares sul-americanos que combateram o terrorismo, porém não se pronunciam sobre Fidel Castro e sobre antigos terroristas hoje aninhados em importantes cargos no Governo brasileiro. O Projeto de Anistia, proposto pelo PMDB e PDS durante o Governo Figueiredo, era mais restrito do que o apresentado pelo próprio Governo, pois “deixara de fora importantes líderes como Prestes, Brizola e Arraes. Naturalmente, não desejavam a concorrência desses líderes na vida política do país.” (Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 460 e 461). Veja “Ação entre amigos”, Desaparecidos políticos, Fundação Perseu Abramo - FPA (www.fpabramo.org.br), La piñata, PCB, PCBR, Ternuma (www.ternuma.com.br), Tortura, VAR-Palmares e VPR.

“Aparelho” - Esconderijo de terroristas durante a luta armada no Brasil, onde se encontravam também o armamento e o mimeógrafo para impressão de panfletos subversivos. O aparelho podia ser “aberto” (conhecido por outros militantes, além de seus moradores ou responsáveis), “fechado” (conhecido somente por seus moradores ou responsáveis), “de base” (utilizado para reuniões, deve possuir ‘fachada legal’; normalmente, conhecido apenas por 2 militantes, os demais são levados ao local de carro e ‘fechados’); “de aliado” (eventualmente, usado em emergência para abrigar um militante que não pode identificar o local e é levado a este completamente ‘fechado’); “de imprensa” (local onde são confeccionados os documentos de agitação e propaganda; é dotado de máquinas copiadoras – antigamente, os mimeógrafos – e aparelhos para impressão); e “de informações” (destinado à coleta, análise e difusão de informações; contém fichários, códigos, normas de segurança e outros documentos de informações). Veja Organizações subversivas brasileiras.

“Armai-vos uns aos outros” - Pregação “religiosa” da Teologia da Libertação – “O Evangelho Segundo Marx”. Em 1971, foram presos 4 sacerdotes e 1 freira, que tentaram o seqüestro do Secretário de Estado Henry Kissinger, nos EUA. Veja ALN, AP (Ação Popular), Clero progressista, Frades dominicanos e Teologia da Libertação.

Arquivos de Moscou - Com o fim da URSS, os “Arquivos de Moscou” foram liberados ao público em geral. Com isso, pôde-se comprovar o trabalho de subversão comunista empreendida pela “hidra vermelha” a todos os cantos do planeta. Há documentos que comprovam a interferência soviética no Brasil, como a Intentona Comunista, de 1935, a respeito da qual o jornalista William Waack publicou um importante e esclarecedor livro, “Camaradas”. Há documentos que comprovam a subversão soviética instalada nos EUA – universidades, sindicatos, meio intelectual e até Hollywood, detectada pelo trabalho da “Comissão de Atividades Antiamericanas”, dirigida pelo Senador McCarthy. Veja BR (Brigadas Rojas), Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, FARC, Foquismo, FPMR, Guerra Civil Espanhola, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto 631, Intentona Comunista, Komintern, Kulak, Libro Blanco, Macartismo, MIR, NEP, OLAS, Operação carta de amor perfumada, Operação Drogas, Organizações de “Frente”, Organizações subversivas brasileiras, Revolução, Revolução Cubana, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Revolução Russa, STASI, Terrorismo, Tortura, UIE e UAPPL. Veja, ainda, “Os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).

Associações de Amizade a Cuba - Organizadas pelas Embaixadas cubanas na América Latina, agiam como grupos de propaganda e proselitismo político entre estudantes, operários e intelectuais. O mesmo proselitismo comunista foi utilizado pelos sandinistas, com suas campanhas de “Solidariedade” à Nicarágua de Daniel Ortega. Veja ACJM, Guerrilheiros da pena, ICAP, OLAS e Organizações de “Frente”.

Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro e seus “Comitês de Defesa da Revolução” - CDR, Camboja sob Pol Pot, União Soviética, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, Coréia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales – GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN) e na Venezuela sob Hugo Chávez (“Círculos Bolivarianos”). Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” utilizada com muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU), sindicatos (CUT), até a própria Igreja Católica (CNBB), com a omissão do Governo Federal, que presta apoio financeiro à “falange” através do INCRA. Veja, além dos verbetes acima, Adestramento, Balilas, Cesarismo, Movimento de Massa, MST e Revolução.

Balilas - Nos tempos do fascismo italiano, a educação da infância e da juventude era a própria formação do militante fascista: da incorporação aos “Filhos da Loba”, aos 6 anos de idade, à adesão aos “Jovens Fasci (grupos) de Combate” - os balilas -, aos 18 anos. Atualmente, o MST utiliza modelo fascista semelhante nas escolas de base de seus acampamentos (Leia “A pedagogia do gueto”, do jornal “O Estado de S. Paulo”, 11 Jun 1998), com recursos de várias ONG e do PRONERA, e apoio de entidades como a CNBB, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB) e a própria ONU (UNICEF), e com a omissão dos governos estaduais e federal. Em Veranópolis, RS, o MST montou a Escola Josué de Castro, escola-piloto para preparar para o magistério exclusivamente jovens assentados ou acampados. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Movimento de Massa, Novilíngua, MST e ONB.

Balseros - Fugitivos cubanos que se lançam ao mar em pequenas embarcações, por vezes simples bóias adaptadas de câmaras de pneus ou troncos de bananeiras. Metade dos fugitivos, durante o auge da crise econômica cubana, em 1994, tinha menos de 30 anos. Veja Cambio Cubano, CDR, Cubdest e UMAP.

“Bogotaço” - Quebra-quebra ocorrido em Bogotá, Colômbia, após uma manifestação de Fidel Castro naquela capital, antes da Revolução Cubana. Veja Revolução Cubana.

“Bolcheniquim” - Bolchevique tupiniquim: dirigentes do MST e integrantes do PC do B, PCO, PSTU e outras organizações radicais, além das “Libélulas da USP” e grupos afins. Veja Guerrilheiros da pena, Libélulas da USP, MST e USP.

“Bom burguês” - Alcunha de Jorge Medeiros Valle, funcionário do Banco do Brasil, que, segundo Márcio Moreira Alves (op. cit.), desviou o equivalente a 2 milhões de dólares em contas da Suíça, separando uma parte do dinheiro para si e outra para organizações terroristas, como o PCBR e o MR-8. Veja MR-8 e PCBR.

“Brasilinização” - A “brasilinização da sociedade” é como muitos europeus chamam às sociedades degradadas pelo alto grau de desemprego, violência e desintegração social, como ocorre nas favelas das grandes cidades brasileiras – daí o nome “brasilinização”. Veja CV, PCC e Zonas liberadas.

Brasil, Nunca Mais - Relatório elaborado pela Arquidiocese de São Paulo, sob a direção do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, onde constam os nomes das vítimas da ditadura militar (mortos e desaparecidos) e são relacionados nomes de supostos torturadores. Semelhante à Comissão Sábato (Argentina), que elaborou o Relatório “Nunca Más”, a obra “Brasil, Nunca Mais” peca por não relacionar os crimes cometidos pelos grupos extremistas de esquerda (assassinatos, assaltos a bancos, sequestros, atentados a bombas, “justiçamentos” - assassinatos de próprios companheiros), que provocaram a morte de mais de 100 pessoas. Isso não causa estranheza, porque o Relatório foi elaborado pelos próprios comunistas, com as bênçãos de Dom Arns. Leia os livros “Brasil, Nunca Mais” e “Brasil, Sempre!”, e acesse Terrorismo Nunca Mais (Ternuma - www.ternuma.com.br) e Tortura Nunca Mais (www.torturanuncamais.org.br), para separar o mito do “Tortura” da realidade do “Ternuma”.

Brasil, Sempre! - O livro “Brasil, Sempre!” escrito pelo tenente do Exército, Marco Pollo Giordani, completa a lacuna deixada pelo Relatório “Brasil, Nunca Mais”, apresentando o reverso da moeda, ou seja, as atividades dos grupos terroristas que tentaram impor uma ditadura marxista no Brasil, o que felizmente foi evitada pelos militares. Veja Brasil Nunca Mais e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Brigada Zangada - O mesmo que “Brigada do Ódio”, era um grupo terrorista da Inglaterra. Seus membros viviam em condições indignas, como hippies, e todos os condenados desse grupo eram universitários. Hoje, pode-se dizer que o MST é também uma “brigada zangada”, com suas milícias armadas e os “balilas” que se formam em seus acampamentos, instruídos a desrespeitar a lei e a ordem – para eles, oriundas da “instituição burguesa”. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, Movimento de massa e MST.

Brigadas Médicas - Junto com as “brigadas militares”, para apoio a guerrilhas e regimes afinados com Havana, especialmente na África, Fidel Castro enviava profissionais para prestação de serviços médicos a países como Angola, Moçambique, Congo (com a presença de Che Guevara), Argélia, Iêmen, Iraque, Síria, Tanzânia, Etiópia, Vietnã, Guiné-Bissau, Afeganistão, Madagascar, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Benin, Serra Leoa, Somália, Guiné Equatorial. Em Angola, Cuba desdobrou aproximadamente 50.000 soldados, que combateram ao lado do MPLA contra a UNITA. Para a Síria Fidel Castro enviou pilotos que combateram os israelenses na Guerra do Yom Kippur, em 1973. Na América do Sul, o apoio de Fidel Castro foi ostensivo ao Chile do Governo marxista de Salvador Allende, com quem Castro tinha “relações carnais”, e ao Peru, durante o Governo esquerdista Velasco Alvarado, que tinha assessoria do brasileiro Darcy Ribeiro. Veja Centro Tricontinental, Libro Blanco, OCLAE, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana e Tricontinental.

“Brizoleone” - O Exército Popular de Libertação (EPL), preconizado por Leonel Brizola, foi na verdade um “exército de brancaleone” tupiniquim. Veja “El ratón”, G11 (Grupo dos Onze), FPL, FALN, MNR e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Cadernetas de Prestes - “As cadernetas do então secretário-geral do PCB, chefe legendário dos comunistas brasileiros, foram recolhidas numa casa da Vila Mariana, em São Paulo, onde a mulher de Prestes, Maria, morava com alguns filhos. Grávida, Maria deixou o prédio após o golpe. Militantes retiraram documentos da casa, mas não viram as cadernetas e outros papéis, que estavam escondidos sob roupas num armário. Pequenas, vazadas por espiral, as cadernetas de Prestes revelam minúcias da vida, de 1961 a 63, de um partido formalmente clandestino. Nelas, o chefe comunista nomeia - com nomes verdadeiros - centenas de dirigentes e simpatizantes, informa datas e endereços, descreve organogramas, empresas de fachada, balancetes, encontros com autoridades até aquele momento insuspeitas, audiências como as que o secretário-geral teve com o líder soviético Nikita Khruschev. As 3.426 páginas das 19 cadernetas foram anexadas aos autos do processo 271/64 - havia 20 na casa, uma delas desapareceu - e fundamentaram um inquérito que indiciou 74 pessoas e que levou à condenação de 54 na primeira instância da Justiça Militar, em junho de 1966. (...) Os microfilmes descobertos pela Folha estão no Arquivo Público do Rio de Janeiro. Em mau estado de conservação, é difícil a sua leitura. No Arquivo Público do Estado de São Paulo, há cópias xerográficas nítidas.” (Mário Magalhães, in “Folha de S. Paulo”, 8/4/2001) Veja Escolas de subversão e espionagem, Intentona Comunista, Komintern e PCB.

Cambio Cubano - Movimento de resistência a Fidel Castro. Liderado por Eloy Gutierrez Menoyo, que passou 22 anos em cárceres cubanos; antes de 1959, Menoyo havia sido um dos comandantes da Revolução Cubana. Movimento moderado que prega a reconciliação nacional, a abertura do regime cubano e a democracia para solução dos problemas econômicos e sociais cubanos, e é contra as pressões externas contra Cuba, como as Leis Torricelli e Helms-Burton, pois julga que estas apenas prolongam a tirania de Castro sobre a Ilha.
“Duas ou três coisas que é bom saber sobre Cuba (texto anônimo, que circulou na Internet no ano 2000):
- você sabia que em Cuba o talão de racionamento está calculado para 1.800 calorias por pessoa e que muitos produtos mencionados no talão só existem em fantasia, enquanto outros aparecem e desaparecem conforme as colheitas?
- você sabia que quatro anos atrás o talão de racionamento era de 1.600 calorias, que houve uma epidemia de doenças mentais e de crianças nascidas defeituosas, que Fidel lançou a culpa disso sobre uma suposta guerra biológica empreendida pela CIA, que a Organização Mundial da Saúde descobriu que era um problema de avitaminose causada pelo racionamento de vitaminas e proteínas, que a OMS então enviou pastilhas multivitamínicas para socorrer a população cubana e obrigou o Governo a subir a ração para 1.800 calorias?
- você sabia que em Cuba não se consegue obter, porque não constam do talão de racionamento, nem papel higiênico, nem sabonete, nem toalhas sanitárias, nem leite para adultos, entre outras coisas?
- você sabia que em Cuba está proibido o acesso dos cidadãos à Internet, que dá cadeia ler coisas proibidas pelo regime, ouvir rádios e ver estações de TV estrangeiras, que é delito opinar contra o regime, que os Comitês de Defesa da Revolução, que funcionam em cada quarteirão, mantêm um registro das atividades de todos os moradores e que quem conste como suspeito de não apoiar o regime está encrencado?
- você sabia que em Cuba os encanamentos estão obsoletos e estragados e mais de 50 por cento das casas não recebem água diretamente? Que a água, onde chega, é somente por algumas horas, e que, onde não chega, os caminhões-pipa só vêm uma vez por semana?
- você sabia que em Cuba a eletricidade só funciona algumas horas por dia, que os apagões são diários, estragando os poucos equipamentos elétricos que restam na Ilha?
- você sabia que Fidel justifica sua revolução por seus supostos êxitos na saúde e na educação, mas que em matéria de saúde Cuba está no quinto lugar na escala latino americana segundo as estatísticas mais recentes da OMS (abaixo, por exemplo, do Chile, da Argentina e do Uruguai)? Você sabia que em educação Cuba está abaixo do Chile, da Argentina, do Uruguai e da Costa Rica, segundo a UNESCO?
- você sabia que no convênio Cuba-EUA, firmado por causa da multiplicação de balseiros fugitivos, os EUA recebem anualmente 22 mil cubanos, só em imigração legal, enquanto na lista da seção de interessados, em Havana, constam mais de 700 mil aspirantes a ir embora para Miami, embora todos os fichados como emigrantes virtuais sofram as piores represálias, sejam condenados a trabalhos forçados e seus filhos sejam obrigados a freqüentar escolas especiais de “reeducação revolucionária”?
- você sabia que, apesar de todos os riscos, quem tenha acesso a uma embarcação e a uma bússola se lança ao “mar da felicidade”, fugindo daquele inferno?
- você sabia que Fidel usa como desculpa de seu tremendo fracasso o suposto bloqueio do imperialismo internacional, ao mesmo tempo que seu Chanceler Perez Roque se gaba de que Cuba tem relações comerciais com 115 países e de que recebe créditos preferenciais do Banco da União Européia?
- você sabia que o que realmente se passa é que Cuba não tem nada para vender, nem com que pagar o que compra, que suas indústrias são muito atrasadas em tecnologia, improdutivas e sem competivividade, com uma burocracia excessiva e um enorme desemprego, dirigidas por líderes políticos e personagens fiéis à Revolução e não por uma gerência profissional?
- você sabia que as jineteras, prostitutas cubanas, são o mais moderno exemplo da mais nova moral revolucionária?
Por último:
- você sabia que Cuba é o último reduto de um sistema que foi expulso a pontapés pelos povos da Europa Oriental, que os habitantes desses países consideram que aquilo foi um pesadelo que não querem recordar, e que os Partidos Comunistas, envergonhados e desprezados, mudaram de nome para enganar com nova máscara?”

Campos de trabalho coletivo - Versão cubana dos gulags soviéticos, os campos cubanos foram inventados por Ernesto Che Guevara. Veja Cambio Cubano, Campo de concentração, CDR, Gulag, Revolução Cubana, Tortura e UMAP.

Catecismo Revolucionário, O - Orientação anarcoterrorista de Bakunin e Nechaiev, descreve os pontos fundamentais da organização terrorista revolucionária: devia ser formada por células secretas compostas de indivíduos prontos a sacrificar-se pela revolução. Veja Anarquismo, Marxismo, Terrorismo e Revolução.

CCAL - Casa da Cultura da América Latina: a favor da Revolução Cubana. Veja OLAS e Organizações de “Frente”.

CDR - Comité de Defensa a la Revolución (Comitê de Defesa da Revolução Cubana). A partir dos 14 anos de idade, todos os cubanos são obrigados a aderir ao CDR. “Cerca de 8 milhões de cubanos são membros do comitê de defesa da revolução de seu quarteirão, dirigido por um ‘presidente, um responsável pela vigilância e um responsável ideológico’. Além de seu papel de vigilância ‘dos inimigos da revolução e dos anti-sociais’, os cerca de 120 mil comitês que controlam o país ‘constituem uma grande força de impulsão para mobilizar o bairro por ocasião das reuniões e desfiles para defesa da revolução’, afirmam os textos oficiais” (in A Ilha do doutor Castro, pg 55). Não é de admirar que o povo cubano vá em massa às ruas para apoiar Fidel Castro; ninguém teria coragem de contestar “el comandante”. Nas eleições para presidente, Fidel costuma ter 100% dos votos dos delegados – uma marca que, certamente, nenhum Papa teve até hoje. Veja Cambio Cubano, Círculos Bolivarianos, www.bpicuba.org, www.cubafreepress.org, www.cubanet.org, www.cubdest.org, FDHC, Pinar del Río e UMAP.

CEAAL - Consejo de Educación de Adultos de América Latina (Conselho de Educação de Adultos da América Latina): ligado ao Foro de São Paulo. Veja CDR, Foro de São Paulo (FSP) e Fórum Social Mundial (FSM).

CEIAL - Centro de Informazioni América Latina: órgão auxiliar da Conferência dos Bispos da Itália, o CEIAL era ligado à Frente Brasileira de Informações (FBI). Os textos publicados pelo CEIAL eram de autoria de Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Hélder Câmara, Dom Antônio Fragoso e Dom Pedro Casaldáliga. Dom Hélder e Dom Fragoso foram signatários do Manifesto dos Bispos do chamado “Terceiro Mundo”, no qual aconselhavam a subversão e a luta de classes. Da carta de Frei Osvaldo a Joaquim Câmara Ferreira (substituiu Marighela, depois da morte deste), da ALN, que trazia no bolso por ocasião de sua morte, constava: “O trabalho da imprensa continua. assim, no seqüestro do alemão, apertamos a coisa por lá: ampla divulgação sobre o Brasil por nossa conta. D. Hélder continua a grande vedete. Veja se não cria caso com a Igreja aí, pelo amor de Deus” (Luís Mir, op. cit., pg. 563 a 566). Veja ALN, Clero progressista, Frente Brasileira de Informações (FBI) e Frades dominicanos.

Centro Tricontinental - O Centro Tricontinental era um Movimento Socialista Internacional, da Universidade de Lovaina, Bélgica, para atuação comunista na América Latina, na África e na Ásia – daí o seu nome “Tricontinental”. Atualmente, existe uma ONG de idêntico nome, fundado pelo Padre belga François Houtart, ligado a Leonardo Boff, FHC e Lula. Veja Camilistas, Clero progressista, Frades dominicanos, Teologia da Libertação e Tricontinental.

“Churrasquinho chinês” - Tortura sui generis ocorrida durante a Revolução Cultural chinesa, sob Mao Tsé-Tung: alguns presos tinham seus órgãos sexuais (pênis e testículos) arrancados, assados e comidos. Veja Grande Salto para a Frente, Revolução Cultural e Tortura.

CIC - Comitê de Informações sobre Cuba (Tel/fax 0xx11-577-0679): contém informações variadas sobre o “paraíso” de Fidel Castro. Veja Cambio Cubano, CDR, Cubdest (www.cubdest.org), Cubanet www.cubanet.org, Revolução Cubana, Tortura e UMAP.

CID - Cuba Independiente y Democrática: organização anti-Fidel Castro. Veja Cambio Cubano.

CJLA - Congresso da Juventude Latino-Americana: o I Congresso foi promovido pelo regime comunista de Havana, no dia 26 Julho 1960, 7º aniversário de fundação do Movimento Revolucionário de Fidel Castro, ocasião em que foram convidados centenas de estudantes latino-americanos, com todas as despesas pagas pelo Governo cubano. Depois do Congresso, muitos deles permaneceram em Cuba durante meses, quando, além de técnicas agrícolas, começaram a receber adestramento subversivo: doutrinação marxista-leninista, subversão, técnicas clandestinas e de guerrilha. No ano de 1962, cerca de 1.500 latino-americanos participaram do “adestramento cubano”. Veja Adestramento, AP (Ação Popular), Cambio Cubano, CDR, OLAS, Pinar del Río, Reeducação revolucionária, Revolução Cubana, UIE, UMAP e UNE.

CLAE - Congresso Latino-Americano de Estudantes: a IV CLAE foi realizado de 29 Jun a 11 Jul 1966, em Havana, Cuba. O representantes brasileiro foi José Fidélis Augusto Sarno, militante da Ação Popular (AP) e então Presidente da UNE. No IV CLAE foi aprovada resolução geral em que proclamava que “a luta armada constitui, hoje, a mais efetiva e conseqüente forma de luta... a tomada do poder político, em diferentes países da América Latina, em proveito das classes populares, não poderá ser feita pela via eleitoral ou parlamentarista (sic), mas pela violência revolucionária”. Para instrumentalizar suas resoluções, o IV CLAE criou a Organização Continental Latino-Americana de Estudantes (OCLAE), com sede em Havana. O representante brasileiro do OCLAE passou a ser José Jarbas Diniz Cerqueira, da Ação Popular. Veja AP (Ação Popular), Centro Tricontinental, Foquismo, FSP (Foro de São Paulo), OCLAE, OLAS, OSPAA, OSPAAAL, UIE, UNE, USP e Tricontinental.

Coluna Prestes - Movimento político-militar de origem tenentista, que entre 1925 e 1927 se deslocou pelo Brasil pregando reformas políticas e sociais e combatendo o Governo do Presidente Arthur Bernardes. Documentos do Marechal Juarez Távora e relatos recentes comprovam que a “Marcha” não foi conduzida pelo “Cavaleiro da Esperança”, mas por um bando de cangaceiros, “cavaleiros do apocalipse”, que impuseram o terror por onde passaram, com roubos, estupros e execuções de quem não cooptou com o bando armado. Veja PCB e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Comunismo - Doutrina e sistema econômico-social baseados na propriedade coletiva dos meios de produção. O “Manifesto Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, de 1848, afirma que o Comunismo seria o estágio final da organização político-econômica humana (Fim da História?). O Comunismo é implantado na Rússia (1917) e depois da II Guerra Mundial em muitos outros países, como a China (1949), Cuba (1961), Angola e Moçambique (1975). Apesar de seu apelo aparentemente humanista, o Comunismo conseguiu ser mais feroz que o Nazismo, pelo número de vítimas ocasionadas por suas ditaduras: mais de 100 milhões de mortos. Veja CDR, Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, Foquismo, GULAG, Intentona Comunista, Instituto 631, Komintern, Livro Negro do Comunismo, Lubianka, OLAS, Operação Drogas, Organizações subversivas brasileiras, PCB, Revolução, Revolução Cubana, Revolução Cultural, Revolução Russa, Tortura e UMAP.

Convenção sobre a Tortura - O Brasil é signatário da “Convenção sobre a Tortura”, adotada pela ONU em 1984. O Brasil transformou a tortura em crime hediondo, com a lei 9.455, de abril de 1997. Apesar dessa lei, os maus-tratos a prisioneiros sob custódia do Estado continuam sendo praticados no País. No Relatório Especial sobre Tortura, da Comissão de Direitos Humanos da ONU, de Nigel Rodley, divulgado em abril de 2001, o espancamento e a tortura no Brasil eram utilizados contra presos suspeitos de crimes, “para extrair informações, confissões ou dinheiro”. Veja Tortura.

Cooptação política - Processo pelo qual o Estado trata de submeter a sua tutela formas autônomas de participação. Por exemplo, no Governo Vargas, a criação do Ministério do Trabalho e do sistema previdenciário foram “transformados em capital político do PTB” (Simon Schwartzman, op. cit.). O Orçamento Participativo, do Partido dos Trabalhadores (PT), em Porto Alegre e no Governo estadual de Olívio Dutra (RS), cumpre função semelhante. Veja Adestramento, Governo Paralelo, Movimento de massa e Orçamento Participativo.

COPAGEL - Cooperativa de Produção Agropecuária Ernesto Che Guevara: formada por alunos do ITERRA. Veja Adestramento, Balilas, Movimento de massa e MST.

“Copyleft” - Trocadilho duplo, criado por ocasião do I Fórum Social Mundial (FSM), ocorrido em Porto Alegre, RS, de 25 a 30 Jan 2001, em que é proposta a “Ciranda Internacional da Informação Independente (CIIIn)”. Na realidade, a proposta é criar um jornalismo planetário em que as notícias serão veiculadas sob a ótica marxista, com censura a quem ousar se opor a esse fundamentalismo ideológico – assim como ocorre com o jornal “Granma”, em Cuba, controlado pelo partido único (PCC). O trocadilho “copyleft” opõe-se a “copyright” (right, coisa da direita!) e sugere que sejam abolidos todos os direitos autorais, o tal “copyleft” (left, do verbo leave – deixar -, além de significar “esquerda”), ou seja, o autor deveria deixar que sua obra fosse utilizada gratuitamente – um verdadeiro calote nos direitos autorais. Veja CIIIn, Fórum Social Mundial (FSM) e Organizações de “Frente”.

COSPAL - Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina: a I COSPAL foi realizada em Havana, Cuba, de 31 Jul a 10 Ago 1967, evento programado um ano antes, quando foi fundada a OLAS (1966). A Resolução Final da COSPAL dizia: “O Brasil é o território ideal para a guerra de guerrilhas. É país limítrofe com quase todos os países sul-americanos e nosso trabalho ali será facilitado pelo fato, mesmo, de existir uma oposição difusa e natural ao regime militar de Castello Branco. Até Lacerda á gora oposicionista. (...) O Partido Comunista e os grupos socialistas afins estão dispostos a capitalizar todo o descontentamento, fortalecendo as guerrilhas, lançando-as de diversos pontos do vasto território do Brasil”. Veja Foquismo, Foro de São Paulo (FSP), OLAS, Organizações de “Frente”, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL e Tricontinental.
CV - Comando Vermelho: organização criminosa do Rio de Janeiro, criada em 1979 no Presídio Cândido Mendes, na Ilha Grande, RJ. Nasceu da promiscuidade entre criminosos comuns e presos políticos; seu principal fundador foi William da Silva Lima, o “Professor”, que pregava teses marxistas em sua “luta pelos direitos dos presos”. O CV virou um poder paralelo e passou a controlar o sistema penitenciário fluminense desde o início da década de 1980; em 2001, todos os 22 líderes do CV estavam presos. Veja PCC (Primeiro Comando da Capital).

Dualidade de poder - Veja Balilas, Governo paralelo, Movimento de massa, Novilíngua e Orçamento Participativo.

“El ratón” - É como Fidel Castro denominou Leonel Brizola, por este não ter sabido explicar o destino de US$ 200 mil que o ditador cubano lhe mandou para desencadear a luta armada no Brasil (confirmado por Herbert de Souza, o “Betinho” – “pombo-correio” Fidel-Brizola – no Jornal do Brasil de 17/07/1996). Veja Foquismo, G-11, OLAS , MNR e “Os exércitos de Brizoleone” em Ternuma (www.ternuma.com.br).

Empalação - “Suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer.” (Dicionário Aurélio). Olavo de Carvalho, em seu artigo “O espírito da clandestinidade”, afirma: “O requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de `extirpar o cristianismo da face da terra`; esfolar prisioneiros, fechá-los numa tumba junto com cadáveres em decomposição, colocá-los na ponta de uma prancha e escorregá-los lentamente para dentro de uma fornalha, encostar na sua barriga uma gaiola sem fundo, com um rato dentro, e em seguida aquecer com a chama de uma vela o traseiro do rato para que, sem saída, ele roesse o caminho no corpo da vítima - eis alguns dos processos então documentados por uma comissão de investigação dos países aliados. (...) O canal dos exilados cubanos, TV Martí, exibe semanalmente uma procissão infindável de dedos cortados, orelhas arrancadas e olhos vazados que atestam a continuidade do leninismo nas prisões políticas de Havana.” Veja Tortura e Vlad, o empalador.

Encontro de Solidariedade a Cuba - Promovido pelo PCB, foi realizado no final de março de 1963 em Niterói (o Governador Carlos Lacerda proibiu a realização na Guanabara), reunindo representantes de mais de 80 países. Estavam presentes os deputados federais Alexandre Barbosa Lima, Celso Brandt, Almino Afonso, Francisco Julião e os presidentes do CGT e da UNE. A estrela da festa foi Luiz Carlos Prestes, que “profetiza” que o Brasil teria o privilégio de ser a 2ª nação latino-americana onde o socialismo iria triunfar. Veja Contra-revolução de 1964, Folhetos cubanos, G-11, Ligas camponesas e PCB.

ENEJA - Encontro Nacional de Monitores de Educação de Jovens e Adultos (MST). Veja Adestramento, Balilas, Movimento de massa e MST.

Escolas de subversão e espionagem - Durante a Guerra Fria, havia importantes escolas de subversão e espionagem, tanto na China, como na antiga URSS.
Na China, a Escola da Província de Chekiang preparava subversivos e espiões para atuarem na Alemanha, Suíça e Áustria; a Escola da Província de Honan para atuação na França, Itália e Espanha; e a Escola da Província de Chekiang para atuação no Japão e outros países da Ásia.
Os cidadãos soviéticos escolhidos para trabalhar no estrangeiro, como chefes de subversão clandestina, recebiam seu treinamento em setores especiais das mesmas escolas que formavam os ases da espionagem.
Na antiga URSS, havia as seguintes escolas:
ESCOLA DE GACZINA: era a mais conhecida de todas as escolas da antiga União Soviética e preparava os espiões para atuar em países de língua inglesa. Situada a 150 km de Kuibyshev, ocupava uma área de 250 km²; dividia-se 4 setores: América do Norte (Setor Noroeste); Canadá (Setor Norte); Reino Unido (Setor Nordeste); e Austrália, Nova Zelândia, Índia e África do Sul (Setor Sul); cada setor era independente e não havia comunicação entre eles;
ESCOLA DE PRAKHOVKA: situada a 100 km ao norte de Minsk, capital da Bielorússia, tinha 500 km² de área; durante a II Guerra Mundial, quando Hitler tomou a Bielorússia, Prakhovka foi evacuada conforme a política de terra arrasada de Stálin, e uma Escola de Emergência foi organizada em Ufa; Prakhovka foi reaberta em 1947. Tudo era igual a Gaczina, em todos os detalhes; dividida também em setores, preparava espiões para atuação na Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia (Setor Norte); Holanda (Setor Sudoeste); Áustria e Suíça (Setor Sul); e Alemanha (Setor Sudeste);
ESCOLA DE STIEPNAYA: situada a mais ou menos 200 km ao sul de Chkalov, preparava subversivos e espiões para trabalhar nos países latinos: França (Setor Noroeste); Espanha (Setor Norte); Itália (Setor Nordeste); e Portugal, Brasil, Argentina e México (Setor Sul);
ESCOLA DE VOSTOCZNAYA: situada a uns 160 km de Khabarovsk, cuidava dos países da Ásia e do Oriente Médio;
ESCOLA DE NOVAYA: situada a 100 km a sudoeste de Tashkent, treinava espiões para a África.
Na antiga URSS, antes do ingresso nas escolas de espionagem acima citadas, os cidadãos escolhidos para essa carreira tinham que realizar 4 estágios:
1º ESTÁGIO: era realizado na Escola Marx-Engels, em Gorky, perto de Moscou; durante o estágio, que durava 4 meses, os integrantes viviam coletivamente e assinavam um compromisso de jamais revelar qualquer coisa sobre a Escola; o horário era inflexível: de 7 da manhã às 10 horas da noite, proibidos de sair do recinto da Escola, num prédio retirado da rua, cercado por altos muros. O objetivo específico nesse Estágio era garantir que todos fossem “instruídos na ideologia comunista e sigam acostumando-se a pensar e agir como um clássico bolchevista”;
2º ESTÁGIO: os recrutas aprovados no 1º Estágio seguiam para a Escola Técnica Lenin, situada em Verkhovnoye, a 80 km de Kazan; consistia de edifícios em área de mais ou menos 4 km², tudo cercado por altos muros. Os recrutas eram transportados em veículos da KGB e durante a viagem não podiam manter contato com o mundo exterior. A vida era espartana, com um formidável horário de estudos; eram proibidos de informar onde se encontravam e o que estavam fazendo, mas tinham licença para se comunicar com a família mediante endereço intermediário. Até aí, os recrutas ainda ignoravam que estavam sendo escolhidos para possíveis agentes clandestinos do serviço secreto de Moscou. O treino na Escola durava 12 meses e os estudantes de ambos os sexos passavam por vigorosos treinos de combate: subiam em montanhas, rastejavam sob arame farpado, atravessavam pântanos e rios e faziam longas marchas carregando equipamento pesado; aprendiam a se defender com judô, jiu-jitsu, karatê e outras formas de ataque e defesa, como boxe e luta livre; manejavam armas de fogo e praticavam destruição de pontes, edifícios e instalações militares com dinamite, TNT, gelignite e explosivos plásticos, fabricação de bombas e descoberta de armadilhas e bombas ocultas, e a forma de desarmá-las. Essa fase incluía a destruição de fechaduras, portas fortes e cofres à prova de arrombamento. Aprendiam ainda a luta de guerrilhas; recebiam depois um curso de dopagem e envenenamento de bebidas, doces, comidas, cigarros e charutos; recebiam instruções sobre o uso de drogas e os antídotos que deveriam tomar quando fossem obrigados a engolir drogas. Um outro curso especializado ensinava os alunos a ligar escutas clandestinas em linhas telefônicas e a utilizar microfone de grande poder; estudavam as formas de recepção e transmissão de rádio, microfilmagem e micropontos, codificação e decifração. Depois do curso, havia o exame final e os recrutas eram transportados para o centro de recreação de Oktyabr, nas montanhas do Cáucaso, em Kyslovodsk, onde gozavam de merecidas férias de 1 mês ou mais;
3º ESTÁGIO: os recrutas que foram afinal escolhidos como “servindo para atividades subversivas clandestinas no exterior”, iam passar 1 ano com instrutores que verificavam suas aptidões para modalidades específicas de trabalho de subversão e de adaptabilidade a determinados países. Esse período era ainda mais duro que os treinamentos anteriores. A polícia secreta prendia um estagiário e o levava para a sede central como se ele fosse realmente um agente estrangeiro surpreendido em flagrante; interrogatórios especializados submetiam a “vítima” a uma lavagem de cérebro, à chamada interrogação de 3º grau e de todos os outros métodos usados para conseguir confissões ou informações; depois de passar pelo teste (a maioria passava), o recruta era levado à presença de seus interrogadores e então era explicado que tudo era apenas mais um teste; eram elogiados por resistir, mas antes de serem liberados deviam jurar manter segredo daquilo junto aos outros recrutas que ainda iriam passar pela prova; só então o estagiário era julgado apto a freqüentar uma escola dos ases da espionagem soviética, cujo treino iria durar 10 longos anos;
4º ESTÁGIO: os cidadãos soviéticos escolhidos para trabalhar no estrangeiro, como chefes de subversão clandestina, recebiam treinamento em setores especiais das mesmas escolas que formavam os ases da espionagem (veja Escolas mencionadas acima). A Escola mais conhecida era a de Graczina, que formava subversivos e espiões para atuarem em países de língua inglesa. Desde que chegavam a Graczina, todos os estudantes só podiam falar inglês; recebiam um nome inglês e eram obrigados a esquecer a língua russa e a nacionalidade soviética; o período de 10 anos em Graczina era considerado pelos diretores do serviço secreto como o mínimo essencial para o condicionamento do cérebro humano à nova língua. Eram despertados à noite e obrigados a responder perguntas inesperadas, qualquer um deles em seu papel de espião estava convencido de sua nova identidade; os diretores achavam que nem tortura, lavagem de cérebro ou drogas conseguiriam dobrar os seus agentes; no setor do Reino Unido em Graczina, existiam réplicas perfeitas de ruas, casas, cinemas, restaurantes, bares, pensões e outros estabelecimentos tipicamente ingleses; as roupas usadas eram inglesas, os estudantes viviam em pensões, apartamentos, comiam refeições tipicamente inglesas, como batatas assadas, rosbife, pudim Yorkshire e peixe; andavam em ônibus ingleses, gastavam dinheiro inglês, liam jornais ingleses e assistiam programa de TV gravados na Inglaterra; os professores da língua inglesa eram membros do Partido Comunista (PC) escolhidos a dedo, antigos cidadãos do Reino Unido que desprezavam a pátria e se tornaram cidadãos soviéticos. Mais pessoas naturais da Inglaterra contribuíam para que o ambiente fosse autêntico, como garçonetes, polícias de rua, motoristas de ônibus, recepcionistas de hotel e outros. Esse treino geralmente levava 5 anos; não houve um só aluno de Graczina que tivesse sido preso pela Scotland Yard ou pelo FBI que se deixasse trair por sua imperfeição de linguagem. Os outros 5 anos eram destinados a trabalhos especializados para a prática da moderna técnica de espionagem: códigos (memorização de), comunicações por rádio (montagem e desmontagem de aparelhos de recepção e transmissão; usavam equipamentos modernos que podiam transmitir e receber longas mensagens em segundos); aprendiam a utilizar os mais modernos aparelhos fotográficos, que reduzem plantas de grandes dimensões a pontos microscópicos. Depois de 10 anos, os estudantes saíam da Escola mais ingleses do que muitos ingleses legítimos. Veja Instituto 631 e Komintern.

Esquerda do “barato” - É formada por políticos e sociólogos que pregam a liberalização da maconha, a exemplo do Deputado Fernando Gabeira. “Enquanto foi Secretário de Segurança do governo Garotinho, o sociólogo da ONG Viva Rio, Luiz Eduardo Soares, resolveu ‘pacificar’ os morros cariocas de uma maneira sui-generis. As quadrilhas de traficantes de drogas podiam exercer livremente seu mister desde que não brigassem entre si. O importante era não se ouvir o barulho de tiros. Se não houvesse tiros significava que o morro estava em ‘PAZ’.' (Leonardo Arruda, in “A paz da submissão”, publicado no jornal “Correio da Barra”, 25 Jan 2002) Veja CV, Drogas, Maconha, Nederwiet, NORML e PCC.

Estória-cobertura - Muito utilizada por espiões, terroristas e criminosos em geral, para encobrir as reais intenções, seja dentro ou fora do país. Consiste em simular uma atividade, p. ex., abrir um comércio, para encobrir a verdadeira atividade. Um exemplo clássico foi o caso de Olga Benário, que deixou o marido B. P. Nikitin na Rússia e acompanhou Luis Carlos Prestes ao Brasil, como se fosse sua mulher: “Olga Bergner Vilar”, casada com “Antônio Vilar”, para promover a Intentona Comunista, em 1935. Veja Andorinha, Araponga, Escolas de subversão e espionagem, Guerrilha do Araguaia, Intentona Comunista, Komintern e PCB.

“Expropriação” - Comunista não rouba, apenas “expropria” o que é dos outros; não mata, apenas faz “justiçamento”. Veja PCB, Novilíngua e “Os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).

FARC - Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colômbia: inicialmente apoiadas pela antiga União Soviética, as FARC se estabeleceram em 1966 como braço armado do Partido Comunista Colombiano. Os ataques armados visam alvos militares e políticos do país. De ligação estreita com narcotraficantes, estabeleceram-se em uma área autônoma no país, a “Farclândia”, de 42.000 km², cedida pelo Presidente Andrés Pastrana, para negociação da paz. As FARC e o ELN já ocasionaram a morte de mais de 30.000 pessoas na Colômbia. As FARC são também conhecidas como Fuerzas Armadas Revolucionárias de Colombia - Ejército del Pueblo (FARC-EP). Possuem uma facção, a FAD (Frente Amazônica nos Departamentos). No dia 22 Set 2000, foi preso no Brasil (Foz do Iguaçu) o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, o que gerou protestos de representantes do MTNM (Vitória Grabois), do PCB (Zuleide Faria de Mello), do MST (Anselmo Joaquim), da CUT (Antônio Carlos de Carvalho) e da UNE (Vladimir Morcilo), sendo libertado pouco tempo depois. Em Jan 2001, representantes das FARC participaram do Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, RS, com apoio dos governos petistas estadual e municipal; segundo denúncias do jornal “O Estado de S. Paulo”, integrantes das FARC atuam no interior de São Paulo. Junto com o ELN, as FARC têm 6.000 menores de 18 anos e 2.000 menores de 15 anos; de cada 10 subversivos mortos, 4 são menores de idade. Até o início do ano 2000, as FARC já haviam matado 70 pastores evangélicos e, segundo seu porta-voz, Mono Jojoy, vão matar ainda todos os outros. Na Colômbia, a violência não é recente, nem exclusiva das FARC e do ELN: de 1948 a 1958, 200.000 pessoas morreram na Colômbia devido a violência civil. Segundo o Alto Comissariado para Refugiados da ONU, há entre 450.000 e 1,6 milhão de pessoas deslocadas internamente na Colômbia devido à guerrilha, dos quais uns 60% recebem ajuda humanitária, especialmente de ONGs. A imigração para países vizinhos – principalmente Venezuela, Equador e Panamá – é inferior ao deslocamento interno. As FARC têm comprado armas de traficantes de drogas brasileiros, a exemplo de Fernandinho Beira-Mar, como apurou uma CPI, em 2000: AKk-47, HK.91 (G3), A-3, AR-15, fuzis Dragunov e Galil, metralhadoras calibre .50, lança-granadas 40mm e Gr-90, além de mísseis portáteis terra-ar, como o AS-14 e AS-16 russos, o Redeye dos EUA e mísseis Stinger da Síria; a CPI brasileira relacionou o envolvimento de 827 funcionários brasileiros, como legisladores, magistrados, ministros, presidentes de bancos e policiais. Veja ajuda americana contra as FARC em www.ciponline.org (Central for International Policy), Diálogo de Maguncia, ELN, Escolas de subversão e espionagem, Fórum Social Mundial (FSM), Komintern, Milicias Bolivarianas (MB), Operação Cobra, www.refugees.org, Tercer Cartel e Teologia da Libertação.

Farclândia - O “país das FARC” é uma zona desmilitarizada, de 42.000 km², controlada pelas FARC desde 1998, quando o Presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, concordou em retirar as tropas federais de uma área onde atuam as FARC, para dar início ao pretendido processo de paz; Pastrana desejava também conceder uma área ao ELN, porém a população do Departamento de Bolívar foi contra a concessão de área nessa região ao ELN. Em 2002, o Exército Colombiano inicia a retomada da Farclândia, já que os dirigentes das FARC não aceitaram o reinício das conversações de paz. Veja FARC.

FBI - Frente Brasileira de Informações: no dia 19 Jun 1965, Houari Boumedienne depôs Ben Bella, na Argélia. Enquanto Ben Bella era um aliado de Fidel Castro, Boumedienne desejava uma Argélia socialista, não internacionalista, mas como o do egípcio Násser. Em Out 1969, Miguel Arraes, Marcio Moreira Alves, Almery Bezerra e Everaldo Noroes criaram, em Paris, a Frente Brasileira de Informações (FBI), ligada a organizações de esquerda, de oposição ao Governo militar do Brasil. Com os recursos recebidos de Boumedienne, Miguel Arraes cobriu as despesas da FBI, que passou a desenvolver guerra psicológica contra o Brasil, especialmente contra as Forças Armadas, fazendo denúncias de tortura (veja no verbete “VAR-Palmares” a “Grande Ação” ou “roubo do cofre de Adhemar de Barros”). No dia 15 Nov de 1969, o jornal “El Siglo”, porta-voz do Partido Comunista Chileno, anunciou em editorial a criação da FBI em Paris, com filiais no Brasil e em outros países latino-americanos. O Chile, com um regime marxista em vias de ser instalado por Salvador Allende, era um refúgio de terroristas e exilados brasileiros (“Betinho”, FHC, José Serra), e foi o primeiro país a lançar seus boletins em espanhol – Frente Brasileña de Informaciones, na Casilla Postal 3.594 – Santiago do Chile. No Uruguai, Paulo Schilling e Carlos Figueiredo de Sá, ex-juiz da Justiça do Trabalho e militante da ALN, ambos cassados pelo AI-5, assumiram a coordenação da rede. O jornal uruguaio “De Frente”, na edição de 8 Jan 1970, dava início à campanha da FBI, publicando a matéria “Torturas en Brasil”. No dia 15 Jan 1970, houve uma reunião no Centro de Convenções Mouber Mutualité, pertencente aos sindicatos comunistas de Paris, no Quartier Latin, com representantes de partidos políticos, sindicatos e personalidades da esquerda mundial. Tendo ao fundo uma foto de Carlos Marighela, George Casalis, professor da Faculdade de Teologia Protestante de Paris, presidiu a cerimônia, em que participaram da mesa Miguel Arraes, o advogado Jean-Jacques de Félice, Jean-Paul Sartre, Michel de Certau, o padre jesuíta redator da revista “Notre Combat”, Pierre Jalée – presidente do Comitê de Defesa da revista “Tricontinental”, Jan Talpe – físico belga e ex-professor da USP expulso do Brasil por envolvimento com a ALN, e Lengi Maccario – Secretário-geral da Federação Italiana de Metalúrgicos. Em um livreto da FBI, foram transcritas mensagens de solidariedade e apoio a várias organizações, como a Liga Comunista (Seção Francesa da IV Internacional), o Movimento Separatista Basco (ETA), o Comitê Palestino, a Fundação Bertrand Russel e o Comitê de Iniciativa Belga de Solidariedade com a América Latina. Os boletins da FBI, editados em francês e espanhol, focalizavam temas como “perseguição de religiosos e operários católicos”, “extermínio de índios”, “exploração de flagelados”, “ditadura militar”, “tortura de presos políticos”, “esquadrões da morte”. A Amnesty International (Anistia Internacional – AI) se aliou à frente de mentiras da FBI, os “subversivos da pena”, no dizer de Del Nero em seu livro “A Grande Mentira”. No período de 15 Mar a 9 Abr 1972, na Igreja São Clemente, em Nova York, a FBI apresentou um extensa programação contra o Brasil, englobando conferências, debates, filmes e representações; a programação contou com a presença do teatrólogo Augusto Boal, do cineasta Gláuber Rocha e de Márcio Moreira Alves, entre outros. Em Mai 1972, Miguel Arraes viajou sigilosamente para Santiago do Chile, onde manteve contato com o presidente Salvador Allende; a viagem tinha como finalidade a organização de uma seção latino-americana do Tribunal Bertrand Russel (TBR) e articular a FBI na Argentina, Peru e México. No dia 30 Out 1972, o jornalista Castello Branco assim escrevia em sua coluna: “Ficamos sem saber se a campanha é movida por grupos esquerdistas internacionais, instruídos por brasileiros exilados, ou se ela é inspirada por correntes econômicas e políticas interessadas em torpedear o processo de desenvolvimento de nosso país.” (Del Nero, op. cit., pg. 421). Em 1973, a FBI promoveu 2 campanhas contra o Brasil: a 1ª foi iniciada na Bélgica, para suspender a realização da Feira “Brazil Export 1973”; o Comitê Belgo-Europa-América Latina e o também belga Movimento Cristão para a Paz desenvolveram intensa campanha para suspender a Feira; a outra campanha ligava-se ao “julgamento” do Governo brasileiro pelo Tribunal Bertrand Russel; foi desenvolvida campanha para recolher dados e identificar pessoas dispostas a testemunhar no “julgamento”, previsto para outubro. Um dos principais membros do TBR, o Senador italiano Lélio Basso, seguindo os passos de Miguel Arraes, esteve no Chile, convidando terroristas e foragidos a testemunharem perante o Tribunal; o militante da ALN, Fernando Soares, asilado na Itália, foi ao Uruguai também para convidar terroristas para o mesmo fim. Com a Contra-revolução Chilena (11 Set 1973) e a deposição de Allende, as atividades da FBI foram suspensas no Chile, com a revoada dos subversivos, e o julgamento do Brasil e de outros países latino-americanos foi adiado. Em novembro de 1973, o Comitê Francês da Amnesty International, em ligação com a FBI, organizou um Congresso sobre tortura, repetindo as acusações de sempre contra o Brasil; uma das poucas reações vistas foi a do professor Denis Bucan, romeno naturalizado francês; comentando notícia do jornal “Le Figaro” sobre o evento, Bucan destacou que a Anistia Internacional nunca tinha feito nenhuma crítica contra a tortura e o extermínio nos países comunistas. Aliás, convém lembrar que no livro “O ópio dos intelectuais”, Raymond Aron, pensador francês, faz a mesma crítica contra seus pares. Segundo Luís Mir (op. cit., pg. 394), a FBI era uma “estrutura política que abrigaria todas as organizações armadas e de oposição à ditadura, tornando-se uma rede de informações internacionais de poderoso alcance político na denúncia de torturas e violações dos direitos humanos no Brasil. (...) centenas de pessoas trabalhando em várias capitais européias e latino-americanas e expressivo número de voluntários estrangeiros sem remuneração.” Veja ALN, AP, CEIAL, Clero progressista, Frades Dominicanos, MPL, TORTURA e VAR-Palmares.

Fidelismo - Relativo ao regime de Fidel Castro, ditador comunista de Cuba. A exemplo de seu colega comunista, Kim Il-Sung, da Coréia do Norte, Fidel Castro já nomeou seu irmão Raul para sucedê-lo na dinastia comunista cubana. Veja Autoritarismo falangista e Kimilsungismo.
Folhetos cubanos - Eram disseminados no Brasil pelo Movimento de Educação Popular (MEP), durante o Governo de João Goulart, e serviam de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola. Veja G-11, Ligas Camponesas, MEP e ULTAB.

Foquismo - Teoria revolucionária, em que a revolução seria iniciada em pequenos núcleos (focos), para começar a guerrilha rural, com objetivo de dominar a nação. O foquismo foi sistematizado pelo revolucionário comunista francês Jules Debray, e defendida por Fidel Castro e Che Guevara. O PC do B tentou colocar em prática essa teoria na região do Araguaia. Veja G-11, Guerrilha do Araguaia, Ligas Camponesas, MEP, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar de Río, Revolução, Revolução Cubana e ULTAB.

Foro de São Paulo - Movimento neo-socialista latino-americano, planejado por Fidel Castro, para adaptação das esquerdas à nova ordem mundial após a desintegração da união soviética. Líderes: Fidel Castro (Cuba), Lula (Brasil), Cárdenas (México). Veja Foquismo, Fórum Social Mundial (FSM), FSP, Internacional Comunista, OLAS e PT.

Fórum Social Mundial - O I FSM foi uma reunião paralela ao Fórum de Davos (“Reunião anti-Davos”), ocorrida em Porto Alegre, RS, de 25 a 30 Jan 2001. Promovido pelo governo petista do Rio Grande do Sul (estadual e municipal), por entidades e cerca de 1.500 ONGs (500 do exterior), como Le Monde Diplomatique, ATTAC, CBJP (CNBB), CIVES, CUT, Ibase e MST, contou com a presença de intelectuais, como Emir Sader, Conceição Tavares, Frei Beto, Oscar Niemeyer, Danielle Miterrand e Saramago; do embaixador cubano nas Nações Unidas, Ricardo Alarcón de Quesada; do líder da libertação da Argélia, Ahmed Ben Bella (que pregou a luta armada no Fórum); do ativista francês José Bové (que destruiu em 1999 uma lanchonete do McDonald’s na França e destruiu, durante o I FSM, uma plantação de soja da firma Monsanto, em Não-me-Toque, interior do Rio Grande do Sul, junto com Pedro Stédile, do MST, e o padre Thorlby, da Pastoral da Terra); de narcoterroristas das FARC (o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das FARC, foi proibido de falar em público pela Polícia Federal, porém Javier Cifuentes, escoltado por 2 policiais da Brigada Militar, fez seu pronunciamento na PUC/RS, sob delirantes aplausos da platéia); de “militantes” do ETA; do ex-jogador de futebol, Raí. O FSM reuniu, ainda, o Fórum Parlamentar Mundial, o Acampamento Intercontinental da Juventude, o Acampamento Mundial dos Povos Indígenas (com homenagem à “Confederação dos Tamoios”, 1ª resistência indígena no Brasil, que durou 12 anos de guerra contra os portugueses – 1555-1567). Com custo de 2 milhões (1 milhão bancado pelo PT, ou seja, pelo contribuinte gaúcho – o Diário Oficial de 29/01/2001 publicou a relação de 163 convidados, que tiveram as passagens e a estada pagas pelo PT). Os ativistas de esquerda se reuniram, em tese, para combater o neoliberalismo e sua conseqüente globalização econômica, porém o objetivo principal é formar uma “quinta internacional comunista” para impor sua ideologia a todos os quadrantes do planeta. Nada como manter acesa a “práxis revolucionária” marxista, depois da queda do Muro de Berlim e do desmonte da URSS, quando o antagonismo “comunismo x capitalismo” foi substituído por “comutarismo x neoliberalismo” – maniqueismo sem o qual, parece, não consegue viver o pessoal da esquerda. O II Fórum Social Mundial ocorreu no período de 31 Jan a 5 Fev 2002, em Porto Alegre, com 51.300 participantes de 131 países, 4.909 organizações, 2.620 sindicalistas, 170 índios e 35 ouvintes (dados da Folha de S. Paulo, 6 Fev 2002). Estiveram presentes no II FSM ícones da esquerda, como Frei Beto e Rigoberta Menchu, a indígena guatemalteca que recebeu um Prêmio Nobel da Paz por conta de uma mentira criada por ela. Ao II Fórum Social Mundial não compareceram os terroristas presentes no I FSM (FARC, ETA), nem Fidel Castro, pois, em um ano eleitoral para Presidente, não havia necessidade de expor muito o então tetracandidato “light” do PT, Luis Inácio da Silva (Lula-laite). Veja Copyleft, EGP, INPEG, Instituto Século XXI (www.forumsocialmundial.org.br), Movimento de Massa, MST, Sociedade Civil, WEF (Fórum de Davos), WWF e www.worldsocialforum.org.

FSP - Foro de São Paulo: criado em São Paulo, em julho de 1990, sob os auspícios do Partido Comunista de Cuba (PCC) e o Partido dos Trabalhadores (PT). É um movimento neo-socialista latino-americano, planejado por Fidel Castro, para adaptação das esquerdas à nova ordem mundial após a desintegração da União Soviética. Seus líderes são: Fídel Castro (Cuba), Luís Inácio da Silva, o “Lula” (Brasil) e Cuauhtémoc Cárdenas (México); outros expoentes do Foro, seguidores da “Teologia da Libertação”: ex-padre Leonardo Boff, Pedro Casaldáliga (Bispo de São Félix do Araguaia, MT), Werner Sienbernbrock (Bispo de Nova Iguaçu, RJ) e Samuel Ruiz Garcia (Bispo de San Cristóbal de las Casas, Chiapas, México - um dos líderes do EZLN), além de Frei Beto, editor da revista America Libre, do FSP. O VI encontro do FSP, p. ex., ocorreu em San Salvador/El Salvador, em Jul 1996, quando reuniu 112 partidos políticos de mais de 20 países da região, 187 delegados, 52 organizações, 289 participantes, 144 organizações convidadas, 44 observadores e 35 grupos da América, Europa e África. No encontro realizado em Cuba, em 2001, o FSP apresentou projeto de estender a todos os países da América Latina os padrões de “liberdade de imprensa” existentes em Cuba. Veja Clero progressista, Fórum Social Mundial (FSM), Frades dominicanos, OLAS e Teologia da Libertação.

G-11 - Grupo dos Onze, ou Grupo dos Onze Companheiros: “comandos nacionalistas”, que foram formados em todo o Brasil em 1963, a mando do ex-governador gaúcho Leonel Brizola. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). Um documento do Grupo afirmava que os G-11 seriam a “vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética.” (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS.) “... os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. Quando ocorreu a Contra-revolução de 1964, havia centenas desses Grupos espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil – civis, militares e eclesiásticas, como se pode ler nas “Instruções secretas” do EPL e seus G-11, no item 8, “A guarda e o julgamento de prisioneiros”: “Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição”. (cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 112). Veja Brizoleone, Contra-revolução de 1964, Folhetos cubanos, Ligas Camponesas, MEP, Ternuma (www.ternuma.com.br) e ULTAB.

GAP - 1. Grupos de Amigos Personales: guarda pretoriana de Salvador Allende, Presidente do Chile (1970-1973). Antes de Allende, os Carabineiros faziam a segurança da guarda do Presidente. Contra todas as leis do país, os GAP passaram a constituir uma Força Armada, que seria a base do “Exército Popular” que os marxistas estavam formando com as brigadas “Ramona Parra” (do PC), “Elmo Catalán” (do PS) e o “MCR” (do MIR). Sem formação profissional, sem disciplina e sem responsabilidade, tinham impunidade para assaltar, tomar reféns e assassinar – inclusive próprios companheiros. A organização do “Exército Popular” acelerou-se com a formação dos “Cordões industriais”, organização paramilitar composta por operários e camponeses marxistas das indústrias estatizadas. Veja Libro Blanco, MIR, Plano Z, UP e VOP. 2. Guerrilla Army of the Poor (Exército Guerrilheiro dos Pobres - EGP). Veja EGP, Foquismo e OLAS.

Genocídio - É o extermínio sistemático de uma etnia ou de um povo, a chamada “limpeza étnica”. Os ingleses, espanhóis e portugueses promoveram o genocídio de indígenas nas Américas (os mesmos indígenas que haviam promovido genocídio contra seus antecessores). O Comunismo exterminou aproximadamente 110 milhões de pessoas em todo o mundo. O Nazismo aniquilou aproximadamente 6 milhões de judeus e 20 milhões de russos – além de ter provocado a morte de dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo, ao iniciar a II Guerra Mundial. Os ingleses exterminaram em torno de 4 milhões de irlandeses (veja “Arma da fome”). Os turcos otomanos promoveram a matança de 1,5 milhão de cristãos armênios durante a I Guerra Mundial. O general Suharto, ditador da Indonésia (1965-1998) eliminou entre 700.000 e 1.000.000 de cidadãos, grande parte de origem chinesa e ligados ao Partido Comunista; em 1975, a Indonésia anexou o Timor-Leste, então colônia portuguesa; durante 24 anos, a repressão causou a morte de cerca de 200.000 pessoas do Timor-Leste, de maioria cristã. Pol Pot, ditador comunista que tomou o poder do Camboja em 1975 exterminou cerca de 2.000.000 de cambojanos (21% da população), a maioria de fome, devido ao retorno forçado ao meio rural. Juntas de comandantes da ditadura militar argentina (1976-1983) fizeram “desaparecer” 30.000 pessoas (Jorge Videla foi condenado em 1985 à prisão perpétua e indultado pelo Presidente Menem em 1990; em 1998, Videla foi condenado à prisão domiciliar pelo seqüestro de bebês de terroristas, e no dia 9 Jul 2001 teve decretada prisão domiciliar por sua participação na Operação Condor). O regime de Saddam Hussein, do Iraque, mandou bombardear cidades curdas, ao norte do país, em 1988, com armas químicas, matando 8.000 civis e forçando 100.000 a fugir para a Turquia; o ataque foi para eliminar a guerrilha curda, que apoiou o Irã durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988). A Sérvia promoveu limpeza étnica na Bósnia-Herzegovina e na Província do Kosovo, que por sua vez hoje promovem perseguições contra os sérvios (O ex-Presidente Milosevic foi entregue ao Tribunal Penal Internacional – TPI, em Haia, em 2001, para julgamento de “crimes de guerra”, e um de seus generais, Radislav Krstic, foi condenado, pelo TPI, em 2001, a 46 anos de prisão pela morte de 8.000 muçulmanos na cidade de Srebrenica, em 1995). As guerras da antiga Iugoslávia contra a Croácia, Bósnia e Kosovo ocasionaram mais de 200.000 mortos; 700.000 sérvios, por sua vez, foram expulsos das regiões controladas por bósnios muçulmanos e croatas. Em 1994, o avião do Presidente da Ruanda foi atingido por um foguete; o Presidente morreu e os hutus culparam os tutsis (etnia rival), que passaram a ser perseguidos e mortos, resultando na morte de 800 mil pessoas. O governo muçulmano do Sudão promove extermínio de cristãos e animistas no Sul do país (a Guerra Civil, até 2001, já fez cerca de 2.000.000 de vítimas). Na África do Sul, durante o Governo Mandela, foram assassinados em torno de 2.000 fazendeiros brancos. Michal Horowitz, erudito judeu ortodoxo, calcula que cerca de 150.000 cristãos – o total dos mártires dos primeiros séculos – morrem anualmente assassinados pelas ditaduras da China, Vietnã, Coréia do Norte, Irã, Sudão. A esses países, deve-se acrescentar a Indonésia, o Paquistão e outros, de maioria muçulmana, que também promovem perseguições a não-muçulmanos. Veja Arma da fome, CSI, Gulag, Kmer Vermelho, Limpeza demográfica, Limpeza étnica, Massacre de Ruanda, NAZI, Operação Condor, Racismo, Revolução Cultural e Sistema métrico da intolerância.

Governo Paralelo - Em Mianmá, no ano de 1990, um grupo de deputados se reúne clandestinamente na fronteira com a Tailândia e proclama um “governo paralelo”, sem poder efetivo, com apoio de 21 organizações oposicionistas. Suu Kyi, líder oposicionista, filha do general Aung San (líder da luta pela Independência de seu país, assassinado em 1947), ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991, entregue na Noruega a um representante do “governo paralelo”. No Brasil, o PT de Lula, parece, ficou com inveja e também fundou um “governo paralelo”, durante o Governo Collor. Veja Dualidade de poder e Orçamento participativo.

Grupo da Ilha - Denominação dada aos “militantes” que permaneciam em Cuba, seja em treinamento, seja aguardando oportunidade de regressar ao Brasil, durante os Governos militares. Esse Grupo passou a denominar-se “Dissidência da ALN”. O Grupo da Ilha e a CR/SP se fundem e criam o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO). Veja ALN E MOLIPO.

Guerra de Movimento - Concepção gramsciana, equivalente à “revolução permanente” de Marx e Engels, adotada pelos comunistas contra os Estados absolutistas ou despóticos do tipo “Oriental” e também contra os Estados liberais elitistas da 1ª metade do Século XIX, para implantação do socialismo. Veja Guerra de Posição, Movimento de Massa e Sociedade civil.

Guerra de Posição - Concepção gramsciana, mais adequada contra os Estados modernos e democráticos do tipo “Ocidental”, para conquista do socialismo. Essa concepção está sendo implantada com sucesso no Brasil, desde a redemocratização (1979), com a atuação das esquerdas em todos os órgãos nacionais, governamentais ou não – especialmente na Educação. Veja Adestramento, Balilas, Clero progressista, CNBB, Dualidade de Poder, Fórum Social Mundial (FSM), Foro de São Paulo (FSP), Guerra de Movimento, Movimento de Massa, MST, Orçamento Participativo, Organizações de “Frente”, PT e Sociedade civil.

Guerrilha comunista no Brasil - Teve início em 1961 – e não após 1964, como propaga a esquerda –, quando o Presidente João Goulart ocultou e repassou secretamente a Fidel Castro as provas da intervenção armada de Cuba no Brasil. Veja Brizoleone, Folhetos cubanos, Foquismo, G-11, Guerrilha do Araguaia, Ligas Camponesas, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana e ULTAB.

Gulag - Glávnoie Upravliênie Láguerei (Administração Geral dos Campos): o livro “Arquipélago Gulag”, de Alexandre Soljenítsin, discorre sobre os campos de trabalhos forçados soviéticos (campos de concentração), por onde passaram cerca de 66 milhões de prisioneiros, e sobre a fome endêmica que seguiu a vários planos econômicos fracassados, levando pais a comerem seus próprios filhos (donde se originou, provavelmente, a expressão “comunista come criancinha”). “Sigla em russo de Diretório Geral dos Campos, o Gulag abrangia o complexo de prisões, centros de triagem e campos de trabalhos forçados a que eram condenados opositores do regime, suspeitos de atividades ‘anti-soviéticas’, criminosos comuns e hordas de pessoas que nunca souberam exatamente por que haviam sido encarceradas'. (“Recordações da casa dos mortos”, revista Veja, pg. 60 a 62) No “Gulag” de Vorkuta, milhões de “Zeks” e outros prisioneiros proporcionaram mão-de-obra baratíssima para a derrubada, o corte e o transporte de madeira para a mineração. Segundo afirma o economista soviético Vasily Selyunin, “a princípio, os campos eram usados para sufocar a oposição política à revolução de 1917; depois, tornaram-se um meio de resolver tarefas puramente econômicas.” O coronel Danzig Baldaiev, ex-integrante da polícia política soviética, fez chocantes desenhos sobre o Gulag, retratando estupros e mortes em massa que lembram as ossadas em um campo de concentração nazista. Esse trabalho resultou em um documentário feito pelo repórter Angus Macqueen, da BBC inglesa. Veja Campo de concentração, Charachka, Dalstroi, Desestalinização, Dissidentes, Empalação, Escolas de subversão e espionagem, GPU, Hospitais psiquiátricos, Instituto Serbsky, ITL, KGB, Kominform, Komsomol, Komintern, KPZ, KVTCH, ...lag, Lubianka, MGB, MVD, MVTU, NEP, NKGB, NKPS, NKVD, OGPU, RKP(b), PFL, Politburo, Pomgol, Promparti, Revtribunal, RKI, RKKA, RKP(b), Schutzbund, Sistema métrico da intolerância, Slon, Smerch, Smólni, SNK, SOE, Soloviétski, Sovinformburo, Sovnarkon, SVE, SVPCH, Tcheká, Tchon, TCHS, TKP, TON, Tortura, TSIK, UPK, UK, UMAP, USVITL, VAD, VAS, VAT, Verkhtrib, Vetcheká, Vikjel, Vsnkh, VTSIK e ZEK. Leia “Arquipélago Gulag” e “O Livro Negro do Comunismo”, e acesse o Museu virtual do Comunismo (www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan/museum/musframe.htm).

Hospitais psiquiátricos - Utilizados na antiga União Soviética para internar intelectuais que criticavam o regime comunista. Em muitos julgamentos, o regime de Moscou declarava os réus de “irresponsáveis”, negando-lhes a permissão de estar presentes em seu próprio julgamento, para facilitar o envio dos dissidentes a clínicas psiquiátricas. Centenas de pessoas perfeitamente sadias foram libertadas de clínicas psiquiátricas depois das denúncias de Kruschev, em 1956. Os responsáveis, porém, não foram punidos, permaneceram nos cargos para mais tarde, com a reabilitação de Stalin, voltar a agir contra os dissidentes. Veja Desestalinização, Dissidentes e Instituto Serbsky.

Instituto 631 - Durante toda a década de 1950, o Instituto 631, através de suas redes apoiadas pelos Partidos Comunistas no mundo inteiro, tudo fazia para desorganizar a vida nas democracias ocidentais. Enquanto isso, os mestres subversivos profissionais russos submetiam-se a treinamento nas várias Escolas de Espionagem. A seleção e o treinamento desses agentes especiais começaram no princípio da primavera de 1948 (início da Guerra Fria), logo depois que Stalin resolveu criar duas forças separadas de subversivos clandestinos – a quinta-coluna vermelha, comandada por Mikhail Suslov, que passava instruções em código para os chefes dos Partidos Comunistas do mundo inteiro, a partir de Pankov (Distrito da então Berlim Oriental), mas com escritório central em Moscou. No XXII Congresso do PCUS, Luis Carlos Prestes encontrou-se com Nikita Kruschev e Mikhail Suslov, para planejar a revolução agrária no Brasil. Veja Códigos Venona, Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Intentona Comunista, KGB, Komintern, Macartismo, Operação carta de amor perfumada, Operação drogas e Quinta-coluna vermelha.

Instituto Cultural Brasil-URSS - Órgão de fachada do KGB. Veja Instituto 631, Komintern e Organizações de “Frente”.

Instituto Serbsky - Organização pseudocientífica da União Soviética, determinava o internamento de pessoas psicologicamente sadias em hospitais psiquiátricos. Veja Dissidentes, Hospitais psiquiátricos e Lysenkoísmo.

Intentona Comunista - Tentativa comunista de assalto ao poder no Brasil, em 1935, promovido pelo Komintern, que enviou agentes de Moscou para promover o levante, incluindo o brasileiro Luis Carlos Prestes e sua “esposa” Olga Benário. Além de Prestes, outros militares foram recrutados para a Intentona: Maurício Grabois, Jefferson Cardin, Giocondo Dias, Gregório Bezerra, Agliberto Vieira, Dinarco Reis, Agildo Barata. Harry Berger, codinome do Deputado alemão Arthur Ernst Ewert, participou das revoltas alemãs no final da década de 1910 e no início da década de 1920, havia atuado nos EUA e na Argentina, de onde se transferiu para a China; em 1934, Berger veio ao Brasil para dirigir a Intentona. O levante assassinou 1 (um) tenente-coronel (Misael de Mendonça), 2 (dois) majores (João Ribeiro Pinheiro; Armando de Souza e Mello) , 4 (quatro) capitães (José Sampaio Xavier; Benedicto Lopes Bragança; Danilo Palladini; Geraldo de Oliveira), 1 (um) 2º tenente da reserva Lauro Leão de Santa Rosa – convocado), 1 (um) 1º sargento (Jaime Pantaleão de Morais), 1 (um) 2º sargento (José Bernardo Rosa), 2 (dois) 3º sargentos (Caroliano Ferreira Santiago; Abdiel Ribeiro dos Santos), 1 (um) 1º cabo (Luiz Augusto Pereira), 13 (treze) 2º cabos (Alberto Bernardino de Aragão; Pedro Maria Netto; Fidelis Baptista de Aguiar; José Harmito de Sá; Clodoaldo Ursulano; Manoel Biré de Agrella; Francisco Alves da Rocha; João de Deus Araújo; Wilson França; Péricles Leal Bezerra; Orlando Henriques; José Menezes Filho; Manoel Alves da Silva) e 2 (dois) soldados (Luiz Gonzaga de Souza, da PM/RN; Lino Victor dos Santos, da PM/PE). Olga Benário, grávida, foi extraditada pelo Governo Vargas para a Alemanha, onde é enviada para um campo de concentração nazista. Depois de dar à luz Anita Leocádia (uma homenagem a Anita Garibaldi), Olga ainda fica 3 anos na prisão e depois é executada numa câmara de gás do presídio de Bernburg, em Fev 1942. Veja ANL (Aliança Nacional Libertadora), Escolas de subversão e espionagem, Estória-cobertura, Instituto 631, Komintern, PCB e Ternuma (www.ternuma.com.br), e leia o livro “Camaradas”, do jornalista William Waack.

Irmãos para o Resgate - “Hermanos al Rescate”: ONG de exilados cubanos, criada por José Basulto, com sede em Miami, para auxiliar os “balseros” que fogem para os EUA. O jornal “El Nuevo Herald”, de Miami, EUA, em 02 Mar 1996 afirmava que já foram efetuadas mais de 1.750 missões de resgate, salvando pelo menos 3.000 “balseros”. Dois aviões Cessna 337 Skymaster da organização foram derrubados por caças Mig-29 da Força Aérea Cubana em 24 Fev 1996, ocasionando 4 mortes. A ação foi apoiada por um “comunicado” assinado pelos “guerrilheiros da pena” Fernando Morais, Chico Buarque, Frei Betto e outros simpatizantes do tirano em Cuba. Veja Cambio Cubano, CDR, Guerrilheiros da pena e UMAP.

JC - Juventude Comunista: criada em 1925, durante o II Congresso Nacional do PCB, realizado no Rio de Janeiro. Porém, somente em 1927 a JC foi reorganizada, com a criação da Diretoria Provisória, com Manuel Karacik e Francisco Mangabeira. Em pouco tempo, recebeu mais de 100 adesões, 90% de operários de 15 a 19 anos. Formalmente constituída no dia 1º Ago 1927, sua 1ª Direção Nacional era formada por 4 operários e 3 estudantes. Ainda em 1927, a JC solicitou sua inscrição na KIM (Internacional Comunista da Juventude), sediada em Moscou, que então oferece bolsas de estudos de 3 anos na Escola Leninista ao operário Heitor Ferreira Lima. Uma delegação brasileira comparece ao VI Congresso Internacional Comunista: Paulo Lacerda, Leôncio Basbaum e um garçom, José Lago Morales. “Em Moscou encontraram Heitor Ferreira Lima, inteiramente russificado – de botas, blusa e boné de pala virada para cima, no estilo Bukharin.” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário”, conferência pronunciada no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, 02 Mai 2001). Em fins de 1928, a JC tinha cerca de 200 membros, num Partido de 800. Em 1935, a JC apoiou o levante de Agildo Barata no 3º RI (Intentona Comunista). Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Intentona Comunista, Komintern, PCB, UIE, UNE, USP e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Kmer Vermelho - (Kmer Rouge, em francês): movimento insurgente comunista do Camboja. Sob a liderança de Pol Pot, o Kmer Vermelho tomou o poder no Camboja em 1975, instalou o regime da Kampuchea Democrática, ocasionando a morte (fome, doenças e execuções) de aproximadamente 2 milhões de pessoas durante seus 4 anos no poder (1975-79) – 21% da população. Milhões de habitantes de Phnom Penh foram dispersados pelo país, tiveram seus nomes trocados, para que as famílias não pudessem retomar os relacionamentos que as identificavam, para se tornarem subservientes e moldáveis sob o terror comunista. Segundo o professor francês François Bizot, que fez pesquisas no Camboja, em 1971, e foi levado a um campo de prisioneiros, autor do livro “Le Portail”, com prefácio de John le Carré, “pessoas foram mortas por usarem óculos, mulheres e homens assassinados por saberem ler e escrever. O Khmer Vermelho matou muitos membros do próprio Kmer, e seus parentes. Quando eles matavam alguém, matavam toda a família.” Antes da morte de Pol Pot, em abril de 1998, o Kmer Vermelho seqüestrava e matava estrangeiros que viajam em áreas rurais do país. Meses após a morte de Pol Pot, a última tropa da guerrilha comunista entregou as armas ao Governo, depois de receberem garantias de anistia. Fraçois Bizot participa do julgamento por crimes contra a humanidade, realizado por um tribunal internacional, com o objetivo de definir a culpa ou inocência de pessoas como o comandante Douch, chefe do campo onde Bizot esteve preso, e que tem sua assinatura escrita na ordem de execução de 40.000 pessoas. Durante o II Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre em 2002, o fotógrafo britânico Bryan Parsley foi impedido de apresentar uma exposição de fotos denunciando os crimes do regime comunista do Camboja. Veja CGP, Genocídio, Limpeza étnica, Política do liquidificador, Sistema métrico da intolerância, Tortura, http://www.yale.edu/gsp/ (Programa de Estudos sobre Genocídio – GSP, da Universidade de Yale) e http://jim.com/canon.htm (Universidade da Califórnia, em Berkeley)

Komintern - Kommunistítcheski Internatsional (Internacional Comunista - IC): órgão executivo da Internacional Comunista, criado por Lênin em 1919, no Congresso da Terceira Internacional. Seu primeiro chefe foi Zinoviev. Em seu segundo encontro, em 1920, participaram 37 países e Lênin estabeleceu os vinte e um pontos, que exigiam que todos os Partidos Comunistas modelassem suas estruturas em linhas disciplinares de acordo com o modelo soviético e excluíssem ideologias moderadas. Em 1943 Stálin dissolveu o Komintern, para atrair os democratas ocidentais para lutar em comum contra os nazistas, ocasião em que o controle dos PC passou diretamente para o CC/PCUS. Em 1947, ele foi reativado e reformado para Kominform, a fim de coordenar as atividades do comunismo europeu. Este, por sua vez, foi dissolvido em 1956. O Komintern teve participação na Intentona Comunista, no Brasil, em 1935, quando enviou agentes para o levante, incluindo o brasileiro Luís Carlos Prestes. Leia o livro “Camaradas”, de William Waack, e veja ANL, Intentona Comunista, PCB e Ternuma (www.ternuma.com.br).

La Piñata - Conflito causado pela “expropriação” de cerca de 5.000 propriedades de nicaragüenses e estrangeiros, na Nicarágua, durante o Governo sandinista de Daniel Ortega (1979-1990), quando os guerrilheiros transferiram bens confiscados durante a Revolução para si próprios, a exemplo de Daniel Ortega, que se apropriou de uma mansão de US$ 1,5 milhão. O termo “piñata” refere-se à tradição mexicana de distribuição de presentes no fim das festas de crianças. O Brasil também criou sua “piñata”, ao retirar do erário mais de US$ 40 milhões de dólares para “doar” a familiares de terroristas mortos ou desaparecidos. Veja “Ação entre amigos”, Desaparecidos políticos e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Libélulas da USP - Trocadilho de LIBELU (Liberdade e Luta), as “libélulas” formam a intelectualidade marxista existente principalmente na Faculdade de Filosofia e Letras da USP. Emir Sader, Marilena Chauí, Maria Aparecida de Aquino, Leandro Konder e Paul Singer destacam-se entre as “libélulas” hoje atuantes na USP, além de FHC, que alçou vôo “extra muros”. Aprecie um “bate-asas” da “libélula” Marilena Chauí: “A imprensa? Não, pois embora os jornalistas aspirem pela universalidade e desejem ser guardiães da moralidade pública, trabalham para uma particularidade, a empresa capitalista de que são funcionários. Na medida em que insistem em fazê-lo, transformam a imprensa, no melhor dos casos, em igreja e, no pior, em servidora de interesses totalitários, uma vez que não reconhecem ao fato político ‘sua necessária aura de amoralidade’ e ‘zonas de indefinição’ (...) E fazemos o jogo da chamada ‘tolerância passiva’, em que toleramos o governante que nos engana porque é ele quem faz as regras da ausência de regras” (Marilena Chauí, in “Acerca da moralidade pública”, Folha de S. Paulo, 24 Mai 2001). Veja LIBELU, FSM, FSP, Marxismo, UIE, UNE e USP.

Libro Blanco - Libro Blanco del Cambio de Gobierno en Chile, de 11 de setembro de 1973, impresso e editado por Editorial Lord Cochrane, S.A., Santiago, Chile:
O livro documenta toda a prática revolucionária ocorrida no Chile, sob o Governo de Salvador Allende (1970-1973), que preparava um autogolpe para implantar o socialismo no país, já que havia conquistado apenas 36,5% dos votos e não detinha controle sobre o Congresso, a Justiça e as Forças Armadas;
documenta a estreita ligação de Allende com o regime de Fidel Castro, as escolas de guerrilhas no país (há uma foto em que Allende faz treinamento de tiro com uma metralhadora .30 em sua residência oficial de “El Cañaveral” – um centro de guerrilha -, escudado por um “conselheiro” ou guerrilheiro cubano);
documenta a política de “expropriação” de fazendas e indústrias (no final do Governo Allende, 80% da economia do país estava nas mãos do Estado);
documenta a ligação de Allende com a UP, o MIR, o MAPU, o Partido Comunista e o Partido Socialista, libertando, logo que assumiu a Presidência, líderes do MIR: Luciano Cruz, Miguel e Edgardo Enriquez, Bautista Van Schouwen, Humberto Sotomayor, Sergio Zorrilla, Joel Marambio e Andrés Pascal Allende (sobrinho do ex-presidente Allende, filho de sua irmã e ex-Deputada socialista, Laura Allende), que haviam sido presos por atos de violência e delitos comuns (principalmente roubos a bancos), cometidos no Governo anterior;
documenta que os responsáveis pelas escolas de guerrilhas de Guayacán (Santiago) e Chaihuín (Valdivia), presos no Governo anterior, foram soltos, e que um dos guerrilheiros, Adrián Vasquez, ocupou de imediato a Vice-Presidência do INDAP (Instituto de Desarrollo Agropecuario) e outro, Rolando Calderón, chegou a ser Ministro da Agricultura de Allende em 1972 e ocupou importantes cargos em seu Partido e na CUT (Central Única de Trabajadores);
documenta que uma das filhas de um sobrinho de Allende, líder do MIR, casou-se com graduado membro da embaixada cubana, Luís de Ona, que era responsável pelo Escritório de Havana para a coordenação da expedição de Che Guevara à Bolívia;
documenta que no período de 1º Nov 1970 a 5 Abr 1972, 1.767 fazendas foram “expropriadas” por bandos armados do MIR;
documenta que as principais minas de cobre foram controladas pelo Partido Comunista (Mina de Chuquicamata, na Província de Antofagasta – maior mina de cobre a céu aberto do mundo; e a Mina El Teniente, na Província de O’Higgins – a maior mina de cobre subterrânea do mundo);
documenta que após o contragolpe de Pinochet foram encontradas vultosas somas de dinheiro com Ministros de Allende, e que entre 1970 e 1973 o Chile se tornou o principal fornecedor de cocaína da América do Sul;
documenta que antes do contragolpe de 1973 aproximadamente 100 pessoas perderam a vida durante o Governo Allende em seu nada pacífico “caminho chileno para o socialismo”;
documenta que no início do Governo Allende 1 dólar equivalia a 20 escudos e que em Ago 1973, 1 dólar equivalia a 2.500 escudos – uma inflação de mais ou menos 12.000% no período; em 1972, a economia chilena estava em ruínas, dos 3.000 produtos domésticos básicos, mais de 2.500 não estavam disponíveis; em janeiro de 1973 começou um racionamento, as filas eram tão grandes que impediam o povo a ir ao trabalho; em 7 Set 1973 (4 dias antes do contragolpe militar), Allende anunciou publicamente que havia farinha para pão somente para mais 3 dias;
documenta o ingresso de estrangeiros extremistas no país, calculado entre 10.000 e 15.000, muitos dos quais ocuparam cargos em empresas estatais, outros engajaram-se em diversos tipos de atividades revolucionárias, sob a proteção do serviço de investigação estatal; muitos destes foram mortos em ações de roubos ou se mataram com seus próprios explosivos; entre estes, havia asilados ou refugiados vindos do Brasil, Uruguai, Argentina, Peru, São Domingos, Nicarágua, Honduras etc.; “estudantes” ou “técnicos” vindos de empresas estatizadas da URSS, Tchecoslováquia, Alemanha Oriental; e “diplomatas” cubanos e norte-coreanos;
documenta o contrabando de armamento, adquirido em “viagens internacionais” do Presidente Allende, principalmente com a ajuda da empresa aérea estatal “Lan”, sem fiscalização da aduana no retorno ao país;
documenta os “comandos comunales”, agrupamento territorial de organismos revolucionários, e os “cordones industriales”, redes de trabalhadores de indústrias usurpadas ou estatizadas por Allende, também com base territorial para a violência política;
documenta que em agosto de 1973, 1 mês antes do contragolpe, Fidel Castro mandou ao Chile 2 de seus maiores “especialistas” em organização de violência política: o 1º Ministro-Substituto, Carlos Rafael Rodriguez, e o Chefe da temida polícia secreta, Manuel Pineiro, o “Barbarroxa”, com a seguinte carta:

Havana, 29 de julho de 1973
Querido Salvador
Com o pretexto de discutir contigo questões referentes à reunião de países não-alinhados, Carlos e Piñero realizam uma viagem para aí. O objetivo real é informar-se contigo sobre a situação e oferecer-te, como sempre, nossa disposição de cooperar frente às dificuldades e perigos que obstaculizam e ameaçam o processo. A estada deles será muito breve, porquanto têm aqui muitas obrigações pendentes e, não sem sacrificar seus trabalhos, decidimos que fizessem a viagem.
Vejo que estão, agora, na delicada questão do diálogo com a D. C. (Democracia Cristã) em meio aos graves acontecimentos, como o brutal assassinato de seu ajudante-de-ordens naval e a nova greve dos donos de caminhões. Imagino a grande tensão existente devido a isso e teus desejos de ganhar tempo, melhorar a correlação de forças para o caso de que comece a luta e, se possível, achar um caminho que permita seguir adiante o processo revolucionário sem guerra civil, junto com salvar tua responsabilidade histórica por aquilo que possa ocorrer.
Estes são propósitos louváveis.
Mas, no caso da oposição, cujas reais intenções não estamos em condições de avaliar daqui, empenhar-se em uma política pérfida e irresponsável exigindo um preço impossível de pagar pela Unidade Popular e a Revolução, o qual é, inclusive, bastante provável, não esqueças, por um segundo, da formidável força da classe trabalhadora chilena e do forte respaldo que te ofereceram em todos os momentos difíceis; ela pode, a teu chamado, ante a Revolução em perigo, paralisar os golpistas, manter a adesão dos vacilantes, impor suas condições e decidir de uma vez, se for preciso, o destino do Chile. O inimigo deve saber de que dispões do necessário para entrar em ação. Sua força e sua combatividade podem inclinar a balança na Capital a teu favor, inclusive, quando outras circunstâncias sejam desfavoráveis.
Tua decisão de defender o processo com firmeza e com honra, mesmo com o preço da própria vida, que todos te sabem capaz de cumprir, arrastarão a teu lado todas as forças capazes de combater e todos os homens e mulheres dignos do Chile. Teu valor, tua serenidade e tua audácia nesta hora histórica de tua pátria e, sobretudo, teu comando firme, decidido e heroicamente exercido, constituem a chave da situação.
Faz Carlos e Manuel saberem em que podem cooperar teus leais amigos cubanos.
Te reitero o carinho e a ilimitada confiança de nosso povo.
Fraternalmente,
Fidel Castro

documenta o “Plano Z” para a tomada do poder, onde constavam 3 hipóteses de ação revolucionária (Z-A: início do autogolpe para impor a ditadura do proletariado; Z-B: morte de Allende em atentado; e Z-C: invasão externa com tolerância ou cumplicidade das Forças Armadas); o emprego de forças populares, princípios básicos para desencadear o plano: assassinato do Alto Comando das unidades das Forças Armadas (no dia da Independência do país, haveria um banquete oferecido ao Alto Comando, ocasião em que os chefes militares seriam assassinados pelo GAP – a guarda pretoriana de Allende), controle das unidades militares com auxílio de oficiais esquerdistas infiltrados, controle das estações de telecomunicações, de rodovias, ferrovias e aeronaves com destino aos aeroportos de Santiago, Valparaíso, Concepción e Antofagasta, ocupação e defesa de centros estratégicos, além da busca, prisão e aniquilamento de todos os focos de resistência;
documenta que Cuba foi o principal fornecedor de armamento a Allende, que o “presente” de Fidel Castro encontrado no apartamento do Diretor do Serviço de Investigação, Eduardo “Coco” Paredes, superava 1 tonelada de armamento sofisticado e munição; além do contrabando, o arsenal era aumentado com roubo de armamento do Exército e outras fontes, e guardados em local oficial “seguro”, como as residências oficiais do Presidente ou distribuídas a grupos paramilitares;
documenta a enorme quantidade de armamento apreendida na residência oficial de “El Cañaveral” e no Palácio de “La Moneda”, a saber: 147 fuzis semi-automáticos, 10 carabinas semi-automáticas, 10 carabinas Mauser, 1 carabina Winchester, 54 pistolas automáticas, 13 rifles, 28 pistolas semi-automáticas, 11 revólveres, 2 pistolas para disparo de bombas de gás lacrimogêneo, 3 metralhadoras, 9 lançadores de foguetes (modelo soviético), 2 canhões sem recuo, 1 morteiro, 58 baionetas para fuzis, 58 granadas de mão, 625 bombas caseiras, 832 bombas com alto poder explosivo, 68 lança-granadas, 236 minas antitanque, 432 bombas de gás lacrimogêneo, 12 lança-gás paralisante (tipo spray), 25.000 detonadores elétricos, 1.500 detonadores a mecha, 22.000 metros de estopim, 3.600 m de cordão detonante, 625 kg de cloreto de potássio, 50 caixas de dinamite, 250 kg de TNT, 750 coquetéis molotov, 230 litros de éter sulfúrico (elemento incendiário), mais de 80.000 carregadores de todos os tipos, e outros tipos de equipamentos;
rendido no palácio de La Moneda, Allende concordou em sair com as filhas, porém elas saíram primeiro, ocasião em que Allende suicidou-se com um tiro debaixo do queixo com uma metralhadora presenteada por seu amigo Fidel Castro; tal fato foi presenciado por seu médico particular, Patricio Guijon Klein;
sem o apoio da massa de trabalhadores, paramilitares estrangeiros extremistas organizaram sua própria revolta contra o novo governo militar; depois de alguns meses, 1.261 pessoas perderam a vida (sendo 82 membros das Forças Armadas); apesar do apoio cubano – confirmado por Fidel Castro mais tarde em um comício-show –, a esquerda foi severamente derrotada, já que não teve apoio popular;
dado que 2.279 pessoas (incluindo 254 vítimas do terrorismo de esquerda) devam ter sido mortas em todo o período de 17 anos de regime militar, a metade dessas mortes ocorreram na curta guerra civil após a queda de Allende, não na subseqüente “repressão”.
Leia o livro de Robin Harris, A Tale of two Chileans: Pinochet and Allende, que discorre sobre o conteúdo do “Libro Blanco”, e veja FPMR, GAP, MIR e UP.

Ligas Camponesas - As origens da organização dos camponeses datam da década de 1940, no trabalho do PCB, que estabeleceu as Ligas Camponesas. Essa atividade ressurgiu na década de 1950, em Galiléia, com a criação da Sociedade Agricultural de Plantadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida por um ex-membro do PCB, José dos Prazeres, e depois com a formação de sociedades de direito civis e legais, que rapidamente se espalharam por todo o Nordeste, passando a uma rede de Ligas Camponesas – como eram chamadas pelos proprietários de terras, devido à sua origem da década de 1940. Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação, especialmente, em Pernambuco, do então Governador Miguel Arraes, onde as Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. No dia 27 Nov 1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o Presidente do Banco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. Esses documentos chegaram às mãos do Governador Carlos Lacerda, da Guanabara, que fez vigorosa campanha na imprensa, denunciando a interferência cubana em nosso País. No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou ainda as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista 'Veja', de 24 Jan 2001, sob o título 'Qué pasa compañero?', faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que 'o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento.' Após a Contra-revolução de 1964, as Ligas Camponesas, de inspiração comunista, foram dissolvidas, e Julião obteve asilo no México. Veja Folhetos cubanos, Foquismo, OCLAE, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana, UMAP e ULTAB.

Livro Branco - “Obra aberta, transparente, com verdades para todos” (General Leônidas Pires Gonçalves – revista Época, 9/11/2000). Em 1986, a pedido do General Leônidas, então Ministro do Exército, o então Centro de Informações do Exército (CIE) começou a elaborar um trabalho sobre a história da subversão e do terrorismo no Brasil. A obra, porém, não foi publicada. Alguns assuntos da referida obra passaram a ser publicados pelo Movimento Terrorismo Nunca Mais (Ternuma), divulgando a outra face da moeda, já que o Movimento Tortura Nunca Mais é faccioso e apenas exalta a ação dos terroristas. A publicação do livro “A Grande Mentira”, do General Del Nero Augusto, pode ser considerado o “Livro Branco” da subversão e do terrorismo no Brasil. Veja Libro Blanco, Ternuma (www.ternuma.com.br) e leia “A Grande Mentira”.

Livro Negro do Comunismo, O - Le livre Noir du Communisme, escrito por 6 historiadores europeus, com acesso a arquivos russos, relata o Holocausto Vermelho que assolou todo o planeta no século XX, com mais de 100 milhões de mortos (muito superior ao holocausto nazista): China: 65 milhões de mortos; União Soviética: 20 milhões; Coréia do Norte: 2 milhões; Camboja: 2 milhões; África: 1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique; Afeganistão: 1,5 milhão; Vietnã: 1 milhão; Leste Europeu: 1 milhão; América Latina: 180 mil entre Cuba, Nicarágua, Colômbia e Peru (este último número, já de há muito superado, devido à continuação da matança feita pelas FARC e pelo ELN, na Colômbia); Movimento Comunista Internacional (MCI) e Partidos Comunistas no poder: 10 mil. Veja Centro Tricontinental, Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Guerra Fria, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto 631, Intentona Comunista, Justiçamento, Kmer Vermelho, Komintern, Lubianka, Macartismo, OLAS, Operação carta de amor perfumada, Operação Drogas, PCB, Revolução Cubana, Revolução de 1968, Revolução Russa, Seqüestros de aviões, Sistema métrico da intolerância, STASI, Tortura, Tricontinental e UAPPL. Veja, ainda, “Museu do comunismo” em www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan, criado pelo Professor Bryan Caplan, PhD em Economica pela Universidade de Princeton, EUA, e o site de Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org/), que tem artigos e links sobre o comunismo.

“Loucademia” - Disputa ideológica ocorrida dentro da Academia Brasileira de Letras (ABL), contra Roberto de Oliveira Campos. No primeiro episódio, os esquerdistas da ABL (Antonio Houaiss, Dias Gomes, Antônio Callado, Nélida Piñon, João Ubaldo Ribeiro) “bombardearam”, sem sucesso, o prêmio concedido a Roberto Campos, pelo seu livro “Lanterna na Popa”, em detrimento de “Chatô”, de Fernando Morais. No segundo episódio, a ex-mulher de Dias Gomes ameaçou retirar os restos mortais do marido do mausoléu da ABL, no cemitério de Botafogo, Rio de Janeiro, em protesto contra a eleição de Roberto Campos para a cadeira da ABL antes ocupada por Dias Gomes. Veja Guerrilheiros da pena, Novilíngua e Politicamente correto.

Lysenkoísmo - Política oficial soviética do estudo da genética, que classificava as ciências como “burguesas”, de um lado, e como “socialistas” ou “proletárias”, de outro lado. As teorias mendelianas de hereditariedade, adotadas pelo principal geneticista da União Soviética, Nikolai Vavilov, eram consideradas um anátema para os dirigentes soviéticos. Como os genes, àquela época, não podiam ser “vistos”, os lysenkoístas podiam acusar os mendelianos de os haver “inventado”. O Lysenkoísmo confiava mais na criação do que na natureza, estava mais empenhado em moldar o “novo homem socialista” do que aceitar a realidade dos caracteres humanos geneticamente transmitidos e suas mutações ocasionais. A teoria genética desenvolvida por Gregor Mendel, Thomas Morgan, Hugo de Vries, August Weismann, recebeu oposição na União Soviética dos geneticistas liderados por I. V. Michurin e T. D. Lysenko, que seguiam o lamarckianismo – a crença na hereditariedade dos caracteres adquiridos – e métodos de tentar mudar os caracteres por meio de mudança do ambiente, uma concepção que se encaixava melhor nas idéias marxistas-leninistas. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto Serbsky e Política do liquidificador.

M 19 - Movimento Revolucionário 19 de Abril: grupo terrorista da Colômbia, de linha castrista, fundado em 1973. Notabilizou-se pelo seqüestro em massa da Embaixada Dominicana em 1980. Em 1985, invadiu o Palácio da Justiça, matando mais de 100 pessoas, entre eles 11 magistrados da Corte Suprema. Abandonou as armas para se tornar um partido político em 06 Mar 1990, abrindo porta para que guerrilheiros de outros movimentos fizessem acordos e pudessem retornar à vida normal do país. Veja ELN e FARC.

Massista - Organização que se vale das massas humanas para atingir objetivos políticos, a exemplo do atual MST. Foi muito utilizada durante a Revolução estudantil, em 1968, que “incendiaram” as universidades européias, brasileiras, mexicanas e norte-americanas. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Macartismo, Movimento de massa, MST, Novilíngua, Revolução de 1968, Revolução Cultural e Revolução estudantil.

Medalha Chico Mendes - Medalha Chico Mendes de Resistência, do Movimento Tortura Nunca Mais (MTNM): concedida pelo MTNM a comunistas que tentaram a tomada do poder no Brasil no período pós-1964 (a exemplo de Maria Lúcia Petit), a militantes atuais que ainda sonham implantar no Brasil a “Ditadura do proletariado” (a exemplo de João Pedro Stédile, um dos líderes do MST) e a personalidades comunistas em geral (como Oscar Niemeyer e outros). Veja MTNM e Ternuma.

MEP - 1. Movimento de Educação Popular. O MEP disseminava no Brasil, durante o Governo de João Goulart, folhetos cubanos sobre a técnica de guerrilhas. Esses folhetos foram utilizados pelos G-11, de Brizola, e pelas Ligas Camponesas, de Francisco Julião. Veja Folhetos cubanos, G-11, Ligas Camponesas e MEB. 2. Movimento pela Emancipação do Proletariado: fração bolchevique da POLOP. Veja POLOP. 3. Mahajana Eksath Peramuna (Frente Unificada do Povo), Ceilão.

MIR - 1. Comunidade camponesa (Rússia). 2. Movimiento de Izquierda Revolucionaria (Paz Zamora - Bolívia). 3. Movimiento de Izquierda Revolucionaria (Chile): criado em 1965, com a meta de alcançar o poder político via luta armada. Participou do Governo Allende (1970-73), para a preparação de um autogolpe, para implantação do socialismo, o que foi evitado pela intervenção das Forças Armadas, com o general Pinochet à frente. O sociólogo Emir Simão Sader, uma das “libélulas” da USP, foi “militante” do MIR. Em 1989, o MIR participou do seqüestro do empresário brasileiro Abílio Diniz, junto com o FPL de El Salvador. Veja FPL, FPMR, GAP, Libro Blanco e UP. 4. Movimiento Internacional Revolucionário. 5. Movimiento de Izquierda Revolucionária (Peru): o grupo foi desbaratado após o ataque ao posto policial de Puerto Maldonado, em Mai 1963. O grupo ressurgiu em 1965, com ações terroristas na Província de La Convención-Cuzco, sendo totalmente debelado pelas Forças do Governo.

Mito palingenético - Idealização de uma comunidade humana primitiva de interação social que deverá retornar, sob uma forma superior, num estágio final da história humana. A esquerda latino-americana vê esse mito nas faces dos sandinistas, zapatistas, montoneros, do Sendero Luminoso, do Tupac Amaru e do MST. Veja EZLN, Montoneros, MRTA, MST, Sendero Luminoso (SL).

MNR - 1. Movimento Nacionalista Revolucionário: organizado por Leonel Brizola, João Goulart e outros exilados no Uruguai. Brizola era o líder idealizado por Fidel Castro para a Revolução no Brasil, devido a seu nacionalismo antiimperialista. Após a Contra-revolução de 1964, por intermédio de Lélio Telmo de Carvalho, o grupo de Brizola no Uruguai obteve ajuda de Cuba: treinamento de guerrilha e auxílio financeiro de mais de 1 milhão de dólares; o primeiro “pombo-correio” enviado a Cuba foi Herbert José de Souza, o “Betinho”, seguido de Neiva Moreira e do ex-coronel do Exército, Dagoberto Rodrigues (na Tricontinental, Brizola enviou Aloísio Palhano, ex-membro do CGT). Pressionado por Cuba, para justificar os recursos financeiros, Brizola criou em 1966 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), para implantar a guerrilha no campo. O MNR articulou a “Guerrilha do Caparaó”, na região do Pico da Bandeira, em Minas Gerais, onde todos os integrantes foram presos em 1967 (depois de serem denunciados às autoridades, por abaterem reses), antes mesmo de desencadear qualquer tipo de ação terrorista. Brizola não contratou advogados para os presos e não prestou conta dos dólares cubanos, sendo chamado por Fidel Castro de “El Ratón”. Os remanescentes desse grupo uniram-se à esquerda da POLOP para criar a VPR. Veja Brizoleone, Foquismo, OLAS e “El Ratón”. 2. Movimiento Nacional(ista) Revolucionario (El Salvador). 3. Milicias Nacionales Revolucionarias (Cuba). 4. Movimiento Nacionalista Revolucionário (Espanha). 5. Mozambique National Resistance Movement.

Movimento de Massa - “Os movimentos totalitários são possíveis onde existem massas que, necessariamente, não são organizados, muitas vezes indivíduos neutros e politicamente indiferentes, que não podem organizar-se dentro de partidos políticos, governos municipais, organizações profissionais ou sindicatos” (Hannah Arendt, in “The Origins of Totalitarianism”). Em 1928, os nazistas obtiveram em torno de 800.000 votos, em 1930 6.500.000 e nas eleições de 1932 aproximadamente 14.000.000. “No aspecto psicológico, a classe média alemã estava ofuscada pelos operários e pela alta burguesia, cujos sindicatos, cartéis e partidos passaram a ser o alvo das atenções. O empobrecimento psicológico da classe média inferior precipitou o sentimento de insegurança – solo fértil para o protesto do movimento de massas, a desforra nazista” (Lasswell, in “Psychology of Hitlerism”). Atualmente, o MST é o mais importante movimento de massa do Brasil, consegue mobilizar, num mesmo dia, milhares de pessoas em todas as capitais do país, muitas vezes o efetivo igual ou superior ao das Forças Armadas brasileiras. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, MST e NAZI.

MPL - 1. Movimento Popular de Libertação: no início de 1966, na Argélia, Miguel Arraes e vários correligionários (os irmãos Sílvio e Marcos Correira Lins, o advogado Djaci Florêncio Magalhães, o ex-Ministro Almino Afonso, Roberto las Casas, o ex-padre Rui Rodrigues da Silva e Piragibe Castro Alves) se reuniram para criar uma frente “antiimperialista” no Brasil. Em abril de 1966, por ordem de Arraes, retornaram ao Brasil Marcos Correia Lins e Piragibe Castro Alves, levando cartas para políticos de oposição, como o ex-Governador Mauro Borges e o Deputado Federal Márcio Moreira Alves; o motivo era arregimentar os descontentes com a Contra-revolução de 1964. Em 12 Mai 1968, em São Paulo, foi realizada a reunião de fundação do MPL, com a participação de Márcio Moreira Alves, Frei Chico, Marcos Correia Lins, Miguel Newton (primo de Arraes), Djaci F. Magalhães, Piragibe C. Alves, Raimundo Monteiro Alves Afonso (irmão de Almino Afonso) e os metalúrgicos Vitalbino Ferreira de Souza e Joaquim Arnaldo de Albuquerque. Segundo Luís Mir (op. cit.), o MPL foi fundado no dia 13 Mai 1967, na fazenda do ex-Deputado Márcio Moreira Alves, em Santa Luzia, MG. A 1ª fase do MPL seria a unificação das oposições ao Governo Federal e a 2ª fase seria o desencadeamento da luta armada. O MPL estabeleceu contatos com o PCB (Luís Ignácio Maranhão Filho e Ercildo Pessoa), com a AP (Marcos Arruda) e com os frades dominicanos ligados a Marighela. Um outro alvo do MPL era estabelecer contato com José Porfírio, da “Guerrilha” de Trombas e Formoso, GO, que o MPL julgava capaz de desencadear uma guerrilha rural em extensa área a leste do rio Tocantins, nos Estados de Goiás e Maranhão. Devido à dificuldade de arregimentar quadros, Arraes funda com Bayard Boiteaux e Márcio Moreira Alves a Frente Brasileira de Informações (FBI), em Paris. O MPL não prosperou, mas a FBI alcançou seus objetivos de difamar os Governos militares do Brasil. Veja Clero progressista, Frades Franciscanos e Frente Brasileira de Informações (FBI). 2. Movimento de Pressão Libertadora. 3. Montonero Patria Libre: surgida em 1986 pela união da Unión Revolucionaria de la Juventud Ecuatoriana (URJE), ex-militantes dos Comandos Revolucionarios de Liberación (CRL) e ex-militantes de AVC (Equador).

MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra: foi fundado em 1984 em Cascavel, PR, com a realização do I Encontro Nacional dos Sem-Terra, depois das ocupações de terras no RS, SC, PR, SP e MS (durante os anos de 1979 a 1983). O trabalho pastoral da CPT foi decisivo para o seu nascimento (apoio principalmente da “Igreja progressista” - católicos e luteranos). O movimento, em sua origem, tinha inegável apelo social, por querer terra para quem quer produzir. O antigo lema “ocupar, resistir, produzir” foi substituído posteriormente por um contínuo enfrentamento da ordem pública, pois seus líderes desejam assumir o poder para lançar uma revolução socialista no país (Che Guevara, Mao Tsé-Tung, Marighela, Marx têm seus nomes ou retratos em todos os acampamentos, incluindo escolas – aliás, Che Guevara é o patrono do MST, há até uma canção famosa, Companheiros de Guevara, de Ademar Bogo). O MST é um Estado à parte, dentro do Estado brasileiro, promovendo atos de vandalismo (como o ocorrido na Fazenda Rio Verde, em Itararé, SP, em 1998) e de banditismo, com saques de caminhões com alimentos nas estradas, especialmente no Nordeste, ocupação de prédios públicos e bancos, onde tomam pessoas como reféns. O Governo Federal mostra-se alheio a esse solapamento da ordem econômica e social, e as Polícias Militares têm medo de executar mandados judiciais de reintegração de posse, para evitar a ocorrência de novos “Eldorados do Carajás”, já que o MST se utiliza de táticas de guerrilha para defesa das terras ocupadas, colocando crianças e mulheres (às vezes grávidas) na “frente de batalha”. Com essa tática de “guerrilha desarmada” - às vezes nem tanto -, promovendo a “pedagogia do gueto”, com cartilhas que pregam a desobediência às leis e incitam à revolução, o MST forma os “balilas” da atualidade (Leia “A pedagogia do gueto”, jornal O Estado de S. Paulo, 11 Jun 1998). “De acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire, Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci” (revista “Sem Terra”, Out-Nov-Dez 1997, pg. 27). A mesma revista do MST afirma, na pg. 28, que existem 50.000 crianças distribuídas em 1.000 escolas primárias e 1.800 professores em acampamentos e assentamentos. O MST está na contramão da produção agrícola: nos EUA, um dos maiores produtores de gêneros alimentícios do mundo, devido à sua alta tecnologia, têm menos de 2% de sua força de trabalho ocupada na agricultura. O MST está para o Partido dos Trabalhadores (PT) assim como o ETA está para o Partido Nacionalista Basco (PNB), da Espanha - a exemplo do ocorrido com o Coordenador do MST no Centro-Oeste, Gilberto Portes, que depois de atropelar e matar a Sra. Marieta Gontijo Barcelos, em Brasília, em cima de uma faixa para pedestre, no ano 2000, fugiu do local e escondeu o carro na vaga de garagem de um prédio ocupada pelo Deputado do PT/RS, Adão Preto. O MST recebeu o prêmio Rei Balduíno, em Bruxelas, no dia 19 Mar 1997 (aniversário do “massacre” de Eldorado do Carajás). Frei Beto, antigo integrante da ALN terrorista de Marighela, é hoje consultor do MST. Um dos ideólogos do MST, Dom Pedro Casaldáliga, foi um dos singnatários de um documento do megaespeculador, George Soros, que pediu à Assembléia-Geral das Nações Unidas, através do seu Centro Lindesmith (ONG pró-legalização das drogas) o fim da guerra às drogas (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol VI, nº 1) O MST recebe recursos do Governo Federal, através do INCRA (nos 8 anos do governo FHC, o programa de assentamento rural consumiu mais de R$ 8 bilhões), das Cooperativas de Produção Agrícola (CPA), dos assentamentos (famílias assentadas contribuem, compulsoriamente, em dinheiro e em produtos – cerca de 3%), ONGs (Brot für die Welt, Misereor - Alemanha; Vaslenktie-Cebeno - Holanda). Publicações do MST: Revista Sem Terra e Jornal dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. No dia 23 Mar 2002, integrantes do MST invadiram a fazenda dos filhos do Presidente Fernando Henrique Cardoso, localizada em Buritis, MG. Veja Adestramento, Autoritarismo falangista, Balilas, Filhos da Loba, Governo paralelo, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, INTEMO, Movimento de massa, Novilíngua, Revolução e Terrorismo. Leia “Revolução na Escola” (revista “Istoé” nº 1498, de 17/6/1998, pg. 63 a 67) e acesse www.mst.org.br e www.sanet.com.br/~semterra.

MTNM - 1. Movimento Terrorismo Nunca Mais (Ternuma). ONG formada por militares e civis, que pregam a democracia e combatem o terrorismo. É o contraponto do Movimento Tortura Nunca Mais, que enaltece os terroristas brasileiros das décadas de 1960 e 70. Veja a história recente do terrorismo no Brasil acessando o site do Ternuma (www.ternuma.com.br). 2. Movimento Tortura Nunca Mais: fundado em 1985 por Cecília M. B. Coimbra, psicóloga, professora-adjunta da Universidade Fluminense e doutora pela Universidade de São Paulo. Em 1970, Cecília Coimbra ficou presa durante 4 meses, devido a seu envolvimento no seqüestro do Embaixador Americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. O Tortura Nunca Mais, à revelia da Lei da Anistia, faz patrulhamento ideológico contra militares que combateram o terrorismo de esquerda nas décadas de 1960 e 70, interferindo nas promoções ao generalato, acusando muitos oficiais de “torturadores”, sem apresentar provas. Apesar desses atos revanchistas, o Tortura foi considerado de “utilidade pública” pelo Governo Federal (FHC), do qual recebe vultosas somas em dinheiro (acompanhe o Diário Oficial da União). Veja Ação entre amigos, ALN, Desaparecidos políticos, Guerrilha do Araguaia, Medalha Chico Mendes, Politicamente correto e Tortura, e acesse www.torturanuncamais.org.br.

Muro de Berlim - O “Muro da Vergonha”, que dividiu a cidade de Berlim durante a Guerra Fria, foi construída por milhares de operários, na noite de 12 para 13 Ago 1961. O Muro atravessava rios, lagos, canais, e dividia casas, igrejas e ruas ao meio. O lado oriental da cidade, depois da II Guerra Mundial, ficou com os soviéticos, e o setor ocidental com os franceses, os britânicos e os norte-americanos. Além do Muro em si, em alvenaria, havia soldados, cães farejadores, arames farpados, minas e mirantes para impedir a fuga. Entre 1961 e 1989, cerca de 1.000 pessoas morreram na Alemanha tentando atravessar a fronteira, 230 delas ao escalar o Muro. Foram presas 75.000 pessoas, que tentaram fugir do Comunismo implantado na então Alemanha Oriental. No dia 9 Nov 1989, houve a “Queda do Muro”, que permitiu a unificação da Alemanha e prenunciou o colapso da União Soviética, que viria a ocorrer em 1991. A II Guerra Mundial havia reduzido a população de Berlim de 4 milhões para 2,8 milhões, com a destruição quase total do centro da cidade. Veja Instituto 631 e STASI.

Museu do Comunismo - Museu virtual do comunismo, criado pelo professor Bryan Caplan, PhD em Economia pela Universidade de Princeton, EUA (www.gmu.edu/departments/economics/bcaplan/museum/musframe.htm). Veja Livro Negro do Comunismo (O) e acesse www.olavodecarvalho.org/, que possui vários artigos e links relacionados ao assunto.

Novilíngua - “Um dos objetivos da ‘novilíngua’ (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete” (Fritz Utzeri, in “O politicamente correto”). “George Orwell escreveu seu memorável romance ‘1984’ para protestar contra a revolução semântica perpetrada pelas ideologias coletivistas da sua época, sobretudo o comunismo. A perversão da linguagem e da lógica por regimes totalitários levou o grande escritor inglês a inventar um termo para esse controle político-ideológico das palavras e do raciocínio: newspeak. No Brasil de hoje, subjugado pela mesma ideologia contra a qual Orwell lutou, naturalmente não há falta de colunistas e acadêmicos versados no uso do newspeak, autênticos virtuoses nessa arte nefasta. O articulista do JB Emir Sader não é um desses virtuoses. Seu estilo primitivo carece de sutileza, embora não se possa negar que ele se esforce. De toda maneira, é uma pena que ninguém tenha tido a idéia de criar um software específico para a tradução do newspeak, o que facilitaria muito o trabalho de quem deseja inferir o verdadeiro intuito de autores oblíquos em seus textos melífluos” (Alceu Garcia in “Decifrando Emir Sader”, publicado em 18 Mar 2002 no site de Olavo de Carvalho). Vale acrescentar, dentro do conceito da “novilíngua”, que comunista não rouba, apenas “expropria” o que é dos outros; comunista não mata, apenas “faz justiçamento”. Veja Adestramento, Balilas, Comunismo, Desinformatsya, FSM, Governo democrático e popular, Governo paralelo, Guerra de Posição, Guerrilheiros da pena, Holista, Libélulas da USP, Marxismo, Movimento de massa, MST, Nova Era, Orçamento participativo, Politicamente correto, Pigmentômetro, PT, Stalinismo puritano e USP, e acesse www.olavodecarvalho.org para ler o artigo de Alceu Garcia (e de outros) sobre o assunto.

OLAS - Organización Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16 Jan 1966, 1 dia após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador Allende. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi convidado oficial para a Conferência da OLAS em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã em cada país da América Latina”. Após a Conferência, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM). Veja Foquismo, FSM, FSP, JCR, OCLAE, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução de 1968 e Tricontinental.

Operação carta de amor perfumada - Os falsificadores do Instituto 631, com sede em Moscou, conseguiam nomes e endereços de integrantes das Forças Armadas da Alemanha Ocidental e então usavam mulheres para escrever centenas de cartas de amor em papel perfumado e redigidas de modo a não deixar dúvidas quanto aos laços íntimos entre a mulher que escrevia e o homem que recebia. Os falsários conseguiam fazer entregar as cartas nos horários em que o marido estava no serviço, ocasião em que muitas mulheres caíam na armadilha e abandonavam o lar. Veja Desinformatsya, Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Instituto 631, Komintern e STASI.

Operação Condor - Suposta Operação conjunta dos Governos de países sul-americanos para fazer face aos movimentos terroristas-marxistas do final da década de 1960 e início da década de 1970, desencadeados a partir da Revolução Cultural (China) e da OLAS (Cuba). Há livros que tratam do assunto, como “Operação Condor – terrorismo en el Cone Sur”, do jornalista Nilson Cezar Mariano, e “Social Justice”, publicado em 1999, da pesquisadora Patrice McSherry, professora de Ciências Políticas da Universidade de Long Island, EUA, em que há um artigo sobre a Operação Condor. Essa Operação, se existiu de fato, não foi um acordo multilateral terrorista de governos latino-americanos, como propaga a esquerda, mas, sim, um acordo legítimo de defesa conjunta de países contra movimentos terroristas, patrocinados por países totalitários comunistas, que queriam implantar, não a democracia, porém a ditadura comunista em todo o continente. Se existiu a Operação Condor, ela foi tão legítima como hoje é a Interpol e os acordos bilaterais de segurança entre países, para enfrentar em conjunto o terrorismo e o crime transnacional. No Brasil, se as Forças de Segurança não tivessem desbaratado a Guerrilha do Araguaia, ainda hoje poderíamos estar vivendo uma guerra civil, a exemplo da Colômbia. Nesse caso, o Governo Federal poderia estar hoje negociando, p. ex., com José “Tirofijo” Genoíno, a entrega de uma extensa região do Araguaia aos guerrilherios, para “conversações de paz” – como ocorreu na Colômbia durante o Governo de Andrés Pastrana. O Sendero Luminoso e o Tupac Amaru (Peru), atualmente sob certo controle, e as FARC e ELN (Colômbia) são os “filhotes” mais duradouros da OLAS de Fidel Castro, que prometeu “criar um Vietnã” em cada país sul-americano. Veja ALN, ELN, FARC, Farclândia, Foquismo, Guerrilha do Araguaia, MR-8, MRTA, OCLAE, OLAS, Operação Registro, OSPAAAL, PC do B, Sendero Luminoso (SL), Revolução Cultural, VAR-Palmares, VPR e acesse TERNUMA (www.ternuma.com.br).

Operação Drogas - Lançada pela China e depois copiada pela URSS na década de 1960, para levar os jovens e as crianças do Ocidente ao vício. Desde o fim da década de 1960, o consumo de drogas aumentou de forma alarmante em todo o mundo Ocidental. O haxixe, a maconha, a cocaína, a heroína, o ópio e o LSD tornaram-se drogas comuns. Os quinta-colunas vermelhos também introduziram as drogas entre os soldados americanos que combatiam no Vietnã, acarretando uma investigação das autoridades para afastamento dos viciados. Teria sido uma vingança da China, que havia sido derrotada pelo Reino Unido na chamada “Guerra do Ópio”? Veja Drogas, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631 e Guerra do Ópio.

Operação Registro - Realizada no período de 19 de abril a 9 de maio de 1970. Desde meados de 1969, a VPR pretendia adquirir uma área para treinamento militar de guerrilheiros. No início de dezembro, o ex-prefeito de Jacupiranga, SP, Celso Lungaretti, ofereceu sua propriedade, com 80 alqueires, junto à BR-116, na região de Registro. Tercina, a “Tia”, e José Lavecchia, passaram a ocupar barracos na área, para onde foram levados armas de diversos calibres e milhares de cartuchos. No início de janeiro de 1970, já se encontravam na área, além da “Tia” e Lavecchia, Carlos Lamarca, sua amante Iara Iavelberg, e Fujimore. No final de janeiro, foram reunidos todos os “alunos” do primeiro turno e iniciaram-se os treinamentos, com aulas teóricas e práticas de armamento e tiro, marchas, topografia, explosivos, minas e armadilhas, emboscadas, instrução tática individual e teoria política.
Celso Lungaretti foi preso na Guanabara, no dia 16 de abril de 1970, e indicou o local de treinamento de guerrilheiros. No dia 19 de abril, tomavam-se as providências no QG do II Exército para o desbaratamento do foco guerrilheiro. Nesse mesmo dia, elementos de informações do II Exército, do 2º Batalhão de Polícia do Exército e do Centro de Informações do Exército (CIE) deslocaram-se para a área, com o apoio, ainda, de helicópteros e aviões T6 da 1ª Força Aérea Tática, e do Comando da Artilharia de Costa e Antiaérea. No dia 21 de abril, chegam à região a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 4º RI e trinta e poucos militares da Brigada Aeroterrestre (atual Brigada Pára-quedista), para início das operações. No dia 27 de abril, Darcy e Lavecchia (Nicolau) foram presos depois de serem denunciados por um morador da região quando tentavam evadir-se pela BR-116. Um grupo de 20 homens da PM/SP, comandados pelo tenente Alberto Mendes Júnior, foram emboscados perto do Rio Etá, deixando 14 policiais feridos. O tenente Mendes, julgando-se cercado por um grande número de guerrilheiros, aceitou render-se, desde que seus homens recebessem atendimento médico. Deixando os demais policiais como reféns, o tenente Mendes levou os feridos para Sete Barras, voltando para se entregar a Lamarca, de madrugada. Lamarca liberou os demais policiais, pois era inconveniente manter prisioneiros, mantendo apenas o tenente Mendes como refém. Próximo a Sete Barras, os guerrilheiros foram recebidos a tiros. Dois deles, Edmauro Gopfert e José Araújo da Nóbrega, desgarraram-se do grupo e forma presos dias depois. Os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando consigo o tenente Mendes. Acusado de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com violentos golpes de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Fujimore. Ali mesmo o tenente Mendes foi enterrado. O local foi apontado por Ariston (Rogério), participante do episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia 9 de setembro de 1970, desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato: “Depois de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos.” (depoimento de Carlos Lamarca in “A Esquerda Armada no Brasil”, de Antonio Caso). Veja Desaparecidos políticos, Operação Pajussara, VPR e VAR-Palmares.

“Ópio dos intelectuais” - L’Opium des Intellectuels (ou seja, o Comunismo) é um livro escrito por Raymond Aron em 1954, o qual não compreendia o apoio que os intelectuais davam ao regime comunista da URSS, onde as liberdades individuais estavam sob implacável censura e a criação intelectual submetida aos censores do Partido Comunista. O autor chocava-se ao ver os intelectuais franceses serem críticos duros com as falhas da democracia, mas indulgentes com os crimes praticados pelo Estado soviético. O termo é uma analogia à expressão “ópio do povo”, de Karl Marx. Veja Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Instituto 631, Komintern, OLAS, O Livro Negro do Comunismo e Tricontinental.

Orçamento Participativo - Mecanismo de manipulação política, através do qual o Partido dos Trabalhadores (PT) busca aprofundar a estratégia revolucionária leninista conhecida como “Dualidade do poder”. As organizações sociais e de bairro, à primeira vista voluntárias, com representantes ritualmente eleitos, são na realidade cooptadas pelo Partido-Governo. As decisões do “Orçamento Participativo” são tomadas não pela população das regiões em que se dividem a Capital e o Estado (caso do Rio Grande do Sul), mas pelos ativistas do Partido e pelos “quadros políticos do governo”, municipal e estadual, remunerados com dinheiro público, que também “monitoram” os debates, sob controle do Partido. Com isso, os ativistas do PT buscam progressivamente solapar e esvaziar a autoridade dos corpos legislativos. Tarso Genro reconheceu que o “Orçamento Participativo” foi concebido para operar uma “transferência de poder para a classe trabalhadora organizada” e substituir gradativamente “a representação política tradicional, vinda das urnas, pela democracia direta”, acrescentando que esse mecanismo político havia sido constituído sobre “princípios gerais, originários da Comuna de Paris e dos sovietes” (in “Totalitarismo Tardio – o caso do PT”, de José Giusti Tavares e outros; pelo conteúdo do livro, Tavares foi processado pelo PT do Rio Grande do Sul). Segundo dados oficiais, apenas 1,3% da população comparece às assembléias do “Orçamento Participativo” de Porto Alegre, RS. Com esse número reduzido de petistas, que se reúnem com qualquer número, debatem e decidem sem qualquer regra fixa, o PT pretende substituir a democracia representativa municipal de 33 vereadores, cujos mandatos foram obtidos com o coeficiente eleitoral de 22.750 votos. A Constituição do Estado do Rio Grande do Sul enuncia, no Art 5º, Parágrago 1º, o princípio de que “é vedada a qualquer dos poderes delegar atribuições.” Veja Adestramento, Antiglobalização, Balilas, Comuna de Paris, Comunismo, FSM, FSP, Guerra de movimento, Guerra de posição, Guerrilha desarmada, Ideologia, Marxismo, Movimento de Massa, MST, Novilíngua, PCB, PC do B, Poder paralelo, Politicamente correto, PT, Revisionismo e Stalinismo.

OSPAAAL - Organização de Solidariedade aos Povos da Ásia, África e América Latina: Conferência Tricontinental de Havana, que propunha realizar programas de cooperação de guerrilhas revolucionárias para a África, Ásia e América Latina. “A luta revolucionária armada constitui a linha fundamental da revolução na América Latina. Para a maioria dos países do continente o problema de organizar, iniciar, desenvolver e culminar a luta armada constitui hoje a tarefa imediata e fundamental do movimento revolucionário.” – Resolução da I Conferência da OSPAAAL, Havana, 28 Jul a 5 Ago 1967. Iniciada a luta revolucionária por Che Guevara na Bolívia, A OCLAE, a OLAS e OSPAAAL foram os germes dos movimentos guerrilheiros instalados na América Central (especialmente na Nicarágua, El Salvador e Guatemala), na Colômbia (que até hoje sofre com o terror das FARC e do ELN), na Bolívia (onde morreu Che Guevara), no Peru (onde o Presidente Fujimori praticamente extinguiu o Sendero Luminoso e o MRTA), no Chile (onde Pinochet evitou que a política marxista de Salvador Allende levasse o país ao comunismo), no Brasil (onde surgiram dezenas de movimentos, como a ALN, o MR-8, a VPR, o COLINA), na Argentina (com os Montoneros) e no Uruguai (com os Tupamaros). Veja Foquismo, GAP, MIR, Montoneros, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras e Tupamaros.

“Ouro de Moscou” - Dinheiro remetido pela União Soviética a organizações comunistas e simpatizantes do Brasil, como o PCB e a UNE. Luis Carlos Prestes era “funcionário” do Komintern, recebia salário regular de Moscou, que prestou apoio financeiro a ele para deflagrar a Intentona Comunista de 1935. A União Nacional de Estudantes (UNE) que também recebeu o “Ouro de Moscou” através da União Internacional de Estudantes (UIE), órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI). O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989; quem fez esta declaração foi o ex-diplomata da União Soviética no Brasil, Vladimir Novikov, coronel da KGB, que serviu em Brasília sob a fachada de Adido Cultural junto à Embaixada Soviética, nos anos de 1980. Veja Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Intentona Comunista, Komintern, Organizações de “Frente”, Organizações subversivas brasileiras, OUI e PCB.

PCB - Partido Comunista Brasileiro: fundado em 25 Mar 1922 por 9 comunistas, com a denominação Partido Comunista-Seção Brasileira da Internacional Comunista (PC-SBIC). Luis Carlos Prestes pertenceu ao PCB, era um agente de Moscou e deflagrou a Intentona Comunista, em 1935. Preso, Prestes foi anistiado pelo Presidente Getúlio Vargas, em 1945, ano em que se elegeu senador pelo PCB, com 140 mil votos, até então a maior votação para o Senado. A bancada comunista, em 1945, foi de 14 deputados federais, entre eles Jorge Amado, Carlos Marighela e Gregório Bezerra. O PCB é colocado na ilegalidade em 1947. O Senador Roberto Freire foi o último comunista brasileiro a receber contribuição de Moscou, por ocasião de sua campanha eleitoral à Presidência do Brasil, em 1989. O Secretário-Geral (depois Ministro da Justiça) do Presidente FHC, Aloysio Nunes Ferreira Filho, foi “militante” do PCB e da ALN, ocasião em que participou do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí, em 1968. O PCB transformou-se em Partido Popular Socialista (PPS) após a Queda do Muro de Berlim, porém foi recriado em 1995 (bandeira com foice e martelo) pelos comunistas históricos, que não aceitaram a nova ordem mundial após o fim da URSS. Veja ALN, CTI (Comando dos Intelectuais Brasileiros), Intentona Comunista, Komintern, Ouro de Moscou e Ternuma, especialmente “Alguns crimes do PCB” em www.ternuma.com.br/historia.htm.

PCBR - Partido Comunista Brasileiro Revolucionário: criado em abril de 1968 pelo jornalista Mário Alves. No primeiro ano de atividade, o PCBR assassinou 3 pessoas: Nílson José de Azevedo Lins, gerente de uma firma distribuidora de produtos da Souza Cruz, em Olinda, o sargento da PM da Guanabara, Joel Nunes, durante assalto ao Banco Sotto Maior, em Brás de Pina, Rio, RJ, e o soldado do Exército, Elias dos Santos, morto durante a queda de um “aparelho” em Lins de Vasconcelos, Rio. O terrorista Theodomiro Romeiro dos Santos, antigo “militante” do PCBR, hoje Juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Recife, PE, assassinou com um tiro na nuca o sargento da Força Aérea Valder Xavier de Lima, em 27 Out 1970, quando este o transportava preso em um jipe. Condenado à morte, Theodomiro fugiu para o exterior e, com a Anistia, o assassino foi recebido em Recife como herói. Em 1972, o PCBR assassinou o contador Sílvio Nunes Alves, após assalto ao Banco Novo Mundo. Em “frente” com a ALN e a VAR-Palmares, o PCBR “justiçou” o marinheiro inglês, David A. Cuthberg. No dia 11 de abril de 1986, houve um frustrado assalto do PCBR ao posto do Banco do Brasil, na Universidade da Bahia; os cinco militantes do PCBR eram filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT). Veja ALN, VAR-Palmares, PT e Ternuma (www.ternuma.com.br).

Pensamento único - Diz-se das idéias comuns impostas pela globalização do planeta após a dissolução da URSS e o fim da Guerra Fria; em francês: “la pensée unique”, em inglês: “the unique thought”; em alemão: “das einmalige denken”. Expressão surgida com o lançamento do livro “La Pensée Unique”, do jornalista e cientista político francês Jean-François Kahn, em 1991. Paradoxalmente, a esquerda, que se utiliza desse jargão para desancar o capitalismo, é a que mais prega seu pensamento único sui generis, ou seja, a dialética comunista, a qual não admite o embate das idéias, como pôde ser observado no I Fórum Social Mundial (FSM), realizado em Porto Alegre, no período de 25 a 30 Jan 2001, quando os temas foram monopolizados pelos radicais do PT e pelos baderneiros do MST. Veja Fim da História, Fórum Social Mundial (FSM), Movimento de massa, Novilíngua, Poder paralelo e Politicamente correto.

Pinar del Río - Província de Cuba, onde havia cursos para terroristas brasileiros nas décadas de 1960 e 1970. O “currículo” incluía: 1) Tática guerrilheira – o observador, o mensageiro, a coluna guerrilheira, o acampamento, a marcha, sobrevivência na selva (montanhas de Escambray), o ataque, a emboscada; 2) Tiro – limpeza e conservação do armamento, fuzis: AD, FAL, AK, Garand; metralhadoras: MG52, Uzi; bazuca, morteiro e canhão 152 mm; 3) Comunicações; 4) Topografia – leitura de mapas, uso de bússola e do binóculo, orientação; 5) Organização do terreno – construção de abrigos individuais e coletivos, espaldões para metralhadoras e morteiros; 6) Higiene e primeiros socorros – fraturas, hemorragias, imobilizações, transporte de feridos; 7) Política – o comissário político, semanalmente, fazia uma palestra. No regresso, o terrorista brasileiro recebia de volta os documentos verdadeiros, nova documentação com nome falso, cerca de 1.500 dólares, itinerário até o Chile de Salvador Allende, antes de chegar ao Brasil. Quando preso, o terrorista era instruído para utilizar algumas artimanhas, para ser levado ao hospital e, assim, prejudicar o interrogatório: 1) colocar fumo na água e bebê-la, provocando crise de vômitos; 2) usar uma dose mínima de estriquinina para provocar convulsões; 3) “tentar” o suicídio; 4) simular grande descontrole nervoso; 6) bater com a cabeça nas paredes. Veja Foquismo, OLAS, OSPAAAL e Ternuma (www.ternuma.com.br) e leia o livro Rompendo o Silêncio, do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

Plano Z - Este Plano, do Governo Salvador Allende, pretendia levar o Chile ao socialismo, da “via pacífica” para a “via armada”. O Plano deveria se iniciar entre 18 e 19 Set 1973, com o assassinato dos comandantes militares e de políticos de oposição. Neste Plano estavam comprometidos alguns membros das Forças Armadas, como foi provado em processos posteriores. Na Folha 179 do Processo da Força Aérea Chilena (FACh), consta a declaração do ex-1º sargento da FACh, Belarmino Constanzo Merino, que descreveu: “Consistia em um plano onde aparecia a Escola de Aviação em sua totalidade e parte do restante da Base ‘El Bosque’. Ali se indicava como iriam ser posicionados os aviões ‘Mentor’, que estavam municiados e que seriam operados por mecânicos ou pilotos, apontando nas ruas para disparar sobre as tropas das unidades que avançarão sobre a escola. Os cadetes seriam neutralizados nos respectivos cassinos. Ao Diretor se iria pedir que se engajasse no movimento, ou, em caso contrário, seria juntado com os demais oficiais. Uma vez dominada a situação, os miristas seriam apoiados por outras forças, ao que parece, de Colina. Um alto chefe tomaria a chefia da Base. Ignoro quem era este chefe.” A magnitude da ação criminal planejada pelo marxismo-leninismo foi conhecida só depois de 11 Set 1973, quando foram descobertos seus arsenais. Os principais arsenais e escolas de guerrilheiros se encontravam nas próprias residências do Presidente Allende, que desde o início se preparou para atraiçoar seu povo. O jornalista marxista Regis Debray confirmou essas intenções de Allende, de que a aceitação das chamadas garantias democráticas seriam um “plano tático para a conquista do poder, mas que revolução haveria.” Veja GAP, Libro Blanco (Chile) e MIR .

Poder paralelo - Força motriz da “revolução permanente, ininterrupta ou acumulada”, que Marx, Trotski e Lênin haviam descrito, no curso da qual a minoria revolucionária destila o poder do Estado através de sucessivos esmagamentos de oponentes, atrações e somas de aliados, que logo, paralisados e convertidos em inimigos, são excluídos e finalmente destruídos. O rápido processo da Revolução Russa ilustra este mecanismo. Veja Adestramento, Balilas, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, Movimento de massa, MST, Orçamento Participativo, Politicamente correto, PT, Revolução e Sociedade civil.

Politicamente correto - Não se deve chamar um homem baixo de “anão”. É “politicamente correto” chamá-lo de “negativamente avantajado”. Preto brasileiro deve ser chamado de “afro-brasileiro” (Gustavo Kuerten e Giselle Bünchen seriam teuto-brasileiros?). Infanticídio não existe mais, apenas “aborto”, um “direito da mulher dispor de seu corpo”. Prostituta não é mais prostituta, é “empresária do sexo”. Pederasta passou a ser o inofensivo e alegre “gay”. Os proprietários do Dicionário Webster foram obrigados a “riscar” várias palavras, como “crioulo”. Uma Deputada Distrital do PT, no Governo Cristóvam Buarque, apresentou projeto semelhante, visando riscar do “Aurélio” palavras julgadas “ofensivas”. Com essa bobagem semântica - a “novilíngua” -, o movimento do “politicamente correto”, dominado pelas esquerdas, se assenhorou da mídia e aproveita para distorcer fatos que lhe são antipáticos e dourar a pílula que todos devem engolir. “Um dos objetivos da 'novilíngua' (vide Orwell) é apagar as emoções e tornar tudo pasteurizado, anódino, sem emoção. Os sentimentos devem ser varridos para debaixo do tapete. Tome cuidado com o que fala. O termo ‘crioulo’ pode enquadrá-lo na Lei Caó (cujo apelido nos tempos da UNE era Crioulo). Tudo depende de como se fala, embora a descrição ‘passou por aqui, era um crioulão’ seja adequada. Mas, se fosse vivo, Adolfo Caminha teria problemas com ‘O bom crioulo’” (Fritz Utzeri, in “O Politicamente correto”). Nos EUA, o jornalista Bernard Goldberg lançou o livro Bias – A CBS Insider Exposes How the Media Distort the News (Tendencioso – Um Conhecedor da CBS Mostra Como a Mídia Distorce as Notícias). Logo, Goldberg foi tachado de “mentiroso”, “extremista de direita”. Uma das teses polêmicas de Goldberg se refere aos doentes da AIDS, cujos números foram escondidos para agradar ao lobby dos homossexuais e das minorias raciais dos EUA (negros e hispânicos), para acelerar as pesquisas de remédios. Por exemplo, dos aidéticos mostrados na TV, 6% eram gays, 16% eram negros e hispânicos e 2% eram drogados. Na verdade, 58% eram gays, 46% eram negros e hispânicos e 23% eram drogados (período estudado: 1992 a 1995). Veja Adestramento, Desinformatsya, Guerra de Posição, Holista, Movimento de massa, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto e Pigmentômetro.

Prensa Latina - Organizada por Fidel Castro em 1960, como a agência noticiosa do regime comunista cubano, era destinada a distribuir notícias de Cuba e de outros países latino-americanos para toda a América Latina. Na verdade, a Prensa Latina se tornou uma organização de coleta de notícias e informações secretas para o regime de Havana; as Embaixadas e os Consulados cubanos na América Latina foram transformados em centros de propaganda revolucionária, às vezes de subversão direta (em 1963, Castro enviou 3 toneladas de armas para tentar derrubar o presidente Betancourt, da Venezuela). Veja ACJM, Associações de amizade a Cuba, CDR, FALN, OLAS, OSPAAAL, Pinar del Río, Revolução Cubana e UMAP.

PT - Partido dos Trabalhadores: nasceu em 1979 com o apoio do movimento sindical do ABC paulista. Formado também por indivíduos que haviam sobrevivido à repressão, ligados a AMPL, VAR, POC, ALN, CS, PCBR, MEP, MR-8 e outros. Tem perfil socialista e é dividido em diversas tendências internas, sendo as principais: 1) Articulação, de Luís Inácio da Silva (Lula), Olívio Dutra, José Dirceu e Eduardo Suplicy, reúne sindicalistas históricos e social-democratas, padres e leigos da Igreja “progressista” e comunistas do PCB e do PC do B; votou a favor do Projeto Final e da assinatura da Constituição de 1988; 2) Nova Esquerda, de José Genoíno e Tarso Genro, intelectuais revolucionários marxistas-leninistas-maoistas que, dissidentes do PC do B se haviam organizado no Partido Revolucionário Comunista (PRC); votou contra o Projeto Final mas a favor da assinatura da Constituição; 3) Democracia Socialista, organização trotskista vinculada à Quarta Internacional Comunista, da qual fazem parte Raul Pont, Miguel Rossetto, Paulo Torelly, João Verle e o ex-comandante da Brigada Militar (RS), Roberto Ludwig; é a tendência mais coerentemente revolucionária do PT, opôs-se ao Projeto Final e à assinatura da Constituição, e detém o comando do Governo Rio-Grandense (Olívio Dutra). O MST está para o PT assim como o ETA está para o Partido Nacionalista Basco (PNB); o MST tem a vantagem, em relação ao ETA, de promover seus atos terroristas à luz do dia, com sua “guerrilha desarmada”, nas invasões de terras – o seu gigantesco “movimento de massas”. Lula foi um dos signatários de um documento do megaespeculador George Soros, que solicitou à Assembléia das Nações Unidas, através do seu Centro Lindesmith (ONG pró-legalização das drogas), o fim da guerra contra as drogas (Cfr. MSIA, 2ª quinzena de 1998, Vol. VI, nº 1). Veja Adestramento, ALN, Antiglobalização, Balilas, Comuna de Paris, Comunismo, Copyleft, FSM, FSP, Guerra de movimento, Guerra de posição, Ideologia, Inpeg, Marxismo, MEP, Molipo, Movimento de Massa, MR-8, MST, Orçamento participativo, PCB, PCBR, PC do B, Poder paralelo, Politicamente correto, Revisionismo, Revolução e Stalinismo.

Quinta-coluna vermelha - Inimigo interno, que subvertia a sociedade para destruí-la e entregá-la ao Comunismo. Controlado pelo Cominform, a Quinta-coluna vermelha nasceu em 1948, com o início da Guerra Fria. O comandante supremo foi Mikhail Suslov. Veja Cominform, Escolas de subversão e espionagem, Falsificação de Pankov, Instituto 631, Komintern e Operação drogas.

Revisionismo - A revisão histórica é benéfica, desde que os críticos se atenham a critérios científicos tão ou até mais rigorosos do que aqueles que nortearam a história original. Exemplos de revisionismo: revisionismo soviético (em que antigos heróis, caídos em desgraça, eram riscados de enciclopédias, ou que tinham suas imagens “apagadas” em fotos oficiais); revisionismo do Holocausto (em que escritores colocam em dúvida o número de vítimas do Holocausto judeu promovido pelos nazistas); revisionismo da esquerda brasileira: a história do Brasil é descrita sob a ótica da dialética comunista, em que prevalece a aplicação do materialismo histórico marxista, hegemônico no atual ensino universitário brasileiro, em que não há nenhum estudo sério sobre o assunto, apenas panfletagem e pura molecagem, a exemplo da obra “Outros 500”, escrita por intelectuais do PT e outras “libélulas” satélites. O objetivo é um só: solapar os fundamentos morais do país, ao mesmo tempo em que prega as excelências da Revolução Cubana e o valor das FARC. Assim, não causa estranheza que o Dia da Pátria seja substituído pelo “dia dos excluídos”, que Lamarca seja apresentado como herói e o Duque de Caxias seja revisto como genocida dos paraguaios. A verdade histórica, porém, é cristalina: Lamarca foi um desertor do Exército, ladrão de armamentos e terrorista assassino. A Guerra do Paraguai só tem uma história: o Brasil, com 15.000 homens armados, teve que se defender da agressão de Solano López, à frente de um exército de 64.000 homens, que aprisionou um navio brasileiro (em que viajava o Presidente da Província de Mato Grosso), invadiu Mato Grosso, ocupando parte desse território por 3 anos, violou o território da Argentina e chegou a conquistar Uruguaiana. O revisionismo atual, de professores marxistas nas escolas brasileiras, afirma que o Brasil esteve a serviço do imperialismo inglês, invadindo o Paraguai e esmagando o país mais “progressista” da América do Sul de então. Tais enfoques têm o mesmo valor histórico de “O Quinto dos Infernos”, minissérie da TV Globo que trata jocosamente a História de D. João VI e D. Pedro I, com baixaria de toda ordem. Veja Adestramento, Balilas, Desinformatsya, FARC, Guerra de Movimento, Guerra de Posição, Movimento de Massa, MST, Novilíngua, Orçamento participativo, Poder paralelo, Politicamente correto e PT.

Revolução Cubana - No dia 1º de janeiro de 1959 as tropas de Fidel Castro tomam Havana. A “república socialista” cubana, porém, só foi proclamada em maio de 1961, logo após a fracassada invasão de anticastristas ocorrida na Baía dos Porcos, em Cuba, com o apoio americano. Em 1962, Cuba foi excluída da OEA e em 1964 os países membros da OEA, com exceção do México, romperam relações diplomáticas com o país, devido ao apoio cubano de focos guerrilheiros em vários países da América Latina (Guatemala, Colômbia, Venezuela). No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista 'Veja', de 24 Jan 2001, sob o título Qué pasa compañero?, faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que 'o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento'. As prisões mais famosas de Cuba são: La Cabaña (ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato, Kilo 5,5 e Pinar del Río. Fidel Castro mandou fuzilar entre 15 e 17 mil pessoas (10 mil só na década de 1960); em 1978, havia em Cuba 15 a 20 mil prisioneiros; em 1997, segundo a Anistia Internacional, havia entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos. A tortura cubana incluía as “ratoneras”, “gavetas”, “tostadoras”, além da tortura “merdácea” – imersão dos prisioneiros na merda. Apesar desses crimes todos, o ditador Fidel Castro é venerado pelos “intelectuais” brasileiros como “El Comandante”, ao passo que Augusto Pinochet, ditador do Chile, não passa de um vil “ditador”, “torturador”, para os “guerrilheiros da pena”, como Emir Sader e Frei Beto. Veja Balseros, Cambio Cubano, CDR, Folhetos cubanos, Foquismo, Libro Blanco, MIR, MR-26, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, Tricontinental e UMAP.

Revolução Cultural - Anunciado em 1966 por Mao Tsé-Tung, com o apoio do Exército, é um novo período de luta entre correntes partidárias, no qual os jovens deveriam criticar seus superiores e derrubar “velhos hábitos, as velhas idéias e a velha cultura”. Milhões de estudantes maoistas criam uma “Guarda Vermelha”, que, empunhando o “Livro Vermelho” de Mao, passam a humilhar e matar os opositores do líder máximo e a queimar prédios. Intensificou-se o estudo de Marx, foram apresentadas óperas comunistas e canções revolucionárias. Dois anos depois (1968), o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o Maoismo da juventude francesa, com reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. A Revolução Cultural ocasionou 10 milhões de mortes, além de tortura física de presos, como o arrancamento da genitália (testículos e pênis), que eram assados e comidos pelos torturadores. Além dessa tortura sui generis, durante a Revolução Cultural era incentivada a prática de devorar os inimigos políticos, fato denunciado em detalhes por Zheng Yi, um fugitivo do massacre da Praça da Paz Celestial e outrora um dos mais destacados romancistas chineses (seu primeiro romance, “The Maple”, sobre a Revolução Cultural, foi usado pelo Politburo para atacar a Gangue dos Quatro). A respeito do assunto, veja texto “Communists Eat Their Class Enemies”, de Adam Young (adamyoung@hotmail.com) em www.lewrockwell.com/orig/young1.html. Veja Escolas de subversão e espionagem, Grande Salto para a Frente, OLAS, OSPAAAL, Revolução de 1968 e Seqüestro de aviões.

Revolução de 1968 - A Revolução Cultural foi detonada em 1966 na China por Mao Tsé-Tung, após o fracasso fenomenal do “Grande Salto para a Frente” (1958-1959). Em maio de 1968, o movimento estudantil sacudiu o Ocidente, como o maoismo da juventude francesa – onde predominavam as bandeiras vermelhas (comunistas) e as bandeiras pretas (anarquistas). O líder francês foi Daniel Cohn-Bendit e quase derrubou o Governo de Charles De Gaulle (que caiu pouco tempo depois). Esse movimento teve reflexos no Brasil, junto com a OLAS de Fidel Castro. Convém lembrar, que no dia 2 de julho de 1968, embarcariam para Cuba, para treinamento de guerrilha, Márcio Leite de Toledo, Agostinho Fiordelísio, Jun Nakabaiashi, Renato Leonardo Martinelli e Juan Sandor Cabezas Castillo; no dia 4 de julho, uma nota no “Jornal da Tarde” informava que esses “estudantes” tinham sido presos e que os órgãos de segurança estavam cientes dos planos de Marighela para derrubar o Governo com o apoio de Cuba. Um dos ideólogos das revoltas estudantis foi o filósofo alemão radicado nos EUA, Herbert Marcuse (autor de “Eros e Civilização”, “O Fim da Utopia”), o qual achava que as minorias oprimidas, os marginalizados e os povos do Terceiro Mundo teriam potencial revolucionário para derrubar o Capitalismo e implantar o Socialismo. Veja AI-5, ALN, OLAS, Revolução Cultural e Violência estudantil

Revolução dos Bichos, A - Livro de George Orwell, é uma sátira ao regime de Stalin, na antiga União Soviética, e foi publicado em Londres em 1945. O porco “Major” é Karl Marx, o porco “Napoleão” é Stalin e o porco “Bola de Neve” é Trotsky. Os “bichos” resolvem fazer a “revolução”, criam o “Animalismo” (baseado nos pensamentos do porco “Major”). O regime se estabelece em meio a uma guerra pelo poder e se transforma numa burocracia autoritária, baseada nos “Sete Mandamentos”, que vão sendo modificados com o tempo, até que o “7º Mandamento” é finalmente escrito assim: “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros”. Veja Dissidentes, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka e Tortura.

Rito de passagem - Algum ato heróico, às vezes muito doloroso, a que os homens primitivos eram submetidos para o ingresso na maioridade – caso dos indígenas , ou para fazer parte da “galera” – caso das gangues modernas. Na África, 29 países adotam a circuncisão feminina, os meninos e as meninas só se incorporam aos grupos adultos se passarem pelos vários ritos de passagem, como a circuncisão masculina e a excisão do clitóris entre as meninas. No Rio Grande do Sul, sob o Governo do PT de Olívio Dutra, em uma prova de História para seleção ao Magistério, questões de História foram apresentadas, não para fazer o candidato pensar, mas apenas para aderir às idéias petistas e assim cumprir o “rito de passagem”, ou seja, fingir-se de esquerdista para garantir o emprego público. Veja Adestramento, Balilas, Movimento de Massa, Nova Era, Novilíngua, Poder paralelo e Politicamente correto.

“Santuário” - Antigamente, a palavra “santuário” era ligada à coisa sagrada. Hoje, denomina refúgio de terrorista e traficante de droga. Os principais “santuários” e patrocinadores de terroristas são os seguintes países: Afeganistão (Talibã), Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão. Os países suspeitos são: Arábia Saudita, Argélia, Autoridade Palestina, Bahrain, Bósnia-Herzegovina, Catar, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. Veja Al-Qaeda, Síndrome de Nova York e Terrorismo.

Sendero Luminoso - (Em inglês, Shining Path): tem origem no Partido Socialista do Peru, fundado por José Carlos Mariátegui em 1928. O grupo guerrilheiro foi fundado em 1974, como Partido Comunista do Peru-Sendero Luminoso (PCP-SL). Em 1964 já havia sido formado um núcleo em volta de Abimael Guzmán Reynoso, na Universidade de San Cristóbal de Huamanga, em Ayacucho - a Frente Estudantil Revolucionária (FER). Guzmán é também conhecido como “Presidente Gonzalo”, “Puka Inti” e a “Quarta Espada do Marxismo”, após Lenin, Stálin e Mao. O início do levante aconteceu em 17 Mai 1980. O Grupo sonha derrubar o Governo peruano e instituir um regime revolucionário de camponeses, de linha maoista, com ingredientes nacionalistas indígenas. Envolvido no comércio da cocaína, o SL utiliza-se de carros-bombas e assassinatos seletivos, como prefeitos e juizes de cidades pequenas, militares e policiais de baixa patente, comerciantes e camponeses. Já matou mais de 25.000 pessoas; chegou a possuir entre 5.000 e 7.000 homens (em 1995, o número tinha caído para cerca de 400). Guzmán foi capturado em 12 Set 1992, durante o Governo Fujimori, ocasionando prisões de outros líderes, defecções e programa de anistia para terroristas arrependidos. Nome completo do Grupo: Partido Comunista del Perú por el Sendero Luminoso de José Carlos Mariátegui. Após cartas de Guzmán ao Presidente do Peru, em Set e Out 1993, propondo conversações para acordo de paz, aparecem duas correntes: uma liderada por Guzmán, a favor de um acordo de paz, e outra liderada por Oscar Alberto Ramirez Durand (“Feliciano”), a favor da luta armada. “Feliciano” foi capturado em julho de 1999. Uma facção dissidente do SL chama-se “Sendero Rojo”. Veja MRTA.

Sequestros - Uma arma bastante utilizada pelas organizações terroristas brasileiras para libertar presos terroristas foi o seqüestro de diplomatas, como o Embaixador norte-americano, Charles Elbrick, em 1969. “Jornais dos EUA e da Inglaterra chegaram a defender o sacrifício de alguns embaixadores, para desestimular a continuação desse tipo de chantagem, que se estava generalizando. (...) O Governo brasileiro, porém, continuava na política que traçara desde o primeiro seqüestro que se verificou no país. Considerava a proteção da pessoa como um dever para com a comunidade internacional, além de uma imposição de consciência humanitária brasileira. Eram os verdadeiros ‘direitos humanos’, não de bandidos ou terroristas, mas das vítimas” (Del Nero, in “A Grande Mentira”). Em março de 1970, houve 6 seqüestros políticos na América Latina, sendo que o Embaixador alemão na Guatemala foi assassinado. Veja ALN, Escolas de subversão e espionagem, MR-8, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Seqüestro de aviões, Tricontinental e VPR.

Sequestros de aviões - A China comunista inventou o terrorismo do ar, criando cursos especiais para ensinar aos terroristas como seqüestrar aviões. Os “terroristas do ar” nunca eram chineses, eram sempre recrutados entre as guerrilhas árabes e comunistas em todas as partes do mundo. Como no caso da “Operação Drogas”, a URSS logo em seguida copiou o modelo de terrorismo chinês. De todos os “terroristas do ar”, a mais conhecida foi Leila Khaled (ao menos até os atentados contra os EUA, no dia 11 Set 2001), natural de Honduras, onde nasceu em 1941 e cujo nome verdadeiro era Maria Luna Chaves. Leila foi presa durante a fracassada tentativa do seqüestro do avião do Vôo 219, de Amsterdã a Nova York, da linha El-Al israelense, no dia 6 Set 1970, quando ocorreram múltiplos seqüestros de aviões desviados para a Jordânia, que posteriormente foram dinamitados. Os seqüestradores dos outros aviões exigiram o resgate de Leila em troca da vida dos reféns e, no dia 1º Out, Leila e 6 outros terroristas foram libertados para continuar a seqüestrar e destruir aviões. (Leila, atualmente uma líder da FPLP, também é acusada de ter participado do atentado que matou o Ministro do Turismo israelense, Rehavam Ze’eve, no dia 17 Out 2001.) No dia 11 Set 2001, 4 aviões de companhias norte-americanas, que faziam vôos domésticos, foram seqüestrados por muçulmanos radicais, que atiraram 2 aviões cheios de passageiros contra as torres gêmeas do World Trade Center (WTC) de Nova York, implodindo as torres e matando em torno de 3.000 pessoas; o terceiro avião suicida atingiu o Pentágono, matando 168 pessoas; o quarto avião caiu na Pensilvânia, possivelmente depois da luta dos passageiros contra os seqüestradores. O banco de dados do site http://aviation-safety.net/database/hijackings/ fornece dados de aproximadamente 1000 seqüestros de aviões, a partir de 1947. O ano de 1972 foi o mais terrível, quando morreram 2.256 pessoas em conseqüência de acidentes e seqüestros ocorridos em 73 tragédias. Veja Entebe, Instituto 631, Seqüestros, Setembro Negro e Síndrome de Nova York.

Sistema métrico da intolerância - Como se poderia medir a intolerância? Os astrônomos resolveram facilmente seu sistema de medição de distâncias fantásticas do cosmos, estabelecendo o ano-luz como unidade métrica. As estrelas não ficaram mais próximas, porém os cálculos foram simplificados ao máximo.
Para medir a intolerância ocorrida nos últimos séculos, eu proponho que seja criado um sistema métrico para tal fim. Para medir o número de pessoas vitimadas pelo nazismo e, especialmente, pelo comunismo, poder-se-ia criar o 'pol pot' como unidade métrica: 1 pol pot = 2 milhões de mortos. Afinal, Pol Pot foi um dos mais ferozes tiranos do século XX, ao lado de Stálin e Mao Tsé-Tung, promoveu uma carnificina de 2 milhões de pessoas no pequenino Camboja, seu próprio país. Seria, pois, uma justa homenagem ao facínora.
Assim, teríamos:
- Santa Inquisição: 0,018 pol pot (em torno de 36.000 pessoas foram queimadas vivas em autos-da-fé da Inquisição, da Igreja Católica);
- “Reino do Terror”: 0,02 pol pot (em torno de 40.000 pessoas foram mortas durante o período revolucionário francês - 1793-98 -, sob a liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just, quando ocorreram 300.000 prisões);
- “Arma da Fome”: 2 pol pots (genocídio inglês contra a Irlanda: a partir das “Leis do Milho”, de 1828, reduziu a população irlandesa, de 8 para 4 milhões de habitantes);
- Massacre de chineses: 10 pol pots (Executado pelos “Rebeldes dos Cabelos Longos”, liderados a partir de 1874 por Hung Hsiu-Chuan, contra o Imperador da Dinastia Manchu. Os Rebeldes tinham uma interpretação radical do Cristianismo, exigiam a submissão total do Estado a uma única religião.);
- Massacre de armênios cristãos: 0,75 pol pot (executado pelos turcos otomanos durante a I Guerra Mundial);
- “Arma da Fome”: 4 pol pot (cerca de 8 milhões de ucranianos foram exterminados por Stalin);
- Guerra Civil Espanhola: 0,5 pol pot (franquistas contra republicanos e comunistas);
- Alemanha nazista: 30 pol pots (incluindo os 3 pol pots do Holocausto judeu);
- Holocausto judeu: 3 pol pots;
- Hiroshima e Nagazaki: 0,1 pol pot (bombas atômicas americanas, em 1945 - incluindo os mortos posteriores, por contaminação radioativa);
- Guerra do Vietnã: 0,75 pol pot (auge da Guerra Fria);
- Guerras americanas: 1 pol pot (I GM, II GM, Guerra da Coréia, Guerra do Vietnã etc.);
- China comunista: 32,5 pol pots (somente a Revolução Cultural = 5 pol pots);
- Revolução Cultural: 5 pol pots (China comunista);
- Massacre de tibetanos: 0,6 pol pot (promovido pela China comunista);
- União Soviética: 15 pol pots (guerra civil, Gulag etc.);
- Expansionismo japonês na China: 10 pol pots (durante a II Guerra Mundial);
- Cobaias chinesas: 0,1 pol pot (vítimas dos japoneses na II Guerra Mundial, em pesquisa para
desenvolvimento de armas biológicas);
- Camboja comunista: 1 pol pot (origem do sistema métrico);
- Coréia do Norte comunista: 1 pol pot (enquanto o ditador Kim Jong II desfruta de piscina com ondas em seu palácio, cerca de 2 milhões de norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1997 a 2002);
- Afeganistão: 0,75 pol pot (guerra civil, contra a União Soviética; como conseqüência, surgiram os
Talibãs);
- Leste Europeu comunista: 0,5 pol pot;
- América Latina: 0,15 pol pot (Cuba, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Costa Rica, Colômbia, Peru,
Chile, Argentina, Brasil; todas as guerrilhas sul-americanas foram filhotes da OLAS, de Fidel Castro);
- Guerra civil no Sudão: 1 pol pot (fundamentalistas islâmicos contra cristãos e animistas);
- Guerra civil na Etiópia, em Angola e em Moçambique: 1 pol pot (ecos da Guerra Fria);
- Massacre de Ruanda: 0,4 pol pot (etnia hutus contra etnia tutsis);
- Guerra civil brasileira atual: 160 mil mortos/ano, sendo 110 mil no trânsito e 50 mil à bala: em 10
anos, teremos 0,6 pol pot (dados de 2000);
- Comunismo no mundo: 55 pol pots (segundo 'O Livro Negro do Comunismo'): intolerância ainda em andamento. Segundo o Papa João Paulo II, em sua história de 2000 anos, o Cristianismo teve cerca de 60 milhões de mártires, sendo que 27 milhões sob o jugo comunista.
Veja Anistia, Arma da Fome, Campo de concentração, CDR, CSI, Desaparecidos políticos, Diplomacia de cruzeiro, Dissidentes, Escolas de subversão e espionagem, Guerras americanas, Guerra Civil Espanhola, Gulag, Holocausto, Hospitais psiquiátricos, Inquisição, Instituto 631, Kmer Vermelho, Macartismo, Massacre de Ruanda, Muro de Berlim, NAZI, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, PCCh, Pinar del Río, Racismo, Rebeldes dos Cabelos Longos, Revolução, Revolução Cubana, Revolução Cultural, Revolução de 1968, Revolução Russa, Síndrome de Nova York, STASI, Talibã, Terror, Terrorismo, Tortura e UMAP.

TBR - Tribunal Bertrand Russel: organismo do Movimento Comunista Internacional (MCI), destinado a “julgar” os países que combatiam o Comunismo (principalmente os países sul-americanos), os quais eram acusados, em pseudojulgamentos (“tribunais”), como violadores dos direitos da pessoa humana. O TBR nunca criticou ditaduras de esquerda, como a da URSS e de Cuba, nem a ditadura militar peruana, de esquerda, de Velasco Alvarado, assessorado pelo brasileiro Darcy Ribeiro. O TBR também “julgou” a Guerra do Vietnã nos anos 60, com críticas aos EUA, porém nunca “julgou” a violação dos direitos humanos nos países comunistas. O TBR deu origem ao Tribunal Permanente dos Povos, reconhecido pela ONU, o qual surgiu em 1979 por iniciativa do jurista italiano Lelio Basso, jurado e relator do TBR. O filósofo e matemático britânico Bertrand Russel (1872-1970), Prêmio Nobel de Literatura em 1950, autor de “Why I am not a Christian” (Por que não sou um cristão), obra de 1936, era contra a Guerra do Vietnã, apoiou o movimento sufragista, o pacifismo e os direitos humanos, porém não demonstrou a mesma ênfase contra o totalitarismo comunista. Veja Adestramento, AI, Anistia, Escolas de subversão e espionagem, Frente Brasileira de Informações (FBI), Governo paralelo, Instituto 631, Komintern, Movimento de massa, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto e Tribunal Permanente dos Povos.

Teologia da Libertação - Tese surgida após a Conferência Episcopal Latino-Americana (CELA), realizada em Medellin, Colômbia, em 1968, com sua “opção preferencial pelos pobres”, o que levou a se aproximar das teses marxistas. A CELA teve grande influência da Encíclica do Papa João XXIII, “Mater et Magistra”; assim, entende-se o apoio de religiosos a vários grupos guerrilheiros que tentaram impor o regime marxista-leninista/maoista nas Américas, especialmente após a Revolução Cubana, respaldando uma dita “teologia da revolução” e uma “teologia da violência”, deturpando o ensino do amor cristão para “armai-vos uns aos outros”. Das 3 correntes (a “autêntica”, a “marxista” e a “anarquista”), apenas a dita “Teologia Marxista de Libertação (TML)” permanece com força nos meios acadêmico-literários e na guerrilha da Colômbia (FARC e ELN). Expoentes da Teologia da Libertação: Gustavo Gutierrez (do Peru, autor de “La Teologia de la Liberación”, Lima, 1971); Hugo Assmann (jesuíta brasileiro, autor de “Opressión-Liberación, Desafio a los Cristianos”, Montevidéu, 1971); Leonardo Boff (ex-padre brasileiro, autor de “Jesus Cristo Libertador”). Veja Camilistas, ELN, FARC, Frades dominicanos, MRTA e Sendero Luminoso.

Terrorismo - As palavras “terror”, “aterrorizar”, “terrível” e “terrorismo”, assim como “deterrent” na língua inglesa, derivam dos verbos latinos “terrere” (tremer ou causar tremor) e “deterrere” (amedrontar). Essas palavras entram em uso depois que as palavras francesas “terrorisme” e “terroriste” surgiram no período revolucionário entre 1793 e 1798. Na era contemporânea, além dos grupos terroristas isolados, convém ressaltar o terrorismo praticado pelos países comunistas, para disseminação do marxismo-leninismo no mundo, como a União Soviética, a China, a Coréia do Norte e Cuba, assim como o terrorismo apoiado por países islâmicos, como a Líbia, a Síria, o Irã, o Iraque, o Sudão, o Afeganistão (durante os Talibãs), normalmente relacionado com o conflito árabe-israelense e, mais recentemente, com o sentimento antiamericano. Segundo fontes americanas, países que patrocinariam o terrorismo seriam: Afeganistão (Talibãs), Arábia Saudita, Catar, Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Líbia, Síria e Sudão; países suspeitos seriam: Argélia, Autoridade Palestina, Bahrein, Bósnia-Herzegovina, Chipre, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Malta, Marrocos, Omã, Paquistão e Tunísia. Veja Al-Qaeda, Entebe, Escolas de subversão e espionagem, ETA, FARC, Fundamentalismo, Instituto 631, IRA, Libro Blanco, OLAS, Operação drogas, OSPAAAL, Seqüestro de aviões, Setembro Negro, Síndrome de Nova York, Sionismo, Talibã e Terror.

Tortura - “Suplício ou tormento violento infligido a alguém”. (Dicionário Aurélio). Aprovada após o episódio ocorrido na Favela Naval, em São Paulo, quando policiais foram filmados batendo em pessoas paradas em uma barreira policial, a Lei 9.455, de 7 Abr 1997, afirma que tortura é: 1) constranger alguém com uso de violência ou ameaça grave, causando-lhe dano físico ou mental para obter declaração ou confissão, provocar ação ou omissão de crime ou discriminar por raça ou credo; 2) submeter alguém sob sua guarda ou autoridade a intenso sofrimento físico ou mental, para aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo; 3) o crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia; 4) a pena é de reclusão, em regime fechado, de dois a oito anos; se houver morte, a pena é dobrada para até 16 anos; aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, deve ser condenado de um a quatro anos de prisão. Os métodos de tortura incluem: 1) choque elétrico: aplicado nas orelhas, na boca, no nariz, nos seios, na genitália (normalmente, na posição “pau-de-arara”); 2) pau-de-arara: a pessoa torturada fica com os pés e braços amarrados junto aos tornozelos, presa a uma barra de ferro, ficando pendurada como um frango assado; 3) espancamento: pode ser com barras de ferro, paus ou toalhas molhadas; pode ser o chamado “telefone” (tapas com as mãos abertas sobre os ouvidos) ou, ainda, o “corredor polonês”, em que a vítima passa por duas fileiras de pessoas para sofrer espancamento; 4) afogamento: o “banho chinês” era feito em pias, baldes, vasos sanitários, latas, ou derramando água pelo nariz em vítima no “pau-de-arara”; 5) asfixia: feita com sacos de plástico enfiados na cabeça da vítima; 6) “pimentinha”: um magneto produzia baixa voltagem e alta amperagem, para dar choque elétrico em presos; era acondicionada em uma caixa vermelha, daí o nome de “pimentinha”; 7) tortura chinesa: perfuração com objetos pontiagudos embaixo da unha; uma outra forma de tortura chinesa, durante a Revolução Cultural, era arrancar os testículos e pênis do torturado, assá-los e comê-los na frente da vítima; 8) geladeira: o preso era colocado nu em ambiente de baixíssima temperatura; no local, havia ainda a emissão de sons muito altos, dando a impressão de estourar os ouvidos; 9) insetos e animais: os presos sofrem ameaças de cães, cobras, jacarés, baratas, além de drogas e sevícias sexuais; 10) produtos químicos: o torturado recebia soro de pentatotal, substância que fazia o preso falar, em estado de sonolência; ou era jogado ácido no rosto do preso, fazendo a pessoa inchar; 11) queimaduras: com cigarro, charuto ou isqueiro, incluíam queimaduras de seios e órgãos genitais; 12) cadeira de dragão: cadeira forrada com metal, ligada a fios, onde o preso era amarrado para receber descargas elétricas; 13) empalação: “suplício antigo, que consistia em espetar o condenado em uma estaca, pelo ânus, deixando-o assim até morrer”. (Dicionário Aurélio) Segundo Olavo de Carvalho, “o requinte soviético foi que os candidatos a empalamento não foram escolhidos entre empaladores em potencial, mas entre padres e monges, para escandalizar os fiéis e fazê-los perder a confiança na religião, segundo a meta leninista de extirpar o cristianismo da face da terra”. No Brasil, a tortura existiu durante os governos militares, como garante o general Adyr Fiúza de Castro, em depoimento constante do livro “Os anos de chumbo – a memória sobre a repressão”, de Maria Celina d’Araújo e outros, Editora Relume-Dumará, RJ, 1994. Porém, segundo o general Fiúza, “80% das argüições de tortura e de maus tratos dos subversivos presos eram devidos a informações e a instruções dos advogados visando à redução das penas, isto é, a denúncia desse estigma foi industriada como instrumento de pressão psicológica sobre os militantes, para que não se deixassem prender, e orquestrada para dar-lhe uma conotação institucional, ou seja, para disseminar a crença de que se tratava de uma posição intencionalmente assumida pelo governo, o que de fato não ocorreu.” (Cfr. Del Nero, in “A Grande Mentira”, pg. 339 e 340). “Se houvesse alguma instrução nesse sentido, ela já teria sido amplamente explorada.” (Del Nero, op. cit., pg. 340). “Infelizmente, os homens de ação – ao contrário dos intelectuais – não podem anular ou apagar das lembranças as suas atitudes, pedindo simplesmente que todos esqueçam o que eles escreveram, disseram ou fizeram.” (Del Nero, op. cit., pg 341, sobre a tortura e o “esqueça o que escrevi” de FHC). Veja Convenção sobre a tortura, Dissidentes, Empalação, Gulag, Hospitais psiquiátricos, Lubianka, Revolução Cultural e Vlad, o empalador.

Tribunal Revolucionário - Promovido por terroristas, faziam “justiçamento” de desafetos e de próprios companheiros de guerrilha. O mesmo que “Tribunal vermelho”. Veja Justiçamento e PCB, e “os crimes do PCB” em Ternuma (www.ternuma.com.br).

Tribunal Sader - Proposto por Emir Sader, uma das mais atuantes “libélulas” da USP, pretende tratar dos assim chamados “crimes econômicos”. A tese de Emir Sader é bem simplória: para ele, os “crimes econômicos” perpetrados pelo capitalismo e pela globalização econômica do planeta são muito superiores aos crimes executados pelo Comunismo (que ele defende até hoje), que deixou um saldo de 110 milhões de mortos. Ou seja, apenas mais uma pérola “novilíngua” de Sader, esforçado aprendiz da arte da desinformação, querendo nos fazer esquecer os crimes enunciados no “Livro Negro do Comunismo”. As políticas governamentais de nosso Estado teriam que obter o “nikil obstat” de intelectuais como Sader e outros nomeados por ele próprio: Celso Furtado, Antônio Cândido, D. Luciano de Almeida, Evandro Lins e Silva etc. A esquerda, parece, não consegue viver sem o dualismo “capitalismo x comunismo”, hoje substituído pelo “liberalismo x comunitarismo” (ou por Fórum de Davos x Fórum Social Mundial). Veja Antiglobalização, Desinformatsya, Fórum de Davos, Fórum Social Mundial, Libélulas da USP, Nova Era, Novilíngua, Politicamente correto, Tribunal Bertrand Russel, USP e WEF.

Tricontinental - Criada durante a OSPAAAL, que se realizou em Havana, Cuba, de 3 a 15 Jan 1966 (em 1965, em Gana, ficou decidido que a OSPAA realizaria seu próximo encontro em Cuba, no ano seguinte, para integrar também a América Latina – daí OSPAAAL). À Tricontinental compareceram representantes de 82 países, dos quais 27 latino-americanos. A delegação brasileira foi composta por Aluísio Palhano e Excelso Rideau Barcelos (indicados por Brizola), Ivan Ribeiro e José Bastos (do PCB), Vinícius Caldeira Brandt (da AP) e Félix Ataíde da Silva, ex-assessor de Miguel Arraes, na época residindo em Cuba. A tônica do encontro foi a defesa da luta armada. No encerramento, Fidel Castro afirmou que a “luta revolucionária deve estender-se a todos os países latino-americanos”. No campo cultural, a Declaração da Tricontinental recomendava a “publicação de obras clássicas e modernas, a fim de romper o monopólio cultural da chamada civilização ocidental cristã, cuja derrocada deve ser o objetivo de todas as organizações envolvidas nessa verdadeira guerra”. Nesse encontro, o Senador Salvador Allende (futuro Presidente do Chile) faria uma proposta aprovada por unanimidade pelas 27 delegações: a criação da OLAS. Assim, no dia 16 Jan 1966, um dia após o término da Tricontinental, as 27 delegações latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, que passou a ser dirigida pelo Comitê de Organização, constituído de representantes de Cuba, Brasil, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Guatemala, Guiana e México. A Secretaria-geral foi entregue à cubana Haydee Santamaria, e o representante brasileiro era Aluísio Palhano. Veja Foquismo, FSM, FSP, Movimento de massa, OCLAE, OLAS, Organizações subversivas brasileiras, OSPAA, OSPAAAL, Revolução Cultural, Revolução de 1968, UNE e USP.

UAPPL - Universidade de Amizade dos Povos Patrice Lumumba: tinha sede em Moscou, URSS, e era um dos centros de doutrinação comunista mundial, ao lado de escolas similares então existentes na Bélgica (Centro Tricontinental) e na Tchecoslováquia. Através da União Internacional de Estudantes (UIE) era feito o envio de estudantes brasileiros à UAPPL. A seleção dos alunos brasileiros ficava a cargo do PCB e era confirmada com base nos registros da “Caderneta nº 6”, de Luiz Carlos Prestes, e pelos questionápelos belgas em 1961. Veja AP (Ação Popular), Centro Tricontinental, Escolas de subversão e espionagem, Instituto 631, Komintern, OLAS, Operação Drogas, Organizações subversivas brasileiras, OSPAAAL, Pinar del Río, UIE, UNE, USP, Terrorismo e Tricontinental.

UIE - União Internacional de Estudantes: órgão de fachada do Movimento Comunista Internacional (MCI), distribuía dinheiro de Moscou a entidades estudantis do mundo inteiro, inclusive a UNE. Veja AP (Ação Popular), Centro Tricontinental, OCLAE, OLAS, Organizações de “Frente”, Ouro de Moscou, Pinar del Río, Tricontinental, UAPPL, UNE e USP.

UMAP - Unidades Militares de Ayuda a la Producción (Cuba): inicialmente, seria chamado de “El Plan Fidel”. As UMAP eram campos de concentração, para onde foram enviados órfãos (filhos dos executados pela Revolução), filhos de presos políticos, filhos de residentes no exterior, filhos de comerciantes que tiveram seus bens confiscados pela Revolução, jovens com convicção religiosa, jovens artistas de pensamento liberal, jovens sem-teto, religiosos e homossexuais, totalizando em torno de 25.000 pessoas. Após a extinção das UMAP, todos os documentos foram destruídos. Existe a Asociación ex-Confinados de la UMAP, P.O. Box 350638, Miami, Florida 33135. Veja Cambio Cubano, CDR, www.cubanet.org e www.cubdest.org.

UNE - União Nacional dos Estudantes. Durante o 2º Congresso Nacional de Estudantes (1938), foi feita a proposta de criação da União Nacional de Estudantes (UNE), que teve sua 1ª Diretoria eleita em 1939. Inicialmente, a UNE era apolítica; entre 1940 e 1943, mobilizou a opinião pública e o Governo para participar na II Guerra Mundial contra o nazifascismo. Era tutelada pela ditadura Vargas e funcionava em sala do Ministério da Educação. A partir de 1943, começa a insurreição, com comunistas e democratas lutando contra a ditadura. A partir de 1959, aprofunda-se a marxização da UNE; nos anos 60, as organizações que dividiam as massas operárias, além da UNE, eram a JUC, o PC (que atuava através de seus diretórios estudantis), a Política Operária (POLOP) e a Quarta Internacional. Eram todos de esquerda, com dosagens diversas de ideologia marxista. O Partido de Representação Acadêmica (PRA), criado na Faculdade de Direito da USP, era considerado de Direita. Também nos anos 60, dá-se o encontro ideológico, reunindo a JUC, a Esquerda Católica e o Esquerdismo marxista. A Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) desempenhou papel importante na agitação estudantil e no processo de marxização da Universidade. “Onde o professor é de tempo parcial, como na maioria da América Latina, a tendência dos estudantes é dar mais atenção a preocupações não acadêmicas, inclusive políticas”. (Seymor Martins Lipset, 'University Students and Politics in Underdeveloped Countries', in “Minerva”, Vol. III, nº 1, 1964, pg. 38-39). No dia 28 de março de 1964, os Diretórios Acadêmicos das Faculdades Nacionais de Direito (CACO) e da Filosofia, da Universidade do Brasil, mais o de Sociologia da PUC, lançaram manifesto de apoio aos marinheiros e fuzileiros em greve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos. No dia 31 de março, exigiram de Jango armas para a resistência contra o levante de Minas, mas tiveram que se contentar com “manifestações antigolpistas” na Cinelândia. Com a depredação da sede da UNE, o Presidente José Serra pediu asilo à Embaixada do Chile. “Terminava, assim, o ciclo de agitação estudantil, que depois iria se desdobrar em trágicas conseqüências, no terrorismo e na ilegalidade”. (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário”). Na “campanha nacional de alfabetização”, no Governo Goulart, a UNE recebeu 5.000 dólares de Moscou, por intermédio da UIE. Em 1963, a UNE foi presidida por José Serra (da Ação Popular – AP), Ministro da Saúde do Governo Fernando Henrique Cardoso. Veja AI-5, AP, Contra-revolução de 1964, Revolução Cultural, Revolução de 1968, UAPPL, UIE, USP, e leia o livro “UNE, Instrumento de Subversão”, de Sonia Maria Saraiva Seganfredo, edição financiada pelo IPES.

Unidade Bagerovski - Esquadrilha secreta da antiga Força Aérea soviética, com base na Criméia. Criada em 1947 somente para testar bombas atômicas e de hidrogênio, tinha menos de 40 membros. Um de seus integrantes, o piloto Konstantin Lyasnikov, lançou 14 bombas (sendo uma delas 250 vezes mais potente que a usada pelos americanos em Hiroshima, em 1945), e afirmou que os integrantes de sua Unidade foram utilizados várias vezes como cobaias, para verificar como os aviadores reagiam ao calor e às explosões nucleares, voando a 300 metros de altura em direção ao cogumelo atômico. As bombas eram testadas principalmente em campos de provas nucleares: em Semipalatinsk, no Cazaquistão, e em Novaya Zemlya, Península no Círculo Polar Ártico. A Unidade lançou 178 bombas entre 1949 e 1962, a partir de quando passou a fazer missões de reconhecimento sem armas, até ser dissolvida em 1972. A União Soviética continuou os testes subterrâneos até 1990. Veja Guerra Fria.

UP - Unidad Popular (Chile): o Partido Socialista e o Partido Comunista eram a alma da UP, que tinha o apoio também do MAPU e do MIR, durante o Governo de Salvador Allende (1970-73), período em que a UP controlou 2 canais de TV, 68 emissoras de rádio, 10 jornais importantes e 27 revistas. Em janeiro de 1971, os comunistas do Canal 9 da Universidade do Chile se apoderaram da Estação de TV e a utilizaram como elemento de luta em prol do Governo, não obedecendo decisões universitárias e judiciais. A TV Nacional converteu-se em propagandista do regime socialista de Allende. Sem poder recuperar o Canal 9 de TV, a Universidade do Chile rios apropriados, posteriormente apreendidos em várias organizações comunistas. A UAPPL incluía ainda o ensino de armamentos e explosivos, atraindo pessoas do mundo inteiro, e era destinada a assessores de um programa comunista soviético de dominação mundial (globalização comunista). De volta a seus países, os “lumumbas” entravam clandestinamente nos sindicatos de trabalhadores, nos partidos políticos e até nos governos. A cada um destes correspondia uma missão específica nesse “estado-maior geral” de ofensiva mundial. Muitas dessas pessoas, particularmente as que penetravam em organizações de “massa”, obtinham partidários que desconheciam os vínculos dessas lideranças com o comunismo soviético. Patrice Lumumba, líder do Congo, foi assassinado criou o Canal 6, que foi destruído pela polícia civil no dia 20 de outubro de 1972. O canal 13 de TV da Universidade Católica, que num primeiro momento esteve para cair nas mãos da UP, constituiu-se no baluarte da liberdade; o sacerdote Raúl Hasbún, dirigente da TV, sofreu todo tipo de ataque, injúrias e calúnias. Suas transmissões sofriam interferências e “tapadas”. O Governo da UP utilizou todos os recursos administrativos e legais para silenciar a imprensa de oposição, muitos jornalistas foram presos por expressar suas opiniões ou relatar fatos. Em Concepción, o jornalista Hoces foi desnudado, flagelado e rebaixado em sua dignidade humana, dentro de um teatro cheio de marxistas. Veja FPMR, GAP, Libro Blanco, MAPU e MIR.

USP - Universidade de São Paulo: fundada em 1934, no Governo de Armando Sales de Oliveira, e nesta, a Faculdade de Filosofia e Letras, que se tornaria, com Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso e Octávio Ianni, numa das matrizes de difusão do Marxismo. Em 1966, os autores mais lidos eram Lebret, Mounier, Marx, Sartre, Teilhard de Chardin e o Pe. Henrique de Lima Vaz, seguidos por Michel Quoist, Kalil Gilbran, Celso Furtado e José de Castro (que publicou, em 1947, “Geografia da Fome”, e em 1951, “Geopolítica da Fome”). “Não foi Marcuse o único guru dessa geração. Outros disputavam essa influência, Mao, Guevara, Debray, o pétreo estalinista Lukacz, sobretudo Gramsci, os autores da Escola de Frankfurt – Walter Benjamin, Adorno, o ascendente jamais cadente Eric Hobsbawn, marxista inglês, e o então noviço Umberto Eco, que ainda esperaria alguns anos pelas grandes tiragens da perversa ‘O Nome da Rosa’, e Althusser, que propunha nova leitura de Marx, nova interpretação teológica dos santos livros. (...) A ‘Revista Civilização Brasileira’, de Enio da Silveira, acolhia autores prestigiosos. Corria de mão em mão. Entre seus colaboradores o agora, avançado e liberal Alceu Amoroso Lima, o futuroso FHC, Ferreira Gullar, Paulo Francis, ao tempo trotskista – depois, em boa hora, convertido à democracia, por isso repudiado e mantido no escanteio –, Nelson Werneck Sodré, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho – todos crismados ‘aprendizes’ de Lukacz” (José Arthur Rios, in “Raízes do Marxismo Universitário”). Veja Adestramento, ACJM, Guerrilheiros da pena, LIBELU, Libélulas da USP, Movimento de massa, Novilíngua, Organizações de “Frente”, UIE e UNE.

Violência estudantil - Promovida no mundo ocidental, durante a década de 1960, por redes de subversão de Moscou e Pequim. O “Boletim do Partido”, de janeiro de 1967, de Moscou, dizia: “É a juventude idealista quem mais violentamente sente as injustiças, e isso é natural. Os jovens estão começando a experimentar novas emoções e ainda não aprenderam como controlá-las. Sentem intensamente tudo o que acontece, como o amor, sexo, arte, pobreza e beleza. As universidades onde os jovens de ambos os sexos se reúnem para discutir a economia do mundo, história, revolução social e a política são os campos de cultura ideais para espalhar as idéias revolucionárias. As novas idéias criam raízes rapidamente e florescem em abundância...”. O “Boletim do Partido”, de agosto de 1968, elogiou calorosamente os subversivos e as redes que operavam nos EUA, congratulando-se com eles pela “excelente direção dos estudantes norte-americanos que resultou em ações revolucionárias de âmbito nacional.” Veja Escolas de Subversão e espionagem, Instituto 631, Macartismo, Operação Drogas, Revolução Cultural e Revolução de 1968.

Fonte: https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=65242&cat=Ensaios



Nenhum comentário:

Postar um comentário