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Influenciador analógico
Na era digital, com seus brilhos e encantos,
Há um sujeito que se mantém nos antigos cantos,
Um ser que se recusa a ser influenciador,
A dançar e fazer caretas com olhar superior.
Não se importa com likes, nem com aplausos
virtuais,
Pois vive a vida de forma simples, sem artifícios
banais.
Não precisa de Uber, tem seu taxista de confiança,
Um amigo fiel, de histórias e risadas, uma boa
lembrança.
Não pede comida pelo iFood, nem faz compras online.
Prefere fazer sua própria janta, com tempero
caseiro e tino,
Ou comer no boteco da esquina, com amigos e calor
humano,
Conversando, rindo, brindando, sem olhar para a
tela de um plano.
Nas lojas da calçada, encontra o que precisa,
Sem necessitar de Amazon, Shopee ou qualquer outra
brisa.
Gosta de ver gente, conversar com gente, ser gente,
De apreciar as diferenças, ouvir histórias, olhar
no olho presente.
Quando vai a um restaurante com amigos em
companhia,
Não fica absorto na tela do celular, em total
descortesia.
Prefere ouvir as lorotas, os comentários, as
histórias contadas,
Com respeito aos colegas, sem perder o brilho das
risadas.
Para ele, a vida é real, é concreta, é palpável.
Não se deixa levar pela efemeridade do virtual, é
inabalável.
Valoriza a essência, a autenticidade, o calor do
olhar
E mantém-se fiel à sua forma de viver, sem se
deixar influenciar.
Ainda que o mundo com seus botões e cliques siga
digital,
O influenciador analógico encontra nas cartas seu
caminho.
Em tinta no papel, currente calamo, mais do
que um toque virtual,
É um canto à amada que viaja nas mãos do carteiro
com carinho.
Enquanto muitos buscam a fama virtual e o status
online,
Ele segue firme em sua autenticidade, em seu
caminhar offline.
Um influenciador analógico, na contramão da era
digital,
Que vive com simplicidade, realidade e beleza
natural.
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