MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

História do colapso econômico da Argentina - Por vários autores

Juan Domingos Perón.

A Argentina não precisou dos 4 cavaleiros do Apocalipse para ser destruída.
Bastou 1 só.

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História do colapso econômico da Argentina

Preâmbulo

Verbetes que constam de meu trabalho em andamento, A LÍNGUA DE PAU - Uma história da intolerância e da desinformação.

F. Maier

Autoritarismo falangista - Sistema de governo sustentado por falanges fiéis ao ditador, como Portugal sob Salazar, Alemanha sob Hitler, Itália sob Mussolini, Espanha sob Franco, Argentina sob Perón (“Soldados de Perón”), e todos os sistemas comunistas (Cuba sob Fidel Castro com sua Dirección de Seguridad Personal e seus “Comitês de Defesa da Revolução”, Camboja sob Pol Pot, China e os “Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-Tung, União Soviética, Coreia do Norte etc.). Mais recentemente, houve amostras de autoritarismo falangista no Chile sob Salvador Allende (“Grupos de Amigos Personales - GAP”, a “Guarda Pretoriana” de Allende, incluindo seguranças cubanos), no Brasil sob João Goulart (“República Sindicalista”), no Peru sob Fujimori (grupo paramilitar “Colina”, apoiado pelo SIN), na Venezuela sob Hugo Chávez e Nicolás Maduro (“Círculos Bolivarianos”, incluindo agentes cubanos) e na Argentina dos Kirchner (“La Cámpora” - grupo peronista fundado em 2003). Além do La Cámpora, Cristina tinha o apoio de presidiários, que eram soltos, segundo a eterna viúva cucaracha, para participar de “eventos culturais”, mas que não passavam de tropas de choque fascistas, para intimidar a oposição em atos públicos. A segurança de Fidel Castro incluía 3 anéis concêntricos: 3º. anel: milhares de militares (logística e funções gerais); 2º. anel: grupo operacional (entre 80 e 100 militares); 1º. anel: escolta (2 equipes de 15 militares, que se revezavam para garantir a segurança de Fidel 24 h por dia). Esquema de segurança similar foi garantido pelos cubanos a Hugo Chávez e Nicolás Maduro. Dois guarda-costas de Fidel - Andrés Arronte Martínez e Ambrosio Reyes Betancourt - foram escolhidos em função de seus grupos sanguíneos, “A negativo” (raro, 6% da população mundial), o mesmo de Fidel. Toda noite, esses dois “doadores de sangue” dormiam no 4º. Andar do Palácio, onde ficava a clínica particular de Fidel, para o caso de “el jefe precisar”... Atualmente, o MST é a “falange” mais importante do Brasil, uma “guerrilha desarmada” de muito sucesso, devido ao apoio difuso que recebe, desde partidos políticos (PT, PC do B, PSTU, PSol), sindicatos (CUT), até da própria Igreja Católica (CNB do B, no dizer do pensador José Osvaldo de Meira Penna), com a omissão do Governo Federal frente às invasões de terras, inclusive prestando apoio financeiro à “falange” através do onagro vermelho chamado INCRA, durante os governos tucano e petista.

GOU - Grupo de Oficiais Unidos: composto por militares nacionalistas e admiradores do fascismo, o GOU promoveu um golpe de Estado na Argentina, em 1943, quando Perón “ganhou um posto como secretário de Trabalho e colocou em prática suas ideias inspiradas no fascismo italiano” (NARLOCH, 2011: 203).

Geração Bandung - Convencionou-se chamar de "Geração Bandung" a leva de líderes esquerdistas terceiro-mundistas, que, depois da famosa reunião na ilha de Java, em 1955, até hoje conseguiram realizar uma só coisa: tornar o Terceiro Mundo o Quinto dos Infernos. A Geração Bandung eterniza-se nas atuais refundações comunistas, como o Fórum Social Mundial, de Porto Alegre, em que os parasitas esquerdosos, que estão entre os mais globalizados do planeta, se reúnem para gritar slogans contra a globalização. Claro: eles são apenas contra a globalização da economia de mercado (capitalismo), não contra a globalização do socialismo. Globobões de todo o Globo Global, Uni-vos e Globalizai-vos!

Justicialismo - Ideologia terceiro-mundista de Juan Perón, da Argentina, o qual, como ministro do Trabalho (1943) subornou o movimento trabalhista sindical inteiro e derrubou a próspera economia argentina que, em muitos aspectos, era superior à britânica no período entreguerras e após a II Guerra Mundial. Discípulo de Bandung, que mistura socialismo e nacionalismo, Perón assumiu a presidência em 1946, nacionalizou o Banco Central, as ferrovias, as telecomunicações, o gás, a eletricidade, a pesca, o transporte aéreo, o aço e o seguro. Os gastos públicos subiram de 19,5% do PNB para 29,5% em cinco anos. Em 1951, houve a reeleição de Perón, que já havia torrado as reservas internacionais e destruído o balanço de pagamentos. Em 1952, com uma seca que arrasou o campo, veio à luz a crise argentina e Perón passou da demagogia econômica para a tirania política: destruiu a Suprema Corte, tomou posse da estação de rádio e de La Prensa, o maior jornal da América Latina e incitou a que o povo visse a Grã-Bretanha e os EUA como “inimigos públicos”. O Jockey Clube foi queimado em 1953 pelas gangues de Perón, quando foram destruídas a biblioteca e obras de arte. Em 1954, Perón voltou-se contra o catolicismo e em 1955 trabalhadores arruaceiros queimaram duas belíssimas igrejas, San Francisco e Santo Domingo, além de muitas outras - ao estilo das falanges comunistas da Guerra Civil Espanhola. Em 1955, Perón foi expulso do Exército e da Presidência, assumindo em seu lugar o General Eduardo A. Lonardi Doucet. Mas o legado de Perón persiste, dentro do Partido Justicialista, também chamado de Partido Peronista - o maior da Argentina, num Estado parasita com sindicatos poderosos e uma massa de funcionários públicos. “Eis uma das melancólicas lições que se pode tirar do século XX: uma vez permitida a expansão do Estado, é quase impossível restringi-lo” (JOHNSON, 1994: 521). Vale lembrar que o peronismo pariu em 1966 a organização terrorista Montoneros, que tinha laços com o MR-8 brasileiro.

Montoneros - Ala armada do Movimento Peronista (“Soldados de Perón”): surgida em 1966, sequestraram, em 19/09/1974, em Buenos Aires, os irmãos Jorge e Juan Born, herdeiros do conglomerado Bunge y Born. Pela libertação dos mesmos, os Montoneros receberam US$ 64 milhões, incluindo ações, bônus e outros documentos negociáveis. O dinheiro desse sequestro e outros assaltos renderam US$ 70 milhões e era controlado por Mario Firmenich, El Pepe, e Roberto “El Negro” Quieto. Um banqueiro judeu-argentino, David Graiver, foi escolhido para depositar US$ 40 milhões nos EUA, porém o avião desapareceu sobre o México com todo o dinheiro. O restante do dinheiro, após a morte de El Negro, passou para a supervisão dos cubanos, em 1977, que ajudaram os sandinistas com US$ 1 milhão, a FMLN (El Salvador) com 200 mil, outro tanto para a URNG (Guatemala). O MIR (Chile) teria recebido a maior soma. Guerrilheiros de outros países centro-americanos também receberam dinheiro. Em 1988, Firmenich foi preso no Brasil e em 1990 anistiado pelo presidente Carlos Menem.

Peronismo - Sistema de dilapidação do patrimônio público e privado, promovido por líderes sindicais e pela burocracia estatal, que levou a Argentina, depois do governo Perón, a não encontrar mais seu caminho do desenvolvimento. “O legado de Perón é lastimoso. Em três mandatos presidenciais, acuou a iniciativa privada, produziu inflação, agrediu opositores, atacou a imprensa, recebeu nazistas alemães, aliciou sindicalistas e colocou os seus para repreender manifestações contrárias. Isso sem falar na sedução de meninas menores de idade. Seu populismo foi cultivado com a ajuda de sua esposa Eva Duarte, a Evita, que dava notas de dinheiro aos pobres e criou escolas e fundações com seu nome” (NARLOCH, 2011: 196). A “madona dos descamisados” morreu aos 33 anos, “deixando uma fortuna superior a 8,5 milhões de dólares” (idem, pg. 209). “Evita era fã dos vestidos do francês Christian Dior e dos sapatos do também francês Perugia. Ao morrer, os bens de Evita contavam ‘756 objetos de prataria e ourivesaria, 144 peças de marfim, colares e broches de platina, diamantes e pedras preciosas avaliadas em 19 milhões de pesos’ ” (Idem, pg. 212). Enquanto o país afundava, Perón se divertia com as meninas da União de Estudantes Secundaristas (UES). Quando foi repreendido por ter relação sexual com Nelly Rivas, delegada de sua escola dentro da UES, Perón respondeu: “Ah é? Ela tinha 13 anos? Não faz mal, não sou supersticioso!” (Idem, pg. 220). O preço? “Em três anos, a UES consumiu 10 milhões de dólares, segundo o historiador Hugo Gambini” (Idem, pg. 222). É difícil imaginar que no início do século passado a Argentina era um dos países mais ricos do mundo e tinha mais automóveis que a Grã-Bretanha. “Em termos de renda per capita e reservas de ouro, a Argentina ficava à frente dos Estados Unidos, da Inglaterra e só um pouquinho atrás da França” (Idem, pg. 199). No final de 2001, a Argentina literalmente “quebrou”, teve seis presidentes em um mês e deu um “calote” na dívida externa. Atualmente, o peleguismo argentino tem à frente o presidente Alberto Fernández, que sucedeu a Maurício Macri, em 2019, com um dos slogans “Lula Livre”, e a vice Cristina Kirchner, em sintonia fina com o “bolivarianismo” de Nicolás Maduro, da Venezuela. Ou seja, o longo caminho para o abismo continua garantido.

Terceira via - Antigo meio-termo entre o capitalismo e o comunismo (como o seguido pela Democracia Cristã em alguns países), a denominação foi incorporada pelo Governo britânico de Tony Blair. A expressão “Terceira Via”, utilizada pelo sociólogo inglês Anthony Giddens, seria uma resposta ao “Consenso de Washington” e seu “Pensamento Único”, mas é apenas a velha “Primeira Via” com outro nome. Segundo Havel, ideólogo da Revolução de Veludo, “a terceira via é o caminho mais curto para atingir o Terceiro Mundo”. Perón que o diga de dentro da tumba...

Notas:

JOHNSON, Paul. Tempos Modernos - O mundo dos anos 20 aos 80. Bibliex e Instituto Liberal, Rio, 1994 (Tradução de Gilda de Brito Mac-Dowell e Sérgio Maranhão da Matta).

NARLOCH, Leandro; TEIXEIRA, Duda. Guia politicamente incorreto da América Latina. Leya, São Paulo, 2011.

NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto da história do mundo. Leya, São Paulo, 2013.

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