ARNO PREIS E OS IDOS DE MARÇO DE 1964
1964: O ANO QUE TEIMA EM NÃO TERMINAR
Félix
Maier
https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/04/felix-maier-curriculum-vitae.html
Preâmbulo
O presente trabalho tem por finalidade transcrever passagens do livro “ARNO PREIS - A demanda da família de Arno Preis pelo direito ao luto, à verdade, à reparação pública e à justiça”, dos historiadores Reginaldo Benedito Dias e Elaine Angela Bogo Pavani, ao mesmo tempo em que faço comentários sobre tais passagens, algumas citando meu texto-memória “Tio Arno Preis”, postado na Internet em 2003.
Além desse fichamento-resenha, digamos assim, o trabalho descreve fatos
históricos relacionados com os grupos terroristas que infernizaram o Brasil
durante as décadas de 1960 e 1970, dentro do contexto da guerra fria da época, especialmente na América Latina.
O trabalho também tem a
finalidade de desmascarar a langue de bois (língua
de pau) que afeta os trabalhos acadêmicos da atualidade,
transformando terroristas sanguinários em seres angelicais, ao mesmo tempo em
que se demonizam as Forças Armadas e os Órgãos de Segurança, que combateram os
terroristas, como cruéis torturadores. Segundo a língua de pau desses
“guerrilheiros da pena”, que é também o caso da dupla de escribas que publicou
o livro “ARNO PREIS”, eles creem em “sacramentos” sui generis: terrorista
é batizado como “militante político”; roubo é crismado como “expropriação”;
incêndio de canaviais no Nordeste casa-se com o “lendário movimento rural”; o
objetivo de implantar uma ditadura comunista, com a força das armas, recebe a
ordem sacerdotal de “defesa da democracia”; e o assassinato de companheiros do
terror recebe a unção dos mortos, o “justiçamento”.
A língua de pau, como é de
praxe, foge da argumentação e do silogismo e se utiliza de imagens linguísticas
e figuras de retórica para fazer propaganda ideológica, como a alegoria, o
eufemismo, a tautologia, a catacrese, o truísmo, o solipsismo, o solilóquio, a
ecolalia, a prosopopeia, a logomaquia, a logorreia (diarreia de palavras, no
dizer do pensador brasileiro José Osvaldo de Meira Penna), o pleonasmo, a
polissemia, a prolixidade, o paradoxo, o circunlóquio, a metonímia, a
metalepse, de modo a dizer platitudes, alongar-se em prolegômenos sem fim e
realizar refutações sofísticas para causar uma eufonia aos ouvidos.
O politicamente correto de
hoje não tem nenhuma vergonha em assumir, não só a novalíngua (new speak)
denunciada por George Orwell no livro “1984”, mas também a duplideia (doublethink), que é a crença simultânea
em ideias contraditórias, além de tergiversações diversas, como a
simplificação, o relativismo, a desconstrução, o revisionismo histórico, a
“hagiografia” de terroristas, o assassinato de reputações e o proselitismo
ideológico.
Muitos terroristas, que se
autodenominavam “militantes políticos”, pegaram o pau-furado, como a presidente
Dilma Rousseff, Fernando Gabeira e Arno Preis, para enfrentar o governo dos
militares pós-1964, não para defender a democracia, como cinicamente a esquerda
repete todo dia. O fato é que esses grupos terroristas, todos eles, tinham como
objetivo implantar um regime político cruel e letal, como é todo regime
comunista, nos moldes da ditadura cubana. Essa é a mais cristalina verdade.
Este trabalho não é parcial, nem tem a pretensão de “denegrir” a figura de
meu tio materno Arno Preis, como já fui acusado por muitos, inclusive por
parentes, mas apenas descrever algumas passagens da vida de Arno Preis e as
circunstâncias de sua morte, depois de ter pertencido a dois notórios grupos
terroristas, a Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Movimento de Libertação Popular
(Molipo). Além disso, o trabalho aborda o panorama geral do terrorismo de esquerda,
que afetou, não só o Brasil, mas toda a América Latina, dentro do contexto da
guerra fria. Infelizmente, 1964 é um ano que teima em não terminar.
Assim, convido o leitor a
acompanhar a presente obra, com links para muitos assuntos correlatos, de modo
a construir os alicerces que darão sustentação à real História recente do Brasil,
não à mitologia propalada pela langue de bois de jornalistas e de muitos
historiadores, identificados com a extrema esquerda, os quais não têm
compromisso com a verdade.
Brasília, julho de 2022.
Félix Maier
Leia o trabalho clicando em
https://drive.google.com/file/d/1qlly7cvMHL0ia6NjXBD9Oqq22Z81Xlm9/view.
P. S.: Trabalho publicado em 20/07/2022 e modificado (com correção e alguns acréscimos) em 25/07/2022 (F. Maier).
- "Memorial 31 de Março de 1964" - Uma seleção de textos de Félix Maier e de terceiros
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/memorial-31-de-marco-de-1964-textos.html
- "História Oral do Exército - 31 de Março de 1964" - Fichamento dos 15 livros editados pela Biblioteca do Exército Editora, feito por Félix Maier
http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html
ou
https://drive.google.com/file/d/1fsbc3zFomx0w1xoEDT8MTWew3MT03ggo/view
- "A LÍNGUA DE PAU - Uma história da intolerância e da desinformação", de Félix Maier
https://drive.google.com/file/d/1jfaOpIMbwzhlaQxspnA9hBnyHX8KX4_E/view
ou
http://felixmaier1950.blogspot.com/2021/05/a-lingua-de-pau-uma-historia-da_10.html
- "Três em Um - Artigos, humor e alguma poesia", de Félix Maier
https://drive.google.com/file/d/1AVrblAPdxL8NmHCezZUEQKRZ7ab7nGua/view
Nenhum comentário:
Postar um comentário