MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Dilma na luta armada

BLOCO CIDADANIA
RESISTÊNCIA
Janeiro 2011               Índice Geral do BLOCO CIDADANIA

14/04/11
• Dilma na luta armada (8) - Estadão: "Documentos do grupo guerrilheiro, no qual militou a presidente Dilma, indicam planos para ‘justiçamento’ de oficiais do Exército"

Nota de Helio Rosa.

A cidadã Dilma Vana Rousseff Linhares, por sua atuação na luta armada durante o regime militar, foi presa e condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Já havia cumprido três quando o Superior Tribunal Militar reduziu sua condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos. Posteriormente foi beneficiada pela Lei da Anistia.
Como cidadã, independente do período de exceção, quitou sua dívida com a sociedade e não deve nenhuma explicação à ninguém.
No entanto, o povo brasileiro a elegeu, democraticamente, para presidir o Brasil nos próximos 4 anos.
Apesar do empenho do seu padrinho, Presidente Lula, que mobilizou, nos limites da legalidade, toda a máquina governamental neste processo eleitoral, as "motivações" e o "pensamento" de Dilma não foram totalmente expostos na campanha.
Dilma está no governo desde 2002. Participou da equipe de transição FHC/Lula, foi ministra das Minas e Energia a partir de 2003 e assumiu a Casa Civil em 2005; nesse longo período, sabe-se que teve, em suas mãos, as rédeas de boa parte da administração do país. Foi uma funcionária do alto escalão, com enorme poder, mas não era a titular da presidência e, nesta situação, sua exposição pública foi muito limitada.
Assim, para todos os efeitos, o povo brasileiro deu um "cheque em branco" à uma desconhecida para conduzir os destinos do país.
Ao contrário da cidadã, a presidente eleita, deve e muito, explicações sobre a evolução dos seus pensamentos e sentimentos e de suas convicções democráticas. Esta preocupação é extremamente pertinente pois atuou em grupos armados de extrema esquerda que tinham como objetivo a instalação de um regime totalitário de inspiração soviética no Brasil.
Precisamos também saber, sem sombra de dúvidas, se sua lealdade é para com seu padrinho e seu partido ou para com o povo que a elegeu.
Espera-se que ela mesmo tome a iniciativa de expor claramente suas convicções.
Enquanto isso, tudo que a sociedade fizer no sentido de conhecer melhor a nova Presidente, é extremamente válido, e esta é a motivação desta série de "posts". HR
Ambientação para entender a notícia  VAR-Palmares planejou execução de militares transcrita neste "post" (Fonte: Wikipédia):

Comando de Libertação Nacional
O Comando de Libertação Nacional (COLINA), também denominado Comandos, foi uma organização brasileira de extrema esquerda que tinha como objetivo a instalação de um regime totalitário de inspiração soviética no Brasil. Originado em 1967, em Minas Gerais, a partir da fusão de outra organização chamada POLOP, com alguns militares esquerdistas, abraçou as idéias defendidas pela OLAS, executando, desde 1968, ações armadas para levantamento de recursos para guerrilha no campo. (...)

Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares)
A Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) foi uma guerrilha política brasileira de extrema esquerda, que combateu o regime militar de 1964, visando a instauração de um regime de inspiração soviética neste país. Surgiu em julho de 1969, como resultado da fusão do Comando de Libertação Nacional (Colina) com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) de Carlos Lamarca.
Em declaração ao jornalista Elio Gaspari, Daniel Aarão Reis Filho, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de Ditadura Militar, Esquerda e Sociedade, disse:
Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.(...)

A Política Operária (POLOP)
Foi uma organização brasileira de esquerda, contrária à linha do Partido Comunista Brasileiro e que deu origem a várias outras organizações:
- Comando de Libertação Nacional (Colina)
- Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)
- Partido Operário Comunista (POC)
- Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares)
- Organização de Combate Marxista-Leninista - Política Operária (OCML-PO), também conhecida como "nova Polop"
- Movimento Comunista Revolucionário (MCR)
- Movimento de Emancipação do Proletariado (MEP)
- Coletivo Marxista.

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Aqui estão os "posts" anteriores desta "série", também estão colecionados aqui: Dilma na luta armada
09/01/11• Dilma na luta armada (7) - O Globo: "Governo Dilma quer aprovação da Comissão da Verdade para identificar torturadores"24/11/10• Dilma na luta armada (6) - Revista Piauí: A educação política e sentimental de Dilma Rousseff23/11/10• Dilma na luta armada (5) - Revista Piauí: A trajetória de Dilma Rousseff da prisão ao poder
• Dilma na luta armada (4) - "O passado de Dilma" - por Leandro Loyola, Eumano Silva e Leonel Rocha
• Dilma na luta armada (3) - O Processo do STM (3) - "Conteúdo deve ser lido sem esquecer seu contexto" - por Marcelo Godoy
• Dilma na luta armada (2) - O Processo do STM (2) - "Dilma errou ao omitir processo, diz professor" - por Tatiana Fávaro
20/11/10• Dilma na luta armada (1) - O Processo do STM (1) - Documentos liberados
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Sobre o tema "Revolução de 1964 e "Luta armada" consulte também estas duas páginas especiais:"Orvil": A "Comissão da Verdade" do Exército que assombra a esquerda brasileira
Revolução de 1964 - Os 31 dias de Março
A Comichão da Meia-Verdade    HR

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Fonte: Estado de S. Paulo[13/04/11]  VAR-Palmares planejou execução de militares - por Felipe Recondo e Leonencio Nossa

Documentos do grupo guerrilheiro, no qual militou a presidente Dilma, indicam planos para ‘justiçamento’ de oficiais do Exército
BRASÍLIA - Documento da Aeronáutica que foi tornado público nesta quarta-feira, 13, pelo Arquivo Nacional, após ter sido mantido em segredo durante três décadas, revela que a organização guerrilheira VAR-Palmares, que contou em suas fileiras com a hoje presidente Dilma Rousseff, determinou o "justiçamento", isto é, o assassinato de oficiais do Exército e de agentes de outras forças considerados reacionários nos anos da ditadura militar.

Com cinco páginas, o relatório A Campanha de Propaganda Militar, redigido por líderes do grupo, avalia que a eliminação de agentes da repressão seria uma forma de sair do isolamento. O texto foi apreendido em um esconderijo da organização, o chamado aparelho, e encaminhado em caráter confidencial ao então Ministério da Aeronáutica.

O arquivo inédito, revelado pelo Estado no ano passado e aberto à consulta pública na teraça-feira, 12, faz parte do acervo do Centro de Segurança e Informação da Aeronáutica (CISA). No Arquivo Nacional, em Brasília, novo endereço do acervo que estava em poder do serviço de inteligência da Aeronáutica, há um conjunto de documentos que tratam da VAR-Palmares. Mostram, entre outras coisas, a participação de militares da ativa e a queda de líderes do grupo em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo.

Os nomes dos integrantes do grupo receberam uma tarja preta, o que impede estabelecer relações diretas entre eles e as ações relatadas. É possível saber, por exemplo, que militantes de Belo Horizonte receberam em certa ocasião dez revólveres calibre 38 e munição, mas não os nomes desses militantes.

Na primeira página, o relatório de cinco páginas destaca que o grupo não tem "nenhuma possibilidade" de enfrentar os soldados nas cidades. Sobre o justiçamento de militares observa: "Deve ser feito em função de escolha cuidadosa (trecho incompreensível) elementos mais reacionários do Exército."

Extermínio. Na época da redação do texto, entre 1969 e 1970, a ditadura tinha recrudescido o combate aos adversários do regime. Falava-se em setores das forças de completo extermínio dos subversivos. Em dezembro de 1968, o regime havia instituído o AI-5, que suprimia direitos civis e coincidia com o início de uma política de Estado para eliminar grupos de esquerda.





Aeronáutica relata intenções da VAR-Palmares


A VAR-Palmares surgiu em 1969 com a fusão do grupo Colina (Comando de Libertação Nacional), em que Dilma militava, com a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca. Dilma, à época com 22 anos, foi presa em janeiro de 1970 em São Paulo. Ela só foi libertada em 1972, após passar por uma série de sessões de tortura. Sempre que fala sobre seu envolvimento com a resistência ao regime militar, Dilma costuma ressaltar que sua visão atual da vida não tem "similaridade" com o que pensava durante o tempo de guerrilha.




Armas do grupo guerrilheiro VAR-Palmares


O documento tornado público classifica as ordens como contraofensiva. Seria uma resposta aos "crimes" do regime militar contra a esquerda: "O justiçamento punitivo visa especialmente paralisar o inimigo, eliminando sistematicamente os cdf da repressão, os fascistas ideologicamente motivados que pressionam os outros."

O texto também dá orientações sobre como definir e vigiar possíveis alvos. A ideia era uma fazer uma lista dos oficiais "reacionários" e de pessoas ligadas à CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos.

A VAR-Palmares tinha definido como alvos prioritários o delegado Sérgio Paranhos Fleury, do DOPS, e seu subordinado Raul Careca, acusados de comandarem a máquina da tortura nos porões de São Paulo: "Careca, Fleury são assassinos diretos de companheiros também. Trata-se de represália clara. Já outros investigados serão eliminados sob condição, conforme vimos acima."


Fonte: http://www.wirelessbrasil.org/bloco_cidadania/2011/abril/abr_14b.html


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