Bolsonaro: um caso para a psiquiatria
Félix Maier
Concordo com o Presidente Bolsonaro quando demonstra grande preocupação com o desemprego, querendo que o povo volte ao trabalho. A miséria que virá depois dessa pandemia da Peste da China será gigantesca, com consequências de tal ordem catastróficas que ninguém ainda sabe calcular.
Obviamente, faltou Bolsonaro dizer que idosos e pessoas com problemas cardiovasculares, pulmonares, diabetes, pressão alta e outras doenças de risco quanto ao novo coronavírus, independentemente da idade, devam ficar em quarentena até que a Peste chinesa não seja mais tão letal quanto no momento atual, em que estamos caminhando para 2500 óbitos, e ainda estamos longe do pico da contaminação e do número de mortes.
Assim, penso, dentro da minha grande ignorância sobre o assunto, que liberar aos poucos a força de trabalho somente para pessoas jovens e que estejam fora dos riscos acima descritos, estão dentro de algum bom senso. No entanto, esse pessoal todo deveria obrigatoriamente usar máscaras e óculos, para se proteger de modo mais eficaz, seja no deslocamento até o trabalho - de carro, metrô ou ônibus -, seja no próprio local de trabalho, além dos cuidados permanentes de higienização, como lavar as mãos com sabão ou álcool gel.
Além dos trabalhadores em geral, todos que forem sair de casa, para ir ao mercado, p. ex., deveriam também utilizar máscara e óculos - como muitos governadores e prefeitos já estão exigindo de sua população.
Tanto uns, como outros, quando chegarem em casa, deveriam se desinfectar como se tivessem tido contato com o Césio de Goiânia ou a radiação de Chernobyl: separar a roupa e a máscara num cesto ou balde, para serem lavados, e tomar um banho com muito sabão dos cabelos aos pés - um protocolo seguido a rigor pelo pessoal da Saúde, como médicos e enfermeiros.
Dito isso, eu fico muito decepcionado com o Presidente Bolsonaro, quando, de modo totalmente irresponsável, sai em passeio pelas ruas de Brasília, para se misturar ao público, formando ajuntamento de pessoas sem a mínima preocupação com o distanciamento entre elas e, pior de tudo, sem usar máscaras nem óculos, como se todos fossem superatletas que no máximo o Covid-19 traria uma "gripezinha", como já chegou a tripudiar nosso Presidente.
Quando vi hoje à tarde, 18 de abril, o Presidente se juntar com simpatizantes no cercadinho da entrada do Palácio da Alvorada, passando a mão no nariz e depois pegar o celular de uma pessoa para gravação de voz, sem uso de máscara mais uma vez, cheguei à conclusão que temos um problema grave de liderança nacional nestes tempos tão difíceis.
Para coroar sua ação irresponsável, que se repete quase todos os dias, o cúmulo da estupidez foi ver Bolsonaro convidar manifestantes para uma visita ao Palácio da Alvorada, em grande ajuntamento, sem uso de máscaras, mais uma vez.
Diante de tanta insensatez, quem sabe a solução seja colocar Bolsonaro em uma camisa-de-força nas próximas semanas, para a população deixar de assistir a cenas tão grotescas e irresponsáveis, para não dizer criminosas.
Blog em defesa da democracia e do liberalismo clássico - liberdade de expressão, liberdade religiosa, livre mercado, livre empreendedorismo. Contra o autoritarismo do Cérbero - as três bocarras que infernizaram o século XX: Comunismo, Fascismo e Nazismo.
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