MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Entrevista - Edward M. Luz - Reservas e Falsos Índios

 14 de Janeiro, 2013 - 22:30 ( Brasília )

Entrevista - Edward M. Luz - Reservas e Falsos Índios

O antropólogo mestre e doutorando pela Universidade de Brasília, Edward M. Luz, é consultor do escritório de advocacia Oliveira Souza, de Castro e Ferreira


ONGs internacionais com claros interesses obscuros, aliados ao sistema demarcatório, irão travar o crescimento do Brasil.

Link para a matéria original
http://www.revistainfovias.com.br/portal/materias/ed-11/234/_Ent_evista

Ele atuou como Coordenador de 3 grupos de trabalho para a identificação e delimitação de 8 terras indígenas na amazônia. Hoje presta consultoria para municípios, estados, sindicatos ou associações ameaçadas pela demarcação de terras indígenas. Aqui ele abre um importante debate sobre a demarcação de terras indígenas, comunidades quilombolas e sociedades tradicionais. Por conhecer todo o processo de demarcação, vêm defender a tese de que se nada for feito, ONGs internacionais com claros interesses obscuros, aliados ao sistema demarcatório, irão travar o crescimento do Brasil. Vejamos o que diz em sua entrevista concedida com exclusividade à Revista Infovias.

 

Revista Infovias: Um fato que salta aos olhos dos observadores mais atentos, é o crescente conflito entre indígenas e setores produtivos da sociedade, passando a impressão de que os indígenas são ou seriam contrários ao desenvolvimento nacional. Como você interpreta este fenômeno?

Edward M. Luz: Não os vejo como obstáculo. Os indígenas nunca foram contrários ao desenvolvimento. Sempre buscaram acesso àquilo que julgavam ser tecnologias mais desenvolvidas do que as que possuiam. Sempre desejaram com toda força os novos produtos e avanços com os quais se deparavam desde os terçados, machados, até o isqueiro, panelas de alumínio, chegando ao rádio, à televisão e mais recentemente até ao acesso a internet, que uma boa parte já utiliza. Os indígenas deram uma incomensurável contribuição ao desenvolvimento nacional desde o descobrimento do Brasil. O Brasil é um dos poucos países onde o colono europeu encontrou, pode contar com ajuda nativa no esforço conjunto de colonização. Veja, Portugal era o país europeu com o menor territário durante o século XVI e não tinha recursos humanos para encampar esta iniciativa colonizatória sem a força, o apoio, o conhecimento e o empenho indígena. Durante cinco séculos de colonização portuguesa, com algumas exceções pontuais aqui e acolá, os nossos indígenas juntamente com outros colonos que migraram para as américas, foram nossos parceiros nessa empreitada colonizadora. Portanto, o que salta aos olhos deste analista neste início de século XXI, é a forma como alguns grupos indígenas estão sendo sorrateira e inteligentemente manipulados, sendo jogados contra os projetos de desenvolvimento de interesse do estado e da sociedade brasileira.

Revista Infovias: E por que isso acontece? Quais seriam os motivos?

Edward: Isso acontece porque sem a bandeira comunista para se opor ao desenvolvimento do capitalismo, restou o ambientalismo e o indigenismo, que ao final so século XX, uniram-se formando um movimento misógeno, absolutamente contrário a qualquer projeto desenvolvimentista. No Brasil esse processo é tão forte a ponto de seguir freando por mais de três décadas o processo de desenvolvimento do país.

Foram poucos os projetos de desenvolvimento no Brasil que não esbarraram e estagnaram ante alguma resistência, seja de terra indígena, unidade de conservação, comunidade quilombola ou comunidade tradicional. Certamente essas comunidades tem todo o direito nessas reinvindicações, estabelecendo acordos com o estado para serem ressarcidas dos danos provocados, e para encontrarem alternativas à minorar os efeitos deletérios do desenvolvimento. Mas o que se vê são grupos se opondo de forma veemente e sistemática contra qualquer iniciativa ou obra de desenvolvimento. Eles parecem ser contrários à aberturas de estradas, ferrovias, hidrovias ou usina hidrelétrica, o que gera animosidade crescente entre eles e o restante da sociedade brasileira que quer e precisa do desenvolvimento.

Este óbice ao desenvolvimento é danoso, pois gera uma espécie de preconceito na sociedade brasileira, que vê estes grupos como inimigos do desenvolvimento, como um entraveque não os são, nem nunca foram impecilho algum ao desenvolvimento em cinco séculos de história. Nunca foram. Claro que um ou outro grupo indígena tinha alguma resistência, pois tinham receios e medo do desconhecido. Viam os novos colonos como invasores desconhecidos. Mas no geral, a grande maioria já tinham tomado a opção à aliar-se ao novo colono branco, desenvolvendo assim, um processo de dependência simbiótica com ele. O que a elite intelectual não quer reconhecer de jeito nenhum, é que os indígenas não desapareceram, mas fundiram-se ao colonizador, formando uma nação mestiça. Esta oposição entre indígenas e desenvolvimento nacional foi forjada e recentemente criada. Cresceu e se fortaleceu com o financiamento internacional desde a década de 70.

Revista Infovias: Quais os interesses por trás da manipulação destas minorias étnicas que os colocam contra os projetos de desenvolvimento do estado e da sociedade brasileira?

Edward: Faz alguns anos que me faço esta pergunta. Por que? Creio que ainda preciso me aprofundar em analises e maiores estudos. Isto porque nunca foram feitos estudos de forma sistemática pelas nossas academias. Nossa elite pensante é tão comprometida que foi preciso pensadores de fora para detectar este fenômeno no Brasil, entre eles Elaine Dewar, Lorenzo Carrasco e Sílvia Palacios. A primeira é canadense e os outros dois são mexicanos. Carrasco me parece ser o mais produtivo e que poderíamos chamar de investigador sobre o assunto. É ele quem responde estas perguntas, e eu reconheço que só consegui comprendê-las depois de contato profundo com as obras dele: Mafia Verde 1 e 2, Ambientalismo à serviço do Governo Mundial.

Revista Infovias: O que as obras de Lorenzo Carrasco contribui para a realidade brasileira?

Edward: Lorenzo Carrasco sustenta com dados e provas a hipótese mais plausíel de todas: O Brasil é uma potência ameaçadora, que tem tudo, inclusive recursos para ser uma grande potência em todas as áreas de desenvolvimento, seja na mineração, em recursos energéticos, em recursos ambientais e em recursos alimentares, etc. O Brasil ha muito é chamado de celeiro do mundo. Não temos fatores físicos que freiem o nosso desenvolvimento. Se compararmos o Brasil com os outros três países que compõem o bloco chamado BRIC – Brasil, Russia, Índia e China, percebe-se claramente as vantagens evidentes e sólidas do Brasil. Nosso clima e meteorologia são fantásticos. Não temos o inverno rigoroso que existe na Russia, nem as monções da Índia, e tampouco temos problemas graves de super-população como China e Índia. Rússia e China tem enormes áreas não agricultáveis cobertas por montanhas ou pelo deserto de Gobi na China. A Índia ainda tem problemas socioculturais, étnicos e religiosos, difíceis de superar. Por exemplo: Na índia são faladas mais de 600 línguas, o que dificulta a identidade cultural de um país. Pelo menos 30% da produção de cereais são consumidas por roedores devido suas crenças tradicionais que dão conta que ratos e outros roedores são seres divinos, e por isso devem se alimentar livremente.

No Brasil não tem nada disso. O Brasil tem uma área agricultável enorme. É possível se produzir até três safras durante o ano em algumas regiões. Neste aspecto, o Brasil tem tudo para ser uma grande potência mundial.

Diante destes fatos, a principal hipótese que Carrasco levanta, é que estes fatores somados, tornam o Brasil uma clara ameaça ao poder das superpotências mundiais. Os países do hemisfério norte, sobretudo os países da Europa, se vêem ameaçados por um país emergente, ágil e agressivo em suas políticas econômicas e desenvolvimentistas. O Brasil é atualmente a sexta economia do mundo e tem tudo para chegar até 2015 como a quinta maior economia mundial, ameaçando o ordenamento econômico do hemisfério norte, deixando potências bélicas e econômicas, como Inglaterra e França, para trás. Daí o empenho de estados estrangeiros se utilizarem de ONGs para manipular as minorias étnicas e botar freios e barreiras, capazes de impedir este crescimento.

As primeiras e mais versáteis barreiras são as socioambientais, ou seja, o vetor indígena e as sociedades tradicionais e quilombolas, que somadas ao elemento vetor ambiental, que juntos formam um enorme exército irregular de ONGs, um aparato indigenista/ambientalista no país. Este é o termo cunhado por Lorenzo Carrasco, que demonstra com dados estatísticos, que há um verdadeiro batalhão de ONGs, instituições e pesquisadores orientados por uma agenda ideológica, escrita e orquestrada por potências do hemisfério norte - Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, Noruega, Dinamarca e Alemanha, que pagam a conta e financiam este aparato indigenista e ambientalista que opera vigorosamente no Brasil.

Revista Infovias: Os Indígenas estão sendo financiados por ONGs internacionais?

Edward: Eu diria, uma parte significativa do movimento indigenista brasileiro, está sim recebendo dinheiro de organizações não governamentais, de agências de cooperações internacionais dos países do hemisfério norte. Por exemplo; a GTZ, ONG alemã, foi quem financiou por décadas todas as iniciativas de demarcação de terras indígenas no Brasil. Praticamente todas as demarcações ocorridas na década de 90 foram financiadas pela agência alemã de cooperação.

Revista Infovias: Então há interesses internacionais em frear o desenvolvimento do Brasil?

Edward: As provas e evidências que eu coletei até o momento, indicam que sim. Há um crescente interesse no controle e domínio de recursos naturais nacionais. Tais interesses excusos se escondem por trás de iniciativas e atividades aparentemente legítimas, como por exemplo, demarcar terras indígenas, criação de territórios quilombolas, de comunidades tradicionais e unidades de conservação. Reconhecer territórios indígenas e de comunidades tradicionais poderia ser um importante instrumento para assegurar o desenvolvimento desta parcela da população nacional. Contudo está se tornando um instrumento descontrolado de reforma agrária às avessas e de criação de conflitos sociais que joga os indígenas contra a sociedade nacional.

O problema é: a forma de demarcação de terras indígenas atualmente vigente no Brasil, não se preocupa com os custos sociais e econômicos das demarcações, não busca o consenso, e sobretudo, não garante segurança constitucional e jurídica a ninguém.

Em longas conversas que mantenho com o Dr. João Maria de Oliveira Souza, do escritório Oliveira Souza de Castro e Ferreira Advogados, especializado na matéria, entendemos que o estado deveria garantir a ambas as partes os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. O Dr. João Maria entende que um processo de demarcação de terra indígena deveria ser pautado pela mais completa impacialidade e julgado por um órgão totalmente neutro. Em seu entendimento, a FUNAI é um órgão comprometido ideologicamente e notoriamente político, não possuindo nenhuma condição de cumprir o seu papel de forma imparcial, uma vez que é parte interessada. Aos indígenas são disponibilizados todos direitos constitucionais e poderosos instrumentos legais, que asseguram seus direitos. Mas aos produtores rurais, aos empreendedores, aos municípios e até aos estados, estas garantias são precárias. Com as atuais regras de identificação e demarcação de terras indígenas no Brasil, somente os interesses de indígenas são sobrepostos e afrontam a sociedade brasileira. Só existem dois tipos de territórios no Brasil: os que já foram reconhecidos e demarcados tradicionais indígenas, e aqueles que podem ser demarcados a qualquer momento, sem qualquer instrumento seguro para contestar ou questionar esta arbitrariedade do governo e do movimento indigenista nacional.

Revista Infovias: Porque você acredita que estes direitos não estão assegurados?

Edward: Por causa dos monopólios que a FUNAI, os antropólogos e o Poder Executivo detêm em todas as instâncias do processo. E volto a enfatizar: é a FUNAI que dá início ao processo; é ela que contrata o antropólogo, categoria profissional intrissicamente comprometida com a causa e com o movimento indígena. E é só o antropólogo que se pronuncia sobre a necessidade da demarcação e as dimensões da terra indígena. O direito constitucional ao contraditório e a ampla defesa é oportunizado aos interessados. Mas olha a arapuca: Advinhem quem julga esta contestação protocolada pelo produtor, município ou estado? Antropólogos e servidores da própria FUNAI, que iniciou e tem todo interesse no andamento do processo. Pergunta óbvia: Que motivos a FUNAI teria para elaborar pareceres contrários a seus interesses ideológicos? Tanto ela quanto os antropólogos envolvidos no processo tem todo o interesse em aprová-los. Portanto, no meu entendimento e do Dr. João Maria, é aqui que reside um grave erro republicano, pois há um monopólio na condução do processo e sobretudo um monopólio do julgamento final por parte da FUNAI.

FUNAI e antropólogos são partes altamente interessadas na demarcação e, daí em diante, é só enfiar a demarcação guela abaixo e torcer para que o povo permaneça passívo. Já disse e repito: nem o Ministério da Justiça, nem qualquer outro órgão do Executivo, tem condições nem o devido conhecimento para identificar os vícios de origem, os vícios internos que acontecem em um processo de demarcação. Porque isto demanda um conhecimento muito preciso e específico. Em meu entendimento há um monopólio perigoso. É um monopólio que não oferece segurança jurídica, nem a produtores e nem a entes federados. Na verdade o que há é um processo totalmente controlado por um braço do executivo, que é a FUNAI, um órgão pró-indígena. Me parece óbvio e urgente a necessidade de uma reformulação do processo demarcatório, que garanta e assegure os direitos à sociedades tradicionais indígenas, mas ao mesmo tempo, assegure os direitos da outra parte afetada com total impacialidade. Seja ela privada ou governamental.

Revista InfoviasEm seu entendimento não existe este órgão impacial para julgar os processos contestatórios?

Edward: Não existe de maneira alguma. Não existe nenhum tipo de instância capaz de efetuar uma revisão no processo que seja neutra e imparcial. O que se vê é um lado tentando ser ouvido, ou seja, os produtores rurais, estados e municípios, mas encontrando um verdadeiro vácuo. Não tem quem possa oferecer o contraditório, pois quem poderia fazê-lo, na verdade, é parte comprometida.

Por exemplo; uma coisa simples: os relatórios de identificação dificilmente são obtidos por seus advogados. Inclusíve quando um produtor rural se dá conta de um processo de demarcação de terra indígena, geralmente já passou o prazo de contestação, uma vez que não é notificado.

Tudo isto fere a constituição brasileira, compromete a imparcialidade no processo como um todo, e fere frontalmente os princípios constitucionais garantidos à sociedade, gerando uma insegurança jurídica absolutamente prejudicial ao desenvolvimento socioeconômico do país. Isso cria animosidade e preconceito entre os indígenas e demais populações, o que vai de encontro ao estabelecido na Declaração das Nações Unidas Sobre os Direitos dos Povos Indígenas.

Revista Infovias: E o processo de demarcação de terras indígenas já está próximo do fim?

Edward: Boa pergunta. Quem sabe? Como estão as terras indígenas hoje? Quando eu ainda estava na universidade em 1996, já ouvíamos falar que mais de 95% das sociedades e povos indígenas no Brasil já tinham suas terras demarcadas. Na verdade não existe hoje uma sociedade indígena que não tenha uma terra demarcada. Todas as sociedades tem suas terras demarcadas e reconhecidas no Brasil. Existe mais de 600 áreas demarcadas totalizando aproximadamente 14% do território nacional. Quando eu saí da FUNAI em 2008, haviam 250 demandas por novas demarcações de terras indígenas. Em 2009 já eram cerca de 360 demandas, em 2011 foram mais de 450 novos pedidos e suponho que o número atual já ultrapasse 500 novos pedidos. O que isso representa? Se não houve aumento no número de comunidades indígenas o que isso nos revela?

Pasmem senhores, o que aumentou foi o número de pessoas se passando por índios, reinvindicando terras indígenas. São grupos de movimentos sociais se passando por indígenas. O que está ocorrendo no Brasil é uma desapropriação agrária escondida sob o manto do ressurgimento étnico. É uma reforma agrária às avessas. Só para se ter uma ideia do que estou falando, eu como antropólogo, já vivenciei diversas situações onde supostos indígenas reinvindicavam terras. Como já falei, quase 14% do território nacional está demarcado para povos indígenas e, recentemente, uma deputada federal do Amapá subiu à tribuna para dizer que é uma vergonha que este país tenha até hoje demarcado apenas 1/3 das terras indígenas. É só fazer um cálculo simples. Se 1/3 equivale a 14% do território nacional, o pleito pode chegar a pelo menos 42%. Isso mostra que a demanda de interesses desses grupos é absolutamente irreal, absolutamente desproporcional. Não há uma lógica proporcional entre a população brasileira e a população indígena. Mesmo que sejam hoje cerca de 800 mil indígenas existente no Brasil. Um pleito de mais de 40% do territorio brasileiro em detrimento aos quase 200 milhões de brasileiros. Eu já sabia que o pleito era de aproximadamente 25% do território a ser demarcado como terras indígenas, o que já era absolutamente desproporcional, e veja que agora já se fala em mais de 40%. Por isso não se sabe onde isto irá parar.

Revista Infovias: O que tais medidas acarretariam para o desenvolvimento do Brasil?

Edward: Podemos dizer que inviabiliza o crescimento do Brasil como nação prudutora, que tem sua base econômica na área agrícola. Isso honera o desenvolvimento econômico, afetando todas as áreas desde a agropecuária, até setores da infraestrutura. Isso dificulta a construção de estradas, ferrovias, hidrovias e hidrelétricas, tornando o custo Brasil altíssimo. Ora, em um país com um percentual aproximado de 14% demarcado como terras indígenas, e com um pleito de mais de 40%, nossas estradas, ferrovias e hidrovias teriam que se retorcer num verdadeiro zigzag para desviar destas terras.

É isso que estrangula o desenvolvimento. Ao meu ver, existe um patrulhamento ideológico que sufoca especialistas que tem pessamentos dissonantes, dos quais, eu sou talvez a única ou uma das únicas vozes que está denunciando essa abusividade. Evidentemente isso vai ser prejudicial para a sociedade brasileira e para o desenvolviemento do país. Precisamos sim do desenvolvimento sustentável, precisamos sim respeitar a legislação ambiental e, parece que temos uma boa legislação ambiental. O advogado e especialista nesta área, João Maria de Oliveira Souza, entende que temos sim uma legislação que possibilita o desenvolvimento sustentálvel, uma das melhores do mundo. O que temos que fazer, é cumprir essa legislação com foco voltado para duas vertentes que são fundamentais para a vida no planeta: a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. O mundo sucumbe se não houver este equilíbrio. O que não se pode permitir é que ONGs de países do hemisfério norte, comprometidas ideológicamente, venham obstar o desenvolvimento do Brasil e, por via de consequência, o bem estar e a qualidade de vida do povo brasileiro e o crescimento socioeconomico do estado.

Revista Infovias: E qual a solução para estes problemas? Como andam os debates sobre a questão indígena no Congresso Nacional?

Edward: Exitem frentes parlamentares tentando solucior esses problemas e normatizar o processo demarcatório. Há iniciativas válidas como a PEC 215 e o PL.38/99, que apontam para soluções democráticas, sobretudo quando propõe quebrar o monopólio exercido pela FUNAI, Ministério da Justiça e pelo Poder Executivo. A FUNAI, o ICMBio e outros órgãos ambientalistas, tornaram-se ONGs com poderes governamentais, porque uma grande parte da elite que comanda a FUNAI, é formada por “ongueiros”, portanto, simpatizantes ou colaboradores das ONGs, inclusive seus dois últimos presidentes. Toda a cúpula da FUNAI é altamente comprometida com a agenda neo-colonialista internacinal, e está longe de ser um órgão neutro e imparcial, pelo contrário, é cada vez mais ávida em defender esta agenda.

Então, ao meu ver, a PEC. 215 poderia ser aprimorada ao trazer ao Congresso Nacional os casos problemáticos, não pacificados, como o caso de Maraiwãtsédé. Existem muitas terras indígenas, como é o caso das terras que demarquei, onde imperou o equilíbrio, o bom senso e, sobre as quais, não tiveram uma única contestação.

No meu entender, deve passar pelo Congresso Nacional, casos problemáticos como foi Raposa Serra do Sol, como está sendo o caso de Suiá Missú/Maraiwãtsédé e muitos outros que certamente ainda virão se repetir. O Congresso, por representar o povo brasileiro, deveria ser soberano na apreciação e decisão das demarcações de áreas tais como indígena, quilombola e sociedades tradicionais.

O caso de Maraiwãtsédé exemplifica bem essa categoria de terras conflituosas, onde nenhuma das partes está satisfeita e se sentem igualmente injustiçadas. O caso é paradigmático, pois esgotaram-se todas as esferas, todos os instrumentos jurídicos e legais para o debate, e não há nem o mínimo de consenso a cerca da terra indígena, gerando conflito fundiário, ao meu ver, muito pior que Raposa Serra do Sol. Fica patente o descalabro e o desiquilíbrio de interesses em Maraiwãtsédé. Se houvesse mais uma esfera de negociação para a busca do consenso e de solução de conflitos, nós certamente teríamos uma melhor solução, mais equilibrada e menos ditatorial e prejudicial à este caso.

Revista Infovias: Então existem iniciativas legislativas que possam ser soluções viáveis à este problema?

Edward: Sim, existem iniciativas válidas e viáveis. Todas elas sugerem a quebra do monopólio da palavra final, e o estabelecimento de uma esfera democrática para a busca do consenso político. Neste país, que é uma democracia, esta esfera tem um nome: Congresso Nacional.

Fica patente que deve existir outro instrumento cívico e republicano a garantir a participação dos entes federados desde o início do processo demarcatório.

Neste sentido é louvável a iniciativa do Deputado Federal Homero Pereira (PSD-MT), relator da PLP 227, que propõe um novo rito demarcatório e melhor define o 6º parágrafo do artigo 231 da Constituição, acrescentando aos recursos naturais da nação as áreas antropizadas, voltadas para produção agrícola, áreas de interesse nacional, já que o a economia brasileira é basicamente sustentada pela produção agropecuária. Este setor produtivo é o responsável pela maior contribuição para o PIB brasileiro, com mais de 46% deste. Foi ele que salvou o terceiro trimestre de 2012, onde o PIB nacional, que teve míseros 0,6% de crescimento, onde a agropecuária cresceu 2,7%.

O PLP 227 propõe um novo rito na demarcação de terras indígenas, sugerindo a participação de outros profissionais neutros no processo, tais como, historiadores, sociólogos, economistas e engenheiros agrários, trazendo assim, mais transparência e diálogo ao processo. Tenho certeza que o Congresso não é contrário às populações indígenas, mas esta tentando estabelecer um mínimo de ordem democrática, o que hoje não existe. O processo demarcatório que temos aí, é um ranso ditatorial, no qual uma elite intelectual impõe a terra indígena a qualquer custo, sem se preocupar com os impactos sociais sobre a população atingida pelo processo de demarcação de terra indígena, ou às perdas econômicas pelo exclusão daquela área do circuito produtivo do país.

Temos um processo demarcatório onde os 6 ou 7 indivíduos responsáveis, não precisam dar qualquer explicações à sociedade brasileira, que desde Raposa Serra do Sol, não aceita mais estas arbitrariedades. As demarcações são assim irresponsáveis, porque não há nenhum custo político e baixíssimo custo financeiro nas indenizações advindas do processo demarcatório. As mudanças propostas visam corrigir estes defeitos no processo. O Congresso é e será atuante mas, certamente encontrará barreiras e dificuldades advindas do aparato indigenista/ambientalista na votação dos projetos de lei que visam solucioná-los.

AGROTERRORISMO - Petistas Acusados de propagar praga do Cacau - por Policarpo Junior

 21 de Junho, 2006 - 12:00 ( Brasília )

AGROTERRORISMO - Petistas Acusados de propagar praga do Cacau

Petistas são acusados de disseminar a praga que destruiu a lavoura de cacau no sul da Bahia
Policarpo Junior
Revista VEJA

No dia 22 de maio de 1989, durante uma inspeção de rotina, um grupo de técnicos descobriu o primeiro foco de uma infecção devastadora conhecida como vassoura-de-bruxa numa plantação de cacau no sul da Bahia. A praga é mortal para os cacaueiros. Os técnicos, porém, se tranqüilizaram com a suposição de que se tratava apenas de um foco isolado. Engano. Em menos de três anos, de forma espantosamente veloz e estranhamente linear, a vassoura-de-bruxa destruiu as lavouras de cacau na região – e fez surgir um punhado de explicações para o fenômeno, inclusive a de que o Brasil poderia ter sido vítima de uma sabotagem agrícola por parte de países produtores de cacau da África, como Costa do Marfim e Gana.

Reforçando, então, as suspeitas de sabotagem, técnicos encontraram ramos infectados com vassoura-de-bruxa amarrados em pés de cacau – algo que só poderia acontecer pela mão do homem, e nunca por ação da própria natureza. A Polícia Federal investigou a hipótese de sabotagem, mas, pouco depois, encerrou o trabalho sem chegar a uma conclusão. Agora, dezessete anos depois, surge a primeira testemunha ocular do caso. Ele conta que houve, sim, sabotagem, só que realizada por brasileiros.

Em quatro entrevistas a VEJA, o técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, baiano, 54 anos, contou detalhes de como ele próprio, então ardoroso militante esquerdista do PDT, se juntou a outros cinco militantes do PT para conceber e executar a sabotagem. O grupo, que já atuava em greves e protestos organizados na década de 80 em Itabuna, a principal cidade da região cacaueira da Bahia, pretendia aplicar um golpe mortal nos barões do cacau, cujo vasto poder econômico se desdobrava numa incontrastável influência política na região.

O grupo entendeu que a melhor forma de minar o domínio político da elite local seria por meio de um ataque à base de seu poder econômico – as fazendas de cacau. "O imperialismo dos coronéis era muito grande. Só se candidatava a vereador e prefeito quem eles queriam", diz Franco Timóteo. A idéia, diz ele, partiu de Geraldo Simões, figura de proa no PT em Itabuna que trabalhava como técnico da Ceplac, órgão do Ministério da Agricultura que cuida do cacau. Os outros quatro membros do grupo – Everaldo Anunciação, Wellington Duarte, Eliezer Correia e Jonas Nascimento – tinham perfil idêntico: eram todos membros do PT e todos trabalhavam na Ceplac.
 
Franco Timóteo conta que, bem ao estilo festivo da esquerda, a primeira reunião em que o assunto foi discutido aconteceu num bar em Itabuna – o Caçuá, que não existe mais. Jonas Nascimento explicou que a idéia era atingir o poder econômico dos barões do cacau. Geraldo Simões sugeriu que a vassoura-de-bruxa fosse trazida do Norte do país, onde a praga era – e ainda é – endêmica. Franco Timóteo, que já morara no Pará em 1976, foi escolhido para transportar os ramos infectados. "Então eu disse: 'Olha, eu conheço, sei como pegar a praga, mas tem um controle grande nas divisas dos estados'." Era fim de 1987, início de 1988.

Apesar do risco de ser descoberto no caminho, Franco Timóteo foi escalado para fazer uma primeira viagem até Porto Velho, em Rondônia. Foi de ônibus, a partir de Ilhéus. "Em Rondônia, qualquer fazenda tem vassoura-de-bruxa. Nessa primeira viagem, peguei uns quarenta, cinqüenta ramos. Coloquei num saco plástico e botei no bagageiro do ônibus. Se alguém pegasse, eu abandonava tudo." Nos quatro anos seguintes, repetiria a viagem sete ou oito vezes, com intervalos de quatro a seis meses entre uma e outra. "Mas nas outras viagens trouxe os ramos infectados num saco de arroz umedecido. Era melhor. Nunca me pegaram."

Franco Timóteo conta que, quando voltava para Itabuna, entregava o material ao pessoal encarregado de distribuir a praga pelas plantações. A primeira fazenda escolhida para a operação criminosa chamava-se Conjunto Santana, ficava em Uruçuca e pertencia a Francisco Lima Filho, então presidente local da União Democrática Ruralista (UDR) e partidário da candidatura presidencial de Ronaldo Caiado. Membro de uma tradicional família cacaueira, Chico Lima, como é conhecido, tinha o perfil ideal para os sabotadores: era grande produtor e adversário político.

"Chico Lima era questão de honra para nós", diz Franco Timóteo. Foi justamente na fazenda de Chico Lima que foi encontrado o primeiro foco de vassoura-de-bruxa, em 22 de maio de 1989 – e a imagem dos técnicos, no exato momento em que detectam a praga, ficou registrada numa fita de vídeo à qual VEJA teve acesso. Como medida profilática os técnicos decidiram incinerar todos os pés de cacau da fazenda. Chico Lima ficou arruinado. Hoje, arrenda as terras que lhe restam e vive dos lucros de uma distribuidora de bebidas. Informado por VEJA da confissão de Franco Timóteo, ele lembrou que sempre se falou de sabotagem – mas de estrangeiros – e mostrou-se chocado. "Isso é um crime muito grande, rapaz. Os responsáveis têm de pagar", disse.

Os ataques às fazendas, todas situadas ao longo da BR-101, aconteciam sempre nos fins de semana, quando diminui o número de funcionários. O grupo tinha o cuidado de usar um carro com logotipo da Ceplac para criar um álibi: se eles fossem descobertos por alguém, diriam que estavam fazendo um trabalho de campo.

"A gente chegava, entrava, amarrava o ramo infectado no pé de cacau e ia embora. O vento se encarregava do resto", conta Franco Timóteo. Para dar mais verossimilhança a uma suposta disseminação natural da vassoura-de-bruxa, o grupo tentou infectar pés de cacau numa lavoura mantida pela própria Ceplac. Não deu certo, devido à presença de um vigia, e o grupo acabou esquecendo, no atropelo da fuga, um saco com ramos infectados sobre a mesa do escritório da Ceplac. A operação criminosa, por eles apelidada de "Cruzeiro do Sul", desenrolou-se por menos de quatro anos – de 1989 a 1992. "No início de 1992, parou. Geraldo Simões disse que a praga estava se propagando de forma assustadora. Não precisava mais."

Os sabotadores nunca foram pegos, mas deixaram muitas pistas. "Encontramos provas de que houve sabotagem em várias fazendas", conta Carlos Viana, que trabalhava como diretor da Ceplac quando a praga começou a se disseminar. Ele se lembra do saco plástico esquecido sobre a mesa do escritório da Ceplac numa das lavouras – e isso o levou, inclusive, a acionar a Polícia Federal para investigar a hipótese de sabotagem. "Uma coisa eu posso garantir: os focos não foram acidentais", diz Viana, que deixou o órgão e tem hoje uma indústria de óleo vegetal.


Um relatório técnico e oficial, elaborado pela Ceplac logo no início das investigações, chegou a considerar a hipótese de que produtores do Norte do país teriam levado a vassoura-de-bruxa para as plantações da Bahia – mas movidos por "curiosidade ou ignorância". O relatório afirma que a chegada à Bahia da Crinipellis perniciosa, nome científico do fungo causador da vassoura-de-bruxa, "não pode ser atribuída a agentes naturais de disseminação". VEJA consultou Lucília Marcelino, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Brasília, para saber se a história contada por Franco Timóteo seria viável. "Sob o ponto de vista técnico, sim", diz ela.

A sabotagem produziu um desastre econômico. Derrubou a produção nacional para menos da metade, desempregou cerca de 200.000 trabalhadores e fez com que o Brasil, então o segundo maior produtor mundial de cacau, virasse importador da fruta. Um estudo da Universidade Estadual de Campinas, elaborado em 2002, estima que a devastação do cacau na Bahia provocou, nos últimos quinze anos, um prejuízo que pode chegar à astronômica cifra de 10 bilhões de dólares.

Mas, na mesquinharia política dos sabotadores, o plano foi um sucesso.Em 1992, no primeiro pleito depois da devastação, Geraldo Simões elegeu-se prefeito de Itabuna pelo PT – e presenteou os quatro companheiros de sabotagem com cargos em sua gestão. Everaldo Anunciação foi nomeado secretário da Agricultura – cargo que deixaria dois anos depois, sendo substituído por Jonas Nascimento, o outro petista sabotador. Wellington Duarte, também membro do grupo da sabotagem, ficou como chefe-de-gabinete do prefeito.
 
E Eliezer Correia ganhou o cargo de secretário de Administração e Finanças. Como não pertencia ao PT, Franco Timóteo não ganhou cargo algum na prefeitura. Em 1994, com o recrudescimento de suspeitas de que a vassoura-de-bruxa fora uma sabotagem, ele resolveu deixar Itabuna e mudar-se para Rondônia. O prefeito lhe deu um cheque de 250.000 cruzeiros reais (o equivalente a 800 reais hoje) para ajudar nas despesas da viagem – paga, para variar, com dinheiro público.

A operação consta da contabilidade da prefeitura, em que está registrada sob o número 2 467, e informa que o beneficiário era mesmo Franco Timóteo, mas, providencialmente, não há processo descrevendo o motivo do pagamento. "É estranho. Se havia algum processo, sumiu", diz o atual prefeito, Fernando Gomes, do PFL.

Nos últimos anos, Franco Timóteo tem sido assaltado pelo remorso do crime que cometeu. Um dos atingidos era seu parente. Silvano Franco Pinheiro, seu primo, tinha uma empresa de exportação de semente de cacau que chegou a faturar 30 milhões de dólares por ano. "Perdi tudo", conta Pinheiro, que, há seis anos, ouviu a confissão de Franco Timóteo.

"Falei para ele sumir da cidade porque seria morto", conta o primo. Para expiar sua culpa, Franco Timóteo também fez sua confissão para outro fazendeiro, Ozéas Gomes, que chegou a produzir 80.000 arrobas de cacau e empregar 1.400 funcionários – e hoje mantém ainda um padrão confortável de vida, mas emprega apenas 100 funcionários, A produção caiu para 15.000 arrobas.

"Quando ouvi a história, fiquei com muita raiva. Mas, depois, ele explicou que não tinha idéia da dimensão do que fazia…" No fim do ano passado, Franco Timóteo confessou-se ao senador César Borges, do PFL baiano e plantador de cacau. "A história dele tem muitos pontos de veracidade diante do que a gente sempre suspeitou ter acontecido", diz o senador. O governador Paulo Souto, cujos familiares perderam tudo devido à vassoura-de-bruxa, também ouviu uma confissão de Franco Timóteo. O senador e o governador, porém, decidiram ficar em silêncio, segundo eles para evitar a acusação de exploração política.

Os acusados desmentem categoricamente qualquer envolvimento na sabotagem e dizem até que nem sequer conhecem Franco Timóteo. "Nunca vi esse louco", diz Geraldo Simões, que, no governo Lula, ganhou a presidência da Companhia das Docas da Bahia, da qual se afastou agora para concorrer a deputado federal pelo PT. "Essa história toda é fantasiosa", diz Eliezer Correia, que continua cuidando de cacau e hoje é chefe de planejamento da Ceplac, em Itabuna.

"É um absurdo", diz Wellington Duarte, que, no atual governo, foi promovido a um dos chefões da Ceplac em Brasília. Everaldo Anunciação, que foi nomeado para o cargo de vice-diretor da Ceplac, diz que não liga o nome à pessoa. Jonas Nascimento – demitido a bem do serviço público na década de 90, voltou numa função comissionada, em 2003, no Centro de Extensão da Ceplac em Itabuna – é o único que admite conhecer Franco Timóteo, mas nega a história.

Talvez seja o único a contar um pedaço da verdade. Ouvido por VEJA, o publicitário Ithamar Reis Duarte, ex-secretário de Meio Ambiente na gestão do petista Geraldo Simões, conta que essa turma toda – Franco Timóteo e os petistas – é de velhos conhecidos. "Era um grupo que se reunia sempre para planejar ações", diz ele, que participou de alguns encontros. "Fazíamos reuniões até no meu escritório. Se alguém negar isso, estará mentindo".



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Terrorismo biológico: o lado amargo do cacau baiano (veja o vídeo)

Jornal da Cidade Online

15/12/2017 às 15:47

Leia mais: https://www.jornaldacidadeonline.com.br/noticias/8026/terrorismo-biologico-o-lado-amargo-do-cacau-baiano-veja-o-video


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

PC Marxist Roots Unearthed - by William S. Lind

 PC Marxist Roots Unearthed

by William S. Lind, Free Congress Foundation

Political Correctness is intellectual AIDS. Everything it touches it sickens and eventually kills. On America's college campuses it has diminished freedom of speech, warped curricula, politicized grading and replaced intellectual integrity with vapid sloganeering. In classroom after classroom, professors offer an ideological rant, which students are compelled to regurgitate to get a grade: the vomit returns to the dog. These places--and they are many--are no longer universities, but small, ivy-covered North Koreas.

Just what is Political Correctness? The "Politically Correct" people on your campus really, really don't want you to know the answer to that question. Why? Because Political Correctness is nothing less than Marxism translated from economic into cultural terms.

The parallels are obvious. First, both classical, economic Marxism and the Cultural Marxism that is Political Correctness are totalitarian ideologies. Both insist on "truths" that are contrary to human nature and experience. Contrary to economic Marxism, there is no such thing as a "classless society," and economic incentives matter. Contrary to Political Correctness, men and women are different, as are their natural roles in society; races and ethnic groups have specific characteristics; and homosexuality is abnormal. Since the only way people will accept the ideologues' "truths" is if they are forced to, they will be forced--by the full power of the state, if the Marxists of either stripe can control it.

The second parallel is that both classical Marxism and Cultural Marxism have single-factor explanations of history. Classical Marxism argues that all history was determined by ownership of the means of production. The Politically Correct Cultural Marxists say that history is explained by which groups--defined by sex, race and sexual normality or abnormality--have power over which other groups.

The third parallel is that both varieties of Marxism declare certain groups virtuous and other evil a priori, without regard for the actual behavior of individuals. Thus economic Marxism defined workers and peasants as good and the middle class as evil, and Cultural Marxism defines blacks, Hispanics, Feminist women, homosexuals and some other minorities as virtuous and white men as evil. Political Correctness does not recognize the existence of non-Feminist women and defines blacks who reject its ideology as whites.

The fourth parallel is in means: expropriation. Economic Marxists expropriated the property of the middle and upper classes and gave it to the state. Cultural Marxists, on campuses and in government, lay penalties on white men and give privileges to the groups they favor. Affirmative action is an example of this kind of expropriation.

Finally, both types of Marxism employ a method of analysis guaranteed to show the correctness of their ideology in every situation. For classical Marxists, the method is Marxist economics. For Cultural Marxists, the method is linguistic: deconstruction. Deconstruction first removes all meaning from "texts," then inserts new meaning: one way or another, the text illustrates the oppression of women, blacks, homosexuals etc. by white men and Western culture. The intended meaning of the author is irrelevant.

These parallels are not coincidental. They exist because the Cultural Marxism of Political Correctness is in fact derived from classical, economic Marxism, largely through the work of the Frankfurt School. Following World War I, European Marxists faced a difficult question: why did the proletariat throughout Europe not rise in revolution and establish a new, Marxist order, as their ideology said it would? Two prominent Marxist thinkers, Antonio Gramsci in Italy and Georg Lukacs in Hungary, came up with an answer: Western culture. Western culture so blinded the workers to their true, "class" interests that they could not act on them. So before socialism could come to power, Western culture had to be destroyed. Lukacs in 1919 posed the question, "Who will save us from Western civilization?" As Deputy Commissar for Culture in the Bolshevik Bela Kun government in Hungary that same year, the first thing he did was introduce sex education into Hungarian schools.

In 1923, Lukacs and a group of German Marxist intellectuals founded a "think tank" intended to translate Marxism from economic into cultural terms, the Institute for Social Research at Frankfurt University. The Institute quickly became known as the Frankfurt School. In 1933, when the National Socialists came to power in Germany, the Frankfurt School moved to New York City.

There, its key figures--Theodor Adano, Erich Fromm and Wilhelm Reich--developed critical theory," a crossing of Mark with Freud that labeled the key components of Western culture "prejudice," i.e., a psychological disease. The "critical theorists" argues that to eliminate "prejudice," Christianity, capitalism and the traditional "patriarchal" family all had to be destroyed.

The connection between the Frankfurt School and the student rebellion of the 1960s was made primarily by a key Frankfurt School member, Herbert Marcuse--the man who in the '60s coined the phrase, "Make love, not war." Marcuse's books "Eros" and "Civilization" argued that the tools with which to destroy Western culture were, in effect, sex, drugs and rock 'n roll. He popularized the Frankfurt School's ideas in ways the '60s student radicals could understand and absorb, and we now know his work Political Correctness.

So that is Political Correctness' dirty little secret: it is Marxism, Marxism translated from economics into culture. We know what economic Marxism did to the old Soviet Union. Are we going to permit Cultural Marxism to do the same thing to the United States?

Fonte: http://www.blueagle.com/editorials/Lind_982.htm


TikTok: Cavalo de Troia da China para Doutrinar os Estados Unidos - por Gordon G. Chang

 

TikTok: Cavalo de Troia da China para Doutrinar os Estados Unidos

A China Está Matando Americanos com Fentanil - Deliberadamente - por Gordon G. Chang

A China Está Matando Americanos com Fentanil - Deliberadamente

terça-feira, 27 de outubro de 2020

La otra Cuba de Fidel Castro: la que recluía a los homosexuales en campos de trabajos forzados - por Andrés P. Mohorte

La otra Cuba de Fidel Castro: la que recluía a los homosexuales en campos de trabajos forzados

Hace seis años, en una entrevista con el diario mexicano La JornadaFidel Castro reconocçia la sistemática discriminación a la que la comunidad LGBT se vio sometida en la Cuba post-revolucionaria. "Si hay que asumir responsabilidad, asumo la mía. Yo no voy a echarle la culpa a otros", contaba. Las declaraciones y el tono de la entrevista fueron sorprendentes: no todos los días el líder de un régimen autoritario reconocía su naturaleza represiva, en mayor o menor grado. En este caso, dirigida contra los homosexuales de la isla.

"Sí, fueron momentos de una gran injusticia, ¡Una gran injusticia! La haya hecho quien sea. Si la hicimos nosotros, nosotros", aseveró. Castro se refería a los campos de trabajo que, durante los sesenta y en un contexto de alta tensión, el régimen castrista instaló en la provincia de Camagüey con el objetivo de aislar y concentrar a diversos elementos potencialmente disidentes del régimen. Hubo miembros de sectas religiosas, intelectuales disidentes y numerosos homosexuales, además de diversos disidentes y objetores de conciencia.

De forma particular, el relato histórico sobre las Unidades Militares de Ayuda a la Producción, denominadas así por el gobierno cubano, se ha centrado en las penurias sufridas por el colectivo LGBT. Las UMAP eran, en rigor, campos de trabajo forzado en los que alrededor de 30.000 jóvenes fueron recluidos entre 1965 y 1968. De manera formal, el gobierno cubano los definía como espacios de trabajo en el campo para todos los jóvenes que o bien no estaban en condiciones de cumplir el servicio militar o bien no lo deseaban.

En un principio, el régimen llegó a promocionar a las UMAP en la prensa.

Pese a su carácter general y al relativo menor número de homosexuales, sobre el total, que pasaron por las UMAP, los campos de trabajo han pasado a la historia como símbolo de la represión del colectivo LGBT.

Las UMAP: un método de control social más

En sus orígenes, las UMAP, según los escasos estudios realizados hasta la fecha sobre su naturaleza, tenían un propósito de control y represión por parte del gobierno cubano a los elementos más divergentes con la ideología del régimen. A través de citaciones falsas para pasar revisión de cara al servicio militar obligatorio, los seleccionados por las autoridades comunistas los dirigían posteriormente a los diversos campos de trabajo de Camagüey, obviando su entrenamiento militar en los campos destinados a ello.

Una vez allí, la descripción de las condiciones de vida y labor varía, pero hay patrones comunes. Un trabajo del cubanoamericano Joseph Tahbaz, historiador, relata cómo los trabajadores forzosos tenían un pequeño salario equivalente al del servicio militar obligatorio y contaban con algunos domingos libres. Pasaban largas horas de sol a sol trabajando el campo (caña de azúcar, fundamentalmente) y compaginaban sus tareas en el campo con charlas de concienciación. La represión era variable en función del guarda y del recluso.

El carácter del campo no era letal (sin embargo, 500 reclusos terminaron en el psiquiátrico, más de 70 fueron fusilados o conducidos a la muerte a través de la tortura y más de 180 cometieron suicidio), y de cara a los homosexuales, su principal función era curar o erradicar su orientación sexual. Para ello, según relataron posteriormente internos como el dramaturgo homosexual Héctor Santiago, "a veces te dejaban sin agua y sin comida durante tres días mientras te mostraban fotos de hombres desnudos, y luego te daban comida y te mostraban fotos de mujeres". Santiago relata descargas eléctricas y otros tratamientos.

El régimen publicitaba estos campos de fines "militares" y no de concentración, destinados a "jóvenes que por la mala formación e influencia del medio habían tomado una senda equivocada ante la sociedad". En 1967, un informe de la Organización de los Estados Americanos relataba el carácter discrecional y secretista de las UMAP y sus malas condiciones de vida. La comida a menudo estaba en mal estado, el agua era insalubre, los barracones estaban congestionados y había carencias de duchas y letrinas.

Según Carlina de la Torre, investigadora de la Universidad de La Habana cuyo hermano, Benjamín de la Torre, se suicidó a la salida de uno de los campos en 1967, la naturaleza brutal de las UMAP tenían sus raíces en el propósito de control social y político por parte del régimen castrista. Existían proyectos y campos similares en otros países comunistas con los que los Castro estaban familiarizados, como Bulgaria o la Unión Soviética, y permitían depurar a elementos disidentes de puestos dentro del sistema comunista.

Fidel en 1978, un año antes de que se legalizara la homosexualidad en Cuba. (Marcelo Montecino)

Los homosexuales eran elementos extraños dentro del proyecto político comunista, tanto en Cuba como en la Unión Soviética. En la URSS, la homosexualidad, después de la Segunda Guerra Mundial y pese a momentos extraños de liberación post-revolucionaria, tenía un marcado carácter liberal y cosmopolita que las autoridades asociaban al ideario occidental. El esquema mental soviético se trasladaba a Cuba aderezado, además, del catolicismo y de la homofobia presente ya en la isla durante la colonia española. El cóctel resultó en la persecución del colectivo LGBT durante décadas.

Las dos Cubas de Fidel Castro

En 1965, el propio Fidel Castro expresaba:

No podemos llegar a creer que un homosexual pudiera reunir las condiciones y los requisitos de conducta que nos permitirían considerarlo un verdadero revolucionario, un verdadero militante comunista. Una desviación de esta naturaleza está en contradicción con el concepto que tenemos sobre lo que debe ser un militante comunista […] Bajo las condiciones en que vivimos, a causa de los problemas con que nuestro país se enfrenta, debemos inculcar a los jóvenes el espíritu de la disciplina, de la lucha y del trabajo.

En 2010, el mismo Castro evocaba "los problemas con que nuesro país se enfrenta" para excusar el trato represivo que el régimen comunista dispensó al colectivo LGBT durante los sesenta. "Piensa cómo eran nuestros días en aquellos primeros meses de la Revolución: la guerra con los yanquis, el asunto de las armas, los planes de atentados".

¿Pero qué ha sucedido desde entonces? Cuba, tanto a nivel político como social, ha sufrido numerosos cambios. Muchos a mejor. La situación del colectivo LGBT no ha hecho sino mejorar desde los penosos campos de trabajos forzados de los sesenta. En 1979, el gobierno reconocía la legalidad de las prácticas homosexuales en toda la isla. Las operaciones de cambio de sexo están permitidas y financiadas, en la actualidad, por el estado, y la discriminación por orientación sexual en el trabajo está prohibida.

Mariela Castro, en el centro, sobrina de Fidel Castro, en un desfile contra al homofobia celebrado en La Habana. (Ramon Espinosa/AP Photo)

Todo ello, además, de la mano de una normalización promovida por Centro Nacional de Educación Sexual, dirigido por la hija de Raúl Castro, Mariela Castro Espín. Este mismo año, en La Habana, tenía lugar la IX Jornada contra la Homofobia y la Transfobia, culminadas con bodas simbólicas en la calle de la capital (el matrimonio LGBT no está legalizado). El desfile no estuvo exento de acusaciones de brutalidad policial contra homosexuales, pero también contó con la hija del máximo mandatario y miembro del PCC al frente.

La inusual situación del colectivo LGBT en Cuba, en un contexto, el latinoamericano, donde la homofobia sigue siendo muy alta, ha llevado a algunas publicaciones, como Al Jazeera, a preguntarse si Cuba es hoy un "refugio" para los homosexuales y otras personas de orientación sexual no normativa. En el reportaje, se habla con Yasmin Portales, activista LGBT en la isla que reconoce los avances logrados por Mariela Castro y el CENESEX, pero que considera que aún queda mucho trabajo por delante, especialmente a la hora de combatir la persistente homofobia en la sociedad cubana.

Pese al amplio margen de mejora, la Cuba de hoy dista de aquella Cuba que, en los sesenta, reprimió de forma terrible en campos de concentración y con métodos de tortura para "curar" su "condición". Ambas dos, la de 1965 y la de 2016, son la Cuba que Fidel Castro deja a su muerte.

Fonte: https://magnet.xataka.com/en-diez-minutos/la-otra-cuba-de-fidel-castro-la-que-recluia-a-los-homosexuales-en-campos-de-trabajo-forzado

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Academias para producir machos en Cuba

En los años sesenta cerca de treinta mil jóvenes fueron internados en campos de trabajo forzado. Las vejaciones que tuvieron lugar en las UMAP, en nombre de la “higiene social”, dan cuenta del componente homofóbico de la Revolución cubana.

por Abel Sierra Madero 21 enero 2016

Entre 1965 y 1968 el gobierno cubano emplazó, en la región central del país, decenas de campos de trabajo forzado conocidos como Unidades Militares de Ayuda a la Producción (umap), adonde fueron enviados alrededor de treinta mil hombres bajo la cobertura de la ley del Servicio Militar Obligatorio (smo). La estructura híbrida entre campos de trabajo y unidades militares sirvió para camuflar los objetivos reales del reclutamiento y desligar a las umap de la tradición del trabajo forzado. De este modo se podía justificar la organización y la disciplina de tipo militar a que estaban sometidos los confinados. En noviembre de 2015 se cumplieron cincuenta años de que el régimen implementó este experimento.

Generalmente, los historiadores han evitado la investigación sobre las políticas estatales de control social basadas en el trabajo forzado, la concentración y el aislamiento de miles de ciudadanos en granjas creadas durante los años sesenta. Asimismo, han rechazado la utilización de estos términos, como si no aplicaran al caso del socialismo cubano, o su uso no fuera “políticamente correcto”. Por otra parte, los testimonios y narrativas producidas por exconfinados de las umap casi siempre han estado bajo sospecha. La fascinación por las barbas y los uniformes por parte de la prensa mainstream de Europa y Estados Unidos, conjugada con las poderosas imágenes construidas por la propaganda revolucionaria, habían opacado hasta hoy los testimonios de los exiliados cubanos sobre sus terribles vivencias en dichas unidades.

Esas historias pasaron a formar parte de un relato anticomunista al que supuestamente los exiliados tenían que acudir para poder sobrevivir fuera de Cuba. Al menos eso pensaba Ambrosio Fornet, uno de los intelectuales más reconocidos en la isla, cuando en 1984 fue entrevistado por Gay Community News. Aunque reconoció que las umap fueron una suerte de “academia para producir machos”, Fornet criticó las visiones que sobre la represión ofrecieron escritores y artistas cubanos exiliados en el documental Conducta impropia (1984) de Néstor Almendros y Orlando Jiménez Leal. De acuerdo con Fornet, la mayoría de los testigos que aparecieron en el filme mintió sobre las umap y los escritores estaban diciendo “lo que deben decir porque están viviendo del anticomunismo”. “La idea de un Estado policial represivo que persigue personas es totalmente absurda y estúpida”, agregó.

Carnet expedido por el “Centro Nacional de Información” vinculado a los Comités de Defensa de la Revolución (CDR) en los años sesenta. Este documento constituye una valiosa fuente para el estudio de la vigilancia y el control social y político en Cuba. En la esquina superior derecha del carnet se puede leer la palabra “secreto” y también las instrucciones a los informantes. Estos debían comunicarse con el Centro al “conocer todo hecho o indicio de actividad enemiga” y usar una clave para mantener “la clandestinidad”. Foto cortesía de María Antonia Cabrera Arus.

Las umap no pueden ser entendidas como una institución aislada, sino como parte de un proyecto de “ingeniería social” orientado al control social y político. Es decir, una tecnología que involucró a los aparatos judicial, militar, educacional, médico y psiquiátrico. Para el emplazamiento de las unidades se emplearon complejas metodologías para la identificación de determinados sujetos, su depuración dentro de las instituciones y organizaciones políticas y de masas, hasta el reclutamiento e internamiento.

Masculinización y militarización

Varios fueron los criterios que las autoridades tomaron en cuenta para reclutar e internar a miles de sujetos en los campos de trabajo forzado. Uno de ellos fue la homosexualidad y se calcula que alrededor de ochocientos homosexuales fueron recluidos en las unidades. Sin embargo, también hubo otras razones políticas.

A mediados de los sesenta, Cuba estuvo involucrada en un proceso transnacional de construcción del socialismo junto a la Unión Soviética, el bloque de países socialistas del Este y China. Estos regímenes invirtieron muchos recursos simbólicos en la creación de estereotipos nacionales que estuvieron asociados casi siempre a complejos procesos de masculinización. En ese sentido, el concepto de “hombre nuevo” fue uno de los ideales más poderosos dentro de estos sistemas, aunque había sido utilizado también por el nazismo alemán y el fascismo italiano.

En el caso cubano, ese concepto estuvo asociado a un campo ideológico más amplio de homogeneización social en el que la moda, las prácticas urbanas de sociabilidad, los credos religiosos y la actitud ante el trabajo fueron elementos claves para armonizar con la visión normativa oficial. De ahí que no resulte extraño que a las umap fueran enviados, además de homosexuales, delincuentes, religiosos, intelectuales o simplemente muchachos de ascendencia burguesa.

La psicóloga Liliana Morenza, una de las integrantes del equipo de investigación de psicólogos en las UMAP, junto a dos homosexuales pertenecientes a la Compañía 4, Batallón 7, Unidad de Ayuda a la Producción.  “La Violeta”, Camagüey, 1967.  (Cortesía de la doctora María Elena Solé)

Aunque el emplazamiento de los campos de trabajo forzado se realizó a fines de 1965, estas unidades se crearon bajo la cobertura de la ley 1129 del 26 de noviembre de 1963 que estableció el Servicio Militar Obligatorio (smo), durante un período de tres años, para los hombres comprendidos en las edades entre dieciséis y 45 años. La ley eximía a aquellos que fueran el único sostén económico para sus padres, esposa e hijos. Al menos en teoría, permitía el aplazamiento del reclutamiento a aquellos jóvenes que estuvieran terminando el último año de estudios secundarios, preuniversitarios o universitarios.

Sin embargo, las autoridades utilizaron discrecionalmente estos acápites con un criterio político cuando se trataba de las umap. Algunos jóvenes que constituían el único sostén familiar fueron reclutados sin importar las consecuencias en esas economías domésticas. Muchos estudiantes de diferentes niveles educacionales que estaban a punto de graduarse se convirtieron en elegibles para incorporarse al smo, porque fueron expulsados a través de un proceso de “depuración”. Este proceso que comenzó a mediados de 1965 –unos pocos meses antes del primer llamado a las umap– tuvo un carácter de “purga”, de cruzada social, encabezada por la Unión de Jóvenes Comunistas (ujc) contra aquellos que no eran percibidos como “revolucionarios”.

En un comunicado publicado en la revista Mella, el 31 de mayo de 1965, la ujc conminaba a los estudiantes de la enseñanza media superior a expulsar de los planteles a los “elementos contrarrevolucionarios y homosexuales” en el último año, para impedir su ingreso a las universidades. También se menciona a aquellos que demostraran “desviaciones”, “algún tipo de blandenguería pequeñoburguesa y que sean apáticos a las actividades revolucionarias que realiza el estudiantado”. Estos debían integrarse al Servicio Militar Obligatorio para “ganarse el derecho” de ingresar a la universidad. “Ustedes saben quiénes son, los han tenido que combatir muchas veces [...] apliquen la fuerza del poder obrero y campesino, la fuerza de las masas, el derecho de las masas contra sus enemigos [...] ¡Fuera los homosexuales y los contrarrevolucionarios de nuestros planteles!” Así terminaba el comunicado.

La psicóloga Liliana Morenza, una de las especialistas que integró el equipo investigación de psicólogos de las UMAP, junto a varios homosexuales y cabos. Compañía 4, Batallón 7, Unidad de Ayuda a la Producción “La Violeta”, Camagüey. 1967. (Cortesía de la doctora María Elena Solé).

Pocos días después, la revista Alma Mater, el órgano oficial de la Federación Estudiantil Universitaria (feu), se sumaba a esta política y aseguraba que la depuración era el resultado del momento histórico y una “necesidad para el desarrollo futuro de la Revolución”. Se insistía en que las depuraciones contra los contrarrevolucionarios y los homosexuales no debían entenderse como dos procesos aislados, sino como uno solo. “Tan nociva es la influencia y la actividad de unos como de otros en la formación del profesional revolucionario del futuro”, se sentenciaba.

Una vez que las purgas finalizaron, esos muchachos quedaron expuestos y a merced del Estado. Su entrada a las umap era cuestión de tiempo. Apenas terminaron las depuraciones, a través de los Comités de Defensa de la Revolución (cdr), una de las instituciones de vigilancia más efectivas creadas para el control social y político en Cuba, se hicieron censos para identificar a los jóvenes que no trabajaban ni estudiaban. Esa información se le suministraba al Ministerio del Interior y al Ministerio de las Fuerzas Armadas Revolucionarias (Minfar), las entidades encargadas del reclutamiento de las umap.

Ya en 1964 Fidel Castro se vanagloriaba del impacto que el smo estaba teniendo en la juventud cubana y resaltaba el fracaso de instituciones como la familia y la escuela en la educación de los jóvenes. “Pues bien, lo que no pudieron enseñarles en la casa –señalaba–, lo que no pudieron enseñarles en la escuela, lo que no pudieron enseñarles en el instituto, lo aprendieron en el ejército, lo aprendieron en una unidad militar.” Por su parte, su hermano Raúl Castro Ruz, entonces ministro de las far, aseguró en un discurso pronunciado el 17 de abril de 1965 que los objetivos de la Revolución solo se podían alcanzar con “una juventud con un carácter templado”, con un “carácter firme”, “forjado sobre el sacrificio”, alejado de las “blandenguerías”. Una juventud que se inspirara “no en los bailadores de twist ni de rock and roll, ni tampoco en las manifestaciones de alguna pseudointelectualidad”, una juventud que se alejara “de todo lo que debilita el carácter de los hombres”.

La utilización económica del cuerpo

A través de estos procesos de militarización y masculinización se trataba no solo de corregir gestos y posturas, sino de reorientar y reintegrar esas fuerzas y cuerpos a un aparato económico. La retórica de la guerra, empleada recurrentemente por los líderes de la Revolución, se integró al discurso ideológico y económico en forma de campañas de tipo militar y los trabajadores fueron vistos como héroes y soldados, no solo para insertarlos en una ritualidad política sino para utilizarlos como fuerza de trabajo sin tener que compensarlos económicamente. En un artículo de 1969, el economista Carmelo Mesa-Lago hacía un análisis de las formas de trabajo no pagado durante los años sesenta en Cuba y entre esos modelos mencionaba a las umap. De acuerdo con Mesa-Lago, el gobierno logró ahorrar por concepto de trabajo no pagado alrededor de trescientos millones de pesos cubanos, entre 1962 y 1967.

Foto tomada por el equipo de psicólogos durante una sesión de hormonoterapia a homosexuales de las UMAP, 1967.  (Cortesía de la doctora María Elena Solé).

A mediados de los sesenta, la economía cubana estaba subordinada al azúcar; pero la mecanización del corte de caña no estaba generalizada, por lo que el éxito de las zafras dependía del corte manual. En ese período las zafras azucareras empezaron a formar parte del gran salto ideológico que Fidel Castro tenía previsto para 1970. El máximo líder pretendía llevar a la isla a una etapa superior de construcción del socialismo con una zafra de diez millones de toneladas de azúcar. Para lograr el golpe de efecto, Castro necesitaba movilizar y desplazar una importante cantidad de fuerza de trabajo hacia las zonas donde existían grandes plantaciones de caña. La provincia de Camagüey, con extensiones considerables de tierra y escasa mano de obra, fue escogida de modo estratégico para el emplazamiento de las umap a fines de 1965.

De este modo, las unidades se insertaron dentro de la economía planificada socialista, al igual que había sucedido en la Unión Soviética con el gulag (Dirección General de Campos de Trabajo). Vladimir V. Tchernavin, que logró escapar de un gulag soviético, describe cómo a partir de 1930 esa institución se convirtió en una gran empresa de trabajo forzado con apariencia de corporación correctiva, que permitió establecer planes de desarrollo en lugares donde habría sido muy difícil sin echar mano de ese instrumento. De acuerdo con Tchernavin el gulag presentó una estructura y funciones similares a las de una empresa estatal, estaba organizado en forma de unidades militares y los detenidos recibían un pago miserable por el trabajo.

Algo similar sucedió con las umap. Los confinados de estas unidades, así como otros reclutados por el smo, recibían un pago de siete pesos mensuales y eran compelidos a participar dentro de lo que se conoce como “emulación socialista”, una especie de competencia para incentivar la producción en la que los “vanguardias” no recibían compensación económica, sino diplomas o reconocimientos en actos políticos y de masas.

Portada de ¡Sin Tregua! Boletín informativo de la sección política de las UMAP, No. 6, 1967.

“Higiene social revolucionaria se llama esto”

Podría decirse que a inicios de 1959 el pánico moral fue el encuadre ideológico en el que se basó la campaña de regeneración nacional a la que fue convocada toda la nación para liquidar los “vicios” del pasado y consolidar el poder revolucionario. Pero muy pronto ese marco de tipo religioso fue complementado con los discursos de higiene y la noción de “enfermedad social”.

El 15 de abril de 1965, varios meses antes de que se hiciera el primer reclutamiento de las umap, el escritor Samuel Feijóo publicó en el periódico El Mundo “Revolución y vicios”, un texto que da cuenta de las tensiones que provocó la unión de los discursos religioso, político e higiénico. Entre los vicios que quedaban por liquidar, el escritor señalaba el alcoholismo y el “homosexualismo campeante y provocativo”. “No se trata de perseguir a homosexuales –aseguraba–, sino de destruir sus posiciones, sus procedimientos, su influencia. Higiene social revolucionaria se llama esto.”

De este modo, los discursos de higiene y aquellos provenientes del campo de la psicología se adecuaron para la justificación de las umap. Las unidades se convirtieron en un espacio de cuarentena, un laboratorio que permitía no solo mantener a los confinados aislados, sino también la oportunidad de estudiarlos. En mayo de 1966, a unos meses de emplazadas las umap, María Elena Solé integró un equipo de psicólogos y médicos que formó parte una operación secreta organizada por la dirección política del Minfar, para diseñar y trabajar en programas de rehabilitación y reeducación de homosexuales en las umap.

De acuerdo con el testimonio que Solé me dio en marzo de 2012, el trabajo del equipo consistía en “evaluar desde el punto de vista psicológico a estas personas”. Pero la evaluación y clasificación no se basó exclusivamente en aspectos relacionados con la configuración genérico- sexual de los individuos, sino que intervino también un criterio ideológico.

El equipo de psicólogos echó mano de la noción de “afocancia”, un cubanismo no recogido por el drae, que se ha utilizado para describir de modo negativo a personas que se distinguen públicamente por determinadas características físicas o morales. Así, se diseñó un patrón a, es decir “afocante”, para distribuir a los homosexuales en cuatro escalas: a1, a2, a3 y a4. Como “afocantes” tipo 1 se consideraba a aquellos “que no hacían ostentación de su problema y eran revolucionarios –en el sentido de que no se quisieran ir del país–, se comportaran normalmente, y estuvieran más o menos integrados a la sociedad”. En cambio “el que soltaba las plumas y que además no tenía ninguna integración revolucionaria ni le interesaba”, y hubiera manifestado un interés por salir del país, era considerado como “afocante” tipo 4. “Allí había revolucionarios –explica María Elena Solé–, pero si hacía ostentación de su problema, nosotros no lo clasificábamos como a1, sino como a4.”

Algunos de los exconfinados de las umap aseguran que el equipo de psicólogos hizo varios experimentos y pruebas de tipo conductista y reflexológico, en los que se llegó a emplear el electroshock. Sin embargo, la doctora Solé asevera que las pruebas que se hacían estaban únicamente encaminadas a “medir inteligencia”. En cambio, Héctor Santiago –teatrista vinculado a uno de los más controvertidos proyectos culturales de los sesenta en Cuba, Ediciones El Puente, y que fue enviado a las umap me aseguró que los exámenes del equipo de psicólogos tuvieron, al menos en su unidad, otro carácter. Según Santiago, los psicólogos y psiquiatras utilizaron en las umap técnicas conductistas como shocks con electrodos y comas inducidos con insulina. Estos experimentos consistían en la aplicación de corriente alterna “mientras nos mostraban fotos de hombres desnudos para que en el subconsciente los rechazáramos, volviéndonos a la fuerza heterosexuales”.

Esta descripción concuerda con varios artículos que detallaban este procedimiento y que circularon en revistas especializadas cubanas de psicología y psiquiatría durante los años sesenta. Esta terapia, que había sido desarrollada en Praga por K. Freund, consistía en crear reflejos condicionados. En Cuba fue el doctor Edmundo Gutiérrez Agramonte quien incorporó esta práctica.

Felipe Guerra Matos, el oficial que estuvo a cargo del desmantelamiento de las umap, me comentó en una entrevista, en junio de 2015, que la idea del equipo de psicólogos en las unidades había sido suya y que en esos campamentos se llegó a recluir unos treinta mil sujetos, entre ellos ochocientos cincuenta homosexuales, aproximadamente. En un momento de la conversación Guerra Matos apuntó: “Cometimos errores graves, castigos con los mariconcitos y se hicieron veinte cosas ahí [...] Los ponían a mirar el sol, a contar hormigas [...] Ponte a mirar el sol fijo pa’ que tú veas. Cualquier barbaridad que se le pudiera ocurrir a un oficial de poco cerebro. Yo tengo culpa también porque yo firmé reclutamientos.”

Los castigos en las umap podían ir desde los insultos verbales hasta el maltrato físico y la tortura. Varios de mis entrevistados aseguran que una de las modalidades de castigo empleadas por algunos oficiales consistía en enterrar al confinado en un hueco y dejarlo con la cabeza fuera durante varias horas. A algunos los introducían en un tanque de agua hasta que perdieran la conciencia, a otros los ataban a un palo o a una cerca y los dejaban durante la noche a la intemperie para que fueran presa de los mosquitos. De acuerdo con Héctor Santiago, a esa modalidad de castigo se le llamó “El palo”. El tormento y la mortificación del cuerpo tenía una función de amedrentamiento y formaba parte de una narrativa en la que los castigos recibían nombres como “El trapecio”, “El ladrillo”, “La soga” o “El hoyo”, entre otros.

Por otra parte, muchas de las unidades estaban rodeadas por cercas de púas, usadas recurrentemente en cárceles y campos de concentración. De acuerdo con el cantautor Pablo Milanés, quien fue enviado a las umap en 1966, esas cercas estaban compuestas por catorce pelos de alambres, distribuidos de manera tal que se elevaban a unos seis metros de altura. A esa alambrada y al encierro está dedicada una breve canción titulada “Catorce pelos y un día”. Milanés me explicó que la canción no fue grabada en aquellos años sino más tarde en los estudios del Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos en los setenta.

Catorce pelos y un día me separan de mi amada,

catorce pelos y un día me separan de mi madre,

y ahora sé a quién voy a querer

cuando los pelos y el día

los logre dejar.

Epílogo

La historia de este triste experimento ha permanecido sepultada en la isla. Hasta hoy, el gobierno cubano ha negado constantemente el carácter de las umap y ha tratado de borrar del imaginario colectivo todo lo relacionado con este tema. Al mismo tiempo, la izquierda internacional ha preferido ver a las umap como un error propio de los movimientos revolucionarios. En este ejercicio ideológico ha influido el modo en que la figura de Fidel Castro se convirtió en una de las representaciones más poderosas de la Revolución. Por lo tanto, una vez que comenzaron las críticas y las campañas internacionales pidiendo el desmantelamiento de las unidades, se hizo indispensable deslindar al máximo líder de estos procesos, para poder justificar las umap como una excepción que no debía identificarse con la Revolución. Así lo hizo, por ejemplo, Ernesto Cardenal. En su libro En Cuba (1972), el poeta y teólogo nicaragüense dijo haber sido visitado por dos jóvenes interesados en complementar su visión oficial de la isla. Uno de ellos se había desempeñado como “carcelero” en las umap, y le aseguró que fue Fidel Castro quien suprimió esos “campos de concentración” aplicando a veces la ley del talión. El pintoresco relato que Cardenal narra en su libro constituye la única fuente que hace este tipo de referencia. En 2010 en una entrevista concedida al periódico mexicano La Jornada, el propio Fidel Castro “asumió” finalmente su responsabilidad en el emplazamiento de esos campos de trabajo.

Las umap quedaron oficialmente disueltas a través de la ley 058 de octubre de 1968. Aunque estas unidades desaparecieron como institución, otros dispositivos e instituciones más sofisticadas las sustituyeron, manteniéndose intactos el espíritu y las motivaciones que las crearon. La década del setenta aún estaba por venir. ~