| 23 Abril 2014
Artigos - Terrorismo
“Meu nome é Dilma Vana Rousseff. Mas também podem me chamar de Estela, Wanda, Luíza e Patrícia”.
A
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) resultou da
fusão das organizações terroristas Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR) (1) e Comando de Libertação Nacional (COLINA) (2). Pela VPR
destacaram-se Antonio Roberto Espinosa, Carlos Lamarca, Cláudio
Marinheiro, Fernando Mesquita Sampaio Filho e “Mário Japa”. Pelo COLINA,
Maria do Carmo Brito, a “Lia”, Carlos Alberto Soares de Feitas, o
“Beto” ou “Breno”, Dilma Roussef e Carlos Franklin Paixão de Araújo, o
“Max”.
“Em
1968 saí daqui do 19º. RI e fui servir em Guaíra, no Paraná. Lá chegou
ao nosso conhecimento de que grupos terroristas que atuavam no Rio de
Janeiro e em São Paulo estavam utilizando aquela área como reunião de
homizio. Em uma operação de informações, cercamos uma fazenda que tinha
sido comprada por um grupo da Vanguarda Popular Revolucionária
(VAR-Palmares) e era o local onde eles faziam treinamento. (...) A
intenção deles era começar uma guerrilha na área rural, através do
processo do foquismo, que fora sucesso lá em Cuba e na China. Estavam
treinando ocultar-se em meio à vegetação, enterrar suprimentos, munição,
medicamentos, a caminhar e orientar-se dentro do mato” (General-de-Brigada Flávio Oscar Maurer - História Oral do Exército/1964,
Tomo 8, pg. 309). Nesse depoimento, o general Maurer narra, ainda, que
foi baleado pelo 2º Sargento Venaldino Saraiva, esquerdista fanático,
que se suicidou em 12/5/1964. Maurer teve toda a face esquerda
dilacerada e passou por várias cirurgias plásticas.
“A
par do Setor de Expropriações, a VAR Palmares possui o Setor
Territorial, incumbido da arregimentação entre estudantes, camponeses e
operários, bem como da ligação, na ocasião oportuna, da coluna
guerrilheira com a região urbana, através da aceitação, divulgação e
apoio dessa coluna. Cada subsetor do Territorial possui dois grupos
distintos: SAM, Setor de Ação de Massas, e GAV, Grupo de Ações
Violentas. Ao primeiro, compete conseguir adesões da doutrinação e
induzir as massas à realização de ações de interesse da organização,
greves, passeatas, depredações etc.; ao segundo compete agir no meio
operário, estudantil e camponês, como um órgão de repressão às
manifestações contrárias às ações desenvolvidas pelo SAM, como lhe
compete, outrossim, a tomada violenta de fábricas, panfletagem e
justiçamento” (SOLNIK, 2011: 241).
No
dia 22/6/1969, a VAR-Palmares roubou em assalto à Companhia de Polícia
do 10º Batalhão da FPESP (São Caetano do Sul) 94 fuzis, 18 metralhadoras
INA, 30 revólveres Taurus cal .38, 300 granadas e cerca de 5.000
cartuchos de diversos calibres, aumentando consideravelmente seu
arsenal, já suprido com o assalto à Casa de Armas Diana e ao 4º
Regimento de Infantaria (4º RI) - ação empreendida pelo capitão do
Exército Carlos Lamarca, da VPR, junto com o sargento Darcy Rodrigues.
No
Rio de Janeiro, a VAR-Palmares participou do assalto ao Banco Aliança,
Agência Muda (1969), de onde foi roubada a importância de NCr$
54.884,62, ocasião em que foi assassinado o motorista de praça Cidelino
Palmeiras do Nascimento, que conduzia policiais em perseguição aos
assaltantes.
Gustavo
Benchimol, sobrinho de Ana Capriglione, queria entrar para o COLINA e
procurou Juarez Guimarães de Brito, dizendo que o falecido Adhemar de
Barros, antigo amante de Ana, havia distribuído cerca de 25 milhões de
dólares em 10 cofres, escondidos em casas e apartamentos do Rio de
Janeiro. Segundo Gustavo, um desses cofres se encontrava no casarão de
sua tia Ana, em Santa Tereza. Na chamada “Grande Ação”, a VAR-Palmares
roubou o cofre em Santa Tereza, em 18/6/1969, auferindo a quantia de
2,596 milhões de dólares. Parte desse dinheiro (cerca de 1 milhão de
dólares) foi entregue ao embaixador da Argélia no Brasil, Hafid
Keramane, para aquisição de armas, custear a viagem de terroristas
àquele país e auxiliar Miguel Arraes a criar a Frente Brasileira de
Informações (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/fbi-um-onagro-franco-argelino.html). “O
assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio de
Janeiro. Até então, fora ‘o maior golpe do terrorismo mundial’, segundo
informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro ‘A Ditadura Escancarada’.
(...) A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e
Carlos Franklin Paixão de Araújo [“Max”, amante de Dilma], que então comandava a guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país e mais tarde se tornaria pai da única filha de Dilma” (“O cérebro do roubo ao cofre”, revista Veja,
15/1/2003, pg. 36). O ex-ministro Carlos Minc, que hoje participa de
passeatas para a liberação da maconha, foi um dos que participaram do
roubo, junto com Juarez Guimarães de Brito, Wellington Moreira Diniz,
Fernando Ruivo, José Araújo Nóbrega, o ex-sargento Darcy Rodrigues,
Sônia Lafoz, o ex-açougueiro João Domingues. O ator da TV Globo, José
Abreu, militante da VAR-Palmares, teria participado do transporte do
dinheiro do cofre (cfr. “No volante”, de Luiz Carlos Azedo, Correio Braziliense, 30/1/2013). Ao todo, foram 13 os assaltantes: “São Treze, a única mulher fui eu. Teve essa história que houve essa mulher... [Dilma Rousseff?] Em alguns lugares falam de outra mulher, mas não houve...” (depoimento de Sônia Lafoz a Solnik - pg. 246).
No
livro do jornalista Solnik - ucraniano, no Brasil desde 1958, ficou
preso no DOI-CODI de São Paulo em 1973 -, consta que não houve a
participação direta de Dilma Rousseff no roubo do cofre, já que
pertencia ao comando nacional da organização terrorista, assim como seu
amante “Max”. Os chefões terroristas normalmente eram preservados das
ações de rua, para evitar suas prisões, no caso da casa cair. Em
depoimento no mesmo livro, Sônia Lafoz diz: “Éramos poucas mulheres
na luta armada, muito poucas. No cofre, só estava eu de mulher. As
mulheres que fizeram muitas ações, vamos ver... Maria do Carmo era
direção, Inês Etienne era direção, a própria Dilma, não cruzei com ela,
mas sabia da existência dela, sabia que nunca fizera ação armada. Nunca
tive reunião com ela, eu tinha pouco contato com as mulheres. Carmen
Giacomini era da ação armada, uma das poucas” (pg. 146).
Conforme
revelação de Maria do Carmo (pg. 213-214), parte da quantia de 1 milhão
de dólares entregue ao embaixador da Argélia teria voltado à guerrilha
brasileira via Ângelo Pezzuti, da VPR. Posteriormente, o número da conta
na Suíça teria sido repassado ao ex-sargento Onofre Pinto, por ordem de
Lamarca. Como ocorreu com a maior parte do dinheiro roubado pelos
montoneros (3) na Argentina, o dinheiro do cofre que chegou a Onofre
também sumiu.
Sônia
Lafoz fez o papel de “irmã” de Lamarca (“César”), quando este esteve
internado em um hospital para fazer cirurgia plástica, disfarçado de
“cabeleireiro”, ou seja, disfarçado de homossexual, com cueca vermelha,
já que naqueles tempos apenas mulheres e boiolas faziam este tipo de
cirurgia.
Dilma trocou parte dos dólares roubados em casas de câmbio no Rio, por ter aparência de socialite, não despertando suspeitas. “Mário Japa” assim se referiu a ela: “Veja as roupas dela, o modo de falar... Burguesinha...”
(SOLNIK, 2011: 94). Segundo Solnik, Juarez Guimarães e Maria do Carmo
foram “guardiões” de novecentos mil dólares, Inês Etienne de trezentos
mil e “Max” de outros trezentos mil (cfr. pg. 138). Uma pergunta deve
ser feita à amante de “Max”: onde foi parar o dinheiro? Até hoje, Dilma
não soltou um pio sobre o assunto.
No
Rio Grande do Sul, foram assaltados o Banco do Estado do Rio Grande do
Sul (Porto Alegre, Agência Tristeza, 28/1/1970) e o Banco do Brasil,
Agência Viamão, RS (18/3/1970).
Em
São Paulo, houve tentativa de assalto em um estacionamento, assalto a
um supermercado do Sesi, no Cambuci, assalto ao Supermercado Peg-Pag e 3
assaltos a supermercados diferentes do Grupo Pão de Açúcar, todos no
ano de 1970.
Em
1/1/1970, a título de comemoração do aniversário da Revolução Cubana, a
VAR-Palmares sequestrou em pleno voo um avião Caravelle, da Cruzeiro do
Sul, que fazia a linha Montevidéu-Porto Alegre-Rio de Janeiro,
desviando-o para Cuba. O sequestro foi planejado por James Allen Luz,
que o executou com cinco comparsas, dentre os quais Jessie Jane Vieira
de Souza, posteriormente diretora do Arquivo do Rio de Janeiro, com sede
na antiga dependência do DOPS.
Uma das integrantes da VAR-Palmares, do setor de Inteligência, foi Elizabeth Mendes de Oliveira, a Bete Mendes (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/bete-mentes-por-felix-maier.html) de novelas e seriados como “Beto Rockfeller” e “A casa das sete
mulheres”, que usava o codinome “Rosa” na clandestinidade, talvez
querendo ser a “Rosa de Luxemburgo” brasileira. Bete Mendes “fazia parte do núcleo da VPR do Colégio de Aplicação, onde foi colega de Pérsio Arida”
(SOLNIK, 2011: 187). A então deputada federal petista Bete Mendes, em
visita ao Uruguai com uma comitiva do Presidente Sarney, em 1985, acusou
o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar naquele
país, de ter sido torturado por ele nas dependências do DOI/CODI do II
Exército (São Paulo), onde a terrorista passou 18 dias presa depois de
ter sido detida no “aparelho” da Rua General Bagueira, 79, com
documentos falsos e roubados para uso do grupo terrorista. “Rosa” ficou
presa entre os dias 29 de setembro e 16/10/1970.
A tortura foi negada pelo coronel Ustra no livro Rompendo o Silêncio https://www.averdadesufocada.com/images/rompendo_o_silencio/rompendosilencio.pdf (clique para download). Antes da denúncia, “Rosa” já havia sido entrevistada pela revista Afinal (2/7/1985) e pelo Pasquim
(17 Fev a 05/3/1986), ocasiões em que não citou a tortura, indício de
que além de boa atriz é também uma boa mentirosa, o que pode ser
corroborado pelas declarações de “Max” no jornal Zero Hora,
de 20/8/1985. O Centro de Comunicação Social do Exército convidou Bete
Mentes para “guerrear” em um documentário da FEB, provando que o outrora
grandioso Exército Brasileiro perdeu sua bússola.
De lá para cá, a coisa piorou muito, e o Exército, com a criação do
Ministério da Defesa, hoje é apenas uma força de janízaros castrados,
sob comando de otomanos petistas, ou seja, é apenas uma eficiente
empreiteira do PAC petista, como visto nas obras do aeroporto de
Guarulhos, onde conseguiu economizar R$ 150 milhões – uma aberração, dentro da ética petista de assalto aos cofres públicos.
Após
a prisão de “Rosa”, a VPR fez ainda as seguintes ações: assalto a um
carro de transporte de valores da Transfort S/A, em Madureira, Rio, RJ,
junto com o MR-8, em 22/11/1971, ocasião em que os terroristas levaram 2
metralhadoras, 2 pistolas calibre 45 e 1 espingarda calibre 12, e
assassinaram o suboficial da reserva da Marinha, José Amaral Villela,
chefe de segurança do carro de transporte; assalto ao Curso Fischer,
Tijuca, Rio, RJ, no dia 14/1/1972; assassinato do marinheiro inglês
David A. Gutheberg, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 05/2/1972, numa
atuação de “Frente” com a ALN, VPR e PCBR; assalto ao Banco da Bahia e
ao Banco de Crédito Territorial, em São Cristóvão, Rio, RJ, no dia
25/2/1972; assalto ao Banco Territorial, na Avenida Brasil, Rio, RJ, em
“frente” com o MR-8 e PCBR, em abril de 1972; assalto ao Banco Nacional,
de Braz de Pina, Rio, RJ, em julho de 1972, em “frente” com o PCBR;
assalto ao Banco Itaú, em Botafogo, Rio, RJ, em outubro de 1972, em
“frente” com o PCBR; assassinato do Dr. Otávio Gonçalves Moreira Júnior,
em Copacabana, Rio, RJ, no dia 25/2/1973, em “frente” com a ALN e PCR;
no Rio Grande do Sul, assalto ao Banco Francês e Brasileiro, em Porto
Alegre, RS, no dia 14/12/ 1973, em “frente” com o PCBR; em São Paulo,
assaltos à Empresa Paulista de Ônibus (Vila Prudente, Out 1970), ao
supermercado Pão de Açúcar (Rua Baturité) e Pão de Açúcar (Barão de
Jundiaí), ambos em Nov 1970; ao Supermercado Gigante (Lapa, Fev 1971),
em “frente” com o PRT; à Fábrica de Parafusos Mapri (Vila Leopoldina,
Mar 1971), em “frente” com o PRT; à firma RCA-Victor (Jaguaré, Mai
1971); à Empresa de Ônibus Tusa (Freguesia do Ó, 10/5/1971), ocasião em
que foi morto o soldado PM Manoel Silva Neto; tentativa de assalto a uma
casa de armas (Av. Rangel Pestana), quando o proprietário foi ferido a
tiros, após reagir e evitar o assalto; tentativa de assalto a uma casa
de armas (Lapa), evitado por um vigia; tentativa de assalto à residência
de um colecionador de quadros, na Rua Veríssimo Glória.
No interior do Rio, um terreno seria utilizado para fabricação de bombas de plástico: “O
projeto era de montar uma ‘fábrica de bombas’ e fora desenhado por um
engenheiro químico egípcio, ligado à Al Fatah e ao Setembro Negro, que
se aproximou de Espinosa [Antonio Roberto Espinosa] e
se ofereceu para colaborar com a VAR-Palmares. Era um cara de olhos
muito vivos e atentos, que diziam mais que sua boca. (...) - Um leilão
de velhos telefones públicos a manivela. Isso me interessa - disse o
egípcio. (...) - Esses aparelhos funcionam como ímãs, dos quais
precisamos para nossas bombas por controle remoto” (SOLNIK, 2011: 150). Em seu livro, Solnik não informa se o projeto foi consumado.
Durante
certo tempo, Delfim Netto esteve na lista dos “sequestráveis”, quando
os terroristas descobriram que todo fim de semana o “tsar” da economia
viajava a Jundiaí.
Tadeu, um estudante de Geologia e apaixonado (não correspondido) por Dilma Rousseff, dizia que ela “é a reencarnação da Krupskaya, e Krupskaya e a própria Dilma são reencarnações de Helena de Troia” (SOLNIK,
2011: 191). Aos não-terroristas, convém esclarecer que a bibliotecária
bolchevique Nadezhda Konstantinovna Krupskaja foi a mulher de Lênin.
No
discurso de posse da Presidência, em 2011, Dilma Rousseff afirmou que
não se envergonhava do passado. Mesmo que Dilma tenha apenas servido
café aos “camaradas d’armas” das organizações terroristas a que se
associou (POLOP, COLINA e VAR-Palmares), ela tem, também, as mãos sujas
de sangue. “Só em
1969, ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do Exército
no Rio. Quando foi presa, em janeiro de 1970, o promotor militar que
preparou a acusação classificou-a com epítetos superlativos: ‘Joana
D’Arc da guerrilha’ e ‘papisa da subversão” (revista Veja, 15/1/2003, pg. 37).
“Em
depoimento à revista Claudia, Dilma contou sua queda: ‘Fui presa no
centro de São Paulo, dia 16 de janeiro de 1970, aos 22 anos, por falha
minha. De manhã, havia ido ao encontro de um companheiro, que não
apareceu. Era um mau sinal, eu não deveria ter tentado o segundo
encontro à tarde, numa lanchonete. Entrei e ouvi: ‘Você está cercada’.
Andei rápido até uma loja de móveis. Pensei em escapar pelos fundos, mas
me pegaram. Eram três equipes, muitos homens’. Nos interrogatórios
cruéis, Dilma conseguiu preservar Carlos Araújo e Maria Celeste Martins,
sua companheira de pensão, junto com a qual guardava as armas da
organização” (SOLNIK, 2011: 169). Nem por nada, a antiga terrorista é conhecida nas redes sociais como Dilminha Bang Bang...
Durante quase três anos, Dilma ficou presa na “Torre das Donzelas” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_das_Donzelas).
Se
a atual comandanta-em-chefa das Forças Armadas nunca pediu desculpas,
por não ter tem vergonha dos crimes que suas organizações terroristas
cometeram, por que o Exército teria que pedir desculpas ao povo
brasileiro, se livrou o Brasil de uma guerra civil e de um governo
comunista nos moldes cubanos, que era o objetivo dos terroristas de
esquerda, como Dilma Rousseff? A propósito, o sonho de Dilma Rousseff,
ainda hoje em dia, é transformar o Brasil num sistema totalitário
fascista, com ingredientes gramscistas e comunistas, dentro dos
objetivos estratégicos propostos pelo Foro de São Paulo (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/um-pouco-de-historia-sobre-o-foro-de.html).
Prova disso é sua afinidade com o regime assassino cubano, pelo qual
nutre uma paixão doentia, dando total apoio político e suporte
financeiro de bilhões de reais via BNDES - caso do porto de Mariel,
que, entre outras coisas, serve para traficar armamento para a Coreia
do Norte. Não é exagero afirmar que, com o governo petista, a capital do
Brasil mudou-se para Havana, com sucursais do inferno em Brasília,
Caracas e Buenos Aires. Outra prova irrefutável de que Dilma continua
comunista como sempre foi é seu alinhamento automático com a ditadura de
Nicolás Maduro, ao ficar calada frente ao massacre de estudantes
promovido pelas tropas de choque bolivarianas na Venezuela, com
detenções arbitrárias e torturas como empalação, com apoio de agentes
cubanos que hoje mandam nas Forças Armadas e na economia daquele país
por intermédio de empresas de fachada. Isso significa que Dilma Rousseff
não tem problemas com a tortura, desde que esta não seja aplicada
contra ela e sua querida esquerda latino-americana.
Nestes
tempos de diabolização dos militares, convém fazer uma pergunta básica
aos comissários do povo bolcheniquim da (c)Omissão Nacional da Verdade e
aos farsantes esquerdistas em geral: o que esses terroristas assassinos
da VAR-Palmares e congêneres esperavam receber das Forças Armadas
brasileiras? Flores e barras de chocolate? Desculpas?
Notas:
(1)VPR - Vanguarda Popular Revolucionária
A
VPR originou-se da fusão de remanescentes do Movimento Nacionalista
Revolucionário (MNR) (4) com dissidentes paulistas da POLOP (5). Teve
como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. O chefe do
Setor de Inteligência da VPR era Ladislas Dowbor, nascido na Polônia,
que participou do sequestro do cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo
Oguchi, e posteriormente foi preso e banido do território nacional em
troca da liberdade do embaixador alemão Von Holleben, sequestrado no Rio
de Janeiro.
Carlos
Lamarca desertou do 4º Regimento de Infantaria, em Quitaúna, Osasco,
SP, em 1969, roubando 63 FAL, cinco metralhadoras INA, revólveres e
muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais 500
FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque
Lamarca teve que antecipar seu plano.
No dia 22/7/1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital Militar do Cambuci, em São Paulo.
Em
26/6/1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do então II
Exército, em São Paulo, matando a sentinela, soldado Mário Kozel Filho.
Em
12/10/1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos EUA, Charles
Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas nacionais e
internacionais. João Quartim de Moraes, junto com o ex-sargento Onofre
Pinto e Ladislas Dowbor, foi o “guia” do “tribunal revolucionário” que
condenou Chandler, que foi morto por Pedro Lobo de Oliveira (VPR),
Diógenes José de Carvalho Oliveira (VPR) e Marco Antonio Braz Carvalho
(ALN).
Em
1970, a organização terrorista sequestrou diplomatas estrangeiros: o
cônsul-geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia 11/3/1970, para
libertação do terrorista “Mário Japa”; o embaixador da República
Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von
Holleben, no dia 11/6/1970; o embaixador suíço no Brasil, Giovanni
Enrico Bucher, em 07/12/1970, libertado em troca de 70 presos
terroristas enviados ao Chile do Presidente marxista Salvador Allende
(24 desses terroristas eram da VPR), onde foram recebidos de braços
abertos no dia 13/1/1971. Nesse sequestro, participaram Carlos Lamarca e
Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou dois tiros à queima-roupa contra o
agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no dia 10/12/1970. O
sequestro durou 40 dias e seria o último realizado por organizações
terroristas no País.
“Ao tratar do sequestro do mesmo embaixador, o livro [A Ditadura Derrotada, de Elio Gaspari] registra
as dificuldades para completar a lista dos que seriam libertados em
troca da vida do diplomata e à página 341 registra que 18 presos se
recusaram a deixar o país. Até hoje ninguém esboçou uma explicação para o
estranho fato de presos que, segundo a versão assoalhada e reiterada
convictamente por Gaspari, eram torturados e mortos, recusarem a
liberdade e o fim das torturas. Curioso!” (General-de-Divisão Raymundo Maximiliano Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 82).
A
VPR possuía sítio em Jacupiranga, SP, próximo à BR-116, para
treinamento de guerrilha, onde colocou como proprietário o “laranja”
Celso Lungaretti. O sítio depois foi desmobilizado, quando a VPR
deslocou seus guerrilheiros para a área de Registro, no Vale da Ribeira.
Uma das ações mais covardes desta organização, ocorrida durante a
“Operação Registro”, foi o assassinato do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP (http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/1-tenente-alberto-mendes-junior.html), depois que
o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da
vida dos soldados de seu pelotão (10/5/1970).
Acusado
de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com violentos golpes
de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Yoshitane Fujimore (que
viria a morrer em tiroteio com as Forças de Segurança de SP em
5/12/1970) e Diógenes Sobrosa de Souza. Ali mesmo o tenente Mendes foi
enterrado. O local foi apontado por Ariston (“Rogério”), participante do
episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia
9/9/1970, desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato: “Depois
de algumas discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes
Júnior, que ia como prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao
Rio Ribeira, para que não servisse de sinal à direção que seguíamos” (depoimento de Carlos Lamarca em A Esquerda Armada no Brasil, de Antonio Caso).
No
mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "ao
povo brasileiro", onde tentou justificar o frio assassinato, no qual
aparece o seguinte trecho: "A
sentença de morte de um tribunal revolucionário deve ser cumprida por
fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro
de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas
estradas na região. O tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas
de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".
Hoje, o capitão Mendes Júnior é o patrono da PM/SP.
No
início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior (Cuba, Chile e
Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca morreu
em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17/9/1971, ao resistir à
prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a
família de Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro,
foi “presenteada” com uma indenização de mais de 100 mil reais
(11/9/1996), doada pela famigerada “comissão dos desaparecidos
políticos”, criada no primeiro governo FHC. Com essa ignomínia, o 11 de
setembro deveria ser instituído como o “dia da traição”, como já sugeriu
o deputado Jair Bolsonaro.
Um
dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de Oliveira, hoje
“Diógenes do PT”, que foi o “PC” da campanha de Olívio Dutra (PT/RS)
para governador e esteve metido em rolo do jogo do bicho.
Outro “militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, presidente da
Petrobrás durante o Governo FHC. Sua irmã francesa, Pauline, também
“militante” da VPR, morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973,
depois de fazer um curso de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação
da VPR no Brasil. Pela morte da irmã, Henri recebeu R$ 138.300,00, em
junho de 1997.
Militante
da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário do Trabalho do Rio de
Janeiro, Jaime Cardoso (Governo Garotinho), que teve como Chefe de
Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A
fusão da VPR com o COLINA resultou na VAR-Palmares de Dilma Rousseff e
de outros “Honoráveis Terroristas" (https://pt.slideshare.net/palmasite/honorveis-terroristas).
(2) COLINA - Comando (ou Corrente) de Libertação Nacional
Comando
(ou Corrente) de Libertação Nacional: atual Congresso de Libertação
Nacional, o antigo COLINA foi criado em 1968 como dissidência da POLOP.
Em
1969, com recursos “expropriados” em assaltos, o COLINA instalou três
“aparelhos” em Belo Horizonte, que foram desbaratados pela polícia; na
ação contra o 3º aparelho, situado na Rua Itacarandu, foram mortos pelo
COLINA o agente Cecildes Moreira de Faria e o guarda civil José Antunes
Ferreira, além de ferir gravemente o investigador José Reis de Oliveira.
No
dia 31/3/1969, o COLINA assaltou a agência do Banco Andrade Arnaud, na
Rua Visconde da Gávea, Rio, onde foi morto o comerciante Manoel da Silva
Dutra.
O
COLINA recebeu a adesão de 2 grupos: o Núcleo Marxista Leninista (NML) e
a Dissidência da Dissidência (DDD, e em julho de 1969 fundiu-se com a
VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares
(VAR-Palmares).
Teve
entre seus quadros o engenheiro Leovi Antonio Pinto Carisio, que
acusou, no ano 2000, o tenente do Exército, Carlos Alberto del Menezzi,
de torturador, sem apresentar provas; o tenente foi demitido da ABIN,
onde trabalhava, enquanto Aloysio Nunes Ferreira (o “Ronald Biggs”
tapuia, que em 1968 participou do assalto ao trem-pagador
Santos-Jundiaí) permanecia Secretário-Geral de FHC, sendo posteriormente
alçado a Ministro da Justiça - exemplo típico de que a Lei da Anistia é
aplicada apenas para beneficiar os antigos terroristas.
Segundo Jacob Gorender, em seu livro Combate nas Trevas,
o assassinato, no dia 1/7/1968, do major do Exército da Alemanha
Ocidental, Edward Ernest Tito Otto, então cursando a ECEME, teria sido
um equívoco, já que os assassinos do COLINA pensaram tratar-se do
capitão Gary Prado, do Exército da Bolívia, que havia participado do
combate ao foco de guerrilha que Che Guevara tentava implantar naquele
país, onde acabou morto.
(3) Montoneros
Ala
armada do Movimento Peronista (“Soldados de Perón”): surgida em 1966,
sequestraram, em 19/9/1974, em Buenos Aires, os irmãos Jorge e Juan
Born, herdeiros do conglomerado Bunge y Born. Pela libertação dos
mesmos, os Montoneros receberam US$ 64 milhões, incluindo ações, bônus e
outros documentos negociáveis. O dinheiro desse sequestro e outros
assaltos renderam US$ 70 milhões e era controlado por Mario Firmenich,
“El Pepe”, e Roberto “El Negro” Quieto. Um banqueiro judeu-argentino,
David Graiver, foi escolhido para depositar US$ 40 milhões nos EUA,
porém o avião desapareceu sobre o México com todo o dinheiro. O restante
do dinheiro, após a morte de “El Negro”, passou para a supervisão dos
cubanos, em 1977, que ajudaram os sandinistas com US$ 1 milhão, a FMLN
(El Salvador) com 200 mil, outro tanto para a URNG (Guatemala). O MIR
(Chile) teria recebido a maior soma. Guerrilheiros de outros países
centro-americanos também receberam dinheiro. Em 1988, Firmenich foi
preso no Brasil e em 1990 anistiado pelo presidente Menem.
(4) MNR - Movimento Nacionalista Revolucionário
O
MNR foi organizado por Leonel Brizola, João Goulart e outros exilados
no Uruguai. Brizola era o líder idealizado por Fidel Castro para a
Revolução no Brasil, devido a seu “nacionalismo anti-imperialista”, ou
seja, contra os EUA. Após a Contrarrevolução de 1964, por intermédio de
Lélio Telmo de Carvalho, o grupo de Brizola no Uruguai obteve ajuda de
Cuba: treinamento de guerrilha e auxílio financeiro de mais de um milhão
de dólares. Foram enviados a Cuba Herbert José de Souza, o “Betinho”,
seguido de Neiva Moreira e do ex-coronel do Exército Dagoberto Rodrigues
(na Tricontinental, Brizola enviou Aloísio Palhano, ex-membro do CGT).
Pressionado por Cuba, para justificar os recursos financeiros, Brizola
criou em 1966 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), para
implantar a guerrilha no campo. O MNR articulou a Guerrilha do Caparaó,
na região do Pico da Bandeira, em Minas Gerais, onde todos os
integrantes foram presos em 1967, depois de serem denunciados às
autoridades, por abaterem reses, antes mesmo de desencadear qualquer
tipo de ação armada. Havia muitos "pombos-correios" que levavam dinheiro
de Fidel Castro para Brizola, exilado no Uruguai, a exemplo de
"Betinho", mais tarde uma espécie de Madalena arrependida, com sua
campanha nacional “pela ética e contra a fome”. Brizola não contratou
advogados para os presos do MNR e não prestou conta dos dólares cubanos.
"Betinho" confirmou o desvio de dinheiro cubano (200 mil dólares) feito
por Brizola, que passou a ser chamado por Fidel de el ratón (Jornal do Brasil, 17/07/1996). Os remanescentes do MNR uniram-se à esquerda da POLOP para criar a VPR.
(5) POLOP - Organização Revolucionária Marxista Política Operária
Teve
entre seus quadros Nilmário Miranda, integrante do naipe de espadas
vingadoras da “Comissão dos Desaparecidos Políticos” - grupo revanchista
criado no 1º governo FHC, que deu início às indenizações a parentes de
terroristas, como Lamarca e Marighella - verdadeiro assalto ao erário.
Por sua obra pecuniária, poder-se-ia chamar o petista, que recebia
dinheiro de entidades esquerdistas européias, de “Numerário Miranda”.
Outros intelectuais da POLOP foram: Dilma Rousseff (“Estela”), então com
17 anos, Érico Izackes Sachs (“Ernesto Martins”), Éder Simão Sader
(“Raul Villa”), Rui Mauro de Araújo Marini e Teotônio dos Santos. A
POLOP era considerada radical até mesmo por Francisco Julião, líder das
Ligas Camponesas. Da POLOP surgiram o Partido Operário Comunista (POC) e
o Comando de Libertação Nacional (COLINA). O COLINA foi criado em 1968 e
tinha entre seus líderes Ângelo Pezzuti, Carlos Alberto Soares de
Freitas, Apolo Hering Lisboa, Herbert Eustáquio de Carvalho, Jorge
Raimundo Nahas, Maria José de Carvalho Nahas, Inês Etienne Romeu e Dilma
Vana Rousseff Linhares. Membros da POLOP em São Paulo, junto com o MNR
de Brizola, criaram a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) de Lamarca.
ERRATA:
Recebi do historiador Carlos I. S. Azambuja o seguinte e-mail no dia 23/04/2014 (15:39 h):
"Muito
bom! mas necessita de algumas correções: Gustavo Benchimol é Gustavo
Buarque Schiler, Claudio Marinheiro é Claudio de Souza Ribeiro. No
sequestro de um avião da Varig em Montevideu por James Allen Luz a
Jessie Jane de Souza Vieira não participou. Participou, sim, de um
outro, que foi abortado no Galeão por uma equipe da FAB.
Azamba"
Obrigado pela correção, Azambuja!
Bibliografia:
AUGUSTO, Agnaldo Del Nero; MACIEL, Licio; NASCIMENTO, José Conegundes do (Organizadores). ORVIL - Tentativas de Tomada do Poder, Schoba Editora, São Paulo, 2012.
CASTAÑEDA, Jorge. Utopia Desarmada - Intrigas, dilemas e promessas da esquerda latino-americana. Companhia das Letras, São Paulo, 1994 (o livro chegou a ser proibido em Portugal).
MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral).História Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.
SOLNIK, Alex. O cofre do Adhemar - A iniciação política de Dilma Rousseff e outros segredos da luta armada. Jaboticaba, São Paulo, 2011.
P.S.: A respeito do ano 2014 (Annus Petraliorum XII
– Ano dos Petralhas 12), que é o ano por excelência de satanização do
Exército Brasileiro, em virtude do cinquentenário do Movimento Cívico-Militar de 1964, reuni vários textos sobre o assunto (ampliado em 2020), que podem ser acessados em
MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Nenhum comentário:
Postar um comentário