Sistema
Métrico da Intolerância
Por Félix
Maier
Como se poderia medir a intolerância? Os astrônomos resolveram
facilmente seu sistema de medição de distâncias fantásticas do cosmos, estabelecendo
o ano-luz como unidade métrica. As estrelas não ficaram mais próximas, porém os
cálculos foram bastante simplificados.
Para medir a intolerância ocorrida nos últimos
séculos, eu proponho que seja criado um sistema métrico para tal fim. Para medir
o número de pessoas vitimadas pelo Nazismo e, especialmente, pelo Comunismo,
poder-se-ia criar o "pol pot" como unidade métrica: 1 pol pot = 2 milhões de mortos. Afinal, Pol Pot, com a ascensão do Khmer Vermelho, foi um dos mais ferozes tiranos do século XX, ao lado de Stálin e Mao Tsé-Tung,
promoveu uma carnificina de 2 milhões de pessoas no pequenino Camboja, seu
próprio país. Seria, pois, uma justa homenagem ao facínora.
Assim, teríamos:
- Santa Inquisição (Medieval, séculos
XIII e XIV; Moderna (Espanha e Portugal), séculos XV ao XIX): 0,018 pol pot (em torno de
36.000 pessoas foram queimadas vivas em autos-de-fé da Inquisição, da Igreja Católica);
- Reino do Terror (1793-1798): 0,02 pol pot (em torno de
40.000 pessoas foram mortas durante o período revolucionário francês, sob a
liderança de Robespierre, Marat, Fouché e Saint-Just, quando ocorreram 300.000
prisões);
- Guerras Napoleônicas (1792-1815): 2,4
pol pots - 4,9 milhões de mortes;
- Arma da Fome: 2 pol pots (genocídio inglês
contra a Irlanda: a partir das “Leis do Milho”, de 1828, reduziu a população irlandesa,
de 8 para 4 milhões de habitantes);
- Guerra Civil Americana (1861-1865):
0,5 pol pot - 1,1 milhão de mortes;
- Guerra Franco-Prussiana (1870-1871): 0,1
pol pot - 250 mil mortes;
- Massacre de chineses: 10 pol pots (Executado pelos
“Rebeldes dos Cabelos Longos”, liderados a partir de 1874 por Hung Hsiu-Chuan, contra
o Imperador da Dinastia Manchu. Os Rebeldes tinham uma interpretação radical do
Cristianismo, exigiam a submissão total do Estado a uma única religião.);
- Massacre de cristãos armênios
(1915-1923): 0,75 pol
pot (1,5 milhão de armênios foram executados pelos turcos otomanos durante e
após a I Guerra Mundial);
- Holodomor (1932-1933): 4 pol pots (arma da fome: cerca
de 8 milhões de ucranianos foram exterminados por Stálin);
- Guerra Civil Espanhola (1936 e 1939): 0,5 pol pot (1 milhão de mortos,
na guerra de franquistas contra republicanos e comunistas;
- Massacre de alemães: 0,75 pol pot (após a rendição,
ao final de II Guerra Mundial, em maio de 1945, foram mortos cerca de 1,5 milhão
de alemães por russos, poloneses e tchecos, quando obrigados a deixar as terras
onde, durante séculos, haviam habitado, do lado da antiga Prússia, que desapareceu
do mapa);
- I Guerra Mundial (1914-1918): 10 pol
pots;
- II Guerra Mundial (1939-1945): 30 a 42,5
pol pots (Guerra iniciada pelo regime nazista, o número de mortos é estimado
entre 60.000.000 e 85.000.000);
- Estupro em massa de alemãs (1945-1948):
1 pol pot (realizado por soldados soviéticos ao invadir a Alemanha);
- Holocausto judeu: 3 pol pots;
- Hiroshima e Nagazaki: 0,1 pol pot (bombas atômicas
americanas, em 1945 - 214.000 mortes, sem contar os mortos posteriores, por contaminação
radioativa);
- Guerra do Vietnã (1955-1975): 0,77 pol
pot (auge da Guerra Fria, com 46.000 militares americanos mortos, 600.000 mortes
de sul-vietnamitas e 900.000 mortes de norte-vietnamitas);
- China comunista (1949 até nossos dias):
32,5 pol
pots; somente a Revolução Cultural (1966-1976) = 5 pol pots;
- Massacre de tibetanos: 0,6 pol pot (promovido pela
China comunista na invasão do Tibete, em 1950, quando 1.200.000 foram mortos,
muitos queimados vivos);
- União Soviética (1917-1981): 15 pol pots (guerra civil, Gulags,
perseguição a dissidentes etc.);
- Expansionismo japonês na China
(1937-1945): 12,5 pol pots (durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa);
- Cobaias chinesas: 0,1 pol pot (vítimas dos japoneses
durante a II Guerra Mundial, em pesquisa para desenvolvimento de armas biológicas);
- Camboja comunista: 1 pol pot (regime genocida de
Pol Pot, de 1975 a 1979, origem do sistema métrico da intolerância);
- Coreia do Norte comunista: 1 pol pot (enquanto o ditador
Kim Jong II desfrutava de piscina com ondas em seu palácio, cerca de 2 milhões de
norte-coreanos morreram de fome nos anos de 1997 a 2002);
- Afeganistão: 0,75 pol pot (guerra civil,
contra a União Soviética, de 1979 a 1989); como consequência, surgiram os Talibãs;
de 2001 até os dias atuais, são mais de 149.000 afegãos mortos na guerra contra
os EUA - 0,07 pol pot;
- Leste Europeu comunista: 0,5 pol pot;
- América Latina: 0,4 pol pot (Cuba
(136.000) (1), Nicarágua (50.000), El Salvador (65.000), Colômbia (260.000),
Peru (75.000), Chile (3.000), Argentina (5.916, não 30.000, como alardeia a
esquerda) (2), Brasil (434 terroristas mortos/desaparecidos, segundo a Comissão
Nacional da Verdade - CNV, e 120 cidadãos mortos por terroristas - simplesmente
esquecidos pala CNV); todas as guerrilhas sul-americanas, inclusive as
narcoterroristas como FARC e Sendero Luminoso, foram filhotes do KGB (União
Soviética), e da OLAS (3), criada por Fidel Castro em 1967;
- Guerra civil no Sudão: 1 pol pot (fundamentalistas
islâmicos contra cristãos e animistas; em 2011, o Sudão do Sul tornou-se
independente);
- Guerra civil na Etiópia, em Angola e em
Moçambique: 1 pol
pot (ecos da Guerra Fria);
- Massacre de Ruanda (1990-1994): 0,4 pol pot (etnia hutus
contra etnia tutsis);
- Genocídio de comunistas na
Indonésia (1965-1966): 0,25 pol pot (promovido pelo governo Sukarno);
- Guerra civil na Síria (2011-2021: 0,14 a 0,25 pol pot - guerra ainda em andamento (380 mil mortos, podendo chegar a 500 mil mortos; refugiados: 5,5 milhões; desabrigados: 6,7 milhões);
- Guerra civil brasileira atual: 160 mil
mortos/ano, sendo 110 mil no trânsito e 50 mil à bala: em 10 anos, temos 0,6 pol pot (dados de
2000);
- Comunismo no mundo: 55 pol pots (fonte: O Livro Negro do Comunismo), intolerância
ainda em andamento (China, Cuba, Coreia do Norte, Venezuela). Segundo o Papa João
Paulo II, em sua história de 2.000 anos, o Cristianismo teve cerca de 60 milhões
de mártires (30 pol pots), sendo que 27 milhões sob o jugo comunista (13,5 pol pots).
A “cristofobia” prospera, ainda hoje, entre os muçulmanos, com cristãos sendo
mortos em muitos países, queimados vivos na Nigéria e crucificados no Egito;
- Holocausto de nascituros: 27,5 pol
pots anuais (genocídio ocasionado por 55 milhões de abortos anuais); ainda que o
número de abortos esteja em queda, é o maior crime praticado contra a
humanidade em todos os tempos. Em 4 anos, significa que os arautos da morte
eliminam um Brasil inteiro.
Notas:
(1) Aos
que vestem a camiseta de el chancho (o porco) Che Guevara,
aos que defendem Cuba até a morte, aos que dizem tratar-se de número mentiroso,
cfr. postagem do jornalista e historiador Hugo Studart, em seu Blog
"Conteúdo":
"13/10/2008 21:50
Post do Blog
http://www.conteudo.com.br/studart/o-democrata-fidel-e-os-direitos-humanos/?searchterm=ditadura%20cubana
O democrata Fidel e os Direitos Humanos
Encontrei esses números do relatório da Câmara
Ibero-Americana de Comércio/Stanford Research Institute, com dados sobre ações
democráticas do kamarada Fidel entre de 1959 a 2004: foram 56.212 fuzilados no
"paredón"; 1.163 assassinados extrajudicialmente; 1.081 presos
politicos mortos no cárcere por maus-tratos, falta de assistência médica ou
causas naturais; 77.824 mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga pelo mar.
Total: 136.288 cubanos mortos pela ditadura Castro. Em nossa ditadura militar,
são 301 os mortos e desaparecidos."
(2) El
Monumento a la Memoria: Construído em Buenos Aires, tem 5 paredes com 30.000
placas, que deveriam lembrar os desaparecidos argentinos durante o governo militar
anticomunista. Porém, apenas 8.718 placas têm identificação, ou seja, há 21.282
placas em branco, sem nomes - uma mentira inflada quase 4 vezes. Os esquerdistas
argentinos conseguiram ser ainda mais embusteiros que seus kamaradas brasileiros,
ao criar a figura do “desaparecido sem nome”. Essa vergonhosa mentira vem sendo
repetida há décadas e hoje todo mundo acredita que realmente houve 30.000 desaparecidos
na Argentina, número assim redondinho, sem uma placa a mais ou a menos. Ultimamente,
descobriu-se o número correto dos desaparecidos na Argentina: 5.916 - cfr. em http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/argentina-aparecem-os-desaparecidos-por.html.
(3) OLAS
- Organización
Latinoamericana de Solidaridad: no dia 16/01/1966, um dia
após o término da Tricontinental, em Havana, Cuba, as 27 delegações
latino-americanas reuniram-se para a criação da OLAS, proposta por Salvador
Allende, então Senador Chileno. O terrorista brasileiro Carlos Marighella foi
convidado oficial para a Conferência da OLAS em 1967. Ola, em espanhol, significa “onda”, seriam, pois, ondas, vagalhões
de focos guerrilheiros espalhados por toda a América Latina, como disse o
próprio Fidel Castro: “Faremos um Vietnã
em cada país da América Latina”. “A luta anti-imperialista, na
Guatemala, na Colômbia, na Venezuela e na República Dominicana, deve
estender-se ao Brasil, ao Paraguai, à Argentina e a todos os países da America
Central” (Resolução secreta da Conferência Tricontinental em Havana) (4).
Após a Conferência da OLAS, começam a surgir movimentos guerrilheiros em vários
países da América Latina, principalmente no Chile, Peru, Colômbia, Bolívia,
Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. A OLAS, substituída pela JCR, tem sua
continuidade no Foro de São Paulo (FSP) e no Fórum Social Mundial (FSM).
(4)
ORVIL
Versão
digital em pdf:
https://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf
Versão
impressa em pdf:
https://s1p.doczz.com.br/store/data/000492068.pdf?k=EwAAAXexRhacAAACWCgEAUxl1lSePSaKgggoWi92l3aB4hc_mgNivvwl2Wgi#pdfjs.action=download
Leia ainda:
Por que o comunismo não é tão odiado
quanto o nazismo, embora tenha matado muito mais?
Eis os seis motivos:
https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2711
MEMORIAL 31 DE
MARÇO DE 1964 - Textos selecionados por Félix Maier:
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html
HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO - 31 DE
MARÇO DE 1964 - Fichamento de 15 livros da Bibliex feito por Félix Maier:
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html
HISTÓRIA ORAL DO EXÉRCITO
31 DE MARÇO DE 1964
O Movimento Revolucionário e sua História
15 Tomos
Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 2003.