Las viudas de Che
Por Félix Maier
Em 25/08/2000, eu havia escrito um texto humorístico em Usina de Letras, 'Las viudas de Che' (As viúvas de Che) - https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=771&cat=Humor (*) -, em que colocava em dúvida a autenticidade dos ossos de Che Guevara encontrados na Bolívia.
Na época, a coisa foi feita às pressas, não houve testes de DNA e não li nenhum texto de caráter científico a respeito do assunto nos jornais e revistas - daí minha suspeita de que tudo aquilo poderia ser mais uma esperteza esquerdista para enganar incautos, mestres que são na arte da enganação.
Apesar da falta de testes, os ossos então encontrados passaram a ser a 'prova' inconteste de que eram mesmo de Che, historinha marota logo aceita sem contestação por toda a Peste Vermelha do planeta.
Dúvidas sobre a autenticidade dos ossos de Che? Que se façam os devidos exames de DNA e pronto! Obviamente, tal exame deve ser feito por uma junta de cientistas independentes, não comprometidos com a ditadura cubana.Em 16/10/2002, foi publicado o mesmo texto de minha autoria em Mídia Sem Máscara, com uma modificação no intróito, sob o título 'Fraulein Bünchen e Che Guevara':
Fraulein Bünchen e Che Guevara
por Félix Maier em 16 de outubro de 2002
Resumo: Da seção de humor: Félix Maier reproduz em MSM o curta-metragem do ano. Não percam.
© 2002 MidiaSemMascara.org
Fraulein Gisele Bünchen provocou um forrobodó incrível entre a 'comunidade petista', em um desfile na cidade de São Paulo, por ter mostrado uma foto de Che Guevara em um biquíni. Depois do desfile, apaziguados os ânimos petelhos, ela foi convidada para o lançamento de um filme inédito, 'Las viudas de Che (As viúvas de Che)'.
Tratada como estrela de primeira grandeza, que realmente é, Fraulein Bünchen foi convidada a sentar-se entre Lula-laite e Dirceu-harde, na primeira fila.
Assistam ao filme com Fraulein Bünchen, apresentado a seguir.
Festival Internacional de Cinema de Havana - Ano 2000
Vencedor do 1º Prêmio: Las Viudas de Che
Filme luso-cubano-brasileiro em p&v - preto e vermelho, longametragem de 120 segundos.
Produção: Emir Sádico
Diretor: Sérgio Reacende
Assistente de Direção: Frei Beatto
Roteiro: Saramágico (*)
Música: Chico Bê de Hollambra
Câmara: João Eme Malles
Assistente de Câmara: Marcinho Pevê
Assistente militar: Zé Di Ceu
Treinamento de atores: Mister Stedile do Taquari (MST)
Ator: Paulo Setti (como Che)
Atriz: Luz Célia Esse
Figurino: Cecília Coambra
Maquilagem: Marta Suplício
Participação Especial: Fidel Castrus
(*) penúltima magia: esconder um Nobel na manga
Cena 1
(Fade in) Câmara abre em close no rosto de Che Guevara, com sua indefectível boina.
- Hay que endurecer... - diz Che.
(Plano Geral) Tátátátátátátátátátátátátátátá. Começa o fuzilamento de mais 50 condenados, no paredón cubano. Um a um, vão caindo mortalmente todos os infelizes. As novas 'viudas' de Che não param de chorar.
Cena 2
Close em um botão de rosa sendo entregue por Che a uma das 'viudas'. A câmara é erguida até o rosto de Che, que pisca maliciosamente e diz:
- ... pero sin perder la ternura jamás!
A câmara abre para plano geral no cemitério, com uma fila de 'viudas' recebendo flores de Che.
Cena 3
(Plano Geral) Che entra no prostíbulo e faz os primeiros 'aquecimentos' para montar em uma jinetera - 'una viuda de Che'.
- Hay que endurecer! Hay que endurecer! - repete Che.
Após alguns instantes, geme a jinetera, com os olhos esbugalhados de tanto gozo:
- Che Vara! Che Vara!
Cena 4
Close no rosto de Che, atingindo o orgasmo e gritando:
- Socialismo o muerte! Hasta la victoria! Siempre!
(Congelamento do grito de Che, em close)
(Fade out)
Rolam os créditos finais com a seguinte mensagem:
'Assim morreu Che. O Exército Boliviano passa a ser acusado de matá-lo, mas comprova-se que os ossos encontrados posteriormente na Bolívia são de um jumento. Os ossos verdadeiros de Che nunca saíram da Bolívia'.
Nota da Produção: 'obra ficcional, qualquer coincidência com a realidade é mera semelhança'.
Crítica:
'Enfim, o revival do cinema brasileiro!' (Revista Óia)
'Orgasmaticamente perfeito!' (Arnaldo Jaburu)
Não perca! Em breve, nas telas das principais capitais e em todas as telas de Usina de Letras, com som realplayer, para audição da sonora
Kalashnikov: tátátátátátátátátá.
Roteiro impresso pela Editora Titica, encontrado nas melhores livrarias da cidade.
F I M
Copyleft by F. Maier:
De acordo com a Resolução Final do Fórum Social Mundial (FSM 2001), realizado em Porto Alegre, nada de copyright (right, essa coisa nojenta da direita!): todos estão autorizados a copiar este texto (copyleft), desde que citada a fonte.
Obs.: Publicado no site Usina de Letras.
Félix Maier é escritor e publicou o livro 'Egito - uma viagem ao berço de nossa civilização', pela Editora Thesaurus, Brasília.
Fonte: https://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=65062&cat=Ensaios&vinda=S
(*) Las viudas de Che original (Usina de Letras - Humor-->Las viudas de Che (As viúvas de Che) -- 25/08/2000 - 17:38 (Félix Maier))
Festival Internacional de Cinema de Havana - Ano 2000
Vencedor do 1º Prêmio: Las viudas de Che
Filme luso-cubano-brasileiro - em p&v - preto e vermelho, longametragem de 120 segundos.
Produção: Emir Sádico
Diretor: Sérgio Reacende
Assistente de Direção: Frei Beatto
Música: Chico Bê de Hollambra
Roteiro: Saramágico (*)
Câmara: Jô Eme Malles
Assistente de Câmara: Marcinho Pevê
Assistente militar: Zé Di Ceu
Treinamento de atores: Mister Stedile do Taquari (MST)
Ator: Paulo Setti (como Che)
Atriz: Luz Célia Esse.
Figurino: Cecília Coambra
Maquilagem: Marta Suplício
Participação especial: Fidel Castrus
(*) penúltima magia: esconder um Nobel na manga
Cena 1
(Fade in)
Câmara abre em close no rosto de Che Guevara, com sua indefectível boina.
- Hay que endurecer... – diz Che.
(Plano Geral) Tátátátátátátátátátátátátátátátátá. Começa o fuzilamento de mais 50 condenados, no paredón cubano. Um a um vão caindo mortalmente todos os infelizes. As novas "viudas" de Che não param de chorar.
Cena 2
Close em um botão de rosa sendo entregue por Che a uma das "viudas". Erguer a câmara até o rosto de Che, que pisca maliciosamente e diz:
- ... pero sin perder la ternura jamás!
Abrir a câmara para plano geral no cemitério, com uma fila de "viudas" recebendo flores de Che.
Cena 3
(Plano Geral) Che entra no prostíbulo e faz os primeiros aquecimentos para montar em uma jinetera – uma "viuda" de Che.
- Hay que endurecer! Hay que endurecer! – repete Che.
Após alguns instantes, geme a jinetera, com os olhos esbugalhados de tanto gozo:
- Che Vara! Che Vara!
Cena 4
Close no rosto de Che, atingindo o orgasmo e gritando:
- Socialismo o muerte! Hasta la victoria! Siempre!
(Congelamento do grito de Che, em close)
(Fade out)
Rolam os créditos finais com a seguinte mensagem:
"Assim morreu Che. O exército Boliviano passa a ser acusado de matá-lo, mas comprova-se que os ossos encontrados posteriormente na Bolívia são de um jumento. Os ossos verdadeiros de Che nunca saíram da Bolívia".
Nota da Produção: "Obra ficcional, qualquer coincidência com a realidade é mera semelhança".
Crítica:
"Enfim, o revival do cinema brasileiro!" (Revista Óia)
"Orgasmaticamente perfeito!" (Arnaldo Jaburu)
Não perca! Em breve, nas telas das principais capitais e em todas as telas de Usina de Letras, com som realplayer, para audição da sonora kalashnikov: tátátátátátátátátá...
Roteiro impresso na Editora Titica, encontrado nas melhores livrarias da cidade.
F I M
Copyleft by F. Maier:
De acordo com a Resolução Final do Forum Social Mundial (FSM 2001), realizado em Porto Alegre, nada de copyright (right, essa coisa nojenta da direita!): todos estão autorizados a copiar este texto (copyleft), desde que citada a fonte.
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