Olhai
os lírios Do campo!
Félix Maier
Maria
Inês, menina de tranças douradas,
Que
toda semana no campo se aventurava,
Colhendo
lírios com as mãos delicadas,
De
modo que a casa de sua mãe enfeitava.
A
cada semana, Maria Inês sorria,
Ao
escolher as flores mais belas do campo.
E a
casa de sua mãe, com doçura, preenchia
Com
o perfume dos lírios que ali plantava.
Mas
um dia veio uma pandemia tão dura,
Que
transformou o mundo num mar de tristeza.
E o
destino trouxe uma dor tão pura
Ao
levar Maria Inês, com extrema surpresa.
E a
mãe, em meio à dor e à solidão,
Foi
ao campo procurar os lírios
Para
enfeitar o caixão, sem hesitação,
Com
o perfume que lembrava sua menina, em delírios.
E
assim, a beleza dos lírios a mãe levou,
Com
lágrimas nos olhos e no coração dormente.
E
cada pétala ali, em silêncio, contou
A
história da menina tão doce, que se foi de repente.
O
cheiro dos lírios agora trazia tristeza,
Onde
antes só havia alegria e beleza.
E a
mãe de Maria Inês, em silêncio, chorava,
Ao
lembrar da filha que tanto amava.
Mas,
a beleza dos lírios jamais se esvairá.
E a
memória de Maria Inês sempre ali ficará,
Em
cada flor que a mãe deixa em seu altar,
Em
cada coração que a menina soube tocar.
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