MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Dunquerque, o último mistério da Segunda Guerra Mundial - Por Guillermo Altares

Dunquerque, o último mistério da Segunda Guerra Mundial

01 Agosto 2017

A batalha de Dunquerque, na França, ainda é um dos grandes mistérios da Segunda Guerra Mundial. Por que Hitler ordenou a interrupção do ataque contra um exército em retirada, em muitos casos em barcos que não tinham nenhuma proteção? Os historiadores mantêm uma disputa aberta sobre um episódio crucial do conflito que arrasou a Europa entre 1939 e 1945. Os nazistas começaram a guerra no dia 1 de setembro de 1939, com a invasão da Polônia. Os Aliados, França e Reino Unido, declararam abertas as hostilidades e começou então o que se conhece como a “drôle de guerre”, a guerra de mentira.

DUNKIRK
Direção: Christopher Nolan.
Intérpretes: Fionn Whitehead, Aneurin Barnard, Tom Hardy.
Gênero: guerra. EUA, 2017.
Duração: 106 minutos.

 A reportagem é de Guillermo Altares, publicada por El País, 17-07-2017.

Com uma falsa sensação de segurança, os Aliados se acreditavam protegidos pela Linha Maginot. Durante quase um ano, as potências europeias estavam em conflito, mas nada acontecia. Em maio, entretanto, os carros de combate nazistas lançaram uma ofensiva imparável rumo ao sul e atravessaram as defesas aliadas como faca na manteiga. Em 11 de junho, de 1940, Paris era uma cidade aberta.

Prevendo o desastre que se aproximava, as tropas britânicas começaram a organizar no final de maio sua evacuação do continente, uma façanha retratada por Christopher Nolan em seu último filme, Dunkirk. “O Governo de Londres começou a preparar uma frota feita de quase tudo, botes e barcos, que pudessem encontrar em suas costas”, escreve Richard J. Evans em seu clássico reeditado O Terceiro Reich em Guerra. Apesar dos ataques da aviação alemã, 700 barcos chegaram às praias de Dunquerque para levar às ilhas tudo o que pudessem salvar de um Exército em retirada. 340.000 soldados conseguiram retornar à Inglaterra graças à ordem pessoal de Hitler para que se parasse a ofensiva mesmo com a opinião contrária de muitos de seus oficiais. “Se não continuarmos, os ingleses poderão transportar o que desejarem, diante de nossos narizes”, exclamou o Marechal de Campo, Fedor von Bock. Quando os nazistas retomaram a ofensiva, já era muito tarde e a evacuação havia sido um sucesso.

Hitler queria reservar suas tropas para chegar a Paris o quanto antes? Confiava muito em sua força após o sucesso das guerras relâmpago de 1939 e 1940? Planejava chegar a um acordo com os britânicos antes de começar a fase seguinte do conflito, com a invasão da URSS? Demonstrou mais uma vez sua incompetência como estrategista? Nunca o saberemos. A realidade é que em 6 de junho de 1944 alguns desses soldados desembarcaram na Normandia para expulsar os nazistas da Europa e conseguir sua revanche.

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Obs.: 

No livro MANSTEIN - Campanhas e Julgamento, de Reginald T. Paget, Bibliex, Rio de Janeiro, 1999, com tradução de Roberto Rodrigues, há o seguinte:

Adolf Hitler permitiu o retraimento de tropas inglesas em Duquerque por motivação política: 

“Ao longo de toda a sua carreira, Hitler muito raramente se afastou dos objetivos políticos descritos em Mein Kampf – e entre eles estava a aliança com a Inglaterra. Em sua mitologia racista, os alemães representavam o povo ariano da terra; os ingleses, o dos mares. Na ordem mundial por ele planejada, havia um lugar reservado para o Império Britânico, não lhe interessando de forma alguma assistir à sua dissolução e, por conseguinte, ver a América apoderar-se de cada uma de suas partes” (PAGET, 1999: 50).

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