Para o Estadão, não há "ditadura do judiciário" no Brasil.
LEANDRO RUSCHEL
FEB 28
Só por que um ex-presidiário está no poder por conta de decisões judiciais, e quem critica o fato é alvo de censura ou até prisão, no âmbito de investigações abertas há anos, de caráter persecutório contra um lado do espectro político? 🫠
O Estadão integra o consórcio da imprensa, uma verdadeira militância de redação que tem apenas dois objetivos: legitimar o regime, através de propaganda, e perseguir os dissidentes, seja criando listas negras e denunciando os "crimes de opinião" dos dissidentes, seja apoiando as decisões persecutórias.
Em outras palavras, o jornal, junto com a maioria dos outros veículos de imprensa, integra o sistema de repressão do regime. Logo, não espere qualquer tipo de crítica contra o fim das liberdades individuais por parte dessa gente. Seria como ler no Pravda alguma crítica ao regime soviético.
Eles só irão denunciar algo quando forem vítimas do mesmo processo, o que invariavelmente acontecerá. Mas aí, será tarde demais.
Se não há “ditadura judicial”, por que há pessoas PRESAS por simplesmente terem protestado pacificamente em frente a um quartel?
Nunca houve tantos presos políticos no Brasil, nem mesmo na época da ditadura militar.
Segundo dados da própria PGR, a maioria dos indiciados em Brasília não invadiu nenhum prédio, e mesmo tal indiciamente a crime de menor potencial ofensivo ( incitação ao crime) é questionável, para dizer o mínimo.
Vivemos num país em que homicidas, estupradores, traficantes e corruptos condenados estão em liberdade, enquanto pessoas honestas foram presas em massa pelo crime de protestar em frente a um quartel pela alçada ao poder de um ex-presidiário.
Autoritários e extremistas de esquerda querem decidir o que você pode postar nas redes
Qual é a prioridade do regime autoritário brasileiro? Claramente, é legalizar a censura. Um dos maiores entusiastas da medida é o chefe da Secom, o deputado gaúcho petista Paulo Pimenta, conhecido militante de extrema-esquerda no estado.
Hoje, ele utilizou o Twitter para afirmar que "a liberdade de expressão acaba quando o direito de alguém é ferido. As fake news devem e serão tratadas com todo o rigor da lei. Somos totalmente contrários a qualquer tipo de regulação de opinião. O que estamos tratando é de conteúdo criminoso e ilegal."
Comentou também que "um exemplo é a divulgação impulsionada de conteúdos antidemocráticos, racistas ou homofóbicos. Isso não é opinião, é um crime."
Ora, ainda em 12 de setembro de 2021, o deputado foi até o seu Facebook para divulgar o "documentário" do blog-chapa branca petista chamado "Bolsonaro e Adélio, uma fakeada no coração do Brasil". A peça de propaganda sugere que o atentado foi armado pelo próprio candidato. Seria a "fake news" do bem?
Mas a postura está longe de ser um caso isolado. Em 2015, um grupo chamado Comitê Santamariense de Solidariedade ao Povo Palestino, cujo integrante mais famoso é o deputado Pimenta, enviou ofício para a reitoria da Universidade Federal de Santa Maria para exigir que a universidade entregasse a lista de professores e alunos israelenses que frequentavam a instituição, sob a desculpa de combater "o massacre do povo palestino". Pasmem, o reitor à época acatou o pedido!
Dada a repercussão negativa mundial do caso, o reitor e o deputado recuaram, após uma investigação do MPF ter sido aberta para apurar crime de anitssemitismo. Não há notícia que alguém tenha sido punido pelo claro ato de perseguição aos judeus na universidade.
A ligação do deputado com a causa palestina vem de longa data, assim como sua amizade com o grupo extremista islâmico Hamas. Em novembro de 2021, o deputado Pimenta, junto com vários outros parlamentares e entidades de extrema-esquerda brasileiras, assinaram manifesto contra o intento do governo do Reino Unido de colocar o Hamas na sua lista de organizações terroristas, o que acabou acontecendo alguns dias após a publicação do manifesto. Estados Unidos, União Europeia, Japão, Israel e Canadá também tratam o Hamas como grupo terrorista.
Por fim, não podemos deixar de mencionar a defesa incondicional que Pimenta faz do regime totalitário venezuelano, ao ponto dele ter entrado em luta corporal contra opositores do regime chavista que haviam acabado de ser reconhecidos pelo governo Bolsonaro como legítimos representantes do governo venezuelano, assim como fizeram dezenas de governos ocidentais.
Informa a Gazeta do Povo, de novembro de 2021: "um vídeo gravado nesta quarta-feira (13) mostra a confusão na embaixada da Venezuela em Brasília. Entre os envolvidos está o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, que tenta retirar os manifestantes que apoiam o governo de Juan Guaidó. Pelo Twitter, o parlamentar acusa o governo do presidente Jair Bolsonaro de participar da "ação coordenada" promovida por "milicianos".
O jornalista André Spigariol postou o vídeo no seu perfil, com a legenda: "imagens da confusão na porta da embaixada venezuelana mostram o momento em que Pimenta ajuda o encarregado de negócios de Maduro (Freddy Meregote) a expulsar Alberto Palombo, um dos líderes do movimento pró-Guaidó que ocupou a sede diplomática".
Resumindo, temos um deputado que espalha fake news sobre o atentado contra Bolsonaro, defende o grupo terrorista Hamas e apoia a ditadura chavista afirmando que as redes precisam ser censuradas pela defesa da "democracia" e contra o "discurso de ódio".
Alguém NÃO entendeu o que esse pessoal quer?
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