MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

Ucrânia: País dividido por "linha de fratura" - Por Félix Maier

Ucrânia: País dividido por "linha de fratura"

Félix Maier

O movimento separatista visto atualmente na Ucrânia é próprio de "país dividido", que tem uma parte da população que não se adapta ao país, por ser de origem russa e desejar fazer parte da Federação Russa, como é o caso das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

Antigo membro da KGB, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, aprendeu muito bem com seu mestre Adolf Hitler, que conseguiu anexar a Áustria com um mero "plebiscito". Por ocasião da Queda do Muro de Berlim, Putin trabalhava na Alemanha Oriental, onde queimou às pressas muitos documentos sigilosos da KGB, ocasião em que portava documento de identidade da Stasi, a polícia secreta da Alemanha comunista.

Putin, maquiavelicamente, está fomentando a luta nas repúblicas separatistas da Ucrânia, onde colocou soldados russos para lutar ao lado dos separatistas e acelerar o processo de anexação. Essas repúblicas separatistas serão tomadas na mão grande pelo Czar Vermelho, assim como foi tomada a Crimeia, em 2014.

Esses conflitos de “linha de fratura” ocorrem entre civilizações distintas, dividem um país e são especialmente frequentes entre muçulmanos e não muçulmanos. Como exemplo, podemos citar a Turquia, que tentou se modernizar e se “europeizar” com o Kemalismo, porém hoje caminha rapidamente para uma teocracia; a Bósnia-Herzegovina (conflito entre muçulmanos, ortodoxos sérvios e católicos croatas); o Kosovo (muçulmanos albaneses contra ortodoxos sérvios); a Caxemira, na Índia (muçulmanos contra hindus).

Movimentos separatistas são um problema visto em muitos países, especialmente com população islâmica em crescimento, que não se aculturam de modo algum, mas querem impor sua cultura e sua religião, como poderá ser o caso da França, da Inglaterra e da Alemanha, onde os islâmicos sonham criar uma "Eurábia".

Também se observam movimentos separatistas na Grã-Bretanha, com Irlanda do Norte (protestantes contra católicos) e Escócia, onde houve um referendo em 2014 (venceu o “Não” por 10 pontos); na Espanha (com separatistas no País Basco, na Galícia e na Catalunha); na França (com separatistas na Bretanha, na Córsega e no País Basco); na Itália (Padânia); na Bélgica (Flandres e Valônia); na Alemanha (Bavária); na Romênia (Transilvânia); no Canadá (movimento separatista de Quebec, de origem francesa).

A própria Rússia tem movimentos separatistas, como os existentes na Chechênia e no Daguestão, os quais são combatidos com violência máxima. Se há um caldeirão de separatismo devido a lutas étnicas e religiosas, esse caldeirão se chama Federação Russa.

Com a eleição de Barack Obama, em 2008, em plena crise financeira dos subprimes, sete Estados americanos, comandados pelo Texas, declararam que querem ser independentes dos EUA.

Até no Brasil há um movimento separatista, "O Sul é Meu País", que prega a independência dos Estados do Sul: PR, SC e RS.

O Ocidente nada poderá fazer em relação à Ucrânia, exceto aplicar sanções econômicas à Rússia. Ações militares de potências nucleares não podem ser feitas contra outras potências nucleares, exceto contra países que estão em seus quintais limítrofes. Haverá muita retórica política, seja por parte da ONU, seja por parte dos líderes ocidentais, que de nada adiantarão face à truculência russa. As repúblicas separatistas querem fazer parte da Rússia e assim será feito. A Ucrânia será deixada à própria sorte pela União Europeia e pelos EUA, por não fazer parte da OTAN.

Um país com “linha de fratura” histórica entre seu povo, mais cedo ou mais tarde será um país dividido e anexado por outro, vítima de movimentos separatistas, como parece ser o caso da Ucrânia.

Quem deve estar acompanhando com atenção o desdobramento das ações russas na Ucrânia é a China, que não abre mão de anexar a ilha de Formosa (Taiwan), que abrigou as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek e escapou do totalitarismo comunista implantado por Mao Tsé-tung, em 1949.

Adendo:

Mapa político da Federação Russa, dividido em Oblasts, Repúblicas, Okrugs autônomos, Krais e Cidades Federais.



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