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Blog em defesa da democracia e do liberalismo clássico - liberdade de expressão, liberdade religiosa, livre mercado, livre empreendedorismo. Contra o autoritarismo do Cérbero - as três bocarras que infernizaram o século XX: Comunismo, Fascismo e Nazismo.
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Brasília, com B de Bizarro
Félix Maier
A cada dia, o metrô do DF fica cada
vez mais sucateado, com interrupções de tráfego se repetindo, muitas vezes com
fumaça enchendo os vagões, botando os passageiros para correr.
Hoje, dia 28/02, Brasília ficou sem transporte do metrô devido a roubo de cabos
de fibra ótica e de energia. As ruas ficaram engarrafadas com tanto carro,
milhares de trabalhadores chegaram tarde no trabalho, se tiveram sorte de
chegar.
O governo do GDF gasta mais de R$ 24 milhões por ano na segurança do metrô, e
acontece uma barbaridade dessas.
Roubo de cabos de energia viraram rotina no DF, seja enterrados ou aéreos, até
com transformadores deixados no chão. A polícia prende, a Justiça (Audiência de
Custódia) manda soltar, e a novela da impunidade nunca acaba, com meliantes
tendo 20, 30 passagens na polícia. Não matou, não é tão ofensivo à sociedade,
não precisa ser preso - assim pensam e agem nossas autoridades. Um absurdo!
Brasília, com B de Bizarro.
Roubo de cabos paralisa serviços do metrô no DF
Oh Brasil, berço de tanta beleza, Mas também de tristezas e incertezas, Onde o caos se instalou em Brasília, E destruiu prédios em um só dia.
Lula, o presidente, e Dino, o ministro, Tiveram a chance de agir com vigor, Mas, mesmo alertados pela inteligência, Deixaram o vandalismo ter prepotência.
O Congresso, o STF e o Planalto, Todos foram alvo do triste assalto, E o Palácio da Justiça, sem piedade.
Mas por que Dino não tomou ação, Ficou apenas vendo a destruição? Questionamentos ficam na sociedade.
III
"Escreva um soneto sobre as atitudes do presidente Lula da Silva e do ministro da Justiça Flávio Dino, sobre o quebra-quebra de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, que destruiu instalações do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, os quais não tomaram providência, apesar de terem sido alertados sobre o badernaço pela Agência Brasileira de Inteligência. Dino ficou vendo o quebra-quebra do Palácio da Justiça, e nada fez, por quê?"
Oh triste dia em que a desordem reinou, E Brasília foi tomada pelo caos, Onde a violência sem freio se mostrou, E os prédios públicos foram destruídos aos montes.
Lula, o presidente, e Dino, o ministro, Tiveram a chance de agir e não o fizeram, Mesmo alertados pela Agência de Inteligência, Deixaram a situação sair do controle.
O Congresso, o STF e o Planalto, Todos foram vítimas do vandalismo, E o Palácio da Justiça, sem defesa.
Por que Dino ficou apenas a assistir? Em vez de agir e buscar soluções? Essas são perguntas sem resposta que persistem.
***
CPI SOBRE OS ATAQUES ÀS SEDES DOS TRÊS PODERES EM 8/1/2023
Um relatório sigiloso enviado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao Congresso Nacional mostrou que o governo federal havia sido informado sobre eventuais ataques em Brasília, no dia 8 de janeiro.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) relatou que identificou:
Veja abaixo, algumas mensagens de parlamentares da oposição, argumentando as dúvidas que perpassam em nossos dias.
"Lula praticamente fez uma declaração de culpa sobre o 8 de janeiro"
“O que Lula quer esconder colocando sigilo nas imagens das câmeras do dia 8?”
“CPI do dia 08 de janeiro JÁ!
“Houve prevaricação do governo federal no caso dos atos em Brasília?"
Não podemos fechar os olhos diante de grandes dúvidas que pairam no ar.
Queremos respostas, chega de sigilo.
Nós precisamos saber, não dá para suportar este ambiente de dúvidas.
Assine aqui e compartilhe com todos os seus contatos.
Ou talvez você possa compartilhar esta petição urgente via Whatsapp ou Facebook.
Muito obrigada,
Glauciane Teixeira e toda a equipe da CitizenGO
Aqui está o e-mail que lhe enviamos anteriormente sobre isso:
Olá Félix,
Sou Glauciane Teixeira, casada, mãe de família, compartilhamos dos mesmos valores na luta pela vida, família e liberdades fundamentais. Estou lhes escrevendo, pois me somei a equipe do CitizenGO no Brasil, neste ano e juntos, lutaremos nas batalhas que virão de agora em diante.
Como sabem, neste início de janeiro, nós brasileiros nos deparamos com ataques que feriram nossa liberdade, nossa democracia e ainda não está claro, a quem interessou tanta desordem e vandalismo que, ao que parece, beneficiou a esquerda.
Houveram sucessivos erros, talvez até de forma proposital do Governo Federal, que fez vista grossa, para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima.
Nós desejamos saber a verdade! Ajudem a salvar nossa democracia!
As imagens que circulam fartamente pelas redes sociais e estão sendo ignoradas pela imprensa, mostram que o “estouro da boiada” foi planejado e visava incriminar gente inocente.
Ainda, pelo que vimos, 99% das pessoas que estavam nas manifestações e hoje são acusadas criminalmente e de forma equívoca de “terroristas” ou “golpistas”, foram vítimas. Elas estavam ali, pacificamente para ocupar a área externa e não para atacar os prédios.
Diante de tantas inconsistências, solicitamos atuação imediata do senado federal, para uma ampla investigação, pela formação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI).
Esta CPI pode convocar pessoas para depor, ouvir testemunhas, requisitar documentos e determinar diligências, entre outras medidas. Ao final dos trabalhos, a comissão envia à Mesa, para conhecimento do Plenário, relatório e conclusões.
O relatório poderá concluir pela apresentação de projeto de lei e, se for o caso, suas conclusões serão remetidas ao Ministério Público, para que promova a responsabilização civil e criminal dos infratores.
Lembramos que fevereiro se aproxima, não podemos nos omitir diante da gravidade deste tema, estamos prestes a encontrar uma nova composição do senado federal e assim.
É urgente levar aos nossos representantes, nossa inconformidade com a falta de esclarecimento do assunto e que os reais culpados sejam punidos.
Temos pouco tempo!
Obrigada por participar, um abraço,
Glauciane Teixeira e toda a equipe da CitizenGO
PS: Falta pouco para a nova composição do Senado Federal assumir, assine já e compartilhe em suas redes sociais.
Maiores informações:
1- Lula é contrário a instalacão de CPI dos ataques.
https://www.
2-CPI dos atos antidemocráticos só poderá ser instalada a partir de fevereiro, Senado Notícias:
https://www12.senado.leg.br/
3-Senadores propõem CPI para investigar invasões, TV Senado:
https://www12.senado.leg.br/
4-Senado poderá ter comissão para acompanhar investigações de ataques à democracia, Agência Senado:
https://www12.senado.leg.br/
5-Relatório do Distrito Federal alertou secretário para invasão e atos violentos dois dias antes de ataque, Jornal do Comercio:
https://www.jornaldocomercio.
6-“Profissionais estavam no meio de manifestantes”, Poder 360:
https://www.poder360.com.br/
7-Lula sabia do risco de ataques no DF, Revista Oeste:
https://revistaoeste.com/
8-Deputado quer abrir CPI contra Flávio Dino, Revista Oeste:
https://revistaoeste.com/
9- Câmara do Distrito Federal dá início a CPI para investigar manifestações, Revista Oeste:
https://revistaoeste.com/
Um ataque possivelmente orquestrado, aconteceu nos prédios do governo federal, no último dia 08 de Janeiro, como visto nos meios.
Incorrendo em depredação dos edifícios, em que transparece uma mistura de atos legítimos de manifestação, com possíveis infiltrações de cidadãos promovendo atos violentos.
Solicitamos, através desta petição, uma investigação refinada por uma comissão específica do parlamento, como já sugerido por alguns senadores.
CPI sobre os ataques de 8/1/2023. Já!
Faz o L! L de Lalau!
Justiça
manda devolver drogas apreendidas ilegalmente, mas depois recua
https://www.conjur.com.br/2020-jul-31/juiz-manda-policia-devolver-drogas-volta-atras
Justiça
do Rio anula ação policial que apreendeu 700 kg de drogas na operação
"Chupa essa Manga"
Impunidade: Justiça pode ter de devolver R$ 73 milhões a Palocci
Dinheiro
liberado! Justiça desbloqueia bens de Lula confiscados durante a Lava Jato
André Biernath - @andre_biernath - Da BBC News Brasil em Londres
Em cerca de 4,5 bilhões de anos de existência, o planeta Terra passou por pelo menos cinco grandes extinções em massa — e é bem provável que estejamos no sexto fenômeno do tipo justamente no período em que vivemos.
Esses momentos são caracterizados por um aumento na taxa de seres vivos que deixam de existir.
Para ter ideia, cerca de 98% dos organismos que habitaram o globo já não estão mais aqui.
Os cientistas estimam que a média "normal" de extinção é de 0,1 a 1 espécie por 10 mil espécies a cada 100 anos.
Porém, em pelo menos cinco ou seis episódios ao longo das eras, essa taxa acelerou além da conta: de acordo com o Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, "um evento de extinção em massa acontece quando as espécies desaparecem muito mais rápido do que são substituídas".
"Isso geralmente ocorre se cerca de 75% das espécies do mundo são perdidas em um 'curto' período de tempo geológico — menos de 2,8 milhões de anos", calcula a instituição.
O paleontólogo Mario Cozzuol, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cita outra característica fundamental desses acontecimentos: eles aconteceram de forma homogênea em todas as partes do mundo.
"Falamos de eventos em escala global, com uma grande extensão, num tempo geólogo relativamente próximo", acrescenta.
Mas que eventos de extinção de massa são esses? E como os cientistas conseguem determinar que eles de fato ocorreram?
1. Ordoviciano-Siluriano, 440 milhões de anos atrás
Numa publicação disponível online, o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) explica que, nessa era, o planeta vivia um momento de progresso.
"O número de espécies, principalmente de animais marinhos, estava em crescimento. Foi nessa época que surgiram também as primeiras plantas terrestres", contextualiza o artigo.
Mas a bonança acabou com o desaparecimento de 85% das espécies, especialmente de pequenos seres marinhos invertebrados.
Entre as possíveis causas para a crise, os cientistas apontam a movimentação dos continentes em direção ao pólo sul, as quedas na temperatura, a formação de glaciares e a redução do nível dos mares (dos quais boa parte da vida dependia).
2. Devoniano, 370-360 milhões de anos atrás
Cerca de 75 milhões de anos depois, a Terra passou por uma nova hecatombe, que varreu do mapa entre 70 e 80% de todas as espécies.
À época, o mundo "era povoado por muitos peixes primitivos. Também surgiram os primeiros vertebrados terrestres com quatro membros e os insetos. As plantas, por sua vez, estavam cada vez mais altas", descreve o Museu da Vida.
Ainda não há consenso sobre os motivos por trás dessa extinção em massa.
As evidências apontam para diversas alterações no ambiente, como aumento e redução intercalados da temperatura, elevação e baixa do nível dos oceanos e uma queda na concentração de oxigênio na atmosfera.
Alguns também especulam sobre possíveis impactos de meteoritos e cometas.
3. Permiano, 250 milhões de anos atrás
Eis o pior evento de todos: estima-se que mais de 95% dos seres foram extintos nesse período.
O Museu Americano de História Natural, em Nova York, explica que o fenômeno atingiu muitos vertebrados (seres que possuem coluna vertebral e crânio).
Conhecido como "A Grande Morte", esse evento também está relacionado às mudanças no ambiente.
É possível que a movimentação dos continentes, as erupções vulcânicas, o aquecimento do clima e o aumento da acidez dos oceanos tenham representado o fim da linha para muitas espécies que habitavam o planeta.
"Alguns cientistas apontam que a Terra foi atingida por um grande asteroide, que encheu o ar de partículas de poeira, bloqueou a luz solar e provocou chuvas ácidas. Outros pensam que uma grande explosão vulcânica aumentou a quantidade de dióxido de carbono (CO2) e tornou os oceanos tóxicos", detalha o Museu de História Natural de Londres.
4. Triássico, 200 milhões de anos atrás
Os estudos calculam que três quartos das espécies desapareceram nessa época, marcada pelo desenvolvimento dos pinheiros e outras plantas do grupo das gimnospermas, dos dinossauros e dos primeiros mamíferos.
A principal explicação para o fenômeno é a separação da Pangeia — o supercontinente que reunia praticamente toda a superfície terrestre do globo.
Essa atividade geológica colossal elevou a quantidade de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, deixou os oceanos mais ácidos e engatilhou a erupção de vários vulcões.
Com isso, a vida deixou de ser viável para muitas criaturas.
As mudanças, porém, representaram uma vantagem para aqueles que resistiram, como foi o caso de alguns dinossauros.
As espécies de répteis que não morreram acabaram encontrando um terreno fértil para prosperar pelos próximos milhões de anos, aponta o Museu Americano de História Natural.
5. Cretáceo, 65 milhões de anos atrás
Essa talvez seja a mais famosa de todas: ela representou a extinção da maioria dos dinossauros.
"A maior parte desse grupo foi dizimado. Só sobrou a linhagem das aves", resume o biólogo geneticista Fabrício Rodrigues dos Santos, também professor da UFMG.
Estima-se que cerca de 80% das espécies sumiram nesse momento.
"Um dos argumentos mais aceitos para o fenômeno é a queda de um asteroide, cujo impacto tomou uma dimensão global", complementa o pesquisador.
Muito provavelmente, esse asteroide atingiu a Península de Yucatán, território que atualmente pertence ao México.
"E é possível mapear as ondas de impacto até hoje, com evidências disso não apenas na região, mas em partes da África, das Américas e até da Ásia", diz Santos.
É claro que o tal asteroide sozinho não acabou com todos os dinossauros do dia para a noite.
Acredita-se que ele tenha sido o gatilho para uma série de mudanças no ambiente — poeira, diminuição da luz solar, morte das plantas, redução de oxigênio, chuvas ácidas, atividade vulcânica — que acabou com esses répteis aos poucos, ao longo de um milhão de anos.
A ativação devastadora de um vulcão no que hoje conhecemos como Índia é um exemplo desses desdobramentos.
E quem sobreviveu à catástrofe? "Só bichos muito pequenos, que necessitavam de poucos recursos", responde Santos.
"Embora tenham aparecido até antes, a diversidade de mamíferos ficou reprimida por causa dos dinossauros. Eles estavam restritos a determinados ambientes", diz Cozzuol.
"Com o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos e as aves que sobreviveram se aproveitaram desse espaço ecológico novo para se diversificar. Então, a partir daí, sem o limitante que os dinossauros colocavam, eles puderam prosperar", explica o paleontólogo.
6. 'Antropoceno', 2022
Alguns especialistas entendem que o planeta passa atualmente pela sexta extinção em massa agora, no momento em que vivemos.
E, ao contrário dos cinco episódios anteriores, as causas não são as mudanças ambientais fortuitas ou a chegada de asteroides. Dessa vez, a culpa é da humanidade.
Lembra aquela taxa "normal" de extinção de espécies? Pois alguns cálculos apontam que ela está entre 100 e mil vezes mais acelerada desde o surgimento dos hominídeos.
As pesquisas apontam que a atividade humana está por trás disso — e tudo só tem piorado nos últimos séculos.
"Desde a Revolução Industrial, nós estamos aumentando a pressão sobre a natureza ao usar os recursos, sem pensar em como recuperá-los", aponta o Museu de História Natural de Londres.
"Por exemplo, a mudança no uso da terra continua a destruir grandes porções de paisagens naturais. Os seres humanos já transformaram mais de 70% das superfícies terrestres e usam cerca de três quartos dos recursos de água doce", continua o texto.
A atividade agropecuária é uma das principais fontes da degradação do solo, do desmatamento, da poluição e da perda de biodiversidade.
E isso, por sua vez, destrói o habitat de diversas espécies, que passam a competir pelos mesmos recursos, cada vez mais escassos.
"Não é exagero pensar que várias espécies que nem conhecemos ainda estão sendo extintas agora mesmo", diz Cozzuol.
Para complementar, o lançamento de toneladas e mais toneladas de CO2 na atmosfera por meio dos combustíveis fósseis e de outras fontes aumenta a temperatura média do planeta e instiga secas, enchentes e outras catástrofes — o que inviabiliza a vida sob muitos aspectos.
"Se compararmos com o Cretáceo, os dinossauros declinaram ao longo de um milhão de anos. Agora, estamos vendo isso acontecer numa escala de tempo muito menor", pontua Santos.
"Mesmo com tantas mudanças, o planeta vai continuar a existir. A maior preocupação é justamente saber o que vai acontecer com a nossa própria espécie", complementa.
Cozzuol pondera que, apesar de o ritmo acelerado da extinção atual ser um consenso dentro da comunidade acadêmica, é difícil compará-lo ao de períodos anteriores.
Segundo o pesquisador, a grande dificuldade está na "resolução temporal", ou na escala de tempo entre o passado e o presente.
"Tivemos algumas extinções de escala global que levaram até 5 milhões de anos. E o pleistoceno todo, que é o período em que a humanidade surgiu e se desenvolveu, compreende ao redor de 2 milhões de anos", informa.
"Mas de fato passamos por um tempo em que a taxa de extinção está maior que a média normal. Só que é difícil comparar isso em termos de eras geológicas", conclui.
Como os cientistas sabem disso tudo?
Para coletar essa montanha de informações, geólogos, paleontólogos e biólogos utilizam uma série de métodos para analisar formações rochosas e fósseis.
"Fazemos a datação desses indícios ao longo das eras e comparamos aspectos qualitativos. A partir daí, é possível ver quais espécies sobreviveram ou se extinguiram", explica Santos.
Ou seja: se os especialistas viam fósseis de determinada espécie e, a partir de um certo período, esse material desaparece, isso representa um indicativo de que aquele ser vivo deixou de existir no planeta.
"Nessa linha do tempo, é possível ver que um número muito grande de espécies não passou para o outro lado, ou seja, não conseguiu transpor alguma dificuldade que apareceu no ambiente. E isso sugere uma extinção em massa", resume Cozzuol.
"E o que determina a segmentação do tempo geológico em períodos são justamente as extinções. Todos os grandes períodos, como o Paleozoico, o Mesozoico e o Cenozoico, foram marcados por esses fenômenos massivos", complementa.
Uma extinção ancestral?
Nas últimas semanas, uma equipe de pesquisadores americanos descreveu a possível ocorrência de uma sétima extinção em massa — ou primeira, a depender do ponto de vista.
De acordo com a pesquisa, conduzida na Universidade da Califórnia em Riverside e na Virginia Tech, ambas nos Estados Unidos, esse fenômeno de desaparecimento das espécies teria acontecido há 550 milhões de anos, durante o período Ediacarano.
Calcula-se que 80% dos seres vivos tenham sumido do mapa.
"Os registros geológicos indicam que os oceanos perderam muito oxigênio durante aquele período, e as poucas espécies que sobreviveram tinham organismos adaptados aos ambientes com baixa oxigenação", conta o paleoecólogo Chenyi Tu, um dos coautores do artigo, em comunicado à imprensa.
Entre as criaturas ancestrais do Ediacarano que acabaram extintas estão o Obamus coronatus, que tinha um formato de disco, e o Attenborites janeae, que lembra um ovo — os nomes deles fazem homenagens ao ex-presidente americano Barack Obama e ao naturalista inglês David Attenborough, respectivamente.
Embora as descobertas sejam interessantes e curiosas, os especialistas consultados pela BBC News Brasil entendem que essa extinção em massa ancestral ainda carece de mais evidências para ser considerada do mesmo nível das outras cinco.
"Ainda não há consenso sobre essa extinção do Ediacarano e precisamos de mais informação antes de equipará-la às demais", avalia Santos.
Na visão do biólogo, a grande dificuldade em analisar eras tão antigas está na dificuldade em encontrar fósseis e outros registros geológicos.
"Falamos de seres que não fossilizam, o que dificulta a obtenção de um 'extrato' desse período", conclui.
- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-63901851