Félix Maier
Frente a uma cova aberta, eu digo
Não se apresse, me
aguarde um pouco mais,
Pois ainda tenho
muito a fazer antes de ir,
E muitas lágrimas
para derramar.
Sei que meu corpo
cabe nessa cova,
Mas, e a montanha
de prepotência e maldade
Que carrego em meu
peito, onde a colocarei?
Será que ela um
dia se dissipará?
Talvez seja na
terra escura e fria
Que ela encontre o
seu lugar,
E possa finalmente
descansar,
Deixando minha
alma livre para voar.
Que a visão da morte seja
um despertar
Para uma vida mais
leve e amorosa,
Onde a humildade e
a bondade
Sejam minhas
únicas companheiras.
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