MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

As ossadas do Cemitério de Perus - por Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra


Revanchismo

03/12/14 - Ocultação de cadáver?

Detalhes
Escrito por jo.ustra
Categoria: Revanchismo

Por Carlos Alberto Brilhante Ustra -Cel Ref do EB

 Em 05 de janeiro de 1972, por volta das 20hs, em São Paulo/SP,  Hirohaki Torigoe,  terrorista militante do Movimento de Libertação Nacional, – MOLIPO -, foi abordado por policiais que lhe deram voz de prisão.
 Ato contínuo, e sem oferecer qualquer chance de diálogo, o facínora reagiu àquela ação, efetuando inúmeros disparos que vieram a ferir gravemente um policial e um transeunte que passava pelo local. Respondendo à essa injusta agressão sofrida, os Agentes do Estado retribuíram os tiros, logrando atingir o terrorista que veio a óbito no local.
 Como os terroristas costumavam cobrir pontos com cobertura armada, para a proteção dos agentes e dos próprios transeuntes, o local não era preservado para fazer a perícia. O corpo dos terroristas mortos em combate eram conduzidos ao DOI e assim foi feito com Hirohaki Torigoe.

Após as comunicações de praxe, o corpo era  recolhido ao IML, para exame necroscópico, lavratura do devido atestado de óbito e posterior sepultamento.

 Ressalta-se que, a partir da entrega do corpo ao IML, todos os demais procedimentos ficavam a cargo da Secretaria de Segurança de São Paulo.
 Na ocasião de sua morte, Torigoe portava identidade falsa, cunhada em nome de Massashiru Nakamura. Esse documento foi forjado a partir de certidão de nascimento obtida ilegalmente em um órgão de identificação, alvo de uma ação da ALN. Esse nome - Massahiru Nakamura - passou a constar, então, no atestado de óbito e no registro de sepultamento de Hirohaki Torigoe. 
Jornais da época divulgaram a notícia da morte do terrorista, veiculando sua fotografia, o nome verdadeiro e a identidade falsa que portava. No dia 06/01/1972 o jornal O Estado de São Paulo publicou a matéria intitulada “Terrorista fere dois e morre”, onde consta a foto de Torigoe e o nome da identidade falsa que usava. 
Hiroaki Torigoe foi sepultado no Cemitério de Perus , na Rua 15, Sepultura 65 com o nome falso que usava.
 É de se registrar, também, que todos os terroristas mortos em combate contra os órgãos de segurança eram enterrados no Cemitério de Perus, criado, em 1971, para enterrar indigentes, dado a falta de espaço nas demais necrópoles. A lista de sepultados daquele cemitério informava o nome constante no atestado de óbito, indicando a Quadra e a Cova do sepultado. 
No caso em comento, o féretro poderia ser facilmente localizado, em caso de procura pelos familiares ou pelo Ministério Publico, bastando para isso um simples cotejo do registro existente no cemitério com as notícias publicadas na mídia.
 Nesse ponto, cabe chamar a atenção para o fato de que não foi o Estado que, dolosamente, alterou os dados no registro de óbito do terrorista, tendo por finalidade impedir sua identificação e posterior localização. O próprio facínora obrou para se manter no anonimato. Pensar diferentemente disso seria inverter responsabilidades. 
1-    O Cemitério de Perus, foi criado pelo prefeito Paulo Maluf, em 1971, pra sepultar indigentes, pois não existia mais espaço para eles nos demais cemitérios da cidade.  A partir daí os terroristas que morriam em combate com os Órgãos de Segurança eram nele sepultados. 
2-    Em 1975, quando o prefeito era Miguel Colasuono, para desocupar vagas, foram exumadas 1049 ossadas, nelas incluídas  de 6 a 8 terroristas. 
3-    Em 1976, quando o prefeito mera Olavo Egídio Setúbal, as 1049 ossadas foram despejadas numa vala comum que foi aberta. 
4-    Posteriormente, quando Mario Covas era o prefeito , ele determinou que a abertura dessa vala não fosse comentada. Covas era do MDB, fora indicado por Franco Montoro, portanto de oposição aos governos militares e, se não denunciou irregularidades na colocação das ossadas na Vala é porque elas não existiram. 
5-    Em 1990, Luiza Erundina, então prefeita de S. Paulo, por motivos ideológicos e revanchistas, denunciou a Vala como sendo uma criação dos militares para ocultar cadáveres. 
6-    Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em 24/02/2014, o ex-administrador do Cemitério de Perus Antonio Pires Eustáquio confirma estes dados. A reportagem completa foi publicada no Jornal O Globo de 25/02/2014. 

Para maiores informações acesse:
  http://www.averdadesufocada.com/index.php/revanchismo-especial-98/10340-120314-administrador-do-cemiterio-explica-com-detalhes-na-cnv-a-vala-de-perus-


Fonte: https://www.averdadesufocada.com/index.php?option=com_content&view=article&id=11932:031214-ocultacao-de-cadaver&catid=50&Itemid=98

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