MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964

MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964
Avião que passou no dia 31 de março de 2014 pela orla carioca, com a seguinte mensagem: "PARABÉNS MILITARES: 31/MARÇO/64. GRAÇAS A VOCÊS, O BRASIL NÃO É CUBA." Clique na imagem para abrir MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Guerrilha comunista no Brasil - Por Félix Maier

Guerrilha comunista no Brasil

Félix Maier

16/08/2011

A guerrilha comunista teve início em 1961 no Brasil - e não após 1964, como propaga a esquerda mentirosa -, quando o presidente João Goulart ocultou e repassou secretamente a Fidel Castro as provas da intervenção armada de Cuba no Brasil. Provas? Leia os verbetes abaixo, que constarão de meu livro "A Língua de Pau - Uma história da intolerância e da desinformação".

Coleção História Nova - Para a formação do "homem novo", a história também deve ser nova. A Coleção de Pau (de langue de bois - língua de pau) surgiu durante o Governo João Goulart, na "Campanha de assistência ao estudante", do MEC, em que os livros tradicionais de História foram reformulados, os fatos interpretados sob a ótica marxista. O MEC editou também a cartilha "Viver é lutar", reconhecida pela Conferência Nacional dos Bispos, para a alfabetização rural - ou melhor, alfabetização marxista. A rádio Ministério da Educação (Rádio da Verdade) era utilizada para propaganda comunista. Nada mais que o Pravda ("Verdade") em ação.

Contrarrevolução de 1964 - Após a anarquia promovida no Brasil pelo Governo João Goulart ("Jango"), no dia 31/3/1964, sob a exigência dos jornais e a aclamação da população brasileira, é desencadeada a "Revolução de 31 de Março", apelidada pelos opositores como "golpe militar", mas que foi na verdade uma Contrarrevolução, por suspender o processo revolucionário em andamento no País.

Antecedentes: Quando Jânio Quadros renunciou à presidência, "Jango" estava em viagem à China comunista, acompanhado de "líderes trabalhistas, convocados para observação e estudo das comunas populares daquele país" (AUGUSTO, 2001: 70).

Na China, "Jango" fez "um pronunciamento radical, em que revelou sua intenção de estabelecer também no Brasil uma república popular, acrescentando que, para tanto, seria necessário contar com as praças para esmagar o quadro de oficiais reacionários" (idem, pg. 71) - prenúncio da Revolta dos Marinheiros, no Rio de Janeiro, e da Revolta dos Sargentos, em Brasília. Em janeiro de 1964, Luiz Carlos Prestes viajou a Moscou para prestar contas dos últimos trabalhos do PCB, desenvolvidos à luz da estratégia traçada por ele e Kruschev em novembro de 1961. Nesse encontro, participaram, além de Kruschev, Mikhail Suslov (ideólogo de Kruschev), Leonid Brejnev (Secretário do Comitê Central do Partido), Iuri Andropov e Boris Ponomariov (Chefe do Departamento de Relações Internacionais).

Naquela ocasião, Prestes afirmou:

"A escalada pacífica dos comunistas no Brasil para o poder abrindo a possibilidade de um novo caminho para a América Latina. (...) oficiais nacionalistas e comunistas dispostos a garantir pela força, se necessário, um governo nacionalista e antiimperialista. Implantaremos um capitalismo de Estado, nacional e progressista, que será a antessala do socialismo. (...) ... uma vez a cavaleiro do aparelho do estado, converter rapidamente, a exemplo de Cuba de Fidel, ou do Egito de Nasser, a revolução nacional- democrática em socialista" (idem, pg. 121-2).

Segundo Luís Mir, em A Revolução Impossível, "a exemplo de 1935, a revolução deveria começar novamente, pelos quartéis" (cit. pg. 122). "É crime lembrar que a direita civil armada, pronta e ansiosa para matar comunistas desde 1963, foi pega de surpresa pelo golpe militar e inteiramente desmantelada pelo novo governo, de modo que, se algum comunista chegou vivo ao fim do ano de 1964, ele deveu isso exclusivamente às forças armadas que agora amaldiçoa" (Olavo de Carvalho, in "A História", essa criminosa).

Olavo se refere às forças paramilitares formadas, principalmente, pelos governadores Carlos Lacerda, da Guanabara, e de Adhemar de Barros, de São Paulo, que pretendiam trucidar os comunistas. "O regime militar fez várias reformas. Obteve êxito. O papel do Estado na economia foi ampliado numa escala nunca vista. Qualquer setor onde havia alguma dificuldade econômica, a saída encontrada era a criação de uma empresa estatal. E foram surgindo às pencas. O país melhorou a infraestrutura, desenvolveu novos setores produtivos e se integrou à economia mundial diversificando sua pauta de exportações" (Marco Antonio Villa, in "Eles não conseguem desenhar o futuro", O Globo, 28/6/2011). "Os militares parecem haver sofrido, desde o começo, de uma espécie de 'má consciência'. O sentimento acabou por dividi-los e provocar hesitações nefastas à administração. Ao princípio, um embaixador inglês, Sir Geoffrey Wallinger, ainda podia comparar os militares de Castello Branco aos puritanos de Cromwell, fanaticamente convencidos de sua missão de limpar a corrupção que contaminava o país. Mas as hesitações e as contramarchas entre 'linha dura' e 'legalistas' acabou comprometendo o projeto e o próprio bom senso" (PENNA, 1994: 163).

"Não há provas de que os Estados Unidos instigaram, planejaram, dirigiram ou participaram da execução do golpe de 1964. Cada uma dessas funções parece ter competido a Castelo Branco e seus companheiros de farda. Ao mesmo tempo, há sugestivas evidências de que os Estados Unidos aprovaram e apoiaram a deposição de Goulart quase que desde o princípio. Os Estados Unidos reforçaram o seu apoio ao elaborar planos militares preventivos que poderiam ter sido úteis para os conspiradores, se houvesse a necessidade" (PARKER, 1977: 128). [Leia Projeto História Oral do Exército na Revolução de 1964 - http://felixmaier1950.blogspot.com/2020/09/historia-oral-do-exercito-31-de-marco.html].

Folhetos cubanos - Eram disseminados no Brasil pelo Movimento de Educação Popular (MEP), durante o Governo de João Goulart, e serviam de inspiração às Ligas Camponesas, de Francisco Julião, e aos Grupos dos Onze (G-11), de Leonel Brizola. Desde 1961, os comunistas passaram a comprar várias fazendas em Pernambuco, Bahia, Acre, Goiás e Minas, para servirem de centros de guerrilha. Isso prova que o idioma de pau cubano (o comunismo), de inspiração soviética, tentou se estabelecer no Brasil antes da Contrarrevolução de 1964.

Foquismo - Teoria revolucionária de pau, em que a revolução marxista seria iniciada em pequenos núcleos (focos), para começar a guerrilha rural, com o objetivo de dominar a nação. O foquismo foi sistematizado pelo revolucionário comunista francês Jules Debray, e defendida por Fidel Castro e Che Guevara. O PC do B tentou colocar em prática essa teoria na região do Araguaia.

"O treinamento a brasileiros em Cuba continua até os dias atuais, embora somente no terreno político-ideológico, na Escola Superior Nico Lopez, do PC cubano, Escola Sindical Lázaro Peña, Escola de Periodismo José Martí, Escola da Federação de Mulheres Cubanas, Escola da Federação Democrática Internacional de Mulheres e Escola Nacional Julio Antonio Mella, da União da Juventude Comunista. Por essas escolas já passaram mais de 100 brasileiros. Todavia, o mais importante em tudo isso, é que a ida de qualquer brasileiro para fazer cursos em Cuba depende do aval do Partido Comunista Cubano, após entendimentos anteriores, de partido para partido. Atualmente, existem diversos brasileiros, militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra recebendo, em Havana, treinamento em técnicas agrícolas, e outros matriculados na Faculdade Latino-Americana de Ciências Médicas. O site do Partido dos Trabalhadores oferece vagas e publica as condições definidas por Cuba para matrícula nessa Faculdade" (Huascar Terra do Valle, in "Histórias quase esquecidas", site Mídia Sem Máscara, 10/2/2003).

Frente Única - Idealizada pelo ex-ministro San Thiago Dantas, desejava unir todas as esquerdas em uma "Frente Única" (1963), para dar suporte consistente ao Governo João Goulart e suas "Reformas de Base". Os partidos comunistas e o exibicionismo de Brizola impediram a formação dessa Frente. A "Frente Popular" de Jango, com o PCB e as organizações dominadas pelo "Partidão", foi o que sobrou da pretensa "Frente Única". A expressão de pau "Frente Única", pelo menos, serviu de inspiração para a moda da década de 1960, sendo uma peça feminina bastante sexy - ao mesmo tempo em que debutavam as chinelas havaianas e a camisa "ban-lon", também conhecida como camisa "volta ao mundo".

G-11 - Grupo dos Onze, ou Grupo dos Onze Companheiros: "comandos nacionalistas", que foram formados em todo o Brasil em 1963, a mando do ex-governador gaúcho Leonel Brizola. Os G-11 seriam o embrião do Exército Popular de Libertação (EPL). Um documento do grupo afirmava que os G-11 seriam a "vanguarda do movimento revolucionário, a exemplo da Guarda Vermelha da Revolução Socialista de 1917 na União Soviética". (Prova a ignorância de Brizola, pois em 1917 havia apenas a Rússia, não a URSS).

Quando ocorreu a Contrarrevolução de 1964, havia centenas desses grupos espalhados em todo o País e tinham como missão eliminar fisicamente todas as autoridades do Brasil - civis, militares e eclesiásticas, como se pode ler nas "Instruções secretas" do EPL e seus G-11, no item 8, "A guarda e o julgamento de prisioneiros": "Esta é uma informação para uso somente de alguns companheiros de absoluta e máxima confiança, os reféns deverão ser sumária e imediatamente fuzilados, a fim de que não denunciem seus aprisionadores e não lutem, posteriormente, para sua condenação e destruição" (AUGUSTO, 2001: 112).

Sobre os G-11, leia os documentos secretos em https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/09/grupos-de-onze-o-braco-armado-de.html.

Leia, de minha autoria, "Brizola, o último dos maragatos", disponível em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/brizola-o-ultimo-dos-maragatos-por.html.

Ligas Camponesas - As origens da organização dos camponeses datam da década de 1940, no trabalho do PCB, que estabeleceu as Ligas Camponesas. Essa atividade ressurgiu na década de 1950, em Galileia, com a criação da Sociedade Agricultural de Plantadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida por um ex-membro do PCB, José dos Prazeres, e depois com a formação de sociedades de direito civis e legais, que rapidamente se espalharam por todo o Nordeste, passando a uma rede de Ligas Camponesas - como eram chamadas pelos proprietários de terras, devido à sua origem da década de 1940. Francisco Julião foi o principal líder das Ligas, com atuação, especialmente, em Pernambuco, do então Governador Miguel Arraes, onde as Ligas colocavam fogo em canaviais e depredavam fazendas. No dia 27/11/1962, na queda de um Boeing 707 da Varig, quando se preparava para pousar em Lima, Peru, estava entre os passageiros o presidente do B anco Central de Cuba, em cujo poder foram encontrados relatórios de Carlos Franklin Paixão de Araújo, filho do advogado comunista Afrânio Araújo, o responsável pela compra de armas para as Ligas Camponesas. Os relatórios detalhavam os atrasos dos preparativos para a luta no campo, acusava Francisco Julião e Clodomir Morais de corrupção e malversação de recursos recebidos. Esses documentos chegaram às mãos do governador Carlos Lacerda, da Guanabara, que fez vigorosa campanha na imprensa, denunciando a interferência cubana em nosso País.

No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou ainda as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. A revista Veja, de 24/1/2001, sob o título "Qué pasa compañero?", faz uma análise centrada na tese de doutorado da pesquisadora Denise Rollemberg, da UFRJ, a qual afirma que "o primeiro auxílio de Fidel foi no Governo João Goulart, por intermédio do apoio às Ligas Camponesas, lendário movimento rural chefiado por Francisco Julião. (...) O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goiás, Acre, Bahia e Pernambuco, para funcionar como campos de treinamento". Após a Contrarrevolução de 1964, as Ligas Camponesas, de inspiração comunista, foram dissolvidas, e Julião obteve asilo no México. Leia "O apoio de Cuba à luta armada no Brasil - O treinamento guerrilheiro", de Denise Rollemberg, em https://www.portalconservador.com/livros/Denise-Rollemberg-O-Apoio-de-Cuba-a-Luta-Armada-no-Brasil.pdf.

Marcha do Terço - Organizada em fevereiro de 1964, em Belo Horizonte, pelo Padre Peyton, pelo Padre Botelho e por várias organizações femininas patrocinadas pelo IPES. A Marcha condenou Leonel Brizola publicamente como anticristo; também condenou o governo de João Goulart e pediu uma intervenção militar; esse apelo foi reforçado pelo lançamento, em março de 1964, da "Marcha da família com Deus pela liberdade", semelhante às executadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

MEB - Movimento de Educação de Base: organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo Governo João Goulart e administrada por militantes de esquerda católica, muitos dos quais eram membros da Ação Popular (AP). Baseado nas ideias marxistas de Paulo Freire, autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, o MEB funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local (padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas.

MEP - Movimento de Educação Popular. O MEP disseminava no Brasil, durante o desgoverno de João Goulart, folhetos cubanos sobre a técnica de guerrilhas. Esses folhetos foram utilizados pelos G-11, de Brizola, e pelas Ligas Camponesas, de Francisco Julião.

Revolução Cubana - No dia 1º de janeiro de 1959 as tropas de Fidel Castro tomam Havana. A "república socialista" cubana, porém, só foi proclamada em maio de 1961, logo após a fracassada invasão de anticastristas ocorrida na Baía dos Porcos, em Cuba, com o (falso) apoio americano. Em 1962, Cuba foi excluída da OEA e em 1964 os países membros da OEA, com exceção do México, romperam relações diplomáticas com o país, devido ao apoio cubano de focos guerrilheiros em vários países da América Latina (Guatemala, Colômbia, Venezuela). Cuba forneceu toneladas de armamento ao governo comunista de Salvador Allende. As residências oficiais de Allende eram verdadeiros paióis, descobertos após a intervenção de Pinochet, que derrubou os comunistas depois da autorização dada pela Suprema Corte, que ainda não era cooptada com Allende.

No Brasil, antes de 1964, Cuba financiou as Ligas Camponesas para comprar fazendas que serviram de campos de treinamento de guerrilha. As prisões políticas de Cuba são muitas: La Cabaña (ainda em 1982 houve 100 fuzilamentos), Boniato (a mais repressiva), Kilo 5,5, Pinar del Río, Guanajay, Guanahacabibes, Castelo do Príncipe, Ilha de Pinos, Camaguey, Holguín, Manzanillo, Sandino (1, 2 e 3). Fidel Castro mandou fuzilar entre 15 e 17 mil pessoas (10 mil só na década de 1960); em 1978, havia em Cuba 15 a 20 mil prisioneiros; em 1997, segundo a Anistia Internacional, havia entre 980 e 2.500 prisioneiros políticos. "Para uma população de apenas 6,4 milhões, Fidel e Che prenderam e executaram mais, em termos relativos, do que os nazistas, e igualmente mais, proporcionalmente, do que os comunistas" (FONTOVA, 2009: 150). A tortura cubana incluía as "ratoneras", "gavetas", "tostadoras", além da tortura "merdácea" - os prisioneiros eram "aspergidos" com fezes e urina. Apesar desses crimes todos, o ditador Fidel Castro é venerado pelos "intelectuais" brasileiros como el comandante, ao passo que Augusto Pinochet, ex-presidente do Chile, não passa de um vil "ditador", "torturador", para os "guerrilheiros da pena", como Emir Sader e Frei Betto. Quando Che assumiu o Ministério das Indústrias, Cuba tinha uma renda per capita "superior à da Áustria, Japão e Espanha" (idem, pg. 214-5). Um ano depois, o anteriormente "terceiro maior consumo proteico do Ocidente estava racionando comida, fechando fábricas" (idem, pg. 215).

Comparação das rações diárias, entre os escravos (em 1842) e Cuba desde 1962: carne, frango e peixe: 230 g/55 g; arroz: 110 g/80 g; carboidratos: 470 g/180 g; feijão: 120 g/30 g (Cfr. FONTOVA, 2009: 223). Ou seja, os escravos negros se alimentavam melhor do que a população cubana sob Fidel. Só os idiotas e os patifes defendem as excelências da medicina e dos hospitais cubanos da atualidade, coisa que nunca existiu. "Em 1957, Cuba tinha, proporcionalmente, mais médicos e dentistas do que os EUA ou a Grã-Bretanha. Em 1958, tinha a menor taxa de mortalidade infantil da América Latina e a 13ª. do mundo, estando à frente de França, Bélgica, Alemanha Ocidental, Israel, Japão, Áustria, Itália e Espanha. Hoje, pelas cifras oficiais, tem a 25ª. menor taxa - piorou sob o fidelismo. O que, hoje, reduz a mortalidade infantil é a taxa de 0,71 aborto por criança viva nascida em Cuba - o primeiro lugar do Ocidente e um dos primeiros do mundo. É um verdadeiro extermínio de bebês no útero materno" (FONTOVA, 2009: 225). "Havana, que na década de cinquenta era mais rica que Roma ou Dallas, hoje parece Calcutá ou Nairóbi" (idem, pg. 230).

Os prédios tornaram-se decrépitos, à semelhança de el coma andante, e Havana, hoje, é o maior museu a céu aberto de carros velhos do mundo. Doenças erradicadas em 1958, como tuberculose, lepra e dengue, voltaram com força total em 2005. Quase 6.000 empresas norte-americanas foram pilhadas em Cuba, um valor de 2 bilhões de dólares. Nada foi indenizado, assim como os 5 bilhões da União Soviética. Evo Cocales aprendeu rapidinho com Fidel, roubando as refinarias e bens da Petrobras na Bolívia. Eusábio Peñalver ficou preso durante 30 anos. Era negro. Os guardas comunistas o chamavam de "macaco". "Nós o tiramos das árvores e arrancamos sua cauda" (idem, pg. 238).

"Apenas 0,8 dos cargos políticos do país é ocupado por gente de cor. Em outros lugares, esta mesma situação seria chamada de Apartheid" (idem, pg. 239). "Não é que não exista comida e bens de consumo em Cuba. O problema é que hoje há duas classes de cubanos: os que possuem dólares (os turistas e o apparatchiks, ou seja, a nomenklatura cubana) e os que não possuem (o cidadão cubano comum): Como não tem nada (quer dizer, tem de tudo, nos shoppings, em dólar e a preços de Tóquio), a gente vende esferográficas, isqueiros, envelopes, qualquer miudeza" (GUTIÉRREZ, 1999: 114).

ULTAB - União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil: fundada em 1957 pelo PCB, teve suas principais bases em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Porém, obteve seu maior sucesso em Goiás, onde o movimento tomou as cidades de Trombas e Formoso, e só foi desmobilizado em 1964 pelos militares.

UNE - União Nacional dos Estudantes. Durante o 2º Congresso Nacional de Estudantes (1938), foi feita a proposta de criação da União Nacional de Estudantes (UNE), que teve sua 1ª Diretoria eleita em 1939. Inicialmente, a UNE era apolítica; entre 1940 e 1943, mobilizou a opinião pública e o Governo para participar na II Guerra Mundial contra o nazifascismo. Era tutelada pela ditadura Vargas e funcionava em sala do Ministério da Educação. A partir de 1943, começa a insurreição, com comunistas e democratas lutando contra a ditadura. A partir de 1959, aprofunda-se a marxização da UNE; nos anos 60, as organizações que dividiam as massas operárias, além da UNE, eram a JUC, o PC (que atuava através de seus diretórios estudantis), a Política Operária (POLOP) e a Quarta Internacional. Eram todos de esquerda, com dosagens diversas de ideologia marxista. O Partido de Representação Acadêmica (PRA), criado na Faculdade de Direito da USP, era considerado de Direita. Também nos anos 60, dá-se o encontro ideológico, reunindo a JUC, a Esquerda Católica e o Esquerdismo marxista.

A Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) desempenhou papel importante na agitação estudantil e no processo de marxização da Universidade. "Onde o professor é de tempo parcial, como na maioria da América Latina, a tendência dos estudantes é dar mais atenção a preocupações não acadêmicas, inclusive políticas". (Seymor Martins Lipset, "University Students and Politics in Underdeveloped Countries", in "Minerva", Vol. III, nº 1, 1964, pg. 38-39).

No dia 28 de março de 1964, os Diretórios Acadêmicos das Faculdades Nacionais de Direito (CACO) e da Filosofia, da Universidade do Brasil, mais o de Sociologia da PUC, lançaram manifesto de apoio aos marinheiros e fuzileiros em greve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos. No dia 31 de março, exigiram de Jango armas para a resistência contra o levante de Minas, mas tiveram que se contentar com "manifestações antigolpistas" na Cinelândia. Com a depredação da sede da UNE, o seu presidente, "apista" José Serra (Ministro da Saúde durante o Governo FHC), empossado em 1963, pediu asilo à Embaixada do Chile. "Terminava, assim, o ciclo de agitação estudantil, que depois iria se desdobrar em trágicas consequências, no terrorismo e na ilegalidade" (José Arthur Rios, in Raízes do Marxismo Universitário). O mesmo Arthur Rios é autor de famosa frase: "Pais positivistas, filhos comunistas, netos terroristas". Leia "Raízes do Marxismo Universitário" em https://felixmaier1950.blogspot.com/2021/01/raizes-do-marxismo-universitario-por.html.

Na "campanha nacional de alfabetização", no Governo Goulart, a UNE recebeu 5.000 dólares de Moscou, por intermédio da UIE. Com a ascensão do PT na Presidência da República, a UNE se tornou importante falange do "fascismo gay", do qual recebeu mais de R$ 10 milhões no período de 2004 a 2009. Leia, de minha autoria, UNE: organização-pelego, de Getúlio a Lula, disponível na internet.


Bibliografia:

AUGUSTO, Agnaldo Del Nero. "A Grande Mentira". Biblioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 2001.

AZEVEDO, Reinaldo. "O País dos Petralhas". Record, São Paulo, 2008.

FONTOVA, Humberto. "O verdadeiro Che Guevara - E os idiotas úteis que o idolatram". É Realizações, São Paulo, 2009.

GUTIÉRREZ, Pedro Juan. "Trilogia Suja de Havana". Companhia das Letras, São Paulo, 1999.

PENNA, José Osvaldo de Meira. "A Ideologia do Século XX - Ensaios sobre o Nacional-Socialismo, o Marxismo, o Terceiro-Mundismo e a Ideologia Brasileira". Instituto Liberal e Nórdica, Rio de Janeiro, 1994.

PONTES, Ipojuca. "Politicamente Corretíssimos". Topbooks, Rio de Janeiro, 2003.
KOTSCHO, Ricardo. Do golpe ao planalto: uma vida de repórter. Companhia das Letras, São Paulo, 2006.


Obs. 1 - Língua de pau - Como visto na Introdução, em sua obra "Pequena História da Desinformação", Vladimir Volkoff fala sobre a "língua de pau" (langue de bois, em francês), adotada como língua oficial pelos antigos países comunistas. Friedrich Hayeck, em seu ensaio Os intelectuais e o socialismo já havia observado que vivemos em meio a uma verdadeira guerra semântica: "Uma guerra que se caracteriza por profunda confusão semântica. Rótulos tais como liberal, conservador e libertário apresentam hoje tantas definições que quase perderam todo significado. Se, por exemplo, uma pessoa não utiliza o adjetivo social em seu discurso, como na expressão justiça social, passa a ser classificada como direitista" (PENNA, 1994: 34-35). Leia sobre langue de bois em 
https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/11/a-lingua-de-pau-por-vladimir-volkoff.html.



Obs. 2 - Fascismo gay - Trata-se do fascismo brasileiro "alegre", de tempero gramscista, consolidado pelo sucessor de FHC, o gay fascism. Nesse modelo, não existe oposição e todos os setores da sociedade, inclusive empresários, estão "alegremente" cooptados com as benesses do Poder Central. "O 'pensamento' de Marx (e de seus seguidores) continua a causar estragos e até a apresentar-se como 'hegemônico', sobremodo em algumas partes da descarnada América Latina. É puro 'non-sense'. Mas pelo menos no Brasil é inquestionável a supremacia da dogmática marxista, pois o país tornou-se o espaço vital onde milhares e milhares de militantes esquerdistas, comandados por uma máquina bem-azeitada e nutrida o mais das vezes nos fundos públicos (subtraídos a muque do bolso do trabalhador e dos empresários contribuintes), atuam sistemática e proficuamente nas cátedras, parlamentos, púlpitos, quartéis, mídias, associações civis e militares, sindicatos, prisões, palcos, telas e até nos prostíbulos, com o objetivo único e irreversível de 'socializar' a nação" (PONTES, 2003: 42-3). "Na medida em que crescem, de forma galopante as escorchantes tributações sobre os bens privados, do trabalhador e dos empresários, aumenta em proporção geométrica o número dos 'excluídos', pois uma coisa decorre da outra: é o Estado (com suas elites, suas agências, instituições e burocracia em geral) que se apropria, por força da violência legal (e da inércia ou ignorância da população), da riqueza produzida pela sociedade para usufruto diuturno de privilégios" (idem, pg. 43).
No Brasil, "os antigos militantes da luta armada trocaram as selvas e os 'aparelhos' urbanos pelas vias democráticas: alguns tornaram-se parlamentares, ministros, membros do governo, ecologistas, professores, comentaristas da mídia, e outros tranformaram-se simplesmente em líderes religiosos e integrantes ativos das ONGs, constituídas por vasto contingente de 'intelectuais orgânicos' muito bem remunerados com recursos do próprio governo e de grupos e empresas internacionais. A estratégia 'democraticamente' adotada para tornar o Brasil uma 'República Popular Socialista' é a da 'revolução passiva', extraída dos 'Cadernos do Cárcere' de Antonio Gramsci (1891-1937), um membro do Comitê Central do Partido Comunista italiano que discordava parcialmente das teses revolucionárias de Lênin e pregava a tomada do poder pela ação 'hegemônica' dos intelectuais infiltrados no aparelho do Estado e suas instituições" (idem, pg. 57). "O mercado não dá a menor bola para esse tipo de debate. Ele não quer saber qual é a ideologia do petismo. A sua pergunta sempre será a seguinte: o modelo rende? Rende. Então tudo está no seu devido lugar" (AZEVEDO, 2008: 138). "Somos mais governados pelo PT que não vemos do que por aquele que vemos. (...) A mina de ouro está nas diretorias e nos milhares de cargos das estatais. É aí que está alojado o PT. É por isso que eles lamentam tanto as privatizações do governo FHC. Imaginem se essa gente tivesse, por exemplo, a Telebrás nas mãos: 27 presidências regionais, mais os milhares de cargos de confiança. Mais a Vale, a CSN, a Embraer..." (AZEVEDO, 2008: 124-5). "Dezenas de jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício Rocha. Por pouco não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no quarto do anfitrião. Embora sempre procurasse me manter à distância nessas horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido ao PT para fazer sua campanha. Somente três anos depois, quando estourou o 'escândalo do mensalão', eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10 milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram que a aliança estava selada, como queriam Lula e Alencar" (KOTSCHO, 2006: 223).


P.S.:

Trabalho também publicado em 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

"Comissão da Calúnia": General Santa Rosa é demitido do Departamento-Geral do Pessoal

General Santa Rosa


10/02/10 - 22h15
 - Atualizado em 10/02/10 - 22h15

General que criticou programa de Direitos Humanos é exonerado

Plano criaria ‘comissão da calúnia’, teria dito militar em documento.
Dilma foi convocada por comissão do Senado para falar de programa.


Do G1, com informações do Jornal Nacional


Foi exonerado nesta quarta-feira (10) o general de quatro estrelas Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército. Ele fez críticas a um dos pontos do Programa Nacional dos Direitos Humanos.


Uma carta atribuída ao general circula na internet fazendo críticas à terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) - clique aqui e leia a íntegra do PNDH no site do Ministério da Justiça.


O pedido de exoneração havia sido feito pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e anunciado durante a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto.


“Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado”, afirmou Jobim, pela manhã. 

  • Aspas

    Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração do general Santa Rosa da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército. O assunto está encerrado"

Ao tomar conhecimento da carta divulgada na internet no dia 15 de janeiro, segundo o Ministério da Defesa, Jobim telefonou para o comandante do Exército, Enzo Peri, pedindo providências para o caso. Foi o próprio comandante que sugeriu a exoneração do militar ao ministro da Defesa.

Dilma

Outro capítulo da polêmica em torno do PNDH, que já dura quase dois meses, aconteceu na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que convocou nesta quarta a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para falar sobre o programa.

 

A ministra tem 30 dias para atender a convocação e é obrigada a comparecer. O placar foi de nove votos a sete.

"A ministra Dilma é responsável por todas as áreas do governo. Ela é a primeira pessoa, depois do presidente, a dar ok sobre qualquer iniciativa do governo. Por isso, precisamos ouvi-la", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O líder do PT, Aloizio Mercadante, anunciou que vai recorrer no plenário da convocação.

A assessoria da Casa Civil disse que não tomou conhecimento da decisão e não vai comentar o fato. 

 

Carta

Na nota divulgada na internet, o general diria que a comissão da verdade, uma das medidas previstas no plano de direitos humanos, que seria criada pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985), seria formada por "fanáticos" e viraria uma "comissão da calúnia". 

 

O militar afirmaria que os integrantes da comissão seriam os "mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder". 

 

A nota também diz que "confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa”. Para o militar, “a história da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada [1420-1498] viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar 30 mil vítimas por ano".

 

Leia a íntegra da suposta carta:

 

"A COMISSÃO DA “VERDADE”?

A verdade é o apanágio do pensamento, o ideal da filosofia, a base fundamental da ciência. Absoluta, transcende opiniões e consensos, e não admite incertezas.

A busca do conhecimento verdadeiro é o objetivo do método científico. No memorável “Discurso sobre o Método”, René Descartes, pai do racionalismo francês, alertou sobre as ameaças à isenção dos julgamentos, ao afirmar que “a precipitação e a prevenção são os maiores inimigos da verdade”.

A opinião ideológica é antes de tudo dogmática, por vício de origem. Por isso, as mentes ideológicas tendem naturalmente ao fanatismo. Estudando o assunto, o filósofo Friedrich Nietszche concluiu que “as opiniões são mais perigosas para a verdade do que as mentiras”.

Confiar a fanáticos a busca da verdade é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa.

A História da inquisição espanhola espelha o perigo do poder concedido a fanáticos. Quando os sicários de Tomás de Torquemada viram-se livres para investigar a vida alheia, a sanha persecutória conseguiu flagelar trinta mil vítimas por ano no reino da Espanha.

A “Comissão da Verdade” de que trata o Decreto de 13 de janeiro de 2010, certamente, será composta dos mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos, como meio de combate ao regime, para alcançar o poder.

Infensa à isenção necessária ao trato de assunto tão sensível, será uma fonte de desarmonia a revolver e ativar a cinza das paixões que a lei da anistia sepultou.

Portanto, essa excêntrica comissão, incapaz por origem de encontrar a verdade, será, no máximo, uma “Comissão da Calúnia”.

General do Exército Maynard Marques de Santa Rosa"


Fonte: 

https://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL1485711-5601,00-GENERAL+QUE+CRITICOU+PROGRAMA+DE+DIREITOS+HUMANOS+E+EXONERADO.html


***


Leia, também, "Carta à Comissão Nacional da Verdade", de Félix Maier, em 

https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/07/carta-comissao-nacional-da-verdade-por.html

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Morreu Olavo de Carvalho - Por Félix Maier

Olavo de Carvalho


Morreu Olavo de Carvalho

Félix Maier

"Sapientiam autem non vincit malitia" (A sabedoria não vence a malícia).

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho:

*29/04/1947 - Campinas, SP
+24/01/2022 - Richmond, Virgínia, EUA

Descanse em paz, professor Olavo. Missão cumprida!

Ao eminente filósofo, ensaísta, professor e jornalista Olavo de Carvalho, que foi um perseguido político durante o governo do PT, quando sofreu ameaças de morte em 2003 (cfr. "Salvando a minha pele" em https://olavodecarvalho.org/salvando-a-minha-pele/ e "Salto qualitativo" em https://olavodecarvalho.org/salto-qualitativo/) e que, durante certa época, teve que se refugiar na Europa, para "salvar a própria pele", minha eterna gratidão.

A Olavo de Carvalho devo ensinamentos básicos nos campos da ética, da cultura geral, da argumentação, da refutação, da integridade intelectual, pelos inúmeros artigos e ensaios publicados em jornais e revistas (muitos deles organizados pelo jornalista Felipe Moura Brasil no livro lançado em 2013, "O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota", que foram escritos entre 1997 e 2013), e livros fundamentais como a trilogia "A Nova Era e a Revolução Cultural - Fritjof Capra & Antonio Gramsci" (1994), "O Jardim das Aflições" (1995) e "O Imbecil Coletivo - Atualidades inculturais brasileiras" (1996), além de cursos de filosofia.

Fiquei muito honrado quando Olavo me convidou, em 2002, para ser um dos articulistas do Media Watch "Mídia Sem Máscara", onde escrevi cerca de 130 textos em pouco mais de 10 anos.

Olavo de Carvalho foi um divisor de águas no Brasil. Ele deu início à reação contra a hegemonia do "pensamento único" referente às ações da esquerda em todos os espaços públicos e privados de nosso País - mídia, cultura, escolas, universidades, ONGs, sindicatos, OAB, CNBB, plataformas das mídias sociais, como Facebook e Twitter.

Seus livros e artigos ensinaram milhões de pessoas, com uma argumentação sólida e um humor ferino. Milhões de jovens ainda irão tomar conhecimento de sua obra literária, que está entre as maiores do Brasil.

Por mais que a esquerda do "ódio do bem" comemore a morte de Olavo, publicando milhares de hashtags "CPF Cancelado", "Grande Dia" e outras patifarias próprias de seu DNA criminoso, por mais que a mídia antifa (a que se diz antifascista mas que é fascista por natureza) repita que "Olavo era guru do bolsonarismo", tentando desqualificá-lo e escondê-lo numa caixinha ridícula de ignomínia, Olavo continuará vivo junto a milhões de admiradores, que estão agradecidos por poder compartilhar seu conhecimento erudito extraordinário, publicado em livros, ensaios, artigos e cursos de filosofia.

Vai em paz, Olavo, e que Deus reserve um ótimo lugar para você morar eternamente.

Condolências à viúva Roxane e à família de Olavo de Carvalho.


Obs.: Conheça parte da obra de Olavo de Carvalho acessando o site https://olavodecarvalho.org/

Conheça um texto que escrevi sobre Olavo em 2002, "Olavo 'Denisovich' Carvalho", em https://olavodecarvalho.org/olavo-denisovich-carvalho/

P. S.: Deixe sua mensagem de condolências à família de Olavo de Carvalho em https://www.facebook.com/carvalho.olavo/photos/a.275188992633182/2147739712044758/?type=3



Um guia para ter cultura - Por Paulo Francis

Paulo Francis



Um guia para ter cultura


Uma bibliografia básica para quem quer compreender a aventura da humanidade

Por Paulo Francis

http://www.infolink.com.br/~paulofrancis/pf4d01.htm


Pedem minha ficha acadêmica para jovens vestibulandos... Não tenho. Tentei um mestrado na Universidade Columbia em Nova York 1954, mas desisti, aconselhado pelo professor-catedrático Eric Bentley. Achou que eu perdia o meu tempo. Li toda a literatura relevante, de Ésquilo a Beckett, e sabia praticamente de cor a Poética de Aristóteles. Em alguns meses se lê tudo que há de importante em teatro. Li e reli anos a fio.

Mas, sem o doutorado ou nem sequer mestrado, me proponho fazer algumas indicações aos jovens, que, no meu tempo, seriam supérfluas, mas que, hoje, talvez tenham o sabor de novidade. Falo de se obter cultura geral. É fácil.

Educação era a transmissão de um acúmulo de conhecimentos. Hoje, é uma adulação da juventude, que supostamente deve fazer o que bem entende, estar na sua, como dizem, e o resultado é que os reitores de universidades sugerem que não haja mais nota mínima de admissão, que se deixe entrar quem tiver nota menos baixa. Deve haver exceções, caso contrário o mundo civilizado acabaria, mas a crise é real, denunciada por gente como o príncipe Charles, herdeiro do trono inglês, e por intelectuais como Alan Bloom, que consideram a universidade perdida nos EUA. No Brasil, houve a Reforma Passarinho nos anos 60. A ditadura militar tinha o mesmo vício da esquerda. Queria ser popular. Era populista. Quis facilitar o acesso universitário ao povo, como resa o catecismo populista. Ameaça generalizar o analfabetismo.

Não há alternativa à leitura. Me proponho apontar alguns livros essenciais ao jovem, um programa mínimo mesmo, mas que, se cumprido, aumentará dramaticamente a compreensão do estudante do mundo em que está vivendo.

Começando pelo Brasil, é indispensável a leitura de Os Sertões, de Euclides da Cunha. É curto e não é modelo de estilo. Euclides escreve como Jânio Quadros fala. É cara do far-te-ei, a forma oblíqua de que Jânio se gaba. Mas o livro é de gênio. Nos dá a realidade do sertão, que é, para efeitos práticos, o Brasil quase todo, tirando o Sul; a realidade do sertanejo, e do nosso atraso como civilização, como cultura, como organização do Estado. Euclides mostra o choque central entre o Brasil que descende da Europa e o Brasil tropicalista, nativo, selvagem. Euclides apresenta argumentos hoje superados sobre a superioridade da Europa, mas nem por isso deixa de estar certo. Tudo bem ter simpatia pelo índio e o sertanejo, o matuto, mas nosso destino é ser, à brasileira, à nossa moda, um país moderno nos moldes da civilização européia. Euclides começou o livro para destruir Antônio Conselheiro e a Revolta de Canudos, mas se deixou emocionar pela coragem e persistência dos revoltosos e terminou escrevendo um grande épico, em prosa, que o poeta americano Robert Lowell, que só leu a tradução, considera superior a Guerra e Paz, de Tolstoi.

Mas o importante para o jovem é essa escolha entre o primitivo irredentista dos Canudos e a civilização moderna, porque é o que terá de enfrentar no cotidiano brasileiro. É o nosso drama irresolvido.

Leia algum dos grandes romances de Machado de Assis. O mais brilhante é Memórias Póstumas de Brás Cubas. Para estilo, é o que se deve emular. O coloquialismo melodioso e fluente de Machado. É um grande divertimento esse livro. Eu recomendaria ainda para os que tem dificuldade de manejar a lingua O Memorial de Aires. É o livro mais bem escrito em português que há.

Os gregos são um dos nossos berços. Representam a luz e a doçura, na frase de um educador inglês, Mathew Arnold (também poeta e crítico). Arnold falava contra a tradição judaico-cristã, dominante na nossa cultura, na nossa vida, a da Bíblia e do Novo Testamento, que predominaram no mundo ocidental desde o século 5 da Era Cristã, quando o imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo. Estudos gregos sérios só começaram no século 19, quando se tornaram currículo universitário, porque antes os padres e pastores não deixavam.

Mas leia originais. Escolhi quatro. Depois de se informar sobre Platão na enciclopédia do seu gosto, se deve ler A Apologia, que é a explicação de Sócrates a seus críticos, quando foi condenado à morte, e Simpósio, um diálogo de Platão. Platão não confiava na palavra escrita. Dizia que era morta. Preferia a forma de diálogo.

Na Apologia se discute o que é mais importante na vida intelectual. A liberdade de ter opiniões contra as ortodoxias do dia. Ajudará o estudante a pensar por si próprio e ter a coragem de suas convicções.

Depois, o delicioso Simpósio. É uma discussão sobre o amor, tudo que você precisa saber sobre o amor sensual, o altruístico, o que chamam de platônico, é o amor centrado na sabedoria.

Platão colocou, à parte Sócrates, seu ídolo, no Diálogo, Aristófanes, o grande gozador de Sócrates. Na boca de Aristófanes põe uma de suas idéias mais originais. Que o ser humano era hermafrodita, parte homem parte mulher, e que cada pessoa, depois da separação, procura recuperar sua parte perdida, e daí a predestinação da mulher certa para um homem e do homem certo para uma mulher.

Imprescindível também ler As Vidas, de Plutarco, o grande biógrafo da Antiguidade. Ficamos sabendo como eram os grandes nomes em carne e osso, de Alexandre, paranóico, a Júlio Cesar, contido, a Antônio e Cleópatra. Shakespeare baseou grande parte de suas peças em Plutarco e leu em tradução inglesa, porque Shakespeare, como nós, não sabia latim ou grego. E, finalmente, como história, leia A Guerra do Peloponeso, de Tucídides. É sobre a guerra entre Atenas, Esparta, Corinto e outras, durante 27 anos, no século 5 antes de Cristo. Lendo sobre Péricles, o líder ateniense, Cléon, o führer espartano, e Alcebíades, o belo, jovem e traiçoeiro Alcebiades, nunca mais nos surpreenderemos com qualquer ato de político em nossos dias. É o maior livro de história já escrito. Sempre atual.

Da Roma original basta ler Os Doze Césares, de Suetônio, e Declínio e Queda do Império Romano, de Gibbon. Mais um banho de natureza humana.

Meu conhecimento científico é quase nenhum. Mas lí, claro, a Lógica da Pesquisa Científica, de Karl Popper, quando entendi o que esses cabras querem. Para quem quer um começo apenas, recomendo o prefácio do Novum Organum, de Francis Bacon, que quer dizer, o título, novo instrumento, e Bacon explica o método científico e o que objetiva a ciência. E para complementá-lo leia o prefácio dos Os Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, de Isaac Newton, e o prefácio de Bertrand Russell e Alfred North Whitehead de seus Principios da Matemática. Também vale a pena ler a História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell, e o capítulo sobre Positivismo Lógico, que é a filosofia calcada no conhecimento científico. Em resumo, tudo que pode ser provado lógica e matematicamente, é filosofia.O resto não é. Acho isso perfeitamente aceitável. Dispenso o resto.

É nas artes que está a sabedoria. Como viver bem sem ler Hamlet, de Shakespeare? Está tudo lá em linguagem incomparável, é de uma clareza exemplar, tudo que nós já sentimos, viremos a sentir, ou possamos sentir.

Preferi citar junto com Shakespeare uma peça grega, que considero vital: Antígona, de Sófocles. Há uma tradução de Antígona, em verso, por Guilherme de Almeida, que Cacilda Becker representou no Teatro Brasileiro de Comédia.

Antígona é o que há de melhor na mulher. É a jovem princesa cujos irmãos morreram em rebelião contra o tio, o rei Creon, e ela quer enterrá-los, porque na religião grega espíritos não descansam enquanto os corpos não são enterrados. Creon não quer que sejam enterrados, como advertência pública a subversivos. Antígona desafia Creon. Ele manda matá-la. Ela morre. Seu noivo se suicida. É o filho de Creon, que enlouquece. Parece um dramalhão, mas não é. É a alma feminina devassada em toda sua possibilidade fraterna. Hegel achava que Antígona era o choque de dois direitos, o direito individual e o direito do Estado. E assim definiu a tragédia.

A melhor história de Roma é a de Theodore Mommsem. A melhor história da Renascença é a de Jacob Buckhardt. Tudo que você precisa saber.

E aprenda com um dos mais famosos autodidatas, Bernard Shaw (o outro é Trotski). Leia todos os prefácios das peças dele. São uma história universal. Um estalo de Vieira na nossa cabeça. Em um dia você lê todos. Anotando, uma semana. Também vale a pena ler a Pequena História do Mundo, de H.G.Wells, superada em muitos sentidos, mas insuperável como literatura.

Passo tranquilo pelo Iluminismo. Foi tão incorporado a nossa vida, que não é necessário ler Voltaire ou Diderot. Os livros de Peter Gay sobre o Iluminismo são excelentes. Dizem tudo que se precisa saber. Se se quer saber mesmo o que foi o cristianismo, a obra insuperada e As Confissões de Santo Agostinho, uma das grandes autobiografias, à parte a questão religiosa.

Não é preciso ler A Origem das Espécies, de Darwin, mas é um prazer ler Viagens de um Naturalista ao redor do Mundo, as aventuras de Darwin como botânico e zoólogo, a bordo do navio inglês Beagle, nos anos 1830, pela América do Sul, com páginas inesquecíveis sobre Argentina, Brasil e Galápagos, que está até hoje como Darwin encontrou (e o Brasil e Argentina, na sua alma?)

Houve três grandes revoluções no mundo, a americana, a francesa e a russa. A literatura não poderia ser mais copiosa. Mas basta ler, por exemplo, Cidadãos, de Simon Schama, para se ter um relato esplêndido da revolução interrompida, 1789-1794, na França, e concluir com o livro de Edmund Wilson, Rumo à Estação Finlândia. Schama é conservador, Wilson não era, quando escreveu, fazia fé, ainda na década de 30, como tanta gente, na Revolução Russa. Mas a esta altura, e mesmo antes de ele morrer, em 1972, é fácil notar que a Revolução Russa não teve o Terror interrompido, como a Francesa, mas continuou até Gorbachev revelar o seu imenso fracasso.

O melhor livro sobre a Revolução Francesa é História da Revolução em França, de Edmund Burke, de 1790, que previu o Terror de Robespierre e Saint-Just. Se o estudante quer um livro a favor da Revolução Francesa, leia, o título é o de sempre, o de Gaetano Salvemini. A favor da russa a de Sukhanov, que a Oxford University Press resumiu num volume, ou A Revolução Russa, de Trotski, um clássico revolucionário. Mas os fatos falam mais alto que o brilho literário de Trotski.

Sobre a Revolução Americana não conheço livro bom algum traduzido, mas por tamanho e qualidade, um volume só, sugiro a da editora Longman, A History of the United States of America, do jovem historiador inglês Hugh Brogan, 749 págs, apenas, quando comprei custava US$ 25. Tem tudo que é importante.

Em economia, a Abril publicou 50 volumes dos principais economistas. Eu não perderia tempo. Têm tanta relação com a nossa vida como tiveram Zélia e a criançada assessora. Mas há o Dicionário de Economia, também da Abril. Quando tascarem o jargão, você consulta para saber, ao menos, o que significa a embromação. Economia se resume na frase do português: quem não tem competência não se estabelece.

Dos romances do século 19, Guerra e Paz, de Tolstoi, e Crime e Castigo, de Dostoiewski, me parecem absolutamente indispensáveis. Guerra e Paz porque é o retrato completo de uma sociedade como uma grande familia, porque rimos e choramos sem parar, porque contém um mundo e as inquietações do protagonista, Pierre Bezhukov, que até hoje não foram respondidas. Crime e Castigo, porque exemplifica toda a filosofia de Nietzsche de uma maneira acessível e profundamente dramática, de como o cérebro humano é capaz de racionalizar qualquer crime, que tudo é relativo, em suma, a pessoa que pensa e age, como Raskolnikoff, o protagonista. Vale tudo. Dostoiewski, para nos impedir de aniquilar uns aos outros, acrescenta que não se pode viver sem piedade.

Dos modernos, Proust é maravilhoso, mas penoso, Joyce é desnecessário, mas vale a pena ler as obras-primas de Thomas Mann, A Montanha Mágica, para saber o que foi discutido filosoficamente neste século, e Dr Fausto, que leva o relativismo niilista que domina a cultura moderna e de que precisamos nos livrar, se vamos sobreviver culturalmente, como civilização, e não como meros consumidores, num nível abjeto de satisfação animal.

Há muitas obras que me encantaram e não estou, de forma alguma, excluindo autores ou quaisquer livros. A lista que fiz me parece o básico. Em algumas semanas, duas horas por dia, se lê tudo. Duvido que se ensine qualquer coisa de semelhante nas nossas universidades. Se eu estiver enganado, dou com muito prazer a mão à palmatória.


Por Paulo Francis, para o jornal - OESP - 30/05/91 (PF4d01.htm)

Onde encontrar os livros sugeridos

Alguns dos livros recomendados são encontrados apenas em bibliotecas. Outros, podem ser achados, ou encomendados, nas livrarias.

Antígona - Argumento (011 881-4375)

Apologia - Argumento

Cidadãos - Cia. das Letras - Brasiliense (011 280-4337)

As Confissões - Livraria Farah (011 36-7206)

Crime e Castigo - Ediouro - Argumento

Declínio e Queda do Império Romano - Cia. das Letras - Brasiliense

Diálogo - Hemus - Argumento

Dicionário de Economia - Abril - Argumento

Os Doze Césares - Ediouro - Bestseller (011 852 9115)

Dr. Fausto - Nova Fronteira - Argumento

Freud: Uma Vida Para o Nosso Tempo - Cia. das Letras - Bestseller

A Guerra do Peloponeso - UNB - Distribuidora Catavento (011 289 0811)

Guerra e Paz - Itatiaia - Argumento

Hamlet - LPM e JB - Bestseller

História da Filosofia Ocidental - Cedil - Farah

História da Revolução em França -UNB

History of the United States - pode ser importado pela Livraria Cultura (011 285 4033)

A Lógica da Pesquisa Científica - Cultrix - Catavento

Memorial de Aires - Ática - Bestseller

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Ática - Siciliano (011 853 5130)

A Montanha Mágica - Nova Fronteira - Argumento

Novum Organum - Livraria Brandão (011 255 3456)

Pequena História do Mundo - José Olympio - Farah

Pigmaleão - Europa - América

Poética Clássica - Aguilar - Brasiliense

Os Princípios da Matemática - Biblioteca Mário de Andrade

Os Princípios Matemáticos da Filosofia Natural - Nova Stella

Reflexões Sobre a Revolução Francesa - Catavento

História da Revolução Russa - Paz e Terra - Brandão

Rumo à Estação Finlândia - Cia. das Letras - Bestseller

Os Sertões - Francisco Alves - Argumento

Simpósio - Ediouro - Argumento

Viagens de Um Naturalista ao Redor do Mundo - Farah

As Vidas - Catavento


A Biblioteca Mário de Andrade (SP) tem uma edição francesa de A História de Roma e a Revolução Francesa em italiano.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

200 motivos para não votar em Lulalá - Por Félix Maier

 


200 motivos para não votar em Lulalá 

Félix Maier

Usina de Letras - 15/08/2006 

Faltam menos de 2 meses para as eleições presidenciais. Conheça 200 motivos para não votar em Lula & Cia, 200 casos de corrupção do governo petista – ainda contando os casos:


1) Correios
2) IRB
3) Portugal Telecom
4) Leão & Leão (República de Ribeirão)
5) Celso Daniel com morte de 7 testemunhas (até agora)
6) Interbrazil
7) Cartões de crédito corporativos da presidência
8)Farra com o fundo partidário
9) Daniel Dantas
10) Toninho da Barcelona
11) Toninho de Campinas
12) Duda Mendonça
13) Mensalão
14) Waldomiro Diniz
15) Fundos de pensão e o Marcelo Sereno
16) Gushiken
17) Gilberto Carvalho
18) Juscelino Dourado
19) José Dirceu
20) Delúbio
21) Roberto Teixeira
22) Bebedeiras do presidente
23) Aerolula
24) FARC
25) Baltazar (armas RJ)
26) Osasco
27) Foro de São Paulo
28) ONG Ágora
29) Miro Teixeira
30) INSS RJ
31) Palocci 1 e Palocci 2
32) Furnas
33) Paulo Okamoto e SEBRAE
34) Cueca dos dólares e João Adalberto
35) Firma do Lulinha
36) Citibank
37) Luís Favre, aliás Felipe Belisario, contas no Caribe, esquema da
Martaxa, emprego no Duda 3 Severino
39) Jeany Mary Corner
40) Casa da Moeda e seu presidente
41) Ciro Gomes e seu secretário
42) Passeio da cadelinha Michelle em carro oficial
43) Passeio da Benedita da Silva em Buenos Aires
44) Trevisan
45) Manuel Dutra
46) Glenio Guedes
47) Anderson Adauto
48) Paulo Pimenta e o seu dossiê fajuto
49) Pororoca
50) David Messer
51) Boa idéia: Lula
52) Passeio de Boeing dos filhos do Lula
53) Marta e o esquema do lixo em São Paulo
54) Esquema do lixo em todas as demais prefeituras (Ribeirão, Matão...)
55) Esquema do Bingo
56) Esquema dos ônibus
57) Grana ilegal para o MST, UNE, UBES
58) FAT
59) BMG e o crédito consignado
60) Buratti
61) José Mentor e o abafa da CPI do Banestado
62) Acordo com o Maluf
63) Dinheiro do BNDES para O Globo
64) Reforma do apê do Gilberto Gil
65) Fundos exclusivos
66) Plataformas, gás natural da Petrobrás
67) Jacó Bittar
68) Marcos Valério, Banco Rural, valerioduto, embaixador em Portugal
69) Aloisio Mecadante e o caixa 2
70) Olívio Dutra e o Bingo/Bicho no RS
71) Blindagem
72) Professor Luizinho e o Cohiba nas festas do Gran Bittar
73) Madeireiras do Pará, corrupção no IBMA e a Senadora Ana Júlia
74) Greenhalg, caso celso Daniel, caso Lubeca, indenizações milionárias
75) Hugo Werle e a madeira do MT
76) Roberto Marques, amigo do Zé Dirceu
77) Silvinho e o Land Rover
78) Genoíno
79) Najun Turner
80) Caso dos vampiros da saúde (Humberto Costa)
81) outdoors da Ideli Salvatti em SC
82) Henrique Pizzolato
83) Luiz Gonzaga da Silva (Gegê), acusado de homicídio
84) Ivan Guimarães e o Banco Popular
85) Estrela vermelha nos jardins do Alvorada
86) Morte por fome dos indiozinhos de Dourados (MS)
87) Festa com dinheiro público para comemorar a expulsão da Heloisa Helena
88) Compra do apê da ex-esposa do Dirceu
89) Intervenção ilegal na Saúde do RJ
90) Os 300.000 dos advogados do Delúbio e os honorários do Aristides Junqueira
91) Medalha Rio Branco para o Severino
92) Suspensão dos benefícios dos velhinhos acima de 80 pelo Berzoini
93) Dinheiro para a transoceânica no Peru e corte de verbas do Rodoanel de SP
94) Superfaturamento de contratos de patrocínio do esporte pelo BB
95) Caixa 2 de Tocantins e Márcia Barbosa
96) Uso indevido da CIDE dos combustíveis
97) Compra de votos no 1o turno da eleição para presidente do PT
98)Propina de Taiwan para a campanha do Lula
99) Compra do PL e José Alencar por 10 milhões no quarto ao lado do Lula.
100) Jóias presenteadas da D. Mariza Letícia
101) Violação de conta bancária do caseiro que desmentiu Antonio Palocci
102) Demissão de Antonio Palocci como Min da Fazenda por repetidas mentiras


E mais....


Palocci é indiciado pela Polícia Federal por crimes de quebra de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário, prevaricação e denunciação caluniosa.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF), INDICIA PETISTAS E ASSESSORES DO PRESIDENTE LULA POR CRIMES COMETIDOS NO GOVERNO..

Marcos Valério - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, o. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; supressão de documento, art. 305 do Código Penal; fraude processual, art. 347 do Código Penal; crimes contra a ordem tributária, arts. 1º e 2º da Lei nº 8.137, de 1990; peculato, art. 312 do Código Penal; atos de improbidade administrativa, arts. 9º, 10 e 11 da Lei nº 8.429, de 1992, e art. 89 da Lei 8.666, de 1993;

Delúbio Soares - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; crime eleitoral, art. 350 do Código Eleitoral; e art. 89 da Lei 8.666, de 1993; peculato, art. 312 do Código Penal;

José Genoino - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; crime eleitoral, art. 350 do Código Eleitoral;

José Dirceu de Oliveira - ex-deputado - corrupção ativa, art. 333 do Código Penal;

Cristiano Paz - sócio de Marcos Valério - lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal;

Luiz Gushiken - ex-ministro - tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; art. 89 da Lei nº 8.666, de 1993;

Henrique Pizzolato - ex-diretor do Banco do Brasil - falsidade ideológica, art. 299 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998; peculato, art. 312 do Código Penal, e art. 89 da Lei nº 8.666, de 1993;

Cássio Casseb - condescendência criminosa, art. 320 do Código Penal.

Katia Rabelo (proprietária do Banco Rural) - fraude na administração de sociedade por ações, art. 177 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998;

Ricardo Guimarães (proprietário do BMG) - fraude na administração de sociedade por ações, art. 177 do Código Penal; corrupção ativa, art. 333 do Código Penal; lavagem de dinheiro, art. 1º, V, da Lei nº 9.613, de 1998;

Eduardo Brandão Azeredo - crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral.

Clésio Soares Andrade - crime eleitoral do art. 350 do Código Eleitoral

Silvio Pereira - tráfico de influência, art. 332 do Código Penal; crime do art. 90 da Lei nº 8.666, de 1993;

Duda Mendonça e Zilmar Fernandes da Silveira - pela remessa indevida de recursos ao exterior e pelo recebimento de dinheiro de origem duvidosa, enquadram-se nos tipos dos arts. 1º, II, da Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965 (sonegação fiscal); 22 da Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986 (crime contra o Sistema Financeiro Nacional); 1º, I a IV, e 2º, I, da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990 (crime contra a ordem tributária), e 1º, V e º 1º, da Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998 (lavagem de dinheiro).

Ex-deputado Valdemar da Costa Neto - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Ex-deputado Roberto Jefferson - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Ex-deputado Carlos Rodrigues - PL - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. José Janene - PP - Crime eleitoral e de sonegação fiscalDep.

Pedro Corrêa - PP - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Pedro Henry - PP - Crime eleitoral e de sonegação fiscalDep.

Sandro Mabel - PL - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. João Magno - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscalDep.

João Paulo Cunha - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. José Borba - PMDB - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. José Mentor - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Josias Gomes da Silva - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Paulo Rocha - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Professor Luizinho - PT - Crime eleitoral e de sonegação fiscalDep.

Romeu Ferreira Queiroz - PTB - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Vadão Gomes - PP - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Roberto Brant - PFL - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Dep. Vanderval Santos - PL - Crime eleitoral e de sonegação fiscal

Nilton Monteiro - responsável pela falsa lista de Furnas, que aponta o recebimento de recursos pro políticos do PSDB, PFL e outras legendas: calúnia (art. 138 do CP), crime punido com detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa; falsidade de selo ou sinal público (art. 296 do CP), pela falsificação do logotipo da empresa Furnas Centrais Elétricas, punido com reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa; falsidade ideológica (art. 299 do CP), pela falsidade do conteúdo da malsinada lista; punido com reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, por se tratar de documento de caráter público.

Lídio Duarte, ex-presidente do IRB - peculato, art. 317 do Código Penal.

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Comentário

Félix Maier

A lista está longe de ser completa. Como naquelas matriuskas (bonecas russas), cada vez que você abre uma boneca, aparece outra dentro. No caso do PT, são bonecas de corrupção sem fim...

Além da lista acima, lembro-me de cabeça das seguintes "bonecas russas":

- compra do apartamento de cobertura de Lula em São Bernardo do Campo, pago com a ajuda de cheque de um empresário amigão de Lula;
- as viagens ociosas de Lulla, porém de alto valor monetário, pelo recebimento de diárias, que no exterior são em dólares, transformando o Grande Apedeuta num milionário (dobrou seu patrimônio em 3 anos e meio);
- a farra dos cartões de crédito institucionais;
- a farra da despensa de Lula no Alvorada e no Torto (comida e bebida para alimentar um batalhão);
- Lula como garoto-propaganda de um banco de fundo-de-quintal, o BMG, para empréstimos de dinheiro consignados em folha, enviando 12 milhões de cartas a aposentados, tendo o BMG o privilégio de operar sozinho durante 3 meses (antes que outros bancos o imitassem), faturando milhões de reais;
- o jogo do bicho de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul;
- a propina eleitoral (1998) da Asefe para petistas e aliados no DF (Cristóvam Buarque estava também na lista, com R$ 200 mil); o fato foi denunciado por 2 petistas que, como ocorre nesses casos, foram expulsos do PT;
- o crime ambiental do cacau na Bahia (para arruinar "coronéis latifundiáiros" [cfr. em https://felixmaier1950.blogspot.com/2020/10/agroterrorismo-petistas-acusados-de.html];
- os gafanhotos de Rondônia;
- o perdão de dívidas para países governados por ditaduras, como a cubana;
- os dólares de Cuba, de Angola e de Taiwan;
- a utilização de um avião da FAB para farra estudantil (UNE) na Venezuela;
- a depredação da Câmara Federal, liderada por um membro executivo do PT, Bruno Maranhão, fundador do MLST;
- o PCC, em 2002, fez campanha para o Genoíno, concitando as famílias dos presidiários a "eleger o Genoíno", a não votar no "Al" (Alckmin) - na época, candidatos a governador de São Paulo (Cfr. Veja nº 1969, de 16/8/2006, pg. 66 e 67 - "As fitas do PCC").

Em outubro, vamos votar certo: expulsar os "mensaleiros" e "sanguessugas" do Congresso Nacional, ao mesmo tempo em que mandamos o sapo barbudo de volta ao brejo, de onde nunca deveria ter saído.